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AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA: AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: ✓ Conhecer a realidade e os alunos, bem como identificar quais conhecimentos os alunos tem sobre o conteúdo a ser lecionado; AVALIAÇÃO FORMATIVA: ✓ Análises contínuas dos procedimentos buscando identificar problemas na aprendizagem dos alunos e como os objetivos são alcançados, fornecendo informações contínuas aos envolvidos para implementação e possíveis modificações para melhorias; ✓ No Brasil, a lei nº 9394/96 (BRASIL, 1996) orienta que o tipo de avaliação para ser seguido no processo de ensi- no-aprendizagem dos alunos seja a formativa. Uma vez que se encaminha para elementos que buscam perce- ber o desenvolvimento dos alunos. AVALIAÇÃO SOMATIVA: ✓ Análise final do que foi desenvolvido, considerando os objetivos e os resultados obtidos, percebendo os ele- mentos que interferiam positiva e negativamente, a fim de tomadas de decisões finais, ou seja, aprovação ou reprovação. HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA DE ACORDO COM PONTES (2017) TENDÊNCIA HIGIENISTA: ✓ A avaliação era influenciada pela área médica e baseada na eugenia; ✓ a avaliação direcionava sua atenção para higiene e saúde dos indivíduos. TENDÊNCIA MILITARISTA: ✓ Seleção técnica dos indivíduos e os mais aptos para a defesa da pátria. ✓ As práticas avaliativas se destinavam ao desenvolvimento das capacidades físicas e tinha como parâmetro pa- ra aprovação a aptidão física para bom desempenho na guerra e para reprovação os menos aptos nas ativida- des. ✓ As práticas avaliativas na Educação Física priorizavam a aplicação de testes de força, flexibilidade e resistên- cia cardiorrespiratória dos alunos durante as aulas. TENDÊNCIA ESPORTIVISTA: ✓ O foco das práticas avaliativas centrava-se no desempenho esportivo e rendimento físico dos alunos. ✓ Os espaços de avaliação realçavam o aperfeiçoamento das técnicas e táticas esportivas, aguçava a competiti- vidade no ambiente escolar, bem como tornando implícita a relação professor-aluno e aflorando a relação téc- nico-atleta, ou seja, os alunos eram os atletas e o professor era o técnico; ✓ Essas três tendências baseavam-se na pedagogia do exame. TENDÊNCIA PEDAGÓGICA E POPULAR: ✓ Concentra os seus esforços nas capacidades cognitivas, físicas, socioafetivas e educativas; ✓ O professor vem direcionando a aprendizagem dos conteúdos da área, atitudes dos alunos com os seus cole- gas de turma, com os problemas da sociedade, na prática dos esportes, sendo assim, direcionada a formação para o desenvolvimento do cidadão em todas as vertentes. AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Avaliação da Educação Física no Ensino Infantil ✓ As práticas avaliativas no processo de ensino-aprendizagem devem considerar aspectos do próprio desenvol- vimento dos alunos; ✓ Sem aprovação ou reprovação dos alunos, a parte somativa. ✓ Deve-se evitar avaliação que proporcione características competitivas ou de comparações entre os alunos. ✓ Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI) orientam para alguns critérios de avaliação para ponderar no nível de ensino, tais como a observação, registro e avaliação formativa. Avaliação da Educação Física no Ensino Fundamental processo de avaliação do ensino-aprendizagem no nível de ensino também envolve a avaliação formativa. No entanto, todas as etapas são fundamentais para o desenvolvimento, ou seja, diag- nóstico, processo e somativa. A AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA SEGUNDO DARIDO (2012): AVALIAÇÃO NA VISÃO TRADICIONAL/ESPORTIVISTA: ✓ enfatizavam a medição, o desempenho das capacidades físicas, as habilidades motoras e, em alguns casos, o uso das medidas antropométricas. ✓ Na escola, o aluno era avaliado por testes físicos ou pelo seu desempenho nos esportes; ✓ Se detinha apenas no resultado final, no desempenho do aluno em relação ao esporte, ou seja, se o aluno(a) dominava os fundamentos e as táticas do jogo, independentemente do que sabia no início; ✓ A atribuição da nota e mesmo a avaliação que o professor realizava da aprendizagem dos alunos não era in- formada aos mesmos, os professores não explicavam aos alunos os objetivos dos testes e tampouco havia vinculação entre estes e o programa desenvolvido ao longo do ano. ✓ Todavia, todos os estudantes eram submetidos aos testes e muitos ao sentimento de incompetência, e de ver- gonha. Alguns nem participavam das atividades das aulas, mas precisavam ter uma nota; ✓ A nota era resultado exclusivo do desempenho do aluno na prática esportiva, ou seja, se o aluno tinha um bom desempenho, sua nota era máxima, não importando o seu nível inicial, nem o seu conhecimento sobre questões conceituais do esporte, ou o desenvolvimento de suas atitudes e valores nas aulas; MUDANÇAS NA AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA A PARTIR DOS ANOS 80 E 90: ✓ a perspectiva tradicional, aquela que prioriza o produto, a quantificação e a avaliação por meio de testes vem sendo substituída por uma visão mais processual, abrangente e qualitativa; ✓ Olhar pedagógico, inclusivo e considerando as dimensões conceituais, atitudinais e procedimentais dos conte- údos; ✓ A avaliação na dimensão conceitual, atitudinal e procedimental. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS - PCNS: ✓ Existem 2 versões deste documento, uma de 1997 para a 1º - 4º série e outra de 1998 para a 5º a 8º série; ✓ Considera as diferentes abordagens pedagógicas da Educação Física; ✓ Visa a superação das tendências tradicionais anteriores; ✓ Entendida pela Darido como uma abordagem pedagógica; ✓ Os PCNs não eram um documento obrigatório e normativo; PRINCÍPIOS DOS PCNS: PRINCÍPIO DA INCLUSÃO: ✓ A sistematização de objetivos, conteúdos, processos de ensino e aprendizagem e avaliação tem como meta a inclusão do aluno na cultura corporal de movimento, por meio da participação e reflexão concretas e efetivas; PRINCÍPIO DA DIVERSIDADE: ✓ Busca-se legitimar as diversas possibilidades de aprendizagem que se estabelecem com a consideração das dimensões afetivas, cognitivas, motoras e socioculturais dos alunos. CATEGORIAS DOS CONTEÚDOS: ✓ Os conteúdos são apresentados segundo sua categoria conceitual (fatos, conceitos e princípios), procedimen- tal (ligados ao fazer) e atitudinal (normas, valores e atitudes). TEMAS TRANSVERSAIS: ✓ Ética, Saúde, Pluralidade cultural, Meio ambiente, orientação sexual, trabalho e consumo. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE CONTEÚDOS: ✓ Relevância social, características dos alunos e especificidade da área. BLOCOS DE CONTEÚDOS: ✓ Esportes, jogos, ginásticas e lutas; ✓ Atividades rítmicas e expressivas; ✓ Conhecimentos sobre o corpo. BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: O que é a BNCC? ✓ É um documento normativo que visa nortear o ensino nas escolas de todo o Brasil; ✓ O texto regulamenta quais são as aprendizagens essenciais que devem ser trabalhadas em salas de aula de escolas particulares e públicas; ✓ Norteia desde o que é ensinado na Educação Infantil até o final do Ensino Médio; ✓ a BNCC não consiste em um único currículo fechado para todo o sistema educacional brasileiro; ✓ Mas sim, em um documento norteador que atua como referência única de base para que as escolas, públicas e privadas, elaborem seus currículos escolares; OBJETIVOS E FINALIDADES PRINCIPAIS DA BNCC? ✓ garantir a todos os estudantes o direito de aprender um conjunto fundamental de conhecimentos e habilidades comuns em todo o território brasileiro; ✓ as desigualdades educacionais existentes em todo o país sejam eliminadas com o passar do tempo; ✓ formar estudantes com as habilidades e conhecimentos considerados como essenciais dentro do século XXI. ✓ Incentivar a modernização dos recursos, das práticas pedagógicas e promovendo a atualização do corpo das escolas; ✓ Superar a fragmentação das políticas educacionaisno país e fortalecer o regime de colaboração entre as três esferas governamentais. ✓ Não ignora as particularidades de cada escola em relação a sua metodologia e aspectos sociais e regionais; ✓ A BNCC não é um currículo pronto, rígido, para todas as escolas. ✓ Em sua aplicação prática, o Governo Federal, Estados e Municípios, usam a base para orientar a formação dos currículos locais das escolas. COMPETÊNCIAS E A BNCC: ✓ Conceito de competência: a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do ple- no exercício da cidadania e do mundo do trabalho; ✓ As competências gerais da BNCC devem estar presentes em todos os níveis da Educação Básica; COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA: 1 - Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrá- tica e inclusiva; 2 - Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas; 3 - Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural; 4 - Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informa- ções, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mú- tuo; 5 - Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexi- va e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva; 6 - Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe pos- sibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade; 7 - Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consu- mo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta; 8 - Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana reco- nhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas; 9 - Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respei- to ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza; 10 - Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. ETAPA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: ✓ Estabelece os direitos de aprendizagem para as crianças de zero a cinco anos, e reconhece a educação infantil como essencial para o pleno desenvolvimento e construção da identidade da criança; ✓ O professor tem papel fundamental e precisa trabalhar de forma efetiva com os direitos para conseguir garantir que os objetivos sejam alcançados de acordo com as experiências e elementos que são considerados funda- mentais durante todo o processo; DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ✓ Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, am- pliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas. ✓ Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crian- ças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imagi- nação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais. ✓ Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das ativida- des propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimen- tos, decidindo e se posicionando. ✓ Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamen- tos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia. ✓ Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipó- teses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens. ✓ Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vi- venciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário. CAMPOS DE EXPERIÊNCIA: ✓ BNCC está estruturada em cinco campos de experiências, no âmbito dos quais são definidos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento; 1 – O eu, o outro e o nós: ✓ É na interação com os pares e com adultos que as crianças vão constituindo um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros modos de vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista. ✓ Conforme vivem suas primeiras experiências sociais (na família, na instituição escolar, na coletividade), cons- troem percepções e questionamentos sobre si e sobre os outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identifi- cando-se como seres individuais e sociais. ✓ Ao mesmo tempo que participam de relações sociais e de cuidados pessoais, as crianças constroem sua auto- nomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e de interdependência com o meio. ✓ Por sua vez, na Educação Infantil, é preciso criar oportunidades para que as crianças entrem em contato com outros grupos sociais e culturais, outros modos de vida, diferentes atitudes, técnicas e rituais de cuidados pes- soais e do grupo, costumes, celebrações e narrativas. 2 – Corpo, gestos e movimentos: ✓ Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou intencionais, coordenados ou espon- tâneos), as crianças, desde cedo, exploram o mundo, o espaço, os objetos do seu entorno, estabelecem rela- ções, expressam--se, brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cul- tural, tornando-se, progressivamente, conscientes dessa corporeidade. ✓ Por meio das diferentes linguagens, como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento entre corpo, emoção e linguagem. ✓ As crianças conhecem e reconhecem as sensações e funções de seu corpo e, com seus gestos emovimentos, identificam suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a consciência sobre o que é seguro e o que pode ser um risco à sua integridade física; ✓ A instituição escolar precisa promover oportunidades ricas para que as crianças possam, sempre animadas pelo espírito lúdico e na interação com seus pares, explorar e vivenciar um amplo repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas com o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e uso do espaço com o corpo; 3 – Traços, sons, cores e formas: ✓ Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. C ✓ Com base nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando suas próprias produções ar- tísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons, traços, gestos, danças, mímicas, en- cenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de diversos materiais e de recursos tecnológicos; ✓ A escola precisa promover a participação das crianças em tempos e espaços para a produção, manifestação e apreciação artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem, permanentemente, a cultura e potenciali- zem suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar suas experiências e vivências artísticas. 4 – Escuta, fala, pensamento e imaginação: ✓ Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças possam falar e ouvir, potencia- lizando sua participação na cultura oral, pois é na escuta de histórias, na participação em conversas, nas des- crições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social; 5 – Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações: ✓ a Educação Infantil precisa promover experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar res- postas às suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural e possam utilizá-los em seu cotidiano. CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS: OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: Bebês (zero a 1 ano e6 meses) Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) Crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses) (EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos. (EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras. (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música. (EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes. (EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes naturezas. (EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades. (EI01CG03) Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais. (EI02CG03) Explorar formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançar), combinando movimentos e seguindo orientações. (EI03CG03) Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades artísticas como dança, teatro e música. (EI01CG04) Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar. (EI02CG04) Demonstrar progressiva independência no cuidado do seu corpo. (EI03CG04) Adotar hábitos de autocuidado relacionados a higiene, alimentação, conforto e aparência. EI01CG05) Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos. (EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros. (EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas. CORPO, GESTO E MOVIMENTOS: SÍNTESES DE APRENDIZAGEM: ✓ Reconhecer a importância de ações e situações do cotidiano que contribuem para o cuidado de sua saúde e a manutenção de ambientes saudáveis. ✓ Apresentar autonomia nas práticas de higiene, alimentação, vestir-se e no cuidado com seu bem-estar, valori- zando o próprio corpo. ✓ Utilizar o corpo intencionalmente (com criatividade, controle e adequação) como instrumento de interação com o outro e com o meio. ✓ Coordenar suas habilidades manuais. ETAPA DO ENSINO FUNDAMENTAL: ✓ Dividida em área de Linguagens, área de Matemática, área de Ciências da Natureza e área de Ciências Huma- nas; ÁREA DE LINGUAGENS: ✓ É composta pelos seguintes componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e, no Ensino Fundamental – Anos Finais, Língua Inglesa. ✓ A finalidade é possibilitar aos estudantes participar de práticas de linguagem diversificadas, que lhes permitam ampliar suas capacidades expressivas em manifestações artísticas, corporais e linguísticas, como também seus conhecimentos sobre essas linguagens, em continuidade às experiências vividas na Educação Infantil. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LINGUAGENS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: 1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhe- cendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais. 2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. 3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digi- tal –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produ- zir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação. 4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo. 5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. 6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos,resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos. A EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL: ✓ É o componente curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas formas de codificação e signi- ficação social, entendidas como manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos, produzidas por di- versos grupos sociais no decorrer da história. ✓ Nessa concepção, o movimento humano está sempre inserido no âmbito da cultura e não se limita a um deslo- camento espaço-temporal de um segmento corporal ou de um corpo todo. ✓ Nas aulas, as práticas corporais devem ser abordadas como fenômeno cultural dinâmico, diversificado, pluri- dimensional, singular e contraditório. ✓ Desse modo, é possível assegurar aos alunos a (re)construção de um conjunto de conhecimentos que permi- tam ampliar sua consciência a respeito de seus movimentos e dos recursos para o cuidado de si e dos outros e desenvolver autonomia para apropriação e utilização da cultura corporal de movimento em diversas finalidades humanas, favorecendo sua participação de forma confiante e autoral na sociedade. ✓ É fundamental frisar que a Educação Física oferece uma série de possibilidades para enriquecer a experiência das crianças, jovens e adultos na Educação Básica, permitindo o acesso a um vasto universo cultural. ✓ Esse universo compreende saberes corporais, experiências estéticas, emotivas, lúdicas e agonistas, que se ins- crevem, mas não se restringem, à racionalidade típica dos saberes científicos que, comumente, orienta as prá- ticas pedagógicas na escola. ELEMENTOS FUNDAMENTAIS COMUNS ÀS PRÁTICAS CORPORAIS: 1 – Movimento corporal como elemento essencial; 2 – Organização interna (de maior ou menor grau), pautada por uma lógica específica; 3 - Produto cultural vinculado com o lazer/entretenimento e/ ou o cuidado com o corpo e a saúde. DEFINIÇÃO DAS PRÁTICAS CORPORAIS SEGUNDO A BNCC: ✓ São aquelas realizadas fora das obrigações laborais, domésticas, higiênicas e religiosas, nas quais os sujeitos se envolvem em função de propósitos específicos, sem caráter instrumental. ✓ Cada prática corporal propicia ao sujeito o acesso a uma dimensão de conhecimentos e de experiências aos quais ele não teria de outro modo. ✓ A vivência da prática é uma forma de gerar um tipo de conhecimento muito particular e insubstituível e, para que ela seja significativa, é preciso problematizar, desnaturalizar e evidenciar a multiplicidade de sentidos e significados que os grupos sociais conferem às diferentes manifestações da cultura corporal de movimento. ✓ Logo, as práticas corporais são textos culturais passíveis de leitura e produção. ✓ Cada uma das práticas corporais tematizadas compõe uma das seis unidades temáticas abordadas ao longo do Ensino Fundamental. UNIDADES TEMÁTICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA: 1 – Brincadeiras e jogos 2 – Esportes; 3 – Ginásticas; 4 – Danças; 5 – Lutas; 6 – Práticas corporais de aventura. UNIDADE TEMÁTICA: BRINCADEIRAS E JOGOS ✓ Atividades voluntárias exercidas dentro de determinados limites de tempo e espaço, caracterizadas pela cria- ção e alteração de regras, pela obediência de cada participante ao que foi combinado coletivamente, bem como pela apreciação do ato de brincar em si. ✓ Essas práticas não possuem um conjunto estável de regras e, portanto, ainda que possam ser reconhecidos jo- gos similares em diferentes épocas e partes do mundo, esses são recriados, constantemente, pelos diversos grupos culturais; ✓ Mesmo assim, é possível reconhecer que um conjunto grande dessas brincadeiras e jogos é difundido por meio de redes de sociabilidade informais, o que permite denominá-los populares; ✓ São igualmente relevantes os jogos e as brincadeiras presentes na memória dos povos indígenas e das comu- nidades tradicionais, que trazem consigo formas de conviver, oportunizando o reconhecimento de seus valores e formas de viver em diferentes contextos ambientais e socioculturais brasileiros. UNIDADE TEMÁTICA: ESPORTES: ✓ Reúne tanto as manifestações mais formais dessa prática quanto as derivadas. ✓ O esporte como uma das práticas mais conhecidas da contemporaneidade, por sua grande presença nos meios de comunicação, caracteriza-se por ser orientado pela comparação de um determinado desempenho entre indi- víduos ou grupos (adversários), regido por um conjunto de regras formais, institucionalizadas por organizações (associações, federações e confederações esportivas), as quais definem as normas de disputa e promovem o desenvolvimento das modalidades em todos os níveis de competição. ✓ No entanto, essas características não possuem um único sentido ou somente um significado entre aqueles que o praticam, especialmente quando o esporte é realizado no contexto do lazer, da educação e da saúde. ✓ Como toda prática social, o esporte é passível de recriação por quem se envolve com ele. ✓ Para a estruturação dessa unidade temática, é utilizado um modelo de classificação baseado na lógica interna, tendo como referência os critérios de cooperação, interação com o adversário, desempenho motor e objetivos táticos da ação. ✓ Não são prescrições das modalidades a ser obrigatoriamente tematizadas na escola). CLASSIFICAÇÃO DOS ESPORTES SEGUNDO A BNCC: MARCA: ✓ Conjunto de modalidades que se caracterizam por comparar os resultados registrados em segundos, metros ou quilos (patinação de velocidade, todas as provas do atletismo, remo, ciclismo, levantamento de peso etc.). PRECISÃO: ✓ Conjunto de modalidades que se caracterizam por arremessar/lançar um objeto, procurando acertar um alvo específico, estático ou em movimento, comparando-se o número de tentativas empreendidas, a pontuação es- tabelecida em cada tentativa (maior ou menor do que a do adversário) ou a proximidade do objeto arremessado ao alvo (mais perto ou mais longe do que o adversário conseguiu deixar), como nos seguintes casos: bocha, curling, golfe, tiro com arco, tiro esportivo etc. TÉCNICO COMBINATÓRIOS: ✓ reúne modalidades nas quais o resultado da ação motora comparado é a qualidade do movimento segundo pa- drões técnico-combinatórios (ginástica artística, ginástica rítmica, nado sincronizado, patinação artística, sal- tos ornamentais etc.). REDE/QUADRA DIVIDIDA OU PAREDE DE REBOTE: ✓ reúne modalidades que se caracterizam por arremessar, lançar ou rebater a bola em direção a setores da qua- dra adversária nos quais o rival seja incapaz de devolvê-la da mesma forma ou que leve o adversário a cometer um erro dentro do período de tempo em que o objeto do jogo está em movimento. ✓ Alguns exemplos de esportes de rede são voleibol, vôlei de praia, tênis de campo, tênis de mesa, badminton e peteca. Já os esportes de parede incluem pelota basca, raquetebol, squash etc. CAMPO E TACO: ✓ Reúne as modalidades que se caracterizam por rebater a bola lançada pelo adversário o mais longe possível, para tentar percorrer o maior número de vezes as bases ou a maior distância possível entre as bases, enquanto os defensores não recuperam o controle da bola, e, assim, somar pontos (beisebol, críquete, softbol etc.). COMBATE: ✓ reúne modalidades caracterizadas como disputas nas quais o oponente deve ser subjugado, com técnicas, tá- ticas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço, por meio de combinações de ações de ataque e defesa (judô, boxe, esgrima, tae kwon do etc.). UNIDADE TEMÁTICA: GINÁSTICAS ✓ São propostas práticas com formas de organização e significados muito diferentes, o que leva à necessidade de explicitar a classificação adotada; CLASSIFICAÇÃO DAS GINÁSTICAS: GINÁSTICA GERAL: ✓ também conhecida como ginástica para todos, reúne as práticas corporais que têm como elemento organiza- dor a exploração das possibilidades acrobáticas e expressivas do corpo, a interaçãosocial, o compartilhamento do aprendizado e a não competitividade. ✓ Podem ser constituídas de exercícios no solo, no ar (saltos), em aparelhos (trapézio, corda, fita elástica), de maneira individual ou coletiva, e combinam um conjunto bem variado de piruetas, rolamentos, paradas de mão, pontes, pirâmides humanas etc. ✓ Integram também essa prática os denominados jogos de malabar ou malabarismo GINÁSTICAS DE CONDICIONAMENTO FÍSICO: ✓ Se caracterizam pela exercitação corporal orientada à melhoria do rendimento, à aquisição e à manutenção da condição física individual ou à modificação da composição corporal. ✓ Geralmente, são organizadas em sessões planejadas de movimentos repetidos, com frequência e intensidade definidas. ✓ Podem ser orientadas de acordo com uma população específica, como a ginástica para gestantes, ou atreladas a situações ambientais determinadas, como a ginástica laboral. Ginásticas de conscientização corporal: ✓ Reúnem práticas que empregam movimentos suaves e lentos, tal como a recorrência a posturas ou à conscien- tização de exercícios respiratórios, voltados para a obtenção de uma melhor percepção sobre o próprio corpo. ✓ Algumas dessas práticas que constituem esse grupo têm origem em práticas corporais milenares da cultura oriental. UNIDADE TEMÁTICA: DANÇA ✓ Explora o conjunto das práticas corporais caracterizadas por movimentos rítmicos, organizados em passos e evoluções específicas, muitas vezes também integradas a coreografias. ✓ As danças podem ser realizadas de forma individual, em duplas ou em grupos, sendo essas duas últimas as formas mais comuns. ✓ Diferentes de outras práticas corporais rítmico- expressivas, elas se desenvolvem em codificações particulares, historicamente constituídas, que permitem identificar movimentos e ritmos musicais peculiares associados a cada uma delas. UNIDADE TEMÁTICA: LUTAS ✓ focaliza as disputas corporais, nas quais os participantes empregam técnicas, táticas e estratégias específicas para imobilizar, desequilibrar, atingir ou excluir o oponente de um determinado espaço, combinando ações de ataque e defesa dirigidas ao corpo do adversário. ✓ Além das lutas presentes no contexto comunitário e regional, podem ser tratadas lutas brasileiras (capoeira, huka-huka, luta marajoara etc.), bem como lutas de diversos países do mundo (judô, aikido, jiu-jítsu, muay thai, boxe, chinese boxing, esgrima, kendo etc.). UNIDADE TEMÁTICA: PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA ✓ Práticas corporais de aventura, exploram- se expressões e formas de experimentação corporal centradas nas perícias e proezas provocadas pelas situações de imprevisibilidade que se apresentam quando o praticante in- terage com um ambiente desafiador. ✓ Algumas dessas práticas costumam receber outras denominações, como esportes de risco, esportes alternati- vos e esportes extremos. ✓ São classificadas como com base no ambiente de que necessitam para ser realizadas: na natureza e urbanas PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA NA NATUREZA: ✓ Se caracterizam por explorar as incertezas que o ambiente físico cria para o praticante na geração da vertigem e do risco controlado, como em corrida orientada, corrida de aventura, corridas de mountain bike, rapel, tirolesa, arborismo etc. PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA URBANAS: ✓ Exploram a “paisagem de cimento” para produzir essas condições (vertigem e risco controlado) durante a prá- tica de parkour, skate, patins, bike etc.