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Documento de Briefing: Terceiro Setor e Entidades Paraestatais
Este documento resume os principais temas e ideias apresentadas no material "Apostila - DA - Aula 04.pdf," abordando o terceiro setor e as entidades paraestatais, com foco nas Organizações Sociais (OS), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) e entidades de apoio.
1. Introdução: Entidades Paraestatais e o Terceiro Setor
· Definição: As entidades paraestatais são entidades de direito privado que atuam em colaboração com o Estado, desempenhando atividades de interesse público, mas não exclusivamente estatais. Celso Antônio Bandeira de Mello as define como "sujeitos não estatais [...] que, em paralelismo com o Estado, desempenham cometimentos que este poderia desempenhar".
· Características:Não são criadas pelo Estado, embora algumas necessitem de autorização legal.
· Geralmente não prestam serviços públicos delegados, mas atividades privadas de interesse público.
· Atuam em colaboração com o Estado, recebendo incentivos como auxílios, subvenções e cessão de servidores.
· Possuem regime jurídico de direito privado, com derrogações de normas de direito público.
· "Sistema S": As entidades do "Sistema S" (SESI, SENAI, SESC, SENAT, etc.) são exemplos de entidades paraestatais que atuam em atividades de interesse público, mas não prestam serviços públicos delegados. A atuação estatal, nesse caso, é de fomento.
· São criadas por autorização em lei, mas a pessoa jurídica surge com o registro dos atos constitutivos pelos particulares.
· Elaboram regulamentos próprios de licitação, seguindo a principiologia das contratações públicas.
· Prestam contas ao Tribunal de Contas da União (TCU) e estão sujeitas à sua fiscalização.
· Seus processos são julgados, em regra, pela justiça comum (estadual). O STF sumulou a questão através da Súmula 516: "O Serviço Social da Indústria (SESI) está sujeito à jurisdição da Justiça estadual."
2. Organizações Sociais (OS)
· Contrato de Gestão: A parceria com o Estado ocorre através de contrato de gestão, firmado entre o Poder Público e instituições privadas qualificadas como organizações sociais. Este contrato visa o fomento e a execução de atividades em áreas específicas (ensino, pesquisa, tecnologia, meio ambiente, cultura e saúde).
· Qualificação: A qualificação como OS é um título jurídico outorgado pelo poder público, sendo ato discricionário do Poder Executivo, que decide sobre a conveniência e oportunidade da qualificação.
· A Lei 9.637/1998 estabelece os requisitos para qualificação, incluindo a natureza social dos objetivos, finalidade não lucrativa, estrutura de governança (conselho de administração e diretoria), e destinação do patrimônio em caso de extinção ou desqualificação.
· O Ministro ou titular de órgão supervisor da área de atuação da OS e o Ministro da Administração Federal e Reforma do Estado devem aprovar a qualificação.
· Atuação: As OSs atuam nas áreas de ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde.
· Fomento: O Poder Público fomenta as OSs por meio de recursos orçamentários, cessão de bens (permissão de uso) e cessão especial de servidores.
· Execução e Controle: O contrato de gestão estabelece as atribuições e responsabilidades da OS e do poder público, metas, prazos, indicadores, critérios de avaliação e programa de trabalho. A execução do contrato é supervisionada por órgão público, que avalia o alcance dos resultados. Em caso de irregularidades, o órgão supervisor deve notificar o TCU.
· Licitações e Contratações: As OS utilizam regulamentos próprios de licitação, que seguem os princípios da Administração Pública.
· Vedação: Uma entidade não pode ser qualificada simultaneamente como OS e OSCIP.
3. Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)
· Qualificação: A qualificação como OSCIP é dada a pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, que desempenham serviços sociais não exclusivos do Estado. A qualificação é um ato vinculado, ou seja, se preenchidos os requisitos legais, a qualificação deve ser concedida.
· O Ministério da Justiça é o órgão competente para realizar a qualificação como OSCIP, independentemente da área de atuação.
· Termo de Parceria: A parceria entre o Poder Público e a OSCIP ocorre através do termo de parceria. Este instrumento formaliza a cooperação e habilita a OSCIP a receber fomento do Estado.
· A Lei 9.790/1999 regulamenta as OSCIPs, e exige que elas não distribuam lucros e que apliquem integralmente os recursos no objeto social. Além disso, a lei prevê normas de prestação de contas.
· Requisitos: A OSCIP deve apresentar requisitos como a natureza social de seus objetivos, finalidade não lucrativa, normas de prestação de contas e destinação do patrimônio em caso de perda da qualificação.
· Vedações: O termo de parceria é vedado a OSCIPs que tenham incorrido em omissão no dever de prestar contas, descumprimento do objeto de convênios, desvio de finalidade, dano ao erário ou prática de outros atos ilícitos.
4. Diferenças entre OS e OSCIP
CaracterísticaOrganização Social (OS)Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)Instrumento JurídicoContrato de gestãoTermo de parceriaNatureza da QualificaçãoAto discricionárioAto vinculadoÓrgão Competente p/ QualificaçãoMinistro da área de atuaçãoMinistério da JustiçaÁreas de AtuaçãoEnsino, pesquisa, tecnologia, meio ambiente, cultura e saúdeDiversas áreas de interesse social5. Lei nº 13.019/2014: Marco Regulatório das OSCs
· Instrumentos de Parceria: A lei regulamenta a parceria entre a administração pública e as Organizações da Sociedade Civil (OSC) por meio de três instrumentos: termo de colaboração, termo de fomento e acordo de cooperação.
· Termo de colaboração: A iniciativa da parceria é da administração pública e envolve a transferência de recursos financeiros.
· Termo de fomento: A iniciativa da parceria é da OSC e envolve a transferência de recursos financeiros.
· Acordo de cooperação: A parceria não envolve a transferência de recursos financeiros.
· Chamamento Público: Em geral, a celebração de termos de colaboração e fomento exige chamamento público, exceto em casos previstos em lei.
· Vedações: A Lei 13.019/2014 também estabelece vedações para celebração de parcerias com OSCs, incluindo a presença de dirigentes com vínculo com o poder público, contas rejeitadas ou sanções administrativas.
· Aplicação de Recursos: As OSCs são responsáveis pela correta aplicação dos recursos públicos, sendo vedado o uso para finalidade diversa da parceria ou para pagamento de servidores públicos, salvo exceções legais.
6. Entidades de Apoio
· Definição: Entidades privadas sem fins lucrativos, instituídas por servidores públicos, para prestar serviços sociais não exclusivos do Estado. O vínculo com o poder público se dá, em regra, por meio de convênio.
· Fundações de Apoio: São um tipo específico de entidade de apoio, regulamentadas pela Lei nº 8.958/1994, que são criadas para apoiar projetos de ensino, pesquisa, extensão e desenvolvimento institucional de universidades e instituições científicas e tecnológicas.
· A contratação de fundações de apoio por IFES e ICTs é dispensável de licitação.
· Servidores podem participar das atividades das entidades de apoio sem vínculo empregatício, podendo receber bolsas, em geral, fora da jornada de trabalho.
· Contratações: As fundações de apoio devem seguir regulamentos específicos de aquisição e contratação, quando envolvam recursos públicos. Nas contratações que não envolvam recursos públicos, poderão seguir regras próprias, respeitando os princípios da Administração Pública.
7. Conclusão
O material enfatiza a importância do terceiro setor na colaboração com o Estado para a execução de atividades de interesse público. As entidades paraestatais, OS, OSCIPs e entidades de apoio são atores importantes nesse cenário, com suas particularidades e regulamentações específicas. O entendimento das características, das formas de parceria com o poder público e das obrigaçõesdessas entidades é fundamental para a correta aplicação de recursos públicos e a efetividade das políticas sociais.
Este resumo deve auxiliar na compreensão dos conceitos apresentados no documento original, preparando para as questões sobre este tema.
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Guia de Estudos: Terceiro Setor e Entidades Paraestatais
Quiz de Perguntas e Respostas
Perguntas:
1. Como Celso Antônio Bandeira de Mello define entidades paraestatais e quais são suas características principais?
2. Quais são as características comuns das entidades paraestatais, segundo Di Pietro, em relação à sua criação e atuação?
3. Explique a diferença entre a atuação estatal de fomento e a de prestação de serviço público, no contexto do "Sistema S".
4. O que é um contrato de gestão no contexto de organizações sociais (OS) e qual a sua finalidade principal?
5. Quais são as áreas de atuação que permitem que uma entidade privada seja qualificada como organização social (OS)?
6. Quais os requisitos essenciais para uma entidade privada se qualificar como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip)?
7. Qual a principal diferença entre o procedimento de qualificação de uma OS e de uma Oscip em relação ao poder público?
8. Qual o papel do termo de parceria no contexto de uma Oscip e qual seu objetivo?
9. Quais os instrumentos jurídicos que formalizam parcerias entre a administração pública e organizações da sociedade civil (OSC) segundo a Lei 13.019/2014 e qual a diferença entre eles?
10. De acordo com a Lei 13.019, quais são as principais vedações para uma OSC na aplicação de recursos públicos?
Gabarito:
1. Celso Antônio Bandeira de Mello define paraestatais como sujeitos de direito privado que atuam em paralelo ao Estado, desempenhando atividades que este poderia realizar, mas que não são de seu interesse exclusivo. Elas são caracterizadas pelo apoio significativo do Poder Público, incluindo o uso de poder de império e a instituição de tributos em seu favor.
2. As entidades paraestatais, geralmente, não são criadas pelo Estado, embora algumas dependam de autorização legal ou impulso estatal. Elas atuam em atividades privadas de interesse público, colaborando com o Estado, e não exercem serviços públicos delegados.
3. No contexto do "Sistema S", o Estado atua fomentando atividades de interesse público, mas não é ele que presta o serviço diretamente, que é feito pelas entidades do sistema. A atuação estatal, portanto, não é de prestação direta, mas de incentivo e apoio.
4. Um contrato de gestão é um instrumento firmado entre o Poder Público e uma entidade qualificada como organização social (OS) para estabelecer uma parceria, visando ao fomento e execução de atividades em áreas como ensino, pesquisa, tecnologia, meio ambiente, cultura e saúde.
5. As áreas de atuação para uma entidade privada ser qualificada como OS incluem ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde.
6. Para ser qualificada como Oscip, a entidade precisa ser uma pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos que não distribua lucros. Além disso, seu estatuto deve conter certas previsões, como a destinação do patrimônio em caso de extinção e as normas de prestação de contas.
7. A qualificação de uma OS é um ato discricionário do Poder Executivo, ou seja, depende de conveniência e oportunidade. Já a qualificação de uma Oscip é um ato vinculado, devendo ser concedida se preenchidos os requisitos legais. A competência para qualificar também difere: OS é com o Ministério da área e Oscip é com o Ministério da Justiça.
8. O termo de parceria é o instrumento que formaliza a cooperação entre o poder público e uma Oscip, habilitando a instituição a receber fomento do Estado e para executar atividades de interesse público.
9. Os instrumentos são o termo de colaboração (iniciativa do poder público com repasse de recursos), o termo de fomento (iniciativa da OSC com repasse de recursos) e o acordo de cooperação (sem repasse de recursos financeiros).
10. A Lei 13.019 proíbe que OSCs usem recursos públicos para finalidades alheias ao objeto da parceria e para pagar servidor público, exceto em casos específicos previstos em lei e na lei de diretrizes orçamentárias.
Questões Dissertativas
1. Analise o papel das entidades paraestatais no contexto da administração pública brasileira, abordando a relação com o Estado, os mecanismos de controle e os benefícios que elas podem trazer à sociedade.
2. Compare e contraste as organizações sociais (OS) e as organizações da sociedade civil de interesse público (Oscip), considerando suas características, requisitos de qualificação, instrumentos de parceria com o poder público e regime jurídico.
3. Discuta o processo de chamamento público na Lei nº 13.019/2014, abordando sua finalidade, as situações em que ele é dispensável e a importância desse mecanismo na garantia da transparência e da eficiência na gestão de recursos públicos.
4. Avalie o impacto da Lei nº 13.019/2014 no marco regulatório das relações entre o setor público e as organizações da sociedade civil, considerando as mudanças em relação à legislação anterior, os desafios e as oportunidades trazidas pela nova lei.
5. Explique a importância das fundações de apoio para instituições de ensino superior e outras instituições científicas e tecnológicas (ICTs), abordando suas formas de atuação, os mecanismos de controle e os requisitos para a contratação dessas entidades pelo setor público.
Glossário
· Entidades Paraestatais: Sujeitos de direito privado que, em paralelo ao Estado, desempenham atividades de interesse público, com apoio e incentivo do Poder Público.
· Terceiro Setor: Conjunto de organizações da sociedade civil que atuam em áreas de interesse público, sem fins lucrativos, em colaboração com o Estado e o mercado.
· Sistema S: Conjunto de serviços sociais autônomos (Sesi, Senai, Sesc, etc.) que oferecem serviços de educação profissional e assistência social, mantidos por contribuições parafiscais.
· Contrato de Gestão: Instrumento jurídico firmado entre o Poder Público e uma organização social (OS) para estabelecer uma parceria com foco no fomento e execução de atividades de interesse público.
· Organização Social (OS): Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que recebe qualificação do poder público para atuar em áreas como ensino, pesquisa, meio ambiente, cultura e saúde, por meio de contrato de gestão.
· Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip): Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que recebe qualificação do Ministério da Justiça para atuar em parceria com o poder público, mediante termo de parceria, em atividades de interesse social.
· Termo de Parceria: Instrumento jurídico que formaliza a cooperação entre o poder público e uma Oscip, habilitando a instituição a receber fomento do Estado para execução de atividades de interesse público.
· Termo de Colaboração: Instrumento jurídico para parceria entre o Poder Público e uma OSC, com iniciativa do poder público e repasse de recursos financeiros.
· Termo de Fomento: Instrumento jurídico para parceria entre o Poder Público e uma OSC, com iniciativa da OSC e repasse de recursos financeiros.
· Acordo de Cooperação: Instrumento jurídico para parceria entre o Poder Público e uma OSC, sem repasse de recursos financeiros.
· Fomento: Atuação do Estado que visa incentivar e apoiar atividades de interesse público, sem, necessariamente, executá-las diretamente.
· Chamamento Público: Procedimento seletivo realizado pelo Poder Público para selecionar organizações da sociedade civil para firmar parcerias.
· Fundações de Apoio: Entidades privadas sem fins lucrativos que apoiam projetos de ensino, pesquisa, extensão e desenvolvimento institucional em instituições de ensino superior e demais instituições científicas e tecnológicas.
· Ato Discricionário: Ato administrativo em que o poderpúblico tem liberdade de escolha, considerando a conveniência e a oportunidade.
· Ato Vinculado: Ato administrativo em que o poder público deve agir de acordo com o previsto em lei, sem liberdade de escolha.
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FAQ Sobre o Terceiro Setor e Entidades Paraestatais
1. O que são entidades paraestatais e como elas se relacionam com o Estado?
2. Entidades paraestatais são organizações de direito privado que atuam em colaboração com o Estado, desempenhando atividades que este poderia executar, mas que não são de seu interesse exclusivo. Elas não fazem parte da administração pública direta ou indireta, mas recebem apoio estatal significativo, como incentivos financeiros, cessão de servidores e outorgas para uso de bens públicos. Essas entidades atuam em áreas de interesse público, mas geralmente não executam serviços públicos delegados pelo Estado. Elas são parte do que se convenciona chamar de terceiro setor.
3. O que são e como operam as entidades do "Sistema S"?
4. As entidades do "Sistema S" são serviços sociais autônomos, como o SESI, SENAI, SESC e SENAT, que também se incluem no terceiro setor. Elas são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por lei, que atuam em áreas de interesse público, como educação profissional, lazer e saúde, mas não executam serviços públicos delegados pelo Estado. Sua atuação estatal é de fomento, e não de prestação direta de serviço público. Elas são mantidas com recursos públicos, como contribuições parafiscais, e devem prestar contas ao Tribunal de Contas da União (TCU), sujeitando-se à sua fiscalização, apesar de não serem parte da administração pública. Seus processos são julgados, via de regra, pela justiça comum estadual.
5. O que é uma Organização Social (OS) e como ela é qualificada?
6. Uma Organização Social (OS) é uma entidade privada sem fins lucrativos que recebe qualificação do Poder Executivo para atuar em áreas como ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, meio ambiente, cultura e saúde. A qualificação como OS é um ato discricionário do Poder Público, o que significa que, mesmo atendendo aos requisitos legais, o Poder Executivo pode optar por não concedê-la. Essa qualificação é concedida por meio de um título jurídico e está vinculada à celebração de um contrato de gestão com o poder público para execução de atividades de interesse público.
7. Quais são as principais características de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e como ela se diferencia de uma OS?
8. Uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) é uma entidade privada sem fins lucrativos que recebe uma qualificação jurídica do Ministério da Justiça, após apresentar requerimento e comprovar o atendimento aos requisitos legais. Diferentemente das OSs, a qualificação como OSCIP é um ato vinculado, ou seja, se cumpridos os requisitos legais, a qualificação deve ser concedida, não sendo discricionária. As OSCIPs atuam em áreas de interesse social e podem celebrar termos de parceria com o poder público. Uma entidade não pode ser qualificada como OS e OSCIP ao mesmo tempo, e as OSCIPs, diferentemente das OS, não celebram contrato de gestão. As OS atuam em áreas específicas estabelecidas por lei, enquanto as OSCIPs têm um leque maior de atuação. A competência para qualificação de uma OSCIP é do Ministério da Justiça, enquanto a de uma OS é do Ministro ou titular de órgão supervisor da área de atuação correspondente.
9. Qual a diferença entre contrato de gestão, termo de parceria, termo de colaboração e termo de fomento?
10. O contrato de gestão é celebrado entre o poder público e uma Organização Social (OS), estabelecendo metas, prazos e responsabilidades para a execução de atividades de interesse público. Já o termo de parceria é o instrumento utilizado para estabelecer a cooperação entre o poder público e uma OSCIP. Os termos de colaboração e fomento são instrumentos utilizados na Lei 13.019/2014 e se destinam a formalizar parcerias entre a administração pública e entidades privadas sem fins lucrativos (OSC). O termo de colaboração é utilizado para parcerias iniciadas pela administração pública, com transferência de recursos financeiros. Já o termo de fomento é utilizado quando a iniciativa da parceria é da OSC, com transferência de recursos. O acordo de cooperação é utilizado em parcerias entre a administração pública e uma OSC que não envolve transferência de recursos financeiros.
11. Como ocorre o fomento público a entidades paraestatais e quais os controles sobre o uso desses recursos?
12. O fomento público a entidades paraestatais pode ocorrer por meio de repasses de recursos orçamentários, cessão de servidores públicos com ônus para o poder público, e destinação de bens por meio de permissão de uso. As entidades, como as do "Sistema S," devem prestar contas ao TCU e estão sujeitas à sua fiscalização. As OS e OSCIP também têm de prestar contas sobre o uso de recursos públicos recebidos. Caso haja irregularidades, o órgão supervisor deve dar ciência ao TCU sob pena de responsabilidade solidária. As entidades também podem adotar regulamentos próprios de licitação para contratações, que devem seguir os princípios da administração pública, ainda que em procedimentos simplificados.
13. O que são entidades de apoio e como elas se relacionam com as IFES e ICTs?
14. Entidades de apoio são pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, frequentemente criadas por servidores públicos, com a finalidade de prestar serviços sociais não exclusivos do Estado, especialmente apoiando projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico de Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs). Elas mantêm vínculo com o poder público, geralmente por meio de convênio, e devem se registrar e credenciar junto aos Ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovações. Servidores públicos podem participar de atividades destas entidades sem vínculo empregatício, recebendo bolsas, geralmente fora de sua jornada de trabalho regular. Elas devem prestar contas aos seus financiadores quanto aos recursos recebidos e podem ser dispensadas de licitação para contratação por IFES e ICTs.
15. Em que situações é dispensável a realização de chamamento público para parcerias com OSCs?
16. O chamamento público para parcerias com OSCs é dispensável em algumas situações específicas, tais como: quando houver atividades voltadas a serviços de educação, saúde e assistência social, desde que a OSC já esteja previamente credenciada; em parcerias que envolvam recursos provenientes de emendas parlamentares; e quando houver identidade e reciprocidade de interesse das partes, com viabilidade de execução da parceria. Além disso, o chamamento é dispensável em casos de urgência ou emergência, ou quando a parceria envolver organizações previamente reconhecidas pela administração pública como entidades de excelência ou que possuam particular expertise.

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