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Conceito de edição em áudio e vídeo
A edição de áudio e vídeo é um processo com vista à construção de uma sequência de planos que
formem, por sua vez, uma narrativa audiovisual lógica e coerente.
Prof. Edilson Godoy Duarte
1. Itens iniciais
Propósito
Compreender os conceitos de edição em áudio e vídeo é essencial para profissionais que atuarão na área e
um melhor entendimento da montagem e finalização de um produto audiovisual a partir de seu roteiro.
Objetivos
Definir o conceito de plano e sequência, ligando-os ao processo de edição de áudio e vídeo.
Identificar o processo de narrativa no contexto da edição de áudio e vídeo.
Reconhecer a importância do tempo de edição no produto audiovisual.
Introdução
A narrativa audiovisual é composta por uma sequência de planos de imagens sonorizados com a finalidade de
contar uma história criada ou vivida, produzindo a melhor experiência sensorial no espectador. Porém, é
necessário muito mais do que uma bela imagem e uma trilha sonora incrível para agradar seus espectadores.
Imagine o seu produto audiovisual como um livro animado.
 
As imagens e sons não só têm o objetivo de concretizar a história que está sendo contada, mas devem
comunicar todo seu contexto com a maior riqueza possível, inclusive com recursos que façam o espectador
subentender detalhes ou até imaginar o que não é mostrado para captar sua atenção criando conexão e
emoção.
 
Para tanto, ao longo da evolução desse mercado da comunicação audiovisual, apesar de a originalidade e a
criatividade serem seus pontos altos, foram desenvolvidas técnicas e linguagens nas quais elementos básicos
são usados na construção da narrativa e da produção das imagens, necessárias tanto para o planejamento do
produto que se deseja obter quanto para viabilizar uma comunicação específica no processo de produção,
agilizando o entendimento e a atuação de todos os profissionais envolvidos, desde a captação até a pós-
produção.
 
Contar uma história exige o entrosamento entre a técnica e a arte com a finalidade de emocionar. Assim, ao
mesmo tempo em que as técnicas são escolhidas em função do objetivo da narrativa, as ideias muitas vezes
podem ser limitadas ou enriquecidas pelas possibilidades e recursos técnicos. Os profissionais geralmente
trocam inspirações e aspirações, para que dentro do orçamento e das ferramentas disponíveis possa ser
concretizado um produto da criação inicial.
 
Neste conteúdo, aprenderemos os aspectos relevantes para a edição em áudio e vídeo, conhecendo as
etapas e processos para esse fim.
• 
• 
• 
1. Plano e sequência
Conceito de planos e sequência
Planos e sequência
O especialista Edilson Godoy vai explicar e conceituar o que são planos e sequência e as diferenças entre
eles.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Inicialmente, vamos definir alguns conceitos que serão importantes para o estudo. Tecnicamente, as imagens
em movimentos são sequências de quadros, como fotografias individuais, reproduzidas em uma velocidade
alta o suficiente para que não seja percebida interrupção entre uma e outra, de acordo com a capacidade
visual humana.
Saiba mais
A edição de vídeo é o processo de pós-produção de escolha e montagem em sequência de vídeos
previamente gravados, sempre entendendo que o resultado visual é a busca pela melhor sensação no
espectador, tanto de entendimento quanto de emoção. É a montagem em uma linha de tempo de
diversos planos de imagem que melhor passam a sua mensagem. 
Para formar cada quadro do trecho de vídeo a ser gravado, alguns elementos da fotografia são interligados:
 
A composição e o enquadramento que formam um plano.
Para movimentar a narrativa e enriquecer os pontos de vista do espectador, são utilizadas imagens de
câmeras em diferentes enquadramentos, posições e distâncias, ou seja, em planos diferentes. Por essa razão,
é necessário haver uma conceituação e um planejamento de que tipo de planos serão captados para obter a
dinâmica da narrativa desejada, e quais serão os equipamentos necessários para fazer esses planos.
 
As tomadas de câmera, mais conhecidas como takes, são o trecho de um plano rodado ininterruptamente. Um
take poderá ser captado diversas vezes, buscando a melhor versão daquele plano, entre interpretação e
características técnicas, para ser editado.
Planos
Os nomes dos planos são dados em função do conteúdo que está sendo mostrado pelo enquadramento – o
que está enquadrado e de qual ângulo de visão –, independentemente de que técnica foi usada pra chegar
àquele enquadramento.
 
A seguir, alguns tipos de planos em relação à composição.
planos 
Para ilustrar seu conhecimento, a nomenclatura entre plano/tomada em outras línguas é shot/take
(inglês), plan/prise (francês), plano/toma (espanhol).
Plano aberto ou Geral (very long shot — P/G) – mostra uma visão panorâmica. Sua principal função é a de
ambientar o público, ou seja, mostrar o lugar que rodeia as personagens e onde a história acontecerá. Como
exemplo, no filme O Iluminado, de 1980, em uma das cenas temos a visão de cima do labirinto invernal onde,
mais tarde, ocorrerá uma perseguição. Ao aproximar a câmera, percebemos que há uma pessoa no centro.
Este plano situa o espectador no ambiente em que ocorrerá a ação.
Exemplo de Plano aberto ou Geral (very long shot — P/G).
Composição 
A composição é a disposição que os
elementos terão no quadro: como serão
harmonizados a iluminação, os atores,
cenários, figurinos, os objetos de cena e os
elementos naturais, com o objetivo de
enriquecer a imagem, porém sem que se
desvie a atenção do que está sendo mostrado
para melhor atender à narrativa da trama.
Uma composição mal feita poderá desviar a
atenção do espectador ou causar
desinteresse.
Enquadramento 
O enquadramento é a fotografia captada
pela câmera, resultado da posição em
que a câmera estiver e da lente que
estiver sendo usada. A lente é um
acessório da câmera – grande-angular,
objetiva normal, teleobjetiva –, trazendo
ao espectador a possibilidade de
enxergar por diversos ângulos. Ao
enquadrar, é escolhido o que será
mostrado, o que estará dentro das
bordas do quadro da imagem captada.
Plano americano (mid shot — P/A) – é um dos enquadramentos que já caminha para o campo das expressões.
Embora ainda mostre um pouco do ambiente, a câmera normalmente mostra as personagens do joelho para
cima e não enfoca em temas. Neste tipo de enquadramento, a ideia é mostrar não somente a personagem
como o ambiente que a envolve.
Exemplo de Plano americano (mid shot — P/A).
Primeiro plano (close-up — P/P) – é um clássico entre os planos de câmera. Ele serve para dar ênfase aos
sentimentos da personagem, como se a câmera estivesse bastante próxima. Normalmente, ela se concentra
na figura humana dos ombros para cima. Este enquadramento tem por finalidade enfatizar as reações da
personagem a determinado acontecimento.
Exemplo de Primeiro plano (close-up — P/P).
Primeiríssimo plano (big close-up — Pº/P) - no primeiríssimo plano, lentes da câmera nos levam ainda mais
fundo no sentimento da personagem. O enquadramento da câmera será no rosto, de modo que quase nada ao
redor possa ser visto, chamando a total atenção do espectador para as reações dele.
Exemplo de Primeiríssimo plano.
Plano detalhe (extra big close-up — P/D) – Ainda mais próximo do que o primeiríssimo plano, o detalhe serve
para dar foco a algum objeto pequeno. Em geral, não se reconhece o ambiente ou mesmo o próprio objeto. O
objetivo é criar uma sensação de mistério e a surpresa posterior quando o enquadramento fica mais amplo, o
que ajuda a prender a atenção do espectador.
Exemplo de Plano detalhe.
Enquadramento
O tipo de enquadramento também será produzido quanto à posição da câmera – ângulo vertical e horizontal,
fixa ou em movimento. A posição em que a câmera será colocada é conhecida como eixo de câmera. Ele vai
definir o que será mostrado e de que ângulo, e as ações e iluminação serão organizadas em função dessa
posição.
 
Alguns enquadramentos são definidosÁudio, de Marilia Mello Pisani. A autora trata da importância da iluminação
e do áudio na produção de vídeo, bem como da edição de vídeo.
 
Vale a pena ver o Guia completo com os principais equipamentos para cinema, disponível no site aicinema.
 
Vale a penar ler o texto A importância de mover a câmera: o travelling no cinema, disponível no site
Webinsider.
Referências
AUMONT, J. A Estética do filme. São Paulo: Papirus, 1995, p. 38.
 
GAGNEBIN, J. M. História e Narração em Walter Benjamin. São Paulo: Perspectiva, 1994.
 
MARTINHO, J. D. P. Tese de mestrado, Engenharia Informática (Arquitectura, Sistemas e Redes de
Computadores), Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2009.
 
PUDOVKIN, V. Métodos de tratamento do material (montagem estrutural) In: XAVIER, I. (org.) A experiência do
cinema. São Paulo: Graal, 1983.
 
SANTOS, R. Manual de vídeo. Rio de Janeiro: UFRJ, 1993, pp. 191-194.
 
WHITTAKER, R. Produção de Televisão – Um Tutorial sobre Produção em Estúdio e em Campo, Edição linear e
não-linear. Consultado em meio eletrônico em : 31 mar. 2021.
	Conceito de edição em áudio e vídeo
	1. Itens iniciais
	Propósito
	Objetivos
	Introdução
	1. Plano e sequência
	Conceito de planos e sequência
	Planos e sequência
	Conteúdo interativo
	Saiba mais
	Planos
	Enquadramento
	Plongê (do francês plongée – mergulhado) ou Picado
	Contraplongê
	Zenital (ou plongê absoluto)
	Contrazenital (ou contraplongê absoluto)
	Frontal
	Traseiro
	Lateral ou perfil
	Plano 3/4
	Plano 1/4
	Captação de imagens
	Plano fixo
	Panorâmica
	Travelling
	Zoom
	Plano-sequência
	Saiba mais
	Comentário
	Lentes
	Saiba mais
	Atenção
	Foco é o ponto mais nítido da imagem
	Exemplo
	Profundidade de campo
	Edição de áudio e de vídeo
	Captação de áudio
	Gravação em multipista
	Gravadores
	Equalização
	Etapa 1
	Etapa 2
	Etapa 3
	Foley
	1
	2
	3
	Etapa da sonorização
	Exemplo
	Verificando o aprendizado
	Podemos definir edição de vídeo como:
	A edição de áudio é composta das seguintes etapas:
	2. O processo de narrativa
	Narrativa e edição
	Saiba mais
	A importância da sequência narrativa na edição
	Conteúdo interativo
	Novas tecnologias
	Corte
	Hard cut
	Cutting on action
	Match cut
	Invisible cut
	Jump cut
	Cross cut
	Smash cut
	J cut e L cut
	Fade in e fade out
	Wipe
	Cross dissolve
	Roteiro
	Atenção
	Narrativa cinematográfica
	Saiba mais
	Verificando o aprendizado
	Leia as afirmativas abaixo sobre o corte na edição e marque a alternativa correta:
	Qual das afirmativas abaixo define roteiro?
	3. A importância do tempo de edição
	Importância do tempo no audiovisual
	Sinopse
	Argumento do texto
	O quê
	Quem
	Quando
	Onde
	Como
	Por quê?
	Roteiro técnico
	Decupagem
	Montagem
	Comentário
	Dica
	Claquete
	Tempo/frame
	Sistema de numeração
	Rec Run
	Free Run (ou Time of Day)
	Exemplo
	Tempo e objetividade x tempo/frame
	Conteúdo interativo
	Storyboard
	Dicas importantes para começar a editar
	Windows Movie Maker
	Lightworks
	YouTube Vídeo Editor
	Hitfilm Express
	Free Vídeo Editor
	DaVinci Resolve
	VSDC Free Vídeo Editor
	Verificando o aprendizado
	A sinopse é descrita como?
	Podemos definir storyboard como:
	4. Conclusão
	Considerações finais
	Podcast
	Conteúdo interativo
	Explore+
	Referênciasde acordo com o ângulo vertical em que a câmera é usada. Ele
influencia na perspectiva e pode causar sensação de maior ou menor importância a determinada personagem,
de imponência ou fragilidade. A técnica vai ser utilizada para causar um resultado emocional no espectador.
Vamos verificar alguns posicionamentos:
Plongê (do francês plongée – mergulhado) ou Picado
A câmera é posicionada acima do objeto ou do nível dos olhos da personagem, como se fosse
mergulhar no quadro.
Contraplongê
A câmera é colocada de baixo para cima , abaixo do nível dos olhos da personagem ou do objeto que
estiver sendo centro da atenção.
Zenital (ou plongê absoluto)
A câmera é colocada apontando diretamente para baixo. A palavra Zenite é o ponto central do céu na
vertical do observador.
Contrazenital (ou contraplongê absoluto)
A câmera é usada apontando diretamente para cima.
Também é necessário escolher a posição horizontal em que a câmera vai estar, pois ela vai privilegiar ou não
as personagens e a leitura dos ambientes.
Frontal
Câmera posicionada em frente ao objeto ou personagem.
Traseiro
Mostra a personagem por trás.
Lateral ou perfil
Mostra a personagem de perfil.
Plano 3/4
Câmera colocada em uma posição intermediária entre o frontal e a lateral, mostrando em torno de 3/4
do rosto da personagem.
Plano 1/4
Câmera posicionada em uma posição intermediária entre a Lateral e o Traseiro.
Captação de imagens
Quando se fala em captação de imagens, a criatividade é o ponto alto de um projeto. Nesse momento da
captação, ainda que tenha havido todo um planejamento de pré-produção, é possível ousar e experimentar
novos ângulos e perspectivas, e os movimentos de câmera trazem um desafio especial. Ainda assim, as
técnicas já existentes são sempre utilizadas de base e referência para as novas construções.
1 Plano fixo
A câmera permanece fixa e quem se movimenta são os elementos de cena e as personagens.
2
Panorâmica
A câmera permanece fixa em seu local, mas gira em seu eixo vertical (conhecida também como tilt
up quando gira para cima e tilt down quando gira para baixo), ou panorâmica quando gira na
horizontal (no cotidiano dos profissionais, é conhecida como pan para a direita ou pan para a
esquerda).
3
Travelling
A câmera é deslocada por meio de equipamentos de suporte, em geral posicionados sobre trilhos,
sendo afastada ou aproximada, ou por vezes levada a contornar as personagens. Travelling in é
quando a câmera se aproxima e travelling out quando se afasta.
4
Zoom
O movimento de aproximação ou afastamento é feito pela lente da câmera, de forma óptica, e não
depende do deslocamento físico do equipamento. Zoom in é quando se fecha gradualmente o
quadro, como se houvesse uma aproximação da câmera, e zoom out quando abre o enquadramento
e novos elementos entram em quadro.
Mais um recurso técnico para privilegiar a narrativa consiste em gravar em plano e contraplano (CP) –
posicionar a câmera em relação à personagem entre a posição frontal e a lateral, e captar – simultaneamente
ou não – o mesmo plano no ângulo oposto, mostrando os dois lados alternados da mesma situação,
enquadrando uma parte do corpo da personagem que estiver de costas para fazer a relação de posição entre
eles.
 
Desse modo, na edição se alternam trechos de uma posição para outra, dando claramente o entendimento da
relação entre elas no ambiente ou de uma conversa, geralmente privilegiando a personagem que estiver com a
fala ou a reação mais importante.
 
Independentemente de o ângulo horizontal da câmera estar mais perto do frontal ou do lateral, é mantida a
mesma relação de lateralidade entre os eixos para gerar equilíbrio quando os planos forem editados em
sequência.
 
Como descrito, você pode gravar um diálogo em CP o tempo todo, colocando em quadro no plano 3/4 das
costas dos envolvidos, mostrando claramente a relação e movimentação entre eles. No caso de uma
entrevista, pode gravar o entrevistado o tempo todo e depois o lado do entrevistador realizando as perguntas,
alternando na edição.
Plano-sequência
A edição é a montagem de vários planos em sequência, em uma dinâmica que mostra a cena de vários
ângulos, por meio de vários planos; no entanto, existe um recurso narrativo muito importante de ser entendido
que substitui uma sequência de planos por um plano único ininterrupto, para que a dinâmica da cena esteja no
movimento que acontece na cena, e não no movimento de cortes.
Saiba mais
O plano-sequência é uma técnica de captação cuja cena é captada sem cortes por meio de movimentos
de câmera que acompanham uma personagem ou ação. Por estar sendo captada sem cortes e com a
utilização de apenas uma câmera, a cena é apresentada por apenas uma perspectiva, e geralmente é
ensaiada diversas vezes para ter o tempo e o movimento desejado. 
Como exemplo desta técnica, o filme 1917 (vencedor do Oscar 2020 de melhor fotografia) foi quase que em
sua totalidade produzido utilizando planos-sequência.
 
Reconhecendo a importância dos conceitos de planos para a montagem da edição, é importante que o
profissional tenha conhecimento dos fatores que podem ser usados como recursos para chegar aos melhores
planos na captação das imagens.
Cartaz do filme 1917.
Comentário
É preciso ter o entendimento de que a palavra plano também é usada para descrever a distância ou a
importância entre os elementos enquadrados. Os elementos mais próximos da lente estão em primeiro
plano e os que estão atrás, mais distantes, em segundo plano, como se fatiássemos a imagem em
camadas pela distância para descrever melhor o quadro. Ou dizemos que uma ação secundária, que está
acontecendo atrás do elemento principal, está em segundo plano. 
Lentes
Um fator importante na composição dos planos são as lentes. Além de usar a câmera adequada ao seu
projeto, as lentes vão desempenhar um papel diferenciado nesse processo. Em equipamentos profissionais
você usa a mesma câmera com lentes diferentes para variar os planos. As lentes podem ser objetiva normal,
objetiva grande-angular ou teleobjetiva.
Objetiva normal
Objetiva grande-angular
Teleobjetiva
Uma câmera na mesma posição, mas com lentes diferentes, pode fazer a leitura normal como se uma pessoa
estivesse enxergando o quadro daquela posição.
 
Pode ainda captar desde um plano geral mais aberto do que seria possível ao olhar humano com as objetivas
grande-angulares, quanto fechar o ângulo de visão para pontos mais distantes, “trazendo a imagem mais para
perto”, mostrando detalhes dos objetos distantes ou fazendo big closes com as lentes teleobjetivas.
Ponte do Brooklyn e cidade de Nova York no fundo a partir de uma perspectiva da
lente grande-angular.
A lente pode ser fixa, ou seja, ter uma leitura fixa (não fazer movimento de zoom) e, caso seja necessário
alterar o enquadramento, é preciso deslocar a câmera ou trocar a lente, ou utilizar lente com recurso zoom,
que é um conjunto de lentes dentro do corpo da objetiva que, ao se deslocarem, fazem a leitura óptica de
aproximação ou afastamento, de abrir ou fechar o enquadramento.
Saiba mais
A distância focal, como o próprio nome já sugere, é a distância em milímetros entre o ponto de
convergência da luz (centro óptico, que fica no meio da lente) e o sensor da câmera, local em que a
imagem enquadrada é projetada. 
A partir desse parâmetro, as lentes são nomeadas no mercado pelo número de sua distância focal. Cada
fabricante define os modelos que vai ofertar, como, por exemplo, lentes fixas 14mm, 35mm, 50mm, 65mm
etc., ou lente zoom, como, por exemplo, 19x90mm 24x290mm, em que o número mais baixo é a menor
distância focal, maior abertura de enquadramento, e, o mais alto, a maior capacidade teleobjetiva. Assim, com
uma lente zoom é possível realizar vários enquadramentos sem alterar a posição da câmera.
Atenção
Em geral, nos equipamentos atuais, a lente que enxerga o que mais se assemelha ao campo de visão do
olho humano seria a 50mm. Abaixo desse valor, é como se o campo de visão fosse mais amplo,
permitindo um enquadramento mais aberto,com mais elementos ou ambiente dentro do
enquadramento. Acima de 50mm, o resultado é um campo menor, produzindo um enquadramento mais
estreito, limitando os elementos e o ambiente em quadro, mas possibilitando enxergar mais longe, dando
a sensação de aproximar o objeto distante. 
Quando a distância focal é menor, em uma lente grande-angular, a imagem parece estar mais achatada, de
forma que os objetos, mesmo distantes um do outro, parecem estar mais próximos. A consequência da
distância focal pequena é a distorção da imagem nas bordas. Quanto maior a distância focal, nas
teleobjetivas, o objeto que está focalizado parece mais próximo, mas temos uma sensação de que os objetos
em quadro estão mais distantes um do outro do que na realidade.
 
Avançando nesse conceito, sabemos que toda fotografia tem um objeto principal que justifica o
enquadramento e a composição do plano. O olho humano, para seu conforto, tenderá a olhar para o ponto
mais “definido” da imagem, ou seja, o ponto em que está o foco naquele momento.
Foco é o ponto mais nítido da imagem
As câmeras profissionais ou semiprofissionais possuem foco manual, um ajuste que serve para escolher qual
será o ponto mais definido da imagem, dando mais nitidez ao ponto que se quer mostrar, ou seja, o ponto de
atenção que deve ser enxergado no quadro.
 
O foco é ajustado através da lente da câmera, girando o anel ou caneco de foco na parte exterior do corpo da
lente. Ao girar esse anel, o ponto de foco irá variar para frente e para trás na imagem enquadrada, dando
assim nitidez ao ponto que queremos que chame a atenção do espectador.
 
Muitas vezes dentro de um enquadramento fixo é feita a passagem de foco de um elemento para outro, de
uma personagem para outra, entre o primeiro e o segundo plano dentro do enquadramento, para conduzir a
atenção do espectador entre esses pontos.
 
A maioria das câmeras também possui o recurso do foco automático, que calcula o foco no objeto em cena
que possui mais luz, sob o princípio de que o ponto mais importante da imagem é o mais iluminado; porém,
profissionalmente, esse recurso não deve ser utilizado.
 
A iluminação profissional faz parte da estética e do contar da história, não tem a finalidade só de iluminar o
ponto principal do quadro. Assim, em muitos casos existem pontos de altas luzes ou sombras densas, ou até
de ausência de luz para aumentar a carga dramática da imagem e ilustrar a história.
Exemplo
Se no seu enquadramento houver fogo, vela acesa ou uma pessoa em frente a uma janela na luz do dia,
o foco automático irá na luz e não na pessoa, pois é onde o recurso entende que deverá estar o foco. Em
uma cena de suspense, a personagem pode estar escondida na penumbra, e o foco em automático será
ajustado para o ponto inadequado. Portanto, o foco automático é um recurso que só deverá ser usado
para fins amadores. 
Profundidade de campo
A profundidade de campo diz respeito ao desfoque dos elementos em
quadro. Quando você ajusta o foco da câmera para um elemento, ele é
calibrado em função da distância entre aquele elemento e a sua lente.
Portanto, os elementos em quadro que estiverem mais distantes, para
frente e para trás do ponto focado, começam a ficar mais desfocados,
gradativamente, quanto mais distantes estiverem do ponto escolhido.
Quanto menor a profundidade de campo, menor será a distância para
iniciar um desfoque progressivo a partir do ponto focado. Manipular o
desfoque dos elementos mais distantes é um recurso usado na estética
do plano.
Para que se entenda o conceito, ao realizar o enquadramento, o foco
será feito no ponto de atenção para o espectador, o restante do quadro
portanto não estará em foco. Ao citarmos um enquadramento com
profundidade de campo baixa, estaremos falando de um ponto em foco
com forte apelo de atenção e, ao fundo, o quadro estará bem desfocado,
dando ao espectador a impressão de que está bastante distante do
objeto em foco.
Outra característica é que, quanto menor a distância focal da lente e mais
aberto for o plano para o enquadramento, mais os elementos parecerão
focados. Geralmente, toda a imagem parece estar nítida. À medida que
se escolhe uma lente com a distância focal maior e os planos se tornam
cada vez mais fechados nos elementos distantes, mais sensível fica
encontrar o ponto de foco desejado no ajuste do anel de foco, e qualquer
elemento que esteja em distância diferente mínima entra em desfoque.
A profundidade de campo é influenciada pelo tipo de lente objetiva
escolhida, mas também pela quantidade de luz que entra na lente.
O diafragma da câmera é por onde se dá a entrada de luz na câmera que chegará ao sensor. Quanto mais
aberto estiver o diafragma, maior a quantidade de luz que entrará, quanto mais fechado, teremos menor
quantidade de luz.
 
Em geral, a abertura de diafragma varia de f1.8 (diafragma mais aberto) a f 22 (diafragma mais fechado), e
quanto mais fechado produz imagens mais nítidas além do ponto focado; quanto mais aberto, maior o
desfoque dos elementos não focados.
Tendo em vista os fatores descritos anteriormente, a composição de todos eles torna os planos mais
interessantes para chamar a atenção do espectador. A edição de vídeo utiliza da melhor maneira os
enquadramentos, focos e movimentos de câmera de forma a criar imagens que, além de chamar a atenção do
espectador, melhor contem uma história.
Edição de áudio e de vídeo
Dentro desse processo de contar a história através da edição está a importância da edição do áudio captado
em cada uma das cenas. Os sons ambientes, as vozes das personagens, a trilha sonora e tudo mais que
compõe a sonoplastia vão impactar diretamente na emoção causada no espectador.
 
Geralmente, junto das imagens é gravado um áudio-guia apenas para auxiliar na edição das imagens, mas,
assim como o vídeo, o áudio final é produto de uma pós-produção minuciosa, tanto técnica quanto artística.
Por isso, é fundamental que o áudio da gravação seja captado corretamente.
Captação de áudio
A edição de áudio começa com a captação adequada de todos os sons que serão usados no produto
final. A captação de áudio no set é em geral feita com gravadores multipista. Esste tipo de captação
favorece a edição porque dá ao editor a possibilidade de remixar a cena, trazendo com isso ganho de
qualidade técnica e artística no momento da edição.
Gravação em multipista
A gravação em multipista é quando, no momento da gravação da cena, cada um dos microfones
utilizados é gravado separadamente em uma pista ou trilha de áudio, podendo posteriormente ser
tratado na edição separadamente.
Gravadores
Os gravadores trabalham com bateria, e a gravação é feita em cartão SD ou micro SD, dependendo do
modelo. Para facilitar a edição, esses gravadores recebem e geram timecode (falaremos mais sobre
isso no último módulo) para sincronismo entre a câmera e as trilhas de áudio.
Para que haja uma referência para a edição de vídeo, é gravado um produto mixado de todos os microfones a
fim de ser utilizado como referência; este produto mixado é chamado de PGM ou programa. Ao chegar na
edição, o áudio será tratado em três etapas, que serão a equalização, Foley, e inserção de trilhas.
Equalização
Na etapa de equalização, são utilizados os sinais gravados em multipista no set.
Etapa 1
O cartão contendo a gravação das trilhas de áudio é inserido no computador ou na mesa de áudio
que fará a edição; a partir de então, cada um dos canais de microfone que foi gravado separadamente
se traduzirá em uma trilha no software de edição, ou um canal de áudio na mesa de áudio.
Etapa 2
Utilizando um desses recursos, ou ambos, mesa ou software de edição de áudio, poderemos alterar
alguns parâmetros que vão aumentar ou diminuir a intensidade das diferentes frequências, além de
podermos equalizar esse áudio.
Etapa 3
A equalização permite a eliminação de ruídos e o balanceamento do volume das diversas fontes
sonoras. Assim, todos os canais de áudio serão mixados e equilibrados de forma a estarem no mesmo
volume e com o mesmo ruído de fundo.Feito esse processo, teremos o áudio editado e equalizado;
porém, a sonorização ainda não está completa.
Muitas vezes, durante a captação das imagens, os profissionais de áudio captam separadamente o ruído
ambiente, como do trânsito, da natureza, ou o burburinho de pessoas passando, para serem equalizados no
estúdio de sonorização, trazendo mais realidade para a cena, mas muitas vezes esse ruídos não são
suficientes, sendo necessário produzir sons mais adequados. Começa a partir desse momento o processo de
criação de efeitos sonoros.
Atualmente, é comum que o espectador faça uso simultâneo de uma segunda tela, ou seja, ao
mesmo tempo em que estamos assistindo a determinado produto em uma tela, distraímo-nos com
outros dispositivos, fazendo interação em redes sociais ou para consumo de outros produtos pela
internet. A técnica de efeitos sonoros se torna extremamente importante por fazer com que o
espectador venha a prestar mais atenção a determinada tela, pois sua atenção é chamada pelo
áudio.
Foley
Sendo assim, ainda no processo de edição de áudio, teremos a etapa de Foley ou inserção de efeitos sonoros.
 
O processo de Foley tem como finalidade recriar sons que nem sempre conseguimos captar no set e
enriquecerão o conteúdo do produto audiovisual, dando maior veracidade e dramaticidade ao que acontece
no vídeo.
Foley 
O termo "Foley" vem de Jack Foley (1891-1967), um pioneiro dos efeitos sonoros. Atualmente, o
profissional que realiza esta função é chamado de sonoplasta, mas no passado era conhecido como
Foley artist.
1
Por meio dessa técnica, criam-se ruídos e efeitos de áudio para uma cena. Por exemplo,
numa cena de cachoeira, o áudio da cachoeira em geral pode não ser captado no set, e
sim recriado na pós-produção utilizando a técnica Foley.
2 O mesmo acontece para ruídos de explosão, batidas de carros e tiroteio. Esses ruídos
são criados usando variados tipos de objetos.
3
Para que haja sincronismo entre o vídeo e o efeito de áudio criado para a cena, o
sonoplasta vai criando os sons ao vivo ao mesmo tempo em que assiste as imagens em
um monitor.
Um artista de Foley trabalhando.
Etapa da sonorização
A última etapa da sonorização é a de inserção de trilhas sonoras, quando são inseridas as músicas ou trilhas
que vão marcar personagens e situações. Assim como a etapa de Foley, chamará a atenção e buscará a
emoção do espectador para determinado acontecimento ou personagem.
Exemplo
Um exemplo clássico é o tema de Missão Impossível, que é reproduzido sempre que o personagem entra
em ação. Nesse caso e em outros similares, o áudio se torna a identidade do filme ou do programa, e
marca profundamente a memória dos espectadores através de décadas, agregando um valor inestimável
ao produto. 
Verificando o aprendizado
Questão 1
Podemos definir edição de vídeo como:
A
Processo de escolha e montagem em sequência de vídeos previamente gravados.
B
Processo de montagem de áudio.
C
Seleção e captação de imagens.
D
Utilização de softwares.
E
Limpeza do material bruto.
A alternativa A está correta.
A edição de vídeo é o processo da escolha e montagem em sequência de vídeos previamente gravados. É
um processo de pós-produção, e o resultado visual busca a melhor sensação no espectador.
Questão 2
A edição de áudio é composta das seguintes etapas:
A
Captação, edição e sonoplastia.
B
Inserção de efeitos especiais e Foley.
C
Captação em multicanal utilizando diferentes tipos de microfones.
D
Equalização, Foley, inserção de trilhas sonoras.
E
Captação, equalização, inserção de efeitos sonoros e inserção de trilhas sonoras.
A alternativa D está correta.
Para que ocorra uma referência para a edição de vídeo no gravador, é gravado também um produto mixado
de todos os microfones, chamado de programa. O áudio será tratado em três etapas: equalização, Foley e
inserção de trilhas sonoras.
2. O processo de narrativa
Narrativa e edição
Antes de falarmos de narrativa, necessitaremos citar algumas fases que fazem parte do processo para que
uma história seja bem contada.
 
Quando assistimos a um produto audiovisual, já nos deparamos por muitas vezes com os mesmos temas em
diferentes filmes, como, por exemplo, a família de uma personagem foi sequestrada e esta deverá resgatá-la a
qualquer custo, ou a pessoa pela qual determinada personagem é apaixonada casará com seu melhor
amigo(a), ou, ainda, o nosso planeta está sendo atacado por uma raça superdesenvolvida de alienígenas e
será preciso defendê-lo a qualquer custo.
Esses são temas de diferentes filmes ou séries já vistos por nós, mas o que os diferencia? Podemos
dizer que, a partir de um tema, será desenvolvida uma história, uma ou várias tramas, um roteiro e,
então, uma narrativa.
No audiovisual, um tema pode ser o assunto de que se trata ou que se quer desenvolver, como, por
exemplo, "No seu próximo filme, o autor retratará o desmatamento das florestas". O tema é a
mensagem principal que o autor deseja transmitir aos espectadores.
O tema revela a história dentro da história, a mensagem que você quer levar às pessoas. Mostre seu tema em
ação e faça o espectador senti-lo em vez de dizer a ele sobre o que sua história é.
 
Baseado no tema, as histórias e estórias serão construídas. Emprega-se a forma estória quando a intenção é
se referir às narrativas populares ou tradicionais não verdadeiras, ou seja, ficcionais. Já a palavra história será
utilizada em outro contexto, quando a intenção é se referir à História como ciência, ou seja, a história factual,
baseada em acontecimentos reais.
 
O contar de uma história é uma demonstração criativa da verdade. Uma estória é a prova viva de uma ideia, a
conversão da ideia em ação. A estrutura de eventos de uma estória é o meio com o qual você expressa e
concretiza sua ideia.
 
A concentração no tema fornece uma técnica de trabalho útil para ajudar a criar os detalhes da história com
coerência. Cada uma das subtramas pode ser uma variação do tema, com um conflito e uma resolução
diferentes.
 
Dentro da história ou estória contada poderemos ter várias tramas, que envolverão as personagens principais
e secundárias.
Saiba mais
Trama é um evento ou uma série de eventos que acontecem paralelamente ao tema principal e que se
relacionam entre si dentro da história; é o encadeamento dos fatos que levam ao desfecho do tema
principal, ou seja, todo o recheio e minúcias da história, o conteúdo em que se constrói a narrativa. 
A narrativa é o design e a orquestração de como a história é contada, trata de levar um enredo emocional ao
espectador por meio de efeitos dramáticos baseados na estrutura e criatividade da história. A história é o que
acontece e a trama é o porquê e como acontece; a narrativa é a forma de como é contado o que acontece.
 
A narrativa é composta pelo tempo de cada cena ou ação, o ponto de vista dominante nas cenas, a ordem em
que os eventos são apresentados, o que é ou não apresentado, as informações reveladas para o espectador e
informações reveladas para os outros personagens.
 
O roteiro é a forma escrita de representação de um produto audiovisual. O produto final que assistimos em
qualquer plataforma foi antes colocado em palavras pelos profissionais chamados roteiristas. O roteiro traz a
narrativa utilizada como referência para a gravação de produtos audiovisuais. Ele guiará todos os processos e
áreas envolvidas em uma produção audiovisual, indicando a narrativa desse produto.
A importância da sequência narrativa na edição
O especialista Edilson Godoy vai explicar e conceituar a importância da sequência narrativa na edição
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Novas tecnologias
As narrativas vêm se adaptando às novas tecnologias e novas plataformas de distribuição de conteúdo. Para
alguns produtos, serão necessários diferentes roteiros e diferentes narrativas para o mesmo tema, de acordo
com as plataformas em que será distribuído. Por exemplo, um produto criado, produzido e editado para
televisão terá que teroutra roupagem para plataformas de streaming, web e cinema.
 
As novas tecnologias têm possibilitado o crescimento do mercado audiovisual. O baixo custo, as facilidades
de produção, a melhoria da captação utilizando smartphones e câmeras DSLR, aliadas aos recursos grátis de
pós-produção de áudio e vídeo, alavancaram a produção do setor, que possibilita a filmakers amadores
produzir e distribuir conteúdos a um custo baixíssimo, aumentando assim a oferta de produtos e a
concorrência.
Criadora de conteúdo culinário para internet.
O espectador também mudou. Acostumado a
ser somente o receptor, com as novas
tecnologias ele aprende a produzir suas
próprias obras, o que cria o hábito de
participação, deixando de ser consumidor e
passando a ser produtor de conteúdo.
 
O avanço da internet fez com que o
consumidor, além de se tornar produtor de
conteúdo, interagisse com o conteúdo
recebido: É a internet 2.0.
 
Com a internet e programas disponíveis na rede
que facilitam a edição e o tratamento de imagens e áudio, os vídeos passaram a contar com maior qualidade e
uma diversidade de recursos até então impossibilitados pelas câmeras analógicas.
O mesmo aconteceu com os programas de edição, que passaram a compor sistemas operacionais de fácil
obtenção, como o Windows, que traz em seu pacote básico o programa de edição de vídeo Windows Movie
Maker, e, no IOS, o iMov, gratuitamente.
Ao falarmos da edição em áudio e vídeo de um produto audiovisual, podemos dizer que: a montagem
constrói cenas a partir dos pedaços separados (...). A sequência desses pedaços não deve ser aleatória
e sim correspondente à transferência natural do observador imaginário (que, no final, é representado
pelo observador).
(PUDOVKIN, em XAVIER, 1983: 60)
Sendo a edição uma modalidade fundamental para a narrativa, ela estabelecerá uma interdependência de
todas as expressões ao agir, por meio do corte e da inserção de sons, como transformadora das
materialidades.
Corte
Nessa perspectiva, o corte parece ser o fator que trabalhará o material fotográfico, bem como o ordenamento
do material sonoro, moldando relações e associações que integrarão a narrativa segundo as concatenações
lógicas.
 
Na edição, chamamos de corte o momento em que, na sequência do vídeo, é feita a troca de plano, quando a
câmera muda de posição ou ponto de vista para melhor atender à narrativa. A seguir, veja alguns tipos de
cortes utilizados na edição ou até na produção de produtos ao vivo:
Hard cut
É o tipo de corte mais comum na edição de vídeo. Também conhecido como corte seco, é um corte
sem efeitos de transição, em que acontece apenas a mudança de uma imagem para outra.
Cutting on action
É o corte de um plano para outro centrado no ponto da açã Ao assistir a montagem finalizada, tem-se
a impressão de continuidade. A personagem começa a ação em um plano e finaliza no outro. Uma
cena de soco, chute ou uma personagem abrindo uma porta podem ser exemplos da aplicação do 
cutting on action.
Match cut
É o tipo de corte que combina cenas diferentes com imagens semelhantes, transitando de um espaço
para o outro sem perder a coerência e sem desorientar o espectador.
Invisible cut
É usado para dar continuidade no corte sem que o espectador perceba, é obtido quando o final da
primeira sequência e o início da próxima terminam em um objeto totalmente preto, com pouca luz ou
ainda com a mesma cor. O invisible cut também pode ser obtido por meio do desfoque de um
movimento rápido de câmera ou por meio de um objeto ou pessoas cortando à frente da câmera.
Jump cut
É um corte seco feito em uma sequência de imagem do mesmo plano em que se avança no tempo,
suprimindo um trecho de vídeo. É muito usado por youtubers para deixar o vídeo mais dinâmico,
cortando a “respiração”, pausas e até pequenas falas para tornar a ideia mais objetiva. No cinema, a
aplicação do jump cut é mais abrangente, serve para transmitir urgência ou criar a sensação de
avanço no tempo.
Cross cut
Também conhecido como edição paralela, é o corte intercalado entre duas cenas que acontecem em
lugares diferentes e ao mesmo tempo. Pode aumentar a tensão e o suspense.
Smash cut
É a transição abrupta entre duas cenas com emoções ou narrativas completamente diferentes; um
bom exemplo são as cenas de sonho, quando o personagem acorda.
J cut e L cut
Recebem esse nome pela disposição e alinhamento dos clipes na timeline. São recursos muito usados
no cinema. O L cut é um tipo de corte que acontece quando o áudio do primeiro corte se prolonga e é
transferido para o Já o J cut é o contrário, ele acontece quando o áudio do segundo corte começa
antes; ele é antecipado, o som chega para o espectador antes da imagem. Eles são usados de forma
sutil e geram uma transição suave entre os planos, sempre orientados pelo áudio.
Podemos falar também de alguns efeitos de transição:
Fade in e fade out
No fade in, a imagem surge a partir de uma transição suave da tela escura para a imagem, já no fade
out a imagem desaparece por meio de uma transição suave da imagem.
Wipe
Acontece quando a transição é obtida a partir de movimentos e formas geométricas. A transição é
feita com a próxima imagem surgindo na tela em uma forma geométrica (estrela, cruz, quadrado) ou
deslizando em quadro de forma vertical, horizontal, diagonal, em qualquer ponto desejado, em que
podem ficar na tela duas imagens com ações acontecendo em paralelo.
Cross dissolve
Pode ser usado para transmitir passagem do tempo, é uma sobreposição de imagens; enquanto a
primeira desaparece, a segunda surge.
Atualmente, é impossível pensar somente em uma só mídia ou plataforma. Assim, temos uma vasta gama de
possibilidades de produtos audiovisuais, desde profissionais para TV ou streaming até produtos experimentais
e pessoais para serem veiculados nos canais que a internet oferece.
 
Como seria impossível abranger todos, abordaremos costumes e técnicas profissionais utilizados para as
produções profissionais que podem ser usados por amadores para serem mais eficientes e reduzirem os
custos ao realizarem seus projetos, partindo de técnicas já experimentadas e aprovadas.
Roteiro
Um conceito muito importante de ser entendido e usado é o roteiro. O roteiro inicialmente será a história
proposta, baseada em fatos verídicos ou não, com suas personagens e conflitos situados em algum lugar do
tempo.
A partir da sinopse e do argumento se produz o roteiro, que indica o que e como serão gravadas as cenas, as
entrevistas, os espaços, personagens, organizando o início, o meio e o fim da obra, sendo responsável por
apontar sua estrutura e logística de gravação.
 
Ele é dividido em cenas que são numeradas e, a partir dessa definição, são adicionadas em cada cena as suas
características principais, além do texto e das falas das personagens.
 
A partir do roteiro, todos os profissionais envolvidos começam a se movimentar de forma orientada, inclusive
o editor montará tanto as cenas quanto os blocos e capítulos, ou o filme completo nessa ordem, fazendo as
passagens entre as cenas com a harmonia necessária.
Atenção
Também temos o roteiro de gravação, que é o planejamento da gravação. Nele, estarão relacionadas as
informações principais das cenas a serem gravadas:Número do episódio ou capítulo/número da
cena;diurna/noturna;exterior/interior;número do figurino;elenco/personagens;página do texto;todas as
datas e os horários previstos;equipe e recursos necessários para que a gravação seja concluída com
êxito. 
Para fazer o roteiro de gravação, é necessário fazer a decupagem das cenas, ou seja, a análise e relação de
todos os detalhes que as compõem para poder providenciar tudo que será preciso. O roteiro de gravação é
planejado dentro do prazo disponível para realizar a gravação, geralmente organizado em semanas e dias.
 
O roteiro não é organizado para ser gravado na ordem cronológica dos fatos narrados, é feito em função das
personagens e dos locais das cenas, de forma a agrupar o maior número de elementos para reduzir custos de
gravação. Uma das funções maisnobres da edição é unir as cenas e takes gravados em dias diferentes,
dando a sensação de continuidade aos espectadores. Portanto, o roteiro de gravação deverá ser o resultado
do seu melhor planejamento possível.
 
Atualmente, as novas tecnologias sugerem uma maior migração do mercado audiovisual para a internet,
somando-se à possibilidade de maior difusão do trabalho a oportunidade de interatividade no processo. Não é
uma migração, como existe atualmente em sites específicos de exibição audiovisual, como, por exemplo, no
YouTube, mas com uma estética que ofereça aos usuários processos participativos.
 
Dispositivos como computadores, tablets e smartphones não são apenas ferramentas, mas uma nova mídia,
por meio da qual a informação pode ser entregue de maneiras completamente novas. Então, para cada
plataforma necessitaremos de uma narrativa diferente. Precisaremos contar histórias em diferentes formas,
narrativas e formatos.
Narrativa cinematográfica
Narrativa cinematográfica é a referência principal de comparação a qual apelamos quando vemos outros
modelos. O espectador concentra-se em construir uma estória através da manipulação de tempo e espaço; a
narrativa levará o espectador a uma sequência de eventos que deve ser fácil de compreender e seguir.
 
Dentro do contexto da narrativa, é preciso observar que os gêneros diferentes definirão a dinâmica da edição,
se o produto final é um documentário, novela, seriado, programa de entretenimento ou esportivo, matéria
jornalística, show, ou uma entrevista e, dentro desse formato, seu gênero, se ação, romance, aventura, infantil,
religioso, suspense, terror. O tempo dos acontecimentos varia de acordo com a narrativa.
 
Esses fatores influenciarão na hora de decupar o roteiro para fazer o planejamento da produção do material a
ser gravado, para que nessa etapa o material bruto seja suficiente e adequado para o editor ter a possibilidade
de realmente expressar nas imagens e sons toda a criação dos roteiristas.
 
Um produto final muito dinâmico vai exigir do editor sequências com cortes rápidos e imagens com bastante
movimento para tornar o produto interessante.
Saiba mais
O estilo clássico de Hollywood, incluindo técnicas de montagem, enquadramentos, iluminação e
cenários, foi desenhado para chamar a atenção da plateia, guiando pelos acontecimentos narrativos cuja
causa provoca uma consequência que, por sua vez, é causa de outra consequência. Acontecimentos
paralelos à trama principal são resolvidas antes do seu término para evitar finais em aberto. 
Estruturalmente, busca-se o modelo do fechamento absoluto e revelador, da conclusão lógica da cadeia de
eventos. As narrativas clássicas usam redundâncias e preparações prévias para evitar que o espectador se
perca. Os principais agentes da narrativa são as personagens, com características, qualidades e
comportamentos próprios.
 
As motivações das ações do filme podem ser sociais, naturais, mas, em geral, são ligadas às personagens e
suas características, que são atribuídas e permanecem até o fim – quando agem contrariamente, deve haver
uma explicação narrativa.
 
Ao falarmos de narrativa para internet, não estaremos falando de conteúdos para serem consumidos em
plataformas de streaming, como séries e filmes; estes terão referência na narrativa cinematográfica.
Falaremos de conteúdos gerados por produtores/consumidores amadores ou semiamadores.
 
Os vídeos se adequaram ao formato, estilo e principalmente ao tempo da televisão em todo esse tempo da
internet. Os conteúdos são menores e a linguagem para atingir o seu público é mais direta. Não há tramas e
nem personagens, pois o conteúdo deve ser simples , rápido e de fácil entendimento. A internet faz do
consumidor um produtor e vice -versa. O limite entre consumidor e produtor não existe.
 
A urgência da internet faz com que a narrativa seja cada vez mais simples, objetiva e que possa ser
consumida e entendida facilmente pelo maior público possível, seja nas plataformas de streaming de vídeo,
seja nas redes sociais.
Na internet, a narrativa ficou curta, rápida e incisiva. Os vídeos duram menos , pois o consumidor de internet
tem como peculiaridade a diversidade no consumo.
 
Ser curto é um dos objetivos da maioria dos vídeos atualmente, porém ser curto não significa ser sem
conteúdo ou não abordar o tema ao qual se refere com clareza e simplicidade.
 
Ao falarmos desse tipo de produção, podemos citar canais de plataformas de streaming de vídeo ou as redes
sociais, lembrando que uma boa ambientação (cenografia e figurino), fotografia de qualidade e ótima
captação de áudio sempre serão ativos atraentes para prender a atenção do espectador.
 
Assim, narrativa e edição se complementam. Para atrair seu público, você tem a seu dispor todas as
referências que valorizam as produções cinematográficas.
Verificando o aprendizado
Questão 1
Leia as afirmativas abaixo sobre o corte na edição e marque a alternativa correta:
A
Chamamos de corte o momento em que, na sequência do vídeo, é feita a troca de plano, quando a câmera
muda de posição ou ponto de vista.
B
Chamamos de corte o momento em que, na sequência de vídeo, não ocorre a troca de plano, ou seja, a
câmera não muda de posição.
C
Chamamos de corte o momento em que, na sequência de vídeo, é feita a troca de plano, a câmera não muda
de posição nem de ponto de vista.
D
Chamamos de corte o momento em que, na sequência do vídeo, é feita a troca de plano, mas sem ligação
com a câmera.
E
Chamamos de corte a troca de câmera e posição de ponto de vista, apenas.
A alternativa A está correta.
Quando falamos da edição, damos o nome de corte ao momento em que, na sequência do vídeo, é feita a
troca de plano, quando a câmera muda de posição ou ponto de vista para melhor atender à narrativa.
Questão 2
Qual das afirmativas abaixo define roteiro?
A
Ordem em que serão gravadas as cenas.
B
O roteiro trará apenas as informações necessárias para a direção.
C
Formato disponível para produtos destinados à web.
D
É o formato que dá origem à história que será contada.
E
Guiará todos os processos e áreas envolvidas em uma produção audiovisual
A alternativa E está correta.
O roteiro é a forma escrita que representa o produto audiovisual. O produto final a que assistimos, antes de
estar nesse formato, foi colocado em palavras pelos roteiristas. E é o roteiro que vai trazer a narrativa que
será utilizada como referência para gravação dos produtos audiovisuais.
3. A importância do tempo de edição
Importância do tempo no audiovisual
Um conteúdo audiovisual é constituído pela linguagem audiovisual, porém é necessário que haja uma história
ou sinopse como parte do seu processo de concepção e posterior produção, isto é, quando a palavra se
transforma em imagem.
 
Para que possamos calcular o tempo de um produto audiovisual no ar, não há uma fórmula mágica, porém em
modo geral o cálculo é de 1 minuto por página. Se você segue essa lógica, um filme de duas horas tem 120
páginas de texto.
É muito comum nos produtos de dramaturgia e séries que as cenas tenham meia página de texto ou um
quarto de página; essas referências são necessárias para que os editores possam ter noção do tempo médio
de cada uma das cenas, já que o produto final será o somatório delas.
Sinopse
A sinopse tem como principal função apresentar o produto audiovisual em linhas gerais, trazendo uma
definição clara e objetiva sobre ele, é uma descrição sintética da ideia do filme que deve deixar claro
o que será abordado, personagens principais e onde se passa.
Não precisa especificar como o filme será feito, nem trazer detalhes do que se quer contar, apenas as partes
mais interessantes ou importantes, mostrando o potencial da história, pois geralmente é o primeiro contato
que o público tem com o produto. Ela descreve um produto audiovisual para ser apresentado a potenciais
patrocinadores, bem como ao espectador.
Pôster do filme The Godfather: Part III.
 
Veja o exemplo da sinopse do filme PoderosoChefão III: "Don Michel Corleone está
envelhecendo e, com a ajuda do sobrinho
Vicente Mancini, busca a legitimação dos
interesses da família, em Nova York e na Itália,
antes de sua morte. Mas seu protegido não
está só interessado em parte do império da
família. Ele também deseja a filha de Michael,
Mary.”.
Após a sinopse, é necessário o
desenvolvimento daquele tema para gerar a
narrativa, cuja concepção, planejamento e
organização se ancoram no argumento, um
texto mais extenso do que a sinopse, que
descreve a concepção e o conteúdo, bem como os recursos de linguagem.
Argumento do texto
Na linguagem audiovisual, chama-se argumento o texto que descreve o produto, trazendo em
detalhes a história. Além de repetir as informações contidas na sinopse (o quê, quem, onde, quando),
deve expandir trazendo o "por queê" e o “como”, indicando as motivações e as estratégias de
abordagem do tema.
O argumento deverá abordar os seguintes aspectos:
O quê
Delimitação do tema.
Quem
Indicação das personagens.
Quando
Demarcação do tempo histórico do evento.
Onde
Especificação das locações.
Como
Definição das estratégias de abordagem.
Por quê?
Justificativa para a realização do documentário.
A partir da sinopse e do argumento se produz o roteiro, que indica o que e como serão gravadas as cenas, as
entrevistas, os espaços, personagens, organizando o início, o meio e o fim da obra, apontando sua estrutura e
a logística de gravação.
 
O roteiro organiza em cenas e sequências as imagens e sons que construirão o discurso do produto, em
conformidade com o que foi concebido e apresentado no argumento. Deve apontar como personagens,
objetos e estratégias de abordagem – entrevistas, material de arquivo, narração etc. – articulam-se para a
construção de um produto audiovisual.
 
Por estar diretamente relacionado à linguagem audiovisual, o roteiro constrói esse discurso a partir da
descrição das imagens e sons que vão compor a obra, já na ordem em que se pretende que apareçam no
filme. É como se, ao ler o roteiro, nós já conseguíssemos enxergar o produto terminado na nossa cabeça.
Assim, o roteiro também servirá como referência para as gravações, uma vez que, ao consultá-lo, o grupo se
lembrará de gravar todas as imagens e sons que deseja.
 
O audiovisual tem uma presença cada vez mais forte no nosso cotidiano, porém nem sempre notada. Estamos
diariamente produzindo conteúdos por meio de celulares, redes sociais e aplicativos, saindo de uma posição
passiva de consumo para uma posição ativa como produtores de conteúdo, ao tirarmos fotos e editá-las ou
fazermos algum tratamento na imagem, gravando e editando vídeos (TikTok) ou simplesmente criando textos
em postagens.
 
Para produção de um produto audiovisual, é necessário pensar em imagens e sons que traduzam o que
anteriormente foi criado em texto e posteriormente colocado em diálogo no roteiro, materializando ideias e
conceitos que foram descritos e pensados na parte escrita. As imagens deverão traduzir a ideia que se quer
transmitir naquele texto. 
 
Vamos conhecer as três primeiras etapas de desenvolvimento de um filme!
Roteiro técnico
No roteiro técnico, as sequências são dispostas na ordem em que aparecerão no produto. Ele serve
para organizar e facilitar a localização das sequências na hora da edição.
Decupagem
A decupagem é o detalhamento desse roteiro e deverá ser a mais minuciosa possível, pois a partir
dela o editor terá as referências necessárias para a montagem da cena.
Montagem
Tendo o roteiro decupado como referência, o editor começa a montar o filme. Cabe a ele juntar o
material filmado de forma coerente.
A edição terá a missão de conectar cenas isoladas, gravadas em locais, dias e momentos distintos, de forma a
dar significado a uma história, traduzindo em imagens o que foi escrito. A montagem em sequência dessas
cenas, que foram gravadas isoladas, darão sentido ao capítulo de uma série ou filme.
 
O processo de edição começa com a análise de todo o material captado, observando se nele estão contidos
todos os elementos relacionados no roteiro técnico. Também organiza o material bruto e descarta o que
estiver errado para tornar o processo mais produtivo.
 
A edição consiste na criação de relações entre os planos, seja de semelhança, oposição, implicação ou
continuidade. Para isso, o editor faz uso de vários recursos da linguagem cinematográfica (corte, fusão, fade-
in, fade-out), de forma a dar o andamento e a carga dramática ou cômica daquele produto.
 
Além do tempo de narrativa, a edição organizará acontecimentos baseados em propósitos, sejam eles
retóricos, dramáticos, éticos ou estéticos.
Comentário
Em geral, durante a montagem, o processo de edição é marcado por um enxugamento gradual das
partes menos essenciais do filme. Raras são as vezes em que se verifica o percurso inverso, de
acréscimo em vez de supressão de cenas e planos, bem como de tempo, que registram as ações do
filme. 
O áudio também exige edição. Além do som captado nas gravações, na etapa de edição, serão acrescidos ao
material captado efeitos sonoros (Foley) e trilha musical. Esses elementos transmitem maior carga de
dramaticidade à obra e ajudam a contar a história.
 
Durante uma produção, a equipe de som é responsável por toda a captação de áudio nos sets de filmagens:
Diálogos, sons ambientes, sons dos movimentos de objetos e das personagens. Para a realização dessa
captação, são utilizados mesas de som e diferentes tipos de microfones.
 
É na edição de som que esses sons capturados serão escolhidos e organizados em consonância com a edição
de imagem. Após a edição de som, vem o trabalho de mixagem de som, que equilibra e nivela os sons
escolhidos e organizados na edição para construir a identidade sonora.
Mulher segurando o microfone em uma haste durante a captura de áudio de
produção de vídeo.
É imprescindível ter cuidados de natureza técnica com o áudio, como minimizar os ruídos que tenham sido
captados na gravação.
Dica
Para quem é iniciante, não é necessário adquirir nenhum software de edição, os básicos, como o iMovie
ou Windows Movie Maker, podem ser utilizados. São gratuitos, fáceis de manusear e com tutoriais
disponíveis on-line. 
Esses programas permitem editar apenas duas trilhas de áudio; desse modo, na edição, sincronizamos trilha
por trilha, acrescentando microfone por microfone, ou seja, acrescenta-se o áudio de um microfone, mixa-se e
salva; em seguida, adiciona-se outro, mixa-se e salva, e assim por diante.
trilha por trilha
Sinal de áudio gravado separadamente.
Esse é o modo pelo qual se mixam os diálogos. Em seguida, será feita a inserção de efeitos sonoros e o
salvamento; depois, o som ambiente e o salvamento; e, no final, a música.
 
Nas produções profissionais, o som de efeitos sonoros é feito por sonoplastas e as trilhas compostas por
músicos, ou podem ser usadas músicas conhecidas, porém autorizadas pelo compositor. Em produções
menores, pode-se usar músicas e trilhas em bibliotecas de “trilhas brancas”, que são trilhas sonoras prontas
para serem inseridas em qualquer obra, sem a necessidade de pagamento de direitos autorais ou qualquer
outro custo, como YouTube Studio (Beta), em que se pode encontrar todos os tipos de trilha.
 
Ao falarmos em captação de áudio e vídeo, não podemos nos esquecer que ambos deverão estar em
sincronismo, ou seja, o movimento dos lábios das personagens deverá corresponder ao som emitido por elas
naquele momento, sem estar atrasado ou adiantado em relação ao movimento labial.
movimento labial.
Este sincronismo se chama lip sync.
Claquete
Todos já vimos em making-offs, ou em alguma reportagem, uma
claquete. Ela surgiu no cinema para ser referência de sincronização entre
o áudio captado e o vídeo. Na película, não era possível captar áudio e
vídeo ao mesmo tempo. A captação na película era apenas do vídeo, o
áudio era captado em equipamento separado e gravado em fitas de uma
polegada e utilizado apenas como referência para que posteriormente o
filme fosse dublado.
Paraque pudesse ser feito o sincronismo, a claquete era batida; dessa
forma, o áudio captado era sincronizado ao vídeo. Atualmente, para
captação no audiovisual, a claquete continua sendo usada, trazendo
informações como nome do produto, capítulo, cena e diretor para
identificar o material, porém sem a necessidade de ser o instrumento do
sincronismo de áudio e vídeo. A referência para o sincronismo é o 
timecode.
Para melhor entendimento do timecode, precisamos falar de quadro ou frame, termos usados para indicar
cada imagem que compõe um registro audiovisual. Quando o cineasta francês Jean-Luc Godard diz que "o
cinema é a verdade a 24 quadros por segundo", ele se refere ao fato de que um filme é composto por uma
série de imagens estáticas, quadros, ou frames, em sequência, que, ao serem projetadas de forma que a cada
segundo reproduzam 24 quadros, criam a ilusão de movimento.
Tempo/frame
Os termos “quadro” e “frame” têm o mesmo significado, tendo em vista que frame é quadro em inglês. O 
timecode é oriundo da NASA. No final dos anos 1960, a NASA precisava de um sistema que permitisse manter
o histórico preciso do funcionamento dos principais instrumentos dentro das espaçonaves Gemini e Apollo.
histórico 
Gravado em longas fita de telemetria. 
Assim, foi desenvolvido um sistema que indicava, com precisão de frações de segundo, em que instante cada
uma das informações gravadas nessas fitas tinha ocorrido. Em 1967, a empresa EECO adaptou o sistema para
uso em vídeo, colocando-o no mercado com o nome On-Time, e em 1972, foi padronizado pela SMPTE -
Society of Motion Picture and Television Engineers.
EECO 
Electronic Engineering Company of America. 
O timecode é um processo utilizado para
marcar, com precisão, cada quadro na
sequência de imagens gerada dentro do sinal
de vídeo, facilitando a edição e a sincronização
deles. Para cada quadro é atribuído um número
único em formato de tempo que é usado para
referência.
No audiovisual, diferentemente do cinema, a
quantidade de quadros necessária para que
tenhamos a impressão de movimento vem da
rede elétrica, mais precisamente da frequência
da rede elétrica que temos em nossas tomadas.
Existem apenas dois tipos de frequência de rede utilizadas no mundo, de 60 ou 50 ciclos por segundo; cada
país adota uma dessas duas frequências. No Brasil, utilizamos 60 Hertz ou ciclos por segundo. Essa
frequência determinará a quantidade de quadros no audiovisual.
 
Em países que adotam a frequência de 60 ciclos por segundo, a quantidade de quadros necessárias por
segundo para que tenhamos a impressão de movimento será de 30 quadros por segundo; nos países em que
a frequência de rede é de 50 ciclos por segundo, utilizaremos 25 quadros por segundo.
Sistema de numeração
Tomando como base o padrão brasileiro, em que a cada segundo são gerados 30 quadros, cada
quadro gerado recebe uma numeração independente, do tipo HH:MM:SS:QQ, em que HH=hora,
MM=minutos, SS=segundos e QQ é uma sequência numérica representando os 30 quadros existentes
dentro de cada intervalo de um segundo.
O sistema de numeração utilizado segue o princípio de um relógio digital: Assim como no primeiro
minuto do dia a hora é representada por "00", no último minuto do dia a hora é representada por "23".
O intervalo das 24 horas do dia pode então ser representado por "00" / "01" / "02" ... "23".
Analogamente, os minutos e os segundos também são numerados de "00" a “59".
O intervalo de numeração dos quadros ("QQ" no exemplo anterior) depende do formato utilizado. No
sistema que trabalha com 30 quadros/segundo, QQ vai de "00" a "29"; no sistema que trabalha com
25 quadros/segundo, QQ vai de "00" a "24".
Como ele é usado para gerar sincronismo, no segmento profissional é adequado que todos os aparelhos
envolvidos na gravação estejam com o mesmo timecode para que as máquinas usadas na edição façam o
sincronismo automático de áudio e vídeo, e para referências de edição de textos e de cenas. É comum os
roteiros serem decupados com os tempos de timecode relativos a cenas ou planos para que sejam utilizados
como referência na edição.
 
A gravação das imagens e do áudio pode ser feita em aparelhos externos, como VTs, servidores etc., que
recebem os sinais de vídeo das câmeras e de áudio dos microfones, principalmente quando são usadas várias
câmeras e microfones ao mesmo tempo.
 
Para isso, todos os aparelhos recebem o TC via cabo ou aparelhos de transmissão sem fio a partir de um
gerador, ou, em gravações mais simples, o TC pode ser gerado e gravado na própria câmera de vídeo no
momento da captura, sendo armazenado na mídia, assim como o áudio guia.
 
Em alguns aparelhos, sobretudo do segmento profissional, é possível escolher a forma de se gerar a
numeração.
Rec Run
Na forma Rec Run é registrado o tempo decorrido de gravação na mídia; nesse caso, este relógio
apenas rodará quando for dado o comando de “rec" na câmera.
Free Run (ou Time of Day)
Na forma Free Run (ou Time of Day), a numeração HH:MM:SS:QQ é obtida a partir de um relógio
digital existente na câmera, sempre em funcionamento, independentemente de estar sendo feita ou
não alguma gravação. Este tipo de timecode é útil na sincronização de várias câmeras em um evento;
no momento da edição, é possível sincronizar as várias fontes da mesma imagem, já que todas
estarão com o mesmo timecode.
Existem diferentes padrões de timecode estabelecidos pela SMPTE: 23,97fps; 24fps; 29;97fps e
30fps. Como vimos, o tempo do produto audiovisual está atrelado ao texto e deverá expressar tanto
na captação quanto na edição a narrativa daquele texto; porém, quando falamos em tempo de
edição, não estamos tratando de quanto tempo determinado produto levará para ser finalizado na
pós, estamos falando do “timing" entre os cortes e as cenas. Esse tempo está diretamente
associado ao tipo de história que se queira contar.
O editor de imagem, juntamente com o diretor do ________, será o responsável por contar a história. Primeiro, o
________ escreve a história. Logo depois, o diretor faz a ________. Mas a ________ daquela história é feita pelo
montador/editor. É na ilha de edição que toda a mágica é feita. Um editor pode pegar uma ________ filmada
pelo diretor e transformá-la em algo completamente diferente e inovador, em algo que o diretor nunca havia
pensado quando olhou para o roteiro e filmou a ________.
Se pensarmos que alguns filmes são captados utilizando apenas uma câmera, podemos assim entender a
importância do ________, pois mediante a ________ que será feita de cada uma das cenas desse filme é que será
dado o ________ necessário para que se conte a história.
A
Projeto, roteirista, captação, narração, sequência, cena, editor, montagem, ritmo.
B
Projeto, roteirista, captação, narração, cena, sequência, editor, montagem, ritmo.
C
Projeto, roteirista, narração, captação, narração, cena, sequência, editor, montagem, ritmo.
D
Projeto, roteirista, narração, captação, cena, narração, sequência, editor, montagem, ritmo.
E
Projeto, roteirista, cena, captação, narração, narração, sequência, editor, montagem, ritmo.
A alternativa A está correta.
A sequência correta é:
O editor de imagem, juntamente com o diretor do projeto, será o responsável por contar a história. Primeiro,
o roteirista escreve a história. Logo depois, o diretor faz a captação. Mas a narração daquela história é feita
pelo montador/editor. É na ilha de edição que toda a mágica é feita. Um editor pode pegar uma sequência
filmada pelo diretor e transformá-la em algo completamente diferente e inovador, em algo que o diretor
nunca havia pensado quando olhou para o roteiro e filmou a cena.
Se pensarmos que alguns filmes são captados utilizando apenas uma câmera, podemos assim entender a
importância do editor, pois mediante a montagem que será feita de cada uma das cenas desse filme é que
será dado o ritmo necessário para que se conte a história.
O “timing" de edição variará de acordo com o gênero do produto audiovisual e da plataforma em que ele será
veiculado. Quando o termotiming é utilizado, ele se refere ao tempo de corte entre os diversos planos
captados para uma cena. Um produto audiovisual pode conter cenas de vários gêneros distintos, ou seja, num
filme de romance poderão existir cenas de aventura, ação ou até mesmo drama. Cada uma dessas cenas terá
a edição de acordo com a narrativa.
Exemplo
Nas cenas de aventura, a edição entres os planos tende a ser mais rápida, ou seja, com mais cortes
entre os planos; diferentemente das cenas românticas, em que o que importa são os detalhes, o olhar, o
gesto das mãos, a reação da personagem a determinada fala, com cortes mais lentos entre os planos
para que o espectador possa entender o que está acontecendo, mesmo se não houver diálogo. 
Esse mesmo tempo pode variar de acordo com a plataforma. Um produto destinado ao cinema deverá ter uma
narrativa cujo tempo de edição e das cenas leve a um total entendimento do tema ao final do filme,
diferentemente de uma série de TV cujo final será o fim da temporada.
Tempo e objetividade x tempo/frame
O especialista Edilson Godoy vai explicar a importância do tempo no audiovisual e sua objetividade, e
conceituará o frame.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Storyboard
Ao falarmos de um produto destinado à web, precisamos ser mais diretos, ágeis e com linguagem mais
simples, de forma que o consumidor possa entender de maneira clara e rápida.
Imagem ilustrativa de um storyboard de um filme de horror.
Uma das ferramentas que auxilia o editor a contar uma história é o storyboard, sequência de desenhos quadro
a quadro com o esboço das diversas cenas pensadas para um conteúdo em vídeo. Muito parecido com uma
história em quadrinhos, é uma ferramenta importante para o editor e para o diretor. Este recurso é
frequentemente utilizado em publicidade.
Dicas importantes para começar a editar
O primeiro passo na edição de um vídeo é fazer o ingest (inserir no computador) do seu material bruto,
criando diferentes pastas para os diferentes conteúdos (cenas, capítulos ou clipes). A organização do projeto
ajuda a encontrar mais rapidamente os conteúdos, agilizando o processo de edição.
 
Faça a conversão dos seus arquivos de acordo com o programa e o codec que utilizará. Os arquivos podem
estar em diversos formatos, como MOV, MPEG, AVI, MP4, dentre outros. Na edição, todos deverão ter a
mesma extensão de arquivo e codec.
 
Dentre as ferramentas pagas, temos várias opções. A assinatura do software, além de oferecer melhores
recursos, também permite que o usuário acesse um mesmo conteúdo de diversos dispositivos diferentes:
Adobe Premiere – Esse programa é ideal para a edição de vídeo para cinema, TV e web. Possui
ferramentas de criação bastante funcionais e modernas, integradas com várias outras do pacote
Adobe.
Sony Vegas – Oferece tecnologia de ponta para a produção e edição de vídeos. Ferramenta de
manuseio simples, possui vários recursos que auxiliam na criatividade do usuário.
Dentre as gratuitas, algumas podem ser versões simplificadas das profissionais, sem todos os recursos caso
você tenha uma assinatura, alguns plugins podem não estar incluídos no pacote grátis.
Windows Movie Maker
Muito utilizado por grande parte dos editores de vídeo, apesar de não integrar o Windows 10. Mesmo
gratuito, traz uma série de recursos para edição e garante que o material alcance qualidade de vídeo
profissional.
Lightworks
Bastante utilizada por profissionais, oferece recursos super avançados para um software gratuito. O
sistema do programa, no entanto, é bem diferente dos editores de vídeo mais populares – e pode
parecer não tão amistoso no início.
YouTube Vídeo Editor
Editor de vídeo do próprio YouTube. Se o propósito é produzir conteúdo para essa rede social, a
ferramenta já oferece tudo o que você precisa sem que haja necessidade de sair do lugar; porém,
para produzir um material mais profissional, talvez deixe um pouco a desejar, pois não tem tantos
recursos ou efeitos quanto os anteriores.
Hitfilm Express
Perfeito para iniciantes. Voltado especialmente para quem está iniciando na edição, gamers,
estudantes e youtubers, a ferramenta tem uma linguagem simples e ágil.
Free Vídeo Editor
Bastante fácil e prático, mas não é o programa mais indicado para trabalhar com conteúdos
profissionais ou que exijam recursos de grande complexidade.
DaVinci Resolve
Programa conhecido pela sua eficiência em corrigir as cores do vídeo (color grading), deixando sua
pigmentação mais viva e natural, também oferece ferramentas de edição criativa e recursos
profissionais avançados para diversos tipos de projeto.
VSDC Free Vídeo Editor
Simples e fácil de usar, possui filtros predefinidos para a edição. Por não ser um software para
utilização profissional, alguns recursos ficaram de lado.
Verificando o aprendizado
Questão 1
A sinopse é descrita como?
A
A ordem em que as cenas acontecem.
B
Trecho da história em que a trama principal se resolve.
C
É uma descrição sintética da ideia do filme.
D
O texto que descreve como será o produto, trazendo em detalhes a história.
E
É a descrição da personagem principal.
A alternativa C está correta.
A sinopse tem como objetivo apresentar o produto audiovisual em linhas gerais, ou seja, a ideia do filme,
abordando uma definição clara e objetiva do produto, por meio de uma descrição sintética do mesmo.
Questão 2
Podemos definir storyboard como:
A
Decupagem do roteiro em cenas diurnas e noturnas para planejar a gravação.
B
Organização do material bruto para edição no computador.
C
Sequência de vídeos montados com o esboço das diversas cenas.
D
Diferentes planos de câmera pré-gravados.
E
Sequência de desenhos quadro a quadro com o esboço das diversas cenas pensadas para um conteúdo em
vídeo.
A alternativa E está correta.
O storyboard é uma ferramenta que auxilia o editor a contar uma história; é uma sequência de desenhos
quadro a quadro que tem um esboço das cenas para o conteúdo em vídeo. É parecida com uma história em
quadrinhos e muito importante para o editor e diretor.
4. Conclusão
Considerações finais
Conforme amplamente descrito, é possível concluir que a produção e o desenvolvimento de um produto
audiovisual deverá ser o melhor resultado de uma mistura de escolhas processuais, técnicas e artísticas,
desde sua concepção até sua aprovação final; e a edição, devido à sua importância, influenciará todo o
processo, direta ou indiretamente.
 
Será a arte da edição que, por meio de diversas técnicas práticas e emocionais, vai construir a ponte que
conectará seu espectador à sua mensagem.
 
Para isso, o profissional de audiovisual deverá buscar adquirir grande bagagem intelectual e emocional, para
se sensibilizar e conseguir captar os detalhes que tornam o produto mais interessante, sempre aprendendo ao
assistir outros produtos e usando esses recursos quando for imprimir originalidade em seus próprios
trabalhos.
 
Também deverá entender como é importante que seu conhecimento técnico seja desenvolvido para a escolha
das melhores ferramentas dentro de seu orçamento, aproveitando ao máximo seus recursos e trazendo ganho
a todos.
 
Aliar bagagem cultural e sensibilidade a um amplo conhecimento técnico vai te transformar em um profissional
diferenciado. O bom editor vai influenciar todo o projeto, desde sua fase inicial de planejamento,
principalmente quanto à captação do material, pois saberá comunicar o que espera do material bruto pra
realizar seu melhor.
 
Em contrapartida, os profissionais de direção e captação precisam igualmente do entendimento das técnicas
e da importância da edição, oferecendo a melhor captação do material bruto.
 
A edição é o fio mágico que costura todas essas escolhas, trazendo vida, magia e emoção ao que antes era só
uma ideia.
Podcast
Agora, o especialista Edilson Godoy encerra o tema fazendo um resumo do tema estudado.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para ouvir o áudio.
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Leitura complementar:
 
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