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SLIDES-ASSISTENCIA-ESPECIALIZA-ENFERMAGEM-UTI-I

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ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA 
ENFERMAGEM UTI I
Docente: Enfª Daniele S. de Souza
MODULO II
CARRO DE EMERGÊNCIA 
O conteúdo do carro de emergência deve ser definido por
uma equipe multiprofissional, especializada no atendimento
de situações de emergências, conforme a necessidade de
cada unidade e clientela, seguindo os critérios de
atendimento definidos pela American Heart Association
(AHA).
 Data de validade (impressos destinados a esses controles);
 Padronização do carro de emergência, de acordo com
características da população atendida, com possibilidade
de variação.
Critérios para controle dos itens que compõem o 
carro de emergência previamente estabelecidos
 É a aplicação de uma corrente elétrica em um paciente, através
de um desfibrilador, um equipamento eletrônico cuja função é
reverter um quadro de fibrilação ventricular ou auricular.
 Desfibrilação não sincronizado (taquicardia ventricular sem
pulso e fibrilação ventricular).
DESFIBRILAÇÃO
DESCARGA ELÉTRICA 
 Adultos:
 200 J (bifásico)
 360 J (monofásico)
 Crianças: Acima de 8 anos
 100 J (redutor)
Em geral são aplicados diretamente (pás e gel) ou por
meio de eletrodos (placas metálicas) que variam de
tamanho colocados na parede torácica.
CHOQUES ELÉTRICOS
CARDIOVERSÃO
Se dá mediante a aplicação de
descargas elétricas no paciente, de
acordo com a necessidade. Consiste
em despolarização (contração) as
células na intenção de restaurar o
impulso cardíaco.
 Sincronizado (onda R período refratário)
 Tratamento de arritmias (fibrilação atrial)
 Flutter atrial, taquicardia paroxística supraventricular
 Taquicardias com complexo largo e com pulso
MATERIAL QUANT. MATERIAL QUANT.
Desfibrilador 1 (unid.) Laringoscópio 
c/ lâminas
2 (unid.)
Ambú 1 (unid.) Fio guia estéril 
(madril)
1 (unid.)
Eletrodos p/ monitor 5 (unid.) Marca-passo 
externo
1 (unid.)
Kit intubação 1 (unid.) Óculos de 
proteção 
individual
1 (unid.)
Lidocaina spray 10% 1 (unid.)
Gel condutor 1 (unid.)
MATERIAIS DO CARRO DE EMERGÊNCIA
(parte superior) 
MEDICAMENTOS QUANT. MEDICAMENTOS QUANT.
Cloreto de succinicolina 1 (unid.) Heparina 2 (unid.)
Sulfato de magnésio-MgSO4 2 (unid.) Furosemida (Lasix) 5 (unid.)
Dinitrato de isossorbida-Isordil(R) 3 (unid.) Metroclopamida (Plasil) 3 (unid.)
Seloken (metoprolol) 2 (unid.) Sulfato de atropina 20 (unid.)
Lidocaína 2% s/ vaso constrictor 2 (unid.) Epinefrina (Adrenalina) 20 (unid.)
Amiodarona (Ancoron) 5 (unid.) Fenitoína (Hidantal) 3 (unid.)
Glicose hipertônica (25%,50%) 5 (unid.) Hidrocortizona 100mg/500mg 2 (unid.)
Gluconato de cálcio 10% 5 (unid.) Verapamil- Dilacoron(R) 2 (unid.)
MEDICAMENTOS QUANT. MEDICAMENTOS QUANT.
Cloreto de succinicolina 1 (unid.) Heparina 2 (unid.)
Sulfato de magnésio 10%
MgSO4 10ml 
5 (unid.) Furosemida 
(Lasix)
5 (unid.)
Dinitrato de isossorbida 
10mg e 5mg Isordil(R)
3 (unid.) Metroclopamida 
(Plasil)
3 (unid.)
Seloken (metoprolol) 10mg 2 (unid.) Sulfato de atropina 10 (unid.)
Lidocaína 2% s/ vaso constritor 2 (unid.) Epinefrina (Adrenalina) 20 (unid.)
Amiodarona (Ancoron) 5 (unid.) Fenitoína (Hidantal) 3 (unid.)
Glicose hipertônica 
(25% e 50%) 10ml 
5 (unid.) Hidrocortizona 
100mg/500mg 
2 (unid.)
Gluconato de cálcio 10% 
10ml
5 (unid.) Verapamil 5mg/ml
Dilacoron(R) 
2 (unid.)
Clopidogrel 75mg 5 (unid.)
MEDICAMENTOS: CARRO DE EMERGÊNCIA 
(1° gaveta)
Bicarbonato de sódio 8,4% 2 (unid.) Adenosina (Adenocard) 2 (unid.)
Sulfato de Magnésio 10% 5 (unid.) Terbutalina-Bricanyl(R) 2 (unid.)
Aminofilina 2 (unid.) Citrato de fentanila (Fentanil) 3 (unid.)
Nitroglicerina-Tridil(R) 2 (unid.) Sulfato de morfina-Dimorf(R) 3 (unid.)
Nitroprussiato de Sódio-Nipride(R) 2 (unid.) Meperidina-Dolantina(R) 3 (unid.)
Dopamina-Revivan(R) 5 (unid.) Água B-destilada 5 (unid.)
Noradrenalina (Norepinefrina) 5 (unid.) 1 (unid)
Dobutamina-Dobutrex(R) 5 (unid.) Protamina 2 (unid.)
Diazepan (valiun) 5 (unid.) Flumazenil 2 (unid.)
Midazolan (Dormonid) 5 (unid.) Naloxone 2 (unid.)
Bicarbonato de sódio 
8,4% 10ml
2 (unid.) Adenosina 
(Adenocard)
2 (unid.)
Cloreto de sódio 
10ml 0,9 %
5 (unid.) Terbutalina
Bricanyl(R) 
2 (unid.)
Aminofilina 2 (unid.) Citrato de fentanila 
(Fentanil)
3 (unid.)
Nitroglicerina
Tridil(R)
2 (unid.) Sulfato de morfina 
Dimorf(R) 
3 (unid.)
Nitroprussiato de Sódio
Nipride(R) 
2 (unid.) Meperidina
Dolantina(R) 
3 (unid.)
Dopamina
Revivan(R) 
5 (unid.) Água B-destilada 10ml 5 (unid.)
Noradrenalina (Norepinefrina) 5 (unid.) Protamina 2 (unid)
Dobutamina
Dobutrex(R) 
5 (unid.) Flumazenil 2 (unid.)
Diazepan (valiun) 5 (unid.) Naloxone 2 (unid.)
Midazolan (Dormonid) 5 (unid.) Prometazina 
Fenergan(R) 2 (unid.)
MEDICAMENTOS: CARRO DE EMERGÊNCIA
(1° gaveta)
MATERIAIS DO CARRO DE EMERGÊNCIA 
(2° gaveta)
MATERIAL QUANT. MATERIAL QUANT.
Seringas 20cc e 10cc 5 (unid.) Jelco (Abocath-
n°24,22,20,18,16,14)
5 (unid.)
Seringas 5cc/3cc/1cc 5 (unid.) Scalp n° 23, 21 e 19 5 (unid.)
Agulha 30x7 ou 25x7 
e 25x8 
5 (unid.) Fio Nylon (n°2,0 3,0 e 
4,0)
5 (unid.)
Agulha 40x12 5 (unid.) Lâmina de bisturi 
(n°11,23)
3 (unid.)
Agulha 13x4,5 5 (unid.)
Agulha raquimedular 1 (unid.)
Equipo fotossensível 2 (unid.)
Equipos e polifix 2 (unid.)
SOLUÇÕES QUANTIDADE
Soro Fisiológico 0,9% 500ml e 250ml 10 (unid.)
Soro Glicosado 5% 500ml e 250ml 5 (unid.)
Soro Ringer Lactato 2 (unid.)
Soro Ringer Simples 2 (unid.)
Bicarbonato de sódio 8,4% 250ml 2 (unid.)
Hisorcel (R) 2(unid.)
Manitol 20% 250ml 3 (unid.)
SOLUÇÕES QUANTIDADE
Soro Fisiológico 0,9% 500ml e 250ml 10 (unid.)
Soro Glicosado 5% 500ml e 250ml 5 (unid.)
Soro Ringer Lactato 500ml 2 (unid.)
Soro Ringer Simples 500ml 2 (unid.)
Bicarbonato de sódio 8,4% 250ml 2 (unid.)
Hisorcel (R) 2 (unid.)
Manitol 20% 250ml 3 (unid.)
SOLUÇÕES DO CARRO DE EMERGÊNCIA 
(3° gaveta)
MATERIAIS QUANTIDADE
Cânula de guedel (n°0,1,2,3,4) 2 (unid.)
Cadarço para fixação 1 (unid.)
Tubos endotraqueais (n°2,5 a 9,0) 5 (unid.)
Cânula com cuff (n°7,0 a 9,5) 5 (unid.)
Kit aspiração traqueal (n°08,10,12,14) 3 (unid.)
Kit cateter venoso central 2 (unid.)
Kit Toracocentese (Abocath 20,18,16,14) 2( unid.)
Kit punção torácica c/ dreno 2 (unid.)
Esparadrapo 1 (unid.)
Pilhas 2 (unid.)
Frasco a vácuo 2 (unid.)
Frasco de aspiração e extensão p/ O2 1 (unid.)
Luvas de procedimento 1 (caixa)
Luva estéril (7,0; 7,5; 8,0; 8,5) 5(unid.)
Coletor sistema fechado e aberto 2 (unid.)
MATERIAIS QUANT.
Cânula de guedel (n°0,1,2,3,4) 2 (unid.)
Tubos endotraqueais e fio guia (n°2,5 a 9,0) 5 (unid.)
Cânula com cuff (n°7,0 a 9,5) 5 (unid.)
Kit aspiração traqueal (sonda n°08,10,12,14) 3 (unid.)
Kit cateter venoso central 2 (unid.)
Kit Toracocentese (Abocath 20,18,16,14) 2( unid.)
Kit punção torácica c/ dreno 2 (unid.)
Esparadrapo /Cadarço para fixação 1 (unid.)
Pilhas/ Frasco a vácuo 2 (unid.)
Frasco de aspiração e extensão p/ O2 1 (unid.)
Luvas de procedimento 1 (caixa)
Luva estéril (7,0; 7,5; 8,0; 8,5) 5(unid.)
Coletor sistema fechado e aberto 2 (unid.)
Sonda vesical de demora e três vias (n°16 a 24) 2 (unid.)
MATERIAL DO CARRO DE EMERGÊNCIA 
(parte inferior ou 4 gaveta)
MATERIAIS QUANTIDADE
Sondas de aspiração (n°8,10,12,14) 2 (unid.)
Sondas nasogástrica (n°8,10,12,14,16) 3 (unid.)
Pacotes de gazes 5 (unid.)
Máscara de venturi 2 (unid.)
Cateter de oxigênio 2 (unid.)
MATERIAIS QUANT.
Sondas de aspiração (n°8,10,12,14) 2 (unid.)
Sondas nasogástrica (n°8,10,12,14,16) 2 (unid.)
Pacotes de gazes 5 (unid.)
Máscara de venturi 2 (unid.)
Cateter de oxigênio 2 (unid.)
Cilindro de oxigênio 1 (unid.)
Suporte portátil de soro 1 (unid.)
Tábua de compressão 1 (unid.)
MATERIAL DO CARRO DE EMERGÊNCIA
(parte laterais)
OBS.: Considerando a permanência de psicotrópicos no carro de
emergência, é recomendada a utilização de um lacre eletrônico, que
permita somente acesso, ao carro, a pessoas autorizadas além do
controle de data, hora e responsável pela abertura ou fechamento
do carro de emergência. O padrão de checagem vaidepender do
setor de cada instituição, se semanalmente ou quinzenalmente.
LACRE DO CARRO DE EMERGÊNCIA
A equipe de Enfermagem precisa estar ciente
da cor do lacre do carro de emergência, se
azul, amarelo ou verde, o carro está
completo e validado (vai depender da
padronização de cada instituição), se
vermelho, carro incompleto; e saber a
localização dos insumos por gaveta
realizando o checklist.
MONITORIZAÇÃO 
HEMODINÂMICA
A monitorização de funções vitais é uma
das mais importantes e essenciais
ferramentas no manuseio de pacientes
críticos na UTI. Atualmente é possível
detectar e analisar uma grande
variedade de sinais fisiológicos por meio
de diferentes técnicas invasivas e não
invasivas.
OBJETIVO DA MONITORIZAÇÃO 
HEMODINÂMICA
• Detectar precocemente arritmias letais ou não;
• Ressuscitação cardiorrespiratória imediata;
• Observar resposta medicamentosa
• Observar reposição volêmica;
• Observar involução do IAM;
• Sinal de má perfusão tecidual;
• Estados de choque;
• Acompanhamento terapêutico;
• Constituindo-se uma boa diretriz para guiar o
tratamento dos pacientes em choque.
As variáveis e métodos recomendados
como componentes da Monitorização
Hemodinâmica não invasiva são:
• Frequência cardíaca
• ECG contínuo
• SpO2
• PAM não invasiva
• Pressão não invasiva (PNI)
• Frequência respiratória
• Temperatura
 SpO2: é um indicador do percentual de
hemoglobina que se encontra saturado pelo
oxigênio no momento da verificação. Consiste em
uma técnica não invasiva de monitorização,
sendo considerada um dos dados a serem
mensurados para avaliar a troca gasosa dos
pacientes.
Essa mensuração é realizada através de um sensor
que contém duas luzes (uma vermelha e uma
infravermelha) e um fotodetector, que pode ser
instalado no dedo da mão ou do pé e lóbulo da
orelha.
 PNI/ PAM não invasiva: Este é o método que tem como
base a medida da pressão arterial através de curvas.
Sendo necessário um monitor multiparamétrico.
O manguito é enrolado em volta da parte superior do braço e
inflado após o acionamento do módulo de pressão não
invasivo. A pressão no manguito é aumentada até que o pulso
radial desapareça. Quando o manguito for desinsuflado
progressivamente, um microprocessador, que interpreta as
oscilações dentro do manguito, fornecerá os valores
pressóricos e estabelecerá os valores sistólico, médio e
diastólico.
 Monitorização contínua (MMCC): A monitoração
eletrocardiográfica tem como objetivo detectar, através de
eletrodos fixados na pele, os sinais elétricos gerados pelo
coração e mostrá-los sob forma de um eletrocardiograma
contínuo.
Através da análise das ondas eletrocardiográficas pode-se
detectar muitas alterações na frequência, no ritmo ou na
condução cardíaca. Basicamente, são necessários três
eletrodos para a monitoração cardíaca: dois servem para
captar a atividade elétrica cardíaca e o terceiro é o eletrodo
"terra", que retira do circuito as correntes elétricas
provenientes de outras fontes que não o coração.
ELETROCARDIOGRAMA 
A análise do ritmo cardíaco pode ser feita de modo simples, com
monitores cardíacos, e, com maior precisão diagnóstica, pelo
eletrocardiograma de 12 derivações (ECG). O monitoramento
cardíaco consegue representar o fluxo do impulso elétrico entre
duas derivações de cada vez. Já o eletrocardiograma é um registro
das ondas que refletem a atividade elétrica do coração, além disso
fornece fluxo do impulso elétrico a partir de 12 diferentes aspectos
do coração.
DESPOLARIZAÇÃO E REPOLARIZAÇÃO 
Quando o impulso elétrico flui através do coração, ocorre
um processo de despolarização e repolarização a cada
batimento cardíaco.
• Despolarização é o estado de ação
• Repolarização é o estado de repouso
Durante a despolarização e a repolarização, quatro
eletrólitos principais (sódio, potássio, cálcio e cloreto)
movimentam-se através da membrana da célula cardíaca.
O ciclo de despolarização e repolarização cria um campo
elétrico e um fluxo de corrente elétrica que podem ser
captados pelo ECG.
 Eventos mecânico: As ondas
observadas no ECG em geral refletem
eventos mecânicos simultâneos aos
elétricos:
 Onda P está associada à contração do
átrio;
 Complexo QRS está associada à
contração do ventrículo;
 Onda T está associado ao relaxamento
ventricular;
 Os eventos elétricos associados ao
relaxamento dos átrios não são visíveis
no ECG.
Fluxo sanguíneo cardiovascular
O coração é um órgão muscular que tem três camadas:
1. Endocárdio: (revestimento interno)
2. Miocárdio: (camada muscular)
3. Epicárdio: (revestimento externo)
 Pericárdio: E envolvendo o coração, há um fino saco membranoso
• Despolarização do átrio esquerdo: impulsiona o sangue para o ventrículo
esquerdo através da válvula mitral.
• Ventrículo esquerdo: é responsável pela movimentação do sangue, através da
válvula aórtica, para dentro da aorta e do sistema vascular do corpo.
Movimento do sangue: 
através da contração do músculo cardíaco 
• Entrada do sangue: veias cavas
superior e inferior no átrio direito;
• Através da válvula tricúspide:
passagem do sangue para o
ventrículo direito;
• Despolarização do ventrículo direito:
movimenta o sangues através da
válvula pulmonar para dentro da artéria
pulmonar e dos pulmões;
• Átrio esquerdo: Uma vez oxigenado no
sistema pulmonar, chegando ao átrio
esquerdo.
 Regulação extrínseca do coração: O sistema de condução elétrica
do coração é regulado pelo sistema nervoso autônomo, que é
composto por sistema nervoso em simpático e parassimpático.
REGULAÇÃO CARDÍACA
 Sistema nervoso simpático: quando estimulado
libera a noradrenalina, que atua sobre o coração
aumentando o número de impulsos elétricos e
frequência cardíaca. O estímulo simpático pode afetar
todas as áreas do coração.
Ex.: O pulso pode ficar acelerado por
efeitos de substâncias, como nitratos e
cafeína, e em certas condições, como
dor, hipóxia e ansiedade.
 Sistema nervoso parassimpático: libera acetilcolina,
que atua sobre o coração reduzindo o número de
impulsos elétricos que são iniciados e, assim,
diminuindo a frequência cardíaca. O estímulo
parassimpático afeta predominantemente os nós
sinusal e atrioventricular.
Ex.: O pulso pode ficar mais lento por efeito de
medicamentos (betabloqueadores) e certas atividades
como: vômitos, esforço ao evacuar e distensão da bexiga.
VIA DE CONDUÇÃO ELÉTRICA 
DO CORAÇÃO
Qualquer célula cardíaca tem automatismo e capacidade de iniciar um
impulso elétrico no coração. Pois o coração é autônomo e continua a
bater em um mesmo ritmo cerca de 60 a 100 bpm (batimentos por
minuto) sem qualquer necessidade de um estimulo, mas o coração
como qualquer órgão obedece as necessidades do organismo podendo
aumentar ou diminuir essa ritmicidade.
• Nó sinusal ou (Nodo sinuatrial).
• Nó atrioventricular (AV)
• Feixe de His
• Ramos direito e esquerdo dos feixes de His
• Fibras de Purkinje.
ELETROCARDIOGRAMA
ELETROCARDIÓGRAFO
O ECG de 12 derivações permite
múltipla perperctiva da atividade elétrica
do coração nos planos frontal e
horizontal. São importantes nos casos
em que é preciso diagnosticar um infarto
agudo do miocárdico (IAM).
DERIVAÇÕES 
ELETROCARDIOGRÁFICAS
DERIVAÇÕES DAS EXTREMIDADES
São registradas por quatro eletrodos, e incluem derivações
clássicas (bipolares) e derivações aumentadas (unipolares).
Os quatro eletrodos são colocados, respectivamente, no braço
direito, na perna direita, no braço esquerdo e na perda esquerda.
Com isso é possível obter seis atividades elétrica do coração (DI,
DII, DIII, aVR, aVL, aVF).
Derivações bipolares ou clássicas 
(DI, DII e DIII) no plano frontal
Registram a diferença de potencial entre dois membros e foram
introduzidas por Einthoven que imaginou o coração no centro
de um triângulo equilátero cujos vértices estariam
representados pelo:
 Braço direito (R)
 Braço esquerdo (L)
 Perna esquerda (F)
 As ligações feitas são:DI= (braço esquerdo – braço direito)
DII= (perna esquerda – braço direito)
DIII= (perna esquerda – braço esquerdo)
Einthoven
Derivações unipolares aumentadas 
(aVR, aVL, aVF)
Para se realizar o registro eletrocardiográfico nestas derivações, utiliza-se
como referência um eletrodo indiferente obtido a partir da união de dois
colocados nos membros não estudados; este artifício, fornece petencial
próximo a zero e permite um aumento na amplitude do registro quando
comparado com o traçado obtido utilizando um indiferente com a união
dos membros superiores e o inferior esquerdo.
aVR= entre o MSD, eletrodo ativo e união de MSE com o MIE
aVL= entre o MSE, eletrodo ativo e união de MSD com o MIE
aVF= entre o MIE, eletrodo ativo e união de MMSS
ELETRODOS PERIFÉRICOS
 LA (amarelo) ou (branco) – braço esquerdo
 LL (verde) – perna esquerda
 RA (vermelho) – braço direito
 RL (preto) – perna direita
Derivações precordiais 
(V1, V2, V3, V4, V5 e V6) 
plano horizontal
 V1R: Quarto espaço intercostal, à direita do esterno
 V2 L: Quarto espaço intercostal, à esquerda do esterno
 V3 L: Intermediária entre os pontos V2 e V4
 V4 L: Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular
 V5 L: Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha axilar anterior
 V6 L: Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha axilar média
O eletrodo explorador, é colocado
em pontos definidos sobre as seis
posições da superfície torácica.
As derivações precordiais unipolares direitas
adicionais Podem ser utilizados para
determinados fins de outros sistemas de
derivação.
As derivações precordiais unipolares direitas
adicionais (denominadas de V1R a V6R) são uma
imagem de espelho das derivações torácicas
esquerdas e podem ser utilizadas para avaliar
lesões ventriculares direitas.
Através das derivações precordiais posteriores, as
quais incluem V7, V8 e V9, podem ser detectados
infartos posteriores.
Derivações posteriores
V7: linha axilar posterior esquerda na altura do quinto espaço intercostal;
V8: linha escapular posterior esquerda;
V9: borda esquerda da linha paraespinhal.
Derivações precordiais direitas
V1R: 4° espaço intercostal esquerdo, no local correspondente ao V2
V2R: 4° espaço intercostal direito, no local correspondente ao V1
V3R: linha média entre o V2R e o V4R;
V4R: 5° espaço intercostal direito na linha hemiclavicular direita
V5R: 5° espaço intercostal direito na linha axilar anterior direita
V6R: 5° espaço intercostal direito na linha axilar média direita
ELETROCARDIOGRAMA NORMAL
O papel de registro do eletrocardiográfico é quadriculado e dividido em
quadrados pequenos de 1mm. Cada grupo de cinco quadradinhos na
horizontal e na vertical compreende um quadrado maior, que é delimitado
por uma linha mais grossa. Como o registro é realizado em velocidade de
25mm/segundos, cada quadradinho equivale a 0,04 segundos.
Portanto, um quadrado maior equivale a 0,20 segundos.
ELETROCARDIOGRAMA NORMAL
RITMOS SINUSAIS
 Um ritmo sinusal é aquele que inicia no nó sinusal do coração na
frequência de 60 a 100 batimentos por minuto (bpm). Cada batimento
cardíaco segue o caminho normal do sistema de condução, sendo
transmitido do nó sinusal, tecido juncional atrioventricular (AV), e
depois ao feixe de His, chegando até as fibras de Purkinje. O sinal
clássico indicativo do ritmo sinusal é a onda P arredondada, uniforme
e positiva.
 Taquicardia sinusal (simpático): a taquicardia pode ser
fisiológica ou fisiopatológica. A FC elevada pode ser um
mecanismo compensatório, fisiológico para ajudar o
organismo manter o débito cardíaco.
 As causas gerais são:
• Estimulação do sistema nervoso simpático
• Aumento da temperatura corporal
• Trabalho e o consumo de O2 do miocárdio podendo levar a
uma IVE (tosse, ortopnéia e inquietude)
• Isquemia miocárdica (angina)
• Dor e Anemia
• Desidratação, e choques
• Hipertireoidismo
 FC: Maiores que 100 no adulto, porém geralmente menores que 120 bpm
 Ritmo: regular
 Traçado: normal (onda P positiva; intervalo PR e complexo QRS)
 Bradicardia Sinusal (parassimpático): Decorrente
de isquemia miocárdica, dor, medicamentos
(betabloqueadores), estimulação vagal do sistema
parassimpático.
 FC: Abaixo de 60 no adulto
 Ritmo: regular
 Traçado: normal (onda P positiva; intervalo PR e complexo QRS).
ARRITIMIAS 
 Extra-sístoles ventriculares: batimentos ectópicos com
origem ventricular, desencadeado por irritabilidade ou por um
mecanismo de segurança nos casos em que o nó sinusal, os
átrios não disparam o batimento no momento apropriado. É
um aviso para aparecimento da taquicardia ventricular ou
fibrilação ventricular. Associadas ao IAM, intoxicação
digitálica e hipopotassemia ou hipocalemia.
 FC: normal entre 60 a 100 bpm
 Ritmo: irregular
 Traçado: Onda P ausente, quando presente, são positivas e surgem no
seguimento ST, complexo QRS largos e bizarros
 Taquicardia Ventricular: É uma das terríveis
complicações do IAM, desequilíbrio eletrolítico,
determinando configurações amplas e bizarro dos
complexos.
 FC: superior a 100 bpm a 200 bpm
 Ritmo: quase sempre regular (monomórfica) e irregular (polimórfica)
 Traçado: Onda P ausente e não associada ao QRS, intervalo PR nenhum e
QRS bizarro.
 Fibrilação Ventricular: Causa mais comum de morte
súbita em portadores de doença coronária. As fibras
musculares fibrilam, não contraem, tornando ineficaz o
bombeamento sanguíneo pelos ventrículos. não há tempo
para a despolarização e repolarização, os ventrículos
ficam trêmulos, sem contração e sem débito cardíaco.
 Sinais: perca súbita da consciência, ausência de pulso
periférico, apneia, TA inaudível, pupilas dilatadas e sem
resposta aos estímulos.
 FC: impossível de determinar
 Ritmo: linha de base desordenada
 Traçado: Onda P nenhuma, intervalo PR nenhum e complexo QRS nenhum.
 Assistolia: manifesta-se, no traçado de ECG, por uma
linha reta. O aparelho desenha uma linha indicando
ausência de atividade elétrica no coração e, como
consequência, ausência de débito cardíaco e pulso,
entra em fase agônica em razão da ausência total de
circulação sanguínea para órgãos e tecidos.
 Fibrilação Atrial: começa em múltiplos focos atriais,
geralmente átrio esquerdo. Incapazes de se contrair de
modo eficaz para bombear o sangue para dentro dos
ventrículos.
 Ocorre com frequência extremamente observados em
pacientes com ATERIOSCLEROSE, cardiopatia reumática
e distúrbios da válvula mitral.
 FC: 300 a 600 bpm
 Ritmo: irregular
 Traçado: ausência ondas P, intervalo PR nenhum e complexo QRS estreito.
 Flutter atrial: Começa depois de uma extra-sístole atrial,
em razão de um automatismo exacerbado. Causado por
substâncias irritantes, estimulação simpática.
 (medo, ansiedade e estresse), hábito de vida inadequado,
(consumo cafeína, álcool e nicotina). É mais observado em
pacientes com função ventricular esquerda comprometida
(IAM, ICC ou DPOC).
 FC: 250 a 350 bpm
 Ritmo: regular
 Traçado: ondas P com aspecto dente de serra, intervalo PR nenhum e
complexo QRS estreito.
VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA 
 É a aplicação por modo invasivo de uma máquina que
substitui total ou parcialmente, a atividade ventilatória do
paciente.
 É um método artificial para manutenção da ventilação em
pacientes impossibilitados de respirar espontaneamente.
Umidificador
Traqueia do respirador
CLASSIFICAÇÃO DOS VENTILADORES
De acordo com o modo de funcionamento
 VOLUMÉTRICOS: destinam-se a fornecer um volume pré-estabelecido de ar
(volume corrente). Volume preestabelecido independente das alterações das
vias aéreas ou pulmonar.
 PRESSUMÉTRICOS: insuflam os pulmões, introduzindo ar até alcançar uma
pressão determinada e preestabelecida. Nesse momento, interrompe-se a
inspiração e inicia-se a expiração.
 Volume corrente: volume de ar trocado durante cada
respiração (8 a 12ml/kg). O volume corrente é selecionado
juntamente com a frequênciarespiratória. Altos valores de
volume corrente estão associados a danos pulmonares e, em
caso de baixas complacências, é indicado o uso de pequenos
volumes correntes (3 a 8 ml/kg) para proteger os pulmões de
altas pressões de distensão.
 Frequência respiratória: número de respiração realizadas
por minuto. É um dos principais parâmetros capazes de
alertar a ventilação alveolar. O aumento da frequência
respiratória aumenta o volume/minuto com queda
subsequente da PCO2.
TERMINOLOGIA EM 
VENTILAÇÃO MECÂNICA
 Fração inspirada de oxigênio (FiO2): é a concentração de
oxigênio ofertada ao paciente. Em situações de
urgência/emergência, níveis elevados de FiO2 são apropriados
para prevenir os efeitos nocivos da hipoxemia. No entanto, como
o oxigênio inspirado pode ser nocivo ao parênquima pulmonar
após exposição prolongada é desejável a redução da FiO2 abaixo
de 50% assim que possível.
 Pressão positiva expiratória final (PEEP): é pressão expiratória
positiva final, mantendo uma pressão intra-alveolar por todo o
ciclo respiratório. O PEEP fisiológico oscila entre 3 a 5 cmH2O.
TERMINOLOGIA EM 
VENTILAÇÃO MECÂNICA
MODALIDADES VENTILATÓRIAS
• Ventilação controlada (CMV): todos os movimentos ventilatórios são
gerados pelo aparelho. O paciente não é capaz de iniciar respiração
adicionais. Assim a FR é programada no próprio respirador.
• Ventilação mandatória intermitente Sincronizada (SIMV): esta
modalidade permite ao paciente em respiração controlada, a possibilidade
de respirar espontaneamente entre as ventilações geradas pelo aparelho.
Permitindo que o paciente respire sozinho nestes intervalos, combinando
assim ventilação controlada e ventilação espontânea.
MODALIDADES VENTILATÓRIAS
• Ventilação assistida (AMV): o aparelho é deflagrado pelo esforço
inspiratório do paciente. Ajustado de acordo com a necessidade
inspiratória do paciente com a finalidade de diminuir o trabalho
muscular. Nesse caso o respirador não cicla sozinho.
• Ventilação assistido-controlado (A/C): permite um mecanismo
misto de disparo. O ciclo dependerá do esforço respiratório do
paciente, porém, com uma frequência respiratória pré-determinada
no aparelho.
• Pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP): é uma
modalidade de ventilação espontânea, não assistida pelo ventilador,
o volume corrente depende do esforço inspiratório do paciente e das
condições da mecânica respiratória do pulmão e da parede torácica.
INDICAÇÃO
• Insuficiência respiratória
• Hipóxia
• Necessidade da utilização da PEEP
• Trabalho respiratório excessivo
• Obstrução das vias aéreas
ATENÇÃO: Cuidados de 
enfermagem com o paciente na 
ventilação mecânica
 Batimento de asa de nariz, uso da musculatura acessória;
 Observar sinais de assincronia (brigando com respirador”);
 Casos prováveis: secreção nas vias aéreas;
 Obstrução no TOT (rolhas);
 Conecções mal adaptadas (escape de ar);
 Fixação e cuidados com balonete (cuff): O TOT deve ser fixo de forma
a evitar deslocamentos, atenção para áreas de compressão da pele
pelo cadarço;
 Verificar pressão do (cuff) a cada plantão.
OBSERVAÇÃOMONITORIZAÇÃO
Cuidados com o paciente na ventilação mecânica
 Vigilância e evolução do paciente;
 Manter a Integridade da pele onde encontra-se fixado o tubo;
 Observar nível de consciência;
 Observar perfusão periférica;
 Monitorar temperatura, rítmo cardíaco e respiratório;
 Preparar o material para o enfermeiro colher a gasometria;
 Aspirar o tubo ou traqueostomia quando necessário;
 Preparar o paciente para realizar RX de tórax diário.
COMPLICAÇÕES
 Da via aérea artificial:
• Traumatismo na intubação
• Lesões pelo cuff e hemorragias
• Obstruções
• Intubação seletiva
• Extubação
• Paralisia das pregas vocais
 Problema com ventilador:
• Umidificação inadequada
• Hipoventilação e hiperventilação
 Complicações pulmonares:
• Barotrauma
• Atelectasias
• Lesões por toxidade de O2 (alcalose)
 Infecção:
• Traqueobronquite 
• Pneumonia
Tubo orotraqueal ou endotraqueal
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DAS
INSUFICIÊNCIAS RESPIRATÓRIAS
 Respiração (alterações no ritmo)
 Ausculta (roncos e sibilos)
 Aparência (sudorese,cianose e uso da musculatura acessória)
 Modalidades para desmame da ventilação mecânica:
 Ventilação com pressão de suporte
 Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV)
 Tubo “T” com macronebulizador
 Pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP)
Macronebulizador
O.B.S.: Desmame da ventilação mecânica: corresponde à retirada
gradual do suporte ventilatório até a retomada da ventilação espontânea.
DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA
Conexão T
TUBO “T”
Ventilação Mecânica Não Invasiva (VNI)
 É um método de assistência ventilatória no qual uma
pressão positiva é aplicada à via aérea do paciente por
meio de interfaces (máscaras).
A ventilação não invasiva pode ser 
fornecida em duas modalidades
 Ventilação não invasiva com pressão
negativa: instituída por meio da geração
de uma pressão sub atmosférica ao redor
do tórax e do abdome do paciente, o qual
é mantido no interior de câmaras fechadas
(EX.: pulmão de aço). Encontra-se fora
de uso.
 Ventilação não invasiva com pressão
positiva (VNIPP): o ar é administrado
através de uma máscara acoplada ao
nariz (máscara nasal) ou ao nariz e à boca
(máscara facial ou oronasal), conectada a
um respirador que permite um fluxo de ar
que gera pressão positiva na via aérea do
paciente.
A ventilação positiva pode ser aplicada 
de duas formas
• Pressão positiva contínua vias aéreas (CPAP): o valor pré-
determinado da pressão permanece constante durante todo ciclo
respiratório e o trabalho respiratório é inteiramente realizado pelo
paciente.
• Ventilação em dois níveis de pressão (BiPAP): A pressão é maior
durante a inspiração e diminui durante a expiração.
 O CPAP é um equipamento, a sigla em inglês “Continuous
Positive Airway Pressure” (Pressão Positiva Contínua nas Vias
Aéreas), produz uma pressão positiva contínua, independente da
fase da respiração, ou seja, mantém níveis de pressão de ar acima
do ambiente, independentemente da inspiração ou
expiração. Utilizados em pacientes que sofrem de apneia
obstrutiva do sono.
 O BiPAP é um equipamento, a sigla em inglês “Bilevel Positive
Airway Pressure” (Pressão Positiva nas Vias Aéreas a dois
níveis)”, um maior, que acontece na inspiração, e um menor na
expiração. Utilizado para o tratamento contra a apneia obstrutiva
do sono em grau mais acentuado com hipoxemia, DPOC,
enfisema, esclerose lateral amiotrófica (ELA).
Qual a diferença entre CPAP e BiPAP?
INDICAÇÕES
VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI)
• Pneumonia
• Insuficiência respiratória (DPOC)
• Edema pulmonar cardiogênico
• Apnéia do sono
• Desmame da ventilação após extubação
COMPLICAÇÕES
VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) 
 Necrose da pele facial
 Distensão gastroabdominal (aerofagia)
 Angustia e solidão devido a dificuldade de comunicação com os 
profissionais e familiares
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI)
• Lavar as mãos reduzindo a transmissão de microrganismo
• Verificar o funcionamento do equipamento
• Avaliar o estado de consciência do paciente
• Posicionar o paciente confortavelmente no leito (Fowler)
• Fixar a máscara através das tiras de velcro, evitando vazamento de ar
• Facilitar a comunicação com o paciente
• Manter monitorização contínua e alarmes ativados
• Monitorar SPO2; PA, FC e FR.
OBRIGADA!!!

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