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Contabilidade Pública
Contabilidade Pública no Brasil
Desenvolvimento do material
Tatiane Antonovoz
1ª Edição
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mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia 
autorização, por escrito, da Afya.
Sumário
Contabilidade Pública no Brasil
Para início de conversa... ................................................................................ 3
Objetivo ......................................................................................................... 3
1. Conceitos ........................................................................................................ 4
2. Campo de Atuação ...................................................................................... 11
3. Abrangência .................................................................................................. 14
Referências ......................................................................................................... 17
Para início de conversa...
A Contabilidade Pública, Contabilidade Governamental, Contabilidade 
Financeira ou, ainda, Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP), 
como também atualmente é chamada, passou por diversas mudanças nos 
últimos anos e resgatou o patrimônio público, tanto da administração 
direta quanto da indireta, como seu objeto. 
A lei responsável por sua regulamentação, do ponto de vista 
orçamentário e financeiro, é a 4.320/1964. Porém, ela possui uma 
normatização bastante complexa e ampla, além das normas brasileiras 
de contabilidade e do padrão internacional que, hoje, fazem parte do 
arcabouço teórico, ou seja, do que deve ser observado para elaboração 
da apresentação e informações e demonstrações contábeis da área. 
Neste capítulo, vamos conhecer os conceitos relativos à contabilidade 
pública, suas origens, fatos marcantes e características, o seu campo de 
atuação, como ela se relaciona, sua abrangência, além de sua finalidade. 
Objetivo
 ▪ Delinear os conceitos iniciais da Contabilidade Aplicada ao Setor 
Público (CASP);
 ▪ Conhecer o campo de atuação da CASP;
 ▪ Analisar a abrangência da CASP.
Contabilidade Pública 3
1. Conceitos 
Para a compreensão da Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP), é 
preciso conhecer alguns dos conceitos envolvidos, de forma geral, nesse 
campo do conhecimento. Kohama (2014) relembra que a contabilidade 
passou por diversas fases, sendo que as que mais se destacam são o 
contismo, o personalismo, o constrolismo e o patrimonialismo, que é a 
que é uma das mais importantes para a ciência contábil como um todo.
O contismo não era propriamente uma corrente, mas era a precursora 
das teorias que consideravam as contas como objeto. Além disso, essa 
corrente influenciou diversos contadores na Itália. O personalismo, por 
sua vez, bastante relacionado ao contismo, tinha o raciocínio inicial de 
patrimônio formado por bens, direito e obrigações. O patrimonialismo 
se destacou em 1923, tendo como objetos de estudo os fenômenos do 
patrimônio; seu principal representante foi Vicenzo Masi.
Vicenzo Masi, aluno de Fabio Besta, outro importante estudioso 
da área da contabilidade, contribuiu de forma importante com a 
escola patrimonialista, evidenciando o patrimônio como objeto da 
contabilidade. 
Entretanto, deve-se ficar atento ao fato de que a CASP, apesar de ser um 
ramo da contabilidade e ter algumas de suas características, difere de 
forma bastante importante em alguns pontos. Mas quais seriam essas 
características que diferenciam as duas? 
Para Silva (2014), a contabilidade empresarial – como também é 
conhecida, já que se dedica às empresas de forma geral – tem como 
função primordial apurar o resultado das organizações, seja ele lucro 
ou prejuízo. 
A CASP, por sua vez, está voltada a compreender a atividade financeira 
do Estado, bem como o fluxo financeiro dos recursos, que é necessário 
para a manutenção de suas atividades. Isso ocorre porque, dentro do 
sistema público, existe um sistema de acompanhamento e execução 
orçamentária integrado e este é utilizado não para obter o resultado, 
mas, sim, para acompanhar o orçamento e as finanças das três esferas e 
dos demais órgãos que compõem o sistema público brasileiro. 
Segundo o CFC (2016), 
2. O objetivo principal da maioria das entidades do setor público é prestar serviços 
à sociedade, em vez de obter lucros e gerar retorno financeiro aos investidores. 
Consequentemente, o desempenho de tais entidades pode ser apenas parcialmente 
avaliado por meio da análise da situação patrimonial, do desempenho e dos fluxos 
de caixa. 
Contabilidade Pública 4
Observe que esse objetivo visa subsidiar os usuários das informações 
contábeis do setor público em vários aspectos, mas, principalmente, em:
 ▪ Prestação de serviços de maneira eficaz e eficiente para a sociedade;
 ▪ Recursos disponíveis para gastos futuros ou eventuais restrições;
 ▪ Carga tributária que irá recair sobre a população para arcar com os 
gastos para a manutenção dos serviços que serão prestados;
 ▪ Como está a capacidade de prestação de serviços do órgão público 
em questão e como este está em comparação com os outros anos. 
O CASP tem desenvolvimento como uma das divisões da ciência contábil 
e do ramo de ciências sociais aplicadas. Segundo Kohama (2014), o CASP 
já passou por diversas mudanças, que vieram das mesmas escolhas 
observadas pela própria contabilidade financeira. Porém, depois de 
diversas modificações, no ano de 1954, de acordo com a Contadoria 
Geral do Estado, chegou-se ao conceito de que a CASP é o “ramo da 
contabilidade que estuda, orienta, controla e demonstra a organização 
e execução da Fazenda Pública; o patrimônio público e suas variações” 
(KOHAMA, 2014, p.25).
Para os autores Lima e Castro (2016), a CASP é aquela que aplica, 
no processo gerador de informações, as normas contábeis que são 
direcionadas ao controle patrimonial das entidades que fazem parte 
do setor público. As informações que alteram o patrimônio público são 
registradas por meio da escrituração contábil, que é uma técnica também 
utilizada pelas empresas mercantis, e que, depois, passa a ser a base 
para a elaboração e emissão das Demonstrações Financeiras, integrando 
também o setor público. 
De acordo com o MCASP (STN, 2016), as informações são elaboradas e 
divulgadas, principalmente, para que ocorra a prestação de contas e a 
responsabilização – que é conhecida como accountability dentro do setor 
público –, além do processo de tomada de decisão dos gestores e outros 
usuários da informação contábil.
Além da questão da accountability, a informação contábil deve observar 
características qualitativas e estas são atributos que a tornarão útil 
para os usuários e permitirão o cumprimento dos objetivos dessas 
informações. 
As características qualitativas, conforme o MCASP (STN, 2017, p.25), 
são a “relevância, a representação fidedigna, a compreensibilidade, a 
tempestividade, a comparabilidade e a verificabilidade”.
A relevância das informações, tanto do ponto de vista financeiro quanto 
não financeiro, mostra que o que foi apresentado é relevante quando 
pode influenciar os usuários de alguma forma em relação ao seu valor 
confirmatório, preditivo ou ambos (STN, 2017). Segundo o CFC (2016), 
pode-se dizer que a informação financeira terá um valor confirmatório, 
caso ela altere um valor passado ou presente.
Contabilidade Pública 5
A informação é considerada relevante no caso de prestação de contas 
confirmando expectativas sobre o cumprimento de metas de gestores 
públicos no uso eficiente de recursos ou, ainda, no caso de cumprimento 
de legislação. 
No caso das demonstrações contábeis, elas também podem ser 
consideradas como relevantes e de valor preditivo, porque apresentam 
informações ligadas a objetivos, custos, atividades, questões ligadas a 
serviços, fontes de recursos e outros pontos que podem serutilizados 
no futuro. Ainda segundo a lei nº 4.320/64, o valor relevante e preditivo 
quando refuta, ou seja, nega as expectativas passadas, reforça ou altera 
expectativas sobre o desempenho e o resultado da prestação de serviços 
que possam ocorrer no futuro. 
Destaca-se o fato de que as funções tanto de confirmação quanto de 
predição devem andar juntas, já que é essencial calcular o nível de 
recursos que serão necessários para uma determinada entidade no 
futuro, para seu uso racional. 
Os gestores também podem utilizar a relevância para corrigir eventuais 
erros e evitar que tais problemas ocorram novamente no futuro; logo, 
a relevância utiliza dados do passado para entender o que ocorreu e 
determinar o que não deve ser feito no futuro.
A representação fidedigna, como o nome indica, possui uma ligação com 
a representação completa, neutra e também livre de erros materiais 
da informação contábil. Segundo a STN (2017, p.26), “A informação que 
representa fielmente um fenômeno econômico ou outro fenômeno 
retrata a substância da transação, a qual pode não corresponder, 
necessariamente, à sua forma jurídica”.
De acordo com o manual, não se pode afirmar com certeza que uma 
informação é neutra e livre de erros, porém, é desejável que esta 
assim o seja. Caso seja omitida alguma informação para usuários, isso 
pode fazer com que ela passe a ser enganosa ou não seja útil para a 
tomada de decisão. Um exemplo prático é a descrição completa dos 
itens do imobilizado, sendo que esta deverá ser acompanhada de outras 
informações quantitativas ou qualitativas que agreguem qualidade à 
informação para os interessados. 
Outro ponto é o que adiciona a questão da neutralidade da informação 
contábil e que possui uma conexão com a ausência de viés. Logo, para a 
NBC TSP EC (CFC, 2016), a contabilidade deverá mostrar informações que 
não tenham nenhuma intenção ou viés em particular, visando garantir 
um determinado resultado. 
A norma aponta que uma informação neutra não implica dizer que 
não existe nenhum julgamento, porém, o viés é que deve ser evitado, 
evitando utilizar demonstrações em benefício próprio. 
Outro destaque nessa categoria vale para a incerteza, já que os 
fenômenos que ocorrem no patrimônio e, por consequência, na 
evidenciação das demonstrações sempre acontecem em situação de 
Contabilidade Pública 6
incerteza; dessa forma, buscando refletir o fenômeno econômico da 
forma mais apropriada, é adequado levar tal fator em consideração. 
A NBC TSP EC deixa claro que se deve apresentar explicitamente o nível 
de incerteza das informações financeiras e também não financeiras para 
buscar uma representação mais fidedigna dos fenômenos econômicos 
de outra natureza (CFC, 2016). 
O erro material também não significa que a informação tem exatidão 
em todos os aspectos ou, ainda, que há erros ou omissões que 
individualmente ou coletivamente são relevantes na descrição do 
fenômeno, e que há uma garantia de que o processo para a produção 
das informações foi efetuado de maneira adequada. 
Um exemplo clássico relacionado à incerteza é a dificuldade de se 
compreender a real eficácia de um programa de prestação de serviços 
do governo. Assim como este pode estar livre de erros, com o valor claro, 
a natureza e as limitações do processo também podem estar corretas ou 
não existir nenhum erro material em relação aos procedimentos como 
um todo, apesar de não se entender à eficácia do programa. 
A compreensibilidade permite que os usuários entendam o que está 
sendo repassado. Nesse caso, a informação deverá suprir as necessidades 
de quem está recebendo. A compreensão é aprimorada quando a 
informação é classificada e apresentada de maneira clara e sucinta. 
A NBC TSP EC, por sua vez, recomenda que a informação seja escrita 
com linguagem simples e apresentada de forma que seja prontamente 
entendida pelos usuários. Na sequência, a sua compreensão é aprimorada 
quando a informação é classificada de maneira clara e sucinta nas 
demonstrações. A norma ainda define que a comparabilidade é uma das 
formas de tornar a informação compreensível.
Um exemplo do que ocorre na contabilidade financeira e que os 
usuários da CASP também devem ter ciência é o conhecimento prévio 
da informação contábil, sendo, assim, capazes de ler, revisar e analisar 
o que está sendo apresentado, já que alguns dos fenômenos são 
particularmente difíceis de serem entendidos. Mesmo que algumas 
situações em especial apresentem dificuldade em sua representação, 
estas não devem ser deixadas de forma das 
demonstrações, somente pelo fato de sua 
complexidade ou por se supor que podem 
não ser compreendidas pelos usuários. 
A característica qualitativa da 
tempestividade é ligada ao fato 
de ter a informação disponível 
no tempo útil. Segundo a 
NBC TSP EC, ela deve ter essa 
capacidade tanto para a tomada 
Contabilidade Pública 7
de decisão quanto para questões de accountability (CFC, 2016). 
Caso a informação perca a tempestividade, poderá ser tornar menos útil 
em todos os sentidos dentro da Administração Pública e para os seus 
usuários, mesmo que alguns dos seus itens continuem sendo utilizados 
para a publicação de relatórios ou após o encerramento do exercício. 
Dentro do ambiente público, um exemplo que ilustra tal situação é o 
fato de que, para fins de prestação de contas, são utilizadas projeções 
de desempenho e prestação de serviços de uma determinada entidade, 
porém, em alguns casos, pode ser que esses resultados não possam ser 
observáveis para o futuro, já que, em certas situações, não é possível 
prever como a incidência de doenças ou como aumentar o nível de 
alfabetização da população. Logo, a tempestividade depende de outros 
fatores para que possa se manter útil. 
A comparabilidade, por sua vez, é utilizada para que os usuários possam 
identificar semelhanças e diferenças entre um conjunto de eventos. 
Ela não serve para algo individual, mas para comparar algo entre itens 
de informação. 
Para o CFC, a comparabilidade é uma qualidade diferente da consistência. 
Isso ocorre porque, na consistência, é necessário utilizar os mesmos 
princípios ou políticas, seja no uso de períodos, ou no uso de um período 
entre duas ou mais entidades. Também se faz necessário diferir a 
comparabilidade a uniformidade.
3.24: A comparabilidade também difere da uniformidade. Para que a informação 
seja comparável, coisas semelhantes devem parecer semelhantes e coisas distintas 
devem parecer distintas. A ênfase demasiada na uniformidade pode reduzir 
a comparabilidade ao fazer com que coisas distintas pareçam semelhantes. 
A comparabilidade da informação nos RCPGs não é aprimorada ao se fazer com 
que coisas distintas pareçam semelhantes, assim como ao fazer com que coisas 
semelhantes pareçam distintas. (CFC, 2016)
O item 3.24 relata que a informação sobre a situação patrimonial da 
entidade, o seu desempenho, os fluxos de caixa, bem como relacionados 
com os orçamentos aprovados ou relacionados à legislação relacionados 
à captação e à utilização dos recursos, e o desempenho da prestação de 
serviços e os seus planos futuros poderão ser utilizados para prestação 
de contas e tomada de decisão. 
Por fim, a verificabilidade é uma das características que ajuda a assegurar 
aos usuários a informação contida nos RCPGs; representa fielmente os 
fenômenos econômicos ou da natureza que se propõe a representar. A 
questão da verificabilidade leva ao fato de que dois observadores, que 
sejam esclarecidos e independentes, possam chegar a um consenso 
geral, mas não necessariamente a uma concordância completa, em que 
segundo a NBC TSP EC : 
a) A informação representa os fenômenos econômicos e de outra natureza, os quais 
se pretende representar sem erro material ou viés; ou
b) O reconhecimento apropriado, a mensuração ou o método de representação foi 
aplicado sem erro material ou viés. (CFC, 2016)
Contabilidade Pública 8
A verificação pode ocorrer de forma direta ou indireta. Na verificação 
direta,os valores são verificados em si mesmos, como é o caso da 
contagem do caixa, por exemplo, ou a confirmação de saldos com 
instituições bancárias; a verificação indireta, por sua vez, funciona com a 
checagem de número de estoques por meio de quantidades e custos ou, 
ainda, o recálculo utilizando um determinado método (média ponderada, 
por exemplo).
Deve-se estar atento que, além das questões qualitativas específicas 
da informação contábil, a NBC TSP EC ainda preconiza outros aspectos 
relevantes ligados ao que deve ser reportado quando o assunto são as 
informações geradas pela contabilidade. Tais questões estão ligadas a 
possíveis restrições que essas informações podem ter. 
Um dos tópicos é relativo à materialidade da informação. Segundo a 
norma no item 3.32 (CFC, 2016): 
A informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar o 
cumprimento do dever de prestação de contas e responsabilização (accountability), 
ou as decisões que os usuários tomam com base nos Relatório Contábil de Propósito 
Geral das Entidades do Setor Público (RCPG) elaborados para aquele exercício. 
Outro ponto que deve ser observado na hora da geração da informação 
contábil é a relação do custo-benefício. Previsto de acordo com o item 
35 da mesma norma, há a ponderação dos benefícios da informação 
contábil para os seus usuários.
3.35 “Avaliar se os benefícios da informação justificam seus custos é, 
com frequência, uma questão de julgamento de valor, pois não é possível 
identificar todos os custos e todos os benefícios da informação incluída 
nos RCPGs”. (CFC, 2016)
Logo, é necessário, dentro do setor público, assim como qualquer outro, 
compreender as vantagens e os custos para uma informação e como 
esta beneficiará os usuários. 
Por fim, deve-se destacar outra restrição em relação às características da 
informação: o equilíbrio entre as características qualitativas destacada 
segundo a NBC TSP EC (CFC, 2016).
3.41 As características qualitativas funcionam, conjuntamente, para contribuir com 
a utilidade da informação. Por exemplo, nem a descrição que represente fielmente 
um fenômeno irrelevante, nem a descrição que represente de modo não fidedigno 
um fenômeno relevante resultam em informação útil. Do mesmo modo, para ser 
relevante, a informação precisa ser tempestiva e compreensível.
3.42 Em alguns casos, o equilíbrio ou a compensação (trade-off) entre as 
características qualitativas pode ser necessário para se alcançar os objetivos da 
informação contábil. A importância relativa das características qualitativas em cada 
situação é uma questão de julgamento profissional. A meta é alcançar o equilíbrio 
apropriado entre as características para satisfazer aos objetivos da elaboração e da 
divulgação da informação contábil. (CFC, 2016)
A contabilidade e, por consequência, a contabilidade pública como 
ciência social aplicada, precisa do equilíbrio entre características 
Contabilidade Pública 9
quantitativas e qualitativas para fornecer aos seus usuários, de forma 
adequada, todas as informações de que estes necessitem. 
Como a questão normativa da contabilidade pública é evidenciada? 
A Lei nº 4.320 de 1964, que é a regulamentação que normatiza boa parte 
dos procedimentos ligados à questão orçamentária e ao tratamento das 
questões financeiras, apresenta, em seu artigo 83, a denominação na 
parte de disposições gerais: 
Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos 
quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou 
guardem bens a ela pertencentes ou confiados. (BRASIL, 1964)
Já as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público 
definem o campo de aplicação, os objetivos que podem ser totais 
(relacionados à matéria como um todo) para o reconhecimento dos atos 
e fatos que ocorrem no patrimônio das entidades da Administração 
Direta e Indireta, e parciais, que têm como funções primordiais o controle 
social e a prestação de contas efetuadas pela CASP. 
E como será que ocorreu a origem da contabilidade pública no Brasil? 
De acordo com Silva (2014), ocorreu com a vinda dos portugueses e com 
a criação do Conselho Ultramarino e o Conselho da Fazenda. Depois, já 
por volta do século XVI, no auge do ciclo do ouro, já eram praticadas 
escriturações contábeis para controlar as operações envolvidas com tais 
práticas e com outras relacionadas a transações comerciais da época. 
O autor ainda relata que que foi D. Fernando José de Portugal que 
encaminhou para Dom João VI um documento para a escrituração de sua 
fazenda, por meio do método das partidas dobradas e reconhecimento 
de tal bem como imobilizado, para evitar fraude e escrituração de forma 
arbitrada do bem por parte pública ou particular.
Outro evento que marcou a contabilidade pública no Brasil foi a crise do 
café, em 1905, exigindo uma reforma do sistema contábil do Tesouro do 
Estado de São Paulo. O modelo, que teve boa aceitação, posteriormente foi 
aceito por outros estados, que também passaram a imitá-lo (SILVA, 2014).
Destaca-se, também no ano de 1967, o Decreto-Lei 200, que trata da 
descentralização dos recursos dentro das atividades públicas e permite 
que a parte financeira seja melhor administrada, em razão do grande 
volume que circula nas três esferas dentro do âmbito público brasileiro.
Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente 
descentralizada.
§ 1º A descentralização será posta em prática em três planos principais:
a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível 
de direção do de execução;
b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam 
devidamente aparelhadas e mediante convênio;
c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões. 
(BRASIL, 1967)
Contabilidade Pública 10
Exemplos disso são as figuras dos convênios e dos contratos de repasses 
entre a União para as transferências de recursos, sendo os mais comuns 
as Organizações Não Governamentais (ONGs) e Fundações.
Mesmo com as diferenças que ainda se observam em relação 
à contabilidade empresarial, a evolução da CASP é contínua, 
aproximando-a do que é visto dentro do mundo organizacional. 
Hoje, a CASP acaba tendo mais um papel que visa subsidiar uma base 
instrumental para proporcionar aos tomadores de decisão (que são 
os gestores públicos) informações que possam subsidiar o processo 
decisório e formas para melhorar o seu processo de gestão como um 
todo. Segundo a STN (2017, p.21):
A ciência contábil, no Brasil, vem passando por significativas transformações rumo à 
convergência aos padrões internacionais. O processo de evolução da contabilidade do 
setor público deve ser analisado de forma histórica e contextualizada com o próprio 
processo de evolução das finanças públicas. Nesse sentido, o primeiro marco histórico 
foi a edição da Lei nº 4.320/1964, que estabeleceu importantes regras para propiciar 
o controle das finanças públicas, bem como a construção de uma administração 
financeira e contábil sólida no País, tendo como principal instrumento o orçamento 
público. Desse modo, o orçamento público ganhou significativa importância 
no Brasil. Como consequência, as normas relativas a registros e demonstrações 
contábeis, vigentes até hoje, acabaram por dar enfoque, sobretudo, aos conceitos 
orçamentários, em detrimento da evidenciação dos aspectos patrimoniais.
A CASP deve ser responsável por abastecer todo o processo de 
planejamento e orçamento, bem como as etapas que contemplam o ciclo 
orçamentário. De forma adicional, deverá servir para o registro, análise, 
interpretação de atos e fatos administrativos, além de auxiliar para a 
melhoria na administração, independentemente do nível de governo. 
E como a CASP atua, ou seja, qual é o seu campo de atuação? Quem deverá 
observar suas normas, seus sistemas e suas principais características? É 
o que veremos na sequência. 
2. Campo de Atuação 
A CASP possui umaatuação bastante extensa, já que o Brasil possui uma 
Administração Pública importante e com vários órgãos trabalhando de 
forma complexa e integrada. 
O campo de atuação da contabilidade pública está intimamente 
relacionado ao patrimônio público, que é formado pelo conjunto de 
bens, direitos e obrigações dos entes que fazem parte da Administração 
Pública em um sentido amplo. Mas como assim? Não são só os órgãos 
públicos? Na verdade, não. É todo um sistema complexo e que pode ser 
melhor compreendido por meio da Figura 1. 
Contabilidade Pública 11
Figura 1: Administração Pública. Fonte: Adaptado de Castro (2018, p.7).
Segundo Castro (2018), para a compreensão da Administração Pública 
no Brasil e do campo de atuação da contabilidade, é necessário entender, 
antes, como ela está configurada dentro do ambiente legal. O Estado, no 
Brasil, está presente na Constituição Federal, que relata a necessidade 
de um sistema organizado para suprir as necessidades do ser humano, 
que são, segundo a Constituição Federal (1988):
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, 
a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a 
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, 
na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 90, de 2015)
Para satisfazer tais direitos e também para entender como surgem 
as obrigações é preciso entender dentro da Administração Pública a 
necessidade de organização em sociedade, composto para o bem comum 
de todos. Entretanto, sem que exista um governo para comandar, presidir 
a vida, criar leis e prover as necessidades dessa sociedade, o estado não 
pode existir (CASTRO, 2018). 
Em um primeiro momento, observa-se que:
‘‘ Os governos geralmente têm amplos poderes, incluindo a capacidade de 
estabelecer e fazer cumprir requisitos legais e alterar esses requisitos. 
Globalmente, o setor público varia consideravelmente em suas disposições 
constitucionais e em suas metodologias de funcionamento. No entanto, a 
governança no setor público, geralmente, envolve a realização de prestação de 
contas do Poder Executivo para o Poder Legislativo. (CFC, 2016) ’’
A Administração Pública torna possível, de forma concreta, que o 
governo realize os seus objetivos para que a sociedade obtenha os seus 
direitos e também tenha as suas obrigações. Kohama (2014) acrescenta 
que a Administração Pública é o aparelhamento do Estado, que serve, de 
forma preordenada, para realizar serviços para que sejam satisfeitas as 
necessidades coletivas. 
Contabilidade Pública 12
A NBC TSP EC CFC (2016) complementa que o papel do governo, em 
outras situações, pode ser entendido da seguinte forma:
18. Muitos governos e outras entidades do setor público possuem poder de regulação 
de entidades que operam em determinados setores da economia, de forma direta 
ou por meio de agências reguladoras. A principal razão da regulação é assegurar 
o interesse público de acordo com objetivos definidos nas políticas públicas. A 
intervenção regulatória também pode ocorrer quando existem mercados imperfeitos 
ou falhas de mercado para determinados serviços ou, ainda, para mitigar alguns 
fatores, como a poluição. Essas atividades regulatórias são conduzidas de acordo 
com o estabelecido na legislação (CFC, 2016).
Depois de entender um pouco da atividade do governo, do ponto de vista 
contábil e do Estado, como fica a Administração Pública propriamente 
dita e como ela consegue os objetivos da sociedade? 
A Administração Pública é um sistema bastante complexo, composto 
por diversos meios, sejam eles humanos, materiais, institucionais 
ou financeiros, e que devem estar disponíveis para a execução 
das necessidades da sociedade. Castro (2011) ainda coloca que a 
Administração Pública pode ser entendida de duas formas diferentes:
Com letras maiúsculas – Administração Pública – Representa os órgãos 
que irão desempenhar as funções administrativas a serviço da sociedade 
em geral;
Com letras minúsculas – administração pública – Representa a atividade 
propriamente dita e aqui estão os serviços que são prestados pelo 
Estado para os cidadãos. 
O Decreto 200/67, além da questão da descentralização dos recursos 
e outros itens, dividiu a Administração Pública em Direta e Indireta. 
A Administração Direta é constituída pelos três poderes, ou seja, o 
Administrativo, o Legislativo e o Judiciário e os órgãos que fazem parte 
destes.
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura 
administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, 
dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista;
d) Fundações públicas. (BRASIL, 1967)  
Segundo a Constituição Federal, alguns dos órgãos que compõem 
a Administração Direta estão nos artigos 44 até 145. O Executivo é 
composto pelo Presidente da República, governadores, prefeitos e 
ministros (BRASIL, 1988).
Já, no Legislativo, está a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, 
Assembleias Legislativas Câmaras Municipais, entre outros. No Judiciário, 
o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, os Tribunais 
Regionais Federais, entre outros. Existem, também, funções essenciais à 
justiça, como o Ministério Público, Advocacia e Defensoria Pública. 
Contabilidade Pública 13
A Administração Indireta, por sua vez, é formada pelos diversos entes 
que se ligam a cada um dos Ministérios, dentre os quais se destacam 
as Autarquias, fundações e empresas públicas e as sociedades de 
economia mista. 
As autarquias são aquelas entidades que têm tanto personalidade jurídica, 
quanto patrimônio e receita próprios, e que desempenham atividade na 
administração pública, mas a sua gestão, tanto administrativa quanto 
financeira, é descentralizada. 
Algumas universidades públicas no Brasil são autarquias, como agências 
reguladoras e conselhos profissionais, como o Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC).
As fundações públicas, por sua vez, não possuem atividade de Estado, 
mas desempenham atividades típicas do interesse da coletividade e, 
dessa forma, atuam em áreas que beneficiam a população. Entre elas 
estão educação, pesquisa e cultura. Castro (2011) cita como exemplos o 
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) 
e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
As empresas públicas, como o próprio nome indica, possuem capital 
inteiramente público, mas têm a personalidade do direito privado e 
dedicam-se à atividade econômica. Um exemplo é a Empresa Brasileira 
dos Correios (EBCT). 
Já as sociedades de economia mistas são pessoas públicas de direito 
privado com participação do poder público particular. O papel dessas 
entidades é desenvolver atividades econômicas de interesse coletivo que 
sejam emanados pelo Estado, por exemplo, o Banco do Brasil e a Petrobras, 
porém, existem outras diversas que fazem parte desse grupo. Vamos, agora, 
compreender a abrangência da CASP e outras características normativas. 
3. Abrangência 
Já foi possível entender que o campo de aplicação da CASP abrange 
todas as entidades que fazem parte do setor público, porém, estas 
devem observar, de diferentes formas, as normas e a prestação de contas 
necessária. Segundo a STN (2017, p.25) observa-se que:
‘‘ As normas estabelecidas no MCASP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades 
do setor público. Estão compreendidos no conceito de entidades do setor público: 
os governos nacional (União), estaduais, distrital (Distrito Federal) e municipais 
e seus respectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e 
o Ministério Público), órgãos, secretarias, departamentos, agências, autarquias, 
fundações (instituídas e mantidas pelo poder público), fundos, consórcios 
públicos e outras repartições públicas congêneres das administrações direta e 
indireta(inclusive as empresas estatais dependentes. ’’
Contabilidade Pública 14
Em relação à abrangência, especificamente as entidades governamentais, 
os serviços sociais e os conselhos profissionais deverão observar de 
forma integral as normas técnicas próprias que fazem parte da CASP 
(LIMA; CASTRO, 2016). 
Já Empresas Estatais Dependentes são aquelas controladas que recebem 
do ente que as controla recursos financeiros para que sejam efetuados 
os pagamentos de despesas com pessoal ou, ainda, com custeio geral ou 
capital. As demais entidades que não estão enquadradas nesse grupo 
deverão observar de forma parcial os procedimentos da CASP, a fim de 
garantir os procedimentos de tomadas de contas e instrumentalização 
do controle social. Tal questão está prevista na Lei de Responsabilidade 
Fiscal, de forma bastante explícita, quando relata as formas de divulgação 
das informações públicas:
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla 
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos 
e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer 
prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão 
Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos. (BRASIL, 2000)
Em relação às normas relativas ao setor público, é necessário lembrar que 
qualquer ente – incluindo, nesse contexto, pessoas jurídicas e até mesmo 
físicas que tiverem ligação com recursos públicos, na forma de subsídios, 
subvenções ou qualquer tipo de auxílio, contribuições e financiamentos – 
também estarão obrigadas a observar, de forma parcial a CASP. 
Na sequência, veremos um resumo que ajudará no entendimento de 
como funciona a questão da abrangência da CASP:
Abrangência Entidades
Integralmente
• Entidades governamentais que fazem parte do Orçamento 
Financeiro (OF) e do Orçamento de Seguridade Social (OSS)
• Serviços sociais 
• Conselhos Profissionais
Parcial 
(outras entidades 
do setor público)
• Entidades com personalidade jurídica de direito privado 
(incluindo aquelas que fazem parte do Orçamento de 
Investimento (OI) que tenham qualquer tipo de recebimento, 
guarda, movimentação ou aplicação de recursos públicos 
durante a execução de suas atividades) 
• Pessoas físicas, incluindo aquelas que recebam qualquer 
tipo de subvenção ou benefícios fiscais ou de crédito de 
órgão público. 
Quadro 1: Resumo abrangência CASP. Fonte: Do autor.
Conclui-se, então, que as entidades que integram o Orçamento Fiscal 
(OF) e o Orçamento da Seguridade Social (OSS) devem adotar a CASP, 
enquanto quem não utiliza o Orçamento de Investimento (OI) não deve 
aplicar a CASP. Para as outras entidades, a adoção ocorre de maneira 
parcial. Tais questões orçamentárias estão dispostas de acordo com a 
Constituição Federal:
Contabilidade Pública 15
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades 
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela 
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações 
instituídos e mantidos pelo Poder Público. (BRASIL, 1988)
Além da questão orçamentária, a STN (2017) observa que os requisitos 
obrigatórios estão relacionados tanto ao reconhecimento, quanto à 
questão da mensuração e evidenciação das mutações, e que os eventos 
das demonstrações estarão evidenciados no MCASP. Caso existam 
eventuais conflitos, o Manual deverá prevalecer. 
O MCASP, além da questão da convergência aos padrões internacionais 
da CASP, também buscou os seguintes objetivos:
 ▪ Implementar e atualizar procedimentos e práticas de contabilidade 
que permitam o reconhecimento, mensuração, avaliação e 
evidenciação dos elementos que fazem parte dos elementos do 
patrimônio público;
 ▪ Melhoria das informações que fazem parte das Demonstrações 
Financeiras que integram a CASP;
 ▪ Possibilidade de avaliação do impacto das políticas de gestão nas 
diferentes dimensões relacionadas às variações patrimoniais, entre 
outros aspectos.
Na sequência, devem ser observadas as seguintes normas para eventuais 
dúvidas e abrangência de normas em relação às instituições da 
Administração pública:
a. Norma Brasileira de Contabilidade (NBC TSP) relativa ao assunto; 
b. Norma Brasileira de Contabilidade (NBC T 16.1 a 16.11), nas partes 
não revogadas; 
c. Norma Brasileira de Contabilidade (NBC TSP) – Estrutura Conceitual 
(STN, 2017, p. 25).
Nota-se, de forma bastante clara, que o MCASP é a norma maior a ser 
observada, seja ela integral ou parcial pelas entidades da Administração 
Pública. Concluímos, também, que a abrangência poderá variar, sendo 
integral para algumas entidades ou parcial, ou até mesmo poderá envolver 
pessoas físicas, desde estejam envolvidas com recursos públicos. 
Neste capítulo, você aprendeu os conceitos iniciais de CASP, ou seja, o que 
ela é e quais são as suas características. Exploramos as características 
quantitativas e qualitativas da informação e como elas são importantes 
para os usuários. Depois, foi visto como ela se desenvolveu, de 
forma histórica no Brasil, até os dias de hoje, chegando até o padrão 
Contabilidade Pública 16
internacional, que permite, atualmente, um maior controle social por 
meio do controle efetuado da lei da transparência e gerenciamento dos 
gastos públicos. 
Na sequência, você conheceu o campo de atuação, relacionado à 
Administração Pública Brasileira (que é dividida em Direta e Indireta) e 
quais são os órgãos que fazem parte de suas divisões. 
Por fim, vimos a abrangência ou como essas duas divisões devem utilizar 
a CASP, bem como suas características, normas e obrigações e porque é 
importante tal compreensão para a correta aplicação das normas.
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do 
Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Decreto-Lei no 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sôbre 
a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a 
Reforma Administrativa e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 02 
dez. 2018.
BRASIL. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de 
Direito Financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços 
da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Disponível 
em: . Acesso em: 
02 dez. 2018.
BRASIL. Lei complementar no 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece 
normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão 
fiscal e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 02 dez. 2018.
BRASIL. Portaria no 184, de 25 de agosto de 2008. Dispõe sobre as diretrizes 
a serem observadas no setor público (pelos entes públicos) quanto aos 
procedimentos, práticas, elaboração e divulgação das demonstrações 
contábeis, de forma a torná-los convergentes com as Normas Internacionais 
Contabilidade Pública 17
de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público. Disponível em: . Acesso em: 02 dez. 2018.
CASTRO, D. P. Auditoria, contabilidade interno no setor público: integração 
das áreas do ciclo de gestão: contabilidade orçamento e auditoria 
e organização dos controles internos, como suporte à governança 
corporativa. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
CFC. Norma Brasileira de Contabilidade - NBC TSP Estrutura Conceitual. 
Disponível em: .Acesso em: 02 
dez. 2018
KOHAMA, H. Contabilidade pública: teoria e prática. 11 ed. São Paulo: 
Atlas, 2014. 
LIMA, D. V.; CASTRO, R. G. Contabilidade pública: integrando união, 
estados e municípios. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2016. 
SILVA, V. L. A nova contabilidade aplicada ao setor público: uma 
abordagem prática. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2014. 
STN. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. 7 ed. 
Brasília: [s.n.]. Disponível em: . Acesso em: 17 nov. 2018.
Contabilidade Pública 18
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	1. Conceitos 
	2. Campo de Atuação 
	3. Abrangência 
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