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TOPOGRAFIA E GEOPROCESSAMENTO
Representação do Relevo
Prof.: Cristiano Maretti
maretti.eng@gmail.com
Generalidades
A irregularidade da 
superfície da terra, 
conhecida como elevação 
e relevo torna-se uma 
fonte importante de 
informações com as quais
o usuário da carta deve 
se familiarizar.
Curvas de Nível
As curvas de nível ou isolinhas1 são 
linhas curvas fechadas formadas a partir 
da interseção de vários planos 
horizontais com a superfície do terreno.
Cada uma destas linhas, pertencendo a 
um mesmo plano horizontal tem, 
evidentemente, todos os seus pontos 
situados na mesma cota altimétrica, ou 
seja, todos os pontos estão no mesmo 
nível.
1 Isolinhas são linhas desenhadas para ligar lugares diferentes que partilham um valor comum. O prefixo ISO é 
uma palavra grega que significa igual, portanto, uma isolinha deve ser uma linha que une pontos iguais.
Curvas de Nível
Começando no nível médio dos mares, que é a curva de nível 
zero, cada curva de nível tem um determinado valor.
A distância vertical entre as curvas de nível, é conhecida 
como eqüidistância2, cujo valor é encontrado nas informações 
marginais da carta.
Os planos horizontais de interseção são sempre paralelos e 
eqüidistantes e a distância entre um plano e outro denomina-
se Eqüidistância Vertical.
2 Equidistância: que possui a mesma distância ou está localizando entre distâncias iguais.
Curvas de Nível
Segundo DOMINGUES (1979), a eqüidistância vertical das 
curvas de nível varia com a escala da planta e recomendam-
se os valores da tabela abaixo.
Escala Eqüidistância Escala Eqüidistância
1:500 0,5m 1:100000 50,0m
1:1000 1,0m 1:200000 100,0m
1:2000 2,0m 1:250000 100,0m
1:10000 10,0m 1:500000 200,0m
1:25000 10,0m 1:1000000 200,0m
1:50000 25,0m 1:10000000 500,0m
Curvas de Nível – Formas de Representação
Hachúrias - são pequenas linhas paralelas ou ligeiramente divergentes, traçadas na 
direção dos declives. E Ias
são mais ou menos espaçadas conforme as encostas a representar, sejam suaves ou 
íngremes.
Cores hipsométricas - o relevo é representado, em certas cartas, por meio de cores, 
nesse processo cada cor ou tonalidade representa determinada zona de altitude. As 
cartas possuem na margem uma legenda mostrando a correspondência entre as cores 
e as altitudes. Normalmente as cores mais escuras são as zonas mais elevadas.
Pontos cotados - esse processo consiste em representar os pontos do terreno por suas 
projeções horizontais, indicando sua altura ou cota. É normalmente utilizado nas cartas 
topográficas como um sistema complementar às curvas de nível, particularmente nas 
regiões pobres de relevo.
Curvas de Nível – Formas de Representação
Cores Hipsométricas
Hachurias e Pontos Cotados
Curvas de Nível - Características
As curvas de nível, segundo o seu traçado, são classificadas 
em:
Mestras: todas as curvas múltiplas de 5 ou 10 metros.
Intermediárias: todas as curvas múltiplas da eqüidistância 
vertical, excluindo-se as mestras.
Meia-eqüidistância: utilizadas na densificação de terrenos 
muito planos.
A figura ao lado (DOMINGUES, 1979) ilustra parte de uma 
planta altimétrica com curvas de nível mestras e 
intermediárias.
Todas as curvas são representadas em tons de marrom ou 
sépia (plantas coloridas) e preto (plantas monocromáticas).
As curvas mestras são representadas por traços mais 
espessos e são todas cotadas. Tons de Marrom Sépia
Curvas de Nível - Características
Como mostra a figura a seguir 
(GARCIA, 1984), curvas muito 
afastadas representam terrenos 
planos.
Da mesma forma, a figura a seguir 
(GARCIA, 1984) mostra que curvas 
muito próximas representam 
terrenos acidentados.
Curvas de Nível - Características
Como indicado na figura a seguir, a maior 
declividade (d%) do terreno ocorre no local 
onde as curvas de nível são mais 
próximas e vice-versa.
Para o traçado das curvas de nível os 
pontos notáveis do terreno (aqueles que 
melhor caracterizam o relevo) devem ser 
levantados altimetricamente. É a partir 
destes pontos que se interpolam, gráfica 
ou numericamente, os pontos definidores 
das curvas.
Em terrenos naturais (não modificados 
pelo homem) as curvas tendem a um 
paralelismo e são isentas de ângulos vivos 
e quebras.
Curvas de Nível
Normas para o Desenho das Curvas de Nível
• Duas curvas de nível 
jamais devem se cruzar. 
Figura de GARCIA e 
PIEDADE (1984).
• Duas ou mais curvas de nível 
jamais poderão convergir para 
formar uma curva única, com 
exceção das paredes verticais 
de rocha. Figura de GARCIA e 
PIEDADE (1984).
• Uma curva de nível inicia e termina 
no mesmo ponto, portanto, ela não 
pode surgir do nada e desaparecer 
repentinamente. Figura de GARCIA 
e PIEDADE (1984).
• Uma curva pode compreender outra (abraçar, contornar), mas nunca ela mesma.
• Nos cumes e nas depressões o relevo é representado por pontos cotados.
Modelado Terrestre
A maioria dos acidentes geográficos da superfície terrestre resulta da erosão pela 
ação dos ventos, desgaste pelo degelo e drenagem da água dos terrenos altos para 
os terrenos baixos.
Assim, na maior parte das regiões em que o terreno foi conformado pela ação das 
águas pluviais, apresenta a forma mais conveniente ao escoamento das mesmas.
A superfície da Terra, geralmente arredondada, pode ser substituída, para fins de 
interpretação esquemática, por tantos planos tangentes quantos necessários à 
conservação aproximada do aspecto côncavo ou convexo que lhe é próprio.
Esses planos denominam-se encostas ou vertentes, pois que, no terreno, as águas 
efetivamente vertem ao longo delas.
Vertente ou encosta é, portanto, uma superfície inclinada do terreno que forma um 
ângulo com o plano horizontal. Este grau de inclinação será chamado de declive ou 
declividade.
TALVEGUE: ou linha de aguada, é a linha 
representativa do fundo dos rios, córregos ou cursos 
d’água.
LINHA DE CRISTA: cumeada ou divisor de águas, é a 
linha que une os pontos mais altos de uma elevação 
dividindo as águas da chuva.
VERTENTE / ENCOSTA: flanco ou escarpa, é a 
superfície inclinada que vem do cimo até a base das 
montanhas. Pode ser à esquerda ou à direita de um 
vale, ou seja, a que fica à mão esquerda e direita 
respectivamente do observador colocado de frente para 
a foz do curso d’água. As vertentes, por sua vez, não 
são superfícies planas, mas sulcadas de depressões 
que formam os vales secundários.
Modelado Terrestre
As Curvas de Nível e os Principais
Acidentes Geográficos Naturais – Formas Simples
Há três tipos de encostas ou vertentes que são: Plana, Côncava e Convexa.
ENCOSTA PLANA ou uniforme é aquela 
que apresenta uma declividade constante 
e, consequentemente, é representada por 
curvas de nível igualmente espaçadas.
Numa encosta suave, as curvas de nível 
são bem distanciadas entre si; numa 
encosta íngreme, as curvas de nível são 
bem próximas umas das outras.
ENCOSTA PLANA 
As Curvas de Nível e os Principais Acidentes 
Geográficos Naturais – Formas Simples
ENCOSTA CÔNCAVA - esta encosta tem a 
curvatura voltada para baixo.
A declividade diminui a proporção que a 
encosta desce. As curvas de nível são bem 
próximas no cume e bem espaçadas na 
parte baixa.
ENCOSTA CONVEXA - esta encosta é 
abaulada. A declividade aumenta à 
proporção que a encosta desce. As curvas 
de nível são bem espaçadas no cume e 
bem próximas na parte baixa.
ENCOSTA CÔNCAVA 
ENCOSTA CONVEXA 
As Curvas de Nível e os Principais
Acidentes Geográficos Naturais – Formas Simples
RAVINA - sulco ou mordedura na encosta de uma 
elevação, provocada pela ligação lateral de duas 
vertentes, servindo de linha de reunião de água.
NÓ DE CRISTA - elemento do relevo resultante da 
reunião de várias linhas de festo no topo de uma 
elevação. Neste caso as ravinas correm de alto 
abaixo da elevação, fazendo com que a curva de 
nível mais interna sofram as mesmas inflexões das 
demais.
NÓ TOPOGRÁFICO - elementodo relevo resultante 
do fato das diversas ravinas não atingirem o topo da 
elevação, graças à adversidade de dureza das 
rochas que a formam. Neste caso a curva de nível 
mais interior terá sua sinuosidade discordante das 
envolventes.
As Curvas de Nível e os Principais
Acidentes Geográficos Naturais – Formas Simples
Ligações das vertentes
As vertentes ligam-se sempre duas a duas.
Se a ligação das vertentes é um ângulo convexo, a aresta 
do ângulo diedro por elas formado é dominante e divisória 
das águas, chama-se então "linha de crista", "linha de 
festo", "linha de cumeada“ ou "linha de divisão de águas“.
Quando a ligação é em ângulo "côncavo, a aresta é 
dominada e coletora das águas, chama-se então "linha de 
fundo", "linha de reunião de águas" ou "talvegue“.
linha de crista
talvegue
As Curvas de Nível e os Principais
Acidentes Geográficos Naturais - Formas Simples
CRISTA TOPOGRÁFICA é o ponto mais alto 
da linha de crista.
CRISTA MILITAR, chama-se ao ponto da 
linha de crista que proporciona 
comandamento de todo o terreno à frente da 
elevação, sem a presença de ângulos 
mortos. Pode coincidir com a crista 
topográfica, porém pode ser outro ponto da 
linha de crista.
As Curvas de Nível e os Principais
Acidentes Geográficos Naturais -
Formas Simples
A ligação de duas vertentes em ângulo convexo, segundo o tipo de 
encostas e a abertura do ângulo por elas formado, pode dar origem a 
três formas do terreno:
ESPIGÃO - é o acidente do relevo em que as vertentes são íngremes 
e uniformes. O ângulo diedro por elas formado é pequeno, 
provocando, na sua representação, curvas de nível cuneiformes.
GARUPA - é a forma do terreno em que as vertentes são convexas. O 
ângulo diedro por elas formado é obtuso, dando origem a uma linha de 
crista abaulada, donde as curvas de nível representativas terem 
também a forma abaulada.
ESPORÃO - forma do terreno caracterizada por uma linha de crista 
com inflexão. acusando uma elevação ou um cume mais pronunciado
ESPIGÃO
GARUPA 
ESPORÃO 
As Curvas de Nível e os Principais Acidentes 
Geográficos Naturais - Formas Isoladas
DEPRESSÃO E ELEVAÇÃO: como na figura abaixo, são superfícies nas quais as curvas de nível 
de maior valor envolvem as de menor no caso das depressões e vice-versa para as elevações.
As Curvas de Nível e os Principais Acidentes 
Geográficos Naturais - Formas Isoladas - Elevação
MAMELÃO - tipo de elevação em que as 
vertentes são arredondadas e uniformes. 
Pela sua forma, suas encostas permitem, 
normalmente, ampla observação em 
qualquer direção.
COLINA - diferentemente do mamelão, a 
colina se alonga segundo uma direção 
definida. Assim, a colina difere do mamelão 
por ter formato alongado segundo uma 
direção. Sua linha de crista, normalmente, 
tende a abaular-se, formando uma espécie 
de cela.
MAMELÃO
COLINA
As Curvas de Nível e os Principais Acidentes 
Geográficos Naturais - Formas Isoladas - Elevação
As elevações isoladas podem se apresentar, na sua parte superior, em forma de 
pico, zimbório ou platô.
As Curvas de Nível e os Principais Acidentes 
Geográficos Naturais - Formas Isoladas - Elevação
Quanto ao PORTE, as formas isoladas podem ser assim classificadas:
MONTES - elevações consideráveis, geralmente abruptas, destacando-se do
solo circunvizinho. Graficamente são representados por curvas de nível que
se fecham e mantém uma curvatura mais ou menos uniforme.
MORRO - o mais comum, de porte mais modesto, quase sempre com a parte
superior arredondada, em forma de zimbório.
OUTEIRO - são ainda de menor porte que as colinas, se assemelhando, 
entretanto, a elas. Sua principal característica, porém, é a de se apresentar isolado 
nas planícies e planaltos; e
DOBRAS - são elevações alongadas, cuja altura não atinge a cota da menor
curva de nível da carta considerada.
As Curvas de Nível e os Principais Acidentes 
Geográficos Naturais - Formas Grupadas
MONTANHA - termo genérico que exprime um aglomerado de elevações de forma 
e natureza diferentes, numa extensão mais ou menos considerável, em que o 
comprimento excede a largura. A curvas de nível que as representam, embora 
também fechadas, têm altura muito variável e ocupam no desenho mais espaço 
que as representativas dos montes.
CORDILHEIRA - é uma série de montanhas que se sucedem numa grande 
extensão, sempre na mesma direção, dando origem a grandes linhas de cumeada 
e donde, em geral, se destacam, no sentido mais ou menos paralelo ao da direção 
principal, montanhas alongadas denominadas contrafortes, das quais, por sua vez, 
se destacam, em grande número, contrafortes secundários ou espigões.
As Curvas de Nível e os Principais Acidentes 
Geográficos Naturais - Formas Grupadas
CADEIA DE MONTANHAS - são montanhas contíguas, de forma mais ou menos 
alongada, que ocupam grande superfície.
SERRA - montanha de forma muito alongada, em cuja parte elevada aparecem 
pontos salientes, culminantes, em forma de dentes de serra, denominados 
vértices, cumes ou cimos, em forma de picos ou agulhas.
MACIÇO - é um agrupamento de elevações que se ramificam de diversas 
maneiras, em qualquer sentido, apresentando o aspecto de um círculo de 
elevações em torno de um ponto culminante central.
PLANALTO - superfície mais ou menos extensa e regular, situada a grande altura 
em relação do nível do mar, em geral ondulada, com declividades suaves e 
algumas vezes acidentada, porém acessíveis. Quando o planalto é de grande 
extensão, é chamado de chapada.
As Curvas de Nível e os Principais Acidentes 
Geográficos Naturais - Formas Grupadas
As Curvas de Nível e os Principais Acidentes 
Geográficos Naturais - Depressões
As depressões são as formas opostas às elevações e para onde vão ter as águas 
que se escoam das vertentes que as cercam e formam. Algumas depressões, 
embora raramente se apresentem isoladas e sem escoamento para as águas, têm 
forma de cume invertido e recebem a denominação de cuba, servindo em geral 
como fundo dos lagos.
VALES - nome genérico de depressão que serve de leito para escoamento das 
águas, com a forma de sulcos alongados e sinuosos, de profundidade e largura 
variáveis. 
As Curvas de Nível e os Principais Acidentes 
Geográficos Naturais - Depressões
DESFILADEIRO - é uma passagem mais ou menos 
longa, entre duas elevações.
CORREDOR - é caracterizado por uma passagem 
entre elevações de extensão apreciável.
GARGANTA é uma passagem estreita e curta entre 
elevações.
As Curvas de Nível e os Principais Acidentes 
Geográficos Naturais - Planícies
PLANÍCIES
Forma intermediária entre as elevações e 
depressões, são resultantes muitas vezes do 
aterramento das depressões com detritos 
provenientes da erosão. São vastas extensões 
de terreno sensivelmente planas, situadas nas 
regiões mais baixas da superfície terrestre.
As planícies, em geral, diferem dos planaltos 
pela sua situação em relação ao nível do mar, 
pois os planaltos nada mais são do que 
planícies situadas no alto das grandes cadeias 
de montanhas.
As Curvas de Nível e os Principais Acidentes 
Geográficos Naturais - Planícies
Conforme o aspecto que apresentam e a situação em que se encontram, recebem 
as seguintes denominações:
- Várzea - quando cultivadas ou a isso se prestarem;
- Charneca - quando além disso falta água e vegetação;
- Descampados - quando muito extensas;
- Brejo ou Charco - quando baixas, sujeitas às invasões das águas pluviais;
- Baixada - quando situada entre as cubas de grandes elevações e o mar; e
- Pampas - são vastas planícies, quase sem relevo, monótonas, cobertas por 
leivas, revestidas de prados, baixas e desabrigadas dos ventos.
Leis do Modelato Terreste
Estas leis se referem às linhas de talvegue, às vertentes (encostas), às linhas 
de cristas, os três principais elementos que modelam o terreno.
São regras que nada têm de absoluto, todas comportam exceções. Variam como 
variam as superfícies do terreno a que se referem, dizemapenas a forma ideal 
para qual tendem os terrenos normalmente constituídos e sujeitos à erosão regular 
das águas.
O estudo dessas regras conduzirá a conclusões muito interessantes sobre os 
aspectos do terreno.
Leis do Modelato Terreste
Talvegues e Cursos D’água
I) Lei da continuidade dos declives, de um ponto qualquer do terreno pode-se descer até o mar sem 
nunca subir. Ela decorre naturalmente da maneira pela qual se formou o modelado topográfico. Há 
como exceção o caso de uma bacia fechada, o que aliás existe, se bem que raramente.
II) A declividade de uma linha de talvegue ou de um curso d'água decresce de montante para 
jusante.
Leis do Modelato Terreste
Talvegues e Cursos D’água
III) Desenvolvendo-se num mesmo plano o 
perfil de um curso d’água e de seus afluentes, 
a curva perfil desse curso d’água envolverá 
todas as de seus afluentes, como 
consequência um rio corre mais em um certo 
nível que seus afluentes. Assim, uma mesma 
curva de nível, na vizinhança e a montante de 
uma confluência, cortará o curso d’água 
principal mais longe dessa confluência que o 
curso d’água secundário (afluente), ou seja, a 
mesma curva de nível penetrará mais no vale 
principal que na ravina lateral que nele 
desembocar.
Leis do Modelato Terreste
Talvegues e Cursos D’água
IV) A declividade nas curvas exteriores de um rio é maior que nas 
interiores. De fato, em uma curva de rio a massa d’água agindo 
sob a influência da força centrífuga corrói a margem exterior, 
alargando o leito desse rio e, não raras vezes, rasgando-lhe novo 
leito. Na margem interior, a velocidade do rio sendo muito menor, 
ocasiona a sedimentação de aluviões e o consequente 
abrandamento do declive nessa margem. Assim, as curvas de 
nível que envolvem uma sinuosidade são habitualmente mais 
próximas umas das outras que as envolvidas pelo curso d’água. 
Logo a margem situada na parte exterior tem comandamento 
sobre a interna.
Dessa regra surgem dois corolários (deduções):
Leis do Modelato Terreste
Talvegues e Cursos D’água
a)Quando um curso d’água se divide em muitos 
outros sinuosos, formando ilhas irregulares, 
pode-se concluir que o vale é largo e o talvegue 
pouco acidentado ou sensivelmente horizontal.
b) Caso o curso d’água seja um braço único 
quase retilíneo, o vale é estreito e o talvegue 
muito pronunciado e de grande inclinação.
Leis do Modelato Terreste
Talvegues e Cursos D’água
V) O ângulo formado por dois talvegues na sua 
confluência será sempre menor que 90º. Essa 
regra permite indicar a direção da corrente de um 
rio. 
VI) Uma confluência é assinalada geralmente por 
uma inflexão do curso d’água principal no sentido 
do afluente. Esta inflexão será tão mais 
pronunciada quanto mais importante for o 
afluente. Ou seja, o afluente muda a calha
principal na sua direção 
Leis do Modelato Terreste
Vertentes
As curvas de nível de mesma cota se fazem seguir sobre as duas partes de uma mesma encosta 
(vertente), separadas, uma da outra por um vale lateral. É a lei da continuidade das vertentes.
Na figura as partes ab e cd da vertente não são modificadas 
pelo trabalho do afluente que cravou o leito entre b e c.
Leis do Modelato Terreste
Vertentes
As curvas de nível de mesma cota se fazem seguir sobre as duas partes de uma mesma encosta 
(vertente), separadas, uma da outra por um vale lateral. É a lei da continuidade das vertentes.
Na figura as partes ab e cd da vertente não são modificadas 
pelo trabalho do afluente que cravou o leito entre b e c.
Leis do Modelato Terreste
Linhas de Festo
I) Uma linha de festo se ligará sempre a uma 
outra e esta a outra e assim sucessivamente. 
II) Quando uma linha de festo separa dois cursos 
d’água ela se abaixa quando eles se aproximam 
(confluência) e se eleva quando se afastam. A 
distância máxima corresponde geralmente a um 
mamelão ou esporão e a mínima a um colo.
Leis do Modelato Terreste
Linhas de Festo
III) Se uma linha de festo separa dois cursos 
d’água que correm em altitudes diferentes, ela 
estará mais próxima do mais elevado.
IV) Se existirem duas nascentes opostas a uma 
mesma linha de festo, sobre a linha entre as 
nascentes ocorrerá um colo.
Leis do Modelato Terreste
Linhas de Festo
V) Sempre ocorrerá uma ramificação separando 
dois talvegues que nascem do mesmo lado de 
uma mesma linha de festo.
VI) Quando uma linha de festo muda de direção, 
opostamente ao ângulo formado ocorrerá uma 
ramificação.
Leis do Modelato Terreste
Linhas de Festo
VII) Quando dois cursos d’água descem 
paralelamente de uma encosta e tomam depois 
direções opostas, a linha que separa os 
cotovelos indica a depressão mais profunda entre 
as duas vertentes e, portanto, a existência de um 
colo.
VIII) Quando dois cursos d’água se encontram, a 
linha de crista do saliente que os separa está 
sensivelmente na direção do prolongamento do 
curso d’água que resulta da junção dos dois.
Leis do Modelato Terreste
Linhas de Festo
IX) Quando diversos cursos d’água partindo de um ponto central seguem direções diversas, há na 
origem um ponto culminante.
Declividade
A inclinação que tem o terreno em relação ao plano horizontal é conhecida como 
declividade.
O declive pode ser expresso de várias maneiras, mas todas elas dependem de 
uma comparação entre a distância vertical e a distância horizontal.
A declividade de um terreno entre dois 
pontos é medida pela inclinação da reta 
que os une com o plano horizontal.
Pode ser expressa em porcentagem ou 
em graus.
Declividade em Porcentagem
O meio mais comum de exprimir o valor do declive de uma encosta é em 
porcentagem. O declive de 1% significa que se sobe ou se desce uma unidade em 
uma distância horizontal de cem unidades; um declive de 10% significa que se 
sobe ou desce 10 metros em cada 100 metros.
A declividade em Porcentagem é dada pela seguinte expressão:
Declividade em Porcentagem
Na carta a distância horizontal é medida diretamente e a altura vertical é a 
diferença de nível dos pontos. Um declive ascendente é positivo (+) e um 
descendente é negativo (-) isto é, o declive considerado no sentido xy é +10% e 
considerado no sentido yx é -10%. 
A linha xy representa uma encosta, se a distância horizontal entre x e y é de 100 
metros e a diferença de nível é de 10 metros, o declive da encosta xy é:
Declividade em Porcentagem
Achar o declive entre A e B:
1) Mede-se primeiramente a distância 
horizontal, para este exemplo adotaremos 
o valor de 220 metros.
2) Determina-se a altura subtraindo a cota
de A da cota de B.
A altura é 559 - 530 = 29 metros
3) Dividimos a altura pela distância e o 
resultado multiplicamos por 100. Temos a 
declividade em porcentagem.
Declividade em Graus
O grau é a unidade de medida angular. O valor de um declive em graus é o ângulo 
em graus entre o plano horizontal e a superfície inclinada do terreno.
𝒂𝒏𝒈𝒍𝒐 = 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒂𝒏𝒈
𝒅𝒊𝒇𝒆𝒓𝒆𝒏ç𝒂 í𝒗𝒆𝒍
𝒅𝒊𝒔𝒕â𝒏𝒄𝒊𝒂𝒉𝒐𝒓𝒊𝒛𝒐𝒏𝒕𝒂𝒍
Declividade em Graus
Achar o declive entre A e B:
1) Mede-se primeiramente a distância 
horizontal, para este exemplo adotaremos 
o valor de 220 metros.
2) Determina-se a altura subtraindo a cota
de A da cota de B.
A altura é 559 - 530 = 29 metros
3) Calcula-se o Arco Tangente da divisão 
da altura pela distância. Temos a 
declividade em graus.
𝒂𝒓𝒄𝒕𝒂𝒏𝒈
𝒅𝒊𝒇𝒆𝒓𝒆𝒏ç𝒂 í𝒗𝒆𝒍
𝒅𝒊𝒔𝒕â𝒏𝒄𝒊𝒂𝒉𝒐𝒓𝒊𝒛𝒐𝒏𝒕𝒂𝒍
𝒂𝒓𝒄𝒕𝒂𝒏𝒈
𝟐𝟗
𝟐𝟐𝟎
= 𝟕, 𝟓𝟏°
Classificação do Terreno Quanto ao Relevo
CLASSIFICAÇÃO PELA 
DECLIVIDADE EM %
CLASSIFICAÇÃO PELA 
ELEVAÇÃO EM METROS
FIM!!!

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