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TOPOGRAFIA AULA 05 Carta Hipsométrica • É uma carta temática na qual se enfatizam as diferenças de altitudes do relevo, mediante o uso de cores, com o objetivo de facilitar a leitura e compreensão da configuração do sítio natural. • Há duas maneiras mais comuns para elaborar essa carta: a primeira é monocromática, usando diferentes tons de amarelo, e a segunda é multicolorida, usando a sequência de cores do arco- íris. Carta Hipsométrica • Na primeira alternativa associam-se os tons de amarelo mais intensos às altitudes mais elevadas e os tons sucessivamente mais leves (mais claros) às altitudes menos elevadas. Carta Hipsométrica • Na segunda alternativa associam-se as cores frias (azuis e verdes) às altitudes mais baixas e as cores quentes (amarelo, laranja, vermelho e marrom) às altitudes mais elevadas. Carta Hipsométrica • Recomenda-se a adoção da segunda alternativa, pela maior facilidade de elaboração. • A sequência de cores, que vai dos níveis mais baixos para os mais elevados, é a seguinte: verde escuro, verde claro, amarelo, laranja (ou abóbora), vermelho, marrom. • O azul escuro é reservado para a superfície do mar e o azul claro para colorir cursos d’água e lagos. Carta Hipsométrica • Para a pintura das faixas de altitudes verifica-se o número de espaços entre curvas de nível, o que corresponde ao número de curvas de nível mais um, já que a numeração se inicia no zero. • Divide-se esse número pelas cores disponíveis, definindo-se assim a quantidade de espaços por cor. Carta Hipsométrica • Se o resultado da divisão não for um número inteiro, acomoda-se a divisão, alocando mais espaços na faixa inicial e na faixa final. • Como exemplo, um relevo que apresente curvas da curva zero à curva 14, terá 14 espaços entre curvas, mais o último, além da curva 14, totalizando 15 espaços. Carta Hipsométrica • Dividindo-se esse número (15) por seis cores, teremos dois intervalos alocados a cada cor, sendo que a faixa inicial terá três intervalos e a final quatro intervalos ou vice-versa, sendo possível também alocar um espaço a mais em uma faixa do meio, conforme o relevo ficar mais legível. Linhas de Maior Declividade • As linhas de maior declive descrevem o escoamento das águas pluviais sobre o relevo. • Elas indicam, como o próprio nome revela, a direção do declive mais acentuado em cada ponto do relevo, e por isso o trajeto percorrido pelas águas, sob a ação da gravidade. • As águas drenam sempre segundo a maior inclinação de qualquer superfície. Linhas de Maior Declividade • As linhas de maior declive são traçadas das áreas mais altas do relevo (os topos de morro) em direção às mais baixas (os fundos de vale). • Escolhido um ponto de início em uma curva de nível mais alta, a linha de maior declive descreve sempre o trajeto mais curto até a curva de nível imediatamente abaixo, cruzando ambas as curvas sempre perpendicularmente. • Assim como as curvas de nível descrevem arcos, as linhas de maior declive também o farão. Linhas de Maior Declividade • A densidade de curvas a serem traçadas depende da legibilidade a ser garantida; em princípio elas se distanciam de 4 mm a 5 mm entre si, mas à medida que caminham em direção ao fundo do vale elas tendem a se aproximar e se sobrepor, mostrando justamente a concentração das águas pluviais nesse compartimento do relevo. • As linhas de maior declive são traçadas em verde claro. Linhas de Maior Declividade Menor declividade Maior declividade Mais distantes Mais próximos Linhas de Maior Declividade Linhas de Maior Declividade Cumeadas e Talvegues • Merecem destaque dois tipos especiais de linhas de maior declive: as cumeadas, ou divisores de águas, que agregam os pontos relativamente mais altos do relevo, no topo das montanhas e colinas, e os talvegues ou calhas, que reúnem os pontos relativamente mais baixos, nos fundos de vale. • Os rios e córregos sempre ocupam um talvegue, mas nem sempre um talvegue é molhado, ou seja, nem sempre ele é ocupado por um rio ou córrego. Cumeadas e Talvegues • O importante é lembrar que em um momento de chuva os talvegues se constituem em linhas de concentração do escoamento das águas superficiais, reunidas em enxurradas. • Essas linhas de drenagem devem ser respeitadas e são áreas do relevo não propícias à ocupação urbana, a não ser que se garanta o escoamento das águas superficiais mediante tubulação de drenagem. • As linhas de cumeadas são pintadas em vermelho e os talvegues em azul claro. Cumeadas e Talvegues Linhas de Maior Declividade Cumeadas e Talvegues Perfil Topográfico • O resultado de cortar a superfície do terreno com um plano vertical é um perfil topográfico. • Fornece uma imagem precisa da topografia ao longo da linha de interseção, informando sobre a geometria das vertentes, os comprimentos de rampa, as rupturas de declive, a simetria e dissimetria dos vales etc. Perfil Topográfico • É importante saber escolher adequadamente a sua localização e representá-lo graficamente numa escala vertical apropriada às variações de altitude que o terreno apresenta. • Junto com a carta de declividades, os perfis topográficos são um instrumento fundamental no processo de análise morfométrica do relevo prévia a qualquer tentativa de interpretação geomorfológica. Perfil Topográfico • O perfil topográfico é uma “silhueta do relevo” obtida através de técnicas cartesianas de representação gráfica. • Resulta da intersecção de um plano vertical (PV) com um plano horizontal (PH) que contém as curvas de nível representativas do relevo, sobre o plano vertical rebatendo-se a altitude de cada intersecção. Perfil Topográfico Perfil Topográfico • A partir da visualização tridimensional são extraídas informações de altimetria para geração das curvas de nível e do modelo 3D do terreno. Perfil Topográfico Perfil Topográfico Elaboração do Perfil Topográfico • 1ª Etapa: Selecionar um fragmento da Carta Topográfica. • 2ª Etapa: Selecionar a área/zona que melhor se apropria ao levantamento do perfil. Elaboração do Perfil Topográfico • 3ª Etapa: Traçar uma linha reta sobre a área selecionada no fragmento de Carta Topográfica Elaboração do Perfil Topográfico • 4ª Etapa: Recortar uma tira de papel em branco ou milimetrado. • 5ª Etapa: Fixar o papel em branco ou milimetrado tangenciando a linha traçada no fragmento. Elaboração do Perfil Topográfico • 6ª Etapa: Transcrever para a tira de papel as curvas de nível com seus respectivos valores, fazendo apenas indicações. Elaboração do Perfil Topográfico • 7ª Etapa: A partir dos valores das curvas-de-nível representados na tira de papel, desenhar um gráfico cartesiano e repassar estes valores para o eixo das abcissas. Elaboração do Perfil Topográfico • 8ª Etapa: Escolher a escala vertical, em que será construído o perfil topográfico. Elaboração do Perfil Topográfico Elaboração do Perfil Topográfico Elaboração do Perfil Topográfico