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Obras Com Aspectos Impressionistas: Museu Mineiro
Morro do Castelo(1920)- Genesco Murta
Pode se observar nessa obra uma construção de sensações de luz e sombra através de sobreposições de camadas de tintas, com nuances de cores de pigmentação avermelhada sobre azuis e esverdeadas sobre amarelos. 
Como pode se observar na construção da figura humana acima, as pinceladas são visíveis, criando uma textura que, em conjunto com manchas cromáticas, constrói a figura. Isso faz com que ela não seja nítida,  mas que remeta a uma ideia de silhueta que induz o espectador a ver a imagem inteira da figura humana. Pode se observar que o rosto, a expressão facial e o posicionamento das mãos são construídos através de manchas laranjas como sombra e lábios em conjunto com as manchas amarelas demonstrando as áreas mais claras da pele onde a luz reflete. A construção do vestido é similar, porém o vestido é formado através de sobreposições de camadas de tintas com pigmentos azuis claros e escuros com nuances de  amarelo induzindo a sensação de luz e sombra.
Como pode ser observado no primeiro recorte acima, Murta constrói a idéia de luz e sombra através da sobreposição de cores simplesmente pintando a cor verde ao lado do amarelo para criar a idéia de sombra, sem utilizar um degrade cromático. No segundo recorte pode se observar que Murta constrói a sensação de uma divisão dos degraus com uma simples linha bege entre as áreas azuis que contem nuances de cores avermelhadas e amareladas criando a sensação de luz e sombra.
Casa do Inconfidentes – Francisco Rocha
Pode se observar nessa obra uma construção de sensações de luz, sombra e volume através de sobreposições de camadas de tintas, com nuances de cores de pigmentação rosada e azulada sobre os verdes e beges. Essa pintura também demonstra uma ambigüidade quando se trata de perspectiva, pode se perceber isso através da incerteza sobre o nível da casa sendo elevado ou sendo do mesmo nível do que o da rocha.
Nessa obra a textura das pinceladas também é bem visível, como pode se observar no segundo recorte, um elemento que diferencia pinturas impressionistas de pinturas anteriores até o séc IX. Nas pinturas ate o séc IX, as pinceladas eram todas niveladas e sem textura, como pode se observar em obras como 'A Virgem das Rochas' por Da Vinci.  No primeiro recorte Rocha cria a idéia de volume e de proximidade e distancia da grama através de uma combinação de pinceladas staccatto e uma sobreposição de cores com pigmentos rosados sobre dois tons de verde. No segundo recorte as pinceladas de azul sobre o verde da grama constroem uma sensação de  profundidade e sombra construindo a idéia de um morro mais elevado por trás do gramado que aparece mais próximo ao expectador..
Nesse recorte pode se perceber o uso de camadas grossas de tinta de tons beges e rosados para criar a sensação em que a pedra é um objeto tridimensional e demonstrar onde a luz se reflete contra ela. Essa camada linear também separa e distingue a rocha da madeira da sacada da casa atrás, onde o marrom é da mesma tonalidade do que a rocha. As leves pinceladas azuladas na parte de cima da rocha criam uma sensação de sombra e diferencia ainda mais o marrom da rocha da camada de marrom da casa atras. 
Nessa pintura, Rocha desenvolve a idéia de perspectiva e separação entre céu e montanha com somente uma mudança de tonalidade de azul, fazendo a montanha um azul mais escuro que se destaca quando ao lado do azul mais claro do céu. Isso pode ser observado no primeiro recorte acima. No segundo recorte pode se perceber uma diferenciação cromática entre a montanha e o chão com uma outro troca de tonalidade, fazendo o chão uma tonalidade mais escura que o da montanha, criando uma contraste maior entre o chão e a montanha que é mais distante. No segundo recorte também pode se observar a presença de pequenas pinceladas de pigmento rosado, essas pinceladas criam uma sensação de tridimensionalidade e voluma na montanha.
Fazenda da Borda (1927) – Aníbal Mattos
Nessa pintura a sobreposição de cores de tonalidades azuladas são muito utilizadas para construção da paisagem. A textura das pinceladas também são um elemento chave na construção das folhas nas arvores. Nessa obra também pode se observar uma ambigüidade na perspectiva.
Pode se observar no primeiro recorte pinceladas alongadas de pigmento mais azulado por cima de tons marrons avermelhados. Esses tons azulados com nuances de beges mais claros, induz uma sensação de luz e sombra . Essas tonalidades cromáticas azuladas em conjunto com as pinceladas marrons mais avermelhadas e certas pinceladas de bege claro constroem a idéia de volume e elevação no nível da terra próxima á raiz da arvore. No segundo recorte acima pode se perceber uma sobreposição de camadas de tintas com tons verdes escuros mais azulados, amarelos, verdes mais claros e nuances de beges claros. Essa sobreposição utilizada por Mattos constrói a idéia de volume e profundidade nas folhas da arvore. Os tons amarelados, em conjunto com as nuances de bege claro, criam a sensação de luz refletindo sobre a folhagem da arvore. Enquanto isso, os verdes de tons mais escuros e azulados desenvolvem a idéia de sombra e profundidade na arvore. Nesse mesmo recorte, no lado esquerdo Mattos utilizou uma mancha azul clara para sinalizar o começo do céu e o fim das folhagens da arvore. 
Nesses dois recortes da pintura pode se observar camadas de pinceladas sobrepostas te tons beges, marrons, preto e azul. Essa escolha cromática de utilizar bege e azul não é o que se geralmente se associa quando se trata das cores de um tronco de arvore. Mattos utilizou pequenas pinceladas de bege para demonstrar a luz se refletindo contra o tronco da arvore. Enquanto isso, a presença do preto e do azul constrói a noção de volume e sombra, dando ao espectador a sensação da tridimensionalidade dos troncos de arvore.
Percebe-se no recorte acima que há uma ambigüidade quando se trata de perspectiva nessa obra. Não está claro se a arvore inclinada está posicionada em frente a casa, ou se ela está apoiada no telado da casa. Adicionalmente, essa ambigüidade é construída através do fato que o telhado está sombreado com pinceladas marrons avermelhadas mais escuras ao lado das folhas de tonalidade de verde mais claras.
Paisagem - Aníbal Mattos
Nessa obra de arte, percebe-se no primeiro recorte a presença de camadas de tinta de cores de tons amareladas e alaranjadas, sobrepostas em cima de tons verdes e azuis escuros. Essa variação de cores faz com que o expectador tenha a impressão da luz do por do sol refletida sobre o gramado da paisagem. No segundo recorte, as pinceladas são mais nítidas, formando uma textura na folhagem dos pinheiros. Pode se observar que há a presença de pinceladas azuis, amarelas e vermelhas em conjunto com as verdes no topo dos pinheiros. Essa combinação de pinceladas cromáticas, com tons geralmente não associados as cores de folhas de pinheiro, cria uma representação de luz e sombra, sendo que o amarelo, em conjunto com o vermelho, representa a luz do por do sol refletindo sobre as folhas, e as pinceladas azuis constroem a idéia de uma sombra . 
No primeiro recorte acima, pode se perceber que Mattos criou o reflexo na água apenas utilizando uma mancha de azul cobrindo uma grande área, criando contraste com o azul mais claro com nuances de tons amarelos da água. Pode se observar através do segundo recorte que Mattos utilizou o mesmo azul que ele utilizou para pintar o próprio objeto sendo refletido. Nessa pintura não foi feito nenhum tratamento especial para diferenciar a imagem refletida da real, ao contrário de obras como o quadro Barroco chamado ‘Narciso’ pintado por Caravaggio, onde pode se observar um tratamento especial cromático feito para diferenciar o reflexo da figura representada. Nessa pintura Matto utiliza apenas uma pincelada linear utilizando um azul de tom mais claro que a montanha mas ainda mais escuro que o tom utilizado para aágua, como pode se observar na parte de baixo do segundo recorte, para diferenciar o reflexo e a figura.
No recorte acima demonstra como com o uso de simples manchas azuladas e marrons constrói imagens que parecem estar mais longes. Esse recorte também demonstra como Matto separa o céu da massa de arvores simplesmente criando um contraste através do uso de uma mancha amarela ao lado da mancha azulada. 
Igreja Nossa Senhoras do Carmo (1930) – Renato de Lima
Nos recortes acima pode se observar a construção de texturas através de camadas de tintas. No primeiro recorte percebe-se que Lima constrói a idéia de divisões de degraus através de pinceladas singulares de marrons escuro demonstrando a parte de cima dos degraus. Adicionalmente, as partes de baixo dos degraus são construídas através de pinceladas lineares de cores marrons e beges com certas nuances azuladas, reforçando a idéia da divisão entre os degraus em frente a igreja. Pode também se perceber no primeiro recorta o uso de manchas azul para se construir a ideia de uma sombra. No segundo recorte acima percebe se o uso de pinceladas de tons marrons esverdeados sobrepostos por marrons e beges. Isso desenvolve uma sensação de volume e uma textura de terra. Pode se observar também que através do uso de uma pincelada reta de um marrom quase preto seguido por pequenas pinceladas beges um pouco acima cria a sensação de elevação do solo, remetendo a um morro.
No segundo recorte acima pode se observar a construção de luz e sombra nas folhas da palmeira através de pinceladas amarelas e brancas demonstrando a luz refletindo nas folhas e pinceladas azuladas representando as partes sombreadas das folhas de palmeira.
Margem do Santa Maria – Levino Fanzeres
Pode ser observado no recorte acima a construção de um galho através de pinceladas pequenas. Pode também se perceber que o tom das folhas mais escuras quase desaparecem no verde do fundo. Sendo assim, são as pinceladas amarelas demonstrando o reflexo da luz nas folhas em conjunto com as pinceladas pequenas brancas construindo os galhos da arvore que criam uma diferenciação entre a arvore e a massa de cor verde no fundo.
Pode se observar nos recortes acima que a sensação de luz e reflexo na água são construídas através de manchas de cores uma do lado da outra criando um contraste. A posição da massa de azul claro próxima as massas de verde escuro e claro cria a sensação de luz refletida sobre a água. As pinceladas horizontais azuis claras remete a idéia de movimento da água, enquanto o verde claro remete aos reflexos das folhagens refletidos sobre a água. As pinceladas azuis claras também constrói a sensação de uma luz refletindo sobre a água. 
Pode se observar nos recortes a cima que as pinceladas verdes verticais remetem a idéia de um reflexo da paisagem sobre a água, enquanto as pequenas pinceladas horizontais, as vezes onduladas criam a sensação do movimento da água. 
Igreja da Mercês (1942) – Renato de Lima
No primeiro recorte, pode se ver que as pinceladas horizontais criam textura nítidas. As pinceladas azuis, amarelas e avermelhadas criam a diferenciação dos níveis dos degraus, demonstrando a luz refletida sobre o solo dos degraus. No segundo recorte as pinceladas verticais de tons amarelados e azulados sobre tons marrons criam a sensação de luz e sombra que, em conseqüência, demonstra a idéia de perspectiva e tridimensionalidade no objeto. 
Pode se perceber nos dois recortes acima que pinceladas amareladas e rosadas foram feitas com o propósito de induzir o espectador a ter a impressão de que há luz refletida sobre o edifício. Pode também se observar a utilização de pinceladas de tons cromáticos azulados para criar a idéia de sombra nas janelas, dando uma sensação de profundidade e tridimensionalidade.
Paisagem (1932) – José Marques Campão
No primeiro recorte acima percebe-se o uso de pinceladas staccatto, sobrepostas com cores cromáticas amareladas e marrons avermelhadas induzindo o espectador a relembrar a textura de penas. Essas pinceladas também remetem a uma idéia volume nas penas, e as pinceladas brancas sobre as amareladas constrói uma reflexão de luz sobre as penas. No segundo recorte pode Campão utilizou diversas camadas de pinceladas de tons cromáticos verdes claros e verdes mais azulados criando a sensação de volume, luz e sombra nas folhagem da arvore. 
No primeiro recorte Campão utilizou pinceladas grossas azuladas e brancas uma do lado da outra induzindo o espectador a ter a sensação de luz refletida na porta e na parede e a sombra feita pelo telhado. No segundo recorta está em destaque a utilização da cor azul para representar o sombra.
No recorte acima as pinceladas azuis, verdes, e amareladas constrói a imagem de galhinhas entre arbustos mais distante. Quando se observa de perto, não parece nada mais do que manchas sobrepostas em camadas. 
Les Roses (1931) – José Marquês Campão
Como pode ser observado nos dois recortes da pintura acima, Campão utiliza a textura criada pela sobreposição de pinceladas para dar a ideia de volume na estátua. Percebe-se que as pinceladas pequenas de cor cinza constroem a ideia de um reflexo de luz sobre a estátua. Isso, em conjunto com pinceladas de preto e verde escuro sobrepondo um verde mais claro construindo sombras, induz o espectador a ter a impressão de que há um volume e que a estátua é de fato tridimensional.
Pode se perceber no primeiro recorte a construção de luz feita simplesmente com três pequenas pinceladas de amarelo sobre um tom de marrom com nuances de um amarelo mais escuro. Percebe-se no segundo recorte que Campão utiliza a mesma técnica que no primeiro recorte, desenvolvendo a sensação de um reflexo de luz no vaso através de poucas pinceladas de branco e um bege claro rosado. Ao contrário de pintores como Caravaggio, quando pintou o quadro ‘A Deposição no Túmulo’ , que construiu o reflexo da luz na pele das figuras e objetos através de degrades de cores , Campão utiliza a sobreposição de cores contrastantes para construir a ideia de luz.
Através de pinceladas amarelas, pretas, avermelhadas e azuis, como pode se observar no primeiro recorte, Campão constrói a estampa do tecido em conjunto com dobras, luzes e sombras. Essas pinceladas em camadas, induz o espectador a ver os detalhes do pano, mesmo eles não sendo representado nitidamente através da própria pincelada. No segundo recorte, pode se perceber que através de uma única pincelada vertical marrom escura na direita, em conjunto com pequenas pinceladas do mesmo tom na esquerda, constrói a sensação de uma dobra. Isso faz com que o espectador não só veja volume, mas também o sentido em que o pano se encontra caindo na beirada de um movél.
Como pode se perceber nos dois recortes acima, as pétalas das flores são construídas através de pinceladas de tons rosados diferentes, com pequenas pinceladas amareladas e laranjadas. Essa sobreposição de pinceladas, criando uma certa textura, dá a impressão de volume ao espectador. Adicionalmente, as diversas direções da pinceladas curvadas induz o espectador a ver o formato mais curvado das pétalas das flores no vaso. As pinceladas nítidas sobrepostas fazem com que a forma das flores não seja algo nítido.
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