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CAMPO ELÉTRICO – ESPCEX – CLJF SIRIUS – Prof. Vinícius – Física – 2025 CONDUTORES EM EQUILÍBRIO ELETROSTÁTICO Dizemos que um condutor se encontra em equilíbrio eletrostático quando nele não ocorre um movimento ordenado de cargas. Na primeira figura (abaixo) o condutor está em equilíbrio eletrostático e na segunda figura, não está. Nos condutores em equilíbrio eletrostático as eventuais cargas elétricas em excesso tendem a se repelir, ocupando, com isso, sua superfície mais externa possível. Blindagem eletrostática: Suponha uma carga elétrica positiva próxima de um condutor em equilibrio eletrostático. A presença desta carga provoca uma polarização no condutor em equilibrio (figura). Esta polarização, por sua vez, produz um campo elétrico no interior do condutor que é cancelado pelo campo elétrico externo, de modo que o campo elétrico total no interior da esfera é anulado. O movimento de cargas no condutor (polarização) termina no instante que o campo elétrico total é zerado, gerando a blindagem eletrostática. Este fenômeno acontece independente do condutor ser compacto ou oco. Se ele tiver uma cavidade, este fato protege o interior de qualquer descarga elétrica que venha a atingi-lo. Em certos aparelhos (televisores, rádios, computadores, etc.) é comum certos componentes internos serem protegidos por um invólucro metálico que cria a blindagem eletrostática. Gaiola de Faraday: Experiência que comprova que as cargas elétricas em excesso localizam-se na superfície mais externa de um condutor. A gaiola de metal sobre um suporte isolante é ligada a um gerador eletrostático, sendo que seu interior não sofre efeito elétrico algum. Desta maneira, a carcaça metálica de um carro, de um amplificador ou mesmo de um avião protege os corpos em seu interior das ações elétricas externas. Potencial elétrico de um condutor em equilibrio eletrostático: Quando um condutor está em equilibrio eletrostático, o movimento de cargas elétricas no seu interior é desordenado. Assim, dizemos que o potencial em seu interior é constante (DDP = 0) e, com o efeito, o campo elétrico em seu interior é zero. Caso o condutor seja esférico de carga Q distribuída em sua superfície, por razões de simetría, podemos substituir com o mesmo efeito sua carga Q por uma equivalente no centro da esfera. Com isso, calculamos o potencial elétrico de uma esfera de raio R e carga Q: Poder das Pontas: Em condutores não esféricos, as regiões de “ponta” terão maior densidade de cargas, o que produz um campo elétrico mais intenso. Com o efeito, as regiões de pontas serão as mais prováveis de ocorrerem eventuais descargas elétricas. Tal fenômeno é conhecido como “poder das pontas” e pode ser observado em dispositivos de proteção, como os para-raios. Rigidez dielétrica: Chamamos de dielétrico um meio não condutor de corrente elétrica e de rigidez dielétrica o maior valor do campo elétrico que o meio pode ser submetido sem que se torne um condutor. A rigidez dielétrica do ar em condições normais, por exemplo, vale 3.106 N/C. Se o ar estiver úmido, por exemplo, este valor cai sensivelmente. O potencial elétrico da esfera é constante até d = 0,2 m. Assim, R = 0,2 m Temos que 𝑉 = 𝐾.𝑄 𝑅 ; 𝑄 = 𝑉.𝑅 𝐾 = 1. 105. 0,2 = 2. 104𝐶 EXTRAS: 1) (UPF) Durante uma experiência didática sobre eletrostática, um professor de Física eletriza uma esfera metálica oca suspensa por um fio isolante. Na sequência, faz as seguintes afirmações: I. A carga elétrica transferida para a esfera se distribui na superfície externa desta. II. O campo elétrico no interior da esfera é nulo. III. O campo elétrico na parte exterior da esfera tem direção perpendicular à superfície desta. IV. A superfície da esfera, na situação descrita, apresenta o mesmo potencial elétrico em todos os pontos. V. A carga elétrica acumulada na esfera é positiva, pois lhe foram transferidas cargas positivas. Está correto o que se afirma em: a) I apenas. b) I e II apenas. c) I, II e III apenas. d) I, II, III e IV apenas. e) I, II, III, IV e V. 2) (PUC – MG) Duas esferas condutoras A e B, de raios R e 3R, estão inicialmente carregadas com cargas positivas 2q e 3q, respectivamente. As esferas são então interligadas por um fio condutor. Assinale a opção CORRETA. a) Toda a carga da esfera A passará para a esfera B. b) Não haverá passagem de elétrons de uma esfera para outra. c) Haverá passagem de cargas positivas da esfera A para a esfera B. d) Passarão elétrons da esfera B para a esfera A. Para avaliar se vai haver fluxo de carga e em que sentido, devemos obter o potencial elétrico de cada esfera. 𝑉𝐴 = 𝐾.𝑄𝐴 𝑅𝐴 = 𝐾. 2𝑞 𝑅 = 2𝐾. 𝑞 𝑅 𝑉𝐵 = 𝐾.𝑄𝐵 𝑅𝐵 = 𝐾. 3𝑞 3𝑅 = 𝐾. 𝑞 𝑅 Com isso, VA = 2VB. Havendo DDP entre as esferas, haverá fluxo de elétrons de B para A, dado que cargas negativas se deslocam espontaneamente para regiões de potencial mais alto. (Letra D)