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1 
 
 
LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998 
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
INDÍCE DO MATERIAL 
01. HOMICÍDIO .......................................................................................................................................... 4 
1.1 TOPOGRAFIA DO HOMICÍDIO ................................................................................................................................. 4 
1.2 HOMICÍDIO SIMPLES ............................................................................................................................................... 6 
1.2 HOMICÍDIO PRIVILEGIADO ..................................................................................................................................... 8 
1.2 HOMICÍDIO QUALIFICADO .................................................................................................................................... 10 
1.3 HOMICÍDIO CULPOSO ........................................................................................................................................... 17 
1.4 PERDÃO JUDICIAL ................................................................................................................................................. 18 
1.5 CAUSAS DE AUMENTO DE PENA § 4° E § 6° ......................................................................................................... 19 
 QUESTÕES .............................................................................................................................................. 21 
02. FEMINICÍDIO (Art. 121-A) – atualização 2024 ............................................................................................ 26 
 QUESTÕES .............................................................................................................................................. 28 
03. INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO AO SUICÍDIO OU A AUTOMUTILAÇÃO ........................................ 31 
3.1 CAPUT – INDUZIR, INSTIGAR OU AUXILIAR .......................................................................................................... 31 
3.2 MODALIDADE QUALIFICADA ................................................................................................................................ 31 
3.3 CAUSAS DE AUMENTO DE PENA........................................................................................................................... 32 
3.4 HIPÓTESES DE DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME ..................................................................................................... 33 
 QUESTÕES .............................................................................................................................................. 34 
04. INFANTICÍDIO ........................................................................................................................................... 37 
 QUESTÕES .............................................................................................................................................. 38 
05. ABORTO ................................................................................................................................................... 40 
5.1 ABORTO PROVOCADO PELA GESTANTE OU COM O SEU CONSENTIMENTO ....................................................... 40 
5.2 ABORTO PROVOCADO POR TERCEIRO ................................................................................................................. 40 
5.3 CAUSAS DE AUMENTO DE PENA (ABORTO PRATICADO POR TERCEIRO) – ABORTO QUALIFICADO .................... 41 
5.5 HIPÓTESES DE ABORTO LEGAL OU PERMITIDO .................................................................................................... 41 
 QUESTÕES .............................................................................................................................................. 42 
 SIMULADO GERAL ...................................................................................................................................... 44 
 
 
 
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LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998 
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
CRIMES CONTRA A VIDA
 
Olá, futuro aprovado(a)! Hoje estudaremos os CRIMES CONTRA A PESSOA, trabalhando especificamente os crimes 
contra a vida, abordados nos Artigos 121 a 128 do Código Penal. 
O Código Penal Brasileiro prevê quatro crimes contra a vida, são eles: 
 
a) Homicídio (art. 121, CPB); 
b) Induzimento, instigação e auxílio ao suicídio (art. 122, CPB); 
c) Infanticídio (art. 123, CPB); 
d) Aborto (art. 124 a art. 128, CPB). 
>> BEM JURÍDICO TUTELADO 
Quando falamos em crimes contra a vida, o primeiro aspecto importante é que o bem protegido é a vida humana, tanto 
a vida daquele que já nasceu quanto dos nascituros, ou seja, aqueles que possuem vida intrauterina, que foi concebido, mas 
ainda não nasceu. 
>> FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL 
O direito à vida encontra expressa previsão na Constituição Federal de 1988, garantindo a todos a inviolabilidade 
desse direito nos termos do art. 5º caput da Constituição federal de 1988: 
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida...” 
 
>> COMPETÊNCIA DE JULGAMENTO 
Lembrando que a competência para o processo e julgamento dos crimes dolosos contra a vida, por expressa previsão 
constitucional, é do Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII, “d”, CF). Por tanto, o homicídio culposo (art. 121, § 3º, CPB) não está 
inserido na competência do Tribunal do Júri. 
ATENÇÃO!!! 
➢ Dos crimes contra a vida, o homicídio é o único que admite a modalidade culposa (art. 121, § 3º, CPB). 
➢ O crime de induzimento, instigação ou auxílio à AUTOMUTILAÇÃO, tipificado no art. 122, § 2º do Código Penal, NÃO 
é crime contra vida, mas CRIME CONTRA A INCOLUMIDADE FÍSICA DA VÍTIMA, dessa forma, também não será julgado pelo 
Tribunal do Júri. Entretanto, do ponto de vista LEGISLATIVA, ou seja, conforme a lei, tal crime faz parte dos crimes contra 
vida. 
 
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LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998 
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
 QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
01. CEBRASPE, TER/BA, Técnico Judiciário – Segurança 
Judiciária, 2010 - A competência do júri é para julgamento 
dos crimes contra a vida, sejam eles dolosos ou culposos. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
02. CEBRASPE, STF, Analista Judiciário, 2008 - O julgamento 
dos crimes dolosos contra a vida é de competência do 
tribunal do júri, mas a CF não impede que outros crimes 
sejam igualmente julgados por esse órgão. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
 
03. CEBRASPE, ANAC, Analista Administrativo, 2012 - A CF 
reconhece a instituição do júri, assegurando a plenitude de 
defesa, a publicidade das votações, a soberania dos 
veredictos e a competência para julgar os crimes culposos 
contra a vida. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
04. CEBRASPE, STJ, Analista Judiciário – Área 
Administrativa, 2004 - A instituição do tribunal do júri 
assegura a plenitude da defesa, o sigilo das votações, a 
soberania dos veredictos e competência para julgar e 
processar os crimes dolosos contra a vida, a honra e a 
liberdade. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
05. CEBRASPE, TJ/SE, Analista Judiciário, 2014 - No 
julgamento de crimes dolosos contra a vida, a competência 
do tribunal do júri deve prevalecerdissimulação 
C) contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e 
da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da 
função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, 
companheiro ou parente consanguíneo até quarto grau, em 
razão dessa condição 
D) com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura 
ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar 
perigo comum
12. IBFC, PC/RJ, Oficial de Cartório, 2013 - Na descrição 
típica do crime de homicídio o Código Penal prevê hipóteses 
de diminuição de pena e algumas figuras qualificadoras. 
Tendo em conta as referidas disposições legais, analise as 
afirmativas a seguir: 
I. O pai de um jovem viciado em “crack” que, em ato de 
desespero, mata o traficante que fomece drogas para o seu 
filho, poderá ter sua pena reduzida em face da 
caracterização do homicídio privilegiado por relevante valor 
moral. 
 
II. O marido que, ao surpreender a esposa conversando com 
outro homem em praça pública, tomado por ciúme 
egoístico, efetua disparos de arma de fogo contra ela, 
ceifando sua vida, comete homicídio privilegiado em 
decorrência do domínio da violenta emoção. 
III. O homicídio praticado por agente público, que tem como 
vítima o morador de uma comunidade carente suspeito de 
colaborar com os traficantes locais, caracteriza figura 
privilegiada, em decorrência do relevante valor social da 
conduta. 
IV. O cliente que suprime a vida do dono de um bar porque 
este se negou a servir-lhe uma dose de bebida fiado, 
comete o crime de homicídio qualificado pelo motivo fútil. 
V. O agente que emprega violência física reiterada contra o 
suspeito da prática de um crime visando extrair-lhe a 
confissão, mas lhe causa a morte em decorrência da 
intensidade das sevícias, responde pelo crime de homicídio 
qualificado pela tortura. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
A) I, IV e V. 
B) II, III e IV. 
C) I e IV. 
D) IV e V. 
E) II, III e V.
13. IBFC, PC/RJ, Oficial de Cartório, 2013 - Um policial civil 
regularmente designado para atuar como responsável pela 
carceragem de uma Delegacia de Polícia é cientificado por 
familiares de um preso temporário que este sofre de 
“diabetes” grave e que necessita de constantes injeções de 
“insulina” para manter a doença sob controle, sendo-lhe 
exibido o respectivo laudo médico. O agente público 
simplesmente ignora esta informação e não a transmite aos 
seus superiores hierárquicos, mantendo o indivíduo no 
cárcere sem qualquer assistência médica. Dias depois, o 
preso é encontrado caído no chão da cela com visíveis sinais 
tanatológicos, sendo o óbito constatado e a causa mortis 
apurada como decorrente da ausência de controle 
glicêmico. No caso em tela o policial civil estará sujeito à 
responsabilização penal pela prática do crime de: 
A) Homicídio. 
B) Omissão de socorro. 
C) Prevaricação. 
D) Tortura. 
E) Abuso de autoridade. 
 
 
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LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998 
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
14. FUNDATEC, PREFEITURA DE BAGÉ/RS, Guarda Civil, 
2024 - Um guarda municipal foi chamado para atender a 
uma situação na qual uma pessoa havia sido morta 
propositalmente por asfixia, conforme o laudo pericial do 
Instituto Médico Legal. De acordo com o Código Penal 
Brasileiro, nesse caso, esse crime é classificado como 
homicídio: 
A) Culposo. 
B) Simples. 
C) Qualificado. 
D) Menor. 
E) Afiançável.
15. VUNESP, PREFEITURA DE LINS/SP, Guarda Civil 
Municipal, 2024 - Sobre o crime de homicídio previsto no 
Código Penal Brasileiro, assinale a alternativa correta. 
A) Todo e qualquer crime de homicídio contra a mulher, 
doloso ou culposo, é denominado feminicídio. 
B) Será considerado simples o homicídio praticado contra 
um guarda municipal, em decorrência da função pública por 
ele exercida. 
C) O homicídio será qualificado, quando for praticado com 
o emprego de arma de fogo de uso permitido. 
D) O homicídio praticado contra menor de 14 (quatorze) 
anos será sempre qualificado.
16. VUNESP, PREFEITURA DE CERQUILHO/SP, Guarda 
Municipal, 2019 - Hércules havia cometido um crime de 
roubo e ficou sabendo que Medusa foi testemunha ocular 
desse delito. Assim, resolve tirar a vida de Medusa, crime 
este que veio a executar, pessoalmente, mediante disparo 
de arma de fogo. Nessa situação hipotética, considerando 
apenas essas informações, segundo o Código Penal, é 
correto afirmar que Hércules cometeu o crime de 
A) homicídio simples. 
B) homicídio simples, com atenuante, por ter agido sob o 
domínio de violenta emoção. 
C) feminicídio em razão de a vítima ser mulher. 
D) homicídio qualificado, por ter agido para assegurar a 
impunidade de outro crime. 
E) homicídio qualificado, em razão de a vítima ser mulher. 
 
17. VUNESP, PC/SP, Médico-Legista, 2014 - Artaxerxes 
cometeu o crime de homicídio contra Valenciano. Apurou-
se que Artaxerxes cometeu o crime sob o domínio de 
violenta emoção logo em seguida a injusta provocação de 
Valenciano. Nessa hipótese, pelo que dispõe o Código Penal 
e desconsiderando outros eventuais fatores, é correto 
afirmar que 
A) Artaxerxes deverá responder pelo crime de homicídio 
qualificado. 
B) o juiz poderá reduzir a pena de Artaxerxes. 
C) Artaxerxes poderá ter a sua pena aumentada pelo juiz. 
D) o juiz deverá aplicar a pena de homicídio simples, sem 
qualquer redução ou aumento de pena. 
E) o juiz deverá deixar de aplicar a pena, nesse caso, em 
razão de Valenciano ter provocado Artaxerxes 
injustamente.
18. VUNESP, PC/SP, Agente de Polícia, 2013 - Apolo 
conduzia seu automóvel por uma via pública quando seu 
veículo veio a ser “fechado” bruscamente pelo automóvel 
conduzido por Dafne. Em seguida, Apolo, muito nervoso por 
conta da “fechada” que levou, passou a perseguir Dafne 
com seu automóvel para “tirar satisfação” pelo ocorrido. Ao 
alcançar o veículo de Dafne, esta xingou Apolo com alguns 
“palavrões”. Ato contínuo, Apolo, que estava armado com 
um revólver, para o qual tinha a devida licença de porte de 
arma, disparou cinco tiros em Dafne, causando-lhe a sua 
morte instantânea. 
Com base nos dados expostos, é correto afirmar que Apolo 
A) deverá responder pelo crime de lesão corporal seguida 
de morte. 
B) deverá responder pelo crime de homicídio qualificado 
por ter sido cometido por motivo torpe. 
C) cometeu o crime de homicídio simples, mas não sofrerá 
pena em razão de ter reagido a uma injusta provocação da 
vítima. 
D) cometeu o crime de homicídio, mas terá diminuída sua 
pena em razão de ter porte de arma e de ter agido em 
legítima defesa da honra. 
E) deverá responder pelo crime de homicídio qualificado 
por ter sido cometido por motivo fútil. 
 
 
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LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998 
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
19. VUNESP, PC/SP. Escrivão, 2013 - Analise as informações 
apresentadas a seguir e classifique-as como (V) verdadeira 
ou (F) falsa. 
O crime de homicídio é qualificado, nos expressos termos 
do § 2. o do art. 121 do CP, se cometido 
( ) para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou 
vantagem de outro crime. 
( ) por funcionário público no exercício de suas funções. 
( ) durante o repouso noturno. 
A classificação correta, de cima para baixo, é: 
A) V, V, F. 
B) F, V, V. 
C) V, F, V. 
D) V, F, F. 
E) V, V, V.
20. VUNESP, TJ/SP, Juiz, 2009 - Pode constituir exemplo de 
homicídio qualificado por motivo torpe o crime praticado 
A) com o propósito de vingança. 
B) por motivaçãoinsignificante. 
C) com extrema crueldade contra a pessoa da vítima. 
D) por vários agentes para subtrair bens de pessoa idosa. 
RESPOSTAS 
01 - E 02 - D 03 - D 04 - E 05 - B 06 - C 
07 - D 08 - D 09 - D 10 - C 11 - C 12 - C 
13 - A 14 - C 15 - E 16 - D 17 - B 18 - E 
19 - D 20 - A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998 
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
02. FEMINICÍDIO (Art. 121-A) – atualização 2024 
 
“Art. 121-A. Matar mulher por razões da condição do sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) 
Pena – reclusão, de 20 (vinte) a 40 (quarenta) anos. (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) 
 
§ 1º. Considera-se que há razões da condição do sexo feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 14.994, de 
2024) 
 
I – violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) 
II – menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) 
§ 2º. A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime é praticado: (Incluído pela Lei nº 14.994, 
de 2024) 
I – durante a gestação, nos 3 (três) meses posteriores ao parto ou se a vítima é a mãe ou a responsável por criança, adolescente 
ou pessoa com deficiência de qualquer idade; (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) 
II – contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças 
degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;(Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) 
III – na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) 
IV – em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, 
de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha); (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) 
V – nas circunstâncias previstas nos incisos III, IV e VIII do § 2º do art. 121 deste Código. (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) 
 
COAUTORIA (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) 
§ 3º. Comunicam-se ao coautor ou partícipe as circunstâncias pessoais elementares do crime previstas no § 1º deste 
artigo. (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) 
O FEMINICÍDIO deixou de ser qualificadora do homicídio e passou a constituir CRIME AUTÔNOMO, previsto no art. 121-
A do Código Penal, conforme a redação do texto acima. 
O feminicídio consiste em MATAR UMA MULHER PELO FATO DELA SER MULHER – em razão da condição do sexo 
feminino. Mas o que seria “condição do sexo feminino”? 
CONDIÇÃO DO SEXO FEMININO: 
• VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR; 
• MENOSPREZO ou DISCRIMINAÇÃO À CONDIÇÃO DE MULHER. 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22i
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22ii
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22iii
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22iii
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art2
 
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PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
AUMENTO DE PENA (1/3) 
A pena do feminicídio será aumentada em 1/3 até a METADE nas seguintes situações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMUNICABILIDADE DA CIRCUNSTÂNCIA PESSOAL DO FEMINICÍDIO 
“§ 3º. Comunicam-se ao coautor ou partícipe as circunstâncias pessoais elementares do crime previstas no § 1º deste artigo.” 
 As razões de “CONDIÇÃO DO SEXO FEMININO” se comunicam, ou seja, se estendem aos coautores e aos partícipes, 
devendo estes também responderem pelo crime, na medida de suas culpabilidades (responsabilidades). 
GESTANTE (gestação) 
Durante os 3 (três) após 
o parto. 
MÃE ou RESPONSÁVEL 
CRIANÇA 
ADOLESCENTE 
PESSOA COM DEFICIÊNCIA 
VÍTIMA 
DE QUALQUER IDADE 
- 14 anos 
+ 60 anos 
Com DEFICIÊNCIA 
Portadora de DOENÇA 
DEGENERATIVA 
VÍTIMA 
Que acarrete CONDIÇÃO LIMITANTE ou de 
VULNERABILIDADE (física ou mental) 
PRESENÇA 
ASCENDENTE 
DESCENDENTE 
DA VÍTIMA 
FÍSICA 
VIRTUAL 
DESCUMPRIMENTO 
MEDIDAS PROTETIVAS 
DE URGÊNCIA 
SUSPENSÃO DA POSSE OU RESTRIÇÃO DE PORTE DE ARMAS 
AFASTAMENTO DO LAR, DOMICÍLIO OU LOCAL DE CONVIVÊNCIA COM A OFENDIDA. 
PROIBIÇÃO DE DETERMINADAS CONDUTAS: 
APROXIMAÇÃO DA OFENDIDA, SEUS FAMILIARES E TESTEMUNHAS 
CONTATO COM A OFENDIDA, SEUS FAMILIARES E TESTEMUNHAS 
FREQUENTAR DETERMINADOS LUGARES 
EMPREGO DE VENENO, FOGO, EXPLOSIVO, ASFIXIA, TORTURA OU OUTRO MEIO INSIDIOSO OU 
CRUEL, OU DE QUE POSSA RESULTAR PERIGO COMUM. 
Crime cometido mediante TRAIÇÃO, EMBOSCADA, DISSIMULAÇÃO ou OUTRO RECURSO QUE 
DIFICULTE OU TORNE IMPOSSÍVEL A DEFESA DO OFENDIDO. 
Emprego de ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO OU PROIBIDO. 
AUMENTO 
DE 1/3 até 
a METADE 
 
28 
 
 
LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998 
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
 QUESTÕES 
CEBRASPE 
01. CEBRASPE, POLC/AL, Médico Legista, 2023 (adaptada) 
- O crime de feminicídio corresponde ao homicídio de uma 
mulher em qualquer situação. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
02. CEBRASPE, DPE/AC, Defensor Público, 2024 - No que se 
refere aos crimes contra a pessoa, julgue os itens a seguir. 
I Incide causa de aumento de pena sobre o crime de 
homicídio culposo no caso de ele ser praticado contra 
pessoa maior de 60 anos de idade. 
II É qualificadora do crime de homicídio a circunstância de 
ele ter sido praticado por milícia privada a pretexto de 
prestação de serviços de segurança. 
III Incide causa de aumento de pena sobre o crime de 
feminicídio no caso de ele ser praticado contra gestante ou 
na presença virtual de ascendente da vítima. 
IV Não há óbice ao reconhecimento da qualificadora da 
emboscada no caso de homicídio privilegiado. 
Assinale a opção correta. 
A) Apenas os itens I e II estão certos. 
B) Apenas os itens I e IV estão certos. 
C) Apenas os itens II e III estão certos. 
D) Apenas os itens III e IV estão certos. 
E) Todos os itens estão certos.
03. CEBRASPE, PC/PB, Delegado, 2022 - O feminicídio – 
crime cometido contra a vida da mulher devido à sua 
condição de sexo feminino – tem aumento de pena se 
praticado 
A) contra vítima menor de dezoitoanos de idade. 
B) vítima portadora de doença degenerativa que acarrete 
condição limitante. 
C) durante a gestação ou nos seis meses após o parto. 
D) na presença física ou virtual de descendente, ascendente 
ou irmão da vítima. 
E) contra vítima com idade maior ou igual a sessenta e cinco 
anos.
 
 
04. CEBRASPE, DPE/DF, Defensor, 2019 - A circunstância do 
descumprimento de medida protetiva de urgência imposta 
ao agressor, consistente na proibição de aproximação da 
vítima, constitui causa de aumento de pena no delito de 
feminicídio. 
CERTO ( ) ERRADO ( ) 
RESPOSTAS 
01 - C 02 - D 03 - B 04 - C 
 
CONSULPLAN / INSTITUTO CONSULPLAN 
01. CONSULPLAN, PREFEITURA DE PATOS DE MINAS/MG, 
Fiscal de Meio Ambiente, 2015 (adaptada) - Entrou em 
vigor no Brasil a Lei nº 14.994/24 que alterou o código penal 
transformando o feminicídio em um crime autônomo, 
previsto no art. 121-A. O feminicídio, que ocorre quando: 
A) for praticado contra a mulher por razões da condição de 
sexo feminino. 
B) a mulher for a vítima seja por quaisquer razões esteja 
envolvida no crime. 
C) há especificamente apenas agressão física e/ou sexual 
contra uma mulher. 
D) estabelecer a prática de violência e/ou escravização de 
um grupo que inclui mulheres. 
RESPOSTAS 
01 - A 
 
AOCP/INSTITUTO AOCP 
01. INSTITUTO AOCP, PC/GO, Agente de Polícia, 2022 - 
Fátima é investigadora da Polícia Civil de Aparecida de 
Goiânia-GO e encarregada de apurar determinado fato de 
homicídio ocorrido na periferia da cidade. Segundo o 
relatado, um homem de meia-idade, atuante como agiota, 
matou uma mulher em razão do não pagamento de dívida 
vencida. Fátima recomenda então que a autoridade policial 
promova representação judicial pela prisão preventiva do 
agiota, por ter ele cometido crime hediondo, qual seja, 
feminicídio. Sobre esse contexto, assinale a alternativa 
correta. 
A) O delito é de feminicídio por envolver violência 
doméstica e familiar. 
 
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PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
B) Fátima se equivoca, pois o fato não é delito contra a vida, 
mas contra o patrimônio, caracterizando-se latrocínio. 
C) O crime de homicídio qualificado em função do gênero 
feminino está configurado na investigação promovida por 
Fátima em razão da discriminação à condição de mulher 
praticada pelo agiota. 
D) O feminicídio não é considerado crime hediondo e, 
portanto, é incabível a representação pela prisão 
preventiva. 
E) Fátima poderia ter classificado o fato como homicídio 
qualificado por motivo fútil ou torpe, mas não feminicídio, 
uma vez que a condição de gênero não motivou o ato do 
agiota. 
RESPOSTAS 
01 - E 
 
FGV 
01. FGV, PM/SP, Cabo, 2023 (adaptada) - Paulo, pai de 
Joaquim e Ana, todas as vezes em que tem ciência de que 
sua filha chegou em casa após as 22h, a agride fisicamente. 
O mesmo não ocorre em relação ao seu filho, com quem é 
sempre mais compreensivo. Certo dia, Paulo extrapola nas 
agressões físicas e mata Ana. Cumpre destacar que Paulo 
não reside no mesmo local que seus filhos já que, desde 
pequenos, moram com a avó materna. 
 
Sobre a situação narrada, é correto afirmar que 
A) Paulo cometeu feminicídio contra sua filha Ana, em razão 
do contexto de violência doméstica ou familiar. 
B) Paulo cometeu homicídio qualificado por motivo fútil, 
não sendo possível a tipificação da conduta por feminicídio, 
em razão de não ter sido cometido no âmbito da violência 
doméstica, já que o agente não residia com a vítima. 
C) No caso mencionado, somente seria possível a tipificação 
da conduta como feminicídio caso a vítima tivesse relação 
afetiva com o agente, como namoro ou união estável. 
D) Nos termos do Código Penal, para a configuração do 
feminicídio, basta a constatação de o agente ser homem e 
a vítima ser mulher.
 
 
02. FGV, TJ/SC, Juiz Substituto, 2024 - Kátia, namorada de 
Lizandra, em um restaurante, inconformada com o anúncio 
desta de que deseja pôr fim ao relacionamento amoroso, 
desfere-lhe facadas, com o intuito de matá-la, deixando em 
seguida o local. Socorrida por terceiros, Lizandra é 
hospitalizada, vindo o enfermeiro Miguel, por descuido, a 
trocar a medicação prescrita à paciente, aplicando-lhe 
substância diversa, que lhe provoca a morte, por choque 
anafilático. 
Diante do caso narrado, Kátia deverá responder por: 
A) feminicídio e Miguel, por homicídio culposo; 
B) tentativa de feminicídio e Miguel, por homicídio culposo; 
C) tentativa de feminicídio e Miguel, por homicídio doloso; 
D) lesão corporal qualificada e Miguel, por homicídio 
doloso; 
E) lesão corporal qualificada e Miguel, por homicídio 
culposo.
03. FGV, DPE/RS, Analista – Assistência Social, 2023 
(adaptada) - A Lei nº 14.994/24, é uma importante 
conquista para as mulheres, pois prevê o feminicídio como 
crime autônomo, trazendo uma pena de reclusão de 20 a 40 
anos. De acordo com essa Lei, a pena do feminicídio é 
aumentada de 1/3 até a metade se o crime for praticado: 
I. por motivo fútil; II. na presença de descendente ou de 
ascendente da vítima III. contra pessoa menor de 16 anos. 
Está correto o que se afirma em: 
A) somente I; 
B) somente II; 
C) somente I e II; 
D) somente II e III; 
E) I, II e III 
RESPOSTAS 
01 - A 02 - B 03 - B 
 
 
 
 
 
30 
 
 
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DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
IBFC 
01. IBFC, PREFEITURA DE DIVINÓPOLIS/MG, 2017 - O Brasil 
está em quinto lugar no ranking mundial de assassinatos de 
mulheres pelo motivo de gênero, ou seja, o assassinato da 
mulher pelo fato de ela ser mulher. Esse tipo de crime (Lei 
Nº 13.104, de 9 de março de 2015) é caracterizado quando 
houver uma das situações de violência doméstica e familiar 
e o menosprezo ou discriminação à condição de mulher e 
denomina-se: 
A) Feminicídio 
B) Femismo 
C) Feminazismo 
D) Feminismo 
RESPOSTAS 
01 - A 
 
 
 
31 
 
 
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03. INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO AO SUICÍDIO OU A AUTOMUTILAÇÃO 
 
3.1 CAPUT – INDUZIR, INSTIGAR OU AUXILIAR 
Dando sequência aos crimes contra a vida, o Art. 122 do CP traz o induzimento, instigação ou auxílio material ao 
suicídio ou a automutilação. 
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o 
faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
O primeiro ponto importante acerca do crime do Art. 122, caput, é que se trata de um CRIME FORMAL, pois não 
depende de resultado para ser consumado, ou seja, o crime já se consuma com a realização de alguma dessas ações previstas, 
não sendo necessário que a automutilação ou o suicídio efetivamente aconteçam. 
 
Também é um CRIME COMISSIVO pois o Código prevê condutas que necessitam da AÇÃO do agente. Vamos ver cada 
uma dessas condutas: 
 
• INDUZIR: o induzimento consiste em sugerir a ideia da mutilação ou suicídio, que ainda não existia na mente da vítima. 
• INSTIGAR: Na instigação, a vítima já possui a ideia de atentar contra sua vida ou integridade física, e o agente do crime 
incentiva essa ideia 
• AUXILIAR: o auxílio importa uma participação mais ativa do agente, quepresta meios para o suicídio ou mutilação, 
como por exemplo, o fornecimento de objetos para a ação da vítima. 
 
Veja que embora o auxílio pareça mais gravoso, o Código estabelece a mesma pena base para ambas as condutas 
previstas. 
 
ATENÇÃO! O autor não pode em nenhum momento executar o crime, pois, caso o faça, configurará homicídio em vez de 
induzimento, instigação ou auxílio. 
 
 
3.2 MODALIDADE QUALIFICADA 
Fique atento! O CP prevê hipóteses qualificadoras do crime, a depender da gravidade do resultado: 
 
Lesão corporal 
§ 1º. Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta 
LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE ou GRAVÍSSIMA, nos 
termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: 
 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
Morte 
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta 
MORTE: 
 
 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
 
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3.3 CAUSAS DE AUMENTO DE PENA 
Além disso, a pena pode ser aplicada em dobro, de acordo com a motivação da vítima: 
>> PENA DUPLICADA (§ 3°) 
 
§ 3°. A pena é duplicada (2x): 
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; 
O motivo egoístico, torpe ou fútil, segue o mesmo raciocínio aplicado ao homicídio, assim, pune-se o crime com mais 
gravidade em razão da conduta do agente ser desproporcional, repugnante ou imoral. 
 
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. 
Considera-se a capacidade da vítima, que por algum motivo, seja a idade ou outra causa, esteja mais suscetível as ações 
do agente, como por exemplo, a pessoa que está bêbada ou a que já se encontra acometida por depressão. O código deixa 
uma abertura para a interpretação extensiva do julgador, a depender do caso concreto. 
>> PENA ATÉ O DOBRO (§ 4º) 
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou 
transmitida em tempo real. 
O parágrafo 4° foi incluído em razão do aumento de ações ocorridas por meio da internet, como o cyberbullyng e o 
surgimento de fóruns, jogos e desafios envolvendo a automutilação e o suicídio. 
EXEMPLO: um exemplo clássico da ação criminosa online foi a popularização do jogo virtual baleia azul, que 
apresentava cerca de 50 desafios online de autodestruição. O game ganhou notoriedade em 2017 ao fazer 
vítimas fatais. 
>> PENA EM DOBRO (§ 5º) 
§ 5º Aplica-se a pena em dobro se o autor é líder, coordenador ou administrador de grupo, de comunidade ou de rede virtual, 
ou por estes é responsável 
O parágrafo 5° foi alterado pela Lei nº 14.811, de 2024, então fique atento pois alterações recentes tem grandes chances 
de aparecerem na sua prova. Anteriormente, o parágrafo fazia previsão de aumento da pena em metade, atualmente, a pena 
aplica-se em dobro nessa hipótese. 
 
 
 
33 
 
 
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3.4 HIPÓTESES DE DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME 
 
 As hipóteses de desclassificação criminal ocorrem quando o indivíduo deixa de responder pelo art. 122 (induzimento, 
instigação ou auxílio) e passa a responder ou pelo art. 129 (lesão corporal) ou pelo art. 121 (homicídio). 
Se do induzimento, instigação ou auxílio for contra: 
• Menor de 14 (quatorze) anos 
• Pessoa com enfermidade ou deficiência mental 
• Pessoa que não possa oferecer resistência 
 
 
 
 
 
 Veja o que dispõe o parágrafo 6º e 7º do art. 122: 
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor 
de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a 
prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 
2º do art. 129 deste Código 
 
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o 
necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência , responde 
o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código 
RESULTANDO 
MORTE O agente deixa de responder no art. 122 e passar a 
responder pelo art. 121, CP (HOMICÍDIO). 
LESÃO 
CORPORAL 
(gravíssima) 
O agente deixa de responder no art. 122 e passa a 
responder pelo art. 129, § 2º (LESÃO CORPORAL 
GRAVÍSSIMA). 
HIPÓTESES DE LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA – ocorre quando a lesão 
corporal resulta: 
- incapacidade permanente para o trabalho; 
- enfermidade incurável; 
- perda ou inutilização de membro, sentido ou função; 
- deformidade permanente; 
- aborto. 
§ 6º 
§ 7º 
 
34 
 
 
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 QUESTÕES 
CEBRASPE 
01. CEBRASPE, PC/PB, Agente de Investigação, 2022 - B é 
um adolescente de 13 anos com sérios problemas de 
autoestima, o que o conduz a um estado de depressão. A, 
maior de idade, sabendo das condições de B e interessado 
na fortuna de que este é destinatário, instiga-o a se matar, 
convencendo-o de que o paraíso seria muito melhor para 
ele do que a situação atual. B, em razão disso, suicida-se. 
 
Nessa situação hipotética, a conduta de A é considerada 
A) homicídio simples. 
B) induzimento ao suicídio na forma simples. 
C) atípica, haja vista não ter praticado nenhum ato 
executório. 
D) induzimento ao suicídio na forma qualificada. 
E) homicídio qualificado.
02. CEBRASPE, PC/AL, Delegado, 2023 - A instigação à 
prática da automutilação ou a prestação de auxílio material 
para que a vítima o faça configura o crime de lesão corporal, 
que pode variar conforme a gravidade da lesão. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
03. CEBRASPE, PC/RO, Médico-Legista, 2022 - Lisa está 
sendo investigada pelo crime de instigação à prática de 
automutilação por meio da Internet e, ao ser ouvida como 
indiciada, recusou-se a falar. 
Nessa situação hipotética, 
A) o fato de Lisa ter ficado em silêncio durante a oitiva 
policial é fundamento para uma eventual condenação pelo 
juiz, posteriormente, na sentença. 
B) a conduta de Lisa é atípica se dela não resultar lesão 
corporal de natureza grave ou gravíssima. 
C) caso Lisa seja denunciada e condenada, a pena será 
aumentada até o dobro se for constatado que sua conduta 
foi transmitida pela Internet em tempo real. 
D) o delegado pode arquivar o inquérito policial se não 
reunir indícios suficientes de autoria contra Lisa. 
E) caso Lisa seja denunciada e condenada, a pena será 
aumentada em até um terço se ficar comprovada sua 
liderança em grupo virtual. 
04. CEBRASPE, PC/RJ, Delegado, 2022 - Desolados após a 
morte dos pais em um acidente de trânsito, os irmãos Paulo 
e Roberto, com 21 anos e 19 anos de idade, 
respectivamente, fizeram um pacto de suicídio a dois em 
20/2/2022: fecharam as portas e janelas do apartamento, e 
Paulo abriu a válvula de gás. Após poucos minutos, ambos 
desmaiaram. Os vizinhos sentiram o forte odor de gás e 
arrombaram o apartamento, evitando o óbito dos irmãos. 
Em decorrência da queda da própria altura, Paulo sofreulesão corporal leve, e Roberto, lesão corporal gravíssima. 
Acerca dessa situação hipotética, é correto afirmar que 
A) Paulo e Roberto não poderão ser responsabilizados 
criminalmente, por se tratar de autolesões. 
B) Paulo deverá responder pelo crime de homicídio na 
forma tentada (art. 121 c/c art. 14, inc. II, do Código Penal), 
e Roberto, pelo crime de induzimento, instigação ou auxílio 
a suicídio ou a automutilação na forma simples (art. 122, 
caput, do Código Penal). 
C) Paulo deverá responder pelo crime de induzimento, 
instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação na forma 
qualificada (art. 122, § 1.º, do Código Penal), e Roberto não 
poderá ser responsabilizado criminalmente. 
D) Paulo deverá responder pelo crime de induzimento, 
instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação na forma 
qualificada (art. 122, § 1.º, do Código Penal), e Roberto, pelo 
crime de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a 
automutilação na forma simples (art. 122, caput, do Código 
Penal). 
E) Paulo deverá responder pelo crime de homicídio na 
forma tentada (art. 121 c/c art. 14, inc. II, do Código Penal), 
e Roberto não poderá ser responsabilizado criminalmente.
05. CEBRASPE, PC/RR, Delegado, 2003 - João e Maria, por 
enfrentarem grave crise conjugal, resolveram matar-se, 
instigando-se mutuamente. Conforme o combinado, João 
desfechou um tiro de revólver contra Maria e, em seguida, 
outro contra si próprio. Maria veio a falecer; João, apesar 
do tiro, sobreviveu. 
Nessa situação, João responderá pelo crime de 
induzimento, instigação ou auxílio a suicídio. 
CERTO ( ) ERRADO ( ) 
RESPOSTAS 
01 - E 02 - E 03 - C 04 - C 05 - E 
 
 
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CONSULPLAN / INSTITUTO CONSULPLAN 
01. INSTITUTO CONSULPLAN, TJ/MA, Titular de Serviços de 
Notas, 2023 - João Matheus, jovem de 22 anos, em 20 de 
março de 2022, resolveu fazer um “jogo” com repercussão 
real na internet por meio de chamados macabros e de 
participação obrigatória através das diversas redes sociais 
(Facebook, Twitter, WhatsApp, dentre outros). Tal jogo, 
criado por João Matheus, estabeleceu desafios diários e 
autodestrutivos que, uma vez aceito pela vítima, não 
poderia mais “voltar atrás” (desistindo do jogo) e, a 
depender do desafio, pode levar a vítima à morte, por meio 
do sinistro convite ao suicídio (última etapa do “jogo”). João 
Matheus consegue atrair algumas vítimas específicas para o 
jogo, e, para cumprir os desafios, as vítimas praticaram 
automutilação e até tentativa de suicídio. Felizmente, as 
vítimas sofreram apenas escoriações pelo corpo, mas 
nenhuma lesão de natureza grave ou gravíssima. Ressalta-
se que todas as vítimas envolvidas são maiores e capazes de 
gerir os atos da vida civil. Considerando a situação 
hipotética mencionada, a doutrina, a legislação pátria e o 
entendimento dos tribunais superiores, assinale a 
afirmativa correta. 
A) João Matheus não poderá ser responsabilizado, segundo 
a lei brasileira, por crime, já que, por tratar-se de crime 
material, a conduta é atípica. 
B) João Matheus poderá ser responsabilizado, segundo a lei 
brasileira, pelo crime de induzimento, instigação ou auxílio 
a suicídio ou a automutilação na forma simples. 
C) João Matheus poderá ser responsabilizado, segundo a lei 
brasileira, pelo crime de induzimento, instigação ou auxílio 
a suicídio ou a automutilação, podendo ter a sua pena 
aumentada até o dobro, posto que a conduta foi realizada 
por meio do uso de rede social. 
D) João Matheus não poderá ser responsabilizado, segundo 
a lei brasileira, por crime, haja vista que nos crimes de 
induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a 
automutilação deve haver, obrigatoriamente, para 
consumação do delito, lesão corporal de natureza grave ou 
gravíssima ou ainda a morte. 
RESPOSTAS 
01 - C 
 
 
 
FGV 
01. FGV, PC/AM, Escrivão, 2022 - Guilherme, 20 anos, criou 
um sítio na internet por meio do qual propaga técnicas para 
o cometimento de suicídio. Diante disso, veio a ser 
procurado por dois jovens, André, 13 anos, e Matheus, 12 
anos, para que os orientasse como praticar uma técnica 
suicida indolor. Guilherme recomendou, por mensagens de 
texto, a utilização de um veneno de extrema letalidade. 
André e Matheus encontraram-se e juntos ingeriram a 
substância. André chegou ao hospital sem vida. Matheus 
ficou hospitalizado por 30 dias e sobreviveu, porém ficou 
acometido por paraplegia permanente. 
Com base na dinâmica narrada, Guilherme deverá ser 
penalmente responsabilizado pelo crime de 
A) homicídio em face de André e pelo crime de lesão 
corporal gravíssima em face de Matheus. 
B) homicídio em face de André e pelo crime de induzimento, 
instigação ou auxílio ao suicídio ou a automutilação, em face 
de Matheus. 
C) induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio ou a 
automutilação em face de André e pelo crime de lesão 
corporal gravíssima em face de Matheus. 
D) induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio ou a 
automutilação, em face de André e de Matheus em 
concurso formal perfeito. 
E) induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio ou a 
automutilação, na modalidade consumada em face de 
André e na modalidade tentada em face de Matheus.
02. FGV, PC/RJ, Perito, 2021 - Do ponto de vista legislativo, 
constitui espécie de crime contra a vida: 
A) lesão corporal seguida de morte; 
B) abandono de recém-nascido com resultado morte; 
C) maus-tratos com resultado morte; 
D) instigação, auxílio ou induzimento à automutilação; 
E) tortura com resultado morte. 
RESPOSTAS 
01 - A 02 - D 
 
 
 
36 
 
 
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PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
VUNESP 
01. VUNESP, PREFEITURA DE OSASCO/SP, Guarda Civil 
Municipal, 2022 - Considere o seguinte caso hipotético: 
Matífanis induz Kiitemis, criança de 11 anos, a se 
automutilar. Kiitemis se automutila tão gravemente que 
vem a falecer em razão das inúmeras lesões perpetradas. 
Diante desta situação e nos termos do Código Penal, é 
correto afirmar que Matífanis ao induzir Kiitemis, 
resultando em sua morte, 
A) responderá pelo crime de lesão corporal dolosa com 
resultado morte. 
B) responderá pelo crime de homicídio. 
C) responderá pelo crime de suicídio. 
D) responderá pelo crime de lesão corporal culposa com 
resultado morte. 
E) não responderá por qualquer crime. 
RESPOSTAS 
01 - B 
 
 
 
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LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998 
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
04. INFANTICÍDIO 
 
“Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: 
Pena - detenção, de dois a seis anos.” 
 Diferente dos demais crimes abordados, o infanticídio classifica-se como crime próprio, pois só pode ser cometido 
pela mãe contra o próprio filho. 
É CRIME MATERIAL, pois a consumação se dá com o resultado pretendido (a morte do bebê) e admite tentativa. 
Além disso, o estado puerperal e o momento do crime (durante o parto ou logo depois) são fatores determinantes 
para a caracterização do crime de infanticídio. Ocorrendo fora dessas condições, estaremos diante de um crime de homicídio. 
ESTADO PUERPERAL: O estado puerperal é o período compreendido entre o início do parto até a volta do organismo da mãe 
às condições prégravidez. Nesse período, ocorrem grandes alterações físicas e psicológicas, que podem levar a mãe a quadros 
de depressão pós-parto, ou a ações extremas, como matar o próprio filho. 
CONCURSO DE PESSOAS E O INFANTICÍDIO 
 Apesar do infanticídio ser crime próprio, admite-se os institutos da participação e da coautoria, desde que os agentes 
envolvidos conheçam a condição de mãe da autora do crime. 
EXEMPLO DE COAUTORIA: Uma mulher grávida, prestes a dar à luz, chorava compulsivamente na antessala de cirurgia da 
maternidade quando uma enfermeira, condoída com a situação, perguntou o motivo daquele choro. A mulher respondeu-lhe 
que a gravidez era espúria e que tinha sido abandonada pela família. Após dar à luz, sob a influência do estado puerperal, a 
referida mulher matou o próprio filho, com o auxílio da citada enfermeira. As duas sufocaram o neonato com almofadas e 
foram detidas em flagrante. 
Nessa situação hipotética, a mulher e a enfermeira deverão ser autuadas pelo crime de infanticídio; a primeira na 
qualidade de autora e a segunda na qualidade de COAUTORIA, visto que o estado puerperal consiste em uma 
elementar normativa e se estende a todos os agentes. 
EXEMPLO DE PARTICIPAÇÃO: Uma mulher grávida, logo após o parto, sob a influência do estado puerperal, decide matar o 
próprio filho, a qual recebe auxílio do médico, que lhe dita o que deve fazer para matar a criança com facilidade de forma que 
o feto não sinta dor. 
Nessa situação hipotética, perceba que o médico não executou em nenhum momento a ação de matar a criança em 
conjunto com a mãe, entretanto, auxiliou instigando e ensinando o que deveria fazer. Dessa forma, o médico responde 
por infanticídio na modalidade de PARTÍCIPE. 
 
 
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PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
 QUESTÕES 
CEBRASPE 
01. CEBRASPE, POLC/AC, Médico Legista, 2023 - O crime de 
infanticídio se caracteriza pela conduta de a mãe, em estado 
puerperal, durante o parto ou logo após ele, matar o 
próprio filho. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
02. CEBRASPE, PC/AL, Agente, 2021 - O delito de 
infanticídio, por ser crime próprio, não admite coautoria e 
participação, de modo que condições e circunstâncias de 
caráter pessoal não serão comunicadas aos demais 
concorrentes. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
03. CEBRASPE, POLÍCIA FEDERAL, Perito, 2018 - Uma 
mulher de vinte e oito anos de idade foi presa acusada do 
crime de infanticídio, após ter jogado em uma centrífuga o 
bebê que ela havia dado à luz. Segundo a ocorrência policial, 
um familiar da suspeita disse que ela havia escondido a 
gravidez e que negava que houvesse praticado aborto. 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
A configuração do crime de infanticídio independe da 
existência de estado puerperal, bastando para tal que o 
sujeito passivo seja uma criança. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
04. CEBRASPE, PEFOCE, Perito, 2012 - O crime de 
infanticídio é caracterizado pela exposição ou pelo 
abandono de recém-nascido pela mãe, movida pelo estado 
puerperal, para ocultar a desonra própria. 
CERTO ( ) ERRADO ( ) 
RESPOSTAS 
01 - C 02 - E 03 - E 04 - E 
 
 
 
 
 
AOCP/INSTITUTO AOCP 
01. INSTITUTO AOCP, PC/ES, Médico Legista, 2019 - Em 
relação ao infanticídio, é correto afirmar que 
A) é necessária a presença do estado puerperal da mulher. 
B) a verificação de vida extra-uterina não é importante. 
C) é possível sua configuração em natimorto. 
D) a docimásia de galeno não permite verificar se houve 
vida extra-uterina. 
E) não existe docimásia histológica. 
RESPOSTAS 
01 - A 
 
FGV 
01. FGV, PREFEITURA DE VITÓRIA/ES, Guarda Municipal, 
2024 - Joana, logo após o parto da sua filha Maria, a asfixiou 
até a morte, ensejando a sua prisão em flagrante. Em sede 
de audiência de custódia, houve a conversão da prisão em 
preventiva. Deflagado o processo penal para apurar a 
conduta praticada, comprovou-se, em observância ao 
contraditório e à ampla defesa, que Joana agiu, à época dos 
fatos, sob a influência do estado puerperal. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código 
Penal, é correto afirmar que Joana responderá pelo crime 
de 
A) lesão corporal seguida de morte. 
B) homicídio qualificado. 
C) homicídio simples. 
D) feminicídio. 
E) infanticídio. 
RESPOSTAS 
01 - E 
 
 
 
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PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
VUNESP 
01. VUNESP, PREFEITURA DE CERQUILHO/SP, Guarda 
Municipal, 2019 - Serena havia acabado de dar à luz o seu 
filho, mas, em razão de seu estado emocional, 
caracterizando o estado puerperal, veio a tirar dolosamente 
a vida da criança. Considerando o disposto no Código Penal, 
é correto afirmar que essa conduta de Serena 
A) caracteriza o crime de infanticídio. 
B) não é considerada crime. 
C) é considerada crime de homicídio qualificado. 
D) caracteriza o crime de homicídio, com agravante de a 
vítima ser um recém-nascido. 
E) é considerada crime, mas Serena ficará isenta de pena 
por ter sido influenciada pelo estado puerperal.
02. VUNESP, PC/SP, Auxiliar de Necropsia, 2014 - Medusa, 
sob a influência do estado puerperal, veio a matar o seu 
próprio filho recém-nascido, logo após o parto. Segundo o 
que estabelece o Código Penal em relação a essa conduta, 
é correto afirmar que Medusa 
A) cometeu o crime de infanticídio, mas ficará livre da pena 
em razão de ter agido sob a influência do estado puerperal. 
B) cometeu o crime de homicídio, mas ficará livre da pena 
por ter agido sob a influência do estado puerperal. 
C) cometeu o crime de homicídio. 
D) cometeu o crime de homicídio, mas terá sua pena 
reduzida por ter agido sob a influência do estado puerperal. 
E) cometeu o crime de infanticídio. 
RESPOSTAS 
01 - A 02 - E 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
05. ABORTO 
 
Os Artigos 124 a 127 tratam sobre crimes relacionados ao aborto, que é a interrupção da gestação antes do feto possuir 
condições de vida extrauterina. 
 
5.1 ABORTO PROVOCADO PELA GESTANTE OU COM O SEU CONSENTIMENTO 
 
“Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: 
Pena - detenção, de um a três anos.” 
O Art. 124 traz o primeiro tipo penal envolvendo aborto, que é aquele que decorre da vontade da MÃE. 
 
• A doutrina classifica o crime como material, pois exige o resultado para que seja consumado, ou seja, exige que o 
aborto ocorra. Contudo, é possível a tentativa. 
 
• É um crime próprio, praticado ou consentido pela mãe. Além disso, o crime não admite modalidade culposa. 
 
ATENÇÃO: na hipótese de o crime ser praticado por outra pessoa, o consentimento da gestante é elemento fundamental, 
assim, a gestante não será punida pelo aborto que ocorrer de maneira acidental, espontânea ou que for provocada sem o seu 
consentimento. 
 
 
5.2 ABORTO PROVOCADO POR TERCEIRO 
>> ABORTO SEM O CONSENTIMENTO DA GESTANTE 
“Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: 
Pena - reclusão, de três a dez anos.” 
 
O Art. 125 trata do aborto não consentido pela mãe, e por essa razão, possui pena mais gravosa, podendo chegar a 10 
anos de reclusão. Nesse tipo penal, o crime é comum, pois pode ser praticado por qualquer pessoa. 
Também é crime material e admite tentativa, mas NÃO há previsão de modalidade culposa. 
Ex.: Um exemplo do crime é odo pai, que ao saber da gestação, agride a gestante com socos e pontapés na 
barriga, que perde o bebê sem chances de defesa. 
>> ABORTO COM O CONSENTIMENTO DA GESTANTE 
“Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou débil mental, 
ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.” 
O Art. 126 traz a previsão da punição do agente que causa o aborto previsto na parte final do Art. 124, portanto, havendo 
aborto consentido pela gestante, são punidos tanto a mãe quanto quem realizar a conduta. 
 
ATENÇÃO: o parágrafo único prevê a hipótese de aplicação de pena mais grave (a pena do artigo 125 – reclusão, de três a dez 
anos), nas seguintes hipóteses: 
• Gestante não é maior de 14 anos; 
 
41 
 
 
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DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
• Gestante é ALIENADA ou DÉBIL MENTAL; 
• CONSENTIMENTO DA GESTANTE, de alguma forma é fragilizado por FRAUDE, GRAVE AMEAÇA ou VIOLÊNCIA. 
 
5.3 CAUSAS DE AUMENTO DE PENA (ABORTO PRATICADO POR TERCEIRO) – ABORTO QUALIFICADO 
 
“Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos 
meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas 
causas, lhe sobrevém a morte.” 
O art. 127, por fim, apresenta causas de aumento de pena, para os casos previstos nos Arts. 125 e 126 do CP: 
→ AUMENTO DE 1/3: se a gestante sofrer lesão corporal GRAVE em razão do aborto ou dos meios empregados 
para provocá-lo; 
→ APLICAÇÃO DA PENA EM DOBRO: se o aborto ou os meios empregados para provoca-lo causarem a MORTE 
da gestante 
ATENÇÃO! O Código Penal traz o art. 127 como forma de QUALIFICADORA, porém, o termo foi erroneamente empregado, pois 
trata-se de hipótese de AUMENTO DE PENA. 
 
5.5 HIPÓTESES DE ABORTO LEGAL OU PERMITIDO 
 
“Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54) 
 
Aborto necessário 
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
 
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu 
representante legal.” 
 
O Art. 128 apresenta, ainda, causas excludentes de ilicitude, ou seja, hipóteses em que o aborto será realizado, de 
maneira intencional, mas o ato não será considerado crime. O Código elenca duas hipóteses, são elas: 
 
Aborto necessário 
 
Art. 128, inciso I 
 
 Não se pune o aborto praticado por MÉDICO: 
 
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
 
 
 
 
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
 
Art. 128, inciso II 
 
 Não se pune o aborto praticado por MÉDICO: 
 
se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de 
consentimento: 
→ da gestante ou 
→ quando incapaz, de seu representante legal. 
 
 ATENÇÃO! NÃO É NECESSÁRIO A EXISTÊNCIA PRÉVIA DE 
BOLETIM DE OCORRÊNCIA. 
 
IMPORTANTE: além das duas hipóteses previstas no Código, o STF, por meio do julgamento da ADPF 54, decidiu que também 
é permitido o aborto em caso de feto anencefálico, desde que atestado por meio de laudo médico, ficando a critério da 
gestante a interrupção ou não da gravidez.
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2226954
 
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PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
 QUESTÕES 
CEBRASPE 
01. CEBRASPE, POLC/AL, Médico Legista, 2023 - O aborto 
sentimental pode ser realizado quando o concepto for fruto 
de estupro, desde que exista ocorrência policial e 
autorização judicial. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
02. CEBRASPE, POLC/AL, Médico-Legista, 2023 - O crime de 
aborto qualificado prevê o aumento da pena em caso de 
lesão corporal grave ou morte da mãe em consequências de 
aborto. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
03. CEBRASPE, PC/AL, Escrivão, 2021 - O crime de 
consentimento para o aborto não admite coautoria, 
consumando-se no momento em que a gestante anui para 
sua realização, ainda que não haja a execução do 
procedimento abortivo por terceiro. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
04. CEBRASPE, MPE/AP, Promotor, 2021 (resposta 
adaptada conforme as novas atualizações do Código 
Penal) - Tiago, movido por um sentimento de posse, 
disparou dois tiros contra sua companheira, Laura, que 
morreu em razão dos ferimentos causados pelos disparos. 
Laura estava grávida de seis meses e, quando da prática do 
crime, Tiago sabia da gravidez dela. 
Nessa situação hipotética, Tiago praticou 
A) o crime de feminicídio apenas. 
B) os crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, 
feminicídio e aborto. 
C) o crime de feminicídio em concurso com o de aborto. 
D) os crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e 
feminicídio apenas. 
E) o crime de feminicídio em concurso com o de aborto na 
modalidade culposa. 
 
05. CEBRASPE, DPE/AM, Defensor, 2003 - No caso de 
aborto provocado pela gestante com auxílio de terceiro, há 
dois crimes autônomos: um praticado pela gestante e 
outro, pelo auxiliar, ficando afastada a participação. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
06. CEBRASPE, DPE/RN, Defensor, 2015 - Dalva, em período 
gestacional, foi informada de que seu bebê sofria de 
anencefalia, diagnóstico confirmado por laudos médicos. 
Após ter certeza da irreversibilidade da situação, Dalva, 
mesmo sem estar correndo risco de morte, pediu aos 
médicos que interrompessem sua gravidez, o que foi feito 
logo em seguida. 
Nessa situação hipotética, de acordo com a jurisprudência 
do STF, a interrupção da gravidez 
A) deve ser interpretada como conduta atípica e, portanto, 
não criminosa. 
B) deveria ter sido autorizada pela justiça para não 
configurar crime. 
C) é isenta de punição por ter ocorrido em situação de 
aborto necessário. 
D) configurou crime de aborto praticado por Dalva. 
E) configurou crime de aborto praticado pelos médicos com 
consentimento da gestante. 
RESPOSTAS 
01 - E 02 - C 03 - E 04 - C 05 - E 06 - A 
 
AOCP/INSTITUTO AOCP 
01. INSTITUTO AOCP, POLÍCIA CIENTÍFICA/PR, Auxiliar de 
Necropsia, 2023 - Uma mulher jovem, 20 anos de idade, 
com intenção de esconder a gravidez dos 
familiares, expulsa o concepto dolosamente do seu ventre 
na 25° semana de gestação. Perante a lei, como essa 
situação é caracterizada? 
A) Não é crime devido ao estado puerperal da mulher 
B) Não se pode qualificar como crime antes de uma 
avaliação psiquiátrica da mulher. 
C) Crime de infanticídio. 
D) Crime de homicídio. 
 
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DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
E) Crime de aborto.
02. INSTITUTO AOCP, ITEP/RN, Agente Técnico Forense, 
2018 - Uma gestante de sete meses decide golpear o 
abdome com um bastão de madeira, para matar o feto. Ela 
foi internada em hospital, com dores, e no dia seguinte deu 
à luz a um feto morto, com sinais de morte muito recente. 
Esse caso caracteriza um crime de 
A) homicídio. 
B) lesão corporal. 
C) atentado violento ao pudor. 
D) aborto. 
E) infanticídio. 
RESPOSTAS 
01 - E 02 - D 
 
FGV 
01. FGV, PC/AM, Perito Legista, 2022 - O aborto constitui 
uma espécie de crime contra a vida. Sobre o aborto, assinale 
a afirmativa correta. 
A) É consideradocrime o aborto provocado pela gestante 
ou por outrem, desde que com seu consentimento. 
B) Provocar aborto com consentimento da gestante leva a 
detenção apenas do autor do aborto e não da gestante. 
C) Em caso de aborto sentimental, é necessária 
apresentação de boletim de ocorrência referente ao crime 
de estupro para autorização judicial do aborto. 
D) Abortos terapêuticos realizados por médicos necessitam 
de autorização judicial. 
E) Não é necessária comprovação judicial de crime sexual 
para que seja realizado aborto sentimental.
02. FGV, DPE/RJ, Técnico Superior Jurídico, 2014 - No que 
toca ao delito de aborto e seus permissivos legais, é correto 
afirmar que: 
A) não é admissível na legislação pátria, diante do direito à 
vida consagrado na Constituição da República. 
B) é amplamente admissível na legislação pátria, diante da 
supremacia da disposição da mulher sobre seu corpo. 
C) é excepcionalmente admissível na legislação pátria, no 
caso de aborto terapêutico ou aborto humanitário (ou 
piedoso). 
D) é excepcionalmente admissível na legislação pátria, no 
caso de aborto eugênico ou aborto humanitário (ou 
piedoso). 
E) é amplamente admissível na legislação pátria, em razão 
de questões de política de saúde pública, mesmo sem o 
consentimento da gestante. 
RESPOSTAS 
01 - E 02 - C 
 
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 SIMULADO GERAL 
SIMULADO GERAL (CRIMES CONTRA A VIDA) 
01. INSTITUTO AOCP, PC/PA, Escrivão, 2021 - Assinale a 
alternativa correta no que concerne aos crimes contra a 
vida. 
A) No homicídio, se o agente comete o crime impelido por 
motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio 
de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação 
da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um a dois terços. 
B) A pena do feminicídio é aumentada de um terço até a 
metade se o crime for praticado durante a gestação ou nos 
três meses posteriores ao parto. 
C) É possível o homicídio privilegiadoqualificado, desde que 
a qualificadora tenha natureza subjetiva. 
D) No crime de instigação ao suicídio ou à automutilação, a 
pena é triplicada se o crime é praticado por motivo 
egoístico, torpe ou fútil. 
E) Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada pela 
metade se o crime é praticado contra pessoa menor de 
quatorze ou maior de sessenta anos.
02. INSTITUTO AOCP, SEJUS/CE, Agente Penitenciário, 
2017 - Acerca dos crimes contra a pessoa, disciplinados no 
Código Penal, assinale a alternativa correta. 
A) São crimes contra a pessoa: o homicídio, o infanticídio, o 
aborto e o latrocínio. 
B) A pena mínima do infanticídio é maior do que a pena 
mínima do homicídio simples doloso. 
C) Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar 
de aplicar a pena se as consequências da infração atingirem 
o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se 
torne desnecessária. 
D) O aborto com consentimento é sempre permitido até o 
terceiro mês da gestação.
03. CEBRASPE, TJ/PR, Juiz, 2019 - A respeito de crimes 
contra a pessoa, é correto afirmar que 
A) responderá pela prática de crime contra a vida o agente 
que anuncia produtos ou métodos abortivos. 
B) responderá por homicídio qualificado o agente que matar 
para assegurar a execução, ocultação, impunidade ou 
vantagem de uma contravenção penal. 
C) o crime de homicídio admite interpretação analógica no 
que diz respeito à qualificadora que indica meios e modos 
de execução desse crime. 
D) o agente que matar sua empregadora por ter sido 
dispensado sem justa causa responderá por feminicídio, 
haja vista a vítima ser mulher.
04. CEBRASPE, PC/PE, Agente de Polícia, 2016 - Acerca dos 
crimes contra a pessoa, assinale a opção correta. 
A) Quando o homicídio for praticado por motivo fútil, 
haverá causa de diminuição de pena. 
B) Sempre que um agente mata uma vítima mulher, tem-se 
um caso de feminicídio. 
C) O homicídio e o aborto são os únicos tipos penais 
constantes no capítulo que trata de crimes contra a vida. 
D) O aborto provocado é considerado crime pelo direito 
brasileiro, não existindo hipóteses de exclusão da ilicitude. 
E) O aborto provocado será permitido quando for praticado 
para salvar a vida da gestante ou quando se tratar de 
gravidez decorrente de estupro.
05. IBFC, IAPEN/AC, Agente de Polícia, 2023 - Consoante as 
disposições do Código Penal e suas alterações, assinale a 
alternativa incorreta. 
A) O delito de feminicídio é o homicídio praticado contra a 
mulher por razões da condição de sexo feminino 
B) A infração penal de infanticídio consiste em matar, sob a 
influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o 
parto ou logo após 
C) O crime de aborto é punível se praticado com ou sem o 
consentimento da gestante 
D) Não se pune quem induz, instiga ou auxilia 
materialmente aquele que se automutila. 
 
 
 
 
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PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
06. IBFC, CÂMARA MUNICIPAL DE ITATIBA/SP, Agente de 
Segurança, 2022 - Segundo o Código Penal Brasileiro, logo 
em seu art. 1º, “Não há crime sem lei anterior que o defina. 
Não há pena sem prévia cominação legal”. A partir dessa 
determinação e considerando o definido para os Crimes 
Contra a Vida (Capítulo I, do Título I, do Código Penal 
Brasileiro), analise as afirmativas abaixo. 
I. O crime de homicídio, definido pelo tipo penal “matar 
alguém”, será sempre majorado (terá causa de aumento de 
pena) nas hipóteses de ter sido praticado por milícia privada 
ou grupo de extermínio. 
II. Quando alguém, possuindo vontade de tirar sua própria 
vida, realiza tal conduta, consubstanciando sua vontade 
inicial por palavras de outra pessoa, não haverá fato 
criminoso a ser punido. 
III. Acerca das condutas que configuram o Crime de Aborto, 
é preciso destacar que o Código Penal, expressamente, 
determina não ser típico o aborto necessário, o aborto no 
caso de gravidez resultante de estupro e, por fim, o aborto 
nos casos de fetos anencéfalos. 
Estão corretas as afirmativas: 
A) I apenas 
B) I e II apenas 
C) II e III apenas 
D) III apenas
07. FUNDATEC, SUSEPE/RS, Técnico Superior 
Penitenciário, 2022 - Analise as seguintes assertivas sobre 
o crime de homicídio: 
I. O Supremo Tribunal Federal reconheceu a 
inconstitucionalidade da tese da legítima defesa da honra e 
proibiu a sua utilização em processos que versem sobre a 
morte de mulheres por seus atuais ou ex-companheiros. 
II. A falha de arma ou projétil quando do disparo visando à 
morte da vítima representa tentativa punível. 
III. Comete homicídio qualificado o agente que comete o 
crime sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida à 
injusta provocação da vítima. 
Quais estão corretas? 
A) Apenas I. 
B) Apenas II. 
C) Apenas III. 
D) Apenas I e II. 
E) Apenas II e III. 
RESPOSTAS 
01 - B 02 - C 03 - C 04 - E 05 - D 06 - A 
07 - Dà de eventual foro por 
prerrogativa de função fixado por constituição estadual. 
CERTO ( ) ERRADO ( ) 
06. CEBRASPE, TJ/SE, Juiz, 2008 (adaptada) - Não são 
crimes dolosos contra a vida a tentativa de homicídio, a 
instigação ao suicídio e o aborto provocado com o 
consentimento da gestante. 
CERTO ( ) ERRADO ( ) 
07. CEBRASPE, TJ/CE, Juiz, 2008 (adaptada) - São crimes 
sujeitos ao procedimento do tribunal do júri o latrocínio, a 
ocultação de cadáver e a lesão corporal seguida de morte. 
CERTO ( ) ERRADO ( ) 
 
RESPOSTAS 
01 - E 02 - C 03 - E 04 - E 05 - C 06 - E 
07 - E 
 
 
 
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LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998 
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
01. HOMICÍDIO 
 
1.1 TOPOGRAFIA DO HOMICÍDIO 
 Antes do estudo detalhado do Crime de Homicídio, colocarei abaixo a literalidade do texto de lei referente ao art. 121 
do Código Penal. Após a leitura do artigo e seus respectivos parágrafos e incisos, pontuarei cada estrutura de forma bem 
explicativa e assertiva para a sua prova. 
 
HOMICÍDIO SIMPLES 
“Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.” 
 
CASO DE DIMINUIÇÃO DE PENA (HOMICÍDIO PRIVILEGIADO) 
 
 § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de 
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
 
HOMICÍDIO QUALIFICADO 
§ 2°. Se o homicídio é cometido: 
 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
 
II - por motivo futil; 
 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo 
comum; 
 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do 
ofendido; 
 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: 
 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
 
 
HOMICÍDIO QUALIFICADO (FEMINICÍDIO) - REVOGADO 
VI – ESTÁ REVOGADO, deixando de ser uma qualificadora e passou a ser CRIME AUTONÔNOMO, previsto no ART. 121-NA. 
HOMICÍDIO QUALIFICIADO (FUNCIONAL) 
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da 
Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou 
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: 
 
HOMICÍDIO QUALIFICAIDO (ARMA DE FOGO RESTRITA/PROIBIIDA) 
VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido: 
 
HOMICÍDIO QUALIFICADO (VÍTIMA MENOR DE 14 ANOS) 
IX - contra menor de 14 (quatorze) anos: 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
 
 
 
 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
 
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AUMENTO DE PENA PARA O HOMICÍDIO CONTA MENOR DE 14 ANOS 
§ 2º-B. A pena do homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos é aumentada de: 
 
I - 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é pessoa com deficiência ou com doença que implique o aumento de sua 
vulnerabilidade 
 
II - 2/3 (dois terços) se o autor é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor 
ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela. 
 
HOMICÍDIO CULPOSO 
§ 3º. Se o homicídio é culposo: 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
 
AUMENTO DE PENA 
§ 4o. No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de 
profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do 
seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime 
é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 
 
PERDÃO JUDICIAL 
 § 5º. Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o 
próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 
 
AUMENTO DE PENA (milícia privada ou grupo de extermínio) 
§ 6o. A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de 
prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio 
 
 
 
 
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DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2 HOMICÍDIO SIMPLES 
 
Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 
O Art. 121, caput, do Código Penal, traz a figura do homicídio simples, que consiste na conduta de ceifar a vida de 
alguém. A conduta consiste em “matar” (exterminar a vida humana extrauterina) e esta conduta recai sobre “alguém” 
(qualquer pessoa humana). Trata-se de crime de forma livre, ou seja, admitindo-se qualquer meio de execução (direto ou 
indireto). 
Importante: o homicídio atinge a vida extrauterina, ou seja, daquele que já nasceu. Em se tratando de fim da vida do nascituro, 
estaremos diante do crime de aborto, que estudaremos mais à frente. 
 
• Trata-se de um crime comum, pois pode ser praticado por qualquer pessoa. 
• Também se classifica como crime material, pois exige um resultado para a sua consumação, que no caso é a 
morte da vítima. 
• Além disso, admite tentativa, nas situações em que o agente iniciar a execução, mas o crime não se consumar 
por condições alheias à sua vontade. 
>> ELEMENTO SUBJETIVO 
O elemento subjetivo é o DOLO, seja direto ou eventual, compreendido como sendo a vontade consciente de matar 
alguém. Não necessita, portanto, de dolo especifico, uma especial finalidade na conduta para caracterizar o crime de 
homicídio. 
 
 
§ 3º: homicídio culposo 
§ 1º: homicídio doloso 
privilegiado 
§ 2º: homicídio doloso 
qualificado 
§ 4º: majorantes de pena 
§ 5º: perdão judicial 
(exclusivo do homicídio culposo) 
§ 6º: majorante do grupo de 
extermínio ou milícia armada 
Caput: 
homicídio doloso 
simples 
 
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DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
>> CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
A consumação do crime de homicídio ocorre quando o agente alcança o resultado pretendido, ou seja, com a morte 
da pessoa (crime material). 
 
É possível a tentativa na hipótese em que o agente inicia a conduta visando a morte da vítima, mas não obtendo 
êxito por circunstâncias alheias à sua vontade (crime plurissubsistente). A tentativa no crime de homicídio só é possível 
quando a conduta for dolosa, uma vez que o instituto da tentativa é incompatível com a culpa. 
Além disso, admite tentativa, nas situações em que o agente iniciar a execução, mas o crime não se 
consumar por condições alheias à sua vontade. 
>> CLASSIFICAÇÃO 
O crime de homicídio pode ser classificado como: 
• comum (pode ser praticado por qualquer pessoa); 
• material (a consumação exigea produção de um resultado naturalístico, ou seja, um resultado que mude o mundo físico, 
como, por exemplo, a morte da pessoa); 
• de forma livre (a Lei não estabelece exigência para a forma de execução, ou seja, o crime pode ser praticado de diversas 
formas); 
• simples (tutela apenas um bem jurídico, ou seja, protege apenas a vida); 
• comissivo (em regra) ou omissivo (quando ocorre por omissão imprópria, quando o agente possui o poder-dever de agir 
para evitar o crime e acaba se omitindo); 
• unissubjetivo (pode haver ou não concurso de pessoas); 
• instantâneo de efeitos permanentes (consuma-se de imediato, mas os efeitos se protraem no tempo); 
• plurissubsistente (a conduta pode ser fracionada, e por isso admite a tentativa); 
• de dano (a consumação enseja a violação ao bem jurídico, e não mera exposição a perigo); 
• não transeunte (o crime deixa vestígios); 
• doloso (em regra) ou culposo. 
 
>> HEDIONDEZ NO HOMICÍDIO SIMPLES 
➢ Homicídio simples é hediondo? 
Em regra, o homicídio simples não é crime hediondo. O crime de homicídio simples só será hediondo se, e somente 
se, praticado em atividade típica de GRUPO DE EXTERMÍNIO, ainda que praticado por um só agente (art. 121, § 6º). 
 
 QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
01. CEBRASPE, DPE/AL, 2003 - O homicídio simples, na forma tentada, inclui-se entre os crimes hediondos, se praticado em 
atividade típica de grupo de extermínio. 
CERTO ( ) ERRADO ( ) 
02. CEBRASPE, SENADO FEDERAL, 2002 - Quem desfere várias punhaladas contra vítima que supunha dormindo, mas que, na 
verdade, havia falecido momentos antes, em razão de um ataque cardíaco, deverá responder pelo crime de homicídio na 
modalidade tentada. 
CERTO ( ) ERRADO ( ) 
 
 
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03. CEBRASPE, MPE/CE, Técnico Ministerial, 2020 - Mário, após ingerir bebida alcoólica em uma festa, agrediu um casal de 
namorados, o que resultou na morte do rapaz, devido à gravidade das lesões. A moça sofreu lesões leves. 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
Se, após a apuração dos fatos, a morte do rapaz caracterizar homicídio simples doloso, a conduta de Mário não será classificada 
como crime hediondo. 
CERTO ( ) ERRADO ( ) 
RESPOSTAS 
01 - C 02 - E 03 - C 
 
1.2 HOMICÍDIO PRIVILEGIADO 
 
O §1° traz uma causa de diminuição de pena, vejamos: 
 
“Art. 121, § 1º. Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta 
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.” 
 
Essa causa de diminuição é conhecida como HOMICÍDIO PRIVILEGIADO, pois o agente comete o crime em condições 
excepcionais, que levam o juiz a entender por um grau de reprovabilidade da conduta menor do que o homicídio simples. 
Contudo, só poderá ser concedida a diminuição em uma das hipóteses taxativas do Art. 1°, que dizem respeito à motivação 
do crime: 
→ RELEVANTE VALOR SOCIAL OU MORAL: o agente comete o crime por um interesse pessoal (moral) ou pelo 
bem coletivo. 
→ SOB O DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO, logo após injusta provocação da vítima: nessa hipótese, a ação de 
matar decorre de ação anterior da vítima, que por algum motivo, leva o agente a um estado de forte abalo 
emocional, seja dominado pelo sentimento de raiva, dor, indignação etc. 
Veja um exemplo de como o tema pode ser cobrado em prova: 
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Delegado de Polícia 
Maria e Mariana, ambas nascidas com genitais femininos, auto-identificadas e socialmente reconhecidas como mulheres, 
convivem em união estável e monogâmica. Ocorre que Maria, às escondidas, passa a manter relações sexuais com José. 
Mariana flagra Maria em ato sexual com José e, nesse contexto, Maria provoca injustamente Mariana, dizendo a José, em 
tom de escárnio, que Mariana é “xucra, burra e ruim de cama”, e que, além disso, Mariana “gosta de ser traída e não tomará 
qualquer atitude, por ser covarde e medrosa”. Embora nunca tenha praticado ato de violência doméstica, Mariana é 
tomada por violenta emoção e dispara projétil de arma de fogo contra a cabeça de Maria, que morre imediatamente. 
É correto afirmar que Mariana praticou 
 
A) ato típico, mas amparado por causa excludente de ilicitude. 
B) homicídio qualificado, por meio insidioso. 
C) feminicídio. 
D) homicídio privilegiado. 
E) homicídio qualificado, por motivo torpe. 
 
Comentário: Mariana agiu tomada por violenta emoção imediatamente após injusta provocação de Maria, o que se amolda 
a causa de diminuição de pena, portanto, Mariana cometeu homicídio privilegiado. 
 
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 QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA PARA RESPONDER AS QUESTÕES 
01 E 02: Armando e Sérgio deviam a quantia de R$ 500,00 a 
Paulo, porém se recusavam a pagar. No dia marcado para o 
acerto de contas, Armando e Sérgio, com o ânimo de matar, 
compareceram ao local do encontro com Paulo portando 
armas de fogo, emprestadas por Mário, que sabia para qual 
finalidade elas seriam usadas. Armando e Sérgio atiraram 
contra Paulo, ferindo-o mortalmente. 
Com relação à situação hipotética apresentada acima, 
julgue os itens seguintes. 
01. CEBRASPE, PC/RR, Perito Papiloscopista, 2003 - O crime 
de homicídio descrito acima consumou-se no momento em 
que a vítima foi ferida em sua integridade física. 
CERTO ( ) ERRADO ( ) 
02. CEBRASPE, PC/RR, Perito Papiloscopista, 2003 - Paulo é 
sujeito passivo do crime de homicídio privilegiado. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
03. CEBRASPE, PC/SE, Delegado, 2018 - Em um clube social, 
Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente 
Carlos, também maior e capaz, na frente de amigos. 
Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi à sua residência 
e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver 
pertencente à corporação policial de que seu pai faz parte. 
Voltando ao clube depois de quarenta minutos, armado 
com o revólver, sob a influência de emoção extrema e na 
frente dos amigos, Carlos fez disparos da arma contra a 
cabeça de Paula, que faleceu no local antes mesmo de ser 
socorrida. 
 Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item. 
Por ter agido influenciado por emoção extrema, Carlos 
poderá ser beneficiado pela incidência de causa de 
diminuição de pena. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
04. VUNESP, PC/SP, Médico Legista, 2014 - Artaxerxes 
cometeu o crime de homicídio contra Valenciano. Apurou-
se que Artaxerxes cometeu o crime sob o domínio de 
violenta emoção logo em seguida a injusta provocação de 
Valenciano. Nessa hipótese, pelo que dispõe o Código Penal 
e desconsiderando outros eventuais fatores, é correto 
afirmar que 
A) Artaxerxes deverá responder pelo crime de homicídio 
qualificado. 
B) o juiz poderá reduzir a pena de Artaxerxes. 
C) Artaxerxes poderá ter a sua pena aumentada pelo juiz. 
D) o juiz deverá aplicar a pena de homicídio simples, sem 
qualquer redução ou aumento de pena. 
E) o juiz deverá deixar de aplicar a pena, nesse caso, em 
razão de Valenciano ter provocado Artaxerxes 
injustamente.
05. VUNESP, PC/SP, Delegado, 2018 - Maria e Mariana, 
ambas nascidas com genitais femininos, auto-identificadas 
e socialmente reconhecidas como mulheres, convivem em 
união estável e monogâmica. Ocorre que Maria, às 
escondidas, passa a manter relações sexuais com José. 
Mariana flagra Maria em ato sexual com José e, nesse 
contexto, Maria provoca injustamente Mariana, dizendoa 
José, em tom de escárnio, que Mariana é “xucra, burra e 
ruim de cama”, e que, além disso, Mariana “gosta de ser 
traída e não tomará qualquer atitude, por ser covarde e 
medrosa”. Embora nunca tenha praticado ato de violência 
doméstica, Mariana é tomada por violenta emoção e 
dispara projétil de arma de fogo contra a cabeça de Maria, 
que morre imediatamente. 
É correto afirmar que Mariana praticou 
A) ato típico, mas amparado por causa excludente de 
ilicitude. 
B) homicídio qualificado, por meio insidioso. 
C) feminicídio. 
D) homicídio privilegiado. 
E) homicídio qualificado, por motivo torpe.
06. FCC, TRT/15, Técnico Judiciário – Segurança, 2013 - O 
autor de homicídio praticado com a intenção de livrar um 
doente, que padece de moléstia incurável, dos sofrimentos 
que o atormentam (eutanásia), perante a legislação 
brasileira, 
A) não cometeu infração penal. 
B) responderá por crime de homicídio privilegiado. 
C) responderá por homicídio qualificado pelo motivo torpe. 
D) responderá por homicídio simples. 
E) responderá por homicídio qualificado pelo motivo fútil. 
RESPOSTAS 
01 - E 02 - E 03 - E 04 - B 05 - D 06 - B 
 
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1.2 HOMICÍDIO QUALIFICADO 
 Seguindo nossa análise do Art. 121 do Código Penal, temos o §2°, que traz a figura do Homicídio qualificado: 
§ 2°. Se o homicídio é cometido: 
 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
II - por motivo fútil; 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar 
perigo comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do 
ofendido; 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime 
VI – (feminicídio – revogado como qualificadora, passando a constituir um crime autônomo) 
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da 
Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou 
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição 
VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido 
IX - contra menor de 14 (quatorze) anos 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
Assim, o agente que matar alguém poderá receber uma pena maior que a do Art. 121, caput, em decorrência das 
circunstâncias do caso concreto, chamadas de QUALIFICADORAS, que podem estar relacionadas a motivação ou aos meios de 
realização do homicídio. 
 
>> PAGA OU PROMESSA DE RECOMPENSA OU OUTRO MOTIVO TORPE: 
O motivo torpe é aquele motivo repugnante, imoral ou perverso. Nesses casos, o agente age com ânimos de desprezo 
à vida humana, como a exemplo da promessa de recompensa, ou seja, o agente mata outra pessoa visando o recebimento de 
alguma quantia ou bem. 
Exemplo: o filho que, visando receber herança, articula a morte dos pais. 
Observe que o inciso é exemplificativo, ficando a cargo do julgador verificar se a motivação do crime consiste 
em motivo torpe. 
 
>> MOTIVO FÚTIL 
o motivo fútil se assemelha ao motivo torpe, contudo, está mais ligado a uma motivação insignificante ou 
desproporcional, ou seja, o agente comete homicídio em decorrência de uma situação que normalmente não levaria a um 
crime desta gravidade 
Exemplo: Um homem que, revoltado por perder uma partida de futebol, mata o adversário. 
 
 
>> EMPREGO DE VENENO, FOGO, EXPLOSIVO, ASFIXIA, TORTURA OU OUTRO MEIO INSIDIOSO OU CRUEL, OU DE QUE POSSA 
RESULTAR PERIGO COMUM; 
A qualificadora exposta no inciso três refere-se ao meio de execução do homicídio e visa punir com maior gravidade 
aquele que, além de tirar a vida de alguém, coloca em risco a vida ou a integridade da coletividade, ou que utilize meios cruéis 
visando causar grande sofrimento na vítima 
Embora o inciso faça previsão expressa ao uso de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura, o rol é exemplificativo, pois 
abre interpretação para outros meios cruéis. 
 
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Exemplo: o agente que, visando a morte da vítima e com a intenção de prolongar seu sofrimento, a mantém em cárcere 
privado, amordaçada e sem alimentos ou algo, até que esta morra em decorrência da inanição. 
 
 
>> À TRAIÇÃO, DE EMBOSCADA, OU MEDIANTE DISSIMULAÇÃO OU OUTRO RECURSO QUE DIFICULTE OU TORNE IMPOSSÍVEL 
A DEFESA DO OFENDIDO 
Assim como na hipótese do inciso anterior, a qualificadora se aplica em razão do meio utilizado pelo agente para obter 
o resultado morte, dificultando ou impossibilitando que a vítima se defenda da ação. 
 
TRAIÇÃO: traição refere- se ao ataque inesperado e desleal. 
Exemplo: o agente que atinge a vítima pelas costas, que não tem qualquer chance de defesa, pois não esperava o 
ataque. 
 
EMBOSCADA: A emboscada também gera uma ação inesperada da vítima, contudo, o agente se oculta para realizar o 
homicídio. 
Exemplo: o agente que, sabendo que a vítima pode ser encontrada todos os dias no ponto de ônibus da rua A, em 
horário certo, monta “tocaia” com a intenção de executar a vítima, que estará desprevenida 
DISSIMULAÇÃO: A dissimulação, por sua vez, trata da ocultação da intenção criminosa do agente, que simula uma 
situação para atrair ou enganar a vítima, facilitando o crime. 
Exemplo: Pedro, ex-namorado de Camila, toma conhecimento que ela está grávida de um filho dele então decide matá-
la, razão pela qual a convida para uma conversa particular em sua residência, sob o pretexto de que gostaria de combinar 
com ela uma assistência durante a gestação. Acreditando nas intenções de Pedro, Camila vai até o local, onde é golpeada 
a pauladas até a morte. 
Fique atento, esta modalidade também admite interpretação do julgador, abrangendo outras situações além das 
expressamente previstas. 
 
 
>> PARA ASSEGURAR A EXECUÇÃO, A OCULTAÇÃO, A IMPUNIDADE OU VANTAGEM DE OUTRO CRIME 
Ocorre quando o homicídio é executado para garantir a execução, ocultação, impunidade ou vantagem de outro crime. 
Pode incidir tanto em crime que já ocorreu quanto para garantir crime que o agente ainda irá praticar. 
Exemplo: João, com o objetivo de furtar o cofre da empresa X, dispara 3 tiros na cabeça do segurança do local. 
 
ATENÇÃO! Se o motivo for direcionado para CONTRAVENÇÃO PENAL, o homicídio continuará como qualificado, porém, 
por motivo fútil. 
 
>> HOMICÍDIO FUNCIONAL 
O homicídio funcional trata-se de uma QUALIFICADORA do homicídio, prevista no inciso VII, que ocorre quando o 
autor mata em razão da vítima exercer função na SEGURANÇA PÚBLICA (art. 144, CF) ou nas FORÇAS ARMADAS (art. 
142, CF). 
A vítima deve estar no exercício da função ou decorrência dela. 
A qualificadora também abrange como vítima os parentes consanguíneos (afins) até TERCEIRO GRAU, desde 
que a morte do parente seja em razão dos mesmos motivos, ou seja, por ser parte de um integrante da 
Segurança Pública ou das Forças Armadas. 
 
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VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema 
prisional e da Força Nacional de SegurançaPública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra 
seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição 
 
>> COM EMPREGO DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO OU PROIBIDO 
A qualificadora foi inserida com as alterações realizadas pela Lei n° 13.964/2019, conhecida como pacote anticrime. 
Assim, também terá uma pena mais grave o agente que cometer homicídio com uso destes objetos. 
 
>> HOMICÍDIO CONTRA MENOR DE 14 ANOS 
 O homicídio também será qualificado em razão da idade da vítima, quando esta for menor de 14 anos. Essa hipótese 
foi incluída pela Lei n° 14.344/2022, com o objetivo de prevenção e o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra 
a criança e o adolescente. 
Além da pena recebida pela qualificadora, ainda pode incidir aumento de pena, conforme disposto no §2°-B: 
§ 2º-B. A pena do homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos é aumentada de 
 
I - 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é pessoa com deficiência ou com doença que implique o aumento de sua 
vulnerabilidade; 
II - 2/3 (dois terços) se o AUTOR é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, 
preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela 
III - 2/3 (dois terços) se o crime for praticado em instituição de educação básica pública ou privada 
 
ATENÇÃO: o aumento de pena previsto no inciso III foi incluído recentemente pela Lei n° 14.811/2024, então é um dispositivo 
que pode ser abordado na sua prova, fique atento! 
 
ATENÇÃO! QUALIFICADORA Vs AUMENTO DE PENA 
O que estudaremos no § 4º do Art. 121 é que a lei traz causa de aumento de pena de 1/3 quando o homicídio é doloso e a 
vítima é menor de 14 anos. 
Dessa forma, surge a indagação: quando a vítima for menor de 14 anos, incidirá a qualificadora e o aumento de pena ao mesmo 
tempo? E a resposta é NÃO, pois estaríamos punindo a pessoa pelo mesmo fato duas vezes, o que é proibido no ordenamento 
jurídico, em razão do princípio do NE BIS IDEM. 
Portanto, afasta-se a incidência do aumento de apena e aplica-se tão somente a qualificadora. 
Entretanto é importante frisar que a causa de aumento de pena quando a vítima for menor 14 anos NÃO ESTÁ REVOGADA, 
razão pela qual poderá ser cobrada em questões de prova. 
 
 
 
 
 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
 
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LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998 
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
>> HOMICÍDIO QUALIFICADO-PRIVILEGIADO 
ATENÇÃO! O homicídio qualifico-privilegiado ocorre quando temos ao mesmo tempo uma QUALIFICADORA e uma situação 
PRIVILEGIADORA. 
Ex.: Pai mata o assassino de sua filha ateando fogo. Perca que nesse exemplo o pai mata por motivo de relevante valor moral 
(matar o assassino da própria filha), ocorrendo no homicídio privilegiado, entretanto, para matar, utilizou como instrumento 
o fogo, fazendo com o que o homicídio seja qualificado. 
Quando se tem uma situação de homicídio qualificado-privilegiado, AFASTA-SE O CARÁTER HEDIONDO DO DELITO. 
Obs.1: é importante frisar que para a ocorrência do homicídio qualificado-privilegiado, a qualificadora deve ser de ordem 
objetiva (diz respeito aos meios e modos de execução do crime), pois, o privilégio é de ordem subjetiva (diz respeito aos motivos 
do crime). 
Obs.2: Quais qualificadoras são de ordem objetiva? 
- emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
- mediante traição, emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do 
ofendido. 
Dessa forma, somente essas duas qualificadoras podem combinar com as situações privilegiadoras para forma o homicídio 
qualificado-privilegiado. 
 
>> MAIS DE UMA QUALIFICADORA NO MESMO HOMICÍDIO 
"Reconhecida a incidência de duas ou mais qualificadoras, uma delas poderá ser utilizada para tipificar a conduta como 
delito qualificado, promovendo a alteração do quantum de pena abstratamente previsto, sendo que as demais poderão ser 
valoradas na segunda fase da dosimetria, caso correspondam a uma das agravantes, ou como circunstância judicial, na 
primeira fase da etapa do critério trifásico." HC 385.220 Rel. Min. REYNALDO SOARES DA FONSECA 
Imagine a situação em que no mesmo homicídio ocorra a presença de duas qualificadoras, o que se denomina de homicídio 
duplamente qualificado. Ex.: Fulano para ficar com a herança dos pais, os mata com emprego de veneno. Há nesse caso a 
presença de duas situações que qualificam – motivo torpe (matar para ficar com a herança) e emprego de veneno. 
A pergunta que fica é: quais as consequências jurídicas para o homicídio que apresenta mais de uma qualificadora? Pois bem, 
veja: 
- Uma qualificadora servirá para QUALIFICAR de fato o homicídio, alterando a pena base, passando a ser uma pena de reclusão 
de 12 a 30 anos. 
- As demais qualificadoras servirão como AGRAVANTES, desde que previstas e elencadas no art. 61 do CÓDIO PENAL. 
“Como assim, professor? Agravantes?” SIM! O Juiz poderá aplicar de 12 a 30 anos, certo? Pelo fato de existir a presença de 
qualificadoras previstas no art. 61 do Código Penal, o juiz ao aplicar a pena, aplicará ela em seus patamares maiores, 30 ou 
próximo a 30 anos. 
 
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DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
 QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
01. CEBRASPE, DPE/RS, Defensor Público, 2022 - O 
reconhecimento da causa especial de diminuição de pena, 
quando coexistir com o homicídio qualificado, afastará o 
caráter hediondo do delito. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
02. CEBRASPE, DPE/RS, Defensor Público, 2022 - Considere 
que Antônio tenha matado Cláudio, seu desafeto, ao lhe ter 
desferido várias facadas nas costas, e que, após a morte da 
vítima, Antônio tenha, ainda, arrancado-lhe o órgão genital 
com uma faca de serra. Nessa situação hipotética, Antônio 
cometeu homicídio duplamente qualificado por meio cruel 
e emboscada, conforme previsão do Código Penal. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
03. CEBRASPE, PC/PE, Delegado, 2024 - De acordo com o 
que prevê o Código Penal (CP) acerca dos crimes contra a 
pessoa, caracteriza, obrigatoriamente, uma qualificadora 
do crime de homicídio o seu cometimento 
A) contra vítima menor de 14 anos, apenas quando 
praticado na modalidade culposa. 
B) por motivo de vingança. 
C) contra a mulher, apenas no caso de menosprezo ou 
discriminação em razão do seu gênero. 
D) com emprego de arma de fogo de uso restrito. 
E) contra primo de policial civil, em razão da função 
exercida.
04. CEBRASPE, PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/SE, 
Guarda Municipal, 2023 - O homicídio é considerado 
qualificado se for praticado 
A) por motivo grave. 
B) com emprego de arma de fogo. 
C) para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou 
vantagem de outro crime. 
D) por domínio de violenta emoção, logo após injusta 
agressão da vítima.
05. CEBRASPE, MPE/AC, Promotor de Justiça, 2022 - 
Gabriel, lutador profissional de boxe na categoria peso 
pesado, assistia a um jogo de futebol em um bar. Em 
determinado momento, inconformado com a derrota de 
seu time, desferiu um soco na cabeça de uma mulher que 
estava ao seu lado e que também lamentava o resultado 
negativo, causando-lhe a morte. 
Nessa situação hipotética, conforme a jurisprudência dos 
tribunais superiores, 
A) caracterizado o dolo eventual, Gabriel deverá responder 
por homicídioqualificado por motivo torpe. 
B) Gabriel deverá responder por homicídio simples, sendo 
afastada a qualificadora relacionada ao motivo fútil, pela 
sua incompatibilidade com o dolo eventual. 
C) caracterizada a violenta emoção, Gabriel deverá 
responder por homicídio privilegiado. 
D) por se tratar de vítima do sexo feminino, Gabriel deverá 
responder por feminicídio. 
E) caracterizado o dolo eventual, Gabriel deverá responder 
por homicídio qualificado por motivo fútil.
06. CEBRASPE, PC/AL, Agente de Polícia, 2021 - Em janeiro 
de 2021, Lucas, com 20 anos de idade e nítida vontade de 
matar Rafael, adquiriu uma arma de fogo e começou a 
procurá-lo pela cidade. Na semana anterior ao aniversário 
de 14 anos de Rafael, Lucas encontrou Rafael enquanto este 
conversava com uma pessoa e, então, disparou cinco tiros 
contra a vítima, que veio a óbito trinta dias depois. 
Posteriormente, em seu interrogatório, Lucas afirmou que 
havia matado Rafael por este ser enteado de um policial civil 
que o investigava por outros crimes. 
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a 
seguir. 
Lucas cometeu crime de homicídio doloso qualificado pela 
impossibilidade de defesa da vítima e pela relação de 
parentesco dela com o policial civil que investigava Lucas. 
CERTO ( ) ERRRADO ( )
07. CEBRASPE, PC/RR, Delegado, 2003 - Manoel trancafiou 
seu desafeto em um compartimento completamente 
isolado e introduziu nesse compartimento gases deletérios 
(óxido de carbono e gás de iluminação), os quais causaram 
a morte por asfixia tóxica da vítima. 
Nessa situação, Manoel responderá pelo crime de 
homicídio qualificado. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
 
 
 
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DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
08. CEBRASPE, DPE/AM, Defensor Público, 2003 - Manoel 
trancafiou seu desafeto em um compartimento 
completamente isolado e introduziu nesse compartimento 
gases deletérios (óxido de carbono e gás de iluminação), os 
quais causaram a morte por asfixia tóxica da vítima. 
Nessa situação, Manoel responderá pelo crime de 
homicídio qualificado. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
09. CEBRASPE, PREFEITURA DE BOA VISTA/RR, Analista 
Jurídico, 2004 - O crime de homicídio, quando cometido 
com emprego de asfixia, é qualificado. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
10. CEBRASPE, DPE/AL, 2003 - O homicídio qualificado-
privilegiado não é delito hediondo. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
11. CEBRASPE, DPE/AL, 2003 - Considera-se homicídio 
qualificado por motivo torpe aquele praticado para receber 
herança. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
12. CEBRASPE, TJ/BA, Juiz Leigo, 2019 - Márcio e Pedro 
eram amigos havia anos. Tendo descoberto que Pedro 
estava saindo com a sua ex-esposa, Márcio planejou matar 
Pedro durante uma pescaria que fariam juntos. Durante 
uma tempestade, em alto-mar, Márcio aproveitou-se de um 
deslize de Pedro para de fato matá-lo. Logo após a conduta, 
Márcio percebeu que na canoa onde estavam só havia um 
colete salva-vidas e que, em razão disso, a eliminação de 
Pedro foi sua única chance de sobreviver. A canoa afundou 
e Márcio sobreviveu ao naufrágio. 
Nessa situação hipotética, Márcio 
A) cometeu crime de homicídio qualificado. 
B) não cometeu crime, porque agiu em legítima defesa da 
honra. 
C) cometeu crime, mas sua conduta será justificada pelo 
estado de necessidade putativo. 
D) não cometeu crime, porque agiu em estado de 
necessidade. 
E) cometeu crime, mas sua pena será diminuída porque agiu 
em estado de necessidade.
 
13. CEBRASPE, MPU, Analista, 2018 - Situação 
hipotética: João, penalmente imputável, dominado por 
violenta emoção após injusta provocação de José, ateou 
fogo nas vestes do provocador, que veio a falecer em 
decorrência das graves queimaduras 
sofridas. Assertiva: Nessa situação, João responderá por 
homicídio na forma privilegiada-qualificada, sendo possível 
a concorrência de circunstâncias que, ao mesmo tempo, 
atenuam e agravam a pena. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
14. CEBRASPE, TJ/DF, Analista Judiciário, 2015 - De acordo 
com a doutrina e a jurisprudência dominantes, o chamado 
homicídio privilegiado-qualificado, caracterizado pela 
coexistência de circunstâncias privilegiadoras, de 
natureza subjetiva, com qualificadoras, de natureza 
objetiva, não é considerado crime hediondo. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
15. INSTITUTO AOCP, PC/GO, Papiloscopista, 2022 - A 
Delegacia de Polícia de Rio Verde-GO apura crime 
hipotético de perfuração abdominal causado por disparo de 
munição de arma de fogo. A perícia concluiu que o projétil 
foi disparado por arma de fogo de calibre de uso restrito. 
Nesse contexto, assinale a alternativa correta. 
A) O autor do fato deverá responder por lesão corporal 
seguida de morte, caso a vítima vá a óbito. 
B) O autor do fato deverá responder por homicídio 
qualificado com emprego de veneno, fogo, explosivo, 
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que 
possa resultar perigo comum. 
C) O autor do fato deverá responder por homicídio simples 
com causa de aumento de pena pelo emprego de arma de 
fogo de uso restrito. 
D) O autor do fato deverá responder por homicídio 
qualificado com emprego de arma de fogo de uso restrito 
ou proibido. 
E) O autor do fato deverá responder por homicídio simples, 
e a futura pena poderá ser elevada pelo emprego de arma 
de fogo como circunstância do crime.
 
 
 
 
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16. INSTITUTO AOCP, PC/GO, Agente de Polícia, 2022 - É 
considerado qualificado o homicídio 
A) se a vítima é pessoa com deficiência ou com doença que 
implique o aumento de sua vulnerabilidade. 
B) se o crime for praticado por milícia privada, sob o 
pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por 
grupo de extermínio. 
C) se o autor é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, 
irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou 
empregador da vítima ou, por qualquer outro título, tiver 
autoridade sobre ela. 
D) se o crime for praticado na presença física ou virtual de 
descendente ou de ascendente da vítima. 
E) se o crime for praticado contra menor de 14 (quatorze) 
anos.
17. FGV, SEAP/BA, Agente Penitenciário, 2024 - Caio, em 
cumprimento de pena em uma unidade prisional no interior 
do Estado da Bahia, agindo com dolo de matar, efetuou dois 
golpes de arma branca em detrimento de João, policial 
penal que se encontrava de plantão no sistema prisional por 
ocasião dos eventos. Muito embora tenha sido socorrido, o 
agente público faleceu a caminho do hospital. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código 
Penal, é correto afirmar que Caio responderá pelo crime de 
A) lesão corporal seguida de morte, majorada por ter sido 
praticada contra integrante do sistema prisional no 
exercício da função. 
B) homicídio qualificado, por ter sido praticado contra 
integrante do sistema prisional no exercício da função 
C) homicídio simples, majorado por ter sido praticado 
contra integrante do sistema prisional no exercício da 
função. 
D) lesão corporal seguida de morte. 
E) homicídio simples.
 
 
 
18. FGV, PREFEITURA DE PAULÍNIA/SP, Guarda Municipal, 
2021 - O homicídio é considerado qualificado se é cometido 
nas seguintes situações, à exceção de uma. Assinale-a. 
A) Mediante paga ou promessa de recompensa. 
B) Por motivo grave. 
C) Com emprego de veneno asfixia ou tortura. 
D) À traição ou de emboscada. 
E) Para assegurar a ocultação ou outro crime.
19. FGV, PC/RJ, Inspetor, 2021 - Constitui categoria fora do 
âmbito de proteçãoda qualificadora do “homicídio 
funcional”: 
A) guardas municipais; 
B) integrantes do Conselho Penitenciário; 
C) policiais aposentados; 
D) integrantes da Comissão Técnica de Classificação; 
E) juízes de direito.
20. VUNESP, TJ/SP, Juiz Substituto, 2021 - Na hipótese de 
réu condenado por crime de homicídio doloso, tendo sido 
reconhecidas duas qualificadoras, é correto afirmar que 
A) uma qualificará o delito e a outra poderá ser usada para 
elevar a pena como agravante, se prevista no rol legal 
(artigo 61, CP). 
B) uma qualificará o delito e a outra poderá ser usada para 
majorar a pena-base e também como agravante, se prevista 
no rol legal (artigo 61, do CP). 
C) uma qualificará o delito e a outra poderá ser usada como 
causa de aumento de pena. 
D) uma qualificará o delito e a outra poderá ser usada para 
elevar a pena como agravante em qualquer hipótese.
21. FCC, MPE/CE, Promotor, 2009 - O reconhecimento do 
homicídio privilegiado é incompatível com a admissão da 
qualificadora 
A) do motivo fútil. 
B) do emprego de explosivo. 
C) do meio cruel. 
D) do emprego de veneno. 
E) da utilização de meio que possa resultar em perigo 
comum.
 
 
 
 
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22. FCC, DPE/AM, Defensor Público, 2021 - Sobre o crime 
de homicídio: 
A) Não é possível o reconhecimento da causa de diminuição 
de pena quando praticado mediante o emprego de veneno. 
B) É possível o reconhecimento do homicídio qualificado-
privilegiado quando a qualificadora for de natureza 
subjetiva. 
C) De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça, o homicídio qualificado-privilegiado não é 
considerado crime hediondo. 
D) Não é admitido pela jurisprudência o reconhecimento do 
homicídio qualificado-privilegiado, uma vez que as 
qualificadoras preponderam sobre a causa de diminuição de 
pena em razão da gravidade do crime. 
E) É possível o reconhecimento do homicídio qualificado-
privilegiado, permanecendo nesta hipótese o seu caráter 
hediondo, em razão de previsão expressa na Lei nº 
8.072/1990. 
RESPOSTAS 
01 - C 02 - E 03 - D 04 - C 05 - E 06 -E 
07 - C 08 - C 09 - C 10 - C 11 - C 12 - A 
13 - C 14 - C 15 - D 16 - E 17 - B 18 - B 
19 - E 20 - A 21 - A 22 - C 
 
1.3 HOMICÍDIO CULPOSO 
Veremos agora o homicídio culposo, previsto no Art. 121, §3° do Código Penal: 
§ 3º Se o homicídio é culposo: 
Pena - detenção, de um a três anos. 
O homicídio culposo é aquele em que o agente não visa a morte da vítima, mas dar causa ao crime em razão de uma 
conduta omissiva ou comissiva, por negligência, imprudência ou imperícia. 
IMPRUDÊNCIA: relaciona-se com a prática de ações arriscadas, sem cautela, ou seja, o agente não deseja causar a morte de 
alguém, mas age de modo imprudente. 
Exemplo: o motorista bêbado que atropela e causa a morte de pedestre; motorista atrasado e apressado que ao furar o sinal 
vermelho atropela e mata o pedestre. 
NEGLIGÊNCIA: está ligada a falta de atenção, cuidado e responsabilidade do agente, que deixa de adotar medidas que previnam 
o crime. 
Exemplo: mãe que esquece criança dentro do carro e sai para fazer compras e, ao voltar, a criança está morta pro asfixia. 
 
IMPERÍCIA: se refere a execução de atividades sem o conhecimento, técnica, habilidade ou expertise necessária. 
Exemplo: médico não habilitado para fazer cirurgias plásticas, faz cirurgia e o paciente vem a falecer. 
 
Apesar de o agente não possuir a intenção de causar a morte da vítima, pode incidir aumento de pena da sua conduta, 
nas hipóteses do § 4°: 
• aumenta a pena em 1/3, se o crime resulta de 
→ inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício 
→ se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima 
→ não procura diminuir as consequências do seu ato 
→ foge para evitar prisão em flagrante 
 
 
 
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1.4 PERDÃO JUDICIAL 
 
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o 
próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 
 
O §5° traz previsão a possibilidade de perdão judicial nos casos de homicídio culposo. O perdão é uma causa extintiva 
da punibilidade que permite ao juiz deixar de aplicar a pena em razão da presença de circunstâncias excepcionais, nos casos 
em que a Lei permitir. Para a sua aplicação não se fala em conveniência ou oportunidade, assim, se presentes os requisitos, o 
juiz deve conceder o perdão. 
A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito 
condenatório. 
No caso, se o juiz notar que as consequências da infração foram altamente danosa ao agente, deve conceder o perdão. 
Um exemplo é o do pai que perde o filho em razão de negligência, deixando a arma ao alcance da criança, tendo em vista que 
a dor da perda do filho já é inestimável e mais gravosa, comparada à sanção penal. 
 
 QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
01. CEBBRASPE, STJ, Analista Judiciário, 2015 - Situação 
hipotética: Lucas, descuidadamente, sem olhar para trás, 
deu marcha a ré em seu veículo, em sua garagem, e 
atropelou culposamente seu filho, que faleceu em 
consequência desse ato. Assertiva: Nessa situação, o juiz 
poderá deixar de aplicar a pena, se verificar que as 
consequências da infração atingiram Lucas de forma tão 
grave que a sanção penal se torne desnecessária 
CERTO ( ) ERRADO ( )
02. CEBRASPE, TSE, Técnico Judiciário – Área 
Administrativa, 2024 - Considere que um cirurgião, ao 
realizar procedimento médico em seu filho recém-nascido, 
tenha cometido um erro técnico que tenha resultado na 
morte da criança. Nessa hipótese, caso o cirurgião seja 
condenado por homicídio culposo, o juiz poderá deixar de 
aplicar-lhe a pena, se constatar que a sanção é 
desnecessária. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
03. CEBRASPE, DPE/PE, Defensor Público, 2015 - Caso um 
dependente químico de longa data morra após abusar de 
substância entorpecente vendida por um narcotraficante, 
este responderá por homicídio culposo, devido à 
previsibilidade do resultado morte nessa hipótese. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
 
04. CEBRASPE, POLÍCIA FEDERAL, Agente, 2004 - Ao sair de 
sua casa, dando marcha a ré no seu carro, Marcelo não viu 
seu filho, que engatinhava próximo a um dos pneus 
traseiros do carro, e o atropelou. A criança faleceu em 
decorrência das lesões sofridas. Nessa situação, Marcelo 
praticou homicídio culposo, podendo o juiz deixar de aplicar 
a pena, pois as consequências da infração atingem Marcelo 
de forma tão grave que a sanção penal é desnecessária. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
05. CEBRASPE, PC/PB, Agente, 2009 - Fabiana estava 
atrasada para o trabalho. Ao retirar o seu veículo da 
garagem, percebeu que havia passado em cima de algo que 
supunha ser um objeto. Ao descer para verificar do que se 
tratava, notou que havia passado por cima do seu filho de 6 
meses, que brincava atrás do automóvel. Desesperada, 
Fabiana chamou pelo marido, que imediatamente levou a 
criança ao hospital. No entanto, o esforço foi vão, pois o 
filho de Fabiana faleceu em consequência dos ferimentos 
sofridos. 
A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta 
em relação ao crime de homicídio 
A) Fabiana não cometeu fato criminoso. 
B) Fabiana cometeu o crime de homicídio culposo, sendo 
certo que o juiz poderá deixar de aplicar a pena se as 
consequências da infração a atingirem de forma tão graveque a sanção penal se torne desnecessária. 
C) O homicídio culposo é punido com a mesma pena do 
homicídio doloso, diminuída de um a dois terços. 
 
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DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
D) Não pratica crime de homicídio doloso simples o agente 
que age sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida 
a injusta provocação da vítima. 
E) A utilização de arma de fogo qualifica o crime de 
homicídio.
06. VUNESP, PREFEITURA DE CAMPINAS/SP, Guarda 
Municipal, 2019 - Segundo o Código Penal, quando o crime 
de homicídio é culposo, 
A) a pena prevista é maior do que a do homicídio doloso. 
B) não será admitido agravante de aumento de pena. 
C) o agente ficará, necessariamente, sujeito à pena de 
reclusão. 
D) o agente poderá ficar isento de pena se agir para 
compensar os familiares da vítima. 
E) o juiz poderá deixar de aplicar a pena em hipótese 
determinada.
 
 
 
 
07. VUNESP, PC/SP, Escrivão, 2013 - A hipótese do art. 121, 
§ 5.º do CP, doutrinariamente denominada de perdão 
judicial, aplica-se ao homicídio 
A) cometido por relevante valor moral. 
B) culposo. 
C) privilegiado (caso de diminuição de pena). 
D) cometido sob o domínio de violenta emoção, logo em 
seguida a injusta provocação da vítima. 
E) cometido por relevante valor social.
08. VUNESP, PREFEITURA DE ITAPEVI/SP, Engenheiro Civil, 
2019 - Segundo o Art. 121 do Código Penal, se o 
desmoronamento de uma edificação em obra motivar a 
morte de um funcionário e a circunstância for caracterizada 
como homicídio culposo, o engenheiro responsável estará 
sujeito à pena de 
A) detenção de 1 a 3 anos. 
B) detenção de 4 a 6 anos. 
C) detenção de 8 a 12 anos. 
D) reclusão de 2 a 4 anos. 
E) reclusão de 5 a 10 anos. 
RESPOSTAS 
01 - C 02 - C 03 - E 04 - C 05 - B 06 - E 
07 - B 08 - A 
 
1.5 CAUSAS DE AUMENTO DE PENA § 4° E § 6° 
Os parágrafos 4°, parte final e §6° trazem ainda outras causas de aumento de pena: 
 
§ 4°. No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de 
profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do 
seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime 
é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 
ATENÇÃO: como vimos, a prática de homicídio contra vítima menor de 14 anos é hipótese de crime qualificado, portanto, o 
aumento de pena, embora vigente, não tem aplicabilidade, mas pode ser cobrado em prova pela literalidade do texto penal. 
 
§ 6°. A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de 
prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. 
 
 QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
01. CEBRASPE, POLÍCIA CIENTÍFICA/PE, Perito, 2016 
(adaptada) - A inobservância de regra técnica de profissão, 
arte ou ofício por parte do autor do fato integra o tipo penal 
do homicídio culposo. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
 
 
 
 
 
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LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998 
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
02. CEBRASPE, DPE/PE, Defensor Público, 2018 (adaptada) 
- A pena pela prática do homicídio doloso simples será 
aumentada de um terço se o agente deixar de prestar 
imediato socorro à vítima, não procurar diminuir as 
consequências do seu ato ou fugir para evitar a prisão em 
flagrante. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
03. CEBRASPE, POLÍCIA CIENTÍFICA/PE, Perito, 2016 
(adaptada) - O emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia 
ou tortura, em crimes de homicídio, é recurso que dificulta 
a defesa da vítima e, portanto, caracteriza causa de 
aumento de pena. 
CERTO ( ) ERRADO ( ) 
04. FGV, ALE/RJ, Especialista Legislativo, 2017 - João, 
servidor público estadual ocupante do cargo efetivo de 
engenheiro civil, foi o responsável por determinada obra 
com escavação de um poço. João agiu culposamente, nas 
modalidades de imperícia e negligência, pois, na condição 
de engenheiro civil, realizou obra sem observar seu dever 
objetivo de cuidado e as regras técnicas da profissão, 
provocando como resultado a morte de um pedreiro que 
trabalhava no local. Em termos de responsabilidade 
criminal, em tese, João: 
A) não deve ser processado por homicídio, pois não agiu 
com dolo ou culpa criminal, restringindo-se sua 
responsabilidade à esfera cível; 
B) não deve ser processado por homicídio, pois agiu como 
funcionário público no exercício da função, restando apenas 
a responsabilidade cível que recairá sobre o poder público; 
C) deve ser processado por homicídio doloso, eis que agiu 
com dolo direto e eventual, na medida em que assumiu o 
risco de provocar a morte do pedreiro; 
D) deve ser processado por homicídio culposo, com causa 
de diminuição de pena, eis que não agiu com intenção de 
provocar o resultado morte do pedreiro; 
E) deve ser processado por homicídio culposo, com causa 
de aumento de pena, eis que o crime resultou de 
inobservância de regra técnica de profissão.
05. FGV, PC/RJ, Oficial de Cartório, 2008 - Assinale a 
alternativa que apresente circunstância que não aumenta a 
pena do crime de homicídio culposo. 
A) Se o crime resulta de inobservância de regra técnica de 
profissão. 
B) Se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima. 
C) Se o agente foge para evitar prisão em flagrante. 
D) Se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 
(quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 
E) Se o crime resulta de inobservância de regra técnica de 
ofício. 
RESPOSTAS 
01 - E 02 - E 03 - E 04 - E 05 - D 
 
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PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM QUALQUER MEIO 
DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
 QUESTÕES 
SIMULADO COM QUESTÕES DE HOMICÍDIO – 
BANCAS VARIADAS 
01. INSTITUTO CONSULPLAN, MPE/SC, Promotor de 
Justiça, 2024 - O agente que mata uma pessoa para ocultar 
a prática de jogo do bicho pratica homicídio qualificado 
disposto no Código Penal brasileiro, já que o motivo do 
homicídio é assegurar a execução de outro crime. 
CERTO ( ) ERRADO ( )
02. INSTITUTO AOCP, DPE/RR, Defensor, 2022 - Em relação 
aos crimes dolosos contra a vida, analise as seguintes 
afirmações: 
I. O crime de homicídio é privilegiado se praticado sob a 
influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da 
vítima. 
II. As qualificadoras do motivo torpe e do feminicídio são 
incompatíveis entre si, de modo que é vedado sua 
imputação simultânea, sob pena de bis in idem. 
III. O homicídio é qualificado se praticado com o emprego 
de arma de fogo. 
Considerando a legislação aplicável e o entendimento dos 
Tribunais Superiores, está INCORRETO o que se afirma em 
A) II. 
B) I e II. 
C) II e III. 
D) I, II e III. 
E) I e III.
03. FGV, PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP, 
Guarda Civil Municipal, 2023 - No dia 25 de dezembro de 
2022, Thales matou seu filho de 13 anos, Joaquim, se 
utilizando de uma arma de fogo de uso restrito, com o fim 
de assegurar a impunidade de outro crime que havia 
cometido. 
Em relação ao caso narrado e com base no Código Penal, 
assinale a opção que elenca de modo mais completo as 
circunstâncias que aumentam a pena de Thales 
(qualificadoras ou causas de aumento). 
A) O fato de o crime ter sido praticado em data festiva, 
contra menor de 14 anos e como fim de assegurar a 
impunidade de crime anterior. 
B) O fato de o crime ter sido praticado em data festiva, ser 
Thales ascendente de Joaquim, ter se utilizado de arma de 
fogo de uso restrito. 
C) O fato de o crime ter sido praticado contra menor de 14 
anos e ter o agente se utilizado de arma de fogo de uso 
restrito. 
D) O fato de o crime ter sido praticado contra menor de 14 
anos, ser Thales ascendente de Joaquim, ter se utilizado de 
arma de fogo de uso restrito e com o fim de assegurar a 
impunidade de crime anterior. 
E) O fato de Thales ser ascendente de Joaquim, ter se 
utilizado de arma de fogo de uso restrito e com o fim de 
assegurar a impunidade de crime anterior.
 04. FGV, PC/RJ, Investigador, 2022 - Insatisfeito com uma 
disputa acirrada num jogo de futebol, Ares, que contava 
com 17 anos e 11 meses de vida, aguarda a saída de Príapo 
de um curso preparatório, efetuando cinco disparos com 
revólver adquirido com aquela finalidade. Tendo alvejado 
seu alvo e sem munição extra, Ares deixa o local, tomando 
rumo ignorado. Príapo é socorrido por transeuntes e levado 
ao hospital, onde permanece internado por dois meses, 
quando, então, vem a óbito, em razão exclusiva dos 
ferimentos sofridos. 
De acordo com o Código Penal, Ares deverá: 
A) responder pelo crime, em razão da teoria do resultado; 
B) responder pelo crime, em razão da teoria mista; 
C) responder pelo crime, em razão da teoria da ação; 
D) não responder por crime, em razão da teoria da 
ubiquidade; 
E) não responder por crime, em razão da teoria da 
atividade.
05. FGV, SENADO FEDERAL, Policial Legislativo, 2012 - Em 
relação ao crime de homicídio, observada a jurisprudência 
majoritária dos Tribunais Superiores, é correto afirmar que 
A) o homicídio somente pode ser praticado a título de dolo 
direto ou eventual, não sendo admitida a forma culposa. 
B) se trata de crime enquadrado como hediondo, sempre 
que for homicídio qualificado, podendo, ainda, o homicídio 
simples, em algumas hipóteses legais, ser enquadrado 
como crime hediondo. 
C) se trata de crime previsto em lei como hediondo, mesmo 
em se tratando de homicídio privilegiado. 
 
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DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
D) o homicídio simples, em qualquer hipótese legal, se 
enquadra como crime hediondo. 
E) apenas o homicídio qualificado se enquadra legalmente 
como crime hediondo.
06. FGV, PC/RJ, Oficial de Cartório, 2008 - Assinale a 
alternativa que apresente circunstância que não qualifica o 
crime de homicídio doloso. 
A) Quando o homicídio é praticado mediante promessa de 
recompensa. 
B) Quando o homicídio é praticado mediante emprego de 
veneno. 
C) Quando o homicídio é praticado contra ascendente, 
descendente, irmão ou cônjuge. 
D) Quando o homicídio é praticado para assegurar a 
impunidade de outro crime. 
E) Quando o homicídio é praticado mediante emprego de 
asfixia.
07. FGV, PC/AP, Delegado, 2010 - Assinale a alternativa 
que não qualifica o crime de homicídio. 
A) Emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou 
outro meio insidioso ou cruel. 
B) Para assegurar a ocultação de outro crime. 
C) Motivo fútil 
D) Abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, 
ofício, ministério ou profissão. 
E) Mediante dissimulação.
08. FGV, TJPA, Juiz, 2009 - João Carvalho, respeitado 
neurocirurgião, opera a cabeça de José Pinheiro. Terminada 
a operação, com o paciente já estabilizado e colocado na 
Unidade de Tratamento Intensivo para observação, João 
Carvalho deixa o hospital e vai para casa assistir ao último 
capítulo da novela. 
Ocorre que, pelas regras do hospital, João Carvalho deveria 
permanecer acompanhando José Pinheiro pelas doze horas 
seguintes à operação. Como é um fanático noveleiro, João 
desrespeita essa regra e pede à Margarida, médica da sua 
equipe, que acompanhe o pós-operatório. Margarida é uma 
médica muito preparada e tão respeitada e competente 
quanto João. 
Margarida, ao ver José Pinheiro, o reconhece como sendo o 
assassino de seu pai. Tomada por uma intensa revolta e um 
sentimento incontrolável de vingança, Margarida decide 
matar aquele assassino cruel que nunca fora punido pela 
Justiça, porque é afilhado de um influente político. 
Margarida determina à enfermeira Hortência que troque o 
frasco de soro que alimenta José, tomando o cuidado de 
misturar, sem o conhecimento de Hortência, uma dose 
excessiva de anti-coagulante no soro. José morre de 
hemorragia devido ao efeito do anti-coagulante. 
Assinale a alternativa que indique o crime praticado por 
cada envolvido. 
A) João Carvalho: homicídio culposo - Margarida: homicídio 
doloso - Hortênsia: homicídio culposo. 
B) João Carvalho: homicídio culposo - Margarida: homicídio 
doloso - Hortênsia: não praticou crime algum. 
C) João Carvalho: homicídio preterdoloso - Margarida: 
homicídio culposo - Hortênsia: homicídio culposo. 
D) João Carvalho: não praticou crime algum - Margarida: 
homicídio doloso - Hortênsia: não praticou crime algum. 
E) João Carvalho: homicídio culposo - Margarida: homicídio 
preterdoloso - Hortênsia: não praticou crime algum.
09. FGV, TJ/MS, Juiz, 2008 - Josefina Ribeiro é médica 
pediatra, trabalhando no hospital municipal em regime de 
plantão. De acordo com a escala de trabalho divulgada no 
início do mês, Josefina seria a única médica no plantão que 
se iniciava no dia 5 de janeiro, às 20h, e findava no dia 6 de 
janeiro, às 20h. Contudo, depois de passar toda a noite do 
dia 5 sem nada para fazer, Josefina resolve sair do hospital 
um pouco mais cedo para participar da comemoração do 
aniversário de uma prima sua. Quando se preparava para 
deixar o hospital às 18h do dia 6 de janeiro, Josefina é 
surpreendida pela chegada de José de Souza, criança de 
apenas 06 anos, ao hospital precisando de socorro médico 
imediato. Josefina percebe que José se encontra em estado 
grave, mas decide deixar o hospital mesmo assim, 
acreditando que Joaquim da Silva (o médico plantonista que 
a substituiria às 20h) chegaria a qualquer momento, já que 
ele tinha o hábito de se apresentar no plantão sempre com 
uma ou duas horas de antecedência. Contudo, naquele dia, 
Joaquim chega ao hospital com duas horas de atraso (às 
22h) porque estava atendendo em seu consultório 
particular. José de Souza morre em decorrência de ter 
ficado sem atendimento por quatro horas. 
 
 
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LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998 
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DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS. 
Que crime praticaram Josefina e Joaquim, 
respectivamente? 
A) Homicídio culposo e homicídio culposo. 
B) Homicídio doloso e homicídio doloso. 
C) Omissão de socorro e omissão de socorro. 
D) Homicídio doloso e nenhum crime. 
E) Homicídio doloso e homicídio culposo.
10. VUNESP, TJ/SP, Juiz, 2014 - Analise estas duas hipóteses 
isoladas: 1.º) o agente matou o indivíduo que estuprou sua 
filha menor e 2.º) o agente, que é traficante de drogas, 
matou seu concorrente para dominar o comércio de drogas 
no bairro. Relativamente ao crime de homicídio, escolha a 
opção que indique, respectivamente, o que, em tese, cada 
uma destas situações poderia significar num eventual Júri: 
A) atenuante genérica; agravante genérica. 
B) atenuante genérica; causa de aumento de pena. 
C) causa de diminuição de pena; qualificadora. 
D) causa de diminuição de pena; agravante genérica.
11. IBFC, IAPEN/AC, Agente de Polícia, 2023 - Não se 
considera o homicídio qualificado quando cometido: 
A) por motivo fútil 
B) à traição, de emboscada, ou mediante

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