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unopar Sistema de Ensino A DISTÂNCIA pedagogia - licenciatura PROJETO DE ENSINO EM pedagogia - licenciatura Cidade 2020 Cidade 2020 Cidade 2023 PROJETO DE ENSINO EM pedagogia - licenciatura Projetode Ensino apresentado à UNOPAR, como requisito parcial à conclusão do Curso de Licenciatura em Pedagogia. Docente supervisor: Prof 2023 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 3 1 TEMA 4 2 JUSTIFICATIVA 5 3 PARTICIPANTES 6 4 OBJETIVOS 7 5 PROBLEMATIZAÇÃO 8 6 REFERENCIAL TEÓRICO 9 7 METODOLOGIA 14 8 CRONOGRAMA 16 9 RECURSOS 17 10 AVALIAÇÃO 18 CONSIDERAÇÕES FINAIS 19 REFERÊNCIAS 20 INTRODUÇÃO O Projeto de Ensino de Conclusão de Curso tem como tema a Importância da Parceria entre Família e Escola na Educação Infantil. Esse tema é extremamente importante, visto que, escola e família possuem objetivos parecidos e em prol dos alunos/filhos, visando sempre o desenvolvimento integral da criança. O Projeto está voltado para a linha de Pesquisa da Docência na Educação Infantil e assim tem como público alvo as crianças na etapa de ensino da educação Infantil. Com o desenvolvimento do projeto pretende-se alcançar os objetivos propostos e assim ressaltar sobre a importância da Parceria entre Família e Escola na Educação Infantil. Além de propiciar à criança a reflexão de sua estrutura familiar e o conhecimento da estrutura de outras famílias, e o relacionamento entre as pessoas de sua família e com as demais pessoas que a rodeiam, oportunizando atividade que despertem o respeito e o interesse pelos diferentes grupos familiares. A metodologia utilizada para o desenvolvimento do referencial teórico do projeto foi através de revisão bibliográfica. Para a construção do referencial teórico utilizou-se teorias de vários autores que contribuíram para o enriquecimento e validação da pesquisa. 5 TEMA O tema do presente Projeto de Ensino de Conclusão de Curso é a Importância da Parceria entre Família e Escola na Educação Infantil. Esse tema é extremamente importante, visto que, escola e família possuem objetivos parecidos e em prol dos alunos/filhos, visando sempre o desenvolvimento integral da criança. É cada vez mais necessário que escola e a família sejam parceiras no processo escolar da criança, pois essas duas instituições se complementam em prol da criança. De acordo com Crepaldi (2017, p.11739): A participação dos pais na vida da criança é essencial, e quando se estende até a escola, torna-se o processo de aprendizagem uma extensão daquilo que se iniciou em seu convívio familiar. Com essa participação dos pais no processo de ensino aprendizagem, a criança fica mais confiante, uma vez que percebe que todos se interessam por ela, e porque passam a conhecer quais são as dificuldades e quais os conhecimentos que ela tem. A família que participa ativamente da vida escolar da criança contribui de maneira significativa para o desenvolvimento de vários aspectos da criança, assim como emocionais, sociais e cognitivos. Quando se trata de crianças na etapa de ensino da educação infantil a presença dos pais no ambiente escolar e diante das tarefas de casa proposta é bastante relevante. Crianças na faixa etária da educação infantil precisam vivenciar outros ambientes. “O ato de tirar a criança do polo social em que ela está inserida, ou seja, proporcionar trocas com o mundo externo, como a própria escola, permitirá que ela desenvolva novas maneiras de ser, saber e relacionar-se” (MOLETTA, 2018). É importante que a escola e a família da criança estabeleçam relações interpessoais de colaboração mútua para que o processo escolar da criança possa ser atingido com êxito. Tiba (2002, p. 183) afirma que “[...] quando a escola, o pai e a mãe falam a mesma língua e têm valores semelhantes, a criança aprende sem grandes conflitos e não joga a escola contra os pais e vice-versa [...]”. As crianças precisam que estas duas instituições tão necessárias para sua formação em todos os aspectos atuem em conjunto com propósitos semelhantes, do contrário, o desenvolvimento dos aspectos cognitivos, sociais e emocionais da criança serão prejudicados. Diante disso, promover ações como o presente Projeto de Ensino se faz de extrema relevância no propósito de fortalecer a relação entre família e escola em prol da criança. JUSTIFICATIVA Justifica-se o tema em questão, devido ao fato de que, embora muito se comente e leia a respeito da importância da parceria entre escola e família o que acontece na prática é que essa tão sonhada parceria ainda não acontece de forma significativa. O que ocorre é que a família acaba sobrecarregando a escola com funções que deveriam ser desempenhadas pelos pais e responsáveis. Funções como regras de comportamento, participação em reuniões e eventos escolares, respeito ao próximo, tarefas de casa realizadas, higiene pessoal são familiares. “A educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permite navegar através dele.” (LIBÂNEO, 1999, p. 56). O papel familiar bem desempenhado reflete de forma visível no desenvolvimento e aprendizagens das crianças. A família pode ajudar na construção da disciplina, através de algumas práticas: readquirir a prática do diálogo, ser capaz de impor limites, estabelecer horários, superar a oscilação entre a permissividade e o autoritarismo, estabelecer e cumprir limites (dialogando, chegar a limites razoáveis), não ceder diante da insistência ou chantagem, nunca dizer não sem explicar o porquê, não acobertar erros dos filhos, incentivarem os filhos a terem uma postura crítica, acreditar nas possibilidades do filho, desenvolver uma pedagogia de participação, atribuir responsabilidades aos filhos, entre outras. (VASCONCELOS, 1994, p. 82) A Lei estabelece o papel da família a partir da etapa de ensino da educação infantil. Dessa forma, a legislação brasileira na Constituição Federal de 1988, Art. 205, ressalta que, ‘’a educação, direito de todos e dever do Estado e da família’’. A LDB (Lei de Diretrizes e Base da Educação), Art. 2 ‘’a educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando’’. E o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), Art. 4 ‘’ É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos...à educação’’. Diante disso, a parceria entre Família e Escola na Educação Infantil é extremamente relevante e deve ser considerada uma ação necessária, pois ambas contribui uma com a outra para o sucesso do processo escolar da criança e também para o bom desenvolvimento do sujeito. PARTICIPANTES O projeto de ensino em questão está direcionado para as crianças público alvo da educação infantil, ou seja, crianças de 0 a 6 anos de idade. O projeto está voltado para a linha de pesquisa da Docência na Educação Infantil, dessa forma precisará da participação de todos os envolvidos com a escola, assim como família, escola e comunidade. OBJETIVOS O objetivo geral a ser alcançado diante do desenvolver das atividades do projeto é ressaltar sobre a importância da Parceria entre Família e Escola na Educação Infantil. E os objetivos específicos a serem alcançados são: propiciar à criança a reflexão de sua estrutura familiar e o conhecimento da estrutura de outras famílias, e o relacionamento entre as pessoas de sua família e com as demais pessoas que a rodeiam, oportunizando atividade que despertem o respeito e o interesse pelos diferentes grupos familiares. PROBLEMATIZAÇÃO Considerando o fato de que apesar de muito se falar sobre a importância da Parceria entre Família e Escola na Educação Infantil o resultado não é o esperado. Sendo assim, faz-se necessário resolver a seguinte problematização: Como promover a Parceria entre Família e Escola na Educação Infantil? De acordo com Parolin (2007, p.36) “A qualidade do relacionamentoque a família e a escola construírem será determinantes para o bom andamento no processo de aprender e de ensinar do estudante e o seu bem viver em ambas as intuições”. Dessa forma, é extremamente importante que a escola propicie condições para que a família possa compreender seu papel e assim colocá-lo em prática pelo bem da criança. A escola cumpre um papel muito importante para o desenvolvimento integral da criança, mas a família muitas vezes pensa que trata-se de obrigação da escola. Quando na verdade, a escola sozinha não consegue cumprir seu papel diante da criança sem o apoio familiar e essa conscientização familiar sobre sua responsabilidade diante da criança é muito importante. O papel da família é essencial e a mesma “precisa estar informada sobre a linha de conduta que a escola tem com seus filhos e, o que é fundamental, concordar com esta linha: é preciso falar a mesma língua” (ROSSINI, 2001, p.44). Acredito que o diálogo, a compreensão, o compromisso são elementos indispensáveis para que se consiga terra fértil. Assim faz-se necessário o investimento no sentido de se construir boas relações, procurando minimizar a indisciplina. Diante do exposto propõe-se a implantação de um mecanismo de representatividade dos professores junto aos alunos e comunidade escolar (FREITAS, 2011, p. 01). Cabe à escola a iniciativa de propostas de interação, não se trata de uma tarefa fácil, considerando a diversidade de clientela, mas é uma tarefa extremamente necessária, considerando os resultados esperados que irão refletir na criança e em seu processo de desenvolvimento e aprendizagem. A família também é responsável pela aprendizagem da criança, já que os pais são os primeiros a ensinar, e as atitudes destes frente às emergências de autoria, se repetidas constantemente, irão determinar a modalidade de aprendizagem dos filhos (FERNANDES, 2001, p.42). Toda ação em prol do objetivo de aproximar a família do contexto escolar da criança é importante, principalmente quando se trata de crianças na etapa de ensino da educação infantil. REFERENCIAL TEÓRICO A educação infantil é uma etapa de ensino de extrema importância e deve ser valorizada pela sociedade, pois contribui fortemente para o desenvolvimento infantil de vários aspectos, assim como emocionais, sociais e cognitivos. A Educação Infantil foi instituída na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) como a primeira etapa da Educação Básica, voltada para o atendimento de crianças de 0 a 6 anos incompletos. De acordo com Kuhlmann Jr (1998,p.57); [...] se a criança vem ao mundo e se desenvolve em interação com a realidade social, cultural, é natural, é possível pensar uma proposta educacional que lhe permita conhecer este mundo, a partir do profundo respeito por ela. Ainda não é o momento de sistematizar o mundo para apresentá-lo à criança: trata-se de vivê-lo, de proporcionar-lhe experiências ricas e diversificadas. É nesta etapa tão importante que a criança aprende de forma lúdica e se desenvolve integralmente. A Educação Infantil garante à criança o direito dela experimentar diversos modos de interações, vivências e experiências, de ser respeitada, podendo manifestar seus pensamentos, opinar sobre o que lhe diz respeito, ter acesso a diferentes conhecimentos e bens culturais. Possibilitando que as crianças atribuam significados a elas mesmas, a outras pessoas, ampliando assim, as suas visões de mundo, é na Educação Infantil que a criança vai experimentar aprendizagens para sua formação. Na instituição de Educação Infantil são perpassadas pela função indissociável do cuidar/educar, tendo em vista os direitos e as necessidades próprios das crianças no que se refere à alimentação, à saúde, à higiene, à proteção e ao acesso ao conhecimento sistematizado. (BRASIL, 2006, p. 17) A educação nesta etapa de ensino desenvolve com as crianças saberes importantes para sua formação como sujeitos críticos, autônomos e capazes. De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010); são trabalhados segundo o Documento valores; Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades. Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática. Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais. (BRASIL, 2010, p. 16). Porém, é importante que mesmo diante de crianças na faixa etária da educação Infantil o acompanhamento familiar seja constante para que a escola consiga desenvolver todos esses aspectos. Na Educação Infantil a criança estabelece relações e constroem significados, ou seja, a origem do pensamento e a construção de si mesmo como sujeito, se fazem graças às interações construídas com outros parceiros em práticas sociais concretas de um ambiente que reúne circunstâncias, artefatos, práticas sociais. Ao interiorizar formas de interação social já vivenciadas, o indivíduo se apropria de estratégias para memorizar, narrar, e solucionar problemas, criados pelos grupos humanos com os quais ele partilha experiências. Em todo esse processo a afetividade, é presente nessas relações, em qualquer atividade humana, afeto e cognição são aspectos inseparáveis. (OLIVEIRA, 2011, p. 140). O papel da família diante da vida escolar das crianças é crucial para que ela se desenvolva e possa usufruir da vivência da educação Infantil. E embora, a faixa etária da educação infantil precise muito dos cuidados e orientação familiar, muitos familiares não contribuem com a escola diante do contexto escolar da criança. Assim como ressalta Zagury (2002, p.196); Há um grupo de pais que, depois de matricular os filhos parece considerar sua missão terminada e daí em diante entrega à escola toda e qualquer problemática relacionada à educação (quer se trate de conteúdo, quer se esteja falando de formação ética ou cidadania). De uma maneira geral, esses são pais ausentes, que não comparecem a reuniões quando convidados ou que, quando chamamos para entrevistas ou reflexões conjuntos, nunca podem ir. Esses familiares que não colaboram com a escola acabam prejudicando o processo escolar e principalmente o desenvolvimento de seu filho (a). Infelizmente, são muitos os casos de familiares que não cumprem seu papel. Mas a escola não pode desistir, pois integrar a família na escola não é algo que se concretiza rápido, é um processo lento, que exige da escola e dos professores paciência, sabedoria, projetos pedagógicos voltados para a participação da família diante das atividades escolares e cuidados necessários. Chalita (2001, p.120) afirma que “a responsabilidade de educar não é apenas da escola, é de toda sociedade, a começar pela família.” Se não, principalmente da família, pois é a instituição onde a criança possui vínculos para sempre. O tempo que o professor perde com questões de indisciplina atrapalha todo o andamento da aula, o correto é a família transmitir valores e a escola reforçar. Pois “é dentro de casa, na socialização familiar. Que um filho adquire, aprende e absorve disciplina para, num futuro próximo ter saúde social [...]” (TIBA, 1996, p.178). “A família é o primeiro e principal contexto de socialização dos seres humanos, é um entorno constante na vida das pessoas; mesmo que ao longo do ciclo vital se cruze com outros contextos como a escola e o trabalho” (EVANGELISTA; GOMES, 2003, p.203). Dessa forma, a parceria se faz primordial, visto que a cooperação entre escola e famílias são fatores dominantes de envolvimento educacional e comportamental da criança. A parceria entre família e escola á aquela que acredita, confia e discute de maneira argumentativa os pros e os contras encontrados no percurso do caminho para melhoria da educação em uma sociedade repleta de mecanismo invertidos, distorcidos e dúbios. A parceria é também aquela que se demonstra ás crianças e aos jovens o quanto a família e a escola mantêmum pacto de fidelidade no processo educativo dos aprendizes (SILVA e CONRADO, 2011, p. 93). Os motivos para a falta de participação são muitos, assim como falta de tempo, falta de paciência, desemprego, situações adversas em casa, família desestruturadas, entre outras situações. E assim, “a falta de preparo para criar um sujeito saudável socialmente leva muitas famílias negligenciarem ate mesmo nas simples tarefas do cotidiano da criança” (TEDESCO, 2002, p. 36). Os profissionais de uma instituição de ensino, e não somente professores e direção, vivenciam situações mais variadas de negligencia com a criança, em alguns casos é preciso dar banho em criança, tirar piolhos da cabeça, dar comida, pois a criança chega à escola reclamando de fome. Essa erosão do apoio familiar não se expressa só na falta de tempo para ajudar as crianças nos trabalhos escolares ou para acompanhar sua trajetória escolar. Num sentido mais geral e mais profundo, produziu-se uma nova dissolução entre família, pela qual as crianças chegam à escola com um núcleo básico de desenvolvimento da personalidade caracterizado seja pela debilidade dos quadros de referência, seja por quadros de referência que diferem dos que a escola supõe e para os quais se preparou (TEDESCO, 2002, p. 36). Tem casos em que as famílias só descobrem a possibilidade do seu filho ter uma deficiência diante de informação da escola. Leite (2016, p. 7) ressalta que a família é uma instituição definidora do sujeito, pois; O ambiente familiar é onde se estabelecem as primeiras relações afetivas. Os pais, independentemente do gênero, são responsáveis por garantir a segurança dos filhos, bem como estabelecer laços afetivos e vínculos de confiança. Esses princípios independem de situação socioeconômica e de crenças, demandando, necessariamente, amor e proteção. É nesse cenário que se encontra a família, tanto como um espaço de amor, proteção e desenvolvimento quanto como de violação, abandono e desproteção. Cada espaço familiar é particular e distinto, envolvendo influências de fatores que vão muito além da nomenclatura e das aparências sociais. Inclusive, independe de classes socioeconômicas. Gokhale, (1980,p.33) afirma que “a educação familiar é bastante importante na vida de uma criança, desenvolvem a criticidade, ética e cidadania refletindo diretamente no processo escolar.” É um processo de transformação que envolve traços de cultura, costumes, hábitos, crenças e atitudes, oferecido pela família e pelo ambiente em que a criança está inserida. Chalita (2001 p. 20), diz que os pais/responsáveis têm a responsabilidade de: “formar o caráter, de educar para os desafios da vida, de perpetuar valores éticos e morais. A família é um espaço em que as máscaras devem dar lugar à face transparente, sem disfarces. O diálogo não tem preço”. Crianças educadas que compreendem as regras da sociedade, os valores são aquelas em que a família não terceirizou a educação e criação de seus filhos. Conforme Kaloustian (1988, p. 22) “a família é o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente de arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando”. Assim, quando a família trabalha em conjunto com a escola e colabora com a vida escolar da criança os resultados são visíveis e o maior beneficiado é a própria criança que pode se desenvolver e aprender integralmente. Cada um, escola e família devem exercer sua função visando o bem comum, no caso, “a criança”. “A responsabilidade dos estudos recai sobre os pais, os professores e sobre os filho/aluno. É uma responsabilidade partilhada e, portanto, nenhuma das três partes deve permanecer à margem desta tarefa ou ter ópticas diferentes” (CEVERA, 2005 s/p). É importante que os familiares e a comunidade compreendam a importância da escola para vida da criança. Visto que, “é ela o lugar onde as crianças deixam de pertencer exclusivamente à família para integrarem-se numa comunidade mais ampla” (CANIVEZ, 1991, p.33). Essa conscientização por parte da família sobre o papel da escola e que esta contribui fortemente para o desenvolvimento da criança, se faz necessário, pois é a partir dessa conscientização é que se desenvolve a participação familiar diante da escola. A escola, como instituição social, não se encarrega daquele saber empírico, espontâneo, do senso comum, que surge da experiência cotidiana dos indivíduos. Este tipo de conhecimento é doxa e diz respeito a opinião, consequentemente não deve ser objeto de trabalho escolar. O conhecimento que diz respeito à escola é episteme, é ciência, o conhecimento metódico, conhecimento sistematizado. Assim o papel da escola como instituição é precisamente o de socializar o saber sistematizado (SANTOS, 2008, p. 19) Pois “a escola é uma organização em que tanto seus objetivos e resultados quanto seus processos e meios são relacionados com a formação humana” (LIBÂNEO, OLIVEIRA E TOSCHI, 2009, p. 994). Sendo assim, a vivência na escola vai bem além da aprendizagem de conteúdos escolares, ela realmente prepara o individuo para vida em sociedade e contribui para formação de indivíduos melhores, mais críticos, criativos e conscientes sobre tudo. É muito importante que as famílias se atentem para a criação das crianças, ensinar a tarefa escolar é poderoso, esse momento com os pais é uma forma de dar atenção aos filhos, tem um peso enorme par as crianças, neste momento de ensino das tarefas escolares em casa a criança se sente amada, sente que estudar é importante. Para muitos, não participar acaba sendo mais interessante uma vez que têm outras atividades que não podem deixar de assumir. Para a escola, a ausência da família significa poder decidir sozinha, levando em conta seus próprios interesses. Assim surge a família ausente, ou seja, aquela que transfere algumas responsabilidades que seriam suas para outros setores que acabam se ocupando, nem sempre de forma adequada, da educação da criança e do adolescente, como as escolinhas de esporte, centros musicais, academias esportivas, etc. (MALAVAZI, 2002, p. 222). De acordo com Souza (2005, p. 40) “os pais por conta da vida corrida não tem mais tempo de cuidar de seus filhos, de conversar, muito menos estudar e ver que eles necessitam”. Essa situação é muito difícil, pois sobrecarrega escola e prejudica a criança em sua totalidade. Seus filhos não precisam de gigantes, precisam de seres humanos. Não precisam de executivos, médicos, empresários, administradores de empresa, mas de você, do jeito que você é. Adquira o hábito de abrir o seu coração para os seus filhos e deixá-los registrar uma imagem excelente de sua personalidade (CURY 2003, p. 26). E assim o papel do professor se faz de extrema relevância, pois cabe a ele junto à equipe diretiva da escola trazer os familiares para o âmbito da escola. Para Tavares (2012, p.38), “existem várias maneiras de envolver as famílias no processo de ensino e aprendizagem e contar com ela para somar forças contra o analfabetismo funcional e, também, contra a evasão escolar”. A escola deve utilizar todas as oportunidades de contato com os pais, para passar informações relevantes sobre seus objetivos, recursos, problemas e também sobre as questões pedagógicas. Só assim, a família irá se sentir comprometido com a melhoria da qualidade escolar e com o desenvolvimento de seu filho como ser humano (PARO, 2007, p.30). A promoção da parceria da escola e da família na educação infantil deve ser uma luta constante, mas que vale a pena, toda ação voltada para esse propósito é válido e a escola como instituição formadora não pode desistir. METODOLOGIA Planejamento: Realizar estudos bibliográficos sobre a Importância da Parceria entre Família e Escola na Educação Infantil. Execução: 1° passo: · Para concretização deste projeto, usaremos as redes sociais (WhatsApp) como método para nos comunicar com as crianças e a família. Enviando vídeos aulas e materiais em PDF nos receptivos grupos. · Conversação;Conversar sobre as semelhanças e diferenças de cada um, se aprofundando no assunto eu e minha família. · Levar as crianças a perceberem que não existe um modelo de família. Ressaltar o respeito às diferenças existentes, os hábitos e comportamentos dos diversos tipos de família, · Fazer uma pesquisa em casa sobre os dados da criança: dados de quando nasceu e dados atuais para serem utilizados e comparados durante as atividades; Confecção de bonecos, representando o EU. · Cantigas e musicas sobre a família; · Organizar espaços para brincarem de casinha; · Propor as crianças que contem para os colegas como é o dia-a-dia de sua família, quais são os hábitos em casa, se ajudam em alguma tarefa caseira, se há tarefas que só os adultos realizam, se existe algo que querem fazer, mas não podem porque é perigoso, se há regras que devem ser obedecidas em casa como: colocar no lugar o que tirou, guardar os brinquedos, horário para assistir televisão etc. · Sugerir que comparem se há atividades comuns a todas as famílias. Ressaltar a importância da colaboração entre todos os membros da família nas tarefas diárias. Dramatizar as profissões dos pais, utilizando roupas e acessórios trazidos pelas crianças que represente a profissão, podendo fazer um desfile também; · Conhecer os papéis desempenhados por pessoas que fazem parte da família; Resgatar através de histórias o valor da família; · Discutir o desempenho de cada membro da família, as diferenças e semelhanças; fazendo um desenho; · Fazer a árvore genealógica de cada criança a partir da pesquisa; · Construir painéis com gravuras dos diferentes tipos de família; · Assistir filmes juntos que retrata temas relevantes da atualidade com enfoque nas relações familiares; · Elencar tipos variados de formação familiar a partir da pesquisa literária e leitura de imagem; 2° passo: Histórias; contadas com diversos recursos e em espaços diferentes como: · As famílias do mundinho‖ você encontra exemplos de famílias diversificadas, ou seja de tamanhos diferentes, de cores diferentes, com manias diferentes e etc. (Ingrid Biesemeyer, autora mostra que cada família é de um jeito, mas o amor é sempre igual, e que respeitando as diferenças é possível ser feliz. As ilustrações são grandes, criativas e atrativas, vale a pena conferir. Releitura do livro ―Um Amor de Família‖ – Coleção Bichinho da Maçã. Autor: Ziraldo, Editora Melhoramentos. Contar a história de trás para frente, do fim para o começo, observar a reação dos alunos, incentivar suas manifestações. Contar a história ritmada, para cada página (cada bichinho de maçã), inventar uma voz diferente, com entonação bem variada (voz fina, voz grossa, voz alta, voz sussurrada, voz rouca, voz bem pausada, voz bem acelerada). Brincando com os nomes com BRINCADEIRAS E JOGOS; Confeccionar cartazes com tinta guache sobre a história O livro da família Musica Aline Barros: Família Projeto de DEUS CRONOGRAMA O projeto tem a intenção de ser trabalhado durante o período de um mês, mas esse tempo pode ser estendido de acordo com a intenção e necessidade da instituição de ensino. A execução do projeto pode ser estendida de acordo com a necessidade da escola e a avaliação acontecerá diante reunião e debate sobre os resultados alcançados e necessidade e possibilidade de revisão ou mudança de métodos. Etapas do Projeto Período 1. Planejamento 02/08/2023 2. Execução 02 de Agosto a 25 de Agosto 3. Avaliação 31/08/2023 RECURSOS Os recursos materiais necessários são Livros de literatura infantil; Fantoches, dedoches, avental de história; Caixa de música, Instrumentos musicais de uso pessoal (pandeiro, chocalho, violão, tambor, entre outros); Folha branca, folhas coloridas, jornal e revistas; Lápis de cor e giz de cera; Cola e tesoura; Objetos de uso doméstico (garrafa pet, cabo de vassoura, tampas, fósforo, caixa de sapato, corda, entre outros); Brinquedos de uso pessoal (bola, boneca, carrinho, blocos de montar, entre outros), Caixa de som, Smartfone Internet, aplicativo Whatsapp. AVALIAÇÃO A avaliação será feita através da participação dos alunos e a comunicação dos pais nas redes sociais (WhatsApp). Ao praticar o registro das observações e trocando experiências com seus colegas, o professor descobrirá a forma de avaliar mais adequada às suas condições de trabalho. Mas é muito importante que a avaliação identifique o que deu certo e o que deixou a desejar, propondo ações para que realmente a aprendizagem seja o alvo. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o desenvolver do projeto de Ensino em questão foi possível alcançar os objetivos propostos e assim ressaltar sobre a importância da Parceria entre Família e Escola na Educação Infantil. Além de propiciar à criança a reflexão de sua estrutura familiar e o conhecimento da estrutura de outras famílias, e o relacionamento entre as pessoas de sua família e com as demais pessoas que a rodeiam, oportunizando atividade que despertem o respeito e o interesse pelos diferentes grupos familiares. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2006 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 2010. BRASIL. Constituição Federal. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Ministério das Comunicações, 1988. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente 8069/90. Brasília. MEC 2004. BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96. Brasília. MEC, 1996. CERVERA, José Manuel; ALCÁZAR, José Antônio Os pais perante o rendimento escolar CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. 3 ed. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2003. CHALITA, Gabriel. Educação: A solução está no afeto. São Paulo: Gente, 2001. CREPALDI, E. M. F. A importância da família na escola para a construção do desenvolvimento do aluno. XIII EDUCERE Congresso Nacional de Educação. Curitiba: 2017. EVANGELISTA, F; GOMES, P. de T. (orgs) Educação para o pensar. Campinas: Alínes, 2003. FERNANDES, Alicia. O saber em jogo. Porto Alegre: Artmed, 2001. FREITAS, Ione Campos. Função social da escola e formação do cidadão. KALOUSTIAN, S.D. A família brasileira, a base de tudo. 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