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Cálculo Numérico Integração Numérica Profª Neide Alves Introdução • Seja uma função f(x) contínua em um intervalo [a, b] e sua primitiva F(x) é conhecida, então a integral definida desta função neste intervalo é dada por: onde F´(x) = f(x) )()()( aFbFdxxf b a -=ò Teorema Fundamental do Cálculo O Teorema Fundamental do Cálculo estabelece a importante conexão entre o Cálculo Diferencial e o Cálculo Integral. O primeiro surgiu a partir do problema de se determinar a reta tangente a uma curva em um ponto, enquanto o segundo surgiu a partir do problema de se encontrar a área de uma figura plana. Aparentemente, mas apenas aparentemente, entre os dois problemas parece não existir nenhuma relação. Teorema Fundamental do Cálculo Barrow, professor de Newton em Cambridge, descobriu que os dois problemas estão intimamente relacionados, percebendo que os processos de diferenciação e integração são processos inversos. Entretanto, foram Newton e Leibniz, independentemente, que exploraram essa conexão e desenvolveram o Cálculo. Em particular, eles perceberam que o Teorema Fundamental permitia encontrar a área de uma figura plana de uma forma muito fácil, sem a necessidade de se calcular a soma de áreas de um número indefinidamente grande de retângulos, mas sim usando a antiderivada da função envolvida. Isaac Barrow (Londres, outubro de 1630 - Londres, 4 de maio de 1677) foi um teólogo e matemático inglês. É creditado por suas descobertas na área do cálculo moderno. Introdução • Deseja-se calcular o valor de: • Para isto, usa-se a interpretação geométrica de uma integral. • O valor de uma integral é numericamente igual à área da região limitada pelo gráfico de f(x), ao eixo x, x=a e x=b. ò= b a dxxfI )( Introdução Introdução • Dividindo o intervalo [a, b] em n subintervalos de largura Dx, tem-se: • Para calcular numericamente vamos expressar como um polinômio no inter- valo . Deduziremos expressões que têm a forma onde A0 , ... , An - coeficientes a determinar, independentes da função f (x) (pesos). Quando escrevemos uma integral na forma (1), estamos implementando o formalismo de Newton- Cotes. [ , ]a b (1))(....)()()( 1100 nn b a xfAxfAxfAdxxf +++=ò )(xf dxxf b a )(ò [ ] .,...,2,1com, nibaxi =Î Introdução Roger Cotes (Burbage, 10 de julho de 1682 - Cambridge, 5 de junho de 1716) foi um matemático inglês. Membro da Royal Society, conhecido por trabalhar conjuntamente com Isaac Newton, revisando a segunda edição de seu famoso livro, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, antes da publicação. Inventou as fórmulas da integração numérica conhecidas como fórmulas de Newton-Cotes e primeiramente introduzir o que hoje é conhecido como fórmula de Euler, na forma !"#$ %"&' + ( &()' = ('. Foi o primeiro Professor Plumiano de Astronomia e Filosofia Experimental da Universidade de Cambridge, de 1707 até sua morte. Introdução Fórmulas de Newton-Cotes No procedimento de Newton-Cotes o polinômio aproxima em pontos de , igualmente espaçados. Se os subintervalos têm comprimento h, então as fórmulas fechadas de Newton-Cotes para integração têm a forma: ],[ ba)(xf ( ) n ab hxx xfA xfAxfAxfAdxxf dxxf ii ii n i nn x x b a n )( onde )(....)()()( )( 1 0 1100 0 - ==- =+++» = + = å ò ò Os coeficientes das formas fechadas de Newton-Cotes são determinados de acordo com o grau do polinômio aproximador de . As formas abertas de Newton-Cotes, construídas de forma análoga às fechadas, diferem pelo fato que iA )(xf ( )0 e , .nx x a bÎ Fórmulas de Newton-Cotes Integração Numérica • Métodos: – Regra dos Trapézios – 1ª Regra de Simpson – 2ª Regra de Simpson Utilizando a Forma de Lagrange para expressar , que interpola em obtemos: )(1 xp [ ] ,,e 10 baxx Î)(xf ( ) ( ) [ ])()( 2 )()( )()( 10 1 0 0 1 1 1 0 1 0 xfxf h I Idxxf h xx xf h xx dxxpdxxf T T x x bx ax b a +=Þ =ú û ù ê ë é - + - - =» ò òò = = Regra dos Trapézios Regra dos Trapézios • Para a determinação da Regra dos Trapézios é utilizado o polinômio de Gregory-Newton do 1º grau, ou seja, uma reta. )( 2 10 yy h I += Regra dos Trapézios Ao substituir a área sob a curva pela área do trapézio estamos realizando uma aproximação e cometendo um erro. Verifica-se que este erro é dado por )(xf [ ] ( )baccf h E Exfxf h dxxf T T bx ax ,onde)( 12 com )()( 2 )( 3 10 1 0 ΢¢-= ++=ò = = Regra dos Trapézios Regra dos Trapézios Regra dos Trapézios * = , 2 -. + -/ , = 0 1 3 ) 45'6 = 7 ' , = 89: 1 8 7 = ;9: -. = / * = ;9: 2 ? 7 8 + 7 89: = ;97@888 Regra dos Trapézios • Fórmula Composta – Uma forma que se tem de melhorar o resultado obtido utilizando-se a regra dos trapézios é subdividindo o intervalo [a, b] em n subintervalos de amplitude h e a cada subintervalo aplicar-se a regra dos trapézios. Regra dos Trapézios • Fórmula Composta å - = ++ = 1 0 1 . 2 )()(n i ii h xfxf I ...... 2 )()( . 2 )()( 2110 + + + + = h xfxf h xfxf I h xfxf h xfxf nnnn . 2 )()( . 2 )()( ..... 112 + + + + --- úû ù êë é +++= 2 )( .....)( 2 )( . 1 0 nxfxf xf hI 0 1 2 1( ( ) 2 ( ) 2 ( ) ... 2 ( ) ( )) 2 n n h I f x f x f x f x f x-= + + + + + Regra dos Trapézios • Fórmula Composta: • Erro de Truncamento: )2...22( 2 1210 nn yyyyy h I +++++= - baf n ab E ££ - -= xx ),('' 12 )( 2 3 Regra dos Trapézios Fórmula Composta 0 1 2 3 4 5 f(x) xa=xo x1 x2 x3 x(n-1) b=xn h h h ................ h Regras de Simpson Regra de Simpson • Em Análise numérica, a fórmula de Simpson (em nome de Thomas Simpson, um matemático inglês) também conhecida como regra de Simpson é uma forma de se obter uma aproximação da integral definida 1ª Regra de Simpson • A 1ª Regra de Simpson é obtida aproximando-se a função f(x) em: )()()( aFbFdxxf b a -=ò 1ª Regra de Simpson • Polinômio interpolador de 2º grau, P2(x). • Erro de Truncamento: ]4[ 3 210 yyy h I ++= baf h E ££ - = xx ),(''' 90 5 1ª Regra de Simpson • Fórmula Composta • Erro de Truncamento: ]42...2424[ 3 1243210 nnn yyyyyyyy h I ++++++++= -- baf n ab E IV ££ - -= xx ),( 180 )( )( 4 5 2ª Regra de Simpson • De maneira análoga às anteriores, a 2ª Regra de Simpson é obtida aproximando- se a função f(x) em: por um polinômio interpolador de Gregory- Newton do 3º grau, P3(x). )()()( aFbFdxxf b a -=ò 2ª Regra de Simpson 2ª Regra de Simpson • Fórmula: • Erro de Truncamento: ]33[ 8 3 3210 yyyy h I +++= baf x E IV ££ - = xx ),( 80 3 )( 5 2ª Regra de Simpson • Fórmula Composta: • Erro de Truncamento: ]33...233233[ 8 3 126543210 nnn yyyyyyyyyy h I ++++++++++= -- baf n ab E IV ££ - -= xx ),( 80 )( )( 4 5 Resumo * = , 2 5-. + -/6 * = , 2 5-. + 2-/ + 2-A+B B B +2-CD/ + -C6 * = , 8 [-. + E-/ + -A] * = , 8 [-. + E-/ + 2-A + E-+B B B +8-CDA + 8-CD/ + -C] Regra dos Trapézios (Simples e Composta) 1ª Regra de Simpson (Simples e Composta) 2ª Regra de Simpson (Simples e Composta) Resumo )( 2 10 yy h I += ( )baccf h ET , onde )( 12 3 ΢¢-= )2...22( 2 1210 nn yyyyy h I +++++= - baf n ab E ££ - -= xx ),('' 12 )( 2 3 ]4[ 3 210 yyy h I ++= baf h E ££ - = xx ),(''' 90 5 ]42...2424[ 3 1243210 nnn yyyyyyyy h I ++++++++= -- baf n ab E IV ££ - -= xx ),( 180 )( )( 4 5 ]33[ 8 3 3210 yyyy h I +++= baf x E IV ££ - = xx ),( 80 3 )( 5 ]33...233233[ 8 3 126543210 nnn yyyyyyyyyy h I ++++++++++= -- baf n ab E IV ££ - -= xx ),( 80 )( )( 4 5