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DIREITO CIVIL Bens Livro Eletrônico Presidente: Gabriel Granjeiro Vice-Presidente: Rodrigo Calado Diretor Pedagógico: Erico Teixeira Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi Gerência de Produção de Conteúdo: Bárbara Guerra Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente. CÓDIGO: 241101211664 ANTÔNIO ALEX Cursando pós-doutorado em Direito Civil pelo CEUB e doutorado pela UnB. Doutor em Direito pelo CEUB e mestre pela UnB. Bacharel em Direito e Engenharia Elétrica pela UnB. Possui licenciatura em Física; e pós-graduação em Direito Notarial e Registral, Direito Processual Civil e Gestão Pública. Pesquisador na área de Direito Civil e Telecomunicações. Autor da coleção de livros Direito Civil sem complicação. Advogado, servidor público federal aprovado em concursos públicos para Notário e Registrador do TJPR, TJSC, TJAM, TJCE, professor da SEDF, Oficial da PMDF, Polícia Federal, Anatel e professor do IFB, dentre outros. Professor de Direito Civil. Por dois anos seguidos, foi indicado pela Confederação Nacional dos Notários e Registradores (CNR) como um autor referência na área de Direito Civil. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 3 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex SUMÁRIO Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 Bens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1. Conceito de Bem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2. Classificação dos Bens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 3. Bens Considerados em Si Mesmos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 3.1. Bens Imóveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 3.2. Bens Móveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 3.3. Bens Fungíveis e Consumíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 3.4. Bens Divisíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 3.5. Bens Singulares e Coletivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 4. Bens Reciprocamente Considerados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 4.1. Bens Principais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 4.2. Bens Acessórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 5. Titularidade de Domínio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 5.1. Bens Particulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 5.2. Bens Públicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 6. Bem de Família . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 6.1. Conceito de Bem de Família . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 6.2. Bem de Família Convencional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 6.3. Bem de Família Legal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 7. Enunciados e Súmulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 4 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex APreSeNtAÇÃoAPreSeNtAÇÃo Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem? Sou o professor Antônio Alex Pinheiro. Sou graduado em Engenharia Elétrica e Direito pela UnB, com mestrado também pela UnB, com doutorado em Direito pelo CEUB, com pós-doutorado em Direito pelo CEUB. Possuo pós-graduação em Direito Processual Civil, em Direito Notarial e Registral e em Gestão Pública. Também finalizei o curso de graduação de licenciatura em Física. Minha experiência com concursos públicos começou no ano de 2003 e continua até então, nessa trajetória fui aprovado nos concursos públicos da Caixa Econômica Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Curso de Oficial da PMDF, professor da Secretaria de Educação do Distrito Federal, professor do Instituto Federal de Brasília e Anatel. Atualmente ocupo o cargo de especialista em regulação na Anatel. Recentemente logrei êxito na aprovação para o cargo de Notário e Registrador dos Tribunais de Justiça do Ceará, do Amazonas, do Paraná e de Santa Catarina, quando aprofundei meus estudos com relação ao Direito Civil. No concurso para o cargo de Notário ou Registrador, o conteúdo de Direito Civil tem um peso extremamente importante nas três fases: prova objetiva, prova discursiva e prova oral. O nosso curso de Direito Civil foi elaborado sabendo que o concurseiro não dispõe de muito tempo disponível para seu estudo, com cada aula estrategicamente pensada e elaborada com os principais conceitos relacionados com o respectivo assunto para facilitar o entendimento e a fixação do conteúdo. Além do mais, tendo em vista a forte cobrança de lei seca em questões de Direito Civil, para economizar seu tempo, sempre farei menção aos artigos correspondentes ao conteúdo estudado. Assim, além de você entender o conceito estudado, saberá como o assunto é disposto na respectiva redação da lei. Ao final da aula, apresento uma lista de exercícios dos últimos anos que permitem a fixação do conteúdo estudado. Por fim, os esquemas e resumos das aulas trazem os principais pontos estudadosdistribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/vunesp https://www.tecconcursos.com.br/concursos/notario-e-registrador-tj-go-provimento-2021 31 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 016. 016. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJDFT/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2022) Matos, animado com a herança que recebeu, decidiu realizar algumas obras na sua casa: construiu uma piscina no jardim, trocou a fiação elétrica deteriorada da cozinha, com risco de curto-circuito, construiu um banheiro no quarto da filha, instalou corrimãos nas escadas e, por fim, ia construir um lago, mas desistiu quando verificou que um já havia se formado naturalmente, com a depressão natural da terra e as águas das intensas chuvas dos últimos meses. Diante disso, é correto afirmar que: a) o lago e a piscina, por tornarem mais agradável o uso do bem, são considerados benfeitorias voluptuárias; b) a troca da fiação elétrica e a construção do banheiro no quarto da filha são consideradas benfeitorias necessárias; c) o banheiro construído no quarto da filha e a instalação de corrimãos são considerados benfeitorias úteis; d) a piscina e a troca da fiação elétrica podem ser consideradas benfeitorias necessárias; e) o lago e a instalação de corrimãos podem ser considerados benfeitorias úteis. a) Errada. O lago não constitui benfeitoria (art. 97, CC) e a piscina é considerada uma benfeitoria voluptuária. O lago, por sua vez, não se enquadra em nenhuma modalidade de benfeitoria, pois ausente a intervenção humana, consoante art. 97, CC: Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. b) Errada. Embora a troca da fiação seja uma benfeitoria necessária, a construção do banheiro no quarto da filha é uma benfeitoria útil. c) Certa. O banheiro construído no quarto da filha e a instalação de corrimãos são considerados benfeitorias úteis, pois aumentam ou facilitam o uso da coisa. d) Errada. Embora a troca da fiação seja uma benfeitoria necessária, a piscina é uma benfeitoria voluptuária. e) Errada. Embora a instalação do corrimão seja uma benfeitoria útil, o lago não é uma benfeitoria (art. 97, CC), pois decorrente de uma fato natural, sem a intervenção humana. Letra c. Além do mais, para fins de prova, pois as bancas procuram confundir, cabe esclarecer a diferença entre os institutos da pertença, benfeitoria e acessão: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-judiciario-tjdft-judiciaria-oficial-de-justica-avaliador-federal-2022 https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-judiciario-tjdft-judiciaria-oficial-de-justica-avaliador-federal-2022 32 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Tipo Ação Relação com Bem Principal Funcionalidade Pertença Ação humana Tem autonomia Funcionalidade específica, diferente da funcionalidade do bem principal. Acessão Ação humana ou natural Não tem autonomia Construções, plantações ou acréscimos da natureza. Benfeitoria Ação humana Não tem autonomia Conservam o bem, evitam que se deteriore, aumentam ou facilitam o uso do bem, ou são de mero deleite ou recreio. 017. 017. (Q1167904 / DÉDALUS CONCURSOS/ ASSISTENTE JURÍDICO/CORE/2019) Na reforma de determinada casa, de acordo com a classificação das benfeitorias, é correto afirmar que a construção de uma piscina, a construção de uma garagem e o reforço da fundação são classificados, respectivamente, como benfeitorias: a) Útil, útil e voluptuária. b) Útil, necessária e necessária. c) Voluptuária, útil e necessária. d) Voluptuária, necessária e necessária. e) Necessária, útil e necessária. A construção da piscina é considerada uma benfeitoria voluptuária, a construção da garagem é considerada benfeitoria útil, e o reforço da fundação é uma benfeitoria necessária. A classificação das benfeitorias ocorre de acordo com as disposições do art. 96 do CC: Vejamos a redação do Art. 96 do CC: Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. § 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. § 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. Letra c. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 33 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 5 . titUlAriDADe De DoMÍNio5 . titUlAriDADe De DoMÍNio 5 .1 . BeNS PArtiCUlAreS5 .1 . BeNS PArtiCUlAreS O art. 98 do CC considera como bens públicos aqueles do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno. Desta forma, por exclusão, todos os outros bens são particulares. Art. 98. São PÚBLICOS OS BENS do domínio nacional PERTENCENTES às PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO INTERNO; todos os OUTROS SÃO PARTICULARES, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 5 .2 . BeNS PÚBliCoS5 .2 . BeNS PÚBliCoS Já os bens públicos são classificados em 03 (três) categorias: Art. 99. São bens públicos: I – os de USO COMUM DO POVO, tais como RIOS, MARES, ESTRADAS, RUAS e PRAÇAS; II – os de USO ESPECIAL, tais como EDIFÍCIOS ou TERRENOS destinados a SERVIÇO ou ESTABELECIMENTO da ADMINISTRAÇÃO FEDERAL, ESTADUAL, TERRITORIAL OU MUNICIPAL, inclusive os de suas autarquias; III – os DOMINICAIS, que constituem o PATRIMÔNIO DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO, como objeto de DIREITO PESSOAL, OU REAL, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se DOMINICAIS os BENS PERTENCENTES ÀS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO a QUE SE TENHA DADO ESTRUTURA DE DIREITO PRIVADO. 018. 018. (AVANÇASP/GUARDA CIVIL MUNICIPAL/PREF AMERICANA/2023) De acordo com os bens públicos estabelecidos no Código Civil, assinale a alternativa INCORRETA. a) São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem; b) São bens públicos os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; c) Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião; d) O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem; e) São bens públicos os de uso especial, apenas por constituírem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/avancasp https://www.tecconcursos.com.br/concursos/guarda-civil-municipal-pref-americana-2023 34 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex a) Certa. Os bens públicos e privados se referem à classificação quanto à titularidade do domínio. São bens públicos os bens de titularidade das pessoas jurídicas de direito público interno (União,Estados, Distrito Federal, Territórios, Estados, Municípios, autarquias, inclusive associações públicas e demais entidades de direito público criadas por lei). Os demais são bens privados, conforme prevê o art. 98 do CC: Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. b) Certa. A assertiva tem fundamento no art. 99, I, do CC: Art. 99. São bens públicos: I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. c) Certa. É o que estabelece o art. 102 do CC: Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. d) Certa. De fato, o uso comum de bens públicos não necessariamente deve ser gratuito, admitindo, o art. 103 do CC, o uso oneroso (ou retribuído): Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. e) Errada. Nos termos do Art. 99, CC. São bens públicos: I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Portanto, bens públicos não são apenas os dominicais. Letra e. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 35 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex A) Bem de uso comum do povo: Os bens de uso comum do povo são aqueles que podem ser utilizados por qualquer um do povo, sem formalidades. O próprio Código Civil já exemplifica ao citar os rios, mares, estradas, ruas e praças no Inciso I do art. 99 do CC. Caso o Poder Público decida regulamentar o uso desses bens tornando a utilização onerosa, como no caso do pedágio em relação às estradas ou rodovias, os referidos bens mantém essa característica de utilização comum pelo povo, conforme as disposições do art. 103 do CC: Art. 103. O USO COMUM DOS BENS PÚBLICOS pode ser GRATUITO ou RETRIBUÍDO, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. A administração também pode restringir ou vetar o uso desses bens tendo em vista situações de segurança nacional ou de interesse público. O povo tem somente o direito de usar os bens comuns, não possuindo qualquer domínio sobre os referidos bens. B) Bem de uso especial: Os bens de uso especial são aqueles que se destinam à execução dos serviços públicos, de uso exclusive do Poder Público, como os edifícios onde estão instalados os serviços públicos da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. C) Dominical: Os bens dominicais ou também chamados de patrimônio disponível constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público. Sobre esses bens, o Poder Público exerce poderes de proprietário, incluindo na categoria de bens dominicais, dentre outros, as terras devolutas, as estradas de ferro e fazendas pertencentes ao Estado. Além do mais, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Os bens dominicais não estão afetados a finalidade pública especifica, desta forma, podem ser alienados pelo Estado a qualquer momento. Segue um quadro resumo dos 03 (três) tipos de bens públicos: Bem de uso comum Uso comum do povo. Bem de uso especial Bens destinados ao serviço público, incluindo a instalação dos órgãos governamentais. Dominicais Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades. 019. 019. (AVANÇASP/GUARDA MUNICIPAL/PREF CONCHAS/2023) De acordo com o Código Civil, em relação aos Bens Públicos, assinale a alternativa Incorreta. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/avancasp https://www.tecconcursos.com.br/concursos/guarda-municipal-pref-conchas-2023 36 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex a) São bens públicos os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças. b) São bens públicos os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, exceto os de suas autarquias. c) São bens públicos os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. d) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. e) Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. a) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos: CC Art. 99. São bens públicos: I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; b) Errada. Na realidade, são assim considerados os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. Vejamos: Art. 99. São bens públicos: […] II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; c) Certa. Aplica-se ao caso, o artigo 99, III, do Código Civil. Vejamos: Art. 99. São bens públicos: […] III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. d) Certa. A assertiva é cópia literal do seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos: CC Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. e) Certa. É o que dispõe o Código Civil. Examine: CC Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. Letra b. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 37 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 020. 020. (INSTITUTO AOCP/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS/PREF NOVO HAMBURGO/2020) Nos termos do Código Civil, a respeito dos bens públicos, é correto afirmar que a) os bens públicos de uso comum do povo são alienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.b) os bens públicos de uso especial são alienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. c) os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. d) os bens públicos estão sujeitos à usucapião. e) consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. a) Errada. Conforme art. 100 do CC: Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. b) Errada. Conforme art. 100 do CC: […] os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. c) Certa. Conforme artigo 101 do CC: […] os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. d) Errada. Conforme art. 102 do CC: […] os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. e) Errada. Conforme art. 99, parágrafo único do CC: […] não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Letra c. Inalienabilidade dos bens públicos: os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis enquanto conservarem essa qualidade. Para que os referidos bens sejam alienados, eles devem ser desafetados, a desafetação consiste na alteração da destinação do bem, ou seja, transforma os bens de uso comum do povo ou os bens de uso especial na categoria de bens dominicais, para que dessa forma possam ser alienados. A desafetação deve ser feita por lei ou por ato administrativo em conformidade com a lei. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/instituto-aocp https://www.tecconcursos.com.br/concursos/auditor-fiscal-de-tributos-pref-novo-hamburgo-2020 38 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Art. 100. Os BENS PÚBLICOS de USO COMUM DO POVO e os DE USO ESPECIAL são INALIENÁVEIS, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Art. 101. Os BENS PÚBLICOS DOMINICAIS podem ser ALIENADOS, observadas as exigências da lei. Por fim, o art. 102 do CC veda a usucapião dos bens públicos, sejam bens públicos de uso especial, comum ou mesmo dominicais, além do mais, cabe ressaltar que a Constituição de 1988 veda expressamente, nos arts. 183, § 3º, e 191, parágrafo único, a usucapião de bens públicos, sejam os imóveis urbanos como os rurais. Art. 102. Os BENS PÚBLICOS NÃO estão sujeitos a USUCAPIÃO. 021. 021. (Q1235172 / FUNPAR/PROFISSIONAL DE NÍVEL UNIVERSITÁRIO JR – ÁREA DIREITO/ ITAIPU BINACIONAL/2019) O Código Civil brasileiro elenca três categorias de bens públicos. Com relação ao assunto, é correto afirmar: a) São bens públicos os de uso comum do povo, os bens admissionais e os bens de uso especial da Administração. b) Os bens públicos dominicais e os de uso comum do povo podem ser alienados enquanto conservarem a sua qualificação. c) Os bens públicos estão sujeitos a usucapião. d) Os bens públicos de uso especial não estarão sujeitos a penhora caso sejam pertencentes a autarquias. e) São exemplos de bens públicos de uso especial os rios, as praças e terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da Administração Federal. a) Errada. Conforme art. 99 do CC, os bens públicos podem ser: de uso comum, de uso especial ou dominicais; b) Errada. Conforme art. 101 do CC, somente os bens públicos classificados como dominicais podem ser alienados. c) Errada. Conforme art. 102 do CC: […] os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. d) Certa. Conforme art. 102 do CC: […] os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 39 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Assim, quando o bem público pertencer à autarquia irá manter sua qualificação como bem especial, sendo assim, inalienável. e) Errada. Conforme art. 99, I e II: […] os rios e praças são exemplos de bem de uso comum do povo, enquanto os terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da Administração Federal são bens especiais. Letra d. 6 . BeM De FAMÍliA6 . BeM De FAMÍliA 6 .1 . CoNCeito De BeM De FAMÍliA6 .1 . CoNCeito De BeM De FAMÍliA O conceito de Bem Família surgiu em meados do século XIX, no atual estado do Texas americano, que inclusive à época ainda não havia sido incorporado aos EUA. Nesse período houve uma grave crise financeira no estado do Texas e nos EUA, com diversas falências e fechamento de comércios. Diante da crise econômica, o estado do Texas aprovou uma lei que considerasse impenhorável a pequena propriedade com objetivo de incentivar a economia. A partir dessa lei, o produtor urbano ou rural se sentiria mais confortável para fazer novos negócios, contrair novas dívidas, ou seja, a economia voltaria a circular, isso porque teria a garantia de impenhorabilidade de sua residência. Na legislação vigente atualmente no Brasil existem 2 (dois) tipos de Bem de Família: Convencional (art. 1.711 a 1.722 do CC) e Legal (Lei n. 8.009/1.990). Segue um pequeno resumo da história do bem de família: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 40 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 6 .2 . BeM De FAMÍliA CoNveNCioNAl6 .2 . BeM De FAMÍliA CoNveNCioNAl Bem de família Convencional ou Voluntário, disciplinado a partir do art.1.711 do CC, é aquele instituído por ato de vontade do casal, da entidade familiar ou de um terceiro mediante registro no Cartório de Imóveis. O bem de família voluntário nasce da autonomia privada, não deriva diretamente da lei, então, para constituir o bem de família voluntário, o casal vai ao cartório, lavra uma escritura pública e ou então por instituído também por meio de testamento ou por doação. A partir da instituição do bem de família convencional o mesmo está protegido contra dívidas futuras, ou seja, o mesmo não será objeto de penhora para pagamento de certas dívidas futuras, conforme art. 1.715 do CC: Art. 1.715. O BEM DE FAMÍLIA É ISENTO de execução por DÍVIDAS POSTERIORES À SUA INSTITUIÇÃO, SALVO as que provierem de TRIBUTOS RELATIVOS AO PRÉDIO, ou de DESPESAS DE CONDOMÍNIO. Parágrafo único. No caso de execução pelas dívidas referidas neste artigo, o saldo existente será aplicado em outro prédio, como bem de família, ou em títulos da dívida pública, para sustento familiar, salvo se motivos relevantes aconselharem outra solução, a critério do juiz A previsão de instituição do bem de família convencional está no art. 1.711 e 1.712 do CC: Art. 1.711. Podem os cônjuges, ou a entidade familiar, mediante ESCRITURA PÚBLICA ou TESTAMENTO, destinar parte de seu patrimônio para INSTITUIR BEM DE FAMÍLIA, desde que NÃO ULTRAPASSE UM TERÇO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO existente ao tempo da instituição, mantidas as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial. Parágrafo único. O TERCEIRO poderá igualmente instituir BEM DEFAMÍLIA por TESTAMENTO ou DOAÇÃO, dependendo a eficácia do ato da aceitação expressa de ambos os cônjuges beneficiados ou da entidade familiar beneficiada. Art. 1.712. O BEM DE FAMÍLIA consistirá em PRÉDIO RESIDENCIAL URBANO OU RURAL, com suas PERTENÇAS e ACESSÓRIOS, destinando-se em ambos os casos a domicílio familiar, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família. A instituição do bem de família convencional provoca 2 (dois) efeitos jurídicos: impenhorabilidade e inalienabilidade do referido imóvel. Desta forma, no momento em que a pessoa institui o bem de família voluntário, ele se torna impenhorável por dívidas futuras, exceto na hipótese de existência de dívida de tributos relativos ao imóvel ou despesas condominiais relativas ao mesmo. Além do mais o referido imóvel não poder alienado, ou seja, vendido. Nos termos do art. 1.719 do CC, a extinção do bem de família ocorre somente na hipótese de autorização judicial, a partir de requerimento dos interessados e, ouvido o Ministério Público. Para instituição do bem de família convencional 2 (dois) requisitos são fundamentais: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 41 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex • O valor total do bem de família não pode ultrapassar 1/3 (um terço) do patrimônio líquido dos seus instituidores; • Ao instituir o bem de família voluntário, é possível inclusão de valores mobiliários, ou seja, rendas. Por fim, cabe esclarecer que o bem de família voluntário não alcançou muito sucesso no Brasil, isso porque se trata de um procedimento burocrático e caro, necessitando de instituição via escritura pública ou testamento e o consequente registro em Cartório de Registro de Imóveis. 022. 022. (CESPE/CEBRASPE/ANALISTA MINISTERIAL MPE-PI/2018) Situação hipotética: Carlos, proprietário de um imóvel residencial, pretende instituir esse imóvel como bem de família por meio de escritura pública na qual irá declarar que sua família é domiciliada no local. Assertiva: Nessa situação, o imóvel ficará isento de eventuais execuções por dívida contra Carlos. Sem complicações: considerando que existe o bem de família voluntário, e o legal, a questão pede o conhecimento do artigo 1711 do Código Civil, quanto ao bem de família instituído por ato de vontade, por meio de registro, gerando como principais efeitos a impenhorabilidade por dívidas futuras, artigo 1715, e a inalienabilidade do imóvel, artigo 1716. Devemos sempre observar que a impenhorabilidade por dívidas futuras não é absoluta, tampouco a inalienabilidade. Certo. 6 .3 . BeM De FAMÍliA leGAl6 .3 . BeM De FAMÍliA leGAl Bem de família legal não exige qualquer ato de instituição ou registro em Cartório, isso porque a proteção desse bem de família decorre da própria lei. O bem de família legal foi instituído pela Lei n. 8.009/90, de muito maior aplicabilidade prática e social, consagrando a impenhorabilidade do imóvel residencial, independentemente de valor, instituição voluntária e registro cartorário. Em regra, o bem de família é o imóvel residencial da família ou pessoa, o qual não poderá ser penhorado tendo em vista a cobrança de certas dívidas: Art. 1º O IMÓVEL RESIDENCIAL PRÓPRIO DO CASAL, ou da ENTIDADE FAMILIAR, é IMPENHORÁVEL e NÃO RESPONDERÁ por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 42 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei. Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados. Além do mais, o bem de família convencional impede a alienação, ou seja, a venda, do imóvel, já o bem de família legal não impede a alienação ou venda do imóvel. A impenhorabilidade se aplica ao único imóvel do casal: Art. 5º Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente. Parágrafo único. Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser POSSUIDOR DE VÁRIOS IMÓVEIS utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá SOBRE O DE MENOR VALOR, salvo se outro tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis e na forma do art. 70 do Código Civil. A razão de ser desse artigo é que quem possui mais de um imóvel tem a proteção automática da impenhorabilidade do bem de família legal no bem de menor valor. Além do mais, a jurisprudência considera que a impenhorabilidade se aplica aos bens móveis necessários à sobrevivência da família, aplica-se à vaga de garagem, mas desde que a vaga de garagem faça parte da matrícula de registro do imóvel em cartório, caso a vaga de garagem tenha matrícula própria, ela não será alcançada pela regra da impenhorabilidade. A impenhorabilidade do bem de família legal também alcança imóveis habitados por pessoas solteiras, inclusive no caso de uma única pessoa vivendo no referido imóvel. Também alcança a hipótese em que as pessoas alugam seu único imóvel, para utilizar a renda para alugar outro imóvel como sua residência. Entretanto, o bem de família legal, a partir da Lei n. 8.009/1.990 apresenta algumas exceções, em que o imóvel será penhorado tendo em vista ocorrência de dívidas específicas: Art. 2º EXCLUEM-SE DA IMPENHORABILIDADE os VEÍCULOS DE TRANSPORTE, OBRAS DE ARTE e ADORNOS SUNTUOSOS. Parágrafo único. No caso de imóvel locado, a impenhorabilidade aplica-se aos bens móveis quitados que guarneçam a residência e que sejam de propriedade do locatário, observado o disposto neste artigo. Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, SALVO SE MOVIDO: II – pelo TITULAR DO CRÉDITO DECORRENTE DO FINANCIAMENTO destinado à CONSTRUÇÃO ou à AQUISIÇÃO DO IMÓVEL, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L3071.htm#art70 43 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex III – pelo CREDOR DA PENSÃO ALIMENTÍCIA, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida; IV – para COBRANÇA DE IMPOSTOS, PREDIAL OU TERRITORIAL, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES devidas em FUNÇÃO DO IMÓVEL FAMILIAR; V – para execução de HIPOTECA sobre o imóvel oferecido como GARANTIA REAL PELO CASAL OU PELA ENTIDADE FAMILIAR; VI – por ter sido ADQUIRIDO com PRODUTO DE CRIME ou para EXECUÇÃO DE SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA A RESSARCIMENTO, indenização ou perdimento de bens. VII – por obrigação decorrente de FIANÇA concedida em CONTRATO DE LOCAÇÃO; 023. 023. (Q1127353 / INSTITUTO QUADRIX/ ANALISTA DE ÁREA – ADVOGADO/CREA/2019) Com relação ao direito civil, julgue os itens de 96 a 100. Suponha-se que Joana e sua família residam em um imóvel que possui dívidas de IPTU. Nesse caso, não há que se falar em bem de família e o imóvel poderá ser penhorado e alienado judicialmente para quitar a dívida de IPTU. A questão deve ser resolvida conforme o art. 3º da Lei n. 8.009/90: Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, SALVO se movido: IV – para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; Certo. Segue um quadro comparativo entre o bem de família convencional e o bem de família legal: Bem de Família Convencional Bem de Família Legal Previsão CC Lei n. 8.009/90 Instituição Ato de vontade e Registro Decorre de lei Restrição Impenhorável e Inalienável Impenhorável Exceções de penhora Tributos relativos ao imóvel e taxas condominiais + dívidas anteriores Pensão alimentícia, produto de crime, condenação criminal, fiança, dívidas com próprio imóvel etc. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 44 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 024. 024. (FGV/FISCAL DE RENDAS/RIO DE JANEIRO/2023) NÃO conta com a proteção ao bem de família o imóvel: a) adquirido após a consolidação da dívida, quando já há demanda executiva em curso; b) dado em caução de locação comercial; c) do condômino, para pagamento de dívida decorrente de responsabilidade civil do condomínio insolvente em relação a terceiro; d) em construção, no qual, por ora, só exista o terreno; e) alugado a terceiros, quando o saldo da locação é revertido em favor da unidade familiar. a) Errada. Conta com a proteção ao bem de família o imóvel adquirido após a consolidação da dívida, quando já há demanda executiva em curso, conforme decidiu o Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial 1.792.265/SP (Informativo 723): Para o bem de família instituído nos moldes da Lei n. 8.009/1990, a proteção conferida pelo instituto alcançará todas as obrigações do devedor, indistintamente, ainda que o imóvel tenha sido adquirido no curso de uma demanda executiva. b) Errada. Conta com a proteção ao bem de família o imóvel dado em caução de locação comercial de acordo com entendimento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial 1.789.505/SP (Informativo 732): É impenhorável o bem de família oferecido como caução em contrato de locação comercial. c) Certa. NÃO conta com a proteção ao bem de família o imóvel do condômino, para pagamento de dívida decorrente de responsabilidade civil do condomínio insolvente em relação a terceiro, conforme decidiu o Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial 1.473.484/RS (Informativo 631): É possível a penhora de bem de família de condômino, na proporção de sua fração ideal, se inexistente patrimônio próprio do condomínio, para responder por dívida oriunda de danos a terceiros. As despesas condominiais, inclusive as decorrentes de decisões judiciais, são obrigações propter rem e, por isso, o condômino será responsável pelo seu pagamento, na proporção de sua fração ideal, aquele que detém a qualidade de proprietário de uma unidade imobiliária. Bem de família é o imóvel utilizado como residência da entidade familiar, decorrente de casamento, união estável, entidade monoparental (pessoa solteira, separada ou viúva), ou entidade de outra origem, protegido por previsão legal específica contra a expropriação em execução judicial, o que se denomina impenhorabilidade (Flávio Tartuce, Manual de Direito Civil, 13. ed., Método, 2023, p. 197). d) Errada. Conta com a proteção ao bem de família o imóvel em construção, no qual, por ora, só exista o terreno, de acordo com o que decidiu o Superior Tribunal de Justiça no O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/fiscal-de-rendas-rio-de-janeiro-2023 45 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Recurso Especial n. 1.960.026/SP (Informativo 753): O terreno cuja unidade habitacional está em fase de construção, para fins de residência, está protegido pela impenhorabilidade por dívidas, por se considerar antecipadamente bem de família. e) Errada. Conta com a proteção ao bem de família o imóvel alugado a terceiros, quando o saldo da locação é revertido em favor da unidade familiar de acordo com a Súmula n. 486 do Superior Tribunal de Justiça: “É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a moradia da sua família”. Letra c. 025. 025. (INSTITUTO CONSULPLAN/ADVOGADO/CRF MG/2023) Um empresário era dono de uma loja situada na galeria em que comercializava produtos ortopédicos. O contrato de locação foi celebrado tendo a pessoa jurídica na condição de inquilina comercial, sendo que o empresário figurava na posição de devedor solidário. Após passar por crise financeira, a empresa ficou inadimplente com relação a quatro meses de aluguel da loja e, assim, teve que encerrar suas atividades, devolvendo o espaço para a administração da galeria. Em função da dívida não saldada, a administradora do espaço comercial ingressou com execução de título extrajudicial contra a pessoa jurídica e o empresário. Como não foi possível encontrar nenhum bem penhorável da empresa, a exequente pediu a penhora do imóvel onde ele residia. No caso, o bem de família a) é penhorável, em virtude do papel que exerce o devedor solidário no contrato de locação comercial. b) é penhorável, uma vez que a figura do devedor solidário é equiparável a do fiador em contrato de locação comercial. c) é impenhorável, visto ser inconstitucional a penhora de bem de família pertencente ao fiador e ao devedor solidário em contrato de locação comercial. d) é impenhorável, pois as hipóteses permissivas da penhora, em virtude do seu caráter excepcional, devem receber interpretação restritiva e não se estendem ao devedor solidário. a) Errada. Veja o comentário da letra ‘’D’’. b) Errada. A posição jurídica de devedor solidário não se confunde com a figura do fiador de contrato de locação, não podendo receber o mesmo tratamento jurídico. c) Errada. Na realidade, é constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, seja residencial, seja comercial. Vejamos: LEI N. 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 1990; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/instituto-consulplan https://www.tecconcursos.com.br/concursos/advogado-crf-mg-2023 http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.009-1990?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.009-1990?OpenDocument 46 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: […] VII – por obrigação decorrente de fiança concedida emcontrato de locação. É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, seja residencial, seja comercial. STF. Plenário. RE 1.307.334/SP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 8/3/2022 (Repercussão Geral – Tema 1127) (Info 1046). d) Certa. A assertiva está de acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça. Não é possível equiparar o devedor solidário ao fiador para, mediante essa interpretação extensiva, permitir a penhora do bem de família. Vejamos: O art. 3º, VII, da Lei n. 8.009/90 permite a penhora do bem de família do fiador em caso de dívidas decorrentes do contrato de locação. Se o indivíduo constou como “devedor solidário” no contrato de locação, não se pode dizer que ele é fiador. As hipóteses permissivas da penhora do bem de família devem receber interpretação restritiva. Logo não é possível equiparar o devedor solidário ao fiador para, mediante essa interpretação extensiva, permitir a penhora do bem de família. A posição jurídica de devedor solidário não se confunde com a figura do fiador de contrato de locação, não podendo receber o mesmo tratamento jurídico, notadamente para a incidência de norma restritiva de direitos. STJ. 4ª Turma. AgInt no AREsp 2118730-PR, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 14/11/2022 (Info 763). O escopo (objetivo) da Lei n. 8.009/90 não é proteger o devedor contra suas dívidas, mas sim a entidade familiar no seu conceito mais amplo, razão pela qual as hipóteses permissivas da penhora do bem de família, em virtude do seu caráter excepcional, devem receber interpretação restritiva. Nesse sentido: A impenhorabilidade do bem de família decorre dos direitos fundamentais à dignidade da pessoa humana e à moradia, de forma que as exceções previstas na legislação não comportam interpretação extensiva. STJ. 3ª Turma. REsp 1.604.422/MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 24/8/2021. Logo não é possível equiparar o devedor solidário ao fiador para, mediante essa interpretação extensiva, permitir a penhora do bem de família. A posição jurídica de devedor solidário não se confunde com a figura do fiador de contrato de locação, não podendo receber o mesmo tratamento jurídico, notadamente para a incidência de norma restritiva de direitos. CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Não é possível a penhora do bem de família do devedor solidário do contrato de locação; isso porque devedor solidário não é o mesmo que fiador, não se admitindo interpretação extensiva. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 47 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: https://www.buscadordizerodireito.com. br/jurisp… Acesso em: 05/07/2023. Letra d. 7 . eNUNCiADoS e SÚMUlAS7 . eNUNCiADoS e SÚMUlAS -Enunciado 11 – Art. 79: não persiste no novo sistema legislativo a categoria dos bens imóveis por acessão intelectual, não obstante a expressão “tudo quanto se lhe incorpora natural ou artificialmente’’, constante da parte final do art. 79 do CC. -Enunciado 288- Arts. 90 e 91. A pertinência subjetiva não constitui requisito imprescindível para a configuração das universalidades de fato e de direito. -Enunciado 535 – art. 93: Para a existência da pertença, o art. 93 do Código Civil não exige elemento subjetivo como requisito para o ato de destinação. -Enunciado 287 – Art. 98. O critério da classificação de bens indicado no art. 98 do Código Civil não exaure a enumeração dos bens públicos, podendo ainda ser classificado como tal o bem pertencente a pessoa jurídica de direito privado que esteja afetado à prestação de serviços públicos. -STF 340 – Desde a vigência do código civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião. -Súmula 549-STJ: É válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação. - Súmula 486-STJ: É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a moradia da sua família. -Súmula 449-STJ: A vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de imóveis não constitui bem de família para efeito de penhora. -Súmula 364-STJ: O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas. -Súmula 205-STJ: A Lei 8.009/90 aplica-se à penhora realizada antes de sua vigência. -É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, seja residencial, seja comercial. STF. Plenário. RE 1.307.334/SP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 8/3/2022 (Repercussão Geral – Tema 1127) (Info 1046). -O fato de o bem imóvel ter sido adquirido no curso da demanda executiva não afasta a impenhorabilidade do bem de família; STJ – Informativo: 771. -Não é possível a penhora do bem de família do devedor solidário do contrato de locação; isso porque devedor solidário não é o mesmo que fiador, não se admitindo interpretação extensiva; STJ – Informativo: 763. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisp… https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisp… https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/e27c71957d1e6c223e0d48a165da2ee1?categoria=4&subcategoria=37 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/e27c71957d1e6c223e0d48a165da2ee1?categoria=4&subcategoria=37 https://www.buscadordizerodireito.com.br/informativo/listar?numero=771 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/47c6d232c6a4468118a74a72097b1876?categoria=4&subcategoria=37 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/47c6d232c6a4468118a74a72097b1876?categoria=4&subcategoria=37 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/47c6d232c6a4468118a74a72097b1876?categoria=4&subcategoria=37 48 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex -É impenhorável o bem de família oferecido como caução em contrato de locação comercial; STJ – Informativo: 732. -Para a incidência da exceção à impenhorabilidade do bem de família, prevista no art. 3º, VI, da Lei n. 8.009/90, é imprescindível a sentença penal condenatória transitada em julgado; STJ – Informativo: 681. - Não se pode penhorar o bem de família com base no inciso IV do art. 3º da Lei 8.009/90 se o débito de natureza tributária está relacionado com outro imóvel que pertencia ao devedor; STJ – Informativo: 665. -Impenhorabilidade do imóvel em nome da sociedade empresária, mas no qual reside o sócio; STJ – Informativo: 579. Se você gostou do material ou tem críticas, dá um feedback, bem como poste suas dúvidas lá no fórum. Estou esperando você por lá! Estudaaaaa!!!! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/c115ba9e04ab27fbbb664f932112246d?categoria=4&subcategoria=37 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/c115ba9e04ab27fbbb664f932112246d?categoria=4&subcategoria=37 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/a4ee59dd868ba016ed2de90d330acb6a?categoria=4&subcategoria=37https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/a4ee59dd868ba016ed2de90d330acb6a?categoria=4&subcategoria=37 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/a4ee59dd868ba016ed2de90d330acb6a?categoria=4&subcategoria=37 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/f44ec26e2ac3f1ab8c2472d4b1c2ea86?categoria=4&subcategoria=37 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/f44ec26e2ac3f1ab8c2472d4b1c2ea86?categoria=4&subcategoria=37 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/f44ec26e2ac3f1ab8c2472d4b1c2ea86?categoria=4&subcategoria=37 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/fb508ef074ee78a0e58c68be06d8a2eb?categoria=4&subcategoria=37 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/fb508ef074ee78a0e58c68be06d8a2eb?categoria=4&subcategoria=37 49 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex RESUMORESUMO Após o estudo desta aula, você deve fixar os seguintes pontos: COCEITO DE BEM pode ser definido como uma coisa com interesse econômico e/ ou jurídico. CLASSIFICAÇÃO DOS BENS: Considerados em si mesmos Bens Imóveis Bens Móveis Bens Fungíveis e Consumíveis Bens Divisíveis Bens Singulares e Coletivos Reciprocamente considerados Bens Principais Bens Acessórios (produtos, frutos, benfeitorias e pertenças) Titularidade de domínio Bens Públicos (Comum, Especial e Dominical) Bens Particulares BENS IMÓVEIS: são aqueles que estão incorporados ao solo por uma razão natural ou artificial, sendo que desta forma não podem ser removidos, pois a remoção gera destruição ou deterioração do bem. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 50 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex BENS IMÓVEIS por Natureza por Acessão Natural por Acessão Artificial por Determinação Legal BENS IMÓVEIS POR NATUREZA: a imobilidade decorre de sua própria essência, citando, por exemplo, uma árvore na floresta. BENS IMÓVEIS POR ACESSÃO NATURAL: a natureza promove de forma natural acréscimos ao solo, sendo tratados juridicamente como acessórios do solo, o fenômeno se dá pela formação de ilhas, aluvião, avulsão e abandono de álveo. BENS IMÓVEIS POR ACESSÃO ARTIFICIAL: a imobilidade decorre de uma ação humana concreta e efetiva, citando, por exemplo, as plantações e construções. BENS IMÓVEIS POR DETERMINAÇÃO LEGAL: são circunstâncias em que a lei atribui a condição de imóveis, ocorre em 2 (duas) situações do art. 80 do CC: os direitos reais sobre imóveis e as ações que os assegurem, bem como, no caso da sucessão aberta. BENS MÓVEIS: São aqueles que podem ser transportados ou removidos, não gerando alteração de sua substância ou sua destruição. BENS MÓVEIS por Natureza por Antecipação por Determinação Legal O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 51 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex MÓVEIS POR NATUREZA: a mobilidade é decorrente de sua essência, movimentando- se por força alheia (exemplo do carro) ou por força própria, no caso de animais, que tem movimento próprio, são chamados de semoventes. MÓVEIS POR ANTECIPAÇÃO: são bens incorporados ao solo, mas com a intenção de separá-los oportunamente e convertê-los em móveis, como as árvores destinadas ao corte e os frutos ainda não colhidos. Incluem-se nessa categoria os bens provenientes de demolição de imóveis. MÓVEIS POR DETERMINAÇÃO LEGAL: são bens imateriais, que adquirem essa qualidade jurídica por disposição legal: as energias que tenham valor econômico, os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes e os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. BENS FUNGÍVEIS: são os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, citando, por exemplo, o dinheiro. BENS INGUNGÍVEIS: são aqueles que não se substituem ou podem ser substituídos por outros bens de mesma espécie, valor, quantidade e qualidade, citando, por exemplo, um quadro de obra de arte. BENS CONSUMÍVEIS: são os bens móveis em que o uso importa destruição imediata da própria substância, como os gêneros alimentícios, podendo ser incluídos nessa classificação os bens destinados à alienação, como as mercadorias de supermercado. BENS DIVISÍVEIS: são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, sem diminuição considerável de seu valor, ou prejuízo do uso a que se destinam, bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes. BENS FUNGÍVEIS Bens móveis que podem SUBSTITUIR-SE por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. BENS CONSUMÍVEIS Bens móveis cujo uso importa DESTRUIÇÃO imediata da própria substância. BENS SINGULARES: são aqueles considerados na sua individualidade, como um cavalo, uma caneta, um carro. BENS COLETIVOS: são chamados de universais ou universalidades e abrangem: universalidade de fato e universalidade de direito. UNIVERSALIDADE DE FATO Conjunto de bens ligados pela VONTADE DO TITULAR. UNIVERSALIDADE DE DIREITO Conjunto de bens corpóreos e incorpóreos em que a LEI ATRIBUI O CARÁTER DE UNIDADE. BEM PRINCIPAL: é aquele que tem existência própria, autônoma, que existe por si. BEM ACESSÓRIO: é aquele cuja existência depende do principal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 52 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex BENS ACESSÓRIOS Produtos Frutos Pertenças Benfeitorias PRODUTOS: são bens que se retiram do principal, diminuindo a quantidade do bem principal, isso porque os produtos não se reproduzem periodicamente. FRUTOS: são utilidades que o bem principal produz periodicamente, sem acarretar a destruição do bem principal. Os frutos são caracterizados pela periodicidade, inalterabilidade da substância coisa principal e da separabilidade coisa principal. PERTENÇAS: são bens móveis acessórios que não constituindo partes integrantes do bem principal, como são os frutos, produtos e as benfeitorias, se destinam, de modo duradouro, ao serviço ou ornamentação de outro. BENFEITORIAS: são acréscimos e melhoramentos realizados pelo homem na estrutura do bem principal, com o objetivo de conservá-lo, melhorá-lo ou proporcionar prazer ao seu proprietário. Necessárias Tem por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. Úteis Aumentam ou facilitam o uso do bem. Voluptuárias Mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem. Tipo Ação Relação com Bem Principal Funcionalidade Pertença Ação humana Tem autonomia Funcionalidade específica, diferente da funcionalidade do bem principal. Acessão Ação humana ou natural Não tem autonomia Construções, plantações ou acréscimos da natureza. Benfeitoria Ação humana Não tem autonomia Conservam o bem, evitam que se deteriore, aumentam ou facilitam o uso do bem, ou são de mero deleite ou recreio. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 53 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex TITULARIDADE DE DOMÍNIO Bem de uso comum Uso comum do povo Bem de uso especial Bens destinados ao serviço público, incluindo a instalação dos órgãos governamentais. Dominicais Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades. INALIENABILIDADE DE BENS PÚBLICOS: os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis enquanto conservarem esta qualidade. USUCAPIÃO DE BENS PÚBLICOS: não existe usucapião de bens públicos, seja de uso comum, uso especial ou dominical. BEM DE FAMÍLIA CONVENCIONAL: é disciplinado a partir do art.1.711 do CC, instituído por ato de vontade do casal, da entidade familiar ou de um terceiro, por escritura pública ou testamento, com registro no Cartório de Imóveis. Impenhorável e inalienável. BEM DE FAMÍLIA LEGAL: instituído pela Lei n. 8.009/90, trata-se do único imóvel residencial do casal ou aquele de menor valor, e também da entidade familiar, o qual será impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei: EXCEÇÕES EM QUE O BEM DE FAMÍLIA PODE SER PENHORADO: • Dívida contraída para financiamento destinado à construção ou à aquisição do próprio imóvel; • Dívida de pensão alimentícia; • Dívidas de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições relacionadas com o próprio imóvel; • Execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar; • Imóvel adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens. • Obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação; QUADRO COMPARATIVO ENTRE O BEM DE FAMÍLIA CONVENCIONAL E LEGAL: Bem de Família Convencional Bem de Família Legal Previsão CC Lei n. 8.009/90 Instituição Ato de vontade e Registro Decorre de lei Restrição Impenhorável e Inalienável Impenhorável Exceções de penhora Tributos relativos ao imóvel e taxas condominiais + dívidas anteriores Pensão alimentícia, produto de crime, condenação criminal, fiança, dívidas com próprio imóvel etc. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 54 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex EXERCÍCIOSEXERCÍCIOS 001. 001. (INSTITUTO CONSULPLAN/ANALISTA LEGISLATIVO/CM POUSO ALEGRE/2023) Sobre a classificação de bens, são considerados infungíveis os bens a) particulares de uso público. b) públicos que são de uso coletivo. c) que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, quantidade e qualidade. d) que apenas podem ser substituídos por outros que sejam da mesma espécie, quantidade e qualidade. 002. 002. (INSTITUTO CONSULPLAN/ADVOGADO/PREF FORMIGA/PÚBLICO/2020) Analise as afirmativas a seguir. I – Perdem o caráter de bens imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, ainda que para nele se reempregarem. II – São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. III – Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram e o direito à sucessão aberta. IV – Os materiais destinados a alguma construção, mesmo enquanto não forem empregados, passam a adquirir a qualidade de imóveis. Está INCORRETO o que se afirma em: a) I e IV. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. 003. 003. (CONSULPLAN/ESTAGIÁRIO/MPE PA/DIREITO/2019) Os bens jurídicos podem ser definidos, na lição de Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, “como toda a utilidade física ou ideal, que seja objeto de um direito subjetivo”. Segundo o Código Civil, tais bens podem ser classificados de diferentes maneiras. Acerca dessas classificações, assinale a alternativa correta. a) Os bens infungíveis são aqueles que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, quantidade e qualidade. Desta forma, apenas os bens imóveis podem ser classificados como bens infungíveis. b) Os bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Desta forma, pode-se afirmar que um automóvel não é bem fungível, por se tratar de bem complexo e possuir número de identificação (chassi). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/instituto-consulplan https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-legislativo-cm-pouso-alegre-2023 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/instituto-consulplan https://www.tecconcursos.com.br/concursos/advogado-pref-formiga-publico-2020 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/consulplan https://www.tecconcursos.com.br/concursos/estagiario-mpe-pa-direito-2019 55 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex c) Os bens imóveis são aqueles que não podem ser removidos ou transportados sem a sua deterioração ou destruição. Desta forma, a edificação que, separada do solo, conservando- se a sua unidade, for removida para outro local, perde temporariamente sua natureza de bem imóvel. d) Os bens móveis são aqueles que podem ser transportados, por força própria ou de terceiro, sem a deterioração, destruição e alteração da substância ou da destinação econômico- social. Desta forma, os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis. Uma vez empregados ao bem imóvel, em caso de demolição, não readquirem a qualidade de bens móveis. 004. 004. (CONSULPLAN/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ MG/PROVIMENTO/2019) Tendo em mira a classificação dos bens feita pelo Código Civil, assinale a alternativa correta. a) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens imóveis para os efeitos legais. b) Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertencentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. c) Os tijolos adquiridos para emprego futuro na construção de uma casa são considerados bens imóveis por acessão intelectual desde o momento da aquisição. d) As janelas retiradas de uma casa para a realização de obras de expansão, com a intenção de reposição em outro local do mesmo imóvel, não perdem a qualidade de bens imóveis. 005. 005. (INSTITUTO CONSULPLAN/ADVOGADO/CM BARBACENA/2022) De acordo com o Art. 98 do Código Civil (Lei n. 10.406/02), “são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem”. Sobre bens públicos, analise as afirmativas a seguir. I – Praças são bens de uso comum da população, assim como as ruas. O uso comum dos bens públicos sempre será gratuito. II – As terras devolutas pertencem aos Estados, sem exceções. III – Bens de uso especial são aqueles bens afetados a uma finalidade pública, como a sede da Câmara Municipal de Barbacena. IV – Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da Lei. Está correto o que se afirma apenas em a) I e III. b) III e IV. c) I, II e III. d) I, II e IV O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, c��pia, divulgaçãoou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/consulplan https://www.tecconcursos.com.br/concursos/notario-e-registrador-tj-mg-provimento-2019 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/instituto-consulplan https://www.tecconcursos.com.br/concursos/advogado-cm-barbacena-2022 56 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 006. 006. (CONSULPLAN/ADVOGADO/PREFEITURA DE SABARÁ MG/2017) O Código Civil Brasileiro trata das diferentes classes de bens. NÃO é(são) considerado(s) móvel(is) para efeitos legais: a) O direito à sucessão aberta. b) As energias que tenham valor econômico. c) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. d) Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes. 007. 007. (CONSULPLAN/ TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/ TJ-MG/2018) Uma casa modular, que pode ser retirada de seus alicerces, para ser fixada em local diferente do original, sem perder sua natureza e finalidade é considerada a) bem imóvel. b) bem semovente. c) bem móvel por natureza. d) bem móvel por antecipação. 008. 008. (CONSULPLAN/ TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/ TJ-MG/2018) Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis a) apenas por decisão judicial. b) por vontade das partes, não podendo exceder de 5 (cinco) anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador. c) por vontade das partes, que não poderão acordá-la por prazo maior de 5 (cinco) anos, insuscetível de prorrogação ulterior. d) por disposição expressa de lei ou pela vontade das partes, desde que, neste caso, o prazo de obrigatoriedade da indivisão não ultrapasse 10 (dez) anos. 009. 009. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO (TJ AP)/JUDICIÁRIA E ADMINISTRATIVA/2024) Bernardo pretende viajar para uma cidade bastante turística do litoral brasileiro nas férias e, por isso, decidiu alugar, pela internet, um charmoso imóvel muito bem localizado no destino desejado, com jardim, quintal e uma bela vista. O anúncio da casa vinha acompanhado de diversas fotografias do local, demonstrando como o imóvel era atrativo. Assim, Bernardo prontamente aceitou os termos da locação e firmou o contrato com o proprietário do bem. A contratação não esclarecia, contudo, em nenhum momento, se todas as coisas que apareciam nas fotografias do imóvel estariam presentes na casa durante o período de locação para Bernardo. Nesses termos, ao chegar ao imóvel durante suas férias, Bernardo pode descobrir que o proprietário retirou da casa, sem com isso descumprir a disciplina prevista pelo Código Civil Brasileiro para os bens jurídicos: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-sabara-mg https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/tecnico-judiciario-tj-ap-judiciaria-e-administrativa-2024 57 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex a) a mureta de alvenaria que separava o jardim da área da churrasqueira; b) os azulejos portugueses valiosos que revestiam a parede da cozinha; c) a palmeira frondosa que estava plantada no quintal dos fundos; d) o lustre composto de valiosos cristais que adornava o teto da sala de estar; e) a torneira na parede externa da casa que alimentava a mangueira para regar o jardim. 010. 010. (FUNDATEC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREF CRICIÚMA/2024) Conforme o Código Civil, assinale a alternativa correta. a) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. b) Os bens públicos dominicais não podem ser alienados. c) Os bens públicos estão sujeitos a usucapião. d) São bens públicos os dominicais, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. e) São bens públicos os de uso especial, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 011. 011. (IBFC/GUARDA MUNICIPAL/PREF MANAUS/2024) Leia abaixo o artigo 99 do Código Civil, que dispõe sobre bens públicos: Art. 99. São bens públicos: I. os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças. II. os de uso ______, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. III. os ______, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se ______ os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas. a) especial / patrimoniais / patrimoniais b) especial / dominicais / dominicais c) individual / dominicais / especiais d) dominical / patrimoniais / especiais e) dominical / especiais / dominicais 012. 012. (CEBRASPE/CESPE/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E INFRAESTRUTURA EM PROPRIEDADE INDUSTRIAL (INPI) /GESTÃO E SUPORTE/DIREITO/2024) A respeito de aplicação das leis civis, de pessoas naturais e jurídicas e de bens, julgue o item seguinte. O negócio jurídico referente ao bem principal excepcionalmente abrangerá as pertenças relativas a esse bem. 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(FGV/RESIDENTE/TJ RJ/DIREITO/2024) Túlio e Tina, recém-casados, compram um imóvel antigo em sua cidade natal para servir como sua nova residência, mas antes de se mudarem, em razão de uma inspeção realizada por empresa de engenharia especializada que indicou que todo o encanamento e a parte elétrica do imóvel estavam muito comprometidos, implicando risco elevado, contratam a empresa Reparo Certo Ltda. para a realização de algumas obras. Assim, a empresa Reparo Certo Ltda. envia Paulo, um funcionário antigo e muito experiente para a realização da troca do encanamento e restauração de toda a parte elétrica da casa, além da troca do piso da cozinha e reforma do banheiro para instalação de uma banheira de hidromassagem. Paulo, em seu quinto dia de trabalho no imóvel de Túlio e Tina, furou uma parede errada, acertando um cano e gerando um grande vazamento que inundou toda a casa, estragando o piso da sala e os armários embutidos do quarto. Se não bastasse, ao tentar parar o vazamento, Paulo tropeçou em alguns azulejos raros que haviam sido retirados da cozinha para posterior instalaçãono banheiro, bem como quebrou os azulejos novos que tinham sido comprados para instalação na cozinha. Considerando a situação hipotética narrada e a disciplina da classificação dos bens no Código Civil, é correto afirmar que a) a troca do encanamento e a restauração da parte elétrica configuram benfeitorias necessárias e a instalação da banheira de hidromassagem configura benfeitoria útil. b) os azulejos raros que haviam sido retirados da cozinha são bens imóveis e infungíveis. c) os azulejos novos, ainda não instalados, e o piso da sala são bens imóveis e fungíveis. d) a troca do encanamento e a restauração da parte elétrica configuram benfeitorias úteis e a instalação da banheira de hidromassagem configura benfeitoria voluptuária. e) os azulejos raros que haviam sido retirados da cozinha e os azulejos novos são bens móveis, sendo os primeiros infungíveis. 014. 014. (FGV/POLICIAL LEGISLATIVO II/ALETO/2024) No âmbito do domínio público, existem relevantes ditames do Código Civil, delimitando o conceito e indicando a classificação dos bens públicos quanto à afetação pública. Nesse contexto, assinale a opção que indica um exemplo de bem público, com a adequada classificação, pertencente à respectiva pessoa jurídica. a) A sede de uma prefeitura, que é bem de uso especial. b) A sede de uma fundação, que é bem de uso dominical. c) A sede de uma autarquia, que é bem de uso comum do povo. d) A sede de uma assembleia legislativa, que é bem dominical. e) A sede de uma empresa pública, que é bem de uso especial. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/residente-tj-rj-direito-2024 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/policial-legislativo-ii-aleto-2024 59 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 015. 015. (CEBRASPE/CESPE/PROCURADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE/2024) Pedro comprou um carro usado de seu vizinho, com a intenção de presentear seu filho João, que completara a maioridade civil. Pedro ficou satisfeito com o veículo, inclusive porque verificou que a ele havia sido acoplado um rastreador móvel, o qual seria relevante, na opinião de Pedro, para a segurança de João. Foi celebrado o contrato de compra e venda do automóvel, contudo, ao receber o bem, Pedro verificou que o rastreador fora retirado do veículo. Ao questionar o vendedor sobre a retirada do equipamento, Pedro foi informado de que a aquisição do equipamento não havia sido convencionada. Tendo como referência essa situação hipotética, assinale a opção correta com base no entendimento do STJ. a) O rastreador constitui parte integrante do veículo e deve acompanhá-lo na negociação da venda. b) Por ser o rastreador considerado um bem naturalmente divisível, não se presume a sua inclusão na negociação do veículo. c) O rastreador é um bem acessório e deve acompanhar o veículo, bem principal, independentemente de previsão contratual nesse sentido. d) O rastreador é considerado uma benfeitoria necessária e, por essa razão, presume-se a sua inclusão na negociação do veículo. e) Por ser o rastreador considerado pertença, não se presume a sua inclusão na negociação do veículo. 016. 016. (FGV/NACIONAL UNIFICADO (OAB)/XL EXAME/2024) Antônio, locatário de um imóvel residencial, verificou uma enorme infiltração atrás dos armários da cozinha. Com a finalidade de evitar maior deterioração do imóvel, Antônio realizou a obra a fim de reparar o dano e conservar o bem. Aproveitando a presença do empreiteiro em sua casa, reformou todos os armários dos quartos, para incluir portas de espelho e puxadores em cobre com o único objetivo de deixá-los mais sofisticados, pois os anteriores estavam em perfeito estado. Aproveitou também a oportunidade para incluir um grande aquário embutido na parede da sala. Diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta. a) Por não ser proprietário do bem, as obras realizadas por Antônio não podem ser consideradas como benfeitorias. b) As obras realizadas por Antônio são classificadas como benfeitorias úteis, pois facilitam o uso do bem. c) O reparo na cozinha é uma benfeitoria necessária, porque conserva e evita que a coisa se deteriore, e a reforma dos armários e do aquário são benfeitorias voluptuárias, pois trata-se de mero deleite. d) A reforma dos armários dos quartos e o aquário da sala valorizam o bem, sendo consideradas como benfeitorias úteis, diferente do reparo na cozinha que, por força da gravidade, classifica-se como benfeitoria necessária. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/cebraspe https://www.tecconcursos.com.br/concursos/procurador-do-estado-do-rio-grande-do-norte-2024 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/nacional-unificado-oab-2024-xl-exame 60 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 017. 017. (FGV/DELEGADO DE POLÍCIA/PC SC/2024) Antônio Balduíno celebrou contrato de locação residencial com Gabriela Bala, pelo prazo de trinta meses. Gabriela, locatária, realizou diversas obras no bem, com destaque para: a reforma do encanamento da cozinha, que se encontrava com infiltrações e comprometiam a segurança do imóvel; a troca do cabeamento da casa, tornando mais útil a internet, visto que ela trabalha em home office; a construção de uma piscina para o lazer de seus filhos; e a alteração da pintura externa do bem, que se encontrava em perfeito estado, transformando o imóvel na casa da Barbie, sonho da locatária, embelezando o imóvel e valorizando-o em cinquenta por cento, conforme corretores de imóveis da região. O contrato de locação prevê que as benfeitorias realizadas pela locatária serão indenizadas, independentemente de autorização prévia, salvo as voluptuárias. Diante da situação hipotética, a respeito do tema benfeitorias, assinale a afirmativa correta. a) A construção da piscina e a troca do cabeamento da casa são consideradas benfeitorias úteis, porque aumentam a utilização do bem. b) Apesar da valorização do imóvel em cinquenta por cento, a alteração da pintura externa é considerada benfeitoria voluptuária. c) Todas as benfeitorias realizadas na situação narrada no enunciado devem ser indenizadas, com exceção da construção da piscina, por ser voluptuária. d) A reforma do encanamento da cozinha é considerada como benfeitoria útil, visto que facilita a utilização do bem. e) As benfeitorias descritas no enunciado devem ser indenizadas pelo locador, salvo a troca do cabeamento da casa. 018. 018. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO (TJ AP)/JUDICIÁRIA E ADMINISTRATIVA/2024) Eduarda, artista plástica, montou seu ateliê em um sobrado que recebeu de herança de sua avó paterna. Ela produz esculturas que coloca à venda para os visitantes do ateliê, feitas em madeira e pintadas à mão, nunca produzindo uma peça idêntica a outra anterior. As esculturas são revestidas de um verniz que lhes confere grande durabilidade. De acordo com o Direito Civil Brasileiro, é correto classificar as esculturas produzidas por Eduarda como: a) bens infungíveis e consumíveis; b) bens infungíveis e pertenças do sobrado; c) bens consumíveis e acessórios do sobrado; d) bens fungíveis e não consumíveis; e) bens não consumíveis e pertenças do sobrado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meiosem cada aula. Com relação a esses, recomendo que sejam estudados entre os intervalos das aulas para facilitar a fixação do conteúdo. O seu feed back é muito importante para melhoria da aula, então não deixe de avaliar ou me enviar comentários pelas redes sociais. Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material obrigatório! Então, fica ligado no curso GRAN. Estou esperando as dúvidas no Fórum do aluno! Muito bem-vindo ao nosso curso, vamos ao trabalho!!!! “Nenhum obstáculo é tão grande se sua vontade de vencer for maior.” Forte abraço e bons estudos! Antônio Alex Pinheiro @prof._antonio_alex O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 5 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex BENSBENS 1 . CoNCeito De BeM1 . CoNCeito De BeM Bem pode ser definido como uma coisa com interesse econômico e/ou jurídico. Segundo a doutrina, o Código Civil de 2002 adotou a diferenciação de que coisa é um gênero, correspondendo a tudo o que não é humano, enquanto o bem é espécie, ou seja, uma coisa com interesse econômico e/ou jurídico. Os bens são coisas que, por serem úteis e raras, estão sujeitos à apropriação e contêm valor econômico. O Direito somente se interessa pelas coisas suscetíveis de apropriação exclusiva pelo homem. Nesse sentido, as coisas que existem em abundância no universo, como o ar atmosférico e a água dos oceanos, por exemplo, não são considerados bens em sentido jurídico. 2 . ClASSiFiCAÇÃo DoS BeNS2 . ClASSiFiCAÇÃo DoS BeNS O Código Civil de 2002 classifica os bens da seguinte forma: Considerados em si mesmos Bens Imóveis Bens Móveis Bens Fungíveis e Consumíveis Bens Divisíveis Bens Singulares e Coletivos Reciprocamente considerados Bens Principais Bens Acessórios (produtos, frutos, benfeitorias e pertenças) Titularidade de domínio Bens Públicos (Comum, Especial e Dominical) Bens Particulares O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 6 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 3 . BeNS CoNSiDerADoS eM Si MeSMoS3 . BeNS CoNSiDerADoS eM Si MeSMoS 3 .1 . BeNS iMÓveiS3 .1 . BeNS iMÓveiS Os bens imóveis são aqueles que estão incorporados ao solo por uma razão natural ou artificial, sendo que desta forma não podem ser removidos, pois a remoção gera destruição ou deterioração do bem. A sua previsão ocorre nos arts. 79 e 80 do CC: Art. 79. São BENS IMÓVEIS o SOLO e tudo quanto se LHE INCORPORAR NATURAL ou ARTIFICIALMENTE. A partir da leitura dos dois artigos, os bens imóveis podem ser classificados da seguinte forma: 001. 001. (FGV/FISCAL DE RENDAS/RIO DE JANEIRO/2023) A sociedade X devia cinco milhões de reais à sociedade Y. Como não dispunha do dinheiro para quitar a dívida, deu em pagamento uma fazenda de sua propriedade, na qual existia uma vasta plantação de árvores destinadas ao corte. Nesse caso, é correto afirmar que, na falta de cláusula contratual específica, as árvores: a) apesar de poderem configurar bens móveis por antecipação, não estão abrangidas pela dação em pagamento do imóvel; b) compreendidas como pertenças, não estão abrangidas pela dação em pagamento do imóvel; c) apesar de poderem configurar bens móveis por antecipação, estão abrangidas pela dação em pagamento do imóvel, por força do princípio da gravitação jurídica; d) apesar de poderem configurar acessões naturais, estão abrangidas pela dação em pagamento do imóvel, por força do princípio da gravitação jurídica; e) por estarem incorporadas ao solo, são consideradas parte do imóvel, independentemente de sua finalidade econômica, razão pela qual estão contempladas pela dação em pagamento do imóvel. a) Errada. As árvores destinadas ao corte apesar de poderem configurar bens móveis por antecipação, estão abrangidas pela dação em pagamento do imóvel, vide comentários da afirmativa “c”. b) Errada. Pertença é bem acessório destinado a conservar ou facilitar o uso das coisas principais, sem que destas sejam parte integrante (art. 93, Código Civil), como as máquinas utilizadas em uma fábrica, os implementos agrícolas, as provisões de combustível, os aparelhos de ar condicionado (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Manual de Direito Civil [livro eletrônico], 7ª ed., Saraiva Educação, 2023, p. 186). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/fiscal-de-rendas-rio-de-janeiro-2023 7 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex CC Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. c) Certa. As árvores destinadas ao corte apesar de poderem configurar bens móveis por antecipação, estão abrangidas pela dação em pagamento do imóvel, por força do princípio da gravitação jurídica, conforme decidiu o Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial 1.567.479/PR (Informativo 651): Na dação em pagamento de imóvel sem cláusula que disponha sobre a propriedade das árvores de reflorestamento, a transferência do imóvel inclui a plantação. Conforme artigos 79 e 92 do Código Civil, salvo expressa disposição em contrário, as árvores incorporadas ao solo mantêm a característica de bem imóvel, pois acessórios do principal, motivo pelo qual, em regra, a acessão artificial recebe a mesma classificação/natureza jurídica do terreno sobre o qual é plantada. No entanto, essa classificação legal pode ser interpretada de acordo com a destinação econômica conferida ao bem, sendo viável transmudar a sua natureza jurídica para bem móvel por antecipação, cuja peculiaridade reside na vontade humana de mobilizar a coisa em função da finalidade econômica. Do mesmo modo, consoante estabelecido no artigo 287 do Código Civil, “salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus acessórios”. Desta forma, em que pese seja viável conceber a natureza jurídica da cobertura vegetal lenhosa destinada ao corte, a depender da vontade das partes, também como bem móvel por antecipação, no caso, em virtude da ausência de anotação/observação quando da dação em pagamento acerca das árvores plantadas sobre o terreno, diante da presunção legal de que o acessório segue o principal, há que se concluir que essas foram transferidas juntamente com a terra nua. Estabelecem os dispositivos citados no julgado: CC Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. CC Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. d) Errada. Acessão natural é modo de aquisição originária da propriedade imóvel decorrente das forças da natureza. Exemplos: formação de ilhas, aluvião, avulsão e o abandono do álveo (Flávio Tartuce, Manual de Direito Civil, 13ª ed., Método, 2023, p. 907). e) Errada. As árvores destinadas ao corte podem ser consideradas bem móvel por antecipação, em razão da finalidade econômica. Letra c. A) bens imóveis por natureza: a imobilidade decorre de sua própria essência, citando, por exemplo, uma árvore na floresta.e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/delegado-de-policia-pc-sc-2024 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/tecnico-judiciario-tj-ap-judiciaria-e-administrativa-2024 61 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 019. 019. (CEBRASPE/CESPE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREF CAMAÇARI/2024) Paula comprou um carro usado de seu vizinho Marcelo com a finalidade de doar a sua filha Olívia, a qual acabou de completar 18 anos. Durante as negociações preliminares, Paula identificou que o veículo possuía um rastreador e pensou ser relevante por questões de segurança, todavia nada foi convencionado sobre o equipamento. Realizado o contrato de compra e venda, Paula verificou que o veículo foi entregue sem o rastreador e, ao questionar Marcelo, ele informou que a aquisição desse item não foi convencionada. Diante dessa situação hipotética, tendo em vista a natureza jurídica do bem, as disposições do Código Civil sobre os bens reciprocamente considerados e a jurisprudência do STJ, assinale a opção correta. a) O rastreador é uma benfeitoria útil e acompanha o veículo. b) O equipamento é uma benfeitoria voluptuária e não acompanha o automóvel. c) O equipamento é considerado pertença e não acompanha o automóvel. d) O rastreador é considerado uma pertença e deve acompanhar o veículo. e) O rastreador é considerado uma parte integrante e acompanha o automóvel. 020. 020. (FGV/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL (SEF MG) /AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO/2023) Tina, por ocasião da realização de uma grande reforma em sua casa, adquiriu novas portas para os quartos e banheiros, ainda não instaladas, e um completo sistema de refrigeração central que, para sua instalação, exigiu a remoção dos vitrais das janelas da sala, o que foi feito com todo o cuidado, visto que Tina fazia questão de que os vitrais fossem reempregados no local. Considerando que as antigas portas dos quartos estavam em bom estado, Tina colocou-as à venda em um brechó próximo. Considerando essas informações e a disciplina dos bens no Código Civil de 2002, assinale a afirmativa correta. a) As portas antigas dos quartos e dos banheiros são classificadas como bens móveis consumíveis. b) As portas novas dos quartos e dos banheiros, em razão da sua destinação econômica, são consideradas imóveis. c) Os vitrais da janela, mesmo após terem sido removidos para instalação do sistema de refrigeração, mantém sua qualidade de imóveis. d) Os vitrais da janela, após terem sido removidos para instalação do sistema de refrigeração, são classificados como móveis, mas mantêm o caráter da infungibilidade. e) As portas antigas e os vitrais, após a remoção, são classificados como bens móveis e fungíveis. 021. 021. (FGV/ANALISTA/PGM NITERÓI/PROCESSUAL/2023) Anderson decidiu comprar uma casa de praia para passar os feriados e finais de semana com sua família. Pesquisando por imóveis na internet, ele encontrou o anúncio de uma casa à venda na localidade que desejava, com um bom preço e ricamente ilustrado por fotografias atuais do bem. Anderson entrou O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/cebraspe https://www.tecconcursos.com.br/concursos/procurador-do-municipio-pref-camacari-2024 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/auditor-fiscal-da-receita-estadual-sef-mg-auditoria-e-fiscalizacao-2023 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-pgm-niteroi-processual-2023 62 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex em contato com o vendedor, que ainda residia na casa à época, e, após um período de negociações, a compra e venda do imóvel foi celebrada. O preço foi pago à vista e o vendedor entregou as chaves no prazo avençado, mas, quando Anderson finalmente ingressou na casa pela primeira vez, descobriu que vários itens que apareciam nas fotografias anunciadas estavam faltando no imóvel, tendo sido retirados pelo vendedor quando desocupou o local. Considerando que as partes nada dispuseram no contrato sobre nenhum desses itens, é correto afirmar que o vendedor: a) podia levar consigo os ventiladores de teto dos quartos, por se tratar de pertenças; b) podia arrancar as duas árvores que estavam plantadas no jardim da casa, por se tratar de coisas fungíveis; c) podia remover a porta dos fundos da casa, sem estar obrigado a substituí-la, por se tratar de fruto industrial; d) deveria ter deixado na casa as torneiras instaladas nos banheiros, por se tratar de bens coletivos; e) deveria ter deixado na casa os vasos de plantas da varanda, por se tratar de bens imóveis por acessão física. 022. 022. (CEBRASPE/CESPE/DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA/2023) Acerca dos bens imóveis e de suas classificações, assinale a opção correta. a) Direitos reais sobre imóveis e ações que os asseguram são considerados bens móveis por determinação legal. b) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, adquirem o caráter de bens móveis. c) Direitos à sucessão aberta são considerados bens imóveis para efeitos legais. d) O solo é considerado bem imóvel por acessão natural. e) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local perdem o caráter de bens imóveis. 023. 023. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 21ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2023) De acordo com o Código Civil, os bens fungíveis a) tanto podem ser móveis quanto imóveis, ao passo que os bens consumíveis são necessariamente móveis. b) são aqueles que servem a função típica determinada pela lei, ao passo que os bens consumíveis são tão somente aqueles destinados à alienação. c) não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, ao passo que os bens consumíveis são aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria substância, com exceção dos destinados à alienação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/cebraspe https://www.tecconcursos.com.br/concursos/defensor-publico-do-estado-de-rondonia-2023 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fcc https://www.tecconcursos.com.br/concursos/tecnico-judiciario-trt-21-regiao-administrativa-sem-especialidade-2023 63 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex d) podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, ao passo que os bens consumíveis são aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. e) são aqueles que servem a função típica determinada pela lei, ao passo que os bens consumíveis são aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. 024. 024. (FGV/AUDITOR DO ESTADO/CGE SC/DIREITO/2023) No mês passado, ocorreu um enorme debate na COJUR (Consultoria Jurídica) da Secretaria de Fazenda de Santa Catarina a respeito da cobrança de ICMS sobre TUST e TUSD – sistema de compensação de energia elétrica no âmbito da mini e microgeração de energia (energia solar). O debate centrou-se a respeitoda natureza jurídica da energia. Em relação ao tema Bens, é correto afirmar que as energias que tenham valor econômico são consideradas a) bens públicos de uso comum do Estado gerador. b) pertenças do bem imóvel principal. c) fora do comércio, visto que são legalmente inalienáveis. d) bens públicos dominicais do Estado gerador. e) bens móveis por força da lei. 025. 025. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO (TRT 12ª REGIÃO)/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2023) De acordo com o Código Civil, considere: I – O direito à sucessão aberta. II – As energias que tenham valor econômico. III – Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. IV – Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. São considerados bens móveis para os efeitos legais a) II e IV. apenas b) III e IV, apenas c) I e III, apenas. d) II, III e IV, apenas e) I e II, apenas 026. 026. (FCC/TÉCNICO MINISTERIAL (MPE PB)/SEM ESPECIALIDADE/2023) São considerados bens fungíveis a) os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. b) os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. 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(INSTITUTO CONSULPAM/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/TCM PA/2023) Consoante o texto do Código Civil brasileiro de 2002 (Lei n.º 10.406), considera-se imóvel para efeitos legais: a) O direito real sobre objetos móveis. b) O direito à sucessão aberta. c) A energia que tenha valor econômico. d) O direito pessoal de caráter patrimonial 028. 028. (DIRENS AERONÁUTICA/ESTÁGIO DE ADAPTAÇÃO DE OFICIAIS DE APOIO DA AERONÁUTICA (CIAAR)/SERVIÇOS JURÍDICOS/EAOAP 2024) O Código Civil Brasileiro (Lei n. 10.406 de 10.01.2002) estabelece definições para bens móveis e imóveis. Assinale a opção que contenha apenas bens considerados como móveis. a) Bens de raiz. b) O direito à sucessão aberta. c) Materiais provenientes da demolição de algum prédio. d) Materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 029. 029. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/PREF PIRACICABA/2023) Josué é proprietário de uma casa muito antiga, no centro da cidade, que tem dois terrenos vagos ao lado. Uma construtora, interessada em realizar um grande empreendimento no centro da cidade, procura Josué a fim de adquirir a casa para demolição e utilizar o terreno para construção de um shopping center. Josué aceita vender a sua casa para demolição. Diante da situação hipotética, e considerando o entendimento da doutrina majoritária, é correto afirmar que a casa de Josué vendida para demolição trata-se de um bem a) móvel por determinação de lei. b) móvel por antecipação. c) imóvel por acessão física artificial. d) imóvel por destinação do proprietário. e) imóvel por determinação legal. 030. 030. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO (TJ SE)/ADMINISTRATIVA/JUDICIÁRIA/2023) Jairo foi convidado a estudar em Paris por dois anos. Emprestou, então, seu apartamento, em Aracaju, a Helena, sob as seguintes condições: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/instituto-consulpam https://www.tecconcursos.com.br/concursos/conselheiro-substituto-tcm-pa-2023 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/direns-aeronautica https://www.tecconcursos.com.br/concursos/estagio-de-adaptacao-de-oficiais-de-apoio-da-aeronautica-ciaar-servicos-juridicos-2023-eaoap-2024 https://www.tecconcursos.com.br/concursos/estagio-de-adaptacao-de-oficiais-de-apoio-da-aeronautica-ciaar-servicos-juridicos-2023-eaoap-2024 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/vunesp https://www.tecconcursos.com.br/concursos/procurador-juridico-pref-piracicaba-2023 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/tecnico-judiciario-tj-se-administrativa-judiciaria-2023 65 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex (i) se Helena o alugasse enquanto ele estivesse fora, deveria repassar-lhe 50% dos valores dos aluguéis; (ii) as obras realizadas para conservação e manutenção do imóvel ficariam por conta de Helena; e (iii) as obras de mero deleite, que tornassem o imóvel mais confortável, deveriam ser autorizadas por escrito por Jairo. Nesse caso, as cláusulas referem-se, respectivamente, a: a) frutos; benfeitorias úteis; benfeitorias voluptuárias; b) produtos; benfeitorias necessárias; benfeitorias úteis; c) frutos; benfeitorias necessárias; benfeitorias voluptuárias; d) produtos; benfeitorias necessárias; acessões; e) frutos; benfeitorias necessárias; acessões. 031. 031. (FURB/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREF NOVA TRENTO/2023) Considerando estritamente os termos do Código Civil sobre os bens e a prescrição, julgue as seguintes assertivas: I – A interrupção da prescrição dar-se-á por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual. Essa interrupção poderá ocorrer por diversas vezes, enquanto o processo não for extinto, por força do princípio do acesso à justiça. II – A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado, mas, quando feita por um dos credores solidários, não aproveitará aos demais credores daquele devedor. III – Os bens móveis são aqueles suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Nesse sentido, são considerados móveis para efeitos legais as energias que tenham valor econômico e os direitos pessoais de caráter patrimonial. IV – São considerados bens públicos os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças. É correto o que se afirma em: a) I e II, apenas. b) I, II e III, apenas. c) III e IV, apenas. d) I, II, III e IV. e) IV, apenas. 032. 032. (DIRENS AERONÁUTICA/ ESTÁGIO DE ADAPTAÇÃO DE OFICIAIS DE APOIO DA AERONÁUTICA (CIAAR) /SERVIÇOS JURÍDICOS/EAOAP 2024) O Código Civil Brasileiro (Lei n. 10.406 de 10.01.2002) estabelece em seu artigo 98 que “são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.” O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/furbhttps://www.tecconcursos.com.br/concursos/procurador-do-municipio-pref-nova-trento-2023 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/direns-aeronautica https://www.tecconcursos.com.br/concursos/estagio-de-adaptacao-de-oficiais-de-apoio-da-aeronautica-ciaar-servicos-juridicos-2023-eaoap-2024 https://www.tecconcursos.com.br/concursos/estagio-de-adaptacao-de-oficiais-de-apoio-da-aeronautica-ciaar-servicos-juridicos-2023-eaoap-2024 66 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Sobre o assunto, o referido Código estabelece que: a) Somente os bens públicos são inalienáveis. b) Os bens públicos estão sujeitos a usucapião. c) Os rios, mares, estradas, ruas e praças são bens públicos. d) O uso de bens públicos deve necessariamente ser remunerado ao ente que o detém. 033. 033. (VUNESP/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO (TCM SP)/CIÊNCIAS JURÍDICAS/2023) Sobre bens públicos, assinale a alternativa correta. a) Os bens públicos dominicais são inalienáveis. b) Os bens públicos de uso comum do povo podem ser alienados. c) Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado a que se tenha dado estrutura de direito público. d) São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno e externo. e) O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído. 034. 034. (FUNDATEC/ANALISTA TÉCNICO (PROCERGS)/ADVOGADO/CÍVEL/2023) Acerca dos bens públicos, relacione a Coluna 1 à Coluna 2, associando a que tipo de bem público se trata. Coluna 1 1. Bem público de uso comum do povo. 2. Bem público de uso especial. 3. Bem público dominical. Coluna 2 ( ) � Rios e mares. ( ) � Prédio sede da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. ( ) � Praças públicas e estradas. ( ) � Terras devolutas. ( ) � Prédio desativado e abandonado de propriedade da União que abrigava um hospital público. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a) 2 – 1 – 2 – 3 – 2. b) 1 – 2 – 1 – 3 – 3. c) 3 – 1 – 3 – 2 – 2. d) 2 – 2 – 2 – 1 – 3. e) 1 – 1 – 1 – 2 – 2. 035. 035. (CEBRASPE/CESPE/ADVOGADO DA UNIÃO/2023) Em relação ao domínio público terrestre, é correto afirmar que a terra devoluta O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/vunesp https://www.tecconcursos.com.br/concursos/auditor-de-controle-externo-tcm-sp-ciencias-juridicas-2023 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fundatec https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-tecnico-procergs-advogado-civel-2023 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/cebraspe https://www.tecconcursos.com.br/concursos/advogado-da-uniao-2023 67 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex a) é bem indisponível. b) integra a categoria de bens de uso especial. c) não é objeto de ação discriminatória. d) é sempre passível de usucapião. e) não possui qualquer destinação pública. 036. 036. (FGV/JUIZ DO TRABALHO (CSJT)/II CONCURSO UNIFICADO/2023) Quanto aos bens públicos, considerando o disposto no Código Civil, é correto afirmar que: a) os bens públicos dominicais não podem ser alienados; b) o uso comum dos bens públicos não pode ser retribuído; c) o terreno destinado a serviço de autarquia municipal é bem público de uso especial; d) são públicos os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado que integram a Administração Pública; e) os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado são considerados de uso especial. 037. 037. (INSTITUTO VERBENA/ANALISTA MINISTERIAL (MPE AC)/DIREITO/2023) Conforme estabelecido pelo Código Civil, são considerados bens públicos a) as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local. b) os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. c) os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. d) as benfeitorias ou melhoramentos ou acréscimos de uso especial. 038. 038. (CEBRASPE/CESPE/ PROMOTOR DE JUSTIÇA (MPE SC)/43º CONCURSO PÚBLICO/2023) À luz do disposto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), no Código Civil bem como da jurisprudência do STF, julgue o próximo item, relativos a pessoas, domicílio e bens. À luz do Código Civil, são bens públicos: os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades; os de uso especial, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; e os de uso comum do povo, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. 039. 039. (INSTITUTO CONSULPLAN/ANALISTA EM DESENVOLVIMENTO SOCIAL (SEAS RO) / DIREITO/2023) Em relação aos bens públicos, é o Código Civil que traz sua definição legal. De acordo com o Art. 98 do diploma legal, são bens públicos todos aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno. De acordo com o Código Civil, o conceito de bens públicos O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/juiz-do-trabalho-csjt-2023-ii-concurso-unificado https://www.tecconcursos.com.br/bancas/instituto-verbena https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-ministerial-mpe-ac-direito-2023 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/cebraspe https://www.tecconcursos.com.br/concursos/promotor-de-justica-mpe-sc-2023-43-concurso-publico https://www.tecconcursos.com.br/bancas/instituto-consulplan https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-em-desenvolvimento-social-seas-ro-direito-2023 https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-em-desenvolvimento-social-seas-ro-direito-2023 68 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex a) leva em consideração a sua utilização. b) leva em consideração a sua titularidade. c) está relacionado ao tempo de utilização do bem. d) está relacionado ao recurso com que o bem foi adquirido. e) leva em consideração o procedimento de aquisição do bem. 040. 040. (FGV/FISCAL DE RENDAS/RIO DE JANEIRO/2023) NÃO conta com a proteção ao bem de família o imóvel: a) adquirido após a consolidação da dívida, quando já há demanda executiva em curso; b) dado em caução de locação comercial; c) do condômino, para pagamento de dívida decorrente de responsabilidade civil do condomínio insolvente em relação a terceiro; d) em construção, no qual, por ora, só exista o terreno; e) alugado a terceiros, quando o saldo da locação é revertido em favor da unidade familiar. 041. 041. (FUNDATEC/RESIDENTE JURÍDICO/PGE SP/2023) Joanna foi condenada por ato ilícito extracontratual, sendo obrigada a indenizar Carlos em razão de danos morais e materiais calculados no valor de R$ 350.000,00. No curso da execução da decisão, não foram localizados bens em nome de Joanna, salvo único imóvel residencial que, no entanto, estava locado a Marcos. Carlos, então, requereu a penhora do referido imóvel, argumentando que o fato de Joanna nele não residir afastaria a incidência da Lei n. 8.009/1990. Diante dessa situação, e nos termos do entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça sobre o tema, assinale a alternativa correta. a) A penhora poderá ser deferida,tendo em vista que Joanna não reside no imóvel. b) A penhora não poderá ser deferida, bastando a comprovação de que se trata do único imóvel em nome de Joanna, configurando, assim, bem de família. c) A impenhorabilidade no caso em questão apenas estará configurada se comprovado por Joanna que a renda obtida com a locação é revertida para custear sua moradia em outro imóvel. d) Como Joanna não reside no imóvel, mas percebe os frutos do bem, fica afastada a incidência da Lei n. 8.009/1990. e) A penhora não poderá ser deferida caso Joanna comprove que a renda obtida com a locação é revertida para a subsistência ou a moradia da sua família. 042. 042. (FAU UNICENTRO/ADVOGADO/CM GUAMIRANGA/2023) Assinale a alternativa INCORRETA tendo como base a lei 8.009/1990: a) Não se beneficiará do disposto na lei de impenhorabilidade do bem de família aquele que, sabendo se insolvente, adquire de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga. Neste caso, é defeso ao juiz, na respectiva O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/fiscal-de-rendas-rio-de-janeiro-2023 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fundatec https://www.tecconcursos.com.br/concursos/residente-juridico-pge-sp-2023 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fau-unicentro https://www.tecconcursos.com.br/concursos/advogado-cm-guamiranga-2023 69 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex ação do credor, transferir a impenhorabilidade para a moradia familiar anterior, ou anular- lhe a venda, liberando a mais valiosa para execução ou concurso, conforme a hipótese. b) O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei. c) Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente. d) A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos e m função do respectivo contrato. e) A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida. 043. 043. (FUMARC/ANALISTA JUDICIÁRIO (TRT 3ª REGIÃO)/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2022) Sobre os bens penhoráveis e impenhoráveis, é INCORRETO afirmar: a) A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados. b) Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos. c) Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá, via de regra, sobre o de menor valor. d) Para os efeitos de impenhorabilidade de que trata a Lei n. 8.009/90, consideram-se residência os imóveis utilizados pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente e aluguéis comerciais. e) Quando a residência familiar se constituir em imóvel rural, a impenhorabilidade restringir- se-á à sede de moradia, com os respectivos bens móveis. 044. 044. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO (SEN)/ASSESSORAMENTO LEGISLATIVO/DIREITO CIVIL, PROCESSUAL CIVIL E AGRÁRIO/2022) Júlio, capaz, solteiro, reside sozinho em imóvel próprio e é réu em ação de execução de título extrajudicial promovida pelo Banco X devido à inadimplência de contrato de mútuo. Além do imóvel e mobiliário que guarnece a casa, Júlio é proprietário de um automóvel e de uma vaga de garagem, que possui matrícula própria no registro de imóveis, e é local em que pernoita o veículo. Diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fumarc https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-judiciario-trt-3-regiao-judiciaria-oficial-de-justica-avaliador-federal-2022 https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-judiciario-trt-3-regiao-judiciaria-oficial-de-justica-avaliador-federal-2022 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/consultor-legislativo-sen-assessoramento-legislativo-direito-civil-processual-civil-e-agrario-2022 https://www.tecconcursos.com.br/concursos/consultor-legislativo-sen-assessoramento-legislativo-direito-civil-processual-civil-e-agrario-2022 70 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex a) A condição de solteiro afasta a impenhorabilidade da residência de Júlio, por inexistir o conceito de família na situação narrada. b) O automóvel, que é um veículo de transporte, de Júlio, por ser único, encontra-se protegido pela impenhorabilidade por ser bem de família. c) Todas as obras de arte e adornos que se encontram na casa de Júlio são consideradas bens de família, sendo, por conseguinte, a impossibilidade de penhora. d) A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, não se admitindo exceção, salvo quando se tratar de questões tributárias ou trabalhistas. e) A vaga de garagem de Antônio, por possuir matrícula própria no registro de imóveis, não constitui bem de família para efeito de penhora. 045. 045. (FCC/ANALISTA JURÍDICO DE DEFENSORIA (DPE AM) /CIÊNCIAS JURÍDICAS/III CONCURSO/2022) Tício possui as seguintes dívidas decorrentes de: I – Cobrança de imposto de renda. II – Obrigação oriunda de fiança concedida em contrato de locação residencial. III – Cobrança de empréstimo bancário pessoal. Segundo a Lei n. 8.009/1990 e as exceções ali previstas, a impenhorabilidade do bem de família de Tício estaria assegurada em relação às dívidas indicadas nos itens: a) II e III, apenas. b) I e III, apenas. c) I e II, apenas. d) I, II e III. e) II, apenas. 046. 046. (NOSSO RUMO/ADVOGADO/PREF ITAPEVA/2021) Considere: I – O único imóvel da família, sob qualquer hipótese, não poderá ser penhorado. II – Somente pode ser penhorado o único imóvel da família em caso de dívida trabalhista do proprietário indicado no registro imobiliário do bem. III – O único imóvel da família não pode ser penhorado, salvo em virtude de débitos oriundos do próprio bem. São corretas as alternativas: a) I, II e III. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) I e III, apenas. e) II e III, apenas O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fcc https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-juridico-de-defensoria-dpe-am-ciencias-juridicas-2022-iii-concursohttps://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-juridico-de-defensoria-dpe-am-ciencias-juridicas-2022-iii-concurso https://www.tecconcursos.com.br/bancas/nosso-rumo https://www.tecconcursos.com.br/concursos/advogado-pref-itapeva-2021 71 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 047. 047. (Q1095193 / FGV/GUARDA CIVIL MUNICIPAL/PREFEITURA DE SALVADOR – BA /2019) Um determinado prédio histórico de Salvador passa por reformas. Para tanto, são retiradas algumas de suas janelas e partes do piso de algumas áreas. Após determinados procedimentos, tais materiais serão reintegrados ao imóvel. Segundo o Código Civil, essas janelas e partes do piso são bens a) móveis. b) imóveis. c) consumíveis. d) imóveis, mas, durante o período de retirada, móveis. e) coletivos. 048. 048. (Q1197425 / CESPE/CEBRASPE/ AUDITOR DE FINANÇAS E CONTROLE DE ARRECADAÇÃO DA FAZENDA ESTADUAL/SEFAZ/2020) Com base no Código Civil, julgue os itens a seguir. O direito à sucessão aberta é considerado, para os efeitos legais, bem imóvel, ainda que os bens deixados pela pessoa falecida sejam todos móveis. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fgv-2019-prefeitura-de-salvador-ba-guarda-civil-municipal https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-salvador-ba 72 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex GABARITOGABARITO 1. c 2. a 3. b 4. d 5. b 6. a 7. a 8. b 9. d 10. a 11. b 12. C 13. b 14. a 15. e 16. c 17. b 18. a 19. c 20. c 21. a 22. c 23. d 24. e 25. a 26. a 27. b 28. c 29. b 30. c 31. c 32. c 33. e 34. b 35. e 36. c 37. b 38. E 39. b 40. c 41. e 42. a 43. d 44. e 45. b 46. b 47. b 48. C O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 73 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex GABARITO COMENTADOGABARITO COMENTADO 001. 001. (INSTITUTO CONSULPLAN/ANALISTA LEGISLATIVO/CM POUSO ALEGRE/2023) Sobre a classificação de bens, são considerados infungíveis os bens a) particulares de uso público. b) públicos que são de uso coletivo. c) que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, quantidade e qualidade. d) que apenas podem ser substituídos por outros que sejam da mesma espécie, quantidade e qualidade. a) Errada. São bens que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, nos termos do art. 85 do CC, vide comentários da afirmativa “c”. b) Errada. São bens que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, nos termos do art. 85 do CC, vide comentários da afirmativa “c”. c) Certa. A assertiva está em harmonia com o Código Civil. Os bens infungíveis são aqueles que não podem ser substituídos por outros, como uma obra de arte. Vejamos: CC Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. d) Errada. Não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Letra c. 002. 002. (INSTITUTO CONSULPLAN/ADVOGADO/PREF FORMIGA/PÚBLICO/2020) Analise as afirmativas a seguir. I – Perdem o caráter de bens imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, ainda que para nele se reempregarem. II – São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. III – Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram e o direito à sucessão aberta. IV – Os materiais destinados a alguma construção, mesmo enquanto não forem empregados, passam a adquirir a qualidade de imóveis. Está INCORRETO o que se afirma em: a) I e IV. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/instituto-consulplan https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-legislativo-cm-pouso-alegre-2023 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/instituto-consulplan https://www.tecconcursos.com.br/concursos/advogado-pref-formiga-publico-2020 74 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex I – Errada. Conforme Artigo 81 do CC: Não perdem o caráter de imóveis: I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. II – Correta. Conforme Artigo 79 do CC. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. III – Correta. Conforme Artigo 80 do CC: Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II – o direito à sucessão aberta IV – Errada. Conforme Artigo 84 do CC: Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. Letra a. 003. 003. (CONSULPLAN/ESTAGIÁRIO/MPE PA/DIREITO/2019) Os bens jurídicos podem ser definidos, na lição de Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, “como toda a utilidade física ou ideal, que seja objeto de um direito subjetivo”. Segundo o Código Civil, tais bens podem ser classificados de diferentes maneiras. Acerca dessas classificações, assinale a alternativa correta. a) Os bens infungíveis são aqueles que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, quantidade e qualidade. Desta forma, apenas os bens imóveis podem ser classificados como bens infungíveis. b) Os bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Desta forma, pode-se afirmar que um automóvel não é bem fungível, por se tratar de bem complexo e possuir número de identificação (chassi). c) Os bens imóveis são aqueles que não podem ser removidos ou transportados sem a sua deterioração ou destruição. Desta forma, a edificação que, separada do solo, conservando-se a sua unidade, for removida para outro local, perde temporariamente sua natureza de bem imóvel. d) Os bens móveis são aqueles que podem ser transportados, por força própria ou de terceiro, sem a deterioração, destruição e alteração da substância ou da destinação econômico- social. Desta forma, os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis. Uma vez empregados ao bem imóvel, em caso de demolição, não readquirem a qualidade de bens móveis. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/consulplan https://www.tecconcursos.com.br/concursos/estagiario-mpe-pa-direito-2019 75 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex a) Errada. Conforme Artigo 85 do CC: São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. b) Certa. Conforme Artigo 85 do CC: São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.c) Errada. Conforme Artigo 81 do CC: Não perdem o caráter de imóveis: I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; d) Errada. Conforme Artigo 84 do CC: Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. Letra b. 004. 004. (CONSULPLAN/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ MG/PROVIMENTO/2019) Tendo em mira a classificação dos bens feita pelo Código Civil, assinale a alternativa correta. a) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens imóveis para os efeitos legais. b) Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertencentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. c) Os tijolos adquiridos para emprego futuro na construção de uma casa são considerados bens imóveis por acessão intelectual desde o momento da aquisição. d) As janelas retiradas de uma casa para a realização de obras de expansão, com a intenção de reposição em outro local do mesmo imóvel, não perdem a qualidade de bens imóveis. a) Errada. Nos termos do art. 83 do CC: Consideram-se móveis para os efeitos legais: III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. b) Errada. Conforme art. 90 do CC: Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/consulplan https://www.tecconcursos.com.br/concursos/notario-e-registrador-tj-mg-provimento-2019 76 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex c) Errada. Conforme art. 84 do CC: Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. d) Certa. Conforme Artigo 81 do CC. Não perdem o caráter de imóveis: I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. Letra d. 005. 005. (INSTITUTO CONSULPLAN/ADVOGADO/CM BARBACENA/2022) De acordo com o Art. 98 do Código Civil (Lei n. 10.406/02), “são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem”. Sobre bens públicos, analise as afirmativas a seguir. I – Praças são bens de uso comum da população, assim como as ruas. O uso comum dos bens públicos sempre será gratuito. II – As terras devolutas pertencem aos Estados, sem exceções. III – Bens de uso especial são aqueles bens afetados a uma finalidade pública, como a sede da Câmara Municipal de Barbacena. IV – Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da Lei. Está correto o que se afirma apenas em a) I e III. b) III e IV. c) I, II e III. d) I, II e IV I – Errada. O uso comum de bens públicos não necessariamente deve ser gratuito, admitindo, o art. 103 do CC, o uso oneroso (ou retribuído): Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. II – Errada. As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental são bens da União, nos termos do art. 20, II, da CF: art. 20. São bens da União: II – as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/instituto-consulplan https://www.tecconcursos.com.br/concursos/advogado-cm-barbacena-2022 77 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex III – Correta. A sede da Câmara Municipal de Barbacena é destina ao estabelecimento da Administração, sendo realmente bem de uso especial, nos termos do art. 99, II, do CC: art. 99. São bens públicos: I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado. Veja que o art. 99 do CC estabelece que os bens públicos assumem três formas: 1) bens de uso comum do povo: utilizados pelo público em geral; 2) bens de uso especial: destinados a serviço ou estabelecimento da administração; 3) bens dominicais: constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito real ou pessoal de cada uma dessas entidades. IV – Correta. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, ou seja, não podem ser vendidos, doados ou trocados enquanto estiverem afetados às suas finalidades, vale dizer, enquanto conservarem a sua qualificação, conforme prevê o art. 100 do CC: Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Já os bens dominicais são bens realmente disponíveis e alienáveis, conforme prevê o art. 101 do CC: Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. Letra b 006. 006. (CONSULPLAN/ADVOGADO/PREFEITURA DE SABARÁ MG/2017) O Código Civil Brasileiro trata das diferentes classes de bens. NÃO é(são) considerado(s) móvel(is) para efeitos legais: a) O direito à sucessão aberta. b) As energias que tenham valor econômico. c) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. d) Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-sabara-mg 78 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Para resolver à questão, devemos observar o rol dos bens móveis, e dos bens imóveis: Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econômico; II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II – o direito à sucessão aberta. Portanto, o direito à sucessão aberta é o único que constitui bem imóvel, por força de lei. Letra a. 007. 007. (CONSULPLAN/ TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTASE DE REGISTROS/ TJ-MG/2018) Uma casa modular, que pode ser retirada de seus alicerces, para ser fixada em local diferente do original, sem perder sua natureza e finalidade é considerada a) bem imóvel. b) bem semovente. c) bem móvel por natureza. d) bem móvel por antecipação. Literalidade do artigo 81 do Código Civil: Não perdem o caráter de imóveis: I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local. Letra a. 008. 008. (CONSULPLAN/ TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/ TJ-MG/2018) Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis a) apenas por decisão judicial. b) por vontade das partes, não podendo exceder de 5 (cinco) anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador. c) por vontade das partes, que não poderão acordá-la por prazo maior de 5 (cinco) anos, insuscetível de prorrogação ulterior. d) por disposição expressa de lei ou pela vontade das partes, desde que, neste caso, o prazo de obrigatoriedade da indivisão não ultrapasse 10 (dez) anos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 79 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Para resolver a questão, nos valeremos dos artigos 88 e 1.320 do Código Civil: Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes. Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum, respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão § 1º Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo não maior de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior. § 2º Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador. Letra b. 009. 009. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO (TJ AP)/JUDICIÁRIA E ADMINISTRATIVA/2024) Bernardo pretende viajar para uma cidade bastante turística do litoral brasileiro nas férias e, por isso, decidiu alugar, pela internet, um charmoso imóvel muito bem localizado no destino desejado, com jardim, quintal e uma bela vista. O anúncio da casa vinha acompanhado de diversas fotografias do local, demonstrando como o imóvel era atrativo. Assim, Bernardo prontamente aceitou os termos da locação e firmou o contrato com o proprietário do bem. A contratação não esclarecia, contudo, em nenhum momento, se todas as coisas que apareciam nas fotografias do imóvel estariam presentes na casa durante o período de locação para Bernardo. Nesses termos, ao chegar ao imóvel durante suas férias, Bernardo pode descobrir que o proprietário retirou da casa, sem com isso descumprir a disciplina prevista pelo Código Civil Brasileiro para os bens jurídicos: a) a mureta de alvenaria que separava o jardim da área da churrasqueira; b) os azulejos portugueses valiosos que revestiam a parede da cozinha; c) a palmeira frondosa que estava plantada no quintal dos fundos; d) o lustre composto de valiosos cristais que adornava o teto da sala de estar; e) a torneira na parede externa da casa que alimentava a mangueira para regar o jardim. a) Errada. A mureta de alvenaria que separa o jardim da área da churrasqueira não pode ser retirada da casa sem que haja ofensa ao contrato de locação porque se trata de benfeitoria útil cuja retirada configura ofensa ao contrato de locação e desrespeito à disciplina prevista pelo Código Civil Brasileiro para os bens jurídicos porque fazem parte do negócio. Benfeitoria é a obra realizada pelo homem, na estrutura da coisa principal, com o propósito de conservá- la, melhorá-la ou embelezá-la (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Novo Curso de Direito Civil, vol. 1 [livro eletrônico], 26ª ed., Saraiva, 2024, p. 304). As benfeitorias podem ser, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/tecnico-judiciario-tj-ap-judiciaria-e-administrativa-2024 80 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex segundo o art. 96 do Código Civil, necessárias, úteis ou voluptuárias. Necessárias são as que objetivam conservar o bem ou impedir que ele se deteriore (conserto contra infiltração que poderia fazer desabar o prédio). Úteis são as que aumentam ou facilitam o uso do bem (construção de um novo quarto). Voluptuárias são as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor ( jardins, cascatas artificiais). Trata-se de conceito que só pode ser compreendido no caso concreto e de forma dinâmica, não estática, observando sempre a dimensão funcional dos direitos (Cristiano Chaves de Farias, Felipe Braga Netto e Nelson Rosenvald, Manual de Direito Civil, 9. ed., JusPodivm, 2024, p. 394). CC Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. § 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. § 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. b) Errada. Os azulejos portugueses valiosos podem ser considerados benfeitorias voluptuárias e não podem ser retirados em respeito ao negócio realizado. c) Errada. A palmeira frondosa é benfeitora voluptuária e não pode ser retirada em respeito ao contrato de locação. d) Certa. O lustre composto de valiosos cristais que adornava o teto da sala de estar pode ser retirado da casa sem que haja ofensa ao contrato de locação, respeitando a disciplina prevista pelo Código Civil Brasileiro para os bens jurídicos porque se trata de pertença e a contratação não estabelecia, em nenhum momento, que todas as coisas que apareciam nas fotografias do imóvel estariam presentes na casa durante o período de locação. Aplica-se à hipótese a regra de que os negócios jurídicos envolvendo o bem principal não abrangem as pertenças se não houver disposição legal, manifestação de vontade ou as circunstâncias do caso indicarem em sentido contrário (art. 94, Código Civil). Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. Pertença é bem acessório destinado a conservar ou facilitar o uso das coisas principais, sem que destas sejam parte integrante (art. 93, Código Civil), como por exemplo as máquinas utilizadas em uma fábrica, os implementos agrícolas, as provisões de combustível, os aparelhos de ar condicionado (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Novo Curso de Direito Civil, vol. 1 [livro eletrônico], 26. ed., Saraiva, 2024, p. 304). Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 81 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex e) Errada. A torneira na parede externa da casa que alimenta a mangueira do jardim é benfeitoria útil, não pode ser retirada em respeito ao contrato de locação. Letra d. 010. 010. (FUNDATEC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREFCRICIÚMA/2024) Conforme o Código Civil, assinale a alternativa correta. a) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. b) Os bens públicos dominicais não podem ser alienados. c) Os bens públicos estão sujeitos a usucapião. d) São bens públicos os dominicais, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. e) São bens públicos os de uso especial, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. a) Certa. Nos termos do Art. 100, CC: Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. b) Errada. Nos termos do Art. 101, CC: Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. c) Errada. Nos termos do Art. 102, CC: Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. d) Errada. Nos termos do Art. 99. São bens públicos: II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; e) Errada. Nos termos do Art. 99. São bens públicos: III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Letra a. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fundatec https://www.tecconcursos.com.br/concursos/procurador-do-municipio-pref-criciuma-2024 82 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 011. 011. (IBFC/GUARDA MUNICIPAL/PREF MANAUS/2024) Leia abaixo o artigo 99 do Código Civil, que dispõe sobre bens públicos: Art. 99. São bens públicos: I. os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças. II. os de uso ______, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. III. os ______, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se ______ os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas. a) especial / patrimoniais / patrimoniais b) especial / dominicais / dominicais c) individual / dominicais / especiais d) dominical / patrimoniais / especiais e) dominical / especiais / dominicais I – Os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças. II – Especiais. Bens de uso especial são aqueles utilizados pela Administração para a prestação dos serviços administrativos e dos serviços públicos em geral, ou seja, utilizados pela Administração para a satisfação de seus objetivos (Buscador Dizer o Direito). Art. 99. São bens públicos: […] II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III – Dominicais. Os bens públicos dominicais são aqueles que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades, como por exemplo os terrenos de marinha, terras devolutas e os títulos da dívida pública. CC Art. 99. São bens públicos: […] III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Letra b. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/ibfc https://www.tecconcursos.com.br/concursos/guarda-municipal-pref-manaus-2024 83 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 012. 012. (CEBRASPE/CESPE/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E INFRAESTRUTURA EM PROPRIEDADE INDUSTRIAL (INPI) /GESTÃO E SUPORTE/DIREITO/2024) A respeito de aplicação das leis civis, de pessoas naturais e jurídicas e de bens, julgue o item seguinte. O negócio jurídico referente ao bem principal excepcionalmente abrangerá as pertenças relativas a esse bem. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Pertença é o bem cuja função é de servir o bem principal, se destinando, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento deste, como máquinas de uma fazenda. Vejamos: CC Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. “(...) a pertença (CC, art. 93) é bem que se acresce, como acessório, à coisa principal, daí ser res annexa (coisa anexada). Portanto, é coisa acessória sui generis, destinada, de modo duradouro, a conservar ou facilitar o uso, ou prestar serviço, ou, ainda, servir de adorno do bem principal, sem ser parte integrante” (DINIZ, Maria Helena. Curso de direito brasileiro. Teoria geral do direito civil. v.1. 32. ed. São Paulo: Saraiva, p. 395). Certo. 013. 013. (FGV/RESIDENTE/TJ RJ/DIREITO/2024) Túlio e Tina, recém-casados, compram um imóvel antigo em sua cidade natal para servir como sua nova residência, mas antes de se mudarem, em razão de uma inspeção realizada por empresa de engenharia especializada que indicou que todo o encanamento e a parte elétrica do imóvel estavam muito comprometidos, implicando risco elevado, contratam a empresa Reparo Certo Ltda. para a realização de algumas obras. Assim, a empresa Reparo Certo Ltda. envia Paulo, um funcionário antigo e muito experiente para a realização da troca do encanamento e restauração de toda a parte elétrica da casa, além da troca do piso da cozinha e reforma do banheiro para instalação de uma banheira de hidromassagem. Paulo, em seu quinto dia de trabalho no imóvel de Túlio e Tina, furou uma parede errada, acertando um cano e gerando um grande vazamento que inundou toda a casa, estragando o piso da sala e os armários embutidos do quarto. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/cebraspe https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-de-planejamento-gestao-e-infraestrutura-em-propriedade-industrial-inpi-gestao-e-suporte-direito-2024 https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-de-planejamento-gestao-e-infraestrutura-em-propriedade-industrial-inpi-gestao-e-suporte-direito-2024https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/residente-tj-rj-direito-2024 84 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Se não bastasse, ao tentar parar o vazamento, Paulo tropeçou em alguns azulejos raros que haviam sido retirados da cozinha para posterior instalação no banheiro, bem como quebrou os azulejos novos que tinham sido comprados para instalação na cozinha. Considerando a situação hipotética narrada e a disciplina da classificação dos bens no Código Civil, é correto afirmar que a) a troca do encanamento e a restauração da parte elétrica configuram benfeitorias necessárias e a instalação da banheira de hidromassagem configura benfeitoria útil. b) os azulejos raros que haviam sido retirados da cozinha são bens imóveis e infungíveis. c) os azulejos novos, ainda não instalados, e o piso da sala são bens imóveis e fungíveis. d) a troca do encanamento e a restauração da parte elétrica configuram benfeitorias úteis e a instalação da banheira de hidromassagem configura benfeitoria voluptuária. e) os azulejos raros que haviam sido retirados da cozinha e os azulejos novos são bens móveis, sendo os primeiros infungíveis. a) Errada. A instalação da banheira de hidromassagem configura benfeitoria voluptuária, pois não aumenta ou facilita o uso do imóvel, mas o torna mais agradável ou sejam de elevado valor. Examine: CC Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. b) Certa. A assertiva está em harmonia com o Código Civil. Os azulejos raros que haviam sido retirados da cozinha são bens imóveis, pois haviam sido retirados provisoriamente da cozinha para posterior instalação no banheiro, bem como são infungíveis, uma vez que são não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, quantidade e qualidade. Vejamos: CC Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. Vide: CC Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 85 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex c) Errada. Os azulejos novos, ainda não instalados, são bens móveis. Examine: CC Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. Vide: CC Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. d) Errada. A troca do encanamento e a restauração da parte elétrica configuram benfeitorias necessárias, pois tem por finalidade conservar o bem ou evitar que se deteriore. Vejamos: CC Art. 96. […] § 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. e) Errada. Apenas os azulejos novos são bens móveis. Letra b. 014. 014. (FGV/POLICIAL LEGISLATIVO II/ALETO/2024) No âmbito do domínio público, existem relevantes ditames do Código Civil, delimitando o conceito e indicando a classificação dos bens públicos quanto à afetação pública. Nesse contexto, assinale a opção que indica um exemplo de bem público, com a adequada classificação, pertencente à respectiva pessoa jurídica. a) A sede de uma prefeitura, que é bem de uso especial. b) A sede de uma fundação, que é bem de uso dominical. c) A sede de uma autarquia, que é bem de uso comum do povo. d) A sede de uma assembleia legislativa, que é bem dominical. e) A sede de uma empresa pública, que é bem de uso especial. a) Certa. Nos termos do Art. 99, CC: São bens públicos: II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; b) Errada. Trata-se de um bem de uso especial, conforme comentários da afirmativa “A”. c) Errada. Trata-se de um bem de uso especial, conforme comentários da afirmativa “A”. d) Errada. Trata-se de um bem de uso especial, conforme comentários da afirmativa “A”. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/policial-legislativo-ii-aleto-2024 86 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex e) Errada. A empresa pública é uma pessoa jurídica de direito privado, sendo que em regra seus bens são privados. Excepcionalmente se o bem da empresa pública ou sociedade economia mista estiver afetado para a prestação de serviços públicos será impenhorável. Letra a. 015. 015. (CEBRASPE/CESPE/PROCURADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE/2024) Pedro comprou um carro usado de seu vizinho, com a intenção de presentear seu filho João, que completara a maioridade civil. Pedro ficou satisfeito com o veículo, inclusive porque verificou que a ele havia sido acoplado um rastreador móvel, o qual seria relevante, na opinião de Pedro, para a segurança de João. Foi celebrado o contrato de compra e venda do automóvel, contudo, ao receber o bem, Pedro verificou que o rastreador fora retirado do veículo. Ao questionar o vendedor sobre a retirada do equipamento, Pedro foi informado de que a aquisição do equipamento não havia sido convencionada. Tendo como referência essa situação hipotética, assinale a opção correta com base no entendimento do STJ. a) O rastreador constitui parte integrante do veículo e deve acompanhá-lo na negociação da venda. b) Por ser o rastreador considerado um bem naturalmente divisível, não se presume a sua inclusão na negociação do veículo. c) O rastreador é um bem acessório e deve acompanhar o veículo, bem principal, independentemente de previsão contratual nesse sentido. d) O rastreador é considerado uma benfeitoria necessária e, por essa razão, presume-se a sua inclusão na negociação do veículo. e) Por ser o rastreador considerado pertença, não se presume a sua inclusão na negociação do veículo. a) Errada. O rastreador não constitui parte integrante do veículo, uma vez que é pertença. Parte integrante é aquele objeto de um bem que o integra. Exemplo de parte integrante de um veículo: o motor. CC Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. “(...) a pertença (CC, art. 93) é bem que se acresce, como acessório, à coisa principal, daí ser res annexa (coisa anexada). Portanto, é coisa acessória sui generis, destinada, de modo duradouro, a conservar ou facilitar o uso, ou prestar serviço, ou, ainda, servir de adorno do bem principal, sem ser O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/cebraspe https://www.tecconcursos.com.br/concursos/procurador-do-estado-do-rio-grande-do-norte-2024 87 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex parte integrante” (DINIZ, MariaHelena. Curso de direito brasileiro. Teoria geral do direito civil. v. 1. 32. ed. São Paulo: Saraiva, p. 395). b) Errada. O rastreador não é considerado um bem naturalmente divisível, mas sim uma pertença e, por isso, não se presume a sua inclusão na negociação do veículo. CC Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. c) Errada. O rastreador é um bem acessório e não deve acompanhar o veículo, bem principal, salvo disposição contratual em contrário. Vejamos: Vide: CC Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Vide: CC Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. d) Errada. São benfeitorias necessárias são aquelas quem tem por finalidade conservar o bem ou evitar que se deteriore. Exemplo: reparo no teto de uma casa para evitar que se deteriore. O rastreador é considerado uma pertença e, por essa razão, não se presume a sua inclusão na negociação do veículo. Vejamos: CC Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. […] § 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. e) Certa. A assertiva está de acordo com o entendimento do STJ e com o Código Civil. O rastreador é pertença, pois trata-se de coisa acessória destinada, de modo duradouro, a conservar ou facilitar o uso, ou prestar serviço, ou, ainda, servir de adorno do bem principal, sem ser parte integrante. Ademais, em regra, o negócio envolvendo o bem principal não inclui a pertença, portanto, o veículo não inclui o rastreador. Vejamos: O equipamento de monitoramento acoplado em caminhão é qualificado como pertença e pode ser retirado pelo devedor fiduciante que o colocou. CC Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 88 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex STJ. 3ª Turma. REsp 1667227-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 26/06/2018 (Info 629). Letra e. 016. 016. (FGV/NACIONAL UNIFICADO (OAB)/XL EXAME/2024) Antônio, locatário de um imóvel residencial, verificou uma enorme infiltração atrás dos armários da cozinha. Com a finalidade de evitar maior deterioração do imóvel, Antônio realizou a obra a fim de reparar o dano e conservar o bem. Aproveitando a presença do empreiteiro em sua casa, reformou todos os armários dos quartos, para incluir portas de espelho e puxadores em cobre com o único objetivo de deixá-los mais sofisticados, pois os anteriores estavam em perfeito estado. Aproveitou também a oportunidade para incluir um grande aquário embutido na parede da sala. Diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta. a) Por não ser proprietário do bem, as obras realizadas por Antônio não podem ser consideradas como benfeitorias. b) As obras realizadas por Antônio são classificadas como benfeitorias úteis, pois facilitam o uso do bem. c) O reparo na cozinha é uma benfeitoria necessária, porque conserva e evita que a coisa se deteriore, e a reforma dos armários e do aquário são benfeitorias voluptuárias, pois trata-se de mero deleite. d) A reforma dos armários dos quartos e o aquário da sala valorizam o bem, sendo consideradas como benfeitorias úteis, diferente do reparo na cozinha que, por força da gravidade, classifica-se como benfeitoria necessária. a) Errada. Todas as obras realizadas no bem são benfeitorias. b) Errada. Nenhuma das obras realizadas por Antônio são classificadas como benfeitorias úteis. c) Certa. O reparo na cozinha é uma benfeitoria necessária porque tem o objetivo de conservar e evitar a deterioração do imóvel (art. 96, § 3º, Código Civil), e a reforma dos armários e a colocação do aquário são benfeitorias voluptuárias, pois se trata de mero deleite (art. 96, § 1º, Código Civil). CC Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. § 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. § 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/nacional-unificado-oab-2024-xl-exame 89 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Benfeitoria é a obra realizada pelo homem, na estrutura da coisa principal, com o propósito de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Novo Curso de Direito Civil, vol. 1 [livro eletrônico], 26ª ed., Saraiva, 2024, p. 304). As benfeitorias podem ser, segundo o art. 96 do Código Civil, necessárias, úteis ou voluptuárias. Necessárias são as que objetivam conservar o bem ou impedir que ele se deteriore (conserto contra infiltração que poderia fazer desabar o prédio). Úteis são as que aumentam ou facilitam o uso do bem (construção de um novo quarto). Voluptuárias são as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor ( jardins, cascatas artificiais). Trata-se de conceito que só pode ser compreendido no caso concreto e de forma dinâmica, não estática, observando sempre a dimensão funcional dos direitos (Cristiano Chaves de Farias, Felipe Braga Netto e Nelson Rosenvald, Manual de Direito Civil, 9ª ed., JusPodivm, 2024, p. 394). d) Errada. A reforma dos armários dos quartos e o aquário da sala consideradas como benfeitorias voluptuárias. Letra c. 017. 017. (FGV/DELEGADO DE POLÍCIA/PC SC/2024) Antônio Balduíno celebrou contrato de locação residencial com Gabriela Bala, pelo prazo de trinta meses. Gabriela, locatária, realizou diversas obras no bem, com destaque para: a reforma do encanamento da cozinha, que se encontrava com infiltrações e comprometiam a segurança do imóvel; a troca do cabeamento da casa, tornando mais útil a internet, visto que ela trabalha em home office; a construção de uma piscina para o lazer de seus filhos; e a alteração da pintura externa do bem, que se encontrava em perfeito estado, transformando o imóvel na casa da Barbie, sonho da locatária, embelezando o imóvel e valorizando-o em cinquenta por cento, conforme corretores de imóveis da região. O contrato de locação prevê que as benfeitorias realizadas pela locatária serão indenizadas, independentemente de autorização prévia, salvo as voluptuárias. Diante da situação hipotética, a respeito do tema benfeitorias, assinale a afirmativa correta. a) A construção da piscina e a troca do cabeamento da casa são consideradas benfeitorias úteis, porque aumentam a utilização do bem. b) Apesar da valorização do imóvel em cinquenta por cento, a alteração da pintura externa é considerada benfeitoria voluptuária. c) Todas as benfeitorias realizadas na situação narrada no enunciado devem ser indenizadas, com exceção da construção da piscina, por ser voluptuária. d) A reforma do encanamento da cozinhaO conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 8 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex B) bens imóveis por acessão natural: a natureza promove de forma natural acréscimos ao solo, sendo tratados juridicamente como acessórios do solo, o fenômeno se dá pela formação de ilhas, aluvião, avulsão e abandono de álveo (art. 1.248, I a IV do CC). C) bens imóveis por acessão artificial: a imobilidade decorre de uma ação humana concreta e efetiva, citando, por exemplo, as plantações e construções. Além do mais, cabe ressaltar a disposição do art. 81 do CC, que prioriza a finalidade do bem, desta forma, o que se retira de um bem imóvel, para novamente nele incorporar, pertencerá ao imóvel e será imóvel: Art. 81. NÃO PERDEM O CARÁTER DE IMÓVEIS: I – as EDIFICAÇÕES que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem REMOVIDAS PARA OUTRO LOCAL; II – os MATERIAIS PROVISORIAMENTE SEPARADOS de um prédio, para nele se REEMPREGAREM. 002. 002. (FUNDATEC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREF CRICIÚMA/2024) Acerca do Código Civil, assinale a alternativa INCORRETA. a) São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. b) Consideram-se móveis para os efeitos legais as energias que tenham valor econômico. c) Perdem o caráter de imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. d) Consideram-se móveis para os efeitos legais os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes. e) Consideram-se móveis para os efeitos legais os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações a) Certa. Nos termos do Art. 82, CC: São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. b) Errada. Nos termos do Art. 83: Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econômico; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fundatec https://www.tecconcursos.com.br/concursos/procurador-do-municipio-pref-criciuma-2024 9 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex c) Errada. Nos termos do Art. 81, CC: Não perdem o caráter de imóveis: I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. d) Certa. Nos termos do Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econômico; II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; e) Certa. Nos termos do Art. 83, CC: Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econômico; II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. Letra c. D) bens imóveis por determinação legal: são circunstâncias em que a lei atribui a condição de imóveis, ocorre em 2 (duas) situações do art. 80 do CC: os direitos reais sobre imóveis e as ações que os assegurem, bem como, no caso da sucessão aberta: Art. 80. Consideram-se IMÓVEIS para os efeitos legais: I – os DIREITOS REAIS SOBRE IMÓVEIS e as AÇÕES QUE OS ASSEGURAM; II – o direito à SUCESSÃO ABERTA. E quem são os direitos reais? Os direitos reais são taxativamente previstos no art. 1.225 do CC: Art. 1.225. São direitos reais: I – a propriedade; II – a superfície; III – as servidões; IV – o usufruto; V – o uso; VI – a habitação; VII – o direito do promitente comprador do imóvel; VIII – o penhor; IX – a hipoteca; X – a anticrese. XI – a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei n. 11.481, de 2007) XII – a concessão de direito real de uso; e (Redação dada pela Lei n. 13.465, de 2017) XIII – a laje. (Incluído pela Lei n. 13.465, de 2017) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11481.htm#art10 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm#art55 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm#art55 10 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 003. 003. (IBFC/PROGRAMA DE RESIDÊNCIA JUDICIAL/TRF 5/2024) Considerando o que dispõe o Código Civil de 2002 acerca dos bens, analise as afirmativas abaixo. I – O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel para os efeitos legais. II – As energias que tenham valor econômico são consideradas bens móveis para os efeitos legais. III – Os bens naturalmente divisíveis não podem tornar-se indivisíveis por vontade das partes. Estão corretas as afirmativas: a) I e II apenas b) I e III apenas c) II e III apenas d) II apenas I – Correta. Conforme pode-se verificar de forma literal no art. 80 do Código Civil. Vejamos: CC Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II – o direito à sucessão aberta. II – Correta. Conforme pode-se observar de forma literal no art. 83 do Código Civil. Vejamos: CC Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econômico; III – Errada. Os bens naturalmente divisíveis podem, sim, tornar-se indivisíveis por vontade das partes. Vejamos: CC Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes. Letra a. Os bens imóveis são adquiridos pelo registro do título aquisitivo (art. 1.227 do CC), pela usucapião (arts. 1.238 a 1.244 do CC) pela acessão (art. 1.248 do CC) e pela direito sucessão (art. 1.784 do CC). Para memorizar as hipóteses de aquisição da propriedade imóvel, criei o seguinte mnemônico: URSA. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/ibfc https://www.tecconcursos.com.br/concursos/programa-de-residencia-judicial-trf-5-2024 11 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Aquisição da propriedade imóvel: URSA Usucapião Registro Sucessão Acessão (Aluvião – desprendimento Imperceptível, Avulsão – desprendimento- violento e abrupto), Abandono de Álveo, Formação de Ilhas, Construções e Plantações (Art. 1.428 CC) BENS IMÓVEIS por Natureza por Acessão Natural por Acessão Artificial por Determinação Legal 3 .2 . BeNS MÓveiS3 .2 . BeNS MÓveiS São aqueles que podem ser transportados ou removidos, não gerando alteração de sua substância ou sua destruição: Art. 82. São MÓVEIS os bens suscetíveis de MOVIMENTO PRÓPRIO, ou de REMOÇÃO POR FORÇA ALHEIA, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Os bens móveis são de 03 (três) categorias: A) Móveis por natureza: a mobilidade é decorrente de sua essência, movimentando- se por força alheia (exemplo do carro) ou por força própria, no caso de animais, que tem movimento próprio, são chamados de semoventes; Cabe ressaltaré considerada como benfeitoria útil, visto que facilita a utilização do bem. e) As benfeitorias descritas no enunciado devem ser indenizadas pelo locador, salvo a troca do cabeamento da casa. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/delegado-de-policia-pc-sc-2024 90 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex a) Errada. As benfeitorias voluptuárias são aquelas que não aumentam ou facilitam o uso do imóvel, mas o torna mais agradável ou sejam de elevado valor, como: obras de jardinagem e de decoração, instalação de uma piscina. Portanto, a construção da piscina é considerada benfeitoria voluptuária. Vejamos: CC Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. b) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. A alteração da pintura externa é considerada benfeitoria voluptuária, pois não há comprovação de que a pintura externa tinha como finalidade conservar o bem ou evitar que se deteriore nem aumentar ou facilitar o uso do bem. Vejamos: CC Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. c) Errada. Não devem ser indenizadas as duas benfeitorias voluptuária: a construção da piscina e a alteração da pintura externa. d) Errada. A reforma do encanamento da cozinha é considerada como benfeitoria necessária. As benfeitorias necessárias são as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore, por exemplo o reparo de um telhado. Vejamos: CC Art. 96. […] § 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. e) Errada. Não devem ser indenizadas as duas benfeitorias voluptuária: a construção da piscina e a alteração da pintura externa. Letra b. 018. 018. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO (TJ AP)/JUDICIÁRIA E ADMINISTRATIVA/2024) Eduarda, artista plástica, montou seu ateliê em um sobrado que recebeu de herança de sua avó paterna. Ela produz esculturas que coloca à venda para os visitantes do ateliê, feitas em madeira e pintadas à mão, nunca produzindo uma peça idêntica a outra anterior. As esculturas são revestidas de um verniz que lhes confere grande durabilidade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/tecnico-judiciario-tj-ap-judiciaria-e-administrativa-2024 91 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex De acordo com o Direito Civil Brasileiro, é correto classificar as esculturas produzidas por Eduarda como: a) bens infungíveis e consumíveis; b) bens infungíveis e pertenças do sobrado; c) bens consumíveis e acessórios do sobrado; d) bens fungíveis e não consumíveis; e) bens não consumíveis e pertenças do sobrado. a) Certa. As esculturas são exemplos de bens infungíveis, bens móveis que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Na hipótese da questão as esculturas são bens consumíveis porque destinadas à alienação, de acordo com o art. 86 do Código Civil. Trata-se de consuntibilidade jurídica. Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. b) Errada. Pertença é bem acessório destinado a conservar ou facilitar o uso das coisas principais, sem que destas sejam parte integrante (art. 93, Código Civil), como por exemplo as máquinas utilizadas em uma fábrica, os implementos agrícolas, as provisões de combustível, os aparelhos de ar condicionado (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Novo Curso de Direito Civil, vol. 1 [livro eletrônico], 26. ed., Saraiva, 2024, p. 304). CC Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. c) Errada. Os bens acessórios são aqueles cuja existência e finalidade dependem de um outro bem, denominado bem principal (Flávio Tartuce, Manual de Direito Civil, 14. ed., Método, 2024, p. 200). d) Errada. Bens fungíveis são os móveis que podem ser substituídos por outros da mesma, espécie, qualidade e quantidade (art. 85, Código Civil). CC Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. e) Errada. A escultura não é pertença. Letra a. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 92 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 019. 019. (CEBRASPE/CESPE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREF CAMAÇARI/2024) Paula comprou um carro usado de seu vizinho Marcelo com a finalidade de doar a sua filha Olívia, a qual acabou de completar 18 anos. Durante as negociações preliminares, Paula identificou que o veículo possuía um rastreador e pensou ser relevante por questões de segurança, todavia nada foi convencionado sobre o equipamento. Realizado o contrato de compra e venda, Paula verificou que o veículo foi entregue sem o rastreador e, ao questionar Marcelo, ele informou que a aquisição desse item não foi convencionada. Diante dessa situação hipotética, tendo em vista a natureza jurídica do bem, as disposições do Código Civil sobre os bens reciprocamente considerados e a jurisprudência do STJ, assinale a opção correta. a) O rastreador é uma benfeitoria útil e acompanha o veículo. b) O equipamento é uma benfeitoria voluptuária e não acompanha o automóvel. c) O equipamento é considerado pertença e não acompanha o automóvel. d) O rastreador é considerado uma pertença e deve acompanhar o veículo. e) O rastreador é considerado uma parte integrante e acompanha o automóvel. a) Errada. As benfeitorias são obras realizadas pelo homem, na estrutura da coisa principal, com o propósito de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Manual de Direito Civil [livro eletrônico], 7ª ed., Saraiva Educação, 2023, p. 186). b) Errada. As benfeitorias voluptuárias são obras empreendidas para mero deleite ou prazer (art. 96, § 1º, Código Civil), sem aumento da utilidade da coisa, como a decoração de um jardim (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Manual de Direito Civil [livro eletrônico], 7ª ed., Saraiva Educação, 2023, p. 186). § 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. c) Certa. Superior Tribunal de Justiça decidiu que rastreador é pertença e não acompanha o automóvel. Nesse o Recurso Especial 1.667.227/RS (Informativo 629): O equipamento de monitoramento acoplado ao caminhão consubstancia uma pertença, a qual atende, de modo duradouro, à finalidade econômico-social do referido veículo, destinando-se a promover a sua localização e, assim, reduzir os riscos de perecimento produzidos por eventuais furtos e roubos, a que, comumente, estão sujeitosos veículos utilizados para o transporte de mercadorias, caso dos autos. Trata-se, indiscutivelmente, de “coisa ajudante” que atende ao uso do bem principal. Enquanto concebido como pertença, a destinação fática do equipamento de monitoramento em servir o caminhão não lhe suprime a individualidade e autonomia o que permite, facilmente, a sua retirada, tampouco exaure os direitos sobre ela incidentes, como o direito de propriedade, outros direitos reais ou o de posse. Pertença O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/cebraspe https://www.tecconcursos.com.br/concursos/procurador-do-municipio-pref-camacari-2024 93 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex é bem acessório destinado a conservar ou facilitar o uso das coisas principais, sem que destas sejam parte integrante (art. 93, Código Civil), por exemplo as máquinas utilizadas em uma fábrica, os implementos agrícolas, as provisões de combustível, os aparelhos de ar condicionado (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Manual de Direito Civil [livro eletrônico], 7. ed., Saraiva Educação, 2023, p. 186). Os negócios jurídicos referentes ao bem principal não abrange as pertenças (art. 94, Código Civil). Vide: CC Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. d) Errada. O rastreador é considerado uma pertença e não deve acompanhar o veículo. e) Errada. Partes integrantes são as coisas simples que formam a coisa composta, mantendo sua identidade (Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, vol. 1, 13. ed., Saraiva, 2023, p. 332). Exemplos: a lente de uma câmera, peças de máquinas. Letra c. 020. 020. (FGV/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL (SEF MG) /AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO/2023) Tina, por ocasião da realização de uma grande reforma em sua casa, adquiriu novas portas para os quartos e banheiros, ainda não instaladas, e um completo sistema de refrigeração central que, para sua instalação, exigiu a remoção dos vitrais das janelas da sala, o que foi feito com todo o cuidado, visto que Tina fazia questão de que os vitrais fossem reempregados no local. Considerando que as antigas portas dos quartos estavam em bom estado, Tina colocou-as à venda em um brechó próximo. Considerando essas informações e a disciplina dos bens no Código Civil de 2002, assinale a afirmativa correta. a) As portas antigas dos quartos e dos banheiros são classificadas como bens móveis consumíveis. b) As portas novas dos quartos e dos banheiros, em razão da sua destinação econômica, são consideradas imóveis. c) Os vitrais da janela, mesmo após terem sido removidos para instalação do sistema de refrigeração, mantém sua qualidade de imóveis. d) Os vitrais da janela, após terem sido removidos para instalação do sistema de refrigeração, são classificados como móveis, mas mantêm o caráter da infungibilidade. e) As portas antigas e os vitrais, após a remoção, são classificados como bens móveis e fungíveis. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/auditor-fiscal-da-receita-estadual-sef-mg-auditoria-e-fiscalizacao-2023 94 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex a) Errada. As portas antigas dos quartos e dos banheiros são classificadas como bens móveis fungíveis, tendo em vista que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, quantidade e qualidade. Vejamos: CC Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Vide: CC Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. b) Errada. As portas novas dos quartos e dos banheiros são bens móveis, visto que ainda não foram instaladas. Examine: CC Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Vide: CC Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. c) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos: CC Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. d) Errada. Veja o comentário da letra ‘’C’’. e) Errada. Veja os comentários da letra ‘’A’’. Letra c. 021. 021. (FGV/ANALISTA/PGM NITERÓI/PROCESSUAL/2023) Anderson decidiu comprar uma casa de praia para passar os feriados e finais de semana com sua família. Pesquisando por imóveis na internet, ele encontrou o anúncio de uma casa à venda na localidade que desejava, com um bom preço e ricamente ilustrado por fotografias atuais do bem. Anderson entrou em contato com o vendedor, que ainda residia na casa à época, e, após um período de O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-pgm-niteroi-processual-2023 95 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex negociações, a compra e venda do imóvel foi celebrada. O preço foi pago à vista e o vendedor entregou as chaves no prazo avençado, mas, quando Anderson finalmente ingressou na casa pela primeira vez, descobriu que vários itens que apareciam nas fotografias anunciadas estavam faltando no imóvel, tendo sido retirados pelo vendedor quando desocupou o local. Considerando que as partes nada dispuseram no contrato sobre nenhum desses itens, é correto afirmar que o vendedor: a) podia levar consigo os ventiladores de teto dos quartos, por se tratar de pertenças; b) podia arrancar as duas árvores que estavam plantadas no jardim da casa, por se tratar de coisas fungíveis; c) podia remover a porta dos fundos da casa, sem estar obrigado a substituí-la, por se tratar de fruto industrial; d) deveria ter deixado na casa as torneiras instaladas nos banheiros, por se tratar de bens coletivos; e) deveria ter deixado na casa os vasos de plantas da varanda, por se tratar de bens imóveis por acessão física. a) Certa. A assertiva está correta, pois os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, ou seja, a compra e venda da casa de praia não abrange os ventiladores, uma vez que esses não constituem partes integrantes, mas sim servem o imóvel. Vejamos: CC Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. Vide: CC Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamentode outro. Vide: CC Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. b) Errada. Não podia arrancar as referidas árvores, por se tratar de bem imóvel. Examine: CC Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. c) Errada. O vendedor não podia remover a porta dos fundos da casa, sem estar obrigado a substituí-la, por se tratar de parte integrante, que é o acessório unido ao principal, de forma a incorporar e complementar este, formando um todo independente. Vejamos: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 96 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex CC Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. d) Errada. As torneiras instaladas nos banheiros são partes integrantes, haja vista que não há utilidade nestas quando não ligadas aos bens principais. Vejamos: CC Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. e) Errada. Por se tratar de pertenças, não dizem respeito ao bem principal. CC Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. Letra a. 022. 022. (CEBRASPE/CESPE/DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA/2023) Acerca dos bens imóveis e de suas classificações, assinale a opção correta. a) Direitos reais sobre imóveis e ações que os asseguram são considerados bens móveis por determinação legal. b) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, adquirem o caráter de bens móveis. c) Direitos à sucessão aberta são considerados bens imóveis para efeitos legais. d) O solo é considerado bem imóvel por acessão natural. e) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local perdem o caráter de bens imóveis. a) Errada. São imóveis os bens que a lei considera como tais, isto é, que não seriam imóveis se a lei não lhes atribuísse a qualificação, dentre os quais os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram, nos termos do art. 80 CC: CC Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II – o direito à sucessão aberta. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/cebraspe https://www.tecconcursos.com.br/concursos/defensor-publico-do-estado-de-rondonia-2023 97 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex b) Errada. A assertiva trata dos bens que a lei considera como imóveis (imóveis por determinação legal) isto é, que não seriam imóveis se a lei não lhes atribuísse a qualificação, conforme previsão do art. 81, II, do CC: CC Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. c) Certa. O direito à sucessão aberta é realmente bem imóvel por determinação legal, conforme dispõe o art. 80, II, do CC: CC Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II – o direito à sucessão aberta. d) Errada. Os bens imóveis podem ser imóveis por natureza, por acessão ou por determinação legal. Os imóveis por natureza (ou por essência) são o solo, a superfície e o subsolo e espaço aéreo úteis. Portanto, solo é imóvel por natureza. Os imóveis por acessão se sub-classificam em imóveis por acessão natural e por acessão industrial (ou artificial). Imóveis por acessão natural são os bens que se incorporam ao solo naturalmente como, por exemplo, as árvores e seus frutos pendentes (não colhidos). Imóveis por acessão industrial ou artificial são os bens que se incorporam ao solo por atividade humana, como as construções e edificações. Caracterizam-se por não poderem ser retirados do solo sem prejuízo da substância ou valor, isto é, sem serem destruídos ou danificados. e) Errada. A assertiva contraria o art. 81, I, do CC: CC Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. Por exemplo: uma casa modular que pode ser retirada de seus alicerces, para ser fixada em local diferente do original, sem perder sua natureza e finalidade, não perde o caráter de imóvel. Letra c. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 98 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 023. 023. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 21ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2023) De acordo com o Código Civil, os bens fungíveis a) tanto podem ser móveis quanto imóveis, ao passo que os bens consumíveis são necessariamente móveis. b) são aqueles que servem a função típica determinada pela lei, ao passo que os bens consumíveis são tão somente aqueles destinados à alienação. c) não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, ao passo que os bens consumíveis são aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria substância, com exceção dos destinados à alienação. d) podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, ao passo que os bens consumíveis são aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. e) são aqueles que servem a função típica determinada pela lei, ao passo que os bens consumíveis são aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. A questão deve ser resolvida nos termos do Art. 85, CC: São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Letra d. 024. 024. (FGV/AUDITOR DO ESTADO/CGE SC/DIREITO/2023) No mês passado, ocorreu um enorme debate na COJUR (Consultoria Jurídica) da Secretaria de Fazenda de Santa Catarina a respeito da cobrança de ICMS sobre TUST e TUSD – sistema de compensação de energia elétrica no âmbito da mini e microgeração de energia (energia solar). O debate centrou-se a respeito da natureza jurídica da energia. Em relação ao tema Bens, é correto afirmar que as energias que tenham valor econômico são consideradas a) bens públicos de uso comum do Estado gerador. b) pertenças do bem imóvel principal. c) fora do comércio, visto que são legalmente inalienáveis. d) bens públicos dominicais do Estado gerador. e) bens móveis por força da lei. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e aqualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fcc https://www.tecconcursos.com.br/concursos/tecnico-judiciario-trt-21-regiao-administrativa-sem-especialidade-2023 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/auditor-do-estado-cge-sc-direito-2023 99 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex a) Errada. Os bens públicos de uso comum do povo são aqueles cuja utilização não se submete a qualquer tipo de discriminação ou ordem especial de fruição. É o caso das praias, estradas, ruas e praças (art. 99, I, Código Civil) (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Manual de Direito Civil [livro eletrônico], 6ª ed., Saraiva Educação, 2022, p. 204). Vide: CC Art. 99. São bens públicos: I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; b) Errada. Pertença é bem acessório destinado a conservar ou facilitar o uso das coisas principais, sem que destas sejam parte integrante (art. 93, Código Civil), como por exemplo as máquinas utilizadas em uma fábrica, os implementos agrícolas, as provisões de combustível, os aparelhos de ar condicionado (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Manual de Direito Civil [livro eletrônico], 6. ed., Saraiva Educação, 2022, p. 203). Vide: CC Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. c) Errada. Bem fora do comércio (res extra commercium) ou bem inalienável é a coisa que não pode colocada em circulação no comércio jurídico. d) Errada. Os bens dominicais ou dominiais são bens públicos não afetados à utilização direta e imediata do povo, nem aos usuários de serviços, mas que pertencem ao patrimônio estatal (art. 99, III, Código Civil). É o caso dos títulos pertencentes ao Poder Público, dos terrenos de marinha e das terras devolutas. São alienáveis, observadas as exigências da lei (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Manual de Direito Civil [livro eletrônico], 6ª ed., Saraiva Educação, 2022, p. 203). Vide: Art. 99, CC. São bens públicos:... III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. e) Certa. As energias que tenham valor econômico são consideradas bens móveis por força da lei, de acordo com o art. 83, I, do Código Civil. Vide: CC Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais. I – as energias que tenham valor econômico; Letra e. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 100 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 025. 025. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO (TRT 12ª REGIÃO)/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2023) De acordo com o Código Civil, considere: I – O direito à sucessão aberta. II – As energias que tenham valor econômico. III – Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. IV – Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. São considerados bens móveis para os efeitos legais a) II e IV. apenas b) III e IV, apenas c) I e III, apenas. d) II, III e IV, apenas e) I e II, apenas I – Errada. O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel: Art. 80, CC. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: […] II – o direito à sucessão aberta. II – Correta. As energias que tenham valor econômico são bens móveis para os efeitos legais por força do disposto no art. 83, I do Código Civil. Vide: CC Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econômico; III – Errada. Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem são bens imóveis (art. 81, II, Código Civil). Vide: CC Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: […] II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. IV – Correta. Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são bens móveis para os efeitos legais por força do disposto no art. 83, III do Código Civil. Vide: Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: […] III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. Letra a. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fcc https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-judiciario-trt-12-regiao-judiciaria-oficial-de-justica-avaliador-federal-2023 https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-judiciario-trt-12-regiao-judiciaria-oficial-de-justica-avaliador-federal-2023 101 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 026. 026. (FCC/TÉCNICO MINISTERIAL (MPE PB)/SEM ESPECIALIDADE/2023) São considerados bens fungíveis a) os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. b) os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. c) os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. d) os que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. e) aqueles que existem sobre si, abstrata ou concretamente. a) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos: CC Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. b) Errada. Trata-se de bens consumíveis os móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. Vejamos: CC Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. c) Errada. São divisíveis os bens que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. Examine: CC Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. d) Errada. Os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais são considerados singulares. Vejamos: CC Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si , independentemente dos demais. e) Errada. O bem principal é aquele que existe sobre si, abstrata ou concretamente. Examine: CC Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. Letra a. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fcc https://www.tecconcursos.com.br/concursos/tecnico-ministerial-mpe-pb-sem-especialidade-2023 102 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 027. 027.(INSTITUTO CONSULPAM/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/TCM PA/2023) Consoante o texto do Código Civil brasileiro de 2002 (Lei n.º 10.406), considera-se imóvel para efeitos legais: a) O direito real sobre objetos móveis. b) O direito à sucessão aberta. c) A energia que tenha valor econômico. d) O direito pessoal de caráter patrimonial a) Errada. O direito real sobre objetos móveis é considerado bem móvel. Examine: Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: […] II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; b) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos: Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: […] II – o direito à sucessão aberta. c) Errada. Considera-se móvel para efeitos legais a energia que tenha valor econômico. Vejamos: CC Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econômico; d) Errada. O direito pessoal de caráter patrimonial é considerado móvel. Vejamos: CC Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: […] III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. Letra b. 028. 028. (DIRENS AERONÁUTICA/ESTÁGIO DE ADAPTAÇÃO DE OFICIAIS DE APOIO DA AERONÁUTICA (CIAAR)/SERVIÇOS JURÍDICOS/EAOAP 2024) O Código Civil Brasileiro (Lei n. 10.406 de 10.01.2002) estabelece definições para bens móveis e imóveis. Assinale a opção que contenha apenas bens considerados como móveis. a) Bens de raiz. b) O direito à sucessão aberta. c) Materiais provenientes da demolição de algum prédio. d) Materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/instituto-consulpam https://www.tecconcursos.com.br/concursos/conselheiro-substituto-tcm-pa-2023 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/direns-aeronautica https://www.tecconcursos.com.br/concursos/estagio-de-adaptacao-de-oficiais-de-apoio-da-aeronautica-ciaar-servicos-juridicos-2023-eaoap-2024 https://www.tecconcursos.com.br/concursos/estagio-de-adaptacao-de-oficiais-de-apoio-da-aeronautica-ciaar-servicos-juridicos-2023-eaoap-2024 103 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex a) Errada. Consideram-se bens imóveis os bens de raiz, nos termos do artigo 79 do Código Civil. Vejamos: CC Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. b) Errada. O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel. Examine: CC Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II – o direito à sucessão aberta. c) Certa. A assertiva está de acordo com o Código Civil. Consideram-se bens móveis os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados e os provenientes da demolição de algum prédio. Verifique o seguinte dispositivo: CC Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. d) Errada. Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, são bens imóveis. Vejamos: CC Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. Letra c. 029. 029. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/PREF PIRACICABA/2023) Josué é proprietário de uma casa muito antiga, no centro da cidade, que tem dois terrenos vagos ao lado. Uma construtora, interessada em realizar um grande empreendimento no centro da cidade, procura Josué a fim de adquirir a casa para demolição e utilizar o terreno para construção de um shopping center. Josué aceita vender a sua casa para demolição. Diante da situação hipotética, e considerando o entendimento da doutrina majoritária, é correto afirmar que a casa de Josué vendida para demolição trata-se de um bem a) móvel por determinação de lei. b) móvel por antecipação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/vunesp https://www.tecconcursos.com.br/concursos/procurador-juridico-pref-piracicaba-2023 104 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex c) imóvel por acessão física artificial. d) imóvel por destinação do proprietário. e) imóvel por determinação legal. a) Errada. O móvel por determinação de lei é aquele assim qualificado pela lei. Vejamos: CC Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econômico; II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. b) Certa. A assertiva está correta, pois o móvel por antecipação é aquele bem imóvel transformado em bem móvel com uma finalidade econômica, como por exemplo uma fruta colhida. Assim sendo, a casa de Josué vendida será para demolição (remoção por força alheia) e utilizada para construção de um shopping center (finalidade econômica). CC Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. c) Errada. O imóvel por acessão física artificial é aquele resultante do trabalho do homem e incorporado de forma artificial e permanente, como no caso das construções e plantações. A acessão é um modo originário de aquisição da propriedade, em virtude da qual fica pertencendo ao titular tudo quanto se une ou se incorpora ao bem. A acessão pode ocorrer de duas modalidades: a) a natural, que se dá quando a união ou incorporação advém de acontecimentos da natureza, como a formação de ilhas, o aluvião, a avulsão e o abandono de álveo; e b) a artificial, resultante do trabalho do homem, como no caso das construções e plantações. Fonte: Acessão – Direito Civil – Buscador Dizer o Direito. d) Errada. O imóvel por destinação do proprietário é o móvel entendido como imóvel por vontade do proprietário. Enunciado 11 da I Jornada de Direito Civil. Não persiste no novo sistema legislativo a categoria dos bens imóveis por acessão intelectual, não obstante a expressão “tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente”, constante da parte final do art. 79 do Código Civil. e) Errada. O imóvel por determinação legal é aquele assim qualificado pela lei, como por exemplo a sucessão aberta. Vejamos: CC Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II – o direito à sucessão aberta. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 105 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Vide: CC Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. Letra b. 030. 030. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO (TJ SE)/ADMINISTRATIVA/JUDICIÁRIA/2023) Jairo foi convidado a estudar em Paris por dois anos. Emprestou, então, seu apartamento, em Aracaju, aHelena, sob as seguintes condições: (i) se Helena o alugasse enquanto ele estivesse fora, deveria repassar-lhe 50% dos valores dos aluguéis; (ii) as obras realizadas para conservação e manutenção do imóvel ficariam por conta de Helena; e (iii) as obras de mero deleite, que tornassem o imóvel mais confortável, deveriam ser autorizadas por escrito por Jairo. Nesse caso, as cláusulas referem-se, respectivamente, a: a) frutos; benfeitorias úteis; benfeitorias voluptuárias; b) produtos; benfeitorias necessárias; benfeitorias úteis; c) frutos; benfeitorias necessárias; benfeitorias voluptuárias; d) produtos; benfeitorias necessárias; acessões; e) frutos; benfeitorias necessárias; acessões. I – Frutos. Frutos. Os frutos civis são rendimentos produzidos pela utilização econômica da coisa principal, decorrentes da concessão do uso e gozo da coisa. II – Benfeitorias necessárias. São benfeitorias necessárias são aquelas quem tem por finalidade conservar o bem ou evitar que se deteriore. Exemplo: reparo no teto de uma casa para evitar que se deteriore. Vejamos: Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. […] § 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. III – Benfeitorias voluptuárias. As benfeitorias voluptuárias são aquelas que não aumentam ou facilitam o uso do imóvel, mas o torna mais agradável ou sejam de elevado valor, como: obras de jardinagem e de decoração, instalação de uma piscina. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/tecnico-judiciario-tj-se-administrativa-judiciaria-2023 106 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex CC Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. Nesse caso, as cláusulas referem-se, respectivamente, a: Letra C) frutos; benfeitorias necessárias; benfeitorias voluptuárias; Letra c. 031. 031. (FURB/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREF NOVA TRENTO/2023) Considerando estritamente os termos do Código Civil sobre os bens e a prescrição, julgue as seguintes assertivas: I – A interrupção da prescrição dar-se-á por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual. Essa interrupção poderá ocorrer por diversas vezes, enquanto o processo não for extinto, por força do princípio do acesso à justiça. II – A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado, mas, quando feita por um dos credores solidários, não aproveitará aos demais credores daquele devedor. III – Os bens móveis são aqueles suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Nesse sentido, são considerados móveis para efeitos legais as energias que tenham valor econômico e os direitos pessoais de caráter patrimonial. IV – São considerados bens públicos os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças. É correto o que se afirma em: a) I e II, apenas. b) I, II e III, apenas. c) III e IV, apenas. d) I, II, III e IV. e) IV, apenas. I – Errada. Essa interrupção poderá ocorrer apenas uma vez. Examine: CC Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: I – por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/furb https://www.tecconcursos.com.br/concursos/procurador-do-municipio-pref-nova-trento-2023 107 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex II – Errada. Quando feita por um dos credores solidários, aproveitará aos demais credores daquele devedor. Vejamos: CC Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado. Art. 204. […] § 1º A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros. III – Correta. A assertiva está de acordo com o Código Civil. Verifique os seguintes dispositivos: Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Vide: CC Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econômico; II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. IV – Correta. Bens de uso comum do povo são aqueles destinados à utilização geral pelos indivíduos, podendo ser utilizados por todos em igualdade de condições, tais como rios, mares, estradas, ruas. Vejamos: CC Art. 99. São bens públicos: I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; Letra c. 032. 032. (DIRENS AERONÁUTICA/ ESTÁGIO DE ADAPTAÇÃO DE OFICIAIS DE APOIO DA AERONÁUTICA (CIAAR) /SERVIÇOS JURÍDICOS/EAOAP 2024) O Código Civil Brasileiro (Lei n. 10.406 de 10.01.2002) estabelece em seu artigo 98 que “são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.” Sobre o assunto, o referido Código estabelece que: a) Somente os bens públicos são inalienáveis. b) Os bens públicos estão sujeitos a usucapião. c) Os rios, mares, estradas, ruas e praças são bens públicos. d) O uso de bens públicos deve necessariamente ser remunerado ao ente que o detém. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/direns-aeronautica https://www.tecconcursos.com.br/concursos/estagio-de-adaptacao-de-oficiais-de-apoio-da-aeronautica-ciaar-servicos-juridicos-2023-eaoap-2024 https://www.tecconcursos.com.br/concursos/estagio-de-adaptacao-de-oficiais-de-apoio-da-aeronautica-ciaar-servicos-juridicos-2023-eaoap-2024 108 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex a) Errada. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, portanto, nem todos os bens públicos são inalienáveis. Vejamos: Vide: CC Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Vide: CC CC Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. b) Errada. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. Examine: Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. c) Certa. A assertiva está em harmonia com o Código Civil. Os rios, mares, estradas, ruas e praças são bens públicos de uso comum do povo, pois são destinados à utilização geral pelos indivíduos, podendo ser utilizados por todos em igualdade de condições. Examine: CC Art. 99, CC. São bens públicos: I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças. Bens de uso comum do povo são aqueles destinados à utilização geral pelosindivíduos, podendo ser utilizados por todos em igualdade de condições, independentemente de consentimento individualizado por parte do Poder Público (uso coletivo). Exs: ruas, praças, rios, praias etc. Fonte: Bens de uso comum do povo – Direito Civil – Buscador Dizer o Direito. d) Errada. Os bens públicos possuem como características: inalienabilidade, impenhorabilidade, imprescritibilidade e não onerabilidade. Assim, o seu uso não deve ser remunerado ao ente que o detém, bem como não podem ser objeto de penhor, anticrese ou hipoteca. Letra c. 033. 033. (VUNESP/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO (TCM SP)/CIÊNCIAS JURÍDICAS/2023) Sobre bens públicos, assinale a alternativa correta. a) Os bens públicos dominicais são inalienáveis. b) Os bens públicos de uso comum do povo podem ser alienados. c) Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado a que se tenha dado estrutura de direito público. d) São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno e externo. e) O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/vunesp https://www.tecconcursos.com.br/concursos/auditor-de-controle-externo-tcm-sp-ciencias-juridicas-2023 109 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex a) Errada. Na verdade, os bens públicos dominicais são alienáveis. Examine: CC Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. b) Errada. Os bens públicos de uso comum do povo não podem ser alienados, segundo o Código Civil. Vejamos: CC Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. c) Errada. Consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Vejamos: CC Art. 99. […] Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. d) Errada. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, apenas. Examine: CC Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. e) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos: Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. Letra e. 034. 034. (FUNDATEC/ANALISTA TÉCNICO (PROCERGS)/ADVOGADO/CÍVEL/2023) Acerca dos bens públicos, relacione a Coluna 1 à Coluna 2, associando a que tipo de bem público se trata. Coluna 1 1. Bem público de uso comum do povo. 2. Bem público de uso especial. 3. Bem público dominical. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fundatec https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-tecnico-procergs-advogado-civel-2023 110 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Coluna 2 ( ) � Rios e mares. ( ) � Prédio sede da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. ( ) � Praças públicas e estradas. ( ) � Terras devolutas. ( ) � Prédio desativado e abandonado de propriedade da União que abrigava um hospital público. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a) 2 – 1 – 2 – 3 – 2. b) 1 – 2 – 1 – 3 – 3. c) 3 – 1 – 3 – 2 – 2. d) 2 – 2 – 2 – 1 – 3. e) 1 – 1 – 1 – 2 – 2. (1) Rios e mares. Bem público de uso comum do povo. Bens de uso comum do povo são aqueles destinados à utilização geral pelos indivíduos, podendo ser utilizados por todos em igualdade de condições, tais como rios, mares, estradas, ruas. Vejamos: CC Art. 99. São bens públicos: I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; Bens de uso comum do povo são aqueles destinados à utilização geral pelos indivíduos, podendo ser utilizados por todos em igualdade de condições, independentemente de consentimento individualizado por parte do Poder Público (uso coletivo). Exs: ruas, praças, rios, praias etc. Fonte: Bens de uso comum do povo – Direito Civil – Buscador Dizer o Direito (2) Prédio sede da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Bem público de uso especial. O Prédio sede da Prefeitura Municipal de Porto Alegre é um bem público de uso especial, uma vez este é utilizado pela Administração para a prestação dos serviços administrativos e dos serviços públicos em geral que, na presente questão, é para referida Prefeitura. Vejamos: CC Art. 99. São bens públicos: […] II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. Bens de uso especial são aqueles utilizados pela Administração para a prestação dos serviços administrativos e dos serviços públicos em geral, ou seja, utilizados pela Administração para a satisfação de seus objetivos. Exs: prédio onde funciona um órgão público. Fonte: Bens de uso especial – Direito Civil – Buscador Dizer o Direito O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 111 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex (1) Praças públicas e estradas. Bem público de uso comum do povo. Bens de uso comum do povo são aqueles destinados à utilização geral pelos indivíduos, podendo ser utilizados por todos em igualdade de condições, tais como rios, mares, estradas, ruas. Vejamos: CC Art. 99. São bens públicos: I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças. Bens de uso comum do povo são aqueles destinados à utilização geral pelos indivíduos, podendo ser utilizados por todos em igualdade de condições, independentemente de consentimento individualizado por parte do Poder Público (uso coletivo). Exs: ruas, praças, rios, praias etc. Fonte: Bens de uso comum do povo – Direito Civil – Buscador Dizer o Direito (3) Terras devolutas. Bem público dominical. Os bens públicos dominicais são aqueles que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades, como por exemplo os terrenos de marinha, terras devolutas e os títulos da dívida pública. Vejamos: CC Art. 99. São bens públicos: […] III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. (3) Prédio desativado e abandonado de propriedade da União que abrigava um hospital público. Bem público dominical. Os bens dominicais são aqueles que não estão sendo utilizados para nenhuma destinação pública (estão desafetados), abrangendo o denominado domínio privado do Estado. CC Art. 99. São bens públicos: […] III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Letra b. 035. 035. (CEBRASPE/CESPE/ADVOGADO DA UNIÃO/2023) Em relação ao domínio público terrestre, é correto afirmar que a terra devoluta a) é bem indisponível. b) integra a categoria de bens de uso especial. c) não é objeto de ação discriminatória. d) é sempre passível de usucapião. e) não possui qualquer destinação pública. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/cebraspe https://www.tecconcursos.com.br/concursos/advogado-da-uniao-2023 112 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex a) Errada. As terras devolutas são bens disponíveis, tendo em vista que não estão afetadas ao interesse público. São classificadas como bens públicos dominicais. Desse modo, observadas as exigências da lei, as terras devolutas podem ser alienadas. Vejamos o dispositivo do Código Civil que trata do tema: CC Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. b) Errada. Conforme exposto as terras devolutas integram a categoria de bens dominicais. Os bens de uso especial são bens, móveis ou imóveis, que se destinam ao uso pelo próprio Poder Público para a prestação de serviços. Vejamos o dispositivo do Código Civil que trata do tema: CC Art. 99. São bens públicos: I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. c) Errada. As terras devolutas são sim objeto de ação discriminatória. Vejamos o dispositivo do Código Civil que trata do tema: Discriminação de terras é o processo administrativo ou judicial pelo qual as terras devolutas são separadas, extremadas, das terras não devolutas. O caráter devoluto da terra precisa ser declarado pela autoridade competente por meio de Ação Discriminatória. d) Errada. Nenhum bem público, seja de que categoria for, pode ser objeto de usucapião. Vejamos o dispositivo do Código Civil que trata do tema: Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. e) Certa. Vejamos: Terras devolutas são aquelas que não tem nenhuma utilização pública específica e que não se encontram, por qualquer título, integradas ao domínio privado. As terras devolutas pertencem, em regra, aos Estados-membros, com exceção daquelas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, que são de propriedade da União (art. 20, II, da CF/88). CAVALCANTE, Márcio André Lopes. As terras devolutas pertencem, em regra, aos Estados-membros, com exceção daquelas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, que são de propriedade da União. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisp... Acesso em: 09 maio 2023. Letra e. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisp... 113 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 036. 036. (FGV/JUIZ DO TRABALHO (CSJT)/II CONCURSO UNIFICADO/2023) Quanto aos bens públicos, considerando o disposto no Código Civil, é correto afirmar que: a) os bens públicos dominicais não podem ser alienados; b) o uso comum dos bens públicos não pode ser retribuído; c) o terreno destinado a serviço de autarquia municipal é bem público de uso especial; d) são públicos os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado que integram a Administração Pública; e) os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado são considerados de uso especial. a) Errada. Os bens públicos dominicais podem sim ser alienados. Examine: CC Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. b) Errada. O uso comum dos bens públicos pode ser retribuído, conforme o Código Civil. Vejamos: CC Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. c) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos: Art. 99. São bens públicos: […] II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; d) Errada. São públicos os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público que integram a Administração Pública. Vejamos: CC Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. e) Errada. Os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado são considerados dominicais. Vejamos: Art. 99. São bens públicos: […] Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Letra c. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/juiz-do-trabalho-csjt-2023-ii-concurso-unificado 114 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 037. 037. (INSTITUTO VERBENA/ANALISTA MINISTERIAL (MPE AC)/DIREITO/2023) Conforme estabelecido pelo Código Civil, são considerados bens públicos a) as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local. b) os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. c) os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. d) as benfeitorias ou melhoramentos ou acréscimos de uso especial. a) Errada. São bens imóveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local. Vejamos: CC Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; b) Certa. Os bens públicos dominicais são aqueles que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades, como por exemplo os terrenos de marinha, terras devolutas e os títulos da dívida pública. Vejamos: CC Art. 99. São bens públicos: […] III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. c) Errada. Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bensmóveis. Examine: Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econômico; II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. d) Errada. Benfeitoria é toda obra ou despesa realizada em um bem com o fim de conservá- lo, torná-lo útil ou mais agradável ao uso. Letra b. 038. 038. (CEBRASPE/CESPE/ PROMOTOR DE JUSTIÇA (MPE SC)/43º CONCURSO PÚBLICO/2023) À luz do disposto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), no Código O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/instituto-verbena https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-ministerial-mpe-ac-direito-2023 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/cebraspe https://www.tecconcursos.com.br/concursos/promotor-de-justica-mpe-sc-2023-43-concurso-publico 115 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Civil bem como da jurisprudência do STF, julgue o próximo item, relativos a pessoas, domicílio e bens. À luz do Código Civil, são bens públicos: os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades; os de uso especial, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; e os de uso comum do povo, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. A afirmativa inverteu os conceitos de bens públicos de uso especial e bens públicos de uso comum do povo. Os bens públicos de uso comum do povo são aqueles cuja utilização não se submete a qualquer tipo de discriminação ou ordem especial de fruição. É o caso das praias, estradas, ruas e praças (art. 99, I, Código Civil). Os bens de uso especial são bens públicos cuja fruição, por título especial, e na forma da lei, é atribuída a determinada pessoa, bem como aqueles utilizados pelo próprio Poder Público para a realização dos seus serviços públicos (art. 99, II, Código Civil). É o caso dos prédios onde funcionam as escolas públicas. São também inalienáveis. Os bens dominicais ou dominiais são bens públicos não afetados à utilização direta e imediata do povo, nem aos usuários de serviços, mas que pertencem ao patrimônio estatal (art. 99, III, Código Civil). É o caso dos títulos pertencentes ao Poder Público, dos terrenos de marinha e das terras devolutas. São alienáveis, observadas as exigências da lei (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Manual de Direito Civil [livro eletrônico], 6. ed., Saraiva Educação, 2022, p. 204). Vide: Art. 99. São bens públicos: I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Os bens públicos ou do Estado são os que pertencem a uma entidade de direito público interno, como no caso da União, Estados, Distrito Federal, Municípios, entre outros (art. 98, Código Civil). Na IV Jornada de Direito Civil, concluiu-se que o rol constante do art. 98 do CC é meramente exemplificativo (numerus apertus) e não taxativo (numerus clausus). Prevê o Enunciado 287 do Conselho da Justiça Federal (CJF/STJ): “O critério da classificação de bens indicado no art. 98 do Código Civil não exaure a enumeração dos bens públicos, podendo ainda ser classificado como tal o bem pertencente à pessoa jurídica de direito O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 116 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex privado que esteja afetado à prestação de serviços públicos” (Flávio Tartuce, Manual de Direito Civil [livro eletrônico], 12ª ed., Método, 2022, p. 483). Vide: Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Errado. 039. 039. (INSTITUTO CONSULPLAN/ANALISTA EM DESENVOLVIMENTO SOCIAL (SEAS RO) / DIREITO/2023) Em relação aos bens públicos, é o Código Civil que traz sua definição legal. De acordo com o Art. 98 do diploma legal, são bens públicos todos aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno. De acordo com o Código Civil, o conceito de bens públicos a) leva em consideração a sua utilização. b) leva em consideração a sua titularidade. c) está relacionado ao tempo de utilização do bem. d) está relacionado ao recurso com que o bem foi adquirido. e) leva em consideração o procedimento de aquisição do bem. a) Errada. Veja o comentário da letra ‘’B’’. b) Certa. A assertiva está correta, pois bens públicos são assim considerados se pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, enquanto todos os outros são particulares. Assim sendo, leva em consideração a sua titularidade. Vejamos: CC Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. c) Errada. Não está relacionado ao tempo de utilização do bem, uma vez que não estão sujeitos a usucapião. Examine: CC Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. d) Errada. Não está relacionado ao recurso com que o bem foi adquirido, já que não se trata de bens particulares. CC Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/instituto-consulplan https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-em-desenvolvimento-social-seas-ro-direito-2023 https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-em-desenvolvimento-social-seas-ro-direito-2023 117 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex e) Errada. Não leva em consideração o procedimento de aquisição do bem, pois não se trata de bens particulares. CC Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Letra b. 040. 040. (FGV/FISCAL DE RENDAS/RIO DE JANEIRO/2023) NÃO conta com a proteção ao bem de família o imóvel: a) adquirido após a consolidação da dívida, quando já há demanda executiva em curso; b) dado em caução de locação comercial; c) do condômino, para pagamento de dívida decorrente de responsabilidade civil do condomínio insolvente em relação a terceiro; d) em construção, no qual, por ora, só exista o terreno; e) alugado a terceiros, quando o saldo da locaçãoé revertido em favor da unidade familiar. a) Errada. Conta com a proteção ao bem de família o imóvel adquirido após a consolidação da dívida, quando já há demanda executiva em curso, conforme decidiu o Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial 1.792.265/SP (Informativo 723): Para o bem de família instituído nos moldes da Lei n. 8.009/1990, a proteção conferida pelo instituto alcançará todas as obrigações do devedor, indistintamente, ainda que o imóvel tenha sido adquirido no curso de uma demanda executiva. b) Errada. Conta com a proteção ao bem de família o imóvel dado em caução de locação comercial de acordo com entendimento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial 1.789.505/SP (Informativo 732): É impenhorável o bem de família oferecido como caução em contrato de locação comercial. c) Certa. NÃO conta com a proteção ao bem de família o imóvel do condômino, para pagamento de dívida decorrente de responsabilidade civil do condomínio insolvente em relação a terceiro, conforme decidiu o Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial n. 1.473.484/ RS (Informativo 631): É possível a penhora de bem de família de condômino, na proporção de sua fração ideal, se inexistente patrimônio próprio do condomínio, para responder por dívida oriunda de danos a terceiros. Bem de família é o imóvel utilizado como residência da entidade familiar, decorrente de casamento, união estável, entidade monoparental (pessoa solteira, separada ou viúva), ou entidade de outra origem, protegido por previsão legal O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/fiscal-de-rendas-rio-de-janeiro-2023 118 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex específica contra a expropriação em execução judicial, o que se denomina impenhorabilidade (Flávio Tartuce, Manual de Direito Civil, 13. ed., Método, 2023, p. 197). d) Errada. Conta com a proteção ao bem de família o imóvel em construção, no qual, por ora, só exista o terreno, de acordo com o que decidiu o Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial n. 1.960.026/SP (Informativo 753): O terreno cuja unidade habitacional está em fase de construção, para fins de residência, está protegido pela impenhorabilidade por dívidas, por se considerar antecipadamente bem de família. e) Errada. Conta com a proteção ao bem de família o imóvel alugado a terceiros, quando o saldo da locação é revertido em favor da unidade familiar de acordo com a Súmula n. 486 do Superior Tribunal de Justiça: “É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a moradia da sua família”. Letra c. 041. 041. (FUNDATEC/RESIDENTE JURÍDICO/PGE SP/2023) Joanna foi condenada por ato ilícito extracontratual, sendo obrigada a indenizar Carlos em razão de danos morais e materiais calculados no valor de R$ 350.000,00. No curso da execução da decisão, não foram localizados bens em nome de Joanna, salvo único imóvel residencial que, no entanto, estava locado a Marcos. Carlos, então, requereu a penhora do referido imóvel, argumentando que o fato de Joanna nele não residir afastaria a incidência da Lei n. 8.009/1990. Diante dessa situação, e nos termos do entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça sobre o tema, assinale a alternativa correta. a) A penhora poderá ser deferida, tendo em vista que Joanna não reside no imóvel. b) A penhora não poderá ser deferida, bastando a comprovação de que se trata do único imóvel em nome de Joanna, configurando, assim, bem de família. c) A impenhorabilidade no caso em questão apenas estará configurada se comprovado por Joanna que a renda obtida com a locação é revertida para custear sua moradia em outro imóvel. d) Como Joanna não reside no imóvel, mas percebe os frutos do bem, fica afastada a incidência da Lei n. 8.009/1990. e) A penhora não poderá ser deferida caso Joanna comprove que a renda obtida com a locação é revertida para a subsistência ou a moradia da sua família. a) Errada. A penhora não poderá ser deferida se Joanna comprovar que a renda obtida com a locação é revertida para a subsistência ou a moradia da sua família. Vide comentários da afirmativa “E”. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fundatec https://www.tecconcursos.com.br/concursos/residente-juridico-pge-sp-2023 119 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex b) Errada. O imóvel alugado deve ser o único do devedor e a renda obtida com a locação deve ser revertida para a subsistência ou a moradia. Vide comentários da afirmativa “E”. c) Errada. A impenhorabilidade no caso em questão estará configurada se o imóvel alugado for o único do devedor e se comprovado por Joanna que a renda obtida com a locação é revertida para custear sua moradia em outro imóvel. Vide comentários da afirmativa “E”. d) Errada. Não fica afastada a incidência da Lei n. 8.009/1990. e) Certa. A assertiva está de acordo com a Súmula 486 do STJ. O STJ afirma que o bem de família poderá ser considerado também impenhorável desde que cumpridos os seguintes requisitos: a) o imóvel alugado seja o único do devedor; b) a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a moradia. Vejamos: Súmula 486-STJ: É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a moradia da sua família. Aprovada em 28/06/2012, DJe 01/08/2012. Pela Lei n. 8.009/90, somente seria impenhorável o imóvel próprio utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente. O STJ, por meio de uma interpretação teleológica e valorativa, amplia a proteção. A Lei n. 8.009/90 conceitua o que seja imóvel residencial para fins de impenhorabilidade: Art. 5º Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente. Parágrafo único. Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, salvo se outro tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis e na forma do art. 70 do Código Civil. Desse modo, pela redação legal, somente seria impenhorável o imóvel próprio utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente. No entanto o STJ ampliou a proteção ao bem de família, conforme pudemos observar pela Súmula n. 486. Assim, se um casal, uma entidade familiar ou mesmo uma pessoa solteira e sozinha, possui um imóvel residencial “X” e o aluga, pela redação da lei ele não seria bem de família legal e poderia ser penhorado. Entretanto o STJ afirma que esse imóvel poderá ser considerado também impenhorável desde que cumpridos os seguintes requisitos: a) o imóvel alugado seja o único do devedor; b) a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a moradia. O STJ assim decide porque entende que, em uma interpretação teleológica e valorativa, o objetivo da norma é o de garantir a moradia familiar ou a subsistência da família. CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 486-STJ. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisp...o caso dos navios e das aeronaves, que embora sejam bens móveis, podem ser objeto de hipoteca, sendo a hipoteca um direito real de garantia sobre bens imóveis. B) Móveis por antecipação: são bens incorporados ao solo, mas com a intenção de separá-los oportunamente e convertê-los em móveis, como as árvores destinadas ao corte e os frutos ainda não colhidos. Incluem-se nessa categoria os bens provenientes de demolição de imóveis: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 12 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Art. 84. Os MATERIAIS DESTINADOS A ALGUMA CONSTRUÇÃO, ENQUANTO NÃO FOREM EMPREGADOS, conservam sua qualidade de MÓVEIS; readquirem essa qualidade os provenientes da DEMOLIÇÃO DE ALGUM PRÉDIO. C) Móveis por determinação legal: são bens imateriais, que adquirem essa qualidade jurídica por disposição legal, previstos no art. 84 do CC: Art. 83. Consideram-se MÓVEIS para os efeitos legais: I – as ENERGIAS que tenham VALOR ECONÔMICO; II – os DIREITOS REAIS sobre OBJETOS MÓVEIS e as AÇÕES CORRESPONDENTES; III – os DIREITOS PESSOAIS de caráter patrimonial e RESPECTIVAS AÇÕES 004. 004. (CEBRASPE/CESPE/ADVOGADO DA UNIÃO/2023) Considerando as disposições do Código Civil e a jurisprudência do STJ a respeito de bens, assinale a opção correta. a) Os direitos autorais, a energia elétrica e os direitos de propriedade intelectual são considerados bens móveis. b) Os navios e aviões são sujeitos à hipoteca e, portanto, são considerados bens imóveis. c) Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, não conservam sua qualidade de bens móveis. d) Coisa sem dono (res nullius) é aquela que foi objeto de relação de direito, mas deixou de o ser porque seu dono jogou-a fora, com a intenção de a ela renunciar. e) Os bens de sociedade de economia mista estão sujeitos à usucapião, inclusive quando afetados à prestação de serviço público. a) Correta. A assertiva está de acordo, respectivamente, com os arts. 3º, Lei n. 9.610/1998; 83, I, do Código Civil; e 5º, Lei n. 9.279/1996: Lei n. 9.610/1998. Art. 3º Os direitos autorais reputam-se, para os efeitos legais, bens móveis; Código Civil (Lei n. 10.406/2002). Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econômico; II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações; Lei n. 9.279/1996 Art. 5º Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos de propriedade industrial. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/cebraspe https://www.tecconcursos.com.br/concursos/advogado-da-uniao-2023 13 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex b) Errada. Não obstante os navios e aviões possam ser objeto de hipoteca (art. 1.473, VI e VII, CC), não são eles considerados bens imóveis, mas sim bens móveis – chamados por alguns autores de bens móveis especiais ou sui generis – como destacado pelo Prof. Carlos Roberto Gonçalves (Direito Civil Brasileiro, volume 5: direito das coisas. 12. ed. [livro eletrônico]. São Paulo: Saraiva, 2017): A hipoteca dos navios e das aeronaves rege-se pelo disposto em lei especial, como assinala o parágrafo único do citado dispositivo. Embora sejam móveis, é admitida a hipoteca, por conveniência econômica e porque são suscetíveis de identificação e individuação, tendo registro peculiar, possibilitando a especialização e a publicidade, princípios que norteiam o direito real de garantia. c) Errada. Pelo contrário, os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis, nos termos do art. 84, primeira parte, CC: Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. d) Errada. A assertiva está incorreta, pois nos traz o conceito de coisa abandonada (res derelicta). Por sua vez, as coisas sem dono (res nullius) são as coisas que não pertencem a ninguém, ou seja, que não foram objeto de relação de direito. e) Errada. De acordo com o STJ, os bens de sociedade de economia mista estão sujeitos à usucapião, exceto quando afetados à prestação de serviço público (REsp n. 120.702/DF, Rel.: Min. Ruy Rosado de Aguiar, 4ª Turma, j. em 28.6.2001; e AgInt no REsp n. 1.719.589/ SP, Rel.: Min. Luis Felipe Salomão, 4ª Turma, j. em 6.11.2018). Letra a. 005. 005. (Q1175165/FAEPESUL/ADVOGADO/CRC/2019) Segundo o livro dos bens previsto no Código Civil, consideram-se imóveis ou não perdem o caráter de imóveis os seguintes bens ou direitos, exceto: a) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. b) Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram. c) O direito à sucessão aberta. d) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local. e) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. A questão deve ser resolvida conforme as disposições dos artigos 80, 81 e 83 do CC: Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II – o direito à sucessão aberta. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 14 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. Letra e. Por fim, cabe ressaltar que a propriedade dos bens móveis é adquirida por meio da tradição (1.267 CC), especificação (1.269 CC), ocupação (1.263 CC), confusão (1.272 CC), comissão (1.272 CC), usucapião, adjunção (1.272 CC), sucessão (1.784 CC) e achado do tesouro (1.264 CC). Para facilitar a memorização das hipóteses de aquisição da propriedade móvel criei um mnemônico em homenagem ao querido colega de trabalho chamado Teógenes, que tem como função no meu trabalho: cuidar da chave do tesouro. Vamos lá: Aquisição da propriedade móvel: TEO CCUidAS do TESOURO Tradição Especificação Ocupação Confusão Comissão Usucapião Adjunção Sucessão Achado do Tesouro BENS MÓVEIS por Natureza por Antecipação por Determinação Legal O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 15 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 006. 006. (FGV/AUDITOR TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/TCE-AM/MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS/2021) Quando os credores de Mariana investigaram o seu patrimônio, identificaram os seguintes bens: crédito decorrente de contrato de empréstimo feito a sua irmã; automóvel ano 2018 placa XXX9999; materialAcesso em: 28/12/2023 Letra e. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisp... 120 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 042. 042. (FAU UNICENTRO/ADVOGADO/CM GUAMIRANGA/2023) Assinale a alternativa INCORRETA tendo como base a lei 8.009/1990: a) Não se beneficiará do disposto na lei de impenhorabilidade do bem de família aquele que, sabendo se insolvente, adquire de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga. Neste caso, é defeso ao juiz, na respectiva ação do credor, transferir a impenhorabilidade para a moradia familiar anterior, ou anular- lhe a venda, liberando a mais valiosa para execução ou concurso, conforme a hipótese. b) O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei. c) Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente. d) A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos e m função do respectivo contrato. e) A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida. a) Errada. Na realidade, é permitido ao juiz, na respectiva ação do credor, transferir a impenhorabilidade para a moradia familiar anterior, ou anular-lhe a venda, liberando a mais valiosa para execução ou concurso, conforme a hipótese. LEI N. 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 1990: Art. 4º Não se beneficiará do disposto nesta lei aquele que, sabendo-se insolvente, adquire de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga. § 1º Neste caso, poderá o juiz, na respectiva ação do credor, transferir a impenhorabilidade para a moradia familiar anterior, ou anular-lhe a venda, liberando a mais valiosa para execução ou concurso, conforme a hipótese. b) Certa. A assertiva é cópia literal do seguinte dispositivo da Lei n. 8.009/1990. Vejamos: LEI N. 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 1990: Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fau-unicentro https://www.tecconcursos.com.br/concursos/advogado-cm-guamiranga-2023 http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.009-1990?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.009-1990?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.009-1990?OpenDocument 121 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei. c) Certa. Aplica-se ao caso, o artigo 5º, caput, da Lei n. 8.009/1990. Vejamos: LEI N. 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 1990: Art. 5º Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente. d) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo da Lei n. 8.009/1990. Vejamos: LEI N. 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 1990. Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: […] II – pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; e) Certa. A assertiva está em harmonia com a Lei n. 8.009/1990. Examine: LEI N. 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 1990. Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: […] III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida; Letra a. 043. 043. (FUMARC/ANALISTA JUDICIÁRIO (TRT 3ª REGIÃO)/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2022) Sobre os bens penhoráveis e impenhoráveis, é INCORRETO afirmar: a) A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados. b) Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos. c) Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá, via de regra, sobre o de menor valor. d) Para os efeitos de impenhorabilidade de que trata a Lei n. 8.009/90, consideram-se residência os imóveis utilizados pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente e aluguéis comerciais. e) Quando a residência familiar se constituir em imóvel rural, a impenhorabilidade restringir- se-á à sede de moradia, com os respectivos bens móveis. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.009-1990?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.009-1990?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.009-1990?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.009-1990?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.009-1990?OpenDocument https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fumarc https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-judiciario-trt-3-regiao-judiciaria-oficial-de-justica-avaliador-federal-2022 https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-judiciario-trt-3-regiao-judiciaria-oficial-de-justica-avaliador-federal-2022 122 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex a) Certa. É a disposição do p. único do art. 1º da Lei n. 8.009/1990: Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciáriaou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei. Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados. b) Certa. De fato, a Lei n. 8.009/1990, em seu art. 2º, caput, exclui da regra da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos. c) Certa. A assertiva está em consonância com o p. único do art. 5º da Lei n. 8.009/1990: Art. 5º Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente. Parágrafo único. Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, salvo se outro tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis e na forma do art. 70 do Código Civil. Impende registrar que a remissão ao art. 70 do Código Civil constante do preceito legal refere-se ao revogado CC/1916 e corresponde ao art. 1.711 do CC vigente. d) Errada. Nos termos do art. 5º, caput, da Lei n. 8.009/1990, para os efeitos de impenhorabilidade, considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente, não abrangendo os aluguéis comerciais. e) Certa. É a redação da primeira parte do § 2º do art. 4º da Lei n. 8.009/1990: Art. 4º Não se beneficiará do disposto nesta lei aquele que, sabendo-se insolvente, adquire de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga. § 1º Neste caso, poderá o juiz, na respectiva ação do credor, transferir a impenhorabilidade para a moradia familiar anterior, ou anular-lhe a venda, liberando a mais valiosa para execução ou concurso, conforme a hipótese. § 2º Quando a residência familiar constituir-se em imóvel rural, a impenhorabilidade restringir- se-á à sede de moradia, com os respectivos bens móveis, e, nos casos do art. 5º, inciso XXVI, da Constituição, à área limitada como pequena propriedade rural. Letra d. 044. 044. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO (SEN)/ASSESSORAMENTO LEGISLATIVO/DIREITO CIVIL, PROCESSUAL CIVIL E AGRÁRIO/2022) Júlio, capaz, solteiro, reside sozinho em imóvel próprio O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/consultor-legislativo-sen-assessoramento-legislativo-direito-civil-processual-civil-e-agrario-2022 https://www.tecconcursos.com.br/concursos/consultor-legislativo-sen-assessoramento-legislativo-direito-civil-processual-civil-e-agrario-2022 123 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex e é réu em ação de execução de título extrajudicial promovida pelo Banco X devido à inadimplência de contrato de mútuo. Além do imóvel e mobiliário que guarnece a casa, Júlio é proprietário de um automóvel e de uma vaga de garagem, que possui matrícula própria no registro de imóveis, e é local em que pernoita o veículo. Diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta. a) A condição de solteiro afasta a impenhorabilidade da residência de Júlio, por inexistir o conceito de família na situação narrada. b) O automóvel, que é um veículo de transporte, de Júlio, por ser único, encontra-se protegido pela impenhorabilidade por ser bem de família. c) Todas as obras de arte e adornos que se encontram na casa de Júlio são consideradas bens de família, sendo, por conseguinte, a impossibilidade de penhora. d) A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, não se admitindo exceção, salvo quando se tratar de questões tributárias ou trabalhistas. e) A vaga de garagem de Antônio, por possuir matrícula própria no registro de imóveis, não constitui bem de família para efeito de penhora. a) Errada. A jurisprudência do STJ acolhe um conceito amplo acerca do bem de família, entendendo que a proteção legal decorrente da impenhorabilidade alcança também imóvel pertencente às pessoas solteiras, viúvas e separadas, conforme Enunciado 364 de sua súmula, verbis: O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas. b) Errada. A Lei n. 8.009/1990, em seu art. 2º, caput, exclui, expressamente, os veículos de transporte da disciplina da impenhorabilidade: Art. 2º Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos. Parágrafo único. No caso de imóvel locado, a impenhorabilidade aplica-se aos bens móveis quitados que guarneçam a residência e que sejam de propriedade do locatário, observado o disposto neste artigo. Anote-se, por oportuno, que os tribunais têm excetuado da ressalva legal os veículos adaptados pertencentes às pessoas com deficiência, uma vez que, nessa hipótese, o automóvel tem por fim viabilizar a liberdade de locomoção e garantir uma existência digna às PcDs, aplicando-se-lhes, analogicamente, a disciplina legal do bem de família. c) Errada. As obras e arte e os adornos suntuosos também não estão abrangidos pelo conceito de bem de família (art. 2º, caput, Lei n. 8.009/1990); logo, excluídas da regra da impenhorabilidade. d) Errada. O art. 3º da Lei n. 8.009/1990 elenca as exceções à impenhorabilidade do bem familiar, verbis: Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 124 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex II – pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida; IV – para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; V – para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar; VI – por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens; VII – por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. No mais, merece destaque que o STJ tem teses firmadas no sentido de que a impenhorabilidade do bem de família prevista no art. 3º, III, da Lei n. 8.009/1990 não pode ser oposta ao credor de pensão alimentícia decorrente de vínculo familiar ou de ato ilícito e que a proteção legal também deve ser afastada quando caracterizado abuso do direito de propriedade, violação da boa-fé objetiva e fraude à execução (Itens 1 e 11 do Informativo Jurisprudência em Teses n. 44). e) Certa. É o que se depreende do Enunciado 449 da súmula do STJ: A vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de imóveis não constitui bem de família para efeito de penhora. Letra e. 045. 045. (FCC/ANALISTA JURÍDICO DE DEFENSORIA (DPE AM) /CIÊNCIASJURÍDICAS/III CONCURSO/2022) Tício possui as seguintes dívidas decorrentes de: I – Cobrança de imposto de renda. II – Obrigação oriunda de fiança concedida em contrato de locação residencial. III – Cobrança de empréstimo bancário pessoal. Segundo a Lei n. 8.009/1990 e as exceções ali previstas, a impenhorabilidade do bem de família de Tício estaria assegurada em relação às dívidas indicadas nos itens: a) II e III, apenas. b) I e III, apenas. c) I e II, apenas. d) I, II e III. e) II, apenas. De acordo com Flávio Tartuce (Manual de direito civil: volume único. 8. ed. São Paulo: Método, 2018, p. 225), o bem de família é o imóvel utilizado como residência da entidade familiar, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fcc https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-juridico-de-defensoria-dpe-am-ciencias-juridicas-2022-iii-concurso https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-juridico-de-defensoria-dpe-am-ciencias-juridicas-2022-iii-concurso 125 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex decorrente de casamento, união estável, entidade monoparental, ou entidade de outra origem, ao qual a lei confere a proteção da impenhorabilidade. Na esteira de entendimento sumulado pelo STJ, a proteção legal também é aplicável ao imóvel onde reside a pessoa solteira, separada ou viúva (Verbete 364: O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas). Em nosso ordenamento, o bem de família pode ser VOLUNTÁRIO/CONVENCIONAL (arts. 1.711 a 1.722, CC) ou LEGAL (Lei n. 8.009/1990). Embora ambos sejam alcançados pela impenhorabilidade, a regra comporta exceções. No caso do bem de família convencional, o Código Civil excepciona a impenhorabilidade no art. 1.715: Art. 1.715. O bem de família é isento de execução por dívidas posteriores à sua instituição, salvo as que provierem de tributos relativos ao prédio, ou de despesas de condomínio. Parágrafo único. No caso de execução pelas dívidas referidas neste artigo, o saldo existente será aplicado em outro prédio, como bem de família, ou em títulos da dívida pública, para sustento familiar, salvo se motivos relevantes aconselharem outra solução, a critério do juiz. Já o bem de família legal possui disciplina específica disposta no art. 3º da Lei n. 8.009/1990, constando da referida previsão as exceções à regra da impenhorabilidade: Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: I – (Revogado pela Lei Complementar n. 150, de 2015) II – pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida; IV – para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; V – para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar; VI – por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens. VII – por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. No que se refere à fiança prestada em contrato de locação – hipótese mais comumente cobrada nos certames – a previsão sempre fomentou discussões em sede doutrinária e jurisprudencial, não obstante o STF, ainda em 2006, já tivesse reconhecido sua constitucionalidade (RE n. 407.688/SP, Rel.: Min. Cezar Peluso, Pleno, j. em 8.2.2006). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 126 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex No âmbito do STJ, editou-se, inclusive, o enunciado sumular n. 549 ratificando esse entendimento: É válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação. Mais recentemente, a questão voltou a ser apreciada pela Corte Constitucional em relação à impenhorabilidade do bem de família no bojo de fiança prestada em contrato não residencial, tendo sido fixada, em repercussão geral (Tema 1.127), a seguinte tese: CONSTITUCIONAL E CIVIL. ARTIGO 3º, VII, DA LEI 8.009/1990. CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL COMERCIAL. PENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA DO FIADOR. RESPEITO AO DIREITO DE PROPRIEDADE, À LIVRE INICIATIVA E AO PRINCÍPIO DA BOA FÉ. NÃO VIOLAÇÃO AO ARTIGO 6º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO. 1. Os fundamentos da tese fixada por esta CORTE quando do julgamento do Tema 295 da repercussão geral (É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, em virtude da compatibilidade da exceção prevista no art. 3º, VII, da Lei 8.009/1990 com o direito à moradia consagrado no art. 6º da Constituição Federal, com redação da EC 26/2000), no tocante à penhorabilidade do bem de família do fiador, aplicam-se tanto aos contratos de locação residencial, quanto aos contratos de locação comercial. 2. O inciso VII do artigo 3º da Lei 8.009/1990, introduzido pela Lei 8.245/1991, não faz nenhuma distinção quanto à locação residencial e locação comercial, para fins de excepcionar a impenhorabilidade do bem de família do fiador. 3. A exceção à impenhorabilidade não comporta interpretação restritiva. O legislador, quando quis distinguir os tipos de locação, o fez expressamente, como se observa da Seção III, da própria Lei 8.245/1991 – que, em seus artigos 51 a 57 disciplinou a “Locação não residencial”. 4. No pleno exercício de seu direito de propriedade, o fiador, desde a celebração do contrato (seja de locação comercial ou residencial), já tem ciência de que todos os seus bens responderão pelo inadimplemento do locatário – inclusive seu bem de família, por expressa disposição do multicitado artigo 3º, VII, da Lei 8.009/1990. Assim, ao assinar, por livre e espontânea vontade, o contrato de fiança em locação de bem imóvel – contrato este que só foi firmado em razão da garantia dada pelo fiador –, o fiador abre mão da impenhorabilidade de seu bem de família, conferindo a possibilidade de constrição do imóvel em razão da dívida do locatário, sempre no pleno exercício de seu direito de propriedade. 5. Dentre as modalidades de garantia que o locador poderá exigir do locatário, a fiança é a mais usual e mais aceita pelos locadores, porque menos burocrática que as demais, sendo a menos dispendiosa para o locatário e mais segura para o locador. Reconhecer a impenhorabilidade do imóvel do fiador de locação comercial interfere na equação econômica do negócio, visto que esvazia uma das principais garantias dessa espécie de contrato. 6. A proteção à moradia, invocada pelo recorrente, não é um direito absoluto, devendo ser sopesado com (a) a livre iniciativa do locatário em estabelecer seu empreendimento, direito fundamental também expressamente previsto na Constituição Federal (artigos 1º, IV e 170, caput); e (b) o direito de propriedade com a autonomia de vontade do fiador que, de forma livre e espontânea, garantiu o contrato. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, porquaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 127 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 7. Princípio da boa-fé. Necessária compatibilização do direito à moradia com o direito de propriedade e direito à livre iniciativa, especialmente quando o detentor do direito, por sua livre vontade, assumiu obrigação apta a limitar sua moradia. 8. O reconhecimento da impenhorabilidade violaria o princípio da isonomia, haja a vista que o fiador de locação comercial, embora também excepcionado pelo artigo 3º, VII, da Lei 8.009/1990, teria incólume seu bem de família, ao passo que o fiador de locação residencial poderia ter seu imóvel penhorado. 9. Recurso Extraordinário DESPROVIDO. Fixação de tese de repercussão geral para o Tema 1127: É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, seja residencial, seja comercial. (RE n. 1.307.334/SP, Rel.: Min. Alexandre de Moraes, Pleno, j. em 10.3.2022) Com isso, tem-se por superada a orientação firmada no RE n. 605.709/SP (Rel. Min. Dias Toffoli, Red. p/ ac. Min. Rosa Weber, Órgão Julgador: 1ª Turma, j. em 12.6.2018), no qual se decidiu que não seria penhorável o bem de família do fiador no caso de contratos de locação comercial. Vale ressaltar, ainda, que, em razão da tese erigida pelo STF, o Superior Tribunal de Justiça, na sistemática dos recursos repetitivos (Tema 1.091), também estabeleceu a tese de que é válida a penhora do bem de família de fiador dado em garantia em contrato de locação de imóvel – seja residencial ou comercial –, nos termos do artigo 3º, VII, Lei n. 8.009/1990 (REsp n. 1.822/040/PR, Rel.: Min. Luis Felipe Salomão, Órgão Julgador: 2ª Seção, j. em 8.6.2022). Assim, voltando às assertivas, podemos afirmar que, à luz das disposições da Lei n. 8.009/1990, a impenhorabilidade do bem de família de Tício estaria assegurada em relação às dívidas atinentes à cobrança do imposto de renda e de empréstimo bancário pessoal, pois ambas não constituem hipóteses que excepcionam a regra da impenhorabilidade. Vamos aos comentários de cada afirmativa: I – Correta. A cobrança do IRPF não constitui exceção à regra da impenhorabilidade do bem de família legal (art. 3º, Lei n. 8.009/1990). II – Errada. O bem de família legal pode ser penhorado em virtude de obrigação oriunda de fiança prestada em contrato de locação residencial ou comercial (art. 3º, VII, Lei n. 8.009/1990). III – Correta. Cuida-se de hipótese não acobertada pelo art. 3º da Lei n. 8.009/1990. Segundo a Lei n. 8.009/1990 e as exceções ali previstas, a impenhorabilidade do bem de família de Tício estaria assegurada em relação às dívidas indicadas nos itens: Letra b. 046. 046. (NOSSO RUMO/ADVOGADO/PREF ITAPEVA/2021) Considere: I – O único imóvel da família, sob qualquer hipótese, não poderá ser penhorado. II – Somente pode ser penhorado o único imóvel da família em caso de dívida trabalhista do proprietário indicado no registro imobiliário do bem. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/nosso-rumo https://www.tecconcursos.com.br/concursos/advogado-pref-itapeva-2021 128 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex III – O único imóvel da família não pode ser penhorado, salvo em virtude de débitos oriundos do próprio bem. São corretas as alternativas: a) I, II e III. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) I e III, apenas. e) II e III, apenas I – Errada. O único imóvel da família poderá ser penhorado nas hipóteses previstas na Lei n. 8.009/1990 (art. 3º). Vejamos: LEI N. 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 1990. Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei. Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: II – pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida; IV – para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; V – para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar; VI – por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens. VII – por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. II – Errada. O inciso I do art. 3º Lei n. 8.009/1998, que previa a possibilidade de penhora do bem de família nas hipóteses de dívidas trabalhista foi revogado pela Lei Complementar n. 150/2015. III – Correta. A assertiva está de acordo com o entendimento do STJ e com a Lei n. 8.009/1990. Vejamos: Para a aplicação da exceção à impenhorabilidade do bem de família prevista no art. 3º, IV, da Lei n. 8.009/90 é preciso que o débito de natureza tributária seja proveniente do próprio imóvel que se pretende penhorar. Exemplo: João celebrou com Pedro contrato de “permuta de imóveis urbanos”. Ficou acertado que João transmitiria a propriedade de sua casa para Pedro e, em troca, Pedro faria a transferência de seu apartamento a João. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.009-1990?OpenDocument 129 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Ficou consignado que cada parte iria transmitir o imóvel sem quaisquer dívidas tributárias. Depois da permuta e da transferência da posse, Pedro constatou que a casa cedida por João possuía débitos de IPTU. Para regularizar a situação, Pedro quitou essas dívidas. Em seguida, Pedro ajuizou ação contra João pedindo o ressarcimento desses valores considerando que houve um descumprimento do contrato neste ponto. O pedido foi julgado procedente. No cumprimento de sentença, Pedro pediu a penhora do apartamento que, depois da permuta, passou a pertencer a João e que é seu bem de família. Essa penhora não pode ser deferida porque não se enquadra no inciso IV do art. 3º da Lei: Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: IV – para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; Pode-se apontar três argumentos principais: 1) A dívida era referente a outro imóvel (e não ao que se pretende penhorar). 2) Não se está cobrando um imposto devido em função do imóvel; o que se está pleiteando é o ressarcimento decorrente de inadimplemento contratual. 3) As hipóteses de exceção à regra da impenhorabilidade do bem de família são taxativas, não comportando interpretação extensiva. STJ. 3ª Turma. REsp1332071-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 18/02/2020 (Info 665). CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Não se pode penhorar o bem de família com base no inciso IV do art. 3º da Lei n. 8.009/90 se o débito de natureza tributária está relacionado com outro imóvel que pertencia ao devedor. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: https://www.buscadordizerodireito.com. br/jurisp... Acesso em: 10/10/2023. Admite-se a penhora do bem de família para saldar o débito originado de contrato de empreitada global celebrado para promover a construção do próprio imóvel. STJ. 3ª Turma. REsp 1.976.743-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 08/03/2022 (Info 728). Letra b. 047. 047. (Q1095193 / FGV/GUARDA CIVIL MUNICIPAL/PREFEITURA DE SALVADOR – BA /2019) Um determinado prédio histórico de Salvador passa por reformas. Para tanto, são retiradas algumas de suas janelas e partes do piso de algumas áreas. Após determinados procedimentos, tais materiais serão reintegrados ao imóvel. Segundo o Código Civil, essas janelas e partes do piso são bens a) móveis. b) imóveis. c) consumíveis. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisp... https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisp... https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fgv-2019-prefeitura-de-salvador-ba-guarda-civil-municipal https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-salvador-ba 130 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex d) imóveis, mas, durante o período de retirada, móveis. e) coletivos. A questão deve ser resolvida conforme o artigo 81, Inciso II, CC: Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. Letra b. 048. 048. (Q1197425 / CESPE/CEBRASPE/ AUDITOR DE FINANÇAS E CONTROLE DE ARRECADAÇÃO DA FAZENDA ESTADUAL/SEFAZ/2020) Com base no Código Civil, julgue os itens a seguir. O direito à sucessão aberta é considerado, para os efeitos legais, bem imóvel, ainda que os bens deixados pela pessoa falecida sejam todos móveis. A questão deve ser resolvida conforme o art. 80, II, do CC: Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II – o direito à sucessão aberta. Certo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 131 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex REFERÊNCIASREFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988. _____. Decreto-Lei n. 4.657, de 4 de setembro de 1942. Brasília: Senado Federal, 1988. _____. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Brasília: Senado Federal, 1988. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Esquematizado. 11. ed., Editora Saraiva, 2021. CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Ideias e indicações de bibliografia não gozam de proteção dos direitos de autor. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/ detalhes/991327d63593b0ba2c45618bf81f6a64. Acesso em: 04/07/2023. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/991327d63593b0ba2c45618bf81f6a64 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/991327d63593b0ba2c45618bf81f6a64 Abra caminhos crie futuros gran.com.br O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Sumário Apresentação Bens 1. Conceito de Bem 2. Classificação dos Bens 3. Bens Considerados em Si Mesmos 3.1. Bens Imóveis 3.2. Bens Móveis 3.3. Bens Fungíveis e Consumíveis 3.4. Bens Divisíveis 3.5. Bens Singulares e Coletivos 4. Bens Reciprocamente Considerados 4.1. Bens Principais 4.2. Bens Acessórios 5. Titularidade de Domínio 5.1. Bens Particulares 5.2. Bens Públicos 6. Bem de Família 6.1. Conceito de Bem de Família 6.2. Bem de Família Convencional 6.3. Bem de Família Legal 7. Enunciados e Súmulas Resumo Exercícios Gabarito Gabarito Comentado Referênciasde construção que adquirira para construir um casebre no terreno de sua irmã; direito à sucessão aberta de sua mãe, pois ainda se encontra em andamento o respectivo inventário e partilha; usufruto de ações de titularidade de sua irmã. Entre esses bens, considera-se imóvel: a) o crédito decorrente de contrato de empréstimo feito a sua irmã; b) o automóvel ano 2018 placa XXX9999; c) o material de construção que adquirira para construir um casebre no terreno de sua irmã; d) o direito à sucessão aberta de sua mãe, pois ainda se encontra em andamento o respectivo inventário e partilha; e) o usufruto de ações de titularidade de sua irmã. a) Errada. Conforme art. 83 do CC, Consideram-se móveis para os efeitos legais: III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. b) Errada. Conforme Art. 82 do CC, São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. c) Errada. Conforme Art. 84 do CC, Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. d) Certa. Conforme art. 80 do CC, Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II – o direito à sucessão aberta. e) Errada. Conforme art. 83 do CC, Consideram-se móveis para os efeitos legais: II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes Letra d. 007. 007. (INSTITUTO AOCP/OPERADOR DE MONITORAMENTO/PREF NOVO HAMBURGO/2020) Os bens imóveis, conforme disposição prevista no Código Civil (Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002), são: a) o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. b) os frutos não colhidos. c) as árvores destinadas ao corte. d) os motorhomes e trailers, desde que devidamente fixados no terreno. e) os animais de criação, desde que ligados a uma específica gleba de terra (solo). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/auditor-tecnico-de-controle-externo-tceam-ministerio-publico-de-contas-2021 https://www.tecconcursos.com.br/concursos/auditor-tecnico-de-controle-externo-tceam-ministerio-publico-de-contas-2021 https://www.tecconcursos.com.br/bancas/instituto-aocp https://www.tecconcursos.com.br/concursos/operador-de-monitoramento-pref-novo-hamburgo-2020 16 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex a) Certa. Conforme Artigo 79 do CC. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. b) Errada. As árvores e frutos da terra enquanto não separados consideram- se imóveis, mas podem ser alienados para corte ou colheita e, nesses casos, classificam-se como móveis por antecipação. Ainda, conforme Artigo 95 do CC. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. c) Errada. As árvores e frutos da terra enquanto não separados consideram- se imóveis, mas podem ser alienados para corte ou colheita e, nesses casos, classificam-se como móveis por antecipação. Ainda, conforme artigo 95 do CC. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. d) Errada. Nos termos do art. 82 do CC: São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. e) Errada. Nos termos do Art. 82 do CC: São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Letra a. 3 .3 . BeNS FUNGÍveiS e CoNSUMÍveiS3 .3 . BeNS FUNGÍveiS e CoNSUMÍveiS No art. 85, o Código Civil fala sobre os chamados bens móveis fungíveis: Art. 85. São FUNGÍVEIS os MÓVEIS que podem SUBSTITUIR-SE por outros da MESMA ESPÉCIE, QUALIDADE E QUANTIDADE. Os Bens fungíveis são os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, citando, por exemplo, o dinheiro. Por outro lado, os bens infungíveis são aqueles que não se substituem ou podem ser substituídos por outros bens de mesma espécie, valor, quantidade e qualidade, citando, por exemplo, um quadro de obra de arte. A importância da classificação dos bens em fungíveis e infungíveis tem consequência na distinção entre o contrato de mútuo, que só recai sobre bens fungíveis (art. 586 do CC), e o contrato de comodato, que tem por objeto bens infungíveis (art. 579 do CC). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 17 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Bens consumíveis são os bens móveis em que o uso importa destruição imediata da própria substância, como os gêneros alimentícios, podendo ser incluídos nessa classificação os bens destinados à alienação, como as mercadorias de supermercado. Art. 86. São CONSUMÍVEIS os BENS MÓVEIS cujo uso importa DESTRUIÇÃO IMEDIATA da própria substância, sendo também considerados tais os DESTINADOS À ALIENAÇÃO. BENS FUNGÍVEIS Bens móveis que podem SUBSTITUIR-SE por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. BENS CONSUMÍVEIS Bens móveis cujo uso importa DESTRUIÇÃO imediata da própria substância. 008. 008. (CEBRASPE/CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/PC RO/2022) Quanto à classificação, o bem que admite uso constante, possibilitando-se que dele se retirem todas as suas utilidades, sem atingir sua integridade, é considerado a) fungível. b) indivisível. c) principal. d) singular. e) inconsumível. a) Errada. Bem fungível (art. 85, CC) é o bem móvel que pode substituir-se por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade (v.g., dinheiro). De outro lado, infungível é aquele que não admite tal substituição: Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. b) Errada. O art. 87 do Código Civil preceitua bem divisível como aquele que pode ser fracionado sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destinam. Logo, a contrário sensu, bem indivisível é aquele que não comporta partilha/ fracionamento sem que haja desvalorização ou perda das qualidades essenciais do todo. Anota- se que, nos termos do art. 88 do CC, os bens naturalmente divisíveis podem se tonar indivisíveis por força lei (indivisibilidade legal) ou pela vontade das partes (convencional): Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/cebraspe https://www.tecconcursos.com.br/concursos/delegado-de-policia-civil-pc-ro-2022 18 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex c) Errada. Bem principal, ou independente, é aquele que existe de maneira independente, de forma concreta ou abstrata. Já o bem acessório, ou dependente, tem sua existência e finalidade vinculadas a outro bem (principal), conforme art. 92 do CC: Art.92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. d) Errada. Diz-se singular o bem que, embora reunido, pode ser considerado de per si, independentemente dos demais (art. 89, CC). O bem singular pode ser simples (quando suas partes se encontram naturalmente ligadas, a exemplo de uma árvore) ou composto (quando a união das partes decorre da intervenção humana, como se verifica num automóvel) (Cf. TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. 8. ed. São Paulo: Método, 2018, p. 216). e) Certa. Dispõe o art. 86 do CC: Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. Da análise do preceito, denota-se que consumível é o bem móvel cujo uso importa na destruição imediata da própria coisa (consuntibilidade física) ou aquele destinado à alienação (consuntibilidade jurídica). Noutro giro, inconsumível será o bem que admite uso constante ou reiterado, possibilitando- se que dele se retirem todas as suas utilidades, sem atingir sua integridade – ou seja, sem que haja destruição imediata ou deterioração –, assim como o bem inalienável. Letra e. 3 .4 . BeNS DiviSÍveiS3 .4 . BeNS DiviSÍveiS Os bens divisíveis são os se podem fracionar sem alteração na sua substância, sem diminuição considerável de seu valor, ou prejuízo do uso a que se destinam, conforme o art. 87 do CC: Art. 87. BENS DIVISÍVEIS são os que se podem FRACIONAR SEM ALTERAÇÃO NA SUA SUBSTÂNCIA, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. Dessa forma, são divisíveis os bens que podem ser partidos em porções reais e distintas, formando cada parte um todo perfeito. Citando um exemplo, o relógio é um bem indivisível, isso porque caso seja dividido, cada parte não conservará as qualidades essenciais do objeto integral relógio. O art. 88 do CC dispõe que os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes: Art. 88. Os bens naturalmente DIVISÍVEIS podem TORNAR-SE INDIVISÍVEIS POR DETERMINAÇÃO DA LEI ou POR VONTADE DAS PARTES. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 19 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Diante do exposto, podem existir 03 (três) tipos de bens indivisíveis: a) bens indivisíveis por natureza: são os que não podem ser fracionados sem alteração na sua substância, diminuição de valor ou prejuízo do uso, como um animal, um relógio, um quadro. b) indivisíveis por determinação legal: quando a lei expressamente impede o seu fracionamento, como no caso da hipoteca e do direito dos co-herdeiros quanto à propriedade e posse da herança, até a partilha, os imóveis rurais que, por lei, não podem ser divididos em frações inferiores ao módulo regional. c) indivisibilidade por vontade das partes: a indivisão estabelecida por doação ou por testamento, não poderá exceder de cinco anos (art. 1.320, § 2º do CC). 3 .5 . BeNS SiNGUlAreS e ColetivoS3 .5 . BeNS SiNGUlAreS e ColetivoS A divisão dos bens singulares e coletivos pode ser realizada da seguinte forma: Bens Singulares e Coletivos Singulares Simples Compostos Coletivos Universalidade de Fato Universalidade de Direito Bens singulares são aqueles considerados na sua individualidade, como um cavalo, uma caneta, um carro, previstos no art. 89 do CC: Art. 89. São SINGULARES os bens que, embora reunidos, SE CONSIDERAM DE PER SI, independentemente dos demais. A caneta, por exemplo, só pode ser bem singular, porque a reunião de várias delas não daria origem a um bem coletivo. Ainda que reunidas, seriam consideradas canetas individualmente, independentemente das demais. Já os bens coletivos são chamados de universais ou universalidades e abrangem: universalidade de fato e universalidade de direito. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 20 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 009. 009. (FGV/OFICIAL DE JUSTIÇA/TJ RS/CLASSE O/2020) O direito civil identifica e classifica os diferentes tipos de bens, com o objetivo de facilitar a aplicação do direito ao caso concreto. De acordo com o Código Civil brasileiro, é correto afirmar que os bens: a) fungíveis e móveis podem ser substituídos por outros de mesma espécie e quantidade; b) singulares incluem os que se consideram de per si independentemente dos demais, embora reunidos; c) imóveis incluem tudo que for incorporado ao solo, desde que seja de forma natural, inclusive o próprio solo; d) móveis são suscetíveis de movimento próprio sem alteração da substância ou destinação econômica e social, exceto os bens de remoção por força alheia; e) divisíveis podem ser fracionados sem alterar sua substância, mesmo com diminuição considerável de valor, desde que sem prejuízo do uso a que se destina. a) Errada. Conforme Artigo 85 do CC. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. b) Certa. Conforme Artigo 89 do CC. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. c) Errada. Conforme Artigo 79 do CC. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. d) Errada. Conforme Artigo 82 do CC. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. e) Errada. Conforme Artigo 87 do CC: Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. Letra b. Conforme o art. 90 do CC, a Universalidade de Fato refere-se à pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária: Art. 90. Constitui UNIVERSALIDADE DE FATO a PLURALIDADE DE BENS SINGULARES que, PERTINENTES À MESMA PESSOA, tenham DESTINAÇÃO UNITÁRIA. Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias. Para exemplificar a universalidade de fato, pode ser citado, por exemplo, uma biblioteca, pois ela não terá valor econômico sem livros. Desta forma, determinados bens, só possuem valor econômico e jurídico quando agregados, outro exemplo é um par de sapatos ou de brincos, a biblioteca, pois individualmente não apresentarão valor econômico ou jurídico. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/oficial-de-justica-tj-rs-classe-o-2020 21 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Além do mais, o parágrafo único do art. 90, dispõe que os bens que formam a universalidade de fato podem ser objeto de relações jurídicas próprias, ou seja, os bens podem ser alienados conjuntamente ou individualmente, mesmo apenas um sapato de seu, entretanto, o valor será bem menor. Já a Universalidade de Direito pode ser entendida como o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico, citando, por exemplo, a herança, o espólio, a massa falida etc.: Art. 91. Constitui UNIVERSALIDADE DE DIREITO oCOMPLEXO DE RELAÇÕES JURÍDICAS, de UMA PESSOA, DOTADAS DE VALOR ECONÔMICO. A principal diferença entre a universalidade de fato e a universalidade de direito decorre do fato de que a universalidade de fato se apresenta como um conjunto de bens ligados pela vontade do titular, enquanto a universalidade de direito representa o conjunto de bens corpóreos e incorpóreos em que a lei atribui o caráter de unidade. UNIVERSALIDADE DE FATO Conjunto de bens ligados pela VONTADE DO TITULAR. UNIVERSALIDADE DE DIREITO Conjunto de bens corpóreos e incorpóreos em que a LEI ATRIBUI O CARÁTER DE UNIDADE. 010. 010. (IBFC/ANALISTA AMBIENTAL/SEAD GO/DIREITO/2023) O Código Civil de 2002 contém livro dedicado apenas aos bens. A respeito deste dispositivo legal, analise as afirmativas a seguir. I – Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. II – São fungíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância. III – São benfeitorias voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. IV – Os bens naturalmente divisíveis não podem tornar-se indivisíveis por vontade das partes. V – Quando uma pluralidade de bens singulares constituir universalidade de fato, estes bens não poderão ser objeto de relações jurídicas próprias. Assinale a alternativa correta. a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas b) Apenas as afirmativas II e V estão corretas c) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas d) Apenas as afirmativas I e III estão corretas e) Apenas as afirmativas IV e V estão corretas O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/ibfc https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-ambiental-sead-go-direito-2023 22 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex I – Correta. Nos termos do Art. 94, CC: Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. II – Errada. Nos termos do Art. 86, CC: São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. III – Correta. Nos termos do Art. 96, CC: As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. IV – Errada. Nos termos do Art. 88, CC: Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes. V – Errada. Nos termos do Art. 90, CC: Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias. Letra d. 4 . BeNS reCiProCAMeNte CoNSiDerADoS4 . BeNS reCiProCAMeNte CoNSiDerADoS A partir desta classificação existem os chamados bens principais e bens acessórios. 4 .1 . BeNS PriNCiPAiS4 .1 . BeNS PriNCiPAiS Bem Principal é aquele que tem existência própria, autônoma, que existe por si. Art. 92. PRINCIPAL é o bem que EXISTE SOBRE SI, abstrata ou concretamente; ACESSÓRIO, aquele cuja EXISTÊNCIA SUPÕE A DO PRINCIPAL. Para exemplificar, o solo pode ser considerado o bem principal, isso porque ele existe por si mesmo, sem qualquer dependência. Por outro lado, árvore, é acessório, porque sua existência supõe a do solo onde foi plantada. A regra geral é de que o bem acessório segue o destino do principal, chamado de princípio da gravitação. Para que ocorra o contrário, ou seja, o bem principal siga o bem acessório, há necessidade de que as partes convencionem previamente ou que exista algum dispositivo legal que traga tal previsão. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 23 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex 4 .2 . BeNS ACeSSÓrioS4 .2 . BeNS ACeSSÓrioS O Bem Acessório é aquele cuja existência depende do principal. Segundo o Código Civil, existem os seguintes bens acessórios: Produtos, Frutos, Pertenças e Benfeitorias. BENS ACESSÓRIOS Produtos Frutos Pertenças Benfeitorias A) Produtos: Os produtos são bens que se retiram do principal, diminuindo a quantidade do bem principal, isso porque os produtos não se reproduzem periodicamente. Por ser citado como exemplo de produtos, as pedras e metais preciosos que são extraídos das pedreiras e das minas. A previsão dos produtos está no art. 95 do CC: Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. B) Frutos: Os frutos são utilidades que o bem principal produz periodicamente, sem acarretar a destruição do bem principal. Os frutos são caracterizados pela periodicidade, inalterabilidade da substância coisa principal e da separabilidade coisa principal. Assim, os frutos também saem do bem principal, entretanto, não diminuem a quantidade do bem principal, com previsão também no art. 95 do CC: Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. Exemplo de frutos: as frutas que nascem das árvores, os vegetais fornecidos pelo solo, o leito de animais etc. Os frutos podem ser classificados quanto à origem: • Naturais: são aqueles que se desenvolvem e se renovam periodicamente, em decorrência da própria natureza, como os frutos das árvores, as crias de rebanho, os vegetais etc. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 24 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex • Industriais: são aqueles que aparecem pela mão do homem, ou seja, surgem em razão da transformação da natureza pelo homem, como é realizado com a produção industrial. • Civis: são os rendimentos produzidos pelo bem em consequência de sua utilização por terceiros, como os alugueis e os juros. Também há uma classificação dos frutos quanto ao seu estado, que tem grande importância quando do estudo dos direitos reais: Pendentes Ainda unidos à coisa que os produziu. Percebidos Foram colhidos e separados da coisa. Estantes Separados e armazenados ou acondicionados para venda. Percipiendos Já deveriam ter sido colhidos, mas ainda não foram. Consumidos Não existem mais porque foram utilizados. 011. 011. (FUNDATEC/PROCURADOR MUNICIPAL/PREF PORTO ALEGRE/2022) Considerando o regramento dos bens no Código Civil, assinale a alternativa correta. a) São classificáveis como bens imóveis as árvores e os frutos colhidos, ainda que já transportados. b) Benfeitorias somente podem ser assim caracterizadas quando tiver havido alguma espécie de intervenção do proprietário, possuidor ou detentor sobre o bem. c) O direito à sucessão aberta é classificado como bem móvel e fungível, haja vista tratar- se de direito pessoal do herdeiro. d) Bens de uso comum do povo são alienáveis, mas, para tanto, é necessário comprovar o benefício público.e) O uso de bem público por particular, quando se tratar de bem de uso comum, não poderá ser oneroso. a) Errada. Nos termos do Art. 79, CC: São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. São considerados bens imóveis por natureza aqueles que possuem o solo, a superfície, e os acessórios. E adjacências naturais, assim compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo. Lembrando que são FRUTOS PENDENTES aqueles que estão ligados à coisa principal, e que não foram colhidos. Exemplo: maçãs que ainda estão presas à macieira. b) Correta. Aplica-se ao caso, o artigo 97 do Código Civil. Vejamos: Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fundatec https://www.tecconcursos.com.br/concursos/procurador-municipal-pref-porto-alegre-2022 25 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex c) Errada. De acordo com o Código Civil, o direito à sucessão aberta é classificado como bem imóvel e infungível, haja vista que são considerados fungíveis apenas os bens móveis. Vejamos: Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: (...) II – o direito à sucessão aberta. E ainda, conforme CC: Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. d) Errada. Bens de uso comum do povo são inalienáveis. Examine: Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. e) Errada. Na verdade, o uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído. Examine: Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. Letra b. C) Pertenças: As pertenças são bens móveis acessórios que não constituindo partes integrantes do bem principal, como são os frutos, produtos e as benfeitorias, se destinam, de modo duradouro, ao serviço ou ornamentação de outro. Exemplo: bens móveis incorporados a um imóvel pela vontade do proprietário, tratores destinados a uma melhor exploração de propriedade agrícola, etc. As pertenças estão previstas no art. 93 do CC: Art. 93. São PERTENÇAS os bens que, NÃO CONSTITUINDO PARTES INTEGRANTES, se destinam, de modo duradouro, AO USO, AO SERVIÇO OU AO AFORMOSEAMENTO DE OUTRO. 012. 012. (NC UFPR/FUNPAR/ADVOGADO/PREF MATINHOS/2019) Com relação às diferentes classes de bens elencadas no Código Civil, assinale a alternativa correta. a) São considerados bens imóveis os direitos reais sobre imóveis, as ações que os asseguram e as energias que tenham valor econômico. b) Não perdem o caráter de bens móveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando sua unidade, foram removidas para outro local. c) Os materiais provenientes da demolição de algum prédio permanecem com a qualidade de bens imóveis. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/ncufpr https://www.tecconcursos.com.br/concursos/advogado-pref-matinhos-2019 26 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex d) As pertenças se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro bem, sem, contudo, constituírem partes integrantes deste. e) Os frutos que ainda não foram separados do bem principal não podem ser objeto de negócio jurídico. a) Errada. Conforme Artigo 80 do CC: Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II – o direito à sucessão aberta. b) Errada. Conforme Artigo 81 do CC: Não perdem o caráter de imóveis: I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. c) Errada. Conforme Artigo 84 do CC: Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. d) Certa. Conforme Artigo 93 do CC: São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. e) Errada. Nos termos do Art. 95, CC. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. Letra d. O art. 94 do CC mostra a distinção entre parte integrante (frutos, produtos e benfeitorias): Art. 94. Os NEGÓCIOS JURÍDICOS QUE DIZEM RESPEITO AO BEM PRINCIPAL NÃO ABRANGEM AS PERTENÇAS, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. Desta forma, as pertenças NÃO SEGUEM o bem principal, salvo se isso for convencionado, decorrer da lei ou das circunstâncias do caso. Também chamada de regra de gravitação, na qual o acessório segue o principal, mas essa regra não se aplica para pertença. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 27 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex A parte integrante forma com o principal um todo e a parte integrante não tem autonomia como a pertença. Exemplo: lâmpada e lustre (fora do lustre, não há qualquer utilidade da lâmpada), assim é parte integrante. Exemplo: Toca CD de um carro que a pessoa coloca é uma pertença (pode ser colocado em outro carro). Mas se o toca CD já vem de fábrica ele é parte integrante (pois não tem autonomia). 013. 013. (FGV/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO (TCE ES)/DIREITO/2023) Celanda é dona de um casarão antigo, em que um dos salões foi construído com vitrais belíssimos e valiosos. Em fevereiro de 2023, ela resolve desmontar temporariamente esse cômodo para enviar os vitrais à restauração. Aproveitando a ausência momentânea daqueles materiais, instala um moderno sistema de segurança na casa, a fim de proteger as obras restauradas em seu entorno. Supondo que Celanda aliene todo o seu patrimônio imobiliário, o negócio jurídico irá contemplar: a) a casa, abrangendo os vitrais, que também são considerados bens imóveis, mas não os equipamentos de segurança, bens móveis que não seguem a sorte do bem principal em que estão instalados; b) a casa, sem abranger os vitrais, bens móveis por antecipação, nem os equipamentos de segurança, móveis que não seguem a sorte do bem principal; c) a casa, abrangendo os vitrais, que também são considerados bens imóveis, e os equipamentos de segurança, bens móveis que, dedicados ao uso duradouro, incorporam- se ao bem principal e seguem a sua sorte; d) a casa, abrangendo os equipamentos de segurança, bens móveis que, dedicados ao uso duradouro, incorporam-se ao principal e seguem a sua sorte, mas não os vitrais, considerados bens móveis por antecipação; e) a casa, abrangendo os equipamentos de segurança e os vitrais, ambos considerados benfeitorias, ainda que temporariamente separados do imóvel. Os vitrais são considerados bens imóveis, pois foram provisoriamente separados da casa para sua restauração,mas serão reempregados. Os equipamentos de segurança são considerados pertenças, visto que são bens móveis suscetíveis de remoção por força alheia, sem alteração da substância, e estão afetados por forma duradoura ao serviço da casa, com o objetivo de O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/fgv https://www.tecconcursos.com.br/concursos/auditor-de-controle-externo-tce-es-direito-2023 28 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex proteger as obras restauradas em seu entorno. Assim sendo, o negócio jurídico irá contemplar apenas a casa com os vitrais, mas não os equipamentos de segurança (pertenças). Vejamos: CC Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. Veja o que diz a doutrina: “O novo Código Civil incluiu, no rol dos bens acessórios, as pertenças, ou seja, os bens móveis que, não constituindo partes integrantes (como o são os frutos, produtos e benfeitorias), estão afetados por forma duradoura ao serviço ou ornamentação de outro, como os tratores destinados a uma melhor exploração de propriedade agrícola e os objetos de decoração de uma residência, por exemplo.” (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil brasileiro. Vol. 1, 10ª ed., São Paulo: Saraiva, 2012, p. 289. “(...) a pertença (CC, art. 93) é bem que se acresce, como acessório, à coisa principal, daí ser res annexa (coisa anexada). Portanto, é coisa acessória sui generis, destinada, de modo duradouro, a conservar ou facilitar o uso, ou prestar serviço, ou, ainda, servir de adorno do bem principal, sem ser parte integrante” (DINIZ, Maria Helena. Curso de direito brasileiro. Teoria geral do direito civil. v.1. 32ª ed. São Paulo: Saraiva, p. 395). Exemplos de pertenças: aparelho de ar condicionado, telefone do escritório, elevadores, bombas de água, instalações elétricas, estátuas, espelhos, tapetes, máquinas da fábrica, tratores, instrumentos agrícolas etc. Portanto, a afirmativa “A” é a correta. Letra a. D) Benfeitorias: As benfeitorias são acréscimos e melhoramentos realizados pelo homem na estrutura do bem principal, com o objetivo de conservá-lo, melhorá-lo ou proporcionar prazer ao seu proprietário. Conforme o art. 96, as benfeitoras podem ser: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 29 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1º São VOLUPTUÁRIAS as de MERO DELEITE OU RECREIO, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. § 2º São ÚTEIS as que AUMENTAM ou FACILITAM o uso do bem. § 3º São NECESSÁRIAS as que têm por fim CONSERVAR o bem ou EVITAR QUE SE DETERIORE. 014. 014. (IADES/PROCURADOR DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE GOIÁS/2019) Com relação ao regramento dos bens, assinale a alternativa correta. a) Consideram-se móveis, para os efeitos legais, os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram. b) São infungíveis os móveis que podem se substituir por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. c) Os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis por vontade das partes d) Consideram-se móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico. e) São necessárias as benfeitorias que aumentam ou facilitam o uso do bem. a) Errada. Conforme Artigo 80 do CC: Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II – o direito à sucessão aberta. b) Errada. Conforme Artigo 85 do CC: São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. c) Errada. Conforme Artigo 88 do CC: Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes. d) Certa. Conforme Artigo 83 do CC. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econômico; II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br https://www.tecconcursos.com.br/bancas/iades https://www.tecconcursos.com.br/concursos/procurador-da-assembleia-legislativa-de-goias-2019 30 de 132gran.com.br Direito Civil Bens Antônio Alex e) Errada. Conforme art. 96, § 3º são necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. Letra d. Necessárias Tem por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore Úteis Aumentam ou facilitam o uso do bem. Voluptuárias Mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem. Cabe ressaltar uma importante disposição com relação às benfeitorias: Art. 97. NÃO SE CONSIDERAM BENFEITORIAS os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem SEM A INTERVENÇÃO do PROPRIETÁRIO, POSSUIDOR ou DETENTOR. Vamos ver como já foi cobrada em concurso: 015. 015. (VUNESP/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ GO/PROVIMENTO/2021) Maria José é locatária de um imóvel no Jardim São Pedro. No terreno, ao lado da casa, onde mora, está sendo construído um prédio comercial. Certo dia, o empreiteiro da obra informou a Maria José que pintaria os muros da sua casa de forma gratuita, para valorizar o entorno de novo empreendimento que estava sendo construído. Diante da situação hipotética, é correto afirmar que a pintura dos muros da casa locada por Maria José, perante o seu proprietário, a) pode ser considerada como pertenças que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. b) não pode ser considerada como benfeitoria, uma vez que o melhoramento sobrevindo ao imóvel foi realizado sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. c) pode ser considerada como benfeitoria voluptuária. d) pode ser considerada como benfeitoria útil. A questão deve ser resolvida conforme as disposições do art. 97 do CC: Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. Haveria necessidade de intervenção do proprietário, isso porque Maria José é locatária do imóvel em questão. Letra b. 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