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INFLAMAÇÃO Professora Iracema Matos de Melo Inflamação Reação em tecidos que consiste principalmente nas respostas dos vasos sanguíneos e leucócitos Resposta fundamentalmente protetora Livrar os organismos tanto da causa inicial da injúria celular quanto das consequencias da injúria Importância da inflamação Pode ser inapropriadamente iniciada ou fracamente controlada Causa da injúria tecidual em muitas desordens Inflamação aguda x crônica Depende da natureza do estímulo e da efetividade da reação inicial em eliminar o estímulo ou os tecidos danificados Aguda • Rápida de curta duração • Exsudação de fluido e proteínas do plasma (edema), migração de leucócitos (neutrófilos) Crônica • Longa duração • Associada à presença de linfócitos e macrófagos, proliferação de vasos, fibrose e destruição tecidual Término da inflamação A inflamação é terminada quando o agente agressor é eliminado A resposta inflamatória é intimamente entrelaçada com o processo de reparo Reparo inicia-se durante a inflamação, mas alcança a conclusão usualmente após a influência injuriante tenha sido neutralizada Inflamação aguda Componentes da inflamação aguda Rápida resposta do hospedeiro que serve para levar leucócitos e proteínas do plasma para os locais de infecção ou tecido injuriado Componentes 1. Alterações no calibre vascular que levam a um aumento no fluxo sanguíneo 2. Mudanças estruturais na microvasculatura que permitem que as proteínas do plasma e os leucócitos saiam da circulação 3. Emigração de leucócitos da microcirculação, seu acúmulo no foco da injúria e sua ativação para eliminar o agente agressor Componentes da inflamação aguda Estímulos para a inflamação aguda Infecções Bacteriana, viral, fúngica, parasítica Receptores do tipo Toll (TLRs) Necrose tecidual Corpos estranhos Causam injúria tecidual traumática ou transportam micro-organismos Reações imunes Doenças auto-imunes Reações excessivas contra substâncias ou micro- organismos do ambiente Reações dos vasos sanguíneos na inflamação aguda Mudanças nos vasos que são destinadas a maximizar o movimento de proteínas plasmáticas e células circulantes para o local da injúria Mudanças no fluxo de sangue Mudanças na permeabilidade dos vasos Proliferação de vasos (angiogênese) – inflamação crônica e reparo Reações dos vasos sanguíneos na inflamação aguda Exsudato • Alta concentração proteica, com restos celulares • Indica aumento na permeabilidade normal dos pequenos vasos em uma área de injúria • Reação inflamatória Transudato • Baixo conteúdo proteico • Pouco ou nenhum material celular • Ultrafiltrado do plasma que resulta do desbalanço osmótico ou hidrostático, sem aumento da permeabilidade vascular Reações dos vasos sanguíneos na inflamação aguda Edema Excesso de fluido no tecido intersticial ou cavidades serosas Pode ser um exsudato ou um transudato Pus Exsudato inflamatório rico em leucócitos, restos de células mortas e micro-organismos 1. Mudanças no fluxo e no calibre vascular 2. Permeabilidade vascular aumentada 3. Respostas dos vasos linfáticos Mudanças no fluxo e no calibre vascular 1o) Vasoconstricção transitória 2o) Vasodilatação (ação de mediadores – Histamina e NO) 3o) Abertura de novos leitos e fluxo sangüíneo 4o) Estase 5o) Marginação Mudanças no fluxo e no calibre vascular Vasodilatação e abertura de novos leitos capilares Fluxo sanguíneo aumentado Calor e vermelhidão no local Permeabilidade aumentada na microvascultarura Perda do fluido e diâmetro aumentado do vaso Lentificação do fluxo sanguíneo, concentração de hemácias em pequenos vasos e viscosidade aumentada do sangue – estase – congestão vascular – vermelhidão localizada Marginação dos leucócitos Permeabilidade vascular aumentada Resposta transitória imediata Mecanismo mais comum Respostas dos vasos linfáticos O fluxo da linfa é aumentado Ajuda a drenar o fluido do edema Drenagem de leucócitos, restos celulares e micro- organismos Proliferação dos vasos linfáticos Inflamação dos linfonodos Hiperplasia dos folículos linfoides Número aumentados de linfócitos e macrófagos Reações dos leucócitos na inflamação Recrutamento do sangue para dentro dos tecidos extravasculares Reconhecimento dos micro-organismos e tecido necróticos Remoção do agente agressor Recrutamento dos leucócitos Marginação Rolamento Adesão ao endotélio Migração através do endotélio e parede do vaso Migração nos tecidos em direção aos estímulos quimiotáticos O endotélio é ativado e pode se ligar aos leucócitos Marginação http://depto.icb.ufmg.br/dpat/setores/museu/banco_ima gens/mod2/inf1/inf_agu/pages/1-60X-L22_jpg.htm Fluxo normal – hemácias na coluna axial central, deslocando os leucócitos em direção à parede do vaso Inflamação – estase – mais leucócitos assumem uma posição periférica ao longo da superfície endotelial – MARGINAÇÃO Rolamento e Adesão ROLAMENTO – leucócitos individuais e depois filas de leucócitos aderem transitoriamente ao endotélio, se desligam e se ligam novamente ADESÃO – células se aderem firmemente em algum local do endotélio Processos regulados por moléculas de adesão complementares nos leucócitos e células endoteliais – expressão regulada por CITOCINAS Rolamento Selectinas L-selectina (leucócitos) E-selectina (endotélio) P-selectina (plaquetas e endotélio) Oligossacarídeos sializados ligados a uma glicoproteína do tipo mucina Ligam-se Corpos de Weibel-Palade – grânulos com P-selectina Interações de baixa intensidade – rapidamente rompidas pelo fluxo celular – reduzem a velocidade dos leucócitos e dão a eles a oportunidade de se ligarem mais firmemente ao endotélio Adesão Integrinas Na superfície de leucócitos VLA-4 LFA-1 e Mac-1 Ligam-se Ligantes endotelias para integrinas VCAM-1 ICAM-1 Expressão estimulada por citocinas (TNF e IL-1) •Leucócitos expressam integrinas em estado de baixa afinidade •Quimiocinas convertem integrinas a um estado de alta afinidade Firme adesão das integrinas ao endotélio – leucócitos param de rolar – início da migração através do endotélio Diapedese Migração do leucócito através do endotélio Ocorre principalmente em vênulas pós-capilares Quimiocinas agem nos leucócitos aderentes Estimulam leucócitos a migrarem através dos espaços interendoteliais em direção ao gradiente químico Local da injúria ou infecção onde as quimiocinas estão sendo produzidas Moléculas de adesão estão presentes nos espaços interendoteliais (PECAM-1 ou CD31) Quimiotaxia Locomoção originada ao longo de um gradiente químico Quimioatraentes exógenos Produtos bacterianos Quimioatraentes endógenos Citocinas Quimiocinas (IL-8) Componentes do sistema complemento C5a Metabólitos do ácido araquidônico Leucotrieno B4 (LTB4) Resumindo Reconhecimento dos micro- organismos e tecidos mortos Reconhecimento dos agentes agressores Ativação dos leucócitos para ingerir e destruir os agentes agressores e amplificar a reação inflamatória 1. Receptores para produtos microbianos (receptores do tipo Toll) 2. Receptores acoplados a proteína G 3. Receptores para opsoninas 4. Receptores para citocinas 1. Fagocitose 2. Morte intracelular Remoção dos agentes agressores Reconhecimento e ligação da partícula a ser ingerida pelo leucócito Ingestão com formação do vacúolo fagocítico Morte ou degradação do material ingerido FAGOCITOSE Receptores de manose Receptores limpadores (scavenger) Receptores para opsoninas Remoção dos agentes agressores Receptores de manose Lectina que se liga aos resíduos terminais manose e fucose de glicoproteínas e glicolipídios (encontrados nas paredes celulares microbianas) Receptores limpadores Ligam-se a micro-organismos em adiçãoàs partículas de LDL modificadas Receptores de opsoninas Fagocitose aumentada quando micro-organismos estão opsonizados Opsoninas C3b, IgG e lectinas Fagócitos expressam receptores de alta afinidade O processo de fagocitose envolve a integração de muitos sinais iniciados por receptor para levar ao remodelamanto da membrana e do citoesqueleto Sistema H2O2-MPO é o sistema bactericida mais eficiente dos neutrófilos Hipoclorito destrói os micro- organismos por halogenação ou oxidação das proteínas e lipídios Radicais livres derivados de oxigênio e nitrogênio atacam e danificam os lipídios, proteínas e ácidos nucleicos dos micro- organismos Remoção dos agentes agressores Outras substância nos grânulos dos leucócitos Elastase Defensinas Catelicidinas Lisozima Lactoferrina Proteína básica principal Proteína bactericida que aumenta a permeabilidade Outras respostas funcionais dos leucócitos ativados Injúria tecidual mediada por leucócitos Parte de defesa normal contra micro- organismos - tecidos adjacentes sofrem “dano colateral” Vermelhidão e edema Injúria tecidual mediada por leucócitos Resposta inflamatória inapropriadamente direcionada contra os tecidos do hospedeiro – doenças autoimunes http://www.fotosantesedepois.com/lupus- eritematoso-sistemico/ Injúria tecidual mediada por leucócitos Reação excessiva do hospedeiro contra substâncias do ambiente usualmente inofensivas Defeitos nas funções dos leucócitos Defeitos herdados na adesão dos leucócitos Defeitos herdados na função do fagolisossomo Defeitos herdados na atividade microbicida Deficiências adquiridas Células residentes Cumprem importantes funções na iniciação da inflamação aguda Células “sentinelas” – estão estacionadas em tecidos para reconhecer rapidamente estímulos injuriantes e iniciar a defesa do hospedeiro MASTÓCITOS • Reagem ao trauma físico, produtos de quebra do complemento, produtos microbianos e neuropeptídeos • Liberam histamina, leucotrienos, enzimas e muitas citocinas MACRÓFAGOS • Reconhecem os produtos microbianos • Secretam a maioria das citocinas importantes na inflamação aguda Mediadores da inflamação Mediadores da inflamação São produzidos em resposta a vários estímulos Um mediador pode estimular a liberação de outros mediadores Os mediadores variam em seus alcances de alvos celulares Maioria dos mediadores tem curta meia- vida, após ativados e liberados Mediadores inflamatórios Origem celular Origem plasmática Pré- formado Recém- formado Sist. Comple- mento Ativação Fator de Hageman Histamina Serotonina Enzimas lisossomiais Prostaglandina Leucotrieno PAF EROs Citocina Óxido Nítrico C3a C5a C5b-9 Sist. Cininas Sist. Coagulação Sist. fibrinolítico Aminas vasoativas Histamina e serotonina Histamina Armazenada como moléculas pré-formadas nas células Estão entre os primeiros mediadores a serem liberados Encontradas em mastócitos, basófilos e plaquetas Aminas vasoativas Histamina e serotonina Mastócitos presentes no tecido conjuntivo, adjacentes aos vasos sanguíneos 1. Injúria física 2. Ligação de Ac aos mastócitos 3. Fatores do complemento (anafilatoxinas – C3a e C5a) 4. Proteínas liberadoras de histamina derivadas de leucócitos 5. Neuropeptídeos (substância P) 6. Citocinas (IL-1, IL-8) Degranulação dos mastócitos Ligação da histamina com receptores H1 nas células endoteliais microvasculares Dilatação das arteríolas e aumento da permeabilidade vascular (comunicações interendoteliais nas vênulas) Metabólitos do ácido araquidônico Eicosanoides Ácido araquidônico Ácido graxo poli-insaturado com 20 carbonos Derivado de fontes da dieta ou pela conversão do ácido graxo essencial ácido linoleico Encontra-se esterificado nos fosfolipídios de membrana Estímulos mecânicos, químicos e físicos ou outros mediadores (C5a) liberam AA da membrana fosfolipídica através da ação de fosfolipases Metabólitos do ácido araquidônico Eicosanoides Metabólitos do ácido araquidônico Eicosanoides Protaglandinas e tromboxanos Produzidas pelos mastócitos, macrófagos, células endoteliais e muitos outros tipos celulares PGE2, PGD2, PGF2α, PGI2 e TXA2 são as mais importantes na inflamação Derivados pela ação de uma enzima específica em um intermediário da via Tromboxano sintetase nas plaquetas Prostaciclina sintetase no endotélio vascular Envolvidas na patogenia da dor e da febre na inflamação Metabólitos do ácido araquidônico Eicosanoides Leucotrienos Secretados principalmente pelos leucócitos LTB4 Quimiotaxia, ativação de neutrófilos (agregação e adesão ao endotélio, geração de ERO e liberação de enzimas lisossômicas) Cisteinil leucotrienos (LTC4, LTD4 e LTE4) Vasoconstrição, broncoespasmo e permeabilidade vascular aumentada Mais potentes que a histamina para aumentar a permeabilidade vascular Metabólitos do ácido araquidônico Eicosanoides Lipoxinas Inibidores da inflamação Duas populações celulares são necessárias para a biossíntese Leucócitos (neutrófilos) produzem intermediários Intermediários convertidos a lipoxinas nas plaquetas Fator ativador de plaquetas Derivado de fosfolipídios Células que secretam PAF Plaquetas Basófilos Mastócitos Neutrófilos Células endoteliais Fator ativador de plaquetas Efeitos do PAF Agregação plaquetária Vasoconstrição Bronconstrição Aumento da adesão dos leucócitos ao endotélio Quimiotaxia Estimulação de outros mediadores (eicosanoides) Concentrações extremamente baixas – VD e aumento da permeabilidade venular – mais potente que a histamina Espécies reativas de oxigênio Podem ser liberados extracelularmente dos leucócitos após a exposição A micro-organismos Quimiocinas Imunocomplexos Em seguida ao estímulo fagocítico Aumentam a expressão de quimiocinas , citocinas e moléculas de adesão Espécies reativas de oxigênio Dano celular endotelial Aumento da permeabilidade vascular Injúria a outros tipos celulares Células parenquimatosas e hemácias Inativação de antiproteases Atividade da protease não bloqueada, com destruição aumentada da matriz extracelular Óxido nítrico (NO) Fator de relaxamento derivado do endotélio Vasodilatação Gás produzido pelo endotélio vascular, macrófagos e alguns neurônios no cérebro Sintetizado a partir da L-arginina Enzima óxido nitríco sintase (NOS) Endotelial (eNOS) Neuronal (nNOS) Induzida (iNOS) Óxido nítrico (NO) Ação dupla na inflamação Efeitos pró e anti- inflamatórios Citocinas Quimiocinas Pequenas proteínas que estimulam o recrutamento dos leucócitos e controlam a migração normal das células através dos tecidos Produzidas em resposta a estímulos inflamatórios Produção constitutiva em tecidos Organizar diferentes tipos celulares em diferentes regiões anatômicas Quimiocinas Quimiocinas C-X-C Agem primariamente sobre neutrófilos Secretada por macrófagos, células endoteliais e outros tipos celulares IL-8 Indutores mais importantes são produtos microbianos e outras citocinas (IL-1 e o TNF) Quimiocinas Quimiocinas C-C Proteína quimioatraente de monócito (MCP-1) Eotaxina Proteína inflamatória de macrófagos-1α (MIP-1α) RANTES Atraem monócitos, eosinófilos, basófilos e linfócitos (mas não neutrófilos) Eotaxina recruta seletivamente eosinófilos Quimiocinas Quimiocinas C Linfotactina Relativamente específicas para os linfócitos Quimiocinas CX3C Fractalquina Quimioatraente para monócitos e células T Constituintes lisossômicos dos leucócitos Grânulos lisossômicos , quando liberados, contribuem para a resposta inflamatória Neutrófilos e monócitos Grânulos menores específicos (secundários): lisozima, gelatinase, lactoferrina,ativador de plasminogênio, histamina e fosfatase alcalina Grânulos maiores azurófilos (primários): mieloperoxidase, fatores bactericidas (lisozima, defensinas), hidrolases ácidas e proteases neutras (elastase, catepsina G, colagenases não específica, proteinase 3) Constituintes lisossômicos dos leucócitos Proteases neutras Degradam vários componentes extracelulares Colágeno, membrana basal, fibrina, elastina e cartilagem Destruição tecidual Sistema de anti-proteases no soro e fluidos teciduais Neuropeptídeos Secretados por nervos sensoriais e leucócitos Iniciação e propagação da resposta inflamatória Neurocinina A Substância P Transmissão de sinais de dor Regulação da pressão sanguínea Estimulação da secreção em células endócrinas Aumento na permeabilidade vascular Sistema complemento Proteínas presentes no plasma na forma inativa Muitas proteínas são ativadas para se tornarem enzimas proteolíticas que degradam outras proteínas do complemento Passo crítico na ativação do complemento consiste na proteólise do terceiro componente Sistema complemento Sistema complemento Inflamação C3a e C5a Anafilatoxinas Estimulam a liberação de histamina dos mastócitos Aumentam a permeabilidade vascular e causam vasodilatação C5a Quimiotaxia Ativa a lipoxigenase Sistema da coagulação FATOR DE HAGEMAN XII XIIa PROTROMBINA TROMBINA Receptores ativados por proteases (PAR-1) Mobilização de P-selectinas Produção de quimiocinas e outras citocinas Expressão de moléculas de adesão endotelial Indução da COX-2 Produção de PAF e NO Mudanças no formato endotelial Promove o recrutamento de leucócitos Sistema fibrinolítico Plasmina Quebra C3 para produzir fragmentos de C3 Degrada fibrina para formar produtos da quebra da fibrina Aumenta a permeabilidade vascular Ativa o fator de Hageman Dispara múltiplas cascatas Sistema das cininas Fator de Hageman Fator de Hageman ativado Pré-calicreína Calicreína Cininogênio APM BRADICININA Cininases Peptídeos inativos Superfície de carga negativa + + + + Síntese de bradicinina Sistema das cininas Bradicinina Aumenta a permeabilidade vascular Causa contração do músculo liso Dilatação dos vasos sanguíneos Dor, quando injetada na pele Resumindo... Papel da inflamação Mediadores Vasodilatação Prostaglandinas, óxido nítrico, histamina Permeabilidade vascular aumentada Histamina e serotonina; C3a e C5a (pela liberação de aminas vasoativas); bradicinina; LT C4, D4 e E4; PAF, Substância P Quimiotaxia, recrutamento e ativação de leucócito TNF, IL-1, quimiocinas, C3a, C5a, LTB4 Febre IL-1, TNF, prostaglandinas Dor Prostaglandinas, bradicinina Dano tecidual Enzimas lisossômicas , espécies reativas de oxigênio e óxido nítrico Sinais da inflamação CALOR RUBOR EDEMA DOR DISFUNÇÃO Resultados da inflamação aguda Término da resposta inflamatória aguda Declínio da inflamação Mediadores são produzidos em rápidas “explosões”, somente enquanto o estímulo persiste Mediadores têm meias-vidas curtas e são degradados após sua liberação Neutrófilos têm meias-vidas curtas e morrem por apoptose poucas horas após deixarem o sangue Término da resposta inflamatória aguda À medida que a inflamação se desenvolve, o processo também dispara uma variedade de sinais de parada que servem para terminar ativamente a reação Síntese de lipoxinas Liberação de citocinas anti-inflamatórias TGF-β e IL-10 Produção de mediadores lipídicos (resolvinas e protectinas) Impulsos neurais (descarga colinérgica) Inibem a produção de TNF em macrógafos Padrões morfológicos da inflamação Padrões morfológicos da inflamação aguda Dilatação de pequenos vasos sanguíneos Vasos sanguíneos congestionados (preenchidos com eritrócitos), resultando em estase Acúmulo de leucócitos e fluido no tecido extravascular Inflamação serosa Derramamento de um fluido fino que pode ser derivado do plasma ou de secreções das células mesoteliais revestindo as cavidades peritoneal, pleural e pericárdica Acúmulo conhecido por efusão Bolha na pele resultante de queimaduras ou infecções virais Inflamação serosa Epiderme separada da derme por uma coleção focal de efusão serosa Inflamação fibrinosa Fibrinogênio passa pela barreira vascular Fibrina é formada e depositada no espaço extravascular Exsudato fibrinoso Associado a um estímulo pró-coagulante local Inflamação no revestimento de cavidades do corpo Meninges, pericárdio e pleura Inflamação fibrinosa Aparência histológica: fibrina se parece como uma malha eosinofílica de fios ou como um coágulo amorfo Remoção: fibrinólise e macrófagos Cicatrização: fibrina estimula o crescimento de fibroblastos e vasos sanguíneos Inflamação supurativa ou purulenta: abscessos Produção de grandes quantidades de pus Neutrófilos, necrose liquefativa e fluido de edema Abscessos Coleções localizadas de tecido inflamatório purulento causados por supuração mantida em um tecido, um órgão ou espaço confinado Produzidos pelo crescimento de bactérias piogênicas em um tecido Inflamação supurativa ou purulenta: abscessos Aspecto histológico: região central que se parece com uma massa de leucócitos necróticos e células teciduais – zona de neutrófilos preservados ao redor dessa região – dilatação vascular, proliferação parenquimatosa e fibroblástica, indicando inflamação crônica e reparo, por fora da região central Úlceras Defeito local da superfície de um órgão ou tecido Produzida por perda (desprendimento) de tecido necrótico inflamado Locais comuns Mucosa da boca, estômago, intestinos ou trato genitourinário Pele e tecido subcutâneo das extremidades inferiores em pessoas idosas que têm distúrbios circulatórios que predispõem a extensa necrose isquêmica Úlceras Úlceras pépticas – inflamação aguda e crônica coexistem Estágio agudo – intensa infiltração polimorfonuclear e dilatação vascular nas margens do defeito Estágio crônico – as margens e as bases da úlcera desenvolvem proliferação fibroblástica , cicatrização, acúmulo de linfócitos, macrófagos e células do plasma Inflamação crônica Inflamação crônica Duração prolongada (semanas a meses) Inflamação, injúria tecidual e tentativas de reparo coexistem Pode seguir a inflamação aguda Início insidioso Resposta de baixo grau e latente Sem manifestação aguda Artrite reumatoide, aterosclerose, tuberculose e fibrose pulmonar Causas de inflamação crônica Infecções persistentes Micro-organismos difíceis de erradicar Doenças inflamatórias imunomediadas Doenças autoimunes Doenças alérgicas Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, exógenos ou endógenos Características morfológicas Inflamação com células mononucleares Macrófagos, linfócitos e células plasmáticas Destruição tecidual Pelo agente agressor ou por células inflamatórias Tentativas de cura pela substituição do tecido danificado por tecido conjuntivo Proliferação de pequenos vasos (angiogênese) Fibrose Características morfológicas Coleção de células inflamatórias crônicas, destruição do parênquima e substituição do tecido conjuntivo Inflamação aguda do pulmão: neutrófilos preenchem os espaços alveolares e os vasos sanguíneos estão congestionados Participação dos macrófagos Sistema monuclear fagocítico Migração de monócitos começa cedo na inflamação aguda – em 48 h podem ser as células predominantes Migração de monócitos é governada pelos mesmos fatores da migração de neutrófilos Produtos dos macrófagos servem para eliminar o agente injuriante e para iniciar o processo de reparo, e são responsáveis por grande parte da injúria tecidual na inflamação crônica Outras células na inflamação crônica Linfócitos Outras células na inflamação crônica Plasmócitos Produção de Anticorpos Eosinófilos Reações alérgicas e infecções parasitárias Grânulos com a proteína básica principal – tóxica para parasitos e células epiteliais de mamíferos Mastócitos Neutrófilos Inflamação granulomotasa Padrão distinto de inflamação Encontrada em um número limitado de condições infecciosas e algumas não infecciosas Granuloma é um esforço celular para conter um agente agressor que é difícil de erradicar Forte ativação de linfócitos T levando à ativação de macrófagos – pode causar injúria aos tecidos normais Inflamação granulomotasa Tuberculose Sarcoidose Doença da arranhadura do gato Linfogranuloma inguinal Lepra Brucelose Sífilis Algumas doenças autoimunes Inflamação granulomatosa Aspecto microscópico Agregação de macrófagos que são transformados em células epitelioides Colar de leucócitos mononucleares Linfócitos Plasmócitos ocasionais Granulomas mais velhos Envoltos por fibroblastos e tecido conjuntivo Células epitelioides – citoplasma granular rosa-claro com limites celulares indistintos e núcleo menos denso que o dos linfócitos Inflamação granulomatosa Células gigantes http://anatpat.unicamp.br/nptcisti2c.html http://anatpat.unicamp.br/laminfl8.html Granuloma de corpo estranho Incitados por corpos estranhos relativamente inertes Talco, suturas... Células epitelioides e as células gigantes são depositadas na superfície do corpo estranho Corpo estranho no centro do granuloma Granulomas imunes Causados por agentes capazes de induzir a resposta imune mediada por células Macrófagos processam e apresentam peptídeos aos LT Ativação dos LT Produção de citocinas Ativação de outros LT Ativação dos macrófagos e na transformação em células epitelioides ou células gigantes IFN-γIL-2 Granuloma tuberculoso Necrose caseosa central Granuloma referido como tubérculo OBRIGADA