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ENGENHARIA MECÂNICA ELETRICIDADE E MAGNETISMO Protocolos dos Trabalhos Práticos Gaspar M. Rego Ano Letivo 2023/2024 Trabalho nº1 - Medição do campo magnético criado por um fio condutor retilíneo Introdução Teórica O campo magnético gerado por um fio condutor retilíneo em pontos próximos do seu centro é dado por: r I B 2 0= Nota1: No estudo com dois condutores podemos utilizar o princípio de sobreposição para determinar o campo magnético resultante. No caso particular em que os dois condutores transportam a mesma corrente ( I) e atendendo ao carácter vetorial do campo magnético podemos escrever para a região entre os condutores: Procedimento Experimental Figura 1. Montagem da experiência. [Fonte: Phywe – Physics:Labratory Experiments (1998).] (1)- Colocar o condutor retangular de maiores dimensões no secundário do transformador. (2)- Posicionar a pinça amperimétrica de modo a que o fio condutor atravesse o seu anel. (3)- Colocar o sensor de Hall a 3 mm do condutor. (4)- Aumentar a energia fornecida pela fonte de alimentação de modo a que a corrente no condutor varie de 10 A em 10 A até atingir um valor de 100 A. (5)- Registar o valor do campo magnético para os sucessivos valores de corrente elétrica. (6)- Fixar a corrente em 100 A e registar o valor do campo magnético em pontos distanciados do fio condutor entre 3 mm e 30 mm em passos de 3 mm. (7)- Reduzir a corrente até zero. (8)- Repetir (1-2) para os restantes condutores retangulares. (9)- Fixar a corrente em 100 A e registar o valor do campo magnético em pontos distanciados do fio condutor entre -30 mm e 100 mm em passos de 5 mm. Após terminar as medições não se esqueça de desligar todo o equipamento. Nota: As medições devem ser efetuadas no plano dos condutores. Análise Resultados Preencha as tabelas seguintes e faça os respetivos gráficos. Determine o valor de 0. r= 3 mm I/A B/mT 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 I = 100 A r/mm B/mT 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 I1 = 100 A, I2 = -100 A r/mm B/mT -30 -25 -20 -15 -10 -5 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 I1 = 100 A, I2 = 100 A r/mm B/mT -30 -25 -20 -15 -10 -5 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 Trabalho nº2 - Registar a distribuição do campo magnético criado por solenoides e condutores circulares. Introdução Teórica A expressão do campo magnético B ao longo do eixo de uma bobina (eixo dos zz) de comprimento L, raio R e com N espiras percorridas por uma corrente I é a seguinte: −+ − − ++ + = 2222 0 )2/( 2/ )2/( 2/ 2 )( LzR Lz LzR Lz L NI zB No centro da bobina 22 0 22 0 )2/(2 )0( LD NI LR NI B + = + = Se L >>R então, nI L NI B 0 0)0( == A expressão do campo magnético B, ao longo do eixo dos zz, para um condutor circular de raio R e com N espiras percorridas por uma corrente I é a seguinte: 2/322 2 0 2 )( zR RNI zB + = No centro do condutor circular D NI B 0)0( = Concluindo, para uma bobina B = B(N, D, L) e para um condutor circular B = B(N, A). Procedimento Experimental A +- R PC Figura 1. Montagem experimental (1)- Com o sensor de Hall colocado no centro da bobina registar o valor de B para I = 0. (2)- Ligar a fonte de alimentação DC como fonte de corrente com limitação de voltagem. Rodar o botão da voltagem até ao máximo e de seguida rodar o botão da corrente até 1 A. Abrir o circuito e rodar o botão da voltagem até ao valor que tinha anteriormente. Depois, rode o botão da corrente até zero e feche o circuito. Finalmente, rode o botão da corrente e verifique que se mantém constante em 1 A. (3)- Para a bobina em que N = 300 espiras e D = 26 mm Registar a distribuição do campo ao longo do eixo dos zz em passos de 1 cm a partir do centro do solenoide até 15 cm, e num plano perpendicular em pontos no interior e no exterior da bobina. (4)- Registar o valor do campo no centro dos vários solenoides por ordem decrescente do número de espiras e do seu diâmetro. (5)- Com o sensor de Hall colocado no centro do condutor circular registar o valor de B para I = 0 (6)- Ligar a fonte de alimentação DC como fonte de corrente rodando o botão da voltagem até ao máximo e de seguida rodar o botão da corrente até 5 A. (7)- Para o condutor circular com N = 3 espiras e D = 120 mm registar a distribuição do campo ao longo do eixo dos zz e no plano do condutor desde o seu centro até 10 cm em passos de 1 cm. (8)- Fixar D = 120 mm. Registar o valor do campo no centro do condutor circular em função de N = 2 e N = 1. (9)- Fixar N = 1. Registar o valor do campo no centro do condutor circular em função do seu diâmetro D = 85 mm e D = 60 mm. Nota1: Após o procedimento (2) não deve atuar no botão da voltagem caso contrário a corrente será alterada. Nota2: Para permutar as bobinas leve a corrente a zero, efetue a troca e posicione novamente a corrente em 1 A. Análise dos Resultados Preencha as tabelas abaixo e construa os gráficos respetivos. Comente os resultados obtidos. Bobinas I = 1 A, N = 300, D = 26 mm z/cm B/mT 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 I = 1 A, N = 300, D = 26 mm r/cm B/mT 0 1 2 3 4 Z = 0 cm Bobina B/mT N D/mm 300 41 300 33 300 26 150 26 75 26 Espiras I = 5 A, N = 3, D = 120 mm. z/cm B/mT 0 1 2 3 4 5 6 7 I = 5 A, D = 120 mm. N B/mT 3 2 1 I = 5 A, N = 3, D = 120 mm. r/cm B/mT 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 I = 5 A, N = 1. D/mm B/mT 120 85 60 Trabalho nº3 - Estudo do Momento Magnético de um condutor circular num campo magnético uniforme gerado por bobinas de Helmoltz. Introdução Teórica A expressão geral para o cálculo do momento de uma força é dada por: M = r x F em que r (= 11,4 cm) é o braço do dinamómetro e F é a força magnética registada no dinamómetro de torsão. Prova-se que o momento do binário de forças que atua numa bobina com N espiras, percorrida por uma corrente I e área A cujo vetor n faça um ângulo com o campo magnético B pode ser obtido pela seguinte expressão: M = x B em que m é o momento magnético, = NIAn logo, M = NIABsen O campo magnético no centro das bobinas de Helmoltz é dado por: B(0,0) = 2/3 2 0 2 1 '' + R a R IN = 0,716 N'I'/R com = 4x10-7 H.m-1, N' = 154, R = 0,2 m e a = R Nota: Experimentalmente o valor de B deve ser registado com um sensor de Hall. Concluindo, M = M(I', I, , N, A) Procedimento Experimental Figura 1. Montagem da experiência. [Fonte: Phywe – Physics:Labratory Experiments (1998).] (1)- Registar os valores do campo magnético, com um sensor de Hall, no centro das bobinas de Helmoltz para correntes I' = 0, 1, 2 e 3 A (o valor de B para I' = 0 serve como 'offset' e deve ser tido em conta na determinação real do campo). (2)- Colocar o condutor circular (D = 120 mm e N = 3) no respetivo suporte de modo a que ~0º. (3)- Posicionar o medidor de força em zero atuando em [7]. (4)- Centrar os braços do dinamómetro [3] rodando [1]. (5)- Fixar a corrente I = 5 A e variar I'. Certificar-se da imobilidade do condutor. Se necessário, alterar a disposição da experiência. Fixar I' = 0 e rodar o condutor de 90º. (6)- Variar I' entre 1 A e 3 A em passos de1 A. (7)- Compensar a deflexão atuando em [7] até que os braços do dinamómetro fiquem novamente centrados (Nota: o indicador de força deve rodar sempre no sentido horário). (8)- Registar o valor de F para as diferentes correntes I’. (9)- Faça I = 0 A. Repetir (3-4). (10)- Fixar I' = 3 A e variar I entre 1 A e 5 A em passos de 1 A. Repetir (7-8). (11)- Fixar I = 5 A e variar entre 90º e 0º em passos de 15º. Repetir (7-9). (12)- Fixar = 90º e variar o número de espiras N = 2 e 1. Repetir (7-8). (13)- Variar a área A, D = 85 mm e 60 mm. Repetir (7-8). 7 Análise dos Resultados Preencha as tabelas abaixo e construa os gráficos respetivos. Comente os resultados obtidos. I’/A B/mT 0 1 2 3 I = 5 A, = 90º, N = 3. I’/A F/mN M/N.m M/N.m 1 2 3 I’ = 3 A, = 90º, N = 3. I/A F/mN M/N.m M/N.m 1 2 3 4 5 I = 5 A, I’ = 3 A, N = 3. /º F/mN M/N.m M/N.m 90 75 60 45 30 15 0 I = 5 A, I’ = 3 A, = 90. N F/mN M/N.m M/N.m 3 2 1 I = 5 A, I’ = 3 A, N = 1, = 90. D/mm F/mN M/N.m M/N.m 120 85 60 Trabalho nº4 - Estudo da Indução Magnética em Solenoides. Introdução Teórica A lei de Faraday para um solenoide pode ser obtida através das seguintes relações: = -N dt d = B.A B = nI = -n NA dt dI Se I = I sen(2ft) então, = - NA n I (2f)cos(2ft) em que N é o número de espiras da bobina interior de área A. I e f são, respetivamente, a amplitude e a frequência da corrente indutora. O solenoide possui 120 espiras, um comprimento de 41,0 cm e um diâmetro de 9,0 cm, resultando num n = 292,7 ou um nef = 285,7. Concluindo, = (N, A, I, f). Procedimento Experimental A Gerador de funções Fonte de corrente V Figura 1. Montagem experimental. (1)- Efetuar a montagem acima colocando a bobina de 75 espiras e D = 26 mm dentro do solenoide indutor. (2)- Para cada valor de frequência f = 45, 90, 180, e 360 Hz variar a corrente I em passos de 0,5 A até 2 A e registar os valores de tensão induzida correspondentes. (3)- Fixar D = 26 mm. Repetir (2) para N = 150 e N = 300 espiras. (4)- Fixar N = 300. Repetir (2) para D = 33 mm e D = 41 mm. Análise Resultados Preencha as tabelas abaixo e construa os gráficos respetivos. Comente os resultados obtidos. N = 75, D = 26 mm. I/A f/Hz /mV 0,5 1,0 1,5 2,0 45 90 180 360 N = 150, D = 26 mm. I/A f/Hz /mV 0,5 1,0 1,5 2,0 45 90 180 360 N = 300, D = 26 mm. I/A f/Hz /mV 0,5 1,0 1,5 2,0 45 90 180 360 N = 300, D = 33 mm. I/A f/Hz /mV 0,5 1,0 1,5 2,0 45 90 180 360 N = 300, D = 41 mm. I/A f/Hz /mV 0,5 1,0 1,5 2,0 45 90 180 360 Trabalho nº5 - Estudo da força eletromotriz induzida pelo movimento linear de uma espira retangular/trapezoidal num campo magnético uniforme Introdução Teórica A força eletromotriz induzida numa espira retangular, de largura l, em movimento retilíneo e uniforme, com velocidade v, num campo magnético uniforme B é obtida através da expressão: = Bvl Esta equação resulta de substituir na lei de Faraday = - dt d a expressão do fluxo = B(lx) Procedimento Experimental Figura 1. Montagem da experiência. [Fonte: Leybold – Physics Experiments (1998)] (1)- Colocar, lateralmente no dispositivo, os 8 pares de imãs nas posições indicadas e com as polaridades apontar no mesmo sentido. (2)- Fixar l escolhendo o circuito de maiores dimensões. (3)- Inserir totalmente a calha com o condutor no dispositivo. Garantir que o fio que exerce tração sobre a calha se encontra retilíneo e sob tensão. (4)- Cronometrar o intervalo de tempo t despendido pelo circuito ao percorrer a distância d. (5)- Registar t, d e os respetivo valor de f.e.m. induzida, . (6)- Repetir (3). (7)- Alterar o valor da velocidade cinco vezes atuando no botão do controlador do motor. (8)- Repetir (4-5). (9)- Fixar a velocidade colocando o botão do controlador sempre na mesma posição. (10)- Registar para os diferentes circuitos. (11)- Alterar o número de pares de imãs no dispositivo: de 6 a 2. (12)- Registar sucessivamente para os vários valores de B. Nota1: Durante o estudo certifique-se que o movimento é retilíneo e uniforme. Nota2: Pode utilizar o sensor de campo magnético tangencial para registar a distribuição do campo no interior do dispositivo. Nota3: Enrolando o fio nos veios com diferentes diâmetros é possível obter velocidades na razão 1:2:4. Nota4: O controlador do motor permite inverter o sentido da rotação e fazer pausa atuando no botão 21 da figura 1. O botão 22 serve para alterar o valor da rotação do motor. Análise dos Resultados Preencha as tabelas seguintes e faça os respetivos gráficos. n = 8 d/cm t/s v/cm.s-1 /mV n = 8 circuito /mV (50x40) cm2 (50x20) cm2 (50x40xcos 45º) cm2 n pares de imãs /mV 8 6 5 4 3 2 Trabalho nº6 - Estudo da capacidade elétrica de um condensador de placas paralelas Introdução Teórica A capacidade elétrica de um condensador de placas paralelas de área A e distanciadas de d é dada por: d A C 0 0 = em que 0 é a permitividade elétrica do vazio. Se inserirmos num condensador um dielétrico com uma constante dielétrica k a sua capacidade elétrica aumenta pelo fator k, ou seja, C = kC0 Procedimento Experimental Figura 1. Montagem da experiência. Vi C1 C2 VF [Fonte: Leybold – Physics Experiments (1998)] (1)– Registar o potencial aplicado inicial às placas, Vi, e o valor do condensador, C2 (2)– Colocar os espaçadores entre as placas metálicas de forma a resultarem distâncias de 1-6 mm. (3)– Registar sucessivamente o valor da diferença de potencial no osciloscópio, VF. (4)– Repetir (2-3) para o outro par de placas com área diferente. (5)– Colocar um dielétrico entre as placas e registar o valor da diferença de potencial no osciloscópio (5)– Repetir (5) para o outro dielétrico. (7)– Estudar as configurações série/paralelo com os dielétricos e verificar as respetivas relações. Nota1: Não aplicar uma diferença de potencial enquanto a montagem não estiver terminada. Não tocar no condensador carregado. Nota2: A diferença de potencial nos terminais do condensador não deve exceder 10 V. Nota3: Antes de se permutar os espaçadores, deve-se atuar no interruptor e descarregar o condensador. Nota4: No procedimento (7) os condensadores devem estar o mais afastados possível e deve ser colocado um dielétrico entre eles. Análise dos Resultados • Determinar experimentalmente a carga do condensador e a capacidade do condensador usando a seguinte equação: 1 2 F i F V C C V V = − • Determinar experimentalmente a constante dielétrica do ar, do vidro e do poliestireno. • Determinar a capacidade equivalente, Cep, para os condensadores em serie e em paralelo para uma distância entre placas de 4 mm. • Preencha as tabelas seguintes e faça os respetivos gráficos C versus d, C versus A. • Compare todos os valores experimentais com os valores teóricos. Dados: kar= 1 kvidro= 4,7-5,6 (vidro pirex) kpoliestireno = 2,55 A=80 dm2 d/mm VF/V Q/nC C/nF 1 2 3 4 5 6 A=40 dm2 d/mm VF/V Q/nC C/nF 1 2 3 4 5 6 d=4 mm, A=80 dm2 dielétrico VF/V Q/nC C/nF vidro poliestireno Configurações (d=4 mm) C1 C2 C1- C2 C1// C2