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INSPEÇÃO ESCOLAR
Elaine Antunes Fidelis
Maria Stela Alves Timoteo
Uniube
EAD
Elaine Antunes Fidelis
Maria Stela Alves Timoteo
INSPEÇÃO ESCOLAR
Catalogação elaborada pelo Setor de Referência da Biblioteca Central UNIUBE
 Fidelis, Elaine Antunes.
F448i Inspeção escolar / Elaine Antunes Fidelis, Maria Stela Alves 
 Timoteo. – Uberaba (MG): Universidade de Uberaba, 2018.
 115 p. : il. color.
 Programa de Educação a Distância – Universidade de 
 Uberaba. 
	 	Inclui	bibliografia.							
 
 1. Inspeção escolar. 2. Escolas – Organização e 
 administração. I. Timoteo, Maria Stela Alves. II. Universidade de 
 Uberaba. Programa de Educação à Distância. III. Título.
 CDD: 371.2013 
© 2018 by Universidade de Uberaba
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico 
ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de 
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, 
da Universidade de Uberaba.
Universidade de Uberaba
Reitor
Marcelo Palmério
Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão
André Luís Teixeira Fernandes
Pró-Reitor de Educação a Distância
Fernando César Marra e Silva
Coordenação de Pós-Graduação a Distância
Renata Maria de Almeida e Borges
Editoração e Arte
Produção de Materiais Didáticos-Uniube
Preparação dos originais
Maria Aparecida Reis França dos Santos 
Revisão ortográfica, gramatical, textual e de estilos
Erika Fabiana Mendes Salvador
Raul Sérgio Reis Rezende 
Editoração eletrônica
Rafael Jesus do Prado
Projeto da capa
Roberto Silva Araújo Assis
Edição
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
Elaine Antunes Fidélis
Mestre em Educação Tecnológica pelo Instituto Federal do Triângulo 
Mineiro- IFTM. Especialista em Inspeção Escolar pela Faculdade do 
Noroeste de Minas- FINOM. Graduada em Pedagogia pelo Centro 
de Educação Superior de Uberaba-CESUBE. Inspetora Escolar há 
onze anos na Superintendência Regional de Ensino de Uberaba, 
desenvolvendo seu trabalho nas escolas privadas e públicas, e nas 
Secretarias Municipais de Educação. Possui experiência em trabalhos 
de	averiguações,	formação	continuada	de	profissionais	da	Educação	e	
acompanhamento na elaboração de Planos Municipais de Educação- 
PME.
Maria Stela Alves Timoteo
Mestre em Educação pela Universidade de Uberaba (Uniube); 
especialista em Ciências da Religião pela Universidade Federal de 
Uberlândia, UFU, Brasil.; Metodologia e Didática do Ensino pela 
Faculdade	de	Filosofia	Ciências	e	Letras	José	Olímpio	de	Batatais,	
FBSP, Brasil.; Planejamento Educacional pela Universidade Federal de 
Uberlândia,	UFU,	Brasil.;	Educação	Profissional	e	PROEJA-Educação	
de Jovens e Adultos pelo Instituto Federal do Triângulo Mineiro, IFTM, 
Brasil.;	graduada	em	Pedagogia	pela	Faculdade	de	Filosofia	Ciências	e	
Letras de Ituverava-SP; efetiva na Secretaria de Estado de Educação 
de Minas Gerais, atuando como inspetora escolar; tem experiência na 
produção de material didático-pedagógico para a área de Educação, com 
ênfase em Administração de Sistemas Educacionais; gestora do Curso 
de Especialização Lato Sensu em Gestão Educacional e docente na 
modalidade EAD na Universidade de Uberaba (Uniube).
Sobre os autores
Sumário
Apresentação .......................................................................................IX
Capítulo 1 O ontem e o hoje: os avanços da Inspeção Escolar ...... 1
1.1 Inspeção Escolar – etimologia ................................................................................ 3
1.2 Origem da Inspeção Escolar ................................................................................... 4
1.3 Os períodos históricos da Inspeção Escolar ........................................................... 5
1.4 A trajetória da Inspeção Escolar no Brasil ............................................................... 7
1.4.1 Educação Jesuíta: (1.500 - 1.759) ................................................................. 8
1.4.2 Reforma do Marquês de Pombal (1759 - 1808 antes da chegada da 
Família Real no Brasil e 1808 - 1822 após a sua chegada) ......................... 9
1.4.3 Império – 1822 a 1889 .................................................................................. 12
1.4.4 Primeira república – 1889 a 1930 ................................................................ 14
1.4.5 Era Vargas – 1930 a 1945 ............................................................................ 16
1.4.6 Período Democrático – 1946 a 1964 ........................................................... 18
1.4.7 Período Militar – 1964 a 1984 ...................................................................... 19
1.4.8 Transição democrática 1984 aos dias atuais ............................................... 21
1.4.9 Considerações	finais .................................................................................... 26
1.5 Referências ............................................................................................................ 26
Capítulo 2 O arcabouço legal que fundamenta a organização 
das instituições escolares .............................................. 29
2.1 Considerações iniciais ........................................................................................... 31
2.2 A Constituição Federativa do Brasil ....................................................................... 34
2.3 A Lei de diretrizes e bases da educação ............................................................... 36
2.4 Considerações	finais.............................................................................................. 51
2.5 Referências ............................................................................................................ 51
Capítulo 3 A Inspeção Escolar e os documentos básicos que 
norteiam a organização da instituição escolar ............ 53
3.1 Considerações iniciais ........................................................................................... 55
3.2 Atos legais da instituição escolar ........................................................................... 61
3.3 Proposta Política Pedagógica (PPP) ..................................................................... 64
3.4 Regimento escolar ................................................................................................. 64
3.5 Planos curriculares ................................................................................................ 65
3.6 Calendários escolares ........................................................................................... 66
3.7 Pasta individual de aluno ....................................................................................... 67
3.8 Livro de matrículas ................................................................................................. 67
3.9 Atas	de	resultados	finais ........................................................................................ 68
3.10 Livro de atas......................................................................................................... 68
3.11 Livro de ponto ....................................................................................................... 69
3.12 Diários de classe .................................................................................................. 69
3.13 Autorizações para lecionar, dirigir e secretariar .................................................. 70
3.14 Planejamento anual ............................................................................................. 70
3.15 Certidão de contagem de tempo ......................................................................... 70
3.16 Ordens de serviço ................................................................................................ 71
3.17 Termo de visita .....................................................................................................básicos que 
norteiam a organização 
da instituição escolar
Elaine Antunes Fidelis 
Maria Stela Alves Timoteo
 Uniube 55
Considerações iniciais3.1
As atribuições da Inspeção Escolar 
estão relacionadas ao funcionamento e 
à organização das unidades escolares 
da Educação Básica, em suas variadas 
modalidades e redes (pública ou 
privada), às vezes, abrangendo maiores 
atribuições na pública, conforme o que 
dispõe cada sistema de ensino em 
suas	 regulamentações.	É	uma	 função	
verificadora	da	conformidade	legal	das	
escolas, orientadora e corretiva dos 
desvios dos atos e procedimentos. 
Suas atribuições e práticas de trabalho 
confirmam	que	se	trata	não	só	de	uma	
função de regulação de controle do 
sistema de ensino como de todo o 
universo escolar (MINAS GERAIS, 2009).
Figura 1
Fonte: Acervo DepositPhotos/
EAD Uniube.
A Inspeção Escolar se inicia antes mesmo da criação da escola, onde 
se orienta sobre todos os procedimentos legais burocráticos e físicos 
para se obter a autorização de funcionamento da instituição, do curso, 
da atuação dos professores, entre outros requisitos dispostos na lei. 
Perpassa por toda a existência, com visitas e orientações regulares, 
sendo corresponsável na legalidade da atuação da instituição. E 
para quem pensa que acabou, o Inspetor Escolar ainda acompanha 
o fechamento da escola, sendo o responsável pelo recolhimento do 
arquivo e orientação da organização dele para entrega, e deve atestar a 
legalidade do arquivo e do ensino oferecido (ABREU, 2012).
56 Uniube
Para realizar o seu trabalho o Inspetor Escolar faz uso de diversos 
instrumentos, que ora servem de apoio, como as legislações, propostas 
pedagógicas e regimentos escolares, ora de registros, como Termo de 
visitas,	atas	e	relatórios,	sejam	de	verificação	in loco ou de situações 
específicas	averiguadas.	Outro	instrumento	de	trabalho	do	Inspetor	
Escolar é a escrituração da escola, envolvendo alunos ou a vida funcional 
dos servidores da instituição. Nessa imensidão burocrática, o “olhar” 
de	análise,	de	verificação,	se	torna	um	coaliado	da	prática	do	trabalho,	
sendo	em	alguns	casos	o	próprio	instrumento,	como	na	verificação	das	
condições físicas da escola. Assegurar ao aluno o acesso, a permanência 
e	uma	educação	de	qualidade	são	outros	desafios	que	compõem	as	
atribuições do Inspetor Escolar. Vamos compreender um pouco mais 
dessa prática que possui nomenclaturas diversas pelo país, porém as 
atribuições são em sua essência as mesmas, apresentando a variável 
em determinados estados, onde algumas atribuições são acopladas a 
outros setores. 
Figura 2
Fonte: Acervo DepositPhotos/ EAD Uniube.
 Uniube 57
Os documentos básicos que norteiam a organização da instituição escolar 
e o trabalho do Inspetor Escolar são a Proposta Político Pedagógica, o 
Regimento Escolar, os Planos Curriculares, os Calendários Escolares, 
os atos legais, entre outros. Na escrituração escolar temos a pasta 
individual	do	aluno,	o	histórico	escolar,	as	atas	de	resultados	finais,	o	livro	
de matrículas, os diários de classe, as autorizações para lecionar, dirigir 
e secretariar. Em relação ao desenvolvimento dos alunos e à qualidade 
dos estudos oferecidos, destacamos o plano de aula, o planejamento 
a ser executado durante o ano e o resultado das avaliações externas 
e	internas.	No	setor	de	pessoal,	verifica-se	o	livro	de	ponto,	a	folha	de	
pagamento, expede-se a certidão de contagem de tempo do trabalho, as 
publicações referentes às licenças de saúde, luto e demais previstas em 
lei para os servidores, a organização da pasta dos servidores efetivos 
e designados para a função pública, garantindo a vida funcional dos 
mesmos.
Figura 3
Fonte: Acervo DepositPhotos/ EAD Uniube.
Hora de passar pelas salas de 
aula,	 verificar	 a	 organização,	
as condições físicas como 
luminosidade adequada, a limpeza, 
a situação incólume geral do 
prédio, a frequência dos alunos. 
Na cantina compatibiliza-se o 
cardápio divulgado com o estoque 
da despensa e o lanche servido 
no	 dia,	 verifica-se	 a	 validade	 e	
conservação dos produtos, as 
normas da vigilância sanitária e a vestimenta adequada. Visitando, 
também,	o	ambiente	de	leitura,	na	biblioteca,	verifica-se	o	controle	de	
empréstimos, a organização dos livros, o acesso aos variados gêneros, 
o projeto da bibliotecária, a ventilação e as condições ausentes de 
poeiras alergênicas. As salas de multimídias, informática, laboratórios e 
atendimento	especializado		merecem	visitas	minuciosas	de	verificação	
58 Uniube
da organização, uso, adequações pedagógicas, mobiliários e garantias 
de	bom	funcionamento	ao	fim	a	que	se	destinam.	
Não podemos deixar de olhar a limpeza dos banheiros e as adaptações 
necessárias aos alunos da educação infantil e aos estudantes com 
necessidades	específicas.	O	registro	das	atividades	realizadas		é	feito	
ao	término	de	cada	visita.	É	claro	que	a	demanda	do	trabalho	exige	muito	
estudo, planejamento e sistematização das ações.
Como agente do Estado, o Inspetor Escolar realiza ações nas quais o 
inspecionar, o avaliar e o orientar às escolas acontecem no seu cotidiano, 
em visitas regulares. Além de levar orientações e legislações necessárias, 
o Inspetor Escolar, como um agente político, alimenta os órgãos centrais 
do Sistema. Esse processo dinâmico converge para a ampliação, 
a adequação e a melhoria de todo o arcabouço que fundamenta a 
organização e a execução das demandas das diferentes instituições 
educacionais. 
Figura 4
Fonte: Acervo DepositPhotos/ EAD Uniube.
O Inspetor Escolar tem 
como eixo do seu trabalho a 
organização e a veracidade 
da escrituração escolar, para 
resguardar a integridade 
de todo o arquivo, garantir 
o bom funcionamento do 
processo administrativo e 
assegurar a regularidade da 
vida escolar do aluno. Está 
sempre imaginando as possibilidades do futuro, trabalha o hoje com a 
responsabilidade de garantir no futuro a emissão de documentos. Não 
se sabe quando alguém que conhece e trabalha na instituição escolar a 
deixará ou se lembrará das situações, casos ou momentos ocorridos. O 
Inspetor	Escolar,	em	sua	atuação	profissional,	está	sempre	preocupado	
com a veracidade e atualização da escrituração e organização escolar 
 Uniube 59
para proporcionar segurança no processo de arquivos, considerando 
que a guarda deles é prevista por cem anos para os estados que não 
possuem	tabela	de	temporalidade	documental	definida	em	lei.	O	arquivo	
pode ainda servir de acervo para pesquisas históricas, vida escolar e 
situação funcional dos servidores (MINAS GERAIS, 2009).
Diante disso, alguns aspectos na elaboração dos documentos 
devem ser observados com rigor:
• Transcrição exata, sem rasuras, e incorreções dos dados constantes 
dos documentos originais.
• Deverá ser arquivada uma cópia ou a 2ª via do histórico escolar 
expedido.
• Os documentos expedidos deverão ser assinados pelo diretor ou seu 
substituto legal e pelo secretário ou responsável pela escrituração 
escolar, assumindo, solidariamente, a responsabilidade dos atos 
assinados.	Seus	nomes	deverão	figurar	por	extenso,	digitados,	
carimbados ou escritos em letra “caixa alta” abaixo das assinaturas 
e números dos respectivos registros e autorizações.
• Os espaços não preenchidos deverão ser inutilizados com um traço.
• Os espaços destinados à observação deverão conter todos os dados 
peculiares à vida escolar do aluno.
• Ao	serem	apresentados	documentos	oficiais	de	identificação,	estes	
deverão ser devolvidos aos seus proprietários por não ser lícita a 
retenção	de	qualquer	documento	de	identificação	pessoal.
• A não existência de rasuras, tais como erros, alterações de digitação 
ou escrita manual corrigidas com o auxílio de borracha, removedor 
de tinta ou raspadas.
• Um local seguro para a guarda de todos os documentos produzidos, 
o que constitui o arquivo passivo e ativo de uma instituição 
educacional. (SOUZA, 2014).
Os	 arquivos	 escolares	 são	 fontes	 de	 informações	 historiográficas	
imprescindíveispara os estudos não só do cotidiano escolar e das 
60 Uniube
práticas pedagógicas das diferentes instituições, como também das 
políticas públicas que marcaram a História da Educação no Brasil. 
Segundo Paes (2005, p.19):
O arquivo é a acumulação ordenada dos documentos, 
criados por uma instituição ou pessoa no curso de sua 
atividade e preservados para a consecução de seus 
objetivos, visando à utilidade que poderão oferecer no 
futuro.
 
Você	já	constatou	a	abrangência	e	responsabilidade	do	profissional	
Inspetor Escolar, com atribuições que ultrapassam uma auditoria, uma 
mera	burocracia,	ou	seja,	vão		muito	mais	além;	este	profissional	lida	
com	relações	profissionais,	familiares,	políticas,	sociais	e	econômicas.	
É	um	verdadeiro	“balaio	de	gato”,	em	que		é	preciso	ter	resiliência,	
conhecimento e muita sabedoria para conduzir o trabalho. 
Vamos nos aproximar deste universo educacional para averiguação 
do seu estado de funcionamento e de regularidade das suas funções 
educativas?
Bom dia, boa tarde, boa noite! O Inspetor Escolar, apesar de ser lotado 
no órgão central, atua na escola e deve seguir o horário dela. O olhar, 
o ouvido e a percepção estão a seu serviço; observando a limpeza, 
o fechamento do portão, os diversos ambientes de aprendizagem, a 
movimentação escolar, a serenidade, nada pode passar despercebido a 
esse	profissional.	
No exercício de apoio, assessoramento, orientação e monitoramento às 
Escolas e Entidades Educacionais, o fazer do Inspetor Escolar passa 
necessariamente pelos documentos que norteiam a prática educativa, 
desde o processo de elaboração à implementação. 
 Uniube 61
Conhecer bem os espaços 
escolares que fazem parte 
da escola é uma das 
atribuições muito importante 
do Inspetor Escolar. O olhar 
do inspetor escolar para 
esses espaços é o que será 
apresentado na videoaula a 
seguir. 
Figura 5
Fonte: Acervo Depositphotos/ EAD Uniube.
Vamos revisitar cada um desses importantes documentos escolares, com 
um olhar direcionado para o fazer do inspetor escolar.
Atos legais da instituição escolar3.2
Toda escola é constituída por atos legais que autorizam o seu 
funcionamento, bem como cursos que serão oferecidos, mudança 
de endereço e de denominação. A criação de uma escola pressupõe 
62 Uniube
o credenciamento de sua entidade mantenedora, sendo este um 
ato que confere poderes para que ela possa criar ou reorganizar o 
estabelecimento de ensino, integrando-o ao sistema. As instituições 
privadas solicitarão o credenciamento, comprovando que possuem 
idoneidade	e	condições	financeiras	para	criar	e	manter	a	escola.
A validade do ato de credenciamento pode variar de Estado para 
Estado. Posteriormente ao credenciamento tornam-se habilitadas para 
a criação de escola com a oferta de cursos seja de Educação Infantil, 
Ensino Fundamental, Médio em qualquer modalidade. Em seguida faz-se 
necessária a solicitação de autorização de funcionamento da escola com 
seus respectivos cursos.
A autorização de funcionamento é o ato pelo qual o Conselho de 
Educação,	após	análise	e	aprovação	de	processo	específico,	permite	
o funcionamento das atividades educacionais em estabelecimentos 
integrantes do seu sistema, tendo como princípio norteador a garantia 
de	qualidade	do	ensino.	Ela,	no	entanto,	não	é	definitiva	e	pode	ser	
suspensa	 temporariamente	ou	anulada,	se	 for	 identificada	alguma	
irregularidade (ESCOLA LEGAL, 2017). 
Compete aos sistemas de ensino inspecionar, supervisionar e avaliar 
as instituições escolares das redes pública e privada, por intermédio do 
Serviço de Inspeção Escolar que deve orientar, acompanhar e avaliar a 
execução das políticas educacionais e normas do Sistema de Ensino. 
Cabe ainda à Inspeção comunicar, por escrito, e às autoridades 
competentes as irregularidades que comprometam o funcionamento da 
instituição. Há ainda a possibilidade da entidade mantenedora solicitar 
a paralisação ou o encerramento parcial e total de suas atividades. 
A paralisação ou encerramento das atividades escolares devem ser 
comunicados aos respectivos órgãos e aos alunos ou, se estes forem 
menores, aos seus responsáveis. 
 Uniube 63
No caso de encerramento total das atividades escolares por iniciativa 
da entidade mantenedora, compete ao estabelecimento de ensino 
organizar os arquivos com a documentação escolar, cabendo a ele a 
responsabilidade de expedir históricos escolares para transferência dos 
alunos,	bem	como	os	diplomas	ou	certificados	de	conclusão	de	curso,	
sob	a	orientação	da	inspeção	escolar.	Após	a	verificação	da	regularidade	
do arquivo pelo Inspetor Escolar, faz-se o recolhimento dos arquivos e 
caberá ao órgão responsável expedir os históricos escolares. 
A manutenção impecável dos documentos que compõem os arquivos 
de uma instituição escolar é relevante durante a existência da instituição 
e, também, caso ocorra o encerramento de suas atividades escolares. 
Isso garantirá a segurança e veracidade na expedição de documentos 
escolares,	 por	 instituições	 responsáveis	 para	 esse	 fim.	 Segundo	
Medeiros:
Não podem, por exemplo, gestores de escolas 
particulares destruírem documentos de transferência, 
históricos escolares de alunos, atos de colação de 
grau, etc., pelo interesse público que revestem tais 
documentos. Extinta que for a escola, documentos do 
tipo dos antes mencionados serão transferidos para 
guarda pública. (MEDEIROS, 2003, p. 3).
Saiba maiS
Você sabia que a instituição que não possui ato legal de autorização 
de funcionamento não pode funcionar e caso o faça os atos 
praticados por ela não são válidos?
64 Uniube
Proposta Política Pedagógica (PPP)3.3
No processo de construção da PPP, o Inspetor Escolar assessora a 
Equipe Dirigente no trabalho de incentivo e participação de todos os 
profissionais	da	escola,	bem	como	os	integrantes	da	comunidade	escolar,	
na qual a escola está inserida. O caráter de coletividade na elaboração 
da Proposta Político Pedagógica, almejando a excelência da educação, 
leva em conta os valores, as concepções, os princípios e as crenças de 
todos que se fazem presentes nesse contexto e que dizem respeito à 
formação plena dos educandos. 
A Proposta Político Pedagógica da escola deve apontar o caminho a ser 
percorrido para a efetivação da garantia da educação com qualidade. 
Compete ao Inspetor Escolar analisar a presença dos dispositivos legais 
e dos princípios democráticos, pedagógicos e administrativos. Cabe ainda 
o	acompanhamento	da	sua	execução,	a	fim	de	alcançar	os	objetivos	
propostos, visando à aprendizagem dos alunos numa dimensão plena. 
A	Proposta	Pedagógica	nasce	do	movimento	de	ação,	reflexão,	ação	
e	nunca	estará	pronta	e	acabada.	É	um	trabalho	pedagógico	dinâmico	
construído e vivenciado em todos os momentos por todos os envolvidos 
no processo educativo da escola. 
Regimento escolar 3.4
Na concepção de alguns membros de Conselhos Estaduais de Educação, 
a Proposta Pedagógica da Escola é parte do Regimento Escolar. Portanto 
este documento precisa estar alinhado com a PPP e contemplará os 
dispositivos permanentes da escola, para garantir à instituição a 
estabilidade necessária à continuidade de seu funcionamento e, ainda, 
segurança e tranquilidade à comunidade escolar, com dispositivos 
 Uniube 65
relacionados à ação escolar. A aprovação desse documento é da 
responsabilidade	dos	profissionais	que	o	elaboraram	a	fim	de	garantir	a	
autonomia da escola. 
Apresentaremos a seguir sugestão de itens para elaboração do 
Regimento	Escolar:	perfil	da	instituição,	as		suas	características	mais	
permanentes, tais como: denominação, instituição legal, localização, 
entidade	 mantenedora,	 organização	 administrativa,	 financeira,	
técnica, estrutura organizacional (colegiados, coordenações e outros), 
competências	e	atribuições	dos	diferentes	profissionais	da	escola	e	
diferentes	órgãos,	organização	disciplinar,		enfim,	são	registros	que	
constituem	a	identificação	da	escola.	O	Inspetor	Escolar	é	responsável	
poracompanhar o cumprimento e a legalidade do disposto no Regimento 
Escolar.
Planos curriculares 3.5
Em seu artigo 26 a LDB determina que os currículos da educação infantil, 
do ensino fundamental e do ensino médio devem ter uma base nacional 
comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada 
estabelecimento	escolar,	por	uma	parte	diversificada,	exigida	pelas	
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia 
e dos educandos (BRASIL, 1996).
Nas unidades educacionais o currículo se materializa por meio do plano 
curricular, também conhecido como quadro curricular, estrutura curricular 
e grade curricular. 
Nesse documento são estabelecidos os componentes curriculares 
(disciplinas), o número de aulas de cada componente curricular, a carga 
horária desses, o número de dias letivos, o tempo destinado ao recreio 
e a carga horária total do período letivo. 
66 Uniube
Ao tratarmos do plano curricular de cursos técnicos de nível médio, 
deparamos	com	uma	especificidade,	considerando	tratar-se	de	uma	
modalidade	educacional,	educação	profissional,	regulamentada	pelo	
Conselho Nacional de Educação. A escola tem autonomia para escolher 
o curso a ser oferecido e buscar no Catálogo Nacional de Cursos 
Técnicos a carga horária do curso conforme sua área, os componentes 
curriculares	estabelecidos	e	definidos	no	Plano	de	Curso.	
Compete	 ao	 Inspetor	 Escolar	 verificar	 a	 organização	 curricular	 e	
o seu cumprimento legal. Os componentes curriculares e a carga 
horária	definida	no	Plano	Curricular,	juntamente	com	a	frequência	e	
aproveitamento, formarão a vida escolar dos alunos.
Calendários escolares3.6
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que 
o calendário escolar para a Educação Básica seja elaborado pela 
comunidade	 escolar.	 Nele	 ficam	 definidas	 as	 atividades	 letivas,	
recomendado, sempre que possível, o atendimento das conveniências 
climáticas,	econômicas	ou	outras	que	se	fizerem	necessárias,	observando	
com rigor a carga horária mínima de 800 horas e 200 dias letivos. 
Para a Educação Infantil a lei prevê ainda que é necessário cumprir a 
carga horária mínima de 4 horas para o período parcial e 7 horas quando 
o período for integral. 
A LDBEN atribui às unidades escolares autonomia para elaborar seu 
calendário escolar, não exigindo a necessidade de homologação desse, 
pelos órgãos responsáveis, porém alguns sistemas de ensino delegam 
ao Inspetor Escolar essa atribuição.
http://portal.mec.gov.br/index.php%3Foption%3Dcom_docman%26view%3Ddownload%26alias%3D41271-cnct-3-edicao-pdf%26category_slug%3Dmaio-2016-pdf%26Itemid%3D30192
http://portal.mec.gov.br/index.php%3Foption%3Dcom_docman%26view%3Ddownload%26alias%3D41271-cnct-3-edicao-pdf%26category_slug%3Dmaio-2016-pdf%26Itemid%3D30192
 Uniube 67
Pasta individual de aluno3.7
É	construída	ao	longo	do	percurso	escolar	do	estudante	e	mantém	os	
seus documentos de identidade e de escolaridade. Nela devem ser 
arquivados: cópia da certidão de nascimento ou de casamento, carteira 
de	identidade	para	maiores	de	16	anos,	comprovante	de	residência,	ficha	
de	matrícula/renovação,	ficha	individual	anual/	semestral,	histórico	escolar	
quando tratar-se de transferência de outra instituição e os processos dos 
recursos pedagógicos previstos na LDB, quando utilizados.
Ao	final	do	percurso	escolar	a	secretária	da	instituição	expede	o	histórico	
escolar de conclusão, devendo deixar arquivada na pasta individual a 
segunda via.
Livro de matrículas3.8
Matrícula é o ato pelo qual é validado o vínculo do aluno com a instituição 
e será realizada pelo pai ou responsável quando se tratar de criança 
menor	de	idade.	É	necessária	a	sua	renovação	para	todos	os	alunos	
em qualquer nível ou modalidade de ensino, conforme a organização da 
instituição.
Ela é registrada em livro próprio, por ano civil, e é sugerido o seu registro 
na sequência por ordem da efetivação da matrícula, independentemente 
do	ano	de	escolaridade.	Deve	constar	a	identificação	do	aluno,	o	ano	
de escolaridade e outros dados que a instituição escolar considerar 
necessário, conforme sua Proposta Político Pedagógica. 
É	imprescindível	uma	análise	com	rigor	dos	documentos	de	identidade	
e do histórico escolar apresentados, no ato da matrícula, pelo aluno 
transferido, para efetivação de adaptações do currículo, se necessário.
68 Uniube
Atas de resultados finais3.9
Nesse	 livro	 registra-se	a	situação	final	dos	alunos	de	cada	 turma,	
o fechamento da nota conforme o regime – anual ou semestral – a 
nomenclatura de cada disciplina, a carga horária conforme plano 
curricular,	a	situação	final	de	cada	aluno;	aprovado,	reprovado,	transferido,	
evadido, falecido, aprovado com dependência, em que posteriormente 
deverá haver o registro do aproveitamento da dependência. Os dados do 
livro de matrícula devem compatibilizar com o livro de atas de resultados 
finais.	Esse	livro	possibilita	a	reconstrução	do	percurso	escolar	do	aluno	
na instituição e deve conter em seu fechamento as assinaturas do diretor 
e do secretário escolar.
Livro de atas3.10
Nesse livro registram-se de forma precisa e sistemática as ocorrências e 
decisões tomadas nas diferentes reuniões, realizadas em assembleias, 
colegiado escolar, conselhos de classe, administrativas, pedagógicas, 
financeiras	e	disciplinares.
Para	garantir	a	fidedignidade	dos	registros,	a	ata	deve	ser	lavrada	sem	
a utilização de parágrafos e espaços entre as palavras e sem rasuras, 
impossibilitando	 modificações	 posteriores.	 Havendo	 rasuras,	 para	
ressalvar erro durante a redação, usa-se a palavra “DIGO”. Ao término 
do registro da ata, procede-se a sua leitura e, ao ser constatada alguma 
complementação, utiliza-se a expressão “EM TEMPO” e posteriormente 
ela é assinada por todos os presentes. A Ata deve ser redigida por um 
secretário efetivo do órgão ou, na falta deste, por um secretário ad hoc, 
isto é, eventual, designado na ocasião.
As	partes	de	uma	ata	diferem	conforme	a	finalidade	das	reuniões.	Alguns	
itens são necessários no registro da ata, entre eles: dia, mês, ano, hora 
e local da reunião (por extenso), nome completo (por extenso) dos 
 Uniube 69
presentes,	devidamente	qualificados	(diretor,	pedagogo,	professores,	
alunos, pais), presidente e secretário dos trabalhos, ordem do dia 
(discussões, votações, deliberações, outras), encerramento.
Livro de ponto3.11
Nele registra-se e comprova-se a frequência diária dos servidores e 
deve	constar	identificação,	cargo	e	demais	especificidades,	tais	como	
faltas, afastamentos e também observações funcionais referentes a cada 
servidor.
importante
Nos livros citados anteriormente, deve constar termo de abertura 
a que se destina o livro e de encerramento, devidamente datados, 
nome da instituição de ensino e as páginas são rubricadas e 
numeradas.
É	um	instrumento	pedagógico	e	de	escrituração	escolar,	no	qual	se	
registra o lançamento e controle da frequência diária, dos tópicos da 
matéria lecionada diariamente, aproveitamento, nome dos alunos bem 
como sua movimentação e observações individuais. Sua escrituração é 
de exclusiva competência e responsabilidade do professor, observadas 
as	disposições	legais	e	específicas	da	escola.	A	guarda	desse	documento	
é delegada à escola, não devendo o mesmo ser retirado dela. Na 
organização do nível de ensino na forma de ciclos, sugere-se que o 
registro do acompanhamento seja de forma descritiva por aluno.
Diários de classe3.12
70 Uniube
Saiba maiS
Você sabia que caso o professor não seja habilitado ou autorizado 
os atos praticados por ele não têm validade legal? 
Lembramos que a expedição de qualquer documento escolar é 
de competência exclusiva dos estabelecimentos de ensino que 
ministram o curso. Cabe, em caso de solicitação, ao Inspetor Escolar 
validá-lo.
Planejamento anual3.14
Realizado antes do início do ano letivo pelo professor e readequado 
quando necessário. Nele há a previsão dos objetivos, tópicos de cada 
conteúdo a ser ensinadodurante o ano letivo, metodologia, estratégia, 
recursos e instrumentos avaliativos a serem utilizados. Considerando 
a relação dos diferentes componentes curriculares, sugere-se que o 
planejamento seja elaborado coletivamente com o apoio da coordenação 
pedagógica.
Certidão de contagem de tempo3.15
Também não é unânime entre as atribuições no país. Em alguns estados o 
Inspetor Escolar, juntamente com o secretário da escola, após conferirem 
Autorizações para lecionar, dirigir e secretariar 3.13
No	caso	de	profissional	não	habilitado	cabe	ao	órgão	central	expedir	
essas	autorizações	e	ao	Inspetor	Escolar	verificar	a	vigência	delas	e	a	
organização nas pastas.
 Uniube 71
Ordens de serviço 3.16
Considerando	as	especificidades	das	competências	do	Inspetor	Escolar,	
estabelecidas	 nos	 estados	 brasileiros,	 a	 verificação	 de	 diferentes	
situações nas instituições educacionais se dá por meio de Ordens de 
Figura 6
Fonte: Acervo DepositPhotos/ EAD Uniube.
Serviço, expedidas formalmente por 
instâncias superiores. Em alguns 
casos é necessária a indicação 
de outro Inspetor Escolar para a 
averiguação apontada. As ordens de 
Serviços são de naturezas múltiplas 
e podem propor medidas saneadoras 
a serem cumpridas dentro de um 
determinado prazo ou podem 
desencadear uma averiguação mais 
complexa, como a sindicância ou, 
ainda, em processos administrativos, 
cassação da autorização de funcionamento em caso de escolas 
particulares, ou pode simplesmente se tratar de uma visita in loco para 
expedição de autorização ou renovação de funcionamento ou curso.
Termo de visita 3.17
É	o	registro	de	todas	as	atividades	realizadas,	das	observações	feitas	
e das orientações repassadas, utilizando uma linguagem formal, clara 
e	objetiva.	É	um	instrumento	que	serve	como	confirmação	do	trabalho	
realizado, das orientações a serem seguidas, dos elogios aos projetos e 
ações desenvolvidas na escola e dos prazos estipulados para a correção 
todos os livros de pontos, folhas de pagamentos, contratos, pasta do 
servidor e, em caso de incompatibilidade ou inexistência, consultam o 
diário de classe, emitem a certidão de contagem de tempo de trabalho 
de	averbação	para	fins	de	aposentadoria.
72 Uniube
ou	realização	do	trabalho.	É	ele	que	resguarda	o	trabalho	do	Inspetor	
Escolar em situações ímpares de dúvidas. Ele também é um instrumento 
de pesquisa valioso, considerando que ali estão os registros das políticas 
públicas a serem desenvolvidas em uma determinada época, bem como 
da clientela atendida, problemas, soluções, componentes curriculares, 
afastamentos,	 situações	 festivas,	 enfim	 descreve	 a	 conjuntura	
educacional, associada à política, aos aspectos sociais, econômicos 
e organizacionais de um tempo na história brasileira. Como destaca 
Lombardi (2004, p. 155), 
as fontes resultam da ação histórica do homem e, 
mesmo que não tenham sido produzidas com a 
intencionalidade de registrar a sua vida e o seu mundo, 
acabam testemunhando o mundo dos homens em 
suas relações com outros homens e com o mundo 
circundante.
Há a opção de proceder ao registro ao término da visita, porém, devido 
à	abrangência	e	diversidade	do	serviço,	das	situações	e	do	profissional	
com quem está trabalhando, o ideal é ir relatando no decorrer da visita, 
ou seja, constatou, orientou, estipulou prazo, registra-se.
O Termo de Visita é assinado pelo Inspetor Escolar e pelo responsável 
pela	escola	durante	a	visita.	É	feito	em	duas	vias,	a	original	fica	no	livro	
que	é	próprio	para	esse	fim	e	a	cópia	é	arquivada	no	órgão	central,	
compondo	o	arquivo	do	Inspetor	Escolar,	para	fins	de	consultas,	quando	
necessárias.
O Termo de visita do Inspetor Escolar é muito mais do que uma descrição 
da visita, é um documento que expressa a representação de um modelo 
de escola vivenciado em um determinado momento histórico.
O Inspetor Escolar desenvolve seu trabalho também com outros 
profissionais	das	instituições	educacionais	e,	dentro	das	escolas,	ele	
trabalha diretamente com o Secretário Escolar. 
 Uniube 73
Figura 7
Fonte: Acervo DepositPhotos/ EAD 
Uniube.
Os instrumentos apresentados 
são os mais usuais, porém a 
todo instante faz-se necessária 
a criação de formulários para 
acompanhamento do funcionamento 
escolar.
As ações que operacionalizam as 
políticas públicas em educação 
voltadas para as diferentes 
instituições educacionais dos entes 
federativos são acompanhadas na 
sua implantação, implementação 
e avaliação, cabendo ao Inspetor 
Quais serão os documentos elaborados por outros profissionais da 
escola, com as orientações do Inspetor Escolar? Para tratar desse 
assunto, acesse a videoaula a seguir.
74 Uniube
Escolar assessorar e monitorar esse processo conforme as normas do 
sistema.
Cada estado possui um sistema informatizado de coleta de dados de sua 
rede	de	ensino.	Alguns	mais	simples,	outros	mais	sofisticados,	por	meio	
das informações geradas no sistema on-line são autorizadas turmas, 
recursos, contratações, transferências, entre outros alinhamentos. Em 
Minas Gerais, o acompanhamento dos dados inseridos no sistema é 
outra atribuição do Inspetor. 
Mas não só de trabalhos técnicos ocupa-se o Inspetor Escolar. Na 
sociedade contemporânea, onde as principais crises são de relações 
interpessoais,	 os	 constantes	 conflitos	 no	 convívio	 escolar	 causam	
grande desgaste emocional provocando, entre outras situações, a 
desmotivação no ambiente escolar. O que se faz indispensável, para o 
Inspetor	Escolar,	é	abordar	o	tema	motivação,	pois	ele	influencia	de	forma	
positiva o comportamento, constituindo uma estratégia poderosa para 
obter-se a melhoria no desempenho das atividades educacionais, tanto 
de quem inspeciona quanto de quem ensina e como aquele que aprende 
(SANTANA; NUNES, s.d.). Considerando a abrangência da atuação do 
Inspetor	Escolar,	para	além	de	uma	postura	fiscalizadora,	e	sim	como	
aliado dos diferentes segmentos da escola - levando informações e 
orientações, disseminando as políticas públicas, valorizando momentos 
de escuta da comunidade escolar, dando feedback para as necessidades 
apresentadas, compreende-se que essas ações contribuem para o 
estímulo do processo motivacional (SANTANA; NUNES, s.d.).
Em alguns Estados, como em Minas Gerais, nas evidências de 
má	gestão,	mau	desempenho	de	profissionais,	desvios	de	verbas,	
de condutas, é instaurado, após comprovação dos fatos, processo 
administrativo disciplinar pelas instâncias superiores. Essa comprovação 
é mais uma das atribuições do Inspetor Escolar.
 Uniube 75
Havendo necessidade de investigação, é instaurado processo de 
sindicância na escola. A averiguação dos fatos às vezes acontece 
por instauração de sindicância. Essa é realizada por uma Comissão 
geralmente composta por três Inspetores Escolares (presidente, 
secretário e vogal) e, dependendo da área violada, por exemplo, área 
financeira,	pode	se	agregar	à	Comissão	Sindicante	um	profissional	
específico	do	setor	financeiro.	
Durante o período de sindicância de trinta dias, que pode ser prorrogado 
por mais 30 dias, os Inspetores Escolares são afastados das escolas que 
compõem os seus setores e estes são redistribuídos entre os demais 
Inspetores Escolares, para que eles possam dedicar-se exclusivamente 
ao planejamento do trabalho, ao levantamento das legislações 
específicas,	à	apuração	dos	fatos	e	à	elaboração	do	relatório	final	com	
os respectivos anexos comprobatórios.
A Constituição Federal de 1988 dispõe que a educação é dever de todos 
com responsabilidade solidária da família e do estado e, considerando 
que o Inspetor Escolar depara com situações problemáticas de diversas 
naturezas, é constante a busca de um trabalho intersetorial com 
as diferentes instâncias que representam o poder público, tais como 
Ministério público, Conselho Tutelar, polícia e demais autoridades, para 
buscar o estreitamento na solução dos melhores encaminhamentos 
(BRASIL, 1988).
O Inspetor Escolar deve semprese atualizar em relaçao aos dispositivos 
legais que sustentam o seu trabalho, para isso se faz necessária a sua 
formação	continuada.	Esse	processo	faz	parte	da	sua	profissionalização	
estando relacionado com uma sólida formação que contribuirá para sua 
autonomia individual e coletiva. 
76 Uniube
Desse modo, a formação continuada colabora para o desenvolvimento 
profissional,	complementando	a	formação	inicial,	em	que	o	encontro	do	
conhecimento proveniente de diferentes fontes com a prática cotidiana 
faz despontar o “saber da experiência”. Segundo Nóvoa (1992, p. 2), 
concebe-se	o	desenvolvimento	profissional	“um	processo	através	do	qual	
os trabalhadores melhoram o seu estatuto, elevam seus rendimentos e 
aumentam o seu poder/autonomia”. 
Portanto	concebemos	que	o	desenvolvimento	profissional	se	realiza	em	
diferentes momentos, espaços e modalidades, entre eles: congressos, 
palestras, seminários, eventos, cursos de especialização, rodas de 
conversas, simpósios, estudos individuais e em grupo. 
Como vimos, o Inspetor Escolar é um servidor que tem uma atuação 
abrangente dentro do sistema, assim trata o Parecer CEE/MG n. 
627/2002:
Figura 8
Fonte: Acervo DepositPhotos/ EAD Uniube.
 Uniube 77
atenção
“A inspeção escolar são os olhos e os ouvidos do Poder Público 
na escola. Deve garantir os interesses e a promoção do bem-estar 
da sociedade” (BRASIL, 2002).
Além dessa concepção ele tem sobre si os olhares da sociedade, 
exigindo-lhe uma postura fundamentada em uma conduta ética exemplar, 
demonstrando por meio de suas atitudes comprometimento com a 
educação e com a coisa pública. São condutas fundamentais na atuação 
desse	profissional:	apresentação	física;	postura	profissional	adequada;	
discrição; prudência; atenção; cordialidade; relacionamento ético; 
imparcialidade; o cumprimento da legislação e o zelo por uma educação 
de qualidade para todos.
Inspiração
Determinação
Inovação
Imparcialidade
Prudência
Discrição
Sucesso
Figura 9
Fonte: Acervo DepositPhotos/ EAD Uniube.
78 Uniube
 ABREU; H. M. de. E6 PED43 - INSPEÇÃO ESCOLAR: do controle à 
democratização do ensino. Pós em revista, Belo Horizonte, 19 nov. 2012. 
Disponível em: . Acesso em: nov. 2017.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República 
Federativa do Brasil. Brasília-DF: Senado, 1998.
______. Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais. 
Parecer nº 627/2002. Belo Horizonte-MG, 1 ago. 2002.
______. Decreto-lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece diretrizes e 
bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez.1996. 
ESCOLA LEGAL. Conselho Estadual de Educação. Escola Legal. Disponível 
em: . Acesso em: nov. 2017.
LOMBARDI,	José	Claudinei.	História	e	historiografia	da	educação:	atentando	
para as fontes. In: LOMBARDI, J. C. e NASCIMENTO, M. I. M. (Org.). Fontes, 
História e Historiografia da Educação. Campinas: Autores Associados, 2004. 
MEDEIROS, Ruy Hermann Araújo. Arquivos escolares: breve introdução a 
seu conhecimento. Palestra proferida no III Colóquio do Museu Pedagógico, 
em 17 nov. 2013, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/UESB. 
Disponível em: . Acesso em: set. 2017.
MINAS GERAIS. Resolução nº 457, de 30 de setembro de 2009. Dispõe sobre 
a inspeção escolar na educação básica no sistema estadual de ensino de Minas 
Gerais. Vade-mécum do profissional de educação básica. Belo Horizonte, 2009.
NÓVOA, A. (Coord.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom 
Quixote,	1992.	300	ROMANOWSKI,	J.	P.;	MARTINS,	P.	L.	O.	Rev. 
Diálogo Educ., Curitiba, v. 10, n. 30, p. 285-300, maio/ago. 2010.
PAES,M.L. Arquivo: teoria e prática. 3. ed. rev.e ampli. Rio de Janeiro: FGV, 2005.
Referências3.18
http://blog.newtonpaiva.br/pos/e6-ped43-inspecao-escolar-do-controle-a-democratizacao-do-ensino/
http://blog.newtonpaiva.br/pos/e6-ped43-inspecao-escolar-do-controle-a-democratizacao-do-ensino/
 Uniube 79
SANTANA, K. E. S.; NUNES, S. C. Inspeção escolar no processo motivacional 
suas implicações e importância na educação. Disponível em: . Acesso em: nov. 2017.
SOUZA, P. Escrituração Escolar. Disponível em: . Acesso em: nov. 2017.
4 Práticas do serviço de 
inspeção escolar nas 
áreas: pedagógica, 
administrativa, financeira
Elaine Antunes Fidelis
Maria Stela Alves Timoteo
 Uniube 83
Considerações iniciais4.1
Você deve ter percebido que os conhecimentos que fundamentam o 
trabalho do Inspetor Escolar são muito vastos, complexos e dinâmicos. O 
ideal é que eles permeiem a prática cotidiana de forma que a conjugação 
entre a teoria e a prática se incorpore viabilizando o sucesso do trabalho. 
Essa	concepção	é	bem	ilustrada	por	Freire	(2002,	p.	26)	“É	fundamental	
diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal maneira, que 
num dado momento a tua fala seja a tua prática”.
Com isso, nesta unidade vamos apresentar sugestões de como realizar 
diferentes atividades e práticas exitosas inerentes ao Serviço de Inspeção 
Escolar, as quais estão respaldadas no arcabouço legal e nas teorias 
educacionais.
Ressaltamos	que,	tendo	em	vista	as	especificidades	dos	entes	federativos	
e dos sistemas educacionais organizados, faz-se necessário adequar as 
sugestões apresentadas para a sua utilização. 
Agora é hora de aprendermos o que fazer e como fazer...
Termo visita4.2
Orientações para elaboração de termo de visita do Inspetor Escolar.
O termo de visita deve ser claro, objetivo, informativo e conter sugestões, 
análises e, quando necessário, determinar prazos para o cumprimento 
de medidas sugeridas.
Nos termos de visita do Inspetor Escolar devem constar:
84 Uniube
A Inspeção Escolar tem na comunicação escrita o seu 
melhor instrumento de trabalho.
COMUNICAÇÃO ESCRITA
A comunicação é o “ato ou efeito de comunicar(-se).” (FERREIRA, 2004, 
p. 251).
É	“aviso,	mensagem,	informação,	comunicado.”	(LAROUSSE,	2009,	
p.187).
 Uniube 85
É	o	“meio	de	ligação,	via	de	acesso,	passagem.”	(LAROUSSE,	2009,	
p.187).
“Comunicado	é	aviso	ou	informação	de	caráter	oficial.”	(DICIONARIO,	
2017).
“Comunicador é aquele que comunica.” (DICIONARIO, 2017).
O criativo, o ousado, o incentivador, o orientador, o prestativo, o autocrítico. 
Não	o	fiscalizador,	mas	aquele	que	oferece	ajuda,	assessoramento,	
consultoria, orientação para as instituições educacionais.
Dois são os compromissos do Inspetor Escolar - educador em relação 
à educação de uma maneira geral e com cada escola em particular:
O primeiro: acompanhar, 
verificar,	orientar	e	assessorar	
as escolas no cumprimento 
da legislação em vigor
O segundo: contribuir para a melhoria 
da qualidade da escola, a partir de 
seus próprios conhecimentos e 
experiências, mas dentro dos limites 
definidos	pela	legislação	em	vigor,	
no que diz respeito à autonomia e 
liberdade das escolas.
86 Uniube
Termo de visita
Nome do estabelecimento:
Data:
Atividades realizadas:
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
Município, ____ de_______________ de ______.
___________________ ____________________ 
 Ass. do Inspetor Escolar Ass. do Diretor
O conjunto dos registros mensais do trabalho do Inspetor Escolar 
(termo	de	visita,	certificados	de	participação	em	seminários,	encontros	e	
palestras, lista de presença de eventos, entre outros) formará a Súmula 
Mensal	de	Trabalho	a	fim	de	comprovação	do	seu	trabalho.
 Uniube 87
Súmula Mensalde Trabalho
Nome do Inspetor Escolar:
Mês: Ano:
Dia Estabelecimento Atividades Realizadas
Data:___/___/___. 
Assinatura do Inspetor Escolar:________________________________ 
Assinatura do Coordenador:__________________________________
Relatórios4.3
Relatório de verificação in loco4.3.1
A	sugestão	apresentada	para	a	elaboração	de	relatórios	de	verificação	
in	loco	pode	ser	utilizada	para	os	seguintes	fins:	recredenciamento	
da entidade mantenedora, autorização de funcionamento de curso, 
reconhecimento ou renovação de cursos, mudança de prédio, 
paralisação ou encerramento de atividades, reinício das atividades, 
extensão	dos	anos	iniciais/finais,	mudança	de	denominação	de	cursos	
técnicos autorizados ou reconhecidos, autorização de funcionamento de 
especialização técnica de nível médio e autorização de funcionamento de 
cursos técnicos na modalidade de educação a distância - EAD. Quando 
essas solicitações são protocolizadas no órgão regional ou municipal, 
o setor responsável emite uma Ordem de Serviço para a Comissão de 
88 Uniube
Inspetores Escolares, para que sejam analisados os documentos do 
processo e a realização da visita in loco.
A	verificação	in loco das unidades escolares e a elaboração de relatórios 
circunstanciados são atribuições do Inspetor Escolar, devendo este 
retratar a veracidade dos fatos, bem como apresentar parecer conclusivo 
da comissão responsável pelo processo. 
Para: (Relacionar os Inspetores Escolares responsáveis pela 
Ordem de Serviço).
Ordem de Serviço nº____/20___.
Município, ____ de_______________ de _____.
 Tendo em vista o processo de ________________, 
da Instituição _________________, localizada na Rua/Av. __
_______________________________ nº _____, no municí-
pio de_________________, solicitamos a V.Sas. um relatório 
de	verificação	in loco com base ________________(legisla-
ção que ampara o relatório). 
 Atenciosamente,
______________________ ______________________
 Ass. do responsável pela Ass. do Diretor do Órgão
 Divisão 
Brasão
Estado ______________________
Secretaria de Estado de Educação 
Órgão Regional/Municipal 
Divisão responsável
 Uniube 89
Com base na Ordem de Serviço recebida, análise dos documentos, as 
normas que instruem o processo e após a visita in loco, a Comissão 
composta	de	Inspetores	Escolares	elabora	o	Relatório	de	Verificação	in 
loco conforme a estrutura sugerida a seguir.
Relatório de verificação in loco 
Nome do Estabelecimento:
Endereço:
Município:
Assunto:
01- Introdução (Histórico): descreve, claramente, os objetivos e 
as	finalidades	do	relatório	de	verificação	in loco, conforme or-
dem	de	serviço;	bem	como	a	 identificação,	a	 localização	do	
estabelecimento	de	ensino	e	seus	respectivos	atos	oficiais.
02- Desenvolvimento (Mérito): é a parte do relatório que descreve 
a	natureza	e	os	resultados	do	trabalho	de	verificação	in loco. 
Deve ser redigido de maneira completa, com a devida aten-
ção	para	as	normas	fixadas	pelos	respectivos	sistemas,	nos	
aspectos legais, pedagógicos e administrativos determinados.
03- Conclusão:	constitui	a	finalização	do	relatório	e	deve	ser	ba-
seada na evidência clara dos fatos observados, apresentan-
do as comprovações mais importantes para um exame crítico 
dos dados e análise da viabilidade técnico-pedagógica. Deve 
constar parecer favorável ou desfavorável, explicando ou jus-
tificando	o	que	precisa	ser	feito.
Município, ____ de_______________ de _____
_____________________ _____________________
Ass. do Inspetor Escolar Ass. do Inspetor Escolar
90 Uniube
Relatórios diversos4.3.2
Há também outros tipos de relatórios com situações, tais como apuração 
de denúncias, processo de regularização de vida escolar, sindicâncias, 
documentos supostamente falsos, ocorrências emergenciais e 
averiguações. Nessas situações os relatórios podem se diferenciar na 
sua elaboração, sendo às vezes um relatório circunstanciado, complexo 
ou mais simples, não tendo obrigatoriamente uma estrutura rígida. 
Destacamos que todo o relatório tem em comum uma introdução, um 
desenvolvimento e uma conclusão. Como instrumento de trabalho, 
o relatório deve contemplar uma linguagem clara, objetiva e precisa, 
ter clareza, coerência e lógica na exposição dos fatos em questão, 
apresentar conclusão e, quando necessário, medidas saneadoras.
a) Apuração de denúncias
Geralmente, entre as atribuições do Inspetor Escolar, está aquela 
referente à apuração de denúncias. Elas existem e podem ser 
de naturezas diversas, podendo ser de apuração individual ou 
coletiva (comissão) e ainda serem encaminhadas para diferentes 
órgãos, conforme a organização do sistema. Independentemente 
da natureza e do tipo da denúncia, alguns procedimentos são 
básicos: leitura minuciosa; planejamento para a realização da 
averiguação; metodologia adequada; levantamento da legislação 
pertinente e estudos sistemáticos; postura de imparcialidade e 
confidencialidade;	observância	aos	prazos;	parecer	conclusivo	e	
sugestões de medidas saneadoras, quando necessárias.
b) Formulário para registro de denúncias
Às vezes, as denúncias podem ocorrer nos órgãos regionais ou 
municipais, pessoalmente, via telefone, e-mail ou serem anônimas. 
O registro delas pode guardar um procedimento padronizado, o 
 Uniube 91
que facilita tanto a apuração como as respostas ao denunciante, 
quando necessário. Para tanto sugerimos a seguir um formulário 
para os atendimentos.
 
Registro de Atendimento
Data:___/___/___ Município: __________________
Atendido(s):___________________________________________
Assunto(s): ___________________________________________
Síntese do assunto tratado: ______________________________
____________________________________________________
Encaminhamento(s):____________________________________
Responsável pelo atendimento:___________________________
Síntese da resposta ao atendido(s): _______________________
____________________________________________________
Data: ___/___/___
Assinatura(s):_________________________________________
Estado/Município _______________________
Secretaria de Estado/ Municipal de Educação
Órgão Regional/Municipal
Divisão responsável
Brasão
92 Uniube
Atas4.4
Ata é o “registro escrito que contém os fatos, os acontecimentos e as 
resoluções de uma sessão, de uma assembleia, de uma convenção 
ou	 de	 uma	 reunião	 administrativa”	 (DICIONARIO,	 2017).	 É	 uma	
transcrição	oficial	da	situação	realizada	que	permite	a	consulta	dos	
fatos, participantes ou decisões da reunião. Frequentemente a ata é 
registrada em livro próprio com páginas numeradas e rubricadas por 
quem for indicado para responsabilizar-se por ela e deve conter termos 
de abertura e encerramento. Ela é redigida pelo secretário ou algum 
membro	designado	para	esse	fim,	não	devendo	conter	rasuras	ou	o	uso	
de corretivos.
Para a elaboração de uma ata sugerimos os seguintes 
passos: 
4.4.1
a) Registro: 
 
Escrever tudo, seguidamente, não deixando espaço em branco em 
nenhum lugar da ata e sem o uso de parágrafos. Os numerais serão 
sempre grafados por extenso e repetidos entre parênteses, quando o 
numeral contiver três ou mais algarismos.
O número de alunos que serão beneficiados com a merenda escolar é 
de quinhentos e cinquenta e seis (556).
As correções no decorrer da elaboração da ata, quando percebidas, 
serão feitas utilizando a palavra “digo”.
Serão	beneficiados	os	alunos	do	ensino	fundamental,	digo,	da	educação	
básica.
 Uniube 93
E, quando for percebido o erro após o término e a leitura da ata, utiliza-se 
a expressão “em tempo”. 
Em	 tempo:	 onde	 se	 lê	 “serão	 beneficiados	 os	 alunos	 do	 ensino	
fundamental”	leia-se	“	serão	beneficiados	os	alunos	da	educação	básica”.
Tal expressão é também utilizada após a leitura da ata paraacréscimos 
que se tornarem necessários. 
Em tempo: na relação dos presentes, acrescente-se o nome do senhor 
Pedro Paulo de Aguiar.
b) A ata deve conter:
Cabeçalho:
“Ata n. 4
Ata da quarta reunião do Conselho Escolar da Escola Estadual Sonho 
Feliz.” 
Abertura: é a indicação, por extenso, do dia, mês, ano, hora da reunião, 
local, nome da entidade reunida, nome do presidente e do secretário e 
a	finalidade	da	reunião.
“Aos quinze dias do mês de março, de dois mil e dezesseis, às dezesseis 
horas, no gabinete da direção da Escola Estadual Sonho Feliz, realizou-
se a quarta reunião do Conselho Escolar deste estabelecimento, 
presidida pela diretora Maria Clara Rezende e secretariada por mim, 
Katia Azevedo, para tratar dos seguintes assuntos: 1) informar o valor 
da	verba	recebida	pela	Secretaria	de	Estado	de	Educação;	2)definir	os	
cardápios conforme a pesquisa de aceitabilidade dos alunos, aprovada 
em reunião anterior, realizada no dia vinte e dois de fevereiro do corrente 
ano.”
94 Uniube
Legalidade: em prosseguimento, declara-se a legalidade da reunião por 
existir quórum (quantidade mínima de membros presentes), conforme os 
estatutos da entidade: dois terços, metade mais um, por exemplo:
“	Verificado	o	número	de	presentes,	a	senhora	presidente	declara	haver	
quórum regimental podendo, dessa forma, ser iniciada a reunião.”
Obs.: não havendo quórum, a reunião não pode ser realizada, mas a ata 
deve	ser	lavrada	para	que	o	fato	fique	registrado.
Relação Nominal: faz-se a indicação dos presentes:
“Estão presentes os seguintes representantes: Antônio da Silva, Felipe 
Pinto, Adriana da Cruz, representantes do segmento de pais; Julia 
Nascimento, Ana Claudia Gonzaga, Rafael Rego, representantes 
do segmento de professores, e Matheus Alves e Valter Cardoso, 
representantes do segmento de alunos.”
Aprovação da Ata Anterior: pode acontecer que a ata da reunião 
anterior não tenha sido lida e aprovada no ato. Caso isso ocorra, faz-se 
o registro de que foi feita a leitura da ata anterior para aprovação. 
“Em seguida, a senhora presidente pediu que fosse lida a ata da reunião 
anterior. Após a leitura, como não houve emendas ou ressalvas, ela foi 
aprovada por todos os membros presentes. ”
Desenvolvimento: narram-se, em seguida, os assuntos tratados e suas 
decisões, mencionando-se de quem partiram as colocações. Se houve 
votação, deve ser registrada a forma de votação e o resultado.
“Dando início à ordem do dia, a senhora presidente informou que a verba 
recebida pela escola era de cinquenta e três mil, quarenta e dois reais e 
 Uniube 95
cinquenta	centavos	(R$	53.042,50)	e	pede	para	que	fossem	definidos	os	
cardápios conforme a pesquisa de aceitabilidade aprovada e o valor da 
verba recebida. A senhora presidente apresenta os cardápios conforme 
o resultado da pesquisa de aceitabilidade, demonstrando o empate entre 
os cardápios de “arroz doce e canjica”. Matheus Alves disse que, entre os 
cardápios de doce, o arroz doce tem maior aceitabilidade pelos alunos. 
Ana Claudia discordou da opinião do arroz doce e disse que, quando 
é servido arroz doce, há muita sobra nos pratos. Os representantes 
do segmento de pais não opinaram. A senhora presidente colocou em 
votação a opção do cardápio de doce. Solicitou que levantassem a 
mão aqueles que concordassem com o oferecimento do cardápio de 
arroz doce. Colocada em votação, obteve-se, como resultado, cinco 
votos a favor, dois contrários e uma abstenção. A senhora presidente 
informou que o oferecimento será de arroz doce e que a tesoureira fará 
o levantamento dos preços dos produtos, tendo em vista os cardápios 
aprovados para a próxima reunião. Nela serão aprovadas as melhores 
cotações de preços para a realização das compras.”
Fechamento: o fechamento das atas é quase sempre o mesmo e ocorre 
após o registro dos acontecimentos.
“Nada mais havendo a tratar, a senhora presidente encerrou a reunião, 
agradecendo a presença de todos. E, para constar, eu, Katia Azevedo, 
lavro a presente ata que, após lida e aprovada, será assinada por mim, 
pela senhora presidente e por todos os presentes.”
Quem Assina a Ata: só podem assinar a ata da reunião membros 
presentes na reunião, porque as pessoas que assinam a ata declaram 
ser verdadeiro tudo o que nela está escrito.
A seguir, aprenda um pouco mais com Mello, lendo as 21 regras de ouro 
do que não deve ser feito na elaboração de atas.
96 Uniube
O que não deve ser feito na elaboração de atas4.4.2
1. Não se deixa espaço em branco em nenhum lugar da ata. 
Isso é para que não aconteçam acréscimos posteriores 
que	resultem	na	infidelidade	da	sua	ata.	O	restante	do	
espaço deve ser preenchido com um traço.
2. Lembre-se de que a ata só tem um parágrafo: o inicial. 
E que este parágrafo não tem espaço inicial, nem recuo 
algum.	É	iniciado	na	extremidade	da	margem	da	página.	
Lembre-se de que o texto é escrito contínua, sem 
parágrafos	ou	lista	de	itens.	É	um	texto	que	deve	ser	
percebido como se o texto inteiro fosse um único e longo 
parágrafo.
3. Se for optar por iniciar a próxima ata na folha seguinte, 
risque cada linha restante que está vazia com um traço. 
O	ideal	é	que	o	espaço	entre	as	atas	seja	suficiente	para	
somente as assinaturas.
4. Pegue as assinaturas assim que terminar a reunião ou 
faça deste momento um momento simbólico antes de 
fechar a reunião. Deixar a assinatura para depois pode 
resultar em problema.
5. Os números são sempre escritos por extenso. Isso não 
impede a utilização deles, de forma que sejam repetidos 
em	algarismos.	Ex.	número	um	(1).	É	importante	que	o	
número sempre esteja escrito por extenso. Já vi muito 
sete (7) se parecer com um (1); três (3) com oito (8); 
cinco (5) com a letra "S".
6. As	atas	são	sempre	escritas	no	tempo	verbal	presente.	É	
um resumo do que está acontecendo naquele momento.
7. Use somente o digo como ressalva se, no decorrer da 
redação da ata, acontecer algum erro. Se o erro foi 
percebido	somente	após	o	término	da	redação	e	ficar	
impossível a utilização da partícula digo, faça a ressalva 
utilizando "em tempo".
 Uniube 97
8. Se tiver muitos erros, por favor, não dê uma de Incrível 
Hulk. Não arranque a página, nem destrua o livro. Bola 
para frente. Erros são comuns e sempre podem ser 
redigidos.
9. Se deseja participar dos debates de forma expressiva 
peça licença da função e passe-a para outro enquanto 
você debate. A mesma regra vale para caso você não 
esteja	a	fim	de	fazer	a	ata.	Não	faça	a	ata	por	fazer.	Não	
a faça somente porque está no cargo.
10. Mesmo que a reunião não tenha quórum deve-se lavrar a 
ata, para que esse fato seja registrado. Atenção! Nessas 
situações, esse é o único fato que deverá constar na 
ata. Mas tenha bom senso. Não é só escrever não teve 
quórum. Faça a abertura padrão, proceda até o momento 
do	quórum,	verifique	o	motivo	que	ocasionou	a	falta	de	
quórum e lavre a ata.
11. Siga um padrão. Exemplo: nomes com letras maiúsculas.
12. Procure dar uma lida nas atas dos secretários anteriores 
para ver o que foi usado como padrão e se acostumar 
com os termos e linguagem utilizados.
13. Somente	use	siglas	se	anteriormente	tiver	definido	e	
elucidado o nome ao qual a referência está sendo feita. 
Exemplo: se você já escreveu no início da ata “Federação 
de Mocidade do Presbitério do Rio de Janeiro cuja sigla 
é FEUMP/PRJN” não precisa repetir isso a toda hora na 
ata e nem precisa escrever Federação de Mocidade do 
Presbitério	do	Rio	de	Janeiro.	Como	a	sigla	já	foi	definida	
você pode optar pela utilização somente de FEUMP 
ou	Federação.	A	ata	fica	mais	dinâmica	e	não	perde	o	
sentido.
14. Verifique	qual	padrão	é	utilizado	nas	atas	eletrônicas.	
Existe muita divergência quanto à utilização de destaques 
em negrito. Veja qual padrão você adota na sua 
sociedade.
98 Uniube
15. Anote as ausências da mesa durante os pleitos, mas 
lembre-se de que para sair de um plenário é necessária 
a aprovação dos votantes. Não saia anotando só porque 
alguém resolveu dizer que vaisair. Os votantes podem 
não concordar e você terá que utilizar uma ressalva 
para desfazer a anotação. Espere os procedimentos 
acontecerem antes de colocá-los em ata.
16. Não esqueça que terminamos nossas reuniões com uma 
oração e aclamação do moto. Se quiser você pode citar 
isso, mas não precisa transcrever nem o moto nem a 
oração. Somente fazemos menção, se desejar, que foi 
dito o moto da mocidade e feita uma oração. Se for o Pai 
Nosso, é só dizer isso, “feita, em conjunto, a oração do 
Pai nosso”.
17. Não esqueça que a ata não tem outro parágrafo. Não 
coloque as decisões/comissões em marcadores.
18. Todos os verbos que descrevem ações devem ser 
usados no pretérito perfeito do indicativo (disse, declarou, 
decidiu…).
19. Abuse da modernidade. Se for possível grave a reunião.
20. REGRA DE OURO: faça a ata tão cedo possível. Quanto 
mais cedo, mais útil e detalhada ela será. E você terá 
menos chances de esquecer o que aconteceu na reunião.
21. Lembre-se de que se trata de um documento legal e 
formal. Cuidado com a letra. Uma grande dica para nunca 
ser secretário de atas escritas é ter uma letra horrível ou 
ter estudado medicina (não pude me conter...). A ata tem 
que ser o mais legível possível.
Fonte: Adaptado de Jucrist (2017).
 Uniube 99
Livro de matrículas4.5
A instituição escolar, considerando as diferentes formas de organização 
da educação básica e sua autonomia, observando a Proposta Político 
Pedagógica, pode elaborar seus instrumentos de registro. Podemos 
encontrar	diferentes	formas	de	fazer	o	livro	de	matrícula,	tanto	fisicamente	
como	virtualmente.	É	importante	ressaltar	que,	se	a	instituição	optar	
por fazê-lo virtualmente, deve observar com rigor as normas de 
temporalidade. 
 Registro de Matrículas Ano Letivo_____
Nº ordem Nome Data 
Nasc.
Nível
Etapa
Série
Data Ma-
trícula
Sexo Filia-
ção
Obs.
Falecido em 
__/__/____
Transfer ido 
__/__/____
E v a d i d o 
__/__/____
D e s i s t e n t e 
__/__/____
Livro de atas de resultados finais4.6
Após	o	encerramento	do	ano	letivo,	a	escola	registra	os	resultados	finais	
dos	alunos	em	livro	próprio,	fisicamente	ou	virtualmente.
E para constar eu, secretário (a), lavrei a presente ata, que vai assinada 
por mim e pelo(a) diretor(a) do estabelecimento.
____________________ ____________________
Assinatura Secretário (a) Assinatura do Diretor (a)
 
* Seguir a ordem registrada no diário de classe. 
A – aproveitamento F – frequência 
100 Uniube
Termo de abertura e fechamento de livros4.7
Os	 livros	utilizados	pelas	 instituições,	para	os	devidos	fins,	devem	
ter registrado o Termo de Abertura (primeira página) e o Termo de 
Encerramento (última página). O diretor da instituição deverá assinar 
os respectivos termos e todas as páginas deverão ser rubricadas e 
numeradas.
http://www.sga.uniube.br/aulas/ftp/ebook/inspecao_escolar/ata_resultado_final.pdf
 Uniube 101
TERMO DE ABERTURA
Este livro, contendo _____ folhas, numeradas e por mim rubrica-
das, com a rubrica _______________ do meu uso, servirá para o 
registro de _______________. Eu, ______________________, 
presidente/diretor, assino o presente termo.
Município, _____ de ______________ de 20___.
________________________________
Assinatura
TERMO DE ENCERRAMENTO
Eu,_______________________, diretor da instituição 
___________________, declaro encerrado este livro de atas.
 
Município, ___ de ___________ de 20__.
 
________________________________
Assinatura
Dos recursos didáticos e pedagógicos da LDB4.8
A	atual	LDB	traz	avanços	significativos	em	relação	ao	processo	de	
aprendizagem e avaliação. Entre eles podemos destacar os recursos 
pedagógicos	de	classificação	e	reclassificação.
102 Uniube
Classificação:	 significa	 submeter	 o	aluno	a	uma	
avaliação para posicioná-lo na série/etapa/segmento/
fase/ano	adequada(o).	A	classificação	poderá	ser	
realizada no momento da matrícula em qualquer série/
etapa/segmento/fase/ano/ciclo exceto no primeiro 
ano ou correspondente do Ensino Fundamental. São 
possibilidades	de	classificação:
I. Por Promoção - para alunos que concluíram 
com aproveitamento a série/etapa/segmento/
fase/ano anterior ou outra forma de organização 
adotada pela escola; 
II. Por Transferência - para alunos transferidos de 
outras escolas, mediante análise do Histórico 
Escolar em que se comprove o aproveitamento 
curricular quanto aos componentes da Base 
Nacional Comum; 
III. Independente de Escolarização – para os 
alunos que não tiverem como comprovar a 
sua escolaridade por meio de registros. Eles 
serão submetidos a uma avaliação pela 
escola receptora, para situá-los na série/etapa/
segmento/fase/ano adequada(o). 
No	processo	de	classificação,	pertinente	ao	item	III,	
serão	verificados	os	componentes	curriculares	da	Base	
Nacional Comum, contemplando o Projeto Político 
Pedagógico – PPP e Regimento Escolar. (MATO 
GROSO, 2017).
O	processo	de	classificação	por	avaliação	consiste,	observando	a	idade	e	
os conhecimentos do estudante, em avaliá-lo por diferentes instrumentos, 
para	verificar	o	seu	nível	de	conhecimento	a	fim	de	classificá-lo	no	ano	
de escolaridade compatível. Todo o procedimento adotado em relação à 
classificação	deve	ser	registrado	em	livro	próprio,	em	Atas	Individuais,	das	
quais serão extraídos os dados para a escrituração da Ficha Individual da 
Classificação,	que	deverá	ser	arquivada,	juntamente	com	os	instrumentos	
de avaliação, na pasta do aluno. 
Reclassificação:	significa	reposicionar	o	aluno	em	
série/etapa/segmento/ciclo/fase/ano/ período ou outra 
forma de organização adotada pela escola, através 
de instrumentos avaliativos, observando a Proposta 
 Uniube 103
Político Pedagógico – PPP, Regimento Escolar e 
legislação vigente. O resultado da avaliação do aluno 
será lavrado em ata, assinada pela Direção, Professor 
e/ou Conselho de Classe, e arquivado na pasta 
individual	do	aluno.	Compreende-se	por	reclassificação	
o avanço escolar, a aceleração da aprendizagem e 
a avaliação do aluno que não comprove 75% de 
frequência e tenha bom desempenho. (MATO GROSO, 
2017).
I. Avanço (é a forma de propiciar ao aluno que 
apresente nível de desenvolvimento acima de 
sua idade a oportunidade de concluir em menor 
tempo, série, períodos, ciclos ou etapas).
II. Aceleração da aprendizagem (para alunos com 
atraso escolar ou defasagens série/idade).
III. Infrequência e bom desempenho (para alunos 
com desempenho satisfatório e frequência 
inferior	a	75%	no	final	do	período	letivo)
IV. Por transferência (para alunos que demonstrem 
desempenho satisfatório diferente da escola de 
origem, podendo, após avaliação, ter alterada 
a sua posição indicada no documento de 
transferência). (MINAS GERAIS, 1997).
É	aconselhável	que	a	decisão	da	utilização	dos	recursos	previstos	na	
LDB seja advinda da manifestação do pessoal docente, pedagógico e 
administrativo, sob a coordenação do diretor da escola. Tais recursos 
deverão estar contemplados na Proposta Político Pedagógica, no 
Regimento Escolar da instituição e nos documentos escolares do 
estudante.
Aproveitamento de Estudos: conforme as normas regimentais da 
instituição escolar, os estudos concluídos com êxito em quaisquer 
cursos ou exames legalmente autorizados, no mesmo nível ou em 
nível mais elevado de ensino, poderão ser aproveitados mediante a 
apresentação do documento escolar. Os estudos não formais poderão 
também ser aproveitados, mediante avaliação realizada pelos respectivos 
profissionais	da	própria	escola,	a	fim	de	classificar	o	estudante	no	nível	
correspondente ao seu desempenho.
104 Uniube
Progressão Parcial: permite ao aluno seguir com os estudos 
independentemente de ter alcançado média para aprovação em todos os 
conteúdos, no ano/semestre anterior ao que esteja cursando. A instituição 
escolar que optar por esse recurso deve prevê-lo no Regimento Escolar, 
resguardandoa sequência do currículo e observando as normas do 
respectivo sistema de ensino.
4.9 As atividades do Inspetor Escolar frente à organização 
do início e término do ano letivo
A autonomia das instituições educacionais está atrelada à conjugação da 
aplicação dos princípios normativos, pedagógicos e administrativos, às 
ações	desempenhadas	pela	instituição,	no	início,	no	decorrer	e	ao	final	
do	ano,	a	fim	de	oportunizar	as	condições	propícias	à	aprendizagem	dos	
estudantes,	razão	de	ser	da	escola.	É	essencial	a	relevância	do	trabalho	
do Inspetor Escolar nas ações realizadas pelas Instituições Educacionais, 
na orientação, no acompanhamento e no assessoramento. A seguir, 
relacionaremos algumas atividades básicas desempenhadas pelo 
Inspetor Escolar, legitimando as providências tomadas pela Instituição 
na organização do seu trabalho.
Início do ano letivo:
Plano curricular:	verificar	a	relação	dos	componentes	curriculares,	a	
carga	horária,	os	indicadores	fixos	(duração	módulo/aula,	número	de	
dias letivos semanais, de semanas letivas e de aulas, duração do recreio, 
carga	horária	anual,	identificação	da	escola,	do	nível,	do	ano	letivo	e	do	
turno).
Calendário escolar: confirmar	o	oferecimento	do	mínimo	de	dias	letivos	
(200), o resguardo dos feriados nacionais e municipais, recessos, férias 
regulamentares e compromissos pedagógicos e administrativos.
 Uniube 105
Organização do quadro de pessoal: compatibilizar o quantitativo de 
profissionais	conforme	cada	categoria,	a	habilitação	mínima	exigida,	o	
acúmulo	de	cargo	dos	profissionais	conforme	disposto	no	artigo	37	da	
Constituição Federal.
Composição de turmas: conferir o número de alunos por turma, 
observando	a	especificidade	de	turmas	com	alunos	incluídos,	conforme	
normas do sistema.
Proposta Político Pedagógica e Regimento Escolar:	certificar	a	
atualização dos referidos documentos e sua aprovação pelos conselhos 
escolares.
Livro de Atas de Resultados Finais: constatar a escrituração completa 
do	 livro	quanto	a	 registro	do	aproveitamento	final,	à	carga	horária	
dos	componentes	curriculares,	à	situação	final	do	aluno,	verificando	
o fechamento da ata e as respectivas assinaturas (referente ao ano/
semestre letivo anterior).
Livro de Matrículas: (referente	ao	ano	vigente)	verificar	a	escrituração	do	
livro, das matrículas já realizadas, orientar para o registro das matrículas 
suplementares.
Censo Escolar: orientar para alimentação do sistema on-line, 
acompanhando os respectivos prazos estipulados e observando as 
necessidades especiais dos alunos, quando necessário. 
Progressão Parcial: (quando houver) relacionar os alunos em 
progressão parcial e os encaminhamentos para o seu cumprimento.
Históricos Escolares: verificar	a	expedição	dos	históricos	escolares	
dos alunos concluintes do ano anterior e transferências solicitadas, com 
o respectivo amparo legal do curso e as devidas assinaturas.
106 Uniube
Pasta Individual:	constatar	a	existência	dos	documentos	de	identificação	
do estudante e o registro da renovação da matrícula. Orientar para que as 
declarações de transferências sejam substituídas pelo histórico escolar, 
verificar	a	inserção	da	ficha	individual	do	ano	anterior	devidamente	
preenchida e assinada, os formulários de dispensa das aulas de Ensino 
Religioso e Educação Física, quando for o caso. Abrir pasta individual 
para os alunos novatos e arquivar aquelas dos alunos transferidos ou 
concluintes no arquivo passivo.
Término do ano letivo:
Livro de Matrículas: conferir a escrituração do encerramento das 
matrículas do ano letivo vigente com as devidas assinaturas.
Progressão parcial:	confirmar	a	conclusão	dos	estudos	de	progressão	
parcial	e	sua	escrituração	(diário	de	classe,	ficha	individual,	livro	de	atas	
de	resultados	finais).
Pasta de Calendários Escolares e Planos Curriculares:	verificar	a	
atualização destas pastas, com o arquivo dos Calendários e Planos 
Curriculares de todos os anos letivos. 
Atendimento aos órgãos municipais4.10
Respeitando a opção do município em relação a criar um Sistema 
Próprio ou integrar-se ao Sistema Estadual de Ensino, a parceria entre os 
diferentes sistemas é imprescindível, uma vez que as Políticas Públicas 
Educacionais podem ser das três esferas e elas articulam-se entre si, 
visando à melhoria da educação. O trabalho integrado dos diferentes 
sistemas é ideal, uma vez que concebemos a educação como um 
processo sistêmico e contínuo e o educando como um sujeito de direitos, 
seja ele da rede municipal ou estadual, acima de tudo é um aluno da 
escola pública. 
 Uniube 107
Para a efetivação dessa parceria, o Inspetor Escolar pode desenvolver 
as seguintes ações: 
• Visitar periodicamente Órgão Municipal, divulgando e orientando a 
implantação e implementação das Políticas Públicas educacionais 
do Sistema Estadual.
• Viabilizar os princípios normativos, pedagógicos e administrativos 
para os responsáveis do órgão, pela organização nas escolas 
municipais.
• Participar da Comissão Municipal do Cadastramento Escolar. 
Diante deste universo de ações e documentos importantes que compõem 
a rotina de orientações do Inspetor Escolar e a rotina de aplicação para 
as	escolas,	o	novo	Inspetor	Escolar	às	vezes	fica	assustado	e	com	muitas	
dúvidas. Para minimizar esta angústia, abordaremos na videoaula a 
seguir tais documentos esclarecendo a sua utilização.
108 Uniube
Experiências exitosas4.11
Dicas de quem já fez 
com sucesso!
Figura 1
Fonte: Acervo Depositphotos/EAD Uniube.
Como você pode perceber as atribuições do Inspetor Escolar são 
muito vastas, perpassando pela organização dos órgãos e instituições 
educacionais em seus diferentes âmbitos administrativo, pedagógico e 
financeiro.	Vamos	apresentar	uma	experiência	exitosa	na	área	financeira,	
realizada por Inspetores Escolares do Estado de Minas Gerais da 
Superintendência Regional de Ensino de Uberaba/MG.
A - Caixa Escolar: da escrita e da formação de seus órgãos ao uso 
dos recursos, um desafio a ser percorrido
Após a realização de uma sindicância instaurada numa Escola Estadual 
constatou-se a necessidade de um acompanhamento sistemático das 
Caixas escolares das demais escolas estaduais da nossa circunscrição. 
Um grupo composto por três Inspetores Escolares desenvolveu a 
seguinte experiência que foi compartilhada com os demais Inspetores 
Escolares.
O trabalho consistiu nos seguintes passos:
 Uniube 109
• Organização e estudos da legislação que amparam a atuação da 
caixa escolar na rede estadual. 
• Elaboração dos formulários a serem utilizados.
• Capacitação dos demais Inspetores Escolares do Órgão Regional.
• Organização dos Inspetores Escolares em duplas para a realização 
do trabalho.
• Realização de visitas às escolas, onde foi aplicado o trabalho 
proposto.
Após a realização do trabalho, cada dupla elaborou relatório 
circunstanciado da situação encontrada. Foi relatado pelos Inspetores 
Escolares que, durante a realização das ações, nas visitas in loco as 
lacunas encontradas foram sanadas com as orientações repassadas 
pelos Inspetores Escolares. Constatou-se que algumas situações 
específicas		foram	objeto	de	análise	pelo	setor	financeiro	da	SRE	de	
Uberaba, que de maneira particular atendeu os diretores das escolas 
sanando os problemas.
FORMULÁRIO 01
Escola: __________________________________________________
Caixa Escolar: ______________________________________________
Diretor(a): _________________________________________________
ATB - Contábil: _____________________________________________
110 Uniube
Composição 
do Colegiado 
Vigência
Composição do 
Conselho Fiscal 
Vigência
Composição da Co-
missão de Licitação-
Vigência
Inspetor(a) Escolar: _________________________________________
Data	da	verificação:	____________________
FORMULÁRIO 02
Escola: __________________________________________________
Caixa Escolar: ______________________________________________
Diretor(a): _________________________________________________ATB - Contábil : ____________________________________________
 Uniube 111
FORMULÁRIO 03
Escola: ____________________________________________________
Caixa Escolar: _____________________________________________
Diretor(a): __________________________________________________
ATB- Contábil: _____________________________________________
http://www.sga.uniube.br/aulas/ftp/ebook/inspecao_escolar/tabela.pdf
112 Uniube
Termo de Com-
promisso nº e 
data do recebi-
mento
Plano de 
Trabalho/
Objeto
Custeio ou 
Capital
Existência 
do bem 
Lança-
mento no 
Patrimônio 
da Escola
Inspetor(a) Escolar: __________________________________________
Data	da	Verificação:	_________________________________
FORMULÁRIO 04
Escola: ____________________________________________________
Caixa Escolar: ______________________________________________
Diretor(a): __________________________________________________
ATB- Contábil: _____________________________________________
 Uniube 113
Termo de 
Compro-
misso nº e 
data do re-
cebimento
Alimentação 
Escolar (30% 
da Agricultura 
Familiar) Re-
serva de Valor/ 
Editais
Alimentação Esco-
lar Não Pere-
cíveis Processos 
Licitatórios (crite-
riosamente)
Contratos 
de Forne-
cimentos 
Entregas
Responsá-
vel pelos 
recebimen-
tos de mer-
cadorias 
Armaze-
nagem
Inspetor(a) Escolar: 
________________________________________________________
Data	da	Verificação:	_________________________________
Diante do contexto político e econômico do país, utilizar os recursos 
públicos fundamentais para a manutenção das escolas torna-se cada 
vez	mais	um	grande	desafio	e	uma	responsabilidade	enorme.
Há uma vasta legislação federal e dos sistemas para o gasto dos recursos 
públicos que chegam até às escolas.
A experiência apresentada foi elaborada por um grupo de inspetores 
escolares e já foi aplicada em escolas estaduais da Superintendência 
Regional de Ensino de Uberaba.
Para abordar este assunto, convidamos a Analista Educacional e 
Coordenadora do Setor de Prestação de Contas, da Superintendência 
Regional de Ensino de Uberaba, a Sra. Gina Mara Stival Gigo, para nos 
falar sobre sua experiência.
114 Uniube
Para enriquecer e viabilizar o trabalho do Inspetor Escolar, sugerimos o 
Caderno de Boas Práticas da Equipe Regional das SRE de Minas 
Gerais, no qual podemos pesquisar boas práticas e ações concretas 
para realizá-las. Esse documento contempla várias experiências exitosas 
para Analistas Educacionais e Inspetores Escolares na área pedagógica. 
Basta clicar no título para acessar o Caderno.
Considerações finais4.12
Caro(a)	aluno(a),	chegamos	ao	final	da	quarta	unidade	e	você	pôde	
ampliar seus conhecimentos acerca da legislação básica da organização 
educacional	brasileira	e	também	das	atribuições	e	do	perfil	profissional	
desejado para o Inspetor Escolar. Esperamos que você tenha aprendido 
bastante o que é o universo da Inspeção Escolar, bem como a importância 
e necessidade desta função. 
Conforme a ideia de Paulo Freire que nos diz “onde há homens 
e mulheres, há sempre o que ensinar e sempre o que aprender”, 
acreditamos tê-lo incentivado ainda mais a investir nos seus 
conhecimentos. Ingresse rapidamente na função de inspetor escolar e 
tenha muito sucesso. 
http://slideplayer.com.br/slide/49073/
http://slideplayer.com.br/slide/49073/
 Uniube 115
Referências4.13
DICIONARIO Online de Português. Disponível em: . Acesso em: nov. 2017.
FERREIRA, A. B. de H. Mini Aurélio: o minidicionário da 
língua portuguesa. 6. ed. Curitiba: Positivo, 2004. 
FEUMP. Tira dúvidas. Disponível: . Acesso em: 26 jul. 2016. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários 
à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
JUCRIST. Regras para ata. Disponível em: . Acesso em: nov. 2017.
LAROUSSE. Minidicionário da Língua Portuguesa. 3. 
ed. São Paulo: Larousse do Brasil, 2009. 
 
MATO GROSO. Secretaria de Estado de Educação. Legislação vigente. 
Disponível em: . Acesso em: nov. 2017.
MINAS GERAIS. Conselho Estadual de Educação. Parecer nº 1.132/97. 
Disponível em: . Acesso em: nov. 2017. 
http://feump.prjn.com.br/paginas/tira_duvidas_atas.htm
http://feump.prjn.com.br/paginas/tira_duvidas_atas.htm
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Regras-Para-Ata/61180240.html
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Regras-Para-Ata/61180240.html
http://www.betim.mg.gov.br/ARQUIVOS_ANEXO/parecer_1132_97;07242613;20070227.pdf
http://www.betim.mg.gov.br/ARQUIVOS_ANEXO/parecer_1132_97;07242613;20070227.pdf
Pró- Reitoria de Pesquisa,
Pós Graduação e Extensão
PROPEPE71
3.18 Referências .......................................................................................................... 78
Capítulo 4 Práticas do serviço de inspeção escolar nas áreas: 
pedagógica, administrativa, financeira ......................... 81
4.1 Considerações iniciais ........................................................................................... 83
4.2 Termo visita ............................................................................................................ 83
4.3 Relatórios ............................................................................................................... 87
4.3.1 Relatório	de	verificação	in loco .................................................................... 87
4.3.2 Relatórios diversos ....................................................................................... 90
4.4 Atas ........................................................................................................................ 92
4.4.1 Para a elaboração de uma ata sugerimos os seguintes passos: ............... 92
4.4.2 O que não deve ser feito na elaboração de atas ......................................... 96
4.5 Livro de matrículas ................................................................................................. 99
4.6 Livro	de	atas	de	resultados	finais .......................................................................... 99
4.7 Termo de abertura e fechamento de livros .......................................................... 100
4.8 Dos recursos didáticos e pedagógicos da LDB .................................................. 101
4.9 As atividades do Inspetor Escolar frente à organização do início e término 
do ano letivo ........................................................................................................ 104
4.10 Atendimento aos órgãos municipais.................................................................. 106
4.11 Experiências exitosas ........................................................................................ 108
4.12 Considerações	finais ......................................................................................... 114
4.13 Referências ........................................................................................................ 115
Prezado(a) aluno(a), 
O módulo Inspeção Escolar constitui-se de quatro capítulos e pretende 
contribuir para a sua formação para a habilitação em Inspeção Escolar, 
expandindo os seus conhecimentos acerca do arcabouço legal que 
perpassa pela organização dos Sistemas Educacionais. Almeja, ainda, 
apresentar	o	fazer	deste	profissional	na	sua	prática	cotidiana.	Para	tanto,	
iniciaremos com uma breve viagem histórica, elucidando o surgimento 
do	cargo,	bem	como	a	sua	finalidade	nos	diferentes	tempos	e	contextos	
sociais, econômicos e políticos.
Na primeira unidade, intitulada “O ontem e o hoje: os avanços da 
inspeção escolar”, versaremos sobre a trajetória do Serviço de Inspeção 
Escolar, demonstrando, de forma objetiva, a relevância e primordialidade 
deste serviço. 
Apresentação
Figura 1
Fonte: Acervo Depositphotos/EAD Uniube.
Conhecer a legislação é, então, 
um ato de cidadania e que não 
pode ficar restrito aos especialistas 
da área como juristas, bacharéis e 
advogados (CURY, 2000, p. 16).
A segunda unidade, “O Arcabouço legal que fundamenta a organização 
básica das instituições escolares”, será estudada com o objetivo 
de conhecer os diferentes sistemas educacionais e como as suas 
instituições se organizam dentro dele, observando o amparo legal para 
o seu funcionamento e as normas hierárquicas. Vamos ainda estudar 
sobre o trabalho, as ações e as orientações do Inspetor Escolar nas 
instituições escolares.
As diferentes instituições educacionais que compõem os sistemas de 
ensino não são isoladas uma das outras, elas dialogam entre si no ato 
da sua organização, e os objetivos de uma instituição estão entrelaçados 
a outra. A Inspeção Escolar deve possibilitar aos gestores, destas 
instituições as diretrizes e os documentos básicos fundamentados na 
legislação educacional. Assim, na terceira unidade abordaremos “A 
Inspeção Escolar e os documentos básicos que norteiam a organização 
da instituição escolar”.
Tão importante como as demais, na quarta unidade, “Práticas do serviço 
de Inspeção Escolar”, apresentaremos a maneira prática de como 
desenvolver algumas atividades do inspetor escolar e práticas exitosas 
que contribuirão para o desempenho de suas atividades como Inspetor 
Escolar.
Como você pode ver, este módulo será valioso para você, uma vez que 
estudaremos a ação da Inspeção Escolar e a organização dos Sistemas 
Educacionais fundamentadas não só no arcabouço legal, mas também 
no universo procedimental do trabalho. 
Um abraço e que, juntos, possamos alcançar nossos objetivos.
Agradecimento
Agradecemos a Gina Mara Stival Gigo, Analista Educacional e 
Coordenadora da Prestação de Contas da S.R.E de Uberaba.
1 O ontem e o hoje: 
os avanços da 
Inspeção Escolar
Elaine Antunes Fidelis
Maria Stela Alves Timoteo
 Uniube 3
Se o Conhecimento é relativo à história e à sociedade, 
ele não é neutro; todo conhecimento está úmido de 
situações histórico-sociais; não há Conhecimento 
absolutamente puro, sem nódoa. Todo Conhecimento 
está impregnado de história e sociedade, portanto, de 
mudança cultural.
Mário Sérgio Cortella
Inspeção Escolar – etimologia 1.1
Figura 1
Fonte: Acervo Depositphotos/
EAD Uniube.
1. Ato de olhar, vista. 
2. Exame minucioso (para se conhecer 
qualidade ou estado); vistoria; exame. 
3. Superintendência; inspetoria. 
4. Tribunal, junta ou repartição pública, 
encarregada	de	fiscalizar,	inspecionar	
ou dar parecer sobre certos assuntos. 
5. Exame médico dos recrutas (DICIO, 
2016).
No âmbito educacional, Inspeção é o controle, por meio de vigilância, 
da	verificação	de	funcionamento	de	todo	o	sistema	escolar.	Atribui-se	
como sinônimos da palavra inspeção: exame, controle, supervisão, 
inspetoria,	observação,	vistoria,	revista,	fiscalização,	visita,	examinação	
e inspecionamento.
Após	apresentar	os	significados	da	palavra	inspeção,	vamos	entender	
como surgiu o inspetor escolar e sua trajetória na história educacional. 
 
A palavra Inspeção é um substantivo feminino, etimologicamente deriva 
do latim, inspectio, - onis,	e	quer	dizer	ação	de	olhar,	exame,	verificação,	
inspeção.	O	dicionário	Aurélio	define	a	palavra	em	cinco	categorias:	
4 Uniube
Origem da Inspeção Escolar1.2
A	Inspeção	Escolar		tem	sua	origem	na	idade	média,	mais	especificamente	
no século XII, na baixa idade média, que se caracteriza pela crise no 
feudalismo	e	pela	influência	do	Renascimento,	o	qual	é	responsável	por	
um conjunto de transformações culturais, políticas, sociais e econômicas, 
ocorridas nos povos da Europa Ocidental. 
Figura 2
Fonte: KRIZ7 DAMIETTE.JPG (2008)
Nessa época ocorreram eventos de grandes repercussões como a 
renovação da vida urbana, o movimento das cruzadas, a restauração 
do comércio e a emergência de um novo grupo social: os burgueses 
e,	sobretudo,	o	renascimento	cultural	com	um	forte	cunho	científico,	
filosófico	(RENASCIMENTO	DO	SÉCULO	XII,	2017).	
Nesse cenário as cruzadas e os comerciantes possibilitaram um contato 
cultural com o mundo ocidental e árabe, por meio de um forte movimento 
de traduções de textos gregos, no qual os árabes haviam mantido 
contato com as obras clássicas gregas como os conceitos de Aristóteles 
e outros. Essa aproximação com as obras e com os árabes, que já se 
 Uniube 5
encontravam	bem	avançados	em	termos	intelectuais	e	científicos,	abala	
os conceitos da soberania católica. 
As	modificações	introduzidas	nas	formas	da	vida	religiosa,	de	forma	a	
garantir a sua superioridade moral, também chamada de “reforma”, 
deram uma contribuição notável para o desenvolvimento e difusão do 
saber,	que	continuava	confinado	aos	diversos	círculos	da	vida	clerical,	
apesar do aparecimento dos primeirosgrupos de letrados laicos, que 
cultivavam sobretudo a poesia nas cortes reais e senhoriais; a instituição 
escolar	 	 faz	parte	das	necessidades	e	da	estratégia	de	afirmação	
simbólica e religiosa da autoridade dos mosteiros e das canônicas 
claustrais recentemente fundadas em meio urbano. Por volta de 1150, 
são fundadas as primeiras universidades medievais – Bolonha (1088), 
Paris (1150) e Oxford (1167). 
Os períodos históricos da Inspeção Escolar1.3
Ao reconstituirmos a história da inspeção escolar, encontramos três 
períodos distintos: confessional, de transição e técnico-pedagógico. 
Vejamos um pouquinho sobre cada um deles.
Período confessional 
• Até o séc. XII havia somente a escola paroquial, o 
serviço de Inspeção Escolar era realizado pelo bispo e, 
nessa época, havia o predomínio das concepções da 
igreja católica. Essa função foi institucionalizada com 
a expansão do número de escolas sendo atribuída ao 
mestre-escola ou escolástico, nomes com os quais os 
inspetores eram designados na época. Desenvolviam 
várias atividades, em nome do “bispo”, entre elas a 
elaboração dos planos de estudo. 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/reforma-protestante.htm
6 Uniube
Período de transição
• Com o desenvolvimento da indústria e do comércio, 
a morosa ascensão da burguesia, o início da 
urbanização e o avanço das administrações 
municipais originam novas escolas. Neste período 
há	o	declínio	da	influência	religiosa	e	o	crescimento	
do poder civil. Com isso, no séc. XIII, as condições 
sociais vão se alterando. Em consequência dos 
movimentos	científicos	e	filosóficos,	a	relação	entre	
o clero e as municipalidades sofre mudanças. Com o 
fortalecimento das municipalidades, competências tais 
como dirigir o ensino, nomear e demitir professores 
deixam de ser da alçada do bispo e são transferidas 
para a responsabilidade das municipalidades. 
Inconformada,	a	Igreja	solicita	aos	fiéis	que	assumam	
a	fiscalização	das	escolas,	pois	isso	acontecia	antes	
da Reforma Protestante. Uma comissão escolar, 
na qual seus membros eram, na maioria, pessoas 
ligadas ao bispado, foi criada em 1521 pelo bispo 
de Estrasburgo, Guilherme de Honstein. O comando 
escolar passou a ser exercido por uma pessoa 
nomeada	pela	comissão,	surgindo	a	figura	do	Inspetor	
Escolar público.
Período técnico-pedagógico
• Inspirado pelas ideias de Froebel, Rousseau, 
Pestalozzi e outros. Pestalozzi, posteriormente à 
Revolução Francesa, concebe uma proposta de plano 
escolar para todos. Neste período, a Inspeção Escolar 
incorpora	uma	postura	fiscalizadora	e	centralizadora	
sob a responsabilidade do Estado. Na maioria 
dos países a função acaba sendo exercida por um 
funcionário público, que prioriza o administrativo.
• Em 1922, Maria de Montessori foi nomeada Inspetora 
das Escolas Italianas.
 Uniube 7
Figura 3
Fonte: Acervo Depositphotos/EAD Uniube.
Nesta viagem pelo tempo, é possível perceber que o Serviço de Inspeção 
Escolar	surgiu	para	fiscalizar	e	controlar	o	que	deveria	e	poderia	ser	
ensinado. Em um olhar mais apurado, pode-se notar a forte relação entre 
poder e autoridade - seja ela da igreja ou do estado - e a importância do 
Inspetor Escolar para a manutenção da política vigente. Esse ideal de 
“olhar inspecionador” europeu permanece latente na contemporaneidade; 
atendendo às normas de suas mantenedoras, aos interesses políticos 
e a seu arcabouço legal. Vamos atravessar o Oceano Atlântico para 
compreendermos	como,	ao	final	do	século	XVI,	este	profissional	atua	na	
colônia recém-denominada Terra de Santa Cruz.
A trajetória da Inspeção Escolar no Brasil1.4
Figura 4
Fonte: Acervo DepositPhotos/
EAD Uniube.
No período de 1500 a 1822, o Brasil foi 
colônia de Portugal instalando aqui o regime 
colonial. Neste período, a educação, segundo 
Ghiraldelli (2006, p. 24), passa por três fases: 
a de predomínio dos jesuítas, a das reformas 
do Marquês de Pombal e a do período que D. 
João VI, então rei de Portugal, trouxe a Corte 
para o Brasil. 
8 Uniube
Educação Jesuíta: (1.500 - 1.759)1.4.1
No	Brasil,	com	o	fim	do	regime	de	capitanias	hereditárias,	por	volta	de	
1549, com a chegada do primeiro governador geral Tomé de Sousa e dos 
jesuítas,	chefiados	por	Manuel	da	Nóbrega,	com	a	missão	de	catequizar	
os índios e conquistar adeptos ao catolicismo, é que a educação brasileira 
teve início. Logo após sua chegada, os jesuítas instalaram uma escola 
de primeiras letras transferida, em 1554, para o Planalto de Piratininga, 
na capitania de São Vicente. Em 1570, eram cinco escolas elementares 
e três colégios. Em cada convento, uma escola. Embora incipiente, essa 
rede escolar constituiu o nascedouro do sistema escolar brasileiro.
Diante disso, a Inspeção Escolar apresenta-se com os objetivos cujo 
próprio nome já diz: “ação de olhar, vistoriar”. Ela surge no cenário 
brasileiro como forma de controle, para atender aos interesses da igreja. 
Considerado o primeiro manual de organização e administração escolar, 
o Ratío Studiorum - ordem dos estudos - um manual, composto de 30 
regras, elaborado pelos Jesuítas, tinha como objetivo principal difundir 
a fé católica. Conforme o Plano Geral dos Jesuítas passou a vigorar 
em todos os colégios da Companhia de Jesus, a partir de 1599. Cabia 
ao	Inspetor,	denominado		“Superiores	da	Ordem”,	a	fiscalização	de	seu	
cumprimento, de forma direta e indireta: direta pelas visitas realizadas, 
que	verificavam	in	loco	a	administração,	o		planejamento	e	a	execução	
das aulas. Indireta por relatórios encaminhados ao Superior da 
Companhia de Jesus pelos responsáveis pela escola, relatando todas 
as regularidades, irregularidades e medidas adotadas. Esse legado 
permanece como prática do serviço de Inspeção Escolar até os dias 
atuais; é o denominado Termo de Visitas do Inspetor Escolar, o qual 
detalharemos em uma próxima unidade. Aos jesuítas coube o monopólio 
do	ensino	público	no	país	por	cerca	de	duzentos	anos,	que	ficou	nas	
mãos da Companhia de Jesus até 1759. 
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_ratio_studiorum.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Jesus
 Uniube 9
Saiba maiS
	Quando	os	primeiros	jesuítas	chegaram	ao	Brasil	em	1549,	chefiados	
pelo Padre Manoel da Nóbrega, eles cumpriam mandato do Rei de 
Portugal, D. João III, que formulara, nos “Regimentos”, aquilo que 
poderia ser considerado a nossa primeira política educacional? 
(SAVIANI, 1997, p. 4). 
Reforma do Marquês de Pombal (1759 - 1808 antes da 
chegada da Família Real no Brasil e 1808 - 1822 após a sua 
chegada) 
1.4.2
As Reformas Pombalinas abarcaram os âmbitos econômico, 
administrativo e educacional, tanto em Portugal como nas suas colônias. 
É	um	importante	marco	na	Historiografia	da	Educação	Brasileira,	no	qual	
se deu a primeira reforma educacional no país. 
Saiba maiS
Vamos entender um pouco mais? 
Figura 5
Fonte: LOUIS-MICHEL VAN LOO 003.JPG (2011)
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/reformas-pombalinas.htm
10 Uniube
O maior motivo das Reformas Pombalinas era o de transformar 
Portugal numa metrópole capitalista, industrializada, a exemplo 
da	 Inglaterra,	 sob	 a	 influência	 do	 movimento	 iluminista.	
O Marquês de Pombal expulsa os jesuítas das colônias 
portuguesas, o qual atribui à Companhia de Jesus todos 
os males da Educação na metrópole e na colônia brasileira, 
bem como a decadência cultural e educacional dominante na 
sociedade portuguesa.
Neste cenário, surge uma lacuna na educação brasileira e a 
necessidade da implantação de um novo modelo educacional 
no Brasil. Por intermédio do Alvará, de 28 de junho de 1759, 
foram implantadas as principais medidas educacionais pelo 
Marquês	de	Pombal,	entre	elas	destaca-se:	fim	da	organização	
da educação jesuítica e sua metodologia de ensino, tanto no 
Brasil quanto em Portugal; instituição de aulas de gramática 
latina, de grego e de retórica; introdução das aulas régias 
– aulas isoladas que substituíram o curso secundário de 
humanidadescriado pelos jesuítas; realização de concurso 
para escolha de professores para ministrarem as aulas régias; 
aprovação e instituição das aulas de comércio. 
Neste mesmo Alvará houve a criação do cargo de “diretor de 
estudos” – o qual pretendia ser um órgão administrativo 
de orientação e fiscalização do ensino, atribuindo-lhe as 
mesmas funções dos então extintos “superiores da Ordem”, 
porém servindo aos interesses do Estado Português. Com 
este	profissional,	o	Estado	português	assume	definitivamente	
o	controle	da	educação	colonial.	A	criação	da	figura	do	“Diretor	
Geral dos Estudos” deixa bem clara, no mesmo “Alvará”, 
 Uniube 11
a intenção da Coroa de uniformizar a educação na Colônia e 
fiscalizar	a	ação	dos	professores	e	o	cumprimento	do	material	
didático “recomendado”. 
Ao	Diretor	Geral	dos	Estudos	era	atribuída	a	fiscalização	rigorosa	
das orientações emanadas da coroa portuguesa com o objetivo 
de implantação do novo sistema de ensino. Com isso, pretendia-
se garantir a soberania do poder. A concepção da coroa era 
de que o desenvolvimento da economia portuguesa para a 
preservação e avivamento do seu regime absolutista estava ligado 
à modernização da sociedade e isso dependia de uma reforma 
educacional, uma vez que o sistema jesuítico de ensino, ora 
vigente, não atendia aos propósitos da coroa. 
Figura 6
Fonte: Debret-desembarque.jpg (2008)
Em 1808, a Família Real desembarca no Brasil e, sem dúvida, 
a sua chegada impactou repercussões importantes no campo 
da educação e da cultura, além disso foi o rompimento com 
o programa escolástico e literário do período colonial. Foram 
criados cursos na Bahia e no Rio de Janeiro, considerados 
germes de inúmeras instituições educacionais para a educação 
superior.
12 Uniube
Império – 1822 a 18891.4.3
O período do Império no Brasil inicia-se em sete de setembro de 1822, 
quando D. Pedro I declara a Independência do Brasil. Esse período é 
considerado o nascedouro da Inspeção Escolar no país. De 1822 a 1850, 
foram introduzidas algumas mudanças educacionais, porém, devido às 
diversidades	brasileiras	regionais,	bem	como	a	amplitude	demográfica,	
esse período foi tumultuado e de qualidade educacional comprometedora. 
Vamos a uma breve retrospectiva desse período. 
Em 1823, na tentativa de se suprir a falta de professores, institui-se 
o Método Lancaster, ou método do ensino mútuo, no qual um aluno 
treinado (decurião) ensina um grupo de dez alunos (decúria) sob a rígida 
vigilância	de	um	professor/	inspetor	e	esse	fato	justificava-se	pela	falta	
de	professores.	É	o	que	conhecemos	como	monitoria.
Figura 7
Fonte: Independência Brasil 001.jpg (2011)
Após a proclamação da Independência, tendo em vista a necessidade da 
elaboração de uma Constituição, é instalada a Assembleia Constituinte 
e Legislativa. Na elaboração dessa nova Constituição, foi contemplada 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Método_Lancaster
 Uniube 13
uma	legislação	específica	para	a	instrução,	visando	à	organização	da	
educação nacional. Ela teve como referência a Constituição Francesa, de 
cunho liberal, e em 1824 é outorgada a primeira Constituição brasileira, 
que, em seu artigo 179, garantia “instrução primária e gratuita para 
todos os cidadãos”. Em decorrência, a Assembleia Legislativa aprovou 
a primeira lei sobre a instrução pública nacional do Império do Brasil, 
estabelecendo: “em todas as cidades, vilas e lugares populosos haverá 
escolas de primeiras letras que forem necessárias”. 
O Ensino no império foi estruturado em três níveis: 
Figura 8
O acesso previsto pela Constituição não aconteceu de forma satisfatória, 
atribuindo isso à expansão territorial brasileira. Argumentava-se que 
apesar dos esforços e gastos do Estado no estabelecimento e ampliação 
do ensino elementar, a responsabilidade pela precariedade do ensino 
elementar	era	das	municipalidades	pela	ineficiente	administração e 
fiscalização, bem como culpava os professores por desleixo e os alunos 
por vadiagem. 
14 Uniube
Saiba maiS
Para conhecer na íntegra o Decreto n. 1331/1854, acesse o 
endereço: 
Primeira república – 1889 a 19301.4.4
Em 15 de novembro, de 1889, o General Deodoro da Fonseca proclamou 
a República. O período Brasil República entre 1889 a 1930 pode ser 
chamado como “Primeira República” ou “República Velha”, foi a era da 
política do “café com leite”. 
No campo educacional é criada a educação infantil para crianças de 4 a 7 
anos, o ensino primário obrigatório e gratuito entre os 7 e os 10 anos, as 
escolas normais, destinadas à formação de professores. Nesta época, o 
diretor era recrutado entre os professores e o Inspetor entre os diretores, 
e a exigência da apresentação do diploma e do tempo de experiência 
no magistério, para acesso a cargos e funções, passou a ser tradição 
no ensino. 
Diante disso e da constatação, por uma parte da sociedade elitista, de 
que o ensino era um importante instrumento de progresso para o país, 
houve a necessidade da regulamentação da Inspeção Escolar. O Decreto 
n.1331 de 17 de fevereiro de 1854 dispunha sobre os regimentos internos 
para as escolas públicas e sobre uma Inspeção “forte e sistemática”, para 
todos os estabelecimentos tanto públicos quanto privados de instrução 
primária e secundária.
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-1331-a-17-fevereiro-1854-590146-publicacaooriginal-115292-pe.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-1331-a-17-fevereiro-1854-590146-publicacaooriginal-115292-pe.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-1331-a-17-fevereiro-1854-590146-publicacaooriginal-115292-pe.html
 Uniube 15
Em 1892, publicou-se a lei n. 88, de 8 de dezembro de 1892, que foi 
regulamentada pelos Decretos n. 144-B, de 20 de dezembro de 1892, 
e	218,	de	7	de	novembro	de	1893,	que	 introduziram	modificações	
na constituição do Conselho Superior e novas exigências para o 
preenchimento dos cargos de inspetores e, além disso, a função passa 
a ser remunerada. 
Em 1897, a Lei n. 520, de 26 de agosto de 1897, extingue as Inspetorias 
Distritais e o Conselho Superior e é criada uma Inspetoria Geral na 
capital. A inspeção geral, auxiliada por dez Inspetores Escolares, 
escolhidos entre os professores diplomados e com experiência docente, 
tinha como competência acompanhar a direção e inspeção do ensino. 
A	verificação	e	a	declaração	da	frequência	dos	professores	das	escolas	
municipais	ficavam	a	cargo	dos	inspetores	municipais,	caracterizando	
uma postura administrativa.
Segundo Ghiraldelli Junior (2006), durante a “Primeira República”, 
tivemos dois grandes movimentos: “o entusiasmo pela educação”, 
que solicitava abertura de escolas, e o “otimismo pedagógico”, que se 
preocupava com os métodos e conteúdos do ensino.
Por	volta	de	1925,	no	final	da	“primeira	República”,	tentou-se,	por	meio	
da reforma Rocha Vaz, organizar um acordo quanto às competências 
da União e dos Estados, frente à promoção da educação primária e à 
eliminação dos exames preparatórios e parcelados. O que ressaltava 
de forma mais efervescente as obrigações do Inspetor Escolar e sua 
fidelidade	ao	sistema.
16 Uniube
Era Vargas – 1930 a 19451.4.5
Como já fora citado anteriormente, a república é conhecida historicamente 
por dois momentos, o primeiro chamado por “primeira república” e o 
segundo	por	“Era	Vargas”.	Nessa,	podemos	identificar	três	períodos:	
• Governo provisório (1930 - 1934); 
• Após promulgação da Constituição (1934 - 1937); 
• Estado Novo Ditador (1937 - 1945).
Figura 9 – Propaganda do Estado Novo, mostrando 
Getúlio Vargas ao lado de crianças, símbolos do futuro 
do Brasil.
Fonte: Propaganda do Estado Novo (Brasil).jpg (2011). 
Um fato importante ocorrido durante o governo provisório foi a criação do 
Ministério da Educação e Saúde Pública. A educação é vista no mesmo 
patamar que os demais assuntosrelevantes do país. Ocorreu, ainda, a 
 Uniube 17
criação do Conselho Nacional de Educação e a organização do ensino 
secundário e comercial, reformas propostas pelo então primeiro ministro 
Francisco Campos. Institucionalmente previa-se a criação de um sistema 
nacional de Inspeção Escolar por meio do Decreto n. 19.890, de 1931, 
que	definia	as	atividades	a	serem	exercidas	e	o	perfil	do	profissional,	
Inspetor Escolar, ressaltando as ações de cunho administrativo e controle 
pedagógico. Em continuidade à política educacional de Francisco 
Campos,	regulamentaram-se	as	ações	da	Inspeção	Escolar	e	definiram-
se as suas atribuições por meio do Decreto n. 21.241, de 1932. Também, 
nesse	ano,	foi	divulgado	o	Manifesto	dos	Pioneiros,	que	define	o	papel	
do Estado perante a educação, sendo gratuita, obrigatória até os dezoito 
anos, laica e baseada na coeducação dos sexos. 
Saiba maiS
Curiosidade: neste período histórico do “Estado Novo” foi criado o 
Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos- INEP, o Instituto Nacional 
do Livro, o Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o 
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI e o Serviço 
Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC (CERVI, 2005).
Posteriormente a 1932, houve um movimento em prol de novas eleições 
e de uma nova constituição, liderado pela elite insatisfeita com o governo 
provisório de Vargas. De novembro de 1933 a julho de 1934, o país 
viveu sob a égide da Assembleia Nacional Constituinte, encarregada de 
elaborar a nova Constituição Brasileira que iria substituir a Constituição 
de 1891, com o objetivo de melhorar as condições de vida da grande 
maioria dos brasileiros, criando leis sobre educação, trabalho, saúde e 
cultura. A nova Constituição foi promulgada em 1934, simbolizando uma 
nova fase do país, porém vigorou por pouco tempo, até o início do Estado 
Novo em novembro de 1937, e foi substituída pela Constituição de 1937.
18 Uniube
Período Democrático – 1946 a 19641.4.6
Com	o	fim	do	Estado	Novo,	em	1946,	o	Brasil	tem	uma	nova	Carta	
Magna, inspirada na ideologia liberal-democrática. Ela resgata as ideias 
sobre educação da Constituição de 1934. Desencadeia o processo de 
discussão e elaboração daquela que se tornou a primeira Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação- LDB. A Inspeção é descentralizada e cada Estado 
passa a instituir suas inspetorias seccionais, tendo em vista a publicação 
da Portaria Ministerial n.134 e da Portaria n. 318, ambas de 1954, da 
Diretoria de Ensino Secundário. Em 20 de dezembro, de 1961, foi 
aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 4024. Ela frustrou 
as expectativas dos grupos mais progressistas, que esperavam um 
avanço na legislação educacional, no sentido de ampliar o atendimento 
das necessidades das classes populares. 
A Inspeção Escolar nessa LDB é tratada no título VIII - Da Orientação 
Educativa e da Inspeção, que, em seu artigo 65, estabelece que 
o Inspetor deve ser concursado com conhecimentos técnicos e 
pedagógicos demonstrados, de preferência, na função de magistério, na 
direção escolar ou mesmo de auxiliar de administração escolar (BRASIL, 
1961).
O cargo de inspetor passa a ser preenchido por concurso de provas 
e	títulos	entre	os	diretores	efetivos	dos	grupos	escolares	oficiais,	com	
um mínimo de cinco anos de efetivo exercício no cargo. O acesso é 
da direção à inspeção, em uma perspectiva administrativa. A inspeção 
se	revelou	crítica,	desarticulada	e	incapaz	de	cumprir	suas	finalidades.	
O Estado, que antes inspecionava apenas o Ensino primário (Inspetor 
Regional de Ensino) e o Ensino Normal (Fiscal Permanente), teve sua 
responsabilidade aumentada com a inspeção das então escolas de nível 
médio	e	com	a	fiscalização	dos	estabelecimentos	estaduais	de	ensino	
superior,	mas	padecia	a	inspeção	da	falta	de	definições	que	norteassem	
 Uniube 19
sua função. Outro fator que agravava ainda mais a situação era a falta 
de	profissionais	devidamente	preparados	para	o	desempenho	da	função,	
pois o inspetor era um professor afastado da docência, que a título 
precário, sem direito à remuneração correspondente, exercia a função de 
fiscalizar	os	cumprimentos	legais	das	instituições	escolares.	O	trabalho	
dava-se, portanto, em caráter de improvisação.
Período Militar – 1964 a 19841.4.7
Acesse o link a seguir e veja, pela ordem, os 5 presidentes do Brasil ao 
longo dos 21 anos de Ditadura Militar no Brasil. Todos eles oriundos das 
Forças Armadas.
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/
nao-informado/97117-ospresidentes-da-ditadura-militar.html
Com o golpe em 31 de março de 1964, que depôs o Presidente 
João Goulart (Jango), a Ditadura Militar inicia um período de 21 anos 
de	repressão.		Houve	severas	modificações	no	país,	inclusive	com	
suspensão parcial dos direitos sociais, e a educação brasileira sofreu 
inúmeras alterações, um rigoroso controle foi exercido nos espaços 
escolares em relação até ao conteúdo lecionado pelas escolas e 
universidades. Nesse contexto desponta uma linha de gestão autoritária 
e domesticadora – a educação tecnicista – que adaptou o ensino ao 
sistema empresarial tecnocrata. 
A maioria das escolas estaduais, do pós-64, eram 
centros	de	formação	profissional	dos	filhos	da	classe	
operária e trabalhavam na formação desses como 
instrumentos econômicos do país. Tornam-se, dessa 
maneira, estabelecimentos educacionais de 2ª classe 
que teriam de transmitir a “educação tecnicista” – tarefa 
que não exige conhecimento, apenas habilidades 
práticas e manuais. (PELLANDA, 1986).
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/nao-informado/97117-ospresidentes-da-ditadura-militar.html
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/nao-informado/97117-ospresidentes-da-ditadura-militar.html
20 Uniube
Nesse cenário, a Inspeção Escolar atua de maneira temerosa, seguindo a 
linha do sistema. Estudantes se rebelaram e para controlá-los o governo 
edita, em 9 de novembro de 1964, a Lei Suplicy de Lacerda, que previa:
Todas as entidades estudantis foram sujeitas ao 
controle do Estado, atendo a monitoração controladora 
com os Diretórios Acadêmicos e os Diretórios Centrais 
de Estudantes, nos estabelecimentos secundaristas 
como os grêmios livres substituídos pelos centros 
cívicos, sob o controle da diretoria dos colégios. 
(NAPOLITANO, 1998).
Nesse contexto, são estabelecidas por meio do Parecer CFE n. 252 as 
normas de ofertas do curso de Pedagogia, que apontava o conjunto 
de habilitações possíveis, entre as quais estava incluída a habilitação 
em Inspeção Escolar. Reiterando o Parecer, em 1971, é aprovada a Lei 
n.	5692,	que	define	a	formação	mínima	para	o	exercício	da	Inspeção	
Escolar e também, em seu artigo 33, determina a criação em cada 
sistema de Ensino de um estatuto que estruture a carreira do magistério, 
incluindo o cargo de Inspeção Escolar (BRASIL, 1971).
Na década de setenta, a ditadura militar alcançou seu auge e o governo 
implantou a operação Tarrafa nas universidades, com o objetivo de 
intimidar, prender e achar opositores ao regime, ocasionando o exílio 
ou clandestinidade a vários professores. No ensino básico, professores 
também sofreram as consequências. Competia aos Inspetores Escolares 
assistirem	às	aulas,	verificarem	os	cadernos,	no	intuito	de	encontrarem	
os opositores. 
A Inspeção Escolar foi usada como uma estratégia responsável pela 
propagação e sustentação das ideias militares e ditatoriais. Apropriou-
se	da	verificação	das	obrigações	legais	prescritas,	das	instituições	e	
pessoas que as integram, assim como das restrições e proibições de 
ações, em uma postura tirânica e prejudicial, o que a fez ser temida e 
malquista dentro do espaço educacional.
 Uniube 21
Transição democrática 1984 aos dias atuais1.4.8
Figura 10
Fonte: Acervo Depositphotos/EAD Uniube.
A	partir	de	1985,	ficamos	livres	da	Ditadura	Militar,	o	país	conquista	uma	
nova Constituição, em 1988, que garante para todos os direitos sociais. A 
Educação	foi	contemplada	com	um	capítuloespecífico,	destinado	a	ela,	
e em outros títulos ela é assegurada como um direito social. 
A Constituição determinou ser dever da família, da sociedade e do estado 
assegurar à criança e ao adolescente o direito à Educação como uma 
prioridade em relação aos outros direitos, como nos diz Paulo Ghiraldelli 
Jr o não oferecimento do ensino obrigatório enseja para prefeitos e 
governadores a responsabilização, podendo até receberem sanções 
jurídicas. Entre as determinações incluídas na Constituição Federal de 
1988, destaca-se a elaboração de um Plano Nacional de Educação – 
PNE, a realização de Avaliações Institucionais, o estabelecimento de 
Diretrizes Curriculares Nacionais que viabilizam a implantação de um 
currículo	flexível,	concedendo	à	Instituição	educacional	a	elaboração	de	
sua	Proposta	Político	Pedagógica,	o	que	reflete	a	postura	dos	agentes	
para	uma	gestão	democrática	definida	na	Constituição	(BRASIL,	1988).
Mas e o Inspetor Escolar que obedecia a padrões rígidos, incumbido de 
exercer o controle de forma rigorosa e pontual? 
22 Uniube
Qual a postura a ser adotada por esse profissional para atender aos 
princípios da organização democrática no país?
De feitor, autoridade máxima da escola, à integrante da escola; da função 
impopular ao parceiro assessor, o Inspetor Escolar depara com essa 
situação.
A participação e o diálogo são fundamentais para propiciar o 
desenvolvimento de ações para uma gestão democrática, não há 
democracia sem esses fundamentos. 
Com esse breve histórico foi possível constatar que o Serviço de Inspeção 
Escolar	acontece	durante	muitos	anos	e	que	ele	recebe	influências	do	
contexto econômico, político e social, mas também atua na sociedade 
com	suas	especificidades	no	desenvolvimento	de	suas	funções.
Na videoaula a seguir vamos apresentar um pouco sobre o histórico da 
Inspeção Escolar. 
 Uniube 23
O serviço de Inspeção Escolar foi incorporado aos princípios da 
organização democrática do país, assumindo uma atuação, no cotidiano 
das escolas, que viesse ao encontro dessa política. Atualmente, o controle 
que	era	exercido	pelo	Inspetor	Escolar	de	forma	rígida	e	fiscalizadora	
passa a ser responsabilidade de todos os envolvidos no processo, em 
que o controle é exercido com a participação de toda a comunidade 
escolar. 
Das competências do Inspetor Escolar ainda são inerentes àquelas 
relativas ao acompanhamento do cumprimento das normas, ao 
assessoramento das escolas nas orientações do sistema e na divulgação 
e implementação das políticas públicas, ações consideradas de caráter 
fiscalizador.
O processo de formação plena dos estudantes passa por uma prática 
educativa que se reveste de acentuado caráter pedagógico, solicitando 
ao Serviço de Inspeção Escolar competências para além do caráter 
fiscalizador,	para	um	serviço	onde	o	acompanhamento	ao	processo	
ensino-aprendizagem faz-se necessário, visando à melhoria da qualidade 
do ensino.
No Brasil, a inspeção está estruturada como uma função integrante dos 
quadros da educação dos estados e lotada nos órgãos regionais de 
ensino, porém exerce suas atribuições nas escolas (AUGUSTO, 2010). 
A nomenclatura é bem diversa: Inspetor Escolar, Professor Técnico, 
Técnico em Educação, Assessor Educacional, Supervisor Educacional, 
entre outros, mas a nomenclatura Inspetor Escolar se faz presente em 
muitos estados, tais como Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, 
Espírito Santo, Pernambuco. Ela também se faz presente em muitos 
países como França, Bélgica, Portugal, Espanha, Escócia, Inglaterra, 
além de outros. 
24 Uniube
O Inspetor Escolar é o elo entre o sistema e a comunidade escolar, 
atuando nas três redes de ensino: Estadual, Municipal e Privada e ainda, 
atua como representante do Estado ou do município com sistema próprio, 
é ele que vai assessorar e acompanhar o funcionamento das instituições 
educacionais,	nos	aspectos	administrativos,	financeiros	e	pedagógicos.	
Por ter contato permanente com as comunidades escolares, é visto 
como um agente sociopolítico capaz de possibilitar condições para 
a implementação das políticas de democratização da educação, que 
vislumbram o acesso de todas as camadas da sociedade às instituições 
de ensino. Segundo Medina (2005, p. 88):
O inspetor deve ser capaz de encontrar nos dispositivos 
legais os caminhos mais apropriados e as alternativas 
possíveis para alcançar seus objetivos, garantindo 
assim a qualidade do ensino. Ele deve ter competência 
suficiente	para	melhorar	as	condições	de	trabalho	dos	
educadores, tornando mais fértil e satisfatória a atuação 
desses	profissionais.
Clique no link a seguir e consulte a nova redação da LDB
LDB
Lei 9.394/96 – Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional
No âmbito da democracia, foi elaborada uma nova Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação, Lei n. 9394, homologada em 23 de dezembro de 
1996.	Nela	foi	contemplado	o	Inspetor	Escolar	como	um	profissional	
da Educação bem como a formação necessária para a sua atuação, 
conforme o artigo 64 que assim dispõe: 
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9394.htm
 Uniube 25
A	 formação	 de	 profissionais	 de	 educação	 para	
administração, planejamento, inspeção, supervisão e 
orientação educacional para a educação básica será 
feita em cursos de graduação em pedagogia ou em 
nível de pós-graduação, a critério da instituição de 
ensino, garantida, nesta formação, a base comum 
nacional. (BRASIL, 1996).
Saiba maiS
Na Espanha, o Inspetor Escolar ocupou o lugar de “agente construtor” 
das práticas escolares, uma vez que o seu papel o colocava como 
elemento potencializador da ação educativa.
Compreender o papel do inspetor escolar nesta trajetória histórica, 
delimitar	seu	perfil,	suas	atribuições	e	como	ele	precisa	fazer	são	temas	
importantíssimos que vão nortear o seu fazer com mais segurança. Na 
videoaula a seguir, a Inspetora Elaine Fidélis, que atua há mais de 10 
anos, vai abordar esses assuntos para você. 
26 Uniube
Considerações finais1.4.9
Até aqui...
Nesta retrospectiva histórica caminhamos por diferentes cenários da 
educação	brasileira,	onde	foi	possível	constatar	a	influência	política	no	
alinhamento educacional e a importância do Serviço de Inspeção Escolar 
como meio de viabilização da implementação e do controle das políticas 
públicas. Foi repassado um panorama geral das diversas atribuições e 
um	perfil	histórico	deste	profissional.
No próximo capítulo veremos quais os instrumentos de trabalho que 
compõem suas atividades e salientaremos suas aplicabilidades.
Até lá! 
Referências1.5
AGUSTO, M. H. Inspeção Escolar. Belo Horizonte: UFMG, 2010. Disponível 
em: . Acesso em: out. 2017.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República 
Federativa do Brasil. Brasília-DF: Senado, 1998.
______. Decreto-lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes 
e Bases para o ensino de 1° e 2º graus, e dá outras providências. 
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 ago. 1971. 
______. Decreto-lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece diretrizes e 
bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez.1996. 
______. Decreto-lei nº. 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 dez.1961. 
 Uniube 27
CERVI, R. M. Padrão estrutural do Sistema de 
Ensino no Brasil. Curitiba: Ibpex, 2005.
CORTELLA, Mário Sérgio. A Escola e o Conhecimento: fundamentos 
epistemológicos e políticos. São Paulo: Cortez, 1998.
DEBRET-DESEMBARQUE.JPG. 2008. Altura: 513 pixels. Largura: 
700 pixels. 468 KB. Formato JPEG. Disponível em: . Acesso em: ago. 2017.
DICIO. Disponível em: . Acesso em: 1 set. 2016. 
GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. História da Educação 
Brasileira. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2006.
INDEPENDENCIA BRASIL 001.JPG. 2011. Altura: 502 pixels. Largura: 
800 pixels. 3.92 MB. FormatoJPEG. Disponível em: . Acesso em: ago. 2017. 
KRIZ7 DAMIETTE.JPG. 2008. Altura: 220 pixels. Largura: 409 pixels. 
99 KB. Formato JPEG. Disponível em: . Acesso em: ago. 2017.
LOUIS-MICHEL VAN LOO 003.JPG. 2011. Altura: 599 pixels. Largura: 784 
pixels. 154 KB. Formato JPEG. Disponível em: . Acesso em: ago. 2017.
MEDINA, Antônia da Silva. Supervisão Escolar: da educação 
exercida à ação repensada. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2005.
NAPOLITANO, Marcos. O regime militar brasileiro: 
1964-1985. São Paulo: Atual, 1998. 
PELLANDA, Nize M. Campos. Ideologia, Educação e Repressão 
no Brasil pós 64. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986.
PROPAGANDA DO ESTADO NOVO (BRASIL).JPG. 2011. Altura: 600. 
Largura:397. 75 KB. Formato JPEG. Disponível em: . Acesso em: ago. 2017.
28 Uniube
RENASCIMENTO	DO	SÉCULO	XII.	In:	WIKIPÉDIA,	a	enciclopédia	
livre.	Flórida:	Wikimedia	Foundation,	2017.	Disponível	em:	. Acesso em: 1 set. 2017.
 
SAVIANI, Dermerval. A Nova Lei da Educação: trajetória, limites 
e perspectiva. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 1997.
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Renascimento_do_s%C3%A9culo_XII&oldid=49743568
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Renascimento_do_s%C3%A9culo_XII&oldid=49743568
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Renascimento_do_s%C3%A9culo_XII&oldid=49743568
2 O arcabouço legal que 
fundamenta a organização 
das instituições escolares
Elaine Antunes Fidelis 
Maria Stela Alves Timoteo
 Uniube 31
Considerações iniciais2.1
Nesta unidade, iremos abordar o arcabouço legal que fundamenta a 
organização básica das instituições escolares, conhecer os diferentes 
sistemas educacionais e como suas instituições se organizam dentro 
dele, observando o amparo legal para o seu funcionamento e as normas 
hierárquicas. Vamos ainda estudar sobre o trabalho, as ações e as 
orientações do Inspetor Escolar nas instituições escolares.
Desde quando o homem se submeteu a viver coletivamente, ele constatou 
a necessidade da prescrição de regras para o convívio harmônico. Com 
o avanço dos grupos sociais, as relações tornaram-se mais complexas, 
originando os entes federativos, necessitando da elaboração de normas 
formais. No Brasil, um país de regime democrático, é visível a atuação 
dos	três	poderes	bem	definidos	e	atuantes:	o	Poder	Executivo,	o	Poder	
Legislativo e o Poder Judiciário. 
Figura 1
Fonte: Acervo DepositPhotos/EAD Uniube.
32 Uniube
Poder Executivo: é o exercício do comando da nação 
dentro	dos	ordenamentos	definidos	pela	Constituição	
Federal. 
Poder Judiciário: é dada a incumbência de aplicar a 
lei em casos concretos, para assegurar a justiça e a 
realização dos direitos individuais e coletivos no processo 
das relações sociais, além de zelar pelo respeito e 
cumprimento do ordenamento constitucional. 
Poder Legislativo: é atribuída a elaboração e a 
manutenção do sistema normativo, ou seja, o conjunto 
de leis que asseguram a soberania da justiça para todos 
- cidadãos, instituições públicas e empresas privadas.
Conforme dispõe o artigo 5º da Constituição Federal, de 1988,
Figura 2
Fonte: Acervo DepositPhotos/EAD 
Uniube
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, 
sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes:
I. Homens e mulheres são iguais em 
direitos e obrigações, nos termos 
desta Constituição. (BRASIL, 1988).
 Uniube 33
Essa disposição Constitucional determina as condições de igualdade 
entre homens e mulheres na garantia de seus direitos, porém demarca 
a conduta das pessoas. Não basta ter a garantia dos direitos nas 
legislações, faz-se necessário inteirar-se delas, indo além, na sua 
compreensão e na exigência de seu cumprimento. Outro fator necessário 
é	que	cada	cidadão	atue	como	fiscalizador	na	utilização	das	leis	e	a	partir	
daí aponte sugestões para a melhoria delas.
Para a elaboração da legislação de um país democrático de direito, o 
Poder Legislativo observa o processo de atos, fatos e decisões políticas, 
econômicas e sociais para que o conjunto das leis elaboradas atenda 
aos	seus	fins,	não	lesando	o	direito	individual	e	coletivo	da	sociedade.	
O conjunto de Leis que normaliza determinada área, habitualmente 
chamado de ordem jurídica, é denominado legislação. Na forma de 
organização do nosso país “regime democrático”, salientamos como 
norma soberana a Constituição Federal e dela emanam os demais atos 
normativos, entre eles leis, decretos, portarias e instruções normativas 
como	ilustra	a	figura	a	seguir:
Figura 3
Fonte: Acervo DepositPhotos/EAD Uniube.
LEIS
DECRETOS
RESOLUÇÕES
PORTARIAS
34 Uniube
Como dissemos anteriormente, existe um conjunto de leis para as 
diferentes áreas nas quais o país está organizado. Vamos tratar aqui, 
de forma hierárquica, da legislação nacional na esfera federal, que 
organiza a área educacional, cerne do nosso estudo. A partir delas, cada 
sistema de ensino regulamenta as suas instituições observando as suas 
competências, conforme o que dispõe os § 1º, 2º e 3º do artigo 211 da 
Constituição Federal – CF e os artigos 10 e 11 da Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional – LDB. Informamos ainda que existem 
tratados internacionais dos quais o Brasil é país signatário e que também 
são respeitados pelo país ao elaborarem as legislações em nível federal.
A Constituição Federativa do Brasil2.2
Outorgada em cinco de outubro de 1988, chamada de “Carta Magna”, 
com princípios democráticos, trazendo em seu bojo a educação como 
um dos direitos sociais, isto é, para todos os brasileiros, provocando 
várias ações e reformulação nas políticas públicas educacionais, ora 
vigentes. Trata-se da Lei máxima do país. 
Fixa normas de governo
Determina os direitos e os deveres
Concede competências
Delimita a ação soberana e garante ao 
povo o âmbito da ordem
Imprescindível ao desenvolvimento e à 
harmonia na sociedade
 Uniube 35
Para conhecermos a organização do sistema educacional, é essencial 
nos apropriarmos dos documentos fundamentais, entre eles a 
Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 
A educação é tratada na Constituição Federal em vários artigos: desde 
o direito à educação como dever do Estado e da família, promovida e 
incentivada pelo Estado com a colaboração da sociedade, passando 
pelos princípios que fundamentam a organização do ensino, a valorização 
dos	profissionais,	o	gozo	da	autonomia	didático-científica,	administrativa	
e	de	gestão	financeira	e	patrimonial	(BRASIL,1988).
Destacamos o Art. 214 que estabelece a existência de um Plano Nacional 
de Educação, com o objetivo de articular o Sistema Nacional de Educação 
para assegurar a manutenção e o desenvolvimento do ensino em seus 
diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos 
poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: 
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V	 -	 promoção	 humanística,	 científica	 e	 tecnológica	 do	 país.	
(BRASIL,1988).
36 Uniube
Saiba maiS
Amplie seus conhecimentos sobre os dispositivos constitucionais 
referentes à educação, acessando o endereço: 
Figura 4
Fonte: Acervo DepositPhotos/EAD Uniube.
A Lei de diretrizes e bases da educação2.3
No cenário em que se apresentava o Brasil, após o término da ditadura 
militar e com a luta da sociedade pela elaboração dos documentosde 
base, na organização do país, em especial na organização da educação, 
fundamentados nos anseios de democracia pela participação popular, 
fomentou-se uma sólida mobilização em prol da criação de uma nova 
Lei de Diretrizes e Bases. Em 20 de dezembro de 1996, quase dez anos 
após a promulgação da CF e fruto de inúmeros debates, realização 
de fóruns e discussões na Assembleia Constituinte, é aprovada a Lei 
9394/96 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, que 
serve de patamar para as decisões decorrentes (BRASIL, 1996).
http://pactoensinomedio.mec.gov.br/images/pdf/constituicao_educacao.pdf
http://pactoensinomedio.mec.gov.br/images/pdf/constituicao_educacao.pdf
 Uniube 37
Figura 5
Fonte: Acervo DepositPhotos/EAD Uniube.
A estrutura educacional no país compreende a existência de diferentes 
órgãos em suas respectivas esferas. Inicialmente, temos os órgãos 
federais que simbolizam a União, são eles o Ministério da Educação 
– ME e o Conselho Nacional de Educação – CNE, que se organizam 
conforme	figura	6.
38 Uniube
Figura 6
Fonte: BRASIL (2017)
A	definição	de	diretrizes	para	a	educação,	a	serem	seguidas	em	todo	
o país, é de competência destes órgãos federais. Na pirâmide da 
organização estrutural estão as Secretarias Estaduais e Municipais 
de Educação e os Conselhos Estaduais e Municipais de Educação, 
conforme	a	especificidade	de	cada	ente	federado.		
As determinações e as decisões que direcionarão e estruturarão 
a educação nos estados e nos municípios devem observar o que foi 
emanado das instâncias federais e serão o corpo de legislação desses 
entes. As competências atribuídas a esses entes federados estão 
 Uniube 39
determinadas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 
n.9394/96, nos artigos 9º e 10.
Figura 7
Fonte: Acervo DepositPhotos/EAD Uniube.
Na estrutura dos órgãos federais a existência de um Conselho Nacional 
de Educação já era uma realidade, uma vez que, por meio da Lei 
9131, de 1995, este já havia sido criado. Além disso, a LDB atual em 
seu artigo 9º determinou a existência de um Conselho Nacional de 
Educação com funções normativas e de supervisão e, ainda, delegou 
suas competências, aumentando as suas responsabilidades.
Destacamos outra inovação da LDB que é a possibilidade da criação de 
sistemas	pelos	estados	e	municípios,	com	atribuições	definidas,	limitando	
a área de abrangência de cada ente federado, quanto aos níveis de 
atuação.
Nessa perspectiva, a questão é a descentralização, com 
responsabilidades	definidas.	
40 Uniube
A lei que permite aos municípios se organizarem em 
sistemas de ensino também lhes assegura o direito à opção 
de permanecerem vinculados aos respectivos sistemas 
estaduais.
Com efeito da autonomia atribuída a cada ente federativo, a CF resguarda 
o princípio indissociável dos entes federativos e, também, o princípio do 
regime de colaboração entre os diferentes sistemas, como apresenta o 
Parecer CEE/MG n.500/1998. 
A Constituição Federal estabelece, como um de seus 
princípios fundamentais, a união indissolúvel dos entes 
federativos, da União, dos Estados e dos Municípios, 
pressupondo que todos gozarão de autonomia para 
o exercício de suas responsabilidades. A própria 
Constituição menciona as competências da União, dos 
Estados e dos Municípios em matéria de educação, 
recomendando articulação entre esses níveis e 
mencionando expressamente o regime de colaboração. 
(BRASIL, 1988).
Conforme o citado Parecer CEE/MG n. 500/98, entende-se como 
regime de colaboração: 
Figura 8
Fonte: Acervo DepositPhotos/EAD 
Uniube.
A forma de relacionamento entre 
sistemas de ensino como estratégia 
de organização da educação nacional. 
Portanto, ao lado da autonomia 
dos entes federados, por meio do 
regime de colaboração, é possível 
delimitar com clareza competências 
e coordenar ações para assegurar 
a participação de todos os níveis de 
governo. 
 Uniube 41
O regime de colaboração dá-se por meio de parcerias em que 
a vontade política de colaborar se manifeste em deliberações 
compartilhadas e compromisso comum com a qualidade de ensino 
e com a universalização do acesso à educação fundamental, 
evitando-se a imposição de decisões e a simples transferência 
de encargos de uma instância da federação para outra. Por 
meio do regime de colaboração, as relações de subordinação e 
dependência, estabelecidas no marco de uma estrutura vertical e 
hierárquica, são substituídas por relações democráticas entre entes 
federados e autônomos. O regime de colaboração pressupõe: 
• negociação entre as partes, em pé de igualdade, em que cada 
uma delas exponha com clareza suas necessidades, suas 
propostas e as possibilidades de cumpri-las; 
• formalização decorrente da negociação de acordos ou 
contratos de parceria, devidamente registrados, nos termos 
legais; 
• deliberação clara da responsabilidade de cada parte envolvida.
Fonte: BRASIL (1998)
Conforme o parágrafo único, do artigo 11 da LDB, os municípios têm três 
opções	em	relação	à	organização	e	definição	do	seu	sistema	de	ensino	
na educação básica, são elas: 
42 Uniube
Compor com o Estado um Sistema Único de Educação 
Básica: o sistema único abarca a adoção de normas 
educacionais comuns, podendo, inclusive, chegar à 
manutenção e administração compartilhada da rede 
pública de escolas, que deixariam de ser apenas 
estaduais ou municipais e passariam a ser escolas 
públicas, de responsabilidade simultânea do Estado e 
Município.
Integrar-se ao Sistema Estadual de Ensino: 
nesta opção o município continuará a observar 
as normas estabelecidas pelos referidos 
Conselhos Estaduais de Educação e terá suas 
escolas credenciadas e supervisionadas e seus 
cursos autorizados, reconhecidos e avaliados 
pelo Sistema Estadual de Ensino.
Construir seu próprio Sistema Municipal de Ensino: 
permite ao Município exercer de forma plena e com 
autonomia o direito de organizar e manter sua rede 
escolar segundo seus interesses e peculiaridades, para 
tanto ele precisa manifestar a opção.
Na atual organização do sistema educacional brasileiro, destacamos 
dois níveis de educação, sendo o primeiro Educação Básica e o segundo 
a Educação Superior. A Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o 
Ensino Médio compõem a Educação Básica, sendo a Educação Infantil 
e o Ensino Fundamental de responsabilidade do município e o Ensino 
Fundamental e Ensino Médio dos Estados e do Distrito Federal. A 
Educação	Superior	fica	sob	a	responsabilidade	da	União.	A	assistência	
técnica	e	financeira	para	a	viabilização	do	oferecimento	da	educação	
 Uniube 43
básica é de responsabilidade do governo federal que exerce uma função 
redistributiva e supletiva. 
Ufa! Quantas informações importantes! Quão vasto é o arcabouço legal 
que fundamenta a organização das instituições educacionais. 
O Inspetor Escolar está o tempo todo assessorando, acompanhando e 
orientando o gestor para que ele possa tornar conhecimento de tudo isto 
e organizar da melhor forma a instituição. 
Para	tratar	deste	desafio	e	traduzir	em	palavras	o	cotidiano	de	uma	
escola, acesse a videoaula a seguir. 
44 Uniube
Figura 9
Educação 
Básica
Ensino 
Superior
Níveis da 
Educação
Ensino 
Fundamental
Ensino 
Médio
Educação 
Infantil
O atendimento às crianças de zero a cinco anos acontece na Educação 
Infantil, podendo ser dividido de zero a três anos em creches e de quatro 
a cinco anos em pré-escolas. O Ensino Fundamental atende as crianças 
a partir dos seis anos, com duração mínima de nove anos, e o Ensino 
Médio,	etapa	final	da	Educação	Básica,	tem	a	duração	de	três	anos	
(BRASIL, 2013).
Para atender grupos diferenciados de estudantes a LDB prevê várias 
modalidades	 de	 ensino	 que	 significam	 variação	 da	 organização	
da educação regular. Conforme Parecer CEE/MG 1132/1997, as 
modalidades de ensino pressupõem formas de organização, calendários, 
currículos, carga horária e metodologias que se ajustem às características 
de cada grupo diferenciado de alunose aos objetivos de cada modalidade 
(BRASIL, 1997).
Destacamos algumas modalidades da EDUCAÇÃO BÁSICA:
 Uniube 45
Educação de jovens e adultos
Educação especial
Educação indígena
Educação do campo
Educação	profissional
Outra determinação da LDB em seu Título IV – Da organização da 
Educação	Nacional	classifica	as	instituições	de	ensino	em	categorias	
administrativas, em seus artigos 19 e 20:
Art.	19.	As	instituições	de	ensino	dos	diferentes	níveis	classificam-se	nas	
seguintes categorias administrativas: 
I - públicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas 
e administradas pelo Poder Público; 
II - privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por 
pessoas físicas ou jurídicas de direito privado (BRASIL, 1996).
46 Uniube
Art. 20. As instituições privadas de ensino se 
enquadrarão nas seguintes categorias: 
I - particulares em sentido estrito, assim entendidas 
as que são instituídas e mantidas por uma ou 
mais pessoas físicas ou jurídicas de direito 
privado que não apresentem as características 
dos incisos abaixo; 
II - comunitárias, assim entendidas as que são 
instituídas por grupos de pessoas físicas ou 
por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive 
cooperativas de professores e alunos que 
incluam na sua entidade mantenedora 
representantes da comunidade; 
III - confessionais, assim entendidas as que são 
instituídas por grupos de pessoas físicas ou por 
uma ou mais pessoas jurídicas que atendem à 
orientação	confessional	e	ideologia	específica	e	
ao disposto no inciso anterior; 
IV	-	filantrópicas,	na	forma	da	lei.	(BRASIL,	1996).
A LDB aborda vários tópicos para a organização da Educação Básica. 
Entre eles, destacamos:
1- Capítulo II – Seção I- da Educação Básica – Das Disposições Gerais- 
artigos 22 a 25 (BRASIL, 1996).
 Uniube 47
Figura 10
Agora há pouco, você leu sobre as modalidades da Educação Básica 
tratadas na LDB. Vamos saber um pouco mais sobre esse assunto na 
videoaula a seguir. 
autonomia 
na expedição 
de 
documentos 200 dias 
letivos
60% 
frequência
no total C.H
75% 
frequência
no total C.H
Reclas-
sificação
Reclas-
sificação
8.00 h. carga
horária 
E.F./E.M
C.H. de 4 a 7
para ED. 
Infantil
Finalidades
LDB
48 Uniube
2- Capítulo II – Seção I - da Educação Básica – Das Disposições Gerais- 
artigos 26 a 28 – Do Currículo:
Composto de uma base nacional comum que contemple o estudo 
da Língua Portuguesa, da matemática, conhecimento do mundo 
físico e natural e da realidade social e política, especialmente do 
Brasil, o ensino da arte, a educação física e o ensino de história 
do Brasil, levando em conta as diferentes culturas e etnias para 
a formação do povo brasileiro; a ser complementada em cada 
sistema	de	ensino	por	uma	parte	diversificada:	a	partir	do	sexto	
ano o ensino de pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna.
Para atender às suas competências e contribuir para as 
instituições educacionais com elaboração do currículo, o CNE 
definiu	Diretrizes	Curriculares	Nacionais	para	todos	os	níveis	e	
modalidades da Educação Básica (BRASIL, 1996).
 Uniube 49
3 - Capítulo II da Educação Básica – Seção II - artigos 29 a 36 – Da 
Organização da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino 
Médio:
No	 rol	 destes	 artigos,	 a	 fim	 de	 dar	 o	 suporte	 para	 que	 os	
profissionais	 da	 escola	 elaborem	 sua	 Proposta	 Político	
Pedagógica,	encontramos	definidas	as	finalidades,	as	diretrizes,	
os objetivos, a forma de avaliação, a carga horária diária e anual, 
a idade para matrícula, os demais componentes curriculares, os 
temas transversais, as formas de progressão e organização dos 
anos de escolaridade (BRASIL, 1996).
4 - Capítulo II - Seções IV – A e V - artigos 36 - A a 38 
 Capítulo III - artigos 39 a 42 e 58 a 60 - Das Modalidades.
As	orientações	para	a	organização	da	Educação	Profissional	
Técnica de Nível Médio, da Educação de Jovens e Adultos, da 
Educação	Profissional	e	da	Educação	Especial	encontram-se	
dispostas nos referidos artigos (BRASIL, 1996). 
5 - Título III - capítulo IV - artigos 43 a 57
 Títulos - VI a IX – artigos 61 a 92
Agrupamos nos artigos citados acima diferentes assuntos, não 
menos relevantes, que são disposições a serem observadas pelos 
Sistemas,	pelos	profissionais	da	educação	e	pela	comunidade	
escolar,	 são	 eles:	 Educação	 Superior;	 dos	 Profissionais	 da	
Educação; dos Recursos Financeiros; das Disposições Gerais e 
Transitórias (BRASIL, 1996).
50 Uniube
peSquiSando na web
Acesse o endereço a seguir para estudar a LDB na íntegra: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm
O arcabouço legal a ser observado pelas diferentes instituições de cada 
Sistema na organização da Educação Básica é muito amplo, entretanto 
tratamos aqui dos ordenamentos considerados base nacional, CF e LDB. 
Vale ressaltar que os demais ordenamentos emanados do Conselho 
Nacional de Educação, Conselho Estadual de Educação, Conselhos 
Municipais de Educação, Secretarias Estaduais de Educação, Secretarias 
Municipais de Educação e Regimento Interno de cada instituição devem 
ser	observados	e	cumpridos	com	fidedignidade.	
Você já deve ter percebido quão vasto é o universo que acopla os 
ordenamentos legais a serem conhecidos, estudados e compreendidos 
para a devida organização dos Sistemas Educacionais. 
importante
Os	Inspetores	Escolares	são	os	profissionais	que	fazem	a	conexão	
entre o arcabouço legal e as Políticas Públicas da Educação com 
os diferentes órgãos do Sistema. Além disso, trazem desde a 
menor unidade educacional, a escola, informações, sugestões 
e dados que serão referência para a reelaboração de novos 
ordenamentos legais e de Políticas Públicas. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm
 Uniube 51
Diante dessa imensidão, o que faz o Inspetor Escolar? 
Experimenta um movimento de comunicação bilateral entre as unidades 
centrais, regionais e escolares. No desempenho de suas atribuições 
e	competências,	o	Inspetor	Escolar	exerce	as	funções	de	verificação,	
avaliação, monitoramento, orientação e registros de situações das 
instituições. 
Considerações finais2.4
Como podemos constatar o arcabouço legal que permeia a organização 
dos sistemas educacionais é muito amplo e para que ele esteja a serviço 
da	garantia	dos	direitos	e	deveres	nele		contemplados	o	profissional	
da Inspeção Escolar precisa estar atento à sua compreensão, para 
utilizá-lo	a	serviço	de	seus	fins.	Na	próxima	unidade	vamos	abordar	os	
documentos básicos que norteiam o trabalho do Inspetor Escolar.
Continue ampliando seus conhecimentos, na próxima unidade, o foco 
está no fazer da Inspeção Escolar fundamentado nos documentos 
básicos que norteiam a organização da instituição escolar.
Referências2.5
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República 
Federativa do Brasil. Brasília-DF: Senado, 1998.
______. Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais. 
Parecer nº 500/1998. Belo Horizonte-MG, 13 maio 1998.
______. Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais. 
Parecer nº 1132/97. Belo Horizonte-MG, 12 nov. 1997.
52 Uniube
______. Dúvidas mais frequentes sobre educação infantil. 
Disponível em: . Acesso em: 26 out. 2017.
______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as 
diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República 
Federativa do Brasil, Brasília, 20 dez. 1996. Disponível em: Acesso em: 22 jan. 2013.
______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. 
Parecer nº 5/97. Proposta de Regulamentação da Lei 9.394/96. 
Diário Oficial [da] União, Brasília-DF, 7 maio 1997.
______. Ministério da Educação. Estrutura Organizacional. 
Disponível em: . Acesso em: set. 2017. 
3 A Inspeção Escolar e os 
documentos

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