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O aluno com deficência física, visual e
auditiva
Características do aluno com deficiência física, auditiva e visual com ênfase na acessibilidade; tecnologia
assistiva e escolarização do aluno com deficiência física; recursos e suportes adaptados para a
escolarização do aluno com deficiência visual; currículo e inclusão do aluno surdo na escola regular para
uma educação inclusiva.
Profa. Patrícia Rossi Carraro
1. Itens iniciais
Propósito
Compreender as características do aluno com deficiência física, auditiva e visual e os aspectos da educação
inclusiva que pertencem ao universo desses alunos é primordial para a formação e o exercício profissional do
psicopedagogo.
Objetivos
Reconhecer os aspectos envolvidos na acessibilidade, na tecnologia assistiva e na escolarização do
aluno com deficiência física.
 
Identificar os recursos e suportes adaptados para a escolarização do aluno com deficiência visual.
 
Analisar a inclusão do aluno surdo na escola regular por meio do ensino da Libras e da língua
portuguesa.
Introdução
Conhecer as características das deficiências física, visual e auditiva é fundamental para exercer o papel do
psicopedagogo e suas ações perante as diferentes necessidades da educação inclusiva. Em vez de trabalhar
as diferenças como problemas, a diversidade é percebida como oportunidade para educar todos os alunos em
um mesmo contexto escolar.
 
Por isso, neste momento, vamos refletir sobre acessibilidade, tecnologia assistiva e escolarização do aluno
com deficiência física. Ainda, identificaremos recursos e suportes adaptados para a escolarização do aluno
com deficiência visual. Por fim, vamos analisar o currículo e a inclusão do aluno surdo na escola regular. 
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1. Desafios na escolarização de alunos com deficiência física
Características do aluno com deficiência física
Neste módulo, você vai estudar as diferentes características do aluno com deficiência física, o processo de
escolarização desse aluno no ensino inclusivo e como deve ser o atendimento especializado para ele. Além
disso, vai entender a importância da tecnologia assistiva: comunicação alternativa e aumentativa, materiais
didáticos adaptados, acessibilidade e informática adaptada.
Para início de conversa, vamos conhecer o que envolve o termo “deficiência”?
Antes de tudo, é importante saber que são várias as leis, decretos, estatutos e políticas que definem,
protegem e integram a pessoa com deficiência mental, física, auditiva ou visual na sociedade e no contexto
escolar.
 
O deficiente físico é uma pessoa que apresenta alterações na parte muscular, óssea, nas articulações e até
mesmo no funcionamento neurológico, podendo a deficiência interferir no seu desenvolvimento educacional.
Quando essas mudanças proporcionam problemas para o aluno aprender, ele precisará de apoio educacional,
acesso a recursos didáticos e instrumentos especiais que o auxiliem no contexto escolar.
Atenção
Você precisa saber que uma deficiência física não está necessariamente associada a uma deficiência
mental — as condições de aprendizagem podem ser plenas. Pode acontecer, entretanto, de pessoas
com deficiência física apresentarem outros tipos de deficiências associadas; por exemplo, visual,
auditiva, deficiência mental ou até algum tipo de transtorno. Por isso, o professor deve conhecer
diversas áreas que vão ajudá-lo quando ele precisar ser o responsável pelo atendimento educacional
especializado (AEE) do aluno (BERSCH; MACHADO, 2007a). 
Entenda alguns tipos de deficiência:
Deficiência temporária e recuperável
É essencial compreender que a pessoa com
deficiência física pode ter qualidade de vida se
tiver acesso a tratamento adequado. Nesse
caso, a deficiência é temporária.
Deficiência recuperável
E se a pessoa apresenta melhoras com o
tratamento, dizemos que a deficiência foi
recuperável.
Deficiência definitiva
A deficiência será considerada definitiva se a
pessoa, mesmo com o tratamento, não se
curou.
Deficiência compensável
Caso seja possível a substituição de algum
órgão, chamamos de deficiência compensável.
Podemos citar, como exemplo, a pessoa que
teve amputada alguma parte do corpo, mas foi
possível compensar pelo uso de uma prótese.
As deficiências físicas podem estar relacionadas às doenças transmitidas pelos genes (hereditária), bem
como estar ligadas à formação do indivíduo na fase intrauterina (congênita), ou ainda se relacionar a
infecções, intoxicações e acidentes (adquirida) (SILVA; CASTRO; BRANCO, 2006).
 
Um dos comprometimentos mais comuns encontrados entre as crianças e jovens em idade escolar e que
causa deficiência física é a paralisia cerebral.
Paralisia cerebral
As pessoas que não conhecem o que vem a ser
paralisia cerebral acreditam que o cérebro está
parado, sem funcionamento, isto é, paralisado,
pois o termo em si sugere esse aspecto. Na
verdade, na paralisia cerebral, o problema está
na parte motora, no seu controle. O cérebro
não envia informações adequadas para a parte
muscular devido a uma lesão. Dessa forma, as
pessoas com paralisia cerebral apresentam
vários sintomas e têm pareceres médicos
diversos. Podemos encontrar desde
transtornos motores leves e até alterações
motoras que as impossibilitem de fazer
qualquer movimento por conta própria, caso considerado grave.
 
A paralisia cerebral não é uma doença e não existe cura caso haja uma lesão, portanto, não é possível mudar
essa situação. No entanto, caso a pessoa tenha uma reabilitação física e uma educação adequadas, é possível
obter avanços significativos que poderão auxiliar no estado funcional do paciente, ao desenvolver habilidades
e promover o desenvolvimento intelectual e social. Por isso, é importante que a intervenção seja feita o quanto
antes.
Atenção
O aluno com paralisia cerebral tem características específicas; por esse motivo, ele precisa ser atendido
pelos pais e pela escola da melhor forma possível em suas necessidades educacionais especiais. 
Processo de escolarização do aluno com deficiência física
no ensino inclusivo
Você sabia que as legislações (orientam sobre
as práticas para a educação inclusiva) que
garantem os direitos das pessoas com
deficiência ressaltam que os alunos com
necessidades educacionais especiais devem
ser incluídos no ensino regular, com a finalidade
de eliminar as práticas segregacionistas que
ocorrem na educação desses alunos? 
 
Mas na educação básica, tanto no ensino
público quanto no particular, a educação
inclusiva ainda oferece grandes desafios
(SILVA; CASTRO; BRANCO, 2006).
 
Outro ponto que merece destaque é que os familiares e todos os membros da escola que convivem com o
aluno com deficiência física devem motivá-lo a frequentar o ambiente escolar, mesmo que precise de
reabilitação frequente. O envolvimento nas atividades curriculares e a interação com seus amigos e
professores trazem benefícios diversos não só para o tratamento, mas também para a inclusão escolar. A
escola precisa possibilitar a acessibilidade, eliminar as barreiras arquitetônicas, favorecer a adaptação de
mobiliário e elaborar materiais didático-pedagógicos adaptados para os alunos com deficiência física.
O indivíduo com deficiência física tem particularidades e especificidades que o diferenciam das
pessoas apontadas como “normais”. Contudo, ele precisa ser respeitado como tal e receber
condições adequadas para ter um desenvolvimento global.
Você já ouvir falar das adaptações no currículo? Conhece alguma coisa sobre esse assunto?
 
As adaptações no currículo são ações que irão possibilitar o processo de aprendizagem aos alunos com
deficiências, transtornos ou dificuldades de aprendizagem. Os educadores precisam viabilizar estratégias
mais eficientes para o aprendizado, além de planejar métodos e procedimentos específicos para avaliar essa
população.
 
Você deve saber, porém, que não basta apenas adaptar o currículo. É primordial capacitar o corpo docente e
investir nos recursos especializados.
Adaptações no currículo
Todas as adaptações curriculares precisam ser facilmenterealizadas pelo professor, representando
pequenos ajustes no contexto da sala de aula. 
Atendimento educacional especializado para o aluno com
deficiência física
Segundo Bersch e Machado (2007a), ao
pensarmos na inclusão do aluno com
deficiência física, é bom ter clareza de que ele
precisa de condições que facilitem a interação,
o acesso ao ambiente escolar e ao
conhecimento. Por isso, é fundamental que o
contexto escolar esteja preparado e ofereça
espaços e vivências satisfatórias para que o
deficiente físico se locomova e se comunique,
sempre com conforto e segurança.
 
O atendimento educacional especializado (AEE)
deverá oferecer suporte, recursos e técnicas necessárias e adequadas para cada característica e
especificidade do aluno com deficiência física, com vistas a seu devido desenvolvimento escolar. Vale
destacar que esse atendimento ocorre de preferência nas escolas do ensino regular.
 
Este é o objetivo da tecnologia assistiva do AEE, focada no educando com deficiência física: inclui-lo no
ambiente escolar.
Os gestores e os professores precisam garantir
que os alunos com deficiência física sejam
incluídos no ensino regular. Para isso, é
importante favorecer sua independência, sua
segurança e também a sua comunicação no
contexto escolar.
 
A partir das características de cada deficiência
física, recursos didáticos e instrumentos
especiais serão essenciais para o processo de
aprendizagem, bem como para o
desenvolvimento de um indivíduo autônomo e
confiante nas suas potencialidades.
 
Os professores especializados, responsáveis pelo atendimento educacional especializado, precisam viabilizar
recursos para esses alunos terem maior acessibilidade ao contexto escolar e ao conhecimento.
Atenção
Um aluno com deficiência física grave, que certamente precisa de outros cuidados — por exemplo, para
se alimentar, se locomover — e que utiliza aparelhos ou equipamentos médicos, necessita de um
acompanhante no período em que frequenta a escola. 
A importância do alinhamento e do equilíbrio postural para o aprendizado
Veja, neste vídeo, a importância do alinhamento e do equilíbrio postural para o aprendizado.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Tecnologia assistiva
Vários documentos do Ministério da Educação
apontam a importância das tecnologias
assistivas (TA) e reforçam a necessidade de
seu uso. A partir de suportes e recursos, as TA
possibilitam ampliar as habilidades dos alunos
com deficiência para que consigam ser
independentes. 
 
Elas representam uma ação que também
procura orientar os professores na elaboração
de materiais aos quais as pessoas com
deficiência possam ter acesso.
 
Para Bersch e Machado (2007a), o atendimento educacional especializado deve se utilizar da tecnologia
assistiva e adequar a realização das práticas educacionais, dos serviços e do espaço escolar, como você pode
verificar a seguir.
Comunicação aumentativa e alternativa (CAA)
Utilizada para auxiliar nas necessidades dos alunos com problemas de fala e de escrita.
Adequação dos materiais didático-pedagógicos
Existem vários materiais específicos para as pessoas com deficiência física, por exemplo:
engrossadores de lápis, quadro magnético com letras com ímã fixado, tesouras adaptadas, entre
outros.
Desenvolvimento de projetos com outros profissionais
Para possibilitar a acessibilidade ao ambiente físico da escola, é necessário desenvolver projetos com
outros profissionais, como arquitetos, engenheiros e técnicos. Alguns exemplos de adaptações são:
construção de rampa, colocação de piso tátil, adaptação de banheiros, ampliação de calçadas
regulares.
Adequação de recursos da informática
Computadores, tablets, notebooks, teclados e mouses também devem ser adaptados para uso de
pessoas com deficiência física, utilizando ponteira de cabeça para uso do teclado, programas de
computadores com sintetizadores de voz, impressoras braille e display braille, por exemplo.
Mobiliário adequado
É importante a utilização de mesas, cadeiras, bem como os recursos de auxílio à mobilidade para
cadeiras de rodas, andadores, que estejam de acordo com as orientações dos especialistas.
Comunicação alternativa e aumentativa
Conforme Bersch e Schirmer (2005), a
comunicação aumentativa e alternativa (CAA) é
considerada uma das áreas da tecnologia
assistiva para pessoas que não podem falar,
que não possuem uma escrita funcional ou que
apresentam discrepâncias entre seu potencial
de comunicação e sua habilidade efetiva para
falar e/ou escrever.
 
Para casos como esses, há recursos como as
pranchas de comunicação, letras ou palavras
escritas, utilizados pelas pessoas que se
beneficiam da CAA para expressar o que
pensam, o que sentem e o que precisam. Além disso, é possível também a utilização de pranchas com
produção de voz e do computador com softwares específicos, que vão garantir a função comunicativa.
 
Vale ressaltar que, mesmo com tanto avanço nessa área, ainda é comum encontrarmos vários alunos com
deficiência, em especial os que têm paralisia cerebral, considerados falantes não funcionais ou não falantes.
Vamos refletir sobre um exemplo?
Exemplo
Imagine um aluno com paralisia cerebral que apresenta muitas dificuldades na fala, que não consegue se
expressar. A professora faz uma pergunta na sala de aula e esse aluno quer responder. Nesse momento,
é possível acontecer uma fala difícil de ser compreendida. Com certeza, essa é uma situação complexa,
que provavelmente irá gerar uma tensão, uma rigidez muscular muito grande nesse aluno. Agora, se
utilizarmos um recurso da CAA, como uma prancha com letras, o aluno poderá escrever o que deseja
falar, e assim a comunicação será mais efetiva. Então, a partir desse exemplo, confirma-se a
necessidade de conhecermos aspectos sobre a comunicação aumentativa e alternativa, e a sua inserção
no atendimento educacional especializado. 
Bersch e Machado (2007b) consideram que a CAA pode ser dividida em:
Recursos que dispensam auxílio externo
Sinais manuais, gestos, apontar, piscar de
olhos, sorrir, vocalizar.
Recursos que necessitam de auxílio
externo
Objeto real, miniatura, retrato, símbolo gráfico,
letras e palavras, recursos de baixa e alta
tecnologia.
A pessoa que utiliza a CAA deve sinalizar a mensagem que quer expressar e apontar para o recurso externo
que quer utilizar — pranchas com símbolos, objetos, miniaturas. Empregará também, se quiser, seus gestos,
sons e demais expressões pessoais.
Resumindo
Podemos destacar que a CAA é a utilização de forma integrada de todos os recursos de comunicação
que devem ser organizados para a necessidade de cada pessoa com deficiência. 
Materiais didáticos adaptados
Existem materiais didáticos adaptados, os quais são recursos e alternativas viáveis no contexto escolar, de
acordo com Bersch e Machado (2007b). Dessa forma, podemos contar com o auxílio de dispositivos como:
Aranha-mola
Arame revestido no qual os dedos e a caneta são encaixados para facilitar a escrita.
Pulseira imantada
Ajuda a inibir os movimentos involuntários ou alguns espasmos.
Engrossador de lápis
Feito com espuma macia, uma bola de borracha ou outros materiais.
Órteses
As Órteses podem melhorar a posição da mão do aluno e ainda conter um dispositivo para fixar o
lápis. São dispositivos físicos externos que ajudam a adequar o corpo do sujeito em relação a
aspectos funcionais ou estruturais, para conseguir vantagem mecânica ou ortopédica.
Crianças sem possibilidade de usar as mãos podem contar com uma ponteira para a boca ou cabeça e com
ela fazer, além da digitação, o desenho, a pintura, virar a página, entre outras ações. É possível também
experimentar recursos que sejam utilizados com os pés, com ou sem acessórios de ajuda para fixar o lápis,
pincel ou outro acessório. Podemos criar e adaptar outros projetos, conforme a necessidade de cada aluno;
por exemplo, apontador de lápis fixo num taco de madeira e montagem de jogos diversos.
Acessibilidade
Nos dias de hoje, é improvável que alguém ainda não tenhaouvido falar ou visto em algum lugar a palavra
acessibilidade. Ela está cada vez mais presente em nossa sociedade, além de ser um direito e uma
necessidade das pessoas. Vamos conhecer um pouco mais sobre esse assunto?
A acessibilidade, garantida por lei, é essencial para qualquer tipo de deficiência; por isso precisamos verificar
as necessidades específicas de cada uma delas.
 
Pensando nas pessoas com deficiência física, a escola deve garantir o direito aos suportes e às adaptações
de acesso, como: mobiliário adequado e acessível ao aluno; eliminação de barreiras arquitetônicas;
equipamentos específicos e tecnologia assistiva; sistemas de comunicação alternativa; recursos materiais e
didáticos; profissionais especializados e de apoio; jogos e brinquedos adaptados.
Acessibilidade
Na escola, a acessibilidade é importante para que os alunos com deficiência possam acessar todos os
ambientes e estar presentes em todas as atividades escolares, mas com segurança, bem-estar e de
maneira autônoma, conforme suas habilidades, possibilidades e restrições (MACHADO, 2007).
Informática adaptada
Browning (2007) aponta que uma pessoa com
deficiência física, devido a suas restrições de
mobilidade e comunicação, precisa utilizar mais
o computador, possibilitando o acesso a
conhecimentos diversos. O computador pode
ser um instrumento de comunicação para os
deficientes físicos que apresentam dificuldades
de expressar suas ideias, necessidades e
emoções.
 
Claro que o acesso ao computador vai
depender das habilidades motoras. Caso o uso
de um teclado e/ou mouse convencional envolva obstáculo por causa do prejuízo de movimentos, é possível
ter acessos alternativos, como um teclado e/ou um mouse especial, os quais irão possibilitar ao aluno o
controle do computador. Dessa forma, é importante primeiramente identificar a necessidade e o interesse do
aluno em utilizar o computador. É necessário analisar a atividade escolhida e, por fim, compreender as
habilidades particulares do aluno.
 
De acordo com Rodrigues e Teixeira (2015), várias são as possibilidades de ação envolvendo uma pessoa que
apresenta deficiência física (DF).
Adaptação do ambiente
Observar a necessidade de adaptação tanto
dos mobiliários (cadeiras), como do uso de
softwares de comunicação, como o Motrix e/ou
Boardmaker.
Orientação sobre recursos tecnológicos
Procurar informações sobre como funcionam os
recursos tecnológicos usados pelos estudantes
com DF.
Análise das necessidades dos
estudantes
Compreender as reais necessidades e
limitações dos estudantes.
Prazo ampliado para atividades
Oferecer um tempo maior para a execução das
atividades.
É importante lembrar que cada DF solicita atitudes diferentes do professor, pois alguns terão suas limitações
mais voltadas para a linguagem, outros para a habilidade motora (escrita) ou locomoção, entre outras. Sempre
será preciso ajustar-se a essas necessidades.
Atenção
Todas essas informações são essenciais para os profissionais da área de educação, com o principal
objetivo de proporcionar às pessoas com deficiência física possibilidades de desenvolvimento da
autonomia e de suas habilidades e competências. 
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Deficiência física, deficiência mental, deficiência temporária, recuperável e
compensável
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Comunicação alternativa e aumentativa (CAA)
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Verificando o aprendizado
Questão 1
A paralisia cerebral é uma deficiência permanente, mais comum na infância, e que necessita
de estimulação precoce. A respeito dessa deficiência, analise as afirmativas a seguir:
I. A paralisia cerebral não é literalmente uma paralisia na atividade cerebral, pois não se trata
exatamente da paralisação do cérebro, como o termo pode sugerir.
II. A paralisia cerebral é um transtorno motor complexo, que inclui o aumento ou diminuição do
tônus em determinados grupos musculares, mudanças na postura ou no equilíbrio, e/ou na
coordenação e na precisão dos movimentos.
III. A paralisia cerebral é uma doença extremamente rara e está praticamente erradicada.
IV. As causas que originam a paralisia cerebral podem estar relacionadas a doenças
infecciosas da mãe, anoxia, doenças metabólicas congênitas, incompatibilidade de Rh, dentre
outras.
Estão corretos os itens
A
I, III e IV.
B
I, II e IV.
C
II e III.
D
II e IV.
E
II, III e IV.
A alternativa B está correta.
A paralisia cerebral não é uma doença, e sim um estado patológico. Trata-se de uma alteração ou perda do
controle motor causada por uma lesão encefálica de ordem hereditária, congênita ou adquirida. Não existe
cura, mas se a reabilitação física e a educação forem adequadas, é possível obter evoluções significativas.
Questão 2
Na escola da aluna Camila, existe uma sala de informática, que é utilizada para os estudantes
trabalharem conteúdos em diferentes disciplinas. Camila foi impedida de usar a sala devido a
sua deficiência física. A professora de geografia acredita que não será importante a
participação dela na atividade e que, acima de tudo, Camila passará vergonha perante os
colegas por não conseguir usar o computador adequadamente.
A partir da proposta de uma escola inclusiva no contexto brasileiro, a postura da professora
pode ser considerada
A
errada, pois a professora deveria deixar Camila sentada em um banco, observando a atividade.
B
errada, pois existem recursos tecnológicos para serem usados pelos estudantes com deficiência física.
C
correta, pois Camila não tem obrigação de participar de todas as propostas educacionais.
D
errada, pois é necessária a presença da mãe da aluna na escola para acompanhar a atividade.
E
correta, pois a escola não tem obrigação de ter um atendimento especializado para alunos com deficiência.
A alternativa B está correta.
As escolas precisam ser cada vez mais inclusivas. Mudanças ocorreram, inclusive por lei, e a pessoa com
deficiência conquistou vários direitos. Não é o aluno que deve se adaptar à escola; é a escola que deve se
adaptar às necessidades dos alunos. Para um deficiente físico, o computador é fundamental. Existem,
inclusive, vários programas que permitem ao aluno com deficiência ter mais autonomia sobre seus
interesses, bem como expressar suas necessidades e seus sentimentos. É importante, primeiramente,
identificar a necessidade e o interesse que o aluno tem em utilizar o computador. Exclusão, segregação,
estigma não cabem mais no paradigma da educação inclusiva. O docente precisa também ser preparado
para a inclusão e as escolas precisam ter recursos e materiais adaptados aos alunos com necessidades
educacionais especiais.
2. Recursos e suportes adaptados para a escolarização do aluno com deficiência visual
Características do aluno com baixa visão e cegueira
Conhecer as diferentes características do aluno com baixa visão ou cegueira é fundamental para entender o
processo de escolarização do aluno com deficiência visual no ensino inclusivo. Igualmente importante é
conhecer como deve ser o atendimento educacional especializado para o aluno com deficiência visual e as
noções básicas sobre o Sistema Braille. Aqui também serão vistos os diferentes recursos adaptados para a
escolarização desses alunos.
Coll, Marchesi e Palacios (2004) consideram que a cegueira é uma deficiência relacionada a parte
dos sentidos e, quando acontece, as pessoas têm seu sistema visual total ou gravemente
prejudicado. Podemos ressaltar que o prejuízo no sistema visual, total ou parcial, faz com que as
crianças cegas ou com baixa visão utilizem os outros sistemas sensoriais para conhecer o que está
a sua volta. Utilizam-se do tato e da audição, bem como do olfato e do paladar, embora nem tanto,
como substitutos da visão, o que lhes dará certas condições para o seu desenvolvimento e
aprendizagem.
Mesmo com as dificuldades que as pessoas cegas têm, o funcionamentodo seu sistema cognitivo e
psicológico é bastante plástico e, consequentemente, as informações podem ser processadas na ausência da
visão, com uso de outros acessos.
É importante saber que os cegos não têm estruturas sensoriais diferentes de quem tem visão normal, não
ouvem mais e nem possuem maior sensibilidade tátil ou olfativa. O que acontece é que eles aprendem a usar
os sentidos de outra maneira, de forma até melhor do que as pessoas que enxergam. Essa compensação
refere-se à plasticidade do sistema psicológico.
É importante saber que a avaliação da perda visual apresentada por uma pessoa com deficiência visual
precisa ser feita em dois níveis diferentes: exame oftalmológico e grau de visão funcional — resíduos visuais
com que essa pessoa conta para seu desenvolvimento e sua aprendizagem (COLL; MARCHESI; PALACIOS,
2004).
Processo de escolarização do aluno com deficiência visual
no ensino inclusivo
Para Coll, Marchesi e Palacios (2004), é fundamental que o planejamento das intervenções educativas que
devem ser realizadas com as pessoas cegas ou com baixa visão esteja baseado em suas necessidades
específicas, relacionadas à falta ou à deterioração do sistema visual.
 
Os educadores responsáveis pela educação das pessoas cegas precisam compreender as características de
seu desenvolvimento e aprendizagem porque só dessa forma poderão adaptar suas ações às necessidades
individuais. É preciso saber se a pessoa tem baixa visão ou é cega e conhecer sua própria história familiar e
educativa, pois essas informações irão apontar qual intervenção educacional precisam receber.
Atenção
A baixa visão e a cegueira não causam incapacidades no desenvolvimento cognitivo e psicológico, mas
os familiares e a escola precisam compreender as formas particulares do desenvolvimento dessas
pessoas. Para Rodrigues e Teixeira (2015), várias são as possibilidades de ação que propiciam a inclusão
educacional de um aluno que apresenta deficiência visual/baixa visão. 
Vamos conhecer a seguir essas ações!
 
A pessoa com baixa visão pode ter oscilação visual de acordo com o seu estado emocional. É
importante ficarmos atentos para oferecer ajuda.
 
Quando a pessoa apresenta nistagmo (movimento rápido e involuntário dos olhos, podendo borrar
ligeiramente a visão), pode ocorrer uma redução da acuidade visual e fadiga durante a leitura. Diminuir
a quantidade de texto a ser lido é importante para que o estudante tenha bom desempenho
acadêmico.
 
Possibilitar que os estudantes se sentem próximos à lousa e perto das tomadas elétricas vai facilitar o
uso dos computadores.
 
É importante que o professor faça a leitura dos slides de sua aula, de forma clara e audível, pois isso
facilita a localização do material e a transmissão dos conteúdos.
 
É importante conversar com o estudante sobre as características dos recursos tecnológicos que ele
usa em sala e fazer as adaptações necessárias.
 
No computador, é preciso tomar cuidado com o tamanho da fonte usada, utilizando letras ampliadas,
com as normas de acessibilidade gráfica (tamanho de letra 16 a 32; tipo de letra Arial ou Verdana).
 
Os desenhos precisam estar em cores fortes e com contornos definidos, reforçados com canetas de
ponta grossa.
 
Na elaboração do material escrito, o uso de contraste de cores (preto no branco, azul no amarelo, por
exemplo) é importante.
 
Caso o estudante faça uso de algum recurso óptico para longe, ele deverá sentar-se a uma distância
fixa da lousa de, aproximadamente, 2 metros.
Recursos tecnológicos
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Os recursos tecnológicos para essa área são bem vastos. Há alguns programas gratuitos, como o DOSVOX
(brasileiro) e o NVDA. Já o Jaws e o Virtual Vision são pagos e importados. Saiba mais sobre esses programas
a seguir e, depois, pesquise sobre eles na internet.
DOSVOX
Sistema operacional desenvolvido pelo Núcleo
de Computação Eletrônica da Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Possui um conjunto
de ferramentas e aplicativos próprios, além de
agenda, chat e jogos interativos.
NVDA
É uma plataforma de código aberto de leitura
de tela para sistema operacional Windows.
Auxilia pessoas com deficiências visuais,
descrevendo os itens na tela do computador
por meio de audiodescrição.
JAWS
Software desenvolvido nos Estados Unidos pela
Freedom Scientific e mundialmente conhecido
como o leitor de tela mais completo e
avançado. É um dos que melhor se adapta à
internet e ao envio de informações para a linha
braille, facilitando a impressão de materiais em
tinta, em vários formatos, para o Sistema Braille.
VIRTUAL VISION
Criado em 1995 pela Micropower, dá acesso à
informática e funciona como leitor de tela
exclusivamente em ambientes do Windows,
lendo todos os menus, janelas e aplicativos.
De acordo com Rodrigues e Teixeira (2015), existem diferentes alternativas de ação a adotar com um aluno
cego:
Mapear necessidades
Conhecer as necessidades dele, mas nunca facilitar notas nas avaliações.
Estabelecer acordos para a relação
Conversar previamente com o estudante cego sobre as possíveis maneiras de estabelecer a relação
professor‐conteúdo‐estudante.
Aumentar prazo para entrega de trabalhos
Aumentar o prazo de entrega de trabalhos. Essa ação está prevista no Art. 27 do Decreto nº
3.298/1999.
Adaptar as avaliações
Elaborar avaliações em formatos adequados para o cego. É preciso verificar qual modelo de
instrumento será utilizado — no formato braille, no computador — e um tempo maior deverá ser dado
para que ele realize a prova. Ele poderá levar um tempo maior para a leitura e escrita, dependendo do
instrumento que estiver utilizando.
Adaptação de materiais
Converter ou gravar em áudio materiais de estudo dos alunos que estejam em formato PDF, pois não
são lidos pelos programas mencionados: DOSVOX; NVDA; JAWS; e VIRTUAL VISION.
Leitura de conteúdos em voz alta pelo professor
Ler o que estiver sendo escrito na lousa, para que o estudante possa copiar no computador ou na
máquina braille.
Adaptar referências visuais de processos de avaliação
Alterar ou adaptar os processos de avaliação baseados em referências visuais, por meio de
representações em relevo. É o caso, por exemplo, de desenhos, gráficos, diagramas, gravuras e uso
de microscópios, peças anatômicas. A utilização de exercícios orais é um ótimo recurso.
Espaço físico, comunicação e relacionamento
Neste vídeo, você vai conhecer a importância do espaço físico, da comunicação e do relacionamento dos
cegos no contexto escolar. 
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Atendimento educacional especializado para o aluno com
deficiência visual
O atendimento educacional especializado, realizado por professores especializados, em escolas regulares,
para dar suporte às crianças e aos jovens com deficiência, precisa acontecer no contraturno (período oposto
ao período de atividades regulares da escola).
 
Para complementar e oferecer suporte ao processo educacional, a finalidade do AEE é adaptar os recursos
pedagógicos e de acessibilidade, os quais auxiliam a participação dos alunos nas atividades, atendendo assim
a suas necessidades específicas.
Atenção
A capacitação do professor irá possibilitar uma atuação adequada: é preciso observar e avaliar as
limitações do aluno cego ou de baixa visão e procurar realizar as adaptações de currículo apropriadas às
características individuais do aluno. 
Noções sobre o Sistema Braille
Em 1825, na França, Louis Braille criou o Sistema Braille, reconhecido como o código ou uma forma de leitura e
escrita das pessoas cegas. Trata-se de uma combinação de 63 pontos que irão representar as letras do
alfabeto, os números e outros símbolos gráficos.
 
Obtém-se a combinação pela distribuição de seis pontos básicos, os quais estão organizados espacialmente
em duas colunas verticais, com três pontos à direita e três à esquerda de uma cela básica denominada cela
braille.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para ver mais detalhes da imagem
abaixo.
Veja a seguir osinstrumentos necessários para se ter uma escrita braille: a reglete e a punção, ou uma
máquina de escrever braille.
Reglete e punção
A reglete é uma régua de madeira, metal ou plástico com um conjunto de
celas braille que são colocadas em linhas horizontais sobre uma base
plana. A punção é um instrumento em madeira ou plástico no formato de
pera ou anatômico, com ponta metálica, a qual é utilizada para perfurar
os pontos na cela braille.
É importante esclarecer que o movimento de perfuração deve ser
realizado da direita para a esquerda para produzir a escrita em relevo de
forma não espelhada. Já a leitura é realizada da esquerda para a direita.
Contudo, a escrita tem a desvantagem de ser demorada, pois para
perfurar cada ponto, é necessário ter boa coordenação motora. Além
disso, não é fácil a correção de erros.
Máquina de escrever
A máquina de escrever tem seis teclas básicas que correspondem aos
pontos da cela braille. O toque simultâneo de uma combinação de teclas
produz os pontos que são os sinais e os símbolos que se quer. Podemos
considerar que, nesse caso, é um processo de escrita rápido, prático e
muito eficiente.
Com relação à escrita em relevo e à leitura tátil,
pode-se dizer que baseiam-se em aspectos
bem específicos no que diz respeito ao
movimento das mãos, à mudança de linha, à
adequação da postura e à utilização do papel.
Esse processo requer o desenvolvimento de
habilidades do tato. Por isso, o aprendizado do
Sistema Braille deve ocorrer em condições
adequadas, de forma simultânea e
complementar ao processo de alfabetização
dos alunos cegos.
Seria importante que os docentes
dominassem o alfabeto braille e as noções básicas do sistema, que pode ser aprendido de forma
simples e rápida, pois a leitura será visual.
Podemos também apontar que os instrumentos informáticos, como a impressora, ampliam significativamente
as possibilidades de produção e impressão em braille.
Diferentes recursos adaptados para a escolarização do
aluno com baixa visão ou cegueira
Os diversos recursos destinados ao atendimento educacional especializado dos alunos com deficiência visual
precisam estar presentes no cotidiano dessas pessoas e devem estimular o desenvolvimento dos outros
sentidos.
 
Ressaltamos que a preparação de recursos didáticos para os alunos cegos precisa estar baseada em alguns
pontos, para o uso eficiente (SÁ; CAMPOS; SILVA, 2007):
 
A representação deve ser tão precisa quanto possível em relação ao modelo original.
 
O recurso deve ser atraente para a visão e agradável ao tato.
 
A adequação deve ser realizada, considerando-se a pertinência em relação ao conteúdo e à faixa
etária.
 
As proporções e o tamanho devem ser observados com cuidado: objetos e desenhos em relevo muito
pequenos não enfatizam os detalhes e se perdem com facilidade; já objetos muito grandes podem
também prejudicar a apresentação e dificultar a percepção do todo.
• 
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• 
• 
 
O material deve possuir cores fortes ou contrastes que irão se adaptar à limitação visual de cada aluno,
para uma boa estimulação visual.
Resumindo
No documento Parâmetros curriculares nacionais: adaptações curriculares (BRASIL, 1998), são sugeridos
dispositivos importantes para o atendimento especializado de alunos com deficiência visual. Adaptação
de materiais desportivos para permitir que o aluno seja integrado também nas atividades esportivas,
como bola de guizo e outros. Uso do Sistema Braille como alternativa de comunicação, adaptado às
possibilidades do aluno. Uso de instrumentos, dispositivos (máquina braille, reglete, sorobã, bengala
longa) e material didático e de avaliação adaptados e específicos. Uso de textos escritos com outros
elementos ou apresentados de forma diferenciada, por exemplo, os tipos escritos ampliados. Para
facilitar, deve-se pensar no seu posicionamento na sala de aula — em geral, é melhor quando colocado
na frente do professor ou do quadro. Capacitação do professor, que deve estar ciente e procurar fazer
explicações verbais sobre todo o material apresentado em aula, oferecendo a adaptação de materiais
escritos de uso comum: tamanho das letras, relevo, softwares educativos em tipo ampliado, textura
modificada etc. Uso do Braille para alunos e professores videntes que desejarem conhecer o referido
sistema. Uso de materiais de ensino-aprendizagem de uso comum: pranchas ou presilhas para não
deslizar o papel, lupas, computador com sintetizador de vozes, periféricos adaptados etc. Por último, é
exigido o apoio físico, verbal e instrucional para viabilizar a orientação e a mobilidade, visando à
locomoção independente do aluno na escola. 
Recursos ópticos e não ópticos
O aluno com baixa visão deverá fazer o uso de recursos ou auxílios ópticos e não ópticos quando for
necessário, pois isso melhora a função visual e a sua capacidade escolar.
 
É o médico oftalmologista que determina esses auxílios, pois são lentes que aumentam ou ajustam a imagem
visual para uma boa adequação, e fornece orientações ao usuário.
 
Os recursos ópticos dependem da necessidade e da possibilidade de cada pessoa e podem ser divididos em
duas categorias:
Para longe
Sistemas telescópios (telelupas), que podem
ser monoculares (em um olho) ou binoculares
(nos dois olhos). Ampliam a imagem e auxiliam
a leitura para longe.
Para perto
Lupas manuais, lupas de apoio e lentes em
óculos. Óculos de lentes filtrantes (escurecidas)
servem para casos de fotofobia. Quanto mais
aumentar a lente, menor o campo visual e a
percepção de distância pode ficar alterada.
Permitem a leitura de material impresso.
Já os recursos não ópticos são obtidos em função de pequenas modificações das condições ambientais em
que o aluno se encontra. O desempenho visual e as condições gerais do educando podem melhorar por meio
de adaptações simples e específicas, devendo ser disponibilizadas na medida do possível: iluminação, guia de
leitura, caderno com pauta ampliada e reforçada, lápis 3B ou 6B, caneta hidrográfica, livros didáticos
ampliados, apoio para leitura e chapéus ou bonés (SÁ; CAMPOS; SILVA , 2007).
• 
Atenção
Alguns alunos poderão precisar apenas de um dispositivo, enquanto outros necessitarão de uma
combinação de vários recursos; eles devem ser sempre orientados para usá-los de maneira eficiente,
entendendo que cada material tem suas vantagens e limitações. 
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Noções básicas sobre o Sistema Braille
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Os recursos ou auxílios ópticos e não ópticos
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Verificando o aprendizado
Questão 1
A deficiência visual é considerada como a perda total ou parcial da visão. Encontramos pessoas cegas ou com
baixa visão, cuja causa pode ser congênita ou adquirida. A respeito da deficiência visual podemos afirmar que
A
na baixa visão ou visão subnormal, a pessoa tem perda total da visão ou tem pouca capacidade de enxergar, o
que a leva necessitar do Sistema Braille para leitura e escrita.
B
baixa visão ou visão subnormal ocorre somente de forma congênita e a pessoa tem que utilizar o Sistema
Braille, obrigatoriamente, como meio de leitura.
C
na cegueira há perda total da visão e a pessoa necessita do Sistema Braille como meio de leitura e escrita.
D
a cegueira é caracterizada pelo comprometimento do funcionamento visual dos olhos, mesmo a pessoa
realizando tratamento ou correção. As pessoas com cegueira podem ler textos impressos ampliados ou com
uso de recursos ópticos especiais.
E
a cegueira ocorre somente de forma adquirida e leva obrigatoriamente a pessoa a utilizar Libras como forma
de comunicação.
A alternativa C está correta.
O Braille é o sistema de comunicação de leitura e escrita para as pessoas cegas. Já a pessoa com baixa
visão não precisa utilizar o Sistema Braille para a leitura, pois poderá ler textos escritos com letras
ampliadas e recursos ópticos. A causa da cegueiraou baixa visão pode ser congênita ou adquirida.
Questão 2
A inclusão do aluno com cegueira ou baixa visão no contexto escolar regular proporciona uma
nova estruturação da escola, que precisa oferecer as adaptações e os recursos necessários
ao processo de ensino-aprendizagem adequado às necessidades desse aluno.
Tomando por base a deficiência visual, analise as afirmativas abaixo:
I. O aluno com deficiência visual precisa de um ambiente que o estimule, de professores
capacitados, de materiais e métodos que irão auxiliar sua forma de perceber o mundo ao seu
redor e que contribuam para seu aprendizado, sua comunicação e sua socialização com as
pessoas.
II. O aluno cego e o com baixa visão têm grandes restrições para o desenvolvimento do
processo de ensino-aprendizagem, pois a deficiência visual impacta negativamente na sua
capacidade de aprender e na sua parte emocional.
III. A pessoa cega apresenta uma alteração grave ou total do seu sistema visual que irá afetar
de forma inevitável a capacidade dos olhos de captar cor, tamanho, distância, forma, posição
ou movimento de objetos e espaços.
Está correto o que se afirma em
A
III apenas.
B
I e III.
C
I e II.
D
II apenas.
E
II e III.
A alternativa B está correta.
Em relação à aprendizagem, o aluno cego e o com baixa visão têm a mesma capacidade que os demais
alunos, uma vez que a deficiência visual não vai restringir sua faculdade de aprender e nem sua parte
emocional. Precisamos de escolas inclusivas, que estejam preparadas para oferecer atendimento
especializado, recursos e suportes para esses alunos e que tenham professores capacitados e envolvidos
com a inclusão.
3. Inclusão do aluno surdo na escola regular por meio do ensino da Libras e da língua portuguesa
Características do aluno com surdez
Há pessoas com deficiência auditiva que apresentam surdez parcial, com perdas que variam de leve a
moderada. Para esse grupo, o uso do aparelho auditivo faz toda a diferença. Eles fazem uso da língua oral,
não sendo necessário um intérprete de Libras. Já as pessoas consideradas surdas apresentam perdas que
vão de severa a profunda. São usuários de Libras e necessitam de intérprete. A causa da surdez pode ser
hereditária, adquirida ou, além disso, desconhecida (COLL; MARCHESI; PALACIOS, 2004).
 
A legislação referente à surdez teve grandes avanços ao longo dos anos. Vale reforçar que, sobre esse tema,
estamos em plena fase de mudanças, adaptações, formações e informações para a sociedade de modo geral
(RODRIGUES; TEIXEIRA, 2015).
Surdas
Em teoria, a pessoa surda seria bilíngue, tendo como língua materna (L1) a língua brasileira de sinais
(Libras) e como segunda língua (L2), a língua portuguesa, considerada pela Constituição como língua
oficial do país.
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abaixo.
Processo de escolarização do aluno com surdez no ensino
inclusivo
A inclusão do aluno com surdez precisa acontecer desde cedo. A utilização dos recursos garantida por lei
deve ser respeitada para as pessoas com deficiência auditiva superarem as barreiras no ambiente escolar
(DAMÁZIO, 2007).
 
A educação da pessoa surda relaciona-se a um conjunto de decisões ao longo do processo de ensino: 
sistemas de comunicação (métodos orais X língua de sinais); adaptações curriculares (comunicação manual) e
tipo de escolarização (integração) (COLL; MARCHESI; PALACIOS, 2004).
 
Rodrigues e Teixeira (2015) apontam várias possibilidades de ações que propiciam a inclusão educacional do
estudante deficiente auditivo (DA):
 
Garantir que a sala de aula seja pouco ruidosa, de modo que o uso do aparelho auditivo tenha melhor
desempenho para o estudante DA.
• 
 
Solicitar que o estudante se sente apróximo ao professor, pois isso ajuda no entendimento da língua
oral.
 
Em casos em que o DA não necessita de intérprete de Libras, considerando que podem ocorrer falhas
na percepção do som, é necessário avaliar a presença de um intérprete oral, como auxílio.
 
Falar alto ou gritar não facilita a comunicação, uma vez que todos temos um limite que nos é
confortável para ouvir.
 
Para o aluno surdo temos também várias ações, como ressaltam Rodrigues e Teixeira (2015):
Comportamento do intérprete
A presença do intérprete é essencial e tem o objetivo de mediar a comunicação, jamais de assumir o
papel de professor. É importante esclarecer que o trabalho do intérprete possui regras, seja na sala de
aula ou em qualquer espaço onde faça a interpretação Libras/língua oral ou língua oral/Libras.
Postura ao falar
Evitar falar de costas ou de lado: o estudante surdo precisa fazer leitura labial, mesmo que apenas ela
não seja suficiente para ele compreender os conteúdos. Pode ser necessário evitar uso de barba e
bigode, que impedem a leitura labial.
Adaptação de recursos didáticos
Usar vídeos com legenda, pois isso ajuda o estudante no entendimento dos dizeres e não diminuir ou
apagar a luz durante a projeção do vídeo, pois isso compromete o trabalho do intérprete e a leitura
labial. Atividades ou provas podem ser apresentadas em Libras e devem ser gravadas em áudio e
vídeo, para registro.
Linguagem
Não existem sinais para todas as palavras da língua portuguesa, por isso, muito vezes, são
necessários mais esclarecimentos sobre os vocabulários para que o intérprete em Libras consiga
chegar o mais próximo possível do significado e auxiliar o estudante surdo. Palavras em outro idioma
devem ser traduzidas para o português e, posteriormente, passadas para Libras, ou deve-se usar o
sinal na língua falada no outro idioma. Sempre que houver dúvida na correção da prova quanto ao
texto escrito em língua portuguesa, é importante solicitar que o estudante explique sua resposta em
Libras.
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• 
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Relação professor-estudante surdo
A relação professor-estudante surdo é melhorada se o docente aprender a se dirigir ao estudante em
Libras com palavras básicas (“oi”, “bom dia”, “boa noite”, “por favor”, por exemplo). Nesse sentido,
também é importante que docentes e coordenadores aprendam alguns termos básicos na Libras.
Atendimento educacional especializado para o aluno com
surdez
Para Damázio (2007), nas escolas comuns os alunos com surdez devem ter um aprendizado voltado para um
ambiente bilíngue (língua de sinais e língua portuguesa).
 
De acordo com a legislação, o atendimento educacional especializado (AEE) para o aluno com surdez precisa
ocorrer na sala de recursos em um turno, com a realização de complemento curricular por professor bilíngue,
especializado ou capacitado.
 
A partir de uma proposta inclusiva, o AEE deve ocorrer em três etapas didáticas diferentes (DAMÁZIO, 2007):
AEE em Libras na escola comum
Realizado por um professor, preferencialmente surdo, ou professor com domínio de Libras. No AEE,
todos os conhecimentos dos diferentes conteúdos curriculares são explicados nessa língua.
AEE para o ensino de Libras
Realizado por professor especializado, considera que os alunos com surdez terão aulas dessa língua,
com a finalidade de melhorar o conhecimento e a aquisição, principalmente de termos científicos.
AEE para o ensino da língua portuguesa
São trabalhadas as especificidades dessa língua para pessoas com surdez.
O planejamento do ensino é feito pelo professor especializado junto com os professores de língua
portuguesa, pois o conteúdo desse trabalho deve ser comum para todos os alunos.
A Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva aponta
diversas diretrizes acerca do aluno surdo na
escola, como por exemplo, descrever aspectos
da educação bilíngue e do papel do tradutor/
intérprete de Libras, e ainda fala sobre a língua
portuguesa e o ensino da Libras para os demais
alunos da escola (BRASIL, 2008). É fundamental
conhecê-la.
 
Também é importante saber que o
planejamento do AEE é realizado e
desenvolvido pelos professores que ministram aulas em Libras, professores de classe comum e professores
de língua portuguesa para pessoas com surdez.
O Ministério da Educação(BRASIL, 2006) atribui algumas ações ao professor do AEE:
 
Oferecer o máximo de suporte pedagógico aos alunos, facilitando-lhes o acesso aos conteúdos
curriculares.
 
Fazer uso das tecnologias de informação e comunicação para o aprendizado da Libras e da língua
portuguesa, assim como desenvolver a Libras como atividade pedagógica, instrumental, dialógica e de
conversação.
 
Produzir materiais bilíngues (Libras-português-Libras) e, além do mais, estabelecer interface com a
fonoaudiologia para atender alunos com resíduos auditivos, quando for a opção da família ou do
próprio aluno.
Noções sobre a Libras
Conheça mais sobre a Libras.
Legislação
A Lei Federal nº 10.436, de 24 de abril de 2002, identifica oficialmente a
Libras como a primeira língua da pessoa surda em todo o território
brasileiro e proporciona ao aluno surdo o ensino bilíngue (Libras-
Português) no ensino básico.
Expressões regionais
Cada país possui a sua própria língua de sinais, que sofre as influências
da cultura local e, como qualquer outra língua, dentro de um mesmo país,
também tem expressões distintas de região para região, não
apresentando assim um padrão nacional.
Estrutura gramatical
As pessoas que não conhecem a língua de sinais consideram que as
expressões são somente mímicas, gestos livres que os surdos usam para
favorecer a comunicação. Cabe ressaltar que as expressões possuem
estruturas gramaticais próprias compostas pelos níveis linguísticos.
Porém, o que a diferencia das demais línguas é a sua modalidade visual-
espacial (MUNCINELLI, 2013).
Aspectos estruturais
A estrutura da Libras é constituída por aspectos primários e secundários:
configuração das mãos (63 posições diferentes dos dedos e das mãos);
ponto de articulação; movimento e disposição das mãos; região de
contato e expressões faciais (FERREIRA et al., 2011).
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A atuação do intérprete escolar
Neste vídeo, conheça os aspectos principais da prática de um intérprete escolar.
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Recursos adaptados para a escolarização do aluno com
surdez
Para os alunos com deficiência auditiva, o documento Parâmetros curriculares nacionais: adaptações
curriculares (BRASIL, 1998), sugere:
 
Materiais e equipamentos específicos – prótese auditiva, treinadores de fala, softwares educativos
específicos etc.
 
Textos escritos complementados com elementos que favoreçam a sua compreensão – linguagem
gestual, língua de sinais e outros.
 
Sistema alternativo de comunicação adaptado às possibilidades do aluno – leitura orofacial, linguagem
gestual e língua de sinais.
 
Salas-ambiente para treinamento auditivo, de fala, rítmico etc.
 
Posicionamento do aluno na sala de tal modo que possa ver os movimentos orofaciais do professor e
dos colegas.
 
Materiais visuais e outros de apoio, para favorecer a apreensão das informações expostas
verbalmente.
 
De acordo com Alvez, Ferreira e Damázio (2010), algumas atividades pedagógicas que envolvem linguagem e
vivências são fundamentais para que o aluno com deficiência auditiva aprenda a língua portuguesa.
Aprendizado da língua portuguesa
Para alunos nas fases iniciais de aprendizado da língua portuguesa, recomenda-se a realização de
atividades com expressão corporal, expressão artístico-cultural, uso de dramatização e outras
atividades que permitam a contextualização de situações vividas, como aula-passeio e filmes.
Leitura
Já no caso da leitura, pode-se iniciar com a leitura de ícones, sinais, índices, símbolos e signos
linguísticos, assim como pela leitura visual de imagens, para passar à leitura de texto escrito como
texto (frases, palavras, sílabas, letras) assim como a interpretação/compreensão por meio do
desenho, para passar à interpretação/compreensão por meio da escrita.
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Escrita
Para a escrita, é importante fazer o movimento que vai do desenho à palavra e da palavra ao
desenho, para depois passar da frase ao desenho e do desenho à frase, e finalmente do texto ao
desenho, do desenho ao texto, até chegar à escrita de diferentes gêneros textuais.
Para a descoberta da escrita pode se fazer uso de linguagens lúdicas, como as brincadeiras, os jogos
interativos, assim como os testes-problema e os jogos eletrônicos, até chegar ao uso de livros.
Para a produção de textos escritos em português, é importante incentivar o aluno com surdez a criar
signos, com a finalidade de interagir com outras pessoas por meio da produção de textos escritos,
como bilhetes, cartas etc.
Desenvolvimento do léxico
Com o objetivo de desenvolver o léxico, é recomendado o uso de estudos ortográficos e do sentido
das palavras em diferentes contextos. Outra sugestão é propor atividades de escrita contextualizada,
ou seja, a partir de um dado assunto, de forma que o aluno possa aprender a escrever com sentido e
não apenas desenhar palavras. Podemos também contextualizar o uso do léxico (das palavras) da
língua portuguesa escrita em várias situações diferentes, por exemplo, o uso de manga de camisa,
manga (fruta) e outras.
Na visão de Alvez, Ferreira e Damázio (2010), a escola pode ser considerada um grande mediador entre a
pessoa com surdez e a sociedade. Dessa maneira, aprender o português escrito tem a sua importância, por
ser mais um elemento que essa pessoa terá para se integrar à sociedade.
 
O ensino do português escrito deve acontecer desde o início do aprendizado até o ensino superior; por isso, o
AEE para o ensino da língua portuguesa escrita é primordial.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Deficiente auditivo (DA) e o aluno surdo: características do aluno com surdez
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As ações para o deficiente auditivo e para o aluno surdo
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Verificando o aprendizado
Questão 1
Tomando por base a escolarização do aluno surdo e a sua acessibilidade ao ensino de Libras, podemos
afirmar que
 
I. Libras é a língua brasileira de sinais e, de acordo com a legislação brasileira atual, a alfabetização em Libras
para o aluno surdo é garantida.
II. Cada país possui uma língua de sinais própria.
III. A criança surda tem direito a uma educação bilíngue.
IV. Libras é um sistema linguístico de abordagem visual-espacial, com estrutura gramatical própria.
V. Libras é uma língua de sinais universal.
 
Está correto o que se afirma em
A
I, II, III e IV.
B
I, III e V.
C
I, III e IV.
D
I, II e IV.
E
I, II, III e V.
A alternativa A está correta.
A legislação brasileira garante o ensino à pessoa surda e o seu acesso ao ensino de Libras. Cada país tem a
sua própria língua de sinais e a criança surda tem direito à educação bilíngue. A Libras é realmente um
sistema linguístico com estrutura gramatical própria. Por falta de conhecimento, as pessoas consideram
que as expressões que os surdos utilizam são simplesmente mímicas, ou gestos soltos utilizados pelos
surdos para facilitar a comunicação.
Questão 2
O aluno que apresenta sua capacidade de audição reduzida é denominado de
A
aluno excepcional.
B
aluno ouvinte.
C
aluno deficiente.
D
aluno com surdez.
E
aluno surdo-mudo.
A alternativa D está correta.
A surdez é uma privação sensorial que interfere diretamente na comunicação, alterando a qualidade da
relação que o indivíduo estabelece com o meio; ela pode ter sérias implicações para o desenvolvimento de
uma criança. As expressões: aluno excepcional ou surdo-mudo não são adequadas para se dirigir a uma
pessoa com surdez. Aluno ouvinte seria a pessoa que não apresenta nenhum comprometimento com a
audição e aluno deficiente pode estar relacionado a várias deficiências, não só à surdez.
4. Conclusão
Considerações finais
Ao longo dos módulos, vimos a importância da educação inclusiva para os alunos com deficiências física,
visual e auditiva. Nas últimas décadas, a legislação proporcionou vários direitos aos deficientesno que diz
respeito ao acesso à educação, ao ensino regular. Contudo, não basta somente o direito. Precisamos de uma
prática, de uma escola inclusiva.
 
Precisamos que a escola seja de fato inclusiva e garanta não só o acesso a uma educação de qualidade, mas
a permanência dos alunos com deficiência, transtornos e dificuldades de aprendizagem, assegurando também
que o atendimento educacional especializado ocorra. Vários são os recursos que podemos utilizar para
proporcionar um aprendizado que possibilite o desenvolvimento do aluno com deficiência em suas dimensões
físicas, cognitivas e psicossociais.
 
O educador deve considerar que tem diante de si, sobretudo, um aluno a quem deve auxiliar — assim como a
todos os outros —, a aproveitar ao máximo suas habilidades e potencialidades de desenvolvimento, para que
tenha uma vida o mais autônoma possível. As necessidades especiais desses alunos devem ser vistas mais
como um desafio do que como um obstáculo.
 
O atendimento educacional especializado surge para proporcionar ao aluno com deficiência garantias de uma
educação mais justa, democrática, com foco nas necessidades de cada indivíduo. É importante a capacitação
dos docentes e que estes, bem como a escola, tenham conhecimentos sobre a acessibilidade e os diferentes
recursos adaptados para a escolarização do aluno com deficiência física, baixa visão, cegueira e surdez.
 
Muitas das inovações que foram introduzidas pela tecnologia para se tornarem mais acessíveis às pessoas
com problemas motores ou com déficits sensoriais também contribuíram para que esses instrumentos fossem
mais úteis e adequados para todas as pessoas. Por fim, o fato de dedicarmos a devida atenção e o devido
respeito às pessoas, quaisquer que sejam suas necessidades especiais, resultará na construção de um mundo
mais adaptado e benéfico para todas as pessoas que nele vivem.
Podcast
Agora, a especialista finaliza falando sobre a importância da luta dos educadores por uma educação e
uma escola inclusivas.
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Explore+
Para conhecer a educação inclusiva nos anos iniciais e a evolução da legislação, leia o artigo A
importância do ensino de Libras para crianças surdas na educação infantil,de Katia Gomes de Oliveira
Silva, Adélia Pereira dos Santos Modesto e Regina Kikue Fukui, publicado na Revista Psicologia &
Saberes, v. 9, n. 17, 2020. 
 
• 
Assista ao vídeo Deficiência, tecnologia e sociedade, de José AntônioBorges, publicado no canal do
YouTube do TEDx Talks. Você verá a importância da tecnologia na inclusão de pessoas com deficiência.
Vale a pena! 
 
Assista ao vídeo Trajetória acadêmica do deficiente visual,de Vilson Zattera, e conheça a experiência
de vida desse deficiente que deixou de enxergar aos 7 anos. O vídeo está disponível no canal do
YouTube do TEDx Talks.
 
Ainda no canal do YouTube do TEDx Talks, assista ao vídeo Enxergar os limites é diferente de aceitá-
los,de Pedro Pimenta e se surpreende com o relato de experiência e a superação de um jovem de 18
anos. 
Referências
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abordagem bilíngue na escolarização de pessoas com surdez. Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretaria
de Educação Especial; Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010. (Coleção A educação especial na
perspectiva da inclusão escolar, v. 4). 
 
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educacional. In: Ensaios pedagógicos: construindo escolas inclusivas. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2005, p.
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BERSCH, R. de C. R.; MACHADO, R. Conhecendo o aluno com deficiência. In: SCHIRMER, C. R. et
al. Atendimento educacional especializado: deficiência física.Brasília, DF:SEESP/SEED/MEC, 2007a, p. 15-24. 
 
BERSCH, R. de C. R.; MACHADO, R. Atendimento educacional especializado para a deficiência física. 
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BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria
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DAMÁZIO, M. F. M. Atendimento educacional especializado: pessoa com surdez. Brasília, DF: SEESP/SEED/
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FERREIRA, A. L. et al. Aprendendo Libras: módulo 2. Natal: EDUFRN, 2011. 
 
MACHADO Acessibilidade arquitetônica. In: SCHIRMER, C. R. et al. Atendimento educacional especializado:
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MUNCINELLI, S. E. Libras: língua brasileira de sinais. Revista Extensão em Foco, v. 1, n. 1, p. 27-33, 2013.
 
RODRIGUES, L.A.; TEIXEIRA, S.C. de P. Diretrizes psicopedagógicas para o atendimento de estudantes com
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SÁ, E.D. de; CAMPOS, eu .M. SILVA, M.B.C. Atendimento educacional especializado: deficiênciavisual. Brasília,
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educacionais especiais: deficiência física. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial,
2006. 
	O aluno com deficência física, visual e auditiva
	1. Itens iniciais
	Propósito
	Objetivos
	Introdução
	1. Desafios na escolarização de alunos com deficiência física
	Características do aluno com deficiência física
	Atenção
	Deficiência temporária e recuperável
	Deficiência recuperável
	Deficiência definitiva
	Deficiência compensável
	Paralisia cerebral
	Atenção
	Processo de escolarização do aluno com deficiência física no ensino inclusivo
	Atendimento educacional especializado para o aluno com deficiência física
	Atenção
	A importância do alinhamento e do equilíbrio postural para o aprendizado
	Conteúdo interativo
	Tecnologia assistiva
	Comunicação aumentativa e alternativa (CAA)
	Adequação dos materiais didático-pedagógicos
	Desenvolvimento de projetos com outros profissionais
	Adequação de recursos da informática
	Mobiliário adequado
	Comunicação alternativa e aumentativa
	Exemplo
	Recursos que dispensam auxílio externo
	Recursos que necessitam de auxílio externo
	Resumindo
	Materiais didáticos adaptados
	Aranha-mola
	Pulseira imantada
	Engrossador de lápis
	Órteses
	Acessibilidade
	Informática adaptada
	Adaptação do ambiente
	Orientação sobre recursos tecnológicos
	Análise das necessidades dos estudantes
	Prazo ampliado para atividades
	Atenção
	Vem que eu te explico!
	Deficiência física, deficiência mental, deficiência temporária, recuperável e compensável
	Conteúdo interativo
	Comunicação alternativa e aumentativa (CAA)
	Conteúdo interativo
	Verificando o aprendizado
	A paralisia cerebral é uma deficiência permanente, mais comum na infância, e que necessita de estimulação precoce. A respeito dessa deficiência, analise as afirmativas a seguir:I. A paralisia cerebral não é literalmente uma paralisia na atividade cerebral, pois não se trata exatamenteda paralisação do cérebro, como o termo pode sugerir.
	II. A paralisia cerebral é um transtorno motor complexo, que inclui o aumento ou diminuição do tônus em determinados grupos musculares, mudanças na postura ou no equilíbrio, e/ou na coordenação e na precisão dos movimentos.
	III. A paralisia cerebral é uma doença extremamente rara e está praticamente erradicada.
	IV. As causas que originam a paralisia cerebral podem estar relacionadas a doenças infecciosas da mãe, anoxia, doenças metabólicas congênitas, incompatibilidade de Rh, dentre outras.Estão corretos os itens
	Na escola da aluna Camila, existe uma sala de informática, que é utilizada para os estudantes trabalharem conteúdos em diferentes disciplinas. Camila foi impedida de usar a sala devido a sua deficiência física. A professora de geografia acredita que não será importante a participação dela na atividade e que, acima de tudo, Camila passará vergonha perante os colegas por não conseguir usar o computador adequadamente.A partir da proposta de uma escola inclusiva no contexto brasileiro, a postura da professora pode ser considerada
	2. Recursos e suportes adaptados para a escolarização do aluno com deficiência visual
	Características do aluno com baixa visão e cegueira
	Processo de escolarização do aluno com deficiência visual no ensino inclusivo
	Atenção
	Recursos tecnológicos
	DOSVOX
	NVDA
	JAWS
	VIRTUAL VISION
	Mapear necessidades
	Estabelecer acordos para a relação
	Aumentar prazo para entrega de trabalhos
	Adaptar as avaliações
	Adaptação de materiais
	Leitura de conteúdos em voz alta pelo professor
	Adaptar referências visuais de processos de avaliação
	Espaço físico, comunicação e relacionamento
	Conteúdo interativo
	Atendimento educacional especializado para o aluno com deficiência visual
	Atenção
	Noções sobre o Sistema Braille
	Conteúdo interativo
	Reglete e punção
	Máquina de escrever
	Diferentes recursos adaptados para a escolarização do aluno com baixa visão ou cegueira
	Resumindo
	Recursos ópticos e não ópticos
	Para longe
	Para perto
	Atenção
	Vem que eu te explico!
	Noções básicas sobre o Sistema Braille
	Conteúdo interativo
	Os recursos ou auxílios ópticos e não ópticos
	Conteúdo interativo
	Verificando o aprendizado
	A inclusão do aluno com cegueira ou baixa visão no contexto escolar regular proporciona uma nova estruturação da escola, que precisa oferecer as adaptações e os recursos necessários ao processo de ensino-aprendizagem adequado às necessidades desse aluno.Tomando por base a deficiência visual, analise as afirmativas abaixo:I. O aluno com deficiência visual precisa de um ambiente que o estimule, de professores capacitados, de materiais e métodos que irão auxiliar sua forma de perceber o mundo ao seu redor e que contribuam para seu aprendizado, sua comunicação e sua socialização com as pessoas.
	II. O aluno cego e o com baixa visão têm grandes restrições para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, pois a deficiência visual impacta negativamente na sua capacidade de aprender e na sua parte emocional.
	III. A pessoa cega apresenta uma alteração grave ou total do seu sistema visual que irá afetar de forma inevitável a capacidade dos olhos de captar cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento de objetos e espaços.Está correto o que se afirma em
	3. Inclusão do aluno surdo na escola regular por meio do ensino da Libras e da língua portuguesa
	Características do aluno com surdez
	Conteúdo interativo
	Processo de escolarização do aluno com surdez no ensino inclusivo
	Comportamento do intérprete
	Postura ao falar
	Adaptação de recursos didáticos
	Linguagem
	Relação professor-estudante surdo
	Atendimento educacional especializado para o aluno com surdez
	AEE em Libras na escola comum
	AEE para o ensino de Libras
	AEE para o ensino da língua portuguesa
	Noções sobre a Libras
	Legislação
	Expressões regionais
	Estrutura gramatical
	Aspectos estruturais
	A atuação do intérprete escolar
	Conteúdo interativo
	Recursos adaptados para a escolarização do aluno com surdez
	Aprendizado da língua portuguesa
	Leitura
	Escrita
	Desenvolvimento do léxico
	Vem que eu te explico!
	Deficiente auditivo (DA) e o aluno surdo: características do aluno com surdez
	Conteúdo interativo
	As ações para o deficiente auditivo e para o aluno surdo
	Conteúdo interativo
	Verificando o aprendizado
	4. Conclusão
	Considerações finais
	Podcast
	Conteúdo interativo
	Explore+
	Referências

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