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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO Centro de Ciências Exatas e Tecnologia – CCET Departamento de Física Disciplina: Física Experimental II Professor: Paulo Rogério Dias Pinheiro Relatório da aula prática n 2ª Difração da luz São Luís – MA 2023 Alunos: ANA CAROLINE SANTOS ALMEIDA CARLOS CEZAR ARAGÃO DE SOUSA FILHO JEOVANE LIMA DE MOURA MICHAEL MAGALHAES FERREIRA LUCAS NOGUEIRA FURTADO Relatório da aula prática n 2ª Difração da luz Relatório apresentado ao curso bacharelado de ciência e tecnologia, sob a supervisão do professor: Paulo Rogério, com um dos pré-requisitos para a avaliação da disciplina de Física Experimental II. São Luís – MA 2023 SUMÁRIO RESUMO ...................................................................................................................... 4 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 5 ABORDAGEM TEÓRICA ............................................................................................. 6 METODOLOGIA ........................................................................................................... 7 DISCUSSÃO E RESULTADOS .................................................................................... 8 CONCLUSÃO............................................................................................................... 9 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................................. 10 RESUMO Apresenta-se, neste relatório, a construção de um mecanismo para a realização de uma atividade experimental que visa à visualização dos fenômenos da difração da luz. Esta experiência possibilita observar o comportamento da luz através de uma única fenda produzida efeitos de interferência. Os métodos utilizados baseiam-se em analisar e estudar o fenômeno da luz difracionada por apenas uma fenda, tal procedimento pode-se verificar nos experimentos de Thomas Young (1773 - 1829) que construiu geometricamente o percurso no espaço das figuras da difração e concluiu que o lugar geométrico de interferência teria a forma de parábolas. Assim, os resultados obtidos e o fenômeno da difração da luz, com esse contexto, desenvolve-se de maneira detalhada dos aspectos e conceitos, visando contribuir à discussão na física experimental. Palavras-chaves: experimento, difração, luz. INTRODUÇÃO As ondas é um campo que tem sido estudado como tópico de grande importância para a física óptica. ao passar por uma abertura, a luz por exemplo se espalha em muitas direção e forma padrões de interferência que pode ser observado em uma tela. Como afirmou Richard Feynman, "não importa como você olha para a natureza, ela é sempre mais surpreendente do que você imagina." (Feynman, 1985). Nesse sentido, o experimento de difração de luz é uma ferramenta valiosa para explorar as propriedades da luz e entender a natureza dos fenômenos de ondulatória. A onda eletromagnética que comumente é chamada de luz se propaga em linha reta, porém há casos que ela pode tomar um movimento bem diferente, contornando barreiras e se espalhando de maneira nada retilínea. As ondas possuem essa característica de contornar barreiras no qual passam por fendas e se espalham esta propriedade é chamada de difração. Visto que a difração da luz quando esta passa por um orifício ou fenda, que seja próxima do seu comprimento de onda. A luz atravessa a fenda e se espalha de uma forma arredondada, conforme essas ondas vão se “misturando”, elas interferem-se formando franjas claras e escuras. O presente trabalho tem como objetivo principal relatar o experimento realizado sobre a difração da luz, pondo à luz os dados obtidos e verificando se eles correspondem aos dados compreendidos na literatura. O experimento realizado foi conhecido por difração por fenda única, cuja algumas de suas características já foram citadas mais acima, sua primeira realização foi feita no início do século XIX, explicando mais detalhadamente o experimento, ele consiste em fazer um feixe de luz passar por uma pequena fenda e conforme as ondas formadas do lado oposto do obstáculo se interferem, pode-se ver no anteparo franjas claras e escuras, as claras sendo visualizadas quando o pico de uma onda encontra o pico de outra e as franjas escuras quando o pico de uma onda encontra o vale de outra. Este experimento tem como meta é investigar a difração da luz e verificar se os resultados obtidos são consistentes com a teoria de Young. Para isso, é utilizado um feixe de luz laser e uma tela com um padrão de difração. O feixe de luz laser será direcionado para a tela e, ao passar pelo padrão de difração, será desviado para diferentes direções. A quantidade de desvio será medida e comparada com a teoria de Young. ABORDAGEM TEÓRICA A difração da luz é um fenômeno que ocorre quando a luz é desviada por um objeto ou passa por uma abertura. É uma consequência da onda natureza da luz, que se manifesta através de padrões de interferência e de difração. O fenômeno da difração foi descrito pela primeira vez por Christiaan Huygens, que observou que a luz se comporta como ondas quando encontra obstáculos ou aberturas. Como ele descreveu em seu trabalho de 1690, “Traite de la Lumiere”: “Toda partícula de luz que é emitida de um ponto de fonte se espalha em todas as direções a partir deste ponto, e cada partícula desta luz atua como uma fonte de ondas, que se propagam no espaço” (Huygens, 1690). A partir desta observação, Huygens desenvolveu o princípio da luz, que explica como a luz se propaga e se difrata quando encontra obstáculos. De acordo com Born and Wolf (2002), na difração é o padrão de interferência que se forma é determinado pela geometria da abertura e pela direção em que a onda é emitida. Isso significa que, ao passar por uma abertura, a luz se espalha em muitas direções, de modo que é possível observar o padrão de interferência em uma tela que esteja posicionada além da abertura. Um dos tipos mais comuns de experimentos de difração de luz envolve a utilização de uma fenda estreita iluminada por um feixe de luz. De acordo com Hecht (2001), esse experimento pode ser utilizado para medir o comprimento de onda ou a frequência da luz usada, já que o comprimento de onda é uma propriedade importante para determinar o padrão de interferência formado. O experimento de difração de luz tem diversas aplicações na realidade, como na produção de hologramas, microscopia e análise de materiais. Além disso, é um experimento importante para entender a natureza da luz e os fatos relacionados à ondulatória. METODOLOGIA Procedimento Experimental Neste experimento foi usado um laser, uma fenda com dois comprimentos de largura, o primeiro com 0,1mm e o segundo com 0,2mm, foi utilizado um anteparo para o estudo e cálculo da difração do laser, para calcular a distância do anteparo para a fenda foi utilizada uma trena, e para calcular o comprimento da difração do laser foi utilizado um paquímetro. Nesse sentido o experimento foi dividido em duas partes: Primeira Situação: Foi posicionado a fenda à uma distância de 1 metro do anteparo, alterando por duas vezes a largura da fenda. Sendo feito o cálculo do comprimento de onda logo em seguida. Segunda Situação: Da mesma forma da primeira situação, foi posicionado a fenda a uma distância de 2 metros do anteparo, também alterando a largura da fenda por duas vezes. Sendo feito o cálculo do comprimento de onda logo em seguida. No geral, durante o experimento, pode-se perceber que o efeito da difraçãofoi alterado todas as vezes ao mudar a largura da fenda, ou a distância, tendo o comprimento. (Imagem 1) (Imagem 2) (Imagem 3) Fotografias registradas durante o experimento no laboratório. Materiais Utilizados • Laser - Imagem 2 • Anteparo - Imagens 1, 2 e 3 • Duas Fendas, uma de 0,1 e outra de 0,2 mm de largura - Imagem 2 • Paquímetro • Trena DISCUSSÃO E RESULTADOS Logo após feito os experimentos e com os resultados de tal em mão, é possível determinar o comprimento de onda da luz emitida pelo laser usado. Para a obtenção dos resultados duas fórmulas foram utilizadas, uma para determinação do Ym (Ym = dis.fran/2) e outra para encontrar o valor do comprimento de onda do laser (com.onda = a*Ym/m.x), onda “a” representa a largura da fenda, “m” que é usado para identificar uma franja em específico, “Ym” que é obtido usando a fórmula anterior e "x" que é a distância da fenda ao anteparo. No experimento só foi usado o valor de 1 para o “m”, para o valor de Ym medido usou-se a distância entre as duas franjas escuras centrais e dividindo o valor por 2 como já foi citado anteriormente. Tabela com valores dos resultados encontrados: Largura da Fenda Ym para X = 1 m Ym para X = 2 m 0.1 mm 6.82 mm 12.5 mm 0.2 mm 3.15 mm 6.5 mm De acordo com a Literatura o comprimento de onda da luz vermelha utilizada no experimento fica entre uma faixa de 650 nm (nanômetros) e 740 nm, com uma precisão de +-5 nm. Utilizando-se a fórmula para se determinar o comprimento de onda já citada acima neste relatório, chega-se aos seguintes valores para os comprimentos de onda por meio dos valores de X, Ym, m que vale 1 e não muda, e largura da fenda. Na tabela a seguir está expresso o valor do comprimento de onda encontrado por meio dos dados extraídos da parte experimental. Largura da Fenda Comprimento de onda para X = 1 m Comprimento de onda para X = 2 m 0.1 mm 682 nm 625 nm 0.2 mm 630 nm 650 nm Analisando os valores da tabela acima obtidos com os dados extraídos do experimento, pode-se concluir que o experimento foi bem-sucedido, pois o comprimento de onda do laser ficou no intervalo de comprimento esperado. CONCLUSÃO Em suma, a difração da luz por fenda única é um fenômeno interessante e importante para entender como a luz se comporta ao passar por uma abertura pequena. após apresentação dos referenciais teóricos no qual foi passando durante o experimento, desenvolveu-se os cálculos das dimensões da fenda e a distância entre ela e a “tela”, além de entender como a luz é afetada pela interferência construtiva e destrutiva. Pode-se comparar o padrão de difração gerador de ondas. No exemplo da imagem 4 abaixo pode-se analisar o procedimento do experimento. Imagem 4 Fonte: UFMG Com isso, todos os pontos vão funcionar como se fosse fonte de uma onda que eles vão interferir entre si e o resultado da interferência será o surgimento das franjas, o qual a franja do meio é bem brilhante, de tal ponto vai surgindo outros tipos de franjas que não são tão brilhantes comparada com a do meio. Logo, ao verificar obtivemos os valores do comprimento que se identifica o espaçamento entre as fendas é de: fenda 0,1mm =6,82 mm. 12,5 mm. fenda 0,2mm = 3,15mm, 6,5 mm. Portanto, quanto maior o comprimento da onda da luz percebe-se quanto mais acentuado é o efeito da difração, ou seja, os pontos ficarão mais brilhantes e mais espaçados. O experimento também mostrou que a intensidade da luz diminui à medida que a distância entre as fendas aumenta, assim como a largura dos picos de difração. Além disso, o experimento também mostrou que o ângulo de difração aumenta à medida que a distância entre as fendas aumenta. Estes resultados mostram que a luz se comporta como uma onda quando passa por fendas estreitas, confirmando assim as leis da ótica ondulatória. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA C. Ventus Experimental Science,Disco Hartl Completo, 2000-202. disponível em: . Acesso 19 de abr. 2023. D. Halliday, R. Resnick and J. Walker; Fundamentals of Physics Extended, Fifth edition, JOHN WILEY & SONS, INC. Difração da luz por fendas-Laboratório de ensino de óptica, Instituto de Física Gleb Wataghin - UNICAMP - disponível em: https://sites.ifi.unicamp.br/laboptica/roteiros- do-laboratorio/3-difracao-de-fendas/ . Acesso 19 de abr. 2023 . E. Hecht and A. Zajac; Optics, ADDISON-WESLEY PUBLISHING COMPANY F. A. Jenkins and H. E. White; Fundamentals of Optics, McGRAW-HILL INTERNATIONAL EDITIONS. H. D. Young, R. A. Freedman, Física IV: Óticas e Física Moderna. Pearson Education do Brasil. ed. 14. São Paulo, 2016. Padrão de difração de um conjunto de n fendas não simétricas e de larguras arbitrárias - disponível em: https://www.scielo.br/j/rbef/a/jxkXDVCjYsKR44HWRvRbkqQ/?lang=pt . Acesso 19 de abr. 2023. Um experimento portátil para óptica física: difração e polarização - disponível em: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47107 Acesso 19 de abr. 2023. E. Hecht. 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