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Economia política 
 
Apesar de a economia política como campo de estudo ser uma 
área antiga, sua vertente contemporânea é bem distinta da anterior. 
Hoje, a pesquisa estuda como as escolhas de políticas públicas 
são realizadas por políticos escolhidos por eleitores que compõem 
uma sociedade (democrática ou não). 
 
 
 
Uma de suas grandes contribuições foi mostrar que, para explicar 
resultados econômicos, é preciso olhar além de preços e renda, 
analisando também a história e a sociologia. 
 
Um dos fundadores da área ― como a conhecemos atualmente ― 
é o italiano Alberto Alesina. Em seus trabalhos, ele atentou para os 
seguintes aspectos: 
 
● Períodos eleitorais podem gerar comportamento cíclico na 
atividade econômica. 
● Fatores políticos levam ao acúmulo de dívida pública maior do 
que o socialmente desejável. 
● A independência dos bancos centrais, em relação a pressões 
políticas, era um fator preponderante para a estabilidade 
macroeconômica. 
 
 
Alesina estabeleceu como a desigualdade de renda poderia ser prejudicial ao 
crescimento econômico, pois desencadeava conflitos políticos redistributivos. Ele e 
trouxe o estudo da cultura como um grande determinante de resultados políticos e 
econômicos. 
 
Segundo ele, as mesmas variáveis culturais, sociológicas e históricas que 
influenciam as escolhas de determinadas formas de instituições podem estar 
 
 
 
 
https://conteudo.ensineme.com.br/ge/00480/intro?brand=estacio#
 
correlacionadas à política fiscal. Perguntas como o motivo de os EUA gastarem 
pouco com bem-estar em comparação à Europa podem ter suas respostas em 
questões culturais. 
 
Assim como Alesina, outros dois italianos, Persson e Tabellini, contribuíram 
consideravelmente para a área. Eles combinaram o melhor de três diferentes áreas 
para sugerir uma abordagem unificada em economia política. Veja: 
 
 
Macroeconomia moderna 
Indivíduos se comportam de forma racional, e suas preferências 
sobre os resultados econômicos induzem suas preferências sobre 
políticas. 
Escolha pública 
A delegação de decisões políticas para representantes políticos 
pode resultar em problemas de agência entre políticos e eleitores, 
que são situações em que uma ação é delegada de um agente 
para o outro. Em geral, eles possuem objetivos conflitantes, de 
forma que o resultado ótimo para um não é desejável para outro. 
 
Por exemplo, existe um fazendeiro e um agricultor que trabalham 
em uma fazenda. O objetivo do fazendeiro é maximizar seu lucro, 
enquanto o do agricultor é maximizar seu bem-estar. No cenário 
em que o fazendeiro delega o cuidado da plantação para o 
agricultor, o resultado do lucro dependerá do esforço do agricultor. 
 
Na ausência de mecanismos que incentivem o agricultor a se 
esforçar, buscando a maximização de lucro, o resultado não será o 
esperado pelo fazendeiro. Na política, isso também ocorre, uma 
vez que o incentivo dos políticos difere do incentivo dos eleitores. 
Escolha racional 
 
 
 
 
 
As instituições políticas moldam os processos pelos quais os 
políticos são eleitos e as políticas públicas são executadas. 
 
 
 
 
Economia comportamental 
Economistas clássicos introduziram a noção de que interesses 
individuais racionais importam. 
 
A teoria contemporânea pressupõe que indivíduos são racionais e 
tomam decisões com base nas informações disponíveis, fazendo 
as escolhas que geram maiores ganhos com base em alguma 
medida de benefício. 
 
 
 
 
 
Partindo do entendimento de escolhas racionais, um consumidor 
não vai comprar dois pares de sapatos quando precisa apenas de 
um. Também é razoável supor que as pessoas vão economizar ao 
longo de suas vidas para garantir uma aposentadoria, e pessoas 
endividadas cortariam seus gastos em vez de parcelar uma nova 
televisão no cartão de crédito. 
 
 
Se somos realmente racionais, por que tantas pessoas fazem o 
oposto do que a teoria supõe? 
 
 
Richard Thaler, um economista norte-americano, e Daniel Kahneman, psicólogo 
israelense, foram pioneiros em unir economia e psicologia, criando e desenvolvendo 
 
 
 
 
 
o campo da economia comportamental. Ambos foram premiados com o Nobel pelas 
suas contribuições. 
 
A premissa básica é que os seres humanos nem sempre são racionais. Muitas 
vezes suas escolhas podem ser baseadas em questões subjetivas e culturais, que, 
em alguns momentos, pesam mais que a racionalidade. Isso não significa que a 
economia comportamental abandone por completo a noção de racionalidade, mas 
ela apenas incorpora ao processo de tomada de decisão outros fatores antes 
desconsiderados. 
 
A economia comportamental tenta explicar por que as pessoas não 
economizam para a aposentadoria, priorizando o consumo no 
presente. Isso ocorre porque o prazer atual é mais próximo e mais 
palpável do que o possível sofrimento em um tempo futuro e 
distante. 
 
 
 
 
Thaler explica também o comportamento de manada nos mercados financeiros: 
quando o mercado está em alta, mais pessoas decidem investir nas ações, o que 
decorre de um pensamento irracional de que os preços vão subir amanhã porque 
estão subindo hoje. 
 
Outro aspecto da economia comportamental é o nudge, uma espécie de 
"empurrãozinho" que pode influenciar o processo de tomada de decisão de um 
indivíduo. Ou seja: é mais provável que as pessoas escolham uma opção específica 
se ela for a padrão. 
 
 
 
Exemplo 
No preenchimento de cadastros, as pessoas estão mais inclinadas 
a receber e-mails de promoções se essa for a opção padrão, 
devendo clicar no botão de que não desejam estar na lista desses 
e-mails para desativar o recebimento, do que se necessitarem 
clicar em um botão afirmando que desejam estar na lista. Em 
 
 
 
 
 
outras palavras, as pessoas tendem a aceitar a opção que lhes é 
oferecida, e não arcar com os custos psicológicos da escolha. 
 
 
A premissa básica da economia comportamental é que os seres 
humanos nem sempre são racionais. 
 
 
 
Economia política 
Confira, neste vídeo, análises sobre ciclos eleitorais, dívida pública 
e influência cultural nas decisões políticas, além de uma 
abordagem unificada em economia política, revelando como as 
instituições políticas moldam os processos de tomada de decisão. 
 
 
Desenvolvimento econômico 
 
Acompanhe este vídeo, que aborda desde os métodos para 
promover o crescimento até a análise de variáveis sociais, 
educacionais e de saúde, destacando a evolução dos modelos e a 
crescente incorporação de fatores, como progresso tecnológico e 
qualidade das instituições, enquanto o desenvolvimento econômico 
enfrenta desafios, como a dupla causalidade e o impacto das 
culturas e crenças. 
 
 
A economia do desenvolvimento se volta para os países de baixa 
renda, estudando seu processo de desenvolvimento. Essa área 
cobre diversos outros campos que afetam o crescimento social e 
econômico dos países, pois o processo de desenvolvimento 
econômico é amplo e complexo. 
 
 
 
 
 
	Pesquisa econômica 
	Macroeconomia moderna 
	Escolha pública 
	Escolha racional 
	Economia comportamental 
	Exemplo 
	Desenvolvimento econômico

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