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ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA ENFERMAGEM UTI I Docente: Enfª Daniele S. de Souza MODULO II CARRO DE EMERGÊNCIA O conteúdo do carro de emergência deve ser definido por uma equipe multiprofissional, especializada no atendimento de situações de emergências, conforme a necessidade de cada unidade e clientela, seguindo os critérios de atendimento definidos pela American Heart Association (AHA). Data de validade (impressos destinados a esses controles); Padronização do carro de emergência, de acordo com características da população atendida, com possibilidade de variação. Critérios para controle dos itens que compõem o carro de emergência previamente estabelecidos É a aplicação de uma corrente elétrica em um paciente, através de um desfibrilador, um equipamento eletrônico cuja função é reverter um quadro de fibrilação ventricular ou auricular. Desfibrilação não sincronizado (taquicardia ventricular sem pulso e fibrilação ventricular). DESFIBRILAÇÃO DESCARGA ELÉTRICA Adultos: 200 J (bifásico) 360 J (monofásico) Crianças: Acima de 8 anos 100 J (redutor) Em geral são aplicados diretamente (pás e gel) ou por meio de eletrodos (placas metálicas) que variam de tamanho colocados na parede torácica. CHOQUES ELÉTRICOS CARDIOVERSÃO Se dá mediante a aplicação de descargas elétricas no paciente, de acordo com a necessidade. Consiste em despolarização (contração) as células na intenção de restaurar o impulso cardíaco. Sincronizado (onda R período refratário) Tratamento de arritmias (fibrilação atrial) Flutter atrial, taquicardia paroxística supraventricular Taquicardias com complexo largo e com pulso MATERIAL QUANT. MATERIAL QUANT. Desfibrilador 1 (unid.) Laringoscópio c/ lâminas 2 (unid.) Ambú 1 (unid.) Fio guia estéril (madril) 1 (unid.) Eletrodos p/ monitor 5 (unid.) Marca-passo externo 1 (unid.) Kit intubação 1 (unid.) Óculos de proteção individual 1 (unid.) Lidocaina spray 10% 1 (unid.) Gel condutor 1 (unid.) MATERIAIS DO CARRO DE EMERGÊNCIA (parte superior) MEDICAMENTOS QUANT. MEDICAMENTOS QUANT. Cloreto de succinicolina 1 (unid.) Heparina 2 (unid.) Sulfato de magnésio-MgSO4 2 (unid.) Furosemida (Lasix) 5 (unid.) Dinitrato de isossorbida-Isordil(R) 3 (unid.) Metroclopamida (Plasil) 3 (unid.) Seloken (metoprolol) 2 (unid.) Sulfato de atropina 20 (unid.) Lidocaína 2% s/ vaso constrictor 2 (unid.) Epinefrina (Adrenalina) 20 (unid.) Amiodarona (Ancoron) 5 (unid.) Fenitoína (Hidantal) 3 (unid.) Glicose hipertônica (25%,50%) 5 (unid.) Hidrocortizona 100mg/500mg 2 (unid.) Gluconato de cálcio 10% 5 (unid.) Verapamil- Dilacoron(R) 2 (unid.) MEDICAMENTOS QUANT. MEDICAMENTOS QUANT. Cloreto de succinicolina 1 (unid.) Heparina 2 (unid.) Sulfato de magnésio 10% MgSO4 10ml 5 (unid.) Furosemida (Lasix) 5 (unid.) Dinitrato de isossorbida 10mg e 5mg Isordil(R) 3 (unid.) Metroclopamida (Plasil) 3 (unid.) Seloken (metoprolol) 10mg 2 (unid.) Sulfato de atropina 10 (unid.) Lidocaína 2% s/ vaso constritor 2 (unid.) Epinefrina (Adrenalina) 20 (unid.) Amiodarona (Ancoron) 5 (unid.) Fenitoína (Hidantal) 3 (unid.) Glicose hipertônica (25% e 50%) 10ml 5 (unid.) Hidrocortizona 100mg/500mg 2 (unid.) Gluconato de cálcio 10% 10ml 5 (unid.) Verapamil 5mg/ml Dilacoron(R) 2 (unid.) Clopidogrel 75mg 5 (unid.) MEDICAMENTOS: CARRO DE EMERGÊNCIA (1° gaveta) Bicarbonato de sódio 8,4% 2 (unid.) Adenosina (Adenocard) 2 (unid.) Sulfato de Magnésio 10% 5 (unid.) Terbutalina-Bricanyl(R) 2 (unid.) Aminofilina 2 (unid.) Citrato de fentanila (Fentanil) 3 (unid.) Nitroglicerina-Tridil(R) 2 (unid.) Sulfato de morfina-Dimorf(R) 3 (unid.) Nitroprussiato de Sódio-Nipride(R) 2 (unid.) Meperidina-Dolantina(R) 3 (unid.) Dopamina-Revivan(R) 5 (unid.) Água B-destilada 5 (unid.) Noradrenalina (Norepinefrina) 5 (unid.) 1 (unid) Dobutamina-Dobutrex(R) 5 (unid.) Protamina 2 (unid.) Diazepan (valiun) 5 (unid.) Flumazenil 2 (unid.) Midazolan (Dormonid) 5 (unid.) Naloxone 2 (unid.) Bicarbonato de sódio 8,4% 10ml 2 (unid.) Adenosina (Adenocard) 2 (unid.) Cloreto de sódio 10ml 0,9 % 5 (unid.) Terbutalina Bricanyl(R) 2 (unid.) Aminofilina 2 (unid.) Citrato de fentanila (Fentanil) 3 (unid.) Nitroglicerina Tridil(R) 2 (unid.) Sulfato de morfina Dimorf(R) 3 (unid.) Nitroprussiato de Sódio Nipride(R) 2 (unid.) Meperidina Dolantina(R) 3 (unid.) Dopamina Revivan(R) 5 (unid.) Água B-destilada 10ml 5 (unid.) Noradrenalina (Norepinefrina) 5 (unid.) Protamina 2 (unid) Dobutamina Dobutrex(R) 5 (unid.) Flumazenil 2 (unid.) Diazepan (valiun) 5 (unid.) Naloxone 2 (unid.) Midazolan (Dormonid) 5 (unid.) Prometazina Fenergan(R) 2 (unid.) MEDICAMENTOS: CARRO DE EMERGÊNCIA (1° gaveta) MATERIAIS DO CARRO DE EMERGÊNCIA (2° gaveta) MATERIAL QUANT. MATERIAL QUANT. Seringas 20cc e 10cc 5 (unid.) Jelco (Abocath- n°24,22,20,18,16,14) 5 (unid.) Seringas 5cc/3cc/1cc 5 (unid.) Scalp n° 23, 21 e 19 5 (unid.) Agulha 30x7 ou 25x7 e 25x8 5 (unid.) Fio Nylon (n°2,0 3,0 e 4,0) 5 (unid.) Agulha 40x12 5 (unid.) Lâmina de bisturi (n°11,23) 3 (unid.) Agulha 13x4,5 5 (unid.) Agulha raquimedular 1 (unid.) Equipo fotossensível 2 (unid.) Equipos e polifix 2 (unid.) SOLUÇÕES QUANTIDADE Soro Fisiológico 0,9% 500ml e 250ml 10 (unid.) Soro Glicosado 5% 500ml e 250ml 5 (unid.) Soro Ringer Lactato 2 (unid.) Soro Ringer Simples 2 (unid.) Bicarbonato de sódio 8,4% 250ml 2 (unid.) Hisorcel (R) 2(unid.) Manitol 20% 250ml 3 (unid.) SOLUÇÕES QUANTIDADE Soro Fisiológico 0,9% 500ml e 250ml 10 (unid.) Soro Glicosado 5% 500ml e 250ml 5 (unid.) Soro Ringer Lactato 500ml 2 (unid.) Soro Ringer Simples 500ml 2 (unid.) Bicarbonato de sódio 8,4% 250ml 2 (unid.) Hisorcel (R) 2 (unid.) Manitol 20% 250ml 3 (unid.) SOLUÇÕES DO CARRO DE EMERGÊNCIA (3° gaveta) MATERIAIS QUANTIDADE Cânula de guedel (n°0,1,2,3,4) 2 (unid.) Cadarço para fixação 1 (unid.) Tubos endotraqueais (n°2,5 a 9,0) 5 (unid.) Cânula com cuff (n°7,0 a 9,5) 5 (unid.) Kit aspiração traqueal (n°08,10,12,14) 3 (unid.) Kit cateter venoso central 2 (unid.) Kit Toracocentese (Abocath 20,18,16,14) 2( unid.) Kit punção torácica c/ dreno 2 (unid.) Esparadrapo 1 (unid.) Pilhas 2 (unid.) Frasco a vácuo 2 (unid.) Frasco de aspiração e extensão p/ O2 1 (unid.) Luvas de procedimento 1 (caixa) Luva estéril (7,0; 7,5; 8,0; 8,5) 5(unid.) Coletor sistema fechado e aberto 2 (unid.) MATERIAIS QUANT. Cânula de guedel (n°0,1,2,3,4) 2 (unid.) Tubos endotraqueais e fio guia (n°2,5 a 9,0) 5 (unid.) Cânula com cuff (n°7,0 a 9,5) 5 (unid.) Kit aspiração traqueal (sonda n°08,10,12,14) 3 (unid.) Kit cateter venoso central 2 (unid.) Kit Toracocentese (Abocath 20,18,16,14) 2( unid.) Kit punção torácica c/ dreno 2 (unid.) Esparadrapo /Cadarço para fixação 1 (unid.) Pilhas/ Frasco a vácuo 2 (unid.) Frasco de aspiração e extensão p/ O2 1 (unid.) Luvas de procedimento 1 (caixa) Luva estéril (7,0; 7,5; 8,0; 8,5) 5(unid.) Coletor sistema fechado e aberto 2 (unid.) Sonda vesical de demora e três vias (n°16 a 24) 2 (unid.) MATERIAL DO CARRO DE EMERGÊNCIA (parte inferior ou 4 gaveta) MATERIAIS QUANTIDADE Sondas de aspiração (n°8,10,12,14) 2 (unid.) Sondas nasogástrica (n°8,10,12,14,16) 3 (unid.) Pacotes de gazes 5 (unid.) Máscara de venturi 2 (unid.) Cateter de oxigênio 2 (unid.) MATERIAIS QUANT. Sondas de aspiração (n°8,10,12,14) 2 (unid.) Sondas nasogástrica (n°8,10,12,14,16) 2 (unid.) Pacotes de gazes 5 (unid.) Máscara de venturi 2 (unid.) Cateter de oxigênio 2 (unid.) Cilindro de oxigênio 1 (unid.) Suporte portátil de soro 1 (unid.) Tábua de compressão 1 (unid.) MATERIAL DO CARRO DE EMERGÊNCIA (parte laterais) OBS.: Considerando a permanência de psicotrópicos no carro de emergência, é recomendada a utilização de um lacre eletrônico, que permita somente acesso, ao carro, a pessoas autorizadas além do controle de data, hora e responsável pela abertura ou fechamento do carro de emergência. O padrão de checagem vaidepender do setor de cada instituição, se semanalmente ou quinzenalmente. LACRE DO CARRO DE EMERGÊNCIA A equipe de Enfermagem precisa estar ciente da cor do lacre do carro de emergência, se azul, amarelo ou verde, o carro está completo e validado (vai depender da padronização de cada instituição), se vermelho, carro incompleto; e saber a localização dos insumos por gaveta realizando o checklist. MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA A monitorização de funções vitais é uma das mais importantes e essenciais ferramentas no manuseio de pacientes críticos na UTI. Atualmente é possível detectar e analisar uma grande variedade de sinais fisiológicos por meio de diferentes técnicas invasivas e não invasivas. OBJETIVO DA MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA • Detectar precocemente arritmias letais ou não; • Ressuscitação cardiorrespiratória imediata; • Observar resposta medicamentosa • Observar reposição volêmica; • Observar involução do IAM; • Sinal de má perfusão tecidual; • Estados de choque; • Acompanhamento terapêutico; • Constituindo-se uma boa diretriz para guiar o tratamento dos pacientes em choque. As variáveis e métodos recomendados como componentes da Monitorização Hemodinâmica não invasiva são: • Frequência cardíaca • ECG contínuo • SpO2 • PAM não invasiva • Pressão não invasiva (PNI) • Frequência respiratória • Temperatura SpO2: é um indicador do percentual de hemoglobina que se encontra saturado pelo oxigênio no momento da verificação. Consiste em uma técnica não invasiva de monitorização, sendo considerada um dos dados a serem mensurados para avaliar a troca gasosa dos pacientes. Essa mensuração é realizada através de um sensor que contém duas luzes (uma vermelha e uma infravermelha) e um fotodetector, que pode ser instalado no dedo da mão ou do pé e lóbulo da orelha. PNI/ PAM não invasiva: Este é o método que tem como base a medida da pressão arterial através de curvas. Sendo necessário um monitor multiparamétrico. O manguito é enrolado em volta da parte superior do braço e inflado após o acionamento do módulo de pressão não invasivo. A pressão no manguito é aumentada até que o pulso radial desapareça. Quando o manguito for desinsuflado progressivamente, um microprocessador, que interpreta as oscilações dentro do manguito, fornecerá os valores pressóricos e estabelecerá os valores sistólico, médio e diastólico. Monitorização contínua (MMCC): A monitoração eletrocardiográfica tem como objetivo detectar, através de eletrodos fixados na pele, os sinais elétricos gerados pelo coração e mostrá-los sob forma de um eletrocardiograma contínuo. Através da análise das ondas eletrocardiográficas pode-se detectar muitas alterações na frequência, no ritmo ou na condução cardíaca. Basicamente, são necessários três eletrodos para a monitoração cardíaca: dois servem para captar a atividade elétrica cardíaca e o terceiro é o eletrodo "terra", que retira do circuito as correntes elétricas provenientes de outras fontes que não o coração. ELETROCARDIOGRAMA A análise do ritmo cardíaco pode ser feita de modo simples, com monitores cardíacos, e, com maior precisão diagnóstica, pelo eletrocardiograma de 12 derivações (ECG). O monitoramento cardíaco consegue representar o fluxo do impulso elétrico entre duas derivações de cada vez. Já o eletrocardiograma é um registro das ondas que refletem a atividade elétrica do coração, além disso fornece fluxo do impulso elétrico a partir de 12 diferentes aspectos do coração. DESPOLARIZAÇÃO E REPOLARIZAÇÃO Quando o impulso elétrico flui através do coração, ocorre um processo de despolarização e repolarização a cada batimento cardíaco. • Despolarização é o estado de ação • Repolarização é o estado de repouso Durante a despolarização e a repolarização, quatro eletrólitos principais (sódio, potássio, cálcio e cloreto) movimentam-se através da membrana da célula cardíaca. O ciclo de despolarização e repolarização cria um campo elétrico e um fluxo de corrente elétrica que podem ser captados pelo ECG. Eventos mecânico: As ondas observadas no ECG em geral refletem eventos mecânicos simultâneos aos elétricos: Onda P está associada à contração do átrio; Complexo QRS está associada à contração do ventrículo; Onda T está associado ao relaxamento ventricular; Os eventos elétricos associados ao relaxamento dos átrios não são visíveis no ECG. Fluxo sanguíneo cardiovascular O coração é um órgão muscular que tem três camadas: 1. Endocárdio: (revestimento interno) 2. Miocárdio: (camada muscular) 3. Epicárdio: (revestimento externo) Pericárdio: E envolvendo o coração, há um fino saco membranoso • Despolarização do átrio esquerdo: impulsiona o sangue para o ventrículo esquerdo através da válvula mitral. • Ventrículo esquerdo: é responsável pela movimentação do sangue, através da válvula aórtica, para dentro da aorta e do sistema vascular do corpo. Movimento do sangue: através da contração do músculo cardíaco • Entrada do sangue: veias cavas superior e inferior no átrio direito; • Através da válvula tricúspide: passagem do sangue para o ventrículo direito; • Despolarização do ventrículo direito: movimenta o sangues através da válvula pulmonar para dentro da artéria pulmonar e dos pulmões; • Átrio esquerdo: Uma vez oxigenado no sistema pulmonar, chegando ao átrio esquerdo. Regulação extrínseca do coração: O sistema de condução elétrica do coração é regulado pelo sistema nervoso autônomo, que é composto por sistema nervoso em simpático e parassimpático. REGULAÇÃO CARDÍACA Sistema nervoso simpático: quando estimulado libera a noradrenalina, que atua sobre o coração aumentando o número de impulsos elétricos e frequência cardíaca. O estímulo simpático pode afetar todas as áreas do coração. Ex.: O pulso pode ficar acelerado por efeitos de substâncias, como nitratos e cafeína, e em certas condições, como dor, hipóxia e ansiedade. Sistema nervoso parassimpático: libera acetilcolina, que atua sobre o coração reduzindo o número de impulsos elétricos que são iniciados e, assim, diminuindo a frequência cardíaca. O estímulo parassimpático afeta predominantemente os nós sinusal e atrioventricular. Ex.: O pulso pode ficar mais lento por efeito de medicamentos (betabloqueadores) e certas atividades como: vômitos, esforço ao evacuar e distensão da bexiga. VIA DE CONDUÇÃO ELÉTRICA DO CORAÇÃO Qualquer célula cardíaca tem automatismo e capacidade de iniciar um impulso elétrico no coração. Pois o coração é autônomo e continua a bater em um mesmo ritmo cerca de 60 a 100 bpm (batimentos por minuto) sem qualquer necessidade de um estimulo, mas o coração como qualquer órgão obedece as necessidades do organismo podendo aumentar ou diminuir essa ritmicidade. • Nó sinusal ou (Nodo sinuatrial). • Nó atrioventricular (AV) • Feixe de His • Ramos direito e esquerdo dos feixes de His • Fibras de Purkinje. ELETROCARDIOGRAMA ELETROCARDIÓGRAFO O ECG de 12 derivações permite múltipla perperctiva da atividade elétrica do coração nos planos frontal e horizontal. São importantes nos casos em que é preciso diagnosticar um infarto agudo do miocárdico (IAM). DERIVAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS DERIVAÇÕES DAS EXTREMIDADES São registradas por quatro eletrodos, e incluem derivações clássicas (bipolares) e derivações aumentadas (unipolares). Os quatro eletrodos são colocados, respectivamente, no braço direito, na perna direita, no braço esquerdo e na perda esquerda. Com isso é possível obter seis atividades elétrica do coração (DI, DII, DIII, aVR, aVL, aVF). Derivações bipolares ou clássicas (DI, DII e DIII) no plano frontal Registram a diferença de potencial entre dois membros e foram introduzidas por Einthoven que imaginou o coração no centro de um triângulo equilátero cujos vértices estariam representados pelo: Braço direito (R) Braço esquerdo (L) Perna esquerda (F) As ligações feitas são:DI= (braço esquerdo – braço direito) DII= (perna esquerda – braço direito) DIII= (perna esquerda – braço esquerdo) Einthoven Derivações unipolares aumentadas (aVR, aVL, aVF) Para se realizar o registro eletrocardiográfico nestas derivações, utiliza-se como referência um eletrodo indiferente obtido a partir da união de dois colocados nos membros não estudados; este artifício, fornece petencial próximo a zero e permite um aumento na amplitude do registro quando comparado com o traçado obtido utilizando um indiferente com a união dos membros superiores e o inferior esquerdo. aVR= entre o MSD, eletrodo ativo e união de MSE com o MIE aVL= entre o MSE, eletrodo ativo e união de MSD com o MIE aVF= entre o MIE, eletrodo ativo e união de MMSS ELETRODOS PERIFÉRICOS LA (amarelo) ou (branco) – braço esquerdo LL (verde) – perna esquerda RA (vermelho) – braço direito RL (preto) – perna direita Derivações precordiais (V1, V2, V3, V4, V5 e V6) plano horizontal V1R: Quarto espaço intercostal, à direita do esterno V2 L: Quarto espaço intercostal, à esquerda do esterno V3 L: Intermediária entre os pontos V2 e V4 V4 L: Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular V5 L: Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha axilar anterior V6 L: Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha axilar média O eletrodo explorador, é colocado em pontos definidos sobre as seis posições da superfície torácica. As derivações precordiais unipolares direitas adicionais Podem ser utilizados para determinados fins de outros sistemas de derivação. As derivações precordiais unipolares direitas adicionais (denominadas de V1R a V6R) são uma imagem de espelho das derivações torácicas esquerdas e podem ser utilizadas para avaliar lesões ventriculares direitas. Através das derivações precordiais posteriores, as quais incluem V7, V8 e V9, podem ser detectados infartos posteriores. Derivações posteriores V7: linha axilar posterior esquerda na altura do quinto espaço intercostal; V8: linha escapular posterior esquerda; V9: borda esquerda da linha paraespinhal. Derivações precordiais direitas V1R: 4° espaço intercostal esquerdo, no local correspondente ao V2 V2R: 4° espaço intercostal direito, no local correspondente ao V1 V3R: linha média entre o V2R e o V4R; V4R: 5° espaço intercostal direito na linha hemiclavicular direita V5R: 5° espaço intercostal direito na linha axilar anterior direita V6R: 5° espaço intercostal direito na linha axilar média direita ELETROCARDIOGRAMA NORMAL O papel de registro do eletrocardiográfico é quadriculado e dividido em quadrados pequenos de 1mm. Cada grupo de cinco quadradinhos na horizontal e na vertical compreende um quadrado maior, que é delimitado por uma linha mais grossa. Como o registro é realizado em velocidade de 25mm/segundos, cada quadradinho equivale a 0,04 segundos. Portanto, um quadrado maior equivale a 0,20 segundos. ELETROCARDIOGRAMA NORMAL RITMOS SINUSAIS Um ritmo sinusal é aquele que inicia no nó sinusal do coração na frequência de 60 a 100 batimentos por minuto (bpm). Cada batimento cardíaco segue o caminho normal do sistema de condução, sendo transmitido do nó sinusal, tecido juncional atrioventricular (AV), e depois ao feixe de His, chegando até as fibras de Purkinje. O sinal clássico indicativo do ritmo sinusal é a onda P arredondada, uniforme e positiva. Taquicardia sinusal (simpático): a taquicardia pode ser fisiológica ou fisiopatológica. A FC elevada pode ser um mecanismo compensatório, fisiológico para ajudar o organismo manter o débito cardíaco. As causas gerais são: • Estimulação do sistema nervoso simpático • Aumento da temperatura corporal • Trabalho e o consumo de O2 do miocárdio podendo levar a uma IVE (tosse, ortopnéia e inquietude) • Isquemia miocárdica (angina) • Dor e Anemia • Desidratação, e choques • Hipertireoidismo FC: Maiores que 100 no adulto, porém geralmente menores que 120 bpm Ritmo: regular Traçado: normal (onda P positiva; intervalo PR e complexo QRS) Bradicardia Sinusal (parassimpático): Decorrente de isquemia miocárdica, dor, medicamentos (betabloqueadores), estimulação vagal do sistema parassimpático. FC: Abaixo de 60 no adulto Ritmo: regular Traçado: normal (onda P positiva; intervalo PR e complexo QRS). ARRITIMIAS Extra-sístoles ventriculares: batimentos ectópicos com origem ventricular, desencadeado por irritabilidade ou por um mecanismo de segurança nos casos em que o nó sinusal, os átrios não disparam o batimento no momento apropriado. É um aviso para aparecimento da taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular. Associadas ao IAM, intoxicação digitálica e hipopotassemia ou hipocalemia. FC: normal entre 60 a 100 bpm Ritmo: irregular Traçado: Onda P ausente, quando presente, são positivas e surgem no seguimento ST, complexo QRS largos e bizarros Taquicardia Ventricular: É uma das terríveis complicações do IAM, desequilíbrio eletrolítico, determinando configurações amplas e bizarro dos complexos. FC: superior a 100 bpm a 200 bpm Ritmo: quase sempre regular (monomórfica) e irregular (polimórfica) Traçado: Onda P ausente e não associada ao QRS, intervalo PR nenhum e QRS bizarro. Fibrilação Ventricular: Causa mais comum de morte súbita em portadores de doença coronária. As fibras musculares fibrilam, não contraem, tornando ineficaz o bombeamento sanguíneo pelos ventrículos. não há tempo para a despolarização e repolarização, os ventrículos ficam trêmulos, sem contração e sem débito cardíaco. Sinais: perca súbita da consciência, ausência de pulso periférico, apneia, TA inaudível, pupilas dilatadas e sem resposta aos estímulos. FC: impossível de determinar Ritmo: linha de base desordenada Traçado: Onda P nenhuma, intervalo PR nenhum e complexo QRS nenhum. Assistolia: manifesta-se, no traçado de ECG, por uma linha reta. O aparelho desenha uma linha indicando ausência de atividade elétrica no coração e, como consequência, ausência de débito cardíaco e pulso, entra em fase agônica em razão da ausência total de circulação sanguínea para órgãos e tecidos. Fibrilação Atrial: começa em múltiplos focos atriais, geralmente átrio esquerdo. Incapazes de se contrair de modo eficaz para bombear o sangue para dentro dos ventrículos. Ocorre com frequência extremamente observados em pacientes com ATERIOSCLEROSE, cardiopatia reumática e distúrbios da válvula mitral. FC: 300 a 600 bpm Ritmo: irregular Traçado: ausência ondas P, intervalo PR nenhum e complexo QRS estreito. Flutter atrial: Começa depois de uma extra-sístole atrial, em razão de um automatismo exacerbado. Causado por substâncias irritantes, estimulação simpática. (medo, ansiedade e estresse), hábito de vida inadequado, (consumo cafeína, álcool e nicotina). É mais observado em pacientes com função ventricular esquerda comprometida (IAM, ICC ou DPOC). FC: 250 a 350 bpm Ritmo: regular Traçado: ondas P com aspecto dente de serra, intervalo PR nenhum e complexo QRS estreito. VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA É a aplicação por modo invasivo de uma máquina que substitui total ou parcialmente, a atividade ventilatória do paciente. É um método artificial para manutenção da ventilação em pacientes impossibilitados de respirar espontaneamente. Umidificador Traqueia do respirador CLASSIFICAÇÃO DOS VENTILADORES De acordo com o modo de funcionamento VOLUMÉTRICOS: destinam-se a fornecer um volume pré-estabelecido de ar (volume corrente). Volume preestabelecido independente das alterações das vias aéreas ou pulmonar. PRESSUMÉTRICOS: insuflam os pulmões, introduzindo ar até alcançar uma pressão determinada e preestabelecida. Nesse momento, interrompe-se a inspiração e inicia-se a expiração. Volume corrente: volume de ar trocado durante cada respiração (8 a 12ml/kg). O volume corrente é selecionado juntamente com a frequênciarespiratória. Altos valores de volume corrente estão associados a danos pulmonares e, em caso de baixas complacências, é indicado o uso de pequenos volumes correntes (3 a 8 ml/kg) para proteger os pulmões de altas pressões de distensão. Frequência respiratória: número de respiração realizadas por minuto. É um dos principais parâmetros capazes de alertar a ventilação alveolar. O aumento da frequência respiratória aumenta o volume/minuto com queda subsequente da PCO2. TERMINOLOGIA EM VENTILAÇÃO MECÂNICA Fração inspirada de oxigênio (FiO2): é a concentração de oxigênio ofertada ao paciente. Em situações de urgência/emergência, níveis elevados de FiO2 são apropriados para prevenir os efeitos nocivos da hipoxemia. No entanto, como o oxigênio inspirado pode ser nocivo ao parênquima pulmonar após exposição prolongada é desejável a redução da FiO2 abaixo de 50% assim que possível. Pressão positiva expiratória final (PEEP): é pressão expiratória positiva final, mantendo uma pressão intra-alveolar por todo o ciclo respiratório. O PEEP fisiológico oscila entre 3 a 5 cmH2O. TERMINOLOGIA EM VENTILAÇÃO MECÂNICA MODALIDADES VENTILATÓRIAS • Ventilação controlada (CMV): todos os movimentos ventilatórios são gerados pelo aparelho. O paciente não é capaz de iniciar respiração adicionais. Assim a FR é programada no próprio respirador. • Ventilação mandatória intermitente Sincronizada (SIMV): esta modalidade permite ao paciente em respiração controlada, a possibilidade de respirar espontaneamente entre as ventilações geradas pelo aparelho. Permitindo que o paciente respire sozinho nestes intervalos, combinando assim ventilação controlada e ventilação espontânea. MODALIDADES VENTILATÓRIAS • Ventilação assistida (AMV): o aparelho é deflagrado pelo esforço inspiratório do paciente. Ajustado de acordo com a necessidade inspiratória do paciente com a finalidade de diminuir o trabalho muscular. Nesse caso o respirador não cicla sozinho. • Ventilação assistido-controlado (A/C): permite um mecanismo misto de disparo. O ciclo dependerá do esforço respiratório do paciente, porém, com uma frequência respiratória pré-determinada no aparelho. • Pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP): é uma modalidade de ventilação espontânea, não assistida pelo ventilador, o volume corrente depende do esforço inspiratório do paciente e das condições da mecânica respiratória do pulmão e da parede torácica. INDICAÇÃO • Insuficiência respiratória • Hipóxia • Necessidade da utilização da PEEP • Trabalho respiratório excessivo • Obstrução das vias aéreas ATENÇÃO: Cuidados de enfermagem com o paciente na ventilação mecânica Batimento de asa de nariz, uso da musculatura acessória; Observar sinais de assincronia (brigando com respirador”); Casos prováveis: secreção nas vias aéreas; Obstrução no TOT (rolhas); Conecções mal adaptadas (escape de ar); Fixação e cuidados com balonete (cuff): O TOT deve ser fixo de forma a evitar deslocamentos, atenção para áreas de compressão da pele pelo cadarço; Verificar pressão do (cuff) a cada plantão. OBSERVAÇÃOMONITORIZAÇÃO Cuidados com o paciente na ventilação mecânica Vigilância e evolução do paciente; Manter a Integridade da pele onde encontra-se fixado o tubo; Observar nível de consciência; Observar perfusão periférica; Monitorar temperatura, rítmo cardíaco e respiratório; Preparar o material para o enfermeiro colher a gasometria; Aspirar o tubo ou traqueostomia quando necessário; Preparar o paciente para realizar RX de tórax diário. COMPLICAÇÕES Da via aérea artificial: • Traumatismo na intubação • Lesões pelo cuff e hemorragias • Obstruções • Intubação seletiva • Extubação • Paralisia das pregas vocais Problema com ventilador: • Umidificação inadequada • Hipoventilação e hiperventilação Complicações pulmonares: • Barotrauma • Atelectasias • Lesões por toxidade de O2 (alcalose) Infecção: • Traqueobronquite • Pneumonia Tubo orotraqueal ou endotraqueal MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DAS INSUFICIÊNCIAS RESPIRATÓRIAS Respiração (alterações no ritmo) Ausculta (roncos e sibilos) Aparência (sudorese,cianose e uso da musculatura acessória) Modalidades para desmame da ventilação mecânica: Ventilação com pressão de suporte Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV) Tubo “T” com macronebulizador Pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) Macronebulizador O.B.S.: Desmame da ventilação mecânica: corresponde à retirada gradual do suporte ventilatório até a retomada da ventilação espontânea. DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA Conexão T TUBO “T” Ventilação Mecânica Não Invasiva (VNI) É um método de assistência ventilatória no qual uma pressão positiva é aplicada à via aérea do paciente por meio de interfaces (máscaras). A ventilação não invasiva pode ser fornecida em duas modalidades Ventilação não invasiva com pressão negativa: instituída por meio da geração de uma pressão sub atmosférica ao redor do tórax e do abdome do paciente, o qual é mantido no interior de câmaras fechadas (EX.: pulmão de aço). Encontra-se fora de uso. Ventilação não invasiva com pressão positiva (VNIPP): o ar é administrado através de uma máscara acoplada ao nariz (máscara nasal) ou ao nariz e à boca (máscara facial ou oronasal), conectada a um respirador que permite um fluxo de ar que gera pressão positiva na via aérea do paciente. A ventilação positiva pode ser aplicada de duas formas • Pressão positiva contínua vias aéreas (CPAP): o valor pré- determinado da pressão permanece constante durante todo ciclo respiratório e o trabalho respiratório é inteiramente realizado pelo paciente. • Ventilação em dois níveis de pressão (BiPAP): A pressão é maior durante a inspiração e diminui durante a expiração. O CPAP é um equipamento, a sigla em inglês “Continuous Positive Airway Pressure” (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas), produz uma pressão positiva contínua, independente da fase da respiração, ou seja, mantém níveis de pressão de ar acima do ambiente, independentemente da inspiração ou expiração. Utilizados em pacientes que sofrem de apneia obstrutiva do sono. O BiPAP é um equipamento, a sigla em inglês “Bilevel Positive Airway Pressure” (Pressão Positiva nas Vias Aéreas a dois níveis)”, um maior, que acontece na inspiração, e um menor na expiração. Utilizado para o tratamento contra a apneia obstrutiva do sono em grau mais acentuado com hipoxemia, DPOC, enfisema, esclerose lateral amiotrófica (ELA). Qual a diferença entre CPAP e BiPAP? INDICAÇÕES VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) • Pneumonia • Insuficiência respiratória (DPOC) • Edema pulmonar cardiogênico • Apnéia do sono • Desmame da ventilação após extubação COMPLICAÇÕES VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) Necrose da pele facial Distensão gastroabdominal (aerofagia) Angustia e solidão devido a dificuldade de comunicação com os profissionais e familiares CUIDADOS DE ENFERMAGEM VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) • Lavar as mãos reduzindo a transmissão de microrganismo • Verificar o funcionamento do equipamento • Avaliar o estado de consciência do paciente • Posicionar o paciente confortavelmente no leito (Fowler) • Fixar a máscara através das tiras de velcro, evitando vazamento de ar • Facilitar a comunicação com o paciente • Manter monitorização contínua e alarmes ativados • Monitorar SPO2; PA, FC e FR. OBRIGADA!!!