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BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da
República Federativa do Brasil: promulgada
em 5 de outubro de 
1988. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990. Artigos
205 ao 2014.
Encontramos na seção I, do Capítulo III
da Constituição Federal, todas as
referências legais que norteiam até
hoje a Educação Nacional. 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever
do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para
o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos
seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e
divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções
pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e
privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em
estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação
escolar, garantidos, na forma da lei, planos de
carreira, com ingresso exclusivamente por concurso
público de provas e títulos, aos das
redes públicas;
VI - gestão democrática do ensino público,
na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade. 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será
efetivado mediante a garantia de:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito,
assegurada, inclusive, sua oferta gratuita
para todos os que a ele não tiveram acesso na
idade própria; 
II - progressiva universalização do ensino
médio gratuito;
III - atendimento educacional especializado aos
portadores de deficiência, preferencialmente na rede
regular de ensino;
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às
crianças até 5 (cinco) anos de idade; 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa
e da criação artística, segundo a capacidade de cada
um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às
condições do educando;
VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental,
através de programas suplementares de material
didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde.
Lei nº 9.394/96
Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional.
Art. 2º A educação, dever da família e do
Estado, inspirada nos princípios de liberdade e
nos ideais de solidariedade humana, tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando,
seu preparo para o exercício da cidadania 
e sua qualificação para o trabalho. 
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes
princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de
ensino;
VI - gratuidade do ensino público em
estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação
escolar;
VIII - gestão democrática do ensino 
público, na forma desta Lei e da 
legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência 
extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o
trabalho e as práticas sociais.
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino,
respeitadas as normas comuns e as do seu sistema
de ensino, terão a incumbência de:
    I - elaborar e executar sua 
proposta pedagógica;
   II - administrar seu pessoal e seus 
recursos materiais e financeiros;
   III - assegurar o cumprimento dos dias
letivos e horas-aula estabelecidos;
IV - velar pelo cumprimento do plano de
trabalho de cada docente;
   V - prover meios para a recuperação
dos alunos de menor rendimento;
VI - articular-se com as famílias 
e a comunidade, criando processos de
integração da sociedade com a
escola;
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus
filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a
frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre
a execução da proposta pedagógica da escola;
  VIII - notificar ao Conselho Tutelar do Município,
ao juiz competente da Comarca e ao respectivo
representante do Ministério Público a relação dos 
alunos que apresentem quantidade de faltas acima de
cinqüenta por cento do percentual permitido em lei.
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas
da gestão democrática do ensino público na
educação básica, de acordo com as
suas peculiaridades e conforme os 
seguintes princípios:
   I - participação dos profissionais da educação
na elaboração do projeto pedagógico
da escola;
   II - participação das comunidades escolar e
local em conselhos escolares ou equivalentes.
Art. 21. A educação escolar compõe-
se de:
  I - educação básica, formada pela
educação infantil, ensino fundamental
e ensino médio;
  II - educação superior.
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e
médio, será organizada de acordo com as seguintes regras
comuns: 
I - a carga horária mínima anual será de
oitocentas horas, distribuídas por um
mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho
escolar(...)
II - a classificação em qualquer série ou
etapa, exceto a primeira do ensino fundamental(...)
III - (...)o regimento escolar pode admitir
formas de progressão parcial, desde que
preservada a sequência do
currículo(...)
V - verificação do rendimento escolar(...) 
Observando os critérios: avaliação contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, 
possibilidade de aceleração de estudos, de
avanço, aproveitamento de estudos e
obrigatoriedade de estudos de
recuperação.
VI - o controle de freqüência fica
a cargo da escola(...)
VII - cabe a cada instituição de ensino expedir
históricos escolares, declarações de conclusão
de série e diplomas ou certificados de conclusão de
cursos(...)
Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e
médio devem ter uma base nacional comum, a ser
complementada, em cada sistema de ensino e
estabelecimento escolar, por uma parte
diversificada(...)
A LDB dispõe ainda sobre os seguintes aspectos:
Educação Básica – artigos 22 a 28
Educação Infantil – artigos 29 a 31
Ensino Fundamental – artigos 32 a 34
Ensino Médio – artigos 35 e 36
Educação de Jovens e Adultos – artigos 37 e 38
Educ. Profissional e Tecnológica – artigos 39 a 42
Educação Superior – artigos 43 a 57
Educação especial – artigos 58 a 60
Profissionais da Educação – artigos 61 a 67
Recursos financeiros – artigos 68 a 77
Disposições Gerais e Transitórias – artigos 78 a 92
As determinações do art. 214, da CF, “A lei
estabelecerá o plano nacional de educação, de
duração plurianual, visando à articulação e ao
desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e
à integração das ações do Poder Público...” e as
diretrizes delineadas pela Lei 9.394/96, foram
transformadas em metas e objetivos para o sistema
educacional brasileiro por meio do Plano Nacional
de Educação (PNE) Lei n.º 10.172/2001 
A partir de 1996, com a promulgação da
nova LDB temos tido uma avalanche de atos
normativos emitidos pelo governo
federal,na forma de leis,
decretos, resoluções, portarias, 
pareceres, que são documentos estruturais para
compreender por onde caminha o
direito educacional brasileiro. 
Educação Infantil
 
Parecer CNE/CEB nº
22/1998 - Diretrizes
Curriculares Nacionais para
a Educação Infantil. 
Resolução CNE/CEB nº
01/1999 - Institui as
Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação
Infantil.
Ensino Fundamental
Parecer CNE/CEB nº 04/1998 Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental. 
Resolução CNE/CEB nº 02/1998 Institui
as Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Fundamental.
Ensino Fundamental de 9 anos
Lei 11.114/2005 Torna
obrigatório o início do ensino fundamental aos seis anos de
idade. 
Parecer CNE/CEB nº 18/2005 Orientações para a
matrícula das crianças de 6 (seis) anos de idade no Ensino
Fundamental obrigatório. 
Resolução CNE/CEB nº 03/2005 Define normas
nacionais para a ampliação do Ensino Fundamental para
nove anos de duração.
Educação de Jovens e Adultos
Parecer CNE/CEB nº 11/2000 Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação de Jovens e Adultos. 
Resolução CNE/CEB nº 01/2000 Estabelece as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens
e Adultos.
Educação Especial
Portaria nº 1.793/1994 Dispõe sobre a
necessidade de complementar os currículos de formação
de docentes e outros profissionais que interagem com
portadores de necessidades especiais. 
Lei nº 10.098/2000 Estabelece normas
gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou
com mobilidade reduzida.
Parecer CNE/CEB nº 17/2001 
Diretrizes Nacionais para a
Educação Especial. 
Resolução CNE/CEB nº
02/2001 Institui Diretrizes
Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica.
Lei nº 10.436/2002 
Dispõe sobre a Língua Brasileira
de Sinais - Libras.
Currículo Escolar
Lei 9.795/1999 - Estabelece a Política Nacional de
Educação Ambiental. 
Lei 10.639/2003 – acrescenta arts. 26-A e 79-B na Lei
9.394/96 e inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-
Brasileira". 
Lei 10.793/2003 – altera art. 26 da Lei 9.394/96, referente
ao componente curricular -Educação Física.
Currículo Escolar (cont.)
Lei 11.525/2007 -  Acrescenta § 5o ao art. 32 da Lei
9.394/96, para incluir conteúdo que trata dos direitos
das crianças e dos adolescentes no currículo do
ensino fundamental.
Lei 11.769/2008 – Altera art. 26 da LDB para
dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música
na educação básica. 
Carga Horária
Parecer CNE/CEB nº 38/2002 Organização
do período letivo e carga horária, tendo em vista os art.
23 e 24 da Lei 9.394/96. 
Parecer CNE/CEB nº 2/2003 Consulta
sobre a utilização do recreio como atividade escolar. 
Parecer CNE/CEB nº 23/2003 Cumprimento
dos mínimos de duração, carga horária e jornada escolar,
com a necessária destinação de tempo dos Profissionais
da Educação, para execução das ações de planejamento. 
Carreira e Formação dos Profissionais da
Educação Básica
Os Planos de carreira dos profissionais da
educação básica são regidas pelos Estatutos e
Planos de Carreira de cada ente federado. 
No entanto, o Conselho Nacional de Educação
estabelece as diretrizes nacionais objetivando
homogeneizar a regulação profissional.
Resolução CNE/CEB nº 03/1997 Diretrizes
Nacionais para a Carreira dos Profissionais do
Magistério
Resolução CNE/CEB n.º 01/2003 Dispõe
sobre os direitos dos profissionais da educação
com formação de nível médio, na modalidade
Normal, em relação à prerrogativa do exercício da
docência, em vista do disposto na lei 9394/96.
Lei nº 9.394/96
Profissionais da Educação
Art. 62. A formação de docentes para atuar na
educação básica far-se-á em nível superior, em curso de
licenciatura, de graduação plena, em universidades e
institutos superiores de educação, admitida, como
formação mínima para o exercício do magistério na
educação infantil e nas quatro primeiras séries do
ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na
modalidade Normal. 
Art. 67(...)
§ 1o A experiência docente é pré-
requisito para o exercício profissional
de quaisquer outras funções de
magistério, nos termos das
normas de cada sistema de
ensino; 
§ 2o  (...) são consideradas funções de magistério as
exercidas por professores e especialistas em educação
no desempenho de atividades educativas,
quando exercidas em estabelecimento de educação
básica em seus diversos níveis e modalidades,
incluídas, além do exercício da docência, as de
direção de unidade escolar e as de
coordenação e assessoramento pedagógico. 
 Lei Nº 8.069/1990 
Estatuto da Criança e do Adolescente 
Art. 1º . Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à
criança e ao adolescente. 
Art. 2º. Considera-se criança, para os efeitos desta
Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de
idade. 
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à
educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua
pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho, assegurando-lhes: 
I - igualdade de condições para o acesso
e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus
educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos,
podendo recorrer às instâncias escolares
superiores;
IV - direito de organização e participação em
entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita
próxima de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais
ou responsáveis ter ciência do processo
pedagógico, bem como participar da definição
das propostas educacionais. 
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao
adolescente: 
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito,
inclusive para os que a ele não tiveram acesso na
idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao
ensino médio;
III - atendimento educacional especializado
aos portadores de deficiência, preferencialmente
na rede regular de ensino;
IV - atendimento em creche e pré-escola às
crianças de zero a seis anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da
pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade
de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular,
adequado às condições do adolescente trabalhador;
VII - atendimento no ensino fundamental,
através de programas suplementares de material 
didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde.
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de
matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de
ensino. 
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de
ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os
casos de: 
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão
escolar, esgotados os recursos escolares;
III - elevados níveis de repetência.
Art. 58. No processo educacional
respeitar-se-ão os valores culturais,
artísticos e históricos próprios do contexto
social da criança e do adolescente,
garantindo-se a estes a liberdade da criação
e o acesso às fontes de cultura. 
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao
adolescente são aplicáveis sempre que os direitos
reconhecidos nesta Lei forem ameaçados
ou violados: 
I - por ação ou omissão da sociedadeou do
Estado;
II - por falta, omissão ou abuso dos
pais ou responsável;
III - em razão de sua conduta.
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses
previstas no art. 98, a autoridade competente
poderá determinar, dentre outras, as seguintes
medidas: 
I - encaminhamento aos pais ou
responsável, mediante termo de
responsabilidade;
II - orientação, apoio e acompanhamento
temporários;
III - matrícula e frequência obrigatórias
em estabelecimento oficial de ensino
fundamental;
IV - inclusão em programa comunitário ou
oficial de auxílio à família, à criança e ao
adolescente;
V - requisição de tratamento médico,
psicológico ou psiquiátrico, em regime
hospitalar ou ambulatorial;
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário
de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e
toxicômanos;
VII - abrigo em entidade;
VIII - colocação em família substituta.
Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta
descrita como crime ou contravenção penal. 
Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores
de dezoito anos, sujeitos às medidas
previstas nesta Lei. 
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, 
deve ser considerada a idade do adolescente à
data do fato.
Art. 105. Ao ato infracional praticado por
criança corresponderão as medidas 
previstas no art. 101. 
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a
autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as
seguintes medidas: 
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semi-liberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em
conta a sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias
e a gravidade da infração.
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto
algum, será admitida a prestação de
trabalho forçado.
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou
deficiência mental receberão tratamento individual e
especializado, em local adequado às suas condições.
Art. 115. A advertência consistirá em admoestação
verbal, que será reduzida a termo e assinada.
Art. 116. Em se tratando de ato infracional com
reflexos patrimoniais, a autoridade poderá
determinar, se for o caso, que o adolescente restitua a
coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por outra 
forma, compense o prejuízo da vítima. 
Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade,
a medida poderá ser substituída por outra adequada.
Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na
realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período não
excedente a seis meses, junto a entidades assistenciais, hospitais,
escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem como 
em programas comunitários ou governamentais. 
Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as
aptidões do adolescente, devendo ser cumpridas durante
jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados, domingos
e feriados ou em dias úteis, de modo a não prejudicar a
freqüência à escola ou à jornada normal de
trabalho.
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se
afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar,
auxiliar e orientar o adolescente. 
§ 1º A autoridade designará pessoa
capacitada para acompanhar o caso, a qual poderá ser
recomendada por entidade ou programa de atendimento.
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de
seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorrogada, revogada
ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o
Ministério Público e o defensor.
Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão
da autoridade competente, a realização dos seguintes encargos,
entre outros: 
I - promover socialmente o adolescente e sua família,
fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se 
necessário, em programa oficial ou comunitário de auxílio e
assistência social;
II - supervisionar a frequência e o aproveitamento
escolar do adolescente, promovendo, inclusive, sua
matrícula;
III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente
e de sua inserção no mercado de trabalho;
IV - apresentar relatório do caso. 
Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser
determinado desde o início, ou como forma de
transição para o meio aberto, possibilitada a realização
de atividades externas, independentemente de 
autorização judicial. 
Art. 121. A internação constitui medida
privativa da liberdade, sujeita aos
princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à 
condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento. 
Art. 126. Antes de iniciado o procedimento
judicial para apuração de ato infracional, o
representante do Ministério Público poderá
conceder a remissão, como forma de
exclusão do processo, atendendo às
circunstâncias e consequências do fato, ao
contexto social, bem como à personalidade
do adolescente e sua maior ou menor
participação no ato infracional. 
Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou
responsável: 
I - encaminhamento a programa oficial ou
comunitário de proteção à família;
II - inclusão em programa oficial
ou comunitário de auxílio, orientação e
tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
III - encaminhamento a tratamento psicológico
ou psiquiátrico;
IV - encaminhamento a cursos ou programas
de orientação;
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e
acompanhar sua frequência e aproveitamento
escolar;
VI - obrigação de encaminhar a
criança ou adolescente a tratamento
especializado;
VII - advertência;
VIII - perda da guarda;
IX - destituição da tutela;
X - suspensão ou destituição do
pátrio poder.
Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão
ou abuso sexual impostos pelos pais ou responsável, a
autoridade judiciária poderá determinar, como medida 
cautelar, o afastamento do agressor da moradia
comum. 
Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e
autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade
de zelar pelo cumprimento dos direitos da 
criança e do adolescente, definidos nesta Lei. 
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: 
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas
nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I
a VII;
I - atender e aconselhar os pais ou responsável,
aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII;
III - promover a execução de suas decisões, podendo
para tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação,
serviço social, previdência, trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de
descumprimento injustificado de suas
deliberações.
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de
fato que constitua infração administrativa ou penal
contra os direitos da criança ou adolescente;
V - encaminhar à autoridade judiciária os
casos de sua competência;
VI - providenciar a medida estabelecida pela
autoridade judiciária, dentre as previstas no art.
101, de I a VI, para o adolescente autor de ato
infracional;
VII - expedir notificações;
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança
ou adolescente quando necessário;IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da
proposta orçamentária para planos e programas de
atendimento dos direitos da criança e do
adolescente;
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a
violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da
Constituição Federal;
XI - representar ao Ministério Público, para efeito das
ações de perda ou suspensão do pátrio poder.
Art. 201. Compete ao Ministério Público: 
II - promover e acompanhar os procedimentos 
relativos às infrações atribuídas a adolescentes;
VI - instaurar procedimentos 
administrativos e, para instruí-los:
b) requisitar informações, exames, perícias 
e documentos de autoridades municipais, 
estaduais e federais, da administração direta 
ou indireta, bem como promover inspeções e
diligências investigatórias;
c) requisitar informações e documentos a 
particulares e instituições privadas;
XI - inspecionar as entidades públicas e particulares de
atendimento e os programas de que trata esta Lei,
adotando de pronto as medidas administrativas ou 
judiciais necessárias à remoção de irregularidades
porventura verificadas;
XII - requisitar força policial, bem como a
colaboração dos serviços médicos, hospitalares, 
educacionais e de assistência social, públicos ou
privados, para o desempenho de suas atribuições.
Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de
responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados à
criança e ao adolescente, referentes ao não oferecimento ou 
oferta irregular: 
I - do ensino obrigatório;
II - de atendimento educacional especializado aos 
portadores de deficiência;
III - de atendimento em creche e pré-escola
às crianças de zero a seis anos de idade;
IV - de ensino noturno regular, adequado às
condições do educando;
V - de programas suplementares de oferta de material
didático-escolar, transporte e assistência à saúde do educando
do ensino fundamental;
VI - de serviço de assistência social visando à 
proteção à família, à maternidade, à infância e à adolescência,
bem como ao amparo às crianças e adolescentes que 
dele necessitem;
VII - de acesso às ações e serviços de saúde;
VIII - de escolarização e profissionalização dos
adolescentes privados de liberdade.
Gratidão... 
Prof. Marcos

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