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Imprimir INTRODUÇÃO Olá, estudante! nesta Aula, falaremos não apenas da história do atletismo, mas também mergulharemos nas instituições que moldam seu presente e futuro. Desde os primórdios do Atletismo na Grécia Antiga até os padrões globais estabelecidos pelas instituições reguladoras contemporâneas, nossa jornada será repleta de descobertas e insights sobre como o Atletismo se tornou a base para diversas outras modalidades esportivas. Além disso, vamos desvendar as características singulares das provas de Atletismo, destacando as nuances entre as competições indoor e outdoor. Aprenderemos como as diferentes condições, seja em ambientes fechados ou ao ar livre, influenciam o desempenho dos atletas e moldam as estratégias adotadas nas pistas e campos. Vamos começar? Aula 1 ATLETISMO Olá, estudante! nesta Aula, falaremos não apenas da história do atletismo, mas também mergulharemos nas instituições que moldam seu presente e futuro. ATLETISMO, GINÁSTICA E OUTRAS PRÁTICAS CORPORAIS Aula 1 - Atletismo Aula 2 - Ginástica Aula 3 - Esportes alternativos I Aula 4 - Esportes alternativos II Aula 5 - Revisão da unidade Referências CARACTERIZANDO E DEFININDO O ATLETISMO O atletismo é popularmente conhecido como um esporte fundamental, pois utiliza movimentos básicos que o ser humano utiliza desde a pré-história: correr, saltar, arremessar e lançar. E essas mesmas ações servem de base para outros esportes: o arremesso no handebol e no basquete; as corridas nos esportes de invasão, os saltos no voleibol, entre outros. Historicamente, essa é uma modalidade que vem sendo disputada pelos homens desde os Jogos Olímpicos da Grécia Antiga e, pelas mulheres, desde os Jogos Olímpicos Modernos em 1928, realizados em Amsterdã. Os brasileiros começaram a participar do atletismo em 1924, enquanto as brasileiras iniciaram em 1948, nos Jogos Olímpicos de Paris e Londres, respectivamente. As provas do atletismo são as seguintes: corridas rasas – 100m; 200m; 400m; 800m; 1500m; 5000m; 10000m; maratona (42.195 metros). As Corridas com barreiras: 110m (masculino); 100m(feminino); corrida com obstáculos: 3000m (ambos). Corridas de revezamento: 4x100m e 4x400m. Os saltos: em altura, com vara, em distância e triplo. O arremesso de peso e os lançamentos: de disco, dardo e martelo. Existem, também, as provas combinadas, ou seja, prova na qual o atleta participa em mais de uma modalidade e suas colocações e resultados somam pontos. O decatlo é a prova combinada masculina que conta as seguintes provas: 100 metros rasos, salto em distância, lançamento de peso, salto em altura, 400 metros rasos, 110 metros com barreiras, lançamento de disco, salto com vara, lançamento de dardo, 1.500 metros rasos. Já o heptatlo é disputado pelas mulheres e é composto pelas provas de 100 metros com barreiras, salto em altura, arremesso de peso, 200 metros rasos, salto em distância, lançamento de dardo, 800 metros rasos. As provas tradicionais são realizadas em espaços abertos (outdoor), tanto as provas de pista quanto as de campo. No entanto, existe também a modalidade indoor. De acordo com Sant (2005), a primeira competição de atletismo indoor aconteceu em 1861 no Young Men's Gymnastic Club de Cincinnati (EUA). Mas somente em 1966 acontece em Dortmund (Alemanha) os Primeiros jogos Europeus de Pista Coberta. O primeiro mundial de atletismo indoor aconteceu em 1987 em Indianapólis. Por conta da área de competição e da cobertura, as provas indoor não contam com as disputas de lançamentos (dardo, martelo e disco). Ao abordar as instituições que definem as regras e competições oficiais do atletismo, começamos pela International Association of Athletics Federations (IAAF), fundada em 1912, a qual desempenha um papel central na regulamentação do Atletismo em escala global. Seu principal objetivo é promover e organizar competições internacionais, estabelecer regras e padrões técnicos, além de zelar pela integridade e ética no esporte. Ao longo dos anos, a IAAF evoluiu para se adaptar às mudanças no cenário esportivo, introduzindo novas categorias, eventos e regulamentações para manter o Atletismo como uma modalidade dinâmica e inclusiva. Além da IAAF, as federações continentais, como a Confederação Africana de Atletismo, a Associação Asiática de Atletismo, a Associação Europeia de Atletismo, a Associação de Atletismo da América do Norte, Central e Caribe e a Confederação Sul-Americana de Atletismo desempenham papéis cruciais na regulamentação e promoção do Atletismo em suas respectivas regiões. HISTÓRIA E VARIEDADE DE PROVAS NO ATLETISMO Entre os principais nomes brasileiros de destaque no esporte, podemos citar recordistas mundiais que deixaram suas marcas: Adhemar Ferreira da Silva, Nelson Prudêncio, João Carlos de Oliveira (João ‘do Pulo’) e Ronaldo da Costa, totalizando oito recordes mundiais, que, hoje, já foram superados. Além disso, os brasileiros conquistaram dezenas de medalhas olímpicas, incluindo a Medalha Barão Pierre de Coubertin, concedida a Vanderlei Cordeiro de Lima, maratonista que, em 2004, durante os Jogos Olímpicos de Atenas, foi intercedido por um espectador enquanto liderava a corrida e concluiu-a na terceira colocação. No âmbito feminino, destacam-se Maurren Higa Maggi que conquistou o ouro no salto em distância nas olímpiadas de Pequim, em 2008 e a Vitória Rosa, velocista e medalhistas nos jogos Panamericanos de 2019. De acordo com Matthiesen (2007), esse breve histórico reforça o atletismo como uma modalidade tradicional na Educação Física, embora enfrentando desafios como a falta de prática entre crianças e jovens, atribuída muitas vezes à limitação de espaço e acesso a materiais específicos ou desinteresse por parte de alunos e professores. Em relação as capacidades físicas exigidas pelos atletas, pode-se afirmar que as provas de pista e de curtas distância (de 100m a 400m) exigem muita força e velocidade, já as de longa distância (800m até a maratona) tem seu foco principal na resistência. As provas de campo (os saltos, lançamentos e arremesso) exigem muito mais de força, flexibilidade e agilidade dos atletas. Os treinos direcionados aos atletas da modalidade costumam relacionar exercícios “educativos” (para assimilar e aprender movimentos), musculação, exercícios de mobilidade e os exercícios técnicos e práticos, realizados nas pistas/campos. Em relação as competições indoor, lembramos que estas são realizadas em instalações fechadas, como ginásios e arenas esportivas, e são conhecidas por algumas características específicas. As provas indoor geralmente são mais curtas e mais rápidas do que as provas ao ar livre, devido ao tamanho limitado da pista. Outra característica notável é a proteção contra condições climáticas adversas, que permite a realização de competições de alto nível em qualquer estação do ano. De acordo com Sant (2005), as instalações indoor garantem um ambiente controlado, isento de ventos contrários e chuva, criando condições ideais para marcas e recordes pessoais. Entre as instituições importantes para o esporte, deve ser destacada a Confederação Sul-Americana de Atletismo (CONSUDATLE), fundada em 1918, sendo uma entidade crucial na promoção e regulamentação do Atletismo na América do Sul. Composta por 13 países membros, a confederação atua como uma plataforma unificadora, estabelecendo diretrizes desde competições de base até eventos de elite, visando padronizar práticas esportivas e garantir equidade. Além de organizar competições emblemáticas, como o Campeonato Sul-Americano de Atletismo, a CONSUDATLE desempenha um papel essencial na representação dos interesses sul-americanos em instâncias internacionais, colaborando estreitamente com a World Athletics para alinhar as práticas esportivas globais com as características específicas da região. EXPLORANDO O UNIVERSO DO ATLETISMO: PROVAS, HISTÓRIA E INSTITUIÇÕES REGULADORAS O Atletismo, muitas vezes referido como a "modalidade mãe" de todos os esportes,desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das habilidades motoras essenciais para seus praticantes. De acordo com Soares et al. (2014), o Atletismo serve como uma base sólida para o desenvolvimento de habilidades motoras fundamentais, como coordenação, equilíbrio, destreza, força, velocidade e resistência. Essas habilidades são cruciais não apenas para o desempenho atlético, mas também para a promoção de uma vida saudável e ativa. Segundo Verkhoshansky (2001), a prática regular do Atletismo contribui significativamente para o aprimoramento da coordenação motora, que é a capacidade de realizar movimentos precisos e controlados. Além disso, o equilíbrio, outro elemento-chave, é aprimorado através de atividades como saltos, corridas e arremessos, fortalecendo a estabilidade do praticante. A destreza, entendida como a habilidade de realizar tarefas com precisão e eficiência, é cultivada nas diversas modalidades do Atletismo. O lançamento de dardo, por exemplo, requer uma combinação única de força e destreza para atingir distâncias significativas. Já a velocidade, vital em muitos esportes, é aprimorada nas corridas de curta e longa distância, enquanto a resistência é desenvolvida em provas de fundo, como a maratona. A relevância do Atletismo não se limita apenas ao desenvolvimento físico, mas também à formação de valores e habilidades socioemocionais. Quando se fala em iniciação ao esporte, a participação em atividades atléticas pode contribuir para o desenvolvimento de habilidades sociais, como trabalho em equipe, liderança e respeito mútuo, e por ser um esporte disputado individualmente, leva a melhoria e desenvolvimento da responsabilidade, autonomia e tomada de decisões. O atleta também deve aprender a lidar com pressões e emoções, desafios pessoais, superar derrotas e encarar os erros como oportunidade de aprendizado. Em relação ao atletismo indoor, devemos citar que as principais características incluem a limitação de espaço, que demanda curvas mais fechadas e distâncias reduzidas nas corridas. Isso intensifica a necessidade de aceleração e mudanças rápidas de direção, colocando uma ênfase significativa na agilidade e na técnica dos atletas. Em termos de exigências físicas, o Atletismo indoor demanda uma combinação aprimorada de velocidade, explosividade e resistência. Os saltos em altura e distância demandam uma abordagem mais precisa devido ao espaço limitado. A modalidade também exige uma adaptabilidade a diferentes superfícies de pista, como as de tartan (pista sintética para qualquer clima, feita de poliuretano usada para competições de atletismo), frequentemente utilizadas em ambientes fechados. No Brasil, a instituição que regula o esporte é a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), que foi estabelecida oficialmente em 2 de dezembro de 1977, começando suas operações em 1979, marcando um momento significativo para o Atletismo no país. A partir da metade da década de 1980, a CBAt passou a enviar atletas qualificados para competições internacionais, expandindo o calendário nacional para abranger todas as modalidades atléticas, como pista e campo, rua, cross country (corrida disputada em terrenos abertos e acidentados) e marcha, abrangendo diversas categorias de idade. Durante esse período, o Brasil não apenas organizou eventos de destaque, como os Campeonatos Ibero- Americanos e Sul-Americanos, mas também sediou importantes competições da IAAF, incluindo o Mundial Feminino de 15 km (Rio 1989), o Mundial de Ekiden – maratona em revezamento (Manaus 1998) e o Mundial de Meia Maratona (Rio 2008). A CBAt implementou programas de apoio a atletas e treinadores, dando voz a atletas, técnicos, árbitros e clubes na Assembleia Geral, o órgão máximo da entidade. Nos anos 2000, a CAIXA tornou-se o patrocinador oficial do esporte-base nacional, proporcionando suporte às seleções brasileiras para competições internacionais, incluindo o Campeonato Mundial de Atletismo e os Jogos Olímpicos. VIDEO RESUMO Olá, estudante! Neste vídeo resumo, abordaremos um breve histórico da modalidade, as provas que compõe esse esporte, as diferenças entre as provas indoor e outdoor e as principais instituições reguladoras dessa modalidade conhecida e praticada em todo o mundo. Vamos lá? Saiba mais Dica de Site – CBAt – Confederação Brasileira de AtletismoNeste site pode ser encontrada a história da CBAt, lista das modalidades praticadas, informações sobre as competições organizadas pela entidade, recordes brasileiros desde a categoria pré-mirim até os adultos, além de notícias das disputas que estão acontecendo no Brasil e no Mundo. Na página, também podem ser encontrados os calendários das competições do ano e o ranking dos atletas. Vale a pena conferir para conhecer um pouco mais sobre o assunto. Acesse em: Dica de Filme – Race "Race" é um filme biográfico lançado em 2016, dirigido por Stephen Hopkins, que narra a notável história de Jesse Owens, um lendário atleta afro-americano que desafiou as barreiras raciais durante os Jogos Olímpicos de Berlim em 1936. O filme segue a jornada de Owens (interpretado por Stephan James), desde seus dias na Universidade Estadual de Ohio até sua participação nos Jogos Olímpicos, onde enfrentou a pressão política e social da Alemanha nazista de Adolf Hitler. Ao longo da trama, "Race" explora não apenas os triunfos atléticos de Owens, que conquistou quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas, mas também aborda as complexidades de sua posição como um ícone afro-americano em um período de segregação racial nos Estados Unidos. O filme destaca os desafios pessoais e as decisões difíceis que Owens enfrentou enquanto equilibrava sua carreira esportiva com as questões sociais e políticas de seu tempo. "Race" oferece uma perspectiva inspiradora sobre a resiliência e a coragem de um atleta que transcendeu as fronteiras raciais para se tornar uma lenda do esporte e um símbolo de resistência. INTRODUÇÃO Olá, estudante! Nesta Aula, vamos falar sobre a ginástica, cuja prática remonta a tempos antigos e que foi se moldando de acordo com as necessidades e valores das sociedades que a adotaram. Aula 2 GINÁSTICA Olá, estudante! Nesta Aula, vamos falar sobre a ginástica, cuja prática remonta a tempos antigos e que foi se moldando de acordo com as necessidades e valores das sociedades que a adotaram. https://www.cbat.org.br/novo/ Abordaremos, também as Instituições Reguladoras da Ginástica, organizações que desempenham um papel crucial na padronização, segurança e disseminação de conhecimentos sobre essa atividade. Por fim, discutiremos a Caracterização da Ginástica, analisando suas diversas formas e modalidades, desde a ginástica artística até as práticas contemporâneas voltadas para o bem-estar, como aeróbica e a geral, também conhecida como ginástica para todos. Vamos começar? AS SEIS FACES DA GINÁSTICA: MODALIDADES E CARACTERÍSTICAS O termo “ginástica” vem do grego gymnos que quer dizer “NU”, ou seja, o modo que os antigos gregos treinavam e praticavam os esportes. A criação da primeira federação do esporte aconteceu em 1832 na Suíça. A Ginástica Artística inicia-se como modalidade desportiva nos primórdios do século XIX, sendo que a primeira participação em Jogos Olímpicos ocorreu em 1896, com participação somente de países europeus e de ginastas masculinos. Nos Jogos Olímpicos (JO), a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) destaca-se como a nação de maior tradição na Ginástica Artística Feminina (GAF), só não sendo campeã em 1984, pois não participaram devido ao boicote aos Estados Unidos. A hegemonia da URSS foi retomada nos Jogos Olímpicos de 1988, e mesmo com o fim da URSS, as ginastas soviéticas triunfaram em 1992, competindo sob a bandeira da Comunidade dos Estados Independentes. Após a dissolução da URSS, a Rússia continuou a se destacar nas competições de ginástica, embora sem a mesma aura "invencível" do passado. No período de 1952 a 2000, um total de 72 ginastasrussos, entre masculino e feminino, participaram dos Jogos Olímpicos, com 49 deles conquistando o título de campeão, alguns em mais de uma ocasião. Nesse intervalo, a ginástica russa acumulou impressionantes 89 medalhas de ouro olímpicas (45 no masculino e 44 no feminino), somando-se às medalhas de prata e bronze para um total de 208 medalhas olímpicas. De acordo com Schiavon (2009), a primeira Federação Internacional de Ginástica (FIG) foi fundada em 1881. A criação da FIG foi influenciada por iniciativas desenvolvidas na Europa para padronizar as regras e regulamentos da ginástica, facilitando a realização de competições internacionais. O objetivo era promover a ginástica como uma atividade esportiva reconhecida em nível mundial. A FIG foi estabelecida durante o Congresso Internacional de Ginástica realizado em Liège, na Bélgica, em 1881. Desde então, a federação tem desempenhado um papel crucial na promoção e organização de eventos de ginástica em todo o mundo, incluindo os Jogos Olímpicos, nos quais a ginástica é uma das modalidades mais destacadas. Ao longo dos anos, a FIG tem evoluído para incorporar diferentes disciplinas da ginástica, como a ginástica artística, rítmica, acrobática e trampolim. Em relação as características, devemos destacar que existem 6 modalidades principais de ginásticas que são cobertas pelas federações e confederações, sendo elas: Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Ginástica de Trampolim, Ginástica Acrobática, Ginástica Aeróbica Esportiva e a Ginástica para todos (Ginástica Geral). A Ginástica Artística é praticada tanto por mulheres quanto por homens, sendo reconhecida por suas rotinas envolventes e desafiadoras que incorporam elementos acrobáticos de força e flexibilidade. As ginastas femininas, elegantes em sua execução, apresentam movimentos graciosos, enquanto os ginastas masculinos impressionam com sua força e habilidades atléticas. Os aparelhos utilizados, como barras paralelas, argolas, trave de equilíbrio e solo, proporcionam uma plataforma para a exibição de habilidades técnicas precisas e artisticamente expressivas. Por sua vez, a Ginástica Rítmica é uma modalidade exclusiva feminina (apesar de já haver praticantes homens e algumas apresentações masculinas sendo realizadas como exibição), e esse esporte combina elementos de dança, ginástica e o uso de aparelhos como fitas, bolas, arcos e maças. As ginastas demonstram graça e coordenação em suas rotinas, enquanto manipulam habilmente os aparelhos, sincronizando movimentos corporais e coreografia. A expressão artística é fundamental, e as apresentações refletem uma fusão única de habilidade técnica e estética visual. EXPLORANDO AS MODALIDADES: DA GINÁSTICA ARTÍSTICA À GINÁSTICA GERAL No Brasil, a Ginástica Artística teve seu início no Rio Grande do Sul, trazida pelos imigrantes alemães. Em 1942, marcou-se um marco significativo com a fundação da primeira federação estadual, a Federação Riograndense de Ginástica (RS). Posteriormente, a expansão desse movimento ocorreu com o surgimento da Federação Paulista de Ginástica, estabelecida em 1948, seguida pela criação da Federação Metropolitana de Ginástica do Estado do Rio de Janeiro em 1950. Estas três entidades federativas, por sua vez, filiaram-se à Confederação Brasileira de Desportos, a qual, por sua vez, tornou-se afiliada à Federação Internacional de Ginástica (FIG) em 1951. Esse período também testemunhou a organização do primeiro Campeonato Brasileiro de Ginástica, que contou com a participação das seleções de Ginástica Artística masculina dos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Em um passo adiante, no ano de 1952, o II Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística foi realizado em Porto Alegre-RS, marcando um momento histórico ao incluir pela primeira vez a participação feminina. Nos últimos 10 anos, a Ginástica Artística (GA) experimentou uma notável ascensão nos resultados internacionais, adquirindo considerável destaque no Brasil. Esse avanço refletiu diretamente em uma ampla visibilidade na mídia, estabelecendo uma conexão mais próxima com o público leigo, alcançando uma dimensão sem precedentes. A consequência natural desse fenômeno é a elevação da GA ao status de tema relevante e atual de discussão no "senso comum" entre muitos espectadores. No entanto, é notável que essa crescente popularidade não tenha sido acompanhada proporcionalmente por pesquisas e estudos acadêmicos voltados para o alto rendimento desportivo da modalidade. Este déficit de investigação específica deixa uma lacuna no entendimento acadêmico do desenvolvimento da GA no cenário nacional, revelando a necessidade de uma abordagem mais aprofundada nesse âmbito. Para Vigarello (2003), as ginásticas, em suas diversas modalidades, compartilham características gerais que enfatizam a expressão corporal, a precisão técnica e a harmonia entre força, flexibilidade e coordenação motora. Independentemente da especialidade, a ginástica promove o desenvolvimento global do corpo, visando aprimorar não apenas aspectos físicos, mas também habilidades artísticas e cognitivas. A plasticidade dos movimentos, a busca pela perfeição técnica e a criatividade na execução das rotinas são elementos intrínsecos a todas as formas de ginástica, tornando-as verdadeiras expressões de arte atlética. Para se destacar nas ginásticas, é importante desenvolver uma série de capacidades físicas. A força desempenha um papel fundamental, permitindo a execução de movimentos acrobáticos e sustentação em posições desafiadoras. A flexibilidade é essencial para amplitudes máximas de movimento e para a realização de posturas graciosas. Falando mais especificamente sobre a Ginástica de Trampolim, essa modalidade se destaca por suas acrobacias de alta altitude e sequências dinâmicas realizadas em trampolins. Os atletas utilizam a propulsão do trampolim para executar saltos, giros e flips de maneira impressionante. A combinação de força, coordenação e precisão é fundamental, resultando em apresentações que mesclam emoção e técnica. A Ginástica Acrobática é caracterizada por performances de duplas ou grupos que realizam acrobacias e equilíbrios sincronizados. A modalidade destaca-se pela colaboração entre os participantes, que devem demonstrar confiança e coordenação para executar movimentos complexos. Elementos de força, flexibilidade e sincronização são fundamentais para criar apresentações dinâmicas e visualmente impactantes. EXPLORANDO O UNIVERSO DA GINÁSTICA: HISTÓRIA, CARACTERÍSTICAS E INSTITUIÇÕES REGULADORAS A ginástica rítmica (GR) surgiu com o Movimento Ginástico Europeu, mais especificamente do Movimento do Centro Alemão, tendo como influenciadores e construtores grandes personagens ligados à arte do início do século XX. De acordo com Porpino (2004), essa modalidade tinha como objetivo inicial a educação das mulheres para o desenvolvimento da graça, da harmonia de formas, da sensibilidade e da delicadeza, a GR transformou-se, ao longo do século XX, numa modalidade esportiva cuja execução dos movi mentos pode ser caracterizada por um complexo nível de dificuldade. Os detalhes técnicos de grande exigência física e expressiva, sistematizados nas regras oficiais desse esporte na atualidade, mostra-nos a distância que hoje podemos perceber entre os objetivos atuais e os objetivos iniciais predominantemente formativos. A GR é um esporte que reconhecidamente marcou sua história por compartilhar saberes estéticos advindos da arte (música e dança) e no contexto brasileiro, essa modalidade foi iniciada por Ilona Peuker, uma professora e técnica húngara. Através da criação de sua própria escola de movimento, ela desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da modalidade no país. O marco histórico ocorreu em 1956, quando Dona Ilona (como ficou conhecida) fundou o Grupo Unido de Ginastas (GUG), a primeira equipe brasileira de Ginástica Rítmica. Os primeiros campeonatos da modalidade no Brasil foram realizadosno Rio de Janeiro, consolidando o início de uma jornada vibrante e competitiva para a ginástica rítmica no país. Na ginástica rítmica, existem apenas duas modalidades competitivas: o individual geral e o conjunto geral, este último envolvendo a atuação coordenada de cinco ginastas. No individual geral, as atletas se apresentam em quatro aparelhos distintos, como arco, bola, fita e maça. Já no conjunto, as ginastas realizam suas performances com dois aparelhos, os quais são alterados a cada ciclo olímpico. Cada apresentação na ginástica rítmica tem uma duração que varia entre 75 e 90 segundos para cada aparelho. A Confederação Brasileira de Ginástica foi criada em 1978, com a função de regulamentar o esporte, bem como promover (e autorizar) a realização de Campeonatos, Festivais, Cursos, Pesquisa, Intercâmbio e qualquer ato que objetive o desenvolvimento e fomento da Ginástica Brasileira. A entidade tem como valores a ética, a transparência, o respeito, a excelência, o equilíbrio e a paixão. Além da ginástica rítmica, temos também a artística (que possui apresentações no solo e em aparelhos e que temos em Dayane dos Santos e Rebeca Andrade como atletas de referência), a de trampolim (que conta com saltos e giros em grande altitude) e acrobática (realizada em duplas e equipes, com movimentos e posições que desafiam a gravidade), mas também devemos mencionar a ginástica geral e a aeróbica esportiva: A Ginástica para Todos, também conhecida como Ginástica Geral, busca promover a participação inclusiva de todas as idades e habilidades. Diferenciando-se das competições tradicionais, essa modalidade enfatiza o aspecto recreativo e social da ginástica. As atividades variam desde performances coreografadas até exercícios coletivos, incentivando a expressão individual e o bem-estar físico. Por sua vez, a Ginástica Aeróbica Esportiva concentra-se em rotinas dinâmicas que combinam movimentos aeróbicos, ginásticos e de dança. Os atletas executam sequências coreografadas, enfatizando resistência cardiovascular, força e flexibilidade. A música desempenha um papel fundamental, elevando a energia das performances e contribuindo para o componente artístico da modalidade. VÍDEO RESUMO Olá, estudante! Neste vídeo resumo, veremos sobre a ginástica, vamos conhecer um pouco da história desse esporte e as diversas modalidades: a acrobática, rítmica, aeróbica, artística, de trampolim e a ginástica geral. Veremos as principais características, regras e aparelhos desse esporte e aprenderemos um pouco mais sobre as instituições que o regulamentam. Vamos lá? Saiba mais Dica de Site – CBG – Confederação Brasileira de Ginástica Neste site pode ser encontrada a história da CBG, lista das modalidades praticadas, histórico das principais conquistas do esporte (tanto na Ginástica Rítmica como na Artística) informações sobre as competições organizadas pela entidade, além de notícias das disputas que estão acontecendo no Brasil e no Mundo. Na página também podem ser encontrados os calendários das competições do ano e os regulamentos técnicos que regem o esporte. Vale a pena conferir para conhecer um pouco mais sobre o assunto. Dica de Série – Physical Existem filmes e documentários muito importantes relacionados a Ginástica que devem ser apreciados como a obra Nádia (1984) que conta a história da Nadia Comăneci uma das maiores da história na modalidade, bem como o documentário "Atleta A" (2020) que fala sobre o caso das ginastas que sofreram abusos de Larry Nassar, médico da equipe de ginástica dos EUA, e os repórteres que denunciaram os casos. Também, não deve ficar de fora a série Physical (Físico ou Corporal, mas o título da série não foi traduzido no Brasil) que aborda a ginástica aeróbica e narra a trajetória de uma mulher que transcende sua posição inicial como dona de casa negligenciada para se tornar influente e autoconfiante. Sheila passa por uma transformação que, nos dias atuais, poderia ser subestimada, mas na época (década de 80) era considerada revolucionária, emergindo como uma verdadeira guru do estilo de vida. https://www.cbginastica.com.br/ INTRODUÇÃO Olá, estudante! Nesta Aula, vamos falar sobre esportes alternativos. Veremos um breve histórico e noções fundamentais tanto do Basebol (lembrando que também se aceitam as grafias Beisebol ou Baseball) quanto do Futebol Americano. Falaremos sobre as regras, formas de jogar e peculiaridades de cada um destes esportes. Em relação ao futebol americano, enfatizaremos as noções básicas do jogo, incluindo a estrutura do tempo de jogo, as tentativas de avanço de 10 jardas em quatro downs (descidas), e a dinâmica de ataque e defesa, em que as equipes se alternam na busca por touchdowns e field goals (gols). Também, falaremos de um esporte novo (criado em 2007) e brasileiro: O Tapembol, jogo no qual os atletas utilizam tapas para direcionar a bola e fazer gols, vamos conhecer a sua história, as regras e como está modalidade está crescendo no país e chegando a outros lugares do mundo. Vamos começar? BREVE HISTÓRICO DO FUTEBOL AMERICANO, BEISEBOL E TAPEMBOL Em relação às perspectivas históricas, começamos pelo Futebol Americano. Este esporte tem suas origens no Futebol (chamado pelos americanos de "soccer" que é o esporte mais tradicional do Brasil) e no Rugby (esporte também de origem inglesa na qual se utiliza uma bola oval e é jogado principalmente com as mãos). Criado no século XIX por treinadores de universidades de renome dos Estados Unidos, o esporte passou a ganhar notabilidade em 1920, ano no qual foi fundada a NFL - National Football League (Liga Nacional de Futebol), unindo várias equipes profissionais. De acordo com Mancha (2015), ao longo das décadas, a NFL se tornou a liga de futebol americano mais proeminente e popular do mundo e um dos seus destaques é o Super Bowl, a grande final da NFL, que teve início em 1967 e rapidamente se tornou um dos eventos esportivos mais assistidos nos Estados Unidos, atraindo uma audiência global significativa. No Brasil, o esporte começou a ganhar popularidade no final da década de 1990, graças às transmissões televisivas do campeonato organizado pela NFL. Através das práticas de Beach football (versão do Futebol Americano praticada na praia), a partir de 1986 e da modalidade flag (versão do esporte na qual não existe contato entre os jogadores, ficando ao mesmo tempo menos lesiva e mais barato – uma vez que não são necessários os equipamentos de proteção), iniciada em 2002, o esporte ganhou cada vez mais adeptos no país. Por sua vez, o Beisebol, ou Baseball (também é aceita a grafia basebol), é um esporte coletivo com uma longa história, jogado com taco de madeira ou alumínio e uma bola específica. Há controvérsias sobre sua origem, com algumas teorias indicando uma possível origem inglesa, enquanto outros afirmam que foi criado por Abner Doubleday em Nova York em 1839. Mas de fato, já existia um jogo semelhante, chamado "rounders" que era praticado na Inglaterra no século XVIII. De acordo com Nascimento (2022), o Beisebol é amplamente praticado em países da América do Norte, Venezuela, Cuba, República Dominicana, Japão e diversas outras nações, conquistando uma legião de fãs ao redor do mundo. A liga mais conhecida do mundo é a Major League Baseball (MLB) dos Estados Unidos. Aula 3 ESPORTES ALTERNATIVOS I Olá, estudante! Nesta Aula, vamos falar sobre esportes alternativos. No Brasil, o Beisebol ganhou destaque no início do século XX, originando-se de competições entre funcionários de duas fábricas americanas. A presença do esporte também foi impulsionada pelas comunidades japonesas, uma vez que o Beisebol é altamente popular no Japão e o nosso país recebeu um número grande de imigrantes. Por fim, passamos ao histórico do Tapembol: de acordo com Rocha; Prudente (2010), o Tapembol foi criado em 2007, na cidade de Caeté, Minas Gerais, na Escola CEW (Centro Educacional Washington de Paula e Silva) pelo Professor de EducaçãoFísica Marco Aurélio Cândido Rocha. Rocha; Prudente(2010), relata que a palavra "Tapembol" derivou da expressão "tapa na bola" e surgiu como uma alternativa viável para as aulas de Educação Física escolar. No ano de sua criação, em 2007, a modalidade foi introduzida em um curso de extensão na Universidade FUMEC, localizada no Estado de Minas Gerais. Os acadêmicos tiveram acesso a esse conhecimento e começaram a incorporá-lo nas escolas por meio das experiências práticas durante o estágio. Ao longo dos anos, o Tapembol expandiu-se para outros estados do Brasil e para outros países, gerando reflexões e discussões sobre esse novo esporte. O intuito é ampliar as possibilidades de vivência para além do ambiente escolar e universitário de origem, tornando-se uma opção adicional para as aulas de Educação Física Escolar. NOÇÕES E REGRAS GERAIS DOS ESPORTES ALTERNATIVOS Em relação às regras e noções do Futebol Americano, devemos apontar que o jogo é disputado em um campo, com 91,44 metros de comprimento por 48,76 metros de largura. A bola de jogo tem formato oval e é feita do mesmo tipo de couro utilizado na bola de basquetebol. Seu peso varia de 200 a 400 gramas e mede 30 centímetros de comprimento por 18 de largura. Uma partida da NFL é composta por quatro quartos de 15 minutos cada, com intervalos de 2 minutos (entre o 1º e 2º quarto e entre o 3º e 4º quarto) e um intervalo de 12 minutos (entre o 2º. e 3º quarto). O futebol americano é um jogo que se baseia na conquista de território. Inicialmente, a equipe parte da sua zona defensiva, buscando atravessar o campo até alcançar a endzone (“Zona fina”, a zona de pontuação do jogo) e pontuar com um touchdown (ao pé da letra seria “toque embaixo, ou no chão” que é o ato de chegar com a bola na zona de pontuação e jogá-la no chão), ou chegar o mais próximo possível para tentar um field goal (chutar a bola entre as traves que tem formato de Y, marcando um gol). Esse avanço é realizado por meio de descidas, conhecidas como "downs". A equipe tem quatro tentativas para avançar no mínimo 10 jardas e manter a posse da bola. Durante essas jogadas, o quarterback (armador), responsável por armar as estratégias e lançar a bola, pode optar por passes para os recebedores ou o running back (corredor ou receptor) pode tentar atravessar a linha de defesa adversária em uma corrida. Em relação às noções de jogo do beisebol, devemos apontar que este é praticado ao ar livre em um campo que possui 4 bases, e cada jogo é composto por 9 entradas, sem um tempo definido. Durante o jogo, as equipes alternam entre atacar e defender. Inicialmente a equipe visitante assume a posição de ataque, onde cada jogador tenta rebater a bola com um bastão e correr para as bases. Enquanto isso, a equipe da casa inicia na defesa, com um jogador, conhecido como arremessador lançando a bola, e os outros 8 jogadores posicionando-se para pegar a bola, caso o jogador adversário consiga rebatê-la. Após os 9 jogadores da equipe visitante realizarem suas tentativas de ataque, as funções se invertem. Agora, é a vez da equipe da casa atacar, enquanto a equipe visitante assume a defesa. Durante o jogo, a bola de beisebol é lançada pelo arremessador, e o rebatedor do time adversário tenta acertá- la com o bastão. Logo atrás do rebatedor, há um receptor que pertence ao time do arremessador. Se o rebatedor acerta a bola, ele deve correr pelas quatro bases do campo. Ao completar todas as bases, a equipe ganha um ponto. O objetivo do jogo é acumular pontos marcados pela trajetória percorrida pelos jogadores. Assim, a equipe que tiver mais corridas completas ao longo da partida é declarada vencedora. De acordo com Glater (2013), o Tapembol é praticado em quadra com seis jogadores de cada lado, sendo: um goleiro, dois na defesa, um central, um apoio direito e um apoio esquerdo. Utiliza-se as mãos abertas para tocar a bola, com um ou dois toques alternados, visando marcar gols. O goleiro protege a área e facilita a conexão das jogadas. A quadra segue as dimensões do Futsal e Handebol, 40m por 20m. Criado para explorar habilidades físicas sem exigir habilidades específicas, o Tapembol, enfatiza regras simples, promovendo desenvolvimento de reação, equilíbrio, movimento, orientação e ritmo. APROFUNDANDO O ASSUNTO: JOGOS ALTERNATIVOS O Futebol Americano é disputado com 11 jogadores de cada lado e, além da força bruta, que vem do rugby, também exige do jogador qualidades como: velocidade; capacidade técnica e tática; agilidade e pensamento rápido. Por último, vale a pena lembrar que a pontuação não é única. Isto significa dizer que existem cinco chances diferentes de um time pontuar, e o modo pelo qual ele consegue atingir o seu objetivo influencia na quantidade de pontos que o time acumula. Pontuação no Futebol Americano envolve diferentes maneiras de marcar pontos durante o jogo: Touchdown (6 pontos): Registrado quando um time atravessa a endzone adversária, seja correndo com a bola ou recebendo um passe do quarterback. Ponto Extra (1 ou 2 pontos): Após um Touchdown, a equipe tem a opção de chutar a bola entre os postes para ganhar um ponto ou realizar uma jogada adicional, tentando novamente atravessar a endzone para ganhar dois pontos. Field Goal (3 pontos): Realizado pelo kicker (jogador responsável por chutar a bola), cuja função é chutar a bola entre os postes em formato de "Y". Safety (jogada “segura”) (2 pontos): Única pontuação originada da defesa, ocorre quando os defensores derrubam o adversário que possui a bola em sua própria endzone, ou quando o quarterback é forçado a lançar a bola antes de ser derrubado também em sua endzone. Vale dois pontos e concede posse de bola ao time defensor. O beisebol é praticado entre duas equipes que se alternam em nove rodadas de ataque e defesa. Em caso de empate, novas entradas são adicionadas para determinar um vencedor. Essencialmente, dois instrumentos são cruciais para o jogo: o taco e a bola. A bola deve ter uma circunferência de 23 a 25 centímetros e pesar exatamente 142 gramas, com uma estrutura interna de cortiça, corda ou lã revestida por couro costurado à mão. O taco, por sua vez, tem formato cilíndrico e pode ser feito de madeira ou alumínio, variando em massa entre 850 gramas e um quilo, com um tamanho médio de 81 centímetros. Um termo específico no beisebol é o "home run" (traduzido como “corrida da casa”, afinal o rebatedor vai poder percorrer com segurança todas as bases, mas não é utilizada uma tradução), que ocorre quando a bola é rebatida para fora do estádio e dessa forma a equipe defensora fica impossibilitada de realizar a defesa. Por fim, de acordo com Barboza (2017), o tapembol proporciona aos alunos/atletas a prática dentro de seus limites, dispensando a necessidade de habilidades específicas exigidas em esportes tradicionais. Suas regras permitem jogar sem cobrança de desempenho ou gestos específicos para atingir o objetivo do gol, sendo totalmente inclusivo. Essa abordagem se alinha aos princípios dos Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Básica e aos objetivos da Educação Física adaptada, jogos de inclusão e práticas esportivas, aplicando teoria à vivência prática em atividades de extensão. Recentemente, o tapembol foi apresentado ao Ministério dos Esportes, buscando o reconhecimento como federação. Por curiosidade, o critério de desempate de uma partida de tapembol são as faltas: o time com menos faltas ganha. As faltas são divididas em três formas, sendo elas técnicas - pelo manuseio da bola; físicas - quando acontecem contatos e atitudes envolvendo o corpo e as verbais - que podem ser contra companheiro, árbitros e plateia. As faltas técnicas levam a benefícios para o outro time, pois o mesmo recebe vantagem de área quando chega à cota individual ou coletiva. VIDEO RESUMO Olá, estudante! Neste vídeo resumo, veremos sobre os esportes alternativos, vamos falar sobre a história e as noções do Futebol Americano com suas estratégias diversificadase seu jogo emocionante, Beisebol com seus arremessos e rebatidas e do jogo brasileiro Tapembol, com suas jogadas diferentes utilizando tapas na bola para fazer os gols. Vamos lá? Saiba mais Dica de Filme: Um Sonho Possível "Um Sonho Possível" (The Blind Side), lançado em 2009. O filme é baseado em uma história real e destaca a influência do futebol americano na vida de um jovem jogador chamado Michael Oher. O enredo gira em torno da história de Oher, um adolescente sem-teto com habilidades incríveis para o futebol americano. Ele é acolhido por uma família amorosa que o apoia em seu caminho para se tornar um jogador de destaque. "Um Sonho Possível" não apenas aborda aspectos do esporte, mas também explora temas como superação, resiliência e a importância do apoio e oportunidades na vida de um indivíduo. Com o filme é possível aprender algumas regras e ter algumas noções de jogadas e táticas do futebol americano. Dica de Site - Tapembol Este esporte, criado por um professor de Educação Física brasileiro em 2007, ganha adeptos a cada dia pela sua versatilidade e por utilizar materiais presentes na maioria das escolas brasileiras. Neste site podem ser encontradas a história, as regras, informações de competições (escolares e de adultos) e até mesmo notícias sobre locais do mundo onde o esporte já está sendo divulgado/praticado (Peru, Colômbia, Índia, Indonésia, entre outros). Vale a pena conferir para conhecer ainda mais esta modalidade. Aula 4 https://tapembol.com.br/ INTRODUÇÃO Olá, estudante! Nesta Aula vamos abordar esportes que não são vistos comumente. Primeiramente, exploraremos o emocionante universo do Dodgeball, um esporte dinâmico e repleto de estratégias, onde a destreza e a agilidade são essenciais. Este esporte também é conhecido como “queimada” no Brasil e é muito popular nas aulas de Educação Física Escolar. Em seguida, adentraremos o mundo do Corfebol, uma prática única que se destaca pelo seu caráter misto, exigindo cooperação entre homens e mulheres. Por fim, vamos desbravar o Quimbol, reconhecido como o primeiro esporte coletivo de raquetes no mundo, onde habilidades com raquetes e jogadas estratégicas são fundamentais. Vamos começar? BREVE HISTÓRICO DO CORFEBOL, DODGEBALL E QUIMBOL O corfebol foi criado em 1902 pela fusão do Handebol com o Basquete, tendo sido desenvolvido pelo Professor de Educação Física Nico Broekhuvesen. O seu diferencial é o de ser um dos raros esportes coletivos mistos, onde cada time é composto por 4 homens e 4 mulheres, ocupando a quarta posição em popularidade na Holanda, seu berço. Esse esporte é praticado em mais de 40 países, com notáveis potências, incluindo Bélgica, Portugal, Alemanha, República Tcheca, China e Austrália. Nas escolas em que é adotado, o esporte desempenha uma função significativa, cultivando o apreço pela estratégia, cooperação e integração entre todos os participantes. Vale destacar que o Corfebol teve a honra de ser apresentado como uma modalidade de demonstração nas Olimpíadas de 1920 e 1928 (CONFEF, 2007). O Dodgeball tem suas origens remontando a cerca de 4000 anos antes de Cristo, sendo atribuído aos chineses. Inicialmente, em vez de usar uma bola de borracha, os praticantes lançavam cabeças decapitadas uns nos outros. Felizmente, ao longo da história, o conceito evoluiu significativamente. De acordo com Mazzoni (2016), em 1833, através das modificações introduzidas por Hagerson Augustus, o dodgeball foi modernizado, transformando-se no jogo que conhecemos atualmente. No Brasil, o dodgeball é mais conhecido como "queimada", "baleado", "caçador", "mata-soldado" ou "carimba". É um jogo popular, praticado durante as atividades físicas nas escolas, nos parques ou nas ruas. Por não se tratar de um esporte oficial, as regras e nomenclaturas costumam variar de acordo com a cultura local, mas de maneira geral o objetivo é atingir o adversário com a bola eliminando-o. Apesar de não haver um torneio oficial no Brasil, o esporte costuma estar presente em olimpíadas escolares. O Quimball ou Quimbol é um jogo inovador que se originou das ideias do professor de Educação Física Joaquim Bueno de Camargo, carinhosamente conhecido como "Quim". O nome do esporte foi inspirado no apelido dado pelos amigos à nova prática quando surgiu em 1947, chamando-a de "Jogo do Quim". O professor iniciou o desenvolvimento do esporte nos anos 40, no Pontal do Paranapanema, e ao se mudar para Piracicaba, interior de São Paulo, aprimorou as regras. Em 2000, Quim criou o Quimball como uma modalidade esportiva tipicamente brasileira. De acordo com Karal (2017), nos últimos anos, o Quimbol ESPORTES ALTERNATIVOS II Olá, estudante! Nesta Aula vamos abordar esportes que não são vistos comumente. ressurgiu e cresceu em popularidade, sendo praticado em diversas cidades e estados. O Quimbol é disputado em uma quadra de vôlei, com cada equipe composta por quatro jogadores que utilizam raquetes de madeira para rebater uma bolinha de borracha macia, tentando colocá-la fora do alcance da equipe adversária. O jogo, dividido em quatro quartos de dez minutos, é dinâmico e permite o uso de partes do corpo para executar jogadas, remetendo aos fundamentos do futebol. Essa prática esportiva continua a evoluir, conquistando adeptos em diversas comunidades ao redor do país. NOÇÕES E REGRAS GERAIS DOS ESPORTES ALTERNATIVOS Amplamente praticado nos Estados Unidos, o dodgeball é regulamentado por competições oficiais, todas elas supervisionadas pela National Amateur Dodgeball Association (Associação Nacional de Dodgeball - NADA). O esporte, que segue regras oficiais, é disputado em uma quadra dividida em dois lados centrais, formando a zona neutra e a zona de ataque. Cada equipe de Dodgeball consiste em 6 a 10 jogadores, sendo que seis deles estão em campo e os outros quatro atuam como reservas. Para dar início à partida, cada equipe deve ter pelo menos quatro jogadores em campo, sendo que os reservas podem entrar apenas durante o tempo determinado ou em casos de lesões. É crucial destacar que cada equipe deve ter um número equivalente de homens e mulheres em cada jogo. No jogo oficial são utilizadas seis bolas. A partida começa com os jogadores posicionados na linha de fundo e as bolas alinhadas na linha do meio da quadra. Ao soar do apito, os jogadores correm para pegar as bolas e as lançam para um companheiro mais bem posicionado em seu campo de ataque. A partir desse momento, é permitido eliminar os adversários. Cada jogador só pode pegar uma bola no início do jogo e não pode realizar um arremesso imediatamente. É necessário retornar ao campo de ataque antes de efetuar os lançamentos. Conforme as regras oficiais da NADA, o objetivo do Dodgeball é eliminar todos os jogadores adversários da quadra, o que pode ocorrer por: Acertar a bola no adversário abaixo da linha dos ombros ou; pegar a bola sem deixá-la cair no chão, eliminando assim o arremessador ou mesmo ao ser atingido na cabeça pelo arremessador, resultando na eliminação. Um jogador é considerado queimado apenas quando a bola atinge qualquer parte do seu corpo (com exceção da cabeça). Se isso acontecer, ele é eliminado temporariamente. Na prática do Corfebol, a equipe que alcança maior pontuação ao colocar a bola na cesta é declarada vencedora. Cada equipe é composta por quatro homens e quatro mulheres, organizados em pares. A bola utilizada no jogo é do modelo número 5, proveniente do futebol. A dinâmica do jogo impõe restrições, com cada homem permitido a marcar apenas outro homem, e cada mulher, exclusivamente outra mulher. Não são permitidas marcações de dois contra um, nem confrontos entre integrantes de sexos opostos. Além disso, o contato físico não é tolerado. Para garantir a participação equitativa de todos os jogadores em diferentes papéis, a cada duas cestas os defensores transformam-se em atacantes, e vice-versa. Uma peculiaridade do Corfebol é que o jogador que recebe a bola deve parar e passá-la ao colega deequipe, sendo proibido quicar (bater a bola no chão) ou correr com a bola na mão. Essa restrição desencoraja o jogo individualista, incentivando os jogadores a desenvolverem habilidades de deslocamento no espaço, uma vez que não podem se movimentar com a bola. O objetivo do jogo é que cada equipe envie a bola regularmente por cima da rede para a quadra adversária. O jogo é iniciado com um saque de fundo e prossegue até que a bola saia para fora, não seja devolvida corretamente para o adversário ou ocorra alguma irregularidade nas regras estabelecidas. O Quimbol ostenta a distinção de ser o primeiro esporte coletivo de raquetes do mundo, onde duas equipes, cada uma composta por 4 jogadores, confrontam-se em uma quadra dividida por uma rede. As jogadas desenrolam-se mediante passes efetuados com raquetes específicas do Quimbol. Embora o uso da raquete seja crucial na maioria das circunstâncias, é permitido recorrer ao solo até quatro vezes e utilizar partes do corpo (exceto mãos e braços) para auxiliar na recepção da bola. JOGOS ALTERNATIVOS NA PRÁTICA Em relação ao Dodgeball, devemos observar que, ao conseguir agarrar a bola sem deixá-la tocar o solo, não apenas o jogador elimina o arremessador, mas também tem a oportunidade de reintegrar um companheiro de equipe que esteja fora de jogo. Durante o jogo, é obrigatório que todos os jogadores permaneçam em suas áreas designadas. Os que se encontram mais ao fundo da quadra só podem deixar esse espaço para recuperar uma bola perdida. É estritamente proibido que qualquer jogador pise sobre a linha central. O arremesso só é permitido antes da linha de ataque. A equipe que eliminar todos os jogadores adversários primeiro será proclamada vencedora. Durante a partida, estabelece-se um limite de tempo de 5 minutos. Se, ao final desse período, nenhuma das equipes for totalmente eliminada, o time com maior número de jogadores em quadra é declarado o vencedor. Relembrando um pouco do histórico do Corfebol, durante sua criação no Séc. XX, a Associação de Educação Física de Amsterdã buscava um jogo que fosse acessível a crianças, jovens e adultos, ao mesmo tempo em que promovesse a integração de ambos os sexos na mesma equipe. Naquele período, a prática esportiva por mulheres era incomum, ainda mais quando compartilhada com homens. Foi nesse contexto que em 1902, Nico Broekhuyesen concebeu a ideia de um esporte de fácil aprendizado (CONFEF, 2007) O Corfebol também se destaca por estar ao alcance de todos. Obesos, deficientes físicos ou pessoas com pouca coordenação motora podem participar ativamente, uma vez que os deslocamentos não exigem grande velocidade e não há disputa de força. De acordo com Karal (2017), o Quimbol é regido por um conjunto preciso de regras que dão forma à dinâmica do jogo. Após o sinal do árbitro de bancada, o jogador inicia a partida com um saque de fundo. É importante que esse saque seja efetuado no prazo estipulado de 3 segundos, caso contrário a punição é imposta, concedendo ao adversário a oportunidade de iniciar a jogada. Em caso de erro no primeiro saque, o jogador tem direito a uma segunda tentativa. A entrega da bola à quadra adversária deve ser realizada exclusivamente com o uso da raquete, sendo que qualquer outra forma resulta na perda de ponto. Após o saque, a equipe receptora da bola deve conduzir a jogada com 2 (mínimo) a 3 (máximo) passes. Os jogadores em campo têm a liberdade de escolher entre diferentes tipos de passes, nos quais recursos como toques no solo (limitados a 4 por período), pernas, pés, cabeça e tronco são considerados válidos. Pode-se ajeitar a bola com essas partes do corpo e, em seguida, enviá-la com a raquete, sendo isso considerado um "recurso". A utilização das mesmas partes do corpo para realizar o passe sem o auxílio da raquete é permitida, mas ao direcionar a bola para a quadra adversária, o último contato deve obrigatoriamente ocorrer com a raquete. Essas regras e formas de jogo fazem do Quimbol um jogo diferente e que aos poucos está ganhando o gosto do público. VIDEO RESUMO Olá, estudante! Neste vídeo resumo, falaremos sobre os esportes alternativos, sua história e as noções de jogo do esporte criado na Holanda, o Corfebol, de um esporte popular nos Estados Unidos, o Dodgeball, que também é bem popular no Brasil, mas conhecido como “Queimada” e por fim sobre um esporte criado no nosso país: o quimbol o primeiro esporte coletivo com raquetes. Saiba mais Dica de Filme: Com a Bola Toda O filme "DodgeBall: A True Underdog Story" (no Brasil, "Com a Bola Toda" ou "Driblando o Destino") aborda o esporte Dodgeball de maneira lúdica e divertida. O filme foi lançado em 2004 e é dirigido por Rawson Marshall Thurber. Estrela Vince Vaughn, Ben Stiller, e Christine Taylor nos papéis principais. A trama segue um grupo de desajustados que se reúne para participar de um torneio de dodgeball, liderados por Peter LaFleur (interpretado por Vince Vaughn), que tenta salvar sua academia de ginástica da falência ao entrar no torneio. White Goodman (interpretado por Ben Stiller) é o antagonista, um proprietário de uma academia de ginástica concorrente. O filme mistura comédia física, humor irreverente e cenas de dodgeball bastante intensas. Dica de Artigo – Corfebol Este esporte, criado por um professor de Educação Física Holandês com o objetivo de integrar homens e mulheres na prática esportiva é detalhado neste artigo da Revista do Conselho Federal de Educação Física. O texto conta com opiniões de professores brasileiros que já utilizaram o esporte em escolas e em clubes com crianças e adolescentes. Vale a pena a leitura para conhecer ainda mais sobre o esporte e suas regras. PRÁTICAS ESPORTIVAS – ESPORTES TRADICIONAIS E ALTERNATIVOS Olá, estudante! Nesta Unidade tivemos a oportunidade de conhecer diversas práticas esportivas, algumas tradicionais (como o Atletismo e a Ginástica) e outras não tanto convencionais (como o Quimbol e o Corfebol, por exemplo). Tivemos a chance de observar suas regras, noções de jogo, história e como essas práticas podem ser diferentes e divertidas. Em um primeiro momento, compreendemos a história do Atletismo no Brasil e no Mundo. Reconhecemos esta como uma modalidade esportiva “mãe”, pois nela encontramos movimentos corporais e habilidades que são encontradas em praticamente de todos os outros esportes, como: correr, lançar, saltar, arremessar etc. Tivemos a chance de conhecer as principais provas de campo. Aula 5 REVISÃO DA UNIDADE https://www.confef.org.br/revistasWeb/n24/16_CORFEBOL.pdf Também, verificamos as peculiaridades das provas indoor: competições que acontecem em ginásios fechados, com os atletas protegidos da ação do tempo. Por fim, conhecemos também as entidades que organizam o esporte no mundo como a International Association of Athletics Federations (IAAF – Associação Internacional das Federações de Atletismo) e no Brasil, como a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Depois, voltamos nossa atenção à Ginástica e observamos que existem 6 modalidades principais de ginásticas que são cobertas pelas federações e confederações, sendo elas: Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Ginástica de Trampolim, Ginástica Acrobática, Ginástica Aeróbica Esportiva e a Ginástica para todos (Ginástica Geral). A Ginástica Artística, praticada por homens e mulheres, destaca-se por suas rotinas desafiadoras que incorporam elementos acrobáticos, de força e flexibilidade. Já a Ginástica Rítmica, exclusiva para mulheres, combina dança, ginástica e o uso de aparelhos como fitas, bolas, arcos e maças. Além disso, outras formas de ginástica como a geral e a aeróbica esportiva, buscam inclusão, diversidade e benefícios físicos. Também falamos da Federação Internacional de Ginástica (FIG) e da Confederação Brasileira de Ginástica. Na sequência, adentramos o mundo dos esportes alternativos e suas noções de jogo. Começamos pelo futebol americano, este esporte que surgiu de elementos derivados tanto dofutebol, quanto do rugby (ambos ingleses), o qual se tornou bastante técnico e conta com muito contato físico. Também, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o beisebol, esporte que jogado com 9 jogadores em cada time e no qual o rebatedor precisar rebater a bola o mais longe possível para que possa conquistar bases. Por último, nesta Unidade tivemos contato com o Tapembol, jogo criado por um professor de Educação Física brasileiro, no qual os jogadores somente podem tocar na bola dando tapas (com exceção do goleiro que pode segurar a bola e iniciar as jogadas) com o objetivo de marcar gols. Por fim, observamos outros jogos pouco conhecidos e praticados: O Dodgeball, cuja versão de jogo mais conhecida no Brasil seja a “Queimada”, com a diferença que o Dodgeball possui regras oficiais. O objetivo do jogo é o de acertar o adversário com a bola abaixo da linha do pescoço para que ele seja eliminado. Vimos, também, as regras do Corfebol, esporte criado na Holanda e que mistura elementos do handebol e do basquete. Este esporte tem o diferencial de ser um esporte misto: 4 homens e 4 mulheres compõe cada time em jogo. E, finalmente, abordamos outro esporte criado por brasileiro: o Quimbol, criado pelo professor de Educação Física Joaquim Bueno de Camargo, jogo que consiste num esporte utilizando raquetes, com a peculiaridade de ser de equipes constituída por 4 jogadores em cada lado da quadra de vôlei, podendo trocar passes entre si e com o objetivo de acertar a quadra do adversário para marcar pontos. REVISÃO DA UNIDADE Olá, estudante! Neste vídeo resumo, abordaremos os principais pontos desenvolvidos ao longo da Unidade, como a importância do atletismo como sendo a modalidade esportiva “mãe” de todas as outras, a ginástica e seus benefícios tanto como esporte como prática esportiva e os esportes alternativos e suas noções de práticas de jogo: o futebol americano, dodgeball, baseball, quimbol, tapembol e o corfebol. ESTUDO DE CASO Para contextualizar a aprendizagem dos conteúdos desenvolvidos ao longo da Unidade, considere que você é um professor de Educação Física contratado por um clube da sua cidade para aulas de recreação, mas também para lecionar diferentes esportes para crianças e adolescentes principalmente. O clube é direcionado às famílias de classe média e alta da cidade, possui boas instalações, equipamentos adequados e espaços esportivos como quadras, piscinas e até um campo de futebol de grama sintética. Nos últimos tempos aconteceram mudanças na direção do clube e a gestão atual com a intenção de atrair novos sócios resolveu que iria realizar um festival com diferentes modalidades esportivas. Foram realizadas inscrições e muitas crianças e adolescentes (idades de 8 a 14 anos) demonstraram interesse em participar do evento que vai ter duração de 4 semanas, sendo 3 semanas de treinos e aprendizado e jogos amistosos e de demonstração na última semana. Como professor, você ficou encarregado de ensinar o Futebol Americano para os jovens sócios do clube, tendo como objetivo desenvolver o esporte nas 3 semanas e organizar as partidas amistosas para a culminância do evento. Assim que essa iniciativa começou a vigorar, muitos pais reclamaram e pediram para conversar com você com medo de que seus filhos pudessem se machucar durante a prática, afinal aos olhos da maioria das pessoas o Futebol Americano é um esporte muito violento. As turmas serão divididas por idades aproximadas, mas de acordo com a coordenação do evento os times deverão ser mistos (ou seja, meninos e meninas deverão jogar juntos) para estimular a cooperação e o espírito de equipe. O seu coordenador explicou que o clube vai comprar bolas de futebol americano, mas não vai adquirir os equipamentos de proteção oficiais de jogo e sugeriu que você busque alternativas para ensinar a essência e as regras do esporte para que sejam realizados os jogos na etapa final do trabalho. Nessa posição o que você, como professor de Educação Física, deverá fazer para conseguir treinar as crianças e adolescentes? Que estratégia poderá utilizar para acalmar os pais, que estão preocupados com a integridade física de seus filhos? Reflita Leve em consideração formas alternativas de se ensinar e praticar o Futebol Americano: o touch football (futebol com toque) e o flag football (futebol com a bandeira) esses dois modelos não requerem gasto com grandes equipamentos e poderiam ser a salvação em relação a preocupação dos pais: os dois modelos (principalmente o flag football, o qual possui regras mais definidas) retiram o contato, tornando o esporte muito mais seguro. De acordo com Perfeito (2012), com o ensino do flag football, são proporcionados benefícios significativos nos aspectos motor, de saúde e psicossocial, além de promover valores de vida como a colaboração interdisciplinar, a promoção da não violência e a aceitação de novas culturas. Também podem ser encontradas boas ideias em Baia (2021) e em Cupertino (2023). Este material pode ser encontrado na parte de referências bibliográficas. Em seguida, uma ideia é pesquisar as melhores estratégias pedagógicas para ensinar o esporte, quais fundamentos deverão ser ensinados até chegar ao jogo completo e como as suas aulas serão divididas entre as 3 primeiras semanas do evento e mais a semana final com os jogos amistosos. RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO Conforme proposto no estudo de caso, nosso desafio era o de ensinar o Futebol Americano da maneira mais completa possível, integrando crianças e adolescentes de ambos os sexos e ao mesmo tempo diminuir as preocupações dos pais em relação ao ensino de um esporte visto por muitos como sendo de contato e violento. Uma saída possível é através do ensino do Flag Football, esporte que utiliza as mesmas regras do Futebol Americano, mas o contato direto (que seria agarrar e derrubar o adversário) é substituído por uma inofensiva bandeira (Flag) presa na cintura dos jogadores. Ao agir com a intenção de parar uma jogada, o praticante puxa uma das bandeiras do adversário, encerrado assim a jogada. Por sua vez, o jogador que estiver com a bola deverá correr ou tentar passar a bola antes que retirem a sua bandeira. Existem kits oficiais de Flag Football que o clube poderia adquirir e cujo custo é muito baixo em comparação com os equipamentos de proteção do Futebol Americano. Se essa não for uma opção, pode-se utilizar coletes presos colocados nos bolsos ou presos na cintura dos shorts para substituir o Flag perfeitamente. Dessa maneira os pais poderiam ficar tranquilos pois você iria ensinar um esporte sem contato e no qual meninos e meninas pudessem praticar juntos. Como divisão das aulas, poderia ser proposto um aumento gradual nos conteúdos e nos níveis de dificuldade, por exemplo, na aula 1, abordar a Introdução às Regras e Posicionamento, bem como a posição e função de cada jogador, em seguida exercícios para ensinar a forma correta de pegar o flag do oponente e trabalhar a agilidade e os movimentos básicos, por fim, brincadeiras com jogos de passes e recepção e noções básicas de estratégia. Na aula 2, poderiam ser propostas brincadeiras com passes curtos e longos, situações de ataque e defesa e demonstrar o trabalho em equipe tanto no ataque como na defesa. Por fim, na aula 3, poderiam ser propostas a retomada das habilidades e fundamentos desenvolvidos anteriormente e a realização de simulações de jogo para aplicar as estratégias e habilidades aprendidas, promovendo assim a tomada rápida de decisões em situações reais de jogo. Por fim, lembre-se de dividir os times o mais equilibradamente possível (em relação a idade, altura e nível dos jogadores) para que os jogos amistosos sejam bem disputados. RESUMO VISUAL Mapa Mental – Práticas Esportivas Aula 1 CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO. CBAT. Disponível em: https://www.cbat.org.br/novo/. Acesso em: nov. 2023 MATTHIESEN, S. Q. Atletismo: teoria e prática. Rio de Janeiro: 2007. SANT, J. R. Metodologíay técnicas de atletismo. Editorial Paidotribo, 2005. SOARES, A. C. S. et al. História do Atletismo. Anais Do Fórum De Iniciação Científica Do Unifunec, v. 5, n. 5, 2014. VERKHOSHANSKY, Y. Teoría y metodología del entrenamiento deportivo. [S. l.]: Editorial Paidotribo, 2001. Aula 2 CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA. CBG. Disponível em: https://www.cbginastica.com.br/. Acesso em: nov. 2023. PORPINO, K. O. Treinamento da ginástica rítmica: reflexões estéticas. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 26, n. 1, 2004. SCHIAVON, L. M. 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