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0 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Laboratório Métodos Experimentais em Engenharia Experimento 2: Medidas de Constante Elástica e Força Analuz Marin Ramos 11202130007 Enrique da Cruz 11202021819 Gabriel Filev Greicius 11202131402 Márcio Lima Filho 11201722825 Renato Luchini M. Junior 11202021195 Victor Sousa Ferreira 11202130807 Santo André Março de 2024 1 Sumário 1. Resumo ............................................................................................................................................... 2 2. Metodologia ....................................................................................................................................... 2 2.1. Primeiro Método ........................................................................................................................... 3 2.2. Segundo Método ........................................................................................................................... 4 3. Resultados ........................................................................................................................................... 5 3.1. Primeiro Método ........................................................................................................................... 5 3.2. Segundo Método ........................................................................................................................... 9 4. Discussão .......................................................................................................................................... 10 5. Conclusão ......................................................................................................................................... 10 6. Referências Bibliográficas .............................................................................................................. 11 7. Apêndices ......................................................................................................................................... 11 7.1. Fórmulas ....................................................................................................................................... 11 7.1.1. Determinação do Δx ............................................................................................................... 11 7.1.2. k em MHS ............................................................................................................................... 11 7.1.3. Desvio Padrão da Média ........................................................................................................ 12 7.1.4. Incerteza Combinada .............................................................................................................. 12 7.1.5. Incerteza do k a partir do MHS ............................................................................................. 13 7.1.7. Z's-score ................................................................................................................................... 13 2 1. Resumo A utilização de molas é algo extremamente comum na nossa sociedade atualmente, seja em canetas, amortecedores automotivos, elevadores ou indústrias pesadas, como a mineração, por exemplo. Este laboratório tem por principal objetivo a determinação da constante k de uma mola utilizando dois métodos diferentes e a comparação de seus resultados. A primeira parte do experimento consiste em utilizar diferentes massas e verificar a variação do comprimento da mola, enquanto o que o segundo método se baseia nas equações de Movimento Harmônico Simples (MHS). Os resultados obtidos nos dois métodos apresentaram certa proximidade, com valores de constante elástica em torno de 226,1 ± 3,0 N/m e 241,34 ± 0,53 N/m. No entanto, ao aplicar a fórmula de verificação de confiabilidade Z’-score, foi constatada uma incompatibilidade entre as medições, indicando possíveis erros humanos não considerados nos cálculos das incertezas. 2. Metodologia Nesse experimento foram utilizados os seguintes materiais: • 1 mola de tração • 2 peças de cobre (paralelepípedos) • 2 peças de alumínio (cilindros) • Dinamômetro digital com célula de força (Homis 2100) • Balança (Shimadzu BL3200H) • Cronômetro • Régua de 300mm (Acrimet) • Sargento de fixação • Suporte de madeira com barbante Podemos observar as incertezas relevantes dos equipamentos para os experimentos na tabela I, abaixo: Tabela I – Materiais utilizados. Equipamento Marca Modelo Incerteza Régua 300mm Acrimet - 0,5 mm Dinamômetro Homis 2100 0,1 N Balança Shimadzu BL3200H 0,1 g Cronômetro - - 0,005 s 3 A incerteza do cronômetro e da régua foram determinadas ao se dividir o valor da escala por dois. Por outro lado, a incerteza da balança foi identificada no manual. A incerteza do dinamômetro também foi determinada ao se dividir a escala por dois, porém esse método diverge do que está no manual. Essa divergência se deve ao fato de a incerteza determinada pelo fabricante ser (0,5% + 2 unidades) para cargas entre 10 e 100 kg, porém as massas utilizadas são muito menores que isso. Para contornar esse problema, foi adotada que a incerteza do dinamômetro é 0,1 N (sua resolução dividida por 2). Cada uma das peças utilizadas foi aferida quanto ao peso quatro vezes. As medições foram feitas em diferentes pontos da superfície de cada peça, a fim de garantir uma estimativa precisa do peso. Tabela II – Massa das peças utilizadas. P1 (g) P2 (g) C1 (g) C2 (g) Medida 1 1064,71 1066,71 259,33 259,45 Medida 2 1064,71 1066,82 259,32 259,41 Medida 3 1064,74 1066,79 259,33 259,45 Medida 4 1064,70 1066,83 259,34 259,46 Média 1064,72 1066,80 259,33 259,44 Desvio Padrão 0,0087 0,014 0,0041 0,011 Incertiza tipo B 0,1 0,1 0,1 0,1 Incertiza Combinada 0,1 0,1 0,1 0,1 O experimento consistiu em duas partes com diferentes métodos de determinação da constante elástica (k) da mola de tração. 2.1. Primeiro Método No primeiro método para se determinar a constante elástica k, deve-se medir o comprimento inicial da mola quando colocamos um dos paralelepípedos como massa não nula e, para padronizar as medidas, utilizaremos o paralelepípedo 1 como essa massa. Em seguida foi medida a força marcada no dinamômetro, devido a força peso gerada pela massa, e então o visor do aparelho foi zerado, pois essa força inicial serve para fazer com que a mola entre em sua zona elástica, quando a lei de Hooke é válida, e então, esse comprimento medido será a nossa referência (x0). A partir desse momento foram realizadas algumas combinações de peças em cima do suporte, sempre mantendo o paralelepípedo 1 no suporte. As combinações foram: paralelepípedo 1 + cilindro 1; paralelepípedo 1 + cilindro 1 + cilindro 2; paralelepípedo 1 + paralelepípedo 2; paralelepípedo 1 + paralelepípedo 2 + cilindro 1; paralelepípedo 1 + paralelepípedo 2 + cilindro 1 + cilindro 2. Para cada caso foram 4 medidas a força e o comprimento final da mola quatro vezes, sendo possível calcular a média e desvio padrão da média, de modo que nossas medidas fossem mais precisas. Com todos os dados coletados, foi feita uma tabela para cada caso, com os valores obtidos em cada aferição, juntamente com a incerteza do tipo A (desvio padrão da média) e a incerteza do tipo B. Após isso, é possível determinar a variação do comprimento da mola Δx (utilizando a fórmula 1) e correlacionar essa variação com a força medida com o dinamômetro, sendo possível criar um gráfico entre esses dois valores (força por variação de comprimento). Para determinar a constante k, foi utilizado o software LabFit. Com este aplicativo é possível colocar os valores dos pontos juntamente com sua incerteza e criar gráficos interessantes para nossas análises. O métodoescolhido para gerar a análise foi a regressão linear, pois quando temos um gráfico de força por variação de comprimento, o coeficiente angular da reta que melhor se aproxima de todos os pontos será a constante elástica, então foi gerada uma regressão do tipo y = Ax, sendo o valor do A igual ao k. Com essa determinação gráfica da constante elástica, finalizamos este método, e basta calcular o k utilizando o segundo método e comparar os resultados. 2.2. Segundo Método No segundo método de obtenção da constante elástica, cada integrante do grupo mediu a massa do sistema composto pelo suporte de madeira, mola e paralelepípedos 1 e 2. Assim que se montou o sistema, foi iniciado novamente por cada um do grupo uma oscilação (MHS) vertical cronometrado por um segundo integrante o tempo de 30 oscilações sem que houvesse contato com o solo (é válido ressaltar que foi necessário tomar um cuidado extremo para o fazer o movimento mais vertical possível, evitando oscilações horizontais que afetariam negativamente a medição). Imediatamente os valores de m (massa), N (oscilações) e Tn (tempo) foram organizados nas Tabelas X e XI. A incerteza de m foi dada pela balança e a incerteza de Tn foi considerada como 0,005 segundo, devido ao fato de a resolução do cronômetro ser de 0,01 segundo. A partir de todos esses valores, foi obtido o valor de k dado pela fórmula 2 (vide apêndice), capaz de relacionar o MHS e a Lei de Hooke. Sua incerteza foi determinada ao utilizar a fórmula 6. Como o experimento foi realizado quatro vezes, para a determinação do k foi feira a média das medidas de massa e do tempo para as 30 oscilações. 5 3. Resultados 3.1. Primeiro Método Com base na metodologia previamente explicada, foi obtida a tabela III, que descreve as medidas do comprimento da mola quando utilizada apenas a massa não nula (paralelepípedo 1). Temos: Tabela III – Comprimento da mola utilizando apenas o paralelepípedo 1. Comprimento (cm) Medida 1 13,6 Medida 2 13,7 Medida 3 13,5 Medida 4 13,4 Média 13,6 Desvio Padrão da Média 0,0065 Incerteza do tipo B 0,5 Incerteza Combinada 0,5 Agora, utilizando o paralelepípedo 1 e o cilindro 1, foi obtida a tabela IV, que nos mostra as medidas do comprimento da mola e a força. Para o desvio padrão da média, foi utilizada a fórmula 3 (vide apêndice), enquanto para a incerteza combinada, a fórmula 4 (vide apêndice). Temos: Tabela IV – Comprimento da mola e força quando utilizados o paralelepípedo 1 e cilindro 1. Comprimento (cm) Força (N) Medida 1 14,4 2,6 Medida 2 15,0 2,7 Medida 3 14,8 2,5 Medida 4 14,9 2,6 Média 14,8 2,6 Desvio Padrão da Média 0,13 0,041 Incerteza do tipo B 0,5 0,1 Incerteza Combinada 0,5 0,1 Do mesmo modo, a tabela V foi obtida utilizando as medidas do paralelepípedo 1, cilindro 1 e cilindro 2. Para o desvio padrão da média, foi utilizada a fórmula 3 (vide apêndice), enquanto para a incerteza combinada, a fórmula 4 (vide apêndice). Temos: 6 Tabela V – Comprimento da mola e força quando utilizados o paralelepípedo 1, cilindro 1 e cilindro 2. Comprimento (cm) Força (N) Medida 1 15,9 4,8 Medida 2 15,9 4,9 Medida 3 15,8 4,8 Medida 4 16,0 5,0 Média 15,9 4,9 Desvio Padrão da Média 0,041 0,048 Incerteza do tipo B 0,5 0,1 Incerteza Combinada 0,5 0,1 Para o nosso terceiro cenário, foram utilizados os paralelepípedos 1 e 2 e, assim, foi obtida a tabela VI, que nos mostra as medidas do comprimento da mola e a força. Para o desvio padrão da média, foi utilizada a fórmula 3 (vide apêndice), enquanto que para a incerteza combinada, a fórmula 4 (vide apêndice). Temos: Tabela VI – Comprimento da mola e força quando utilizados os paralelepípedos 1 e 2. Comprimento (cm) Força (N) Medida 1 18,0 10,4 Medida 2 18,0 10,2 Medida 3 17,9 10,2 Medida 4 18,1 10,4 Média 18,0 10,3 Desvio Padrão da Média 0,041 0,058 Incerteza do tipo B 0,5 0,1 Incerteza Combinada 0,5 0,1 Utilizando-se os paralelepípedos 1 e 2, além do cilindro 1, foi obtida a tabela VII, que nos mostra as medidas do comprimento da mola e a força. Para o desvio padrão da média, foi utilizada a fórmula 3 (vide apêndice), enquanto que para a incerteza combinada, a fórmula 4 (vide apêndice). Temos: Tabela VII – Comprimento da mola e força quando utilizados o paralelepípedo 1, paralelepípedo 2 e cilindro 1. Comprimento (cm) Força (N) Medida 1 19,1 12,8 Medida 2 19,3 12,8 Medida 3 19,1 12,9 Medida 4 19,1 13,0 Média 19,2 12,9 Desvio Padrão da Média 0,050 0,048 7 Incerteza do tipo B 0,5 0,1 Incerteza Combinada 0,5 0,1 Utilizando-se o paralelepípedo 1, paralelepípedo 2, cilindro 1 e cilindro 2, foi obtida a tabela VIII, que nos mostra as medidas do comprimento da mola e a força. Para o desvio padrão da média, foi utilizada a fórmula 3 (vide apêndice), enquanto que para a incerteza combinada, a fórmula 4 (vide apêndice). Temos: Tabela VIII – Comprimento da mola e força quando utilizados o paralelepípedo 1, paralelepípedo 2, cilindro 1 e cilindro 2. Comprimento (cm) Força (N) Medida 1 20,3 15,6 Medida 2 20,2 15,2 Medida 3 20,4 15,2 Medida 4 20,3 15,3 Média 20,3 15,3 Desvio Padrão da Média 0,041 0,095 Incerteza do tipo B 0,5 0,1 Incerteza Combinada 0,5 0,1 Com todos os casos determinados, foi possível obter a tabela IX, que contém os valores de Δx (calculados utilizando a fórmula 1), a incerteza associada ao Δx (calculada utilizando a fórmula 5), a força e a incerteza da força. Tabela IX - Variação do comprimento da mola (Δx), juntamente com sua incerteza, força e incerteza da força. Cenário Δx (cm) Incerteza Δx (cm) Força (N) Incerteza Força (N) P1 + C1 1,2 0,7 2,6 0,1 P1 + C1 + C2 2,4 0,7 4,9 0,1 P1 + P2 4,5 0,7 10,3 0,1 P1 + P2 + C1 5,6 0,7 12,9 0,1 P1 + P2 + C1 + C2 6,8 0,7 15,3 0,1 Uma vez com a tabela acima feita, foi feito o gráfico (figura 1) que fornece a relação entre os pontos e o coeficiente linear da reta (que para o caso da lei de Hooke, seria a própria constante k da mola): 8 Figura 1 – Gráfico do Δx por força, com a incerteza em cada ponto e o valor de k determinado. Figura 2 - Resultado do A e sua incerteza obtidos utilizando o LabFit. Como pode ser visto na parte de baixo da figura 2, ao utilizar os dados da tabela IX no LabFit, e selecionar a função de regressão linear (y = Ax), o resultado de A foi 0,2261E+01 ± 0,2959E-01, ou seja, A = 2,261 ± 0,030. Com isso, podemos afirmar que a constante k da mola para este cenário é de 2,261 ± 0,030 N/cm. É válido ressaltar que o valor obtido não está no Sistema Internacional, pois a variação de comprimento foi utilizada em centímetros e não em metros (observe a que a unidade de k está em N/cm). Para ser possível comparar com o resultado que iremos obter no segundo método, o valor de k foir convertido para o sistema internacional. Para fazer isto basta multiplicar a constante e sua incerteza por 100, de modo que obtivemos k = 226,1 ± 3,0 N/m. 9 3.2. Segundo Método Para o segundo método, a primeira coisa ser realizada foi a medição da massa do sistema composto pelas duas peças em forma de paralelepípedo, o suporte de madeira, o barbante e a mola, juntamente com o desvio padrão da média calculado com base na fórmula 3 e a combinação das incertezas utilizando a fórmula 4 (vide apêndice). Tais medições se encontram na tabela X: Tabela X – Medidas de massa do sistema. Massa sistema (g) Medida 1 2337,94 Medida 2 2337,89 Medida 3 2337,85 Medida 4 2337,89 Média 2337,89 Desvio Padrão da Média 0,018 Incerteza do tipo B 0,1 Incerteza Combinada 0,1 Para a utilização de N = 30, temos a tabela XI com os tempos medidos para cada repetição do experimento, bem como o desvio padrão da média calculado com base na fórmula 3 e a combinação das incertezasutilizando a fórmula 4 (vide apêndice). Temos: Tabela XI – Medidas de tempo para cada repetição do experimento. Tempo para 30 oscilações (s) Medida 1 18,40 Medida 2 18,50 Medida 3 18,63 Medida 4 18,68 Média 18,55 Desvio Padrão da Média 0,063 Incerteza do tipo B 0,005 Incerteza Combinada 0,06 A determinação do k utilizando o método de MHS foi realizada utilizando-se da fórmula 2 (vide apêndice), e sua incerteza com a fórmula 6. Foi obtido o valor de k = 241,34 ± 0,53 N/m. Note que para ser possível obter esse valor, a massa foi utilizada em quilogramas, com o intuito de padronizar os valores da constante no Sistema Internacional. 10 4. Discussão Em um primeiro momento, os valores de k obtidos aparentam ser bem próximos. Foram obtidos os valores de k = 226,1 ± 3,0 N/m e 241,34 ± 0,53 N/m, ou seja, há uma diferença de aproximadamente 6,7% em seus valores, porém analisemos essa diferença mais afundo. Utilizando a fórmula de verificação de confiabilidade Z’-score (dada pela equação 11 presente no apêndice), obtivemos um valor de Z’ de aproximadamente 5,0, nos indicando que as medições foram incompatíveis, apesar de próximas. Tal divergência de resultados pode ter sido gerada em decorrência de erros humanos que não foram considerados para o cálculo das incertezas, como por exemplo o tempo de reação necessário para parar o cronômetro no segundo experimento, ou até mesmo erros que simplesmente não foram considerados, como o caso do atrito. Para se tratando de uma linha industrial de produção de molas, recomendaríamos a utilização do segundo método (MHS) para o controle de qualidade das molas, porém há um certo adento. Para a utilização deste método de modo eficaz, os funcionários deveriam receber um certo treinamento para a padronização dos testes (por exemplo, utilizar sempre a mesma força para fazer o sistema entrar no movimento harmônico e ser considerados com um tempo de reação rápido o suficiente para o tempo de parar o cronômetro ser o mais insignificante possível). O segundo método é recomendado, apesar destes cuidados, por apresentar uma incerteza menor (ou seja, possui uma maior precisão nos resultados) e ser mais rápido de ser realizado. 5. Conclusão A realização deste experimento proporcionou uma análise detalhada sobre dois métodos de determinação da constante elástica de uma mola. Observou-se que ambos forneceram resultados próximos em termos de valores da constante elástica, porém, ao considerar a confiabilidade dos resultados, conclui-se que o melhor método é calcular a constante através do movimento harmônico simples (MHS). Dentre os fatores que contribuem para a diminuição do erro experimental do segundo método, destaca-se a menor influência de erros sistemáticos associados às medições e aparelhos, como por exemplo, o efeito da paralaxe na leitura da escala. Além disso, o método do MHS é mais eficiente em relação ao primeiro já que a aferição de medidas é muito mais rápida. Sendo assim, no contexto de uma aplicação prática, como em uma linha de produção de molas, seria recomendável sua utilização. No entanto, para garantir a precisão e confiabilidade dos resultados, é fundamental padronizar os processos de medição visando reduzir falhas humanas e de equipamentos mal calibrados. Assim, conclui-se que a determinação da constante elástica de uma mola envolve não apenas a realização cuidadosa dos experimentos, mas também uma análise crítica dos resultados e uma atenção especial aos detalhes experimentais para garantir a confiabilidade e precisão dos dados 11 obtidos. 6. Referências Bibliográficas ROMANI, Ana Paula et al. MÉTODOS EXPERIMENTAIS EM ENGENHARIA. Santo André: Editora Ufabc, 2024. 509 p. GOMES, Melissa Keiller; SANDRINI, Reynaldo Gisto Gabriel. Tutorial sobre ajuste de curvas no software LAB Fit. Santo André: Ufabc, 2018. 7. Apêndices 7.1. Fórmulas 7.1.1. Determinação do Δx A variação do comprimento da mola é facilmente determinada utilizando a definição de variação. Temos: Δ𝑥 = 𝑥 − 𝑥0 (1) O x neste caso é o valor da medida e o x0 o valor de comprimento de referência que, no caso, é o comprimento médio das medições feitas apenas para a massa não nula (paralelepípedo 1). 7.1.2. k em MHS Para determinar o valor de k no movimento harmônico simples, foi utilizado: 𝑘 = 4𝜋2𝑚𝑁2 𝑇𝑛2 (2) Onde m é a massa do sistema, N o número de oscilações e Tn é o tempo necessário para se atingir as N oscilações. 12 7.1.3. Desvio Padrão da Média Para se calcular o desvio padrão da média devemos, inicialmente, calcular a variância quadrada (S²) do nosso espaço amostral. Para fazer isso, é possível utilizarmos a seguinte fórmula: 𝑆2 = 1 𝑛 − 1 ∑(𝑋𝑖 − 𝑋𝑚é𝑑𝑖𝑜)2 Com n sendo o número de amostras, Xi o valor medido e Xmédio o valor médio. Com o quadrado da variância, nós podemos determinar o desvio padrão da média (também conhecido como incerteza da média e cujo símbolo é um) utilizando: 𝑢𝑚 = √ 𝑆2 𝑛 (3) Esta fórmula foi utilizada para determinar a incerteza do tipo A das medições. 7.1.4. Incerteza Combinada A fórmula da incerteza combinada é dada por: 𝑢𝑐2 = ∑𝑢𝑖2 Sendo uc o valor da incerteza combinada e ui o valor de cada incerteza independente. Com isso, temos o seguinte resultado: 𝑢𝑐 = √𝑢𝐴12 + 𝑢𝐴22 +⋯+ 𝑢𝐵12 + 𝑢𝐵22 +⋯ (4) 13 7.1.5. Incerteza do Δx A incerteza da variação de comprimento, pode ser determinada da seguinte forma: 𝑢Δ𝑥 = √(1 ⋅ 𝑢𝑥)2 + ((−1) ⋅ 𝑢𝑥0) 2 (5) Os termos ux e ux0 são, respectivamente: incerteza associada a medição do comprimento final e a incerteza associada a medição do comprimento inicial. 7.1.6. Incerteza do k a partir do MHS Conforme a equação 3, podemos determinar os coeficientes de sensibilidade para determinar o erro da constante k para o Movimento Harmônico Simples. Temos: 𝜕𝑘 𝜕𝑚 = 4𝜋2𝑁2 𝑇𝑛2 𝜕𝑘 𝜕𝑇𝑛 = (−2) ∗ 4𝜋2𝑚𝑁2 𝑇𝑛3 É possível afirmar que como o número de oscilações N não incerteza (por ser um valor escolhido por nós), então a incerteza do k neste caso depende apenas da incerteza da massa e tempo medido, logo: 𝑢𝑘 = √( 4𝜋2𝑁2 𝑇𝑛2 ⋅ 𝑢𝑚) 2 + ( (−2) ⋅ 4𝜋2𝑚𝑁2 𝑇𝑛3 ⋅ 𝑢𝑇𝑛) 2 (6) 7.1.7. Z's-score O Z’-Score pode ser determinado utilizando-se a seguinte fórmula: 𝑍′ = | 𝑥 − 𝑦 √(𝑢𝑥)2 + (𝑢𝑦)2 | (7) 14 Para este caso, x e y são os valores obtidos por métodos diferentes, ux é a incerteza associada com a medida x e uy é a incerteza associada a medida y.