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O aluno com deficência física, visual e auditiva Características do aluno com deficiência física, auditiva e visual com ênfase na acessibilidade; tecnologia assistiva e escolarização do aluno com deficiência física; recursos e suportes adaptados para a escolarização do aluno com deficiência visual; currículo e inclusão do aluno surdo na escola regular para uma educação inclusiva. Profa. Patrícia Rossi Carraro 1. Itens iniciais Propósito Compreender as características do aluno com deficiência física, auditiva e visual e os aspectos da educação inclusiva que pertencem ao universo desses alunos é primordial para a formação e o exercício profissional do psicopedagogo. Objetivos Reconhecer os aspectos envolvidos na acessibilidade, na tecnologia assistiva e na escolarização do aluno com deficiência física. Identificar os recursos e suportes adaptados para a escolarização do aluno com deficiência visual. Analisar a inclusão do aluno surdo na escola regular por meio do ensino da Libras e da língua portuguesa. Introdução Conhecer as características das deficiências física, visual e auditiva é fundamental para exercer o papel do psicopedagogo e suas ações perante as diferentes necessidades da educação inclusiva. Em vez de trabalhar as diferenças como problemas, a diversidade é percebida como oportunidade para educar todos os alunos em um mesmo contexto escolar. Por isso, neste momento, vamos refletir sobre acessibilidade, tecnologia assistiva e escolarização do aluno com deficiência física. Ainda, identificaremos recursos e suportes adaptados para a escolarização do aluno com deficiência visual. Por fim, vamos analisar o currículo e a inclusão do aluno surdo na escola regular. • • • 1. Desafios na escolarização de alunos com deficiência física Características do aluno com deficiência física Neste módulo, você vai estudar as diferentes características do aluno com deficiência física, o processo de escolarização desse aluno no ensino inclusivo e como deve ser o atendimento especializado para ele. Além disso, vai entender a importância da tecnologia assistiva: comunicação alternativa e aumentativa, materiais didáticos adaptados, acessibilidade e informática adaptada. Para início de conversa, vamos conhecer o que envolve o termo “deficiência”? Antes de tudo, é importante saber que são várias as leis, decretos, estatutos e políticas que definem, protegem e integram a pessoa com deficiência mental, física, auditiva ou visual na sociedade e no contexto escolar. O deficiente físico é uma pessoa que apresenta alterações na parte muscular, óssea, nas articulações e até mesmo no funcionamento neurológico, podendo a deficiência interferir no seu desenvolvimento educacional. Quando essas mudanças proporcionam problemas para o aluno aprender, ele precisará de apoio educacional, acesso a recursos didáticos e instrumentos especiais que o auxiliem no contexto escolar. Atenção Você precisa saber que uma deficiência física não está necessariamente associada a uma deficiência mental — as condições de aprendizagem podem ser plenas. Pode acontecer, entretanto, de pessoas com deficiência física apresentarem outros tipos de deficiências associadas; por exemplo, visual, auditiva, deficiência mental ou até algum tipo de transtorno. Por isso, o professor deve conhecer diversas áreas que vão ajudá-lo quando ele precisar ser o responsável pelo atendimento educacional especializado (AEE) do aluno (BERSCH; MACHADO, 2007a). Entenda alguns tipos de deficiência: Deficiência temporária e recuperável É essencial compreender que a pessoa com deficiência física pode ter qualidade de vida se tiver acesso a tratamento adequado. Nesse caso, a deficiência é temporária. Deficiência recuperável E se a pessoa apresenta melhoras com o tratamento, dizemos que a deficiência foi recuperável. Deficiência definitiva A deficiência será considerada definitiva se a pessoa, mesmo com o tratamento, não se curou. Deficiência compensável Caso seja possível a substituição de algum órgão, chamamos de deficiência compensável. Podemos citar, como exemplo, a pessoa que teve amputada alguma parte do corpo, mas foi possível compensar pelo uso de uma prótese. As deficiências físicas podem estar relacionadas às doenças transmitidas pelos genes (hereditária), bem como estar ligadas à formação do indivíduo na fase intrauterina (congênita), ou ainda se relacionar a infecções, intoxicações e acidentes (adquirida) (SILVA; CASTRO; BRANCO, 2006). Um dos comprometimentos mais comuns encontrados entre as crianças e jovens em idade escolar e que causa deficiência física é a paralisia cerebral. Paralisia cerebral As pessoas que não conhecem o que vem a ser paralisia cerebral acreditam que o cérebro está parado, sem funcionamento, isto é, paralisado, pois o termo em si sugere esse aspecto. Na verdade, na paralisia cerebral, o problema está na parte motora, no seu controle. O cérebro não envia informações adequadas para a parte muscular devido a uma lesão. Dessa forma, as pessoas com paralisia cerebral apresentam vários sintomas e têm pareceres médicos diversos. Podemos encontrar desde transtornos motores leves e até alterações motoras que as impossibilitem de fazer qualquer movimento por conta própria, caso considerado grave. A paralisia cerebral não é uma doença e não existe cura caso haja uma lesão, portanto, não é possível mudar essa situação. No entanto, caso a pessoa tenha uma reabilitação física e uma educação adequadas, é possível obter avanços significativos que poderão auxiliar no estado funcional do paciente, ao desenvolver habilidades e promover o desenvolvimento intelectual e social. Por isso, é importante que a intervenção seja feita o quanto antes. Atenção O aluno com paralisia cerebral tem características específicas; por esse motivo, ele precisa ser atendido pelos pais e pela escola da melhor forma possível em suas necessidades educacionais especiais. Processo de escolarização do aluno com deficiência física no ensino inclusivo Você sabia que as legislações (orientam sobre as práticas para a educação inclusiva) que garantem os direitos das pessoas com deficiência ressaltam que os alunos com necessidades educacionais especiais devem ser incluídos no ensino regular, com a finalidade de eliminar as práticas segregacionistas que ocorrem na educação desses alunos? Mas na educação básica, tanto no ensino público quanto no particular, a educação inclusiva ainda oferece grandes desafios (SILVA; CASTRO; BRANCO, 2006). Outro ponto que merece destaque é que os familiares e todos os membros da escola que convivem com o aluno com deficiência física devem motivá-lo a frequentar o ambiente escolar, mesmo que precise de reabilitação frequente. O envolvimento nas atividades curriculares e a interação com seus amigos e professores trazem benefícios diversos não só para o tratamento, mas também para a inclusão escolar. A escola precisa possibilitar a acessibilidade, eliminar as barreiras arquitetônicas, favorecer a adaptação de mobiliário e elaborar materiais didático-pedagógicos adaptados para os alunos com deficiência física. O indivíduo com deficiência física tem particularidades e especificidades que o diferenciam das pessoas apontadas como “normais”. Contudo, ele precisa ser respeitado como tal e receber condições adequadas para ter um desenvolvimento global. Você já ouvir falar das adaptações no currículo? Conhece alguma coisa sobre esse assunto? As adaptações no currículo são ações que irão possibilitar o processo de aprendizagem aos alunos com deficiências, transtornos ou dificuldades de aprendizagem. Os educadores precisam viabilizar estratégias mais eficientes para o aprendizado, além de planejar métodos e procedimentos específicos para avaliar essa população. Você deve saber, porém, que não basta apenas adaptar o currículo. É primordial capacitar o corpo docente e investir nos recursos especializados. Adaptações no currículo Todas as adaptações curriculares precisam ser facilmenterealizadas pelo professor, representando pequenos ajustes no contexto da sala de aula. Atendimento educacional especializado para o aluno com deficiência física Segundo Bersch e Machado (2007a), ao pensarmos na inclusão do aluno com deficiência física, é bom ter clareza de que ele precisa de condições que facilitem a interação, o acesso ao ambiente escolar e ao conhecimento. Por isso, é fundamental que o contexto escolar esteja preparado e ofereça espaços e vivências satisfatórias para que o deficiente físico se locomova e se comunique, sempre com conforto e segurança. O atendimento educacional especializado (AEE) deverá oferecer suporte, recursos e técnicas necessárias e adequadas para cada característica e especificidade do aluno com deficiência física, com vistas a seu devido desenvolvimento escolar. Vale destacar que esse atendimento ocorre de preferência nas escolas do ensino regular. Este é o objetivo da tecnologia assistiva do AEE, focada no educando com deficiência física: inclui-lo no ambiente escolar. Os gestores e os professores precisam garantir que os alunos com deficiência física sejam incluídos no ensino regular. Para isso, é importante favorecer sua independência, sua segurança e também a sua comunicação no contexto escolar. A partir das características de cada deficiência física, recursos didáticos e instrumentos especiais serão essenciais para o processo de aprendizagem, bem como para o desenvolvimento de um indivíduo autônomo e confiante nas suas potencialidades. Os professores especializados, responsáveis pelo atendimento educacional especializado, precisam viabilizar recursos para esses alunos terem maior acessibilidade ao contexto escolar e ao conhecimento. Atenção Um aluno com deficiência física grave, que certamente precisa de outros cuidados — por exemplo, para se alimentar, se locomover — e que utiliza aparelhos ou equipamentos médicos, necessita de um acompanhante no período em que frequenta a escola. A importância do alinhamento e do equilíbrio postural para o aprendizado Veja, neste vídeo, a importância do alinhamento e do equilíbrio postural para o aprendizado. Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. Tecnologia assistiva Vários documentos do Ministério da Educação apontam a importância das tecnologias assistivas (TA) e reforçam a necessidade de seu uso. A partir de suportes e recursos, as TA possibilitam ampliar as habilidades dos alunos com deficiência para que consigam ser independentes. Elas representam uma ação que também procura orientar os professores na elaboração de materiais aos quais as pessoas com deficiência possam ter acesso. Para Bersch e Machado (2007a), o atendimento educacional especializado deve se utilizar da tecnologia assistiva e adequar a realização das práticas educacionais, dos serviços e do espaço escolar, como você pode verificar a seguir. Comunicação aumentativa e alternativa (CAA) Utilizada para auxiliar nas necessidades dos alunos com problemas de fala e de escrita. Adequação dos materiais didático-pedagógicos Existem vários materiais específicos para as pessoas com deficiência física, por exemplo: engrossadores de lápis, quadro magnético com letras com ímã fixado, tesouras adaptadas, entre outros. Desenvolvimento de projetos com outros profissionais Para possibilitar a acessibilidade ao ambiente físico da escola, é necessário desenvolver projetos com outros profissionais, como arquitetos, engenheiros e técnicos. Alguns exemplos de adaptações são: construção de rampa, colocação de piso tátil, adaptação de banheiros, ampliação de calçadas regulares. Adequação de recursos da informática Computadores, tablets, notebooks, teclados e mouses também devem ser adaptados para uso de pessoas com deficiência física, utilizando ponteira de cabeça para uso do teclado, programas de computadores com sintetizadores de voz, impressoras braille e display braille, por exemplo. Mobiliário adequado É importante a utilização de mesas, cadeiras, bem como os recursos de auxílio à mobilidade para cadeiras de rodas, andadores, que estejam de acordo com as orientações dos especialistas. Comunicação alternativa e aumentativa Conforme Bersch e Schirmer (2005), a comunicação aumentativa e alternativa (CAA) é considerada uma das áreas da tecnologia assistiva para pessoas que não podem falar, que não possuem uma escrita funcional ou que apresentam discrepâncias entre seu potencial de comunicação e sua habilidade efetiva para falar e/ou escrever. Para casos como esses, há recursos como as pranchas de comunicação, letras ou palavras escritas, utilizados pelas pessoas que se beneficiam da CAA para expressar o que pensam, o que sentem e o que precisam. Além disso, é possível também a utilização de pranchas com produção de voz e do computador com softwares específicos, que vão garantir a função comunicativa. Vale ressaltar que, mesmo com tanto avanço nessa área, ainda é comum encontrarmos vários alunos com deficiência, em especial os que têm paralisia cerebral, considerados falantes não funcionais ou não falantes. Vamos refletir sobre um exemplo? Exemplo Imagine um aluno com paralisia cerebral que apresenta muitas dificuldades na fala, que não consegue se expressar. A professora faz uma pergunta na sala de aula e esse aluno quer responder. Nesse momento, é possível acontecer uma fala difícil de ser compreendida. Com certeza, essa é uma situação complexa, que provavelmente irá gerar uma tensão, uma rigidez muscular muito grande nesse aluno. Agora, se utilizarmos um recurso da CAA, como uma prancha com letras, o aluno poderá escrever o que deseja falar, e assim a comunicação será mais efetiva. Então, a partir desse exemplo, confirma-se a necessidade de conhecermos aspectos sobre a comunicação aumentativa e alternativa, e a sua inserção no atendimento educacional especializado. Bersch e Machado (2007b) consideram que a CAA pode ser dividida em: Recursos que dispensam auxílio externo Sinais manuais, gestos, apontar, piscar de olhos, sorrir, vocalizar. Recursos que necessitam de auxílio externo Objeto real, miniatura, retrato, símbolo gráfico, letras e palavras, recursos de baixa e alta tecnologia. A pessoa que utiliza a CAA deve sinalizar a mensagem que quer expressar e apontar para o recurso externo que quer utilizar — pranchas com símbolos, objetos, miniaturas. Empregará também, se quiser, seus gestos, sons e demais expressões pessoais. Resumindo Podemos destacar que a CAA é a utilização de forma integrada de todos os recursos de comunicação que devem ser organizados para a necessidade de cada pessoa com deficiência. Materiais didáticos adaptados Existem materiais didáticos adaptados, os quais são recursos e alternativas viáveis no contexto escolar, de acordo com Bersch e Machado (2007b). Dessa forma, podemos contar com o auxílio de dispositivos como: Aranha-mola Arame revestido no qual os dedos e a caneta são encaixados para facilitar a escrita. Pulseira imantada Ajuda a inibir os movimentos involuntários ou alguns espasmos. Engrossador de lápis Feito com espuma macia, uma bola de borracha ou outros materiais. Órteses As Órteses podem melhorar a posição da mão do aluno e ainda conter um dispositivo para fixar o lápis. São dispositivos físicos externos que ajudam a adequar o corpo do sujeito em relação a aspectos funcionais ou estruturais, para conseguir vantagem mecânica ou ortopédica. Crianças sem possibilidade de usar as mãos podem contar com uma ponteira para a boca ou cabeça e com ela fazer, além da digitação, o desenho, a pintura, virar a página, entre outras ações. É possível também experimentar recursos que sejam utilizados com os pés, com ou sem acessórios de ajuda para fixar o lápis, pincel ou outro acessório. Podemos criar e adaptar outros projetos, conforme a necessidade de cada aluno; por exemplo, apontador de lápis fixo num taco de madeira e montagem de jogos diversos. Acessibilidade Nos dias de hoje, é improvável que alguém ainda não tenhaouvido falar ou visto em algum lugar a palavra acessibilidade. Ela está cada vez mais presente em nossa sociedade, além de ser um direito e uma necessidade das pessoas. Vamos conhecer um pouco mais sobre esse assunto? A acessibilidade, garantida por lei, é essencial para qualquer tipo de deficiência; por isso precisamos verificar as necessidades específicas de cada uma delas. Pensando nas pessoas com deficiência física, a escola deve garantir o direito aos suportes e às adaptações de acesso, como: mobiliário adequado e acessível ao aluno; eliminação de barreiras arquitetônicas; equipamentos específicos e tecnologia assistiva; sistemas de comunicação alternativa; recursos materiais e didáticos; profissionais especializados e de apoio; jogos e brinquedos adaptados. Acessibilidade Na escola, a acessibilidade é importante para que os alunos com deficiência possam acessar todos os ambientes e estar presentes em todas as atividades escolares, mas com segurança, bem-estar e de maneira autônoma, conforme suas habilidades, possibilidades e restrições (MACHADO, 2007). Informática adaptada Browning (2007) aponta que uma pessoa com deficiência física, devido a suas restrições de mobilidade e comunicação, precisa utilizar mais o computador, possibilitando o acesso a conhecimentos diversos. O computador pode ser um instrumento de comunicação para os deficientes físicos que apresentam dificuldades de expressar suas ideias, necessidades e emoções. Claro que o acesso ao computador vai depender das habilidades motoras. Caso o uso de um teclado e/ou mouse convencional envolva obstáculo por causa do prejuízo de movimentos, é possível ter acessos alternativos, como um teclado e/ou um mouse especial, os quais irão possibilitar ao aluno o controle do computador. Dessa forma, é importante primeiramente identificar a necessidade e o interesse do aluno em utilizar o computador. É necessário analisar a atividade escolhida e, por fim, compreender as habilidades particulares do aluno. De acordo com Rodrigues e Teixeira (2015), várias são as possibilidades de ação envolvendo uma pessoa que apresenta deficiência física (DF). Adaptação do ambiente Observar a necessidade de adaptação tanto dos mobiliários (cadeiras), como do uso de softwares de comunicação, como o Motrix e/ou Boardmaker. Orientação sobre recursos tecnológicos Procurar informações sobre como funcionam os recursos tecnológicos usados pelos estudantes com DF. Análise das necessidades dos estudantes Compreender as reais necessidades e limitações dos estudantes. Prazo ampliado para atividades Oferecer um tempo maior para a execução das atividades. É importante lembrar que cada DF solicita atitudes diferentes do professor, pois alguns terão suas limitações mais voltadas para a linguagem, outros para a habilidade motora (escrita) ou locomoção, entre outras. Sempre será preciso ajustar-se a essas necessidades. Atenção Todas essas informações são essenciais para os profissionais da área de educação, com o principal objetivo de proporcionar às pessoas com deficiência física possibilidades de desenvolvimento da autonomia e de suas habilidades e competências. Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. Deficiência física, deficiência mental, deficiência temporária, recuperável e compensável Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. Comunicação alternativa e aumentativa (CAA) Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. Verificando o aprendizado Questão 1 A paralisia cerebral é uma deficiência permanente, mais comum na infância, e que necessita de estimulação precoce. A respeito dessa deficiência, analise as afirmativas a seguir: I. A paralisia cerebral não é literalmente uma paralisia na atividade cerebral, pois não se trata exatamente da paralisação do cérebro, como o termo pode sugerir. II. A paralisia cerebral é um transtorno motor complexo, que inclui o aumento ou diminuição do tônus em determinados grupos musculares, mudanças na postura ou no equilíbrio, e/ou na coordenação e na precisão dos movimentos. III. A paralisia cerebral é uma doença extremamente rara e está praticamente erradicada. IV. As causas que originam a paralisia cerebral podem estar relacionadas a doenças infecciosas da mãe, anoxia, doenças metabólicas congênitas, incompatibilidade de Rh, dentre outras. Estão corretos os itens A I, III e IV. B I, II e IV. C II e III. D II e IV. E II, III e IV. A alternativa B está correta. A paralisia cerebral não é uma doença, e sim um estado patológico. Trata-se de uma alteração ou perda do controle motor causada por uma lesão encefálica de ordem hereditária, congênita ou adquirida. Não existe cura, mas se a reabilitação física e a educação forem adequadas, é possível obter evoluções significativas. Questão 2 Na escola da aluna Camila, existe uma sala de informática, que é utilizada para os estudantes trabalharem conteúdos em diferentes disciplinas. Camila foi impedida de usar a sala devido a sua deficiência física. A professora de geografia acredita que não será importante a participação dela na atividade e que, acima de tudo, Camila passará vergonha perante os colegas por não conseguir usar o computador adequadamente. A partir da proposta de uma escola inclusiva no contexto brasileiro, a postura da professora pode ser considerada A errada, pois a professora deveria deixar Camila sentada em um banco, observando a atividade. B errada, pois existem recursos tecnológicos para serem usados pelos estudantes com deficiência física. C correta, pois Camila não tem obrigação de participar de todas as propostas educacionais. D errada, pois é necessária a presença da mãe da aluna na escola para acompanhar a atividade. E correta, pois a escola não tem obrigação de ter um atendimento especializado para alunos com deficiência. A alternativa B está correta. As escolas precisam ser cada vez mais inclusivas. Mudanças ocorreram, inclusive por lei, e a pessoa com deficiência conquistou vários direitos. Não é o aluno que deve se adaptar à escola; é a escola que deve se adaptar às necessidades dos alunos. Para um deficiente físico, o computador é fundamental. Existem, inclusive, vários programas que permitem ao aluno com deficiência ter mais autonomia sobre seus interesses, bem como expressar suas necessidades e seus sentimentos. É importante, primeiramente, identificar a necessidade e o interesse que o aluno tem em utilizar o computador. Exclusão, segregação, estigma não cabem mais no paradigma da educação inclusiva. O docente precisa também ser preparado para a inclusão e as escolas precisam ter recursos e materiais adaptados aos alunos com necessidades educacionais especiais. 2. Recursos e suportes adaptados para a escolarização do aluno com deficiência visual Características do aluno com baixa visão e cegueira Conhecer as diferentes características do aluno com baixa visão ou cegueira é fundamental para entender o processo de escolarização do aluno com deficiência visual no ensino inclusivo. Igualmente importante é conhecer como deve ser o atendimento educacional especializado para o aluno com deficiência visual e as noções básicas sobre o Sistema Braille. Aqui também serão vistos os diferentes recursos adaptados para a escolarização desses alunos. Coll, Marchesi e Palacios (2004) consideram que a cegueira é uma deficiência relacionada a parte dos sentidos e, quando acontece, as pessoas têm seu sistema visual total ou gravemente prejudicado. Podemos ressaltar que o prejuízo no sistema visual, total ou parcial, faz com que as crianças cegas ou com baixa visão utilizem os outros sistemas sensoriais para conhecer o que está a sua volta. Utilizam-se do tato e da audição, bem como do olfato e do paladar, embora nem tanto, como substitutos da visão, o que lhes dará certas condições para o seu desenvolvimento e aprendizagem. Mesmo com as dificuldades que as pessoas cegas têm, o funcionamentodo seu sistema cognitivo e psicológico é bastante plástico e, consequentemente, as informações podem ser processadas na ausência da visão, com uso de outros acessos. É importante saber que os cegos não têm estruturas sensoriais diferentes de quem tem visão normal, não ouvem mais e nem possuem maior sensibilidade tátil ou olfativa. O que acontece é que eles aprendem a usar os sentidos de outra maneira, de forma até melhor do que as pessoas que enxergam. Essa compensação refere-se à plasticidade do sistema psicológico. É importante saber que a avaliação da perda visual apresentada por uma pessoa com deficiência visual precisa ser feita em dois níveis diferentes: exame oftalmológico e grau de visão funcional — resíduos visuais com que essa pessoa conta para seu desenvolvimento e sua aprendizagem (COLL; MARCHESI; PALACIOS, 2004). Processo de escolarização do aluno com deficiência visual no ensino inclusivo Para Coll, Marchesi e Palacios (2004), é fundamental que o planejamento das intervenções educativas que devem ser realizadas com as pessoas cegas ou com baixa visão esteja baseado em suas necessidades específicas, relacionadas à falta ou à deterioração do sistema visual. Os educadores responsáveis pela educação das pessoas cegas precisam compreender as características de seu desenvolvimento e aprendizagem porque só dessa forma poderão adaptar suas ações às necessidades individuais. É preciso saber se a pessoa tem baixa visão ou é cega e conhecer sua própria história familiar e educativa, pois essas informações irão apontar qual intervenção educacional precisam receber. Atenção A baixa visão e a cegueira não causam incapacidades no desenvolvimento cognitivo e psicológico, mas os familiares e a escola precisam compreender as formas particulares do desenvolvimento dessas pessoas. Para Rodrigues e Teixeira (2015), várias são as possibilidades de ação que propiciam a inclusão educacional de um aluno que apresenta deficiência visual/baixa visão. Vamos conhecer a seguir essas ações! A pessoa com baixa visão pode ter oscilação visual de acordo com o seu estado emocional. É importante ficarmos atentos para oferecer ajuda. Quando a pessoa apresenta nistagmo (movimento rápido e involuntário dos olhos, podendo borrar ligeiramente a visão), pode ocorrer uma redução da acuidade visual e fadiga durante a leitura. Diminuir a quantidade de texto a ser lido é importante para que o estudante tenha bom desempenho acadêmico. Possibilitar que os estudantes se sentem próximos à lousa e perto das tomadas elétricas vai facilitar o uso dos computadores. É importante que o professor faça a leitura dos slides de sua aula, de forma clara e audível, pois isso facilita a localização do material e a transmissão dos conteúdos. É importante conversar com o estudante sobre as características dos recursos tecnológicos que ele usa em sala e fazer as adaptações necessárias. No computador, é preciso tomar cuidado com o tamanho da fonte usada, utilizando letras ampliadas, com as normas de acessibilidade gráfica (tamanho de letra 16 a 32; tipo de letra Arial ou Verdana). Os desenhos precisam estar em cores fortes e com contornos definidos, reforçados com canetas de ponta grossa. Na elaboração do material escrito, o uso de contraste de cores (preto no branco, azul no amarelo, por exemplo) é importante. Caso o estudante faça uso de algum recurso óptico para longe, ele deverá sentar-se a uma distância fixa da lousa de, aproximadamente, 2 metros. Recursos tecnológicos • • • • • • • • • Os recursos tecnológicos para essa área são bem vastos. Há alguns programas gratuitos, como o DOSVOX (brasileiro) e o NVDA. Já o Jaws e o Virtual Vision são pagos e importados. Saiba mais sobre esses programas a seguir e, depois, pesquise sobre eles na internet. DOSVOX Sistema operacional desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui um conjunto de ferramentas e aplicativos próprios, além de agenda, chat e jogos interativos. NVDA É uma plataforma de código aberto de leitura de tela para sistema operacional Windows. Auxilia pessoas com deficiências visuais, descrevendo os itens na tela do computador por meio de audiodescrição. JAWS Software desenvolvido nos Estados Unidos pela Freedom Scientific e mundialmente conhecido como o leitor de tela mais completo e avançado. É um dos que melhor se adapta à internet e ao envio de informações para a linha braille, facilitando a impressão de materiais em tinta, em vários formatos, para o Sistema Braille. VIRTUAL VISION Criado em 1995 pela Micropower, dá acesso à informática e funciona como leitor de tela exclusivamente em ambientes do Windows, lendo todos os menus, janelas e aplicativos. De acordo com Rodrigues e Teixeira (2015), existem diferentes alternativas de ação a adotar com um aluno cego: Mapear necessidades Conhecer as necessidades dele, mas nunca facilitar notas nas avaliações. Estabelecer acordos para a relação Conversar previamente com o estudante cego sobre as possíveis maneiras de estabelecer a relação professor‐conteúdo‐estudante. Aumentar prazo para entrega de trabalhos Aumentar o prazo de entrega de trabalhos. Essa ação está prevista no Art. 27 do Decreto nº 3.298/1999. Adaptar as avaliações Elaborar avaliações em formatos adequados para o cego. É preciso verificar qual modelo de instrumento será utilizado — no formato braille, no computador — e um tempo maior deverá ser dado para que ele realize a prova. Ele poderá levar um tempo maior para a leitura e escrita, dependendo do instrumento que estiver utilizando. Adaptação de materiais Converter ou gravar em áudio materiais de estudo dos alunos que estejam em formato PDF, pois não são lidos pelos programas mencionados: DOSVOX; NVDA; JAWS; e VIRTUAL VISION. Leitura de conteúdos em voz alta pelo professor Ler o que estiver sendo escrito na lousa, para que o estudante possa copiar no computador ou na máquina braille. Adaptar referências visuais de processos de avaliação Alterar ou adaptar os processos de avaliação baseados em referências visuais, por meio de representações em relevo. É o caso, por exemplo, de desenhos, gráficos, diagramas, gravuras e uso de microscópios, peças anatômicas. A utilização de exercícios orais é um ótimo recurso. Espaço físico, comunicação e relacionamento Neste vídeo, você vai conhecer a importância do espaço físico, da comunicação e do relacionamento dos cegos no contexto escolar. Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. Atendimento educacional especializado para o aluno com deficiência visual O atendimento educacional especializado, realizado por professores especializados, em escolas regulares, para dar suporte às crianças e aos jovens com deficiência, precisa acontecer no contraturno (período oposto ao período de atividades regulares da escola). Para complementar e oferecer suporte ao processo educacional, a finalidade do AEE é adaptar os recursos pedagógicos e de acessibilidade, os quais auxiliam a participação dos alunos nas atividades, atendendo assim a suas necessidades específicas. Atenção A capacitação do professor irá possibilitar uma atuação adequada: é preciso observar e avaliar as limitações do aluno cego ou de baixa visão e procurar realizar as adaptações de currículo apropriadas às características individuais do aluno. Noções sobre o Sistema Braille Em 1825, na França, Louis Braille criou o Sistema Braille, reconhecido como o código ou uma forma de leitura e escrita das pessoas cegas. Trata-se de uma combinação de 63 pontos que irão representar as letras do alfabeto, os números e outros símbolos gráficos. Obtém-se a combinação pela distribuição de seis pontos básicos, os quais estão organizados espacialmente em duas colunas verticais, com três pontos à direita e três à esquerda de uma cela básica denominada cela braille. Conteúdo interativo Acesse a versão digital para ver mais detalhes da imagem abaixo. Veja a seguir osinstrumentos necessários para se ter uma escrita braille: a reglete e a punção, ou uma máquina de escrever braille. Reglete e punção A reglete é uma régua de madeira, metal ou plástico com um conjunto de celas braille que são colocadas em linhas horizontais sobre uma base plana. A punção é um instrumento em madeira ou plástico no formato de pera ou anatômico, com ponta metálica, a qual é utilizada para perfurar os pontos na cela braille. É importante esclarecer que o movimento de perfuração deve ser realizado da direita para a esquerda para produzir a escrita em relevo de forma não espelhada. Já a leitura é realizada da esquerda para a direita. Contudo, a escrita tem a desvantagem de ser demorada, pois para perfurar cada ponto, é necessário ter boa coordenação motora. Além disso, não é fácil a correção de erros. Máquina de escrever A máquina de escrever tem seis teclas básicas que correspondem aos pontos da cela braille. O toque simultâneo de uma combinação de teclas produz os pontos que são os sinais e os símbolos que se quer. Podemos considerar que, nesse caso, é um processo de escrita rápido, prático e muito eficiente. Com relação à escrita em relevo e à leitura tátil, pode-se dizer que baseiam-se em aspectos bem específicos no que diz respeito ao movimento das mãos, à mudança de linha, à adequação da postura e à utilização do papel. Esse processo requer o desenvolvimento de habilidades do tato. Por isso, o aprendizado do Sistema Braille deve ocorrer em condições adequadas, de forma simultânea e complementar ao processo de alfabetização dos alunos cegos. Seria importante que os docentes dominassem o alfabeto braille e as noções básicas do sistema, que pode ser aprendido de forma simples e rápida, pois a leitura será visual. Podemos também apontar que os instrumentos informáticos, como a impressora, ampliam significativamente as possibilidades de produção e impressão em braille. Diferentes recursos adaptados para a escolarização do aluno com baixa visão ou cegueira Os diversos recursos destinados ao atendimento educacional especializado dos alunos com deficiência visual precisam estar presentes no cotidiano dessas pessoas e devem estimular o desenvolvimento dos outros sentidos. Ressaltamos que a preparação de recursos didáticos para os alunos cegos precisa estar baseada em alguns pontos, para o uso eficiente (SÁ; CAMPOS; SILVA, 2007): A representação deve ser tão precisa quanto possível em relação ao modelo original. O recurso deve ser atraente para a visão e agradável ao tato. A adequação deve ser realizada, considerando-se a pertinência em relação ao conteúdo e à faixa etária. As proporções e o tamanho devem ser observados com cuidado: objetos e desenhos em relevo muito pequenos não enfatizam os detalhes e se perdem com facilidade; já objetos muito grandes podem também prejudicar a apresentação e dificultar a percepção do todo. • • • • O material deve possuir cores fortes ou contrastes que irão se adaptar à limitação visual de cada aluno, para uma boa estimulação visual. Resumindo No documento Parâmetros curriculares nacionais: adaptações curriculares (BRASIL, 1998), são sugeridos dispositivos importantes para o atendimento especializado de alunos com deficiência visual. Adaptação de materiais desportivos para permitir que o aluno seja integrado também nas atividades esportivas, como bola de guizo e outros. Uso do Sistema Braille como alternativa de comunicação, adaptado às possibilidades do aluno. Uso de instrumentos, dispositivos (máquina braille, reglete, sorobã, bengala longa) e material didático e de avaliação adaptados e específicos. Uso de textos escritos com outros elementos ou apresentados de forma diferenciada, por exemplo, os tipos escritos ampliados. Para facilitar, deve-se pensar no seu posicionamento na sala de aula — em geral, é melhor quando colocado na frente do professor ou do quadro. Capacitação do professor, que deve estar ciente e procurar fazer explicações verbais sobre todo o material apresentado em aula, oferecendo a adaptação de materiais escritos de uso comum: tamanho das letras, relevo, softwares educativos em tipo ampliado, textura modificada etc. Uso do Braille para alunos e professores videntes que desejarem conhecer o referido sistema. Uso de materiais de ensino-aprendizagem de uso comum: pranchas ou presilhas para não deslizar o papel, lupas, computador com sintetizador de vozes, periféricos adaptados etc. Por último, é exigido o apoio físico, verbal e instrucional para viabilizar a orientação e a mobilidade, visando à locomoção independente do aluno na escola. Recursos ópticos e não ópticos O aluno com baixa visão deverá fazer o uso de recursos ou auxílios ópticos e não ópticos quando for necessário, pois isso melhora a função visual e a sua capacidade escolar. É o médico oftalmologista que determina esses auxílios, pois são lentes que aumentam ou ajustam a imagem visual para uma boa adequação, e fornece orientações ao usuário. Os recursos ópticos dependem da necessidade e da possibilidade de cada pessoa e podem ser divididos em duas categorias: Para longe Sistemas telescópios (telelupas), que podem ser monoculares (em um olho) ou binoculares (nos dois olhos). Ampliam a imagem e auxiliam a leitura para longe. Para perto Lupas manuais, lupas de apoio e lentes em óculos. Óculos de lentes filtrantes (escurecidas) servem para casos de fotofobia. Quanto mais aumentar a lente, menor o campo visual e a percepção de distância pode ficar alterada. Permitem a leitura de material impresso. Já os recursos não ópticos são obtidos em função de pequenas modificações das condições ambientais em que o aluno se encontra. O desempenho visual e as condições gerais do educando podem melhorar por meio de adaptações simples e específicas, devendo ser disponibilizadas na medida do possível: iluminação, guia de leitura, caderno com pauta ampliada e reforçada, lápis 3B ou 6B, caneta hidrográfica, livros didáticos ampliados, apoio para leitura e chapéus ou bonés (SÁ; CAMPOS; SILVA , 2007). • Atenção Alguns alunos poderão precisar apenas de um dispositivo, enquanto outros necessitarão de uma combinação de vários recursos; eles devem ser sempre orientados para usá-los de maneira eficiente, entendendo que cada material tem suas vantagens e limitações. Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. Noções básicas sobre o Sistema Braille Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. Os recursos ou auxílios ópticos e não ópticos Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. Verificando o aprendizado Questão 1 A deficiência visual é considerada como a perda total ou parcial da visão. Encontramos pessoas cegas ou com baixa visão, cuja causa pode ser congênita ou adquirida. A respeito da deficiência visual podemos afirmar que A na baixa visão ou visão subnormal, a pessoa tem perda total da visão ou tem pouca capacidade de enxergar, o que a leva necessitar do Sistema Braille para leitura e escrita. B baixa visão ou visão subnormal ocorre somente de forma congênita e a pessoa tem que utilizar o Sistema Braille, obrigatoriamente, como meio de leitura. C na cegueira há perda total da visão e a pessoa necessita do Sistema Braille como meio de leitura e escrita. D a cegueira é caracterizada pelo comprometimento do funcionamento visual dos olhos, mesmo a pessoa realizando tratamento ou correção. As pessoas com cegueira podem ler textos impressos ampliados ou com uso de recursos ópticos especiais. E a cegueira ocorre somente de forma adquirida e leva obrigatoriamente a pessoa a utilizar Libras como forma de comunicação. A alternativa C está correta. O Braille é o sistema de comunicação de leitura e escrita para as pessoas cegas. Já a pessoa com baixa visão não precisa utilizar o Sistema Braille para a leitura, pois poderá ler textos escritos com letras ampliadas e recursos ópticos. A causa da cegueiraou baixa visão pode ser congênita ou adquirida. Questão 2 A inclusão do aluno com cegueira ou baixa visão no contexto escolar regular proporciona uma nova estruturação da escola, que precisa oferecer as adaptações e os recursos necessários ao processo de ensino-aprendizagem adequado às necessidades desse aluno. Tomando por base a deficiência visual, analise as afirmativas abaixo: I. O aluno com deficiência visual precisa de um ambiente que o estimule, de professores capacitados, de materiais e métodos que irão auxiliar sua forma de perceber o mundo ao seu redor e que contribuam para seu aprendizado, sua comunicação e sua socialização com as pessoas. II. O aluno cego e o com baixa visão têm grandes restrições para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, pois a deficiência visual impacta negativamente na sua capacidade de aprender e na sua parte emocional. III. A pessoa cega apresenta uma alteração grave ou total do seu sistema visual que irá afetar de forma inevitável a capacidade dos olhos de captar cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento de objetos e espaços. Está correto o que se afirma em A III apenas. B I e III. C I e II. D II apenas. E II e III. A alternativa B está correta. Em relação à aprendizagem, o aluno cego e o com baixa visão têm a mesma capacidade que os demais alunos, uma vez que a deficiência visual não vai restringir sua faculdade de aprender e nem sua parte emocional. Precisamos de escolas inclusivas, que estejam preparadas para oferecer atendimento especializado, recursos e suportes para esses alunos e que tenham professores capacitados e envolvidos com a inclusão. 3. Inclusão do aluno surdo na escola regular por meio do ensino da Libras e da língua portuguesa Características do aluno com surdez Há pessoas com deficiência auditiva que apresentam surdez parcial, com perdas que variam de leve a moderada. Para esse grupo, o uso do aparelho auditivo faz toda a diferença. Eles fazem uso da língua oral, não sendo necessário um intérprete de Libras. Já as pessoas consideradas surdas apresentam perdas que vão de severa a profunda. São usuários de Libras e necessitam de intérprete. A causa da surdez pode ser hereditária, adquirida ou, além disso, desconhecida (COLL; MARCHESI; PALACIOS, 2004). A legislação referente à surdez teve grandes avanços ao longo dos anos. Vale reforçar que, sobre esse tema, estamos em plena fase de mudanças, adaptações, formações e informações para a sociedade de modo geral (RODRIGUES; TEIXEIRA, 2015). Surdas Em teoria, a pessoa surda seria bilíngue, tendo como língua materna (L1) a língua brasileira de sinais (Libras) e como segunda língua (L2), a língua portuguesa, considerada pela Constituição como língua oficial do país. Conteúdo interativo Acesse a versão digital para ver mais detalhes da imagem abaixo. Processo de escolarização do aluno com surdez no ensino inclusivo A inclusão do aluno com surdez precisa acontecer desde cedo. A utilização dos recursos garantida por lei deve ser respeitada para as pessoas com deficiência auditiva superarem as barreiras no ambiente escolar (DAMÁZIO, 2007). A educação da pessoa surda relaciona-se a um conjunto de decisões ao longo do processo de ensino: sistemas de comunicação (métodos orais X língua de sinais); adaptações curriculares (comunicação manual) e tipo de escolarização (integração) (COLL; MARCHESI; PALACIOS, 2004). Rodrigues e Teixeira (2015) apontam várias possibilidades de ações que propiciam a inclusão educacional do estudante deficiente auditivo (DA): Garantir que a sala de aula seja pouco ruidosa, de modo que o uso do aparelho auditivo tenha melhor desempenho para o estudante DA. • Solicitar que o estudante se sente apróximo ao professor, pois isso ajuda no entendimento da língua oral. Em casos em que o DA não necessita de intérprete de Libras, considerando que podem ocorrer falhas na percepção do som, é necessário avaliar a presença de um intérprete oral, como auxílio. Falar alto ou gritar não facilita a comunicação, uma vez que todos temos um limite que nos é confortável para ouvir. Para o aluno surdo temos também várias ações, como ressaltam Rodrigues e Teixeira (2015): Comportamento do intérprete A presença do intérprete é essencial e tem o objetivo de mediar a comunicação, jamais de assumir o papel de professor. É importante esclarecer que o trabalho do intérprete possui regras, seja na sala de aula ou em qualquer espaço onde faça a interpretação Libras/língua oral ou língua oral/Libras. Postura ao falar Evitar falar de costas ou de lado: o estudante surdo precisa fazer leitura labial, mesmo que apenas ela não seja suficiente para ele compreender os conteúdos. Pode ser necessário evitar uso de barba e bigode, que impedem a leitura labial. Adaptação de recursos didáticos Usar vídeos com legenda, pois isso ajuda o estudante no entendimento dos dizeres e não diminuir ou apagar a luz durante a projeção do vídeo, pois isso compromete o trabalho do intérprete e a leitura labial. Atividades ou provas podem ser apresentadas em Libras e devem ser gravadas em áudio e vídeo, para registro. Linguagem Não existem sinais para todas as palavras da língua portuguesa, por isso, muito vezes, são necessários mais esclarecimentos sobre os vocabulários para que o intérprete em Libras consiga chegar o mais próximo possível do significado e auxiliar o estudante surdo. Palavras em outro idioma devem ser traduzidas para o português e, posteriormente, passadas para Libras, ou deve-se usar o sinal na língua falada no outro idioma. Sempre que houver dúvida na correção da prova quanto ao texto escrito em língua portuguesa, é importante solicitar que o estudante explique sua resposta em Libras. • • • Relação professor-estudante surdo A relação professor-estudante surdo é melhorada se o docente aprender a se dirigir ao estudante em Libras com palavras básicas (“oi”, “bom dia”, “boa noite”, “por favor”, por exemplo). Nesse sentido, também é importante que docentes e coordenadores aprendam alguns termos básicos na Libras. Atendimento educacional especializado para o aluno com surdez Para Damázio (2007), nas escolas comuns os alunos com surdez devem ter um aprendizado voltado para um ambiente bilíngue (língua de sinais e língua portuguesa). De acordo com a legislação, o atendimento educacional especializado (AEE) para o aluno com surdez precisa ocorrer na sala de recursos em um turno, com a realização de complemento curricular por professor bilíngue, especializado ou capacitado. A partir de uma proposta inclusiva, o AEE deve ocorrer em três etapas didáticas diferentes (DAMÁZIO, 2007): AEE em Libras na escola comum Realizado por um professor, preferencialmente surdo, ou professor com domínio de Libras. No AEE, todos os conhecimentos dos diferentes conteúdos curriculares são explicados nessa língua. AEE para o ensino de Libras Realizado por professor especializado, considera que os alunos com surdez terão aulas dessa língua, com a finalidade de melhorar o conhecimento e a aquisição, principalmente de termos científicos. AEE para o ensino da língua portuguesa São trabalhadas as especificidades dessa língua para pessoas com surdez. O planejamento do ensino é feito pelo professor especializado junto com os professores de língua portuguesa, pois o conteúdo desse trabalho deve ser comum para todos os alunos. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva aponta diversas diretrizes acerca do aluno surdo na escola, como por exemplo, descrever aspectos da educação bilíngue e do papel do tradutor/ intérprete de Libras, e ainda fala sobre a língua portuguesa e o ensino da Libras para os demais alunos da escola (BRASIL, 2008). É fundamental conhecê-la. Também é importante saber que o planejamento do AEE é realizado e desenvolvido pelos professores que ministram aulas em Libras, professores de classe comum e professores de língua portuguesa para pessoas com surdez. O Ministério da Educação(BRASIL, 2006) atribui algumas ações ao professor do AEE: Oferecer o máximo de suporte pedagógico aos alunos, facilitando-lhes o acesso aos conteúdos curriculares. Fazer uso das tecnologias de informação e comunicação para o aprendizado da Libras e da língua portuguesa, assim como desenvolver a Libras como atividade pedagógica, instrumental, dialógica e de conversação. Produzir materiais bilíngues (Libras-português-Libras) e, além do mais, estabelecer interface com a fonoaudiologia para atender alunos com resíduos auditivos, quando for a opção da família ou do próprio aluno. Noções sobre a Libras Conheça mais sobre a Libras. Legislação A Lei Federal nº 10.436, de 24 de abril de 2002, identifica oficialmente a Libras como a primeira língua da pessoa surda em todo o território brasileiro e proporciona ao aluno surdo o ensino bilíngue (Libras- Português) no ensino básico. Expressões regionais Cada país possui a sua própria língua de sinais, que sofre as influências da cultura local e, como qualquer outra língua, dentro de um mesmo país, também tem expressões distintas de região para região, não apresentando assim um padrão nacional. Estrutura gramatical As pessoas que não conhecem a língua de sinais consideram que as expressões são somente mímicas, gestos livres que os surdos usam para favorecer a comunicação. Cabe ressaltar que as expressões possuem estruturas gramaticais próprias compostas pelos níveis linguísticos. Porém, o que a diferencia das demais línguas é a sua modalidade visual- espacial (MUNCINELLI, 2013). Aspectos estruturais A estrutura da Libras é constituída por aspectos primários e secundários: configuração das mãos (63 posições diferentes dos dedos e das mãos); ponto de articulação; movimento e disposição das mãos; região de contato e expressões faciais (FERREIRA et al., 2011). • • • A atuação do intérprete escolar Neste vídeo, conheça os aspectos principais da prática de um intérprete escolar. Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. Recursos adaptados para a escolarização do aluno com surdez Para os alunos com deficiência auditiva, o documento Parâmetros curriculares nacionais: adaptações curriculares (BRASIL, 1998), sugere: Materiais e equipamentos específicos – prótese auditiva, treinadores de fala, softwares educativos específicos etc. Textos escritos complementados com elementos que favoreçam a sua compreensão – linguagem gestual, língua de sinais e outros. Sistema alternativo de comunicação adaptado às possibilidades do aluno – leitura orofacial, linguagem gestual e língua de sinais. Salas-ambiente para treinamento auditivo, de fala, rítmico etc. Posicionamento do aluno na sala de tal modo que possa ver os movimentos orofaciais do professor e dos colegas. Materiais visuais e outros de apoio, para favorecer a apreensão das informações expostas verbalmente. De acordo com Alvez, Ferreira e Damázio (2010), algumas atividades pedagógicas que envolvem linguagem e vivências são fundamentais para que o aluno com deficiência auditiva aprenda a língua portuguesa. Aprendizado da língua portuguesa Para alunos nas fases iniciais de aprendizado da língua portuguesa, recomenda-se a realização de atividades com expressão corporal, expressão artístico-cultural, uso de dramatização e outras atividades que permitam a contextualização de situações vividas, como aula-passeio e filmes. Leitura Já no caso da leitura, pode-se iniciar com a leitura de ícones, sinais, índices, símbolos e signos linguísticos, assim como pela leitura visual de imagens, para passar à leitura de texto escrito como texto (frases, palavras, sílabas, letras) assim como a interpretação/compreensão por meio do desenho, para passar à interpretação/compreensão por meio da escrita. • • • • • • Escrita Para a escrita, é importante fazer o movimento que vai do desenho à palavra e da palavra ao desenho, para depois passar da frase ao desenho e do desenho à frase, e finalmente do texto ao desenho, do desenho ao texto, até chegar à escrita de diferentes gêneros textuais. Para a descoberta da escrita pode se fazer uso de linguagens lúdicas, como as brincadeiras, os jogos interativos, assim como os testes-problema e os jogos eletrônicos, até chegar ao uso de livros. Para a produção de textos escritos em português, é importante incentivar o aluno com surdez a criar signos, com a finalidade de interagir com outras pessoas por meio da produção de textos escritos, como bilhetes, cartas etc. Desenvolvimento do léxico Com o objetivo de desenvolver o léxico, é recomendado o uso de estudos ortográficos e do sentido das palavras em diferentes contextos. Outra sugestão é propor atividades de escrita contextualizada, ou seja, a partir de um dado assunto, de forma que o aluno possa aprender a escrever com sentido e não apenas desenhar palavras. Podemos também contextualizar o uso do léxico (das palavras) da língua portuguesa escrita em várias situações diferentes, por exemplo, o uso de manga de camisa, manga (fruta) e outras. Na visão de Alvez, Ferreira e Damázio (2010), a escola pode ser considerada um grande mediador entre a pessoa com surdez e a sociedade. Dessa maneira, aprender o português escrito tem a sua importância, por ser mais um elemento que essa pessoa terá para se integrar à sociedade. O ensino do português escrito deve acontecer desde o início do aprendizado até o ensino superior; por isso, o AEE para o ensino da língua portuguesa escrita é primordial. Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. Deficiente auditivo (DA) e o aluno surdo: características do aluno com surdez Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. As ações para o deficiente auditivo e para o aluno surdo Conteúdo interativo Acesse a versão digital para assistir ao vídeo. Verificando o aprendizado Questão 1 Tomando por base a escolarização do aluno surdo e a sua acessibilidade ao ensino de Libras, podemos afirmar que I. Libras é a língua brasileira de sinais e, de acordo com a legislação brasileira atual, a alfabetização em Libras para o aluno surdo é garantida. II. Cada país possui uma língua de sinais própria. III. A criança surda tem direito a uma educação bilíngue. IV. Libras é um sistema linguístico de abordagem visual-espacial, com estrutura gramatical própria. V. Libras é uma língua de sinais universal. Está correto o que se afirma em A I, II, III e IV. B I, III e V. C I, III e IV. D I, II e IV. E I, II, III e V. A alternativa A está correta. A legislação brasileira garante o ensino à pessoa surda e o seu acesso ao ensino de Libras. Cada país tem a sua própria língua de sinais e a criança surda tem direito à educação bilíngue. A Libras é realmente um sistema linguístico com estrutura gramatical própria. Por falta de conhecimento, as pessoas consideram que as expressões que os surdos utilizam são simplesmente mímicas, ou gestos soltos utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. Questão 2 O aluno que apresenta sua capacidade de audição reduzida é denominado de A aluno excepcional. B aluno ouvinte. C aluno deficiente. D aluno com surdez. E aluno surdo-mudo. A alternativa D está correta. A surdez é uma privação sensorial que interfere diretamente na comunicação, alterando a qualidade da relação que o indivíduo estabelece com o meio; ela pode ter sérias implicações para o desenvolvimento de uma criança. As expressões: aluno excepcional ou surdo-mudo não são adequadas para se dirigir a uma pessoa com surdez. Aluno ouvinte seria a pessoa que não apresenta nenhum comprometimento com a audição e aluno deficiente pode estar relacionado a várias deficiências, não só à surdez. 4. Conclusão Considerações finais Ao longo dos módulos, vimos a importância da educação inclusiva para os alunos com deficiências física, visual e auditiva. Nas últimas décadas, a legislação proporcionou vários direitos aos deficientesno que diz respeito ao acesso à educação, ao ensino regular. Contudo, não basta somente o direito. Precisamos de uma prática, de uma escola inclusiva. Precisamos que a escola seja de fato inclusiva e garanta não só o acesso a uma educação de qualidade, mas a permanência dos alunos com deficiência, transtornos e dificuldades de aprendizagem, assegurando também que o atendimento educacional especializado ocorra. Vários são os recursos que podemos utilizar para proporcionar um aprendizado que possibilite o desenvolvimento do aluno com deficiência em suas dimensões físicas, cognitivas e psicossociais. O educador deve considerar que tem diante de si, sobretudo, um aluno a quem deve auxiliar — assim como a todos os outros —, a aproveitar ao máximo suas habilidades e potencialidades de desenvolvimento, para que tenha uma vida o mais autônoma possível. As necessidades especiais desses alunos devem ser vistas mais como um desafio do que como um obstáculo. O atendimento educacional especializado surge para proporcionar ao aluno com deficiência garantias de uma educação mais justa, democrática, com foco nas necessidades de cada indivíduo. É importante a capacitação dos docentes e que estes, bem como a escola, tenham conhecimentos sobre a acessibilidade e os diferentes recursos adaptados para a escolarização do aluno com deficiência física, baixa visão, cegueira e surdez. Muitas das inovações que foram introduzidas pela tecnologia para se tornarem mais acessíveis às pessoas com problemas motores ou com déficits sensoriais também contribuíram para que esses instrumentos fossem mais úteis e adequados para todas as pessoas. Por fim, o fato de dedicarmos a devida atenção e o devido respeito às pessoas, quaisquer que sejam suas necessidades especiais, resultará na construção de um mundo mais adaptado e benéfico para todas as pessoas que nele vivem. Podcast Agora, a especialista finaliza falando sobre a importância da luta dos educadores por uma educação e uma escola inclusivas. Conteúdo interativo Acesse a versão digital para ouvir o áudio. Explore+ Para conhecer a educação inclusiva nos anos iniciais e a evolução da legislação, leia o artigo A importância do ensino de Libras para crianças surdas na educação infantil,de Katia Gomes de Oliveira Silva, Adélia Pereira dos Santos Modesto e Regina Kikue Fukui, publicado na Revista Psicologia & Saberes, v. 9, n. 17, 2020. • Assista ao vídeo Deficiência, tecnologia e sociedade, de José AntônioBorges, publicado no canal do YouTube do TEDx Talks. Você verá a importância da tecnologia na inclusão de pessoas com deficiência. Vale a pena! Assista ao vídeo Trajetória acadêmica do deficiente visual,de Vilson Zattera, e conheça a experiência de vida desse deficiente que deixou de enxergar aos 7 anos. O vídeo está disponível no canal do YouTube do TEDx Talks. Ainda no canal do YouTube do TEDx Talks, assista ao vídeo Enxergar os limites é diferente de aceitá- los,de Pedro Pimenta e se surpreende com o relato de experiência e a superação de um jovem de 18 anos. Referências ALVEZ, C. B.; FERREIRA, J. de P. F.; DAMÁZIO, M. M. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: abordagem bilíngue na escolarização de pessoas com surdez. Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010. (Coleção A educação especial na perspectiva da inclusão escolar, v. 4). BERSCH, R. de C. R.; SCHIRMER, C. R. Tecnologia assistiva no processo educacional. In: Ensaios pedagógicos: construindo escolas inclusivas. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2005, p. 87-92. BERSCH, R. de C. R.; MACHADO, R. Conhecendo o aluno com deficiência. In: SCHIRMER, C. R. et al. Atendimento educacional especializado: deficiência física.Brasília, DF:SEESP/SEED/MEC, 2007a, p. 15-24. BERSCH, R. de C. R.; MACHADO, R. Atendimento educacional especializado para a deficiência física. In: SCHIRMER, C. R. et al. Atendimento educacional especializado: deficiência física.Brasília, DF:SEESP/SEED/ MEC, 2007b, p. 27-28. BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº 555, 2007. Brasília, DF, jan. 2008. Consultado na internet em: 29 nov. 2021. BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Especial. Saberes e práticas da inclusão: dificuldades de comunicação e sinalização – surdez. 4. ed. Brasília, DF: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Secretaria de Educação Especial. Parâmetros curriculares nacionais: adaptações curriculares. Brasília, DF: MEC/SEF/SEESP, 1998. BROWNING, N. Recursos de acessibilidade ao computador. In: SCHIRMER, C. R. et al. Atendimento educacional especializado: deficiência física. Brasília, DF: SEESP/SEED/MEC, 2007, p. 87-101. COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J. Desenvolvimento psicológico e educação:transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. v. 3. DAMÁZIO, M. F. M. Atendimento educacional especializado: pessoa com surdez. Brasília, DF: SEESP/SEED/ MEC, 2007. • • • FERREIRA, A. L. et al. Aprendendo Libras: módulo 2. Natal: EDUFRN, 2011. MACHADO Acessibilidade arquitetônica. In: SCHIRMER, C. R. et al. Atendimento educacional especializado: deficiência física. Brasília, DF: SEESP/SEED/MEC, 2007, p. 105-108. MUNCINELLI, S. E. Libras: língua brasileira de sinais. Revista Extensão em Foco, v. 1, n. 1, p. 27-33, 2013. RODRIGUES, L.A.; TEIXEIRA, S.C. de P. Diretrizes psicopedagógicas para o atendimento de estudantes com necessidades educacionais especiais (NEE). Ribeirão Preto, SP: Centro Universitário Barão de Mauá, 2015. SÁ, E.D. de; CAMPOS, eu .M. SILVA, M.B.C. Atendimento educacional especializado: deficiênciavisual. Brasília, DF: SEESP/SEED/MEC, 2007. SILVA, A. . F. da; CASTRO, A. . de L. B. de; BRANCO, M. C. M. A inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais: deficiência física. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006. O aluno com deficência física, visual e auditiva 1. Itens iniciais Propósito Objetivos Introdução 1. Desafios na escolarização de alunos com deficiência física Características do aluno com deficiência física Atenção Deficiência temporária e recuperável Deficiência recuperável Deficiência definitiva Deficiência compensável Paralisia cerebral Atenção Processo de escolarização do aluno com deficiência física no ensino inclusivo Atendimento educacional especializado para o aluno com deficiência física Atenção A importância do alinhamento e do equilíbrio postural para o aprendizado Conteúdo interativo Tecnologia assistiva Comunicação aumentativa e alternativa (CAA) Adequação dos materiais didático-pedagógicos Desenvolvimento de projetos com outros profissionais Adequação de recursos da informática Mobiliário adequado Comunicação alternativa e aumentativa Exemplo Recursos que dispensam auxílio externo Recursos que necessitam de auxílio externo Resumindo Materiais didáticos adaptados Aranha-mola Pulseira imantada Engrossador de lápis Órteses Acessibilidade Informática adaptada Adaptação do ambiente Orientação sobre recursos tecnológicos Análise das necessidades dos estudantes Prazo ampliado para atividades Atenção Vem que eu te explico! Deficiência física, deficiência mental, deficiência temporária, recuperável e compensável Conteúdo interativo Comunicação alternativa e aumentativa (CAA) Conteúdo interativo Verificando o aprendizado A paralisia cerebral é uma deficiência permanente, mais comum na infância, e que necessita de estimulação precoce. A respeito dessa deficiência, analise as afirmativas a seguir:I. A paralisia cerebral não é literalmente uma paralisia na atividade cerebral, pois não se trata exatamenteda paralisação do cérebro, como o termo pode sugerir. II. A paralisia cerebral é um transtorno motor complexo, que inclui o aumento ou diminuição do tônus em determinados grupos musculares, mudanças na postura ou no equilíbrio, e/ou na coordenação e na precisão dos movimentos. III. A paralisia cerebral é uma doença extremamente rara e está praticamente erradicada. IV. As causas que originam a paralisia cerebral podem estar relacionadas a doenças infecciosas da mãe, anoxia, doenças metabólicas congênitas, incompatibilidade de Rh, dentre outras.Estão corretos os itens Na escola da aluna Camila, existe uma sala de informática, que é utilizada para os estudantes trabalharem conteúdos em diferentes disciplinas. Camila foi impedida de usar a sala devido a sua deficiência física. A professora de geografia acredita que não será importante a participação dela na atividade e que, acima de tudo, Camila passará vergonha perante os colegas por não conseguir usar o computador adequadamente.A partir da proposta de uma escola inclusiva no contexto brasileiro, a postura da professora pode ser considerada 2. Recursos e suportes adaptados para a escolarização do aluno com deficiência visual Características do aluno com baixa visão e cegueira Processo de escolarização do aluno com deficiência visual no ensino inclusivo Atenção Recursos tecnológicos DOSVOX NVDA JAWS VIRTUAL VISION Mapear necessidades Estabelecer acordos para a relação Aumentar prazo para entrega de trabalhos Adaptar as avaliações Adaptação de materiais Leitura de conteúdos em voz alta pelo professor Adaptar referências visuais de processos de avaliação Espaço físico, comunicação e relacionamento Conteúdo interativo Atendimento educacional especializado para o aluno com deficiência visual Atenção Noções sobre o Sistema Braille Conteúdo interativo Reglete e punção Máquina de escrever Diferentes recursos adaptados para a escolarização do aluno com baixa visão ou cegueira Resumindo Recursos ópticos e não ópticos Para longe Para perto Atenção Vem que eu te explico! Noções básicas sobre o Sistema Braille Conteúdo interativo Os recursos ou auxílios ópticos e não ópticos Conteúdo interativo Verificando o aprendizado A inclusão do aluno com cegueira ou baixa visão no contexto escolar regular proporciona uma nova estruturação da escola, que precisa oferecer as adaptações e os recursos necessários ao processo de ensino-aprendizagem adequado às necessidades desse aluno.Tomando por base a deficiência visual, analise as afirmativas abaixo:I. O aluno com deficiência visual precisa de um ambiente que o estimule, de professores capacitados, de materiais e métodos que irão auxiliar sua forma de perceber o mundo ao seu redor e que contribuam para seu aprendizado, sua comunicação e sua socialização com as pessoas. II. O aluno cego e o com baixa visão têm grandes restrições para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, pois a deficiência visual impacta negativamente na sua capacidade de aprender e na sua parte emocional. III. A pessoa cega apresenta uma alteração grave ou total do seu sistema visual que irá afetar de forma inevitável a capacidade dos olhos de captar cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento de objetos e espaços.Está correto o que se afirma em 3. Inclusão do aluno surdo na escola regular por meio do ensino da Libras e da língua portuguesa Características do aluno com surdez Conteúdo interativo Processo de escolarização do aluno com surdez no ensino inclusivo Comportamento do intérprete Postura ao falar Adaptação de recursos didáticos Linguagem Relação professor-estudante surdo Atendimento educacional especializado para o aluno com surdez AEE em Libras na escola comum AEE para o ensino de Libras AEE para o ensino da língua portuguesa Noções sobre a Libras Legislação Expressões regionais Estrutura gramatical Aspectos estruturais A atuação do intérprete escolar Conteúdo interativo Recursos adaptados para a escolarização do aluno com surdez Aprendizado da língua portuguesa Leitura Escrita Desenvolvimento do léxico Vem que eu te explico! Deficiente auditivo (DA) e o aluno surdo: características do aluno com surdez Conteúdo interativo As ações para o deficiente auditivo e para o aluno surdo Conteúdo interativo Verificando o aprendizado 4. Conclusão Considerações finais Podcast Conteúdo interativo Explore+ Referências