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Prévia do material em texto

AGRICULTURA DE PRECISÃO
Professor Me. André Felipe Barion Alves Andrean
 REITOR Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
 DIRETOR DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Ms. Daniel de Lima
 DIRETORA DE ENSINO EAD Prof. Dra. Geani Andrea Linde Colauto 
 DIRETOR FINANCEIRO EAD Prof. Eduardo Luiz Campano Santini
 DIRETOR ADMINISTRATIVO Guilherme Esquivel 
 SECRETÁRIO ACADÊMICO Tiago Pereira da Silva
 COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Prof. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Prof. Ms. Luciana Moraes
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Ms. Jeferson de Souza Sá
 COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
 COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE GESTÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS Prof. Dra. Ariane Maria Machado de Oliveira
 COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE T.I E ENGENHARIAS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
 COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE SAÚDE E LICENCIATURAS Prof. Dra. Katiúscia Kelli Montanari Coelho 
 COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS Luiz Fernando Freitas
 REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling 
 Caroline da Silva Marques
 Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante 
 Eduardo Alves de Oliveira
 Jéssica Eugênio Azevedo
 Kauê Berto
 Marcelino Fernando Rodrigues Santos
 PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO André Dudatt
 Vitor Amaral Poltronieri
 ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz 
 DE VÍDEO Carlos Eduardo da Silva
 Carlos Henrique Moraes dos Anjos 
 Pedro Vinícius de Lima Machado
 
 
 FICHA CATALOGRÁFICA
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
A556m Andrean, André Felipe Barion Alves
 Agricultura de precisão / André Felipe Barion Alves
 Andrean. Paranavaí: EduFatecie, 2023.
 99 p.: il. Color.
 
1. Agricultura de precisão – Inovações tecnológicas. 2.
 Mecanização agrícola 3. Agricultura - mecanização. I. Centro
 Universitário UniFatecie. II. Núcleo de Educação a Distância.
 III. Título. 
 
 
 CDD: 23 ed. 631.3
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577
As imagens utilizadas neste material didático 
são oriundas dos bancos de imagens 
Shutterstock .
2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva
dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da 
obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la 
de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
https://www.shutterstock.com/pt/
3
AUTOR
Professor Me. Andre Felipe Barion Alves Andrean
 ● Engenheiro Agrônomo pela Universidade Estadual de Maringá;
 ● Especialista em MBA em Agronegócios pelo Unicesumar;
 ● Mestre em Produção Vegetal pela Universidade Estadual de Maringá;
 ● Doutorando em Produção vegetal e irrigação pela Universidade Estadual de 
Maringá.
 ● Revisor do periódico IRRIGA;
 ● Consultor em manejo de irrigação e produção vegetal.
Engenheiro Agrônomo formado em 2012 pela Universidade Estadual de Maringá. 
Promotor de Vendas da Bayer CropScience entre 2013-2014, atuando como consultor do 
portfólio em produtores de soja, milho e feijão no Estado do Goiás. Pós-graduação em 
MBA em Agronegócios,2015, pelo Unicesumar. Mestre na área de produção vegetal pela 
Universidade Estadual de Maringá. Doutorando em Agronomia com ênfase em produção 
vegetal pela Universidade Estadual de Maringá, atuando em pesquisas referente ao manejo 
de água no solo, irrigação e drenagem e produção de hortaliças em ambiente protegido. 
Consultor em manejo de irrigação e produção agrícola.
CURRÍCULO LATTES:
http://lattes.cnpq.br/1224192983709430
http://lattes.cnpq.br/1224192983709430
4
Seja muito bem-vindo (a)!
O uso da tecnologia está cada vez mais presente no nosso dia a dia, por meio de smar-
tphones, tablets, drones e computadores, conseguimos realizar tarefas de maneira simples que 
até então eram consideradas dispendiosas e de custo elevado. Um dos motivos que levaram a 
universalização da tecnologia é o barateamento na composição de chips e sensores. 
Na agricultura não foi diferente. A evolução no desenvolvimento de máquinas e 
implementos e a inserção de computadores no monitoramento das operações, permitiu 
a elevação do nível da agricultura, tornando-a intensiva e de larga escala. Logo, outra 
questão foi levantada, assegurar a produtividade e ao mesmo tempo otimizar os recursos 
utilizados na produção.
A partir disso, a agricultura de precisão foi desenvolvida com a finalidade potencia-
lizar a produção agrícola, e ao mesmo tempo utilizar de maneira responsável os recursos 
naturais empregados na cadeia deste setor. Assim, esta tecnologia passou a ser uma forte 
aliada na conservação do meio ambiente.
Desta forma, se faz necessário a compreensão desta ferramenta, assim como 
saber colocá-la em prática. Portanto, caro aluno (a), sabendo da grande importância deste 
método de manejo na agricultura, abordaremos questões relevantes para torná-lo apto a 
utilizar esta tecnologia.
Na unidade abordaremos os conceitos básicos da agricultura de precisão, seu sur-
gimento, sistema de navegação por satélites, automação de tratores e implementos, assim 
como os sensores embarcados que realizam leituras em tempo real das condições do campo.
Na unidade II aprenderemos os princípios do levantamento georreferenciado, mé-
todos de amostragem em grade, célula e direcionada, além das principais ferramentas para 
a coleta de amostras de solo para fins de análise química e física.
A unidade III conheceremos a localização geográfica da fazenda experimental da 
UniFatecie por meio da ferramenta QGIS. Este software é destinado à confecção de mapas 
temáticos e portanto, realizaremos os primeiros passos na determinação da área que será 
implementada a agricultura de precisão.
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
5
Na unidade IV, daremos continuidade na construção do mapa temático da fazenda 
experimental da UniFatecie, onde a partir das análises químicas do solo, será elaborado 
o mapa de necessidade de calagem e de semeadura utilizando a técnica de aplicação em 
taxa variável.
Muito obrigado e bom estudo!
SUMÁRIO
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Plano de Estudos
• Conceitos de Agricultura de Precisão;
• Sistemas de navegação global por satélites;
• Sistema de direção automática para tratores;
• Sistema de direção automática para equipamentos;
• Sensores embarcados.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar- Arquivo online com acesso direto aos dados dos satélites NOAA e DMSP. 
http://www.spaceimaging.com – Site da Space Imaging EOSAT, contendo dados pancromáticos, multies-
pectrais e radar de alta resolução espacial.
http://www.digitalglobe.com/ - Site da Digital Globe com dados e informações sobre o satélite QuickBird e 
suas imagens de alta resolução espacial.
http://www.spot.com – Site da Spot Image Corporation com dados e informações sobre a série SPOT.
http://www.erdas.com - Empresa líder de mercado em aplicativos para processamento de imagens.
http://www.sat.cnpm.embrapa.br/ - Site da Embrapa Monitoramento por Satélite com dados e informa-
ções de vários satélites e sensores de Sensoriamento Remoto. Aplicações, links para diversos sites e exem-
plos de imagens.
http://www.earth.nasa.gov
http://www.research.umbc.edu/~tbenja1/umbc7/
http://www.asprs.org
http://dynamo.ecn.purdue.edu/~biehl/MultiSpec/
http://www.inpe.br
http://www.dpi.inpe.br/spring/
http://www.esdim.noaa.gov/NOAA-Catalog/
http://www.eorc.nasda.go.jp/
http://www.class.noaa.gov/
http://www.spaceimaging.com
http://www.digitalglobe.com/
http://www.spot.com
http://www.erdas.com
http://www.sat.cnpm.embrapa.br/
50UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO
Quando um equipamento é projetado, devemos levar em consideração todos os componentes que 
compõem o sistema, mesmo que pareça não ter importância, como um simples parafuso, visto que este 
pode ser o causador de uma possível falha quando mal dimensionado, podendo gerar diversos tipos de 
prejuízos. Você já havia pensado na importância que um correto dimensionamento de um parafuso pode 
ter em um conjunto mecânico?
Fonte: o Autor (2022).
51
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Através da geoestatística é possível a detecção de pontos de amostragens que 
realmente representarão as características da área, e esta amostragem pode ser realizada 
pelo método de grade ou célula. As ferramentas para a coleta de solo para análise física e 
de fertilidade são responsáveis por gerar as informações necessárias para a implementação 
da agricultura de precisão e por isto deve ser realizada com destreza.
Vimos também que o sensoriamento remoto é um conjunto de técnicas utilizada 
para a obtenção de informações referente ao objeto sendo representado pelo conjunto 
sensor, fonte e alvo. Graças ao uso de imagens aéreas é possível avaliar as áreas agrícolas 
e traçar estratégias de manejo.
UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO
52
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Sensoriamento Remoto em agricultura
Autor: Antônio Roberto Formaggio; Ieda Del’Arco Sanches.
Editora: Oficina de textos 1ed. (2017).
Sinopse: Sensoriamento remoto em agricultura vem preencher 
uma lacuna na área, ao apresentar de forma clara e didática 
os conceitos básicos sobre sensoriamento remoto e suas 
aplicações em agricultura, como comportamento espectral de 
culturas agrícolas, índices espectrais de vegetação, análise de 
alvos agrícolas, monitoramento, sensoriamento remoto hipe-
respectral e agricultura de precisão.
FILME / VÍDEO 
Título: Uso de satélite no mapeamento agrícola
Ano: 2020.
Sinopse: A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) 
realizou o webinar sobre o Uso de Satélite no Mapeamento 
Agrícola. A proposta do evento é mostrar o que já é feito no 
país na área de mapeamento agrícola e as perspectivas do uso 
das imagens de satélite no agronegócio
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=PBJzJR0ChO4
UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO
https://www.youtube.com/watch?v=PBJzJR0ChO4 
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Plano de Estudos
• Confecção de mapa georreferenciado
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar o que é o QGIS;
• Compreender os primeiros passos para a criação 
 de mapa;
• Estabelecer a importância da elaboração 
 de mapas de pontos amostrais.
3UNIDADEUNIDADE
CONHECENDOCONHECENDO
A FERRAMENTAA FERRAMENTA
QGISQGIS
 Professor Me. André Felipe Barion Alves Andrean
54
INTRODUÇÃO
A corrida espacial iniciada entre os EUA e a então União Soviética na década 1960, 
pela Guerra Fria, foi um dos principais fatores que contribuíram para o desenvolvimento 
tecnológico de comunicação e rastreabilidade.
Atualmente, existem mais de 4.500 satélites em órbitas na Terra executando tarefas 
de mapeamento e comunicação (LIFSON; LINARES, 2022). Através deles temos acesso ins-
tantâneo a informações de localização ou de notícias que acontecem do outro lado do mundo.
O uso desta ferramenta na agricultura possibilitou a elaboração de mapas fide-
dignos das características agronômicas das áreas, possibilitando maiores produtividades. 
Atrelado a isto, o uso desta tecnologia contribuiu para o uso racional de insumos, uma vez 
que as tomadas de decisões ocorrem de maneira pontual nas áreas mapeadas.
A confecção de mapas de levantamento e diagnósticos das áreas agrícolas é rea-
lizada utilizando software, que por meio das imagens de satélites, conseguem distinguir 
fatores ambientais por meio do sensoriamento remoto ou através da adição de informações 
coletadas a campo para a elaboração detalhada dos mapas.
Dentre os diversos softwares que existem, o QGIS se destaca por ser gratuito e de 
código aberto (QGIS, 2022). Esta ferramenta é desenvolvida pela Open Source Geospatial 
Foundation (OSGeo), sendo compatível com inúmeros sistemas operacionais.
Assim, nesta unidade utilizaremos a ferramenta QGIS, abordando os principais 
comandos. Buscaremos, por meio do programa, a localização da fazenda experimental da 
UniFatecie e criaremos um mapa hipotético referente a necessidade de calagem da área.
Inicialmente apresentaremos a fazenda e sua localização. Depois será apresentado 
o passo a passo para o levantamento da área de interesse do estudo, assim como a criação 
dos pontos amostrais que serão utilizados para a coleta hipotética de amostras de solo para 
análise química. Posteriormente, por meio dos resultados químicos dos pontos amostrados, 
adicionaremos os dados para cada ponto georreferenciado para que posteriormente seja 
realizado o mapa de fertilidade da área.
Deste modo, espera-se que as funções básicas do uso dessa ferramenta, apresen-
tada nesta unidade, possa contribuir para que o aluno tenha maior clareza sobre o tema, 
além de torná-lo apto a utilizar esta ferramenta.
 Obrigado e bom estudo!
54UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
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A confecção de mapas de agricultura deprecisão é o resultado de todo levantamento 
de informações coletadas a campo, conforme vimos na unidade anterior, portanto, deve ser 
executada com muito cuidado, pois erros na representação de coordenadas podem resultar 
em aplicações em sub doses ou em excesso, resultando em perdas de produção.
Vamos supor que precisamos realizar um levantamento da necessidade de ca-
lagem para a fazenda experimental da UniFatecie (Figura 1) e para isto necessitamos 
observar algumas questões à campo para definir nossos primeiros pontos de amostra-
gem. Lembrando que os primeiros fatores que contribuem na tomada de decisão para 
determinar aos pontos de amostras podem ser em relação ao cultivo anterior de cultura 
presente na área, mudança na coloração do solo, observada visualmente, e alteração 
na textura do solo, podendo ser observado de modo tátil, verificando se há aspereza na 
amostra, cerosidade ou maciez.
55555555
 1 CONFECÇÃO DE 
 MAPA 
 GEORREFERENCIADO
TÓPICO
55UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
FIGURA 1 - FAZENDA EXPERIMENTAL UNIFATECIE LOCALIZADA NA CIDADE DE PARANAVAÍ -PR.
Fonte: GOOGLE EARTH – Maxar Technologies (2022).
A fazenda experimental da UniFatecie está localizada na BR-376, km 97, possuindo 
em torno de 20 hectares destinados a atividades experimentais e de ensino de agricultura 
e pecuária. O solo classificado na área é Latossolo vermelho amarelo distrófico (SANTOS 
et al., 2018).
Para a geração de mapas utilizaremos um programa gratuito denominado de QGIS.
 ● QGIS
Este software é caracterizado por um programa de Sistema de Informações Geográfi-
cas (SIG) totalmente gratuito e de código aberto. Desenvolvido pela Open Source Geospatial 
Foundation (OSGeo), este programa é habilitado para operar em Linux, Unix, Mac OSX, 
Windows e Android e suporta inúmeros formatos de vetores, rasters e bases de dados e 
funcionalidades (QGIS, 2022). Este programa permite que o usuário seja capaz de criar, 
editar, visualizar, analisar e publicar informações geoespaciais. Vamos aos primeiros passos:
Acesse o site através do link: https://www.qgis.org/pt_BR/site/index.html e realize 
os seguintes downloads
56UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
https://www.qgis.org/pt_BR/site/index.html
https://www.qgis.org/pt_BR/site/index.html
Após este procedimento, faça a instalação dos itens selecionados, optando pela 
instalação modo expressa.
 ● Localização da área
Com o programa aberto, precisaremos encontrar o local onde será realizado o ma-
peamento, no caso será a fazenda experimental da UniFatecie. Para isto clicaremos nos 
seguintes ícones: Web > QuickMapServices > Waze > Waze World (Figura 2). 
Com o Waze ficará mais fácil a localização da área para que depois possamos abrir 
a imagem por satélite, por meio das camadas.
FIGURA 2 - LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO VIA WAZE WORLD.
Fonte: QGIS (2022).
57UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
Localize a fazenda por meio de busca através da barra de rolagem e cliques do mouse. 
Após localização, vá novamente nos ícones descritos acima, porém desta vez selecionaremos 
o google, nos seguintes passos: Web > QuickMapServices > Google > Google Satélite.
Após selecionar a opção google satélite, note que o mesmo aparecerá na tabela 
intitulada de Camadas, ao lado esquerdo da tela. É necessário desmarcar o ícone Waze 
para que seja visualizado a imagem real do satélite (Figura 3). Esta função é denominada 
de retirar camadas que estão projetadas na imagem de interesse.
FIGURA 3 - UTILIZAÇÃO DO GOOGLE SATÉLITE ATRAVÉS DA DESATIVAÇÃO 
DO ÍCONE WAZE QUE ESTÁ CIRCULADO DE VERMELHO.
Fonte: QGIS (2022)
Para fins didáticos, utilizaremos apenas uma área da fazenda, cerca de 2,7 hecta-
res conforme podem ser observados na Figura 4.
58UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
FIGURA 4 - ÁREA DE 2,7 HECTARES APROXIMADAMENTE 
QUE SERÁ IMPLEMENTADA A AGRICULTURA DE PRECISÃO
Fonte: GOOGLE EARTH – Maxar Technologies (2022).
Nesta fase realizaremos a marcação manual através do uso de polígonos, traçando 
a área para que as demarcações fiquem similares à observada na Figura 4. Nesta etapa os 
passos a serem realizados são: Nova camada shapefile > criar um nome para o arquivo 
(eu criei AREA_FAZENDA) > Polígono > WGS 84 > OK. Após esse procedimento, clique 
no ícone alterar edição e adicionar polígono. Os passos estão representados na Figura 5.
FIGURA 5 - CRIAÇÃO DA CAMADA SHAPEFILE UTILIZANDO A 
GEOMETRIA DE POLÍGONOS (A); UTILIZAÇÃO DO POLÍGONO NA ÁREA (B)
59UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
Fonte: QGIS (2022).
Observe que ao final de traçar a área aparecerá uma janela denominada atributos 
da feição (Figura 5 B). Nota-se que não há a possibilidade de inserir letras, apenas números. 
Sendo assim, digite o número 1 para definirmos como o primeiro atributo de feição elaborado.
Veja que no passo 4 da Figura 5 A aparece o nome WGS 84. Esta sigla é uma 
coordenada geográfica dada em latitude e longitude em graus. No entanto, queremos 
trabalhar com maior assertividade e, portanto, mudaremos as configurações para que as 
coordenadas sejam representadas em UTM.
A sigla UTM é um sistema internacional em que suas coordenadas são baseadas 
no plano cartesiano (eixo X, Y) e utiliza o metro como unidade de medida para aferir as 
distâncias e determinadas posições de um objeto.
Para utilização do sistema UTM teremos que criar um novo arquivo a partir do 
arquivo que já criamos, conforme demonstrado na Figura 5 B. Entretanto, antes de criarmos 
o novo arquivo, devemos definir o Sistema de Referência de Coordenadas (SRC) a partir 
da camada em que estamos trabalhando.
Para realizar este processo deve: clicar com o botão direito do mouse na camada 
area _fazenda > SRC da camada > definir o SRC do Projeto a partir da camada. Estes 
passos estão representados na Figura 6.
60UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
FIGURA 6 - PROCEDIMENTO PARA DEFINIR O SRC DO PROJETO A PARTIR DA CAMADA
Fonte: QGIS (2022).
Após definir o SRC criaremos um novo arquivo Shapefile conforme a Figura 7.
FIGURA 7 - CRIAR UM NOVO ARQUIVO SHAPEFILE UTILIZANDO COORDENADAS EM UTM
Fonte: QGIS (2022).
61UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
Após selecionar a opção “guardar elementos como ...” será aberto uma janela. É 
importante que o Formato esteja na opção Shapefile. Crie um novo arquivo (2); e na opção 
de SRC selecione EPSG:31982 –SIRGAS 2000/UTM zone 22S e finalize clicando em OK.
Para a visualização do mapa apresentado em UTM, primeiramente a camada 
area_fazenda deverá ser desmarcada e com a camada “area_fazendaUTM” selecionada 
deverá realizar novamente o procedimento de definição do Sistema de Referência de Coor-
denadas (SRC) representada na Figura 6. Observe que, após realizar estes procedimentos, 
as medidas apresentadas em coordenadas, abaixo do mapa, estarão em metros, conforme 
pode ser observado em destaque circulado na Figura 8.
FIGURA 8 - MAPA ELABORADO EM COORDENADAS UTM
Fonte: QGIS (2022)
 ● Criação de pontos para coleta de amostras de solo
Nesta etapa, utilizaremos o mapa confeccionado em UTM e traçaremos pontos 
amostrais para a coleta hipotética de amostras do solo a 20 cm de profundidade para a 
criação do mapa de necessidade de calagem.
62UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
Para traçar os pontos amostrais, a camada criada em UTM deve estar selecionada. 
Nos passos seguintes utilizaremos a barra de ferramentas localizada na parte superior da 
tela, sendo: Vetor > Investigar > Pontos regulares > executar. A partir desta etapa irá 
surgir uma janela intitulada Pontos regulares. Na área de seleção de entrada clique no 
ícone que está circulada em vermelho (Figura 9), na contagem/espaçamento de pontos 
coloque 30 metros. Confira se o SRC da camada de saída condiz com a que estamos 
trabalhando.
FIGURA 9 - ETAPA PARA A ADIÇÃO DE PONTOS REGULARES NO MAPA
Fonte: QGIS (2022).
Verifique se a camada de pontos regulares criada está salva em shp.
Ospontos regulares criados extrapolará as delimitações do mapa, porém, o que 
nos interessa é apenas os pontos presentes dentro do mapa e, portanto, teremos que 
realizar outra etapa, chamada de recorte.
Antes de recortarmos, clicaremos com o botão direito na camada Pontos regulares, 
indo em Propriedades > Fontes > Criar índice espacial.
Para realizar o recorte vá em Vetor > Geoprocessamento > Recortar. Aparecerá 
uma janela intitulada Recortar. Siga os passos conforme é observado na Figura 10. Ao 
final, para visualizar apenas os pontos recordados, vá na janela de camadas e desmarque 
a camada “pontos regulares’’.
63UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
FIGURA 10 - CRIAÇÃO DE PONTOS RECORTADOS 
PARA A DETERMINAÇÃO DE PONTOS DE AMOSTRAS
Fonte: QGIS (2022).
Ao final, teremos em torno de 29 pontos espaçados a 30 metros cada. 
 ● Inserção do resultado da análise de solo nos pontos georreferenciados
Vamos supor que as amostras serão realizadas nestes pontos e após o seu resul-
tado em laboratório determinaremos a necessidade de calagem com base no método de 
saturação por base, conforme é observado na seguinte equação:
 NC = (CTC * (V2% – V1%)/100 * f (1)
Em que:
NC: Necessidade de calagem;
CTC: Capacidade de troca catiônica;
V2%: Saturação de bases desejada;
V1%: Saturação de bases atual;
f: Fator (1,25)
A nossa cultura hipotética exige um V% de em torno de 70%. O resultado hipotético 
dos valores de CTC e V% estão apresentados na Tabela 1.
64UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
TABELA 1 - VALORES DE CTC, V% PARA CADA PONTO AMOSTRAL
Pontos CTC V1%
1 13,65 49,6
2 14,7 34,3
3 12,99 60,2
4 13,1 72,5
5 10,13 42,3
6 10,03 74,4
7 17,3 45,4
8 7,99 63,9
9 6,1 37,1
10 7,84 64,9
11 16,27 35,9
12 16,43 65,1
13 16,26 31,6
14 8,59 60,8
15 12,62 44,3
16 15,55 61,3
17 8,73 71,9
18 10,46 79,7
19 10,73 76,1
20 12,55 45,8
21 7,35 78,1
22 19,94 70,2
23 2,52 77,7
24 16,24 52,1
25 17,53 72,8
26 8,87 72,3
27 10,43 30,6
28 19,09 49,4
29 5,92 77,9
Fonte: Autor (2022).
Com o resultado da análise química dos pontos amostrais, nosso próximo passo é 
associar os valores apresentados na Tabela 1 com os pontos coordenados no nosso mapa 
e inseri-los no programa QGIS.
65UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
Com o botão direito do mouse clique na recente camada criada de recorte e vá 
em abrir tabela de atributos. A janela que será aberta mostrará todos os pontos dentro 
do mapa. Não se preocupe se os totais de pontos forem maiores ou menores em relação 
aos pontos discutidos nesta unidade, pois o primeiro ponto marcado no mapa ocorre de 
maneira aleatória e, portanto, pode alterar o número final de pontos dentro do mapa.
Com a janela do número de pontos aberta, clique no ícone em formato de lápis e 
depois clique na opção calculadora de campo. Após esta etapa aparecerá uma janela “cal-
culadora de campo” e é nesta área que definiremos os pontos X e Y de nossa coordenada 
para os pontos (Figura 11).
FIGURA 11 - ETAPA PARA A CRIAÇÃO E INSERÇÃO DAS 
COORDENADAS X E Y NOS PONTOS AMOSTRAIS
Fonte: QGIS (2022).
Conforme pode ser observado na Figura 11 na aba Calculadora de Campo, a mesma 
deve ser preenchida observando se no campo criar um novo campo está marcado, em nome 
do novo campo colocaremos X (m), em tipo do novo campo marque em número decimal 
(real) e marcaremos a precisão de 4, ou seja, 4 casas após a vírgula. Na etapa 5 selecionare-
mos geometria e clicamos no sinal $x.
66UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
Após a realização desta etapa, irá aparecer a coluna X, com suas coordenadas, 
na tabela com o total de pontos do mapa. Agora colocaremos as coordenadas Y. Esta 
etapa é o mesmo processo descrito na Figura 11, porém no campo nome do novo campo 
colocaremos Y (m) e na etapa 5 em geometria clicaremos no sinal $y.
Finalizado o processo, agora teremos a tabela com o total de pontos juntamente 
com suas coordenadas X e Y. Ainda na janela de Atributos, salve o procedimento no ícone 
de disquete e desabilite o ícone de lápis.
Agora sabemos que a camada intitulada de recortado possui todos os pontos 
georreferenciados contidos em sua tabela de atributos. E neste momento, precisaremos 
passar todas as informações em forma de tabela (Excel) e para isto devemos exportar a 
camada recortado clicando com o botão direito na camada recordado e indo em Exportar 
> guardar elementos como...
Desta vez salvaremos o arquivo no formato Planilha de cálculo MS Office Open, 
salvando o arquivo intitulado de PONTOS_AMOSTRAIS em local onde você saiba buscar 
posteriormente. Antes de clicar em OK, desmarque o quadro “adicionar arquivo salvo ao 
mapa” conforme pode ser observado na Figura 12.
FIGURA 12 - ETAPAS PARA EXPORTAR A CAMADA “RECORDADO” 
TRANSFORMANDO-O EM ARQUIVO EM PLANILHA DE EXCEL
Fonte: QGIS (2022).
67UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
Nesta etapa utilizaremos a planilha do programa Excel®, que por meio do procedi-
mento de copiar e colar adicionaremos as colunas de coordenadas X (m) e Y (m), realizada 
no procedimento anterior, e colocaremos ao lado da tabela com os resultados de CTC e V%, 
apresentado na Tabela 1.
Ao final de inserir as colunas X e Y na tabela, vá em Salvar como > CSV (separado 
por vírgula).
Após salvar a planilha, iremos novamente ao QGIS e abriremos o arquivo salvo 
em CSV no Excel através dos seguintes passos:: Camada > Adicionar camada > Adicionar 
camada de texto delimitado. Após realizar este processo abrirá uma janela, representada 
na Figura 13. Preencha exatamente como é mostrado na imagem.
 
FIGURA 13 - ETAPA PARA A CRIAÇÃO DA CAMADA 
COM AS INFORMAÇÕES DE CTC E V% NO MAPA
Fonte: QGIS (2022).
Finalizado este procedimento, teremos uma camada adicionada na janela de ca-
madas do QGIS e a partir dela será criado a camada com os atributos (CTC e V%) por 
meio da Krigagem. A etapa de criação de mapa temático pelo método de Krigagem será 
discutida na Unidade IV.
68UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
69UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS 69
A ferramenta QGIS, além de gerar mapas temáticos de fertilidade do solo, também é capaz de gerar mapas 
objetivando o desenvolvimento social. Pesquisadores do Instituto Federal de Pernambuco utilizaram o pro-
grama QGIS para definir as regiões com maiores índices de radiação solar para a implantação de estação 
de geração de energia solar.
Fonte: Pedrosa Filho, M. H. de O.; Cavalcante, E. B. C. Utilização Do Programa Qgis Na Elaboração De Mapa 
De Irradiação Solar. VIII Congresso Brasileirode Energia Solar. p. 1-11. 2020. Disponível em: 
https://anaiscbens.emnuvens.com.br/cbens/article/view/757/757. Acesso em: 23 dez. 2022.
O uso de geotecnologias torna a gestão ambiental mais eficaz e eficiente, subsidiando-a com bases de 
dados espaciais que permitem avaliar o potencial ambiental e identificar possíveis conflitos no aproveita-
mento desse potencial quanto à utilização dos recursos naturais 
Fonte: Castro et al. (2018).
https://anaiscbens.emnuvens.com.br/cbens/article/view/757/757
70
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As imagens geradas por satélites permitem observar qualquer parte do planeta. 
Graças a isso, o uso de software de imagens garante a criação de mapas cada vez mais 
fidedignos da área em estudo. O software QGIS é um exemplo, permitindo a criação de 
mapas temáticos totalmente georreferenciados e de modo gratuito. Este programa também 
possibilita a criação de pontos de coletas amostrais do solo, assegurando que as informa-
ções coletadas realmente representarão as reais características presentes na área. 
Deste modo, vimos que a ferramenta QGIS é relativamente simples de usar, ten-
do seus comandos totalmente escritos em português e de fácil compreensão. Através da 
localização e delimitação da área da fazenda experimental da UniFatecie, pudemos iniciar 
a implantação da agricultura de precisão determinando os pontos amostrais de coleta do 
solo e a inserção de seus resultados em cadaponto georreferenciado para que assim seja 
confeccionado o mapa temático da necessidade de calagem.
UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
71
LIVRO 
Título: Fertilidade do solo
Autor: Roberto Ferreira Novais et al.
Editora: SBCS
Sinopse: Abrangendo dezoito capítulos, elaborados por reno-
mados professores e pesquisadores brasileiros, num total de 
1017 páginas, este livro trata, no capítulo I, de uma descrição 
das inter-relações fertilidade do solo e produtividade agrícola, 
com ênfase em aspectos históricos de sua evolução no mundo 
e fatos marcantes no Brasil. Os capítulos II, III e IV envolvem 
uma discussão sobre fatores de crescimento das plantas, ele-
mentos requeridos à nutrição de plantas e relação solo-planta, 
que são princípios básicos indispensáveis para o conhecimento 
da fertilidade do solo no seu sentido mais amplo. Nos capítulos 
V a XI, são apresentados aspectos básicos e aplicados sobre 
acidez do solo e sua correção, matéria orgânica, nitrogênio, 
fósforo, potássio, enxofre e micronutrientes, que abrangem 
desde aspectos básicos para fixação dos conceitos até o uso 
e manejo correto de corretivos e fertilizantes. Os capítulos XII 
a XIV abordam a discussão sobre produção, características e 
propriedades dos fertilizantes, avaliação da fertilidade do solo, 
recomendação e manejo da adubação (modos de aplicação, lo-
calização e época), dentre outros tópicos. Os capítulos XV a XVIII 
abrangem a fertilidade do solo e seu manejo para condições 
bem específicas, envolvendo esses aspectos em sistema plan-
tio direto, em solos afetados por sais e em áreas degradadas, 
sistemas esses que, por suas peculiaridades, merecem trata-
mento especial. Finalmente, o capítulo XVIII trata da fertilidade 
e sustentabilidade da atividade agrícola, com ênfase para solos 
tropicais, naturalmente inférteis.
FILME / VÍDEO 
Título: Precision Agriculture - The Future of Farming 
Ano: 2020.
Sinopse: O vídeo aborda a importância da agricultura de pre-
cisão para combater os desafios do aumento populacional 
e redução dos impactos ambientais, abordando as principais 
ferramentas na utilização da agricultura de precisão. 
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=YE3PzeNBvzo
MATERIAL COMPLEMENTAR
UNIDADE 3 CONHECENDO A FERRAMENTA QGIS
https://www.youtube.com/watch?v=YE3PzeNBvzo 
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Plano de Estudos
• Confecção de mapa por krigagem;
• Agricultura utilizando taxa variável.
Objetivos da Aprendizagem
• Capacitar o aluno para a elaboração de mapa 
 temático de fertilidade do solo;
• Compreender o uso da utilização da taxa variável 
 na semeadura e aplicação de corretivos;
• Estabelecer a importância da agricultura de precisão 
 na otimização dos insumos utilizados na produção.
4UNIDADEUNIDADE
MAPAS TEMÁTICOSMAPAS TEMÁTICOS
E AGRICULTURA E AGRICULTURA 
EM TAXA VARIÁVELEM TAXA VARIÁVEL
 Professor Me. André Felipe Barion Alves Andrean
73
INTRODUÇÃO
Ao longo da história, a agricultura sempre esteve presente no desenvolvimento das 
civilizações, e graças a ela foi possível o rápido crescimento populacional. Entretanto o 
aumento da população ocorre de maneira exponencial, em que as projeções para o ano de 
2050 implicará em 9 bilhões de pessoas no mundo (NASCIMENTO, 2018).
Uma das muitas questões que levantam é: como garantir alimentos a essas pes-
soas sem consumir todos os recursos para produzir? Talvez uma das respostas seja a 
implementação da agricultura de precisão.Fonseca (2019) descreve que a utilização da 
agricultura de precisão pode contribuir para o meio ambiente, uma vez que diminui as 
agressões ao meio ambiente.
Deste modo, nesta unidade finalizaremos o mapa de necessidade de calagem 
hipotética da Fazenda Experimental Uni Fatecie. Esperamos que por intermédio das orien-
tações descritas neste material, contribua para que o aluno tenha capacidade de elaborar 
mapas temáticos de diversas áreas e atributos.
Através do mapa temático confeccionado, compreenderemos de forma clara os 
fatores necessários para a implementação da taxa variável. Utilizaremos como exemplo 
nossa cultura hipotética, podendo ser semeada em diferentes densidades populacionais, 
variando de acordo com a fertilidade da área. Desta maneira, também também será desen-
volvido mapa de necessidade de calagem, evidenciando as diferenças marcantes entre as 
áreas que necessitam da correção em relação às de suficiência.
Por fim, esperamos que este material sirva de embasamento para futuras pesqui-
sas ligadas à agricultura de precisão, pois como já foi discutido, esta ferramenta está em 
constante evolução.
 
 
 Obrigado e bom estudo ! 
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL
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Nesta unidade daremos continuidade da confecção do mapa que foi gerado na 
Unidade 3.
Este procedimento é realizado quando as informações referentes ao CTC, V% e as 
coordenadas X e Y já estão inseridas como camada no programa QGIS. Portanto, após criar 
a camada descrita na Figura 13 da unidade anterior, utilizaremos um plugin chamado SAGA 
que está inserido no QGIS. A nossa camada com as informações do solo foi nomeada de 
PONTOS AMOSTRAIS _OK.
Caso você não tenha a extensão SAGA instalada no seu QGIS, vá em Complemen-
tos > Gerenciar e instalar complementos E busque pelo nome SAGA, conforme pode ser 
observado na Figura 1.
74747474
 1 CONFECÇÃO
 DE MAPA 
 POR KRIGAGEM
TÓPICO
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL
FIGURA 1 - REPRESENTAÇÃO DA SEQUÊNCIA DE 
COMANDOS PARA INSTALAR O PLUGIN SAGA
Fonte: QGIS (2022).
Com o SAGA instalado, agora iremos criar uma camada de krigagem para cada 
dado amostrado (CTC e V%). Inicialmente criaremos uma camada para CTC e V% e ao 
final criaremos uma camada de necessidade de calagem conforme a equação de saturação 
por bases descrita na unidade anterior.
Primeiramente iremos criar a camada para a CTC. Para isso abriremos o programa 
SAGA e, em seguida, clicamos em Raster Creation tools > ordinary kriging. Na janela Ordi-
nay kriging realizamos os seguintes passos:
 ● Points: Marcamos qual ponto queremos criar a camada, sendo a PONTOS _
AMOSTRAIS_OK;
 ● Attributes: Selecionaremos qual tributos queremos visualizar, sendo a CTC;
 ● Output: marcamos a camada base, sendo a AREA_FAZENDAUTM;
 ● Cellsize: 2,000000;
 ● Error measure: Standard Deviation;
 ● SearchRange: [0] local;
 ● Number of points: All points within search distance;
 ● Maximum 29 (nossos 29 pontos);
 ● Prediction: (ctc) criar o nome do arquivo.
A descrição detalhada para a criação da camada de CTC está apresentada na Figura 2.
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL 75
FIGURA 2 - SEQUÊNCIA PARA A CRIAÇÃO DA CAMADA DE CTC
Fonte: QGIS (2022).
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL 76
Ao criar a camada KRIGAGEM_CTC, aparecerá um quadro com diferentes tona-
lidades de cinza sobre o nosso mapa. Para melhor visualização, devemos configurar as 
cores de exibição. Para isso, clicamos com o botão direito do mouse sobre a camada CTC e 
selecionaremos propriedades.
Na janela de propriedades da camada clicamos em Simbologia. Em Tipo de ren-
derização marcamos Banda simples falsa-cor. Colocaremos a opção Spectral e invertemos 
o gradiente de cores, conforme pode ser observado na Figura 3.
FIGURA 3 - ALTERAÇÃO DAS CORES REPRESENTATIVAS DA CAMADA DE CTC CRIADA
Fonte: QGIS (2022).
Caso queira alterar alguma cor em específico, basta clicar sobre a cor que deseja 
substituir com o botão direito e realizar a troca de acordo com sua preferência.
Finalizado o processo de alteração das cores, note que na área do mapa aparecerá 
um quadro com as cores que selecionamos, conforme pode ser observado na Figura 4. 
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL 77
FIGURA 4 - QUADRO DE CORES SOBRE O MAPA REPRESENTANDO OS VALORES DE CTC
Fonte: QGIS (2022).
O próximo passo é realizar a mesma criação da camada pelo Ordinary Kriging no 
SAGA, no entanto na opção Atributes selecionaremos o V. Ao final deste processo, altere 
as cores de igual modo que foi realizado para a camada de CTC. A Figura 5 representa a 
criação da camada de krigagem_v.
FIGURA 5 - QUADRO DE CORES SOBRE O MAPA REPRESENTANDO OS VALORES DE V%
Fonte: QGIS (2022)
.
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL 78
Após criarmos as duas camadas, agora precisaremos criar a camada que repre-
senta a necessidade de calagem. Para isto, clicamos na opção Raster (localizado na 
barra superior do programa) > Calculadora raster. O próximo passo é preencher a janela 
calculadora raster. Na opção camada de saída, crie um nome e o local de salvamento do 
arquivo. O SCR de saída, preencha como consta na Figura 6. A equação deverá ser digitada 
conforme é mostrado na figura abaixo utilizando os dados presentes na aba Bandas raster.
FIGURA 6 - ETAPA DE INSERÇÃO DA EQUAÇÃO DE NECESSIDADE
 DE CALAGEM PARA A CONFECÇÃO DA CAMADA DE CALAGEM
Fonte: QGIS (2022).
Finalizado o processo de criação da camada de necessidade de calagem, preci-
saremos realizar o corte do quadro para que o mesmo fique nas delimitações do mapa. 
Para isto, vá em Raster > extrair > recortar raster pela camada de máscara. Após este 
procedimento, aparecerá a janela recortar raster pela camada de máscara. Na camada 
de entrada, selecione a camada de necessidade de calagem que criamos e para a camada 
máscara coloque a opção de AREA_FAZENDAUTM. Os outros itens devem ser marcados 
conforme está apresentado na Figura 7.
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL 79
FIGURA 7 - PROCESSO PARA REALIZAR O RECORTE DO MAPA DE CALAGEM
Fonte: QGIS (2022).
Ao término do procedimento, note que ocorreu o recorte da área de interesse, porém 
o mesmo está nas cores Banda simples cinza (Figura 8). Para que o mapa de necessidade 
de calagem fique com as cores Spectra (Figura 9), realize o procedimento de alteração das 
cores em propriedades e simbologia, conforme já foi demonstrado. 
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL 80
FIGURA 8 - PROCESSO DE RECORTE DA CAMADA DE NECESSIDADE DE CALAGEM FINALIZADO
Fonte: QGIS (2022).
FIGURA 9 - MAPA DE NECESSIDADE DE CALAGEM FINALIZADO
Fonte: QGIS (2022)
No próximo tópico, simulamos o planejamento da aplicação de calagem e da se-
meadura de nossa cultura hipotética.
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL 81
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 A agricultura embasada na utilização da taxa variável tem como objetivo atuar, de 
maneira localizada, sobre as diversas variáveis presentes no campo, buscando alcançar 
o máximo potencial da área. Segundo Goering e Hans (1993) quando é considerada a 
variabilidade espacial no fator de produção, é possível aplicar as quantidades necessárias 
em cada ponto, fortalecendo o conceito de agricultura sustentável. Do ponto de vista eco-
nômico, a aplicação em taxa variável permite a otimização do insumo utilizado.
 O conceito de aplicação em taxa variável, pode ser empregado em qualquer 
atividade que envolva o uso de taxas específicas e que refletem diretamente na produtivi-
dade. Esta tecnologia pode ser utilizada para variação de taxas de semeadura, fertilizante, 
corretivos de solo, agroquímicos e reguladores de crescimento.
2.1 Aplicação em taxa variável de semeadura 
Para compreendermos a aplicação em taxa variável na semeadura, temos que 
entender o funcionamento básico da máquina semeadora. Visando a semeadura em linha, 
as máquinas semeadoras podem ser classificadas em mecanizada ou pneumática.
O sistema dosador de sementes em semeadoras mecânicas é por meio da gravi-
dade, e seus discos capturam as sementes que são mantidas pelo anel. Através da rotação 
dos discos, ocorre a liberação da semente nos canais até ser depositado na linha de plantio.
8282828282UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL
 2 AGRICULTURA 
 UTILIZANDO
 TAXA VARIÁVEL
TÓPICO
As máquinas dotadas pelo sistema pneumático são de elevado custo, no entanto a 
precisão na deposição da semente é maior. Seu sistema se baseia na utilização de vácuo, 
gerado pelo ventilador acoplado na máquina, sendo responsável por conduzir a semente 
desde o reservatório até o condutor de sementes, que este a levará para o solo. Outra 
vantagem no uso desse sistema é que não causa dano mecânico à semente.
As máquinas devem possuir sistema de navegação GPS, além de sensores embar-
cados. Por meio dos controladores eletro-hidráulicos, o sistema reconhece a localização em 
que o implemento está trafegando, assim ocorre a semeadura em diferentes quantidades.
Com base no mapa de necessidade de calagem que foi confeccionado na Fazenda 
da UniFatecie, faremos um planejamento de semeadura de nossa cultura hipotética. Adota-
remos a estratégia de realizar uma maior densidade de plantio nas áreas que apresentam 
maior potencial de produção, sendo representada pelos locais que estão em adequada 
saturação de bases (Figura 10). De modo geral adotaremos o espaçamento de 0,45 m 
entre linhas e o número de plantas por metros será variável de acordo com a potencialidade 
do local apresentado pelo mapa. 
FIGURA 10 - REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇAMENTO GERADO PELA 
PLATAFORMA DA SEMEADORA NA ÁREA DA FAZENDA UNIFATECIE
Fonte: adaptado QGIS (2022)
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL 83
Adotaremos espaçamento de 5 cm entre plantas, perfazendo 20 plantas por metro 
na área de maior fertilidade (verde). A área em que ocorre a transiçãode cores, chamare-
mos de intermediária, e esta terá o espaçamento de 10 cm por planta, sendo 10 plantas 
por metro. Por fim, na área considerada de baixa fertilidade (vermelho) adotaremos o es-
paçamento de 20 cm perfazendo 5 plantas por metro.Através da equação 1, definiremos o 
número desejado do estande final da nossa cultura.
 (1)
No qual:
Estande desejado = população desejada de plantas por hectare;
n° de sementes = número de sementes por metro linear;
10.000 = 10.000 m² equivalente a 1 hectare;
Espaçamento entre linhas = espaçamento entre linhas de plantio em metros
 
Desta forma teremos o número de plantas desejado por hectare (Tabela 1), no 
entanto, não podemos esquecer que o valor do estande desejado deverá ser corrigido pela 
função de germinação. Portanto adotaremos o poder germinativo de 90%.
TABELA 1 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DA CULTURA 
HIPOTÉTICA DE ACORDO COM A FERTILIDADE DA ÁREA
Área de 
maior
Área de
 fertilidade
Área de
 baixa
fertilidade intermediária fertilidade
n° de plantas desejado 
por metro
20 10 5
n° de plantas final por metro 22,22 11,11 5,55
Estande desejado de
 plantas/ha
444.444 mil 222.222 mil 111.111 mil
Estande final (90%) plantas/ha 493.777 mil 246.888 mil 123.333 mil
Fonte: do autor (2022)
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL 84
Deste modo, realizaremos o levantamento da área em hectares de cada setor de 
acordo com a cor expressa no mapa. Para levantarmos a área, criaremos uma outra cama-
da shapefile. Clique em Camada > Criar nova camada > Nova camada Shapefile.
Na janela Nova camada Shapefile, preencha as informações como apresentado na 
Figura 11. O nome dado ao arquivo será area_maior_fertilidade, pois iniciaremos a aferição 
por ela. Demarque a área a seu critério em relação aos tons das cores presente no mapa. 
Lembre-se que, pelo motivo da delimitação ser livre de acordo com a sua interpretação, 
poderá haver diferenças na área total em hectares.
FIGURA 11 - CRIAÇÃO DE NOVA CAMADA SHAPEFILE PARA DETERMINAR
 A ÁREA EM METROS QUADRADOS DO LOCAL DE INTERESSE
Fonte: QGIS (2022).
Para a determinação da área em hectares, clicamos com o botão direto sobre a 
camada criada (area_maior_fertilidade) > abrir tabela de atributos. Na janela de atributos, 
clique no símbolo do lápis e depois na calculadora, conforme está circulando em vermelho. 
Após este processo, abrirá uma nova janela chamada Calculadora de campo.
Criaremos o nome em: nome do novo campo. Na opção de tipo de novo campo, 
marcamos número decimal (real) e precisão de 4, sendo o número de casas depois da 
vírgula. Para a expressão digitaremos $area/10000 e clicamos em OK (Figura 12).
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL 85
FIGURA 12 - ETAPAS PARA AFERIR A ÁREA DO LOCAL DEMARCADO
Fonte: QGIS (2022)
Após finalizar esse procedimento, aparecerá na tabela de atributos a área em hec-
tares do local demarcado. A área de maior fertilidade demarcada no exemplo possui 1,35 
hectares. Para as outras duas áreas (intermediária e baixa fertilidade) realize o mesmo 
passo da elaboração da camada de maior fertilidade. A área em hectare de cada divisão de 
fertilidade está representada na Figura 13.
FIGURA 13 - REPRESENTAÇÃO DA ÁREA QUE RECEBERÁ A SEMEADURA EM TAXA VARIÁVEL
Fonte: Adaptado de QGIS (2022).
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL 86
Deste modo, a quantidade total de sementes da cultura hipotética que cada área 
receberá está presente na Tabela 2.
TABELA 2 - ESTANDE FINAL DE PLANTAS DE ACORDO COM A FERTILIDADE DA ÁREA
Área de maior Área de fertilidade Área de baixa
fertilidade intermediária fertilidade
Estande final plantas 641.910 mil 237.012 mil 54.266 mil
Fonte: do autor (2022).
 ● Aplicação em taxa variável de necessidade de calagem
A aplicação da calagem tem por objetivo eliminar a acidez do solo e fornecer cálcio 
e magnésio para as plantas. Com a redução da acidez do solo, outros nutrientes passam a 
estar disponíveis para a absorção pela planta (Figura 14). Vale ressaltar que a aplicação da 
calagem deve ser realizada antes da semeadura. Sfredo (2008) afirma que a calagem deve 
ser realizada no mínimo 90 dias antes da semeadura de qualquer cultura.
FIGURA 14 - RELAÇÃO ENTRE PH E A DISPONIBILIDADE DE ELEMENTOS NO SOLO
Fonte: Sfredo (2008).
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL 87
O sistema de aplicação de calcário é composto pelo distribuidor, receptor GNSS, 
monitor, controlador de seções, conjunto de atuadores e alimentação. Os distribuidores 
são constituídos por tanque de armazenamento, disco espalhador, e sistema de engate no 
trator, utilizando a tomada de potência (Figura 15).
FIGURA 15 - COMPONENTES NECESSÁRIOS PARA A APLICAÇÃO EM TAXA VARIÁVEL
Fonte: SENAR (2011).
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL 88
Os controladores eletrônicos embarcados no implemento são responsáveis pela 
abertura mínima e máxima da comporta, controlando assim a quantidade de calcário que é 
caída sobre os discos espalhadores. O mapa temático gerado no QGIS, pode ser inserido 
no sistema via USB no próprio painel do GPS acoplado ao trator, em que o sistema opera-
cional executa o arquivo em Shapefile. O mapa da necessidade de calagem da nossa área 
está apresentado na Figura 16. Para os locais em que a saturação por base está adequada, 
será dispensável a aplicação de calcário. Os locais onde há a transição das cores, para fins 
didáticos, classificaremos como área intermediária, no entanto, em projetos reais todas as 
cores/áreas deverão ter atenção especial.
FIGURA 16 - MAPA DE NECESSIDADE DE CALAGEM DA ÁREA
Fonte: Adaptado de QGIS (2022).
Note que os valores de calcário descrito na legenda da Figura 16 estão em tone-
ladas por hectare, portanto, devemos fazer a conversão de acordo com as delimitações 
de nossa área. Para a área adequada (0,76 hectares) não será aplicado calcário, a área 
intermediária possui 1,5 hectares e a área em vermelho possui 0,44 hectares.
A conversão desses dados é simples. Utilizaremos a equivalência dessas informa-
ções utilizando regra de 3, conforme pode ser observado no exemplo abaixo.
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL 89
Necessidade de calagem na área intermediária
Para fins didáticos utilizaremos o valor de 1,87 t/ha para a área intermediária, por-
tanto, a quantidade total será:
1 hectare ------------------ 1,87 toneladas (2)
1,5 hectares --------------- X
X = 2,8 toneladas de calcário será aplicado em toda a área intermediária.
Para a área de baixa fertilidade, representada na cor vermelho, teremos:
 
 1 hectare -------------------- 3,90 toneladas (3)
 0,44 hectares ---------------- X
X = 1,71 toneladas de calcário será aplicado em toda a área representada na cor 
vermelha.
Podemos observar que o local em que mais necessitou de correção de calcário, foi 
a menor área, sendo 1,71 toneladas, já a área intermediária necessitará de 2,8 toneladas. 
Desde modo, a agricultura de precisão, por meio da aplicação da taxa variável, permitiu a 
otimização do insumo, aplicando as devidas quantidades apenas nos locais em que real-
mente necessitava, logo, estas ações contribuem para maior economia na produção além 
de reduzir os impactos ambientais causados pela agricultura.
mais quente dentro da agricultura tradicional. O primeiro volume apresenta o apli-
cativo GIS para seu uso em agronomia, GIS Applications in Agriculture examina maneiras 
pelas quais essa poderosa tecnologia pode ajudar os agricultores a produzir com mais 
eficiência e custos mais baixos.
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL 90
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL 9191
Com o avanço da tecnologiae sua produção em massa, consequentemente acarreta em seu barateamento, 
principalmente com o desenvolvimento de novos componentes a menor custo. Pesquisadores da USP estão 
desenvolvendo componentes de sensores eletrônicos que podem baratear seu custo de produção em até 
66%. Assim, a utilização de sensores que compõem a agricultura de precisão, poderá abranger ainda mais 
adeptos. 
Fonte: PESQUISADORES desenvolvem método que pode baratear a fabricação de sensores. JORNAL DA 
USP, 2021. Disponível em: https://jornal.usp.br/ciencias/pesquisadores-desenvolvem-metodo-que-pode-
-baratear-a-fabricacao-de-sensores/#:~:text=Pesquisadores%20do%20Instituto%20de%20Qu%C3%AD-
mica,sensores%20at%C3%A9%2066%25%20mais%20barata. Acesso em: 26 jul. 2022.
Considerando a relevância da agricultura para a economia do país, ela necessita ter condições de absorver 
e utilizar inovações e tecnologias da informação, para ampliar a competitividade dinâmica do setor agrícola 
Fonte: Mendes; Buainain; Fasiaben (2014).
https://jornal.usp.br/ciencias/pesquisadores-desenvolvem-metodo-que-pode-baratear-a-fabricacao-de-sensores/#:~:text=Pesquisadores%20do%20Instituto%20de%20Qu%C3%ADmica,sensores%20at%C3%A9%2066%25%20mais%20barata
https://jornal.usp.br/ciencias/pesquisadores-desenvolvem-metodo-que-pode-baratear-a-fabricacao-de-sensores/#:~:text=Pesquisadores%20do%20Instituto%20de%20Qu%C3%ADmica,sensores%20at%C3%A9%2066%25%20mais%20barata
https://jornal.usp.br/ciencias/pesquisadores-desenvolvem-metodo-que-pode-baratear-a-fabricacao-de-sensores/#:~:text=Pesquisadores%20do%20Instituto%20de%20Qu%C3%ADmica,sensores%20at%C3%A9%2066%25%20mais%20barata
92
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A confecção de mapas temáticos a partir das informações coletadas no campo é 
a resultante de todos os esforços agronômicos para o aumento da produtividade. Esta fer-
ramenta é capaz de ao mesmo tempo proporcionar maior otimização no uso de máquinas, 
recursos humanos e insumos, como também na redução dos impactos ambientais. Deste 
modo, aprendemos os critérios essenciais para o levantamento e inserção de informações 
agronômicas no software QGIS e através dessa ferramenta conseguimos elaborar mapas 
temáticos de aplicação em taxa variável de semeadura e necessidade de calagem. Assim, 
otimizamos os recursos utilizados na produção agrícola. 
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL
93
LIVRO 
Título: GIS: Applications in Agriculture.
Autor: Francis J. Pierce, David Clay.
Editora: Routledge.
Sinopse: O aumento da eficiência e lucratividade que a aplicação 
adequada da tecnologia pode proporcionar fez da agricultura 
de precisão a área de desenvolvimento mais quente dentro da 
agricultura tradicional. O primeiro volume apresenta o aplicativo 
GIS para seu uso em agronomia, GIS Applications in Agriculture 
examina maneiras pelas quais essa poderosa tecnologia pode 
ajudar os agricultores a produzir com mais eficiência e custos 
mais baixos. 
FILME / VÍDEO 
Título: Imagery in ArcGIS for Agriculture
Ano: 2018.
Sinopse: Aprenda como você pode efetivamente utilizar ima-
gens em seus projetos ArcGIS específicos para agricultura.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Aq3AhObnuuA
MATERIAL COMPLEMENTAR
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL
https://www.routledge.com/search?author=Francis%20J.%20Pierce
https://www.routledge.com/search?author=David%20Clay
https://www.youtube.com/watch?v=Aq3AhObnuuA
https://www.youtube.com/watch?v=Aq3AhObnuuA 
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https://www.yarabrasil.com.br/nutricao-de-plantas/solucoes-digitais/yara-n-sensor/
9999
Prezado (a) aluno (a)!
Ao longo da nossa caminhada referente ao estudo da agricultura de precisão, 
compreendemos que a agricultura, como um todo, está em constante evolução, tendo início 
a partir domomento em que o homem deixou de ser nômade e passou a produzir seu 
próprio alimento. De lá para cá houve a criação e desenvolvimento de máquinas, implemen-
tos, melhoramento genético, controle químico, biológico e talvez o mais importante deles, 
a agricultura de precisão. Pois através dela, todas as ferramentas até aqui descobertas 
passam a ser utilizadas de maneira correta e eficiente.
Atualmente, existe um grande apelo em favor das questões ambientais, principal-
mente quando esta é relacionada à agricultura. O estudo e a implementação da agricultura 
de precisão é capaz de proporcionar meios para o melhor aproveitamento dos recursos utili-
zados no setor agrícola. Desta forma, garantirá que a agricultura continue desempenhando 
seu importante papel na sociedade e ao mesmo tempo garantindo a sustentabilidade e a 
conservação do meio ambiente.
Portanto, neste material busquei trazer os principais conceitos da agricultura de 
precisão, além das ferramentas que compõem a coleta de informações no campo por meio 
de sensores e coletas manuais para a confecção de mapas temáticos, como também, atra-
vés dos exemplos práticos para a implementação desta técnica, pois acreditamos que este 
material contribuirá para o seu desenvolvimento profissional.
Deste modo, ressaltamos que o sucesso na estratégia da implementação e condu-
ção da agricultura de precisão pode ser obtida através dos principais pontos que abordamos 
ao longo da disciplina, e acreditamos que os conhecimentos até aqui adquiridos, tornam 
você, caro aluno, apto para colocá-la em prática.
 
Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigado!
CONCLUSÃO GERAL
ENDEREÇO MEGAPOLO SEDE
 Praça Brasil , 250 - Centro
 CEP 87702 - 320
 Paranavaí - PR - Brasil 
TELEFONE (44) 3045 - 9898
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	Unidade 1: 
	Unidade 2: 
	Unidade 3: 
	Unidade 4:o que é 
 agricultura de precisão e seus benefícios;
• Compreender os componentes do sistema
 de navegação e os principais sensores;
• Estabelecer a importância do uso dessas 
 ferramentas na tomada de decisão.
1UNIDADEUNIDADE
PRINCÍPIOS DAPRINCÍPIOS DA
AGRICULTURA AGRICULTURA 
DE PRECISÃODE PRECISÃO
 Professor Me. André Felipe Barion Alves Andrean
8
INTRODUÇÃO
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
O uso da tecnologia na agricultura cada vez mais se torna um pré-requisito para maio-
res produtividades e consequentemente sua permanência no mercado agrícola. Gilio e Rennó 
(2018) destacam que o agronegócio tem assumido uma merecida posição de destaque econô-
mico no país, principalmente pela sua capacidade de expansão de produtividade e produção.
Torna-se impossível falar da tecnologia na produção agrícola sem citar o uso da 
agricultura de precisão. Esta ferramenta surgiu com o objetivo de potencializar a agricultura 
e ao mesmo tempo racionalizar os recursos utilizados. Harmon et al. (2005) descreve que 
a otimização dos recursos utilizados na produção agrícola, por intermédio da agricultura de 
precisão, só é alcançada quando se utiliza informações referente ao solo, clima e cultura, 
garantindo que a tomada de decisão seja a mais adequada para determinado local.
Com o advento do sistema de posicionamento global foi possível realizar o ma-
peamento das áreas e assim traçar estratégias de manejo e cultivo das principais culturas. 
Estes sistemas de posicionamento são capazes de orientar a direção e até mesmo guiar 
máquinas e implementos agrícolas através do controle de tráfego.
Assim, nesta unidade abordaremos os principais sistemas de direcionamento e 
automação agrícola guiada pelo uso de sistema de navegação global por satélite (GNSS), 
apresentando os conceitos básicos que compõem a agricultura de precisão.
Abordaremos também quais os principais sensores que compõem a agricultura de 
precisão, como funciona sua leitura e qual a finalidade das informações obtidas através 
deles. Veremos que não apenas os tratores podem ser dotados de sistema de navegação, 
mas os implementos também podem ser beneficiados com o uso de correção de trajeto, 
garantindo excelência na semeadura ou aplicação de fertilizantes.
 
 
 Muito obrigado e bom estudo ! 
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9999UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
 1 CONCEITOS DE
 AGRICULTURA
 DE PRECISÃO
TÓPICO
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
A agricultura de precisão é considerada uma técnica de manejo que leva em 
consideração a variabilidade espacial e temporal, possibilitando a utilização de insumos 
de maneira assertiva e racional (EZENNE et al., 2019). Para o Ministério da Agricultura, 
Pecuária e Abastecimento, a agricultura de precisão além de levar em consideração a 
variação espacial e temporal, também visa o retorno econômico e a sustentabilidade do 
sistema (MAPA, 2012).
No Brasil, os primeiros passos da AP (Agricultura de Precisão) surgiram entre os 
anos de 1996 e 2001 através de pesquisas relacionadas à produção de cana-de-açúcar, 
sendo a cultura pioneira a trabalhar com a variabilidade espacial da fertilidade do solo em 
lavouras no estado de São Paulo (MOLIN, 2017).
Entretanto, levantamento de informações referente ao solo já são antigos.
Os primeiros passos da agricultura de precisão ocorreram em 1929 pela Uni-
versidade de Illinois nos EUA, onde pesquisadores recomendavam que pro-
dutores desenhassem um mapa identificando os diferentes valores de acidez 
do solo através de amostras em grade para que posteriormente ocorresse a 
aplicação adequada de calcário (BERNARDI et al., 2014, p. 40).
Um dos maiores equívocos cometidos na agricultura é considerar como homogênea 
uma determinada área de cultivo, realizando aplicações de insumos baseada em médias 
levantadas em pontos aleatórios da área. Esta prática é muito comum na aplicação de 
fertilizantes, não considerando as necessidades específicas de alguns trechos da área.
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
A aplicação de fertilizantes embasados na variabilidade espacial consegue aten-
der de maneira específica cada trecho da área, otimizando os insumos empregados na 
produção agrícola.
Bernardi et al. (2014) descreve que a leitura, interpretação dos dados e atuação são 
as bases que compõem a AP. Assim, o autor define que leitura é caracterizada por obser-
vações, medição, contagem, amostras e monitoramento. A segunda etapa é denominada 
de interpretação dos dados, podendo ser de sistema de informação geográfica, topográfica, 
geoestatística e agronômica. Por fim, o autor descreve que a terceira atuação é a tomada de 
decisão por intermédio da interpretação, podendo ser representada como a distribuição de 
adubos, semeadura, pulverização e irrigação.
Com o advento do sistema de posicionamento global (GPS) aberto para uso civil, 
na década de 1990, desencadeou mais uma evolução na agricultura, caracterizada como 
Agricultura 3.0. Assim, permitiu a criação de mapas de forma rápida e de maior confiabili-
dade. Mais tarde, com o desenvolvimento da nanotecnologia, uso de sensores e modernos 
softwares, entrou em cena a Agricultura 4.0. O esquema abaixo representa a evolução da 
tecnologia na agricultura até os tempos atuais.
FIGURA 1 - EVOLUÇÃO DA AGRICULTURA 1.0 PARA A AGRICULTURA 4.0
Fonte: Adaptado de Mendes (2020) com base em Cema (2017), Melgar (2018) e Massruhá et al. (2020).
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UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
Alguns autores afirmam que estamos vivenciando a agricultura 5.0, sendo re-
presentada pelo uso de inteligência artificial, robótica, biologia sintética, impressão 3D e 
agricultura vertical (BOLFE et al., 2020; MENDES, 2020). Ainda de acordo com os autores, 
o processo de transformação digital nas propriedades rurais não é mais uma opção e sim 
uma certeza para que a agricultura brasileira mantenha sua competitividade frente a outras 
nações do mundo. 
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12121212UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
 2 SISTEMAS DE NAVEGAÇÃO 
 GLOBAL POR SATÉLITE
TÓPICO
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
Nos primórdios da navegação e localização utilizava-se as constelações, mais 
tarde com o invento da bússola permitiu grandes avanços, principalmente na navegação 
marítima. A partir de então outros métodos de localização foram desenvolvidos pelo homem.
Os EUA foi o primeiro país a desenvolver a técnica de navegação baseada nas 
ondas derádio (MOLIN; AMARAL; COLAÇO , 2019). Entretanto, este tipo de sistema era 
incapaz de realizar o posicionamento global, sem contar os grandes erros associados à 
interferência eletrônica.
Com objetivos militares, surgiu um novo sistema de navegação que oferecia maior 
exatidão e facilidade de uso, o GNSS, Global Navigation Satellite Systems, ou Sistema 
de Navegação Global por Satélite. Essa tecnologia, inicialmente de uso militar, passou a 
ser utilizada por civis após a década de 1980 (BASSOI et al., 2019). Seu primeiro uso na 
agricultura foi registrado em cultivo de canola na Alemanha (SCHNUG et al., 1993). Deste 
modo surgiu o Sistema de posicionamento global (GPS).
O GPS é um sistema de navegação composto por 24 satélites que fornecem aos 
receptores a posição em que os mesmos se encontram na Terra. Segundo Coelho et al. 
(2016) as formas como os satélites orbitam, permitem que ao menos quatro satélites pos-
sam enviar seu sinal, ocorrendo a triangulação de informações (Figura 2).
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
FIGURA 2 - CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES REPRESENTANDO O SEGMENTO ESPACIAL DO GPS
Fonte: U.PORTO. Disponível em: http://www.fc.up.pt/lic_eg/. Acesso em: 20 jun. 2022.
O sistema de GPS é divido em três segmentos:
 ● Segmento espacial: constituído por uma rede de ao menos 24 satélites a uma 
altitude de 20.200 Km, em que realizam duas órbitas circulares diárias ao redor 
da Terra. Suas posições permitem que ao menos quatro satélites estejam visíveis 
acima da linha do Equador, em qualquer hora e lugar;
 ● Segmento de controle: este é constituído pelos centros de controle que ficam 
em terra, cuja função é de monitorar a órbita e sincronia entre os satélites. Atra-
vés dos sistemas de processamento automático, o Departamento de Defesa dos 
Estados Unidos detecta e corrige qualquer instabilidade.
 ● Segmento usuário: é caracterizado pela antena que capta os sinais emitidos 
pelos satélites, em que os receptores decodificam esses sinais em diferentes 
canais. Os sinais enviados informam ao usuário seu posicionamento, velocidade 
e direção de deslocamento.
A mensuração exata do tempo gasto entre a transmissão de ondas de rádio pelo 
satélite até aos receptores só foi possível através do surgimento dos relógios atômicos. A 
mensuração do tempo é exata de cada satélite, pois cada um possui um relógio atômico. 
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http://www.fc.up.pt/lic_eg/
http://www.fc.up.pt/lic_eg/
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
O cálculo de distância entre o receptor e o satélite define uma esfera e o 
cruzamento de duas esferas define uma circunferência, e o cruzamento de 
três esferas (três satélites sintonizados) define dois pontos no espaço tridi-
mensional (posições possíveis do receptor) pela confluência das três esferas 
com seus respectivos satélites ao centro de cada uma. De modo, um quarto 
satélite sintonizado definirá uma quarta esfera, que cruzará com apenas um 
dos pontos prováveis, definindo a posição do receptor em latitude, longitude 
e altitude (MOLIN et al., 2019, p. 25).
 A ilustração referente ao processo de sintonia, cruzamento das esferas e 
provável posição do receptor é apresentada na Figura 3.
FIGURA 3 - CÁLCULO DE DISTÂNCIA ENTRE O RECEPTOR E UM SATÉLITE DEFINE UMA ESFERA 
(A); O CRUZAMENTO DE DUAS DESSAS ESFERAS DEFINE UMA CIRCUNFERÊNCIA (B); O CRU-
ZAMENTO DE TRÊS ESFERAS, DE TRÊS SATÉLITES SINTONIZADOS, DEFINE DOIS PONTOS (C); 
UM QUARTO SATÉLITE (QUARTA ESFERA) DETERMINA A POSIÇÃO DO RECEPTOR NO ESPAÇO
Fonte: Adaptado de Molin; Amaral; Colaço. (2019); Pozzuto et al. (2020).
Mesmo com toda tecnologia empregada no sistema de navegação e posiciona-
mento, ainda existem erros que são classificados em aleatórios e sistemáticos. Os erros 
considerados aleatórios são inevitáveis e são susceptíveis de ocorrerem. No entanto, os 
erros sistemáticos podem ser reduzidos ou eliminados com base na modelação dos dados.
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UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
Vale ressaltar que a posição em que os satélites estão dispostos também interferem 
na acuracidade das informações. Entende-se que a boa geometria é definida quando um 
grupo de satélite estão igualmente distribuídos e principalmente em espaçamentos adequa-
dos uns aos outros. Por outro lado, quando há uma má geometria dos satélites, em virtude 
da proximidade entre eles, estes perdem a qualidade de precisão.
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16161616UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
 3 SISTEMA DE DIREÇÃO
 AUTOMÁTICA PARA
 TRATORES
TÓPICO
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
As primeiras pesquisas para a automação de tratores surgiram na década de 2000, 
sendo utilizado controle eletro-hidráulico no sistema de direção desses veículos. O sinal 
captado pelo computador de bordo do veículo emitia sinais às válvulas de direção e estas 
realizam o esterçamento das rodas.
O sistema de direção automática em tratores é composto pelo eletro-hidráulico, 
computador, receptor GNSS, sensor de angulação do esterçamento da roda e sensor 
inercial que tem a função de notificar as oscilações fazendo a compensação da inclinação 
vertical (Figura 4).
FIGURA 4 - COMPONENTES DO SISTEMA DE DIREÇÃO
 AUTOMÁTICA DE CONTROLE ELETRO-HIDRÁULICO
Fonte: o autor (2022).
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
A qualidade do posicionamento horizontal é definida pelo índice de geometria entre 
os satélites e este recebe o nome de HOOP. Portanto, quanto menor o índice HOOP, melhor 
é a geometria, assim, não é aconselhável que se trabalhe a agricultura de precisão quando 
os valores de HOOP estiverem acima de 1,8, principalmente em operações que exigem 
maior acuracidade.
Os métodos de posicionamento também exercem influência sobre a qualidade dos 
dados. Estes métodos podem ser absolutos ou diferenciais. O método de posicionamento 
absoluto, ou também autônomo, é caracterizado por possuir apenas um receptor para a 
determinação de sua coordenada. Assim, este posicionamento é gerado por pontos.
O método diferencial tem como objetivo reverter a degradação de sinal que é atribuí-
da ao método absoluto. A coleta de dados deste método consiste na utilização de ao menos 
dois receptores, estando um posicionado numa estação de referência onde será gerado as 
correções diferenciais, o outro receptor será o móvel utilizado nas máquinas e implementos 
agrícolas (Figura 5).
FIGURA 5 - MÉTODO DE POSICIONAMENTO ABSOLUTO (A); 
MÉTODO DE POSICIONAMENTO DIFERENCIAL (B)
Fonte: o autor (2022).
Embora o sistema de correção diferencial seja mais preciso, o link de rádio utilizado 
na transmissão dos dados exige o uso de sistemas de rádio VHF ou UHF, que limitam a 
distância de seu uso de 5 km a 15 km. Outro fator limitante é que o link de rádio necessita 
de licença e no Brasil sua regulamentação é resguardada pela Agência Nacional de Tele-
comunicações (ANATEL).
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UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
Métodos que exigem maior acuracidade, como o uso de dois receptores, são utilizados 
em sistemas de direcionamento por piloto automático. Este sistema contribui para qualidade 
das operações, permitindo que o operador se atente a outras funções durante a operação.
Outro método bastante comum é o sistema de direcionamento via satélite por barrasde luz auxiliadas ou não pela direção automática. (Figura 6). No sistema manual, as ações são 
realizadas pelo operador na condução do veículo para corrigir a rota programada de acordo 
com as informações dispostas à frente do operador através do conjunto de barras de luzes.
FIGURA 6 - SISTEMA DE DIRECIONAMENTO VIA SATÉLITE POR BARRAS DE LUZ SOMENTE
 COM A PRESENÇA DE LEDS (A); COM A LUZES DE LEDS E TELA INCORPORADA (B)
Fonte: SENAR (2020).
Estes sistemas de direcionamento vieram para substituir a dependência da linha 
de marcação realizada pelo riscador de solo, algo totalmente dependente da destreza do 
operador em alinhar o trator e o implemento se baseando na linha de corte. Deste modo é 
reduzido o paralelismo.
Embora o uso de sistema de navegação GPS contribua para maior eficiência de 
plantio, manejo e colheita da cultura, a destreza do operador para garantir a correta ope-
ração sem causar sobreposição de faixas ou lacunas é de extrema importância quando 
a correção de curso é realizada de modo manual. Pesquisa realizada por Baio (2005) 
evidenciou que mesmo com o auxílio de satélites para o direcionamento e correções de 
curso realizadas manualmente pelo operador, os desvios foram superiores em operações 
totalmente automatizadas (Figura 7).
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UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
FIGURA 7 - FREQUÊNCIA DE OCORRÊNCIA DE DESVIOS DE POSICIONAMENTO EM OPERAÇÕES 
COM SISTEMA DE DIRECIONAMENTO MANUAL E AUTO DIRECIONAMENTO (AUTOMÁTICO), 
AMBOS AUXILIADOS POR DGPS
Fonte: Baio (2005).
Observa-se que a frequência de erros cometidos pelo operador (manual) foi de 
100% em desvios de aproximadamente 1 m. Já na operação automatizada os erros não 
ultrapassaram 0,35 m. Aparentemente um erro de 1m pode não apresentar grandes 
prejuízos se considerarmos uma aplicação de agroquímico, porém se esse erro for na 
semeadura, certamente compromete o estande final de plantas. Outro fator limitante é 
o aumento do risco de compactação do solo em virtude do tráfego de máquinas em 
movimentos de sobreposição.
Molin; Amaral; Colaço (2019) destacam que a própria inclinação do terreno pode 
gerar erros de leitura quando se utiliza a barra de luzes. O autor atribui que a posição da 
antena na parte superior do veículo, quando o mesmo está em terreno com declividade 
acaba gerando um desvio de projeção (ângulo de inclinação) gerando erro de leitura.
Para compensar o erro, algumas empresas oferecem esse produto equipado com 
inclinômetro ou giroscópio, assim o erro gerado é compensado ou corrigido automatica-
mente pelo software.
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20202020UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
 4 SISTEMA DE
 DIREÇÃO AUTOMÁTICA
 PARA EQUIPAMENTOS
TÓPICO
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
Como já vimos no tópico anterior, os primeiros sistemas de direção automática fo-
ram propostos para os veículos agrícolas, como o trator. Porém, na maioria das operações 
agrícolas que se utiliza o trator, o mesmo está tracionando outras máquinas e implementos, 
seja pelo engate de três pontos ou pela barra de tração.
Os sistemas de direcionamento automático orientados por GPS normalmente 
seguem o rodado esterçante do trator e não do implemento. Desta forma, podem ocorrer 
falhas em algumas operações agrícolas, como por exemplo “pular” uma boa parte da linha 
de cultivo durante a aplicação de adubação de cobertura em culturas anuais. Segundo 
Molin; Amaral; Colaço (2019), este erro de operação é menos impactante para implementos 
que são acoplados ao engate de três pontos, pois o trator juntamente com o implemento 
formam uma estrutura rígida com baixa oscilação.
Para reduzir ou sanar este problema, foram desenvolvidos sistemas de direção 
automática para equipamentos acoplados, sendo dividido em duas categorias: sistema 
ativo e sistema passivo.
A primeira categoria de sistema é denominada de sistema ativo, cujo atuadores 
hidráulicos acoplados em implementos que utilizam o engate de três pontos deslocam a 
máquina ou o implemento perpendicularmente ao seu percurso. O atuador eletro-hidráulico 
também é outro exemplo de atuador ativo, onde esse sistema é composto por discos lisos, 
semelhantes ao disco de corte, que quando inseridos no solo podem direcionar o imple-
mento, fazendo com que o eletro-hidráulico esterça em conjunto com o trator.
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
Quando o implemento utilizado for de arrasto, ou seja, utiliza a barra de tração do 
trator, o sistema ativo indicado é do tipo cilindro hidráulico, em que desloca o implemento 
lateralmente, assim a linha central do implemento coincidirá com a do trator (Figura 8).
FIGURA 8 - EQUIPAMENTO DE ARRASTO SEM O ATUADOR AUTOMÁTICO DE CILINDRO 
HIDRÁULICO (A); EQUIPAMENTO DE ARRASTO COM SISTEMA DE ATUADOR AUTOMÁTICO 
DE CILINDRO HIDRÁULICO E DIREÇÃO AUTOMÁTICA UTILIZANDO GNSS (B)
Fonte: Molin; Amaral; Colaço (2019).
Nos sistemas passivos o alinhamento do equipamento rebocado é priorizado na 
rota, calculando o percurso do trator para compensar os desvios deste, sem a necessi-
dade de atuadores para governar a orientação do equipamento que executa a operação. 
Contudo, isso faz com que o trator e o equipamento estabeleçam caminhos diferentes, 
não podendo ser utilizados em casos de controle de tráfego. O equipamento obedece aos 
percursos, mas o trator não, o que causa tráfego em locais indesejados e danos às culturas 
em operações de tratos culturais.
Estes equipamentos de correção de direção dos implementos, embora de mecâ-
nica simples, contribuem para maior otimização na aplicação de insumos, uma vez que 
essas ações de manejo são o resultado de pesquisas e levantamentos para a confecção 
de mapas de fertilidade do solo.
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22222222UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
 5 SENSORES
 EMBARCADOS
TÓPICO
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
Um sensor pode ser definido como um dispositivo que recebe e responde a um 
estímulo ou geralmente um sinal elétrico de maneira específica e mensurável. Em fração de 
segundos estes dispositivos são capazes de avaliar qualquer alvo de interesse.
As válvulas de atuadores eletro-hidráulico e cilindro, já citado no tópico anterior, 
também podem ser enquadrados no segmento de sensores. No entanto neste tópico dis-
cutiremos mais sobre outros tipos de sensores que são indispensáveis para a agricultura 
de precisão.
5.1 Sensores ópticos
Sabemos que todos os objetos refletem luz numa determinada frequência de acordo 
com seu formato, cor e espessura. Desta forma a leitura dos sensores ópticos se baseiam 
na emissão e recepção do feixede luz, assim ele detecta substâncias ou materiais.
Este sensor, quando não embarcado no veículo, está presente em diversos dispositivos 
como satélite e drones, e são capazes de realizar diversas leituras apenas com o uso da ima-
gem. No entanto, este assunto será abordado na próxima unidade em sensoriamento remoto.
Sensores ópticos de reflectância do dossel da planta é considerado uma das mais 
recentes tecnologias na aplicação da AP. Esta ferramenta é capaz de mensurar a refletân-
cia das culturas com a finalidade de identificar a quantidade de biomassa e teor de clorofila 
nas culturas, assim possibilitaria por exemplo, a aplicação de nitrogênio em sistema de 
produção em taxa variável (será discutido nos próximos tópicos).
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
Algumas empresas como a Yara® e Stara® possuem no mercado o N –Sensor. 
Este aparelho é acoplado na máquina, sendo capaz de realizar leituras de até 3 m do alvo 
em ambos os lados do trator, avaliando em tempo real a eficiência do uso do nitrogênio na 
planta (Figura 9).
FIGURA 9 - N-SENSOR ÓPTICO UTILIZADO PARA
 MEDIR A REFLETÂNCIA DO DOSSEL DA PLANTA
Fonte: Yara (2022).
Este sensor, quando codificado, também pode exercer a função de identificação e 
quantificação de plantas daninhas, uma vez que este realiza a leitura e compara a estrutura 
morfológica da planta daninha em relação à cultura.
5.2 Sensores de velocidade de deslocamento
A correta determinação da velocidade de deslocamento é de extrema importância 
para as operações de distribuição de insumos na dosagem correta para o local indicado. 
Deste modo, monitores de velocidade são instalados nas rodas.
Embora esse sensor contribuía para determinar a velocidade do veículo, pesquisas 
realizadas por Benez et al. (2000) afirmam que este sensor pode aferir uma ligeira diferença 
de velocidade em comparação com testes realizados com o auxílio de cronômetro. Os au-
tores sugerem que a altura da cultura pode influenciar na leitura de velocidade. No entanto, 
a presença desse equipamento traz mais benefícios do que o seu não uso (Figura 10). 
23
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
FIGURA 10 - SENSOR DE VELOCIDADE ACOPLADO ACIMA DO RODADO DO TRATOR
Fonte: SENAR (2020).
5.3 Sensores de proximidade
Estes sensores são utilizados para detectar a presença de um objeto sem que 
necessariamente ocorra o contato efetivo. Semelhante aos sensores de ré nos carros, este 
sensor pode transmitir raios infravermelhos que conseguem detectar a presença do objeto 
através da reflexão do raio (Figura 11).
FIGURA 11 - SENSOR DE PROXIMIDADE TRANSMITIDO POR RAIOS INFRAVERMELHOS
Fonte: Peça, J. O. (2018).
24
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
5.4 Sensores de pressão
Os sensores de pressão também podem aferir, indiretamente, a vazão de um líqui-
do ou gás através do monitoramento de sua pressão de serviço. Esta ferramenta é capaz 
de medir o movimento ou a flexão de um diafragma metálico. Normalmente este tipo de 
sensor é utilizado em autopropelidos com a finalidade de regular a aplicação através do 
monitoramento da pressão exercida nos bicos (Figura 12).
FIGURA 12 - SENSOR DE PRESSÃO ACOPLADO NA BARRA DE PULVERIZAÇÃO
Fonte: GEMS SENSORS & CONTROLS, 2020. Disponível em: https://www.gemssensors.com/blog/blog-details/pressu-
re-sensors-in-agriculture-machinery. Acesso em: 13 jun. 2022.
5.5 Sensores de fluxo
De acordo com Fontes (2011), sensores de fluxo ou de vazão são condutores que 
permitem a mensuração da quantidade volumétrica de uma determinada substância que 
transpassa em seu interior. Este medidor pode medir tanto o fluxo de líquido quanto de gases.
Este tipo de sensor está presente em colhedoras, aferindo o fluxo de grão limpo, 
antes de serem armazenados no depósito da máquina (Figura 13). Também podem estar 
presentes em veículos de aplicação de agroquímicos identificando o fluxo da calda que 
é expelido pelos emissores, apontando se há alguma diferença de vazão em virtude da 
obstrução ou entupimento dos bicos.
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https://www.gemssensors.com/blog/blog-details/pressure-sensors-in-agriculture-machinery
https://www.gemssensors.com/blog/blog-details/pressure-sensors-in-agriculture-machinery
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
FIGURA 13 - SENSOR DE FLUXO DE GRÃOS DE UMA COLHEDORA
Fonte: REVISTA CANAVIEIROS, 2020. Disponível em: https://www.revistacanavieiros.com.br/
mapas-de-produtividade-futuro-gerenciamento-do-campo-parte-2. Acesso em: 20 jul. 2022. 
Existem outras dezenas de sensores que compõem a agricultura de precisão, 
como os sensores de pressão sobre o solo, sendo utilizados em penetrômetro medindo 
a resistência do solo à penetração e sensores climáticos, como: radiação, temperatura e 
umidade. Estes equipamentos serão abordados nos próximos tópicos, pois compõem as 
ferramentas necessárias para o levantamento, diagnóstico e mapeamento da área agrícola, 
ou seja, ações que deverão ser tomadas antes da implantação da cultura.
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https://www.revistacanavieiros.com.br/mapas-de-produtividade-futuro-gerenciamento-do-campo-parte-2
https://www.revistacanavieiros.com.br/mapas-de-produtividade-futuro-gerenciamento-do-campo-parte-2
UNIDADE 4 MAPAS TEMÁTICOS E AGRICULTURA EM TAXA VARIÁVEL
Em um mundo com recursos naturais cada vez mais escassos, a agricultura de precisão proporciona infor-
mações detalhadas sobre a lavoura e permite sua gestão eficiente […]. 
Fonte: Molin; Amaral; Colaço (2019).
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A Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por meio do SENAR (Serviço Nacional de Apren-
dizagem Rural) oferece cursos gratuitos sobre as principais ferramentas que compõem a agricultura de 
precisão. Para saber mais sobre esse e outros cursos acesse o site: https://cnabrasil.org.br/projetos-e-pro-
gramas/agricultura
-de-precis%C3%A3o.
Fonte: SENAR. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Projetos e programas: Agricultura de Precisão. 
Brasília: DF, 2022. Disponível em:
https://cnabrasil.org.br/projetos-e-programas/agricultura-de-precis%C3%A3o. Acesso em: 20 jun. 2022.
https://cnabrasil.org.br/projetos-e-programas/agricultura-de-precis%C3%A3o
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
Contudo, vimos que a agricultura está em constante evolução e que o uso do sis-
tema de GPS já era utilizado desde a década de 1990 e de lá para cá esta ferramenta se 
aprimorou de tal modo resultando na automação de máquinas e implementos, realizando 
operações com mínimo de erro. Sabemos que a agricultura de precisão é pautada na infor-
mação, e para isto, com o desenvolvimento de sensores acoplados em tratores, possibilita 
leituras instantâneas das condições da cultura e assim garante que a tomada de decisão 
seja de forma assertiva e imediata.
29
MATERIAL COMPLEMENTAR
UNIDADE 1 PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO
LIVRO 
Título: Sensores industriais: Fundamentos e aplicações
Autor: Daniel Thomazini, Pedro Urbano Braga de Albuquerque
Editora:Editora Érica; 8ª edição (2009)
Sinopse: Este material apresenta os sensores utilizados na 
indústria e alguns de uso doméstico, seu fundamento físico 
e aplicações em campo. Explica os sensores de fim de curso 
de chave, de nível por radiação, de posição, acelerômetros, de 
presença, ópticos, de velocidade, temperatura, pressão, nível, 
vazão, tensão, corrente, potência, umidade, gases e pH. Des-
taca o sensor de temperatura termorresistivo com equações e 
uma tabela de tolerâncias, conforme a norma IEC 60751, para o 
Pt 100, e ainda LASER de posição e detalhes de outros sensores, 
como os de vazão Coriolis, células de cargas, de corrente por 
efeito Hall etc., bem como o sensor de cor. A oitava edição foi 
revisada e atualizada. Acrescenta o princípio de funcionamento 
do sensor de nível por espectroscopia de impedância e células 
de carga ópticas - rede de Bragg, além de correções na forma-
tação do texto. Traz uma lista de exercícios para fixação do 
aprendizado.FILME / VÍDEO 
Título: Robótica na agricultura: Oportunidades e Desafios
Ano: Embrapa, 2020.
Sinopse: Evento: Webinar Robótica na Agricultura: oportunida-
des e desafios tendo como objetivo apresentar e debater sobre 
as inovações possíveis que estão sendo inseridas na agricultura 
por meio da robótica. 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=oEEK3gwGo04
https://www.youtube.com/watch?v=oEEK3gwGo04
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Plano de Estudos
• Levantamento georreferenciado;
• Sensoriamento remoto.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar a coleta de dados 
embasadas na geoestatística;
• Compreender os tipos de amostragem de 
solo à campo;
• Estabelecer a importância da coleta de 
informação e do sensoriamento remoto.
2UNIDADEUNIDADE
PRINCÍPIOS DOPRINCÍPIOS DO
LEVANTAMENTOLEVANTAMENTO
GEORREFERENCIADOGEORREFERENCIADO
Professor Me. André Felipe Barion Alves Andrean
31
Sabemos que a coleta de informação é a base da agricultura de precisão, mas 
onde sabemos onde coletar? E quantas amostras são necessárias para representar a área 
em estudo? Estas questões são respondidas através do uso da geoestatística, pois por 
meio dela, é possível a identificação de pontos de amostragem que sejam relevantes e 
representativos da área.
Tão importante quanto identificar os pontos representativos da área é a forma de 
como será realizado a coleta das amostras e subamostras. Para isto, há o método de 
amostragem em grade ou de célula. Este último é mais prático, porém não representa a 
exatidão que o método de grade proporciona.
As amostragens podem ser realizadas através de coleta de solo ou partes da 
planta. As de solo podem ser realizadas com auxílio de perfuradores manuais, elétricos ou 
hidráulicos. Com objetivo de análise física do solo, as amostragens podem ser obtidas com 
o uso de penetrômetro ou amostras indeformadas do solo.
A obtenção de informações da área sem necessariamente estar presente nela, 
pode ser obtida através do sensoriamento remoto. Esta tecnologia permite o imageamento 
da área de estudo e por meio da reflectância em diferentes comprimentos de ondas que os 
objetos emitem, é possível a identificação de áreas degradadas, corpos d’água, fases do 
desenvolvimento vegetativo ou estresse hídrico da cultura.
Nesta unidade, abordaremos o uso da geoestatística na agricultura de precisão 
e como ela está inserida na escolha de pontos de amostragens. Também abordaremos 
os principais tipos de amostragens utilizados na agricultura de precisão, assim como as 
ferramentas tecnológicas utilizadas. Veremos também os fundamentos do sensoriamento 
remoto e suas aplicações.
 Muito obrigado e bom estudo!
INTRODUÇÃO
UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO
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Como discutimos na primeira unidade, a primeira ação a ser tomada para a imple-
mentação da Agricultura de Precisão é o levantamento de informações, pois estas definirão 
as necessidades das culturas por insumos e tratos culturais.
As informações que serão coletadas devem representar o máximo das caracterís-
ticas do local, podendo ser em relação ao solo (avaliação química e física), tecido vegetal 
(estado nutricional das plantas) e detecção de pragas e doenças.
Vale lembrar que as amostragens devem não apenas representar as informações 
de interesse agronômicos, mas também deve conter informações georreferenciadas, assim 
será possível observar a variabilidade do local. Esta localização, composta de datum e 
coordenadas, são registradas pelo uso de receptores GNSS.
 
1.1 Geoestatística
Uma das grandes questões da AP é qual o número de coletas necessárias para 
representar uma área? E qual a distância entre os pontos? O que se sabe é que amostras 
pouco densas não representam de fato a área e amostragens próximas umas das outras 
podem além de encarecer o levantamento, não representar as distinções entre elas.
Desta forma o indicado é que a estimativa dos pontos deva ser razoável e não 
deve estar muito distante entre si. Para isso, essa distância é obtida por meio de análise 
geoestatística.
 Um dos princípios da geoestatística é realizar amostras onde cada uma apresente 
correlação entre si. De acordo com Soares (2006) o objetivo da geoestatística é a caracte-
rização da dispersão espacial e espaço-temporal das grandezas que definem a quantidade 
e qualidade dos recursos. Desse modo destaca-se a interpolação dos dados.
 1 LEVANTAMENTO
 GEORREFERENCIADO
TÓPICO
32UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO
 A krigagem é um método de estimação geoestatística que tem por objetivo estimar 
valores para qualquer local não observado, levando em conta que as variações não sejam 
superestimadas ou subestimadas. De acordo com Grego; de Oliveira; Vieira, (2014) a kriga-
gem consiste em ponderar os vizinhos mais próximos do ponto a ser estimado, obedecendo 
os critérios de não tendenciosidade, ou seja, a diferença entre os valores estimados e 
observadores para o mesmo ponto devem ser nula.
O primeiro passo para o planejamento de coleta de amostras é a obtenção dos 
dados georreferenciados, seja por meio de coleta com GPS, mapas temáticos, imagens de 
satélites ou uso de drones. Com o mapa em mãos, deve-se planejar o número de coleta de 
dados, principalmente em relação ao custo/benefício. Se tratando de amostragem de solo, 
a quantidade necessária de coleta deverá conseguir caracterizar as possíveis manchas 
de variabilidade. Portanto, o conhecimento sobre o histórico da área pode contribuir para 
determinar o número de amostras.
As análises de estatísticas devem ser baseadas em análises prévias de campo. 
O conhecimento prévio da área poderá contribuir para a distribuição dos primeiros pontos 
a serem amostrados. O simples caminhamento pelo local observando as mudanças de 
coloração no perfil do solo e sua textura, poderá servir de embasamento e registro dos 
primeiros pontos. Molin; Amaral; Colaço, (2019) recomendam que a primeira amostragem 
realizada deva ser em forma de fileira transversal de pontos próximos entre si, permitindo 
que esta técnica possa ser aplicada em conjunto com a grade amostral, auxiliando na 
caracterização da dependência espacial do atributo, facilitando a definição do tamanho da 
grade (Figura 1).
FIGURA 1 - AMOSTRAGEM DE SOLO EM TRANSVERSAL PARA FUTUROS 
DIMENSIONAMENTOS AMOSTRAIS ATRAVÉS DE ANÁLISE GEOESTATÍSTICAFonte: Molin; Amaral; Colaço (2019)
33UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO
1.2 Amostragem em grade
Este método de amostragem georreferenciada é o mais comum utilizado na agricul-
tura de precisão. A área de interesse deverá ser dividida em grades e dentro de cada grade 
será coletada uma amostra georreferenciada composta por subamostras. A grade amostral 
é gerada através do Sistema de Informação Geográfica (SIG) em que será dimensionado o 
tamanho das células e a posição do ponto onde deverá ocorrer a coleta.
Pelo sistema de grade amostral para cada ponto deverá ser obtida uma amostra 
circundada por subamostras em raio predefinido. Molin; Amaral; Colaço (2019) recomen-
dam que as subamostras sejam coletadas a uma distância de 1 a 5 m do ponto amostral 
(Figura 2).
FIGURA 2 - ESQUEMA REPRESENTATIVO DA COLETA DE
 GRADE AMOSTRAL E DA COLETA DE SUBAMOSTRAS
Fonte: MOVIMENTO AGRO. Disponível em: https://www.movimentoagro.com.br/noticia/66/
qual-a-melhor-metodologia-de-amostragem-do-solo-para-pastagem. Acesso em: 15 jun. 2022.
Entretanto, a finalidade para a coleta de amostra pode determinar a quantidade de 
subamostras. Para a avaliação de fósforo, por exemplo, sabemos que este elemento é imó-
vel no solo, porém sua variação pode ser alta em curtas distâncias, por isso o maior número 
de subamostras seria o recomendado, porém, se visarmos o teor de matéria orgânica, esta 
possui menor variação em curtas distâncias.
 
34UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO
https://www.movimentoagro.com.br/noticia/66/qual-a-melhor-metodologia-de-amostragem-do-solo-para-pastagem
https://www.movimentoagro.com.br/noticia/66/qual-a-melhor-metodologia-de-amostragem-do-solo-para-pastagem
1.3 Amostragem em célula
Outra opção de coleta é a amostra em grade por célula, onde ocorre a divisão do 
campo em subáreas e por meio de caminhamento ao longo de toda a área da célula. As 
subamostras coletadas são misturadas formando uma amostra composta, e seu resultado 
representará toda a área da célula (Figura 3).
FIGURA 3 - AMOSTRAGEM POR CÉLULA EM CAMINHAMENTO
 ZIGUE-ZAGUE PARA COLETA DE SUBAMOSTRAS
Fonte: MOVIMENTO AGRO. Disponível em:
https://www.movimentoagro.com.br/noticia/66/qual-a-melhor-metodologia-de-amostragem-do-solo-para-pastagem. 
Acesso em: 15 jun. 2022.
1.4 Amostragem direcionada
Nesta metodologia não há uma disposição regular dos locais de amostragem, pois 
os mesmos serão escolhidos de acordo com os mapas já confeccionados para o local, 
buscando investigar áreas específicas no talhão.
A definição dos pontos de amostragem pode ser embasada em mapas de produ-
tividade, vegetação, relevo, tipo de solo, textura e condutividade elétrica do solo. Neste 
método é possível identificar locais que necessitam de maior investigação, como áreas de 
baixa produtividade (Figura 4).
35UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO
https://www.movimentoagro.com.br/noticia/66/qual-a-melhor-metodologia-de-amostragem-do-solo-para-pastagem
FIGURA 4 - AMOSTRAGEM DIRECIONADA DE ACORDO COM O MAPA DE PRODUTIVIDADE
Fonte: AGRICULTURA DE PRECISÃO, 2014. Disponível em:
https://www.agriculturadeprecisao.org.br/wp-content/uploads/2020/04/Boletim-T%C3%A9cnico-Amos-
tragem_out_2014.pdf. Acesso em: 17 jun, 2022.
À medida em que se aumenta a quantidade de informações sobre a área em termos 
de produtividade, textura, relevo e outros, este poderá servir de estratégias para direcionar 
futuras amostragens em locais de interesse ou por unidade de gestão diferenciada (UGD).
 
1.5 Ferramentas para amostragem de solo
A prática de coleta de solo em si não é dispendiosa, no entanto, quando se utiliza a 
AP com centenas de pontos a serem amostrados esta prática se torna dificultosa e morosa. 
Deste modo, ao longo do tempo, surgiram inovações que contribuíssem para maior agilida-
de na coleta e ao mesmo tempo garantisse qualidade no processo de coletagem.
Os quadrículos movidos a gasolinas são os mais utilizados para este tipo de ser-
viço. São máquinas de fácil dirigibilidade e manobra, sendo capaz de percorrer grandes 
áreas sem dificuldades. Alguns modelos são dotados de sistema de tração 4x4 que facilita 
o tráfego (Figura 5).
36UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO
https://www.agriculturadeprecisao.org.br/wp-content/uploads/2020/04/Boletim-T%C3%A9cnico-Amostragem_out_2014.pdf
https://www.agriculturadeprecisao.org.br/wp-content/uploads/2020/04/Boletim-T%C3%A9cnico-Amostragem_out_2014.pdf
FIGURA 5 - QUADRICICLO COM SISTEMA DE ACIONAMENTO 4X4
Fonte: AGRO REVENDA, 2013. Link: https://agrorevenda.com.br/o-uso-de-quadriciclos-na-agricultura-de-precisao/
 Acesso em: 17 jun. 2022.
Os amostradores são dispositivos que podem ser instalados lateralmente ou na 
parte de trás dos quadricíclos. Este equipamento é conceitualmente dividido em duas 
partes, sendo: uma fonte de potência para o seu acionamento, e o elemento secador de 
amostra, em que é inserido no solo para a retirada do material.
Estes equipamentos podem ser acionados por motores elétricos ou a combustão. 
Os movidos a eletricidade geralmente são mais leves e menos potentes, sendo um fator 
de limitação quando é utilizado em solos pesados ou compactados. Já os amostradores 
de combustão interna ou hidráulica são equipamentos mais pesados, porém conseguem 
executar sua função sem maiores esforços independente da condição do solo (Figura 6).
37UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO
https://agrorevenda.com.br/o-uso-de-quadriciclos-na-agricultura-de-precisao/
https://agrorevenda.com.br/o-uso-de-quadriciclos-na-agricultura-de-precisao/
https://agrorevenda.com.br/o-uso-de-quadriciclos-na-agricultura-de-precisao/
https://agrorevenda.com.br/o-uso-de-quadriciclos-na-agricultura-de-precisao/
FIGURA 6 - AMOSTRADOR DE SOLO ELÉTRICO (A); AMOSTRADOR DE COMBUSTÃO (B); 
AMOSTRADOR HIDRÁULICO ACOPLADO NO VEÍCULO (C)
Fonte: 
SACI SOLUÇÕES. Disponível em: https://www.sacisolucoes.com.br/. Acesso em: 18 jul. 2022.
STIHL. Disponível em: https://www.stihl.com.br/. Acesso em: 18 jul. 2022.
FALKER. Disponível em: https://www.falker.com.br/. Acesso em: 18 jul. 2022. 
O penetrômetro é outro equipamento muito utilizado na agricultura de precisão. 
Semelhante a um perfurador de solo, esta ferramenta tem por objetivo aferir a resistência 
do solo à penetração, expressando seus valores em MPa. Este aparelho é dotado de um 
sensor em formato de cone localizado na extremidade da haste. A haste é fina medindo até 
20 mm de diâmetro (Figura 7).
FIGURA 7 - PENETRÔMETRO MANUAL MODELO FLAKER®
Fonte: FALKER. Disponível em: www.falker.com.br. Acesso em: 17 jun. 2022.
38UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO
https://www.sacisolucoes.com.br/
https://www.sacisolucoes.com.br/
https://www.stihl.com.br/
https://www.falker.com.br/
http://www.falker.com.br/
http://www.falker.com.br
A maioria dos penetrômetros são manuais, ou seja, o operador deverá fornecer 
uma velocidade e força constante necessária para cravar o cone (sensor) no solo e realizar 
a leitura. Entretanto, esta prática poderá gerar erros na amostragem, principalmente se 
houver diferentes operadores utilizando o equipamento.
Para reduzir o erro amostral existe no mercado penetrômetros automatizados, 
podendo ser acoplado no quadriciclo ou outros veículos. Compostos por sensor de força, 
potenciômetro, sistema de aquisição de dados, armazenamento de dados e microcomputa-
dor, esta ferramenta, embora de custo mais elevado em relação ao penetrômetro manual, 
consegue aferir a compactação do solo utilizando força e velocidade igual em todas as 
coletas (Figura 8).
FIGURA 8 - PENETRÔMETRO AUTOMATIZADO FALKER®
Fonte: FALKER. https://www.falker.com.br/produto-solotrack-medidor-automatizado.php. Acesso em: 17 jun. 2022.
Para a determinação da capacidade de campo da área, objetivando o manejo da 
irrigação, também se realiza análises físicas no solo através da coleta deamostras inde-
formadas. Esta recebe este nome porque as amostras deverão representar o máximo das 
condições naturais, ou veja, não deve haver perturbação do solo durante sua coleta e a 
estrutura do solo coletado deverá permanecer intacta. Esta coleta se dá por meio de anéis 
de metal de volume e peso conhecido, retirando amostra de solo em camadas de 0 a 30 cm 
de profundidade (Figura 9).
39UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO
https://www.falker.com.br/produto-solotrack-medidor-automatizado.php
FIGURA 9 - ANEL METÁLICO DE MASSA E VOLUME CONHECIDO (A); ANEL INSERIDO NO SOLO 
COBRINDO TODO SEU PERÍMETRO (B); AMOSTRA INDEFORMADA COLETADA (C); CÂMARA 
DE RICHARD PARA O AUMENTO DE PRESSÃO DA AMOSTRA (D)
Fonte: Ramos et al. (2016).
Após a coleta, estes anéis deverão ser saturados com água e depositados na 
Câmara de Richard. Esta câmara tem a função de proporcionar diferentes pressões, fa-
zendo com que a água contida nos poros do solo seja expelida na placa porosa da câmara 
(TEIXEIRA et al., 2017). Assim, estima-se o ponto de murcha permanente e a capacidade 
de campo, ou seja, a capacidade que este solo terá em armazenar água. 
1.6 Ferramentas de monitoramento de pragas e doenças
Um dos grandes desafios para o controle de pragas e doenças é que estas podem 
alterar seu local de ataque, principalmente as pragas que possuem alta mobilidade na la-
voura. O conhecimento prévio acerca do comportamento do inseto quanto ao seu hábito de 
alimentação e oviposição, são essenciais para a definição de estratégias de amostragem e 
seu controle na aplicação em taxa variável.
O manejo integrado de pragas (MIP) é uma ferramenta de grande valia para as 
tomadas de decisões e deve estar incorporada na agricultura de precisão. 
O manejo é o uso de conjunto de regras baseadas em princípios ecológicos, 
considerações econômicas e sociais para tomada de decisão sobre o con-
trole. O termo Integrado significa o uso harmonioso de diferentes métodos 
para o controle de uma determinada espécie ou organismo; e praga é todo 
o organismo conflitante com o interesse do homem (KOGAN, 1998, p. 70).
40UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO
Um dos métodos mais antigos, porém, eficaz é o monitoramento de pragas através 
do pano de batida. Utiliza-se um pano de 1 m² estendido sobre o solo e entre duas fileiras da 
cultura onde a planta, ligeiramente inclinada, deverá ser sacudida sobre o pano para que os 
insetos caiam e através da visualização realiza-se a contagem. Este tipo de monitoramento 
é muito utilizado para a cultura da soja e feijão (Figura 10). 
FIGURA 10 - MÉTODO DO PANO DE BATIDA PARA AMOSTRAGEM DE PRAGAS
Fonte: EMBRAPA SOJA. Disponível em: http://www.cnpso.embrapa.br/artropodes/Capitulo9.pdf . Acesso em: 25 jun. 2022.
Após a contagem, deve-se anotar na ficha de praga e determinar o ponto geografi-
camente com o uso do GPS. Essas amostras podem ocorrer de modo aleatório na área ou 
se iniciar em focos já observados na safra anterior ou em áreas próximas de mata.
Experimento realizado pela Embrapa em parceria com cooperativas, utilizou-se o 
conceito do manejo integrado de pragas com ferramentas de georreferenciamento, gerando 
mapas da distribuição espacial do percevejo na cultura da soja, possibilitando a pulveriza-
ção controlada nas áreas de maior foco da praga, resultando na racionalização do produto 
aplicado (Figura 11).
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http://www.cnpso.embrapa.br/artropodes/Capitulo9.pdf
http://www.cnpso.embrapa.br/artropodes/Capitulo9.pdf
FIGURA 11 - MAPA REPRESENTATIVO DA INTENSIDADE DA 
POPULAÇÃO DE PERCEVEJO AMOSTRADA POR PANO DE BATIDA
Fonte: EMBRAPA: Mais soja. Disponível em: 
https://maissoja.com.br/agricultura-digital-como-aprimorar-o-monitoramento-de-pragas/. Acesso em: 25 jun, 2022.
Em relação ao monitoramento de doenças, seu padrão de foco e disseminação é 
mais destrutivo, uma vez que pode ocorrer pelo vento ou água da chuva.
O monitoramento pode ser iniciado em locais em que há baixa drenagem de água, 
ou seja, maior umidade no local e áreas em que já havia a presença do patógeno, pois os 
mesmos podem sobreviver no solo, restos culturais e plantas daninhas. Estes patógenos 
podem ser de origem fúngica, bacteriana ou virótica.
A Embrapa em parceria com a ABAPA (Associação Baiana dos Produtores de Algo-
dão) desenvolveu um sistema digital e gratuito que emite alertas sobre o avanço de doen-
ças, como a ferrugem asiática e a mancha ramulária, para produtores de soja e algodão. 
Esta ferramenta informa aos usuários informações sobre os focos detectados, além das 
condições climáticas favoráveis para a proliferação e disseminação da doença (Figura 12).
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https://maissoja.com.br/agricultura-digital-como-aprimorar-o-monitoramento-de-pragas/
https://maissoja.com.br/agricultura-digital-como-aprimorar-o-monitoramento-de-pragas/
FIGURA 12 - COLETOR DE ESPOROS (A); LÂMINA DE MICROSCOPIA COM FITA DUPLA FACE (B); 
VISÃO GERAL DO SUPORTE E POSICIONAMENTO DA LÂMINA NO COLETOR DE ESPORO (C)
Fonte: de Oliveira et al. (2020). Disponível em: 
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/220504/1/Circ-Tec-167.pdf. Acesso em: 25 jun. 2022.
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https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/220504/1/Circ-Tec-167.pdf
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Esta ferramenta permite a aquisição de informações referente a área ou objeto 
através de análise de dados adquiridos remotamente. Vimos no tópico anterior que as infor-
mações das áreas de cultivo podem ser coletadas de forma manual no campo, no entanto, 
algumas informações podem ser estimadas via imagem graças ao uso de softwares de 
interpretação dos dados obtidos pelo sensoriamento remoto.
O sensoriamento remoto (SR) pode ser caracterizado como a obtenção de infor-
mações de um objeto sem que ocorra o contato físico com o mesmo, através do uso de 
imagens obtidas via satélite, avião ou Vants (SHIRATSUCHI et al., 2014).
O SR é regido pela interação entre a radiação eletromagnética (REM) e o alvo. 
Para gerar informação relevante, o processo é composto por sete elementos fundamentais, 
como: fonte de energia ou iluminação, radiação eletromagnética e atmosfera, interação 
com o alvo, registro da energia pelo sensor, transmissão/recepção e processamento dos 
dados, interpretação e análise e sua aplicação.
De acordo com Brandão (2009) o sensoriamento remoto pode ser utilizado na esti-
mativa de biomassa, produtividade, monitoramento de estresse hídrico e estádio fenológico.
Como vimos em sensores ópticos, a informação do objeto é obtida através de sua 
reflectância, desta forma a radiometria espectral é uma das mais importantes áreas do SR, 
sendo capaz de identificar o material de acordo com o comprimento de sua onda.
Na agricultura, as propriedades da reflectância em cada faixa do espectro ele-
tromagnético podem ser melhor avaliadas através de combinações de diferentes bandas 
espectrais (ATZBERGER, 2013).
 2 SENSORIAMENTO
 REMOTO
TÓPICO
UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO
Banda espectral é compreendida como o intervaloentre dois comprimentos 
de onda no espectro eletromagnético. Geralmente, o nome da banda espec-
tral refere-se à região do espectro onde ela está localizada (infravermelho 
próximo, azul, verde, infravermelho termal, etc.). Muitos dos sistemas senso-
res registram a energia refletida ou emitida pelo alvo em diferentes bandas 
do espectro eletromagnético. Se esse registro for feito por meio de imagens, 
será gerada uma imagem do alvo para cada banda (QUARTAROLI; VICEN-
TE; de ARAUJO, 2014, p. 64).
 A Figura 13 representa a curva de refletância e comprimento de onda que cada 
objeto emite.
FIGURA 13 - CURVAS CARACTERÍSTICAS DA REFLECTÂNCIA DA ÁGUA, SOLO E VEGETAÇÃO 
VERDE, APRESENTANDO FAIXAS ESPECTRAIS DE ABSORÇÃO DE RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTI-
CA ASSOCIADAS A PIGMENTOS DE ÁGUA.
Fonte: SHIRATSUCHI et al. (2014). Disponível em:
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/207161/1/2014-cpamt-luciano-shiratsushi-sensoriamento-
-remoto-conceitos-basicos-aplicacoes-agricultura-precisao.pdf . Acesso em 25 jun, 2022.
Os sensores constituintes do SR podem ser divididos em duas categorias, sendo: 
passivos e ativos. Os sensores passivos são responsáveis por registrar a energia eletro-
magnética refletida ou emitida pelo alvo através da radiação solar refletida ou da radiação 
termal emitida. Já os sensores ativos proporcionam fonte própria de energia eletromagné-
tica, como radares e sonares. Sensores multiespectrais a bordo de satélites, como o do 
Landsat 8 são exemplos de sensores passivos.
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https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/207161/1/2014-cpamt-luciano-shiratsushi-sensoriamento-remoto-conceitos-basicos-aplicacoes-agricultura-precisao.pdf
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Os sensores multiespectrais possuem bandas em diferentes faixas do espectro 
eletromagnético, cobrindo a faixa visível, infravermelho próximo, médio e termal, assim ele 
distingue um objeto do outro. A Tabela 1 representa as bandas espectrais presentes no 
satélite Landsat 8.
TABELA 1 - BANDAS ESPECTRAIS DO SENSOR OPERATIONAL LAND IMAGER 
(OLI) E THERMAL INFRARED SENSOR (TIRS) A BORDO DO SATÉLITE LANDSAT 8
Banda Comprimento 
de onda (μm)
Resolução 
espacial (m)
Aplicações
Azul 0,45 a 0.51 30 Mapeamento de águas costeiras; Diferenciação 
entre solo e vegetação; Diferenciação entre 
vegetação coníferas e decídua
Verde 0,53 a 0,59 30 Refletância de vegetação verde sadia
Vermelho 0,64 a 0,67 30
Absorção de clorofila e diferenciação de 
espécie vegetal
Vermelho 
próximo (NIR)
0,85 A 0,88 30 Levantamento de biomassa e corpos d’ água
Infravermelho 
de ondas 
curtas (SWIR1)
1,57 a 1,65 30
Medidas da umidade da vegetação; 
Diferenciação entre nuvens e neve
Infravermelho 
de ondas 
curtas (SWIR2)
2,11 a 2,29 30 Mapeamento hidrotermal
Pancromática 0,50 a 0,68 15 Fusão de imagens para a obtenção de maior 
resolução espacial
Cirrus 1,36 a 1,38 30 Detecção de nuvens do tipo cirrus
Infravermelho 
termal (TIRS)1
10,60 a 11,19 100 Temperatura da superfície
Infravermelho 
terminal 
(TIRS)2
11,50 a 12,51 100 Temperatura da superfície
Fonte: SHIRATSUCHI et al. (2014). Disponivel em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/207161/1/2014-cpamt-lucia-
no-shiratsushi-sensoriamento-remoto-conceitos-basicos-aplicacoes-agricultura-precisao.pdf . Acesso em 25 jun, 2022.
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https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/207161/1/2014-cpamt-luciano-shiratsushi-sensoriamento-remoto-conceitos-basicos-aplicacoes-agricultura-precisao.pdf
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/207161/1/2014-cpamt-luciano-shiratsushi-sensoriamento-remoto-conceitos-basicos-aplicacoes-agricultura-precisao.pdf
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2.1 Características espectrais do solo
Os tipos de solos podem ser distinguidos através de suas cores e tonalidades. To-
dos os tipos de solo têm suas características de refletância espectrais ligadas às suas cores 
específicas. A tonalidade é visualizada como a refletância do espectro da cor dominante que 
corresponde à reflectância da faixa do comprimento de onda detectada pelo satélite. Assim, 
a cor da superfície do solo é diferente da cor de sua camada mais profunda, podendo até 
distinguir possíveis locais com erosão ou desertificação (Figura 14).
FIGURA 14 - COMPORTAMENTO ESPECTRAL DOS VALORES MÉDIOS DE CINCO TIPOS DE SOLO
Fonte: D’ARCO et al. (2003).
2.2 Características espectrais de vegetação
As propriedades espectrais das plantas dependem da morfologia das folhas, da 
estrutura interna das folhas, composição química, estado fisiológico, disposição espacial e 
etapa de crescimento.
A refletividade das folhas é atribuída à estrutura interna das mesmas, sendo deter-
minado pela clorofila, cuja a absorção encontra-se no intervalo de luz azul (0,4 – 0,5 mm) 
e da luz vermelha (0,6 – 0,7 mm) enquanto reflete a luz verde (0,5 – 0,6 mm) (Figura 15).
47UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO
FIGURA 15 - DIFERENTES ASSINATURAS ESPECTRAIS FOLHA VERDE (A), FOLHA SECA (B) 
E SOLO (C) FRENTE AO COMPRIMENTO DE ONDA DO ESPECTRO VISÍVEL (AZUL, VERDE, 
VERMELHO) E INFRAVERMELHO
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (nd). Disponível em: 
http://www3.inpe.br/unidades/cep/atividadescep/educasere/apostila.htm. Acesso em: 28 jun. 2022.
Uma folha madura e saudável absorve cerca de 70% a 90% da radiação 
solar na faixa de 0,4 a 0,7 µm por causa da presença dos pigmentos, incluin-
do carotenóides (caroteno e xantofila, cor amarela), clorofila (cor verde) e 
antocianina (cor vermelha). Mas existe um pequeno pico de reflectância na 
faixa de 0,55 µm, que se manifesta em cor verde no estágio do crescimento 
vegetativo e em cor amarela na maturação (COLWELL et al., 1970, p.111).
Através da alteração no comprimento de onda refletido pela folha, é possível distin-
gui-la em relação ao seu estádio vegetativo, (crescimento e senescência) ou até mesmo se 
há estresse hídrico na planta. 
48UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO
http://www3.inpe.br/unidades/cep/atividadescep/educasere/apostila.htm
http://www3.inpe.br/unidades/cep/atividadescep/educasere/apostila.htm
49UNIDADE 2 PRINCÍPIOS DO LEVANTAMENTO GEORREFERENCIADO 49
Existem sites que oferecem ferramentas para coleta de informações, através do sensoriamento remoto, 
que são totalmente gratuitas. Confira algumas plataformas online:
http://www.earth.nasa.gov - Site da NASA.
http://www.research.umbc.edu/~tbenja1/umbc7/ - Fotointerpretação, fotogrametria, sensoriamento re-
moto em meio ambiente, processamento digital de imagens, aplicações.
http://www.asprs.org - Site da American Society for Photogrammetry & Remote Sensing, incluindo uma 
seção de publicações.
http://dynamo.ecn.purdue.edu/~biehl/MultiSpec/ - Software de domínio público para processamento de 
imagens.
http://www.inpe.br - Página do INPE: software (Spring), produtos, serviços, centros de pesquisa e grandes 
projetos. 
http://www.dpi.inpe.br/spring/ - Página do Spring, software gratuito com funções de processamento de 
imagens, análise espacial, modelagem numérica de terreno e consulta a bancos de dados espaciais. Down-
load do software e acesso a manuais, tutoriais, exemplos de aplicações e banco de dados. 
http://www.esdim.noaa.gov/NOAA-Catalog/ - Catálogo com metadados administrados pela US National 
Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA).
http://www.eorc.nasda.go.jp/ - Site da National Space Development Agency (NASDA) / Earth Observation 
Research Center (EORC), agência japonesa estabelecida para desenvolver tecnologias em Sensoriamento 
Remoto.
http://www.class.noaa.gov/

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