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DIREITO CIVIL
Bens
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Bárbara Guerra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de 
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às 
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
241101211664
ANTÔNIO ALEX
Cursando pós-doutorado em Direito Civil pelo CEUB e doutorado pela UnB. Doutor 
em Direito pelo CEUB e mestre pela UnB. Bacharel em Direito e Engenharia Elétrica 
pela UnB. Possui licenciatura em Física; e pós-graduação em Direito Notarial e 
Registral, Direito Processual Civil e Gestão Pública. Pesquisador na área de Direito 
Civil e Telecomunicações. Autor da coleção de livros Direito Civil sem complicação. 
Advogado, servidor público federal aprovado em concursos públicos para Notário e 
Registrador do TJPR, TJSC, TJAM, TJCE, professor da SEDF, Oficial da PMDF, Polícia 
Federal, Anatel e professor do IFB, dentre outros. Professor de Direito Civil. Por dois 
anos seguidos, foi indicado pela Confederação Nacional dos Notários e Registradores 
(CNR) como um autor referência na área de Direito Civil.
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Direito Civil 
Bens 
Antônio Alex
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Bens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Conceito de Bem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Classificação dos Bens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3. Bens Considerados em Si Mesmos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.1. Bens Imóveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.2. Bens Móveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.3. Bens Fungíveis e Consumíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.4. Bens Divisíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.5. Bens Singulares e Coletivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4. Bens Reciprocamente Considerados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.1. Bens Principais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.2. Bens Acessórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
5. Titularidade de Domínio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
5.1. Bens Particulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
5.2. Bens Públicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
6. Bem de Família . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
6.1. Conceito de Bem de Família . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
6.2. Bem de Família Convencional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
6.3. Bem de Família Legal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
7. Enunciados e Súmulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
 
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Antônio Alex
APreSeNtAÇÃoAPreSeNtAÇÃo
Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem?
Sou o professor Antônio Alex Pinheiro.
Sou graduado em Engenharia Elétrica e Direito pela UnB, com mestrado também pela 
UnB, com doutorado em Direito pelo CEUB, com pós-doutorado em Direito pelo CEUB. 
Possuo pós-graduação em Direito Processual Civil, em Direito Notarial e Registral e em 
Gestão Pública. Também finalizei o curso de graduação de licenciatura em Física.
Minha experiência com concursos públicos começou no ano de 2003 e continua até então, 
nessa trajetória fui aprovado nos concursos públicos da Caixa Econômica Federal, Polícia 
Rodoviária Federal, Polícia Federal, Curso de Oficial da PMDF, professor da Secretaria de 
Educação do Distrito Federal, professor do Instituto Federal de Brasília e Anatel. Atualmente 
ocupo o cargo de especialista em regulação na Anatel. Recentemente logrei êxito na aprovação 
para o cargo de Notário e Registrador dos Tribunais de Justiça do Ceará, do Amazonas, do 
Paraná e de Santa Catarina, quando aprofundei meus estudos com relação ao Direito Civil. 
No concurso para o cargo de Notário ou Registrador, o conteúdo de Direito Civil tem um 
peso extremamente importante nas três fases: prova objetiva, prova discursiva e prova oral.
O nosso curso de Direito Civil foi elaborado sabendo que o concurseiro não dispõe 
de muito tempo disponível para seu estudo, com cada aula estrategicamente pensada e 
elaborada com os principais conceitos relacionados com o respectivo assunto para facilitar 
o entendimento e a fixação do conteúdo. Além do mais, tendo em vista a forte cobrança de 
lei seca em questões de Direito Civil, para economizar seu tempo, sempre farei menção aos 
artigos correspondentes ao conteúdo estudado. Assim, além de você entender o conceito 
estudado, saberá como o assunto é disposto na respectiva redação da lei.
Ao final da aula, apresento uma lista de exercícios dos últimos anos que permitem 
a fixação do conteúdo estudado. Por fim, os esquemas e resumos das aulas trazem os 
principais pontos estudadosdistribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Direito Civil 
Bens 
Antônio Alex
016. 016. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJDFT/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR 
FEDERAL/2022) Matos, animado com a herança que recebeu, decidiu realizar algumas 
obras na sua casa: construiu uma piscina no jardim, trocou a fiação elétrica deteriorada 
da cozinha, com risco de curto-circuito, construiu um banheiro no quarto da filha, instalou 
corrimãos nas escadas e, por fim, ia construir um lago, mas desistiu quando verificou que 
um já havia se formado naturalmente, com a depressão natural da terra e as águas das 
intensas chuvas dos últimos meses.
Diante disso, é correto afirmar que:
a) o lago e a piscina, por tornarem mais agradável o uso do bem, são considerados 
benfeitorias voluptuárias;
b) a troca da fiação elétrica e a construção do banheiro no quarto da filha são consideradas 
benfeitorias necessárias;
c) o banheiro construído no quarto da filha e a instalação de corrimãos são considerados 
benfeitorias úteis;
d) a piscina e a troca da fiação elétrica podem ser consideradas benfeitorias necessárias;
e) o lago e a instalação de corrimãos podem ser considerados benfeitorias úteis.
a) Errada. O lago não constitui benfeitoria (art. 97, CC) e a piscina é considerada uma 
benfeitoria voluptuária. O lago, por sua vez, não se enquadra em nenhuma modalidade de 
benfeitoria, pois ausente a intervenção humana, consoante art. 97, CC:
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem 
sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
b) Errada. Embora a troca da fiação seja uma benfeitoria necessária, a construção do 
banheiro no quarto da filha é uma benfeitoria útil.
c) Certa. O banheiro construído no quarto da filha e a instalação de corrimãos são considerados 
benfeitorias úteis, pois aumentam ou facilitam o uso da coisa.
d) Errada. Embora a troca da fiação seja uma benfeitoria necessária, a piscina é uma 
benfeitoria voluptuária.
e) Errada. Embora a instalação do corrimão seja uma benfeitoria útil, o lago não é uma 
benfeitoria (art. 97, CC), pois decorrente de uma fato natural, sem a intervenção humana.
Letra c.
Além do mais, para fins de prova, pois as bancas procuram confundir, cabe esclarecer 
a diferença entre os institutos da pertença, benfeitoria e acessão:
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https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-judiciario-tjdft-judiciaria-oficial-de-justica-avaliador-federal-2022
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Tipo Ação Relação com Bem Principal Funcionalidade
Pertença Ação humana Tem autonomia
Funcionalidade específica, 
diferente da funcionalidade 
do bem principal.
Acessão Ação humana ou natural Não tem autonomia
Construções, plantações ou 
acréscimos da natureza.
Benfeitoria Ação humana Não tem autonomia
Conservam o bem, evitam que 
se deteriore, aumentam ou 
facilitam o uso do bem, ou são 
de mero deleite ou recreio.
017. 017. (Q1167904 / DÉDALUS CONCURSOS/ ASSISTENTE JURÍDICO/CORE/2019) Na reforma 
de determinada casa, de acordo com a classificação das benfeitorias, é correto afirmar 
que a construção de uma piscina, a construção de uma garagem e o reforço da fundação 
são classificados, respectivamente, como benfeitorias:
a) Útil, útil e voluptuária.
b) Útil, necessária e necessária.
c) Voluptuária, útil e necessária.
d) Voluptuária, necessária e necessária.
e) Necessária, útil e necessária.
A construção da piscina é considerada uma benfeitoria voluptuária, a construção da garagem 
é considerada benfeitoria útil, e o reforço da fundação é uma benfeitoria necessária. A 
classificação das benfeitorias ocorre de acordo com as disposições do art. 96 do CC:
Vejamos a redação do Art. 96 do CC:
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, 
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Letra c.
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Antônio Alex
5 . titUlAriDADe De DoMÍNio5 . titUlAriDADe De DoMÍNio
5 .1 . BeNS PArtiCUlAreS5 .1 . BeNS PArtiCUlAreS
O art. 98 do CC considera como bens públicos aqueles do domínio nacional pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito público interno. Desta forma, por exclusão, todos os outros 
bens são particulares.
Art. 98. São PÚBLICOS OS BENS do domínio nacional PERTENCENTES às PESSOAS JURÍDICAS 
DE DIREITO PÚBLICO INTERNO; todos os OUTROS SÃO PARTICULARES, seja qual for a pessoa a 
que pertencerem.
5 .2 . BeNS PÚBliCoS5 .2 . BeNS PÚBliCoS
Já os bens públicos são classificados em 03 (três) categorias:
Art. 99. São bens públicos:
I – os de USO COMUM DO POVO, tais como RIOS, MARES, ESTRADAS, RUAS e PRAÇAS;
II – os de USO ESPECIAL, tais como EDIFÍCIOS ou TERRENOS destinados a SERVIÇO ou 
ESTABELECIMENTO da ADMINISTRAÇÃO FEDERAL, ESTADUAL, TERRITORIAL OU MUNICIPAL, 
inclusive os de suas autarquias;
III – os DOMINICAIS, que constituem o PATRIMÔNIO DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO, 
como objeto de DIREITO PESSOAL, OU REAL, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se DOMINICAIS os BENS 
PERTENCENTES ÀS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO a QUE SE TENHA DADO ESTRUTURA 
DE DIREITO PRIVADO.
018. 018. (AVANÇASP/GUARDA CIVIL MUNICIPAL/PREF AMERICANA/2023) De acordo com os bens 
públicos estabelecidos no Código Civil, assinale a alternativa INCORRETA.
a) São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno, todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem;
b) São bens públicos os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
c) Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião;
d) O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem;
e) São bens públicos os de uso especial, apenas por constituírem o patrimônio das pessoas 
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas 
entidades.
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a) Certa. Os bens públicos e privados se referem à classificação quanto à titularidade do 
domínio. São bens públicos os bens de titularidade das pessoas jurídicas de direito público 
interno (União,Estados, Distrito Federal, Territórios, Estados, Municípios, autarquias, 
inclusive associações públicas e demais entidades de direito público criadas por lei). Os 
demais são bens privados, conforme prevê o art. 98 do CC:
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
b) Certa. A assertiva tem fundamento no art. 99, I, do CC:
Art. 99. São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
c) Certa. É o que estabelece o art. 102 do CC:
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
d) Certa. De fato, o uso comum de bens públicos não necessariamente deve ser gratuito, 
admitindo, o art. 103 do CC, o uso oneroso (ou retribuído):
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
e) Errada. Nos termos do Art. 99, CC.
São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Portanto, bens públicos não 
são apenas os dominicais.
Letra e.
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A) Bem de uso comum do povo:
Os bens de uso comum do povo são aqueles que podem ser utilizados por qualquer um 
do povo, sem formalidades. O próprio Código Civil já exemplifica ao citar os rios, mares, 
estradas, ruas e praças no Inciso I do art. 99 do CC.
Caso o Poder Público decida regulamentar o uso desses bens tornando a utilização 
onerosa, como no caso do pedágio em relação às estradas ou rodovias, os referidos bens 
mantém essa característica de utilização comum pelo povo, conforme as disposições do 
art. 103 do CC:
Art. 103. O USO COMUM DOS BENS PÚBLICOS pode ser GRATUITO ou RETRIBUÍDO, conforme 
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
A administração também pode restringir ou vetar o uso desses bens tendo em vista 
situações de segurança nacional ou de interesse público. O povo tem somente o direito de 
usar os bens comuns, não possuindo qualquer domínio sobre os referidos bens.
B) Bem de uso especial:
Os bens de uso especial são aqueles que se destinam à execução dos serviços públicos, de 
uso exclusive do Poder Público, como os edifícios onde estão instalados os serviços públicos da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
C) Dominical:
Os bens dominicais ou também chamados de patrimônio disponível constituem o 
patrimônio das pessoas jurídicas de direito público. Sobre esses bens, o Poder Público 
exerce poderes de proprietário, incluindo na categoria de bens dominicais, dentre outros, 
as terras devolutas, as estradas de ferro e fazendas pertencentes ao Estado.
Além do mais, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de 
direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Os bens dominicais não estão afetados a finalidade pública especifica, desta forma, 
podem ser alienados pelo Estado a qualquer momento. Segue um quadro resumo dos 03 
(três) tipos de bens públicos:
Bem de uso comum Uso comum do povo.
Bem de uso especial Bens destinados ao serviço público, incluindo a instalação dos órgãos governamentais.
Dominicais
Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de 
direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades.
019. 019. (AVANÇASP/GUARDA MUNICIPAL/PREF CONCHAS/2023) De acordo com o Código Civil, 
em relação aos Bens Públicos, assinale a alternativa Incorreta.
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Bens 
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a) São bens públicos os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.
b) São bens públicos os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço 
ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, exceto os 
de suas autarquias.
c) São bens públicos os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de 
direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
d) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
e) Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
a) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos:
CC
Art. 99. São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
b) Errada. Na realidade, são assim considerados os edifícios ou terrenos destinados a serviço 
ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive 
os de suas autarquias. Vejamos:
Art. 99. São bens públicos: […]
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
c) Certa. Aplica-se ao caso, o artigo 99, III, do Código Civil. Vejamos:
Art. 99. São bens públicos: […]
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
d) Certa. A assertiva é cópia literal do seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos:
CC
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
e) Certa. É o que dispõe o Código Civil. Examine:
CC
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Letra b.
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020. 020. (INSTITUTO AOCP/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS/PREF NOVO HAMBURGO/2020) Nos 
termos do Código Civil, a respeito dos bens públicos, é correto afirmar que
a) os bens públicos de uso comum do povo são alienáveis, enquanto conservarem a sua 
qualificação, na forma que a lei determinar.b) os bens públicos de uso especial são alienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, 
na forma que a lei determinar.
c) os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
d) os bens públicos estão sujeitos à usucapião.
e) consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público 
a que se tenha dado estrutura de direito privado.
a) Errada. Conforme art. 100 do CC:
Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem 
a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
b) Errada. Conforme art. 100 do CC:
[…] os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
c) Certa. Conforme artigo 101 do CC:
[…] os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
d) Errada. Conforme art. 102 do CC:
[…] os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
e) Errada. Conforme art. 99, parágrafo único do CC:
[…] não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas 
jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Letra c.
Inalienabilidade dos bens públicos: os bens públicos de uso comum do povo e os de 
uso especial são inalienáveis enquanto conservarem essa qualidade. Para que os referidos 
bens sejam alienados, eles devem ser desafetados, a desafetação consiste na alteração 
da destinação do bem, ou seja, transforma os bens de uso comum do povo ou os bens de 
uso especial na categoria de bens dominicais, para que dessa forma possam ser alienados. 
A desafetação deve ser feita por lei ou por ato administrativo em conformidade com a lei.
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Art. 100. Os BENS PÚBLICOS de USO COMUM DO POVO e os DE USO ESPECIAL são INALIENÁVEIS, 
enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os BENS PÚBLICOS DOMINICAIS podem ser ALIENADOS, observadas as exigências da lei.
Por fim, o art. 102 do CC veda a usucapião dos bens públicos, sejam bens públicos de 
uso especial, comum ou mesmo dominicais, além do mais, cabe ressaltar que a Constituição 
de 1988 veda expressamente, nos arts. 183, § 3º, e 191, parágrafo único, a usucapião de 
bens públicos, sejam os imóveis urbanos como os rurais.
Art. 102. Os BENS PÚBLICOS NÃO estão sujeitos a USUCAPIÃO.
021. 021. (Q1235172 / FUNPAR/PROFISSIONAL DE NÍVEL UNIVERSITÁRIO JR – ÁREA DIREITO/
ITAIPU BINACIONAL/2019) O Código Civil brasileiro elenca três categorias de bens públicos. 
Com relação ao assunto, é correto afirmar:
a) São bens públicos os de uso comum do povo, os bens admissionais e os bens de uso 
especial da Administração.
b) Os bens públicos dominicais e os de uso comum do povo podem ser alienados enquanto 
conservarem a sua qualificação.
c) Os bens públicos estão sujeitos a usucapião.
d) Os bens públicos de uso especial não estarão sujeitos a penhora caso sejam pertencentes 
a autarquias.
e) São exemplos de bens públicos de uso especial os rios, as praças e terrenos destinados 
a serviço ou estabelecimento da Administração Federal.
a) Errada. Conforme art. 99 do CC, os bens públicos podem ser: de uso comum, de uso 
especial ou dominicais;
b) Errada. Conforme art. 101 do CC, somente os bens públicos classificados como dominicais 
podem ser alienados.
c) Errada. Conforme art. 102 do CC:
[…] os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
d) Certa. Conforme art. 102 do CC:
[…] os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
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Assim, quando o bem público pertencer à autarquia irá manter sua qualificação como bem 
especial, sendo assim, inalienável.
e) Errada. Conforme art. 99, I e II:
[…] os rios e praças são exemplos de bem de uso comum do povo, enquanto os terrenos destinados 
a serviço ou estabelecimento da Administração Federal são bens especiais.
Letra d.
6 . BeM De FAMÍliA6 . BeM De FAMÍliA
6 .1 . CoNCeito De BeM De FAMÍliA6 .1 . CoNCeito De BeM De FAMÍliA
O conceito de Bem Família surgiu em meados do século XIX, no atual estado do Texas 
americano, que inclusive à época ainda não havia sido incorporado aos EUA.
Nesse período houve uma grave crise financeira no estado do Texas e nos EUA, com 
diversas falências e fechamento de comércios. Diante da crise econômica, o estado do Texas 
aprovou uma lei que considerasse impenhorável a pequena propriedade com objetivo de 
incentivar a economia.
A partir dessa lei, o produtor urbano ou rural se sentiria mais confortável para fazer 
novos negócios, contrair novas dívidas, ou seja, a economia voltaria a circular, isso porque 
teria a garantia de impenhorabilidade de sua residência.
Na legislação vigente atualmente no Brasil existem 2 (dois) tipos de Bem de Família: 
Convencional (art. 1.711 a 1.722 do CC) e Legal (Lei n. 8.009/1.990). Segue um pequeno 
resumo da história do bem de família:
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6 .2 . BeM De FAMÍliA CoNveNCioNAl6 .2 . BeM De FAMÍliA CoNveNCioNAl
Bem de família Convencional ou Voluntário, disciplinado a partir do art.1.711 do CC, 
é aquele instituído por ato de vontade do casal, da entidade familiar ou de um terceiro 
mediante registro no Cartório de Imóveis.
O bem de família voluntário nasce da autonomia privada, não deriva diretamente da 
lei, então, para constituir o bem de família voluntário, o casal vai ao cartório, lavra uma 
escritura pública e ou então por instituído também por meio de testamento ou por doação.
A partir da instituição do bem de família convencional o mesmo está protegido contra 
dívidas futuras, ou seja, o mesmo não será objeto de penhora para pagamento de certas 
dívidas futuras, conforme art. 1.715 do CC:
Art. 1.715. O BEM DE FAMÍLIA É ISENTO de execução por DÍVIDAS POSTERIORES À SUA INSTITUIÇÃO, 
SALVO as que provierem de TRIBUTOS RELATIVOS AO PRÉDIO, ou de DESPESAS DE CONDOMÍNIO.
Parágrafo único. No caso de execução pelas dívidas referidas neste artigo, o saldo existente será 
aplicado em outro prédio, como bem de família, ou em títulos da dívida pública, para sustento 
familiar, salvo se motivos relevantes aconselharem outra solução, a critério do juiz
A previsão de instituição do bem de família convencional está no art. 1.711 e 1.712 do CC:
Art. 1.711. Podem os cônjuges, ou a entidade familiar, mediante ESCRITURA PÚBLICA ou 
TESTAMENTO, destinar parte de seu patrimônio para INSTITUIR BEM DE FAMÍLIA, desde que NÃO 
ULTRAPASSE UM TERÇO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO existente ao tempo da instituição, mantidas 
as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial.
Parágrafo único. O TERCEIRO poderá igualmente instituir BEM DEFAMÍLIA por TESTAMENTO ou 
DOAÇÃO, dependendo a eficácia do ato da aceitação expressa de ambos os cônjuges beneficiados 
ou da entidade familiar beneficiada.
Art. 1.712. O BEM DE FAMÍLIA consistirá em PRÉDIO RESIDENCIAL URBANO OU RURAL, com suas 
PERTENÇAS e ACESSÓRIOS, destinando-se em ambos os casos a domicílio familiar, e poderá abranger 
valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família.
A instituição do bem de família convencional provoca 2 (dois) efeitos jurídicos: 
impenhorabilidade e inalienabilidade do referido imóvel.
Desta forma, no momento em que a pessoa institui o bem de família voluntário, ele 
se torna impenhorável por dívidas futuras, exceto na hipótese de existência de dívida de 
tributos relativos ao imóvel ou despesas condominiais relativas ao mesmo.
Além do mais o referido imóvel não poder alienado, ou seja, vendido. Nos termos do 
art. 1.719 do CC, a extinção do bem de família ocorre somente na hipótese de autorização 
judicial, a partir de requerimento dos interessados e, ouvido o Ministério Público.
Para instituição do bem de família convencional 2 (dois) requisitos são fundamentais:
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• O valor total do bem de família não pode ultrapassar 1/3 (um terço) do patrimônio 
líquido dos seus instituidores;
• Ao instituir o bem de família voluntário, é possível inclusão de valores mobiliários, 
ou seja, rendas.
Por fim, cabe esclarecer que o bem de família voluntário não alcançou muito sucesso 
no Brasil, isso porque se trata de um procedimento burocrático e caro, necessitando de 
instituição via escritura pública ou testamento e o consequente registro em Cartório de 
Registro de Imóveis.
022. 022. (CESPE/CEBRASPE/ANALISTA MINISTERIAL MPE-PI/2018) Situação hipotética: Carlos, 
proprietário de um imóvel residencial, pretende instituir esse imóvel como bem de família por 
meio de escritura pública na qual irá declarar que sua família é domiciliada no local. Assertiva: 
Nessa situação, o imóvel ficará isento de eventuais execuções por dívida contra Carlos.
Sem complicações: considerando que existe o bem de família voluntário, e o legal, a questão 
pede o conhecimento do artigo 1711 do Código Civil, quanto ao bem de família instituído por 
ato de vontade, por meio de registro, gerando como principais efeitos a impenhorabilidade 
por dívidas futuras, artigo 1715, e a inalienabilidade do imóvel, artigo 1716. Devemos 
sempre observar que a impenhorabilidade por dívidas futuras não é absoluta, tampouco 
a inalienabilidade.
Certo.
6 .3 . BeM De FAMÍliA leGAl6 .3 . BeM De FAMÍliA leGAl
Bem de família legal não exige qualquer ato de instituição ou registro em Cartório, isso 
porque a proteção desse bem de família decorre da própria lei.
O bem de família legal foi instituído pela Lei n. 8.009/90, de muito maior aplicabilidade 
prática e social, consagrando a impenhorabilidade do imóvel residencial, independentemente 
de valor, instituição voluntária e registro cartorário. Em regra, o bem de família é o imóvel 
residencial da família ou pessoa, o qual não poderá ser penhorado tendo em vista a cobrança 
de certas dívidas:
Art. 1º O IMÓVEL RESIDENCIAL PRÓPRIO DO CASAL, ou da ENTIDADE FAMILIAR, é IMPENHORÁVEL 
e NÃO RESPONDERÁ por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra 
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natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele 
residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei.
Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, 
as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de 
uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados.
Além do mais, o bem de família convencional impede a alienação, ou seja, a venda, do imóvel, 
já o bem de família legal não impede a alienação ou venda do imóvel. A impenhorabilidade 
se aplica ao único imóvel do casal:
Art. 5º Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um 
único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente.
Parágrafo único. Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser POSSUIDOR DE VÁRIOS 
IMÓVEIS utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá SOBRE O DE MENOR VALOR, 
salvo se outro tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis e na forma do 
art. 70 do Código Civil.
A razão de ser desse artigo é que quem possui mais de um imóvel tem a proteção 
automática da impenhorabilidade do bem de família legal no bem de menor valor.
Além do mais, a jurisprudência considera que a impenhorabilidade se aplica aos bens 
móveis necessários à sobrevivência da família, aplica-se à vaga de garagem, mas desde que 
a vaga de garagem faça parte da matrícula de registro do imóvel em cartório, caso a vaga de 
garagem tenha matrícula própria, ela não será alcançada pela regra da impenhorabilidade.
A impenhorabilidade do bem de família legal também alcança imóveis habitados por 
pessoas solteiras, inclusive no caso de uma única pessoa vivendo no referido imóvel. Também 
alcança a hipótese em que as pessoas alugam seu único imóvel, para utilizar a renda para 
alugar outro imóvel como sua residência.
Entretanto, o bem de família legal, a partir da Lei n. 8.009/1.990 apresenta algumas 
exceções, em que o imóvel será penhorado tendo em vista ocorrência de dívidas específicas:
Art. 2º EXCLUEM-SE DA IMPENHORABILIDADE os VEÍCULOS DE TRANSPORTE, OBRAS DE ARTE 
e ADORNOS SUNTUOSOS.
Parágrafo único. No caso de imóvel locado, a impenhorabilidade aplica-se aos bens móveis 
quitados que guarneçam a residência e que sejam de propriedade do locatário, observado o 
disposto neste artigo.
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, 
trabalhista ou de outra natureza, SALVO SE MOVIDO:
II – pelo TITULAR DO CRÉDITO DECORRENTE DO FINANCIAMENTO destinado à CONSTRUÇÃO 
ou à AQUISIÇÃO DO IMÓVEL, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do 
respectivo contrato;
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III – pelo CREDOR DA PENSÃO ALIMENTÍCIA, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu 
coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses 
em que ambos responderão pela dívida;
IV – para COBRANÇA DE IMPOSTOS, PREDIAL OU TERRITORIAL, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES devidas 
em FUNÇÃO DO IMÓVEL FAMILIAR;
V – para execução de HIPOTECA sobre o imóvel oferecido como GARANTIA REAL PELO CASAL OU 
PELA ENTIDADE FAMILIAR;
VI – por ter sido ADQUIRIDO com PRODUTO DE CRIME ou para EXECUÇÃO DE SENTENÇA PENAL 
CONDENATÓRIA A RESSARCIMENTO, indenização ou perdimento de bens.
VII – por obrigação decorrente de FIANÇA concedida em CONTRATO DE LOCAÇÃO;
023. 023. (Q1127353 / INSTITUTO QUADRIX/ ANALISTA DE ÁREA – ADVOGADO/CREA/2019) Com 
relação ao direito civil, julgue os itens de 96 a 100.
Suponha-se que Joana e sua família residam em um imóvel que possui dívidas de IPTU. Nesse 
caso, não há que se falar em bem de família e o imóvel poderá ser penhorado e alienado 
judicialmente para quitar a dívida de IPTU.
A questão deve ser resolvida conforme o art. 3º da Lei n. 8.009/90:
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, 
trabalhista ou de outra natureza, SALVO se movido:
IV – para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função 
do imóvel familiar;
Certo.
Segue um quadro comparativo entre o bem de família convencional e o bem de família legal:
Bem de Família Convencional Bem de Família Legal
Previsão CC Lei n. 8.009/90
Instituição Ato de vontade e Registro Decorre de lei
Restrição Impenhorável e Inalienável Impenhorável
Exceções de penhora
Tributos relativos ao imóvel e 
taxas condominiais + dívidas 
anteriores
Pensão alimentícia, produto de crime, 
condenação criminal, fiança, dívidas 
com próprio imóvel etc.
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024. 024. (FGV/FISCAL DE RENDAS/RIO DE JANEIRO/2023) NÃO conta com a proteção ao bem 
de família o imóvel:
a) adquirido após a consolidação da dívida, quando já há demanda executiva em curso;
b) dado em caução de locação comercial;
c) do condômino, para pagamento de dívida decorrente de responsabilidade civil do 
condomínio insolvente em relação a terceiro;
d) em construção, no qual, por ora, só exista o terreno;
e) alugado a terceiros, quando o saldo da locação é revertido em favor da unidade familiar.
a) Errada. Conta com a proteção ao bem de família o imóvel adquirido após a consolidação 
da dívida, quando já há demanda executiva em curso, conforme decidiu o Superior Tribunal 
de Justiça no Recurso Especial 1.792.265/SP (Informativo 723): Para o bem de família 
instituído nos moldes da Lei n. 8.009/1990, a proteção conferida pelo instituto alcançará 
todas as obrigações do devedor, indistintamente, ainda que o imóvel tenha sido adquirido 
no curso de uma demanda executiva.
b) Errada. Conta com a proteção ao bem de família o imóvel dado em caução de locação 
comercial de acordo com entendimento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça no Recurso 
Especial 1.789.505/SP (Informativo 732): É impenhorável o bem de família oferecido como 
caução em contrato de locação comercial.
c) Certa. NÃO conta com a proteção ao bem de família o imóvel do condômino, para 
pagamento de dívida decorrente de responsabilidade civil do condomínio insolvente em 
relação a terceiro, conforme decidiu o Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial 
1.473.484/RS (Informativo 631): É possível a penhora de bem de família de condômino, 
na proporção de sua fração ideal, se inexistente patrimônio próprio do condomínio, para 
responder por dívida oriunda de danos a terceiros. As despesas condominiais, inclusive as 
decorrentes de decisões judiciais, são obrigações propter rem e, por isso, o condômino será 
responsável pelo seu pagamento, na proporção de sua fração ideal, aquele que detém a 
qualidade de proprietário de uma unidade imobiliária. Bem de família é o imóvel utilizado 
como residência da entidade familiar, decorrente de casamento, união estável, entidade 
monoparental (pessoa solteira, separada ou viúva), ou entidade de outra origem, protegido 
por previsão legal específica contra a expropriação em execução judicial, o que se denomina 
impenhorabilidade (Flávio Tartuce, Manual de Direito Civil, 13. ed., Método, 2023, p. 197).
d) Errada. Conta com a proteção ao bem de família o imóvel em construção, no qual, por 
ora, só exista o terreno, de acordo com o que decidiu o Superior Tribunal de Justiça no 
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Recurso Especial n. 1.960.026/SP (Informativo 753): O terreno cuja unidade habitacional 
está em fase de construção, para fins de residência, está protegido pela impenhorabilidade 
por dívidas, por se considerar antecipadamente bem de família.
e) Errada. Conta com a proteção ao bem de família o imóvel alugado a terceiros, quando o 
saldo da locação é revertido em favor da unidade familiar de acordo com a Súmula n. 486 
do Superior Tribunal de Justiça: “É impenhorável o único imóvel residencial do devedor 
que esteja locado a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para 
a subsistência ou a moradia da sua família”.
Letra c.
025. 025. (INSTITUTO CONSULPLAN/ADVOGADO/CRF MG/2023) Um empresário era dono de 
uma loja situada na galeria em que comercializava produtos ortopédicos. O contrato de 
locação foi celebrado tendo a pessoa jurídica na condição de inquilina comercial, sendo que 
o empresário figurava na posição de devedor solidário. Após passar por crise financeira, a 
empresa ficou inadimplente com relação a quatro meses de aluguel da loja e, assim, teve que 
encerrar suas atividades, devolvendo o espaço para a administração da galeria. Em função 
da dívida não saldada, a administradora do espaço comercial ingressou com execução de 
título extrajudicial contra a pessoa jurídica e o empresário. Como não foi possível encontrar 
nenhum bem penhorável da empresa, a exequente pediu a penhora do imóvel onde ele 
residia. No caso, o bem de família
a) é penhorável, em virtude do papel que exerce o devedor solidário no contrato de locação comercial.
b) é penhorável, uma vez que a figura do devedor solidário é equiparável a do fiador em 
contrato de locação comercial.
c) é impenhorável, visto ser inconstitucional a penhora de bem de família pertencente ao 
fiador e ao devedor solidário em contrato de locação comercial.
d) é impenhorável, pois as hipóteses permissivas da penhora, em virtude do seu caráter 
excepcional, devem receber interpretação restritiva e não se estendem ao devedor solidário.
a) Errada. Veja o comentário da letra ‘’D’’.
b) Errada. A posição jurídica de devedor solidário não se confunde com a figura do fiador 
de contrato de locação, não podendo receber o mesmo tratamento jurídico.
c) Errada. Na realidade, é constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador 
de contrato de locação, seja residencial, seja comercial. Vejamos: LEI N. 8.009, DE 29 DE 
MARÇO DE 1990;
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http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.009-1990?OpenDocument
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Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, 
trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: […]
VII – por obrigação decorrente de fiança concedida emcontrato de locação. É constitucional a penhora 
de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, seja residencial, seja comercial.
STF. Plenário. RE 1.307.334/SP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 8/3/2022 (Repercussão 
Geral – Tema 1127) (Info 1046).
d) Certa. A assertiva está de acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça. 
Não é possível equiparar o devedor solidário ao fiador para, mediante essa interpretação 
extensiva, permitir a penhora do bem de família. Vejamos:
O art. 3º, VII, da Lei n. 8.009/90 permite a penhora do bem de família do fiador em caso de 
dívidas decorrentes do contrato de locação.
Se o indivíduo constou como “devedor solidário” no contrato de locação, não se pode dizer 
que ele é fiador.
As hipóteses permissivas da penhora do bem de família devem receber interpretação 
restritiva.
Logo não é possível equiparar o devedor solidário ao fiador para, mediante essa interpretação 
extensiva, permitir a penhora do bem de família.
A posição jurídica de devedor solidário não se confunde com a figura do fiador de contrato 
de locação, não podendo receber o mesmo tratamento jurídico, notadamente para a 
incidência de norma restritiva de direitos.
STJ. 4ª Turma. AgInt no AREsp 2118730-PR, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 14/11/2022 
(Info 763). O escopo (objetivo) da Lei n. 8.009/90 não é proteger o devedor contra suas 
dívidas, mas sim a entidade familiar no seu conceito mais amplo, razão pela qual as hipóteses 
permissivas da penhora do bem de família, em virtude do seu caráter excepcional, devem 
receber interpretação restritiva. Nesse sentido:
A impenhorabilidade do bem de família decorre dos direitos fundamentais à dignidade 
da pessoa humana e à moradia, de forma que as exceções previstas na legislação não 
comportam interpretação extensiva. STJ. 3ª Turma. REsp 1.604.422/MG, Rel. Min. Paulo 
de Tarso Sanseverino, julgado em 24/8/2021. Logo não é possível equiparar o devedor 
solidário ao fiador para, mediante essa interpretação extensiva, permitir a penhora do bem 
de família. A posição jurídica de devedor solidário não se confunde com a figura do fiador de 
contrato de locação, não podendo receber o mesmo tratamento jurídico, notadamente para 
a incidência de norma restritiva de direitos. CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Não é possível 
a penhora do bem de família do devedor solidário do contrato de locação; isso porque 
devedor solidário não é o mesmo que fiador, não se admitindo interpretação extensiva. 
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Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: https://www.buscadordizerodireito.com.
br/jurisp… Acesso em: 05/07/2023.
Letra d.
7 . eNUNCiADoS e SÚMUlAS7 . eNUNCiADoS e SÚMUlAS
-Enunciado 11 – Art. 79: não persiste no novo sistema legislativo a categoria dos bens 
imóveis por acessão intelectual, não obstante a expressão “tudo quanto se lhe incorpora 
natural ou artificialmente’’, constante da parte final do art. 79 do CC.
-Enunciado 288- Arts. 90 e 91. A pertinência subjetiva não constitui requisito imprescindível 
para a configuração das universalidades de fato e de direito.
-Enunciado 535 – art. 93: Para a existência da pertença, o art. 93 do Código Civil não 
exige elemento subjetivo como requisito para o ato de destinação.
-Enunciado 287 – Art. 98. O critério da classificação de bens indicado no art. 98 do Código 
Civil não exaure a enumeração dos bens públicos, podendo ainda ser classificado como tal 
o bem pertencente a pessoa jurídica de direito privado que esteja afetado à prestação de 
serviços públicos.
-STF 340 – Desde a vigência do código civil, os bens dominicais, como os demais bens 
públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.
-Súmula 549-STJ: É válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato 
de locação.
- Súmula 486-STJ: É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja 
locado a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência 
ou a moradia da sua família.
-Súmula 449-STJ: A vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de imóveis 
não constitui bem de família para efeito de penhora.
-Súmula 364-STJ: O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também 
o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas.
-Súmula 205-STJ: A Lei 8.009/90 aplica-se à penhora realizada antes de sua vigência.
-É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de 
locação, seja residencial, seja comercial. STF. Plenário. RE 1.307.334/SP, Rel. Min. Alexandre 
de Moraes, julgado em 8/3/2022 (Repercussão Geral – Tema 1127) (Info 1046).
-O fato de o bem imóvel ter sido adquirido no curso da demanda executiva não afasta 
a impenhorabilidade do bem de família; STJ – Informativo: 771.
-Não é possível a penhora do bem de família do devedor solidário do contrato de locação; 
isso porque devedor solidário não é o mesmo que fiador, não se admitindo interpretação 
extensiva; STJ – Informativo: 763.
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-É impenhorável o bem de família oferecido como caução em contrato de locação 
comercial; STJ – Informativo: 732.
-Para a incidência da exceção à impenhorabilidade do bem de família, prevista no art. 
3º, VI, da Lei n. 8.009/90, é imprescindível a sentença penal condenatória transitada em 
julgado; STJ – Informativo: 681.
- Não se pode penhorar o bem de família com base no inciso IV do art. 3º da Lei 8.009/90 
se o débito de natureza tributária está relacionado com outro imóvel que pertencia ao 
devedor; STJ – Informativo: 665.
-Impenhorabilidade do imóvel em nome da sociedade empresária, mas no qual reside 
o sócio; STJ – Informativo: 579.
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RESUMORESUMO
Após o estudo desta aula, você deve fixar os seguintes pontos:
COCEITO DE BEM pode ser definido como uma coisa com interesse econômico e/
ou jurídico.
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS:
 
 
 
 
 
 
 
 
Considerados em si 
mesmos 
Bens Imóveis 
Bens Móveis 
Bens Fungíveis e 
Consumíveis 
Bens Divisíveis 
Bens Singulares e 
Coletivos 
Reciprocamente 
considerados 
Bens Principais 
Bens Acessórios 
(produtos, frutos, benfeitorias 
e pertenças) 
Titularidade de 
domínio 
Bens Públicos (Comum, 
Especial e Dominical) 
Bens Particulares 
BENS IMÓVEIS: são aqueles que estão incorporados ao solo por uma razão natural ou 
artificial, sendo que desta forma não podem ser removidos, pois a remoção gera destruição 
ou deterioração do bem.
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BENS IMÓVEIS 
por Natureza 
por Acessão Natural 
por Acessão Artificial 
por Determinação Legal 
BENS IMÓVEIS POR NATUREZA: a imobilidade decorre de sua própria essência, citando, 
por exemplo, uma árvore na floresta.
BENS IMÓVEIS POR ACESSÃO NATURAL: a natureza promove de forma natural acréscimos 
ao solo, sendo tratados juridicamente como acessórios do solo, o fenômeno se dá pela 
formação de ilhas, aluvião, avulsão e abandono de álveo.
BENS IMÓVEIS POR ACESSÃO ARTIFICIAL: a imobilidade decorre de uma ação humana 
concreta e efetiva, citando, por exemplo, as plantações e construções.
BENS IMÓVEIS POR DETERMINAÇÃO LEGAL: são circunstâncias em que a lei atribui a 
condição de imóveis, ocorre em 2 (duas) situações do art. 80 do CC: os direitos reais sobre 
imóveis e as ações que os assegurem, bem como, no caso da sucessão aberta.
BENS MÓVEIS: São aqueles que podem ser transportados ou removidos, não gerando 
alteração de sua substância ou sua destruição.
 
BENS MÓVEIS 
por Natureza 
 
por Antecipação 
por Determinação Legal 
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MÓVEIS POR NATUREZA: a mobilidade é decorrente de sua essência, movimentando-
se por força alheia (exemplo do carro) ou por força própria, no caso de animais, que tem 
movimento próprio, são chamados de semoventes.
MÓVEIS POR ANTECIPAÇÃO: são bens incorporados ao solo, mas com a intenção de 
separá-los oportunamente e convertê-los em móveis, como as árvores destinadas ao 
corte e os frutos ainda não colhidos. Incluem-se nessa categoria os bens provenientes de 
demolição de imóveis.
MÓVEIS POR DETERMINAÇÃO LEGAL: são bens imateriais, que adquirem essa qualidade 
jurídica por disposição legal: as energias que tenham valor econômico, os direitos reais sobre 
objetos móveis e as ações correspondentes e os direitos pessoais de caráter patrimonial 
e respectivas ações.
BENS FUNGÍVEIS: são os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma 
espécie, qualidade e quantidade, citando, por exemplo, o dinheiro.
BENS INGUNGÍVEIS: são aqueles que não se substituem ou podem ser substituídos 
por outros bens de mesma espécie, valor, quantidade e qualidade, citando, por exemplo, 
um quadro de obra de arte.
BENS CONSUMÍVEIS: são os bens móveis em que o uso importa destruição imediata da 
própria substância, como os gêneros alimentícios, podendo ser incluídos nessa classificação 
os bens destinados à alienação, como as mercadorias de supermercado.
BENS DIVISÍVEIS: são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, sem 
diminuição considerável de seu valor, ou prejuízo do uso a que se destinam, bens naturalmente 
divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.
BENS FUNGÍVEIS
Bens móveis que podem SUBSTITUIR-SE por outros da mesma espécie, qualidade 
e quantidade.
BENS CONSUMÍVEIS Bens móveis cujo uso importa DESTRUIÇÃO imediata da própria substância.
BENS SINGULARES: são aqueles considerados na sua individualidade, como um cavalo, 
uma caneta, um carro.
BENS COLETIVOS: são chamados de universais ou universalidades e abrangem: 
universalidade de fato e universalidade de direito.
UNIVERSALIDADE DE FATO Conjunto de bens ligados pela VONTADE DO TITULAR.
UNIVERSALIDADE DE DIREITO
Conjunto de bens corpóreos e incorpóreos em que a LEI ATRIBUI O 
CARÁTER DE UNIDADE.
BEM PRINCIPAL: é aquele que tem existência própria, autônoma, que existe por si.
BEM ACESSÓRIO: é aquele cuja existência depende do principal.
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Bens 
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BENS ACESSÓRIOS 
Produtos 
Frutos 
Pertenças 
Benfeitorias 
PRODUTOS: são bens que se retiram do principal, diminuindo a quantidade do bem 
principal, isso porque os produtos não se reproduzem periodicamente.
FRUTOS: são utilidades que o bem principal produz periodicamente, sem acarretar a 
destruição do bem principal. Os frutos são caracterizados pela periodicidade, inalterabilidade 
da substância coisa principal e da separabilidade coisa principal.
PERTENÇAS: são bens móveis acessórios que não constituindo partes integrantes 
do bem principal, como são os frutos, produtos e as benfeitorias, se destinam, de modo 
duradouro, ao serviço ou ornamentação de outro.
BENFEITORIAS: são acréscimos e melhoramentos realizados pelo homem na estrutura 
do bem principal, com o objetivo de conservá-lo, melhorá-lo ou proporcionar prazer ao 
seu proprietário.
Necessárias Tem por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Úteis Aumentam ou facilitam o uso do bem.
Voluptuárias Mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem.
Tipo Ação Relação com Bem Principal Funcionalidade
Pertença Ação humana Tem autonomia
Funcionalidade específica, 
diferente da funcionalidade 
do bem principal.
Acessão Ação humana ou natural Não tem autonomia
Construções, plantações ou 
acréscimos da natureza.
Benfeitoria Ação humana Não tem autonomia
Conservam o bem, evitam que 
se deteriore, aumentam ou 
facilitam o uso do bem, ou são 
de mero deleite ou recreio.
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TITULARIDADE DE DOMÍNIO
Bem de uso comum Uso comum do povo
Bem de uso especial Bens destinados ao serviço público, incluindo a instalação dos órgãos governamentais.
Dominicais
Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de 
direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades.
INALIENABILIDADE DE BENS PÚBLICOS: os bens públicos de uso comum do povo e os 
de uso especial são inalienáveis enquanto conservarem esta qualidade.
USUCAPIÃO DE BENS PÚBLICOS: não existe usucapião de bens públicos, seja de uso 
comum, uso especial ou dominical.
BEM DE FAMÍLIA CONVENCIONAL: é disciplinado a partir do art.1.711 do CC, instituído 
por ato de vontade do casal, da entidade familiar ou de um terceiro, por escritura pública 
ou testamento, com registro no Cartório de Imóveis. Impenhorável e inalienável.
BEM DE FAMÍLIA LEGAL: instituído pela Lei n. 8.009/90, trata-se do único imóvel 
residencial do casal ou aquele de menor valor, e também da entidade familiar, o qual 
será impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, 
previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que 
sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei:
EXCEÇÕES EM QUE O BEM DE FAMÍLIA PODE SER PENHORADO:
• Dívida contraída para financiamento destinado à construção ou à aquisição do próprio imóvel;
• Dívida de pensão alimentícia;
• Dívidas de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições relacionadas com 
o próprio imóvel;
• Execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela 
entidade familiar;
• Imóvel adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal 
condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.
• Obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação;
QUADRO COMPARATIVO ENTRE O BEM DE FAMÍLIA CONVENCIONAL E LEGAL:
Bem de Família Convencional Bem de Família Legal
Previsão CC Lei n. 8.009/90
Instituição Ato de vontade e Registro Decorre de lei
Restrição Impenhorável e Inalienável Impenhorável
Exceções de penhora
Tributos relativos ao imóvel e 
taxas condominiais + dívidas 
anteriores
Pensão alimentícia, produto de crime, 
condenação criminal, fiança, dívidas 
com próprio imóvel etc.
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Bens 
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EXERCÍCIOSEXERCÍCIOS
001. 001. (INSTITUTO CONSULPLAN/ANALISTA LEGISLATIVO/CM POUSO ALEGRE/2023)
Sobre a classificação de bens, são considerados infungíveis os bens
a) particulares de uso público.
b) públicos que são de uso coletivo.
c) que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, quantidade e qualidade.
d) que apenas podem ser substituídos por outros que sejam da mesma espécie, quantidade 
e qualidade.
002. 002. (INSTITUTO CONSULPLAN/ADVOGADO/PREF FORMIGA/PÚBLICO/2020) Analise as 
afirmativas a seguir.
I – Perdem o caráter de bens imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, 
ainda que para nele se reempregarem.
II – São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
III – Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos reais sobre imóveis e as ações 
que os asseguram e o direito à sucessão aberta.
IV – Os materiais destinados a alguma construção, mesmo enquanto não forem empregados, 
passam a adquirir a qualidade de imóveis.
Está INCORRETO o que se afirma em:
a) I e IV.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
003. 003. (CONSULPLAN/ESTAGIÁRIO/MPE PA/DIREITO/2019) Os bens jurídicos podem ser 
definidos, na lição de Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, “como toda a utilidade 
física ou ideal, que seja objeto de um direito subjetivo”. Segundo o Código Civil, tais bens 
podem ser classificados de diferentes maneiras. Acerca dessas classificações, assinale a 
alternativa correta.
a) Os bens infungíveis são aqueles que não podem ser substituídos por outros da mesma 
espécie, quantidade e qualidade. Desta forma, apenas os bens imóveis podem ser classificados 
como bens infungíveis.
b) Os bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, 
qualidade e quantidade. Desta forma, pode-se afirmar que um automóvel não é bem 
fungível, por se tratar de bem complexo e possuir número de identificação (chassi).
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c) Os bens imóveis são aqueles que não podem ser removidos ou transportados sem a sua 
deterioração ou destruição. Desta forma, a edificação que, separada do solo, conservando-
se a sua unidade, for removida para outro local, perde temporariamente sua natureza de 
bem imóvel.
d) Os bens móveis são aqueles que podem ser transportados, por força própria ou de terceiro, 
sem a deterioração, destruição e alteração da substância ou da destinação econômico-
social. Desta forma, os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem 
empregados, conservam sua qualidade de móveis. Uma vez empregados ao bem imóvel, 
em caso de demolição, não readquirem a qualidade de bens móveis.
004. 004. (CONSULPLAN/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ MG/PROVIMENTO/2019) Tendo em mira 
a classificação dos bens feita pelo Código Civil, assinale a alternativa correta.
a) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens 
imóveis para os efeitos legais.
b) Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertencentes 
à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
c) Os tijolos adquiridos para emprego futuro na construção de uma casa são considerados 
bens imóveis por acessão intelectual desde o momento da aquisição.
d) As janelas retiradas de uma casa para a realização de obras de expansão, com a intenção 
de reposição em outro local do mesmo imóvel, não perdem a qualidade de bens imóveis.
005. 005. (INSTITUTO CONSULPLAN/ADVOGADO/CM BARBACENA/2022) De acordo com o Art. 98 
do Código Civil (Lei n. 10.406/02), “são públicos os bens do domínio nacional pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual 
for a pessoa a que pertencerem”. Sobre bens públicos, analise as afirmativas a seguir.
I – Praças são bens de uso comum da população, assim como as ruas. O uso comum dos 
bens públicos sempre será gratuito.
II – As terras devolutas pertencem aos Estados, sem exceções.
III – Bens de uso especial são aqueles bens afetados a uma finalidade pública, como a sede 
da Câmara Municipal de Barbacena.
IV – Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da Lei.
Está correto o que se afirma apenas em
a) I e III.
b) III e IV.
c) I, II e III.
d) I, II e IV
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Bens 
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006. 006. (CONSULPLAN/ADVOGADO/PREFEITURA DE SABARÁ MG/2017)
O Código Civil Brasileiro trata das diferentes classes de bens. NÃO é(são) considerado(s) 
móvel(is) para efeitos legais:
a) O direito à sucessão aberta.
b) As energias que tenham valor econômico.
c) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
d) Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes.
007. 007. (CONSULPLAN/ TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/ TJ-MG/2018) Uma 
casa modular, que pode ser retirada de seus alicerces, para ser fixada em local diferente 
do original, sem perder sua natureza e finalidade é considerada
a) bem imóvel.
b) bem semovente.
c) bem móvel por natureza.
d) bem móvel por antecipação.
008. 008. (CONSULPLAN/ TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/ TJ-MG/2018) Os 
bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis
a) apenas por decisão judicial.
b) por vontade das partes, não podendo exceder de 5 (cinco) anos a indivisão estabelecida 
pelo doador ou pelo testador.
c) por vontade das partes, que não poderão acordá-la por prazo maior de 5 (cinco) anos, 
insuscetível de prorrogação ulterior.
d) por disposição expressa de lei ou pela vontade das partes, desde que, neste caso, o prazo 
de obrigatoriedade da indivisão não ultrapasse 10 (dez) anos.
009. 009. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO (TJ AP)/JUDICIÁRIA E ADMINISTRATIVA/2024) Bernardo 
pretende viajar para uma cidade bastante turística do litoral brasileiro nas férias e, por 
isso, decidiu alugar, pela internet, um charmoso imóvel muito bem localizado no destino 
desejado, com jardim, quintal e uma bela vista. O anúncio da casa vinha acompanhado de 
diversas fotografias do local, demonstrando como o imóvel era atrativo. Assim, Bernardo 
prontamente aceitou os termos da locação e firmou o contrato com o proprietário do 
bem. A contratação não esclarecia, contudo, em nenhum momento, se todas as coisas 
que apareciam nas fotografias do imóvel estariam presentes na casa durante o período 
de locação para Bernardo.
Nesses termos, ao chegar ao imóvel durante suas férias, Bernardo pode descobrir que o 
proprietário retirou da casa, sem com isso descumprir a disciplina prevista pelo Código Civil 
Brasileiro para os bens jurídicos:
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Bens 
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a) a mureta de alvenaria que separava o jardim da área da churrasqueira;
b) os azulejos portugueses valiosos que revestiam a parede da cozinha;
c) a palmeira frondosa que estava plantada no quintal dos fundos;
d) o lustre composto de valiosos cristais que adornava o teto da sala de estar;
e) a torneira na parede externa da casa que alimentava a mangueira para regar o jardim.
010. 010. (FUNDATEC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREF CRICIÚMA/2024) Conforme o Código 
Civil, assinale a alternativa correta.
a) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
b) Os bens públicos dominicais não podem ser alienados.
c) Os bens públicos estão sujeitos a usucapião.
d) São bens públicos os dominicais, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço 
ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive 
os de suas autarquias.
e) São bens públicos os de uso especial, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas 
de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
011. 011. (IBFC/GUARDA MUNICIPAL/PREF MANAUS/2024) Leia abaixo o artigo 99 do Código Civil, 
que dispõe sobre bens públicos: Art. 99. São bens públicos:
I. os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.
II. os de uso ______, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
III. os ______, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não 
dispondo a lei em contrário, consideram-se ______ os bens pertencentes às pessoas jurídicas 
de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil.
Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas.
a) especial / patrimoniais / patrimoniais
b) especial / dominicais / dominicais
c) individual / dominicais / especiais
d) dominical / patrimoniais / especiais
e) dominical / especiais / dominicais
012. 012. (CEBRASPE/CESPE/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E INFRAESTRUTURA EM 
PROPRIEDADE INDUSTRIAL (INPI) /GESTÃO E SUPORTE/DIREITO/2024) A respeito de aplicação 
das leis civis, de pessoas naturais e jurídicas e de bens, julgue o item seguinte.
O negócio jurídico referente ao bem principal excepcionalmente abrangerá as pertenças 
relativas a esse bem.
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Direito Civil 
Bens 
Antônio Alex
013. 013. (FGV/RESIDENTE/TJ RJ/DIREITO/2024) Túlio e Tina, recém-casados, compram um imóvel 
antigo em sua cidade natal para servir como sua nova residência, mas antes de se mudarem, 
em razão de uma inspeção realizada por empresa de engenharia especializada que indicou 
que todo o encanamento e a parte elétrica do imóvel estavam muito comprometidos, 
implicando risco elevado, contratam a empresa Reparo Certo Ltda. para a realização de 
algumas obras. Assim, a empresa Reparo Certo Ltda. envia Paulo, um funcionário antigo e 
muito experiente para a realização da troca do encanamento e restauração de toda a parte 
elétrica da casa, além da troca do piso da cozinha e reforma do banheiro para instalação de 
uma banheira de hidromassagem. Paulo, em seu quinto dia de trabalho no imóvel de Túlio 
e Tina, furou uma parede errada, acertando um cano e gerando um grande vazamento que 
inundou toda a casa, estragando o piso da sala e os armários embutidos do quarto.
Se não bastasse, ao tentar parar o vazamento, Paulo tropeçou em alguns azulejos raros que 
haviam sido retirados da cozinha para posterior instalaçãono banheiro, bem como quebrou 
os azulejos novos que tinham sido comprados para instalação na cozinha.
Considerando a situação hipotética narrada e a disciplina da classificação dos bens no 
Código Civil, é correto afirmar que
a) a troca do encanamento e a restauração da parte elétrica configuram benfeitorias 
necessárias e a instalação da banheira de hidromassagem configura benfeitoria útil.
b) os azulejos raros que haviam sido retirados da cozinha são bens imóveis e infungíveis.
c) os azulejos novos, ainda não instalados, e o piso da sala são bens imóveis e fungíveis.
d) a troca do encanamento e a restauração da parte elétrica configuram benfeitorias úteis 
e a instalação da banheira de hidromassagem configura benfeitoria voluptuária.
e) os azulejos raros que haviam sido retirados da cozinha e os azulejos novos são bens 
móveis, sendo os primeiros infungíveis.
014. 014. (FGV/POLICIAL LEGISLATIVO II/ALETO/2024)
No âmbito do domínio público, existem relevantes ditames do Código Civil, delimitando o 
conceito e indicando a classificação dos bens públicos quanto à afetação pública.
Nesse contexto, assinale a opção que indica um exemplo de bem público, com a adequada 
classificação, pertencente à respectiva pessoa jurídica.
a) A sede de uma prefeitura, que é bem de uso especial.
b) A sede de uma fundação, que é bem de uso dominical.
c) A sede de uma autarquia, que é bem de uso comum do povo.
d) A sede de uma assembleia legislativa, que é bem dominical.
e) A sede de uma empresa pública, que é bem de uso especial.
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Direito Civil 
Bens 
Antônio Alex
015. 015. (CEBRASPE/CESPE/PROCURADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE/2024) Pedro 
comprou um carro usado de seu vizinho, com a intenção de presentear seu filho João, 
que completara a maioridade civil. Pedro ficou satisfeito com o veículo, inclusive porque 
verificou que a ele havia sido acoplado um rastreador móvel, o qual seria relevante, na 
opinião de Pedro, para a segurança de João. Foi celebrado o contrato de compra e venda do 
automóvel, contudo, ao receber o bem, Pedro verificou que o rastreador fora retirado do 
veículo. Ao questionar o vendedor sobre a retirada do equipamento, Pedro foi informado 
de que a aquisição do equipamento não havia sido convencionada.
Tendo como referência essa situação hipotética, assinale a opção correta com base no 
entendimento do STJ.
a) O rastreador constitui parte integrante do veículo e deve acompanhá-lo na negociação 
da venda.
b) Por ser o rastreador considerado um bem naturalmente divisível, não se presume a sua 
inclusão na negociação do veículo.
c) O rastreador é um bem acessório e deve acompanhar o veículo, bem principal, 
independentemente de previsão contratual nesse sentido.
d) O rastreador é considerado uma benfeitoria necessária e, por essa razão, presume-se a 
sua inclusão na negociação do veículo.
e) Por ser o rastreador considerado pertença, não se presume a sua inclusão na negociação 
do veículo.
016. 016. (FGV/NACIONAL UNIFICADO (OAB)/XL EXAME/2024) Antônio, locatário de um imóvel 
residencial, verificou uma enorme infiltração atrás dos armários da cozinha. Com a finalidade 
de evitar maior deterioração do imóvel, Antônio realizou a obra a fim de reparar o dano e 
conservar o bem. Aproveitando a presença do empreiteiro em sua casa, reformou todos 
os armários dos quartos, para incluir portas de espelho e puxadores em cobre com o 
único objetivo de deixá-los mais sofisticados, pois os anteriores estavam em perfeito 
estado. Aproveitou também a oportunidade para incluir um grande aquário embutido na 
parede da sala.
Diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta.
a) Por não ser proprietário do bem, as obras realizadas por Antônio não podem ser consideradas 
como benfeitorias.
b) As obras realizadas por Antônio são classificadas como benfeitorias úteis, pois facilitam 
o uso do bem.
c) O reparo na cozinha é uma benfeitoria necessária, porque conserva e evita que a coisa 
se deteriore, e a reforma dos armários e do aquário são benfeitorias voluptuárias, pois 
trata-se de mero deleite.
d) A reforma dos armários dos quartos e o aquário da sala valorizam o bem, sendo consideradas 
como benfeitorias úteis, diferente do reparo na cozinha que, por força da gravidade, 
classifica-se como benfeitoria necessária.
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Direito Civil 
Bens 
Antônio Alex
017. 017. (FGV/DELEGADO DE POLÍCIA/PC SC/2024) Antônio Balduíno celebrou contrato de 
locação residencial com Gabriela Bala, pelo prazo de trinta meses. Gabriela, locatária, realizou 
diversas obras no bem, com destaque para: a reforma do encanamento da cozinha, que se 
encontrava com infiltrações e comprometiam a segurança do imóvel; a troca do cabeamento 
da casa, tornando mais útil a internet, visto que ela trabalha em home office; a construção 
de uma piscina para o lazer de seus filhos; e a alteração da pintura externa do bem, que se 
encontrava em perfeito estado, transformando o imóvel na casa da Barbie, sonho da locatária, 
embelezando o imóvel e valorizando-o em cinquenta por cento, conforme corretores de 
imóveis da região. O contrato de locação prevê que as benfeitorias realizadas pela locatária 
serão indenizadas, independentemente de autorização prévia, salvo as voluptuárias.
Diante da situação hipotética, a respeito do tema benfeitorias, assinale a afirmativa correta.
a) A construção da piscina e a troca do cabeamento da casa são consideradas benfeitorias 
úteis, porque aumentam a utilização do bem.
b) Apesar da valorização do imóvel em cinquenta por cento, a alteração da pintura externa 
é considerada benfeitoria voluptuária.
c) Todas as benfeitorias realizadas na situação narrada no enunciado devem ser indenizadas, 
com exceção da construção da piscina, por ser voluptuária.
d) A reforma do encanamento da cozinha é considerada como benfeitoria útil, visto que 
facilita a utilização do bem.
e) As benfeitorias descritas no enunciado devem ser indenizadas pelo locador, salvo a troca 
do cabeamento da casa.
018. 018. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO (TJ AP)/JUDICIÁRIA E ADMINISTRATIVA/2024) Eduarda, artista 
plástica, montou seu ateliê em um sobrado que recebeu de herança de sua avó paterna. 
Ela produz esculturas que coloca à venda para os visitantes do ateliê, feitas em madeira e 
pintadas à mão, nunca produzindo uma peça idêntica a outra anterior. As esculturas são 
revestidas de um verniz que lhes confere grande durabilidade.
De acordo com o Direito Civil Brasileiro, é correto classificar as esculturas produzidas por 
Eduarda como:
a) bens infungíveis e consumíveis;
b) bens infungíveis e pertenças do sobrado;
c) bens consumíveis e acessórios do sobrado;
d) bens fungíveis e não consumíveis;
e) bens não consumíveis e pertenças do sobrado.
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estudados entre os intervalos das aulas para facilitar a fixação do conteúdo. O seu feed 
back é muito importante para melhoria da aula, então não deixe de avaliar ou me enviar 
comentários pelas redes sociais.
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material 
obrigatório! Então, fica ligado no curso GRAN. Estou esperando as dúvidas no Fórum do aluno!
Muito bem-vindo ao nosso curso, vamos ao trabalho!!!!
“Nenhum obstáculo é tão grande se sua vontade de vencer for maior.”
Forte abraço e bons estudos!
Antônio Alex Pinheiro
@prof._antonio_alex
 
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Bens 
Antônio Alex
BENSBENS
1 . CoNCeito De BeM1 . CoNCeito De BeM
Bem pode ser definido como uma coisa com interesse econômico e/ou jurídico. Segundo 
a doutrina, o Código Civil de 2002 adotou a diferenciação de que coisa é um gênero, 
correspondendo a tudo o que não é humano, enquanto o bem é espécie, ou seja, uma coisa 
com interesse econômico e/ou jurídico.
Os bens são coisas que, por serem úteis e raras, estão sujeitos à apropriação e contêm 
valor econômico. O Direito somente se interessa pelas coisas suscetíveis de apropriação 
exclusiva pelo homem. Nesse sentido, as coisas que existem em abundância no universo, 
como o ar atmosférico e a água dos oceanos, por exemplo, não são considerados bens em 
sentido jurídico.
2 . ClASSiFiCAÇÃo DoS BeNS2 . ClASSiFiCAÇÃo DoS BeNS
O Código Civil de 2002 classifica os bens da seguinte forma:
 
 
 
 
 
 
 
Considerados em 
si mesmos 
Bens Imóveis 
Bens Móveis 
Bens Fungíveis e 
Consumíveis 
Bens Divisíveis 
Bens Singulares e 
Coletivos 
Reciprocamente 
considerados 
Bens Principais 
Bens Acessórios 
(produtos, frutos, benfeitorias 
e pertenças) 
Titularidade de 
domínio 
Bens Públicos (Comum, 
Especial e Dominical) 
Bens Particulares 
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Direito Civil 
Bens 
Antônio Alex
3 . BeNS CoNSiDerADoS eM Si MeSMoS3 . BeNS CoNSiDerADoS eM Si MeSMoS
3 .1 . BeNS iMÓveiS3 .1 . BeNS iMÓveiS
Os bens imóveis são aqueles que estão incorporados ao solo por uma razão natural ou 
artificial, sendo que desta forma não podem ser removidos, pois a remoção gera destruição 
ou deterioração do bem. A sua previsão ocorre nos arts. 79 e 80 do CC:
Art. 79. São BENS IMÓVEIS o SOLO e tudo quanto se LHE INCORPORAR NATURAL ou ARTIFICIALMENTE.
A partir da leitura dos dois artigos, os bens imóveis podem ser classificados da 
seguinte forma:
001. 001. (FGV/FISCAL DE RENDAS/RIO DE JANEIRO/2023) A sociedade X devia cinco milhões 
de reais à sociedade Y. Como não dispunha do dinheiro para quitar a dívida, deu em 
pagamento uma fazenda de sua propriedade, na qual existia uma vasta plantação de 
árvores destinadas ao corte.
Nesse caso, é correto afirmar que, na falta de cláusula contratual específica, as árvores:
a) apesar de poderem configurar bens móveis por antecipação, não estão abrangidas pela 
dação em pagamento do imóvel;
b) compreendidas como pertenças, não estão abrangidas pela dação em pagamento do imóvel;
c) apesar de poderem configurar bens móveis por antecipação, estão abrangidas pela dação 
em pagamento do imóvel, por força do princípio da gravitação jurídica;
d) apesar de poderem configurar acessões naturais, estão abrangidas pela dação em 
pagamento do imóvel, por força do princípio da gravitação jurídica;
e) por estarem incorporadas ao solo, são consideradas parte do imóvel, independentemente 
de sua finalidade econômica, razão pela qual estão contempladas pela dação em pagamento 
do imóvel.
a) Errada. As árvores destinadas ao corte apesar de poderem configurar bens móveis por 
antecipação, estão abrangidas pela dação em pagamento do imóvel, vide comentários da 
afirmativa “c”.
b) Errada. Pertença é bem acessório destinado a conservar ou facilitar o uso das coisas 
principais, sem que destas sejam parte integrante (art. 93, Código Civil), como as máquinas 
utilizadas em uma fábrica, os implementos agrícolas, as provisões de combustível, os 
aparelhos de ar condicionado (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Manual de Direito 
Civil [livro eletrônico], 7ª ed., Saraiva Educação, 2023, p. 186).
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Direito Civil 
Bens 
Antônio Alex
CC
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
c) Certa. As árvores destinadas ao corte apesar de poderem configurar bens móveis por 
antecipação, estão abrangidas pela dação em pagamento do imóvel, por força do princípio 
da gravitação jurídica, conforme decidiu o Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial 
1.567.479/PR (Informativo 651): Na dação em pagamento de imóvel sem cláusula que 
disponha sobre a propriedade das árvores de reflorestamento, a transferência do imóvel 
inclui a plantação. Conforme artigos 79 e 92 do Código Civil, salvo expressa disposição 
em contrário, as árvores incorporadas ao solo mantêm a característica de bem imóvel, 
pois acessórios do principal, motivo pelo qual, em regra, a acessão artificial recebe a 
mesma classificação/natureza jurídica do terreno sobre o qual é plantada. No entanto, essa 
classificação legal pode ser interpretada de acordo com a destinação econômica conferida 
ao bem, sendo viável transmudar a sua natureza jurídica para bem móvel por antecipação, 
cuja peculiaridade reside na vontade humana de mobilizar a coisa em função da finalidade 
econômica. Do mesmo modo, consoante estabelecido no artigo 287 do Código Civil, “salvo 
disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus acessórios”. 
Desta forma, em que pese seja viável conceber a natureza jurídica da cobertura vegetal 
lenhosa destinada ao corte, a depender da vontade das partes, também como bem móvel 
por antecipação, no caso, em virtude da ausência de anotação/observação quando da 
dação em pagamento acerca das árvores plantadas sobre o terreno, diante da presunção 
legal de que o acessório segue o principal, há que se concluir que essas foram transferidas 
juntamente com a terra nua. Estabelecem os dispositivos citados no julgado:
CC
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
CC
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja 
existência supõe a do principal.
d) Errada. Acessão natural é modo de aquisição originária da propriedade imóvel decorrente 
das forças da natureza. Exemplos: formação de ilhas, aluvião, avulsão e o abandono do álveo 
(Flávio Tartuce, Manual de Direito Civil, 13ª ed., Método, 2023, p. 907).
e) Errada. As árvores destinadas ao corte podem ser consideradas bem móvel por antecipação, 
em razão da finalidade econômica.
Letra c.
A) bens imóveis por natureza: a imobilidade decorre de sua própria essência, citando, 
por exemplo, uma árvore na floresta.e a qualquer título,
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Bens 
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019. 019. (CEBRASPE/CESPE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREF CAMAÇARI/2024) Paula comprou 
um carro usado de seu vizinho Marcelo com a finalidade de doar a sua filha Olívia, a qual 
acabou de completar 18 anos. Durante as negociações preliminares, Paula identificou que 
o veículo possuía um rastreador e pensou ser relevante por questões de segurança, todavia 
nada foi convencionado sobre o equipamento. Realizado o contrato de compra e venda, 
Paula verificou que o veículo foi entregue sem o rastreador e, ao questionar Marcelo, ele 
informou que a aquisição desse item não foi convencionada.
Diante dessa situação hipotética, tendo em vista a natureza jurídica do bem, as disposições 
do Código Civil sobre os bens reciprocamente considerados e a jurisprudência do STJ, 
assinale a opção correta.
a) O rastreador é uma benfeitoria útil e acompanha o veículo.
b) O equipamento é uma benfeitoria voluptuária e não acompanha o automóvel.
c) O equipamento é considerado pertença e não acompanha o automóvel.
d) O rastreador é considerado uma pertença e deve acompanhar o veículo.
e) O rastreador é considerado uma parte integrante e acompanha o automóvel.
020. 020. (FGV/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL (SEF MG) /AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO/2023) 
Tina, por ocasião da realização de uma grande reforma em sua casa, adquiriu novas portas 
para os quartos e banheiros, ainda não instaladas, e um completo sistema de refrigeração 
central que, para sua instalação, exigiu a remoção dos vitrais das janelas da sala, o que foi 
feito com todo o cuidado, visto que Tina fazia questão de que os vitrais fossem reempregados 
no local. Considerando que as antigas portas dos quartos estavam em bom estado, Tina 
colocou-as à venda em um brechó próximo.
Considerando essas informações e a disciplina dos bens no Código Civil de 2002, assinale 
a afirmativa correta.
a) As portas antigas dos quartos e dos banheiros são classificadas como bens móveis consumíveis.
b) As portas novas dos quartos e dos banheiros, em razão da sua destinação econômica, 
são consideradas imóveis.
c) Os vitrais da janela, mesmo após terem sido removidos para instalação do sistema de 
refrigeração, mantém sua qualidade de imóveis.
d) Os vitrais da janela, após terem sido removidos para instalação do sistema de refrigeração, 
são classificados como móveis, mas mantêm o caráter da infungibilidade.
e) As portas antigas e os vitrais, após a remoção, são classificados como bens móveis e fungíveis.
021. 021. (FGV/ANALISTA/PGM NITERÓI/PROCESSUAL/2023) Anderson decidiu comprar uma 
casa de praia para passar os feriados e finais de semana com sua família. Pesquisando por 
imóveis na internet, ele encontrou o anúncio de uma casa à venda na localidade que desejava, 
com um bom preço e ricamente ilustrado por fotografias atuais do bem. Anderson entrou 
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Bens 
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em contato com o vendedor, que ainda residia na casa à época, e, após um período de 
negociações, a compra e venda do imóvel foi celebrada. O preço foi pago à vista e o vendedor 
entregou as chaves no prazo avençado, mas, quando Anderson finalmente ingressou na casa 
pela primeira vez, descobriu que vários itens que apareciam nas fotografias anunciadas 
estavam faltando no imóvel, tendo sido retirados pelo vendedor quando desocupou o local.
Considerando que as partes nada dispuseram no contrato sobre nenhum desses itens, é 
correto afirmar que o vendedor:
a) podia levar consigo os ventiladores de teto dos quartos, por se tratar de pertenças;
b) podia arrancar as duas árvores que estavam plantadas no jardim da casa, por se tratar 
de coisas fungíveis;
c) podia remover a porta dos fundos da casa, sem estar obrigado a substituí-la, por se 
tratar de fruto industrial;
d) deveria ter deixado na casa as torneiras instaladas nos banheiros, por se tratar de bens coletivos;
e) deveria ter deixado na casa os vasos de plantas da varanda, por se tratar de bens imóveis 
por acessão física.
022. 022. (CEBRASPE/CESPE/DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA/2023) Acerca dos 
bens imóveis e de suas classificações, assinale a opção correta.
a) Direitos reais sobre imóveis e ações que os asseguram são considerados bens móveis 
por determinação legal.
b) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, 
adquirem o caráter de bens móveis.
c) Direitos à sucessão aberta são considerados bens imóveis para efeitos legais.
d) O solo é considerado bem imóvel por acessão natural.
e) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local perdem o caráter de bens imóveis.
023. 023. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 21ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2023) 
De acordo com o Código Civil, os bens fungíveis
a) tanto podem ser móveis quanto imóveis, ao passo que os bens consumíveis são 
necessariamente móveis.
b) são aqueles que servem a função típica determinada pela lei, ao passo que os bens 
consumíveis são tão somente aqueles destinados à alienação.
c) não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, ao 
passo que os bens consumíveis são aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria 
substância, com exceção dos destinados à alienação.
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d) podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, ao passo 
que os bens consumíveis são aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria 
substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
e) são aqueles que servem a função típica determinada pela lei, ao passo que os bens 
consumíveis são aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo 
também considerados tais os destinados à alienação.
024. 024. (FGV/AUDITOR DO ESTADO/CGE SC/DIREITO/2023) No mês passado, ocorreu um enorme 
debate na COJUR (Consultoria Jurídica) da Secretaria de Fazenda de Santa Catarina a 
respeito da cobrança de ICMS sobre TUST e TUSD – sistema de compensação de energia 
elétrica no âmbito da mini e microgeração de energia (energia solar). O debate centrou-se 
a respeitoda natureza jurídica da energia.
Em relação ao tema Bens, é correto afirmar que as energias que tenham valor econômico 
são consideradas
a) bens públicos de uso comum do Estado gerador.
b) pertenças do bem imóvel principal.
c) fora do comércio, visto que são legalmente inalienáveis.
d) bens públicos dominicais do Estado gerador.
e) bens móveis por força da lei.
025. 025. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO (TRT 12ª REGIÃO)/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR 
FEDERAL/2023) De acordo com o Código Civil, considere:
I – O direito à sucessão aberta.
II – As energias que tenham valor econômico.
III – Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
IV – Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
São considerados bens móveis para os efeitos legais
a) II e IV. apenas
b) III e IV, apenas
c) I e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas
e) I e II, apenas
026. 026. (FCC/TÉCNICO MINISTERIAL (MPE PB)/SEM ESPECIALIDADE/2023) São considerados 
bens fungíveis
a) os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
b) os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo 
também considerados tais os destinados à alienação.
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Bens 
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c) os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de 
valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
d) os que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.
e) aqueles que existem sobre si, abstrata ou concretamente.
027. 027. (INSTITUTO CONSULPAM/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/TCM PA/2023) Consoante o texto 
do Código Civil brasileiro de 2002 (Lei n.º 10.406), considera-se imóvel para efeitos legais:
a) O direito real sobre objetos móveis.
b) O direito à sucessão aberta.
c) A energia que tenha valor econômico.
d) O direito pessoal de caráter patrimonial
028. 028. (DIRENS AERONÁUTICA/ESTÁGIO DE ADAPTAÇÃO DE OFICIAIS DE APOIO DA AERONÁUTICA 
(CIAAR)/SERVIÇOS JURÍDICOS/EAOAP 2024) O Código Civil Brasileiro (Lei n. 10.406 de 
10.01.2002) estabelece definições para bens móveis e imóveis. Assinale a opção que contenha 
apenas bens considerados como móveis.
a) Bens de raiz.
b) O direito à sucessão aberta.
c) Materiais provenientes da demolição de algum prédio.
d) Materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
029. 029. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/PREF PIRACICABA/2023) Josué é proprietário de 
uma casa muito antiga, no centro da cidade, que tem dois terrenos vagos ao lado. Uma 
construtora, interessada em realizar um grande empreendimento no centro da cidade, 
procura Josué a fim de adquirir a casa para demolição e utilizar o terreno para construção 
de um shopping center. Josué aceita vender a sua casa para demolição.
Diante da situação hipotética, e considerando o entendimento da doutrina majoritária, é 
correto afirmar que a casa de Josué vendida para demolição trata-se de um bem
a) móvel por determinação de lei.
b) móvel por antecipação.
c) imóvel por acessão física artificial.
d) imóvel por destinação do proprietário.
e) imóvel por determinação legal.
030. 030. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO (TJ SE)/ADMINISTRATIVA/JUDICIÁRIA/2023) Jairo foi 
convidado a estudar em Paris por dois anos. Emprestou, então, seu apartamento, em 
Aracaju, a Helena, sob as seguintes condições:
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Bens 
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(i) se Helena o alugasse enquanto ele estivesse fora, deveria repassar-lhe 50% dos valores 
dos aluguéis;
(ii) as obras realizadas para conservação e manutenção do imóvel ficariam por conta de 
Helena; e
(iii) as obras de mero deleite, que tornassem o imóvel mais confortável, deveriam ser 
autorizadas por escrito por Jairo.
Nesse caso, as cláusulas referem-se, respectivamente, a:
a) frutos; benfeitorias úteis; benfeitorias voluptuárias;
b) produtos; benfeitorias necessárias; benfeitorias úteis;
c) frutos; benfeitorias necessárias; benfeitorias voluptuárias;
d) produtos; benfeitorias necessárias; acessões;
e) frutos; benfeitorias necessárias; acessões.
031. 031. (FURB/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREF NOVA TRENTO/2023) Considerando estritamente 
os termos do Código Civil sobre os bens e a prescrição, julgue as seguintes assertivas:
I – A interrupção da prescrição dar-se-á por despacho do juiz, mesmo incompetente, que 
ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual. Essa 
interrupção poderá ocorrer por diversas vezes, enquanto o processo não for extinto, por 
força do princípio do acesso à justiça.
II – A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado, mas, quando feita por 
um dos credores solidários, não aproveitará aos demais credores daquele devedor.
III – Os bens móveis são aqueles suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força 
alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Nesse sentido, 
são considerados móveis para efeitos legais as energias que tenham valor econômico e os 
direitos pessoais de caráter patrimonial.
IV – São considerados bens públicos os de uso comum do povo, tais como rios, mares, 
estradas, ruas e praças.
É correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.
e) IV, apenas.
032. 032. (DIRENS AERONÁUTICA/ ESTÁGIO DE ADAPTAÇÃO DE OFICIAIS DE APOIO DA AERONÁUTICA 
(CIAAR) /SERVIÇOS JURÍDICOS/EAOAP 2024) O Código Civil Brasileiro (Lei n. 10.406 de 
10.01.2002) estabelece em seu artigo 98 que “são públicos os bens do domínio nacional 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, 
seja qual for a pessoa a que pertencerem.”
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Bens 
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Sobre o assunto, o referido Código estabelece que:
a) Somente os bens públicos são inalienáveis.
b) Os bens públicos estão sujeitos a usucapião.
c) Os rios, mares, estradas, ruas e praças são bens públicos.
d) O uso de bens públicos deve necessariamente ser remunerado ao ente que o detém.
033. 033. (VUNESP/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO (TCM SP)/CIÊNCIAS JURÍDICAS/2023) Sobre 
bens públicos, assinale a alternativa correta.
a) Os bens públicos dominicais são inalienáveis.
b) Os bens públicos de uso comum do povo podem ser alienados.
c) Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às 
pessoas jurídicas de direito privado a que se tenha dado estrutura de direito público.
d) São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno e externo.
e) O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído.
034. 034. (FUNDATEC/ANALISTA TÉCNICO (PROCERGS)/ADVOGADO/CÍVEL/2023) Acerca dos bens 
públicos, relacione a Coluna 1 à Coluna 2, associando a que tipo de bem público se trata.
Coluna 1
1. Bem público de uso comum do povo.
2. Bem público de uso especial.
3. Bem público dominical.
Coluna 2
(  ) � Rios e mares.
(  ) � Prédio sede da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
(  ) � Praças públicas e estradas.
(  ) � Terras devolutas.
(  ) � Prédio desativado e abandonado de propriedade da União que abrigava um hospital público.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 2 – 1 – 2 – 3 – 2.
b) 1 – 2 – 1 – 3 – 3.
c) 3 – 1 – 3 – 2 – 2.
d) 2 – 2 – 2 – 1 – 3.
e) 1 – 1 – 1 – 2 – 2.
035. 035. (CEBRASPE/CESPE/ADVOGADO DA UNIÃO/2023) Em relação ao domínio público terrestre, 
é correto afirmar que a terra devoluta
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Bens 
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a) é bem indisponível.
b) integra a categoria de bens de uso especial.
c) não é objeto de ação discriminatória.
d) é sempre passível de usucapião.
e) não possui qualquer destinação pública.
036. 036. (FGV/JUIZ DO TRABALHO (CSJT)/II CONCURSO UNIFICADO/2023) Quanto aos bens 
públicos, considerando o disposto no Código Civil, é correto afirmar que:
a) os bens públicos dominicais não podem ser alienados;
b) o uso comum dos bens públicos não pode ser retribuído;
c) o terreno destinado a serviço de autarquia municipal é bem público de uso especial;
d) são públicos os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado que integram 
a Administração Pública;
e) os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura 
de direito privado são considerados de uso especial.
037. 037. (INSTITUTO VERBENA/ANALISTA MINISTERIAL (MPE AC)/DIREITO/2023) Conforme 
estabelecido pelo Código Civil, são considerados bens públicos
a) as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local.
b) os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, 
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
c) os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
d) as benfeitorias ou melhoramentos ou acréscimos de uso especial.
038. 038. (CEBRASPE/CESPE/ PROMOTOR DE JUSTIÇA (MPE SC)/43º CONCURSO PÚBLICO/2023) 
À luz do disposto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), no Código 
Civil bem como da jurisprudência do STF, julgue o próximo item, relativos a pessoas, 
domicílio e bens.
À luz do Código Civil, são bens públicos: os dominicais, que constituem o patrimônio das 
pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma 
dessas entidades; os de uso especial, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; e os de 
uso comum do povo, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
039. 039. (INSTITUTO CONSULPLAN/ANALISTA EM DESENVOLVIMENTO SOCIAL (SEAS RO) /
DIREITO/2023) Em relação aos bens públicos, é o Código Civil que traz sua definição legal. 
De acordo com o Art. 98 do diploma legal, são bens públicos todos aqueles pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito público interno. De acordo com o Código Civil, o conceito de 
bens públicos
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Bens 
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a) leva em consideração a sua utilização.
b) leva em consideração a sua titularidade.
c) está relacionado ao tempo de utilização do bem.
d) está relacionado ao recurso com que o bem foi adquirido.
e) leva em consideração o procedimento de aquisição do bem.
040. 040. (FGV/FISCAL DE RENDAS/RIO DE JANEIRO/2023) NÃO conta com a proteção ao bem 
de família o imóvel:
a) adquirido após a consolidação da dívida, quando já há demanda executiva em curso;
b) dado em caução de locação comercial;
c) do condômino, para pagamento de dívida decorrente de responsabilidade civil do 
condomínio insolvente em relação a terceiro;
d) em construção, no qual, por ora, só exista o terreno;
e) alugado a terceiros, quando o saldo da locação é revertido em favor da unidade familiar.
041. 041. (FUNDATEC/RESIDENTE JURÍDICO/PGE SP/2023) Joanna foi condenada por ato ilícito 
extracontratual, sendo obrigada a indenizar Carlos em razão de danos morais e materiais 
calculados no valor de R$ 350.000,00. No curso da execução da decisão, não foram localizados 
bens em nome de Joanna, salvo único imóvel residencial que, no entanto, estava locado a 
Marcos. Carlos, então, requereu a penhora do referido imóvel, argumentando que o fato de 
Joanna nele não residir afastaria a incidência da Lei n. 8.009/1990. Diante dessa situação, 
e nos termos do entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça sobre o tema, 
assinale a alternativa correta.
a) A penhora poderá ser deferida,tendo em vista que Joanna não reside no imóvel.
b) A penhora não poderá ser deferida, bastando a comprovação de que se trata do único 
imóvel em nome de Joanna, configurando, assim, bem de família.
c) A impenhorabilidade no caso em questão apenas estará configurada se comprovado por 
Joanna que a renda obtida com a locação é revertida para custear sua moradia em outro imóvel.
d) Como Joanna não reside no imóvel, mas percebe os frutos do bem, fica afastada a 
incidência da Lei n. 8.009/1990.
e) A penhora não poderá ser deferida caso Joanna comprove que a renda obtida com a 
locação é revertida para a subsistência ou a moradia da sua família.
042. 042. (FAU UNICENTRO/ADVOGADO/CM GUAMIRANGA/2023) Assinale a alternativa INCORRETA 
tendo como base a lei 8.009/1990:
a) Não se beneficiará do disposto na lei de impenhorabilidade do bem de família aquele que, 
sabendo se insolvente, adquire de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência 
familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga. Neste caso, é defeso ao juiz, na respectiva 
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Bens 
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ação do credor, transferir a impenhorabilidade para a moradia familiar anterior, ou anular-
lhe a venda, liberando a mais valiosa para execução ou concurso, conforme a hipótese.
b) O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não 
responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra 
natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e 
nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei.
c) Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um 
único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente.
d) A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, 
trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido pelo titular do crédito decorrente do 
financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e 
acréscimos constituídos e m função do respectivo contrato.
e) A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, 
trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido pelo credor da pensão alimentícia, 
resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre 
união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida.
043. 043. (FUMARC/ANALISTA JUDICIÁRIO (TRT 3ª REGIÃO)/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA 
AVALIADOR FEDERAL/2022) Sobre os bens penhoráveis e impenhoráveis, é INCORRETO afirmar:
a) A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as 
plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de 
uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados.
b) Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos.
c) Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados 
como residência, a impenhorabilidade recairá, via de regra, sobre o de menor valor.
d) Para os efeitos de impenhorabilidade de que trata a Lei n. 8.009/90, consideram-se 
residência os imóveis utilizados pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente 
e aluguéis comerciais.
e) Quando a residência familiar se constituir em imóvel rural, a impenhorabilidade restringir-
se-á à sede de moradia, com os respectivos bens móveis.
044. 044. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO (SEN)/ASSESSORAMENTO LEGISLATIVO/DIREITO CIVIL, 
PROCESSUAL CIVIL E AGRÁRIO/2022) Júlio, capaz, solteiro, reside sozinho em imóvel próprio 
e é réu em ação de execução de título extrajudicial promovida pelo Banco X devido à 
inadimplência de contrato de mútuo. Além do imóvel e mobiliário que guarnece a casa, Júlio 
é proprietário de um automóvel e de uma vaga de garagem, que possui matrícula própria 
no registro de imóveis, e é local em que pernoita o veículo.
Diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta.
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a) A condição de solteiro afasta a impenhorabilidade da residência de Júlio, por inexistir o 
conceito de família na situação narrada.
b) O automóvel, que é um veículo de transporte, de Júlio, por ser único, encontra-se 
protegido pela impenhorabilidade por ser bem de família.
c) Todas as obras de arte e adornos que se encontram na casa de Júlio são consideradas 
bens de família, sendo, por conseguinte, a impossibilidade de penhora.
d) A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, não se admitindo 
exceção, salvo quando se tratar de questões tributárias ou trabalhistas.
e) A vaga de garagem de Antônio, por possuir matrícula própria no registro de imóveis, não 
constitui bem de família para efeito de penhora.
045. 045. (FCC/ANALISTA JURÍDICO DE DEFENSORIA (DPE AM) /CIÊNCIAS JURÍDICAS/III 
CONCURSO/2022) Tício possui as seguintes dívidas decorrentes de:
I – Cobrança de imposto de renda.
II – Obrigação oriunda de fiança concedida em contrato de locação residencial.
III – Cobrança de empréstimo bancário pessoal.
Segundo a Lei n. 8.009/1990 e as exceções ali previstas, a impenhorabilidade do bem de 
família de Tício estaria assegurada em relação às dívidas indicadas nos itens:
a) II e III, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, II e III.
e) II, apenas.
046. 046. (NOSSO RUMO/ADVOGADO/PREF ITAPEVA/2021) Considere:
I – O único imóvel da família, sob qualquer hipótese, não poderá ser penhorado.
II – Somente pode ser penhorado o único imóvel da família em caso de dívida trabalhista 
do proprietário indicado no registro imobiliário do bem.
III – O único imóvel da família não pode ser penhorado, salvo em virtude de débitos oriundos 
do próprio bem.
São corretas as alternativas:
a) I, II e III.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e III, apenas
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047. 047. (Q1095193 / FGV/GUARDA CIVIL MUNICIPAL/PREFEITURA DE SALVADOR – BA /2019)
Um determinado prédio histórico de Salvador passa por reformas. Para tanto, são retiradas 
algumas de suas janelas e partes do piso de algumas áreas. Após determinados procedimentos, 
tais materiais serão reintegrados ao imóvel. Segundo o Código Civil, essas janelas e partes 
do piso são bens
a) móveis.
b) imóveis.
c) consumíveis.
d) imóveis, mas, durante o período de retirada, móveis.
e) coletivos.
048. 048. (Q1197425 / CESPE/CEBRASPE/ AUDITOR DE FINANÇAS E CONTROLE DE ARRECADAÇÃO 
DA FAZENDA ESTADUAL/SEFAZ/2020) Com base no Código Civil, julgue os itens a seguir.
O direito à sucessão aberta é considerado, para os efeitos legais, bem imóvel, ainda que os 
bens deixados pela pessoa falecida sejam todos móveis.
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Bens 
Antônio Alex
GABARITOGABARITO
1. c
2. a
3. b
4. d
5. b
6. a
7. a
8. b
9. d
10. a
11. b
12. C
13. b
14. a
15. e
16. c
17. b
18. a
19. c
20. c
21. a
22. c
23. d
24. e
25. a
26. a
27. b
28. c
29. b
30. c
31. c
32. c
33. e
34. b
35. e
36. c
37. b
38. E
39. b
40. c
41. e
42. a
43. d
44. e
45. b
46. b
47. b
48. C
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Bens 
Antônio Alex
GABARITO COMENTADOGABARITO COMENTADO
001. 001. (INSTITUTO CONSULPLAN/ANALISTA LEGISLATIVO/CM POUSO ALEGRE/2023)
Sobre a classificação de bens, são considerados infungíveis os bens
a) particulares de uso público.
b) públicos que são de uso coletivo.
c) que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, quantidade e qualidade.
d) que apenas podem ser substituídos por outros que sejam da mesma espécie, quantidade 
e qualidade.
a) Errada. São bens que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade 
e quantidade, nos termos do art. 85 do CC, vide comentários da afirmativa “c”.
b) Errada. São bens que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade 
e quantidade, nos termos do art. 85 do CC, vide comentários da afirmativa “c”.
c) Certa. A assertiva está em harmonia com o Código Civil. Os bens infungíveis são aqueles 
que não podem ser substituídos por outros, como uma obra de arte. Vejamos:
CC
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade 
e quantidade.
d) Errada. Não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
Letra c.
002. 002. (INSTITUTO CONSULPLAN/ADVOGADO/PREF FORMIGA/PÚBLICO/2020) Analise as 
afirmativas a seguir.
I – Perdem o caráter de bens imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, 
ainda que para nele se reempregarem.
II – São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
III – Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos reais sobre imóveis e as ações 
que os asseguram e o direito à sucessão aberta.
IV – Os materiais destinados a alguma construção, mesmo enquanto não forem empregados, 
passam a adquirir a qualidade de imóveis.
Está INCORRETO o que se afirma em:
a) I e IV.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
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Bens 
Antônio Alex
I – Errada. Conforme Artigo 81 do CC:
Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local;
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
II – Correta. Conforme Artigo 79 do CC. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe 
incorporar natural ou artificialmente.
III – Correta. Conforme Artigo 80 do CC:
Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – o direito à sucessão aberta
IV – Errada. Conforme Artigo 84 do CC:
Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
Letra a.
003. 003. (CONSULPLAN/ESTAGIÁRIO/MPE PA/DIREITO/2019) Os bens jurídicos podem ser 
definidos, na lição de Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, “como toda a utilidade 
física ou ideal, que seja objeto de um direito subjetivo”. Segundo o Código Civil, tais bens 
podem ser classificados de diferentes maneiras. Acerca dessas classificações, assinale a 
alternativa correta.
a) Os bens infungíveis são aqueles que não podem ser substituídos por outros da mesma 
espécie, quantidade e qualidade. Desta forma, apenas os bens imóveis podem ser classificados 
como bens infungíveis.
b) Os bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, 
qualidade e quantidade. Desta forma, pode-se afirmar que um automóvel não é bem 
fungível, por se tratar de bem complexo e possuir número de identificação (chassi).
c) Os bens imóveis são aqueles que não podem ser removidos ou transportados sem a sua 
deterioração ou destruição. Desta forma, a edificação que, separada do solo, conservando-se a 
sua unidade, for removida para outro local, perde temporariamente sua natureza de bem imóvel.
d) Os bens móveis são aqueles que podem ser transportados, por força própria ou de terceiro, 
sem a deterioração, destruição e alteração da substância ou da destinação econômico-
social. Desta forma, os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem 
empregados, conservam sua qualidade de móveis. Uma vez empregados ao bem imóvel, 
em caso de demolição, não readquirem a qualidade de bens móveis.
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Bens 
Antônio Alex
a) Errada. Conforme Artigo 85 do CC:
São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
b) Certa. Conforme Artigo 85 do CC:
São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.c) Errada. Conforme Artigo 81 do CC:
Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local;
d) Errada. Conforme Artigo 84 do CC:
Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
Letra b.
004. 004. (CONSULPLAN/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ MG/PROVIMENTO/2019) Tendo em mira 
a classificação dos bens feita pelo Código Civil, assinale a alternativa correta.
a) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens 
imóveis para os efeitos legais.
b) Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertencentes 
à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
c) Os tijolos adquiridos para emprego futuro na construção de uma casa são considerados 
bens imóveis por acessão intelectual desde o momento da aquisição.
d) As janelas retiradas de uma casa para a realização de obras de expansão, com a intenção 
de reposição em outro local do mesmo imóvel, não perdem a qualidade de bens imóveis.
a) Errada. Nos termos do art. 83 do CC:
Consideram-se móveis para os efeitos legais:
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
b) Errada. Conforme art. 90 do CC:
Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma 
pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.
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Bens 
Antônio Alex
c) Errada. Conforme art. 84 do CC:
Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
d) Certa. Conforme Artigo 81 do CC.
Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local;
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
Letra d.
005. 005. (INSTITUTO CONSULPLAN/ADVOGADO/CM BARBACENA/2022) De acordo com o Art. 98 
do Código Civil (Lei n. 10.406/02), “são públicos os bens do domínio nacional pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual 
for a pessoa a que pertencerem”. Sobre bens públicos, analise as afirmativas a seguir.
I – Praças são bens de uso comum da população, assim como as ruas. O uso comum dos 
bens públicos sempre será gratuito.
II – As terras devolutas pertencem aos Estados, sem exceções.
III – Bens de uso especial são aqueles bens afetados a uma finalidade pública, como a sede 
da Câmara Municipal de Barbacena.
IV – Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da Lei.
Está correto o que se afirma apenas em
a) I e III.
b) III e IV.
c) I, II e III.
d) I, II e IV
I – Errada. O uso comum de bens públicos não necessariamente deve ser gratuito, admitindo, 
o art. 103 do CC, o uso oneroso (ou retribuído):
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
II – Errada. As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações 
e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental são 
bens da União, nos termos do art. 20, II, da CF: art. 20. São bens da União:
II – as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções 
militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
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Bens 
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III – Correta. A sede da Câmara Municipal de Barbacena é destina ao estabelecimento da 
Administração, sendo realmente bem de uso especial, nos termos do art. 99, II, do CC: art. 99.
São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito privado.
Veja que o art. 99 do CC estabelece que os bens públicos assumem três formas:
1) bens de uso comum do povo: utilizados pelo público em geral;
2) bens de uso especial: destinados a serviço ou estabelecimento da administração;
3) bens dominicais: constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito real ou pessoal de cada uma dessas entidades.
IV – Correta. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, 
ou seja, não podem ser vendidos, doados ou trocados enquanto estiverem afetados às 
suas finalidades, vale dizer, enquanto conservarem a sua qualificação, conforme prevê o 
art. 100 do CC:
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Já os bens dominicais são bens realmente disponíveis e alienáveis, conforme prevê o art. 
101 do CC:
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Letra b
006. 006. (CONSULPLAN/ADVOGADO/PREFEITURA DE SABARÁ MG/2017)
O Código Civil Brasileiro trata das diferentes classes de bens. NÃO é(são) considerado(s) 
móvel(is) para efeitos legais:
a) O direito à sucessão aberta.
b) As energias que tenham valor econômico.
c) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
d) Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes.
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Bens 
Antônio Alex
Para resolver à questão, devemos observar o rol dos bens móveis, e dos bens imóveis:
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – o direito à sucessão aberta.
Portanto, o direito à sucessão aberta é o único que constitui bem imóvel, por força de lei.
Letra a.
007. 007. (CONSULPLAN/ TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTASE DE REGISTROS/ TJ-MG/2018) Uma 
casa modular, que pode ser retirada de seus alicerces, para ser fixada em local diferente 
do original, sem perder sua natureza e finalidade é considerada
a) bem imóvel.
b) bem semovente.
c) bem móvel por natureza.
d) bem móvel por antecipação.
Literalidade do artigo 81 do Código Civil:
Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local.
Letra a.
008. 008. (CONSULPLAN/ TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/ TJ-MG/2018) Os 
bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis
a) apenas por decisão judicial.
b) por vontade das partes, não podendo exceder de 5 (cinco) anos a indivisão estabelecida 
pelo doador ou pelo testador.
c) por vontade das partes, que não poderão acordá-la por prazo maior de 5 (cinco) anos, 
insuscetível de prorrogação ulterior.
d) por disposição expressa de lei ou pela vontade das partes, desde que, neste caso, o prazo 
de obrigatoriedade da indivisão não ultrapasse 10 (dez) anos.
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Direito Civil 
Bens 
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Para resolver a questão, nos valeremos dos artigos 88 e 1.320 do Código Civil: Os bens 
naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade 
das partes.
Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum, respondendo 
o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão
§ 1º Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo não maior de 
cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.
§ 2º Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador.
Letra b.
009. 009. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO (TJ AP)/JUDICIÁRIA E ADMINISTRATIVA/2024) Bernardo 
pretende viajar para uma cidade bastante turística do litoral brasileiro nas férias e, por 
isso, decidiu alugar, pela internet, um charmoso imóvel muito bem localizado no destino 
desejado, com jardim, quintal e uma bela vista. O anúncio da casa vinha acompanhado de 
diversas fotografias do local, demonstrando como o imóvel era atrativo. Assim, Bernardo 
prontamente aceitou os termos da locação e firmou o contrato com o proprietário do 
bem. A contratação não esclarecia, contudo, em nenhum momento, se todas as coisas 
que apareciam nas fotografias do imóvel estariam presentes na casa durante o período 
de locação para Bernardo.
Nesses termos, ao chegar ao imóvel durante suas férias, Bernardo pode descobrir que o 
proprietário retirou da casa, sem com isso descumprir a disciplina prevista pelo Código Civil 
Brasileiro para os bens jurídicos:
a) a mureta de alvenaria que separava o jardim da área da churrasqueira;
b) os azulejos portugueses valiosos que revestiam a parede da cozinha;
c) a palmeira frondosa que estava plantada no quintal dos fundos;
d) o lustre composto de valiosos cristais que adornava o teto da sala de estar;
e) a torneira na parede externa da casa que alimentava a mangueira para regar o jardim.
a) Errada. A mureta de alvenaria que separa o jardim da área da churrasqueira não pode ser 
retirada da casa sem que haja ofensa ao contrato de locação porque se trata de benfeitoria 
útil cuja retirada configura ofensa ao contrato de locação e desrespeito à disciplina prevista 
pelo Código Civil Brasileiro para os bens jurídicos porque fazem parte do negócio. Benfeitoria 
é a obra realizada pelo homem, na estrutura da coisa principal, com o propósito de conservá-
la, melhorá-la ou embelezá-la (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Novo Curso de Direito 
Civil, vol. 1 [livro eletrônico], 26ª ed., Saraiva, 2024, p. 304). As benfeitorias podem ser, 
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Bens 
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segundo o art. 96 do Código Civil, necessárias, úteis ou voluptuárias. Necessárias são as 
que objetivam conservar o bem ou impedir que ele se deteriore (conserto contra infiltração 
que poderia fazer desabar o prédio). Úteis são as que aumentam ou facilitam o uso do bem 
(construção de um novo quarto). Voluptuárias são as de mero deleite ou recreio, que não 
aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado 
valor ( jardins, cascatas artificiais). Trata-se de conceito que só pode ser compreendido no 
caso concreto e de forma dinâmica, não estática, observando sempre a dimensão funcional 
dos direitos (Cristiano Chaves de Farias, Felipe Braga Netto e Nelson Rosenvald, Manual de 
Direito Civil, 9. ed., JusPodivm, 2024, p. 394).
CC
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, 
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
b) Errada. Os azulejos portugueses valiosos podem ser considerados benfeitorias voluptuárias 
e não podem ser retirados em respeito ao negócio realizado.
c) Errada. A palmeira frondosa é benfeitora voluptuária e não pode ser retirada em respeito 
ao contrato de locação.
d) Certa. O lustre composto de valiosos cristais que adornava o teto da sala de estar pode 
ser retirado da casa sem que haja ofensa ao contrato de locação, respeitando a disciplina 
prevista pelo Código Civil Brasileiro para os bens jurídicos porque se trata de pertença e a 
contratação não estabelecia, em nenhum momento, que todas as coisas que apareciam nas 
fotografias do imóvel estariam presentes na casa durante o período de locação. Aplica-se 
à hipótese a regra de que os negócios jurídicos envolvendo o bem principal não abrangem 
as pertenças se não houver disposição legal, manifestação de vontade ou as circunstâncias 
do caso indicarem em sentido contrário (art. 94, Código Civil).
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, 
salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
Pertença é bem acessório destinado a conservar ou facilitar o uso das coisas principais, sem 
que destas sejam parte integrante (art. 93, Código Civil), como por exemplo as máquinas 
utilizadas em uma fábrica, os implementos agrícolas, as provisões de combustível, os 
aparelhos de ar condicionado (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Novo Curso de Direito 
Civil, vol. 1 [livro eletrônico], 26. ed., Saraiva, 2024, p. 304).
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
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e) Errada. A torneira na parede externa da casa que alimenta a mangueira do jardim é 
benfeitoria útil, não pode ser retirada em respeito ao contrato de locação.
Letra d.
010. 010. (FUNDATEC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREFCRICIÚMA/2024) Conforme o Código 
Civil, assinale a alternativa correta.
a) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
b) Os bens públicos dominicais não podem ser alienados.
c) Os bens públicos estão sujeitos a usucapião.
d) São bens públicos os dominicais, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço 
ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive 
os de suas autarquias.
e) São bens públicos os de uso especial, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas 
de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
a) Certa. Nos termos do Art. 100, CC:
Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem 
a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
b) Errada. Nos termos do Art. 101, CC:
Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
c) Errada. Nos termos do Art. 102, CC:
Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
d) Errada. Nos termos do Art. 99. São bens públicos:
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
e) Errada. Nos termos do Art. 99.
São bens públicos:
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Letra a.
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Bens 
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011. 011. (IBFC/GUARDA MUNICIPAL/PREF MANAUS/2024) Leia abaixo o artigo 99 do Código Civil, 
que dispõe sobre bens públicos: Art. 99. São bens públicos:
I. os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.
II. os de uso ______, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
III. os ______, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não 
dispondo a lei em contrário, consideram-se ______ os bens pertencentes às pessoas jurídicas 
de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil.
Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas.
a) especial / patrimoniais / patrimoniais
b) especial / dominicais / dominicais
c) individual / dominicais / especiais
d) dominical / patrimoniais / especiais
e) dominical / especiais / dominicais
I – Os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.
II – Especiais. Bens de uso especial são aqueles utilizados pela Administração para a prestação 
dos serviços administrativos e dos serviços públicos em geral, ou seja, utilizados pela 
Administração para a satisfação de seus objetivos (Buscador Dizer o Direito).
Art. 99. São bens públicos: […]
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III – Dominicais. Os bens públicos dominicais são aqueles que constituem o patrimônio das pessoas 
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades, 
como por exemplo os terrenos de marinha, terras devolutas e os títulos da dívida pública.
CC
Art. 99. São bens públicos: […]
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Letra b.
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Bens 
Antônio Alex
012. 012. (CEBRASPE/CESPE/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E INFRAESTRUTURA EM 
PROPRIEDADE INDUSTRIAL (INPI) /GESTÃO E SUPORTE/DIREITO/2024) A respeito de aplicação 
das leis civis, de pessoas naturais e jurídicas e de bens, julgue o item seguinte.
O negócio jurídico referente ao bem principal excepcionalmente abrangerá as pertenças 
relativas a esse bem.
A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Pertença é o bem cuja 
função é de servir o bem principal, se destinando, de modo duradouro, ao uso, ao serviço 
ou ao aformoseamento deste, como máquinas de uma fazenda. Vejamos:
CC
Art. 93.
São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, 
salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do 
caso. “(...) a pertença (CC, art. 93) é bem que se acresce, como acessório, à coisa principal, 
daí ser res annexa (coisa anexada). Portanto, é coisa acessória sui generis, destinada, de 
modo duradouro, a conservar ou facilitar o uso, ou prestar serviço, ou, ainda, servir de 
adorno do bem principal, sem ser parte integrante” (DINIZ, Maria Helena. Curso de direito 
brasileiro. Teoria geral do direito civil. v.1. 32. ed. São Paulo: Saraiva, p. 395).
Certo.
013. 013. (FGV/RESIDENTE/TJ RJ/DIREITO/2024) Túlio e Tina, recém-casados, compram um imóvel 
antigo em sua cidade natal para servir como sua nova residência, mas antes de se mudarem, 
em razão de uma inspeção realizada por empresa de engenharia especializada que indicou 
que todo o encanamento e a parte elétrica do imóvel estavam muito comprometidos, 
implicando risco elevado, contratam a empresa Reparo Certo Ltda. para a realização de 
algumas obras. Assim, a empresa Reparo Certo Ltda. envia Paulo, um funcionário antigo e 
muito experiente para a realização da troca do encanamento e restauração de toda a parte 
elétrica da casa, além da troca do piso da cozinha e reforma do banheiro para instalação de 
uma banheira de hidromassagem. Paulo, em seu quinto dia de trabalho no imóvel de Túlio 
e Tina, furou uma parede errada, acertando um cano e gerando um grande vazamento que 
inundou toda a casa, estragando o piso da sala e os armários embutidos do quarto.
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Antônio Alex
Se não bastasse, ao tentar parar o vazamento, Paulo tropeçou em alguns azulejos raros que 
haviam sido retirados da cozinha para posterior instalação no banheiro, bem como quebrou 
os azulejos novos que tinham sido comprados para instalação na cozinha.
Considerando a situação hipotética narrada e a disciplina da classificação dos bens no 
Código Civil, é correto afirmar que
a) a troca do encanamento e a restauração da parte elétrica configuram benfeitorias 
necessárias e a instalação da banheira de hidromassagem configura benfeitoria útil.
b) os azulejos raros que haviam sido retirados da cozinha são bens imóveis e infungíveis.
c) os azulejos novos, ainda não instalados, e o piso da sala são bens imóveis e fungíveis.
d) a troca do encanamento e a restauração da parte elétrica configuram benfeitorias úteis 
e a instalação da banheira de hidromassagem configura benfeitoria voluptuária.
e) os azulejos raros que haviam sido retirados da cozinha e os azulejos novos são bens 
móveis, sendo os primeiros infungíveis.
a) Errada. A instalação da banheira de hidromassagem configura benfeitoria voluptuária, 
pois não aumenta ou facilita o uso do imóvel, mas o torna mais agradável ou sejam de 
elevado valor. Examine:
CC
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1º São voluptuárias as 
de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais 
agradável ou sejam de elevado valor.
b) Certa. A assertiva está em harmonia com o Código Civil. Os azulejos raros que haviam 
sido retirados da cozinha são bens imóveis, pois haviam sido retirados provisoriamente da 
cozinha para posterior instalação no banheiro, bem como são infungíveis, uma vez que são 
não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, quantidade e qualidade. Vejamos:
CC
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local;
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
Vide:
CC
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade 
e quantidade.
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Bens 
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c) Errada. Os azulejos novos, ainda não instalados, são bens móveis. Examine:
CC
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Vide:
CC
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, 
conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição 
de algum prédio.
d) Errada. A troca do encanamento e a restauração da parte elétrica configuram benfeitorias 
necessárias, pois tem por finalidade conservar o bem ou evitar que se deteriore. Vejamos:
CC
Art. 96.
[…]
§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
e) Errada. Apenas os azulejos novos são bens móveis.
Letra b.
014. 014. (FGV/POLICIAL LEGISLATIVO II/ALETO/2024) No âmbito do domínio público, existem 
relevantes ditames do Código Civil, delimitando o conceito e indicando a classificação dos 
bens públicos quanto à afetação pública.
Nesse contexto, assinale a opção que indica um exemplo de bem público, com a adequada 
classificação, pertencente à respectiva pessoa jurídica.
a) A sede de uma prefeitura, que é bem de uso especial.
b) A sede de uma fundação, que é bem de uso dominical.
c) A sede de uma autarquia, que é bem de uso comum do povo.
d) A sede de uma assembleia legislativa, que é bem dominical.
e) A sede de uma empresa pública, que é bem de uso especial.
a) Certa. Nos termos do Art. 99, CC:
São bens públicos:
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
b) Errada. Trata-se de um bem de uso especial, conforme comentários da afirmativa “A”.
c) Errada. Trata-se de um bem de uso especial, conforme comentários da afirmativa “A”.
d) Errada. Trata-se de um bem de uso especial, conforme comentários da afirmativa “A”.
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Bens 
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e) Errada. A empresa pública é uma pessoa jurídica de direito privado, sendo que em regra 
seus bens são privados. Excepcionalmente se o bem da empresa pública ou sociedade 
economia mista estiver afetado para a prestação de serviços públicos será impenhorável.
Letra a.
015. 015. (CEBRASPE/CESPE/PROCURADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE/2024) Pedro 
comprou um carro usado de seu vizinho, com a intenção de presentear seu filho João, 
que completara a maioridade civil. Pedro ficou satisfeito com o veículo, inclusive porque 
verificou que a ele havia sido acoplado um rastreador móvel, o qual seria relevante, na 
opinião de Pedro, para a segurança de João. Foi celebrado o contrato de compra e venda do 
automóvel, contudo, ao receber o bem, Pedro verificou que o rastreador fora retirado do 
veículo. Ao questionar o vendedor sobre a retirada do equipamento, Pedro foi informado 
de que a aquisição do equipamento não havia sido convencionada.
Tendo como referência essa situação hipotética, assinale a opção correta com base no 
entendimento do STJ.
a) O rastreador constitui parte integrante do veículo e deve acompanhá-lo na negociação da venda.
b) Por ser o rastreador considerado um bem naturalmente divisível, não se presume a sua 
inclusão na negociação do veículo.
c) O rastreador é um bem acessório e deve acompanhar o veículo, bem principal, 
independentemente de previsão contratual nesse sentido.
d) O rastreador é considerado uma benfeitoria necessária e, por essa razão, presume-se a 
sua inclusão na negociação do veículo.
e) Por ser o rastreador considerado pertença, não se presume a sua inclusão na negociação 
do veículo.
a) Errada. O rastreador não constitui parte integrante do veículo, uma vez que é pertença. 
Parte integrante é aquele objeto de um bem que o integra. Exemplo de parte integrante 
de um veículo: o motor.
CC
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
“(...) a pertença (CC, art. 93) é bem que se acresce, como acessório, à coisa principal, daí 
ser res annexa (coisa anexada).
Portanto, é coisa acessória sui generis, destinada, de modo duradouro, a conservar ou 
facilitar o uso, ou prestar serviço, ou, ainda, servir de adorno do bem principal, sem ser 
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Bens 
Antônio Alex
parte integrante” (DINIZ, MariaHelena. Curso de direito brasileiro. Teoria geral do direito 
civil. v. 1. 32. ed. São Paulo: Saraiva, p. 395).
b) Errada. O rastreador não é considerado um bem naturalmente divisível, mas sim uma 
pertença e, por isso, não se presume a sua inclusão na negociação do veículo.
CC
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição 
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
c) Errada. O rastreador é um bem acessório e não deve acompanhar o veículo, bem principal, 
salvo disposição contratual em contrário. Vejamos: Vide:
CC
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Vide:
CC
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, 
salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
d) Errada. São benfeitorias necessárias são aquelas quem tem por finalidade conservar o 
bem ou evitar que se deteriore. Exemplo: reparo no teto de uma casa para evitar que se 
deteriore. O rastreador é considerado uma pertença e, por essa razão, não se presume a 
sua inclusão na negociação do veículo. Vejamos:
CC
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
[…]
§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
e) Certa. A assertiva está de acordo com o entendimento do STJ e com o Código Civil. O 
rastreador é pertença, pois trata-se de coisa acessória destinada, de modo duradouro, a 
conservar ou facilitar o uso, ou prestar serviço, ou, ainda, servir de adorno do bem principal, 
sem ser parte integrante. Ademais, em regra, o negócio envolvendo o bem principal não 
inclui a pertença, portanto, o veículo não inclui o rastreador. Vejamos: O equipamento de 
monitoramento acoplado em caminhão é qualificado como pertença e pode ser retirado 
pelo devedor fiduciante que o colocou.
CC
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, 
salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
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Direito Civil 
Bens 
Antônio Alex
STJ. 3ª Turma. REsp 1667227-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 26/06/2018 (Info 629).
Letra e.
016. 016. (FGV/NACIONAL UNIFICADO (OAB)/XL EXAME/2024) Antônio, locatário de um imóvel 
residencial, verificou uma enorme infiltração atrás dos armários da cozinha. Com a finalidade 
de evitar maior deterioração do imóvel, Antônio realizou a obra a fim de reparar o dano e 
conservar o bem. Aproveitando a presença do empreiteiro em sua casa, reformou todos 
os armários dos quartos, para incluir portas de espelho e puxadores em cobre com o 
único objetivo de deixá-los mais sofisticados, pois os anteriores estavam em perfeito 
estado. Aproveitou também a oportunidade para incluir um grande aquário embutido na 
parede da sala.
Diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta.
a) Por não ser proprietário do bem, as obras realizadas por Antônio não podem ser consideradas 
como benfeitorias.
b) As obras realizadas por Antônio são classificadas como benfeitorias úteis, pois facilitam 
o uso do bem.
c) O reparo na cozinha é uma benfeitoria necessária, porque conserva e evita que a coisa 
se deteriore, e a reforma dos armários e do aquário são benfeitorias voluptuárias, pois 
trata-se de mero deleite.
d) A reforma dos armários dos quartos e o aquário da sala valorizam o bem, sendo consideradas 
como benfeitorias úteis, diferente do reparo na cozinha que, por força da gravidade, 
classifica-se como benfeitoria necessária.
a) Errada. Todas as obras realizadas no bem são benfeitorias.
b) Errada. Nenhuma das obras realizadas por Antônio são classificadas como benfeitorias úteis.
c) Certa. O reparo na cozinha é uma benfeitoria necessária porque tem o objetivo de conservar 
e evitar a deterioração do imóvel (art. 96, § 3º, Código Civil), e a reforma dos armários e a 
colocação do aquário são benfeitorias voluptuárias, pois se trata de mero deleite (art. 96, 
§ 1º, Código Civil).
CC
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, 
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
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Bens 
Antônio Alex
Benfeitoria é a obra realizada pelo homem, na estrutura da coisa principal, com o propósito 
de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Novo 
Curso de Direito Civil, vol. 1 [livro eletrônico], 26ª ed., Saraiva, 2024, p. 304).
As benfeitorias podem ser, segundo o art. 96 do Código Civil, necessárias, úteis ou voluptuárias. 
Necessárias são as que objetivam conservar o bem ou impedir que ele se deteriore (conserto 
contra infiltração que poderia fazer desabar o prédio). Úteis são as que aumentam ou 
facilitam o uso do bem (construção de um novo quarto). Voluptuárias são as de mero deleite 
ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável 
ou sejam de elevado valor ( jardins, cascatas artificiais). Trata-se de conceito que só pode 
ser compreendido no caso concreto e de forma dinâmica, não estática, observando sempre 
a dimensão funcional dos direitos (Cristiano Chaves de Farias, Felipe Braga Netto e Nelson 
Rosenvald, Manual de Direito Civil, 9ª ed., JusPodivm, 2024, p. 394).
d) Errada. A reforma dos armários dos quartos e o aquário da sala consideradas como 
benfeitorias voluptuárias.
Letra c.
017. 017. (FGV/DELEGADO DE POLÍCIA/PC SC/2024) Antônio Balduíno celebrou contrato de 
locação residencial com Gabriela Bala, pelo prazo de trinta meses. Gabriela, locatária, realizou 
diversas obras no bem, com destaque para: a reforma do encanamento da cozinha, que se 
encontrava com infiltrações e comprometiam a segurança do imóvel; a troca do cabeamento 
da casa, tornando mais útil a internet, visto que ela trabalha em home office; a construção 
de uma piscina para o lazer de seus filhos; e a alteração da pintura externa do bem, que se 
encontrava em perfeito estado, transformando o imóvel na casa da Barbie, sonho da locatária, 
embelezando o imóvel e valorizando-o em cinquenta por cento, conforme corretores de 
imóveis da região. O contrato de locação prevê que as benfeitorias realizadas pela locatária 
serão indenizadas, independentemente de autorização prévia, salvo as voluptuárias.
Diante da situação hipotética, a respeito do tema benfeitorias, assinale a afirmativa correta.
a) A construção da piscina e a troca do cabeamento da casa são consideradas benfeitorias 
úteis, porque aumentam a utilização do bem.
b) Apesar da valorização do imóvel em cinquenta por cento, a alteração da pintura externa 
é considerada benfeitoria voluptuária.
c) Todas as benfeitorias realizadas na situação narrada no enunciado devem ser indenizadas, 
com exceção da construção da piscina, por ser voluptuária.
d) A reforma do encanamento da cozinhaO conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAIANE LEMKE DOS SANTOS - 01289106231, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Bens 
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B) bens imóveis por acessão natural: a natureza promove de forma natural acréscimos 
ao solo, sendo tratados juridicamente como acessórios do solo, o fenômeno se dá pela 
formação de ilhas, aluvião, avulsão e abandono de álveo (art. 1.248, I a IV do CC).
C) bens imóveis por acessão artificial: a imobilidade decorre de uma ação humana 
concreta e efetiva, citando, por exemplo, as plantações e construções.
Além do mais, cabe ressaltar a disposição do art. 81 do CC, que prioriza a finalidade 
do bem, desta forma, o que se retira de um bem imóvel, para novamente nele incorporar, 
pertencerá ao imóvel e será imóvel:
Art. 81. NÃO PERDEM O CARÁTER DE IMÓVEIS:
I – as EDIFICAÇÕES que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem REMOVIDAS 
PARA OUTRO LOCAL;
II – os MATERIAIS PROVISORIAMENTE SEPARADOS de um prédio, para nele se REEMPREGAREM.
002. 002. (FUNDATEC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREF CRICIÚMA/2024) Acerca do Código 
Civil, assinale a alternativa INCORRETA.
a) São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, 
sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
b) Consideram-se móveis para os efeitos legais as energias que tenham valor econômico.
c) Perdem o caráter de imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para 
nele se reempregarem.
d) Consideram-se móveis para os efeitos legais os direitos reais sobre objetos móveis e as 
ações correspondentes.
e) Consideram-se móveis para os efeitos legais os direitos pessoais de caráter patrimonial 
e respectivas ações
a) Certa. Nos termos do Art. 82, CC:
São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem 
alteração da substância ou da destinação econômico-social.
b) Errada. Nos termos do Art. 83:
Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
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c) Errada. Nos termos do Art. 81, CC:
Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local;
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
d) Certa. Nos termos do Art. 83.
Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
e) Certa. Nos termos do Art. 83, CC:
Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Letra c.
D) bens imóveis por determinação legal: são circunstâncias em que a lei atribui a 
condição de imóveis, ocorre em 2 (duas) situações do art. 80 do CC: os direitos reais sobre 
imóveis e as ações que os assegurem, bem como, no caso da sucessão aberta:
Art. 80. Consideram-se IMÓVEIS para os efeitos legais:
I – os DIREITOS REAIS SOBRE IMÓVEIS e as AÇÕES QUE OS ASSEGURAM;
II – o direito à SUCESSÃO ABERTA.
E quem são os direitos reais? Os direitos reais são taxativamente previstos no art. 
1.225 do CC:
Art. 1.225. São direitos reais:
I – a propriedade;
II – a superfície;
III – as servidões;
IV – o usufruto;
V – o uso;
VI – a habitação;
VII – o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII – o penhor;
IX – a hipoteca;
X – a anticrese.
XI – a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei n. 11.481, de 2007)
XII – a concessão de direito real de uso; e (Redação dada pela Lei n. 13.465, de 2017)
XIII – a laje. (Incluído pela Lei n. 13.465, de 2017)
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003. 003. (IBFC/PROGRAMA DE RESIDÊNCIA JUDICIAL/TRF 5/2024) Considerando o que dispõe 
o Código Civil de 2002 acerca dos bens, analise as afirmativas abaixo.
I – O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel para os efeitos legais.
II – As energias que tenham valor econômico são consideradas bens móveis para os efeitos legais.
III – Os bens naturalmente divisíveis não podem tornar-se indivisíveis por vontade das partes.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e II apenas
b) I e III apenas
c) II e III apenas
d) II apenas
I – Correta. Conforme pode-se verificar de forma literal no art. 80 do Código Civil. Vejamos:
CC
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
II – o direito à sucessão aberta.
II – Correta. Conforme pode-se observar de forma literal no art. 83 do Código Civil. Vejamos:
CC
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
III – Errada. Os bens naturalmente divisíveis podem, sim, tornar-se indivisíveis por vontade 
das partes. Vejamos:
CC
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei 
ou por vontade das partes.
Letra a.
Os bens imóveis são adquiridos pelo registro do título aquisitivo (art. 1.227 do CC), pela 
usucapião (arts. 1.238 a 1.244 do CC) pela acessão (art. 1.248 do CC) e pela direito sucessão 
(art. 1.784 do CC). Para memorizar as hipóteses de aquisição da propriedade imóvel, criei 
o seguinte mnemônico: URSA.
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Bens 
Antônio Alex
Aquisição da propriedade imóvel: URSA
Usucapião
Registro
Sucessão
Acessão (Aluvião – desprendimento Imperceptível, Avulsão – desprendimento- violento e 
abrupto), Abandono de Álveo, Formação de Ilhas, Construções e Plantações (Art. 1.428 CC)
 
BENS IMÓVEIS 
por Natureza 
por Acessão Natural 
por Acessão Artificial 
por Determinação Legal 
3 .2 . BeNS MÓveiS3 .2 . BeNS MÓveiS
São aqueles que podem ser transportados ou removidos, não gerando alteração de sua 
substância ou sua destruição:
Art. 82. São MÓVEIS os bens suscetíveis de MOVIMENTO PRÓPRIO, ou de REMOÇÃO POR FORÇA 
ALHEIA, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Os bens móveis são de 03 (três) categorias:
A) Móveis por natureza: a mobilidade é decorrente de sua essência, movimentando-
se por força alheia (exemplo do carro) ou por força própria, no caso de animais, que tem 
movimento próprio, são chamados de semoventes;
Cabe ressaltaré considerada como benfeitoria útil, visto que 
facilita a utilização do bem.
e) As benfeitorias descritas no enunciado devem ser indenizadas pelo locador, salvo a troca 
do cabeamento da casa.
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Bens 
Antônio Alex
a) Errada. As benfeitorias voluptuárias são aquelas que não aumentam ou facilitam o uso do 
imóvel, mas o torna mais agradável ou sejam de elevado valor, como: obras de jardinagem 
e de decoração, instalação de uma piscina. Portanto, a construção da piscina é considerada 
benfeitoria voluptuária. Vejamos:
CC
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, 
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
b) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. A alteração 
da pintura externa é considerada benfeitoria voluptuária, pois não há comprovação de que 
a pintura externa tinha como finalidade conservar o bem ou evitar que se deteriore nem 
aumentar ou facilitar o uso do bem. Vejamos:
CC
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, 
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
c) Errada. Não devem ser indenizadas as duas benfeitorias voluptuária: a construção da 
piscina e a alteração da pintura externa.
d) Errada. A reforma do encanamento da cozinha é considerada como benfeitoria necessária. 
As benfeitorias necessárias são as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se 
deteriore, por exemplo o reparo de um telhado. Vejamos:
CC
Art. 96.
[…]
§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
e) Errada. Não devem ser indenizadas as duas benfeitorias voluptuária: a construção da 
piscina e a alteração da pintura externa.
Letra b.
018. 018. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO (TJ AP)/JUDICIÁRIA E ADMINISTRATIVA/2024) Eduarda, artista 
plástica, montou seu ateliê em um sobrado que recebeu de herança de sua avó paterna. 
Ela produz esculturas que coloca à venda para os visitantes do ateliê, feitas em madeira e 
pintadas à mão, nunca produzindo uma peça idêntica a outra anterior. As esculturas são 
revestidas de um verniz que lhes confere grande durabilidade.
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Bens 
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De acordo com o Direito Civil Brasileiro, é correto classificar as esculturas produzidas por 
Eduarda como:
a) bens infungíveis e consumíveis;
b) bens infungíveis e pertenças do sobrado;
c) bens consumíveis e acessórios do sobrado;
d) bens fungíveis e não consumíveis;
e) bens não consumíveis e pertenças do sobrado.
a) Certa. As esculturas são exemplos de bens infungíveis, bens móveis que não podem ser 
substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Na hipótese da questão 
as esculturas são bens consumíveis porque destinadas à alienação, de acordo com o art. 
86 do Código Civil. Trata-se de consuntibilidade jurídica.
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria 
substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
b) Errada. Pertença é bem acessório destinado a conservar ou facilitar o uso das coisas 
principais, sem que destas sejam parte integrante (art. 93, Código Civil), como por exemplo as 
máquinas utilizadas em uma fábrica, os implementos agrícolas, as provisões de combustível, 
os aparelhos de ar condicionado (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Novo Curso de 
Direito Civil, vol. 1 [livro eletrônico], 26. ed., Saraiva, 2024, p. 304).
CC
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
c) Errada. Os bens acessórios são aqueles cuja existência e finalidade dependem de um 
outro bem, denominado bem principal (Flávio Tartuce, Manual de Direito Civil, 14. ed., 
Método, 2024, p. 200).
d) Errada. Bens fungíveis são os móveis que podem ser substituídos por outros da mesma, 
espécie, qualidade e quantidade (art. 85, Código Civil).
CC
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade 
e quantidade.
e) Errada. A escultura não é pertença.
Letra a.
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Bens 
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019. 019. (CEBRASPE/CESPE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREF CAMAÇARI/2024) Paula comprou 
um carro usado de seu vizinho Marcelo com a finalidade de doar a sua filha Olívia, a qual 
acabou de completar 18 anos. Durante as negociações preliminares, Paula identificou que 
o veículo possuía um rastreador e pensou ser relevante por questões de segurança, todavia 
nada foi convencionado sobre o equipamento. Realizado o contrato de compra e venda, 
Paula verificou que o veículo foi entregue sem o rastreador e, ao questionar Marcelo, ele 
informou que a aquisição desse item não foi convencionada.
Diante dessa situação hipotética, tendo em vista a natureza jurídica do bem, as disposições 
do Código Civil sobre os bens reciprocamente considerados e a jurisprudência do STJ, 
assinale a opção correta.
a) O rastreador é uma benfeitoria útil e acompanha o veículo.
b) O equipamento é uma benfeitoria voluptuária e não acompanha o automóvel.
c) O equipamento é considerado pertença e não acompanha o automóvel.
d) O rastreador é considerado uma pertença e deve acompanhar o veículo.
e) O rastreador é considerado uma parte integrante e acompanha o automóvel.
a) Errada. As benfeitorias são obras realizadas pelo homem, na estrutura da coisa principal, 
com o propósito de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona 
Filho, Manual de Direito Civil [livro eletrônico], 7ª ed., Saraiva Educação, 2023, p. 186).
b) Errada. As benfeitorias voluptuárias são obras empreendidas para mero deleite ou prazer 
(art. 96, § 1º, Código Civil), sem aumento da utilidade da coisa, como a decoração de um 
jardim (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Manual de Direito Civil [livro eletrônico], 7ª 
ed., Saraiva Educação, 2023, p. 186).
§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, 
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
c) Certa. Superior Tribunal de Justiça decidiu que rastreador é pertença e não acompanha 
o automóvel. Nesse o Recurso Especial 1.667.227/RS (Informativo 629): O equipamento de 
monitoramento acoplado ao caminhão consubstancia uma pertença, a qual atende, de modo 
duradouro, à finalidade econômico-social do referido veículo, destinando-se a promover a 
sua localização e, assim, reduzir os riscos de perecimento produzidos por eventuais furtos 
e roubos, a que, comumente, estão sujeitosos veículos utilizados para o transporte de 
mercadorias, caso dos autos. Trata-se, indiscutivelmente, de “coisa ajudante” que atende 
ao uso do bem principal. Enquanto concebido como pertença, a destinação fática do 
equipamento de monitoramento em servir o caminhão não lhe suprime a individualidade 
e autonomia o que permite, facilmente, a sua retirada, tampouco exaure os direitos sobre 
ela incidentes, como o direito de propriedade, outros direitos reais ou o de posse. Pertença 
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Bens 
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é bem acessório destinado a conservar ou facilitar o uso das coisas principais, sem que 
destas sejam parte integrante (art. 93, Código Civil), por exemplo as máquinas utilizadas 
em uma fábrica, os implementos agrícolas, as provisões de combustível, os aparelhos 
de ar condicionado (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Manual de Direito Civil [livro 
eletrônico], 7. ed., Saraiva Educação, 2023, p. 186). Os negócios jurídicos referentes ao bem 
principal não abrange as pertenças (art. 94, Código Civil). Vide:
CC
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, 
salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
d) Errada. O rastreador é considerado uma pertença e não deve acompanhar o veículo.
e) Errada. Partes integrantes são as coisas simples que formam a coisa composta, mantendo 
sua identidade (Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, vol. 1, 13. ed., Saraiva, 
2023, p. 332). Exemplos: a lente de uma câmera, peças de máquinas.
Letra c.
020. 020. (FGV/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL (SEF MG) /AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO/2023) 
Tina, por ocasião da realização de uma grande reforma em sua casa, adquiriu novas portas 
para os quartos e banheiros, ainda não instaladas, e um completo sistema de refrigeração 
central que, para sua instalação, exigiu a remoção dos vitrais das janelas da sala, o que foi 
feito com todo o cuidado, visto que Tina fazia questão de que os vitrais fossem reempregados 
no local. Considerando que as antigas portas dos quartos estavam em bom estado, Tina 
colocou-as à venda em um brechó próximo.
Considerando essas informações e a disciplina dos bens no Código Civil de 2002, assinale 
a afirmativa correta.
a) As portas antigas dos quartos e dos banheiros são classificadas como bens móveis consumíveis.
b) As portas novas dos quartos e dos banheiros, em razão da sua destinação econômica, 
são consideradas imóveis.
c) Os vitrais da janela, mesmo após terem sido removidos para instalação do sistema de 
refrigeração, mantém sua qualidade de imóveis.
d) Os vitrais da janela, após terem sido removidos para instalação do sistema de refrigeração, 
são classificados como móveis, mas mantêm o caráter da infungibilidade.
e) As portas antigas e os vitrais, após a remoção, são classificados como bens móveis e 
fungíveis.
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Bens 
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a) Errada. As portas antigas dos quartos e dos banheiros são classificadas como bens 
móveis fungíveis, tendo em vista que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, 
quantidade e qualidade. Vejamos:
CC
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade 
e quantidade.
Vide:
CC
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria 
substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
b) Errada. As portas novas dos quartos e dos banheiros são bens móveis, visto que ainda 
não foram instaladas. Examine:
CC
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, 
sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Vide:
CC
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, 
conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição 
de algum prédio.
c) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos:
CC
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local;
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
d) Errada. Veja o comentário da letra ‘’C’’.
e) Errada. Veja os comentários da letra ‘’A’’.
Letra c.
021. 021. (FGV/ANALISTA/PGM NITERÓI/PROCESSUAL/2023) Anderson decidiu comprar uma 
casa de praia para passar os feriados e finais de semana com sua família. Pesquisando por 
imóveis na internet, ele encontrou o anúncio de uma casa à venda na localidade que desejava, 
com um bom preço e ricamente ilustrado por fotografias atuais do bem. Anderson entrou 
em contato com o vendedor, que ainda residia na casa à época, e, após um período de 
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Bens 
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negociações, a compra e venda do imóvel foi celebrada. O preço foi pago à vista e o vendedor 
entregou as chaves no prazo avençado, mas, quando Anderson finalmente ingressou na casa 
pela primeira vez, descobriu que vários itens que apareciam nas fotografias anunciadas 
estavam faltando no imóvel, tendo sido retirados pelo vendedor quando desocupou o local.
Considerando que as partes nada dispuseram no contrato sobre nenhum desses itens, é 
correto afirmar que o vendedor:
a) podia levar consigo os ventiladores de teto dos quartos, por se tratar de pertenças;
b) podia arrancar as duas árvores que estavam plantadas no jardim da casa, por se tratar 
de coisas fungíveis;
c) podia remover a porta dos fundos da casa, sem estar obrigado a substituí-la, por se 
tratar de fruto industrial;
d) deveria ter deixado na casa as torneiras instaladas nos banheiros, por se tratar de bens coletivos;
e) deveria ter deixado na casa os vasos de plantas da varanda, por se tratar de bens imóveis 
por acessão física.
a) Certa. A assertiva está correta, pois os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem 
principal não abrangem as pertenças, ou seja, a compra e venda da casa de praia não 
abrange os ventiladores, uma vez que esses não constituem partes integrantes, mas sim 
servem o imóvel. Vejamos:
CC
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja 
existência supõe a do principal.
Vide:
CC
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamentode outro.
Vide:
CC
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, 
salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
b) Errada. Não podia arrancar as referidas árvores, por se tratar de bem imóvel. Examine:
CC
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
c) Errada. O vendedor não podia remover a porta dos fundos da casa, sem estar obrigado 
a substituí-la, por se tratar de parte integrante, que é o acessório unido ao principal, de 
forma a incorporar e complementar este, formando um todo independente. Vejamos:
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Bens 
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CC
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja 
existência supõe a do principal.
d) Errada. As torneiras instaladas nos banheiros são partes integrantes, haja vista que não 
há utilidade nestas quando não ligadas aos bens principais. Vejamos:
CC
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja 
existência supõe a do principal.
e) Errada. Por se tratar de pertenças, não dizem respeito ao bem principal.
CC
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, 
salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
Letra a.
022. 022. (CEBRASPE/CESPE/DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA/2023) Acerca dos 
bens imóveis e de suas classificações, assinale a opção correta.
a) Direitos reais sobre imóveis e ações que os asseguram são considerados bens móveis 
por determinação legal.
b) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, 
adquirem o caráter de bens móveis.
c) Direitos à sucessão aberta são considerados bens imóveis para efeitos legais.
d) O solo é considerado bem imóvel por acessão natural.
e) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local perdem o caráter de bens imóveis.
a) Errada. São imóveis os bens que a lei considera como tais, isto é, que não seriam imóveis 
se a lei não lhes atribuísse a qualificação, dentre os quais os direitos reais sobre imóveis e 
as ações que os asseguram, nos termos do art. 80 CC:
CC
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – o direito à sucessão aberta.
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Direito Civil 
Bens 
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b) Errada. A assertiva trata dos bens que a lei considera como imóveis (imóveis por 
determinação legal) isto é, que não seriam imóveis se a lei não lhes atribuísse a qualificação, 
conforme previsão do art. 81, II, do CC:
CC
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local;
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
c) Certa. O direito à sucessão aberta é realmente bem imóvel por determinação legal, 
conforme dispõe o art. 80, II, do CC:
CC
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – o direito à sucessão aberta.
d) Errada. Os bens imóveis podem ser imóveis por natureza, por acessão ou por determinação 
legal. Os imóveis por natureza (ou por essência) são o solo, a superfície e o subsolo e espaço 
aéreo úteis. Portanto, solo é imóvel por natureza. Os imóveis por acessão se sub-classificam 
em imóveis por acessão natural e por acessão industrial (ou artificial). Imóveis por acessão 
natural são os bens que se incorporam ao solo naturalmente como, por exemplo, as árvores 
e seus frutos pendentes (não colhidos). Imóveis por acessão industrial ou artificial são os 
bens que se incorporam ao solo por atividade humana, como as construções e edificações. 
Caracterizam-se por não poderem ser retirados do solo sem prejuízo da substância ou valor, 
isto é, sem serem destruídos ou danificados.
e) Errada. A assertiva contraria o art. 81, I, do CC:
CC
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local;
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
Por exemplo: uma casa modular que pode ser retirada de seus alicerces, para ser fixada 
em local diferente do original, sem perder sua natureza e finalidade, não perde o caráter 
de imóvel.
Letra c.
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Bens 
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023. 023. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 21ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2023) 
De acordo com o Código Civil, os bens fungíveis
a) tanto podem ser móveis quanto imóveis, ao passo que os bens consumíveis são 
necessariamente móveis.
b) são aqueles que servem a função típica determinada pela lei, ao passo que os bens 
consumíveis são tão somente aqueles destinados à alienação.
c) não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, ao 
passo que os bens consumíveis são aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria 
substância, com exceção dos destinados à alienação.
d) podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, ao passo 
que os bens consumíveis são aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria 
substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
e) são aqueles que servem a função típica determinada pela lei, ao passo que os bens 
consumíveis são aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo 
também considerados tais os destinados à alienação.
A questão deve ser resolvida nos termos do Art. 85, CC:
São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade.
Letra d.
024. 024. (FGV/AUDITOR DO ESTADO/CGE SC/DIREITO/2023) No mês passado, ocorreu um enorme 
debate na COJUR (Consultoria Jurídica) da Secretaria de Fazenda de Santa Catarina a 
respeito da cobrança de ICMS sobre TUST e TUSD – sistema de compensação de energia 
elétrica no âmbito da mini e microgeração de energia (energia solar). O debate centrou-se 
a respeito da natureza jurídica da energia.
Em relação ao tema Bens, é correto afirmar que as energias que tenham valor econômico 
são consideradas
a) bens públicos de uso comum do Estado gerador.
b) pertenças do bem imóvel principal.
c) fora do comércio, visto que são legalmente inalienáveis.
d) bens públicos dominicais do Estado gerador.
e) bens móveis por força da lei.
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Bens 
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a) Errada. Os bens públicos de uso comum do povo são aqueles cuja utilização não se submete 
a qualquer tipo de discriminação ou ordem especial de fruição. É o caso das praias, estradas, 
ruas e praças (art. 99, I, Código Civil) (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Manual de 
Direito Civil [livro eletrônico], 6ª ed., Saraiva Educação, 2022, p. 204). Vide:
CC
Art. 99. São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
b) Errada. Pertença é bem acessório destinado a conservar ou facilitar o uso das coisas 
principais, sem que destas sejam parte integrante (art. 93, Código Civil), como por exemplo as 
máquinas utilizadas em uma fábrica, os implementos agrícolas, as provisões de combustível, 
os aparelhos de ar condicionado (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Manual de Direito 
Civil [livro eletrônico], 6. ed., Saraiva Educação, 2022, p. 203). Vide:
CC
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
c) Errada. Bem fora do comércio (res extra commercium) ou bem inalienável é a coisa que 
não pode colocada em circulação no comércio jurídico.
d) Errada. Os bens dominicais ou dominiais são bens públicos não afetados à utilização 
direta e imediata do povo, nem aos usuários de serviços, mas que pertencem ao patrimônio 
estatal (art. 99, III, Código Civil). É o caso dos títulos pertencentes ao Poder Público, dos 
terrenos de marinha e das terras devolutas. São alienáveis, observadas as exigências da 
lei (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Manual de Direito Civil [livro eletrônico], 6ª ed., 
Saraiva Educação, 2022, p. 203). Vide: Art. 99, CC. São bens públicos:...
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
e) Certa. As energias que tenham valor econômico são consideradas bens móveis por força 
da lei, de acordo com o art. 83, I, do Código Civil. Vide:
CC
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais.
I – as energias que tenham valor econômico;
Letra e.
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Bens 
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025. 025. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO (TRT 12ª REGIÃO)/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR 
FEDERAL/2023) De acordo com o Código Civil, considere:
I – O direito à sucessão aberta.
II – As energias que tenham valor econômico.
III – Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
IV – Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
São considerados bens móveis para os efeitos legais
a) II e IV. apenas
b) III e IV, apenas
c) I e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas
e) I e II, apenas
I – Errada. O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel:
Art. 80, CC. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: […]
II – o direito à sucessão aberta.
II – Correta. As energias que tenham valor econômico são bens móveis para os efeitos legais 
por força do disposto no art. 83, I do Código Civil. Vide:
CC
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
III – Errada. Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem 
são bens imóveis (art. 81, II, Código Civil). Vide:
CC
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: […]
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
IV – Correta. Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são bens móveis 
para os efeitos legais por força do disposto no art. 83, III do Código Civil. Vide:
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: […]
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Letra a.
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Bens 
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026. 026. (FCC/TÉCNICO MINISTERIAL (MPE PB)/SEM ESPECIALIDADE/2023) São considerados 
bens fungíveis
a) os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
b) os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo 
também considerados tais os destinados à alienação.
c) os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de 
valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
d) os que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.
e) aqueles que existem sobre si, abstrata ou concretamente.
a) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos:
CC
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade 
e quantidade.
b) Errada. Trata-se de bens consumíveis os móveis cujo uso importa destruição imediata da 
própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. Vejamos:
CC
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria 
substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
c) Errada. São divisíveis os bens que se podem fracionar sem alteração na sua substância, 
diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. Examine:
CC
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição 
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
d) Errada. Os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos 
demais são considerados singulares. Vejamos:
CC
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si , independentemente 
dos demais.
e) Errada. O bem principal é aquele que existe sobre si, abstrata ou concretamente. Examine:
CC
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja 
existência supõe a do principal.
Letra a.
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Bens 
Antônio Alex
027. 027.(INSTITUTO CONSULPAM/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/TCM PA/2023) Consoante o texto 
do Código Civil brasileiro de 2002 (Lei n.º 10.406), considera-se imóvel para efeitos legais:
a) O direito real sobre objetos móveis.
b) O direito à sucessão aberta.
c) A energia que tenha valor econômico.
d) O direito pessoal de caráter patrimonial
a) Errada. O direito real sobre objetos móveis é considerado bem móvel. Examine:
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: […]
II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
b) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos:
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: […]
II – o direito à sucessão aberta.
c) Errada. Considera-se móvel para efeitos legais a energia que tenha valor econômico. 
Vejamos:
CC
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
d) Errada. O direito pessoal de caráter patrimonial é considerado móvel. Vejamos:
CC
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: […]
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Letra b.
028. 028. (DIRENS AERONÁUTICA/ESTÁGIO DE ADAPTAÇÃO DE OFICIAIS DE APOIO DA AERONÁUTICA 
(CIAAR)/SERVIÇOS JURÍDICOS/EAOAP 2024) O Código Civil Brasileiro (Lei n. 10.406 de 
10.01.2002) estabelece definições para bens móveis e imóveis. Assinale a opção que contenha 
apenas bens considerados como móveis.
a) Bens de raiz.
b) O direito à sucessão aberta.
c) Materiais provenientes da demolição de algum prédio.
d) Materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
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a) Errada. Consideram-se bens imóveis os bens de raiz, nos termos do artigo 79 do Código 
Civil. Vejamos:
CC
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
b) Errada. O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel. Examine:
CC
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – o direito à sucessão aberta.
c) Certa. A assertiva está de acordo com o Código Civil. Consideram-se bens móveis os materiais 
destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados e os provenientes da 
demolição de algum prédio. Verifique o seguinte dispositivo:
CC
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, 
conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição 
de algum prédio.
d) Errada. Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, 
são bens imóveis. Vejamos:
CC
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local;
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
Letra c.
029. 029. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/PREF PIRACICABA/2023) Josué é proprietário de 
uma casa muito antiga, no centro da cidade, que tem dois terrenos vagos ao lado. Uma 
construtora, interessada em realizar um grande empreendimento no centro da cidade, 
procura Josué a fim de adquirir a casa para demolição e utilizar o terreno para construção 
de um shopping center. Josué aceita vender a sua casa para demolição.
Diante da situação hipotética, e considerando o entendimento da doutrina majoritária, é 
correto afirmar que a casa de Josué vendida para demolição trata-se de um bem
a) móvel por determinação de lei.
b) móvel por antecipação.
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c) imóvel por acessão física artificial.
d) imóvel por destinação do proprietário.
e) imóvel por determinação legal.
a) Errada. O móvel por determinação de lei é aquele assim qualificado pela lei. Vejamos:
CC
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
b) Certa. A assertiva está correta, pois o móvel por antecipação é aquele bem imóvel 
transformado em bem móvel com uma finalidade econômica, como por exemplo uma fruta 
colhida. Assim sendo, a casa de Josué vendida será para demolição (remoção por força 
alheia) e utilizada para construção de um shopping center (finalidade econômica).
CC
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto 
de negócio jurídico.
c) Errada. O imóvel por acessão física artificial é aquele resultante do trabalho do homem e 
incorporado de forma artificial e permanente, como no caso das construções e plantações. 
A acessão é um modo originário de aquisição da propriedade, em virtude da qual fica 
pertencendo ao titular tudo quanto se une ou se incorpora ao bem. A acessão pode ocorrer 
de duas modalidades: a) a natural, que se dá quando a união ou incorporação advém de 
acontecimentos da natureza, como a formação de ilhas, o aluvião, a avulsão e o abandono 
de álveo; e b) a artificial, resultante do trabalho do homem, como no caso das construções 
e plantações. Fonte: Acessão – Direito Civil – Buscador Dizer o Direito.
d) Errada. O imóvel por destinação do proprietário é o móvel entendido como imóvel por 
vontade do proprietário. Enunciado 11 da I Jornada de Direito Civil. Não persiste no novo 
sistema legislativo a categoria dos bens imóveis por acessão intelectual, não obstante a 
expressão “tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente”, constante da parte 
final do art. 79 do Código Civil.
e) Errada. O imóvel por determinação legal é aquele assim qualificado pela lei, como por 
exemplo a sucessão aberta. Vejamos:
CC
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II – o direito à sucessão aberta.
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Vide:
CC
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local;
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
Letra b.
030. 030. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO (TJ SE)/ADMINISTRATIVA/JUDICIÁRIA/2023) Jairo foi 
convidado a estudar em Paris por dois anos. Emprestou, então, seu apartamento, em 
Aracaju, aHelena, sob as seguintes condições:
(i) se Helena o alugasse enquanto ele estivesse fora, deveria repassar-lhe 50% dos valores 
dos aluguéis;
(ii) as obras realizadas para conservação e manutenção do imóvel ficariam por conta de 
Helena; e
(iii) as obras de mero deleite, que tornassem o imóvel mais confortável, deveriam ser 
autorizadas por escrito por Jairo.
Nesse caso, as cláusulas referem-se, respectivamente, a:
a) frutos; benfeitorias úteis; benfeitorias voluptuárias;
b) produtos; benfeitorias necessárias; benfeitorias úteis;
c) frutos; benfeitorias necessárias; benfeitorias voluptuárias;
d) produtos; benfeitorias necessárias; acessões;
e) frutos; benfeitorias necessárias; acessões.
I – Frutos. Frutos. Os frutos civis são rendimentos produzidos pela utilização econômica da 
coisa principal, decorrentes da concessão do uso e gozo da coisa.
II – Benfeitorias necessárias. São benfeitorias necessárias são aquelas quem tem por 
finalidade conservar o bem ou evitar que se deteriore. Exemplo: reparo no teto de uma 
casa para evitar que se deteriore. Vejamos:
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
[…]
§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
III – Benfeitorias voluptuárias. As benfeitorias voluptuárias são aquelas que não aumentam 
ou facilitam o uso do imóvel, mas o torna mais agradável ou sejam de elevado valor, como: 
obras de jardinagem e de decoração, instalação de uma piscina.
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CC
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1º São voluptuárias as 
de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais 
agradável ou sejam de elevado valor.
Nesse caso, as cláusulas referem-se, respectivamente, a: Letra C) frutos; benfeitorias 
necessárias; benfeitorias voluptuárias;
Letra c.
031. 031. (FURB/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREF NOVA TRENTO/2023) Considerando estritamente 
os termos do Código Civil sobre os bens e a prescrição, julgue as seguintes assertivas:
I – A interrupção da prescrição dar-se-á por despacho do juiz, mesmo incompetente, que 
ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual. Essa 
interrupção poderá ocorrer por diversas vezes, enquanto o processo não for extinto, por 
força do princípio do acesso à justiça.
II – A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado, mas, quando feita por 
um dos credores solidários, não aproveitará aos demais credores daquele devedor.
III – Os bens móveis são aqueles suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força 
alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Nesse sentido, 
são considerados móveis para efeitos legais as energias que tenham valor econômico e os 
direitos pessoais de caráter patrimonial.
IV – São considerados bens públicos os de uso comum do povo, tais como rios, mares, 
estradas, ruas e praças.
É correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.
e) IV, apenas.
I – Errada. Essa interrupção poderá ocorrer apenas uma vez. Examine:
CC
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
I – por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover 
no prazo e na forma da lei processual;
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II – Errada. Quando feita por um dos credores solidários, aproveitará aos demais credores 
daquele devedor. Vejamos:
CC
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.
Art. 204. […]
§ 1º A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção 
efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.
III – Correta. A assertiva está de acordo com o Código Civil. Verifique os seguintes dispositivos:
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, 
sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Vide:
CC
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
IV – Correta. Bens de uso comum do povo são aqueles destinados à utilização geral pelos 
indivíduos, podendo ser utilizados por todos em igualdade de condições, tais como rios, 
mares, estradas, ruas. Vejamos:
CC
Art. 99. São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
Letra c.
032. 032. (DIRENS AERONÁUTICA/ ESTÁGIO DE ADAPTAÇÃO DE OFICIAIS DE APOIO DA AERONÁUTICA 
(CIAAR) /SERVIÇOS JURÍDICOS/EAOAP 2024) O Código Civil Brasileiro (Lei n. 10.406 de 
10.01.2002) estabelece em seu artigo 98 que “são públicos os bens do domínio nacional 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, 
seja qual for a pessoa a que pertencerem.”
Sobre o assunto, o referido Código estabelece que:
a) Somente os bens públicos são inalienáveis.
b) Os bens públicos estão sujeitos a usucapião.
c) Os rios, mares, estradas, ruas e praças são bens públicos.
d) O uso de bens públicos deve necessariamente ser remunerado ao ente que o detém.
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Bens 
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a) Errada. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, portanto, nem todos os bens 
públicos são inalienáveis. Vejamos: Vide:
CC
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Vide:
CC
CC
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
b) Errada. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. Examine:
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
c) Certa. A assertiva está em harmonia com o Código Civil. Os rios, mares, estradas, ruas 
e praças são bens públicos de uso comum do povo, pois são destinados à utilização geral 
pelos indivíduos, podendo ser utilizados por todos em igualdade de condições. Examine:
CC
Art. 99, CC. São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças. Bens de uso comum 
do povo são aqueles destinados à utilização geral pelosindivíduos, podendo ser utilizados por 
todos em igualdade de condições, independentemente de consentimento individualizado por 
parte do Poder Público (uso coletivo). Exs: ruas, praças, rios, praias etc. Fonte: Bens de uso comum 
do povo – Direito Civil – Buscador Dizer o Direito.
d) Errada. Os bens públicos possuem como características: inalienabilidade, impenhorabilidade, 
imprescritibilidade e não onerabilidade. Assim, o seu uso não deve ser remunerado ao ente 
que o detém, bem como não podem ser objeto de penhor, anticrese ou hipoteca.
Letra c.
033. 033. (VUNESP/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO (TCM SP)/CIÊNCIAS JURÍDICAS/2023) Sobre 
bens públicos, assinale a alternativa correta.
a) Os bens públicos dominicais são inalienáveis.
b) Os bens públicos de uso comum do povo podem ser alienados.
c) Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às 
pessoas jurídicas de direito privado a que se tenha dado estrutura de direito público.
d) São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno e externo.
e) O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído.
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a) Errada. Na verdade, os bens públicos dominicais são alienáveis. Examine:
CC
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
b) Errada. Os bens públicos de uso comum do povo não podem ser alienados, segundo o 
Código Civil. Vejamos:
CC
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
c) Errada. Consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Vejamos:
CC
Art. 99.
[…]
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
d) Errada. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de 
direito público interno, apenas. Examine:
CC
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
e) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos:
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
Letra e.
034. 034. (FUNDATEC/ANALISTA TÉCNICO (PROCERGS)/ADVOGADO/CÍVEL/2023) Acerca dos bens 
públicos, relacione a Coluna 1 à Coluna 2, associando a que tipo de bem público se trata.
Coluna 1
1. Bem público de uso comum do povo.
2. Bem público de uso especial.
3. Bem público dominical.
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Coluna 2
(  ) � Rios e mares.
(  ) � Prédio sede da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
(  ) � Praças públicas e estradas.
(  ) � Terras devolutas.
(  ) � Prédio desativado e abandonado de propriedade da União que abrigava um hospital público.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 2 – 1 – 2 – 3 – 2.
b) 1 – 2 – 1 – 3 – 3.
c) 3 – 1 – 3 – 2 – 2.
d) 2 – 2 – 2 – 1 – 3.
e) 1 – 1 – 1 – 2 – 2.
(1) Rios e mares.
Bem público de uso comum do povo. Bens de uso comum do povo são aqueles destinados 
à utilização geral pelos indivíduos, podendo ser utilizados por todos em igualdade de 
condições, tais como rios, mares, estradas, ruas. Vejamos:
CC
Art. 99. São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
Bens de uso comum do povo são aqueles destinados à utilização geral pelos indivíduos, 
podendo ser utilizados por todos em igualdade de condições, independentemente de 
consentimento individualizado por parte do Poder Público (uso coletivo). Exs: ruas, praças, 
rios, praias etc. Fonte: Bens de uso comum do povo – Direito Civil – Buscador Dizer o Direito
(2) Prédio sede da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Bem público de uso especial. O 
Prédio sede da Prefeitura Municipal de Porto Alegre é um bem público de uso especial, uma 
vez este é utilizado pela Administração para a prestação dos serviços administrativos e dos 
serviços públicos em geral que, na presente questão, é para referida Prefeitura. Vejamos:
CC
Art. 99. São bens públicos: […]
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
Bens de uso especial são aqueles utilizados pela Administração para a prestação dos serviços 
administrativos e dos serviços públicos em geral, ou seja, utilizados pela Administração para 
a satisfação de seus objetivos. Exs: prédio onde funciona um órgão público. Fonte: Bens de 
uso especial – Direito Civil – Buscador Dizer o Direito
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(1) Praças públicas e estradas. Bem público de uso comum do povo. Bens de uso comum do 
povo são aqueles destinados à utilização geral pelos indivíduos, podendo ser utilizados por 
todos em igualdade de condições, tais como rios, mares, estradas, ruas. Vejamos:
CC
Art. 99. São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças. Bens de uso comum 
do povo são aqueles destinados à utilização geral pelos indivíduos, podendo ser utilizados por 
todos em igualdade de condições, independentemente de consentimento individualizado por 
parte do Poder Público (uso coletivo). Exs: ruas, praças, rios, praias etc. Fonte: Bens de uso comum 
do povo – Direito Civil – Buscador Dizer o Direito
(3) Terras devolutas. Bem público dominical. Os bens públicos dominicais são aqueles que 
constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito 
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades, como por exemplo os terrenos de marinha, 
terras devolutas e os títulos da dívida pública. Vejamos:
CC
Art. 99. São bens públicos: […]
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, 
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
(3) Prédio desativado e abandonado de propriedade da União que abrigava um hospital 
público. Bem público dominical. Os bens dominicais são aqueles que não estão sendo 
utilizados para nenhuma destinação pública (estão desafetados), abrangendo o denominado 
domínio privado do Estado.
CC
Art. 99. São bens públicos: […]
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Letra b.
035. 035. (CEBRASPE/CESPE/ADVOGADO DA UNIÃO/2023) Em relação ao domínio público terrestre, 
é correto afirmar que a terra devoluta
a) é bem indisponível.
b) integra a categoria de bens de uso especial.
c) não é objeto de ação discriminatória.
d) é sempre passível de usucapião.
e) não possui qualquer destinação pública.
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a) Errada. As terras devolutas são bens disponíveis, tendo em vista que não estão afetadas ao 
interesse público. São classificadas como bens públicos dominicais. Desse modo, observadas 
as exigências da lei, as terras devolutas podem ser alienadas. Vejamos o dispositivo do 
Código Civil que trata do tema:
CC
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
b) Errada. Conforme exposto as terras devolutas integram a categoria de bens dominicais. 
Os bens de uso especial são bens, móveis ou imóveis, que se destinam ao uso pelo próprio 
Poder Público para a prestação de serviços. Vejamos o dispositivo do Código Civil que trata 
do tema:
CC
Art. 99. São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
c) Errada. As terras devolutas são sim objeto de ação discriminatória. Vejamos o dispositivo 
do Código Civil que trata do tema: Discriminação de terras é o processo administrativo ou 
judicial pelo qual as terras devolutas são separadas, extremadas, das terras não devolutas. 
O caráter devoluto da terra precisa ser declarado pela autoridade competente por meio 
de Ação Discriminatória.
d) Errada. Nenhum bem público, seja de que categoria for, pode ser objeto de usucapião. 
Vejamos o dispositivo do Código Civil que trata do tema:
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
e) Certa. Vejamos: Terras devolutas são aquelas que não tem nenhuma utilização pública 
específica e que não se encontram, por qualquer título, integradas ao domínio privado. 
As terras devolutas pertencem, em regra, aos Estados-membros, com exceção daquelas 
indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias 
federais de comunicação e à preservação ambiental, que são de propriedade da União (art. 
20, II, da CF/88). CAVALCANTE, Márcio André Lopes. As terras devolutas pertencem, em regra, 
aos Estados-membros, com exceção daquelas indispensáveis à defesa das fronteiras, das 
fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação 
ambiental, que são de propriedade da União. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível 
em: https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisp... Acesso em: 09 maio 2023.
Letra e.
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036. 036. (FGV/JUIZ DO TRABALHO (CSJT)/II CONCURSO UNIFICADO/2023) Quanto aos bens 
públicos, considerando o disposto no Código Civil, é correto afirmar que:
a) os bens públicos dominicais não podem ser alienados;
b) o uso comum dos bens públicos não pode ser retribuído;
c) o terreno destinado a serviço de autarquia municipal é bem público de uso especial;
d) são públicos os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado que integram 
a Administração Pública;
e) os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura 
de direito privado são considerados de uso especial.
a) Errada. Os bens públicos dominicais podem sim ser alienados. Examine:
CC
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
b) Errada. O uso comum dos bens públicos pode ser retribuído, conforme o Código Civil. 
Vejamos:
CC
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
c) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos:
Art. 99. São bens públicos: […]
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
d) Errada. São públicos os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público que 
integram a Administração Pública. Vejamos:
CC
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
e) Errada. Os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado 
estrutura de direito privado são considerados dominicais. Vejamos:
Art. 99. São bens públicos: […]
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Letra c.
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037. 037. (INSTITUTO VERBENA/ANALISTA MINISTERIAL (MPE AC)/DIREITO/2023) Conforme 
estabelecido pelo Código Civil, são considerados bens públicos
a) as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local.
b) os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, 
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
c) os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
d) as benfeitorias ou melhoramentos ou acréscimos de uso especial.
a) Errada. São bens imóveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua 
unidade, forem removidas para outro local. Vejamos:
CC
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local;
b) Certa. Os bens públicos dominicais são aqueles que constituem o patrimônio das pessoas 
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas 
entidades, como por exemplo os terrenos de marinha, terras devolutas e os títulos da 
dívida pública. Vejamos:
CC
Art. 99. São bens públicos: […]
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
c) Errada. Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados 
bensmóveis. Examine:
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
d) Errada. Benfeitoria é toda obra ou despesa realizada em um bem com o fim de conservá-
lo, torná-lo útil ou mais agradável ao uso.
Letra b.
038. 038. (CEBRASPE/CESPE/ PROMOTOR DE JUSTIÇA (MPE SC)/43º CONCURSO PÚBLICO/2023) 
À luz do disposto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), no Código 
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Civil bem como da jurisprudência do STF, julgue o próximo item, relativos a pessoas, 
domicílio e bens.
À luz do Código Civil, são bens públicos: os dominicais, que constituem o patrimônio das 
pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma 
dessas entidades; os de uso especial, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; e os de 
uso comum do povo, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
A afirmativa inverteu os conceitos de bens públicos de uso especial e bens públicos de uso 
comum do povo. Os bens públicos de uso comum do povo são aqueles cuja utilização não se 
submete a qualquer tipo de discriminação ou ordem especial de fruição. É o caso das praias, 
estradas, ruas e praças (art. 99, I, Código Civil). Os bens de uso especial são bens públicos 
cuja fruição, por título especial, e na forma da lei, é atribuída a determinada pessoa, bem 
como aqueles utilizados pelo próprio Poder Público para a realização dos seus serviços 
públicos (art. 99, II, Código Civil). É o caso dos prédios onde funcionam as escolas públicas. 
São também inalienáveis. Os bens dominicais ou dominiais são bens públicos não afetados 
à utilização direta e imediata do povo, nem aos usuários de serviços, mas que pertencem 
ao patrimônio estatal (art. 99, III, Código Civil). É o caso dos títulos pertencentes ao Poder 
Público, dos terrenos de marinha e das terras devolutas. São alienáveis, observadas as 
exigências da lei (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Manual de Direito Civil [livro 
eletrônico], 6. ed., Saraiva Educação, 2022, p. 204). Vide:
Art. 99. São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Os bens públicos ou do Estado são os que pertencem a uma entidade de direito público 
interno, como no caso da União, Estados, Distrito Federal, Municípios, entre outros (art. 
98, Código Civil). Na IV Jornada de Direito Civil, concluiu-se que o rol constante do art. 98 
do CC é meramente exemplificativo (numerus apertus) e não taxativo (numerus clausus). 
Prevê o Enunciado 287 do Conselho da Justiça Federal (CJF/STJ): “O critério da classificação 
de bens indicado no art. 98 do Código Civil não exaure a enumeração dos bens públicos, 
podendo ainda ser classificado como tal o bem pertencente à pessoa jurídica de direito 
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privado que esteja afetado à prestação de serviços públicos” (Flávio Tartuce, Manual de 
Direito Civil [livro eletrônico], 12ª ed., Método, 2022, p. 483). Vide:
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Errado.
039. 039. (INSTITUTO CONSULPLAN/ANALISTA EM DESENVOLVIMENTO SOCIAL (SEAS RO) /
DIREITO/2023) Em relação aos bens públicos, é o Código Civil que traz sua definição legal. 
De acordo com o Art. 98 do diploma legal, são bens públicos todos aqueles pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito público interno. De acordo com o Código Civil, o conceito de 
bens públicos
a) leva em consideração a sua utilização.
b) leva em consideração a sua titularidade.
c) está relacionado ao tempo de utilização do bem.
d) está relacionado ao recurso com que o bem foi adquirido.
e) leva em consideração o procedimento de aquisição do bem.
a) Errada. Veja o comentário da letra ‘’B’’.
b) Certa. A assertiva está correta, pois bens públicos são assim considerados se pertencentes 
às pessoas jurídicas de direito público interno, enquanto todos os outros são particulares. 
Assim sendo, leva em consideração a sua titularidade. Vejamos:
CC
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
c) Errada. Não está relacionado ao tempo de utilização do bem, uma vez que não estão 
sujeitos a usucapião. Examine:
CC
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
d) Errada. Não está relacionado ao recurso com que o bem foi adquirido, já que não se trata 
de bens particulares.
CC
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
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e) Errada. Não leva em consideração o procedimento de aquisição do bem, pois não se trata 
de bens particulares.
CC
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Letra b.
040. 040. (FGV/FISCAL DE RENDAS/RIO DE JANEIRO/2023) NÃO conta com a proteção ao bem 
de família o imóvel:
a) adquirido após a consolidação da dívida, quando já há demanda executiva em curso;
b) dado em caução de locação comercial;
c) do condômino, para pagamento de dívida decorrente de responsabilidade civil do 
condomínio insolvente em relação a terceiro;
d) em construção, no qual, por ora, só exista o terreno;
e) alugado a terceiros, quando o saldo da locaçãoé revertido em favor da unidade familiar.
a) Errada. Conta com a proteção ao bem de família o imóvel adquirido após a consolidação 
da dívida, quando já há demanda executiva em curso, conforme decidiu o Superior Tribunal 
de Justiça no Recurso Especial 1.792.265/SP (Informativo 723): Para o bem de família 
instituído nos moldes da Lei n. 8.009/1990, a proteção conferida pelo instituto alcançará 
todas as obrigações do devedor, indistintamente, ainda que o imóvel tenha sido adquirido 
no curso de uma demanda executiva.
b) Errada. Conta com a proteção ao bem de família o imóvel dado em caução de locação 
comercial de acordo com entendimento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça no Recurso 
Especial 1.789.505/SP (Informativo 732): É impenhorável o bem de família oferecido como 
caução em contrato de locação comercial.
c) Certa. NÃO conta com a proteção ao bem de família o imóvel do condômino, para pagamento 
de dívida decorrente de responsabilidade civil do condomínio insolvente em relação a 
terceiro, conforme decidiu o Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial n. 1.473.484/
RS (Informativo 631): É possível a penhora de bem de família de condômino, na proporção 
de sua fração ideal, se inexistente patrimônio próprio do condomínio, para responder por 
dívida oriunda de danos a terceiros. Bem de família é o imóvel utilizado como residência da 
entidade familiar, decorrente de casamento, união estável, entidade monoparental (pessoa 
solteira, separada ou viúva), ou entidade de outra origem, protegido por previsão legal 
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específica contra a expropriação em execução judicial, o que se denomina impenhorabilidade 
(Flávio Tartuce, Manual de Direito Civil, 13. ed., Método, 2023, p. 197).
d) Errada. Conta com a proteção ao bem de família o imóvel em construção, no qual, por 
ora, só exista o terreno, de acordo com o que decidiu o Superior Tribunal de Justiça no 
Recurso Especial n. 1.960.026/SP (Informativo 753): O terreno cuja unidade habitacional 
está em fase de construção, para fins de residência, está protegido pela impenhorabilidade 
por dívidas, por se considerar antecipadamente bem de família.
e) Errada. Conta com a proteção ao bem de família o imóvel alugado a terceiros, quando o 
saldo da locação é revertido em favor da unidade familiar de acordo com a Súmula n. 486 
do Superior Tribunal de Justiça: “É impenhorável o único imóvel residencial do devedor 
que esteja locado a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para 
a subsistência ou a moradia da sua família”.
Letra c.
041. 041. (FUNDATEC/RESIDENTE JURÍDICO/PGE SP/2023) Joanna foi condenada por ato ilícito 
extracontratual, sendo obrigada a indenizar Carlos em razão de danos morais e materiais 
calculados no valor de R$ 350.000,00. No curso da execução da decisão, não foram localizados 
bens em nome de Joanna, salvo único imóvel residencial que, no entanto, estava locado a 
Marcos. Carlos, então, requereu a penhora do referido imóvel, argumentando que o fato de 
Joanna nele não residir afastaria a incidência da Lei n. 8.009/1990. Diante dessa situação, 
e nos termos do entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça sobre o tema, 
assinale a alternativa correta.
a) A penhora poderá ser deferida, tendo em vista que Joanna não reside no imóvel.
b) A penhora não poderá ser deferida, bastando a comprovação de que se trata do único 
imóvel em nome de Joanna, configurando, assim, bem de família.
c) A impenhorabilidade no caso em questão apenas estará configurada se comprovado por 
Joanna que a renda obtida com a locação é revertida para custear sua moradia em outro imóvel.
d) Como Joanna não reside no imóvel, mas percebe os frutos do bem, fica afastada a 
incidência da Lei n. 8.009/1990.
e) A penhora não poderá ser deferida caso Joanna comprove que a renda obtida com a 
locação é revertida para a subsistência ou a moradia da sua família.
a) Errada. A penhora não poderá ser deferida se Joanna comprovar que a renda obtida com 
a locação é revertida para a subsistência ou a moradia da sua família. Vide comentários da 
afirmativa “E”.
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b) Errada. O imóvel alugado deve ser o único do devedor e a renda obtida com a locação 
deve ser revertida para a subsistência ou a moradia. Vide comentários da afirmativa “E”.
c) Errada. A impenhorabilidade no caso em questão estará configurada se o imóvel alugado 
for o único do devedor e se comprovado por Joanna que a renda obtida com a locação é 
revertida para custear sua moradia em outro imóvel. Vide comentários da afirmativa “E”.
d) Errada. Não fica afastada a incidência da Lei n. 8.009/1990.
e) Certa. A assertiva está de acordo com a Súmula 486 do STJ. O STJ afirma que o bem de 
família poderá ser considerado também impenhorável desde que cumpridos os seguintes 
requisitos: a) o imóvel alugado seja o único do devedor; b) a renda obtida com a locação 
seja revertida para a subsistência ou a moradia. Vejamos:
Súmula 486-STJ: É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado 
a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou 
a moradia da sua família. Aprovada em 28/06/2012, DJe 01/08/2012.
Pela Lei n. 8.009/90, somente seria impenhorável o imóvel próprio utilizado pelo casal ou 
pela entidade familiar para moradia permanente. O STJ, por meio de uma interpretação 
teleológica e valorativa, amplia a proteção.
A Lei n. 8.009/90 conceitua o que seja imóvel residencial para fins de impenhorabilidade:
Art. 5º Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um 
único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente.
Parágrafo único. Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis 
utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, salvo se outro 
tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis e na forma do art. 70 do Código Civil.
Desse modo, pela redação legal, somente seria impenhorável o imóvel próprio utilizado 
pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente. No entanto o STJ ampliou 
a proteção ao bem de família, conforme pudemos observar pela Súmula n. 486. Assim, 
se um casal, uma entidade familiar ou mesmo uma pessoa solteira e sozinha, possui um 
imóvel residencial “X” e o aluga, pela redação da lei ele não seria bem de família legal e 
poderia ser penhorado. Entretanto o STJ afirma que esse imóvel poderá ser considerado 
também impenhorável desde que cumpridos os seguintes requisitos: a) o imóvel alugado 
seja o único do devedor; b) a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência 
ou a moradia. O STJ assim decide porque entende que, em uma interpretação teleológica 
e valorativa, o objetivo da norma é o de garantir a moradia familiar ou a subsistência da 
família. CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 486-STJ. Buscador Dizer o Direito, Manaus. 
Disponível em: https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisp...o caso dos navios e das aeronaves, que embora sejam bens móveis, podem 
ser objeto de hipoteca, sendo a hipoteca um direito real de garantia sobre bens imóveis.
B) Móveis por antecipação: são bens incorporados ao solo, mas com a intenção de 
separá-los oportunamente e convertê-los em móveis, como as árvores destinadas ao 
corte e os frutos ainda não colhidos. Incluem-se nessa categoria os bens provenientes de 
demolição de imóveis:
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Art. 84. Os MATERIAIS DESTINADOS A ALGUMA CONSTRUÇÃO, ENQUANTO NÃO FOREM EMPREGADOS, 
conservam sua qualidade de MÓVEIS; readquirem essa qualidade os provenientes da DEMOLIÇÃO 
DE ALGUM PRÉDIO.
C) Móveis por determinação legal: são bens imateriais, que adquirem essa qualidade 
jurídica por disposição legal, previstos no art. 84 do CC:
Art. 83. Consideram-se MÓVEIS para os efeitos legais:
I – as ENERGIAS que tenham VALOR ECONÔMICO;
II – os DIREITOS REAIS sobre OBJETOS MÓVEIS e as AÇÕES CORRESPONDENTES;
III – os DIREITOS PESSOAIS de caráter patrimonial e RESPECTIVAS AÇÕES
004. 004. (CEBRASPE/CESPE/ADVOGADO DA UNIÃO/2023) Considerando as disposições do Código 
Civil e a jurisprudência do STJ a respeito de bens, assinale a opção correta.
a) Os direitos autorais, a energia elétrica e os direitos de propriedade intelectual são 
considerados bens móveis.
b) Os navios e aviões são sujeitos à hipoteca e, portanto, são considerados bens imóveis.
c) Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, não 
conservam sua qualidade de bens móveis.
d) Coisa sem dono (res nullius) é aquela que foi objeto de relação de direito, mas deixou de 
o ser porque seu dono jogou-a fora, com a intenção de a ela renunciar.
e) Os bens de sociedade de economia mista estão sujeitos à usucapião, inclusive quando 
afetados à prestação de serviço público.
a) Correta. A assertiva está de acordo, respectivamente, com os arts. 3º, Lei n. 9.610/1998; 
83, I, do Código Civil; e 5º, Lei n. 9.279/1996: Lei n. 9.610/1998.
Art. 3º Os direitos autorais reputam-se, para os efeitos legais, bens móveis; Código Civil (Lei n. 
10.406/2002).
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações;
Lei n. 9.279/1996
Art. 5º Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos de propriedade industrial.
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b) Errada. Não obstante os navios e aviões possam ser objeto de hipoteca (art. 1.473, 
VI e VII, CC), não são eles considerados bens imóveis, mas sim bens móveis – chamados 
por alguns autores de bens móveis especiais ou sui generis – como destacado pelo Prof. 
Carlos Roberto Gonçalves (Direito Civil Brasileiro, volume 5: direito das coisas. 12. ed. [livro 
eletrônico]. São Paulo: Saraiva, 2017): A hipoteca dos navios e das aeronaves rege-se pelo 
disposto em lei especial, como assinala o parágrafo único do citado dispositivo. Embora 
sejam móveis, é admitida a hipoteca, por conveniência econômica e porque são suscetíveis 
de identificação e individuação, tendo registro peculiar, possibilitando a especialização e a 
publicidade, princípios que norteiam o direito real de garantia.
c) Errada. Pelo contrário, os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem 
empregados, conservam sua qualidade de móveis, nos termos do art. 84, primeira parte, CC:
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, 
conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição 
de algum prédio.
d) Errada. A assertiva está incorreta, pois nos traz o conceito de coisa abandonada (res 
derelicta). Por sua vez, as coisas sem dono (res nullius) são as coisas que não pertencem a 
ninguém, ou seja, que não foram objeto de relação de direito.
e) Errada. De acordo com o STJ, os bens de sociedade de economia mista estão sujeitos à 
usucapião, exceto quando afetados à prestação de serviço público (REsp n. 120.702/DF, 
Rel.: Min. Ruy Rosado de Aguiar, 4ª Turma, j. em 28.6.2001; e AgInt no REsp n. 1.719.589/
SP, Rel.: Min. Luis Felipe Salomão, 4ª Turma, j. em 6.11.2018).
Letra a.
005. 005. (Q1175165/FAEPESUL/ADVOGADO/CRC/2019) Segundo o livro dos bens previsto no 
Código Civil, consideram-se imóveis ou não perdem o caráter de imóveis os seguintes bens 
ou direitos, exceto:
a) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
b) Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram.
c) O direito à sucessão aberta.
d) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local.
e) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
A questão deve ser resolvida conforme as disposições dos artigos 80, 81 e 83 do CC:
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – o direito à sucessão aberta.
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Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local;
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Letra e.
Por fim, cabe ressaltar que a propriedade dos bens móveis é adquirida por meio da 
tradição (1.267 CC), especificação (1.269 CC), ocupação (1.263 CC), confusão (1.272 CC), 
comissão (1.272 CC), usucapião, adjunção (1.272 CC), sucessão (1.784 CC) e achado do tesouro 
(1.264 CC). Para facilitar a memorização das hipóteses de aquisição da propriedade móvel 
criei um mnemônico em homenagem ao querido colega de trabalho chamado Teógenes, 
que tem como função no meu trabalho: cuidar da chave do tesouro. Vamos lá:
Aquisição da propriedade móvel: TEO CCUidAS do TESOURO
Tradição
Especificação
Ocupação
Confusão
Comissão
Usucapião
Adjunção
Sucessão
Achado do Tesouro
 
BENS MÓVEIS 
por Natureza 
 
por Antecipação 
por Determinação Legal 
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006. 006. (FGV/AUDITOR TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/TCE-AM/MINISTÉRIO PÚBLICO DE 
CONTAS/2021) Quando os credores de Mariana investigaram o seu patrimônio, identificaram 
os seguintes bens: crédito decorrente de contrato de empréstimo feito a sua irmã; automóvel 
ano 2018 placa XXX9999; materialAcesso em: 28/12/2023
Letra e.
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042. 042. (FAU UNICENTRO/ADVOGADO/CM GUAMIRANGA/2023) Assinale a alternativa INCORRETA 
tendo como base a lei 8.009/1990:
a) Não se beneficiará do disposto na lei de impenhorabilidade do bem de família aquele que, 
sabendo se insolvente, adquire de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência 
familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga. Neste caso, é defeso ao juiz, na respectiva 
ação do credor, transferir a impenhorabilidade para a moradia familiar anterior, ou anular-
lhe a venda, liberando a mais valiosa para execução ou concurso, conforme a hipótese.
b) O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não 
responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra 
natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e 
nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei.
c) Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um 
único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente.
d) A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, 
trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido pelo titular do crédito decorrente do 
financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e 
acréscimos constituídos e m função do respectivo contrato.
e) A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, 
trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido pelo credor da pensão alimentícia, 
resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre 
união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida.
a) Errada. Na realidade, é permitido ao juiz, na respectiva ação do credor, transferir a 
impenhorabilidade para a moradia familiar anterior, ou anular-lhe a venda, liberando a mais 
valiosa para execução ou concurso, conforme a hipótese. LEI N. 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 
1990:
Art. 4º Não se beneficiará do disposto nesta lei aquele que, sabendo-se insolvente, adquire 
de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência familiar, desfazendo-se ou não da 
moradia antiga.
§ 1º Neste caso, poderá o juiz, na respectiva ação do credor, transferir a impenhorabilidade para 
a moradia familiar anterior, ou anular-lhe a venda, liberando a mais valiosa para execução ou 
concurso, conforme a hipótese.
b) Certa. A assertiva é cópia literal do seguinte dispositivo da Lei n. 8.009/1990. Vejamos: 
LEI N. 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 1990:
Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não 
responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, 
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contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, 
salvo nas hipóteses previstas nesta lei.
c) Certa. Aplica-se ao caso, o artigo 5º, caput, da Lei n. 8.009/1990. Vejamos: LEI N. 8.009, 
DE 29 DE MARÇO DE 1990:
Art. 5º Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um 
único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente.
d) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo da Lei n. 8.009/1990. Vejamos: 
LEI N. 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 1990.
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, 
trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: […]
II – pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição 
do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;
e) Certa. A assertiva está em harmonia com a Lei n. 8.009/1990. Examine: LEI N. 8.009, DE 
29 DE MARÇO DE 1990.
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, 
trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: […]
III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário 
que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos 
responderão pela dívida;
Letra a.
043. 043. (FUMARC/ANALISTA JUDICIÁRIO (TRT 3ª REGIÃO)/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA 
AVALIADOR FEDERAL/2022) Sobre os bens penhoráveis e impenhoráveis, é INCORRETO afirmar:
a) A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as 
plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de 
uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados.
b) Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos 
suntuosos.
c) Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados 
como residência, a impenhorabilidade recairá, via de regra, sobre o de menor valor.
d) Para os efeitos de impenhorabilidade de que trata a Lei n. 8.009/90, consideram-se 
residência os imóveis utilizados pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente 
e aluguéis comerciais.
e) Quando a residência familiar se constituir em imóvel rural, a impenhorabilidade restringir-
se-á à sede de moradia, com os respectivos bens móveis.
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a) Certa. É a disposição do p. único do art. 1º da Lei n. 8.009/1990:
Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não 
responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciáriaou de outra natureza, 
contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, 
salvo nas hipóteses previstas nesta lei.
Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, 
as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de 
uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados.
b) Certa. De fato, a Lei n. 8.009/1990, em seu art. 2º, caput, exclui da regra da impenhorabilidade 
os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos.
c) Certa. A assertiva está em consonância com o p. único do art. 5º da Lei n. 8.009/1990:
Art. 5º Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um 
único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente.
Parágrafo único. Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis 
utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, salvo se outro 
tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis e na forma do art. 70 do Código Civil.
Impende registrar que a remissão ao art. 70 do Código Civil constante do preceito legal 
refere-se ao revogado CC/1916 e corresponde ao art. 1.711 do CC vigente.
d) Errada. Nos termos do art. 5º, caput, da Lei n. 8.009/1990, para os efeitos de 
impenhorabilidade, considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela 
entidade familiar para moradia permanente, não abrangendo os aluguéis comerciais.
e) Certa. É a redação da primeira parte do § 2º do art. 4º da Lei n. 8.009/1990:
Art. 4º Não se beneficiará do disposto nesta lei aquele que, sabendo-se insolvente, adquire 
de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência familiar, desfazendo-se ou não da 
moradia antiga.
§ 1º Neste caso, poderá o juiz, na respectiva ação do credor, transferir a impenhorabilidade para 
a moradia familiar anterior, ou anular-lhe a venda, liberando a mais valiosa para execução ou 
concurso, conforme a hipótese.
§ 2º Quando a residência familiar constituir-se em imóvel rural, a impenhorabilidade restringir-
se-á à sede de moradia, com os respectivos bens móveis, e, nos casos do art. 5º, inciso XXVI, da 
Constituição, à área limitada como pequena propriedade rural.
Letra d.
044. 044. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO (SEN)/ASSESSORAMENTO LEGISLATIVO/DIREITO CIVIL, 
PROCESSUAL CIVIL E AGRÁRIO/2022) Júlio, capaz, solteiro, reside sozinho em imóvel próprio 
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e é réu em ação de execução de título extrajudicial promovida pelo Banco X devido à 
inadimplência de contrato de mútuo. Além do imóvel e mobiliário que guarnece a casa, Júlio 
é proprietário de um automóvel e de uma vaga de garagem, que possui matrícula própria 
no registro de imóveis, e é local em que pernoita o veículo.
Diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta.
a) A condição de solteiro afasta a impenhorabilidade da residência de Júlio, por inexistir o 
conceito de família na situação narrada.
b) O automóvel, que é um veículo de transporte, de Júlio, por ser único, encontra-se 
protegido pela impenhorabilidade por ser bem de família.
c) Todas as obras de arte e adornos que se encontram na casa de Júlio são consideradas 
bens de família, sendo, por conseguinte, a impossibilidade de penhora.
d) A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, não se admitindo 
exceção, salvo quando se tratar de questões tributárias ou trabalhistas.
e) A vaga de garagem de Antônio, por possuir matrícula própria no registro de imóveis, não 
constitui bem de família para efeito de penhora.
a) Errada. A jurisprudência do STJ acolhe um conceito amplo acerca do bem de família, 
entendendo que a proteção legal decorrente da impenhorabilidade alcança também imóvel 
pertencente às pessoas solteiras, viúvas e separadas, conforme Enunciado 364 de sua 
súmula, verbis: O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o 
imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas.
b) Errada. A Lei n. 8.009/1990, em seu art. 2º, caput, exclui, expressamente, os veículos de 
transporte da disciplina da impenhorabilidade:
Art. 2º Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos.
Parágrafo único. No caso de imóvel locado, a impenhorabilidade aplica-se aos bens móveis 
quitados que guarneçam a residência e que sejam de propriedade do locatário, observado o 
disposto neste artigo.
Anote-se, por oportuno, que os tribunais têm excetuado da ressalva legal os veículos 
adaptados pertencentes às pessoas com deficiência, uma vez que, nessa hipótese, o 
automóvel tem por fim viabilizar a liberdade de locomoção e garantir uma existência digna 
às PcDs, aplicando-se-lhes, analogicamente, a disciplina legal do bem de família.
c) Errada. As obras e arte e os adornos suntuosos também não estão abrangidos pelo conceito de 
bem de família (art. 2º, caput, Lei n. 8.009/1990); logo, excluídas da regra da impenhorabilidade.
d) Errada. O art. 3º da Lei n. 8.009/1990 elenca as exceções à impenhorabilidade do bem 
familiar, verbis:
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, 
trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
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II – pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição 
do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;
III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário 
que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos 
responderão pela dívida;
IV – para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função 
do imóvel familiar;
V – para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela 
entidade familiar;
VI – por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória 
a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens;
VII – por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.
No mais, merece destaque que o STJ tem teses firmadas no sentido de que a impenhorabilidade 
do bem de família prevista no art. 3º, III, da Lei n. 8.009/1990 não pode ser oposta ao credor 
de pensão alimentícia decorrente de vínculo familiar ou de ato ilícito e que a proteção legal 
também deve ser afastada quando caracterizado abuso do direito de propriedade, violação 
da boa-fé objetiva e fraude à execução (Itens 1 e 11 do Informativo Jurisprudência em 
Teses n. 44).
e) Certa. É o que se depreende do Enunciado 449 da súmula do STJ: A vaga de garagem que 
possui matrícula própria no registro de imóveis não constitui bem de família para efeito 
de penhora.
Letra e.
045. 045. (FCC/ANALISTA JURÍDICO DE DEFENSORIA (DPE AM) /CIÊNCIASJURÍDICAS/III 
CONCURSO/2022) Tício possui as seguintes dívidas decorrentes de:
I – Cobrança de imposto de renda.
II – Obrigação oriunda de fiança concedida em contrato de locação residencial.
III – Cobrança de empréstimo bancário pessoal.
Segundo a Lei n. 8.009/1990 e as exceções ali previstas, a impenhorabilidade do bem de 
família de Tício estaria assegurada em relação às dívidas indicadas nos itens:
a) II e III, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, II e III.
e) II, apenas.
De acordo com Flávio Tartuce (Manual de direito civil: volume único. 8. ed. São Paulo: Método, 
2018, p. 225), o bem de família é o imóvel utilizado como residência da entidade familiar, 
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decorrente de casamento, união estável, entidade monoparental, ou entidade de outra 
origem, ao qual a lei confere a proteção da impenhorabilidade. Na esteira de entendimento 
sumulado pelo STJ, a proteção legal também é aplicável ao imóvel onde reside a pessoa 
solteira, separada ou viúva (Verbete 364: O conceito de impenhorabilidade de bem de família 
abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas).
Em nosso ordenamento, o bem de família pode ser VOLUNTÁRIO/CONVENCIONAL (arts. 
1.711 a 1.722, CC) ou LEGAL (Lei n. 8.009/1990).
Embora ambos sejam alcançados pela impenhorabilidade, a regra comporta exceções. No 
caso do bem de família convencional, o Código Civil excepciona a impenhorabilidade no 
art. 1.715:
Art. 1.715. O bem de família é isento de execução por dívidas posteriores à sua instituição, salvo 
as que provierem de tributos relativos ao prédio, ou de despesas de condomínio.
Parágrafo único. No caso de execução pelas dívidas referidas neste artigo, o saldo existente será 
aplicado em outro prédio, como bem de família, ou em títulos da dívida pública, para sustento 
familiar, salvo se motivos relevantes aconselharem outra solução, a critério do juiz.
Já o bem de família legal possui disciplina específica disposta no art. 3º da Lei n. 8.009/1990, 
constando da referida previsão as exceções à regra da impenhorabilidade:
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, 
trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
I – (Revogado pela Lei Complementar n. 150, de 2015)
II – pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição 
do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;
III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário 
que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos 
responderão pela dívida;
IV – para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função 
do imóvel familiar;
V – para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela 
entidade familiar;
VI – por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória 
a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.
VII – por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.
No que se refere à fiança prestada em contrato de locação – hipótese mais comumente cobrada 
nos certames – a previsão sempre fomentou discussões em sede doutrinária e jurisprudencial, 
não obstante o STF, ainda em 2006, já tivesse reconhecido sua constitucionalidade (RE n. 
407.688/SP, Rel.: Min. Cezar Peluso, Pleno, j. em 8.2.2006).
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No âmbito do STJ, editou-se, inclusive, o enunciado sumular n. 549 ratificando esse entendimento:
É válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação. Mais 
recentemente, a questão voltou a ser apreciada pela Corte Constitucional em relação à 
impenhorabilidade do bem de família no bojo de fiança prestada em contrato não residencial, 
tendo sido fixada, em repercussão geral (Tema 1.127), a seguinte tese:
CONSTITUCIONAL E CIVIL. ARTIGO 3º, VII, DA LEI 8.009/1990. CONTRATO DE LOCAÇÃO DE 
IMÓVEL COMERCIAL. PENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA DO FIADOR. RESPEITO AO DIREITO 
DE PROPRIEDADE, À LIVRE INICIATIVA E AO PRINCÍPIO DA BOA FÉ. NÃO VIOLAÇÃO AO ARTIGO 6º 
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO.
1. Os fundamentos da tese fixada por esta CORTE quando do julgamento do Tema 295 da 
repercussão geral (É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato 
de locação, em virtude da compatibilidade da exceção prevista no art. 3º, VII, da Lei 8.009/1990 
com o direito à moradia consagrado no art. 6º da Constituição Federal, com redação da EC 
26/2000), no tocante à penhorabilidade do bem de família do fiador, aplicam-se tanto aos 
contratos de locação residencial, quanto aos contratos de locação comercial.
2. O inciso VII do artigo 3º da Lei 8.009/1990, introduzido pela Lei 8.245/1991, não faz 
nenhuma distinção quanto à locação residencial e locação comercial, para fins de excepcionar 
a impenhorabilidade do bem de família do fiador.
3. A exceção à impenhorabilidade não comporta interpretação restritiva. O legislador, quando 
quis distinguir os tipos de locação, o fez expressamente, como se observa da Seção III, da própria 
Lei 8.245/1991 – que, em seus artigos 51 a 57 disciplinou a “Locação não residencial”.
4. No pleno exercício de seu direito de propriedade, o fiador, desde a celebração do contrato 
(seja de locação comercial ou residencial), já tem ciência de que todos os seus bens responderão 
pelo inadimplemento do locatário – inclusive seu bem de família, por expressa disposição do 
multicitado artigo 3º, VII, da Lei 8.009/1990. Assim, ao assinar, por livre e espontânea vontade, 
o contrato de fiança em locação de bem imóvel – contrato este que só foi firmado em razão 
da garantia dada pelo fiador –, o fiador abre mão da impenhorabilidade de seu bem de família, 
conferindo a possibilidade de constrição do imóvel em razão da dívida do locatário, sempre no 
pleno exercício de seu direito de propriedade.
5. Dentre as modalidades de garantia que o locador poderá exigir do locatário, a fiança é a mais 
usual e mais aceita pelos locadores, porque menos burocrática que as demais, sendo a menos 
dispendiosa para o locatário e mais segura para o locador. Reconhecer a impenhorabilidade do 
imóvel do fiador de locação comercial interfere na equação econômica do negócio, visto que 
esvazia uma das principais garantias dessa espécie de contrato.
6. A proteção à moradia, invocada pelo recorrente, não é um direito absoluto, devendo ser 
sopesado com (a) a livre iniciativa do locatário em estabelecer seu empreendimento, direito 
fundamental também expressamente previsto na Constituição Federal (artigos 1º, IV e 170, 
caput); e (b) o direito de propriedade com a autonomia de vontade do fiador que, de forma livre 
e espontânea, garantiu o contrato.
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7. Princípio da boa-fé. Necessária compatibilização do direito à moradia com o direito de 
propriedade e direito à livre iniciativa, especialmente quando o detentor do direito, por sua livre 
vontade, assumiu obrigação apta a limitar sua moradia.
8. O reconhecimento da impenhorabilidade violaria o princípio da isonomia, haja a vista que o 
fiador de locação comercial, embora também excepcionado pelo artigo 3º, VII, da Lei 8.009/1990, 
teria incólume seu bem de família, ao passo que o fiador de locação residencial poderia ter seu 
imóvel penhorado.
9. Recurso Extraordinário DESPROVIDO. Fixação de tese de repercussão geral para o Tema 1127: 
É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, seja 
residencial, seja comercial. (RE n. 1.307.334/SP, Rel.: Min. Alexandre de Moraes, Pleno, j. em 10.3.2022)
Com isso, tem-se por superada a orientação firmada no RE n. 605.709/SP (Rel. Min. Dias 
Toffoli, Red. p/ ac. Min. Rosa Weber, Órgão Julgador: 1ª Turma, j. em 12.6.2018), no qual se 
decidiu que não seria penhorável o bem de família do fiador no caso de contratos de locação 
comercial. Vale ressaltar, ainda, que, em razão da tese erigida pelo STF, o Superior Tribunal 
de Justiça, na sistemática dos recursos repetitivos (Tema 1.091), também estabeleceu a 
tese de que é válida a penhora do bem de família de fiador dado em garantia em contrato 
de locação de imóvel – seja residencial ou comercial –, nos termos do artigo 3º, VII, Lei n. 
8.009/1990 (REsp n. 1.822/040/PR, Rel.: Min. Luis Felipe Salomão, Órgão Julgador: 2ª Seção, 
j. em 8.6.2022). Assim, voltando às assertivas, podemos afirmar que, à luz das disposições 
da Lei n. 8.009/1990, a impenhorabilidade do bem de família de Tício estaria assegurada 
em relação às dívidas atinentes à cobrança do imposto de renda e de empréstimo bancário 
pessoal, pois ambas não constituem hipóteses que excepcionam a regra da impenhorabilidade. 
Vamos aos comentários de cada afirmativa:
I – Correta. A cobrança do IRPF não constitui exceção à regra da impenhorabilidade do bem 
de família legal (art. 3º, Lei n. 8.009/1990).
II – Errada. O bem de família legal pode ser penhorado em virtude de obrigação oriunda 
de fiança prestada em contrato de locação residencial ou comercial (art. 3º, VII, Lei n. 
8.009/1990).
III – Correta. Cuida-se de hipótese não acobertada pelo art. 3º da Lei n. 8.009/1990. Segundo 
a Lei n. 8.009/1990 e as exceções ali previstas, a impenhorabilidade do bem de família de 
Tício estaria assegurada em relação às dívidas indicadas nos itens:
Letra b.
046. 046. (NOSSO RUMO/ADVOGADO/PREF ITAPEVA/2021) Considere:
I – O único imóvel da família, sob qualquer hipótese, não poderá ser penhorado.
II – Somente pode ser penhorado o único imóvel da família em caso de dívida trabalhista 
do proprietário indicado no registro imobiliário do bem.
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III – O único imóvel da família não pode ser penhorado, salvo em virtude de débitos oriundos 
do próprio bem.
São corretas as alternativas:
a) I, II e III.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e III, apenas
I – Errada. O único imóvel da família poderá ser penhorado nas hipóteses previstas na Lei 
n. 8.009/1990 (art. 3º). Vejamos: LEI N. 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 1990.
Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não 
responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, 
contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, 
salvo nas hipóteses previstas nesta lei.
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, 
trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
II – pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição 
do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;
III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário 
que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos 
responderão pela dívida; IV – para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições 
devidas em função do imóvel familiar;
V – para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela 
entidade familiar;
VI – por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória 
a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.
VII – por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.
II – Errada. O inciso I do art. 3º Lei n. 8.009/1998, que previa a possibilidade de penhora do 
bem de família nas hipóteses de dívidas trabalhista foi revogado pela Lei Complementar 
n. 150/2015.
III – Correta. A assertiva está de acordo com o entendimento do STJ e com a Lei n. 8.009/1990. 
Vejamos: Para a aplicação da exceção à impenhorabilidade do bem de família prevista no 
art. 3º, IV, da Lei n. 8.009/90 é preciso que o débito de natureza tributária seja proveniente 
do próprio imóvel que se pretende penhorar. Exemplo: João celebrou com Pedro contrato 
de “permuta de imóveis urbanos”. Ficou acertado que João transmitiria a propriedade de 
sua casa para Pedro e, em troca, Pedro faria a transferência de seu apartamento a João. 
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Ficou consignado que cada parte iria transmitir o imóvel sem quaisquer dívidas tributárias. 
Depois da permuta e da transferência da posse, Pedro constatou que a casa cedida por João 
possuía débitos de IPTU. Para regularizar a situação, Pedro quitou essas dívidas. Em seguida, 
Pedro ajuizou ação contra João pedindo o ressarcimento desses valores considerando que 
houve um descumprimento do contrato neste ponto. O pedido foi julgado procedente. No 
cumprimento de sentença, Pedro pediu a penhora do apartamento que, depois da permuta, 
passou a pertencer a João e que é seu bem de família. Essa penhora não pode ser deferida 
porque não se enquadra no inciso IV do art. 3º da Lei:
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, 
trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
IV – para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função 
do imóvel familiar; Pode-se apontar três argumentos principais:
1) A dívida era referente a outro imóvel (e não ao que se pretende penhorar).
2) Não se está cobrando um imposto devido em função do imóvel; o que se está pleiteando é o 
ressarcimento decorrente de inadimplemento contratual.
3) As hipóteses de exceção à regra da impenhorabilidade do bem de família são taxativas, não 
comportando interpretação extensiva. STJ. 3ª Turma. REsp1332071-SP, Rel. Min. Marco Aurélio 
Bellizze, julgado em 18/02/2020 (Info 665). CAVALCANTE, Márcio André Lopes.
Não se pode penhorar o bem de família com base no inciso IV do art. 3º da Lei n. 8.009/90 se 
o débito de natureza tributária está relacionado com outro imóvel que pertencia ao devedor. 
Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: https://www.buscadordizerodireito.com.
br/jurisp... Acesso em: 10/10/2023. Admite-se a penhora do bem de família para saldar o 
débito originado de contrato de empreitada global celebrado para promover a construção 
do próprio imóvel.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.976.743-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 08/03/2022 (Info 728).
Letra b.
047. 047. (Q1095193 / FGV/GUARDA CIVIL MUNICIPAL/PREFEITURA DE SALVADOR – BA /2019)
Um determinado prédio histórico de Salvador passa por reformas. Para tanto, são retiradas 
algumas de suas janelas e partes do piso de algumas áreas. Após determinados procedimentos, 
tais materiais serão reintegrados ao imóvel. Segundo o Código Civil, essas janelas e partes 
do piso são bens
a) móveis.
b) imóveis.
c) consumíveis.
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d) imóveis, mas, durante o período de retirada, móveis.
e) coletivos.
A questão deve ser resolvida conforme o artigo 81, Inciso II, CC:
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
Letra b.
048. 048. (Q1197425 / CESPE/CEBRASPE/ AUDITOR DE FINANÇAS E CONTROLE DE ARRECADAÇÃO 
DA FAZENDA ESTADUAL/SEFAZ/2020) Com base no Código Civil, julgue os itens a seguir.
O direito à sucessão aberta é considerado, para os efeitos legais, bem imóvel, ainda que os 
bens deixados pela pessoa falecida sejam todos móveis.
A questão deve ser resolvida conforme o art. 80, II, do CC:
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
II – o direito à sucessão aberta.
Certo.
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REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 
1988.
_____. Decreto-Lei n. 4.657, de 4 de setembro de 1942. Brasília: Senado Federal, 1988.
_____. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Brasília: Senado Federal, 1988.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Esquematizado. 11. ed., Editora Saraiva, 2021.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Ideias e indicações de bibliografia não 
gozam de proteção dos direitos de autor. Buscador Dizer o Direito, Manaus. 
Disponível em: https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/
detalhes/991327d63593b0ba2c45618bf81f6a64. Acesso em: 04/07/2023.
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	Sumário
	Apresentação
	Bens
	1. Conceito de Bem
	2. Classificação dos Bens
	3. Bens Considerados em Si Mesmos
	3.1. Bens Imóveis
	3.2. Bens Móveis
	3.3. Bens Fungíveis e Consumíveis
	3.4. Bens Divisíveis
	3.5. Bens Singulares e Coletivos
	4. Bens Reciprocamente Considerados
	4.1. Bens Principais
	4.2. Bens Acessórios
	5. Titularidade de Domínio
	5.1. Bens Particulares
	5.2. Bens Públicos
	6. Bem de Família
	6.1. Conceito de Bem de Família
	6.2. Bem de Família Convencional
	6.3. Bem de Família Legal
	7. Enunciados e Súmulas
	Resumo
	Exercícios
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	Referênciasde construção que adquirira para construir um casebre 
no terreno de sua irmã; direito à sucessão aberta de sua mãe, pois ainda se encontra em 
andamento o respectivo inventário e partilha; usufruto de ações de titularidade de sua irmã.
Entre esses bens, considera-se imóvel:
a) o crédito decorrente de contrato de empréstimo feito a sua irmã;
b) o automóvel ano 2018 placa XXX9999;
c) o material de construção que adquirira para construir um casebre no terreno de sua irmã;
d) o direito à sucessão aberta de sua mãe, pois ainda se encontra em andamento o respectivo 
inventário e partilha;
e) o usufruto de ações de titularidade de sua irmã.
a) Errada. Conforme art. 83 do CC, Consideram-se móveis para os efeitos legais:
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
b) Errada. Conforme Art. 82 do CC, São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou 
de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
c) Errada. Conforme Art. 84 do CC, Os materiais destinados a alguma construção, enquanto 
não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade 
os provenientes da demolição de algum prédio.
d) Certa. Conforme art. 80 do CC, Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II – o direito 
à sucessão aberta.
e) Errada. Conforme art. 83 do CC, Consideram-se móveis para os efeitos legais: II – os 
direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes
Letra d.
007. 007. (INSTITUTO AOCP/OPERADOR DE MONITORAMENTO/PREF NOVO HAMBURGO/2020) Os 
bens imóveis, conforme disposição prevista no Código Civil (Lei n. 10.406, de 10 de janeiro 
de 2002), são:
a) o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
b) os frutos não colhidos.
c) as árvores destinadas ao corte.
d) os motorhomes e trailers, desde que devidamente fixados no terreno.
e) os animais de criação, desde que ligados a uma específica gleba de terra (solo).
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a) Certa. Conforme Artigo 79 do CC. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar 
natural ou artificialmente.
b) Errada. As árvores e frutos da terra enquanto não separados consideram- se imóveis, mas 
podem ser alienados para corte ou colheita e, nesses casos, classificam-se como móveis 
por antecipação. Ainda, conforme Artigo 95 do CC.
Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de 
negócio jurídico.
c) Errada. As árvores e frutos da terra enquanto não separados consideram- se imóveis, mas 
podem ser alienados para corte ou colheita e, nesses casos, classificam-se como móveis 
por antecipação. Ainda, conforme artigo 95 do CC.
Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de 
negócio jurídico.
d) Errada. Nos termos do art. 82 do CC:
São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem 
alteração da substância ou da destinação econômico-social.
e) Errada. Nos termos do Art. 82 do CC:
São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem 
alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Letra a.
3 .3 . BeNS FUNGÍveiS e CoNSUMÍveiS3 .3 . BeNS FUNGÍveiS e CoNSUMÍveiS
No art. 85, o Código Civil fala sobre os chamados bens móveis fungíveis:
Art. 85. São FUNGÍVEIS os MÓVEIS que podem SUBSTITUIR-SE por outros da MESMA ESPÉCIE, 
QUALIDADE E QUANTIDADE.
Os Bens fungíveis são os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, 
qualidade e quantidade, citando, por exemplo, o dinheiro. Por outro lado, os bens infungíveis são 
aqueles que não se substituem ou podem ser substituídos por outros bens de mesma espécie, 
valor, quantidade e qualidade, citando, por exemplo, um quadro de obra de arte.
A importância da classificação dos bens em fungíveis e infungíveis tem consequência 
na distinção entre o contrato de mútuo, que só recai sobre bens fungíveis (art. 586 do CC), 
e o contrato de comodato, que tem por objeto bens infungíveis (art. 579 do CC).
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Bens 
Antônio Alex
Bens consumíveis são os bens móveis em que o uso importa destruição imediata da 
própria substância, como os gêneros alimentícios, podendo ser incluídos nessa classificação 
os bens destinados à alienação, como as mercadorias de supermercado.
Art. 86. São CONSUMÍVEIS os BENS MÓVEIS cujo uso importa DESTRUIÇÃO IMEDIATA da própria 
substância, sendo também considerados tais os DESTINADOS À ALIENAÇÃO.
BENS FUNGÍVEIS
Bens móveis que podem SUBSTITUIR-SE por outros da mesma espécie, qualidade 
e quantidade.
BENS CONSUMÍVEIS Bens móveis cujo uso importa DESTRUIÇÃO imediata da própria substância.
008. 008. (CEBRASPE/CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/PC RO/2022) Quanto à classificação, 
o bem que admite uso constante, possibilitando-se que dele se retirem todas as suas 
utilidades, sem atingir sua integridade, é considerado
a) fungível.
b) indivisível.
c) principal.
d) singular.
e) inconsumível.
a) Errada. Bem fungível (art. 85, CC) é o bem móvel que pode substituir-se por outros de 
mesma espécie, qualidade e quantidade (v.g., dinheiro). De outro lado, infungível é aquele 
que não admite tal substituição:
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade 
e quantidade.
b) Errada. O art. 87 do Código Civil preceitua bem divisível como aquele que pode ser fracionado 
sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor ou prejuízo do uso a que 
se destinam. Logo, a contrário sensu, bem indivisível é aquele que não comporta partilha/
fracionamento sem que haja desvalorização ou perda das qualidades essenciais do todo. Anota-
se que, nos termos do art. 88 do CC, os bens naturalmente divisíveis podem se tonar indivisíveis 
por força lei (indivisibilidade legal) ou pela vontade das partes (convencional):
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição 
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei 
ou por vontade das partes.
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c) Errada. Bem principal, ou independente, é aquele que existe de maneira independente, 
de forma concreta ou abstrata. Já o bem acessório, ou dependente, tem sua existência e 
finalidade vinculadas a outro bem (principal), conforme art. 92 do CC:
Art.92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja 
existência supõe a do principal.
d) Errada. Diz-se singular o bem que, embora reunido, pode ser considerado de per si, 
independentemente dos demais (art. 89, CC). O bem singular pode ser simples (quando suas 
partes se encontram naturalmente ligadas, a exemplo de uma árvore) ou composto (quando 
a união das partes decorre da intervenção humana, como se verifica num automóvel) (Cf. 
TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. 8. ed. São Paulo: Método, 2018, p. 216).
e) Certa. Dispõe o art. 86 do CC:
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria 
substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
Da análise do preceito, denota-se que consumível é o bem móvel cujo uso importa na 
destruição imediata da própria coisa (consuntibilidade física) ou aquele destinado à alienação 
(consuntibilidade jurídica).
Noutro giro, inconsumível será o bem que admite uso constante ou reiterado, possibilitando-
se que dele se retirem todas as suas utilidades, sem atingir sua integridade – ou seja, sem 
que haja destruição imediata ou deterioração –, assim como o bem inalienável.
Letra e.
3 .4 . BeNS DiviSÍveiS3 .4 . BeNS DiviSÍveiS
Os bens divisíveis são os se podem fracionar sem alteração na sua substância, sem 
diminuição considerável de seu valor, ou prejuízo do uso a que se destinam, conforme o 
art. 87 do CC:
Art. 87. BENS DIVISÍVEIS são os que se podem FRACIONAR SEM ALTERAÇÃO NA SUA SUBSTÂNCIA, 
diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Dessa forma, são divisíveis os bens que podem ser partidos em porções reais e distintas, 
formando cada parte um todo perfeito. Citando um exemplo, o relógio é um bem indivisível, 
isso porque caso seja dividido, cada parte não conservará as qualidades essenciais do objeto 
integral relógio.
O art. 88 do CC dispõe que os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis 
por determinação da lei ou por vontade das partes:
Art. 88. Os bens naturalmente DIVISÍVEIS podem TORNAR-SE INDIVISÍVEIS POR DETERMINAÇÃO 
DA LEI ou POR VONTADE DAS PARTES.
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Bens 
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Diante do exposto, podem existir 03 (três) tipos de bens indivisíveis:
a) bens indivisíveis por natureza: são os que não podem ser fracionados sem alteração 
na sua substância, diminuição de valor ou prejuízo do uso, como um animal, um relógio, 
um quadro.
b) indivisíveis por determinação legal: quando a lei expressamente impede o seu 
fracionamento, como no caso da hipoteca e do direito dos co-herdeiros quanto à propriedade 
e posse da herança, até a partilha, os imóveis rurais que, por lei, não podem ser divididos 
em frações inferiores ao módulo regional.
c) indivisibilidade por vontade das partes: a indivisão estabelecida por doação ou por 
testamento, não poderá exceder de cinco anos (art. 1.320, § 2º do CC).
3 .5 . BeNS SiNGUlAreS e ColetivoS3 .5 . BeNS SiNGUlAreS e ColetivoS
A divisão dos bens singulares e coletivos pode ser realizada da seguinte forma:
 
Bens 
Singulares e 
Coletivos 
Singulares 
Simples 
Compostos 
Coletivos 
Universalidade 
de Fato 
Universalidade 
de Direito 
Bens singulares são aqueles considerados na sua individualidade, como um cavalo, uma 
caneta, um carro, previstos no art. 89 do CC:
Art. 89. São SINGULARES os bens que, embora reunidos, SE CONSIDERAM DE PER SI, 
independentemente dos demais.
A caneta, por exemplo, só pode ser bem singular, porque a reunião de várias delas 
não daria origem a um bem coletivo. Ainda que reunidas, seriam consideradas canetas 
individualmente, independentemente das demais.
Já os bens coletivos são chamados de universais ou universalidades e abrangem: 
universalidade de fato e universalidade de direito.
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009. 009. (FGV/OFICIAL DE JUSTIÇA/TJ RS/CLASSE O/2020) O direito civil identifica e classifica os 
diferentes tipos de bens, com o objetivo de facilitar a aplicação do direito ao caso concreto.
De acordo com o Código Civil brasileiro, é correto afirmar que os bens:
a) fungíveis e móveis podem ser substituídos por outros de mesma espécie e quantidade;
b) singulares incluem os que se consideram de per si independentemente dos demais, 
embora reunidos;
c) imóveis incluem tudo que for incorporado ao solo, desde que seja de forma natural, 
inclusive o próprio solo;
d) móveis são suscetíveis de movimento próprio sem alteração da substância ou destinação 
econômica e social, exceto os bens de remoção por força alheia;
e) divisíveis podem ser fracionados sem alterar sua substância, mesmo com diminuição 
considerável de valor, desde que sem prejuízo do uso a que se destina.
a) Errada. Conforme Artigo 85 do CC. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por 
outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
b) Certa. Conforme Artigo 89 do CC. São singulares os bens que, embora reunidos, se 
consideram de per si, independentemente dos demais.
c) Errada. Conforme Artigo 79 do CC. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar 
natural ou artificialmente.
d) Errada. Conforme Artigo 82 do CC. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou 
de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
e) Errada. Conforme Artigo 87 do CC:
Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição 
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Letra b.
Conforme o art. 90 do CC, a Universalidade de Fato refere-se à pluralidade de bens 
singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária:
Art. 90. Constitui UNIVERSALIDADE DE FATO a PLURALIDADE DE BENS SINGULARES que, 
PERTINENTES À MESMA PESSOA, tenham DESTINAÇÃO UNITÁRIA.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.
Para exemplificar a universalidade de fato, pode ser citado, por exemplo, uma biblioteca, 
pois ela não terá valor econômico sem livros. Desta forma, determinados bens, só possuem 
valor econômico e jurídico quando agregados, outro exemplo é um par de sapatos ou de 
brincos, a biblioteca, pois individualmente não apresentarão valor econômico ou jurídico.
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Além do mais, o parágrafo único do art. 90, dispõe que os bens que formam a universalidade 
de fato podem ser objeto de relações jurídicas próprias, ou seja, os bens podem ser alienados 
conjuntamente ou individualmente, mesmo apenas um sapato de seu, entretanto, o valor 
será bem menor.
Já a Universalidade de Direito pode ser entendida como o complexo de relações 
jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico, citando, por exemplo, a herança, o 
espólio, a massa falida etc.:
Art. 91. Constitui UNIVERSALIDADE DE DIREITO oCOMPLEXO DE RELAÇÕES JURÍDICAS, de UMA 
PESSOA, DOTADAS DE VALOR ECONÔMICO.
A principal diferença entre a universalidade de fato e a universalidade de direito decorre 
do fato de que a universalidade de fato se apresenta como um conjunto de bens ligados 
pela vontade do titular, enquanto a universalidade de direito representa o conjunto de bens 
corpóreos e incorpóreos em que a lei atribui o caráter de unidade.
UNIVERSALIDADE DE FATO Conjunto de bens ligados pela VONTADE DO TITULAR.
UNIVERSALIDADE DE DIREITO
Conjunto de bens corpóreos e incorpóreos em que a LEI ATRIBUI O 
CARÁTER DE UNIDADE.
010. 010. (IBFC/ANALISTA AMBIENTAL/SEAD GO/DIREITO/2023) O Código Civil de 2002 contém livro 
dedicado apenas aos bens. A respeito deste dispositivo legal, analise as afirmativas a seguir.
I – Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo 
se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
II – São fungíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância.
III – São benfeitorias voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso 
habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
IV – Os bens naturalmente divisíveis não podem tornar-se indivisíveis por vontade das partes.
V – Quando uma pluralidade de bens singulares constituir universalidade de fato, estes 
bens não poderão ser objeto de relações jurídicas próprias.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
b) Apenas as afirmativas II e V estão corretas
c) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas
d) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
e) Apenas as afirmativas IV e V estão corretas
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I – Correta. Nos termos do Art. 94, CC:
Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se 
o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
II – Errada. Nos termos do Art. 86, CC:
São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, 
sendo também considerados tais os destinados à alienação.
III – Correta. Nos termos do Art. 96, CC:
As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1º São voluptuárias as de mero 
deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável 
ou sejam de elevado valor.
IV – Errada. Nos termos do Art. 88, CC:
Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por 
vontade das partes.
V – Errada. Nos termos do Art. 90, CC:
Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma 
pessoa, tenham destinação unitária. Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade 
podem ser objeto de relações jurídicas próprias.
Letra d.
4 . BeNS reCiProCAMeNte CoNSiDerADoS4 . BeNS reCiProCAMeNte CoNSiDerADoS
A partir desta classificação existem os chamados bens principais e bens acessórios.
4 .1 . BeNS PriNCiPAiS4 .1 . BeNS PriNCiPAiS
Bem Principal é aquele que tem existência própria, autônoma, que existe por si.
Art. 92. PRINCIPAL é o bem que EXISTE SOBRE SI, abstrata ou concretamente; ACESSÓRIO, 
aquele cuja EXISTÊNCIA SUPÕE A DO PRINCIPAL.
Para exemplificar, o solo pode ser considerado o bem principal, isso porque ele existe 
por si mesmo, sem qualquer dependência. Por outro lado, árvore, é acessório, porque sua 
existência supõe a do solo onde foi plantada.
A regra geral é de que o bem acessório segue o destino do principal, chamado de princípio 
da gravitação. Para que ocorra o contrário, ou seja, o bem principal siga o bem acessório, há 
necessidade de que as partes convencionem previamente ou que exista algum dispositivo 
legal que traga tal previsão.
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4 .2 . BeNS ACeSSÓrioS4 .2 . BeNS ACeSSÓrioS
O Bem Acessório é aquele cuja existência depende do principal. Segundo o Código Civil, 
existem os seguintes bens acessórios: Produtos, Frutos, Pertenças e Benfeitorias.
 
BENS 
ACESSÓRIOS 
Produtos 
Frutos 
Pertenças 
Benfeitorias 
A) Produtos:
Os produtos são bens que se retiram do principal, diminuindo a quantidade do bem 
principal, isso porque os produtos não se reproduzem periodicamente. Por ser citado como 
exemplo de produtos, as pedras e metais preciosos que são extraídos das pedreiras e das 
minas. A previsão dos produtos está no art. 95 do CC:
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto 
de negócio jurídico.
B) Frutos:
Os frutos são utilidades que o bem principal produz periodicamente, sem acarretar a 
destruição do bem principal. Os frutos são caracterizados pela periodicidade, inalterabilidade 
da substância coisa principal e da separabilidade coisa principal. Assim, os frutos também 
saem do bem principal, entretanto, não diminuem a quantidade do bem principal, com 
previsão também no art. 95 do CC:
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto 
de negócio jurídico.
Exemplo de frutos: as frutas que nascem das árvores, os vegetais fornecidos pelo solo, 
o leito de animais etc.
Os frutos podem ser classificados quanto à origem:
• Naturais: são aqueles que se desenvolvem e se renovam periodicamente, em decorrência 
da própria natureza, como os frutos das árvores, as crias de rebanho, os vegetais etc.
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• Industriais: são aqueles que aparecem pela mão do homem, ou seja, surgem em razão da 
transformação da natureza pelo homem, como é realizado com a produção industrial.
• Civis: são os rendimentos produzidos pelo bem em consequência de sua utilização 
por terceiros, como os alugueis e os juros.
Também há uma classificação dos frutos quanto ao seu estado, que tem grande 
importância quando do estudo dos direitos reais:
Pendentes Ainda unidos à coisa que os produziu.
Percebidos Foram colhidos e separados da coisa.
Estantes Separados e armazenados ou acondicionados para venda.
Percipiendos Já deveriam ter sido colhidos, mas ainda não foram.
Consumidos Não existem mais porque foram utilizados.
011. 011. (FUNDATEC/PROCURADOR MUNICIPAL/PREF PORTO ALEGRE/2022) Considerando o 
regramento dos bens no Código Civil, assinale a alternativa correta.
a) São classificáveis como bens imóveis as árvores e os frutos colhidos, ainda que já 
transportados.
b) Benfeitorias somente podem ser assim caracterizadas quando tiver havido alguma 
espécie de intervenção do proprietário, possuidor ou detentor sobre o bem.
c) O direito à sucessão aberta é classificado como bem móvel e fungível, haja vista tratar-
se de direito pessoal do herdeiro.
d) Bens de uso comum do povo são alienáveis, mas, para tanto, é necessário comprovar o 
benefício público.e) O uso de bem público por particular, quando se tratar de bem de uso comum, não poderá 
ser oneroso.
a) Errada. Nos termos do Art. 79, CC:
São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. São considerados 
bens imóveis por natureza aqueles que possuem o solo, a superfície, e os acessórios. E adjacências 
naturais, assim compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo. 
Lembrando que são FRUTOS PENDENTES aqueles que estão ligados à coisa principal, e que não 
foram colhidos. Exemplo: maçãs que ainda estão presas à macieira.
b) Correta. Aplica-se ao caso, o artigo 97 do Código Civil. Vejamos:
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem 
sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
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c) Errada. De acordo com o Código Civil, o direito à sucessão aberta é classificado como bem 
imóvel e infungível, haja vista que são considerados fungíveis apenas os bens móveis. Vejamos:
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: (...)
II – o direito à sucessão aberta. E ainda, conforme CC:
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade 
e quantidade.
d) Errada. Bens de uso comum do povo são inalienáveis. Examine:
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
e) Errada. Na verdade, o uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído. Examine:
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
Letra b.
C) Pertenças:
As pertenças são bens móveis acessórios que não constituindo partes integrantes 
do bem principal, como são os frutos, produtos e as benfeitorias, se destinam, de modo 
duradouro, ao serviço ou ornamentação de outro. Exemplo: bens móveis incorporados a 
um imóvel pela vontade do proprietário, tratores destinados a uma melhor exploração de 
propriedade agrícola, etc. As pertenças estão previstas no art. 93 do CC:
Art. 93. São PERTENÇAS os bens que, NÃO CONSTITUINDO PARTES INTEGRANTES, se destinam, 
de modo duradouro, AO USO, AO SERVIÇO OU AO AFORMOSEAMENTO DE OUTRO.
012. 012. (NC UFPR/FUNPAR/ADVOGADO/PREF MATINHOS/2019) Com relação às diferentes 
classes de bens elencadas no Código Civil, assinale a alternativa correta.
a) São considerados bens imóveis os direitos reais sobre imóveis, as ações que os asseguram 
e as energias que tenham valor econômico.
b) Não perdem o caráter de bens móveis as edificações que, separadas do solo, mas 
conservando sua unidade, foram removidas para outro local.
c) Os materiais provenientes da demolição de algum prédio permanecem com a qualidade 
de bens imóveis.
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d) As pertenças se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento 
de outro bem, sem, contudo, constituírem partes integrantes deste.
e) Os frutos que ainda não foram separados do bem principal não podem ser objeto de 
negócio jurídico.
a) Errada. Conforme Artigo 80 do CC:
Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – o direito à sucessão aberta.
b) Errada. Conforme Artigo 81 do CC:
Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local;
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
c) Errada. Conforme Artigo 84 do CC:
Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
d) Certa. Conforme Artigo 93 do CC:
São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, 
ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
e) Errada. Nos termos do Art. 95, CC.
Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de 
negócio jurídico.
Letra d.
O art. 94 do CC mostra a distinção entre parte integrante (frutos, produtos e benfeitorias):
Art. 94. Os NEGÓCIOS JURÍDICOS QUE DIZEM RESPEITO AO BEM PRINCIPAL NÃO ABRANGEM AS 
PERTENÇAS, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias 
do caso.
Desta forma, as pertenças NÃO SEGUEM o bem principal, salvo se isso for convencionado, 
decorrer da lei ou das circunstâncias do caso. Também chamada de regra de gravitação, na 
qual o acessório segue o principal, mas essa regra não se aplica para pertença.
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A parte integrante forma com o principal um todo e a parte integrante não tem autonomia 
como a pertença.
Exemplo: lâmpada e lustre (fora do lustre, não há qualquer utilidade da lâmpada), assim é 
parte integrante.
Exemplo: Toca CD de um carro que a pessoa coloca é uma pertença (pode ser colocado em outro 
carro). Mas se o toca CD já vem de fábrica ele é parte integrante (pois não tem autonomia).
013. 013. (FGV/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO (TCE ES)/DIREITO/2023) Celanda é dona de 
um casarão antigo, em que um dos salões foi construído com vitrais belíssimos e valiosos. 
Em fevereiro de 2023, ela resolve desmontar temporariamente esse cômodo para enviar 
os vitrais à restauração. Aproveitando a ausência momentânea daqueles materiais, instala 
um moderno sistema de segurança na casa, a fim de proteger as obras restauradas em 
seu entorno.
Supondo que Celanda aliene todo o seu patrimônio imobiliário, o negócio jurídico irá contemplar:
a) a casa, abrangendo os vitrais, que também são considerados bens imóveis, mas não os 
equipamentos de segurança, bens móveis que não seguem a sorte do bem principal em 
que estão instalados;
b) a casa, sem abranger os vitrais, bens móveis por antecipação, nem os equipamentos de 
segurança, móveis que não seguem a sorte do bem principal;
c) a casa, abrangendo os vitrais, que também são considerados bens imóveis, e os 
equipamentos de segurança, bens móveis que, dedicados ao uso duradouro, incorporam-
se ao bem principal e seguem a sua sorte;
d) a casa, abrangendo os equipamentos de segurança, bens móveis que, dedicados ao uso 
duradouro, incorporam-se ao principal e seguem a sua sorte, mas não os vitrais, considerados 
bens móveis por antecipação;
e) a casa, abrangendo os equipamentos de segurança e os vitrais, ambos considerados 
benfeitorias, ainda que temporariamente separados do imóvel.
Os vitrais são considerados bens imóveis, pois foram provisoriamente separados da casa para 
sua restauração,mas serão reempregados. Os equipamentos de segurança são considerados 
pertenças, visto que são bens móveis suscetíveis de remoção por força alheia, sem alteração 
da substância, e estão afetados por forma duradoura ao serviço da casa, com o objetivo de 
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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proteger as obras restauradas em seu entorno. Assim sendo, o negócio jurídico irá contemplar 
apenas a casa com os vitrais, mas não os equipamentos de segurança (pertenças). Vejamos:
CC
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local;
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, 
sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja 
existência supõe a do principal.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, 
salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
Veja o que diz a doutrina:
“O novo Código Civil incluiu, no rol dos bens acessórios, as pertenças, ou seja, os bens móveis 
que, não constituindo partes integrantes (como o são os frutos, produtos e benfeitorias), 
estão afetados por forma duradoura ao serviço ou ornamentação de outro, como os tratores 
destinados a uma melhor exploração de propriedade agrícola e os objetos de decoração de uma 
residência, por exemplo.” (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil brasileiro. Vol. 1, 10ª ed., São 
Paulo: Saraiva, 2012, p. 289.
“(...) a pertença (CC, art. 93) é bem que se acresce, como acessório, à coisa principal, daí ser res 
annexa (coisa anexada). Portanto, é coisa acessória sui generis, destinada, de modo duradouro, 
a conservar ou facilitar o uso, ou prestar serviço, ou, ainda, servir de adorno do bem principal, 
sem ser parte integrante” (DINIZ, Maria Helena. Curso de direito brasileiro. Teoria geral do direito 
civil. v.1. 32ª ed. São Paulo: Saraiva, p. 395).
Exemplos de pertenças: aparelho de ar condicionado, telefone do escritório, elevadores, 
bombas de água, instalações elétricas, estátuas, espelhos, tapetes, máquinas da fábrica, 
tratores, instrumentos agrícolas etc. Portanto, a afirmativa “A” é a correta.
Letra a.
D) Benfeitorias:
As benfeitorias são acréscimos e melhoramentos realizados pelo homem na estrutura 
do bem principal, com o objetivo de conservá-lo, melhorá-lo ou proporcionar prazer ao seu 
proprietário. Conforme o art. 96, as benfeitoras podem ser:
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Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1º São VOLUPTUÁRIAS as de MERO DELEITE OU RECREIO, que não aumentam o uso habitual 
do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2º São ÚTEIS as que AUMENTAM ou FACILITAM o uso do bem.
§ 3º São NECESSÁRIAS as que têm por fim CONSERVAR o bem ou EVITAR QUE SE DETERIORE.
014. 014. (IADES/PROCURADOR DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE GOIÁS/2019) Com relação ao 
regramento dos bens, assinale a alternativa correta.
a) Consideram-se móveis, para os efeitos legais, os direitos reais sobre imóveis e as ações 
que os asseguram.
b) São infungíveis os móveis que podem se substituir por outros da mesma espécie, qualidade 
e quantidade.
c) Os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis por vontade das partes
d) Consideram-se móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico.
e) São necessárias as benfeitorias que aumentam ou facilitam o uso do bem.
a) Errada. Conforme Artigo 80 do CC:
Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – o direito à sucessão aberta.
b) Errada. Conforme Artigo 85 do CC:
São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade.
c) Errada. Conforme Artigo 88 do CC:
Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por 
vontade das partes.
d) Certa. Conforme Artigo 83 do CC.
Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
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e) Errada. Conforme art. 96, § 3º são necessárias as que têm por fim conservar o bem ou 
evitar que se deteriore.
Letra d.
Necessárias Tem por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore
Úteis Aumentam ou facilitam o uso do bem.
Voluptuárias Mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem.
Cabe ressaltar uma importante disposição com relação às benfeitorias:
Art. 97. NÃO SE CONSIDERAM BENFEITORIAS os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao 
bem SEM A INTERVENÇÃO do PROPRIETÁRIO, POSSUIDOR ou DETENTOR.
Vamos ver como já foi cobrada em concurso:
015. 015. (VUNESP/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ GO/PROVIMENTO/2021) Maria José é locatária 
de um imóvel no Jardim São Pedro. No terreno, ao lado da casa, onde mora, está sendo 
construído um prédio comercial. Certo dia, o empreiteiro da obra informou a Maria José 
que pintaria os muros da sua casa de forma gratuita, para valorizar o entorno de novo 
empreendimento que estava sendo construído.
Diante da situação hipotética, é correto afirmar que a pintura dos muros da casa locada 
por Maria José, perante o seu proprietário,
a) pode ser considerada como pertenças que, não constituindo partes integrantes, se 
destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
b) não pode ser considerada como benfeitoria, uma vez que o melhoramento sobrevindo 
ao imóvel foi realizado sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
c) pode ser considerada como benfeitoria voluptuária.
d) pode ser considerada como benfeitoria útil.
A questão deve ser resolvida conforme as disposições do art. 97 do CC:
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem 
sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
Haveria necessidade de intervenção do proprietário, isso porque Maria José é locatária do 
imóvel em questão.
Letra b.
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