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ELEMENTOS DE MÁQUINAS Marcos A. P. Saramago AULA-INICIAL INTRODUÇÃO Na física, a frequência é uma grandeza que indica o número de eventos em determinado período de tempo (ciclos, voltas, oscilações, etc). Também podemos medir o tempo decorrido de cada oscilação, essa medição se chama período. A frequência geralmente a oscilações de alguma propriedade, como por exemplo a corrente elétrica alternada. A frequência é representada pela letra f, e sua unidade de medida é o hertz (Hz), que equivale a quantidade de ciclos por segundo, assim se dizemos que uma onda vibra 60 Hz significa que ela oscila 60 vez por segundo. https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-corrente-eletrica/ ELEMENTOS DE MÁQUINAS Marcos A. P. Saramago AULA-01 MOVIMENTO CIRCULAR TRANSMISSÃO POR CORREIAS ELEMENTOS DE MÁQUINAS Marcos A. P. Saramago AULA-02 TRANSMISSÃO POR CORREIAS ELEMENTOS DE MÁQUINAS Marcos A. P. Saramago AULA-03 RESUMO DOS CONCEITOS BÁSICOS DE ELEMENTOS DE MÁQUINAS TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO VEÍCULO NO SOLO RESUMO DOS CONCEITOS BÁSICOS DE ELEMENTOS DE MÁQUINAS ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO VEÍCULO NO SOLO RESISTÊNCIAS PASSIVAS ATRITO SECO, FLUÍDO OU SEMI FLUÍDO ELEMENTOS DE MÁQUINAS Marcos A. P. Saramago AULA-04 TRANSMISSÃO POR ENGRENAGENS Transmissões • Def. 1: pro-tec capítulo 8 As máquinas,podem ser decompostas em tantas máquinas simples.Nelas cada elemento transmite ou recebe próprio movimento por meio de mecanismos chamados TRANSMISSÕES. • Def. 2: Niemann capítulo 20 São elementos de máquinas para transmitir esforços e/ou movimento de um mecanismo para outro. Transmissões podem se realizar: • Por contato direto: Ex. rodas de fricção,engrenagens,cames,... • Por ligação flexível: Ex.: correias,correntes,cabos... • Por ligação rígida: Ex.: biela,manivela,excêntricos... http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cshaft.gif Alguns tipos *Transmissões (Mecânica)* • Por Correias • Por Correntes *A transferência de potência de um órgão motor para um órgão movido é feita por intermédio de um conjunto de componentes designados por transmissão. • Para eixos paralelos e reversos. • Construção simples,silencioso,absorve choques. • Preço reduzido ( aprox.63% da transmissão por engrenagem). • Dimensões e distancia entre eixos maiores.. • Vida correias menores e escorregamento de 1% a 3%. • Correias plana: Multiplicação até 5 (10) , pot. até 2200 cv e vt 90 m/s. • Correias em V: Multiplicação até 8 (15) , pot. até 1500 cv e vt 26 m/s. • Para eixos paralelos e distancias entre eixos maiores. •Preço reduzido ( aprox.85% da transmissão por engrenagem). •Vida correntes menores(desgaste articulações). •Não apresentam escorregamento. • Correias plana: Multiplicação até 6 (10) , pot. até 5000 cv e vt 17 m/s. http://pt.wikilingue.com/es/Ficheiro:Keilriemen-V-Belt.png http://pt.wikilingue.com/es/Ficheiro:Chain.gif Alguns tipos *Transmissões (Mecânica)* • Por Rodas de atrito • Por engrenagens • Para eixos paralelos ou concorrentes. • Diam. rodas, esforços mancais e escorregamento são aprox. iguais a transmissão por correias(quando coef. atrito elevado). • Distância entre eixos,peso e preço mais vantajosos. • Amortecimento choque menor e ruído mais elevado. • Multiplicação até 6 (10) , pot. até 200 cv e vt 20 m / s. • Para eixos paralelos, reversos ou concorrentes. • Operação se deslizamento, tempo de vida e resit. a sobrecarga maiores.. • Pequena manut., dimensões reduzidas,.. •Maiores custos, ruído e rigidez. • Potência, rotação e relação multiplicação varia de valores mínimos até máximos. Ex.: Eng. Cilíndricas, 2 estagios,: multiplicação 45(300), 25000 cv e vt 200 m/s. http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/14/Gears_animation.gif Resumo Transmissão movimento circular por contato direto Rodas de Fricção Força tangencial Relação transmissão Se força de atrito suficiente : •Não escorrega; •Ambas engrenagens tem velocidades periféricas iguais. •Não altera a relação de transmissão. Deficiência desse mecanismo: • Capacidade relativamente baixa de torque; •Possibilidade de escorregamento. Definição • Engrenagens são rodas com dentes padronizados que servem para transmitir movimento e força entre dois eixos..Muitas vezes,as engrenagens são usadas para variar o número de rotações e o sentido da rotação de um eixo para outro. •Quando a relação entre as rotações de duas árvores deve ser constante ou os esforços a transmitir são muito elevados,devemos utilizar rodas dentadas(engrenagens). Vantagens engrenagens • Evitam o deslizamento entre as engrenagens, fazendo com que os eixos ligados a elas estejam sempre sincronizados um com o outro. • Tornam possível determinar relações de marchas exatas. Assim, se uma engrenagem tem 60 dentes e a outra tem 20, a relação de marcha quando elas estão engrenadas é de 3:1. • São feitas de tal maneira que possam trabalhar mesmo que haja imperfeições no diâmetro e na circunferência reais das duas engrenagens, pois a relação de marcha é controlada pelo número de dentes. . Aplicações • Você vê engrenagens em quase tudo que tem partes giratórias. . Transmissão de carro Vídeo Cassete Relógios Limpador pára-brisa Diferencial Volante Corrêa dentada motor http://carros.hsw.uol.com.br/engrenagens.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Transmission_diagram.JPG http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cshaft.gif Partes Dentes Corpo Coroa x Pinhão Tipos • Dentes retos: Os dentes são dispostos paralelamente entre si em relação ao eixo. É o tipo mais comum de engrenagem e o de mais baixo custo. É usada em transmissão que requer mudança de posição das engrenagem em serviço, pois é fácil de engatar. É mais empregada na transmissão de baixa rotação do que na de alta rotação , por causa do ruído que produz. •Dentes helicoidais: •Os dentes são dispostos transversalmente em forma de hélice em relação ao eixo. É usada em transmissão fixa de rotações elevadas por ser silenciosa devido a seus dentes estarem em componente axial de força que deve ser compensada por mancal ou rolamento. Serve para transmissão de eixos paralelos entre si e também para eixos que formam um ângulo qualquer entre si (normalmente 60 ou 90°). Tipos •Engrenagens Cônicas (dentes retos ou helicoidais): É empregada quando as árvores se cruzam; o ângulo de interseção e geralmente 90°, podendo ser menor ou maior. Os dentes das rodas cônicas tem um formato também cônico, o que dificulta a sua fabricação, diminui a precisão e requer uma montagem precisa para o funcionamento adequado. A engrenagem cônica e usada para mudar a rotação e a direção da força, em baixas velocidades. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bevel_gear.jpg Tipos •Engrenagem cremalheira: É uma barra de dentes destinada a engrenagens em que uma roda deitada. Assim pode se transformar um movimento de rotação em movimento retilíneo ou vice-versa. •Engrenagem de parafuso sem fim: São usadas quando grandes reduções de transmissão são necessárias. Esse tipo de engrenagem costuma ter reduções de 20:1, chegando até a números maiores do que 300:1. O eixo gira a engrenagem facilmente, mas a engrenagem não consegue girar o eixo. Isso se deve ao fato de que o ângulo do eixo é tão pequeno que quando a engrenagem tenta girá-lo, o atrito entre a engrenagem e o eixo não deixa que ele saia do lugar. Essa característica é útil para máquinas como transportadores, nos quais a função de travamento pode agir como um freio para a esteira quando o motor não estiver funcionando. http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/68/Rack_and_pinion_animation.gif http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/75/Worm_Gear_and_Pinion.jpgAnálise de Tensões em Dentes de Engrenagens Engrenagens podem falhar basicamente por dois tipos de solicitação: A) A que ocorre no contato, devido à tensão normal. B) A que ocorre no pé do dente, devido a flexão causada pela carga transmitida. A fadiga no pé do dente causa a quebra do dente, o que não é comum em conjuntos de transmissão bem projetados. Tensões nos Dentes Modelagem Numérica das Tensões no Dentes de Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos MODOS DE FALHA EM ENGRENAGENS Modo de falha Conseqüência Peça quebrada Sistema provavelmente inoperante. Desgaste de peça excessivo Sistema provavelmente operante por tempo considerável Vibração anormal Sistema provavelmente operante por tempo considerável Ruído anormal Sistema operante; antecede potencial quebra Temperatura elevada (peça ou óleo) Sistema operante; antecede uma quebra prematura Vazamento de óleo. Sistema operante; antecede uma quebra prematura Interferência / peças fora de posição Sistema inoperante. Torque interrompido. O modo de falha para um sistema de transmissão não é somente aquilo que impossibilita o seu funcionamento ou operação. Para um sistema de transmissão, o modo de falha também pode ser considerado como uma condição insatisfatória de uso. De acordo com Dudley [2], as principais partes envolvidas, no caso de falha em uma transmissão, são as seguintes: • Projeto; • Manufatura; • Instalação; • Meio-ambiente; • Operação / Uso. [ 2 ] DUDLEY, D. W. Handbook of Practical Gear Design. Lancaster,Technomic, 1994. Principais áreas envolvidas no caso de falha em uma transmissão Principais áreas envolvidas no caso de falha em uma transmissão Projeto Manufatura Instalação Meio -Ambiente Operação 1. Tipo de 1.Precisão do 1. Rigidez 1. Ar (não 1. Manutenção engrenagem dentado (perfil, adequada poluído) (ex: pode (dentes retos, concentricidade, 2. Alinhamento 2. Temperatura necessitar de dentes etc.) 3. Sistema de (equipamentos troca de óleo) helicoidais, etc) 2. Material do lubrificação para manter 2. Atender aos 2. Disposição de dentado (dureza, (limpeza, estabilidade) limites de componentes composição, preenchimento 3. Água operação 3. Projeto do etc.) adequado) (proteção (Temperatura, dentado 3. Engrenagem 4.Instrumentação adequada contra escoamento de 4. Projeto do (qualidade do OK. chuva, água do óleo, etc.) corpo da forjado) 5. Parafusos mar, etc.) 3. Sobre-carga engrenagem 4. Carcaças fixados de 4. Peças de (evitar operação 5. Projeto dos (Posicionamento maneira reposição sem eixos e tamanhos dos adequada devem ser carregamento 6. Projeto dos furos, etc.) mantidas limpas extra) rolamentos 5. Montagem e protegidas 4. Aplicação 7. Projeto das contra corrosão indevida carcaças (velocidade e 8. Projeto dos torque) vedadores e juntas 9. Projetos dos parafusos 10. Projeto do óleo 11. Vibração critica do sistema 1) FADIGA DE FLEXÃO Uma falha por fadiga classicamente apresenta algumas particularidades • A origem da trinca, ou ponto focal, ocorre na superfície da raiz (pé) do dente cujo lado está carregado. • Normalmente a origem da trinca ocorre no meio da face do dente carregado. • O material e as características metalúrgicas da engrenagem estão conforme o especificado. Evidências - FADIGA DE FLEXÃO A – Quebra por fadiga B – Evidência de sobrecarga A B• Sobrecarga • Ponto focal Concentração de tensão na raiz, inclusões na estrutura do material,.. • Local da quebra Marcas de contato (“pitting”) podem evidenciar que uma das extremidades do dente está suportando maior parte do carregamento(desalinhamento). 2) FADIGA DE CONTATO OU “PITTING” Macro-pitting (a), micro-pitting (b) e pitting destrutivo (c) (a) (c)(b) • A fadiga de contato na maioria dos casos ocorre no pinhão de um par Engrenado (são as engrenagens motoras e possuem maiores ciclos operação). CONTATO COMPARTILHADO CONTATO COMPARTILHADO CONTATO DE UM ÚNICO PAR DE DENTES 3)“SPALLING” 4) “SCORING” 5) DESGASTE EM DENTES DE ENGRENAGEM 6) FALHAS DE ENGRENAGEM POR IMPACTO 7) Falhas em engrenagens devido ao sobrecarregamento. 8) Problemas na carcaça da transmissão. Critérios de Projeto Engrenagens Retas- ( Informações preliminares) • Parâmetros conhecidos(Usualmente): Razão de engrenamento e a potência e velocidade ,ou torque e velocidade de um eixo são definidas. • Parâmetros a serem determinados (Supostos): Diâmetro de referência do pinhão engrenagem, passo diametral, a largura da face,os materiais e coeficientes de segurança. Decisões de projeto: Precisão de engrenamento, método de fabricação(acabamento superfície),intervalo de temperatura operacional e confiabilidade desejada. Critérios de Projeto • Fratura por fadiga (Tensões variadas de flexão na raiz do dente). • Fadiga Superficial das superfícies dos dentes (crateração). Consideradas: Critérios de Projeto 1) Determinar carga tangencial nos dentes. (Torque conhecido no eixo e raio de referencia suposto para pinhão e engrenagem). 2) Calcular Tensão Flexão com tamanho do dente suposto (antes da tensão na superfície). Aumento de dureza afeta mais a resistência ao desgaste da superfície que a flexão. 3) Escolher Material(tentativa) e Calcular resistência a Fadiga de Flexão. 4) Calculo coeficiente de segurança (ajuste de parâmetros para atingir o desejável). 5) Calcular tensão superfície e resistência á fadiga de superfície . 6) Calculo coeficiente de segurança contra desgaste (ajuste de parâmetros e/ou dureza para atingir o desejável). 7) Estratégia: CS para falha de flexão serem maiores que CS contra desgaste. Seqüência calculo: Critérios de Projeto • Coeficiente de segurança de flexão (Nb): Nb = Sfb / σb Resistência á fadiga de flexão / Tensão de flexão • Coeficiente de segurança superficial: Nc = (Sfc / σc )² (Resistência á fadiga de superfície / Tensão de superfície)² Calcular para cada engrenagem no engrenamento Transmissão movimento circular por contato direto Engrenamento: •Ponto de contato C , C´ e curva(linha) de contato. •Ângulo de pressão (θ). •O início do contato se dá quando o pé da engrenagem motora encontra a cabeça da engrenagem movida. Roda de fricção Transmissão movimento circular por contato direto •Lei fundamental de engrenamento Razão de velocidade angular das engrenagens de um par de engrenagens deve manter-se constante durante o engrenamento. •Diâmetro primitivo coroa. •Diâmetro primitivo pinhão. Velocidade angular Para lei ser verdadeira a lei: Os contornos do dente nos dentes engrenagentes devem ser conjugados um ao outro,através perfil adequado: • Engrenagem de perfil envolvente.(mais utilizado) •Engrenagem de perfil cicloidal. ELEMENTOS DE MÁQUINAS Marcos A. P. Saramago AULA-05 MANCAIS DE DESLIZAMENTO MANCAIS DE ROLAMENTO DEPENDE DO MATERIAL Fradial Faxial MOITÃO MOITÃO 30.000 Kgf COMBINAÇÕES DE MONTAGEM PROCEDIMENTOS PARA SELEÇÃO 1- VERIFICAR INFORMAÇÕES; 2- CÁLCULO DA CARGA RADIAL DINÂMICA EQUIVALENTE NO ROLAMENTO; 3- CÁLCULO DA VIDA EM CICLOS E MILHÕES DE CICLOS; 4- CÁLCULO DA CARGA DE RATEIO MÍNIMA ESPERADA; 5- APÓS DETERMINADO O VALOR DA CARGA MÍNIMA DE RATEIO, DEVE-SE CONSULTAR OS CATÁLOGOS DE FABRICANTES DE ROLAMENTOS E SELECIONAR UM ROLAMENTO QUE APRESENTE UMA CARGA DINÂMICA PRÓXIMA E SUPERIOR À CALCULADA. ELEMENTOS DE MÁQUINAS Marcos A. P. Saramago AULA-06 MANCAIS DE ROLAMENTO AJUSTES E TOLERÂNCIAS Fradial Faxial PROCEDIMENTOS PARA SELEÇÃO DE ROLAMENTOS COM CARGA DINÂMICA RADIAIS E AXIAIS 1- VERIFICAR INFORMAÇÕES; 2- CÁLCULO DA CARGA RADIAL DINÂMICA EQUIVALENTE NO ROLAMENTO; 3- CÁLCULO DA VIDA EM CICLOS E MILHÕES DE CICLOS; 4- CÁLCULO DA CARGA DE RATEIO MÍNIMA ESPERADA;5- APÓS DETERMINADO O VALOR DA CARGA MÍNIMA DE RATEIO, DEVE-SE CONSULTAR OS CATÁLOGOS DE FABRICANTES DE ROLAMENTOS E SELECIONAR UM ROLAMENTO QUE APRESENTE UMA CARGA DINÂMICA PRÓXIMA E SUPERIOR À CALCULADA. CATÁLOGOS DE FABRICANTES DE ROLAMENTOS Vale 3,33 para rolamentos cilíndricos Vale 3 para rolamentos de esferas Catalogo antigo ATENÇÃO: Repetindo o item 4 Usando Catalogo antigo ATENÇÃO: Repetindo o item 5 Catalogo novo Catalogo novo TOLERÂNCIA DIMENSIONAL Introdução Nos dias atuais o regime de produção em longa escala, é necessário que as peças que trabalhem em conjunto seja logo substituídas por similares quando houver pane. Denomina-se intercambiabilidade essa possibilidade da troca de vários componentes de um sistema mecânico sem que haja um processo adicional como um ajuste ou conformação posterior para que o sistema funcione do jeito que foi projetado. Com isso a fabricação seriada não fica comprometida e garante uma produção eficiente para qualquer lote, época, e dia, para isso é preciso adotar um sistema de ajustes e tolerâncias. O grande desafio é fabricar com exatidão que é conformar as dimensões reais da peça com o proposto pelo desenho. Infelizmente os processos industriais não são capazes de fabricar continuamente dimensões dadas pelo desenho com a exatidão absoluta pois as maquinas com o tempo perdem essa exatidão do desenho que é chamada de nominal. -Dimensões nominais: São as dimensões indicadas no desenho de uma peça. Elas são determinadas através do projeto mecânico, em função dos objetivos que deverão atingir. -Dimensões reais (ou efetivas): São as dimensões reais da peça. Estas dimensões podem ser maiores, menores ou iguais às dimensões nominais. Por exemplo, uma peça com uma cota nominal de 150 mm pode ser encontrada na produção peças com 150,018 mm, 149,982 mm, 150.000 mm e entre outras. Deve-se portanto, determinar a menor precisão possível dentro da qual a peça em questão exerça sua função adequadamente. Qualquer melhoria adicional elevaria o custo do produto. As dimensões reais são diferentes das dimensões nominais. Estas variações devem ser mantidas dentro de certos limites. Para que a intercambiabilidade seja garantida é necessário que todos os fabricantes obedeçam a normas pré- definidas, entre elas estão a ABNT e NBR (Brasil), DIN (Alemanha) Foi elaborado um Sistema de tolerâncias e ajustes que é um conjunto de normas, regras e tabelas que Têm como objetivo normalizar e limitar as variações das dimensões de componentes mecânicos visando a intercambiabilidade e garantir sua funcionabilidade, com ela foi definida alguns conceitos básicos, aqui discutidas e outras ao longo desse trabalho. -Dimensões reais: variam dentro de certos limites, chamados de dimensão limite máxima e mínima • O limite de inexatidão admissível para uma peça é determinado por sua tolerância. Obs.:Entende-se por tolerância a variação máxima admissível que é permitida em uma peça ou conjunto. Exemplo: – Dimensão nominal = 40,000 mm – Dimensão limite máxima = 40,039 mm – Dimensão limite mínima = 40,000 mm (Portanto sua tolerância será de 0,039 mm) Conceito A prática tem demonstrado que as medidas das peças podem variar, dentro de certos limites, para mais ou para menos, sem que isso prejudique a qualidade. Tolerância: Variação permissível da dimensão da peça, dada pela diferença entre dimensões máxima e mínima Outros conceitos: • Dimensão nominal (D): indicadas nos desenhos técnicos • Afastamento superior (As/ as): diferença entre a dimensão máxima e a nominal • Afastamento inferior (Ai/ ai): diferença entre a dimensão mínima e a nominal • Campo de tolerância (IT): valor entre o afastamento superior e o inferior • Dimensão efetiva: valor obtido medindo a peça • Dimensão máxima (Dmax): valor máximo admissível para a dimensão efetiva Símbolo: Dmáx para furos e dmáx para eixos • Dimensão mínima (Dmin): valor mínimo admissível para a dimensão efetiva Símbolo: Dmin para furos e dmin para eixos SISTEMAS DE AJUSTES. POSIÇÃO DOS CAMPOS DE TOLERANCIAS EXEMPLOS EXEMPLOS EXEMPLOS 4.Conclusão O sistema furo-base de longe oferece as maiores vantagens, principalmente no quesito custo X beneficio, possibilitando ainda melhores condições de montagens e desmontagens para todos os tipos de ajustes, devido às máquinas que geralmente seu furo é fixo e seu eixo móvel permitindo uma troca mais facilitada, além do mais na geral os eixos são descartados devido às desgastes do que os furos. O sistema eixo-base deve ser usado, sempre que possível, um eixo com uma única dimensão, sem escalonamento. De maneira geral têm-se as seguintes tendências de aplicação de ajustes nos diversos tipos de projetos: Construção de baixa precisão: Eixo-base; Construção de média e alta precisão: Furo-base; Material eletro-ferroviário: Furo-base; Maquinaria pesada: Eixo-base; Indústria automobilística e aeronáutica: furo-base, eixo-base e ajustes combinados. Geralmente todos os tipos de acoplamentos imaginados já foram testados suas tolerâncias, então há tabela para todos os tipos de acoplamentos os mais comuns são: ABNT NB-86, ISO R-286 e DIN 7154. 5.Bibliografia consultada: • ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - Sistema de tolerâncias e ajustes-NBR 6158, 1995 • Telecurso 2000 curso profissionalizante Mecânica. Metrologia. Fundação Roberto • Marinho. FIESP, CIESP, SENAI, IRS; Ed. Globo. • Sites: • SENAI (ES) / CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão) • UFSC - Prof. Armando Albertazzi Gonçalves Jr.