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Resumo Apostila 2 : Movimentos da Psicologia no Século XX
O estudo da história da Psicologia permite compreender sua evolução e aplicação profissional.
Como ciência, embasa diversas áreas, como pedagogia, docência e gestão de pessoas. No século
XX, a Psicologia consolidou-se como ciência, influenciada pelo contexto cultural e tecnológico da
época (Zeitgeist).
A compreensão dos fenômenos psicológicos exige uma perspectiva histórica e contextualizada. O
conhecimento avança ao longo do tempo, possibilitando que novas perguntas sejam feitas e
respondidas com maior precisão. Como destacou Isaac Newton, o progresso ocorre ao se apoiar no
conhecimento acumulado por gerações anteriores.
Para entender a Psicologia do século XX, é essencial reconhecer seus marcos históricos, conceitos
fundamentais e métodos, além de sua relação com os avanços do século XXI. A análise da
Psicologia deve ser feita sem julgamentos anacrônicos, ou seja, sem aplicar valores e crenças atuais
a contextos passados.
1. A importância do contexto histórico e do método científico
• Para compreender a ciência e a história, é necessário considerar o contexto da época.
• Em ciência, nada pode ser aceito como óbvio; tudo deve ser testado e evidenciado.
• O erro faz parte do processo científico e é essencial para o avanço do conhecimento.
2. O exemplo da Frenologia
• No século XVIII, Franz Joseph Gall propôs que o formato do crânio determinava
características mentais e de personalidade.
• Embora hoje seja considerada pseudociência, a Frenologia influenciou áreas da Psicologia e
da Psiquiatria.
• A ideia de que certas funções cerebrais são localizadas em áreas específicas do cérebro foi
posteriormente confirmada.
3. Ciência x Pseudociência
• A ciência evolui testando hipóteses e rejeitando ideias sem evidências sólidas.
• Pseudociências se apresentam como científicas, mas não seguem rigorosamente o método
científico.
• É necessário senso crítico para diferenciar informações científicas verdadeiras de crenças
infundadas.
4. Impacto das descobertas científicas no pensamento atual
• Ideias preconceituosas e sem embasamento científico foram refutadas, como:
• Não existe raça superior.
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• Doentes mentais não devem ser isolados e descartados.
• A orientação sexual não é uma doença e não precisa de tratamento.
• A Psicologia Científica é autônoma e não deve ser confundida com dogmas
religiosos.
5. Exemplo de erro científico refutado: Eugenia
• A Eugenia, que tentava justificar a superioridade de determinados grupos, foi descartada
devido a conflitos éticos e falta de evidências.
• A homossexualidade foi erroneamente tratada como uma doença, mas a ciência demonstrou
que essa visão era equivocada.
Conclusão
• A ciência avança corrigindo erros e buscando evidências sólidas.
• É essencial manter uma postura crítica e não aceitar afirmações sem comprovação científica.
Inclusão na Educação e Psicologia
• Separar crianças com dificuldades de aprendizado ou condições como autismo e surdez não
é ideal.
• A inclusão deve ser promovida sem negligenciar a necessidade de estratégias educacionais
individualizadas.
• A Psicologia contribui para entender o desenvolvimento humano e criar melhores estratégias
de ensino.
História e Evolução da Psicologia
• A Psicologia passou por erros e acertos ao longo da história para chegar a métodos mais
éticos e humanizados.
• A evolução dessa ciência foi influenciada por diversas áreas do conhecimento, como
Filosofia e Neurociência.
• Os erros do passado ajudaram a moldar práticas mais inclusivas e eficazes na educação e na
saúde mental.
Psicologia em Diferentes Áreas
• Na educação: auxilia pedagogos a desenvolverem estratégias adequadas para o
aprendizado.
• Na gestão de pessoas: melhora práticas organizacionais e de desenvolvimento profissional.
• Na saúde mental: promove tratamentos humanizados e estratégias para o bem-estar
emocional.
• Na atuação dos psicólogos: abrange psicoterapia, avaliação psicológica, neuropsicologia,
entre outras áreas.
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Importância da Filosofia na Psicologia
• A Psicologia tem raízes na Filosofia, que busca compreender o conhecimento por meio da
razão e argumentação.
• A Filosofia também ajuda a identificar falácias do conhecimento, prevenindo erros e
manipulações.
• A análise histórica é essencial para evitar repetir equívocos e promover avanços na ciência e
na sociedade.
Conclusão
• A Psicologia do século XXI no Brasil busca promover direitos humanos, inclusão e
tolerância.
• O estudo do passado é essencial para construir um futuro melhor e evitar práticas
prejudiciais.
• A visão de mundo depende da perspectiva de cada indivíduo, reforçando a necessidade de
pensamento crítico e científico.
O pensamento filosófico é uma ferramenta essencial contra o obscurantismo, pois promove o
pensamento crítico. A Filosofia influenciou diversos movimentos e estudos ao longo da história,
incluindo o racionalismo de René Descartes, o empirismo de John Locke e o evolucionismo de
Charles Darwin. Immanuel Kant buscou conciliar racionalismo e empirismo, enquanto Hegel
desenvolveu a dialética como um processo de construção e reconstrução do conhecimento.
No campo da Psicologia, a Psicofísica introduziu uma abordagem experimental para estudar a
relação entre estímulos físicos e respostas conscientes, demonstrando que a Psicologia não rompe
com a Filosofia, mas se baseia nela para desenvolver métodos científicos confiáveis.
Pontos Principais
1. Importância do pensamento filosófico
• Atua contra o obscurantismo ao desenvolver o pensamento crítico.
2. Influência de movimentos filosóficos
• René Descartes (1596-1650): Racionalismo e mecanicismo.
• John Locke (1632-1704): Empirismo e a mente como "tabula rasa".
• Immanuel Kant (1724-1804): Síntese entre racionalismo e empirismo.
• Hegel (1770-1831): Dialética como processo de construção do conhecimento.
3. Evolução das ideias sobre a mente humana
• Desde a Grécia Antiga, a razão foi vista como meio de obter conhecimento.
• Debates entre racionalistas (Descartes, Leibniz) e empiristas (Locke).
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• Kant critica a “Razão Pura” e propõe um modelo integrador.
4. Impacto da teoria da evolução
• Charles Darwin (1809-1882): A evolução influencia a Psicologia, destacando a
adaptação da consciência.
5. Psicofísica e a relação com a Filosofia
• Introduz o método experimental para estudar a relação entre estímulos físicos e
percepção.
• Mostra que a Psicologia se fundamenta na Filosofia, buscando evidências científicas.
O texto aborda a importância do pensamento filosófico no desenvolvimento do pensamento crítico e
sua influência em diversas áreas do conhecimento, como a Psicologia e a Psicofísica.
Principais pontos:
1. Importância do pensamento filosófico:
• Atua como uma defesa contra o obscurantismo e falácias.
• Desenvolve o pensamento crítico.
2. Influências filosóficas:
• René Descartes (1596-1650): Defensor do racionalismo; sua obra Discurso sobre o
Método (1637) destaca a busca da verdade pela razão.
• John Locke (1632-1704): Empirista inglês que concebeu a mente como uma "tabula
rasa", ou seja, um espaço vazio onde a experiência sensorial forma o conhecimento
(Ensaio sobre o Entendimento Humano).
• Immanuel Kant (1724-1804): Propôs uma síntese entre racionalismo e empirismo,
além de criticar a "Razão Pura".
• Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831): Criador do pensamento dialético,
onde o conhecimento é construído por meio da interação entre tese, antítese e síntese.
3. Influência de Charles Darwin (1809-1882):
• Em A Origem das Espécies (1872), propôs a evolução das espécies com base na
adaptabilidade e sobrevivência.
• Sua teoria influenciou a Psicologia, especialmente o funcionalismo, que estuda o
papel adaptativo da consciência.
4. Desenvolvimento da Psicofísica:
• Relaciona estímulos físicos às respostas conscientes.
• Adota o método experimental para obter evidências empíricas e reprodutíveis.
• Embora inovadora, não rompecuidado mais integral, já que os saberes são compartilhados para um
diagnóstico e tratamento mais completos.
• Exemplo: Atleta que sofre lesão recebe suporte integrado de fisioterapeutas, nutricionistas e
psicólogos.
5. Desafios da interdisciplinaridade
• Requer preparo dos profissionais para aceitarem o compartilhamento de informações.
• Barreiras incluem medo, ansiedade, insegurança, orgulho e necessidade de poder.
• Muitas vezes, há resistência por parte de profissionais que acreditam que sua especialidade é
suficiente.
6. Transdisciplinaridade na saúde
• Vai além da interdisciplinaridade: rompe as barreiras entre as disciplinas e cria um novo
saber a partir da integração total dos conhecimentos.
• Exemplo: Paciente com ansiedade social tratado por psiquiatra, psicólogo, terapeuta
ocupacional e educador físico, que juntos constroem um plano de tratamento inovador.
• Ainda enfrenta desafios no Brasil, como falta de preparo e integração eficaz dos serviços.
7. Considerações finais
• A formação de profissionais de saúde deve incluir a integração entre diferentes saberes
para um cuidado mais eficaz.
• A multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade promovem um
atendimento mais completo, beneficiando tanto pacientes quanto profissionais.
• O objetivo final é garantir um atendimento humanizado e integral no sistema de saúde.
Apostila 6- Perspectivas e as tendências da Psicologia da Saúde – Resumo
Psicologia da Saúde
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1. Descrição e Propósito
• O estudo aborda a Psicologia da Saúde em processos de promoção, prevenção e
reabilitação no contexto do trabalho e das políticas públicas.
• O objetivo é compreender como esse campo se estrutura, identificar tendências e práticas
futuras e analisar a hierarquia dos cuidados em saúde.
2. Perspectiva Histórica da Psicologia da Saúde
• A Psicologia da Saúde é um campo em constante transformação, influenciado por avanços
científicos e políticas públicas.
• A Psicologia moderna surge com Wilhelm Wundt (1879), mas o foco inicial era a
normalidade do comportamento, deixando de lado os aspectos psicopatológicos.
• No Brasil:
• A profissão foi regulamentada em 1962, com foco na prática clínica individual e
voltada para classes privilegiadas.
• Nos anos 1980, com o enfraquecimento da ditadura, emergem movimentos sociais
que impulsionam a criação do SUS (1988) e novas áreas de atuação da Psicologia,
como a Psicologia Comunitária.
• Nos anos 2000, políticas públicas como o Pacto pela Saúde (2006) e a expansão do
SUS ampliaram o papel do psicólogo.
• A Psicologia da Saúde foi reconhecida como especialidade apenas em 2016
(Resolução CFP n. 03/2016).
3. A Importância da Psicologia da Saúde
• Definição de Matarazzo (1980): a Psicologia da Saúde estuda a prevenção, promoção e
reabilitação da saúde, abrangendo a saúde pública e privada.
• O SUS é o maior empregador de psicólogos no Brasil.
• A atuação do psicólogo da saúde vai além da clínica individual, incluindo trabalho
institucional, comunitário e multiprofissional.
Atribuições do Psicólogo da Saúde (Resolução CFP 03/2016)
• Trabalhar em equipes multiprofissionais na análise e intervenção em saúde.
• Considerar o contexto social e cultural na criação de estratégias de intervenção.
• Desenvolver ações de prevenção, promoção da saúde e vigilância junto a usuários e
profissionais.
• Participar da gestão de serviços de saúde, formulando e monitorando políticas públicas.
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4. Determinantes Sociais de Saúde (DSS) e Vulnerabilidade Social
• A partir dos anos 1990, estudos passaram a abordar a vulnerabilidade social em vez de
"exclusão social".
• Os DSS incluem fatores sociais, econômicos, culturais e psicológicos que influenciam a
saúde da população.
• Intervenções eficazes incluem políticas de combate à desigualdade, melhoria na
educação, trabalho e proteção social.
• Discussões sobre racismo, gênero e saúde mental tornaram-se cada vez mais presentes na
Psicologia da Saúde.
5. Diferenças entre Psicologia da Saúde e Psicologia Tradicional
• A Psicologia Tradicional é baseada no atendimento individual e intrapsíquico.
• A Psicologia da Saúde busca abordagens coletivas, comunitárias e institucionais.
• A transposição do modelo clínico tradicional para o contexto da saúde pública pode gerar
conflitos, baixa eficácia e resistência.
6. O CREPOP e Documentos Importantes
• O CREPOP (Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas) orienta
psicólogos que atuam em políticas públicas.
• Produz referências para áreas como: violência contra mulheres, atenção básica, saúde do
trabalhador, álcool e drogas, diversidade sexual e de gênero, entre outras.
Conclusão
• A Psicologia da Saúde tem evoluído de um modelo clínico individualista para um modelo
coletivo e preventivo.
• Seu reconhecimento como especialidade (2016) fortalece sua importância na saúde pública
e políticas sociais.
• O profissional dessa área deve estar preparado para atuar de forma interdisciplinar,
considerando fatores sociais, culturais e econômicos no cuidado à saúde.
1. Determinantes Sociais e Escolhas Individuais na Psicologia da Saúde
• A Psicologia da Saúde, especialmente na Saúde Pública, trabalha com populações
vulneráveis.
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• A relação entre determinantes sociais e escolhas individuais não é excludente; ambas
influenciam as condições de risco social e de saúde.
2. A Emergência do “Campo Psi” e o Impacto da Psicanálise
• No final do século XIX, surgem a Psicanálise, Psiquiatria e Psicologia, influenciadas pelo
ideário individualista da época.
• A Psicanálise introduz a noção de "sujeito psicológico", explicando a subjetividade a partir
da história familiar e desejos inconscientes.
• Essa abordagem tornou-se culturalmente influente, impactando a Psicologia Clínica e seus
métodos.
3. Críticas à Psicologia Clínica Tradicional
• O modelo tradicional de Psicologia Clínica é criticado por ser elitista, alinhado aos valores
da classe média e pouco eficaz em contextos sociais diversos.
• Características desse modelo incluem:
• Atendimento em consultórios particulares.
• Ênfase em processos intrapsíquicos e psicodiagnósticos.
• Adesão ao modelo médico e à noção de normalidade vs. anormalidade.
• No contexto da Saúde Pública, esse modelo enfrenta dificuldades com pacientes de baixa
renda, levando à evasão do tratamento.
4. A Seleção de Clientela na Saúde Pública
• Psicólogos tendem a priorizar pacientes que compartilham sua visão de mundo.
• Pacientes que expressam sofrimento de forma mais corporal, sem aderência ao modelo da
escuta terapêutica, são encaminhados para psiquiatras e medicalização.
• Isso contraria princípios do SUS, como a equidade e a Clínica Ampliada, que visam maior
inclusão no atendimento psicológico.
5. Escuta Psicológica vs. Outras Formas de Escuta na Saúde
• Escuta psicológica não é apenas um meio para obtenção de informações, mas o próprio
tratamento.
• Difere da escuta em outras profissões de saúde, pois busca promover autorreflexão e
transformação subjetiva.
• Exige empatia, neutralidade e acolhimento sem julgamentos.
6. Política Nacional de Humanização (PNH) e a Clínica Ampliada
• A PNH do SUS institucionalizou a escuta como parte da assistência em saúde.
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• Psicólogos têm papel central na humanização do atendimento, promovendo um acolhimento
mais sensível e personalizado.
• A escuta psicológica deve envolver não apenas o paciente, mas também suas famílias, para
compreender melhor o contexto de vida.
7. Trabalho em Grupo na Saúde Pública
• O trabalho em grupo é recomendado por aumentar a acessibilidade, promover interação e
ampliar a capacidade de atendimento.
• Precisa respeitar a singularidade dos participantes e manter um número adequado de
integrantes para garantir a efetividade do processo terapêutico.
• No SUS, grupos são utilizados em programas específicos, como:
• Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) – suporte ao abandono do
tabaco.
• Programas de Reduçãode Danos para Usuários de Drogas – focam no impacto
social e de saúde do uso de substâncias psicoativas.
Conclusão
O texto explora as relações entre Psicologia Clínica, Psicanálise e Saúde Pública, destacando
desafios na adaptação da prática psicológica a diferentes realidades sociais. A escuta psicológica e o
acolhimento são essenciais para uma abordagem mais inclusiva e humanizada no SUS.
Grupos Terapêuticos na Rede de Saúde
1. Grupos de Manejo de Estresse: Suporte psicoterapêutico e educativo para ajudar no
enfrentamento do estresse e ansiedade.
2. Grupos com Pacientes Crônicos: Focados na adesão ao tratamento, suporte e troca de
experiências entre pacientes com doenças crônicas.
3. Grupos sobre Sexualidade na Adolescência: Voltados para prevenir gravidez precoce e
DSTs, auxiliando na compreensão da sexualidade e identidade de gênero.
4. Grupo da Terceira Idade: Promovem autoestima, socialização e qualidade de vida dos
idosos.
5. Roda de Terapia Comunitária: Método de compartilhamento de experiências para
fortalecer vínculos e buscar soluções coletivas para desafios do cotidiano.
O SUS e o Papel da Psicologia
• Rede de Saúde: Organização do SUS baseada em interligação entre diferentes agentes e
instituições.
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• Região de Saúde: Espaço geográfico que integra municípios para melhor planejamento e
execução dos serviços.
Princípios do SUS
1. Doutrinários:
• Universalidade: Saúde como direito de todos.
• Integralidade: Cuida desde a prevenção até a reabilitação.
• Equidade: Atendimento prioritário a grupos vulneráveis.
2. Organizacionais:
• Hierarquização: Três níveis de complexidade (atenção primária, média e alta).
• Controle Social: Participação popular na gestão do SUS.
• Descentralização: Serviços próximos da população, com gestão compartilhada entre
municípios, estados e União.
Clínica Ampliada e Política Nacional de Humanização (PNH)
• A Clínica Ampliada valoriza a abordagem biopsicossocial, promovendo maior
envolvimento do paciente no tratamento.
• Defende a escuta qualificada e o atendimento individualizado, considerando a
subjetividade do paciente.
• O Projeto Terapêutico Singular (PTS) personaliza os cuidados de saúde, indo além do
diagnóstico clínico tradicional.
Estratégia de Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio à Saúde da Família
(NASF)
• A ESF foca na prevenção e promoção da saúde, reduzindo a sobrecarga do sistema.
• O NASF oferece suporte especializado às equipes de saúde da família, atuando na
resolubilidade dos atendimentos.
• Psicólogos no NASF não fazem apenas atendimentos individuais, mas atuam no Apoio
Matricial, qualificando equipes e ampliando o cuidado em saúde mental.
Atuação do Psicólogo no SUS
• O psicólogo deve ter um olhar comunitário e institucional, trabalhando não só com
pacientes, mas com equipes e redes sociais.
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• Importância na prevenção e promoção da saúde mental, como no Setembro Amarelo
(prevenção do suicídio).
• O Apoio Matricial no NASF é fundamental para qualificar o cuidado à saúde mental.
Conclusão
O SUS adota um modelo integrado de atenção à saúde, no qual a psicologia desempenha um papel
essencial. A abordagem humanizada, o trabalho interdisciplinar e o fortalecimento da prevenção são
fundamentais para a eficiência do sistema.
O texto aborda a atuação do psicólogo na saúde pública, especialmente nos Núcleos Ampliados de
Saúde da Família (NASF), no Programa Saúde na Escola (PSE), na Rede de Atenção
Psicossocial (RAPS) e no contexto hospitalar. Também discute os impactos da pandemia de
Covid-19 na Psicologia da Saúde.
1. Psicólogo no NASF
• Atua em atividades socioeducativas para a comunidade.
• Visitas domiciliares são comuns, feitas com agentes de saúde.
• O atendimento ambulatorial individual não é recomendado, mas ainda ocorre devido à
formação tradicional dos psicólogos.
• Deve registrar suas atividades conforme as resoluções do Conselho Federal de Psicologia
(CFP 009/2010 e 006/2019).
2. Programa Saúde na Escola (PSE)
• Parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação desde 2007.
• Foca na promoção da saúde e na prevenção de problemas psicológicos em escolas
públicas.
• O psicólogo atua em:
• Avaliação clínica e psicossocial dos alunos.
• Capacitação de professores e rodas de conversa para discutir problemas
profissionais.
• Atendimentos e encaminhamentos psicológicos, muitas vezes motivados pelo
sofrimento percebido pelas equipes de saúde.
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3. Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)
• Criada pela Lei 10.216/01, propõe um modelo de tratamento comunitário para transtornos
mentais.
• Garante tratamento humanizado, inclusão social e respeito aos direitos dos pacientes.
• Atua em diferentes frentes, como:
• Atenção psicossocial básica e estratégica.
• Reabilitação psicossocial.
• Atenção residencial transitória e definitiva.
4. Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)
• Equipamento de atenção secundária à saúde mental.
• Objetiva tratar a crise psicossocial sem isolamento, utilizando oficinas terapêuticas (arte,
música, teatro, etc.).
• Funcionam com portas abertas, sem necessidade de encaminhamento.
• CAPS III oferece apoio noturno para pacientes em crise.
5. Consultório de Rua
• Criado em 2011 para atender pessoas em situação de rua.
• Equipes multiprofissionais realizam abordagem itinerante.
• Psicólogos contribuem com:
• Apoio psicológico aos usuários.
• Mediação de conflitos e integração social.
• Redução de preconceitos contra essa população.
6. Psicologia Hospitalar
• Atua em hospitais gerais e psiquiátricos, mas é uma área com poucos profissionais.
• Foca na dimensão biopsicossocial das doenças, auxiliando no enfrentamento do
adoecimento.
• Principais funções:
• Atendimento a pacientes e familiares.
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• Intervenções em UTI, ambulatórios e enfermarias.
• Apoio emocional à equipe médica.
• Participação em pesquisas e ensino.
7. Impactos da Pandemia na Psicologia da Saúde
• Houve aumento na contratação de psicólogos em hospitais para lidar com as novas
demandas emocionais.
• Principais desafios:
• Apoio psicológico a pacientes hospitalizados.
• Atendimento a familiares em luto.
• Apoio à equipe médica na comunicação de diagnósticos e óbitos.
• A pandemia gerou novos quadros de sofrimento mental, como depressão, ansiedade e
medo generalizado.
Conclusão
A Psicologia da Saúde tem papel fundamental no atendimento humanizado e na integração das
políticas públicas. Sua atuação se estende para além da clínica tradicional, envolvendo ações
comunitárias, prevenção e reabilitação. O contexto social e político influencia constantemente
essa área, exigindo adaptação dos profissionais às novas realidades, como a pandemia de Covid-19.
Resumo Apostila 2 : Movimentos da Psicologia no Século XX
1. A importância do contexto histórico e do método científico
2. O exemplo da Frenologia
3. Ciência x Pseudociência
4. Impacto das descobertas científicas no pensamento atual
5. Exemplo de erro científico refutado: Eugenia
Conclusão
Inclusão na Educação e Psicologia
História e Evolução da Psicologia
Psicologia em Diferentes Áreas
Importância da Filosofia na Psicologia
Conclusão
Pontos Principais
Principais pontos:
Conclusão:
Principais pontos:
Conclusão:
Principais pontos:
1. Wilhelm Wundt e a Psicologia Científica
2. Psicologia não Wundtiana
3. Surgimento do Estruturalismo e Funcionalismo
4. Psicologia no século XX
5. Relação entre Psicologia e Filosofia
Conclusão:
1. Estruturalismo – Edward B. Titchener (1867-1927)
2. Funcionalismo – William James (1842-1910)
3. Debate Estruturalismo x Funcionalismo
4. Psicanálise – Sigmund Freud (1856-1939)
Conclusão
1. Psicanálise – Sigmund Freud (1856-1939)
2. Psicologia Analítica – Carl Gustav Jung (1875-1961)
3. Behaviorismo (Comportamentalismo)
Conclusão
1. Behaviorismo
Origens e Principais Ideias
Principais Teóricos
Críticas ao Mentalismo
2. Psicologia da Gestalt
Origens e Principais Ideias
Principais Teóricos
Conceito Central
Conclusão
1. Psicologiada Gestalt
2. Psicologia Humanista ("Terceira Força")
3. Psicologia Cognitiva
Conclusão
1. Processos Cognitivos
2. Psicologia Cognitiva Clínica vs. Psicologia Cognitiva Teórica
Reestruturação Cognitiva (Aaron Beck, 2013)
3. Determinismo e Vulnerabilidade Cognitiva
4. Relação entre Mente e Corpo
5. Psicologia Cognitiva Aplicada vs. Básica
Conclusão
1. Variáveis Intervenientes e Psicologia Cognitiva
2. Marcos Históricos da Psicologia Cognitiva
1956 – O Ano Chave
Fins da década de 1950 e anos 1960
Revolução Cognitivista (décadas de 1950-1970)
3. Behaviorismo vs. Cognitivismo
Behaviorismo (Watson, Skinner)
Cognitivismo
4. Psicologia Cognitiva e Integração com Outras Áreas
5. Conclusão
1. Sistema Nervoso: Ativação vs. Inibição
2. Sistemas Neurais Relacionados ao Comportamento
Sistema Dorsal (Regulação dos Estados Afetivos)
Sistema Ventral (Processamento Emocional)
Amígdala (Respostas Automáticas a Ameaças)
3. Personalidade e Neurociências Cognitivas
4. Métodos da Psicologia Cognitiva
Pesquisa Básica: Cronometria Mental
Pesquisa Aplicada: Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
5. Neuropsicologia
6. Construtos Psicológicos e Motivação
Conclusão
1. Psicologia Cognitiva e Motivação
2. Emoção e Interpretação Cognitiva
3. Psicologia Cognitiva: Ciência Básica e Aplicada
4. Evolução da Psicologia
5. O Impacto do Pensamento na Vida das Pessoas
6. Psicologia no Século XXI
Conclusão
1. A Evolução da Psicologia e o Surgimento da Psicologia Positiva
2. O Que é a Psicologia Positiva?
3. Psicologia Positiva, Psicologia Cognitiva e Neurociências
4. As Seis Grandes Virtudes da Psicologia Positiva
5. Cuidados e Aplicação da Psicologia Positiva
6. Psicologia Positiva no Mercado e Orientação Profissional
Conclusão
1. As Revoluções Industriais e Suas Transformações
2. O Papel da Psicologia na Sociedade 4.0
3. Psicologia Positiva e o Desenvolvimento de Soft Skills
4. Psicologia: Uma Ciência Plural
5. Conclusão
Apostila 3 Psicossomática - Resumo
1. Propósito e Objetivos
2. Introdução à Psicossomática
3. Conceito de Psicossomática e Fundamentação
Dualismo: Separação entre Mente e Corpo
Monismo: Unidade entre Mente e Corpo
4. Importância para a Saúde
Conclusão
Monismo e Psicossomática
1. O Monismo na Filosofia e na Psicologia
2. A Psicologia Contemporânea e o Monismo
3. O Caso de Phineas Gage e a Comprovação do Monismo
4. Psicossomática e a Relação Mente-Corpo
5. Casos Reflexivos sobre a Abordagem Holística
Conclusão
Psicossomática e Histeria
1. A Psicossomática e a Conexão Mente-Corpo
2. Evolução Histórica da Psicossomática e a Histeria
3. O Caso da Mulher "Cega" e a Interpretação da Histeria
4. O Estigma da Histeria e a Reação dos Médicos
5. O Modelo Biopsicossocial e a Abordagem Atual
6. Psicossomática e a Origem do Conceito
Conclusão
Psicossomática e Somatopsíquico
1. Origem e Definição da Psicossomática e do Somatopsíquico
2. As Três Fases da Psicossomática
3. Psicossomática e DSM-V (Transtornos Somáticos)
4. Importância do Reconhecimento da Psicossomática
1. Transtorno Conversivo
2. Psicossomática e Psicologia da Saúde
3. Psicologia da Saúde
Leis Relacionadas à Saúde no Brasil
4. Atenção Básica e Primária
5. Psicologia Hospitalar
6. Diferenças entre Psicologia da Saúde, Hospitalar e Clínica
7. Conclusão
Transtornos Psicológicos
1. Introdução
2. Estresse e suas implicações
3. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)
4. Formas de Cuidado e Tratamento
5. Transtornos de Ansiedade
Conclusão
Transtorno de Ansiedade de Separação
Fobias
Tipos de fobias:
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Agorafobia
Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
Transtorno de Pânico e Ataques de Pânico
Ansiedade Induzida por Substâncias/Condições Médicas
Conclusão
Transtorno do Pânico
Definição e Sintomas
Diferença entre TP e Outros Transtornos de Ansiedade
Prevalência e Comorbidades
Causas e Diagnóstico
Tratamento Multidisciplinar
Conclusão
Práticas Integrativas e Complementares
Prevenção e Promoção da Saúde Mental
Síndrome do Pânico: Diagnóstico e Tratamento
Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
Conclusão
Causas e Fatores de Risco do TOC
Características do TOC
Impacto na Vida do Indivíduo
Diferença entre Mania e Comportamento Compulsivo
Tratamento do TOC
TOC e a Pandemia da COVID-19
Conclusão
1. Propósito e Objetivos
2. Habilidades Sociais e Desenvolvimento Humano
3. Impacto das Experiências na Construção das Habilidades Sociais
4. Habilidades Sociais no Ambiente Profissional
5. Principais Habilidades Sociais no Trabalho
6. Habilidades Sociais e Competência Profissional
Conclusão
1. Paradigmas do trabalho em equipe
2. Estágios da formação de equipes
3. Tipos de liderança
4. Tipos de equipes
5. Características de equipes eficazes
6. Desafios do trabalho em equipe
7. Multidisciplinaridade e interdisciplinaridade na saúde
Conclusão
1. Complexidade do adoecimento e modelo biopsicossocial
2. Níveis de atenção à saúde no SUS
3. Multidisciplinaridade na saúde
4. Interdisciplinaridade na saúde
5. Desafios da interdisciplinaridade
6. Transdisciplinaridade na saúde
7. Considerações finais
Psicologia da Saúde
1. Descrição e Propósito
2. Perspectiva Histórica da Psicologia da Saúde
3. A Importância da Psicologia da Saúde
Atribuições do Psicólogo da Saúde (Resolução CFP 03/2016)
4. Determinantes Sociais de Saúde (DSS) e Vulnerabilidade Social
5. Diferenças entre Psicologia da Saúde e Psicologia Tradicional
6. O CREPOP e Documentos Importantes
Conclusão
1. Determinantes Sociais e Escolhas Individuais na Psicologia da Saúde
2. A Emergência do “Campo Psi” e o Impacto da Psicanálise
3. Críticas à Psicologia Clínica Tradicional
4. A Seleção de Clientela na Saúde Pública
5. Escuta Psicológica vs. Outras Formas de Escuta na Saúde
6. Política Nacional de Humanização (PNH) e a Clínica Ampliada
7. Trabalho em Grupo na Saúde Pública
Conclusão
Grupos Terapêuticos na Rede de Saúde
O SUS e o Papel da Psicologia
Princípios do SUS
Clínica Ampliada e Política Nacional de Humanização (PNH)
Estratégia de Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)
Atuação do Psicólogo no SUS
Conclusão
1. Psicólogo no NASF
2. Programa Saúde na Escola (PSE)
3. Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)
4. Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)
5. Consultório de Rua
6. Psicologia Hospitalar
7. Impactos da Pandemia na Psicologia da Saúde
Conclusãocom a Filosofia, mas a complementa.
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Conclusão:
O pensamento filosófico moldou diversas áreas do conhecimento, influenciando o estudo da mente,
do comportamento e da adaptação humana. A Psicologia e a Psicofísica se beneficiam dessas bases
filosóficas, aliando o pensamento crítico à experimentação científica.
O texto explora o surgimento da Psicologia Científica no século XIX, impulsionado pelo Zeitgeist
da época, pelos avanços na Fisiologia Experimental e pela teoria da evolução das espécies. A
criação do primeiro laboratório de Psicologia por Wilhelm Wundt em 1879 foi um marco
fundamental, consolidando a disciplina como uma ciência independente.
Principais pontos:
1. Contexto histórico e influência da Fisiologia Experimental:
• O século XIX foi marcado pela valorização do método científico e do empirismo.
• A Psicologia buscou se firmar como ciência seguindo os modelos das ciências
naturais.
• A Fisiologia Experimental e a Psicofísica foram fundamentais para o
desenvolvimento da Psicologia Científica.
2. Diferença entre sensação e percepção:
• Sensação: Processos fisiológicos relacionados aos sentidos (visão, audição, tato,
etc.).
• Percepção: Interpretação psicológica das sensações.
3. Primeiras medidas na Psicologia:
• No século XIX, a Psicologia iniciou seus estudos com medidas psicofísicas,
investigando padrões fisiológicos.
• No século XX, a mensuração passou a focar diferenças individuais (ex.: inteligência
e personalidade).
4. Principais cientistas e contribuições:
• Wilhelm Wundt (1832-1920): Fundador do primeiro laboratório de Psicologia na
Universidade de Leipzig, consolidando a Psicologia Científica.
• Ernst Weber (1795-1878): Estudou o limiar de dois pontos, investigando a relação
entre estímulos físicos e percepção.
• Gustav Fechner (1801-1887): Criador do paralelismo psicofísico, que relaciona
mundo físico e psíquico quantitativamente.
• Hermann von Helmholtz (1821-1894): Mediu a velocidade do impulso nervoso,
demonstrando que pensamento e movimento têm um intervalo mensurável.
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Conclusão:
A Psicologia emergiu como ciência a partir do desenvolvimento da Psicofísica e da Fisiologia
Experimental. O trabalho de Wundt, Weber, Fechner e Helmholtz foi essencial para o avanço da
disciplina, substituindo especulações filosóficas por métodos experimentais e quantitativos.
O texto discute o desenvolvimento da Psicologia Científica, desde os estudos de Wilhelm Wundt
até o surgimento das primeiras escolas psicológicas no século XIX e início do século XX.
Principais pontos:
1. Wilhelm Wundt e a Psicologia Científica
• Wundt delimitou a Psicologia como ciência, focando no estudo da consciência.
• Utilizou o método experimental e a introspecção guiada para analisar a experiência
consciente.
• Negou que a Psicologia pudesse estudar funções superiores como memória e aprendizado.
2. Psicologia não Wundtiana
• Alguns pesquisadores discordaram de Wundt e avançaram em outras áreas:
• Hermann Ebbinghaus (1850-1909): Estudou aprendizagem e memória.
• Franz Brentano (1838-1917): Diferenciou conteúdo mental e atividade mental.
3. Surgimento do Estruturalismo e Funcionalismo
• No século XIX, a Psicologia se dividiu em duas grandes escolas:
• Estruturalismo: Buscava identificar os elementos básicos da mente.
• Funcionalismo: Investigava a adaptação e as funções da consciência.
4. Psicologia no século XX
• A Psicologia expandiu-se nos EUA e na Europa.
• Edward B. Titchener (1867-1927), discípulo de Wundt, desenvolveu o Estruturalismo.
• Propôs a análise da mente em seus componentes mais simples (átomos do
pensamento).
• Utilizou a introspecção experimental sistemática.
• Treinou observadores para descrever estados conscientes com precisão.
5. Relação entre Psicologia e Filosofia
• A Psicologia não rompeu completamente com a Filosofia.
• A ciência precisa de bases filosóficas para definir seus métodos e objetivos (bases
epistemológicas).
• O método científico é essencial para coletar evidências, mas a Filosofia continua relevante.
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Conclusão:
O desenvolvimento da Psicologia como ciência envolveu debates sobre seu método e objeto de
estudo. Wundt estabeleceu a base experimental, mas outros cientistas ampliaram a abordagem,
levando à criação de diferentes escolas psicológicas. No século XX, o Estruturalismo e o
Funcionalismo consolidaram a Psicologia nos EUA e na Europa, mantendo diálogo com a Filosofia
e as ciências naturais.
O texto aborda o Estruturalismo, o Funcionalismo e a influência da Psicanálise na Psicologia,
destacando as contribuições de Edward B. Titchener, William James e Sigmund Freud.
1. Estruturalismo – Edward B. Titchener (1867-1927)
• Titchener e seus colaboradores identificaram mais de 40 mil qualidades e sensações.
• Defendiam que cada sensação poderia ser combinada para formar percepções e ideias.
• Os elementos básicos da consciência eram analisados por:
• Qualidade, intensidade, duração e nitidez.
• Aplicavam a introspecção experimental sistemática (auto-observação guiada da
experiência consciente).
2. Funcionalismo – William James (1842-1910)
• James publicou Princípios da Psicologia (1890), base do Funcionalismo nos EUA.
• Em vez de focar nos "átomos do pensamento" como Titchener, ele estudava a função da
consciência.
• Desenvolveu a Teoria James-Lange das Emoções, em parceria com Carl G. Lange (1834-
1900):
• Emoções resultam de mudanças fisiológicas no corpo.
• Exemplo: Diante de um barulho alto, o coração acelera → o indivíduo percebe isso
→ sente medo.
• O Funcionalismo foi influenciado pela teoria da evolução de Darwin e focava no papel
adaptativo da consciência, hábitos e emoções.
3. Debate Estruturalismo x Funcionalismo
• Entre 1901 e 1913, houve um debate intenso entre essas correntes nos EUA.
• O Estruturalismo buscava a estrutura da mente.
• O Funcionalismo investigava como a mente ajudava o ser humano a se adaptar.
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• O pragmatismo, corrente filosófica, influenciou os funcionalistas ao valorizar o
conhecimento útil e aplicável.
4. Psicanálise – Sigmund Freud (1856-1939)
• A Psicanálise não faz parte da Psicologia científica, mas influenciou diversas áreas.
• Freud desenvolveu a teoria das pulsões (trieb), e não de instintos (instinkt), como muitos
traduziram erroneamente.
• Criou a teoria do desenvolvimento psicossexual:
• Fases: Oral, Anal, Fálica, Latência, Genital.
• O conceito de impulso psicológico explica como o comportamento busca equilíbrio interno.
• Exemplo: Sede é um desconforto psicológico → o comportamento de beber água
restaura o equilíbrio.
Conclusão
• O Estruturalismo e o Funcionalismo foram as primeiras grandes escolas da Psicologia.
• A Psicanálise trouxe uma abordagem diferente, focada no inconsciente e nos impulsos
humanos.
• A Psicologia do século XX foi marcada por debates teóricos e pela busca de um método
científico para estudar a mente e o comportamento.
O texto apresenta três grandes abordagens psicológicas: Psicanálise, Psicologia Analítica e
Behaviorismo, destacando suas principais ideias e influências.
1. Psicanálise – Sigmund Freud (1856-1939)
• A mente humana pode ser comparada a um sistema hidráulico:
• Os impulsos corporais acumulam energia (como a água em uma caixa-d’água).
• Quando essa energia não é liberada, gera ansiedade e desconforto psíquico.
• Os mecanismos de defesa atuam como válvulas de escape.
• Freud dividiu a estrutura psíquica em três partes:
• Id → busca prazer imediato, age por instinto.
• Superego → representa a moral e regras sociais.
• Ego → regula o Id e o Superego, equilibrando a realidade.
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• A Psicanálise surgiu como um método para tratar doenças mentais e depois expandiu-se
para outras áreas como educação, saúde e psicoterapia.
• No século XX, a teoria sofreu modificações por outros autores que ampliaram ou
discordaram de Freud.
2. Psicologia Analítica – Carl Gustav Jung (1875-1961)
• Jung foi discípulo de Freud, mas rompeu com ele por divergências teóricas.
• Criou aPsicologia Analítica, aplicada na psicoterapia e avaliação da personalidade.
• Desenvolveu a Teoria dos Tipos Psicológicos, base do famoso teste MBTI (Myers-Briggs
Type Indicator) e do QUATI (utilizado no Brasil).
• Seu sistema é amplamente utilizado na orientação profissional e planejamento educacional.
3. Behaviorismo (Comportamentalismo)
• Estuda o comportamento humano e animal de forma científica.
• Analisa as circunstâncias que levam à formação de um comportamento e como
modificá-lo.
• Busca explicar, prever e alterar comportamentos futuros com base em estímulos e
respostas observáveis.
• O behaviorismo não surgiu isoladamente, mas como parte do avanço do conhecimento
psicológico e tecnológico.
Conclusão
• A Psicanálise explica o comportamento humano com base nos impulsos inconscientes.
• A Psicologia Analítica de Jung foca na personalidade e nos arquétipos.
• O Behaviorismo analisa o comportamento com base em estímulos externos, sem considerar
processos internos.
• Cada abordagem trouxe contribuições importantes para o desenvolvimento da Psicologia.
O texto aborda o Behaviorismo e a Psicologia da Gestalt, destacando seus principais conceitos,
origens e influências.
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1. Behaviorismo
Origens e Principais Ideias
• Criado como um protesto contra a Psicologia de Wundt e o método introspectivo.
• John B. Watson (1878-1958) publicou o Manifesto Behaviorista (1913), propondo que a
Psicologia deveria estudar apenas comportamentos observáveis, e não pensamentos e
sentimentos.
• Rejeita a ideia de que a consciência e a introspecção podem ser objetos confiáveis de estudo.
• Defende que o comportamento pode ser explicado por relações de causa e efeito no
ambiente (contingências).
Principais Teóricos
• John B. Watson → Fundador do Behaviorismo, estudou reflexos aprendidos e reações
emocionais.
• B. F. Skinner (1904-1990) → Criou o Behaviorismo Radical, distinguindo-o do
Behaviorismo Metodológico.
• Desenvolveu a teoria da aprendizagem por contingência, ou seja, que os
comportamentos são selecionados por suas consequências.
• Aplicações em educação, psicologia organizacional e outras áreas.
Críticas ao Mentalismo
• Para os behavioristas, a fome (sensação interna) não é a causa do comportamento de
comer, pois não pode ser diretamente observada.
• O que importa são os eventos ambientais que influenciam o comportamento (exemplo:
privação de comida leva à busca por alimento).
2. Psicologia da Gestalt
Origens e Principais Ideias
• Movimento psicológico que se opôs à fragmentação da consciência feita pelos
estruturalistas.
• Influenciada pelas ideias de Immanuel Kant e Franz Brentano.
• Embora estudasse a consciência, rejeitava a ideia de analisá-la em partes isoladas.
Principais Teóricos
• Max Wertheimer (1880-1943) → Fundador da Psicologia da Gestalt.
• Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-1941) → Desenvolveram estudos
sobre a percepção e a organização mental.
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Conceito Central
• "O todo é diferente da soma das partes" → Nossa percepção não se dá por elementos
isolados, mas pela organização da experiência.
Conclusão
• O Behaviorismo trouxe uma abordagem objetiva para a Psicologia, focada em
comportamento observável e relações de causa e efeito no ambiente.
• A Psicologia da Gestalt enfatizou a percepção e organização mental, rejeitando a
fragmentação da consciência proposta pelos estruturalistas.
• Ambos os movimentos influenciaram fortemente a Psicologia moderna, com aplicações na
educação, terapia e ciências cognitivas.
O texto aborda três principais correntes da Psicologia: Gestalt, Humanismo e Cognitivismo,
destacando suas origens, conceitos e principais teóricos.
1. Psicologia da Gestalt
• Criada como oposição ao estruturalismo e à fragmentação da percepção.
• Experimento do Movimento Phi (1912) demonstrou que a percepção do movimento não
pode ser explicada apenas pela soma de elementos sensoriais.
• Defende que a percepção ocorre de forma holística: "O todo é mais do que a soma das
partes."
• Principais teóricos:
• Max Wertheimer (fundador).
• Wolfgang Köhler e Kurt Koffka.
• Influenciada por Immanuel Kant e Franz Brentano.
2. Psicologia Humanista ("Terceira Força")
• Surgiu nos anos 1960 como oposição ao Behaviorismo e à Psicanálise, que eram
considerados mecanicistas e reducionistas.
• Baseia-se na ideia de livre-arbítrio, ou seja, os indivíduos são responsáveis por suas
escolhas e crescimento pessoal.
• Foca no desenvolvimento humano, nos valores e interesses pessoais.
• Principais teóricos:
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• Abraham Maslow → Criador da Pirâmide de Necessidades (autorrealização no
topo).
• Carl Rogers → Desenvolveu a Terapia Centrada na Pessoa.
• Gordon Allport → Trabalhou com a ideia de personalidade e preconceito.
• Críticas à Pirâmide de Maslow: estudos sugerem que as necessidades humanas podem ser
agrupadas em dois níveis, e não cinco.
3. Psicologia Cognitiva
• Surge como uma resposta ao Behaviorismo, enfatizando o papel dos processos mentais
internos na compreensão do comportamento.
• Estuda como as pessoas percebem, interpretam e reagem ao mundo ao seu redor.
• Analisa questões como felicidade, bem-estar, depressão pós-parto e variações
emocionais individuais.
• Defende que comportamentos e estados emocionais são resultado de processos cognitivos e
não apenas de fatores externos.
• Diferencia a Psicologia Científica da Psicologia do senso comum, que muitas vezes
minimiza problemas psicológicos ("é só frescura").
Conclusão
• Gestalt: A percepção é holística, e a mente organiza os estímulos de maneira global.
• Humanismo: Destaca a autorrealização e o livre-arbítrio, buscando uma visão positiva da
natureza humana.
• Cognitivismo: Analisa os processos mentais que influenciam o comportamento,
diferenciando-se do senso comum.
• Cada abordagem contribuiu para a evolução da Psicologia, influenciando áreas como
educação, saúde mental e desenvolvimento pessoal.
O texto aborda a Psicologia Cognitiva, seus principais processos, aplicações e fundamentos. Ele
destaca como o pensamento influencia nossas ações e como a reestruturação cognitiva pode
modificar padrões comportamentais.
1. Processos Cognitivos
A Psicologia Cognitiva investiga:
• Atenção
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• Percepção
• Aprendizagem
• Memória
• Motivação
• Linguagem
• Resolução de problemas
• Raciocínio
• Pensamento
O pensamento é central na Psicologia Cognitiva, especialmente na prática clínica.
2. Psicologia Cognitiva Clínica vs. Psicologia Cognitiva Teórica
• Teórica: Explica os processos cognitivos e como interpretamos o mundo.
• Clínica: Aplica esses conhecimentos para tratar questões emocionais e psicológicas, como
dor, ansiedade e depressão.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) ajuda na mudança de padrões de pensamento e
comportamento por meio da reestruturação cognitiva.
Reestruturação Cognitiva (Aaron Beck, 2013)
Ensina as pessoas a pensar diferente sobre:
1. Si próprias (autoconceito).
2. O futuro (expectativas e planejamento).
3. O mundo (relações interpessoais e acontecimentos).
3. Determinismo e Vulnerabilidade Cognitiva
A Psicologia Cognitiva considera o determinismo para explicar o comportamento:
• Nossa interpretação dos eventos é moldada por nossa evolução ontogenética
(desenvolvimento ao longo da vida).
• Paradigma diátese-estresse: Pessoas com vulnerabilidades cognitivas podem desenvolver
transtornos psicológicos ao enfrentar eventos estressores.
• A vulnerabilidade pode ser inata (fatores genéticos) ou ambiental (eventos da vida).
Necessidades psicológicas básicas:
• Infância: vínculos seguros, autonomia, expressão, lazer e limites.
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• Vida adulta: autonomia, relacionamento e competência.
4. Relação entre Mente e Corpo
• Psicoterapia e medicamentos alteram a bioquímica do cérebro.
• Plasticidade neural: capacidade do cérebro de mudar com a experiência e aprendizagem.
• A visão é monista (mente e corpo são um único sistema).
5. Psicologia Cognitiva Aplicada vs. Básica
• CiênciaBásica: Estuda os processos cognitivos (memória, atenção, linguagem).
• Ciência Aplicada: Utiliza esses conhecimentos para melhorar a qualidade de vida das
pessoas (exemplo: TCC).
Conclusão
A Psicologia Cognitiva analisa como os processos internos influenciam nosso comportamento e
bem-estar. Ela pode ser aplicada na clínica, na educação e em várias outras áreas para ajudar as
pessoas a lidarem melhor com suas emoções e desafios.
O texto explora o desenvolvimento da Psicologia Cognitiva, seus marcos históricos, influências
teóricas e sua relação com o behaviorismo. Além disso, diferencia a Ciência Cognitiva da
Psicologia Cognitiva, destacando os métodos de pesquisa e a integração com outras áreas, como as
Neurociências e a Computação.
1. Variáveis Intervenientes e Psicologia Cognitiva
• Variáveis intervenientes são estados internos que influenciam o comportamento (exemplo:
criatividade).
• A Psicologia Cognitiva combina ciência básica (teorias e experimentação) e ciência
aplicada (uso prático).
2. Marcos Históricos da Psicologia Cognitiva
1956 – O Ano Chave
• Noam Chomsky apresentou uma teoria da linguagem no MIT.
• George Miller desenvolveu a teoria do "mágico número 7" sobre a memória de curto prazo.
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• Newell e Simon apresentaram o modelo General Problem Solver, precursor da inteligência
artificial.
Fins da década de 1950 e anos 1960
• Início das terapias cognitivas.
• A Psicologia Cognitiva ganha força em oposição ao behaviorismo.
• Influência de Wilhelm Wundt, pioneiro da Psicologia experimental.
Revolução Cognitivista (décadas de 1950-1970)
• Uso da analogia do cérebro como um processador computacional.
• Superação do behaviorismo radical com a valorização dos processos internos da mente.
• Edward Tolman introduziu a ideia de que a aprendizagem é a aquisição de conhecimento,
não apenas mudança comportamental.
3. Behaviorismo vs. Cognitivismo
Behaviorismo (Watson, Skinner)
• Explica comportamentos através da relação estímulo → resposta.
• Conceitos centrais:
• Reforço positivo/negativo (aumenta a probabilidade de um comportamento).
• Punição positiva/negativa (reduz a probabilidade de um comportamento).
• O cérebro era visto como um "repositório" passivo de contingências ambientais.
Cognitivismo
• Foca no estudo das operações internas do cérebro, como memória, percepção e
pensamento.
• Compreende a causa dos comportamentos e não apenas suas circunstâncias.
• Enquanto o behaviorismo explica como o comportamento ocorre, o cognitivismo busca
entender por que ele ocorre.
4. Psicologia Cognitiva e Integração com Outras Áreas
• A Psicologia Cognitiva faz parte de um contexto mais amplo chamado Ciência Cognitiva,
que também inclui:
• Neurociências (pesquisa sobre a relação entre cérebro e cognição).
• Neuropsicologia (estudo do impacto das funções cerebrais no comportamento).
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• Computação (modelos computacionais e inteligência artificial).
• O uso de neuroimagem ajuda a entender os processos cognitivos, mas ainda há limitações
nos modelos computacionais.
5. Conclusão
A Psicologia Cognitiva evoluiu ao longo das décadas para superar as limitações do behaviorismo,
incorporando avanços científicos de diversas áreas. Hoje, ela integra conhecimentos da
Neurociência, Computação e Psicologia Experimental para entender como o cérebro processa
informações e como isso influencia o comportamento humano.
O texto aborda a organização do sistema nervoso, seus mecanismos de ativação e inibição
comportamental, e como essas funções influenciam a personalidade e a tomada de decisões.
Além disso, explora a Psicologia Cognitiva, suas metodologias de pesquisa e aplicações na terapia
cognitivo-comportamental e na neuropsicologia.
1. Sistema Nervoso: Ativação vs. Inibição
• O sistema nervoso funciona com atividades excitatórias (ativação) e inibitórias (inibição).
• Estruturas associadas à ativação (aproximação): hipotálamo, feixe prosencefálico
medial, área septal, córtex pré-frontal esquerdo.
• Estruturas associadas à inibição (evitação): córtex pré-frontal direito e amígdala.
• Existe relação entre os sistemas de ativação e inibição com traços de personalidade:
• Sistema de ativação comportamental → Extroversão.
• Sistema de inibição comportamental → Neuroticismo.
• Exemplo: Comer ou não comer durante uma dieta? O sistema de ativação motiva a ação;
o sistema de inibição impede a ação.
2. Sistemas Neurais Relacionados ao Comportamento
Sistema Dorsal (Regulação dos Estados Afetivos)
• Inclui: Hipocampo, córtex pré-frontal e cíngulo anterior dorsal.
• Função: Regula emoções e respostas comportamentais apropriadas ao contexto.
Sistema Ventral (Processamento Emocional)
• Inclui: Amígdala, ínsula, corpo estriado ventral, córtex órbito-frontal e cíngulo anterior
ventral.
• Função: Identifica o significado emocional dos estímulos e gera estados afetivos.
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Amígdala (Respostas Automáticas a Ameaças)
• Ativa o sistema nervoso simpático (resposta ao estresse).
• Libera hormônios do estresse através do hipotálamo.
• Controla expressões faciais de medo através do nervo trigêmeo.
3. Personalidade e Neurociências Cognitivas
• Estudos indicam que traços como extroversão e neuroticismo estão associados a padrões
de ativação cerebral.
• O pesquisador Richard J. Davidson demonstrou que a personalidade pode mudar ao longo
da vida, contrariando a visão de que é fixa.
4. Métodos da Psicologia Cognitiva
Pesquisa Básica: Cronometria Mental
• Estuda o tempo de processamento da informação.
• Ajuda a entender se o processamento é serial (etapas em sequência) ou paralelo (processos
simultâneos).
• Experimentos clássicos:
• Efeito Stroop: Nomear a cor da palavra, ignorando seu significado.
• Efeito Simon: Tempo de resposta influenciado pela posição do estímulo.
Pesquisa Aplicada: Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
• Correlação entre pensamento, emoção e comportamento.
• Distorções cognitivas afetam o humor e a tomada de decisões.
• A reestruturação cognitiva ajuda a modificar pensamentos disfuncionais.
5. Neuropsicologia
• Especialidade da Psicologia que investiga a relação entre cérebro, cognição e
comportamento.
• Atua no diagnóstico, tratamento e reabilitação cognitiva.
• Utiliza conhecimentos da Neurociência e Psicologia Clínica.
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6. Construtos Psicológicos e Motivação
• A motivação humana não pode ser explicada apenas pela força de vontade.
• O conceito de "vontade" foi substituído ao longo do tempo:
• Descartes (séc. XVII) → Vontade.
• Darwin (séc. XIX) → Instinto.
• Freud e Hull (séc. XX) → Teoria do impulso.
• A Psicologia Cognitiva estuda motivação por meio de conceitos como autoeficácia,
persistência, desempenho e planejamento.
Conclusão
O sistema nervoso regula comportamentos por meio de ativação e inibição, influenciando
decisões e traços de personalidade. A Psicologia Cognitiva investiga esses processos usando
pesquisas experimentais (cronometria mental) e aplicações práticas como a Terapia Cognitivo-
Comportamental (TCC). Já a Neuropsicologia estuda a relação entre cérebro e comportamento,
ajudando no diagnóstico e reabilitação de pacientes.
Psicologia Cognitiva e sua relação com a motivação, a emoção e o comportamento humano.
Aborda também o impacto das interpretações cognitivas sobre as emoções e a adaptação ao
ambiente de trabalho, além de destacar a evolução da Psicologia como ciência.
1. Psicologia Cognitiva e Motivação
• O cognitivismo (1950) passou a estudar a motivação sem se basear apenas em vontade ou
instinto.
• Impulsos explicam parte do comportamento motivado, mas não tudo.
• A Psicologia Cognitiva cria modelos teóricos para explicar o que a Neurociência ainda não
consegue demonstrar, como as diferenças individuais na criatividade.
• Ainda não é possível mapear diretamente cada processo cognitivo a uma área específica
do cérebro.
2. Emoção e Interpretação Cognitiva
• As emoções não surgem automaticamente dos eventos, mas sim da interpretação cognitiva
do indivíduo.
•Exemplo no ambiente de trabalho:
• Pessoa 1: Se sente estressada, deprimida e tem baixa produtividade devido a uma
interpretação negativa da gestão autoritária.
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• Pessoa 2: Enfrenta a situação de forma resiliente, mantém emoções positivas e
produtividade estável.
• Conclusão: Reestruturar avaliações cognitivas pode mudar emoções e
comportamentos.
3. Psicologia Cognitiva: Ciência Básica e Aplicada
• Ciência Básica: Estuda como os indivíduos interpretam o ambiente e constroem
significados.
• Ciência Aplicada: Utiliza a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) para identificar
distorções cognitivas e promover reestruturação cognitiva.
• A cronometria mental ajuda a compreender os modelos de processamento da informação.
4. Evolução da Psicologia
• Behaviorismo (1913): Foca na observação do comportamento, sem estudar processos
internos.
• Cognitivismo (1950): Retoma o estudo da consciência e do comportamento, investigando
processos cognitivos.
• O cérebro é ativo e medeia comportamentos, não sendo apenas um "armazenador de
estímulos", como sugeria o behaviorismo.
5. O Impacto do Pensamento na Vida das Pessoas
• Caso de Godofredo: Jovem universitário que desenvolve crenças disfuncionais e evita o
convívio social.
• Seu pensamento negativo ("As pessoas não são confiáveis") resulta de um sistema
de crenças disfuncional.
• A Psicologia Cognitiva explica isso melhor do que a Neurociência isoladamente.
6. Psicologia no Século XXI
• A Psicologia evoluiu ao longo da história, influenciada pelo avanço tecnológico.
• Para entender o presente e prever o futuro, é essencial analisar a evolução dos processos
cognitivos e emocionais da espécie humana.
• A tecnologia tem um papel fundamental na adaptação humana e no impacto futuro da
inteligência artificial e automação no mercado de trabalho.
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Conclusão
A Psicologia Cognitiva revolucionou a compreensão do comportamento humano, demonstrando
que emoções dependem da interpretação dos eventos. A Terapia Cognitivo-Comportamental
(TCC) ajuda na reestruturação desses pensamentos para melhorar a qualidade de vida. A Psicologia
continua evoluindo, utilizando a tecnologia para compreender melhor a mente humana e sua
adaptação ao mundo moderno.
Psicologia e sua relação com a tecnologia, a Psicanálise, o humanismo e a Psicologia Positiva.
Destaca a importância da Psicologia Positiva como um novo movimento no século XXI, focado no
desenvolvimento de virtudes e forças de caráter, além de alertar sobre a necessidade de uma
abordagem científica na aplicação desses conceitos.
1. A Evolução da Psicologia e o Surgimento da Psicologia Positiva
• Impacto da tecnologia e Neurociências: Influenciaram o desenvolvimento da Psicologia
até os dias atuais.
• Humanismo (1960): Criticou a Psicanálise e o behaviorismo, focando no presente e na
autorrealização.
• As escolas psicológicas coexistem e se transformam, sem que uma substitua
completamente a outra.
• Psicologia Positiva: Surge na transição do século XX para o XXI, influenciada pelo
humanismo, mas com bases mais científicas.
2. O Que é a Psicologia Positiva?
• Pergunta central: "O que as pessoas felizes têm que os outros não têm?"
• Diferença para abordagens tradicionais: Em vez de focar em transtornos e patologias,
busca entender e fortalecer aspectos positivos do ser humano.
• Inspirada em Maslow, mas busca superar a falta de rigor científico do humanismo.
• Martin Seligman e Christopher Peterson: Criaram o Character, Strengths and Virtues,
um contraponto ao DSM (manual de doenças mentais), sistematizando forças de caráter e
virtudes.
3. Psicologia Positiva, Psicologia Cognitiva e Neurociências
• Cérebro emocional: Desenvolveu-se para adaptar o ser humano ao ambiente, buscando
recompensas e evitando perigos.
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• Sistema límbico: Principal circuito mediador das emoções, integrando diferentes estruturas
cerebrais.
• A Psicologia Positiva reconhece a importância das Neurociências, mas foca na
interpretação consciente dos fenômenos.
• Objetivo: Criar instituições positivas e ambientes que favoreçam o desenvolvimento de
virtudes.
4. As Seis Grandes Virtudes da Psicologia Positiva
1. Sabedoria e conhecimento: Criatividade, pensamento crítico, curiosidade.
2. Coragem: Honestidade, perseverança, força de vontade.
3. Humanidade: Amor, bondade, habilidades sociais.
4. Justiça: Liderança, cidadania, integridade.
5. Temperança: Equilíbrio, humildade, autorregulação.
6. Transcendência: Gratidão, espiritualidade, bom humor.
5. Cuidados e Aplicação da Psicologia Positiva
• Alerta sobre falsas práticas: Coaching e outros serviços podem usar termos da Psicologia
Positiva sem base científica.
• A importância de profissionais qualificados: Psicólogos têm formação para avaliar
cientificamente a personalidade, forças e vulnerabilidades.
• Avaliação global é essencial: Focar apenas nos pontos fortes sem considerar
vulnerabilidades é um erro técnico.
6. Psicologia Positiva no Mercado e Orientação Profissional
• Pode atuar em educação, gestão, desenvolvimento de produtos e soluções para pessoas.
• Orientação profissional no século XXI substitui a ideia de "orientação vocacional",
abrangendo todas as fases da vida.
• O avanço tecnológico continua impactando a Psicologia, exigindo novas abordagens para o
desenvolvimento humano.
22
Conclusão
A Psicologia Positiva representa um avanço no estudo do bem-estar humano, integrando conceitos
científicos para o desenvolvimento de forças de caráter e virtudes. No entanto, é fundamental que
seja aplicada por profissionais qualificados, evitando distorções comerciais que prometem
mudanças sem base científica. A interseção com Neurociências e Psicologia Cognitiva fortalece sua
credibilidade e impacto no século XXI.
As revoluções industriais, a evolução da Psicologia e seu papel no século XXI, especialmente no
contexto da sociedade 4.0. Destaca como a Psicologia Positiva e o desenvolvimento de soft skills
são essenciais para o futuro, além de reforçar a pluralidade da Psicologia como ciência e profissão.
1. As Revoluções Industriais e Suas Transformações
• Primeira Revolução Industrial (final do século XVIII): Máquina a vapor e produção em
larga escala.
• Segunda Revolução Industrial (final do século XIX): Eletricidade e debates sobre a
sociedade industrial (Marx e Engels).
• Terceira Revolução Industrial (início do século XX): Automação, taylorismo, Fordismo e
aumento da produtividade.
• Quarta Revolução Industrial (atualidade - Indústria 4.0): Inteligência artificial, robótica
e sociedade da informação.
Essas transformações impactam o mercado de trabalho e exigem novas competências profissionais.
2. O Papel da Psicologia na Sociedade 4.0
• Psicologia como profissão do futuro: Compreende o ser humano dentro do seu contexto
histórico e social.
• Mudanças demográficas: O envelhecimento populacional e o avanço tecnológico alteram
as demandas do mercado de trabalho.
• Cada geração possui características distintas, moldadas pelo contexto histórico:
• Baby Boomers (1940-1960)
• Geração X (1961-1980)
• Geração Y (1981-1995)
• Geração Z (1996-2010)
• Geração Alpha (após 2010)
A Psicologia busca compreender como cada geração aprende e se desenvolve para melhor auxiliá-
las.
23
3. Psicologia Positiva e o Desenvolvimento de Soft Skills
• A Psicologia Positiva foca no desenvolvimento de forças de caráter e virtudes,
fundamentais para a adaptação ao mundo moderno.
• O desenvolvimento pessoal envolve analisar a história de aprendizagem, identificar
fragilidades e fortalecer soft skills.
• Martin Seligman e Christopher Peterson criaram um sistema para mapear forças de
caráter e virtudes, contrapondo-se aos manuais de transtornos mentais.
4. Psicologia: Uma Ciência Plural
• A Psicologia ainda é considerada pré-paradigmática, pois não há um único modelo teórico
universal.
• Profissionais podem seguir diferentes abordagens: comportamentalismo, psicanálise,
humanismo, cognitivismo, entre outros.• Atua em diversas áreas: educação, trânsito, organizações, psicoterapia, neurociências,
desenvolvimento humano.
• A Psicologia dialoga com outras profissões, como pedagogia, gestão, marketing e saúde.
5. Conclusão
A Psicologia é uma profissão essencial para o futuro, pois compreende a complexidade do
comportamento humano em um mundo em constante mudança. Seu papel na sociedade 4.0 envolve
o desenvolvimento de habilidades emocionais e comportamentais (soft skills), além de auxiliar as
pessoas a lidarem com os desafios de um ambiente cada vez mais tecnológico e dinâmico.
Apostila 3 Psicossomática - Resumo
1. Propósito e Objetivos
• O estudo da psicossomática busca compreender a relação entre mente e corpo na psicologia.
• Analisa a evolução histórica do conceito e suas aplicações na prática da saúde.
• Compara abordagens dualistas e monistas sobre o problema mente-corpo.
2. Introdução à Psicossomática
• A psicossomática não trata apenas de doenças psicossomáticas, mas considera o ser
humano de forma biopsicossocial.
• Evoluiu em três fases: psicanalítica, behaviorista e multidisciplinar.
24
3. Conceito de Psicossomática e Fundamentação
Dualismo: Separação entre Mente e Corpo
• O dualismo defende que mente e corpo são entidades distintas e independentes.
• Principais filósofos dualistas:
• Platão: A mente (alma) é imortal e pertence ao mundo das ideias, enquanto o corpo
pertence ao mundo material.
• Mito da Caverna: Ilustra a diferença entre realidade sensível (corpo) e
realidade ideal (mente).
• René Descartes: “Penso, logo existo”.
• Defende que a mente (res cogitans) e o corpo (res extensa) são substâncias
diferentes.
• A interação entre elas ocorre na glândula pineal.
Monismo: Unidade entre Mente e Corpo
• O monismo considera mente e corpo como parte de uma única substância.
• A maioria da comunidade científica adota essa visão.
• Wilhelm Wundt e a psicologia experimental ajudaram a consolidar essa perspectiva.
4. Importância para a Saúde
• A compreensão dessas abordagens auxilia profissionais da saúde na prática clínica.
• A psicossomática reforça a necessidade de considerar os aspectos biológicos, psicológicos e
sociais na compreensão do indivíduo.
Conclusão
O estudo da psicossomática evoluiu ao longo da história, com abordagens que vão do dualismo
filosófico ao monismo científico. Esse conhecimento é fundamental para profissionais da saúde,
pois ajuda a compreender a interação entre mente e corpo de forma integrada.
Monismo e Psicossomática
1. O Monismo na Filosofia e na Psicologia
• O monismo considera que mente e corpo formam uma única substância, ao contrário do
dualismo, que os vê como entidades separadas.
• Hegel e Spinoza também defendiam o monismo, mas sob diferentes perspectivas
filosóficas.
• Hegel: Pensava o monismo pelo espírito infinito.
25
• Spinoza: Considerava Deus e a natureza como a mesma substância (panteísmo).
2. A Psicologia Contemporânea e o Monismo
• A psicologia do século XXI adota mais o monismo, pois a mente passou a ser estudada
cientificamente.
• Wilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório de psicologia experimental em 1879,
tornando a psicologia uma ciência empírica.
• Como a mente não pode ser provada como uma substância separada do corpo, a ciência
tende ao monismo.
3. O Caso de Phineas Gage e a Comprovação do Monismo
• Phineas Gage sofreu um acidente em que uma barra de ferro atravessou seu cérebro,
danificando o córtex pré-frontal.
• Sua personalidade mudou radicalmente, indicando que a mente está diretamente ligada
ao funcionamento cerebral.
• Esse caso reforça a visão monista, pois mostra que alterações físicas no cérebro afetam a
mente e o comportamento.
4. Psicossomática e a Relação Mente-Corpo
• A psicossomática moderna está mais alinhada ao monismo, pois considera que mente e
corpo se influenciam mutuamente.
• Doenças psicológicas podem afetar o corpo e vice-versa.
• Exemplo: Hipócrates já considerava a alma como parte do corpo.
• Exemplo atual: Estresse emocional pode agravar doenças cardíacas.
5. Casos Reflexivos sobre a Abordagem Holística
• Exemplo do cardiologista: Um médico que ignora o estado emocional do paciente pode
não prever complicações cardíacas causadas pelo estresse.
• Exemplo da psicóloga: Se um psicólogo foca apenas na mente e ignora o corpo, pode
deixar de perceber que um quadro depressivo pode ter causa hormonal, como no caso do
hipotireoidismo.
Conclusão
A psicologia e a psicossomática modernas se alinham mais ao monismo, pois os avanços científicos
mostram que mente e corpo são inseparáveis. A abordagem holística, que considera ambos os
aspectos, é essencial para um tratamento eficaz.
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Psicossomática e Histeria
1. A Psicossomática e a Conexão Mente-Corpo
• A psicossomática considera o ser humano como um todo integrado, onde mente, corpo e
contexto social estão interligados.
• O objetivo é identificar as causas psicológicas subjacentes das doenças para promover um
tratamento mais eficaz e integral.
2. Evolução Histórica da Psicossomática e a Histeria
• No século XIX e início do XX, médicos como Charcot, Janet, Breuer e Freud estudaram
casos de histeria, uma condição em que pacientes, principalmente mulheres, apresentavam
sintomas físicos sem causa orgânica aparente.
• Sintomas comuns da histeria:
• Cegueira
• Paralisias
• Amnésia
• Desmaios
• Dores sem explicação física
3. O Caso da Mulher "Cega" e a Interpretação da Histeria
• Uma mulher afirma que perdeu a visão após beber em uma festa.
• O médico constata que seus olhos reagem à luz, ou seja, não há lesão física justificando a
cegueira.
• Esse caso ilustra como conflitos psíquicos inconscientes podem se manifestar no corpo,
um conceito central da psicossomática.
4. O Estigma da Histeria e a Reação dos Médicos
• No passado, médicos tratavam a histeria de duas formas:
1. Ignoravam os pacientes, acreditando que os sintomas eram encenação ou exagero.
2. Reconheciam os sintomas, mas se sentiam impotentes para tratá-los, pois não
havia exames que comprovassem lesões físicas.
• Esse pensamento atrasou o reconhecimento de transtornos psicossomáticos e psicológicos.
5. O Modelo Biopsicossocial e a Abordagem Atual
• Hoje, doenças e transtornos psicológicos são tratados de forma mais integrada,
considerando aspectos:
• Biológicos (herança genética, sistema nervoso, hormônios, órgãos)
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• Psicológicos (emoções, personalidade, humor, memória)
• Sociais (relações familiares, ambiente de trabalho, cultura)
• Profissionais de diferentes áreas colaboram para um tratamento mais completo (exemplo:
médicos encaminham pacientes para psicólogos e vice-versa).
6. Psicossomática e a Origem do Conceito
• A palavra "psicossomática" vem do grego:
• Psykhé = alma (mente)
• Sôma = corpo
• Hipócrates já defendia que doenças podem ter origem na interação entre mente e corpo.
• A psicossomática investiga como conflitos psicológicos podem gerar doenças orgânicas,
especialmente em situações de estresse.
Conclusão
• A psicossomática reforça que mente e corpo são inseparáveis e que aspectos emocionais
podem desencadear ou agravar doenças físicas.
• O modelo biopsicossocial permite um tratamento mais eficaz, pois considera todos os
fatores que influenciam a saúde do indivíduo.
Psicossomática e Somatopsíquico
1. Origem e Definição da Psicossomática e do Somatopsíquico
• Hipócrates foi o primeiro a praticar a psicossomática, mas sem nomeá-la.
• J.C.A. Heinroth cunhou os termos psicossomático e somatopsíquico em 1818.
• Psicossomática refere-se ao impacto da mente no corpo, enquanto somatopsíquico trata da
influência do corpo na mente.
• Ambas podem ocorrer simultaneamente (exemplo: fibromialgia).
2. As Três Fases da Psicossomática
• Fase Psicanalítica: Freud sugeriu que emoções reprimidas poderiam se manifestar como
sintomas físicos (conversão histérica).
• Fase Behaviorista: Focava-se no ambiente e comportamento, descartando o estudo da
mente como ciência exata. Associavasintomas psicossomáticos a processos de
condicionamento.
• Fase Multidisciplinar: Integra diversas áreas (psicologia, medicina, nutrição etc.),
considerando o ser humano como biopsicossocial.
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3. Psicossomática e DSM-V (Transtornos Somáticos)
• O DSM-V classifica transtornos psicossomáticos em diferentes categorias:
• Transtorno com sintomas somáticos: ansiedade elevada e foco excessivo em
sintomas físicos.
• Transtorno de ansiedade de doença (antiga hipocondria): medo excessivo de estar
doente sem sintomas físicos reais.
• Transtorno factício: falsificação de sintomas sem ganho externo óbvio.
• Transtorno conversivo (histeria de conversão): sintomas motores ou sensoriais sem
causa neurológica identificável.
• Fatores psicológicos que afetam outras condições médicas: aspectos emocionais
que agravam doenças físicas.
4. Importância do Reconhecimento da Psicossomática
• A interconexão entre mente e corpo deve ser considerada no tratamento de doenças.
• Não basta tratar apenas os sintomas físicos; é necessário abordar os fatores emocionais e
psicológicos que contribuem para a doença.
• A abordagem ideal é holística e multidisciplinar, visando o bem-estar completo do paciente.
Conclusão: A psicossomática rompe com a visão dualista mente-corpo, mostrando que saúde física
e mental são indissociáveis.
1. Transtorno Conversivo
• Caracteriza-se por sintomas motores e sensoriais sem causa orgânica identificável.
• Difere do Transtorno Factício (sintomas simulados) e do Transtorno de Sintomas
Somáticos (com base orgânica).
• Os sintomas são reais para o paciente, mas não têm explicação médica.
2. Psicossomática e Psicologia da Saúde
• O conceito de psicossomática surge no século XIX, destacando a relação entre mente e
corpo.
• Três horizontes:
• Dimensão psicológica da doença – toda doença tem impacto psíquico.
• Relação médico-paciente – boa relação melhora a recuperação.
• Procedimentos terapêuticos – abordagem biopsicossocial do paciente.
3. Psicologia da Saúde
• Atua na promoção e manutenção da saúde, prevenção e tratamento de doenças.
• Origem nos EUA, com a Divisão 38 da APA.
29
• No Brasil, psicólogos são cada vez mais integrados ao sistema de saúde.
• Definição segundo Matarazzo (1980): engloba educação, ciência e prática para melhorar a
saúde e prevenir doenças.
Leis Relacionadas à Saúde no Brasil
• Lei 8080/90 – trata da promoção, proteção e recuperação da saúde.
• Lei 8142/90 – regula a participação da comunidade na gestão do SUS.
• Define saúde como um conceito ampliado (aspectos físicos, sociais, econômicos e
culturais).
4. Atenção Básica e Primária
• Atenção Básica: promoção da saúde, prevenção de doenças e reabilitação.
• Atenção Primária: primeiro nível de contato com o sistema de saúde, garantindo
continuidade do cuidado.
5. Psicologia Hospitalar
• Atua no ambiente hospitalar, focando no bem-estar emocional do paciente, familiares e
equipe médica.
• Toda doença tem aspectos psicológicos e subjetivos.
• Exemplo prático: Dois pacientes com HIV reagem de formas diferentes ao diagnóstico,
mostrando como fatores psicológicos e sociais impactam a experiência da doença.
6. Diferenças entre Psicologia da Saúde, Hospitalar e Clínica
• Psicologia da Saúde: promoção da saúde e prevenção de doenças em diversos contextos.
• Psicologia Hospitalar: atuação restrita ao ambiente hospitalar, lidando com pacientes e
familiares.
• Psicologia Clínica: tratamento de transtornos mentais em diferentes ambientes.
7. Conclusão
• A psicossomática considera a interação mente-corpo como essencial para a saúde.
• A Psicologia da Saúde, Hospitalar e Clínica são áreas interligadas, mas com focos distintos.
• A superação do dualismo mente-corpo permite uma abordagem mais completa do
adoecimento e do cuidado com a saúde.
Apostila 4 - Transtornos psicológicos
Transtornos Psicológicos
1. Introdução
• O texto aborda os transtornos psicológicos mais comuns e seus impactos na saúde mental.
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• Destaca a importância da prevenção e promoção da saúde mental para profissionais da área.
2. Estresse e suas implicações
• Definição: Resposta natural do corpo a situações de perigo ou mudanças inesperadas.
• Tipos de estresse:
• Agudo: Causado por eventos inesperados e momentâneos.
• Crônico: Prolongado, podendo comprometer a saúde física e mental.
• Modelo Quadrifásico do Estresse:
• Alerta: Corpo reage ao estressor para autopreservação.
• Resistência: O corpo tenta manter o equilíbrio, gerando cansaço.
• Quase-exaustão: Sinais de adoecimento aparecem, mas há chance de recuperação.
• Exaustão: Doenças graves podem surgir.
• Consequências: Aumento do cortisol, imunidade reduzida, risco de doenças físicas e
mentais.
3. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)
• Causas: Eventos traumáticos como guerra, violência, desastres naturais.
• Sintomas: Flashbacks, pesadelos, evitação de gatilhos, hipervigilância, isolamento social.
• Impacto: Afeta o comportamento, relacionamentos e desempenho profissional.
• Importância do tratamento: Evitar agravamento e desenvolver estratégias de
enfrentamento.
4. Formas de Cuidado e Tratamento
• Prevenção e tratamento: Envolve cuidados físicos, psicológicos e sociais.
• Terapias disponíveis no SUS: Acupuntura, meditação, yoga.
• Estratégias: Educação sobre estresse, ressignificação de eventos estressores, socialização.
• Caso Almir: Exemplo de como a aposentadoria pode desencadear estresse e como o
tratamento pode melhorar a qualidade de vida.
5. Transtornos de Ansiedade
• Características gerais: Medo e ansiedade excessivos, comprometendo o comportamento.
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• Tipos abordados:
• Ansiedade de Separação: Sofrimento extremo ao se afastar da figura de apego.
• Mutismo Seletivo: Dificuldade de falar em certos contextos, afetando interações
sociais e desempenho acadêmico.
Conclusão
• Os transtornos psicológicos impactam significativamente a qualidade de vida.
• A compreensão, prevenção e tratamento são essenciais para minimizar os efeitos negativos.
• Profissionais de saúde devem estar preparados para lidar com esses transtornos e orientar
pacientes adequadamente.
Transtorno de Ansiedade de Separação
• Ansiedade excessiva e irracional ao se separar de figuras de apego.
• Medo intenso de se afastar de casa ou de pessoas importantes.
• Preocupação constante com a segurança dos entes queridos.
• Dificuldade em ficar sozinho, pesadelos relacionados à separação.
• Sintomas físicos (dores de estômago, dor de cabeça) antes da separação.
Fobias
• Medo e ansiedade desproporcionais diante de um objeto ou situação específica.
• Diferença entre medo (resposta a uma ameaça real) e ansiedade (medo de uma ameaça
futura).
• A fobia pode levar a esquiva, afetando a funcionalidade da pessoa.
• Critérios do DSM-5: os sintomas devem persistir por pelo menos seis meses.
Tipos de fobias:
1. Situacional – Medo de elevadores, lugares fechados.
2. Ambiental – Medo de mar, altura, ventania.
3. Animal – Medo de insetos, cães, etc.
4. Sangue-injeção-ferimentos – Medo de procedimentos médicos.
Exemplo:
• Uma pessoa com medo de avião evita viagens, prejudicando sua vida pessoal e profissional.
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Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
• Medo excessivo de ser avaliado negativamente em interações sociais.
• Ansiedade pode levar ao isolamento ou reações defensivas (como ofender os outros).
• Afeta a comunicação, construção de vínculos e qualidade de vida.
• Características comuns: postura rígida, contato visual escasso, voz baixa.
• Impacto crescente em jovens, que muitas vezes usam tecnologia como refúgio.
Agorafobia
• Medo intenso de situações onde escapar pode ser difícil.
• Gatilhos comuns: locais abertos, lugares fechados, transporte público, multidões.
• Pode causar isolamento severo e dependência de outras pessoas para se sentir seguro.
Exemplo:
• Uma pessoa percebe estar cercada por uma multidão em um show e entra em pânico.
Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
• Preocupaçãoexcessiva e persistente com múltiplos aspectos da vida (trabalho, saúde,
finanças).
• Sintomas: tensão muscular, fadiga, insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração.
• Afeta a funcionalidade diária e a qualidade de vida.
• Mais comum em mulheres, que frequentemente assumem múltiplas responsabilidades.
Transtorno de Pânico e Ataques de Pânico
• Ataque de pânico: episódio abrupto de ansiedade intensa (duração: 5 a 30 minutos).
• Transtorno de pânico: ataques recorrentes, comprometendo a funcionalidade.
• Sintomas: sensação de catástrofe iminente, taquicardia, falta de ar.
• Mais comum em mulheres, podendo ser desencadeado por fatores ambientais e genéticos.
Ansiedade Induzida por Substâncias/Condições Médicas
• Pode ser causada por interação medicamentosa ou doenças preexistentes (hipertireoidismo,
hipoglicemia, doenças cardiovasculares).
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• O diagnóstico correto exige análise detalhada do histórico do paciente.
Conclusão
• Os transtornos de ansiedade podem afetar significativamente a vida pessoal e profissional.
• O diagnóstico correto e o tratamento adequado são fundamentais para minimizar os
impactos na funcionalidade e na qualidade de vida.
Transtorno do Pânico
Definição e Sintomas
• O transtorno do pânico (TP) é caracterizado por ataques de pânico recorrentes e intensos,
com início súbito.
• Os ataques geram uma sensação de medo extremo e desconforto, podendo levar a
comportamentos irracionais.
• Sintomas físicos: palpitações, sudorese, tremores, falta de ar, dor no peito, tontura,
náusea e sensação de sufocamento.
• A pessoa pode desenvolver um medo persistente de novos ataques, afetando sua qualidade
de vida.
Diferença entre TP e Outros Transtornos de Ansiedade
• O TP se diferencia de transtornos como ansiedade generalizada (TAG), agorafobia e fobia
social pela intensidade e imprevisibilidade dos ataques.
• Pode levar a comportamentos de risco, como fuga descontrolada ou pedidos de socorro
irracionais.
Prevalência e Comorbidades
• O TP é duas vezes mais comum em mulheres.
• Surge, geralmente, no final da adolescência ou início da vida adulta.
• Quase 100% dos casos têm comorbidades, sendo mais comuns:
• Agorafobia (medo de lugares ou situações difíceis de escapar).
• Fobias específicas, ansiedade social, TAG e ansiedade de separação.
Causas e Diagnóstico
• Fatores genéticos: histórico familiar (parentes de primeiro grau).
• Fatores ambientais: traumas na infância e estresse na vida adulta.
• Diagnóstico é clínico e depende de escuta empática e observação detalhada.
• Exames laboratoriais e de imagem ajudam a descartar outras patologias.
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Tratamento Multidisciplinar
1. Medicação: estabiliza o organismo para que o paciente possa aderir ao tratamento.
2. Psicoterapia: identifica gatilhos e fortalece a rede de apoio.
3. Exercícios físicos: melhoram o condicionamento e promovem bem-estar mental.
4. Nutrição: alimentação equilibrada auxilia na recuperação.
Conclusão
O transtorno do pânico é uma condição debilitante que exige um tratamento interdisciplinar,
envolvendo psiquiatras, psicólogos, educadores físicos e nutricionistas. Uma rede de apoio eficaz é
fundamental para a recuperação e a melhoria da qualidade de vida do paciente.
Práticas Integrativas e Complementares
• Métodos como acupuntura, yoga e meditação são reconhecidos pelo Ministério da Saúde e
auxiliam no tratamento do transtorno do pânico.
• Tais práticas ajudam a promover paz, equilíbrio e bem-estar aos pacientes.
Prevenção e Promoção da Saúde Mental
• A prevenção deve ocorrer em diversos contextos:
• Familiar, acadêmico e profissional, fortalecendo redes de apoio.
• Os profissionais de saúde desempenham papel essencial no suporte à população com
transtornos psíquicos.
• Estratégias incluem:
• Grupos comunitários e treinamento em habilidades socioemocionais.
• Fortalecimento de vínculos afetivos, ajudando na autoestima e adaptação do
indivíduo ao meio.
• As equipes interdisciplinares devem construir projetos terapêuticos personalizados,
considerando a rede de apoio do paciente.
Síndrome do Pânico: Diagnóstico e Tratamento
• O ataque de pânico ocorre isoladamente e dura de 5 a 30 minutos.
• Não é necessário haver gatilhos específicos para diagnosticar o transtorno do pânico.
• Sintomas como palpitações, falta de ar e tontura podem ser confundidos com problemas
cardíacos ou respiratórios, dificultando o diagnóstico.
• A falta de consciência dos sintomas pode impedir a busca por ajuda profissional.
• Fatores de risco:
• Genéticos: histórico familiar.
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• Ambientais: traumas infantis.
• Temperamentais: predisposição emocional (afetividade negativa).
Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
• Caracterizado por pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos, prejudicando
a vida pessoal, acadêmica e profissional.
• Prevalência: 1,1% a 1,8% da população, sendo mais comum em mulheres.
• Idade de início: geralmente por volta dos 20 anos, mas pode surgir antes dos 14 anos.
• Curso da doença:
• Tendência a ser crônico, com variação na intensidade dos sintomas.
• Pode haver períodos de melhora e recaída.
• Diagnóstico costuma ser tardio devido à resistência dos pacientes em aceitar a
condição.
• No DSM-5, o TOC deixou de ser classificado como transtorno de ansiedade e passou a ter
uma categoria própria.
• O sofrimento psíquico intenso pode levar a tentativas de suicídio.
Conclusão
O tratamento de transtornos como o transtorno do pânico e o TOC deve ser interdisciplinar,
incluindo abordagens médicas, psicológicas, terapias complementares e fortalecimento da rede
de apoio. A identificação precoce dos sintomas e a busca por suporte adequado são fundamentais
para a qualidade de vida do paciente.
Causas e Fatores de Risco do TOC
• O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) tem causas neurobiológicas, genéticas e
ambientais, mas a interação entre esses fatores ainda não é totalmente compreendida.
• Há maior vulnerabilidade em pessoas com antecedentes genéticos e biológicos quando
expostas a fatores ambientais.
• Estudos indicam uma relação entre TOC e histórico de abuso físico ou sexual e outros
traumas.
• Pessoas com familiares de primeiro grau com TOC têm duas vezes mais chances de
desenvolver o transtorno.
Características do TOC
• Obsessões: pensamentos intrusivos e recorrentes que causam sofrimento e ansiedade.
• Compulsões: ações repetitivas realizadas para tentar controlar as obsessões (exemplo: lavar
as mãos repetidamente, contar, orar mentalmente).
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• Tipos de obsessões:
• Contaminação: medo de sujeira e germes.
• Simetria: necessidade de organização e perfeição.
• Evitação de danos: pensamentos sobre ferir a si mesmo ou aos outros.
• Acumulação: guardar objetos sem utilidade.
• Outras obsessões podem envolver temas sexuais, religiosos, mágicos e dificuldade
de escolhas.
Impacto na Vida do Indivíduo
• O TOC pode ser altamente disfuncional, pois:
• Os pensamentos obsessivos são intensos e persistentes.
• As compulsões se tornam rituais rígidos e inflexíveis.
• Pode haver impacto nas relações interpessoais, no trabalho e na qualidade de
vida.
• O estigma social pode dificultar a busca por tratamento.
• Em casos graves, a pessoa pode ver o suicídio como única solução para aliviar o sofrimento.
Diferença entre Mania e Comportamento Compulsivo
• Mania: comportamento repetitivo que não interfere na vida diária.
• Compulsão: ritual que a pessoa sente que precisa realizar para seguir adiante, mesmo que
comprometa sua rotina.
Tratamento do TOC
• Primeira linha de tratamento:
• Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): trabalha com exposição gradual e
prevenção de resposta.
• Medicação: antidepressivos (em alguns casos, ansiolíticos e antipsicóticos).
• Desafios do tratamento:
• Alguns pacientes preferem conviver com os sintomas a lidar com os efeitos
colaterais dos remédios.
• Quanto mais tardio o tratamento, pior o prognóstico.
• A família deve adotar uma postura assertiva, evitando reforçaras compulsões.
TOC e a Pandemia da COVID-19
• A pandemia agravou o sofrimento de pessoas com TOC relacionado à contaminação.
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• A necessidade real de higiene intensificou compulsões já existentes, dificultando o controle
da doença.
Conclusão
• É essencial aprofundar os estudos sobre TOC para melhorar o diagnóstico e o tratamento.
• A conscientização e a desmistificação dos transtornos mentais são fundamentais para
combater o estigma.
• Profissionais de saúde devem atuar de forma integrada para promover saúde mental e
garantir suporte adequado aos pacientes.
Apostila 5 - Relacionamento profissional interdisciplinar em saúde – Resumo
1. Propósito e Objetivos
• O texto explora as habilidades sociais e sua importância nas relações interpessoais e
profissionais.
• Destaca a relevância da competência social para aumentar a produtividade e melhorar o
trabalho em equipe.
• Explica as diferenças entre multidisciplinaridade e interdisciplinaridade na área da saúde.
2. Habilidades Sociais e Desenvolvimento Humano
• O desenvolvimento humano ocorre em três dimensões:
• Física (corpo)
• Cognitiva (aprendizado)
• Psicossocial (comportamento e emoções)
• Experiências da infância moldam a percepção de mundo e as habilidades sociais.
• A visão de mundo é construída a partir de estímulos sensoriais e da interpretação individual
das experiências.
3. Impacto das Experiências na Construção das Habilidades Sociais
• Ambientes familiares e culturais influenciam a maneira como uma pessoa interage
socialmente.
• Exemplos contrastantes de Maria (criada em ambiente acolhedor) e João (crescido em
ambiente disfuncional) ilustram esse impacto.
• As habilidades sociais podem ser desenvolvidas ao longo da vida, independentemente do
ambiente inicial.
4. Habilidades Sociais no Ambiente Profissional
• Segundo Del Prette (2005), habilidades sociais são comportamentos que possibilitam
interações saudáveis e produtivas.
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• A competência social envolve interpretar corretamente o ambiente e responder
adequadamente.
• Barreiras como ansiedade e crenças errôneas podem dificultar a comunicação e o trabalho
em equipe.
5. Principais Habilidades Sociais no Trabalho
• Comunicação: Expressar pensamentos e emoções com clareza e saber ouvir.
• Assertividade: Posicionamento claro e objetivo, evitando passividade ou agressividade.
• Empatia: Compreender a perspectiva do outro e se colocar no lugar dele.
• Resiliência: Adaptabilidade diante de desafios e dificuldades.
• Aceitação de críticas e elogios: Saber receber feedback sem reações negativas.
• Evitar comparações: Focar no próprio desenvolvimento, sem se medir pelos outros.
6. Habilidades Sociais e Competência Profissional
• No ambiente corporativo, é essencial equilibrar habilidades técnicas e interpessoais.
• O mercado de trabalho valoriza profissionais que saibam trabalhar em equipe e construir
boas relações.
• A interpretação inadequada do ambiente pode levar à incompetência social e dificultar o
sucesso profissional.
Conclusão
O desenvolvimento das habilidades sociais é essencial para relações interpessoais saudáveis e
produtividade no ambiente de trabalho. Compreender a importância da comunicação, empatia,
resiliência e assertividade ajuda a construir um ambiente profissional mais colaborativo e eficaz. A
competência social pode ser aprimorada ao longo da vida, permitindo melhor adaptação às
exigências do mercado.
1. Paradigmas do trabalho em equipe
• O trabalho em equipe ganhou destaque a partir da década de 1970, com a globalização e
avanços tecnológicos exigindo maior agilidade e autonomia organizacional.
• Diferença entre grupos e equipes de trabalho:
• Grupos: Compartilham informações, mas cada membro se foca apenas em sua
função, sem necessariamente interagir ativamente com o coletivo.
• Equipes: Trabalham de forma colaborativa, visando objetivos comuns, com
habilidades complementares entre os integrantes.
• Tamanho ideal das equipes: Entre 5 a 9 pessoas, evitando sobrecarga ou dificuldades de
gerenciamento.
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2. Estágios da formação de equipes
1. Formação – Membros se conhecem e se integram.
2. Tormenta – Conflitos surgem devido a diferenças e ajuste de funções.
3. Normatização – Os papéis são definidos, e a equipe começa a operar de forma coesa.
4. Desempenho – A produtividade atinge seu auge.
5. Interrupção – O projeto se encerra e a equipe pode ser dissolvida.
3. Tipos de liderança
• Autoritária – Usa o poder para impor decisões, gerando medo e baixa motivação.
• Democrática – Valoriza a participação dos membros, gerando melhores resultados e
retenção de talentos.
• Orientada para a tarefa – Define metas e prazos claros.
• Orientada para as pessoas – Foca nas relações interpessoais e aceitação de diferenças.
4. Tipos de equipes
• Multifuncionais – Profissionais de diversas áreas trabalham juntos.
• Melhoria de processos – Analisam e otimizam processos organizacionais.
• Solução de problemas – Identificam e sugerem soluções para questões pontuais.
• Autogerenciadas – Planejam e executam soluções sem supervisão direta.
• Força-tarefa – Criadas para resolver problemas emergenciais e são desfeitas após a
resolução.
• Virtuais – Funcionam por meio de plataformas digitais.
5. Características de equipes eficazes
• Possuem recursos adequados e uma liderança competente.
• Mantêm um ambiente de confiança e colaboração.
• Contam com um sistema de recompensa e reconhecimento.
• Não devem ser grandes (máximo 10 pessoas) e precisam de membros comprometidos.
6. Desafios do trabalho em equipe
• Exige mais tempo e recursos da gestão.
• Necessidade de comunicação clara e eficiente.
• Maior demanda por gerenciamento de conflitos e reuniões.
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7. Multidisciplinaridade e interdisciplinaridade na saúde
• SUS (Sistema Único de Saúde): Baseado nos princípios de universalidade, equidade e
integralidade.
• Níveis de atendimento:
1. Baixa complexidade – Atendimento primário, como clínicas da família.
2. Média complexidade – Clínicas especializadas para exames e consultas detalhadas.
3. Alta complexidade – Hospitais e atendimento especializado.
• O prontuário eletrônico facilita a comunicação entre os níveis de atendimento.
• Doença e saúde mental: A visão da saúde deve considerar não apenas o físico, mas também
aspectos mentais e psicossociais.
Conclusão
• O trabalho em equipe é essencial para organizações e serviços de saúde, mas exige
planejamento, liderança eficaz e comunicação clara.
• As equipes devem ser estruturadas conforme a demanda e contar com profissionais
engajados para alcançar resultados eficazes.
• Na saúde, a interdisciplinaridade entre diferentes níveis de atendimento melhora a
assistência ao paciente.
1. Complexidade do adoecimento e modelo biopsicossocial
• O adoecimento envolve múltiplos fatores além do físico, incluindo aspectos psicológicos e
sociais.
• O modelo biopsicossocial compreende o ser humano em três dimensões:
• Física (corpo).
• Psicológica (mente).
• Social (relações e ambiente).
• Para um diagnóstico e tratamento eficazes, é essencial considerar esses aspectos além de
exames e medicamentos.
2. Níveis de atenção à saúde no SUS
• Os diferentes níveis de atenção no SUS são organizados de acordo com a complexidade do
adoecimento:
• Atenção primária → casos menos complexos.
• Atenção secundária e terciária → casos mais graves e especializados.
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3. Multidisciplinaridade na saúde
• Multidisciplinaridade: profissionais de diferentes áreas trabalham com um mesmo
paciente, mas sem comunicação direta entre eles.
• Esse modelo reconhece que uma única especialidade não é suficiente para um cuidado
integral.
• Exemplo: Paciente idoso que não apresenta problemas clínicos evidentes, mas sofre de
isolamento social. A médica encaminha para psicologia e assistência social.
4. Interdisciplinaridade na saúde
• Diferença da multidisciplinaridade: há comunicação e troca de informações entre os
profissionais.
• O paciente recebe um