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EXERCÍCIOS DE DESENHOS DE PESQUISA Baseado nos resumos de artigos apresentados a seguir, classifique-os quanto aos seguintes aspectos (OBS. indique "NÃO SE APLICA" quando for o caso): 1. MALUCELLI, Diego Augusto et al. Estudo da prevalência de hipoacusia em indivíduos com diabetes mellitus tipo 1. Braz. J. Otorhinolaryngol., São Paulo , v. 78, n. 3, p.105-15, maio-Jun 2012. Diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica causada pela não produção e uso inadequado de insulina. Enfermidade crônico-degenerativa. Complicações crônicas do DM, no sistema auditivo, podem causar atrofia do gânglio espiral, degeneração da bainha de mielina do VIII par craniano, diminuição de fibras nervosas na lâmina espiral ou espessamento das paredes capilares da estria vascular e das pequenas artérias. OBJETIVO: Verificar os limiares auditivos em indivíduos portadores de DM tipo 1. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo clínico envolvendo 60 indivíduos, divididos em Grupo Estudo (GE) e Grupo Controle (GC), indivíduos diabéticos e não diabéticos. Realizada anamnese e exame audiométrico. RESULTADOS: Quanto aos limiares de audibilidade, no GE, houve diferença estatisticamente significante nas frequências 250, 500, 10.000, 11.200, 12.500, 14.000 e 16.000 Hz em ambas as orelhas e médias das orelhas. Na comparação dos GE e GC, houve diferença estatisticamente significativa com maior probabilidade de ocorrência de hipoacusia em alguma frequência independente da orelha testada no GE. CONCLUSÕES: Houve diferenças estatisticamente significativas nos achados audiológicos no GE quando comparado com GC, justificando avaliação audiológica completa em pacientes diabéticos tipo 1, incluindo audiometria de altas frequências. a) Quanto ao tipo de estudo (Experimental, Relato de Caso, Estudo de Casos, Estudo de Coorte, Revisão Sistemática ou Caso-Controle) e justifique Estudo observacional de Caso-Controle. Comparação dos limiares de audibilidade entre grupos com e sem DM1. b) Período de seguimento (Longitudinal ou Transversal) e justifique. Transversal. A medida dos limiares de audibilidade ocorreu uma única vez e cada grupo. c) Direcionalidade temporal (Retrospectivo ou Prospectivo) e justifique. Não se aplica devida o estudo ser do tipo Transversal. d) Perfil de avaliação epidemiológico (Descritivo ou Analítico) e justifique. Analítico, pois, analisa a influência do fator de exposição (DM1) sobre o desfecho (limiares de audibilidade). 2. ARRUDA, Palloma Lopes de et al . Evolução clínica e sobrevida de pacientes neurocríticos. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 53, e03505, dez. 2019. Objetivo: Avaliar a evolução clínica e sobrevida de pacientes neurocríticos em Unidades Hospitalares. Método: Coorte com pacientes acompanhados no período de setembro de 2012 a junho de 2016, internados em hospitais públicos e privados. Os dados foram analisados inicialmente a partir da estatística descritiva e inferencial. Como forma de análise da sobrevida, foi aplicado o indicador de KaplanMeier. O modelo de regressão para riscos proporcionais de Cox foi empregado para a análise dos fatores prognósticos, calculando-se a razão de risco. Resultados: Participaram do estudo 1.289 pacientes. Os que possuíam Escala de Coma de Glasgow com maior valor apresentaram maior sobrevida, e o incremento de um ponto no escore dessa Escala correspondeu a uma melhora de 42% em sua sobrevida. Na análise de sobrevida, o sexo e o uso de drogas vasoativas mostraram diferença significativa. Conclusão: Pacientes do sexo feminino, que possuem melhor escore da Escala de Coma de Glasgow e em uso de drogas vasoativas apresentaram maior sobrevida. e) Quanto ao tipo de estudo (Experimental, Relato de Caso, Estudo de Casos, Estudo de Coorte, Revisão Sistemática ou Caso-Controle) e justifique Estudo de Observacional de Coorte. Pacientes são acompanhados por um período de tempo para analisar o desfecho (sobrevivência) e quais fatores de exposição influenciam o desfecho. f) Período de seguimento (Longitudinal ou Transversal) e justifique. Longitudinal. Os pacientes são acompanhados por um período de tempo para analisar a taxa do desfecho. g) Direcionalidade temporal (Retrospectivo ou Prospectivo) e justifique. Prospectivo. Estudos de sobrevivência analisam a taxa de sobrevida em um determinado período de tempo e do ponto de vista epidemiológico são estudos de Incidência. h) Perfil de avaliação epidemiológico (Descritivo ou Analítico) e justifique. Analítico. A análise da taxa de sobrevivência (desfecho) foi analisada em função de fatores de exposição como da Escala de Coma de Glasgow, sexo e uso de drogas vasoativas. 3. CORDEIRO, Priscilla Mendes et al . Efeito da Justicia acuminatissima, Sara Tudo do Amazonas, na injúria renal aguda isquêmica: estudo experimental. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 53, e03487, dez. 2019. Objetivo: Avaliar o efeito da Justicia acuminatissima, Sara Tudo do Amazonas, na função renal, na hemodinâmica renal, no perfil oxidativo e na histologia renal em ratos com injúria renal aguda isquêmica. Método: Ensaio pré-clínico com ratos Wistar, adultos, machos (250-350 g), distribuídos nos grupos Sham, Isquemia e Isquemia + Sara Tudo. Foram avaliados os parâmetros hemodinâmicos, a função renal, o estresse oxidativo e a histologia renal. Resultados: O pré-tratamento com o Sara Tudo atenuou a lesão funcional, o que foi evidenciado pelo aumento no clearance de creatinina, redução dos marcadores oxidativos e elevação de tióis, pela melhora significativa do fluxo sanguíneo renal, diminuição da resistência vascular renal e redução da lesão tubulointersticial no tecido renal. Conclusão: A renoproteção da Justicia acuminatissima, Sara Tudo, na injúria renal aguda isquêmica, caracterizou- se por melhora significativa da função renal, reduzindo a lesão oxidativa, com impacto positivo na histologia renal. i) Quanto ao tipo de estudo (Experimental, Relato de Caso, Estudo de Casos, Estudo de Coorte, Revisão Sistemática ou Caso-Controle) e justifique Estudo de Intervenção Experimental Comparativo. Três grupos diferentes de animais foram submetidos a três procedimentos experimentais diferentes e comparados em relação às medidas de função renal, hemodinâmica renal, perfil oxidativo e histologia renal. j) Período de seguimento (Longitudinal ou Transversal) e justifique. Transversal. Embora os grupos tenham sido expostos a procedimentos diferentes (intervenção), o desfecho de interesse (função renal, hemodinâmica renal, perfil oxidativo e histologia renal) foi medido uma única vez. k) Direcionalidade temporal (Retrospectivo ou Prospectivo) e justifique. Não se aplica. Estudo Transversal. l) Perfil de avaliação epidemiológico (Descritivo ou Analítico) e justifique. Analítico, pois, analisa a influência do fator de exposição (grupos experimentais) sobre o desfecho (função renal, hemodinâmica renal, perfil oxidativo e histologia renal). 4. MAIA, Frederico F.R.; ARAUJO, Levimar R. Síndrome de Mauriac: forma rara do diabetes mellitus tipo 1. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo , v. 46, n. 3, p.310-5, jun. 2002 . O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma das doenças endócrino-metabólicas mais importantes na faixa etária pediátrica, podendo se manifestar com alterações sistêmicas decorrentes do controle glicêmico inadequado, como hepatomegalia e déficit de crescimento. Apresentamos o caso de uma criança com DM1 descompensado, evoluindo com sinais clínicos e laboratoriais sugestivos de síndrome de Mauriac. As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com os responsáveis pelo paciente e registro fotográfico dos métodos diagnósticos. Alertamos para a importância do conhecimento dessa forma rara de DM 1, buscando orientar e esclarecer dúvidas dos profissionais a respeito das condutas propedêuticas e terapêuticas na síndrome de Mauriac. m) Quanto ao tipo de estudo(Experimental, Relato de Caso, Estudo de Casos, Estudo de Coorte, Revisão Sistemática ou Caso-Controle) e justifique Estudo de Relato de Caso. O estudo é realizado para descrever as características clínicas de um pacientes com DM1 com suspeita de Síndrome de Mauriac. n) Período de seguimento (Longitudinal ou Transversal) e justifique. Longitudinal. Podemos dizer que o estudo foi Longitudinal, porque o estudo sugere que avaliou a evolução dos sinais clínicos e propõe apresentar informações sobre condutas propedêuticas e terapêuticas na síndrome de Mauriac. o) Direcionalidade temporal (Retrospectivo ou Prospectivo) e justifique. Retrospectivo. O fato da descrição do estudo apontar que as informações foram obtidas por acesso ao prontuário leva a crer que as informações foram obtidas do presente para o passado. p) Perfil de avaliação epidemiológico (Descritivo ou Analítico) e justifique. Descritivo. Embora estudos de Relato de Caso possam apresentar relações do uso de condutas propedêuticas e terapêuticas com a evolução de sinais clínicos e laboratoriais, não é possível a aplicação de técnicas estatísticas para investigar as relações de causa-efeito. 5. CANTO-SOARES, Natália; RECH, Rafaela Soares; GOULART, Bárbara Niegia Garcia de. Causalidade e Fonoaudiologia: abordagem epidemiológica. CoDAS, São Paulo , v. 31, n. 5, e20190004, 2019 . Objetivo: Revisar a literatura dos estudos fonoaudiológicos sob a ótica da epidemiologia, segundo a perspectiva da causalidade. Estratégia de pesquisa: Realizou-se um levantamento nas literaturas nacional e internacional com buscas realizadas nas bases PubMed, SciELO e literatura cinzenta, conduzido segundo as instruções da Colaboração Cochrane e publicados até 8 de janeiro de 2019. A pergunta norteadora da revisão indaga se a Fonoaudiologia faz uso dos métodos epidemiológicos em suas evidências para inferir causalidade. Critérios de Seleção: Foram incluídos todos os trabalhos que apresentassem abordagem epidemiológica de causalidade em fonoaudiologia, assim como se excluíram os que não apresentassem abordagem metodológica adequada à análise de causa e efeito. Análise dos dados: Dois autores deste estudo, de maneira independente, revisaram todas as citações. Utilizou-se um formulário determinado a priori para extrair os seguintes dados: autor, ano de publicação, país de origem, concepção teórica, aplicação ou não do estudo e discussão central abordada no artigo. Resultados: Mediante a busca realizada, foram encontrados 3.842 artigos. Contudo, destes nenhum investigou seus desfechos a partir da ótica da causalidade, não permitindo a inferência de causa e efeito. Conclusão: Há escassez de estudos que evidenciem a causalidade na Fonoaudiologia, o que pode alterar a efetividade e o manuseio confiável do diagnóstico e a terapêutica fonoaudiológica, visto que ainda se baseia na associação e não na causa nem no efeito de delineamentos apropriados para tal. q) Quanto ao tipo de estudo (Experimental, Relato de Caso, Estudo de Casos, Estudo de Coorte, Revisão Sistemática ou Caso-Controle) e justifique Estudo de Revisão Sistemática. Foi realizada a busca de publicações sobre uso dos métodos epidemiológicos em suas evidências para inferir causalidade na área de Fonoaudiologia. r) Período de seguimento (Longitudinal ou Transversal) e justifique. Não se aplica. Embora estudos de Revisão apresentem a delimitação do intervalo de publicação dos artigos que serão incluídos no estudo, não deve fazer referência ao período de seguimento. s) Direcionalidade temporal (Retrospectivo ou Prospectivo) e justifique. Não se aplica. Estudo de Revisão não devem indicar direcionalidade temporal. t) Perfil de avaliação epidemiológico (Descritivo ou Analítico) e justifique. Descritivo. Estudos de Revisão são considerados Analíticos apenas quando relatam a realização de metanálises.