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Revista Licoes Biblicas_Professor_1 Trim 2025

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ESTÁ PREPARADO PARA IR 
CONTIA A COOTNTEZA?
A história de Daniel foi permeada por uma extraordinária fé depositada em Deus. 
Acom panhado de três amigos, ele ascendeu de capturado por Nabucodonosor, 
imperador da Babilônia, a o mais alto nível da administração pública. Eles não se 
limitaram a manter a devoção a D eus no âmbito particular. Em uma sociedade 
pluralista e antagônica à sua fé, se posicionaram contra a opinião geral e deram um 
testemunho público de grande destaque.
Vivemos hoje em uma sociedade parecida que tolera a prática d o cristianismo no nível 
pessoal e nas atividades religiosas na igreja, mas deprecia cad a vez mais o testemunho 
público. E por isso que essa história tem uma mensagem tão forte para nós.
Se Daniel e seus companheiros estivessem conosco hoje, estariam na vanguarda d o 
debate público. N ã o se importariam em ir contra a cultura d o politicamente correto 
para elevar o nome de seu Deus. E v o cê? Está preparado para ir contra a correnteza?
CPAD
JÇÕES
Bíblicas
Professor | Io Trimestre de 2025 
Comentarista: Esequias Soares
SUMARIO
Em Defesa da Fé Cristã
Combatendo as Antigas Heresias 
que se Apresentam com Nova Aparência
Lição 1 - Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja
i 4
A ; “
Lição 2 - Somos Cristãos 10
Lição 3 - A Encarnação do Verbo 18
Lição 4 - Deus É Triúno 25
Lição 5 - Jesus é Deus 32
Lição 6 - 0 Filho É igual com 0 Pai 38
Lição 7 -A s Naturezas Humana e Divina de Jesus 45
Lição 8 - Jesus Viveu a Experiência Humana 52
Lição 9 - Quem É 0 Espírito Santo 59
Lição 10 - 0 Pecado Corrompeu a Natureza Humana 67
Lição 11 - A Salvação não É Obra Humana 74
Lição 12 - A Igreja Tem uma Natureza Organizacional 82
Lição 13 - Perseverando na Fé em Cristo 90
Presidente da Convenção Geral 
das Assembléias de Deus no Brasil
José Wellington Costa Junior
Presidente do Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor Executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Gerente de Publicações
Alexandre Claudino Coelho
Consultor Doutrinário e Teológico
Elienai Cabral
Gerente Financeiro
Josafá Franklin Santos Bomfim
Gerente de Produção
Jarbas Ramires Silva
Gerente Comercial
Cícero da Silva
Gerente da Rede de Lojas
João Batista Guilherme da Silva
Gerente de TI
Rodrigo Sobral Fernandes
Gerente de Comunicação
Leandro Souza da Silva
Chefe do Setor de Educação Cristã
Marcelo Oliveira
Chefe do Setor de Arte & Design
Wagner de Almeida
Editor
Marcelo Oliveira
Revisora
Verônica Araújo
Redação
Setor de Educação Cristã 
Projeto Gráfico
Leonardo Engel I Marlon Soares
Diagramação e Capa
Leonardo Engel
Av. Brasil, 34.401 - Bangu 
Rio de Janeiro - RJ - Cep 21852-002 
Tel.: (21) 2406-7373 
www.cpad.com.br
o#o®
Bíblicas
Prezado(a) professor (a),
0 propósito deste trimestre traz uma 
natureza apologética. Na revista Lições 
Bíblicas Adultos que você tem em mãos, 
estudaremos as mais importantes afir­
mações da nossa fé, abordaremos os 
movimentos heréticos e históricos que 
procuraram negar essas afirmações, os 
responderemos do ponto de vista bíblico 
e mostraremos como esses falsos ensi­
nos se mostram hoje para perturbar a 
fé dos santos.
As heresias atuais nem sempre se apre­
sentam como um Movimento Sistemático 
em que seus erros podem ser reconhecidos 
de maneira clara. Hoje, elas se apresentam 
de maneira sutil e, até mesmo, simpática.
Contudo, os estudantes sérios da Bíblia, 
bem como da história da Igreja, sabem 
que esses movimentos heréticos contem­
porâneos repetem as mesmas heresias 
da antiguidade, porém, a partir de um 
método novo, de uma roupagem nova. De 
fato, não “há nada novo debaixo do sol”.
Que neste trimestre o Espírito Santo nos 
faça discernir os ensinos heréticos contra 
o depósito de nossa fé!
Deus te abençoe!
José Wellington Bezerra da Costa 
Presidente do Conselho 
Administrativo
Ronaldo Rodrigues de Souza 
Diretor Executivo
http://www.cpad.com.br
LIÇAO 1
5 de Janeiro de 2025
QUANDO AS HERESIAS 
AMEAÇAM A UNIDADE 
DA IGREJA
TEXTO ÁUREO
“Amados, procurando eu 
escrever-vos com toda a 
diligência acerca da comum 
salvação, tive por necessidade 
escrever-vos e exortar-vos a 
batalhar pela fé que uma vez foi 
dada aos santos.” (Jd 3)
V_______ L I ________
/
VERDADE PRÁTICA
Heresias são crenças e 
práticas contrárias ao 
pensamento bíblico que 
distorcem os pontos principais 
da doutrina bíblica.
_________________________)
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 7.15
O cuidado para não ser 
enganado(a) pela aparência 
Terça - 1 Co 11.19 
As heresias podem ser internas, 
causando divisão na igreja 
Quarta - Fp 1.16 
O apóstolo Paulo foi chamado 
para defender 0 Evangelho
Quinta - Tt 1.9
Admoestando com a sã doutrina
para convencer os contradizentes
Sexta - Tt 3.10
Não insistir com o herege
contumaz
Sábado - Hb 6.1, 2
Nunca deixar de observar os
fundamentos da fé cristã
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 20.28-31; 1 Pedro 3.15,16; 2 Pedro 2.1-3
Atos 20
28 - Olhai, pois, por vós e por todo 0 rebanho 
sobre que 0 Espírito Santo vos constituiu 
bispos, para apascentardes a igreja de Deus, 
que ele resgatou com seu próprio sangue.
29 - Porque eu sei isto: que, depois da 
minha partida, entrarão no meio de vós 
lobos cruéis, que não perdoarão 0 rebanho.
30 - E que, dentre vós mesmos, se levan­
tarão homens que falarão coisas perversas, 
para atraírem os discípulos após si.
31 - Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, 
durante três anos, não cessei, noite e dia, de 
admoestar, com lágrimas, a cada um de vós.
1 Pedro 3
15 - antes, santificai a Cristo, como Se­
nhor, em vosso coração; e estai sempre 
preparados para responder com mansidão 
e temor a qualquer que vos pedir a razão 
da esperança que há em vós,
16 - tendo uma boa consciência, para que, 
naquilo em que falam mal de vós, como 
de malfeitores, fiquem confundidos os que 
blasfemam do vosso bom procedimento 
em Cristo.
2 Pedro 2
1 - £ também houve entre 0 povo falsos 
profetas, como entre vós haverá também 
falsos doutores, que introduzirão encober­
tamente heresias de perdição e negarão 
0 Senhor que os resgatou, trazendo sobre 
si mesmos repentina perdição.
2 -E muitos seguirão as suas dissoluções, 
pelos quais será blasfemado 0 caminho 
da verdade;
3 - e, por avareza, farão de vós negócio 
com palavras fingidas; sobre os quais já 
de largo tempo não será tardia a sentença, 
e a sua perdição não dormita.
Hinos Sugeridos: 306, 505, 559 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Neste trimestre, seus alunos es­
tudarão sobre as heresias e seitas 
que assolaram a Igreja Primitiva. 
Tais heresias assumiram uma nova 
roupagem no contexto da Igreja na 
atualidade. Diante desse malefício, 
é papel da Igreja rechaçar os falsos 
ensinamentos e combater qualquer 
tentativa de assolação à fé cristã. 
Para tratar sobre esse assunto, o co­
mentarista desse trimestre é 0 pastor 
Esequias Soares, líder da Assembléia
de Deus em Jundiaí (SP), presidente 
da Sociedade Bíblica do Brasil, pre­
sidente da Comissão de Apologética 
da CGADB, especialista em línguas 
bíblicas, mestre em Ciências da Re­
ligião, autor dos livros “O Ministé­
rio Profético na Bíblia” , “Manual de 
Apologética Cristã” , entre outros, 
todos editados pela CPAD.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Identifi­
car as ameaças hereges que assolam a 
Igreja de Cristo nos últimos dias; II)
4 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
Apresentar o conceito de Apologética 
Cristã; III) Definir o que são as heresias.
B) Motivação: Não há dúvidas 
de que estamos vivendo dias traba­
lhos que antecedem a Volta de Je­
sus. Quanto mais se aproxima este 
momento, é natural que surjam fal­
sos mestres ensinando heresias que 
tentam distorcer a verdade bíblica 
e negar a fé verdadeira em Cristo. 
Pensando nisso, torna-se imperati­
vo que a igreja assuma um compro­
misso apologético com a Fé Cristã. É 
importante manter o nosso referen­
cial doutrinário em alta.eterna é esta: que conheçam 
a ti só por único Deus verdadeiro e 
a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo
17.3)’ ” (Declaração de Fé das As­
sembléias de Deus. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2017, p.41).
CONCLUSÃO
A introdução do Credo de Atanásio 
resume a doutrina da Trindade: “Todo 
aquele que quer ser salvo, antes de tudo, 
deve professar a fé cristã. A qual é preciso 
que cada um guarde perfeita e inviolada 
ou terá com certeza de perecer para 
sempre. A fé cristã é esta: que adoremos 
um Deus em trindade, e trindade em uni­
dade; Não confundimos as Pessoas, nem 
separamos a substância”. O problema é 
que os Unitaristas separam a substância 
e os Unicistas confundem as pessoas, e 
assim creem num Deus distinto do que 
é apresentado pela Bíblia.
1. O que indica o termo ’echad em Deuteronômio 6.4?
O termo ’echad, em Deuteronômio 6.4, indica que 0 monoteísmo judaico- 
- cristão não contradiz a Trindade.
2. Cite quatro evidências no Antigo Testamento em favor da Trindade.
“ Façamos o homem à nossa imagem” (Gn 1.26); “ Eis que o homem é como 
um de nós” (Gn 3.22); “ desçamos e confundamos ali a sua língua...” (Gn 
11.6,7, o Espírito Santo aparece alternadamente com Javé e com 0 “Anjo de 
sua face” (Is 63.8-14).
3. Quais as passagens do Novo Testamento mais contundentes em favor 
da Trindade?
A Grande Comissão (Mt 28.19), a distribuição dos dons espirituais (1 Co 
12.4-6), a bênção trinitariana (2 Co 13.13), a unidade da igreja (Ef 4.4-6), 
a obra da salvação (1 Pe 1.2).
4. Em que consiste 0 Unicismo e quais os principais heresiarcas dessa heresia? 
A heresia consiste em negar a Trindade. Os principais heresiarcas repre­
sentantes desse movimento foram Noeto, Práxeas e Sabélio.
5. O que João 17.3 mostra em relação a salvação?
Essa passagem mostra que a salvação envolve duas pessoas distintas e que 
conhecimento não é cognoscível, mas místico, que implica comunhão, fé, 
obediência, adoração.
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 3 1
LIÇAO 5
2 de Fevereiro de 2025
JESUS E DEUS
\
TEXTO ÁUREO
“No princípio, era 0 Verbo, e 
0 Verbo estava com Deus, e 0 
Verbo era De u s ( J o 1.1)
VERDADE PRÁTICA
A divindade de Jesus está muito 
clara e direta na Bíblia, além de 
ser revelada no seu ministério 
terreno, na manifestação dos 
seus atributos e obras divinas.
V j
LEITURA DIÁRIA
Segunda - SI 45.6,7 Quinta - Tt 2.13
A divindade de Jesus segundo 0 A divindade do Senhor Jesus
salmista segundo 0 apóstolo Paulo
Terça - Is 9.6 Sexta - 2 Pe 1.1
A deidade absoluta do Messias A deidade absoluta de Cristo
segundo 0 profeta segundo 0 apóstolo Pedro
Quarta - Jo 8.58 Sábado - 1 Jo 5.20
Jesus é 0 mesmo “Grande Eu Sou”, 0 Senhor Jesus é 0 verdadeiro
do Antigo Testamento 
L ___________________________
Deus segundo 0 apóstolo João
3 2 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 1.1-4 ,9 -14
1 - No princípio, era 0 Verbo, e 0 Verbo 
estava com Deus, e 0 Verbo era Deus.
2 - Ele estava no princípio com Deus.
3 - Todas as coisas foram feitas por ele, 
e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 - Nele, estava a vida e a vida era a luz 
dos homens;
9 - Ali estava a luz verdadeira, que alumia 
a todo homem que vem ao mundo,
10 - estava no mundo, e 0 mundo foi 
feito por ele e 0 mundo não 0 conheceu.
11 - Veio para 0 que era seu, e os seus não 
0 receberam.
12 - Mas a todos quantos 0 receberam 
deu-lhes 0 poder de serem feitos filhos 
de Deus: aos que creem no seu nome,
13 - os quais não nasceram do sangue, 
nem da vontade da carne, nem da vontade 
do varão, mas de Deus.
14 - £ 0 Verbo se fez carne e habitou entre 
nós, e vimos a sua glória, como a glória do 
Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
Hinos Sugeridos: 17, 41, 545 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A divindade de Cristo é revela­
da em toda a Bíblia, não apenas no 
Novo Testamento. Isaías, o profeta 
messiânico, anunciou aproximada­
mente em 735 a.C. a vinda miracu­
losa do Emanuel, cuja tradução literal 
é “Deus conosco” (Is 7.14). Jesus, 0 
Deus encarnado, veio como o prome­
tido, cumprindo toda a Escritura.
2 . APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) De­
monstrar na Bíblia a natureza divi­
na de Jesus; II) Explicar a heresia do 
Arianismo; III) Apresentar as impli­
cações do Arianismo na atualidade.
B) Motivação: Jesus disse que só 
os que permanecessem em sua Pa­
lavra seriam de fato seus discípulos; 
e então “ conhecereis a verdade e a 
verdade vos libertará” (Jo 8.31,32).
Sabemos que Cristo é a verdade (Jo 
14.6). Por isso, é crucial conhecer­
mos a Palavra encarnada.
C) Sugestão de Método: Apro­
veite as inúmeras referências bíbli­
cas como embasamento dessa lição 
para envolver a classe no decorrer 
da aula. Previamente, você pode co­
locar as referências que considera 
de leitura essencial para o debate 
em classe, separadamente, em tiras 
de papel e sorteá-las no início da 
aula para os alunos voluntários as 
lerem quando você solicitar.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Para além do co­
nhecimento teológico sobre a di­
vindade de Cristo, devemos viver 
em coerência com os ensinamen­
tos dEle; seguirmos os seus passos, 
proclamar o Reino de Deus com o 
nosso viver diário.
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 3 3
4 . SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista 
que traz reportagens, artigos, en­
trevistas e subsídios de apoio à Li­
ções Bíblicas Adultos. Na edição 100, 
p.38, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final 
do tópico, você encontrará auxílios
que darão suporte na preparação 
de sua aula: 1) O texto “ O Filho é 
Deus” , após o primeiro tópico, en­
fatiza a fundamentação bíblica so­
bre a divindade de Jesus; 2) O texto 
“Arianismo e o Concilio de Nicéia e 
de Constantinopla” , ao final do se­
gundo tópico, resume a origem do 
Arianismo e o posicionamento da 
Igreja para combatê-lo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O apóstolo João, como judeu monote- 
ísta instruído na sinagoga, não está apre­
sentando um novo Deus, mas colocando 
0 Verbo dentro da divindade dos seus 
antepassados. O apóstolo não admitia, em 
hipótese alguma, outra divindade, 
senão só, e somente só, o Deus 
Javé de Israel (Mc 12.28-30). ÂL 
Por isso, no prólogo do seu 
Evangelho ele descreve 0 
Verbo com os atributos da 
deidade, aqueles que mais 
se destacam no seu relato do 
começo ao fim.
I - A DOUTRINA BÍBLICA DA 
DIVINDADE DE JESUS 
1. Jesus é Deus. O Novo Testamento é 
direto quanto à natureza divina de Jesus: 
“E o Verbo era Deus” (Jo 1.1); “Ao que 
Tomé lhe respondeu: — Senhor meu e 
Deus meu!” (Jo 20.28); “mesmo existindo 
na forma de Deus, não considerou 0 ser 
igual a Deus algo que deveria ser retido 
a qualquer custo” (Fp 2.6, NAA); “para 
conhecimento do mistério de Deus, que é 
Cristo” (Cl 2.2, NAA); “e a manifestação 
da glória do nosso grande Deus e Salvador 
Jesus Cristo” (Tt 2.13, NAA); “aos que
conosco obtiveram fé igualmente preciosa 
na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus 
Cristo” (2 Pe 1.1, NAA); “E nós estamos 
naquele que é 0 Verdadeiro, em seu Filho, 
Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e 
a vida eterna” (l Jo 5.20, NAA).
2. Seus atributos absolutos. Os 
atributos são perfeições pró­
prias da essência de Deus. Os 
atributos absolutos ou inco­
municáveis são exclusivos da
__ divindade como onipotência,
eternidade, onisciência e 
onipresença. A onipotência 
significa “ ter todo poder, ser 
todo-poderoso”, Jesus é onipotente 
(Mt 28.18; Ef 1,21; Ap 1.8). Ele é eterno (Is 
9.6; Mq 5.2; Hb 13.8). “No princípio era 
o Verbo” (Jo 1.1) indica que Ele já existia 
antes mesmo da criação com o Pai (Gn 
1.1). A onipresença é o poder de estar 
em todos os lugares ao mesmo tempo, 
Jesus é onipresente (Mt 18.20; 28.20). A 
onisciência é o conhecimento perfeito 
e absoluto que Deus possui de todas as 
coisas, de todos os eventos e de todas 
as circunstâncias por toda a eternida­
de passada e futura. Jesus possui esseatributo (Mt 17.27; Jo 1.47, 48; 2.24, 25; 
4.17,18; 16.30; 21.17).
34 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
SINOPSE I
A Bíblia dem onstra claram en­
te a natureza divina de Jesus 
Cristo, bem como seus atribu­
tos.
AUXÍLIO DOUTRINÁRIO
“ O FILHO É DEUS
O Senhor Jesus Cristo é, desde a 
eternidade, o único Filho de Deus e 
possui a mesma natureza do Pai, 
como afirmam os credos: ‘consubs­
tanciai com o Pai’ , em grego, ho- 
mooúsion to patrí, que significa ‘da 
mesma substância com o Pai’ , qua­
lifica a unidade de essência do Pai e 
do Filho. Jesus disse: ‘Eu e o Pai so­
mos um’ (Jo 10.30). Ele é a segunda 
pessoa da Trindade e que foi enviado 
pelo Pai ao mundo. Ensinamos que o 
Filho se fez carne, possuindo agora 
duas naturezas, a divina e a humana, 
sendo verdadeiro Deus e verdadeiro 
homem. Acreditamos em sua con­
cepção sem pecado no ventre da vir­
gem Maria. Negamos que tenha sido 
criado ou passado a existir somente 
depois que foi gerado por obra do Es­
pírito Santo. Confessamos que 0 Filho 
é autoexistente (Jo 5.26; 8.58) e eter­
no, que voluntariamente se sujeita ao 
Pai. Que, em obediência ao plano do 
Pai, morreu e ressuscitou para que o 
mundo fosse salvo” (Declaração de 
Fé das Assembléias de Deus. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2017, p.43).
II - A HERESIA QUE NEGA A 
DIVINDADE DE JESUS
1. Arianismo. Os primeiros a ne­
garem a divindade de Jesus foram os 
ebionitas, seguidos pelos monarquianis- 
tas dinâmicos, mas a heresia principal 
que abalou os fundamentos da igreja 
foi o Arianismo. O termo “arianismo” 
vem de Ário, 0 expoente dessa doutri­
na em Alexandria a partir do ano 318. 
Ele negava a divindade de Cristo e o 
considerava como um deus de segunda 
categoria. Ário rejeitava a eternidade do 
Verbo; embora defendesse sua existên­
cia antes da encarnação, recusava que 
fosse Ele eterno com 0 Pai, insistindo 
na tese de que o Verbo foi criado como 
primeira criatura de Deus. A palavra 
de ordem arianista era: “houve tempo 
que o Verbo não existia”.
2. Suas explicações. Ário e seus 
seguidores pinçavam as Escrituras aqui 
e acolá em busca de algumas passa­
gens bíblicas para dar sustentação às 
suas crenças. Seguem algumas delas, 
as mais emblemáticas: “O Senhor me 
criou no princípio dos seus caminhos” 
(Pv 8.22 - LXX); “o qual é imagem do 
Deus invisível, 0 primogênito de toda a 
criação” (Cl 1.15); “houve tempo em que 
0 Filho não existia”. Outra passagem 
favorita era: “E a vida eterna é esta: 
que conheçam a ti só por único Deus 
verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem 
enviaste” (Jo 17.3). Com isso ignoravam 
todo o pensamento bíblico que defende 
a eternidade e a deidade de Cristo (Jo 
1.1- 3).
3. Como solucionar a controvérsia?
A tradução “criou” de Provérbios 8.22 
da Septuaginta é opcional, pois 0 verbo 
hebraico nessa passagem é qãnâ, “obter, 
adquirir, criar”, mas 0 sentido de “criar” 
para “trazer à existência algo do nada” 
é o verbo bãrã\ como em Gênesis 1.1. O
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 3 5
texto de Colossenses 1.15 diz que Jesus é 
0 primogênito de toda a criação, e não 
0 primogênito de Deus. A palavra pro- 
totokos, “primogênito, primeiro, chefe”, 
foi usada pelos escritores sagrados com 
0 sentido de importância, prioridade, 
posição, primazia, preeminência (Cl 
1.15-18). Ou seja, Jesus encarnado tem 
a primazia na criação, é a imagem do 
Deus invisível porque é Deus. Conhecer 
a Deus (Jo 173) é 0 mesmo que conhe­
cer a Cristo, em virtude da unidade de 
natureza do Pai e do Filho (Jo 10.30).
de Ário foram condenados no Conci­
lio de Niceia em 325. [...] O primei­
ro concilio ecumênico da história, 
convocado pelo imperador Constan- 
tino, teve como objetivo solucionar 
os problemas que dividiam a cris- 
tandade. Problemas esses causados 
pelo arianismo” (ANDRADE, Clau- 
dionor. Dicionário Teológico. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2004, pp.52,88-9).
SINOPSE II
Ário negava a divindade de 
Cristo e o considerava como 
um deus de segunda categoria.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“ARIANISMO E O CONCÍLIO DE
NICEIA E DE CONSTANTINOPLA
Arianismo foi a heresia fermen­
tada por um presbítero do 4° século 
chamado Ário. Negando a divindade 
de Cristo, ensinava ele ser Jesus 0 
mais elevado dos seres criados. To­
davia, não era Deus. Por este moti­
vo, seria impropriedade referir-se a 
Cristo como se fora um ente divino.
Para fundamentar seus deva­
neios doutrinários, buscava desau­
torizar o Evangelho de João por ser 
0 propósito desta Escritura, justa­
mente, mostrar que Jesus Cristo era, 
de fato, o Filho de Deus. Os ensinos
III - IMPLICAÇÕES DO ARIA- 
NISMO NA ATUALIDADE
1. A Tradução do Novo Mundo. A
exemplo do Arianismo, há um movi­
mento religioso que usa a Bíblia fora 
do contexto por meio de uma versão 
exclusiva das Escrituras, denominada 
de Tradução do Novo Mundo. Trata-se de 
uma versão tendenciosa. Veja alguns 
exemplos de suas falsificações: “e a 
Palavra era um deus” (Jo 1.1), “deus” 
com “d” minúsculo, visto que o texto 
correto é: “e a Palavra era Deus” ou 
“e o Verbo era Deus”. O texto sagrado 
declara: “grande Deus e nosso Senhor 
Jesus Cristo” (Tt 2.13); “ nosso Deus e 
Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 1.1); essas 
passagens falam textualmente que Jesus 
é Deus. Entretanto, a Tradução do Novo 
Mundo diz: “do grande Deus e do nosso 
Salvador, Jesus Cristo”; “do nosso Deus 
e do Salvador Jesus Cristo”. Mudaram 0 
texto sagrado acrescentando um “do”, 
onde não existe no texto grego para 
desvincular a divindade de Jesus.
2. Os movimentos orientais. Nenhum 
deles reconhece a divindade de Jesus e 
para os panteístas monistas não existe 
Trindade e nem Jesus. O movimento 
Hare Krishna, por exemplo, nega a di­
vindade de Jesus e nem acredita que Ele
3 6 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
seja o Salvador, pois vê o Senhor Jesus 
como um mero guia espiritual e uma 
das inúmeras encarnações de Krishna.
3. Outros grupos. O Jesus do A l­
corão é um mero mensageiro, não é 
reconhecido como Deus, nem como o 
Filho de Deus, nem como Salvador, nem 
morreu e nem ressuscitou. As religiões 
reencanacionistas recusam a deidade 
absoluta de Jesus, a sua ressurreição 
dentre os mortos e não reconhecem a 
sua singularidade. O Jesus deles não 
passa de mais um médium ou um dos 
grandes mestres e filósofos. No entanto, 
a Bíblia nos mostra que Jesus é muito 
mais (Ef l.2l; Hb 7.26), é o Deus em 
forma humana (Rm 9.5).
SINOPSE III
Grupos religiosos negam a di­
vindade de Cristo alterando o 
texto sagrado.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, a conclusão bí­
blica é que somente Deus pode salvar, 
somente Ele é 0 Salvador (Is 45.21). Se o 
Senhor Jesus não é Deus, logo não pode 
ser salvador, então negar a divindade 
de Jesus é negar a salvação.
REVISANDO O CON TEÚDO
1. Como a Bíblia revela Jesus como 0 verdadeiro Deus?
“ E nós estamos naquele que é 0 Verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. 
Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5.20, NAA).
2. Quais os primeiros grupos religiosos da história a negarem a divindade 
de Jesus?
Os ebionitas, os monarquianistas dinâmicos, os arianistas.
3. Cite três passagens bíblicas adulteradas na Tradução do Novo Mundo 
para negar a divindade de Jesus.
João 1.1; Tito 2.13; 2 Pedro 1.1.
4. Cite três grupos religiosos da atualidade que negam a divindade de Jesus. 
As Testemunhas de Jeová, os Hare Krishna e os muçulmanos.
5. Qual o ponto mais crucial do Arianismo?
Negar a divindade de Cristo é negar a salvação (Rm 10.9).
VOCABULÁRIO
Monista: partidário do Monismo; concepção que remonta ao eleatismo 
grego, segundo a qual a realidade é constituída por um princípio único, 
um fundamento elementar, sendo os múltiplos seres redutíveis em 
última instância a essa unidade.
LXX: Septuaginta
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 3 7
LIÇÃO 6
9 de Fevereiro de 2025
O FILHO E IGUAL 
COM O PAI
a r
TEXTO ÁUREO
“Mas, do Filho, diz: Ó Deus, 0 teu 
trono subsiste pelos séculos dos 
séculos, cetro de equidade é 0 
cetro do teu reino.v (Hb 1.8)VERDADE PRÁTICA
O termo teológico “Filho de 
Deus” é título, sendo assim, a 
existência de Jesus é desde a 
eternidade junto ao Pai.
V y
LEITURA DIARIA
Segunda - SI 8.4
O termo “filho” na Bíblia indica, 
muitas vezes, “a mesma espécie” 
Terça - Am 7.14
A expressão bíblica “os filhos dos 
profetas” equivale a expressão “os 
profetas”
Quarta - Mt 23.30, 31 
A palavra “filho” indica também 
“a mesma índole”
Quinta - Jo 5.18
Jesus falava da sua divindade 
quando se disse Filho de Deus 
Sexta - Jo 16.28
Jesus como Filho refere-se à sua 
origem divina, à mesma essência e 
natureza do Pai 
Sábado - l Jo 4.15 
Quem confessa que Jesus é o Filho 
de Deus, Deus está nele
3 8 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 10.30-38
30 - Eueo Pai somos um.
31 - Os judeus pegaram, então, outra vez, 
em pedras para 0 apedrejarem.
32 - Respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mos­
trado muitas obras boas procedentes de meu 
Pai; por qual dessas obras me apedrejais?
33 - Os judeus responderam, dizendo-lhe: 
Não te apedrejamos por alguma obra boa, 
mas pela blasfêmia, porque, sendo tu 
homem, te fazes Deus a ti mesmo.
34 - Respondeu-lhes Jesus: Não está 
escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?
35 - Pois, se a lei chamou deuses àqueles 
a quem a palavra de Deus foi dirigida (e 
a Escritura não pode ser anulada),
36 - àquele a quem 0 Pai santificou e 
enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, 
porque disse: Sou Filho de Deus?
37 - Se não faço as obras de meu Pai, não 
me acrediteis.
38 - Mas, se as faço, e não credes em 
mim, crede nas obras, para que conhe­
çais e acrediteis que 0 Pai está em mim, 
e eu, nele.
Hinos Sugeridos: 154, 277, 400 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Aproveite a oportunidade desta 
aula para esclarecer alguns termos 
teológicos que surgem em face do 
tema estudado, como por exem­
plo: Subordinacionismo, Trindade, 
Consubstancialidade etc. Para isso, 
recomendamos que você tenha e, se 
possível, sempre leve para a clas­
se um bom Dicionário Bíblico. Por 
meio de atividades de pesquisa, seus 
alunos têm a sede de conhecimen­
to aguçada, além de aprenderem a 
como utilizar ferramentas de bus­
ca confiáveis para melhor estudar e 
compreender a Palavra de Deus.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Mos­
trar a doutrina bíblica da relação
entre Deus Pai e o Filho Unigênito; 
II) Refutar biblicamente a heresia do 
Subordinacionismo; III) Exemplifi­
car como o Subordinacionismo está 
presente na atualidade.
B) Motivação: Desde os tempos 
mais remotos, conhecer o Criador é 
um anseio do coração humano. Há 
inúmeros registros históricos, por 
diversas civilizações, ao longo dos 
séculos, atestando isso. Jesus dis­
se que aprouve ao Pai ocultar dos 
sábios e instruídos sua grandeza 
e revelá-la aos pequeninos. Pois 
que, “ ninguém conhece o Filho, 
se não o Pai; e ninguém conhece o 
Pai, senão o Filho e aquele a quem 
0 Filho quiser revelar” (Mt 11.27). 
Aprofundemo-nos, portanto, nes­
sa infinita graça e riqueza de co­
nhecer 0 Deus Todo-Poderoso, por
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 3 9
meio do Filho, nosso Senhor e Sal­
vador Jesus Cristo.
C) Sugestão de Método: Previa- 
mente, providencie pelo menos três 
dicionários, de preferência bíbli­
cos, ou mesmo comuns da Língua 
Portuguesa. Dada a profundidade e 
complexidade do tema, sugerimos 
a leitura do significado de alguns 
termos a fim de clarificar e apro­
fundar o entendimento; tais como: 
Autoridade, Essência, Filho, Subor- 
dinacionismo, Trindade, Unigênito 
etc. Deixe tais palavras destacadas 
e peça que alguns voluntários as 
leiam em momentos-chave da lição.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Em toda a Sagra­
da Escritura observamos a perfeita 
unidade na pluralidade de Deus Pai, 
Deus Filho e Deus Espírito Santo. 
Essa plena harmonia, igualdade de 
essência e autoridade entre as pes­
soas da Trindade, é enfatizada no
Novo Testamento, funcionando, in­
clusive, como modelo de comunhão 
para a Igreja de Cristo, na qual cada 
membro está ligado uns aos outros.
4 - SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista 
que traz reportagens, artigos, en­
trevistas e subsídios de apoio à Li­
ções Bíblicas Adultos. Na edição 100, 
p.39, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final 
do tópico, você encontrará auxílios 
que darão suporte na preparação 
de sua aula: 1) O texto “ Filiação de 
Cristo” , logo após o primeiro tópico, 
dá um panorama das interpretações 
teológicas acerca da natureza do Fi­
lho de Deus; 2) O texto “A Palavra 
na Eternidade” , ao final do segundo 
tópico, aprofunda a natureza eterna 
de Jesus Cristo, 0 Filho de Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Essa porção bíblica do Evangelho 
de João é uma das mais contun­
dentes em mostrar que o Filho 
é igual ao Pai. Afirmar que 
Jesus é o Filho de Deus, mas 
não o próprio Deus, é uma 
contradição em si mesma.
O embate de Jesus com os 
religiosos do templo de Jeru- ^ 
salém revela essa verdade. É isso 
que a presente lição pretende mostrar 
e explicar com sólidos fundamentos 
escriturísticos.
I - A DOUTRINA BÍBLICA DA 
RELAÇÃO DO FILHO COM O PAI 
1. Ideia de filho. O conceito de 
filho no pensamento judaico 
implica a igualdade com 0 
pai (Mt 23.29-31). Uma das 
I idéias de filho na Bíblia é 
I a identidade de natureza, 
f isso pode ser visto no para­
lelismo poético do salmista: 
“que é o homem mortal para 
que te lembres dele? E 0 filho do 
homem, para que 0 visites?” (SI 8.4). 
Esse paralelismo é sinonímico em que 
o poeta diz algo e em seguida repete
40 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
esse pensamento em outras palavras. 
A ideia de “homem mortal” é repetida 
em “filho do homem”. Outro exemplo 
encontramos nas palavras de Jesus: 
“Assim, vós mesmos testificais que sois 
filhos dos que mataram os profetas” (Mt 
23.31). Isso porque os escribas e fariseus 
consideravam os matadores dos profetas 
como seus pais (Mt 23.29,30).
2. Significado teológico. Indica 
igualdade de natureza, ou seja, mesma 
substância. É 0 que acontece com Jesus, 
Ele é chamado Filho de Deus no Novo 
Testamento porque Ele é Deus e veio de 
Deus. Jesus mesmo disse: “eu saí e vim 
de Deus” (Jo 8.42); “Saí do Pai e vim 
ao mundo; outra vez, deixo o mundo 
e vou para o Pai” (Jo 16.28). Quando 
Jesus declarou: “Meu Pai trabalha até 
agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17), 
estava declarando que Deus é seu Pai; 
no entanto, os seus interlocutores en­
tenderam com clareza meridiana que 
Jesus estava reafirmando a sua deidade, 
pois: “dizia que Deus era seu próprio 
Pai, fazendo-se igual a Deus” (Jo 5.18).
3. 0 Filho é Deus. Filho de Deus é uma 
expressão bíblica para referir-se à relação 
única do Filho Unigênito com o Pai. A 
expressão “Filho de Deus” revela a di­
vindade de Cristo. Essa verdade está mais 
clara na Bíblia que 0 sol do meio-dia. Por 
isso, é estranho como pode haver tantos 
debates sobre o tema. O texto sagrado: 
“Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono 
subsiste pelos séculos dos séculos, cetro 
de equidade é o cetro do teu reino” (Hb 
1.8) é 0 mais crucial, pois é uma citação 
direta de Salmos 45.6,7. É importante 
prestar melhor atenção naquelas pas­
sagens conhecidas dos crentes: “O teu 
trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; 0 cetro 
do teu reino é um cetro de equidade. Tu 
amas a justiça e aborreces a impiedade; 
por isso, Deus, 0 teu Deus, te ungiu com
óleo de alegria, mais do que a teus com­
panheiros” (SI 45.6,7). Que história é essa 
de o Deus do versículo 7 estar ungindo o 
Deus do versículo 6? Isso tem intrigado 
alguns rabinos desde a antiguidade. Mas, 
a Epístola aos Hebreus traz a explicação 
e revela que Deus nessa passagem é uma 
referência a Jesus. A explicação está em 
Hebreus 1.8, trata-se do relacionamento 
entre o Pai e o Filho e que a unidade de 
Deus é plural.
SINOPSE I
A doutrina bíblica m ostra a 
relação de unidade entre Deus 
Pai e seuFilho Unigênito.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“ FILIAÇÃO DE CRISTO
Três principais pontos de vista 
são apresentados quanto à filiação 
de Cristo:
1. Criação em uma época passa­
da. Esse foi o ponto de vista de Ário 
ao argumentar que Jesus Cristo 
foi criado em uma época passada, 
à semelhança de Deus Pai, e é ho- 
moioitsios com Ele (isto é, de subs­
tância similar) [...].
2. Geração eterna. Orígenes e 
outros que sustentaram essa opi­
nião consideravam a palavra grega 
monogenes como derivada de gen- 
nao, ‘gerar’ (vários tradutores se­
guiram os seus passos), e traduzi­
ram o termo como “Unigênito” (Jo 
1.14,18; 3.16,18; Hb 11.17; 1 Jo 4.9).
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 4 1
No entanto, trata-se na verdade de 
um derivado de genos e, portanto, 
significa ‘único’ ou ‘único do seu 
gênero’ . Por causa disso, a Bíblia 
Francesa o traduz como ‘Son Fils 
Unique’ , o que significa ‘o seu úni­
co Filho’ (veja NASB marg. em João 
3.16,18). Em Hebreus 11.17, com re­
ferência a Isaque, monogenes deve 
significar “ único” , porque Abraão 
teve outros filhos (Ismael e os fi­
lhos de Quetura).
3. O Filho Único de Deus. Esta 
opinião tem 0 apoio dos argumen­
tos acima. Exemplos de tal uso po­
dem ser encontrados na expressão 
hebraica do Antigo Testamento: 
‘filhos de...’ , que significa ‘da or­
dem de...’ em frases como ‘filhos 
dos profetas’ (1 Rs 20.35; 2 Rs 
2 .3,5,7 ,15; 4 -38; 5-22 etc.); ‘filho de 
um dos boticários’ (Ne 3.8); ‘filhos 
dos cantores’ (Ne 12.28). A partir 
daí pode-se compreender como os 
contemporâneos do Senhor Jesus 
Cristo no Novo Testamento enten­
deram a sua declaração de que Ele 
era o Filho de Deus, significando 
que Ele afirmava ser igual a Deus, 
ou 0 próprio Deus. O Evangelho de 
João mostra que este é o caso” (Di­
cionário Bíblico Wycliffe. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2007, p.802).
II - A HERESIA DO SUBORDI- 
NACIONISMO
l. Orígenes. O Subordinacionismo 
é toda doutrina que declara ser 0 Filho 
subordinado ao Pai ou um deus secun­
dário ou menos divino que 0 Pai. Os 
monarquianistas dinâmicos, ou adocio- 
nistas, e os arianistas são os principais
representantes dessa heresia. Mas 
Orígenes (185-254), foi o seu principal 
mentor. Há, na vastíssima e complexa 
produção literária de Orígenes, idéias 
de acordo e contrárias à ortodoxia da 
igreja, como também idéias neoplatô- 
nicas e obscuras de modo que, desde a 
antiguidade, os estudiosos do assunto 
estão divididos. Ele exerceu grande 
influência no Oriente por mais de 100 
anos. Nas controvérsias em Niceia, 
havia os que apoiavam Ário usando 
Orígenes como base; como também os 
que apoiavam Alexandre, opositor de 
Ário, também se baseando no mesmo 
Orígenes. Segundo seus críticos, parece 
que a Trindade defendida por ele era 
subordinacionista: 0 Filho subordinado 
ao Pai e o Espírito Santo subordinado 
ao Filho. No entanto, a Bíblia revela a 
igualdade das três pessoas da Trindade 
(Mt 28.19; 2 Co 13.13).
2. No período pré-niceno. O Subor­
dinacionismo foi, nos Séculos II e III, 
uma tentativa, ainda que equivocada, 
de preservar 0 monoteísmo, mas que 
negou a divindade absoluta de Jesus. 
Seus expoentes consideravam Cristo 
como Filho de Deus, inferior ao Pai. 
Eles afirmavam que o próprio Cristo 
declarava a sua inferioridade, e isso 
eles o faziam com base numa exegese 
ruim e numa interpretação fora do 
contexto de algumas passagens dos 
Evangelhos.
3. Métodos usados pelos subordi- 
nacionistas. Já estudamos, até agora, 
o ensino bíblico sobre Jesus como 0 
verdadeiro homem e ao mesmo tempo o 
verdadeiro Deus. Somente Ele é assim, e 
ninguém mais no céu e na terra possui 
essa característica (Rm 1.1-4; 9-5)- No 
entanto, os subordinacionistas pinçam 
as Escrituras aqui e ali se utilizando 
das passagens do Novo Testamento que
42 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
apresentam o Senhor Jesus como homem 
e descartam e desconsideram as que 
afirmam ser Jesus o Deus igual ao Pai.
SINOPSE II
O Subordinacionism o afirm a 
ser o Filho subordinado ao 
Pai, sendo, portanto, um deus 
secundário.
III - COMO O SUBORDINACIO- 
NISMO SE APRESENTA HOJE
1. No contexto islâmico. 0 Islamismo 
não considera Jesus como o Filho de Deus, 
mas como messias e profeta, e coloca 
Maomé acima dele. Nenhum cristão 
tem dificuldade em detectar o erro de 
doutrina (Ef 1.21; Fp 2.8-11). O Alcorão 
afirma que é blasfêmia dizer que Jesus 
é o Filho de Deus, isso com base numa 
péssima interpretação, pois significaria 
uma relação íntima conjugal entre Deus 
e Maria. O mais grave é que seus líderes 
afirmam que os cristãos pregam esse 
absurdo (Jd 10). Lamentamos dizer que 
até mesmo Satanás e os seus demônios 
reconhecem que Jesus é 0 Filho do Deus 
Altíssimo (Mc 5.7). A expressão “Filho 
de Deus” no Novo Testamento signifi­
ca a sua origem e a sua identidade (Jo 
8.42) e não segue 0 mesmo padrão de 
reprodução humana. Jesus foi concebido 
pelo Espírito Santo (Mt 1.18, 20; Lc 1.35).
2. O movimento das Testemunhas 
de Jeová. Este confessa publicamente 
que crê na existência de vários deuses: 
o Deus Todo-poderoso, Jeová; depois 
o deus poderoso, Jesus; e em seguida
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“A PALAVRA NA ETERNIDADE
(1.1- 5)
Os versículos l a 4 narram o es­
tado preexistente de Jesus e como Ele 
agia no plano eterno de Deus. ‘No 
princípio’ (v.ia) fala da existência 
eterna da Palavra (o Verbo). As duas 
frases seguintes expressam a divin­
dade de Jesus e sua relação com Deus 
Pai. Esta relação é uma dinâmica na 
qual constantemente são trocadas 
comunicação e comunhão dentro 
da deidade. O versículo 2 resume o 
versículo 1 e prepara para a ativida­
de divina fora da relação da deidade 
no versículo 3. No versículo 4 Ele é o 
Criador mediado. O uso da preposi­
ção ‘por’ informa o leitor com pre­
cisão que 0 Criador original era Deus 
Pai que criou todas as coisas pela Pa­
lavra. Os verbos que João usa nestes 
versículos fazem distinção entre 0 
Criador não-criado, a Palavra (o Ver­
bo) e a ordem criada. Numa boa tra­
dução, a ARC observa esta distinção: 
a Palavra (0 Verbo) ‘era’ mas ‘todas
as coisas foram feitas. O versículo 4 
conta várias coisas para o leitor: 1) A 
Palavra divina, como Deus Pai, tem 
vida em si mesma, vida inchada (ou 
seja, é a fonte da vida eterna). 2) Esta 
vida revelou a pessoa e natureza de 
Deus para todas as pessoas. 3) ‘Luz’ 
neste ponto pertence à revelação au­
torizada e autêntica de Deus [...]’ ” 
(ARRINGTON, F. L; STRONSTAD, R. 
(eds.) Comentário Bíblico Pente- 
costal: Novo Testamento. 2.ed., RJ: 
CPAD, 2004, p.496).
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 4 3
outros deuses menores, incluindo bons 
e maus. Mas a fé cristã não admite a 
existência de outros deuses. É verdade 
que a Bíblia faz menção de deuses falsos. 
Se são falsos, não podem ser Deus (G1 
4.8). Declara 0 apóstolo Paulo: “todavia, 
para nós há um só Deus, o Pai, de quem 
é tudo e para quem nós vivemos; e um 
só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são 
todas as coisas, e nós por ele” (1 Co 8.6). 
Eis uma boa pergunta que incomoda as 
Testemunhas de Jeová: “Jesus Cristo é 
uma divindade falsa ou verdadeira?” Se a 
resposta for positiva, elas são obrigadas 
a reconhecer a divindade de Jesus e a 
Trindade; mas, se a reposta delas for 
negativa, elas estão admitindo que são 
seguidoras de um deus falso.
SINOPSE III
O Subordinacionism o se apre­
senta no contexto islâm ico e 
das Testem unhas de Jeová.
CONCLUSÃO
O termo “filho” em relação a Jesus tem 
sido assunto de debate teológico desde 0 
período dos Pais da Igreja. A interpretação 
bíblica que se faz é: Jesus é Filho Unigênito 
não porque foi gerado, mas sim porque 
é da mesma substância do Pai.
REVISANDO O CON TEÚDO
1. Por que Jesus é chamado “ Filho de Deus” no Novo Testamento?
Jesus é chamado Filho de Deus no Novo Testamento porque Ele é Deus e 
veio de Deus.
2. O que revela a expressão “ Filho de Deus” em relação a Jesus?
A expressão “ Filho de Deus” revela a divindade de Cristo.
3. O que é Subordinacionismo?O Subordinacionismo é toda doutrina que declara ser o Filho subordinado ao 
Pai ou um deus secundário ou menos divino que o Pai.
4. Por que o Alcorão afirma que é blasfêmia dizer que Jesus é o Filho de 
Deus?
O Alcorão afirma que é blasfêmia dizer que Jesus é 0 Filho de Deus, isso 
com base numa péssima interpretação, pois significaria uma relação íntima 
conjugal entre Deus e Maria.
5. Qual a pergunta que incomoda as Testemunhas de Jeová?
Eis uma boa pergunta que incomoda as Testemunhas de Jeová: “Jesus Cristo 
é uma divindade falsa ou verdadeira?”
44 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
LIÇÃO 7
16 de Fevereiro de 2025
AS NATUREZAS HUMANA 
E DIVINA DE JESUS
TEXTO AUREO
“Dos quais são os pais, e dos 
quais é Cristo, segundo a carne, 0 
qual é sobre todos, Deus bendito 
eternamente. Amém!” (Rm 9.5)
VERDADE PRÁTICA
Jesus é 0 eterno e verdadeiro 
Deus e, ao mesmo tempo, 0 
verdadeiro homem.
V y
LEITURA DIARIA
Segunda - Mt 1.23
As duas naturezas de Jesus 
reveladas na expressão “Emanuel” 
Terça - Fp 2.5-8
O Senhor Jesus possui as naturezas 
humana e divina em sua Pessoa 
Quarta - Jo 10.33 
Sendo homem, Jesus afirma ser 
Deus, as duas naturezas em uma 
só Pessoa
Quinta - At 20.28 
Jesus, 0 Deus-Homem que nos 
comprou com o seu sangue 
Sexta - Cl 2.9
As duas naturezas de Cristo 
continuam para toda a 
eternidade 
Sábado - l Tm 3.16 
As naturezas humana e divina 
em Jesus
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 4 5
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 1.1-4; Filipenses 2.5-11
Romanos 1
1 - Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado 
para apóstolo, separado para 0 evangelho 
de Deus,
2 - 0 qual antes havia prometido pelos 
seus profetas nas Santas Escrituras,
3 - acerca de seu Filho, que nasceu da 
descendência de Davi segundo a carne,
4 - declarado Filho de Deus em poder, 
segundo 0 Espírito de santificação, pela 
ressurreição dos mortos, — Jesus Cristo, 
nosso Senhor,
Filipenses 2
5 - De sorte que haja em vós 0 mesmo 
sentimento que houve também em Cristo 
Jesus,
6 - que, sendo em forma de Deus, não teve 
por usurpação ser igual a Deus.
7 - Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando 
a forma de servo, fazendo-se semelhante 
aos homens;
8 - e, achado na forma de homem, hu­
milhou-se a si mesmo, sendo obediente 
até à morte e morte de cruz.
9 - Pelo que também Deus 0 exaltou 
soberanamente e lhe deu um nome que 
é sobre todo 0 nome,
10 - para que ao nome de Jesus se dobre 
todo joelho dos que estão nos céus, e na 
terra, e debaixo da terra,
í í - e toda língua confesse que Jesus Cristo 
é 0 Senhor, para glória de Deus Pai.
i* Hinos Sugeridos: 25,154,183 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A lição desta semana tem como 
propósito reafirmar as naturezas di­
vina e humana de Jesus e, ao mesmo 
tempo, mostrar as principais heresias 
contrárias ao ensino doutrinário da 
natureza cristológica: 0 Nestorionis- 
mo e 0 Monofisismo. Em seguida, a 
lição apresenta uma perspectiva atual 
em que essas heresias se apresentam 
com uma aparência moderna.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apresen­
tar 0 ensino bíblico da dupla nature­
za de Cristo; II) Mostrar as heresias 
contra esse ensino: Nestorianismo e
Monofisismo; III) Identificar o perigo 
dessas heresias hoje.
B) Motivação: Por mais que se 
multiplique idéias e pensamentos a 
respeito de Jesus, o lugar mais se­
guro, a fonte mais saudável para se 
conhecer 0 Senhor Jesus são as Sa­
gradas Escrituras.
C) Sugestão de Método: Na pre­
sente lição há duas palavras que mui­
tos de nossos alunos não conhecem, 
pois fazem parte de um vocabulário 
técnico em Teologia: Monofisismo; 
Kenoticismo. Por isso, providencie um 
Dicionário Teológico, sugerimos 0 
editado pela CPAD, destaque essas pa­
4 6 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
lavras e leia juntamente com sua clas­
se antes de tratá-las diretamente no 
tópico respectivo. Assim, a sua classe 
poderá se familiarizar com esses dois 
termos técnicos da Teologia para de­
senvolver o assunto da presente lição.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Conhecer bem a 
pessoa de Jesus Cristo tal qual re­
velada nas Escrituras Sagradas nos 
permite um relacionamento mais 
profundo e exitoso, ao mesmo tempo 
que nos protege de criar uma ima­
gem distorcida de nosso Senhor que 
nada tem a ver com revelação divina 
tal como se encontra na Bíblia.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista 
que traz reportagens, artigos, en­
trevistas e subsídios de apoio à Li­
ções Bíblicas Adultos. Na edição 100, 
p.39, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do 
tópico, você encontrará auxílios que 
darão suporte na preparação de sua 
aula: 1) O texto “A Encarnação: Deus 
pôde se tornar homem, sem deixar de 
ser Deus?” , ao final do primeiro tópi­
co, aprofunda 0 ensino sobre a dupla 
natureza de Cristo; 2) O texto “Nes- 
torianismo e o que a Bíblia diz” , logo 
após o segundo tópico, aprofunda a 
respeito da heresia nestoriana e a re­
futação bíblica a respeito dela.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Uma vez estabelecida definitivamen­
te a Cristologia em Niceia (325) e 
a Trindade em Constantinopla 
(381), surgem novas especu­
lações teológicas em torno 
das naturezas de Cristo: hu­
mana e divina. Essas con­
trovérsias deram origem ao 
Concilio de Calcedônia (451), 
hoje um bairro de Istambul, na 
Turquia. A presente lição é sobre
0 Nestorianismo e Monofisismo, dois 
pensamentos considerados heréticos 
no Concilio de Calcedônia.
1 - O ENSINO BÍBLICO DA DU­
PLA NATUREZA DE JESUS
l. “Descendência de Davi segundo a 
carne” (Rm 1.3). O apóstolo está se refe­
rindo aos ancestrais de Jesus. Ele veio de 
uma família humana de carne e ossos,
que vivia entre 0 povo de Israel. A sua 
linhagem está registrada na introdução do 
Evangelho de Mateus e no capítulo 3 
de Lucas. Jesus foi concebido no 
ventre de Maria, uma virgem 
de Israel, pelo Espírito Santo 
(Mt 1.20; Lc 1.35). Aí está o 
elo humano-divino, as duas 
naturezas do Senhor Jesus.
2. “ Declarado Filho de 
Deus em poder” (v. 4). Essa 
expressão indica a divindade de 
Jesus e isso é reforçado logo em seguida 
pelas palavras “Jesus Cristo, nosso Se­
nhor”. Mais adiante, Paulo, ao descrever 
os privilégios que Deus concedeu a Israel 
como a adoção de filhos, e a glória, e os 
concertos, e a lei, e 0 culto, e as promes­
sas; o apóstolo conclui: “dos quais são 
os pais, e dos quais é Cristo, segundo a 
carne, o qual é sobre todos, Deus ben­
dito eternamente. Amém!” (Rm 9.5). O
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 4 7
Senhor Jesus é um judeu, descendente 
de Israel e, ao mesmo tempo, é o “Deus 
bendito eternamente”.
3. O antigo hino cristológico (Fp 
2.5,6). O texto está dizendo que embora 
Jesus sendo Deus, não usou as prerroga­
tivas da divindade durante seu ministério 
terreno e, mesmo que fizesse uso delas, 
não consideraria isso uma usurpação. O 
apóstolo está se referindo ao status de 
Cristo antes da encarnação (Jo 1.1,14). Mas 
enfatiza o aspecto humano (vv.7,8). O 
apóstolo está sendo muito claro no ensino 
das naturezas humana e divina em uma 
só Pessoa. Essa passagem é parte de um 
provável hino que os primeiros cristãos 
cantavam nos cultos e o apóstolo Paulo 
a inseriu nessa epístola aos Filipenses. 
O termo grego morphê, “forma”, usado 
pelo apóstolo Paulo, “sendo em forma 
de Deus” (v.6), indica essência imutável, 
portanto, Ele jamais deixou de ser Deus.
SINOPSE I
O Senhor Jesus é declarado “ da 
descendência de Davi segundo 
a carne” e “ Filho de Deus em 
poder”.
II - AS HERESIAS CONTRA O 
ENSINO BÍBLICO DA DUPLA 
NATUREZA DE IESUS 
1. Quem foi Nestório? Ele foi bispo 
de Constantinopla entre 428-431. Nes­
tório discordava do título dado à Maria, 
defendido por Cirilo de Alexandria 
(376-444), “ mãe de Deus”, em grego 
theotokos, literalmente “portadora de 
Deus”. Ele sugeriu “receptora de Deus” 
ou christotokos, “mãe de Cristo”. Sim,Maria é mãe do Jesus humano (Mt 2.11,
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“A ENCARNAÇÃO: DEUS PÔDE 
SE TORNAR HOMEM, SEM DEIXAR 
DE SER DEUS?
[...] A teologia histórica e base­
ada na Bíblia argumentou que Deus 
é onisciente (sabe todas as coisas),
onipotente (todo-poderoso), sem 
pecado e não corpóreo (sem um cor­
po), e que estes atributos são essen­
ciais e necessários para a divindade. 
Caracteristicamente, os seres hu­
manos não exibem estes atributos. 
Assim sendo, como pode Jesus ser, 
simultaneamente, plenamente divi­
no e plenamente humano? Seguin­
do estas linhas de raciocínio, alguns 
atacaram a doutrina da encarnação, 
tentando afirmar que ela é ilógica e 
contraditória. Esta suposta contradi­
ção lógica baseia-se em uma inter­
pretação equivocada fundamental de 
como a natureza humana é definida, 
de acordo com Thomas V. Morris em 
seu livro The Logic ofGod Incarnate (A 
Lógica de Deus Encarnado).
[...] O entendimento histórico da 
Encarnação expressa as crenças de 
que Jesus Cristo é plenamente Deus
- isto é, Ele possui todas as proprie­
dades essenciais de Deus; Jesus Cris­
to é também plenamente humano
- isto é, Ele possui todas as proprie­
dades essenciais de um ser humano” 
(Bíblia de Estudo Apologia Cristã. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.1892).
48 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
13,14, 20, 21), e não mãe de Deus, vis­
to que Deus é eterno (SI 90.2; 93.2; Is 
40.28). A expressão adotada por Cirilo 
era uma contradição em si mesma. 
Embora a posição de Nestório fosse 
bíblica e teologicam ente correta, a 
popularidade do termo “mãe de Deus” 
de Cirilo impediu 0 êxito do termo e da 
explicação de Nestório. A preocupação 
dele era menos com a Mariolatria e mais 
com as idéias do Arianismo.
2. Nestorianismo. Nestório defendia 
a formulação dos pais nicenos, a divin­
dade de Cristo e a humanidade definida 
no Credo Niceno-constantinopolitano em 
381. Segundo 0 pensamento nestoriano, 
as duas naturezas de Cristo, a humana 
e a divina, eram duas pessoas. Essa foi 
a acusação contra ele. A ilustração nes- 
toriana era a comparação de marido e 
mulher serem uma “uma só carne” (Gn 
2.4). Essa alegada afirmação nestoriana 
foi considerada heresia pelo Concilio 
de Éfeso em 431, ele foi condenado por 
esse concilio que 0 declarou herege e 
0 imperador o exilou.
3. Monofisismo. 0 termo vem de duas 
palavras gregas monos, “único”, e physis, 
“natureza”. Seu principal expoente foi 
Êutico, também conhecido como Euti- 
que. Essa doutrina afirma que as duas 
naturezas de Cristo são fundidas em 
uma só natureza amalgamada. 0 sentido 
de “ amalgamar”, não o de unir, não 
se trata de união, mas mistura, fusão, 
assim, seria uma só natureza híbrida, 
nem totalmente Deus e nem totalmente 
homem. Essa doutrina foi condenada no 
Concilio da Calcedônia, em 451.
a) Ilustração. O bronze é uma liga de 
cobre e estanho, de modo que nem é 
cobre e nem estanho, mas outro metal; 
quanto a cor verde, é uma mistura das 
cores azul e amarela. Assim como bronze 
não é cobre e nem estanho; e, o verde
não é azul e nem amarelo, da mesma 
forma, de acordo com Êutico, as naturezas 
de Cristo não são divina nem humana.
b) Resposta bíblica. Segundo a Bíblia, 
0 Senhor Jesus é perfeito quanto à di­
vindade e perfeito quanto à humanidade 
(Rm 9.5; Fp 2.5-11).
4. O Concilio de Calcedônia. Essa 
formulação teológica fala das duas 
naturezas de Cristo em uma só pessoa: 
“as propriedades de cada natureza per­
manecem intactas, concorrendo para 
formar uma só Pessoa e subsistência; 
não dividido ou separado em duas 
Pessoas, mas um só e mesmo Filho 
Unigênito, Deus Verbo, Jesus Cristo 
Senhor”. A encarnação do Verbo não 
é uma conversão ou transmutação de 
Deus em homem e nem de homem 
em Deus. A distinção é precisa entre 
natureza e pessoa, diz o documento. A 
união dessas duas naturezas é perma­
nente como resultado da encarnação. 0 
documento é uma interpretação precisa 
das Escrituras (Is 9.5; Jo 10.30-37).
SINOPSE II
0 Nestorianism o e o M onofi­
sism o são duas heresias con­
trárias ao ensino bíblico da 
dupla natureza de Jesus.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
NESTORIANISMO E 0 QUE 
A BÍBLIA DIZ
“Nestorianismo. É a doutrina que 
ensinava a existência de duas pesso­
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 4 9
as separadas no mesmo Cristo, uma 
humana e uma divina, em vez de 
duas naturezas em uma só Pessoa. 
Nestor — ou Nestório, como aparece 
em outras versões — nasceu em An- 
tioquia. Ali, tornou-se um pregador 
popular em sua cidade natal. Em 428, 
tornou-se bispo de Constantinopla. 
Embora ele mesmo nunca tenha en­
sinado essa posição herética que leva 
0 seu nome, em razão de uma combi­
nação de diversos conflitos pessoais e 
de uma boa dose de política eclesiás­
tica, Nestor foi deposto do seu ofício 
de bispo, e seus ensinos, condenados. 
Não há nas Escrituras a indicação de 
que a natureza humana de Cristo seja 
outra pessoa. [...]
O que a Bíblia diz. O ensino bí­
blico a respeito da plena divinda­
de e plena humanidade de Cristo é 
claro, mediante as muitas referên­
cias bíblicas. O entendimento exato 
de como a plena divindade e a ple­
na humanidade se combinavam em 
uma só Pessoa tem sido ensinado 
desde o início pela igreja, mas só al­
cançou a forma final na Definição de 
Calcedônia, em 451. Antes desse pe­
ríodo, diversas posições doutrinárias 
inadequadas quanto às naturezas de 
Cristo foram propostas e rejeitadas. 
Primeiro, pelos apóstolos. Depois, 
pelos chamados pais da igreja” . 
(GILBERTO, Antônio et al. Teologia 
Sistemática Pentecostal. Rio de Ja­
neiro: CPAD, 2008, p.126-27).
III - O PERIGO DESSAS HERE­
SIAS NA ATUALIDADE
1. Os monofisitas. Quando a doutrina 
monofisista foi rejeitada juntamente
com o nestorianismo, houve reação. 
Jacob Baradeus (500-578), um monge 
sírio, liderou 0 grupo monofisista e 
preservou a tradição siro-monofisista, 
conhecida como tradição jacobita. Ele e 
seus seguidores rejeitaram a decisão do 
Concilio de Calcedônia. Quem são eles 
hoje? São as igrejas ortodoxas, cóptica, 
armênia, abissínia e jacobitas. É im ­
portante conhecer a cristologia dessa 
tradição cristã e saber como responder 
seus questionamentos, e, sobretudo, 
conservar a fé no Jesus, 0 Deus que se 
fez homem 0 Emanuel, “Deus Conosco” 
(Mt 1.23); o Deus “que se manifestou 
em carne” (1 Tm 3.16).
2. O kenoticismo. Do verbo grego 
kenoó, significa “esvaziar” (Fp 2.7). A 
doutrina kenótica afirma que Jesus, 
enquanto esteve na Terra, esvaziou a 
si mesma dos atributos divinos. São 
duas linhas principais, 0 Verbo possuía 
os atributos divinos, mas escolheu não 
os usar; e, as prerrogativas da deidade 
foram usadas, mas na submissão do 
Pai e na direção do Espírito Santo. En­
tendemos que, sem atributos divinos, 
Jesus é menos que Deus. O kenosis é 
o “esvaziamento” de Cristo. Isso foi 
uma condição para 0 seu messiado e 
por isso Ele abriu mão de sua glória 
celeste (Jo 17.5). Jesus revelou sua na­
tureza divina quando esteve na Terra, 
Ele agiu como Deus, pois perdoou 
pecados (Mc 2.5-7; Lc 7-48), recebeu 
adoração (Mt 8.2; 9.18; 15.25; Jo 938), 
repreendeu a fúria do mar (Mt 8.26, 
27; Mc 4.39). Somente Deus tem esse 
poder (SI 65.7; 89.9).
3. M ariolatria. O catolicismo ro­
mano adotou o termo “mãe de Deus” 
de Cirilo, ou seja, um pensam ento 
antibíblico que se desenvolveu numa 
teologia e perm anece até hoje por 
conta da sua popularidade. Com isso
50 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
aprendemos que o que parece certo e 
a escolha popular nem sempre repre­
sentam a verdade (At 8.9-11).
SINOPSE III
As heresias a respeito da du­
pla natureza de Jesus trazem 
im plicações para a conserva­
ção de nossa fé em Cristo e sua 
perfeita revelação.
CONCLUSÃO
O Concilio de Calcedônia em 451 
reafirma os dois concílios anteriores, 
o de Niceia, em 325, e o de Constan- 
tinopla, em 381, ratificando os credos 
produzidos por esses conclaves gerais 
e estabeleceu definitivamente as duas 
naturezas de Cristo. A melhor manei­ra de se proteger dessas, e de outras 
heresias, é conhecer bem no que acre­
ditamos, os ensinos oficiais de nossa 
igreja e seus respectivos fundamentos 
bíblicos. Isso serve como nosso refe­
rencial quando nos deparamos com 
doutrinas inadequadas.
REVISANDO O CON TEÚDO
1. Cite três passagens bíblicas que mostram diretamente as duas naturezas 
de Cristo, em uma só Pessoa.
Romanos 1.3; 1.4; Fp 2.5,6.
2. Qual o pensamento nestoriano sobre as duas naturezas de Cristo? 
Segundo o pensamento nestoriano, as duas naturezas de Cristo, a humana 
e a divina, eram duas pessoas.
3. O que ensina 0 monofisismo de Êutico?
Essa doutrina afirma que as duas naturezas de Cristo são fundidas em uma 
só natureza amalgamada, nem totalmente Deus nem totalmente homem.
4. Quais ramos do cristianismo não reconhecem o Credo de Calcedônia e 
mantêm ainda 0 monofismo de Êutico?
São as igrejas ortodoxas, cóptica, armênia, abissínia e jacobitas.
5. Mostre como Jesus agiu como Deus, estando na Terra.
Jesus revelou sua natureza divina quando esteve na Terra, Ele agiu como 
Deus, pois perdoou pecados (Mc 2.5-7; Lc 7-48 ), recebeu adoração (Mt 8.2; 
9.18; 15.25; Jo 9.38), repreendeu a fúria do mar (Mt 8.26, 27; Mc 4.39).
VOCABULÁRIO
Conclave: reunião sacra para se discutir algo; congresso, seminário, encontro.
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 5 1
LIÇÃO 8
23.de Fevereiro de 2025
JESUS VIVEU A 
EXPERIÊNCIA HUMANA
\
TEXTO ÁUREO
“E percorria Jesus toda a Galileia, 
ensinando nas suas sinagogas, e 
pregando 0 evangelho do Reino, e 
curando todas as enfermidades e 
moléstias entre 0 povo.” (Mt 4.23)
VERDADE PRÁTICA
O Senhor Jesus Cristo teve vida 
social — amigos, parentes —, 
interagia com as pessoas, e era 
conhecido dos vizinhos e moradores 
de Nazaré, onde fora criado.
_________________________ /
LEITURA DIARIA
Segunda - Mt 4.23-25 
Jesus caminhava por toda a 
Galileia, pregando, ensinado e 
curando enfermos 
Terça - Mc 6.2,3 
Jesus e sua família eram 
conhecidos na cidade onde viviam 
Quarta - Lc 4.16 
A participação de Jesus no culto 
nas sinagogas
Quinta - Lc 5 27-30 
Jesus tinha vida social como 
qualquer pessoa de sua época 
Sexta - Jo 2.1,2
Jesus participou de um casamento 
em Caná da Galileia, uma 
celebração comum da época 
Sábado - Jo 4.7-10 
Jesus procurava interagir com as 
pessoas
52 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 1.43-51; M ateus 26.37,38,42
João 1
43 - No dia seguinte, quis Jesus irà Ga- 
lileia, e achou a Filipe, e disse-lhe: Se­
gue-me.
44 - E Filipe era de Betsaida, cidade de 
André e de Pedro.
45 - Filipe achou Natanael e disse-lhe: 
Havemos achado aquele de quem Moisés 
escreveu na Lei e de quem escreveram os 
Profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.
46 - Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma 
coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: 
Vem e vê.
1*1 - Jesus viu Natanael vir ter com ele e 
disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, 
em quem não há dolo.
48 - Disse-lhe Natanael: De onde me 
conheces tu? Jesus respondeu e disse-lhe: 
Antes que Filipe te chamasse, te vi eu 
estando tu debaixo da figueira.
49 - Natanael respondeu e disse-lhe: Rabi, 
tu és 0 Filho de Deus, tu és 0 Rei de Israel.
50 -Jesus respondeu e disse-lhe: Porque 
te disse: vi-te debaixo da figueira, crês? 
Coisas maiores do que estas verás.
51 - E disse-lhe: Na verdade, na verdade 
vos digo que, daqui em diante, vereis 0 
céu aberto e os anjos de Deus subirem e 
descerem sobre 0 Filho do Homem.
Mateus 26
37 - E, levando consigo Pedro e os dois 
filhos de Zebedeu, começou a entriste­
cer-se e a angustiar-se muito.
38 - Então, lhes disse: A minha alma está 
cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e 
vigiai comigo.
42 - E, indo segunda vez, orou, dizendo: 
Meu Pai, se este cálice não pode passar de 
mim sem eu 0 beber, faça-se a tua vontade.
Hinos Sugeridos: 344, 465, 481 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A presente lição aborda a pers­
pectiva da experiência humana da 
pessoa de Jesus Cristo. Nosso Senhor 
teve uma vida social em que Ele in­
teragia com pessoas de toda sorte, 
iniciando em Nazaré, chegando a 
Jerusalém. Além da vida social, nos­
so Senhor tinha uma vida religiosa, 
pois Ele era judeu. Com isso, muitas 
das características humanas podem 
ser atestadas nas histórias de Jesus 
conforme reveladas na Bíblia.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Iden­
tificar a experiência humana no 
ministério de Jesus; II) Explicar as 
heresias que negam a humanidade 
de Jesus; III) Reconhecer como essas 
heresias se apresentam atualmente.
B) Motivação: A experiência hu­
mana de Jesus marca uma referência 
para 0 desenvolvimento de nossos 
relacionamentos com outras pessoas.
C) Sugestão de Método: Na pre­
sente lição há duas palavras impor­
tantes na Teologia, que também fa­
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 5 3
zem parte de um vocabulário técnico 
em Teologia: Apolinarismo; Monote- 
lismo. Por isso, sugerimos que pro­
videncie um Dicionário Teológico, edi­
tado pela CPAD. Após destacar essas 
palavras, leia com sua classe antes 
de tratá-las diretamente no tópico 
respectivo. É muito importante que 
os alunos se familiarizem com ter­
mos técnicos que é bem provável que 
muitos nunca ouviram falar.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A Bíblia revela que o 
nosso Senhor teve uma vida social e 
religiosa, ou seja, Ele viveu a experiên­
cia humana. Essa experiência de Jesus 
torna-se um grande parâmetro para 
o nosso relacionamento com as pes­
soas, quer do ponto de vista do Corpo 
de Cristo quer fora do Corpo de Cristo.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista 
que traz reportagens, artigos, en­
trevistas e subsídios de apoio à Li­
ções Bíblicas Adultos. Na edição 100, 
p.40, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do 
tópico, você encontrará auxílios que 
darão suporte na preparação de sua 
aula: 1) O texto “A Humanidade de 
Cristo” , logo após o primeiro tópi­
co, aprofunda o tema da experiência 
humana de Jesus; 2) O texto “Jesus 
Cristo Homem” , ao final do segundo 
tópico, aprofunda uma resposta bí­
blica aos que negam a humanidade 
de Jesus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O Senhor Jesus não viveu como ana- 
coreta, ou seja, como monge ou eremita 
em retiro solitariamente, isolado da 
sociedade, e nem ensinou essa > 
prática aos seus discípulos.
Pelo contrário, a narrativa 
bíblica descreve que Ele 
teve vida social e religiosa.
A presente lição pretende 
mostrar alguns aspectos da 
experiência humana de Cristo.
I - A EXPERIÊNCIA HUMANA 
NO MINISTÉRIO DE JESUS
l. Os debates com as autoridades 
religiosas. Os principais opositores de 
Jesus foram os fariseus, os saduceus e 
os herodianos. Esses debates revelam 0 
ensino de Jesus sobre a ética, os prin­
cípios morais e as responsabilidades 
civis que temos.
a) Os fariseus. O nome vem do hebraico 
prushim que significa “separados”,
porque não concordavam com os 
saduceus. Defendiam a tradição 
acima das Escrituras (Mt 15.3, 
6) e a separação do Estado 
da religião. Eram membros 
do sinédrio e tornaram-se 
alvo das críticas de Jesus (Mt 
22.15). O apóstolo Paulo declara 
que o grupo dos fariseus, ao qual 
pertencia antes de sua conversão, era a 
mais severa seita do judaísmo (At 26.5; 
G11.14; Fp 3-5).
b) Os saduceus. O nome vem de Za- 
doque, família que detinha 0 cargo de 
Sumo Sacerdote desde Salomão (íRs 2.35) 
até pouco antes do surgimento desses
54 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
grupos. Eram, como os fariseus, uma 
facção dentro do judaísmo (At 5.17), 
alegavam aceitar apenas os cinco livros 
de Moisés, 0 Pentateuco, com certa re­
serva, pois não acreditavam em anjos, 
espíritos e nem na ressurreição (At 
23.8) e rejeitavam os demais livros do 
Antigo Testamento. Muitos deles eram 
sacerdotes, e exerciam fortes influências 
no sinédrio. Eram inimigos mortais de 
Jesus. Uniram-seaos fariseus, superando 
todos os obstáculos ideológicos a fim 
de somar as forças e matarem a Jesus.
c) Os herodianos. Eram os apoiadores 
da dinastia de Herodes, uma espécie de 
marqueteiros, buscando convencer 0 
povo para impedir um governo direto
de Roma. Foram instituídos com inte­
resses nacionalistas e eram a favor dos 
impostos. O discurso de Jesus também 
os incomodava. Formaram conselho com 
os fariseus com 0 propósito de matar 
Jesus e, assim, livrar-se dEle (Mc 3.6). 
Estavam associados aos fariseus na 
questão do tributo (Mt 22.16; Mc 12.13).
2. A vida social e religiosa de Jesus. 
O Mestre participava de uma vida social 
intensa. A escolha dos seus discípulos 
como Filipe, André, Pedro e Natanael 
aconteceu num ambiente entre amigos 
(Jo 1.43-46). Os dois primeiros capítulos 
de Lucas apresentam um começo muito 
humano de Cristo, apresentando ami­
gos, vizinhos, parentes, como Zacarias,
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“A ENCARNAÇÃO: DEUS PÔDE SE 
TORNAR HOMEM, SEM DEIXAR DE 
SER DEUS?
A resposta a esta pergunta é ‘sim’. Não 
apenas é possível, como aconteceu, no 
tempo e no espaço. Teólogos neo-ortodo- 
xos (pensadores do século XX, fortemente 
influenciados por Karl Barth) disseram 
que a pergunta é impossível de responder 
logicamente, porque a fé é um paradoxo 
ilógico e pode ser vista somente pelos 
olhos da fé. Em anos recentes, teólogos 
liberais negaram a realidade da encar­
nação, alegando que é um mito e não é 
verdadeira, em nenhum sentido objetivo. 
[...] Deste modo, eles consideraram um 
absurdo a declaração de que Jesus Cristo 
era plenamente Deus e plenamente hu­
mano (como tanto a Bíblia como confis­
sões históricas de cristãos afirmaram).” 
Amplie mais o seu conhecimento, lendo 
a Bíblia de Estudo Apologética Cristã, 
editada pela CPAD, p.1892.
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 5 5
Isabel. Os “ filhos de Zebedeu”, João e 
Tiago (Mt 2637), eram primos de Jesus; 
Zebedeu era um pescador da Galileia 
(Mc 1.19, 20) e marido de Salomé (Mt 
27.56; Mc 15.40), irmã de Maria, mãe 
de Jesus (Jo 19.25). Lucas descreve o 
desenvolvimento físico e mental de 
Jesus que crescia em estatura e em sa­
bedoria (Lc 2.40, 52). Ele interagia com 
as pessoas independentemente de sua 
condição social e espiritual, “publicanos 
e pecadores” (Mt 9.10,11), “ fariseus” e 
“a mulher pecadora” (Lc 737- 39) e a 
mulher samaritana (Jo 4.9-15).
3. Características próprias do ser 
humano. Jesus nasceu de uma mulher, 
embora gerado pela ação sobrenatural 
do Espírito Santo. Seu nascimento, 
contudo, foi normal e comum como o 
de qualquer bebê (Lc 2.6-7). Ele sofreu, 
chorou e sentiu angústia (Hb 13.12; Lc 
19.41; Mt 26.37); sentiu sono, fome, 
sede e cansaço (Mt 8.24; Jo 4.6; 19-28); 
Jesus morreu. A diferença é que, não 
ficou morto como qualquer pessoa, mas 
ressuscitou ao terceiro dia, passando 
pelo ardor da morte (1 Co 15.3-4). Ainda 
como homem, Ele dependia tanto da 
oração como também do Espírito Santo 
(Lc 4.1, 14; 5.16; 6.12). O Senhor Jesus 
Cristo, em sua experiência humana, 
participou de nossa fraqueza física e 
emocional, mas não de nossa fraqueza 
moral e espiritual (Jo 8.46; Hb 4.15).
SINOPSE I
Nosso Senhor viveu tanto a 
vida social quanto a religiosa, 
confirm ando assim a sua ex­
periência humana.
AUXÍLIO DOUTRINÁRIO
“A HUMANIDADE DE CRISTO
As Escrituras Sagradas apresen­
tam diversas características huma­
nas em Jesus. O relato de sua infância 
enfoca o seu desenvolvimento físico, 
intelectual e espiritual: ‘E crescia Je­
sus em sabedoria, e em estatura, e 
em graça para com Deus e os homens 
[...]. E o menino crescia e se fortale­
cia em espírito, cheio de sabedoria; e 
a graça de Deus estava sobre ele’ (Lc 
2.40,52). O profeta Isaías anunciou 
de antemão sobre Emanuel: ‘man­
teiga e mel comerá, até que ele sai­
ba rejeitar o mal e escolher o bem’ 
(Is 7-15)- Ele tornou-se homem para 
suprir a necessidade de salvação da 
humanidade” (Declaração de Fé das 
Assembléias de Deus. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2017, pp.50-51).
II - HERESIAS QUE NEGAM A 
HUMANIDADE DE JESUS 
1. Apolinarismo. Apolinário foi bispo 
de Laodiceia, nasceu provavelmente em 
310 d.C. e morreu em 392. O Apolina­
rismo é a doutrina que nega que Jesus 
encarnado teve espírito humano. Usando 
a linguagem teológica de Apolinário, os 
elementos constitutivos do ser humano 
são sóma, “carne ou corpo”; a psychê, 
“ alma anim al” , a sede dos desejos, 
paixões, apetites; e, pneuma, “ alma 
racional”. Em relação a Jesus, dizia que 
Ele possuía um sõma humano e uma 
psychê humana, mas não um pneuma 
humano. Segundo Apolinário, o Verbo 
(Jo l.l, 14) teria ocupado o lugar da alma 
na encarnação, com isso negando que 
Jesus tivesse espírito humano.
5 6 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
2. Reação da igreja. A humanidade 
plena de Jesus está clara no Novo Tes­
tamento, que fala do corpo físico de 
Cristo (Lc 24.36-40; Jo 2.21; Hb 10.10) e 
também da alma e do espírito (Mt 26.38; 
Lc 23.46). Essa humanidade de Jesus é 
igual à nossa (Hb 2.14,17 — NTLH). A 
diferença é a sua impecabilidade. De 
modo que Ele é 0 verdadeiro homem (1 
Tm 2.5). O Apolinarianismo foi declarado 
heresia no Concilio da Calcedônia em 451.
3. Monotelismo. É a doutrina cris- 
tológica do patriarca Sérgio de Constan- 
tinopla, que ensinava haver em Cristo 
uma só vontade. O termo vem de duas 
palavras gregas, monos, único”, e thelê- 
ma, “vontade, desejo”. Era uma tentativa 
de conciliar a teologia monofisita com 
o Credo de Calcedônia, que reafirmava 
as duas naturezas intactas, separadas e 
inconfundíveis em uma só pessoa, em 
Jesus. O Terceiro Concilio de Constanti- 
nopla em 681 considerou o monotelismo 
heresia. Reconhecemos as vontades de 
Cristo (Mc 14.36). É evidente que as ações 
de Cristo como caminhar, comer, beber, 
interagir com as pessoas são puramente 
humanas, mas são produzidas pela na­
tureza humana sob a direção divina. Ao 
perdoar pecados, era a manifestação da 
vontade de Cristo na natureza divina (Lc 
5.20-22). Sofrônio, patriarca de Jerusalém, 
em 633, refutou 0 monotelismo dizendo 
que existe em Jesus duas vontades sendo 
a humana submissa à divina.
SINOPSE II
O Apolinarismo e o Monotelis­
mo são duas heresias que ne­
gam a humanidade de Jesus.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“JESUS CRISTO HOMEM
A Bíblia ensina tanto a divinda­
de como a humanidade de Cristo: ‘E 
todo o espírito que confessa que Jesus 
não veio em carne não é de Deus...’ (1 
Jo 4.3). O ensino da humanidade de 
Cristo, no entanto, não neutraliza a 
sua divindade, pois os Evangelhos re­
velam as duas naturezas: a humana e 
a divina. Os Evangelhos revelam atri­
butos característicos do ser humano 
em Jesus, Ele nasceu de uma mulher, 
embora gerado pela ação sobrenatu­
ral do Espírito Santo, o ato do nas­
cimento em si foi normal e comum 
como o de qualquer ser humano. Diz 
a Palavra de Deus: ‘E aconteceu que, 
estando eles ali, se cumpriram os dias 
em que ela havia de dar à luz. E deu 
à luz o seu filho primogênito, e en­
volveu-o em panos, e deitou-o numa 
manjedoura, porque não havia lugar 
para eles na estalagem’ (Lc 2.6,7)” 
(SOARES, Esequias. Manual de Apo- 
logética Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 
2002, pp. 85-6).
III - COMO ESSAS HERESIAS 
SE APRESENTAM NOS DIAS 
ATUAIS
1. Quais países Jesus visitou quando 
esteve entre nós? Podemos afirmar que 
Jesus visitou, durante sua vida terrena, 
três países, Egito (Mt 2.14-15), Israel, o 
centro de suas atividades, e Fenícia, atual 
Líbano. Mas, não faltam crenças bizarras 
sobre a vida de Jesus. Não somente o 
Movimento Nova Era, mas vários grupos 
ocultistas costumam ensinar que Jesus 
esteve na índia, e os mórmons declaram
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 5 7
que Ele esteve nos Estados Unidos. A 
Bíblia, porém, nada disso menciona e 
ensina-nos a rejeitarmos as fábulas (1 
Tm 4.7). Os Evangelhos não mostram 
um Jesus estranho em sua comunidade e 
muito menos um forasteiro (Mt 13.55-57; 
Jo 7.15, 27, 41, 42).
2. Jesus eravisto como alguém 
da comunidade. Essa invenção desses 
esotéricos contraria o relato dos Evan­
gelhos (Lc 4.22-24), onde o Senhor 
Jesus é apresentado como alguém que 
era natural na comunidade de seu povo, 
Israel, e não como um estrangeiro. Sua 
maneira de viver e o seus ensinos refle­
tem a cultura judaica, e nada há que se 
pareça com a cultura hindu: “Não é este 
0 carpinteiro, filho de Maria e irmão de 
Tiago, e de José, e de Judas, e de Simão? 
E não estão aqui conosco suas irmãs? E 
escandalizavam-se nele” (Mc 6.2,3). Ora, 
tal atitude do povo não se justificaria se 
Jesus fosse um recém-chegado da índia.
SINOPSE III
Ao esvaziar a experiência hu­
m ana de Jesus, muitos grupos 
ocultistas distorcem a vida e a 
obra de Cristo no mundo.
CONCLUSÃO
É nosso compromisso seguir 0 exem­
plo de Jesus no relacionamento com as 
pessoas. É importante que nunca nos 
esqueçamos os pontos essenciais da pre­
sente lição sobre a verdadeira identidade 
do Senhor Jesus. Ele é o Deus verdadeiro 
em toda a sua plenitude igual ao Pai. E 
como homem, em toda a sua plenitude, 
viveu e andou entre nós, seres humanos.
REVISANDO O CON TEÚDO
1. Quais os principais opositores de Jesus com quem Ele debatia?
Os fariseus, os saduceus e os herodianos.
2. Como sabemos que o Senhor Jesus teve vida social e religiosa?
Ele interagia com as pessoas independentemente de sua condição social e 
espiritual, “ publicanos e pecadores” (Mt 9.10, 11), “ fariseus” e “ a mulher 
pecadora” (Lc 7.37-39) e a mulher samaritana (Jo 4.9-15).
3. O que ensinam as doutrinas apolinarianista e monotelista?
O Apolinarismo é a doutrina que nega que Jesus encarnado teve espírito 
humano. O Monotelismo é a doutrina cristológica do patriarca Sérgio de 
Constantinopla, que ensinava haver em Cristo uma só vontade.
4. Quais concílios declararam heresias o Apolinarianismo e o Monotelismo? 
No Concilio da Calcedônia em 451 e o Terceiro Concilio de Constantinopla 
em 681, respectivamente.
5. Como os Evangelhos apresentam Jesus?
Os Evangelhos não mostram um Jesus estranho em sua comunidade e 
muito menos um forasteiro (Mt 13.55-57; Jo 7.15, 27, 41, 42).
5 8 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
LIÇÃO 9
2 de Março de 2025
QUEM E O 
ESPÍRITO SANTO?
\
TEXTO ÁUREO
“ Ora, este Senhor é 0 Espírito; e 
onde está 0 Espírito do Senhor, 
aí há liberdade” (2 Co 3.17- 
NAA)
\_________________________
VERDADE PRÁTICA
É necessário primeiro conhecer 
a verdadeira identidade do 
Espírito Santo, à luz da Bíblia, 
para então poder defendê-la.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - SI 104.30 Quinta - 1 Co 3.16
0 Espírito Santo preserva e 0 Espírito Santo é Deus, esse
mantém todas as coisas criadas mesmo Espírito habita em nós
Terça - Mt 28.19 Sexta - Tt 3-5
0 Espírito Santo é igual ao Pai e 0 Espírito Santo regenera 0
ao Filho pecador
Quarta - l Co 2.10 Sábado - 2 Pe 1.21
0 Espírito Santo penetra todas as 0 Espírito Santo falou por meio
coisas até as profundezas de Deus 
L __________________________
dos profetas e apóstolos
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 5 9
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 14.16,17, 26; 16.7-14
João 14
16 - Eeu rogarei ao Pai, e ele vos dará 
outro Consolador, para que fique convosco 
para sempre,
1 7 - 0 Espírito da verdade, que 0 mundo 
não pode receber, porque não 0 vê, nem 
0 conhece; mas vós 0 conheceis, porque 
habita convosco e estará em vós.
26 - Mas aquele Consolador, 0 Espírito 
Santo, que 0 Pai enviará em meu nome, 
vos ensinará todas as coisas e vos fará 
lembrar de tudo quanto vos tenho dito. 
João 16
7 - Todavia, digo-vos a verdade: que vos 
convém que eu vá, porque, se eu não for, 
0 Consolador não virá a vós; mas, se eu 
for, enviar-vo-lo-ei.
8 - E, quando ele vier, convencerá 0 mundo 
do pecado, e da justiça, e do juízo:
9 -do pecado, porque não creem em mim;
10 - da justiça, porque vou para meu Pai, 
e não me vereis mais;
11 - e do juízo, porque já 0 príncipe deste 
mundo está julgado.
12 - Ainda tenho muito que vos dizer, mas 
vós não 0 podeis suportar agora.
13 - Mas, quando vier aquele Espírito da 
verdade, ele vos guiará em toda a verdade, 
porque não falará de si mesmo, mas dirá 
tudo 0 que tiver ouvido e vos anunciará 
0 que há de vir.
14 - Ele me glorificará, porque há de rece­
ber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
Hinos Sugeridos: 349, 387, 511 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
O Espírito Santo é a Tercei­
ra Pessoa da Santíssima Trindade. 
Nesta lição, temos o propósito de 
apresentar o Santo Espírito de acor­
do como está revelado na Palavra de 
Deus, bem como pontuar sua deida- 
de, atributos e obras. Em seguida, 
veremos como, ao longo da histó­
ria, algumas heresias em relação ao 
Espírito Santo se levantaram contra 
0 ensino ortodoxo. Finalmente, ve­
remos como essas heresias se apre­
sentam atualmente.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Mostrar
o Espírito Santo como o Consola­
dor; II) Correlacionar a deidade, os 
atributos e a obra do Espírito Santo; 
III) Identificar as heresias antigas e 
as formas como elas se apresentam 
atualmente.
B) Motivação: O Espírito Santo 
é Deus. Para nós, de tradição cristã 
pentecostal, é indispensável 0 co­
nhecimento e, ao mesmo tempo, a 
experimentação de uma vida guiada 
e dominada pelo Santo Espírito. Ter 
uma boa compreensão doutrinária 
a respeito da natureza do Espírito é 
fundamental para o cultivo de uma 
vida dependente de Deus.
6 0 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
C) Sugestão de Método: Inicie a 
aula desta semana relembrando a 
grande promessa que Jesus fez du­
rante o seu ministério terreno e que 
se cumpriu em Pentecostes confor­
me nos informa Atos 2: a chegada 
do Espírito Santo. Leia com a clas­
se o texto de Isaías 61.1. Diga que 
o Senhor Jesus foi ungido por esse 
mesmo Espírito para desenvolver o 
seu ministério na Terra (Lc 3.21,2). 
Esse mesmo Espírito nos capacita 
para desenvolvermos toda e qual­
quer obra para o Reino de Deus. O 
Espírito Santo opera em nós e por 
meio de nós.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Não podemos dar 
ouvidos a nenhum ensino que en­
fraqueça a pessoalidade do Espírito 
Santo, seu caráter capacitador, bem 
como sua obra regeneradora e san- 
tificadora. A Terceira Pessoa da San­
tíssima Trindade, o divino Espírito 
Santo, foi-nos dado pelo Filho para 
nos guiar, consolar e capacitar.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista 
que traz reportagens, artigos, en­
trevistas e subsídios de apoio à Li­
ções Bíblicas Adultos. Na edição 100, 
p.40, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final 
do tópico, você encontrará auxílios 
que darão suporte na preparação de 
sua aula: 1) O texto “Cremos no Es­
pírito Santo” , logo após 0 primeiro 
tópico, aprofunda a identidade do 
Espírito Santo; 2) O texto “ O Divi­
no Espírito Santo” , ao final do se­
gundo tópico, aprofunda o assunto 
a respeito da deidade e atributos do 
Espírito Santo tal qual revelados na 
Bíblia, a Palavra de Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A identidade do Espírito Santo é 
revelada nas Escrituras desde 0 livro 
de Gênesis até o Apocalipse. É fato que 
a Igreja desde os dias apostóli­
cos o reconhecia como Deus 
igual ao Pai e ao Filho. Essa 
deidade absoluta do Espírito 
Santo é revelada de maneira | 
direta, nos seus atributos 
divinos e nas suas obras e 
funções pertencentes a Deus.
Todos nós precisamos estudar 
e conhecer essa verdade bíblica, pois 
desde a antiguidade existem heresias 
sobre a Terceira Pessoa da Trindade.
í ilavra-Cha\
Espírito|1Santo
¥V ]
É sobre isso que vamos estudar na 
presente lição.
I - O CONSOLADOR 
1. 0 outro Consolador (14.16).
Jesus disse aos seus discípulos 
que estava voltando para 0 
Pai, mas que continuaria 
cuidando da Igreja, pelo seu 
Espírito Santo, seu Paracleto, 
alguém como Ele, que teria 0
0 seu povo. A palavra “outro”, 
nesta passagem é, no grego, allos, e 
significa “outro”, da mesmanatureza, 
mesma espécie e mesma qualidade. Se
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 6 l
o Espírito fosse uma força ativa, impes­
soal, conforme o ensino equivocado das 
Testemunhas de Jeová, a palavra correta 
para “outro” seria heteros, que significa: 
“outro do usual, diferente”. O Dicionário 
Vine afirma: “O termo allos expressa uma 
diferença numérica e denota ‘outro do 
mesmo tipo’; o termo heteros expressa 
uma diferença qualitativa e denota ‘outro 
de tipo diferente’. Cristo prometeu enviar 
‘outro Consolador’ — allos, ‘outro como 
Ele’, não heteros (Jo 14.16)”.
2. O Paracleto (16.7). O termo se 
refere ao Espírito Santo, mas os dicio­
nários da língua portuguesa afirmam 
que se trata de uma pessoa que defende 
e protege alguém. O termo grego para- 
klêtos vem da preposição pará, “ao lado 
de, próximo”, e do verbo kaléõ, “chamar, 
convocar”, de modo que essa palavra 
significa “defensor, advogado, inter- 
cessor, auxiliador, ajudador. Paracleto, 
então, é o Consolador. O Consolador é 
enviado pelo Pai em nome de Jesus para 
ensinar os discípulos e fazer lembrar 
de tudo o que o Filho ensinou e para 
testificar dEle (Jo 15.26).
3. Seu uso no Novo Testamento. O 
termo “paracleto” aparece apenas cinco 
vezes no Novo Testamento, nos escritos 
joaninos, quatro vezes no Evangelho, 
referindo-se ao Espírito Santo (Jo 14.16, 
26; 15.26; 16.7). Além dEle 0 nome é 
aplicado ao Senhor Jesus e traduzido 
por “Advogado” (1 Jo 2.1).
SINOPSE I
O Espírito Santo é o nosso Con­
solador, o nosso auxiliador de 
todos os mom entos da vida.
VV
A divindade do Espírito 
Santo é revelada na Bíblia 
também nos seus atributos 
divinos, como acontece 
com o Senhor Jesus. Ele é 
onipotente, as Escrituras 
Sagradas ensinam ser o 
Espírito a fonte de poder e 
milagres.”
AUXÍLIO DOUTRINÁRIO
CREMOS NO ESPÍRITO SANTO
“Cremos, professamos e en­
sinamos que o Espírito Santo é a 
terceira pessoa da Santíssima Trin­
dade, Deus igual ao Pai e ao Filho: 
‘Portanto, ide, ensinai todas as 
nações, batizando-as em nome do 
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo’ 
(Mt 28.19). O Espírito Santo é da 
mesma substância, da mesma es­
pécie, de mesmo poder e glória do 
Pai e do Filho, pois é chamado de 
outro Consolador: ‘E eu rogarei ao 
Pai, e ele vos dará outro Consola­
dor, para que fique convosco para 
sempre’ (Jo 14.16). O Espírito San­
to não é uma parte da Divindade, 
mas, sim, Deus em toda a sua ple­
nitude e, por isso mesmo, é incria- 
do, autoexistente e absolutamente 
autônomo: ‘o Espírito que provém 
de Deus’ (1 Co 2.12), como havia 
declarado o Credo de Atanásio: ‘Tal
6 2 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
vvcomo é o Pai, tal é o Filho e tal é 
o Espírito Santo. O Pai é incriado, 
o Filho incriado, e o Espírito San­
to incriado... não há três incriados, 
mas um só incriado’ . Ele é o Espí­
rito eterno e existe por si mesmo. 
Ele pertence à mesma essência e 
substância indivisível e eterna do 
Pai e do Filho. Os homens e os an­
jos foram criados e dependem do 
Criador, mas Ele, o Espírito Santo, 
não depende de nada, pois Ele é o 
Senhor: ‘o Senhor é o Espírito’ (2 
Co 3.17 - ARA)” . [...] Declaramos 
e ensinamos a deidade absoluta do 
Espírito Santo” ’ (Declaração de Fé 
das Assembléias de Deus. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2017, pp.67,68).
II - SUA DEIDADE, ATRIBUTOS 
EOBRAS
1. Sua deidade. A divindade do 
Espírito Santo é revelada na Bíblia de 
maneira que os nomes Deus e Espírito 
Santo aparecem sempre de forma al­
ternada, tanto no Antigo Testamento 
como no Novo. O Espírito Santo é Javé 
na vida de Sansão: “o Espírito do Se­
nhor possantemente se apossou dele” 
(Jz 15.14); no entanto, na sequência, 
lemos que depois de traído por Dalila, 
Sansão “(...) não sabia que já o Senhor 
se tinha retirado dele” (Jz 16.20). Assim, 
tanto o Espírito de Javé e Javé, ou seja, 
o Espírito do Senhor e o Senhor são 
nomes divinos usados alternadamente. 
Fica claro, no Antigo Testamento, que 
o Espírito Santo é o próprio Deus. Esse 
tipo de linguagem na Bíblia mostra que 
Ele é Javé. Compare Êxodo 17.7 com 
Hebreus 3.7-9; Deus de Israel (2 Sm
Jesus disse que o 
Consolador é o próprio 
Espírito Santo. A promessa 
do Senhor Jesus é ‘para 
que fique convosco para 
sempre’ (Jo. 14.16).”
23.2,3). Essa forma de apresentação é 
frequente na Bíblia (At 5.3, 4; 1 Co 3.16; 
2 Co 3.16-18).
2. Seus atributos. A divindade do 
Espírito Santo é revelada na Bíblia 
também nos seus atributos divinos, 
como acontece com 0 Senhor Jesus 
Cristo. Ele é onipotente (Rm 15.19), e 
as Escrituras Sagradas ensinam ser 0 
Espírito a fonte de poder e milagres (Mt 
12.28; At 2.4; 1 Co 12.9-11). A onipre­
sença é outro atributo incomunicável 
de Deus presente na Terceira Pessoa 
da Trindade, o que m ostra ser Ele 
onipresente (Sl 139.7-10). Ele conhece 
todas as coisas, até as profundezas de 
Deus (1 Co 2.10,11); conhece o coração 
dos seres humanos (Ez 11.5; At 5.3-9; 
Rm 8.26,27) e é conhecedor do futuro 
(Lc 2.26; Jo 16.13; At 20.23), isso por 
ser Ele onisciente. Possui 0 atributo 
da eternidade, pois é cham ado de 
“Espírito eterno” (Hb 9.14).
3. Suas obras. São inúm eras as 
obras de Deus efetuadas pelo Espírito 
Santo. Ele gerou Jesus Cristo (Lc 1.35), 
dá a vida eterna (Gl 6.8), guia o seu 
povo (Sl 143.10; Is 63.14; Rm 8.14; Gl. 
5.18), é 0 Senhor da Igreja (At 20.28) e 
santificador dos fiéis (Rm 15.16; 1 Pe 1.2).
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 6 3
0 Espírito habita nos crentes (Jo 14.17; 
Rm 8.11; 1 Co 3.16), é o autor do Novo 
Nascimento (Jo 3.5,6; Tt 3.5), da vida 
(Ez 37.14; Rm 8.11-13) e 0 distribuidor 
dos dons espirituais (1 Co 12.7-11). Essas 
obras são exclusivas de Deus, realizadas 
pelo Pai, Filho e o Espírito Santo. Essas 
obras divinas evidenciam que 0 Espírito 
Santo é Deus igual ao Pai.
SINOPSE II
A Bíblia revela a deidade do 
Espírito Santo por meio de 
seus atributos e obra.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
O DIVINO ESPÍRITO SANTO
“ O divino Consolador tem pleno 
poder sobre todas as coisas. Ele tem 
poder próprio. É dEle que flui a vida, 
em suas dimensões e sentidos bem 
como o poder de Deus (SI 104.30; 
Ef 3.16). Isso é uma evidência da 
deidade do Espírito Santo. Ele tem 
autoridade e poder inerentes, como 
vemos em toda a Bíblia [...].
Em 1 Coríntios 2.4, na úni­
ca referência (no original) em que 
aparece o termo traduzido por 
‘demonstração do Espírito Santo’ , 
designa-se literalmente uma de­
monstração operacional, prática e 
imediata na mente e na vida dos 
ouvintes do evangelho de Cristo.
E isso ocorre pela poderosa ação 
persuasiva e convincente do Espí­
rito, cujos efeitos transformadores 
foram visíveis e incontestáveis na 
vida dos ouvintes de então, confir­
mando o evangelho pregado pelo 
apóstolo Paulo (1C0 2.4,5)” (GIL­
BERTO, Antônio. Teologia Siste­
mática Pentecostal. 1. Ed. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2008, p.175).
III - HERESIAS AN TIG A S E 
NOVAS
1. As primeiras heresias. Não havia 
consenso sobre o Espírito Santo no 
Oriente nas primeiras décadas depois 
do Concilio de Niceia. Havia diversas 
interpretações.
a) Os arianistas. Ário considerava 
também 0 Espírito Santo como criatu­
ra, embora esse tema tivesse fora das 
discussões na época, pois o foco dos 
debates estava no Filho. Eunômio, um 
dos arianistas mais radicais, considerava 
0 Espírito Santo como a mais nobre das 
criaturas produzidas pelo Filho a pedido 
do Pai, dizia que “o Filho é o criador 
do Espírito”.
b) Tropicianos. Eram uma seita do 
Egito, cujo nome vem de tropos, “fi­
gura”. Atanásio assim o denominou 
por causa da exegese figurada deles, 
diziam ser 0 Espírito Santo um anjo e 
uma criatura.
c) Pneumatomacianos. Surgiram 
depois dos tropicianos. O termo pneu- 
matomachoi vem de pneuma, “espírito”, 
e machomai, “ falar mal, contra”, eram 
os “opositores do Espírito”. Eustáquio 
de Sebaste (300-380) foi o principal
64 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
defensor dessa heresia, o movimento 
negava a divindade do Espírito Santo.C) Sugestão de Método: Jamais 
em outro tempo se viu tanta neces­
sidade de combater as falsas doutri­
nas que desafiam a fé cristã como 
atualmente. Pensando nisso con­
verse com seus alunos a respeito de 
quais maneiras podemos confrontar 
os falsos ensinamentos com o ver­
dadeiro ensinamento da Palavra de 
Deus. Pergunte aos alunos de que 
forma a igreja deve se posicionar 
para defender a fé.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A defesa da fé cristã
não ocorre somente no campo inte­
lectual, por meio do conhecimen­
to bíblico e fidelidade à doutrina. O 
combate aos falsos ensinamentos se 
dá também por meio de uma conduta 
cristã ilibada, que testemunha a ver­
dadeira doutrina de maneira prática. 
Jesus endossou essa verdade ao dizer 
que o mundo saberia que somos seus 
discípulos quando observasse o nos­
so exemplo de amor (Jo 13.35).
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista 
que traz reportagens, artigos, en­
trevistas e subsídios de apoio à Li­
ções Bíblicas Adultos. Na edição 100, 
p.36, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do 
tópico, você encontrará auxílios que 
darão suporte na preparação de sua 
aula: l) O texto “Um Testemunho 
Coerente” , localizado depois do pri­
meiro tópico, aponta 0 testemunho 
cristão como forma de refutar os fal­
sos ensinamentos; 2) O texto “ Seita” , 
ao final do terceiro tópico, destaca 
maiores detalhes do termo “heresia” .
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Heresias são crenças e 
práticas contrárias ao pen­
samento bíblico, pois elas 
distorcem os pontos prin­
cipais da doutrina cristã, 
confrontam o Cristianismo 
Histórico e criam um problema 
para as igrejas e as famílias. As 
heresias da atualidade são as mesmas 
da antiguidade, mas com uma roupa­
gem nova, que foram rejeitadas 
pelos apóstolos e primeiros 
cristãos, pois “nada há novo 
debaixo do sol” (Ec 1.9). O 
presente trimestre tem por 
------objetivo mostrar o referen­
cial doutrinário da fé cristã, 
levando-o(a) a reconhecer de 
longe as heresias. Esta primeira 
lição é um estudo sobre o problema 
das heresias nas igrejas e a nossa res­
ponsabilidade na defesa da fé.
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 5
I - AS AMEAÇAS DOS LOBOS 
VORAZES
1. Os cuidados pastorais (At 20.28). Os 
“anciãos” mencionados no versículo 17 
são chamados de bispos nessa passagem 
e, ao dizer que eles foram constituídos 
pelo Espírito Santo para “apascentardes 
a igreja de Deus”, mostra que eles são 
pastores. A função primordial do pastor 
é alimentar, guiar e proteger 0 rebanho 
(Lc 15.4-6). O Novo Testamento emprega 
essa metáfora ao tratar 0 relacionamen­
to entre pastor e rebanho na igreja. A 
exortação apostólica aos líderes da igreja 
visa proteger os irmãos e as irmãs das 
heresias e guiar todos na verdade do 
Evangelho. Esse cuidado aparece nos 
ensinos de Jesus (Mt 7.15-20).
2. “Depois da minha partida” (v.29). 
Essa expressão é uma palavra proféti­
ca, pois 0 apóstolo não está apenas se 
referindo à sua morte, mas também ao 
avanço dos hereges no seio da igreja 
depois do período apostólico, no futuro. 
Paulo usa uma linguagem metafórica 
para identificar os falsos doutrinadores, 
“lobos cruéis” ou “lobos vorazes” (v. 
29 - Nova Almeida Atualizada - NAA). 
O apóstolo Pedro, depois de ensinar que 
0 Espírito Santo inspirou os profetas do 
Antigo Testamento (2 Pe 1.19-21), mostrou 
que a presença do verdadeiro ensino 
nem sempre é suficiente para impedir 
a manifestação do falso. Tanto que, ao 
falar a respeito dos profetas legítimos 
dentre os hebreus, ressaltou que também 
havia entre 0 povo falsos profetas, como 
haveriam de surgir com 0 tempo, no meio 
da Igreja, falsos mestres (2 Pe 2.1). Na 
verdade, eles já estavam presentes no 
período apostólico (Gl 1.7; Cl 2.8; Jd 4).
3. A origem dos fa lsos m estres 
(v.30). Dois pontos surpreendentes, 
nessa parte do discurso, nos chamam 
a atenção; primeiro, os lobos vorazes
surgem de dentro da própria igreja 
“dentre vós mesmos” e, segundo, “se 
levantarão homens que falarão coisas 
perversas, para atraírem os discípulos 
após si”. Os discípulos deles ainda estão 
por aí. Entre eles estão os que se posi­
cionam acima das Escrituras, os quais, 
sem o menor pudor espiritual, usam as 
redes sociais para “corrigir” a Bíblia 
e discordar abertamente dos profetas 
e dos apóstolos bíblicos. Tais pessoas 
consideram seus discursos modernos e a 
mensagem da Bíblia, desatualizada, em 
razão disso oferecem um novo evangelho 
(2 Co 11.13-15). Em face disso, vemos a 
importância de estudar um campo da 
Teologia denominado de Apologética 
para orientar os crentes dos nossos dias.
SINOPSE I
Os lobos vorazes surgem de 
dentro do povo de Deus. Por 
isso, a Apologética é tão neces­
sária.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
UM TESTEMUNHO COERENTE
“O segredo da coragem e sucesso 
em enfrentar oposição é santificar a 
Cristo, como Senhor, no coração (1 Pe 
3.15). Isso significa entronizar Cristo 
no coração como 0 Senhor supremo, 
que apesar de inocente sofreu pelos 
culpados e tem a preeminência em 
todas as coisas (Cl 1.18); reconhecê- 
-lo como santo; confiar plenamen­
te nas suas sábias providências com
6 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
toda a sinceridade; e amá-lo com 
um amor inspirado por uma teologia 
correta que cobre a sua morte ‘com 
significado expiatório’ .
Sempre devemos estar prepara­
dos para enfrentar a zombaria dos 
críticos e a investigação honesta da­
queles que buscam a verdade. Pedro 
pode ter se lembrado daquela noite 
amarga em que negou a Cristo. A 
resposta a qualquer que [...] pedir a 
razão da esperança envolve um re­
lato racional das verdades básicas do 
Cristianismo e uma refutação con­
vincente das acusações falsas. Esse 
tipo de resposta requer mansidão 
e temor e uma boa consciência (v. 
16). Para ser eficiente, o testemu­
nho deve estar baseado numa vida 
piedosa; deve ser apresentado com 
firmeza, livre de qualquer traço de 
rebeldia ou desrespeito para com os 
inquiridores, e deve vir de um cora­
ção que está consciente da presença 
divina. Nos dias de Pedro, quando 
os cristãos eram vistos como mal­
feitores e acusados de posições re­
ligiosas heréticas e maus costumes, 
sua melhor defesa não era uma ar­
gumentação veemente, mas um bom 
procedimento (conduta) em Cristo, o 
testemunho silencioso de uma vida 
santa centrada no Senhor Jesus” 
(Comentário Bíblico Beacon. Vol. 10. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.233).
II - O QUE É APOLOGÉTICA?
l. Definição (1 Pe 3-15)- Apologética 
Cristã é a defesa lógica e racional da fé 
cristã e de suas práticas doutrinárias. 0 
termo vem do substantivo grego apolo­
gia, que literalmente significa “defesa,
resposta”. O termo grego traduzido 
por “responder”, em “preparados para 
responder com mansidão” em 1 Pedro 
3.15 é apologia, numa tradução literal 
é “... sempre preparados para [uma] 
defesa”. A versão bíblica chamada de 
Nova Versão Transformadora (NVT) 
emprega 0 verbo “ explicar”, assim: 
“sempre preparados para explicá-la”. A 
Apologética mostra que 0 cristianismo 
é racional, os dados da revelação podem 
ser explicados de maneira metódica e 
sistemática, portanto, aceitável. Jesus 
disse que devemos amar a Deus de todo 
o nosso coração[...] e de todo o nosso 
entendimento (Mc 12.30). Isso ensina 
que devemos amar a Deus por completo, 
com o corpo, as emoções e o intelecto.
2. A que defesa Pedro se refere? 
(v.16). Há quem argumente que essa 
defesa seja uma resposta a uma acu­
sação, visto que essa mesma palavra, 
apologia, aparece, nesse sentido no 
Novo Testam ento, como defesa de 
uma acusação tanto formal (At 22.1;
25.16) como informal (1 Co 9.3; 2 Co 
7.11; Fp 1.7,16). 0 versículo 16 fala do 
bom testemunho cristão que serve para 
provar a inconsistência das acusações 
contra os crentes. Mas não parece ser 
esse 0 caso, porque a defesa, resposta 
ou explicação nessa passagem é sobre 
a razão da fé dos cristãos, e isso diz 
respeito à doutrina2. As heresias na atualidade. O gru­
po religioso das Testemunhas de Jeová 
é seguidor da antiga linha teológica 
dos arianistas. Seus líderes negam a 
divindade e a personalidade do Espí­
rito Santo; em sua literatura, grafam 
seu nome com letras minúsculas. Por 
exemplo, a Tradução do Novo Mundo 
(TNM) substitui o “Espírito de Deus” 
por “ força ativa de Deus” (Gn 1.2) e usa 
a expressão: “e todos ficaram cheios 
de espírito santo” (At 2.4). A expres­
são hebraica ruach ’êlóhim, “Espírito 
de Deus”, aparece 11 vezes no Antigo 
Testamento e somente nessa passagem 
é traduzida na TNM por “ força ativa 
de Deus”.
3. O Espírito Santo em outras reli­
giões. Em algumas religiões no Oriente, 
a noção sobre 0 Espírito Santo é confusa, 
mas se aproxima do pensamento antigo 
desses heresiarcas, “de modo que nada 
há novo debaixo do sol” (Ec 1.9).
a) Uma crença estranha. Os in te­
lectu ais da relig ião islâm ica, por 
exemplo, se apegam às palavras do 
Alcorão atribuídas a Jesus: “ sou para 
vós 0 Mensageiro de Allah, para con­
firmar a Tora, que havia antes de mim, 
e anunciar um Mensageiro, que virá 
depois de mim, cujo nome é Ahmad” 
(61.6). Eles interpretam essa passa­
gem corânica como cumprimento da 
promessa que Jesus fez sobre a vinda 
do Consolador, do Paracleto. Eles 
confundem a palavra grega periclytós, 
“ renomado ao redor, ilu stre” , com 
paraklêtos (Jo 14.16, 26; 15.26; 16.7). 
Assim, concluem equivocamente que 
Maomé é o Consolador prometido por 
Jesus. Convém lembrar que periklytós 
não é uma palavra bíblica, não aparece 
em lugar algum da Bíblia Sagrada,
nem no Novo Testam ento grego e 
nem na Septuaginta.
b) Resposta bíblica. Jesus disse que o 
Consolador é 0 próprio Espírito Santo 
(Jo 14.26). A promessa do Senhor Jesus é 
“para que fique convosco para sempre” 
(Jo 14.16). Trata-se de um ser que não 
morre, mas sim que vive para sempre, 
pelos séculos dos séculos. Jesus disse 
também que o Consolador “ habita 
convosco e estará em vós” (Jo 14.17) 
e que, “quando vier o Consolador, que 
eu da parte do Pai vos hei de enviar, 
aquele Espírito da verdade, que procede 
do Pai, testificará de mim” (Jo 15.26). 
Assim, o Espírito Santo testifica de 
Cristo, o nosso Senhor.
SIN OPSE III
Os arianistas, tropicianos e 
pneum atom acianos procura­
ram enfraquecer ou subverter 
o ensino ortodoxo a respeito do 
Espírito Santo.
CONCLUSÃO
Vimos que a deidade e a personali­
dade do Espírito Santo estão presentes 
em toda a Bíblia de maneira abundante 
e tem sido crença da Igreja desde o 
princípio, por isso a relevância da defesa 
dessa doutrina. O Consolador é enviado 
pelo Pai, em nome de Jesus, para ensinar 
os discípulos e fazer lembrar de tudo 
o que 0 Filho ensinou e para testificar 
dEle. Não é possível uma força ativa 
e impessoal ser enviada em nome de 
alguém tendo tais atributos.
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 6 5
REVISANDO O CON TEÚDO
1. A quem mais o nome “ Paracleto” é aplicado nas Escrituras além do Es­
pírito Santo?
Além dEle o nome é aplicado ao Senhor Jesus e traduzido por “Advogado” 
(1 Jo 2.1).
2. Como a divindade do Espírito Santo é revelada na Bíblia?
A divindade do Espírito Santo é revelada na Bíblia de maneira que os nomes 
Deus e Espírito Santo aparecem sempre de forma alternada, tanto no Antigo 
Testamento como no Novo.
3. Quais os principais grupos na antiguidade que negavam a divindade do 
Espírito Santo?
Os arianistas, tropicianos e pneumatomacianos.
4. Quem segue a linha teológica dos arianistas na atualidade?
As Testemunhas de Jeová.
5. Qual resposta bíblica podemos dar em relação a crença estranha a respei­
to do Espírito Santo?
Jesus disse que o Consolador é o próprio Espírito Santo (Jo 14.26). A pro­
messa do Senhor Jesus é “ para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16). 
Trata-se de um ser que não morre, mas sim que vive para sempre.
LEITU R A S PA R A A PR O FU N D AR
O Espírito Santo na Bíblia
É uma obra que expõe grandes 
verdades de tal maneira que todos 
podem entender e tirar proveito 
da instrução contida nele. Concede 
uma nova visão sobre o que as 
Escrituras ensinam sobre a pessoa 
do Consolador, Mestre e Guia.
Abraçado pelo Espírito
Seu coração está turbulento, vazio 
ou sem vida? Então, essa obra, que 
é muito mais para o coração do que 
para o intelecto, foi escrita para você!
O autor te convida a peregrinar em 
uma relação mais profunda e íntima 
com Deus por meio do Espírito Santo.
6 6 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
TEXTO ÁUREO VERDADE PRÁTICA
“Porque todos pecaram e 0 pecado é um elemento real na
destituídos estão da glória de vida de todas as pessoas desde
Deus.” (Rm 3.23) 0 ventre materno.
V __ __J
LEITURA DIÁRIA
Segunda - SI 51.5 Quinta - Ec 7.20
A corrupção humana vem desde a Não há ser humano no mundo
concepção no ventre materno que não peque
Terça - SI 58.3 Sexta - Rm 3.10-12
0 pecado vem desde a madre e Todos se extraviaram, não há
acompanha toda a vida humana quem faça 0 bem
Quarta - Is 1.6 Sábado - l Jo 3.4
0 pecado corrompeu a natureza 0 pecado significa iniquidade,
humana na sua totalidade 
L __________________________
transgressão da lei de Deus
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 6 7
L E IT U R A B ÍB L IC A E M C L A S S E
Gênesis 3.1,6,75 Romanos 5.12-14
Gênesis 3
1 - Ora, a serpente era mais astuta que 
todas as alimárias do campo que 0 Senhor 
Deus tinha feito. E esta disse à mulher: 
É assim que Deus disse: Não comereis de 
toda árvore do jardim?
6 - E, vendo a mulher que aquela árvore era 
boa para se comer, e agradável aos olhos, 
e árvore desejável para dar entendimento, 
tomou do seu fruto, e comeu, e deu também 
a seu marido, e ele comeu com ela.
7 - Então, foram abertos os olhos de ambos, 
e conheceram que estavam nus; e coseram 
folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
Romanos 5
12 - Pelo que, como por um homem en­
trou 0 pecado no mundo, e pelo pecado, 
a morte, assim também a morte passou 
a todos os homens, por isso que todos 
pecaram.
13 - Porque até à lei estava 0 pecado no 
mundo, mas 0 pecado não é imputado 
não havendo lei.
14 - No entanto, a morte reinou desde 
Adão até Moisés, até sobre aqueles que não 
pecaram à semelhança da transgressão 
de Adão, 0 qual é afigura daquele que 
havia de vir.
Hinos Sugeridos: 39,192, 491 da Harpa Cristã
PLAN O DE A U LA
1. INTRODUÇÃO
A realidade do pecado é o tema 
da lição desta semana. O ser huma­
no foi criado à imagem e semelhança 
de Deus, conforme a sua santidade 
e perfeição. Contudo, o advento do 
Pecado distorceu essa imagem e es­
tabeleceu graves problemas que per­
passam a história humana. Infeliz- 
mente, houve um movimento dentro 
da Igreja que procurou negar essa 
realidade pecaminosa. Podemos per­
ceber sua influência em nossos dias.
2 . APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Expli­
car a doutrina bíblica do pecado e 
sua extensão; II) Mostrar a heresia 
que nega o advento do pecado; III)
Pontuar 0 perigo dessa heresia para 
a vida do crente e da Igreja.
B) Motivação: O problema do 
advento do pecado não significa que 
não haja esperança para 0 ser hu­
mano. Se ele não mergulhar em seu 
egoísmo, reconhecer que é um pe­
cador e crer no Salvador, ele encon­
trará plena salvação na pessoa ben­
dita de Jesus. Nele, nem tudo está 
perdido para o ser humano.
C) Sugestão de Método: Com o 
propósito de auxiliá-lo para a pre­
paração de sua aula, sugerimos que, 
durante a semana, você leia um ca­
pítulo de um livro de História da 
Igreja a respeito de Pelágio e Agos­
tinho. A CPAD tem como suges­
tão as obras: “ História da Igreja” e 
“ Deus e o seu Povo” . Sugerimos a
6 8 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
leitura desse assunto em uma des­
sas obras para que você aprofunde 
o Tópico II com a classe. Leve para 
a aula os seus apontamentos, talvez 
uma porção do texto de uma dessas 
obras com o objetivo de enriquecer a 
exposição do segundo tópico.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação:Há uma necessi­
dade de conhecermos a nossa base 
doutrinária a fim de não sermos 
atraídos por falsos ensinamentos 
que não honram a Palavra de Deus. 
A falta de conhecimento bíblico 
gera graves problemas doutrinários. 
Consequentemente, os graves pro­
blemas doutrinários geram proble­
mas na vida cristã.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista 
que traz reportagens, artigos, en­
trevistas e subsídios de apoio à Li­
ções Bíblicas Adultos. Na edição 100, 
p.41, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final 
do tópico, você encontrará auxílios 
que darão suporte na preparação de 
sua aula: 1) 0 texto “A Realidade do 
Pecado” , ao final do primeiro tópico, 
aprofunda 0 assunto sobre o pecado; 
2) O texto “Tentação e Queda não são 
coisas míticas ou alegóricas” , logo 
após 0 segundo tópico, aprofunda a 
reflexão da historicidade do pecado.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
0 ser humano criado em santidade 
à imagem de Deus, foi corrompido pelo 
pecado de tal modo que somente em 
Cristo é possível a sua restauração 
a Deus. O capítulo 3 de Gênesis > 
relata como 0 pecado entrou 
na humanidade e, em Ro- 
manos 5, o apóstolo Paulo 
mostra a extensão dessa 
corrupção em todos os seres > 
humanos. A presente lição 
pretende mostrar a origem e a 
dimensão do pecado na humanida­
de e refutar, à luz da Bíblia, as principais 
crenças inadequadas.
I - A DOUTRINA BÍBLICA DO 
PECADO E SUA EXTENSÃO
1. O autor do pecado (Gn 3.1,2). Adão 
podia comer livremente de toda árvore
Palavra-Chave
Pecado
do jardim, mas foi advertido para não 
comer da árvore “da ciência do bem e 
do mal, dela não comerás; porque, no 
dia em que dela comeres, certamente 
morrerás” (Gn 2.17). A Bíblia nos 
v conta que 0 autor do pecado, 
a serpente que enganou Eva, 
é o próprio “diabo e Sata­
nás, a antiga serpente” (Ap 
___ 12.9); o maioral dos demô-
r
nios (Mt 12.24; 25.41). Era 
originalmente o querubim 
ungido, perfeito em sabedo­
ria e formosura (Ez 28.12-15) que 
se rebelou contra Deus e foi expulso 
do céu (Is 14.12-15). Com sua queda, 
vieram com ele os anjos que aderiram 
à rebelião, e uma parte deles continua 
em prisão (2 Pe 2.4; Jd 6). Essa é uma 
possível explicação para a origem dos 
demônios. A intromissão da serpente
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 6 9
no jardim já era o querubim expulso 
agindo por meio dela. Assim, o pecado 
não teve a sua origem no Éden.
2. “Foram abertos os olhos de am­
bos” (Gn 3.7). Quando o casal comeu 
do fruto proibido, ambos perceberam 
que estavam nus, envergonharam-se 
e procuraram se esconder da presença 
de Deus (Gn 3.7,8). Era a ruptura ime­
diata da comunhão com 0 Criador, é a 
morte espiritual, pois morte significa 
separação (Is 59.2). O pecado separa o 
ser humano de Deus. Nessa ocasião, 
ainda no Éden, Deus anunciou a vinda 
do Redentor (Gn 3.15) e, em seguida, 
pronunciou a sentença do casal (Gn 
3.16-19) e à sua posteridade. Foi por 
causa dessa desobediência que 0 pecado 
entrou no mundo e, com ele, a morte 
(Rm 5.12). Esse desastre é conhecido 
como a Queda da humanidade.
3. A consequência da Queda no 
Éden. A Bíblia não mostra como essa 
transmissão do pecado de Adão passou 
a todos os humanos, mas afirma sua 
realidade: “ Pelo que, como por um 
homem entrou o pecado no mundo, e 
pelo pecado, a morte, assim também a 
morte passou a todos os homens, por 
isso que todos pecaram ” (Rm 5.12). 
Essa é a revelação mais contundente 
sobre como a transgressão passou para 
toda a humanidade. Esse pensamento é 
reiterado mais adiante (v.19; l Co 15.49).
4. Extensão do pecado. O pecado se 
estende a todas as pessoas e corrompeu 
na sua totalidade, corpo, alma, espíri­
to (Rm 2.9; 8.10; 2 Co 7.1), intelecto e 
vontade (Is 1.3; Jr 17.9), consciência e 
razão (1 Tm 4.2; Tt 1.15). Tudo isso diz 
respeito à extensão, dos pés à cabeça (Is 
1.5,6) e não se refere à intensidade. O ser 
humano está incapacitado de conhecer a 
Deus por seus próprios esforços. Mas a 
imagem de Deus, no ser humano caído,
não foi erradicada, está desfigurada, 
mas não aniquilada (Gn 9.6; Tg 3.9). Isso 
inclui também o livre-arbítrio, pois os 
pecadores têm liberdade de escolha (Js 
24.15; Jo 7.17; 2 Pe 3-5; Ap 22.17).
SIN OPSE I
O pecado não teve sua origem 
no Éden, mas em Satanás, a 
antiga serpente.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
REALIDADE DO PECADO
“A raça humana está ligada a 
Deus mediante a fé na sua palavra 
como a verdade absoluta. Satanás, 
porque sabia disso, procurou des­
truir a fé que Eva tinha no que Deus 
dissera, causando dúvidas contra 
a palavra divina. Satanás insinuou 
que Deus não estava falando sério 
no que dissera ao casal. Noutras pa­
lavras, a primeira mentira proposta 
por Satanás foi uma forma de anti- 
nominianismo, negando o castigo da 
morte pelo pecado e apostasia. Um 
dos pecados capitais da humanida­
de é a falta de fé na Palavra de Deus. 
É admitir que, de certo modo, Deus 
não fala sério sobre o que Ele diz da 
salvação, da justiça, do pecado, do 
julgamento e da morte. A mentira 
mais persistente de Satanás é que 0 
pecado proposital e a rebelião con­
70 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
tra Deus, sem arrependimento, não 
causarão, em absoluto, a separação 
de Deus e a condenação eterna.
Satanás, desde o princípio da 
raça humana, tenta os seres hu­
manos a crer que podem ser seme­
lhantes a Deus, inclusive decidindo 
por contra própria o que é bom e o 
que é mau. Os seres humanos, na 
sua tentativa de serem ‘como Deus’ , 
abandonam o Deus onipotente e daí 
surgem os falsos deuses. O ser hu­
mano procura, hoje, obter conheci­
mento moral e discernimento ético 
partindo de sua própria mente e 
desejos, e não da Palavra de Deus. 
Porém, só Deus tem o direito de de­
terminar aquilo que é bom ou mau” 
(Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio 
de Janeiro: CPAD, 1995, pp.34-36).
II - A HERESIA QUE N EGA O 
ADVEN TO DO PECADO 
l. O Pelagianismo. O Pelagianismo 
é a heresia mais antiga na história da 
igreja no tocante à pecaminosidade no 
gênero humano. O nome vem de Pelá- 
gio, monge erudito britânico (360-420) 
que se transferiu para Roma em 409. 
Foi contemporâneo de Agostinho de 
Hipona (354- 430).
a) Conteúdo doutrinário. A princípio, a 
sua doutrina teve acolhida popular e não 
era considerada herética porque parecia 
se tratar de um assunto meramente ético 
e não teológico. A controvérsia não foi 
desencadeada com 0 próprio Pelágio, mas 
com Celéstio, jurista romano de origem 
britânica, um dos principais porta-vo­
zes das idéias pelagianas. A fonte da 
doutrina pelagiana são os escritos dos 
seus oponentes, não existe nada da lavra
do próprio Pelágio. O que se sabe, com 
certeza, sobre a sua teologia se resume 
nisto: o ser humano não nasce em pe­
cado, a transgressão de Adão não afeta 
diretamente os outros, não existe pecado 
original, não existe a corrupção geral do 
gênero humano. Esses são alguns pontos 
do pensamento deles. O Pelagianismo foi 
condenado no Concilio de Éfeso em 431.
b) Resposta bíblica. O Pecado Original 
é aquele que veio da Queda de Adão, a 
Bíblia afirma que a transgressão de Adão 
levou toda a humanidade ao pecado e 
isso é uma verdade bíblica (Rm 5.12). 
Esse homem pelo qual o pecado se es­
tendeu à toda humanidade é Adão (Rm 
5.14). A evidência incontestável dessa 
transmissão do pecado de Adão para a 
sua posteridade é a morte (Rm 5.12b). A 
corrupção do gênero humano é um fato 
incontestável revelado nas Escrituras (SI 
51.5; Is 1.5,6; Rm 3.10-12) e confirmado 
na própria experiência humana.
2. A morte de Jesus em favor dos 
pecadores. Por essa razão, o Alcorão 
nega a crucificação e a morte de Jesus. 
Com esse argumento, conclui que não 
havia necessidade de Jesus morrer pe­
los pecados da humanidade, por isso o 
Alcorão rejeita 0 sacrifício de Jesus. A 
cruz de Cristo sempre foi um escândalo 
para 0 mundo, uma ofensa para os que 
estão nas trevas (1 Co 1.23).
SINOPSE II
O Pelagianism o éa heresia que 
nega a realidade do advento do 
Pecado.
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 7 1
AU X ÍLIO TEO LÓGICO
“ TENTAÇÃO E QUEDA NÃO SÃO 
COISAS MÍTICAS OU ALEGÓRICAS
A história bíblica descreve como 
o pecado tomou-se uma realidade 
na vida da humanidade quando uma 
criatura extraordinária e espiritu­
al se materializou numa ‘serpente’ 
(Gn 3.1-7) para enganar as mais be­
las criaturas da terra, 0 homem e a 
mulher. Essa criatura é denominada 
em outras passagens como ‘a anti­
ga serpente’ , 0 ‘Diabo’ e ‘Satanás’ 
(Ap 12.9; 20.2). Foi essa criatura que 
pecou desde o princípio e se tomou 
inimiga da criação de Deus e origi­
nou a catástrofe cósmica. [...]
Tem havido a tentativa de pseu­
do-teólogos tornarem o relato es- 
criturístico da tentação e a Queda 
como algo alegórico. Não há qual­
quer linguagem figurada em Gê­
nesis 3 que negue 0 fato histórico 
relatado naquela passagem. No de­
senrolar da tentação, Satanás apelou 
aos apetites que poderiam dar a Eva 
0 prazer de fazer sua própria vonta­
de em desobediência do Criador. Sa­
tanás apelou aos sentidos egoísticos 
de Eva e ela deu ouvidos ao tenta­
dor em vez de rejeitar e expulsar 0 
tentador que visava levá-la a deso­
bedecer a Deus (Gn 3-1- 3). Satanás 
levou o casal a duvidar da veracida­
de de Deus insinuando que o Criador 
estaria tirando deles o direito de co­
nhecer coisas mais sublimes. Adão e 
Eva, então, pecaram e deixaram que 
seus corações fossem corrompidos 
e afetasse seus apetites naturais” 
(GILBERTO, Antônio, et al. Teologia 
Sistemática Pentecostal. Rio de Ja­
neiro: CPAD, p.312).
III - O PERIGO DESSA HERESIA 
PARA A V ID A DO CRENTE E DA 
IGREJA
1. Pensamentos pelagianistas em 
nossos dias. Essas idéias estão ainda 
hoje nas religiões reencarnacionistas 
que negam a Queda do Éden. O movi­
mento religioso denominado Ciência 
Cristã nega a existência do pecado; no 
Mormonismo, a transgressão de Adão 
não passou para a raça humana, cada 
pessoa é responsável somente pelos seus 
próprios pecados. Devemos conhecer 
bem aquilo em que nós cremos e também 
o ponto de vista do outro para sabermos 
conversar. Essas pessoas estão entre 
nós no dia a dia, e importa saber como 
identificar a teologia antibíblica delas 
como também apresentar o Evangelho 
que as conduza à salvação porque Jesus 
morreu por elas também (Jo 3.16; l Co 
15.3; 1 Tm 1.15). E nessa missão, temos 
a ajuda do Espírito Santo (Lc 12.12).
2. O perigo. Quando as pessoas não 
conhecem bem as crenças e as práti­
cas de sua igreja, terminam atraídas 
facilmente por ensinos diferentes, que 
às vezes lhes parece correto, e por isso 
nem examinam seus fundamentos (1 Ts 
5.21; 1 Jo 4.1). O analfabetismo bíblico 
é o drama do século que tem levado 
essas pessoas para o erro doutrinário.
SINOPSE III
Os pensam entos pelagianistas 
podem ser percebidos por meio 
das religiões reencarnacionis­
tas, da Ciência Cristã, do m or­
monismo.
72 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
CONCLUSÃO
Mesmo nesse estado de corrupção 
total, nem tudo está perdido, há espe­
rança. Desde a Queda de Adão no Éden, 
Deus tem demonstrado seu amor e
cuidado com a posteridade do primeiro 
casal. Deus não nos abandonou. Em 
seu amor e misericórdia, “nos vivificou 
juntamente com Cristo (pela graça sois 
salvos)” (Ef 2.5).
REVISANDO O CON TEÚDO
1. Quem é o autor do pecado?
A Bíblia nos conta que 0 autor do pecado, a serpente que enganou Eva, é o 
próprio “ diabo e Satanás, a antiga serpente” .
2. Qual a passagem bíblica mais contundente que mostra que herdamos a 
transgressão de Adão?
“ Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, 
a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que 
todos pecaram” (Rm 5.12).
3. Em que se resume o Pelagianismo?
O ser humano não nasce em pecado, a transgressão de Adão não afeta dire­
tamente os outros, não existe pecado original, não existe a corrupção geral 
do gênero humano.
4. Qual a evidência incontestável da transmissão do pecado de Adão para 
toda a humanidade?
A evidência incontestável dessa transmissão do pecado de Adão para a sua 
posteridade é a morte (Rm 5.12b).
5. Quais grupos religiosos representam hoje algumas das idéias do pela­
gianismo?
As religiões reencarnacionistas, Ciência Cristã e mormonismo.
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 7 3
LIÇÃO 11
16 de Março de 2025
A SALVAÇÃO NÃO 
É OBRA HUMANA
\
TEXTO ÁUREO
“Não pelas obras de justiça 
que houvéssemos feito, mas, 
segundo a sua misericórdia, 
nos salvou pela lavagem da 
regeneração e da renovação do 
Espírito Santo.” (Tt3.5)
r ~
VERDADE PRÁTICA
A salvação é um ato da graça 
soberana de Deus pelo mérito 
de Jesus Cristo e não vem das 
obras humanas.
V J
L E IT U R A D IÁ R IA
Segunda - SI 49.7-9 Quinta - Rm 5.1
Não há recurso humano que possa A fé em Jesus é suficiente para a
salvar 0 ser humano salvação
Terça - SI 146.3 Sexta - Gl 2.16
Somente em Deus há salvação Ninguém é salvo pelas obras da lei
Quarta - Jo 3.16 Sábado - Jo 1.17
Jesus Cristo é 0 único Salvador do A graça e a verdade vieram por
mundo
L ___________________________
Jesus Cristo
____________________________Â
7 4 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
L E IT U R A B ÍB L IC A E M C L A S S E
Efésios 2.1-10
1 - E vos vivificou, estando vós mortos 
em ofensas e pecados,
2 - em que, noutro tempo, andastes, segun­
do o curso deste mundo, segundo o príncipe 
das potestades do ar, do espírito que, agora, 
opera nos filhos da desobediência;
3 - entre os quais todos nós também, 
antes, andávamos nos desejos da nossa 
carne, fazendo a vontade da carne e dos 
pensamentos; e éramos por natureza filhos 
da ira, como os outros também.
4 - Mas Deus, que é riquíssimo em mi­
sericórdia, pelo seu muito amor com que 
nos amou,
5 - estando nós ainda mortos em nossas 
ofensas, nos vivificou juntamente com 
Cristo (pela graça sois salvos),
6 -enos ressuscitou juntamente com ele, 
e nos fez assentar nos lugares celestiais, 
em Cristo Jesus;
7 - para mostrar nos séculos vindouros 
as abundantes riquezas da sua graça, 
pela sua benignidade para conosco em 
Cristo Jesus.
8 - Porque pela graça sois salvos, por 
meio da fé; e isso não vem de vós; é dom 
de Deus.
9 - Não vem das obras, para que ninguém 
se glorie.
10 - Porque somos feitura sua, criados 
em Cristo Jesus para as boas obras, as 
quais Deus preparou para que andás­
semos nelas.
Hinos Sugeridos: 156, 227, 535 da Harpa Cristã
PLAN O DE A U LA
1. INTRODUÇÃO
A lição desta semana traz 0 ensino 
bíblico a respeito da salvação. Nela, 
reafirmamos a afirmação bíblica da 
salvação pela graça mediante a fé em 
Cristo. Isso significa que a salvação 
se revela por meio da graça de Deus 
manifestada em Cristo Jesus, nosso 
Senhor. Ao mesmo tempo, também 
analisaremos algumas visões a res­
peito da salvação que contradizem 0 
ensino bíblico. Veremos o quanto es­
sas visões soteriológicas distorcidas 
são prejudiciais à vida cristã e que, 
por isso, podem trazer muitos pre­
juízos espirituais.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Ensinar 
a respeito da doutrina da salvação 
sob a graça de Deus; II) Elencar en­
sinos inadequados sobre a salvação 
na antiguidade; III) Correlacioná- 
-los aos ensinos inadequados sobre 
a salvação na atualidade.
B) Motivação: Há ensinos a res­
peito da salvação que defendem uma 
ideia de redenção como um processo 
evolutivo da vida em que a ênfase 
recai no esforço próprio. Vemos isso 
nas religiões reencarnacionistas. Há 
também os legalistas, que atribuem 
a salvação à observação rigorosa da
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 7 5
lei, também mediante ao esforço 
próprio, como nos judaizantes. O 
fato é que a Bíblia nos mostra que 
a salvação é pura graça de Deus co­
municada a nós por intermédio do 
Espírito Santo, que nos convence do 
pecado, da justiça e do juízo.
C) Sugestão de Método: Para in­
troduzir o último tópico da presentelição, sugerimos que você crie uma 
tabela com a presença das três vi­
sões sobre salvação conforme des­
critas na lição: Islamismo, Teste­
munhas de Jeová e Mormonismo. 
Apresente essa tabela no projetor 
ou diretamente na lousa. À medida 
que você for apresentando as visões 
inadequadas da salvação, apresente 
o contraponto bíblico conforme ex­
plicado no primeiro tópico. Afirme a 
relevância do ensino bíblico preser­
var a iniciativa amorosa de Deus em 
salvar o ser humano (Jo 3.16).
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Somente pela gra­
ça de Deus é possível nos aproximar
dEle, amá-lo e viver segundo a sua 
vontade. Para esse processo se tornar 
real em nossas vidas, temos o auxílio 
do Espírito Santo para nos conduzir 
de acordo com os propósitos de Deus.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista 
que traz reportagens, artigos, en­
trevistas e subsídios de apoio à Li­
ções Bíblicas Adultos. Na edição 100, 
p.41, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do 
tópico, você encontrará auxílios que 
darão suporte na preparação de sua 
aula: 1) O texto “Como a Morte de 
Jesus Pode Trazer o Perdão?” , logo 
após o primeiro tópico, aprofunda 
a obra salvífica de Cristo mediante 
a graça de Deus; 2) O texto “Alá É 
Idêntico ao Deus Pai de Nosso Se­
nhor Jesus Cristo?” , ao final do ter­
ceiro tópico, aprofunda a distinção 
entre Islamismo e Cristianismo.
COMENTÁRIO
A
INTRODUÇÃO
O apóstolo Paulo mostra nessa Leitu­
ra Bíblica em Classe o contraste entre o 
estado espiritual da miséria humana 
e a restauração à comunhão 
com Deus. Além disso, deixa 
claro a impossibilidade de 
qualquer pessoa angariar 
a salvação por meio de seu 
próprio esforço, e até mes­
mo, de desejar a salvação ou 
sentir a necessidade de Deus, 
senão por intervenção divina 
direta, por meio do Espírito Santo.
Palavra-Chave
Salvação
I - A SALVAÇÃO SOB A GRAÇA 
DE DEUS
1. A descrição do estado espiritual 
humano (vv. 1-3). O relato da con- 
dição pecaminosa da natureza 
humana confirma a exten- 
B v são da corrupção do gênero 
humano, estudado na lição 
anterior. O apóstolo emprega 
algumas expressões para 
reforçar a dura realidade do 
pecado: “mortos em ofensas e 
pecados” (v. 1); andar “segundo o 
curso deste mundo” (v. 2); “segundo 0
7 6 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
vv
Por ‘morte espiritual,’ a Bíblia 
quer dizer que a humanidade 
caída está separada de Deus 
(Is 59.2) e não significa ani- 
quilação espiritual total.”
príncipe das potestades do ar” (v. 2.b); 
“do espírito que, agora, opera nos filhos 
da desobediência” (v. 2c); “andávamos 
nos desejos da nossa carne” (v. 3); “éra­
mos por natureza filhos da ira” (v. 3b). 
É uma triste fotografia da raça humana.
2. Mortos em ofensas e pecados (vv. 
l, 5). As expressões “E vos vivificou” 
(v. 1) e “ nos vivificou juntamente com 
Cristo” (v. 5) revelam a ação do Espírito 
Santo em favor dos pecadores, que a 
salvação só é possível mediante a graça 
de Deus, e sem ela ninguém pode ser 
salvo (w. 4, 5). Mas há algo que precisa 
ser esclarecido, as expressões “mortos 
em ofensas e pecados” (v. 1) e “mortos 
em nossas ofensas” (v. 5) não devem ser 
entendidas literalmente por se tratar 
de uma metáfora, uma das figuras de 
linguagem para descrever 0 estado da 
queda espiritual. Por “morte espiritual”, 
a Bíblia quer dizer que a humanidade 
caída está separada de Deus (Is 59.2) e 
não significa aniquilação espiritual total.
3. A exegese dos versículos 8-10. 
Essa passagem bíblica elimina qualquer 
interpretação ou tentativa da salvação 
com ajuda humana ou de qualquer esforço 
adicional para completar a obra de Cristo. 
O termo “graça” significa literalmente 
“favor imerecido”, 0 favor divino do qual 
não somos merecedores. A salvação é pela
graça de Deus mediante a fé em Jesus 
e não vem das obras, pois não se trata 
de uma recompensa. Uma boa exegese 
esclarece que a expressão “isto é dom de 
Deus” se refere à salvação pela graça e 
não à fé. Como afirma o respeitado eru­
dito da língua grega, A. T. Robertson: “a 
graça é a parte de Deus e a fé é a nossa”. 
De modo, como dizia Norman Geisler, “a 
fé é o meio e a salvação é o fim. O meio 
vem antes do fim”.
SIN OPSE I
O ensino bíblico sobre a salva­
ção descreve o real estado do 
ser hum ano caído em pecado e 
ofensas. Por isso, só a graça de 
Deus pode salvá-lo.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“ COMO A MORTE DE JESUS 
PODE TRAZER O PERDÃO?
As Escrituras ensinam que toda 
a humanidade está manchada e cor­
rompida pelo pecado, tanto por cau­
sa do pecado de nosso antepassado, 
Adão (Rm 5.12- 21), como porque 
nós mesmos somos todos pecadores 
(Ef 2.1-3). Deus, como 0 justo Juiz, 
não pode ignorar o pecado, e não o 
fará, uma vez que o pecado viola a 
sua natureza e traz destruição para 
0 mundo perfeito que Ele criou. [...] 
O Novo Testamento nos fala que a 
morte de Jesus propiciou 0 perdão, 
pelo menos de três maneiras. Em
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 7 7
primeiro lugar, a morte de Jesus foi 
um sacrifício pelos nossos pecados. 
Cristo cumpre o sistema de sacrifí­
cios do Antigo Testamento, sendo, 
ao mesmo tempo, sumo sacerdote e 
sacrifício (Hb 5-10). [...]
Em segundo lugar, 0 Novo Tes­
tamento fala sobre a morte de Cristo 
como uma ‘propiciação’ pelos nossos 
pecados (Rm 3.21-26). Esta palavra, 
hilasmos, tem o significado de ‘uma 
oferta que satisfaz a ira de Deus pelo 
pecado’ , todavia, notavelmente, o 
próprio Deus fornece esta oferta. 
Quando Jesus morreu na cruz, cla­
mou: ‘Deus meu, Deus meu, por que 
me desamparaste?’ (Mt 27.46).
[...] Em terceiro lugar, e rela­
cionado aos dois aspectos já men­
cionados, a Bíblia fala sobre a mor­
te de Cristo como uma substituição. 
Jesus não veio para ser servido, 
mas para servir e “ dar a sua vida 
em resgate de muitos” (Mc 10.45). 
Jesus “ se deu a si mesmo por nos­
sos pecados, para nos livrar do pre­
sente século mau” (G1 1.4)” (Bíblia 
de Estudo Apologética Cristã. í.ed. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.1878).
II - SOTERIOLOGIAS INADE­
QUADAS NA ANTIGUIDADE 
1. Os reencarnacionistas. Com 0 termo 
“soteriologia” nos referimos aos diversos 
ensinos religiosos inadequados sobre a 
salvação. O primeiro deles é a doutrina 
da reencarnação, tão antiga quanto a 
humanidade, originária do Hinduísmo, 
mas presente também no Budismo, no 
Jainismo e no Sikhismo. É defendida, 
pelos Hare Krishnas, kardecistas e mui­
tos outros. Os adeptos da doutrina da
vv
Sabemos da existência 
do mal, proveniente 
de Satanás, mas não 
admitimos que o Diabo 
tenha poder suficiente para 
medir força com Deus
reencarnação têm em comum a busca 
da perfeição por meio de um progresso 
evolutivo até que esses ciclos da roda de 
renascimento parem de girar. Em resumo: 
a salvação pelo seu próprio esforço e sem 
Jesus. Trata-se de uma crença antibíblica 
(SI 78.39; Hb 9.27; Jo 9-1-3).
2. Os galacionistas. É 0 nome dado 
aos legalistas judaizantes opositores do 
apóstolo Paulo na província da Galácia 
(G1 1.7). Esses judeus convertidos ao 
Cristianismo queriam que os gentios 
observassem a Lei de Moisés como con­
dição para salvação (At 15.1). A verdade 
bíblica é que “pelas obras da lei nenhuma 
carne será justificada” (G1 2.16).
3. Os gnósticos. No campo soterioló- 
gico, eles apregoavam uma visão dualista 
do universo, 0 maniqueísmo. O que é isso? 
Fundado por Mâni (216-276), na Pérsia, 
atual Irã, seu ensino era que 0 “universo 
é composto do reino das trevas e do rei­
no da luz e os dois lutam pelo domínio 
da natureza e do próprio ser humano”. 
Desse modo, o ser humano, para ser 
salvo, precisa se libertar da prisão do 
mundo e de seus poderes planetários, 
e essa libertação só é possível por meio 
de um conhecimento místico, gnõsis, 
uma espécie de iluminação espiritual 
limitada aos “espirituais”. Os demais são
7 8 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO - MARÇO 2025
pessoas materiais e não podem receber 
esseconhecimento. De fato, sabemos da 
existência do mal, proveniente de Sa­
tanás, mas não admitimos que o Diabo 
tenha poder suficiente para medir força 
com Deus e o seu Filho, Jesus Cristo (Jó 
1.12; 2.6, Mc 5.7-13). A salvação é para 
todas as pessoas (At 17.30; Tt 2.11).
SINOPSE II
As soterio logias inadequadas 
na A ntiguidade passam pelas 
reen carnacionistas, g a la cio - 
n istas e gn ósticas.
III - AS SOTERIOLOGIAS INA­
DEQUADAS DE HOIE
1. O Islamismo. Segundo essa reli­
gião, se as boas ações superarem as más, 
tal pessoa irá para o paraíso (Alcorão 
13.22.23). Eles ensinam ainda que Allah 
não ama os pecadores, mas somente os 
piedosos: “Allah não ama os agressores... 
Allah não ama a nenhum ingrato peca­
dor” (Alcorão 2.190, 276). Esta é uma das 
24 vezes que 0 Alcorão afirma que Allah 
não ama os pecadores. Na concepção dos 
islâmicos, não há necessidade de expia- 
ção, logo, não existe salvação como no 
sistema cristão. A salvação no contexto 
deles é por mérito, pelas obras. Mas, à 
luz da Bíblia, 0 pecador recebe a vida 
eterna a partir do momento que passa 
a crer, no coração, que Deus ressuscitou 
Jesus dentre os mortos e confessa publi­
camente o nome de Jesus (Rm 10.9,10).
2. As Testemunhas de Jeová. A sal­
vação não está em Cristo, mas na orga-
vv
O pecador recebe a 
vida eterna a partir do 
momento que passa a crer, 
no coração, [...] e confessa 
publicamente o nome de 
Jesus.”
nização religiosa delas, diferente do que 
ensina a Bíblia (Jo 14.6). Existem dois 
grupos de salvos, um que tem direito 
ao céu, restrito a 144.000, a “classe dos 
ungidos” ; outro grupo, a “ classe da 
grande multidão” e a que vai herdar a 
terra, segundo a teologia do movimento. 
Seus teólogos ensinam que as Testemu­
nhas de Jeová, que pertencem à “classe 
da grande multidão”, não são filhos de 
Deus, não pertencem a Cristo, não têm 
0 Espírito Santo, Jesus não é 0 Mediador 
delas nem têm esperança de salvação. A 
Bíblia nos ensina que não existe cristão 
sem 0 Espírito Santo (Rm 8.9) e que “Mas 
a todos quantos o receberam deu-lhes 
o poder de serem feitos filhos de Deus: 
aos que creem no seu nome” (Jo 1.12).
3. O M ormonismo. Os mórmons 
creem numa salvação geral, em que os 
não mórmons são castigados e depois 
liberados para a salvação, e numa pers­
pectiva individual, em que a salvação é 
obtida pela fé em Jesus e pela obediência 
às leis e às ordenanças. Eles consideram 
ordenanças, segundo os artigos 3 e 4 das 
Regras de Fé, fé em Jesus, arrependi­
mento, batismo por imersão e imposição 
de mãos, mas há outros requisitos. Um 
deles é aceitar Joseph Smith Jr. como 
porta-voz de Deus. Tal ensino, no entan­
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 7 9
to, diverge das Escrituras, pois elas nos 
ensinam que o Senhor Jesus não precisa 
de co-salvador. A Bíblia ensina que Ele 
é o único Salvador (Jo 14.6; At 4.12). A 
salvação não é por mérito humano, nin­
guém pode ser salvo pelas boas obras, 
mas somente pela graça, mediante a 
fé (Tt 3.5; Ef 2.8,9). Existe apenas uma 
salvação, e ela está à disposição de todos 
os seres humanos (Tt 2.11; Jd 3).
SINOPSE III
O Islam ism o, as Testem u­
nhas de Jeová e o M orm onism o 
apresentam uma doutrina da 
salvação inadequada em nos­
sos dias.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“ALÁ É IDÊNTICO AO DEUS 
PAI DE NOSSO SENHOR JESUS 
CRISTO?
Esta é uma pergunta difícil, es­
pecialmente na língua inglesa. Lin- 
guisticamente, quem quer que use 0 
termo ‘Deus’ está basicamente di­
zendo a mesma coisa: estará se refe­
rindo ao Criador não criado do uni­
verso. Assim, muçulmanos, judeus, 
cristãos, hindus e todos os demais 
estão se referindo ao Senhor do uni­
verso quando usam a palavra ‘Deus’ .
Com relação ao Islamismo, as 
similaridades entre Alá e Jeová são 
maiores, por dois motivos: (1) O isla­
mismo é adepto do monoteísmo, que
significa “um só Deus” , exatamente 
como o Cristianismo e o Judaísmo, e 
(2) Maomé usou muitas das pesso­
as citadas na Bíblia, quando criou o 
Corão, como Noé (Surah 6.84), Jacó 
(Surah 2.132) e Jesus (Surah 3.45-47). 
As similaridades, todavia, terminam 
aqui. Pense no Islamismo como uma 
forma de “mormonismo medieval” . 
Como o mormonismo, o Islamismo 
está baseado na premissa equivo­
cada de que a descrição que a Bíblia 
apresenta de Deus e de Jesus Cristo 
é incorreta. Como 0 mormonismo, o 
Islamismo ensina que tanto o Cris­
tianismo como 0 Judaísmo são falsas 
religiões, e que 0 Islamismo, por meio 
do Corão, é a única fé verdadeira.
[...] Em resumo, podemos afir­
mar 0 seguinte: o Islamismo rejeita 
a paternidade de Deus, a divinda­
de do Filho e a pessoa do Espíri­
to Santo. Não podemos modificar 
a natureza do Deus da Bíblia sem 
modificar 0 “ deus” que estamos 
apresentando. Não é o mesmo 
Deus” (Bíblia de Estudo Apolo- 
gética Cristã. í.ed. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2017, p.1866).
CONCLUSÃO
Entendemos que somente pela graça 
é possível chegar-se a Deus, e isso é um 
ato soberano de sua graça e bondade. É a 
misericórdia divina que leva as pessoas 
ao arrependimento (Rm 2.4). Graça não 
é mérito, e nem 0 ato de 0 pecador rece­
ber a dádiva divina se constitui mérito 
pessoal. Mas Deus disponibilizou a sua 
graça para todos os seres humanos e 
não para uns poucos escolhidos. A Bíblia 
ensina que a salvação é para todos.
8 0 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
REVISANDO O CON TEÚDO
1. O que a Bíblia quer dizer quando fala de “ morte espiritual” ?
Por “ morte espiritual” , a Bíblia quer dizer que a humanidade caída está se­
parada de Deus (Is 59.2) e não significa aniquilação espiritual total.
2. O que esclarece uma boa exegese sobre a expressão, “ isto é dom de Deus” ? 
Uma boa exegese esclarece que a expressão “ isto é dom de Deus” se refere 
à salvação pela graça e não à fé.
3. Quais os três principais movimentos dos primeiros séculos cuja soterio- 
logia é inadequada?
As reencarnacionistas, galacionistas e os gnósticos.
4. Quais as três soteriologias inadequadas de hoje?
O Islamismo, as Testemunhas de Jeová e o Mormonismo.
5. O que ensinam os teólogos das Testemunhas de Jeová sobre a “classe da 
grande multidão” ?
Seus teólogos ensinam que as Testemunhas de Jeová, que pertencem à 
“ classe da grande multidão” , não são filhos de Deus, não pertencem a Cris­
to, não têm 0 Espírito Santo, Jesus não é 0 Mediador delas nem têm espe­
rança de salvação.
LEITU RAS PARA APROFU N DAR
0
TEO
LO G IA
SISTEMÁTICA
EURICOBERGSTEN
Teologia Sistem ática 
(Eurico Bergstén)
O autor expressa seus conhecimentos 
através de um valioso ensino bíblico 
que faz-nos conhecer a pessoa de Deus 
e sua vontade para com os homens. 
Trata-se de um clássico manual de 
doutrina bíblica pentecostal que tem 
capacitado muitos obreiros no Brasil.
Teologia Sistem ática 
Pentecostal
Essa obra aborda temas como: 
Eclesiologia, Angelologia, 
Soteriologia e muito mais. Escrita 
pelos principais expoentes da 
doutrina pentecostal brasileira. 
Uma ótima fonte de aprendizado e 
conhecimento doutrinário.
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 8 l
23 de Março de 2025
A IGREJA TEM UMA NATUREZA 
ORGANIZACIONAL
\
TEXTO ÁUREO
“Por esta causa te deixei em 
Creta, para que pusesses em 
boa ordem as coisas que ainda 
restam e, de cidade em cidade, 
estabelecesses presbíteros, 
como já te mandei(Tt 1.5)
V__________________________
r ~
VERDADE PRÁTICA
A Igreja é um organismo vivo de 
natureza espiritual e, ao mesmo 
tempo, uma organização.
_________________________)
L E IT U R A D IÁ R IA
Segunda - At 14.23 Quinta - 1 Co 5.2-5
Uma reunião de ministério para “Comissão de Ética” na igreja de
consagração de presbíteros Corinto
Terça - At 15.6 Sexta - 1 Co 16.1,2
0 primeiro concilio para tratar de “Tesouraria” para cuidar das
assuntos doutrinários finanças
Quarta - Rm 15.25-27 Sábado - Rm 16.1,2
0 apóstolo Paulo se envolvia em Carta de recomendação e a
campanhas pela ação social 
L __________________________
“ secretaria” da igreja 
____________________________ Â
82 LIÇÕESBÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
L E IT U R A B ÍB L IC A E M C L A S S E
Tito 1.1-9
1 - Paulo, servo de Deus e apóstolo de 
Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de 
Deus e o conhecimento da verdade, que é 
segundo a piedade,
2 - em esperança da vida eterna, a qual 
Deus, que não pode mentir, prometeu antes 
dos tempos dos séculos,
3 - mas, a seu tempo, manifestou a sua 
palavra pela pregação que mefoi confiada 
segundo o mandamento de Deus, nosso 
Salvador,
4 - a Tito, meu verdadeiro filho, segundo 
a fé comum: graça, misericórdia e paz, 
da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus 
Cristo, nosso Salvador.
5 - Por esta causa te deixei em Creta, para 
que pusesses em boa ordem as coisas que
ainda restam e, de cidade em cidade, esta­
belecesses presbíteros, como já te mandei:
6 - aquele que for irrepreensível, marido 
de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que 
não possam ser acusados de dissolução 
nem são desobedientes.
7 - Porque convém que o bispo seja irre­
preensível como despenseiro da casa de 
Deus, não soberbo, nem iracundo, nem 
dado ao vinho, nem espancador, nem 
cobiçoso de torpe ganância;
8 - mas dado à hospitalidade, amigo do 
bem, moderado, justo, santo, temperante,
9 - retendo firme afiei palavra, que é con­
forme a doutrina, para que seja poderoso, 
tanto para admoestar com a sã doutrina 
como para convencer os contradizentes.
F Í J Hinos Sugeridos: 53, 247, 482 da Harpa Cristã
PLAN O DE A U LA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a pers­
pectiva bíblica a respeito da natu­
reza orgânica e organizacional da 
Igreja de Cristo. Esta é, ao mesmo 
tempo, um organismo vivo e uma 
organização constituída de múlti­
plos ministérios a fim de que a cau­
sa do Reino de Deus seja atendida. 
Por isso, a partir do ensino bíblico 
a respeito da natureza da Igreja, 
teremos a oportunidade de refletir 
sobre o contexto atual que muitos 
procuram negar a natureza orga­
nizacional do Corpo de Cristo como 
se houvesse uma impossibilidade de 
conjugar organismo e organização.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Analisar 
a atuação pastoral de Tito na Ilha de 
Creta; II) Reconhecer a institucio- 
nalidade bíblica da Igreja; III) Dia­
logar com a realidade atual a partir 
do texto bíblico.
B) Motivação: A Igreja é uma 
instituição divina, criada por Deus 
e edificada por Cristo para ser um 
testemunho vivo do Reino de Deus 
dentro deste mundo. Por isso, essa 
instituição torna-se tanto orgânica 
quanto organizacional. Sua origem 
não é deste mundo, mas sua atua­
ção se encontra exatamente neste 
mundo.
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 8 3
C) Sugestão de Método: Para in­
troduzir a aula desta semana, inicie 
perguntando o que a classe enten­
de sobre organismo e organização. 
Ouça as respostas com atenção e, 
em seguida, pergunte se é possível 
haver conciliação entre organismo 
e organização. Pergunte também se 
o organismo anula a organização ou 
se a organização anula o organismo. 
Após consolidar essa pequena ativi­
dade reflexiva, anuncie que a lição 
desta semana tem como propósito 
correlacionar, do ponto de vista bí­
blico, o equilíbrio entre organismo e 
organização na Igreja de Cristo.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Organismo e orga­
nização não são excludentes em si. 
Como membros da Igreja de Cristo, 
devemos o equilíbrio bíblico de ser
uma igreja orgânica e viva de modo 
que a sua organização honre a Bíblia 
e a natureza do Reino de Deus.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista 
que traz reportagens, artigos, en­
trevistas e subsídios de apoio à Li­
ções Bíblicas Adultos. Na edição 100, 
p.42, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do 
tópico, você encontrará auxílios que 
darão suporte na preparação de sua 
aula: 1) O texto “Ordem na igreja em 
Creta” , logo após 0 primeiro tópi­
co, destaca a importância da orga­
nização e da disciplina na Igreja; 2) 
O texto “A Ida de Tito para Creta” , 
ao final do segundo tópico, aborda a 
importância de uma boa liderança.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A Bíblia apresenta a Igreja como cor­
po espiritual de Cristo, um orga­
nismo vivo com suas reuniões 
em torno do Senhor Jesus e 
suas ordenanças. Por outro 
lado, é também uma orga­
nização, congregação ou 
assembléia, com sua forma 
de governo. A presente lição ^ 
pretende mostrar a natureza 
organizacional da Igreja.
I - TITO E A S IGREJAS N A 
ILH A DE CRETA
1. Tito (v.4). O apóstolo escreveu a 
Tito, estando ele em Nicópolis, na costa 
oeste da Grécia, ou mais provavelmente,
a caminho dessa região, pois ele afirma 
“deliberei invernar ali”, e não “aqui”. 
Como as Epístolas a Timóteo, a de 
Tito traz importantes diretrizes 
para os pastores em todos 
os lugares e épocas. Tito é 
chamado de “verdadeiro fi­
lho” do apóstolo Paulo (1.4), 
expressão que o apóstolo 
também usa para Timóteo 
(1 Tm 1.2). Tito era grego (G1
2.3), convertido provavelmente em 
Antioquia. Seu nome não é mencionado 
em Atos dos Apóstolos, mas aparece nove 
vezes em 2 Coríntios, duas em Gálatas 
(2.1,3), uma em 2 Timóteo (4.10) e na 
epístola que lhe fora destinada, que traz 
o seu nome. Foi companheiro do apóstolo 
Paulo em suas viagens missionárias, e
8 4 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
ajudou o apóstolo em Roma (2 Tm 4.10) 
e em Nicópolis (Tt 3.12).
2. O pastor de Creta (v. 5). Foi cons­
tituído pastor da ilha Creta pelo apóstolo 
Paulo para colocar “em boa ordem as 
coisas que restam” e, também, para 
estabelecer presbíteros de cidade em 
cidade. Os relatos de Atos omitem esse 
trecho do itinerário de Paulo. Ele passou 
por Creta durante a sua quarta vigem, 
da condição de prisioneiro com destino a 
Roma, num local chamado “bons portos” 
(At 27.8), pelo que parece não foi nessa 
ocasião que ele deixou Tito em Creta.
3. Creta. Em 67 a.C., Roma anexou 
a ilha de Creta ao seu império, unin- 
do-a a Cirene, no Norte da África, nos 
termos da Líbia, como uma só provín­
cia. A situação espiritual de Creta era 
desanimadora porque a igreja estava
desorganizada, e 0 grande descuido 
no comportamento daqueles crentes é 
denunciado no capítulo 2. Parece que o 
relaxamento espiritual era consequência 
de um desleixo natural, que era carac­
terística dos cretenses (Tt 1.12,13). Outro 
problema ali é que havia judaizantes 
rebeldes, mercenários e provocadores 
de divisão (Tt 1.10-16).
SIN OPSE I
O apóstolo Paulo colocou Tito 
como pastor em Creta para 
cuidar das demandas organi­
zacionais e orgânicas da igreja.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“CONTEXTO HISTÓRICO
[...] Em sua viagem a Roma, Paulo havia 
visitado originalmente a ilha de Creta (a su­
doeste da Ásia Menor, no Mar Mediterrâneo) 
como prisioneiro (At 27.7,8). Posteriormente, 
depois de ser libertado de seu primeiro período 
de aprisionamento em Roma, Paulo voltou a 
Creta com Tito e trabalhou durante um breve 
período em seu ministério ali [...]. A seguir, 
Paulo incumbiu Tito de continuar trabalhando 
com os cretenses para organizar igrejas (1.5) 
enquanto ele continuava a viagem à Macedônia 
(cf. íTm 1.3). Alguns tempos depois, Paulo 
escreveu esta carta a Tito, instruindo-o a 
concluir a tarefa que ambos haviam iniciado. 
Paulo provavelmente enviou a carta por meio 
de Zenas e Apoio, que estavam viajando por 
Creta (3.13)” Amplie mais 0 seu conhecimento, 
lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição 
Global, editada pela CPAD, p.2280.
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 8 5
AUXILIO BIBLIOLOGICO vv
ORDEM NA IGREJA EM CRETA
“A carta de Paulo a Tito é breve, 
porém é um vínculo importante no 
processo de discipulado, ajudando 
um jovem a tornar-se um líder da 
igreja. Ao ler esta carta pastoral, 
você aumentará seu conhecimento 
em relação à organização e à vida 
da Igreja Primitiva, e encontrará 
princípios para estruturar as igre­
jas contemporâneas. Mas aprende­
rá também como ser um líder cris­
tão responsável.[...]
Paulo exige ordem na igreja e 
um viver correto em uma ilha co­
nhecida pela preguiça, glutonaria, 
mentira e maldade. Os cristãos de­
vem ser autodisciplinados como in­
divíduos e devem ser ordeiros como 
pessoas que formam um corpo, a 
Igreja. Precisamos obedecer a esta 
mensagem em nossos dias, quan­
do a disciplina não é respeitada ou 
recompensada pela nossa socie­
dade. Embora outros possam não 
apreciar nossos esforços, devemos 
viver uma vida íntegra, obedecer 
ao governo e falar com prudência. 
Devemos viver unidos e pacifica- 
mente na igreja e sermos exemplos 
vivos de nossa fé para a sociedade 
contemporânea” (Bíblia de Estudo 
Aplicação Pessoal. í.ed. Rio de Ja­
neiro: CPAD, 2013, pp.1718,19).
II - A INSTITUCIONALIDADE 
BÍBLICA DA IGREJA
l. A instrução paulina. A organiza­
ção eclesiástica a que 0 apóstolo Paulo 
instrui Tito não se restringe a uma
Quando se fala em 
institucionalizar, dar 
caráter institucional ou 
de tornar institucional 
significa estabelecer 
organização.”
estruturação ministerial. Estabelecer 
presbíteros de cidade em cidade (v. 5) e 
instruir os líderes durante a sua carreira 
apostólica (At 14.23; 20.28), o apóstolo 
já vinha fazendo. O Novo Testamento 
revela a origem e o desenvolvimento 
desse governo. O apóstolo menciona 
“os bispos e diáconos” (Fp 1.1). O con­
texto da epístola dá a entender que 0 
relaxo e o descuido em que estavam as 
comunidades cristãs da ilha de Creta 
eram reflexo da cultura da região (Tt 
1.12). Isso está além de um problema 
meramente ministerial.
2. Igreja como instituição. Podemos 
definir organismo como forma indivi­
dual de vida, um ser ou algo vivente. Na 
eclesiologia, o ensino ou estudo sobre a 
Igreja, significa ser a igreja um orga­
nismo porque é um corpo espiritual e 
vivo, cuja espiritualidade é gerada pelo 
Espírito Santo (1 Co 3.16, 17; 6.19; Ef 
2.21). Ela é uma instituição divina que 
veio à existência pelo poder de Deus. 
Mas 0 nosso enfoque é a igreja como 
organização. Quando se fala em insti­
tucionalizar, dar caráter institucional 
ou de tornar institucional significa 
estabelecer organização. Na igreja isso 
foi acontecendo com o tempo desde os
8 6 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
dias apostólicos. O apóstolo tinha em 
mente uma organização da igreja.
3. O rganização. Temos no Novo 
Testamento alguns lampejos que nos 
mostram que aqueles irmãos se organi­
zavam. Seguem alguns exemplos a favor 
da organização eclesiástica: havia local e 
horário e ordem no culto (l Co 14.26,40), 
reunião de ministério para consagração 
de presbíteros, segundo o contexto da 
época de uma igreja emergente (At 
14.23); foi realizado um concilio, que nós 
diriamos, uma convenção, para tratar 
de assuntos doutrinários (At 15.6). As 
igrejas dispunham de serviços sociais 
para atender as famílias economica­
mente fragilizadas, os capítulos 8 e 9 
de 2 Coríntios tratam do assunto (Rm 
15.25-27); havia na igreja de Corinto 0 
que hoje chamaríamos de comissão de 
ética (l Co 5.2-5) e também tesouraria (l 
Co 16.1-3). A carta de recomendação era 
mais como um documento, um recurso 
para garantir a origem e identidade das 
pessoas (Rm 16.1,2).
SINOPSE II
A Igreja é um a instituição di­
vin a que demanda um a orga­
nização institucional.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
A IDA DE TITO PARA CRETA
“ Tito, um grego, era um dos 
cooperadores mais confiáveis de
Paulo. O apóstolo Paulo enviou 
Tito a Corinto em várias missões 
especiais para ajudar a igreja em 
suas dificuldades (2 Co 7— 8). 
Paulo e Tito também viajaram 
juntos para Jerusalém (G1 2.3) e 
Creta (1.5). Paulo deixou Tito em 
Creta para liderar as novas igre­
jas que surgiram na ilha. A últi­
ma vez que Tito é mencionado por 
Paulo é em 2 Timóteo 4.10, a der­
radeira carta registrada de Paulo. 
Tito tinha habilidade de liderança, 
então Paulo deu-lhe a responsa­
bilidade de liderar, exortando-o 
a usar bem sua habilidade. [...] 
Paulo havia designado presbíte­
ros em várias igrejas durante suas 
viagens (At 14.23). Ele não pode- 
ria permanecer em cada igreja, 
mas sabia que estas novas igrejas 
precisavam de uma forte liderança 
espiritual. Os homens escolhidos 
deveriam liderar as igrejas ensi­
nando a sã doutrina, ajudando os 
crentes a amadurecer espiritual­
mente, e equipando-os para viver 
para Jesus Cristo apesar da opo­
sição” (Bíblia de Estudo Aplica­
ção Pessoal. í.ed. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2013, pp.1720,21).
III - A QUESTÃO ATU AL
1. Organismo e organização. A ideia 
é de que a igreja deve se restringir a um 
local onde as pessoas se reúnem para 
adorar a Deus, estudar a Palavra, pregar 
o evangelho, orar e celebrar as orde­
nanças eclesiásticas. O que alguns ainda 
não entenderam é que essas atividades 
espirituais exigem uma organização. A 
nossa atitude é mostrar que a Bíblia nos
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 8 7
vv
A nossa atitude é mostrar 
que a Bíblia nos apresenta 
a igreja como um 
organism o e ao mesmo 
tempo uma organização.”
apresenta a igreja como um organismo 
e ao mesmo tempo uma organização. 
Mas nunca devemos nos esquecer de 
que somos cidadãos de duas pátrias, a 
terrestre e a celestial, e isso significa 
responsabilidade com as autoridades 
civis constituídas (Rm 13.1-7) como 
também com as autoridades eclesiás­
ticas (Hb 13.17). O ensino de Jesus é: 
“Dai, pois, a César 0 que é de César e 
a Deus, o que é de Deus” (Mt 22.21). A 
organização da igreja além de ser uma 
necessidade natural é também uma 
exigência do Estado.
2. A experiência pentecostal. O 
movimento pentecostal moderno surgiu 
num contexto antidenominacionista e 
ainda hoje há os que acreditam que tal 
organização representa um problema à 
vida espiritual. Os primeiros pentecos- 
tais modernos desde os seus ancestrais, 
0 Movimento Holiness, conhecido tam­
bém como Movimento de Santidade, 
eram contra à institucionalidade da 
Igreja. Charles Fox Pahram, aos 20 anos 
de idade, assumiu 0 pastorado de uma 
Igreja, em Eudora, Kansas, mas, em 
1895, ele entregou a licença de pregador 
local, deixando o denominacionismo 
para sempre, de modo que se tornou
itinerante independente até o fim da 
vida. Mas a igreja do período apostólico 
adotou um programa de funcionamen­
to logo no limiar de sua história e foi 
uma bênção, pois ajudou a cumprir a 
sua tarefa de maneira eficaz (At 6.1-7).
3. É necessário organizar. Em 1914, 
alguns dos pioneiros entenderam que 
havia chegado a hora de rever 0 senti­
mento antidenominacionista de Parham 
e de outros líderes que havia entre os 
pentecostais da santidade, isso para 
evitar um crescimento desordenado. Foi 
nesse contexto que foi criado 0 Concilio 
das Assembléias de Deus nos Estados 
Unidos. No Brasil não foi diferente. 
Diante do avanço da obra no Brasil era 
necessário estruturar 0 Movimento 
Pentecostal e criar um órgão máximo 
para manter a identidade e a unidade 
doutrinária das dessas igrejas no país 
e, dessa forma, trazer solução para as 
questões de ordem doméstica, interna 
e externa. Foi com base nesses ideais 
que os pioneiros brasileiros e suecos 
criaram a Convenção Geral das Assem­
bléias de Deus, em setembro de 1930.
SIN OPSE III
Organism o e Organização não 
são excludentes em si, m as 
necessárias para a m issão da 
Igreja.
CONCLUSÃO
É importante entender que organi­
zação e organismo não são elementos 
excludentes em si m esmos, mas o
8 8 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
contrário, pois isso ajuda no arranjo 
entre muitos organismos individuais 
num sistema geral. A Igreja é o povo de 
Deus do Novo Concerto, é uma comu­
nidade internacional, uma congregação 
supranacional de estrangeiros e pere­
grinos (1 Pe 2.11). Seria humanamente 
impossível ela cumprir a sua agenda 
missionária, evangelizadora, ensino 
da Palavra e serviço social em nosso 
país e no mundo sem uma estrutura 
organizacional.
REVISANDO O CON TEÚDO
1. Por que a situação espiritual de Creta era desanimadora?
A situação espiritual de Creta era desanimadoraporque a igreja estava de­
sorganizada, e o grande descuido no comportamento daqueles crentes é 
denunciado no capítulo 2.
2. O que dá a entender o contexto da Epístola a Tito?
O contexto da epístola dá a entender que o relaxo e o descuido em que es­
tavam as comunidades cristãs da ilha de Creta eram reflexo da cultura da 
região (Tt 1.12).
3. Cite três exemplos bíblicos em favor da organização eclesiástica.
Havia local e horário e ordem no culto (1 Co 14.26,40), reunião de ministé­
rio para consagração de presbíteros, segundo o contexto da época de uma 
igreja emergente (At 14.23); foi realizado um concilio, que nós diriamos, 
uma convenção, para tratar de assuntos doutrinários (At 15.6).
4. Qual a nossa atitude em relação aos que pensam ser a igreja apenas local 
de culto?
A nossa atitude é mostrar que a Bíblia nos apresenta a igreja como um or­
ganismo e ao mesmo tempo uma organização.
5. Por que o programa de funcionamento, adotado pela igreja do período 
apostólico, foi uma bênção?
A igreja do período apostólico adotou um programa de funcionamento logo 
no limiar de sua história e foi uma bênção, pois ajudou a cumprir a sua 
tarefa de maneira eficaz (At 6.1-7).
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 8 9
LIÇÃO 13
30 de Março de 2025
PERSEVERANDO NA 
FÉ EM CRISTO
\
TEXTO ÁUREO
“E temos, mui firme, a palavra 
dos profetas, à qual bem fazeis 
em estar atentos, como a uma 
luz que alumia em lugar escuro, 
até que 0 dia esclareça, e a 
estrela da alva apareça em vosso 
coração(2 Pe 1.19)
\ ___________ _____________
r ~
VERDADE PRÁTICA
A Bíblia Sagrada é 0 único 
instrumento moral e espiritual 
estabelecido por Deus para 
aferir a nossa conduta diante 
do Criador, da sociedade, da 
pátria e da família.
_________________________)
L E IT U R A D IÁ R IA
Segunda - Êx 5.1 Quinta - Hb 4.12
A expressão “assim diz 0 A Palavra de Deus é poderosa para
SENHOR” é 0 selo da autoridade alcançar 0 mais íntimo do ser
da Bíblia humano
Terça - Mc 7.13 Sexta - 1 Pe 1.25
As Escrituras Sagradas são a A validade da Palavra de Deus é
Palavra de Deus para sempre
Quarta - Jo 10.35 Sábado - 2 Pe 1.20,21
0 Senhor Jesus, a maior A Bíblia Sagrada foi produzida por
autoridade no céu e na terra, homens movidos pelo Espírito
disse que a Bíblia é inerrante 
L __________________________
Santo
____________________________ Â
90 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Tim óteo 3.10-17
10 - Tu, porém, tens seguido a minha 
doutrina, modo de viver, intenção, fé, 
longanimidade, amor, paciência,
11 - perseguições e aflições tais quais me 
aconteceram emAntioquia, em Icônio e 
em Listra; quantas perseguições sofri, e 
0 Senhor de todas me livrou.
12 - £ também todos os que piamente 
querem viver em Cristo Jesus padecerão 
perseguições.
13 - Mas os homens maus e enganadores 
irão de mal para pior, enganando e sendo 
enganados.
14 - Tu, porém, permanece naquilo que 
aprendeste e de que foste inteirado, sa­
bendo de quem 0 tens aprendido.
15 - E que, desde a tua meninice, sabes 
as sagradas letras, que podem fazer-te 
sábio para a salvação, pela fé que há em 
Cristo Jesus.
16 - Toda Escritura divinamente inspirada 
é proveitosa para ensinar, para redarguir, 
para corrigir, para instruir em justiça,
17 - para que 0 homem de Deus seja 
perfeito e perfeitamente instruído para 
toda boa obra.
F Í J Hinos Sugeridos: 322, 456, 505 da Harpa Cristã
PLAN O DE A U LA
1. INTRODUÇÃO
Ao longo deste trimestre estuda­
mos as principais heresias que ame­
açam a identidade da Igreja de Cristo, 
mostrando seus enganos e, frontal - 
mente, as respostas bíblicas que as 
contrapõem. Na presente lição, a úl­
tima deste trimestre, vamos refletir a 
respeito da perseverança que deve­
mos demonstrar com a fé que herda­
mos. Como cristãos, somos herdeiros 
do cristianismo bíblico e histórico.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Mostrar
que diante das heresias é preciso ter 
perseverança; II) Enfatizar a necessi­
dade de sempre aprender com a Pala­
vra de Deus; III) Considerar as Escritu­
ras como o fundamento da vida cristã.
B) Motivação: Na fé cristã, a 
fonte de autoridade é a Bíblia, a Pa­
lavra de Deus. Nesse aspecto, a Pa­
lavra de Deus é documento final em 
matéria de doutrina e valores que 
devem nortear a vida do crente. O 
que faz, do ponto de vista histórico, 
uma igreja não se tornar herege é a 
perseverança em ter a Bíblia como 
suficiente e autoritativa em nossas 
vidas.
C) Sugestão de Método: Estamos 
encerrando mais um trimestre. An­
tes de iniciar a exposição desta úl­
tima lição, sugerimos que você faça 
uma breve revisão dos principais 
temas que estudamos ao longo do 
trimestre. É muito importante que
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 9 1
contextualizemos os nossos alunos 
a respeito do assunto geral do tri­
mestre. Cada lição se encontra den­
tro de um tema principal que é o 
fenômeno da nova aparência de an­
tigas heresias. Após a revisão, inicie 
o conteúdo desta semana.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A Palavra de Deus 
é um guia seguro para as nossas vi­
das. Trata-se, portanto, de um livro 
que revela a vontade de Deus para 
a nossa. Por isso, quem tem a Bí­
blia como a bússola de sua vida não 
cairá nos caminhos heterodoxos das 
mais diversas heresias que atuam 
em nossos dias.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista 
que traz reportagens, artigos, en­
trevistas e subsídios de apoio à Li­
ções Bíblicas Adultos. Na edição 100, 
p.42, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final 
do tópico, você encontrará auxílios 
que darão suporte na preparação de 
sua aula: 1) O texto “Tempos di­
fíceis para 0 cristão” , logo após 0 
primeiro tópico, destaca 0 contexto 
de falsos ensinos contra os quais 0 
cristão perseverante terá que lutar; 
2) O texto “O que Significa Dizer que 
Deus Inspirou a Bíblia?” , ao final do 
terceiro tópico, aprofunda a carac­
terística autoritativa da Bíblia como 
Palavra de Deus.
C O M E N TÁ R IO
INTRODUÇÃO
As religiões mundiais e os movimen­
tos dissidentes delas possuem diversos 
escritos sagrados. No Cristianismo, a 
fonte de autoridade é a Bíblia Sagrada.
A autoridade bíblica deriva sua 
origem em Deus, 0 que nos
permite chamar a Bíblia de a 
Palavra de Deus. Isso encerra 
a superioridade das Escritu­
ras como plena e total ga- mm 
rantia de infalibilidade, mas ^ 
não falta quem indevidamente 
reivindica essa mesma autoridade 
ou até mais que as Escrituras.
I - DIANTE DAS HERESIAS É 
PRECISO PERSEVERANÇA
1. Os falsos mestres. As duas epístolas 
a Timóteo, classificadas com justiça como
Palavra-Chave
Perseverança
“Epístolas Pastorais” juntamente com a 
epístola a Tito, destacam-se também pelo 
seu caráter apologético. São refutações 
às heresias contra as “fábulas ou as ge­
nealogias intermináveis” (1 Tm 1.4; 4.7; 
Tt 3.9), e a expressão, “falsamente 
^ chamada ciência” (1 Tm 6.20), 
sem dúvida, é um combate ao 
pensamento gnóstico, que 
começou a surgir e chegou 
ao ápice no século 2. Irineu 
de Lião (135-204) combateu 0 
tal sistema em sua obra Contra 
as Heresias. O apóstolo Paulo está 
combatendo dois principais grupos 
heréticos em sua geração: os gnósticos 
de sua geração, como combateu as he­
resias judaicas, também de sua época, 
os falsos “doutores da lei” (1 Tm 1.7), 
da “circuncisão” (Tt 1.10) e as “ fábulas 
judaicas” (Tt 1.14).
92 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
2. A e x p e r iê n c ia a p o s t ó l ic a 
(vv.10,11). 0 apóstolo elogia a perse­
verança de Timóteo na fé e na dou­
trina em tempos tão difíceis (v. 10). 
As perseguições são uma referência 
à experiência da prim eira viagem 
missionária juntamente com Barnabé 
(At 13.8-12,50; 14.5-7,19). É verdade 
que Timóteo se integrou à comitiva de 
Paulo em Listra na sua segunda viagem 
missionária (At 16.1-3). Isso aconteceu 
depois dessas perseguições,e Timóteo, 
nessa época, ainda não fazia parte da 
comitiva paulina, contudo deve ter sido 
testemunha ocular de algumas dessas 
perseguições, pois vivia na região e 
a sua mãe era crente, sem dúvida, 
membro da igreja.
3. Entendendo o “ querer” (v.12). 
O verbo “ querer” em “ todos os que 
piamente querem viver em Cristo Jesus 
padecerão perseguições” é mais que um 
simples desejo, mas uma resolução, ou 
seja, um propósito de coração, é uma 
vida com propósito. Sofrer pela causa 
do Evangelho é motivo para glorificar 
a Deus “porque sobre vós repousa 0 
Espírito da glória de Deus” (l Pe 4.14). 
É isso que Deus espera de cada um de 
nós na atualidade.
4. Características dos enganadores 
(v.13). O termo usado pelo apóstolo para 
“enganadores” ou “impostores” é goês, 
uma palavra que aparece uma só vez 
no Novo Testamento e nenhuma na 
Septuaginta, usado na antiga literatura 
grega como “embusteiro, impostor, 
feiticeiro, charlatão, encantador”, então, 
essas pessoas denunciadas por Paulo 
pertencem ao campo religioso. Isso 
indica que 0 apóstolo está se referindo a 
ensinadores e doutrinadores de menti­
ras, a falsos mestres, em nada diferem 
dos falsos doutores. Nenhum deles teve 
futuro promissor (2 Pe 2.1-3).
SIN OPSE I
A perseverança na fé e na dou­
trina é fundam ental diante das 
heresias.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“TEMPOS DIFÍCEIS PARA O
CRISTÃO
[...] 3.13 - Não espere que os 
falsos mestres e as pessoas más 
mudem de comportamento sozi­
nhos. Deixados a sós, eles irão de 
mal a pior. Se tiver oportunidade, 
corrija-os de modo que os conduza 
de volta à fé em Cristo. Lute pela 
verdade, especialmente para prote­
ger os cristãos mais jovens.
3.14 - Cercado pelos falsos mes­
tres e pelas inevitáveis pressões de 
um ministério crescente, Timóteo 
poderia facilmente ter abandonado a 
sua fé ou modificado a sua doutri­
na. Uma vez mais Paulo aconselhou 
Timóteo a olhar para seu passado e 
a permanecer nos ensinos básicos a 
respeito de Jesus, que são eterna­
mente verdadeiros. Como Timóteo, 
estamos cercados de falsos ensinos. 
Mas não devemos permitir que a 
nossa sociedade distorça ou colo­
que empecilhos à eterna verdade de 
Deus. Dedique diariamente um tem­
po para refletir sobre 0 fundamento 
de sua fé cristã, encontrado na Pala­
vra de Deus, que são as grandes ver­
dades que edificam sua vida” (Bíblia 
de Estudo Aplicação Pessoal. í.ed. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp.1715).
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 9 3
II - APRENDEN DO, SENDO IN ­
TEIRADO E SABENDO
1. De quem Timóteo aprendeu as 
Sagradas Letras? (v. 14). O contexto em 
2 Timóteo 3.10-17 mostra que a fonte de 
autoridade do aprendizado de Timóteo 
são “as sagradas letras”, as Escrituras 
Sagradas, que são inspiradas por Deus. 
Interessante que no versículo 14 0 
apóstolo emprega 0 pronome relativo, 
“de quem”, em “ sabendo de quem 0 
tens aprendido”, no plural grego, tinõn, 
literalmente ,“dos quais”, isso permite 
as seguintes traduções: “Você sabe quem 
foram os seus mestres na fé cristã” 
(NTLH); “pois conhece aqueles de quem 
aprendeu” (NVT); “confiar naqueles 
de quem você aprendeu” (NBV). Desde 
a infância (v. 15) seria uma referência 
natural à sua mãe Eunice e à sua avó 
Loide (2 Tm 1.5) e ao próprio apóstolo 
Paulo (2 Tm 2.2).
2. Permanecendo firme nas Sagra­
das Letras (v.15). Timóteo é exortado a 
permanecer firme “naquilo que apren­
deu” e que “acredita”, ou de “que foste 
inteirado” por duas razões principais: a) 
porque sabia de quem tinha aprendido; 
b) porque são as “ sagradas letras”, os 
escritos sagrados, a Bíblia. O que ele 
aprendeu de sua mãe e de sua avó era 
uma herança espiritual muito útil para 
o exercício de seu ministério sob orien­
tação paulina. Aprendemos com isso a 
importância da educação nos caminhos 
do Senhor desde a infância no lar (Dt 
6.4-8; Pv 22.6). O ensino cristão deve 
começar em casa, no lar (Dt 6.6-9). 
A igreja, por meio da Escola Bíblica 
Dominical, apoia e complementa essa 
formação. Esse princípio vale para os 
nossos dias.
3. A Bíblia é divinamente inspira­
da. Está escrito que “ toda a Escritura 
é inspirada por Deus” (v.16 - NAA). O
termo grego theopneustos, “ inspirada 
por Deus, divinamente inspirada”, vem 
das palavras Theos, “ Deus” , e pneo, 
“ respirar, soprar”. É oportuno saber 
a abrangência da inspiração do texto 
sagrado “toda Escritura” e, também, 
seus autores humanos, pois, “os homens 
santos de Deus falaram inspirados pelo 
Espírito Santo” ou: “movidos pelo Espí­
rito Santo” (2 Pe 1.21 - TB, NAA). Esse 
caráter especial e único da “palavra dos 
profetas” a torna única no gênero. Ela 
pode fazer qualquer pessoa sábia para 
a salvação em Jesus e é proveitosa para 
ensinar, repreender, corrigir, instruir em 
justiça (vv.15-17). Nenhuma literatura 
no mundo possui essa prerrogativa.
SINOPSE II
Quem aprende da Palavra de 
Deus persevera e perm anece 
na verdade.
III - TENDO A S ESCRITURAS 
COMO O FUNDAM ENTO 
l. A autoridade apostólica. A Igreja se 
submete inquestionavelmente à autori­
dade dos apóstolos do Novo Testamento. 
Sabemos que essa é a vontade de Deus. 
Se os Evangelhos de Mateus e Lucas, ou 
pelo menos um deles, são colocados no 
mesmo nível do Antigo Testamento (1 
Tm 5.18; Dt 25.4; Mt 10.10; Lc 10.7), e da 
mesma forma as epístolas paulinas (2 Pe 
3.15,16), isso é uma forma de reconhecer 
definitivamente o Novo Testamento 
como Escritura inspirada. Assim, todos 
os livros da Bíblia têm 0 mesmo grau de 
inspiração e a mesma autoridade; logo,
9 4 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
vv
Todos os livros da Bíblia têm 
o m esm o grau de in s p ira ­
ção e a m esm a autoridade; 
logo, devem os dar a m esm a 
atenção tanto aos profetas do 
Antigo Testam ento como aos 
apóstolos do Novo.”
devemos dar a mesma atenção e cre­
dibilidade tanto aos profetas do Antigo 
Testamento como aos apóstolos do Novo.
2. Abrangência. Em muitas passagens 
no Novo Testamento, o termo “Escritura” 
ou no plural, “Escrituras”, se refere ao 
Antigo Testamento algumas dezenas de 
vezes (Mt 21.42; Mc 12.10; Lc 24.27; Jo 
2.22; 5.39). Mas o contexto da expressão 
paulina “toda Escritura é inspirada por 
Deus” não se restringe apenas ao Antigo 
Testamento e sabemos disso porque a 
intenção do Espírito Santo é mostrar que 
se trata de todos os 66 livros da Bíblia: 
“para que vos lembreis das palavras que 
primeiramente foram ditas pelos santos 
profetas e do mandamento do Senhor e 
Salvador, mediante os vossos apóstolos” 
(2 Pe 3.2), Antigo e Novo Testamento.
3. O manual de Deus (vv. 16b,17). 
Além de ser valiosa para os quatro 
propósitos pastorais: a Bíblia é “pro­
veitosa para ensinar, para redarguir, 
para corrigir, para instruir em justiça”, 
não somente para os obreiros, mas 
para equipar qualquer pessoa que leia 
as Escrituras para “ toda a boa obra” 
(v.17). Estaríamos à deriva no mundo 
sem essas palavras, pois elas nos levam 
à luz de Cristo (SI 119.105).
SIN OPSE III
Toda a Palavra de Deus é au- 
toritativa e regra fundamental 
para a nossa vida.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“ O QUE SIGNIFICA DIZER QUE
DEUS INSPIROU A BÍBLIA?
Dizer que Deus inspirou a Bíblia 
equivale a dizer que o Espírito Santo 
motivou e supervisou, de forma so­
brenatural, aqueles que receberam 
as profecias e revelações apostólicas, 
em todo o processo de redação de 
seus livros escriturais. Muitos ou­
tros livros têm coautores, de modo 
que não precisamos imaginar que as 
Escrituras tenham que ser uma pro­
dução humana ou divina. As Sagra­
das Escrituras originaram-se, não 
da vontade de seus autores huma­
nos, mas da vontade do Deus Espí­
rito Santo (2 Pe 1.20,21). Os autores 
bíblicos afirmaram mais de três mil 
vezes ter recebido as suas mensa­
gens do Senhor. Deus, 0 Espírito 
Santo, “ inspirou” (soprou ou origi­
nou) as Escrituras, por intermédio de 
autores humanos (2 Tm 3.16).
Deus preparou estes porta-vo­
zes conscientes, ativamente pro­
féticos e apostólicos (e seus secre­
tários) providencialmente, por sua 
hereditariedade,por seu caráter, 
pelo vocabulário que usavam e pelo 
seu estilo de escrita. No momento
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 9 5
apropriado, em todos os processos 
da escrita, eles foram “ inspirados 
pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21). 
Este significado técnico da inspi­
ração não se aplica a nenhuma su­
posta revelação fora da Bíblia, ou a 
qualquer literatura que possa, de 
uma maneira geral, ser considerada 
inspirada” (Bíblia de Estudo Apo- 
logética Cristã. í.ed. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2017, p.1930).
CONCLUSÃO
A Bíblia é um guia seguro para 
toda a humanidade, e não somente 
para a Igreja. Ela é a única revelação 
de Deus escrita para 0 ser humano e 
a fonte de autoridade espiritual para 
aferir a nossa conduta diante de Deus, 
da sociedade e da fam ília. Trata-se 
de uma orientação segura para a vida 
humana, a nação de Israel e a Igreja, 
bem como as exortações para 0 mundo, 
incluindo o aspecto político, social e 
religioso das nações.
1. Quais os dois principais grupos heréticos que 0 apóstolo Paulo combatia? 
O apóstolo Paulo está combatendo dois principais grupos heréticos em sua 
geração: os gnósticos de sua geração, como combateu as heresias judaicas, 
também de sua época, os falsos “ doutores da lei” (1 Tm 1.7), da “ circunci­
são” (Tt 1.10) e as “ fábulas judaicas” (Tt 1.14).
2. Qual a fonte de autoridade do aprendizado de Timóteo?
A fonte de autoridade do aprendizado de Timóteo são “ as sagradas letras” , 
as Escrituras Sagradas, que são inspiradas por Deus.
3. Onde deve começar o ensino cristão?
O ensino cristão deve começar em casa, no lar (Dt 6.6-9).
4. Qual a abrangência da inspiração do texto sagrado?
Antigo e Novo Testamento.
5. Como estaríamos no mundo sem a Bíblia?
Estaríamos à deriva no mundo sem essas palavras, pois elas nos levam à 
luz de Cristo (Sl 119.105).
9 6 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
ATOS É UMA FONTE 
INESTIMÁVEL PARA 
OS ESTUDIOSOS DO 
NOVO TESTAMENTOcristã. Ainda que 
Pedro esteja se referindo à resposta a 
uma acusação formal num ambiente 
hostil, não deixa de ser uma oportu­
nidade para a defesa da fé cristã, como 
aconteceu com o apóstolo Paulo diante 
de Festo (At 26.24,25) e de Agripa, na 
mesma audiência (At 26.27-29).
3. Por que devemos combater as he­
resias? (3.16). a) Para defesa própria (1 Tm
4.16) : Os cristãos devem estar informados 
daquilo que os vários grupos ensinam e
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 7
saber a forma de refutá-los biblicamente; 
b) Para ajudar os outros na compreensão da 
própria fé: principalmente os que rejei­
tam pontos fundamentais da fé cristã 
e, muitas vezes, de forma inconsciente, 
pois sabemos que existem muitas pessoas 
sinceras as quais buscam servir a Deus e 
precisam conhecer a sua Palavra (Tt 1.9). 
Esse debate sobre as crenças deve ocorrer 
de maneira respeitosa e com argumentos 
e fundamentação bíblica, respondendo 
às objeções contra a fé cristã. O êxito 
dessa luta é garantido quando se está 
nos domínios do Espírito Santo (Jo 16.13).
SINOPSE II
O cristão é chamado a respon­
der de maneira respeitosa às 
objeções contra a fé cristã.
III - O QUE SÃO HERESIAS?
1. Seitas e heresias. A palavra hairesis 
no Novo Testamento grego é traduzida 
como “seita” (At 5.17; 15.5; 24.5; 28.22) 
e “heresias” (1 Co 11.19; G1 5.20; 2 Pe 
2.1). É verdade que 0 Cristianismo foi 
também chamado de “ seita”, mas por 
não cristãos, pessoas que não conheciam 
as verdades do Evangelho de Cristo e que 
se opunham a Ele (At 24.5,14; 28.22). A 
palavra “ seita” é usada para designar 
as religiões heterodoxas. É um termo 
já desgastado, trazendo em si, muitas 
vezes, um tom pejorativo, por isso de­
vemos saber quando aplicá-lo.
2. “Hairesis” no Novo Testamento. 
Esse vocábulo aparece com o sentido 
de “ partido, espírito sectário” e nem 
sempre representa uma ruptura com 0
sistema convencional de determinada 
comunidade. Os saduceus e os fariseus 
eram seitas que formavam facções 
dentro do próprio judaísmo (At 5.17; 
26.5), e a versão bíblica NAA traduz 
por “partido”. Paulo adverte para que 
não haja no seio da igreja essas divi­
sões (hairesis) e condena as inovações 
doutrinárias que causam divisão ou 
dissensão (1 Co 11.19; G1 5.20).
3. Heresias de perdição (2 Pe 2.1). É 
nessa passagem que hairesis apresenta 
o sentido de erro doutrinário como 
a “ heresia” , propriam ente dita, no 
campo teológico que nós conhecemos 
hoje. As heresias distorcem os pontos 
principais da doutrina cristã no que 
diz respeito a Deus: Trindade, o Senhor 
Jesus Cristo e o Espírito Santo; ao ser 
humano: natureza, pecado, salvação, 
origem e destino; aos anjos; à igreja e às 
Escrituras Sagradas. O mais grave erro 
é quando diz respeito à Divindade e in­
terfere na salvação (v.ib), pois não existe 
salvação sem Jesus (Jo 14.6; At 4.12).
SINOPSE III
O apóstolo Paulo adverte acerca 
das divisões no seio da igreja e 
condena as inovações doutri­
nárias que causam dissensões.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
SEITA
“A palavra grega hairesis tra­
duzida como ‘seita* em algumas 
versões significa literalmente ‘di-
8 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
visão’ ou ‘partido’ , sem uma co­
notação depreciativa. Ela era usada 
para falar das várias escolas filo­
sóficas de pensamento. E usada 
nesse sentido neutro a respeito dos 
fariseus e saduceus em Atos 5.17; 
15.5. Nos últimos capítulos do li­
vro de Atos, onde ela é usada em 
relação aos cristãos, começa a apa­
recer um tom mais crítico (24.5; 
26.5; 28.22). Em 1 Coríntios 11.19; 
Gálatas 5.20 e 2 Pedro 2.1, algu­
mas versões a traduzem como ‘he­
resias’ . Embora não se possa ter a 
certeza de que esta palavra passou 
a ser sinônimo de falsas doutrinas 
assim tão cedo, ela é usada aqui 
no sentido de ‘dissensão’ ou ‘opi­
niões destrutivas’ (Arndt. p. 23)” 
(Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio
de Janeiro: CPAD, 2007, p.1785).
CONCLUSÃO
Os apóstolos responderam aos opo­
sitores da fé cristã e lançaram a base 
da nossa teologia. Todos os escritos do 
Novo Testamento mostram essa luta 
acirrada contra as falsas doutrinas. É, 
pois, tarefa da igreja atual “batalhar 
pela fé que uma vez foi dada aos san­
tos” (Jd 3). Finalizamos com a seguinte 
pergunta para reflexão: Estamos afazer 
pela verdade 0 que esses agentes da heresia 
fazem pela mentira?
REVISANDO O CON TEÚDO
1. Nesta lição, qual a exortação apostólica aos líderes da igreja?
1. A exortação apostólica aos líderes da igreja visa proteger os irmãos e as 
irmãs das heresias e guiar todos na verdade do Evangelho.
2. Qual a definição de Apologética Cristã?
Apologética Cristã é a defesa lógica e racional da fé cristã e de suas práticas 
doutrinárias.
3. Por que devemos combater as heresias?
a) Para defesa própria (1 Tm 4.16): Os cristãos devem estar informados da­
quilo que os vários grupos ensinam e saber a forma de refutá-los biblica- 
mente; b) Para ajudar os outros na compreensão da própria fé: principalmente 
os que rejeitam pontos fundamentais da fé cristã e, muitas vezes, de forma 
inconsciente, pois sabemos que existem muitas pessoas sinceras as quais 
buscam servir a Deus e precisam conhecer a sua Palavra (Tt 1.9).
4. Onde, no Novo Testamento, hairesis tem o sentido de heresia, como erro 
doutrinário?
2 Pedro 2.1. É nessa passagem que hairesis apresenta o sentido de erro dou­
trinário como a “ heresia” , propriamente dita, no campo teológico que nós 
conhecemos hoje.
5. Qual a pergunta para a nossa reflexão?
Estamos a fazer pela verdade o que esses agentes da heresia fazem pela mentira?
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 9
SOMOS CRISTÃOS
TEXTO ÁUREO VERDADE PRÁTICA
“Pelo que julgo que não se deve 
perturbar aqueles, dentre os 
gentios, que se convertem a 
Deus.” (At 15.19)
O Cristianismo é uma religião 
de relacionamento pessoal 
com 0 Cristo ressuscitado e não 
um conjunto de regras e ritos.
V J
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 9.16 Quinta - Rm 3.28
0 Cristianismo Judaizante é 0 ser humano é justificado pela fé,
remendo novo em vestidos velhos sem as obras da Lei
Terça - At 11.26 Sexta - Gl 1.8,9
Ser cristão significa ser discípulo Paulo chama essa doutrina
e seguidor de Cristo judaizante de outro evangelho
Quarta - At 15.1,5 Sábado - Fp 3.5
Os judaizantes condicionavam a 0 combate à tendência judaizante
salvação à observância da Lei de por uma autoridade de origem
Moisés
L.__________________________
judaica
____________________________ A
1 0 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gálatas 2.1-9,14
1 - Depois, passados catorze anos, subi 
outra vez a Jerusalém com Barnabé, 
levando também comigo Tito.
2 -E subi por uma revelação e lhes expus 
0 evangelho que prego entre os gentios 
e particularmente aos que estavam em 
estima, para que de maneira alguma não 
corresse ou não tivesse corrido em vão.
3 - Mas nem ainda Tito, que estava 
comigo, sendo grego, foi constrangido a 
circuncidar-se.
4 - E isso por causa dos falsos irmãos que 
se tinham entremetido e secretamente 
entraram a espiar a nossa liberdade que 
temos em Cristo Jesus, para nos porem 
em servidão;
5 - aos quais, nem ainda por uma hora, 
cedemos com sujeição, para que a verdade 
do evangelho permanecesse entre vós.
6 - E, quanto àqueles que pareciam ser algu­
ma coisa (quais tenham sido noutro tempo, 
não se me dá; Deus não aceita a aparência
do homem), esses, digo, que pareciam ser 
alguma coisa, nada me comunicaram;
7 - antes, pelo contrário, quando vi­
ram que 0 evangelho da incircuncisão 
me estava confiado, como a Pedro 0 da 
circuncisão
8 - (porque aquele que operou eficaz­
mente em Pedro para 0 apostolado da 
circuncisão, esse operou também em 
mim com eficácia para com os gentios),
9 ~ e conhecendo Tiago, Cefas e João, que 
eram considerados como as colunas, a 
graça que se me havia dado, deram-nos 
as destras, em comunhão comigo e com 
Barnabé, para que nós fôssemos aos 
gentios e eles, à circuncisão;14 - Mas, quando vi que não andavam 
bem e direitamente conforme a verdade 
do evangelho, disse a Pedro na presença 
de todos: Se tu, sendo judeu, vives como 
os gentios e não como judeu, por que 
obrigas os gentios a viverem como judeus?
Hinos Sugeridos: 205, 379, 430 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos 0 processo 
de transição entre as idéias e prá­
ticas judaicas para a doutrina do 
Evangelho da graça. Os primeiros 
cristãos precisaram de sabedoria 
divina para lidar com essa mudan­
ça de perspectiva introduzida pelos 
ensinamentos de Cristo. Eles não 
deveríam confundir a Lei de Moi­
sés com a graça. Por essa razão, os
apóstolos foram desafiados a esta­
belecer os limites entre 0 Judaísmo 
e o Cristianismo, principalmente o 
apóstolo Paulo, a fim de que os no­
vos cristãos judeus e gentios rece­
bessem a orientação devida para o 
exercício da fé cristã.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apon­
tar a tendência judaizante predomi­
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 11
nante entre os primeiros cristãos; II) 
Elencar as pressões sofridas pelos 
apóstolos por parte dos judaizantes 
que se opunham ao Evangelho da 
graça; III) Mostrar de que forma a 
doutrina judaizante se faz presente 
entre os cristãos atualmente.
B) Motivação: Assim como no 
início da Igreja, os apóstolos tive­
ram de enfrentar ameaças à liberdade 
cristã, bem como distorções dos ensi­
namentos apostólicos. Na atualidade, 
os cristãos devem estar atentos às in­
vestidas contra a ortodoxia da fé cris­
tã. Há a necessidade de se fazer uma 
profunda reflexão sobre a qualidade 
da pregação que predomina no meio 
evangélico em nossos dias e averiguar 
se, de fato, tais ensinamentos são fi­
éis à doutrina bíblica ou se são ten­
tativas de desviar a fé dos indoutos.
C) Sugestão de Método: A diver­
sidade de interpretações do concei­
to de Evangelho é a marca dos dias 
atuais. Muitos querem pregar “outro 
evangelho” diferente daquele in­
troduzido por Nosso Senhor Jesus e 
endossado pelo colégio apostólico. 
Aproveite a ocasião e inicie uma roda 
de conversa com seus alunos a res­
peito das verdades inegociáveis da fé 
cristã que não podem ser abandona­
das, sem as quais, não podemos ser 
identificados como cristãos.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Em cada época a 
Igreja é ameaçada por tentativas 
diabólicas de desviá-la da verda­
deira fé. Que a partir do estudo fiel 
das Sagradas Escrituras, possamos 
rejeitar os falsos ensinamentos e 
preservar a unidade doutrinária e a 
ortodoxia da fé cristã.
4 - SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista 
que traz reportagens, artigos, en­
trevistas e subsídios de apoio à Li­
ções Bíblicas Adultos. Na edição 100, 
p.37, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do 
tópico, você encontrará auxílios que 
darão suporte na preparação de sua 
aula: 1) O texto “Outro Evangelho” , 
localizado depois do primeiro tópi­
co, ressalta a natureza do Evangelho 
anunciado aos galátas, isto é, um 
Evangelho sem misturas; 2) O texto 
“ Seja Anátema” , ao final do segundo 
tópico, endossa que todo aquele que 
altera a mensagem original de Cristo 
e dos apóstolos está sob maldição.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A Igreja herdou dos judeus 
muitas idéias e práticas no 
campo teológico e ético, visto 1 
que a jornada histórica da | 
Igreja começou em Jerusalém 
no dia de Pentecostes numa 
comunidade judaica. E esses 
pontos de interseção levaram
Palavra-Chave
Evangelho
1
alguns a confundir a Lei de Moi­
sés com a Graça. Nesta lição, 
veremos que Gálatas 2 é um 
relato de um dos debates 
que mostram o limite entre 
— f Judaísmo e Cristianismo, e 
os apóstolos, principalmente 
r Paulo, tiveram muita dificulda­
de de mostrar isso aos judaizantes.
1 2 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
I - PREVENINDO-SE CONTRA 
A TENDÊNCIA JUDAIZANTE
1. Subindo outra vez a Jerusalém (G1 
2.1,2). Catorze anos depois da sua con­
versão a Cristo, Paulo sobe pela segunda 
a vez a Jerusalém. Essa segunda visita 
foi por revelação (v.2; At 11.27-30), não 
sendo uma convocação pelos apóstolos 
para prestação de contas. Não podemos 
confundir essa visita de Paulo com a sua 
ida ao Concilio de Jerusalém, registrado 
em Atos 15. Infere-se que a Epístola aos 
Gálatas foi escrita antes do referido 
Concilio, pois não há menção dele na 
carta, visto que 0 Concilio tratou do 
mesmo assunto (At 15.5,6). Somando os 
anos mencionados em Gálatas, podemos 
afirmar que essa visita aconteceu antes 
de sua Primeira Viagem Missionária.
2. Objetivo da reunião. É bom lembrar 
que essa reunião não foi um concilio nem 
um sínodo. É possível que essa segunda 
visita, por meio de revelação (v.2), tenha 
ligação com Ágabo, pois a missão de Paulo, 
pelo que parece, foi levar donativos para 
os irmãos pobres da Judeia (At 11.27-30). 
Aproveitando a ocasião, 0 apóstolo expôs
o Evangelho que vinha pregando aos 
gentios há catorze anos (w.1,2). Ele tinha 
convicção de que recebeu esse Evangelho 
de Deus e estava consciente de que a sua 
subida a Jerusalém era em obediência a 
uma ordem divina.
3. Tito e a circuncisão (v.5). Barnabé 
era judeu (At 4.36) e seu nome aparece 
três vezes nesse capítulo (vv.1,9,13); sua 
presença na reunião em Jerusalém não 
seria um problema. Tito, no entanto, 
sendo grego, foi um risco que Paulo 
correu, mas não foi uma provocação 
introduzir um incircunciso no seio dos 
judeus. Os judaizantes queriam que 
Tito fosse circuncidado. Encontramos 
no Novo Testamento a compreensão e 
a tolerância de Paulo com os fracos na 
fé, a ponto de circuncidar Timóteo, mas 
ele era judeu, pois sua mãe era judia 
(At 16.3); no entanto, nessa reunião em 
Jerusalém, onde expôs 0 Evangelho que 
pregava aos gentios, ele não cedeu nem 
um pouco, “nem por uma hora” (v.5). Isso 
por duas razões: Tito era grego, e porque 
estava em jogo a verdade do Evangelho 
e 0 futuro do próprio Cristianismo.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“A DEFESA DE PAULO
À medida que os debates se acirravam 
entre gentios cristãos e os judaizantes, Paulo 
considerou necessário escrever às igrejas 
da Galácia. Os judaizantes tentavam enfra­
quecer a autoridade de Paulo e ensinavam 
um falso evangelho. Em reposta, Paulo 
defendeu sua autoridade como apóstolo 
e a verdade de sua mensagem.” Amplie 
mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia 
de Estudo Aplicação Pessoal, editada pela 
CPAD, p.1633.
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1 3
SINOPSE I
A tendência judaizante era uma 
am eaça à Verdade do Evange­
lho e ao futuro do próprio Cris­
tianism o.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
OUTRO EVANGELHO
“ Em grego allos significa ou­
tro do mesmo tipo. Heteros signi­
fica outro de um tipo diferente. O 
evangelho que estes judaizantes 
tinham apresentado aos gálatas era 
um evangelho heteros: um evange­
lho essencialmente diferente do 
evangelho de Deus. Paulo disse que 
este evangelho: ‘Não há outro’ . Por 
quê? Porque o evangelho é ‘Boa- 
-Nova’ . Qualquer mensagem que 
nos diga ‘se esforce mais’ , mesmo 
se recebemos um livro de regras, 
não é absolutamente uma boa-no- 
va. Não importa o quanto você e eu 
possamos tentar, jamais seremos 
bons o bastante para escaparmos 
das cadeias do ‘presente século 
mau’ . Somente a graça de Deus, 
entrando na história, na pessoa de 
Jesus Cristo, e fazendo por nós o 
que jamais poderiamos fazer sozi­
nhos, é verdadeiramente o evan­
gelho, ‘Boas-Novas’ ” (RICHARDS, 
Lawrence O. Comentário Devocio- 
nal da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 
2012, p. 843).
II - A TENDÊNCIA JUDAIZAN- 
TE NO INÍCIO DA IGREJA
1. O espanto do apóstolo. Tão logo 
Paulo retornou de sua viagem, ficou 
sabendo que os irmãos da Galácia es­
tavam vivendo outro evangelho, e isso 
deixou 0 apóstolo estarrecido e atônito 
pela rapidez do desvio deles (Gl 1.6). 
0 verbo grego metatithesthe, “deixar, 
abandonar, desertar, mudar de pensa­
mento, virar a casaca”, que o apóstoloemprega nessa passagem, era usado na 
antiguidade quando alguém desertava 
do exército ou se rebelava contra ele. 
Isso significa também mudança de 
partido político, filosofia e religião. Em 
outras palavras, aqueles irmãos gálatas 
estavam abandonando a fé.
2. Quem eram os judaizantes (v.4)? 
0 termo judaizante vem do verbo grego 
ioudaizó, “viver como judeu, adotar 
costumes e ritos judaicos”, e aparece 
uma única vez no Novo Testamento (Gl 
2.14). Eles eram os opositores de Paulo 
identificados também como “ falsos 
irm ãos” (v.4). São reconhecidos no 
capítulo anterior (Gl 1.7) como os que 
se apresentavam como enviados por 
Jerusalém, a igreja-mãe. Na verdade, 
esses homens saíram de Jerusalém por 
sua própria conta. Tiago negou formal­
mente as declarações deles, dizendo que 
não os havia enviado (At 15.24). Eram 
legalistas dentre os judeus, e por isso 
chamados de judaizantes. Esses judeus, 
convertidos ao Senhor Jesus, ensinavam 
que os gentios deveríam observar a Lei 
de Moisés como condição para salvação 
(At 15.1).
3. O clima de tensão (vv. 3-5). Não 
é necessário muito esforço para per­
ceber 0 quanto Paulo e Barnabé foram 
pressionados pelos judaizantes diante 
dos demais apóstolos de Jerusalém. À 
luz do versículo 9, parece que somente
14 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
João, Pedro e Tiago estavam presentes. 
Os outros apóstolos deviam estar em 
plena atividade missionária em outras 
regiões. Os judaizantes chamados de 
“falsos irmãos” conseguiram “furar o 
bloqueio” e entraram sem serem con­
vidados à reunião (v.4). Eram inimigos 
da liberdade cristã, do Evangelho, de 
Paulo e do próprio Cristianismo. O pior 
de tudo é que essas pessoas estavam 
infiltradas na igreja, e conseguiam até 
entrar em reuniões apostólicas.
SINOPSE II
Os judaizantes eram inim igos 
da liberdade cristã, do Evan­
gelho, de Paulo e do próprio 
Cristianism o.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
SEJA ANÁTEMA
“A palavra ‘anátema’ (gr. ana- 
thema) significa que a pessoa caiu 
sob a maldição de Deus, está con­
denada à destruição e receberá o 
juízo de Deus, a punição eterna e a 
separação permanente de Deus: l. 
Paulo expressa a atitude inspirada 
pelo Espírito Santo de ira justifica­
da e juízo para aqueles que tentam 
distorcer o evangelho original de 
Cristo (v. 7) e modificam a verdade 
revelada na Palavra de Deus. Esta 
mesma atitude estava evidente em
Jesus Cristo (Mt 23.13), Pedro (2 
Pe 2), João (2 Jo 7-11) e Judas (Jd 
3-4, 12-19) e será encontrada no 
coração de cada seguidor de Cris­
to que ama e defende a verdade de 
Cristo revelada na Palavra de Deus. 
Isto se deve ao fato de o povo fiel 
de Deus estar convencido de que 
a mensagem de Cristo é as boas- 
- novas de salvação, indispensáveis 
para um mundo que está espiri­
tualmente perdido e separado de 
Deus devido aos seus caminhos 
pecaminosos e rebeldes (veja Rm 
1.16; 10.14-15); 2. Entre os que 
estão condenados se incluem to­
dos os que pregam um evangelho 
contrário à mensagem que Paulo 
pregava, que lhe fora revelada por 
Cristo (w . 11-12; veja o v. 6, nota). 
Qualquer pessoa que acrescente 
algo ou remova algo da mensagem 
original e fundamental de Cristo e 
dos apóstolos (isto é, aqueles que 
foram pessoalmente encarrega­
dos por Jesus para estabelecer a 
sua mensagem na Igreja Primiti­
va) estará sob a maldição de Deus: 
‘Deus tirará a sua parte da árvo­
re da vida’ (Ap 22.18-19); 3- Deus 
ordena que todos os seguidores de 
Jesus defendam a fé (Jd 3, nota), 
que tenham uma atitude de amor 
quando em confronto com outras 
pessoas (2 Tm 2.26-26) e que se 
separem de professores, ministros 
e outras pessoas na igreja que ne­
guem as verdades fundamentais 
ensinadas por Jesus e pelos após­
tolos (w . 8-9; Rm 16.17-18; 2 Co 
6.17; At 14.4)” (Bíblia de Estudo 
Pentecostal - Edição Global. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2022, pp. 2153-54).
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1 5
III - A TENDÊNCIA 
JUDAIZANTE HOJE
1. O mesmo Evangelho (vv.7-9). 
O Evangelho é um só, não há dois. O 
Evangelho de Pedro e 0 de Paulo, também 
chamado respectivamente de Evangelho 
da Circuncisão e da Incircuncisão, são 
meras formas de apresentação, pois 0 con­
teúdo é o mesmo. Ambos receberam uma 
incumbência da parte de Deus, mas com 
audiências diferentes. O compromisso de 
Paulo era com os gentios, ele foi constituí­
do, por Deus, apóstolo e doutor dos gentios 
(l Tm 2.7; 2 Tm 1.11) para pregar aos não 
judeus (Rm 11.13); o de Pedro era com os 
judeus, mas a mensagem é a mesma.
2. O perigo da doutrina judaizante. 
Os apóstolos viam em tudo isso dois 
problemas sérios: ameaça à liberdade 
cristã e o perigo de o Cristianism o 
se tornar uma mera seita judaica. Os 
cristãos judaizantes alteravam o cerne 
do Evangelho, pois colocavam a Lei 
como complemento da obra que Jesus 
efetuou no Calvário. Era, de fato, “outro 
evangelho”, por isso 0 apóstolo Paulo os 
amaldiçoou (G11.8,9). Na verdade, quem 
tem o Espírito Santo vive pelo Espírito. 
Então, contra a tendência judaizante é 
preciso aprender a viver na dependência 
do Espírito e não da Lei, lutando contra 
os vícios da carne e buscando as virtudes 
do fruto do Espírito.
3. As práticas judaizantes atuais. 
Elas são basicamente a guarda do sá­
bado, a observância rigorosa do kashrut 
(termo hebraico para as leis dietéticas do 
judaísmo), a liturgia da sinagoga, o uso 
do shofar, “ trompa”, geralmente feito 
de chifre de carneiro; 0 uso de talit, 0 
manto ou xale usado para oração; e, o 
uso do kippar, o solidéu que os judeus 
religiosos usam sobre a cabeça.
a) Os judeus. Os judeus messiânicos, 
principalmente em Israel, seguem a
tradição judaica. Isso acontece sim ­
plesmente para preservar a identidade 
cultural deles e tem amparo neotesta- 
mentário: “É alguém chamado, estando 
circuncidado? Fique circuncidado” (1 Co 
7.18a). Ou seja, na conversão a Cristo 
do judeu, ele não precisa mudar a sua 
tradição e cultura.
b) Os não judeus. Da mesma forma: “É 
alguém chamado, estando incircuncidado? 
Não se circuncide” (1 Co 7.18b). Ou seja, 
ele não precisa se judaizar. É erro o não 
judeu adotar práticas judaicas na liturgia e 
no dia a dia para imitar 0 Judaísmo. Paulo 
conclui: “Cada um fique na vocação em 
que foi chamado” (l Co 7.20).
SINOPSE III
Contra a tendência judaizante 
é preciso aprender a viver na 
dependência do Espírito e não 
da Lei.
CONCLUSÃO
O resultado da reunião foi desfavo­
rável aos judaizantes. Só 0 fato de os 
apóstolos, sendo judeus, concordarem 
com a explicação sobre a especificidade 
de cada grupo dada por Paulo, já apon­
tava 0 engano desses legalistas sobre a 
obra salvífica em Cristo. Esse resultado 
serviu tanto aos gálatas como a todo 
o Cristianismo nesses mais de vinte 
séculos de história. Assim, a diferença 
entre os judeus messiânicos e os cristãos 
judaizantes atuais é que os judeus estão 
preservando uma cultura hereditária 
do seu povo e os judaizantes colocando 
“remendo novo em pano velho” (Mt 9.16).
16 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
REVISANDO O CON TEÚDO
1. De acordo com a lição, o que se infere da Epístola aos Gálatas?
Infere-se que a Epístola aos Gálatas foi escrita antes do referido Concilio, 
pois não há menção dele na carta, visto que o Concilio tratou do mesmo 
assunto (At 15.5,6).
2. Por que Paulo não cedeu nem um pouco na circuncisão de Tito?
Por duas razões: Tito era grego, e porque estava em jogo a verdade do 
Evangelho e o futuro do próprio Cristianismo.
3. O que significa “judaizante” ?
O termo judaizante vem do verbo grego ioudaizõ, “viver como judeu, adotar 
costumes e ritos judaicos” , e aparece uma única vez no Novo Testamento 
(Gl 2.14).
4. Quem eram os judaizantes e 0 que eles queriam dos gentios?
Eram legalistas dentre os judeus, e por isso chamados de judaizantes. Esses 
judeus, convertidos ao Senhor Jesus, ensinavam que os gentios deveriam 
observar a Lei de Moisés como condição para salvação (At 15.1).
5. Qual a diferença hoje entre judeus messiânicos e cristãosjudaizantes? 
Os judeus messiânicos, principalmente em Israel, seguem a tradição ju­
daica. Ou seja, na conversão a Cristo do judeu, ele não precisa mudar a sua 
tradição e cultura. No caso do não judeu convertido ao cristianismo, ele não 
precisa se judaizar. É erro o não judeu adotar práticas judaicas na liturgia 
e no dia a dia para imitar 0 Judaísmo. Paulo conclui: “Cada um fique na 
vocação em que foi chamado” (1 Co 7.20).
VOCABULÁRIO
Interseção: 0 encontro entre dois planos, duas linhas de idéias; cruzamento. 
Concilio: reunião de dignitários eclesiásticos para deliberar sobre 
questões de fé, costumes, doutrina ou disciplina eclesiástica. 
Sínodo: assembléia regular de párocos convocada pelo bispo. 
Solidéu: pequeno barrete usado pelos judeus (em certas ocasiões, 
como na sinagoga).
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1 7
19 de Janeiro/de 2025
A ENCARNAÇAO DO VERBO
TEXTO ÁUREO
“E 0 Verbo se fez carne e habitou 
entre nós, e vimos a sua glória, 
como a glória do Unigênito do 
Pai, cheio de graça e de verdade” 
(Jo 1.14)
VERDADE PRÁTICA
A vinda do Filho de Deus 
em forma humana é um 
fato presenciado por muitas 
testemunhas, por isso a negação 
da sua historicidade não se 
sustenta.
______________________ )
LEITURA DIARIA
Segunda - Lc 2.40,52
O desenvolvimento físico, 
intelectual e espiritual de Jesus 
Terça - Rm 1.3 
O Filho de Deus nasceu da 
descendência de Davi segundo a 
carne
Quarta - Rm 8.3
Deus enviou o seu Filho em 
semelhança da carne
Quinta - Fp 2.5-8
Jesus se fez semelhante aos
homens
Sexta - 1 Tm 3.16
O próprio Deus se manifestou em 
carne
Sábado - Hb 4.15
Jesus participou da natureza 
humana, mas viveu sem pecado 
entre os homens
1 8 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 João 1.1-3; 4 .1- 3 ; 2 João 7
1 João 1
1 - 0 que era desde 0 princípio, 0 que 
vimos com os nossos olhos, 0 que temos 
contemplado, e as nossas mãos tocaram 
da Palavra da vida
2 - (porque a vida foi manifestada, e nós 
a vimos, e testificamos dela, e vos anun­
ciamos a vida eterna, que estava com 0 
Pai e nos foi manifestada),
3 -0 que vimos e ouvimos, isso vos anun­
ciamos, para que também tenhais comu­
nhão conosco; e a nossa comunhão é com
0 Pai e com seu Filho Jesus Cristo.
1 João 4
1 - Amados, não creiais em todo espírito, 
mas provai se os espíritos são de Deus,
porque já muitos falsos profetas se têm 
levantado no mundo.
2 - Nisto conhecereis 0 Espírito de Deus: 
todo espírito que confessa que Jesus Cristo 
veio em carne é de Deus;
3 - e todo espírito que não confessa que 
Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; 
mas este é 0 espírito do anticristo, do qual 
já ouvistes que há de vir, e eis que está já 
no mundo.
2 João
7 - Porque já muitos enganadores entra­
ram no mundo, os quais não confessam 
que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é 
0 enganador e 0 anticristo.
1# Hinos Sugeridos: 20,139, 255 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A lição desta semana tem como 
finalidade apresentar a doutrina bí­
blica sobre a humanidade de Jesus. 
Desde 0 início da Igreja houve tenta­
tivas de negar a deidade absoluta de 
Cristo, bem como a sua ressurreição. 
Esses grupos céticos tinham a pre­
tensão de desconstruir 0 testemu­
nho e a autoridade apostólica acerca 
de Jesus. Nesta lição, veremos como 
essas heresias se revelam atualmen­
te. Perceberemos que os movimen­
tos heréticos não são novidades. Por 
isso, importa que a igreja destes dias 
prossiga firme em seu compromisso 
de reafirmar a verdade sobre Cristo.
A) Objetivos da Lição: I) Elencar 
as heresias que negam a corporeida- 
de de Cristo; II) Descrever a afirma­
ção apostólica da corporeidade de Je­
sus; III) Relacionar como as heresias 
que negam a humanidade e deidade 
de Cristo se revelam atualmente.
B) Motivação: É muito impor­
tante que a Igreja saiba discernir 
quais são os objetivos e as impli­
cações desses grupos heréticos ao 
tentarem negar a verdade sobre Je­
sus. Não podemos contestá-los se 
não soubermos 0 que eles, de fato, 
pensam e argumentam. Conhecer o 
que os inimigos da fé pensam sobre
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1 9
nós é muito importante para o exer­
cício da defesa da fé.
C) Sugestão de Método: Des­
de os tempos da Igreja Primitiva, 
muitos grupos ou pessoas surgiram 
com visões distorcidas a respeito da 
deidade ou da encarnação de Cristo. 
Atualmente, as heresias continuam 
surgindo como forma de negar a fé 
em Cristo ou enganar a muitos que 
não conhecem as Escrituras Sagra­
das. Aproveite a ocasião e pergunte 
à classe em quais seitas ou religiões 
de nossos dias podemos encontrar 
esses falsos ensinamentos.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Deus convida seus 
servos em todas as épocas a assumir 
o compromisso com a verdade bíbli­
ca que atesta a realidade da divin­
dade de Cristo. Desse modo, como 
Igreja de Cristo, que preza pela ver­
dade do Evangelho, devemos rea­
firmar com afinco a declaração de
Cristo de que Ele e 0 Pai, juntamen­
te com o Espírito Santo, constituem 
uma unidade perfeita.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista 
que traz reportagens, artigos, en­
trevistas e subsídios de apoio à Li­
ções Bíblicas Adultos. Na edição 100, 
p.37, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do 
tópico, você encontrará auxílios que 
darão suporte na preparação de sua 
aula: 1) O texto “A União Hipostá- 
tica” , localizado depois do segundo 
tópico, ressalta a união entre as na­
turezas humana e divina na Pessoa 
única de Jesus.; 2) 0 texto “A Teo­
logia Liberal e a Bíblia” , ao final do 
terceiro tópico, destaca o contraste 
entre a Teologia Liberal e a Teologia 
Bíblica Tradicional.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Vamos começar a apologética cris- 
tológica no presente trim estre 
com 0 tema “A Encarnação de 
Jesus”, uma doutrina sobre 
a humanidade de Cristo. 0 
mesmo apóstolo João que 
se empenha em mostrar 
a deidade absoluta de Je­
sus se preocupa também 
em enfatizar que Jesus viveu 
entre nós, participou da natureza 
humana e teve corpo físico humano. 
A presente lição é uma apologia à sua 
humanidade plena.
I - HERESIAS QUE NEGAM A 
CORPOREIDADE DE CRISTO 
l. O que é Docetismo? 0 ter- 
^ mo vem do grego dokeo, que 
significa “ ter aparência”. 0 
Docetismo é a mais antiga 
heresia da história da igreja 
__ e consiste em negar que Je-
r sus tivesse tido corpo físico 
humano, sua humanidade era 
simplesmente uma aparência, 
como um fantasma.
2. O que os docetas ensinavam 
sobre Jesus? Os seguidores dessa he­
resia ensinavam muitas coisas fora das
Palavra-Chave
Docetismo
20 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
Escrituras e contrárias à Palavra de 
Deus. O nosso enfoque destaca a hu­
manidade de Jesus, como o verdadeiro 
homem. Lucas descreve um começo 
muito humano. Jesus teve parentes e 
amigos, Zacarias e Isabel (Lc 1.5), José e 
Maria (Lc 2.4,5), vizinhos e primos (Lc 
1.36,58), pastores (Lc 2.8), Simeão, Ana 
(Lc 2.25,37). Isso sem contar o relato 
sagrado de sua infância, que enfoca 0 
seu desenvolvimento físico, intelectual 
e espiritual (Lc 2.40,52).
3. O que os principais docetas di­
ziam sobre Jesus? Três dos principais 
heresiarcas negavam que Jesus Cristo 
tivesse vindo em carne. Cerinto negava 
o nascimento virginal de Jesus Cristo 
e ensinava o Docetismo. Ele foi con­
temporâneo do apóstolo João em Éfeso. 
Saturnino, 0 principal representante do 
Gnosticismo sírio, ensinava que Jesus 
Cristo não nasceu, não teve forma e nem 
corpo, foi simplesmente visto de forma 
humana em mera aparência. Marcião é 
outro heresiarca que negava ser Cristo 
verdadeiramente humano, mas quanto 
ao seu corpo, não se sabe se na opinião 
dele era apenas uma aparência ou de 
substância etérea. No entanto, a Bíblia 
declara de maneira direta que Jesus nas­
ceu, mencionando até mesmo local, em 
Belém da Judeia(Mt 2.1; Lc 2.11), e época, 
no reinado de César Augusto, imperador 
romano (Lc 2.1). A Bíblia fala também 
do corpo físico de Jesus (Jo 2.21).
SINOPSE I
Jesus, mesmo sendo Deus, tor- 
nou-se hom em e desenvolveu- 
-se física, intelectual e espiri­
tualm ente.
II - A AFIRMAÇÃO APOSTÓ­
LICA DA CORPOREIDADE DE 
JESUS
1. “O que era desde o princípio” (Jo
1.1) . Os Evangelhos de Mateus, Marcos 
e Lucas, denominados de Evangelhos 
Sinóticos, apresentam Jesus, ressaltando 
seus aspectos humanos, ao passo que 
João reforça o aspecto divino. Os três 
Evangelhos expõem Jesus exteriormente, 
ao passo que João 0 revela interiormente. 
Pode-se dizer que 0 Evangelho de João é 
uma interpretação de Jesus. A expressão 
“O que era desde 0 princípio” é uma 
reiteração daquilo que o apóstolo afirma 
na introdução do Evangelho que leva 0 
seu nome: “No princípio era 0 Verbo” (Jo
1.1) , isso significa que o Verbo já existia 
mesmo antes da criação (Gn l.l). Mas 
João nunca perde de vista que “0 Verbo 
se fez carne”. Não se contenta apenas 
com isso, mas apresenta detalhes im­
portantes, é que o Verbo não somente 
se fez carne, para não deixar dúvida 
alguma, “ e habitou entre nós”, mas 
também foi visto pelas pessoas (Jo 1.14).
2. A reafirmação apostólica (v.lb). 
O apóstolo reitera 0 que afirm a na 
introdução do seu Evangelho: “o que 
vimos com os nossos olhos, 0 que temos 
contemplado, e as nossas mãos tocaram 
da Palavra da vida”. Isso pode parecer 
até uma redundância, “vimos com os 
nossos olhos”, mas 0 propósito é mostrar 
com muita ênfase, sem deixar dúvida 
alguma, que 0 Senhor Jesus veio em 
carne ao mundo, e que pôde ser tocado 
pelos que com Ele conviveram (Jo 20.27). 
Veja que a presença do nome de Pilatos 
no Credo dos Apóstolos 0 posiciona nos 
acontecimentos passados. Ele “ sofreu 
sob Pôncio Pilatos”, ou seja, padeceu nas 
mãos de um personagem da história, 
logo, o Senhor Jesus só pode também 
ser alguém da história (Rm 1.3).
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 2 1
3. Uma crença herética (1 Jo 4.2,3). 
João viveu seus últimos dias na cidade 
de Éfeso, que era a cidade de Cerinto, 
0 doceta. Os escritos do apóstolo João, 
o Evangelho, as três Epístolas e o Li­
vro de Apocalipse, foram produzidos 
na última década do primeiro século. 
Nessa época, 0 docetismo já se difundia 
entre os cristãos. Por isso, o apóstolo 
esclarece, e de maneira direta, que 
todo aquele que nega que Jesus veio 
em carne não é de Deus (1 Jo 4.3). Veja 
a gravidade dessa heresia, pois se Jesus 
não teve corpo físico real, Ele também 
não morreu, e se não morreu, também 
não ressuscitou, se não ressuscitou, logo 
não há esperança de salvação (1 Co 15.1- 
3,17,18). Por essa razão, o apóstolo João 
foi contundente contra os docetas. Os 
expoentes de tal crença são chamados 
de “enganadores” (2 Jo 7).
SINOPSE II
Os Evangelhos Sinóticos apre­
sentam Jesus ressaltando os 
seus aspectos hum anos, ao 
passo que o Evangelho de João 
revela o seu aspecto divino.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
A UNIÃO HIPOSTÁTICA
“A união hipostática descre­
ve a união entre as naturezas hu­
mana e divina na Pessoa única de 
Jesus. Entender adequadamente 
esta doutrina depende da comple­
ta compreensão de cada uma das 
naturezas e de como se constituem 
na única Pessoa. O ensino bíbli­
co acerca da humanidade de Jesus 
revela-nos que, na encarnação, Ele 
tornou-se plenamente humano em 
todas as áreas da vida, menos na 
prática de um eventual pecado.
Uma das maneiras de nos con­
vencermos da completa humani­
dade de Jesus é esta: os mesmos 
termos que descrevem aspectos 
diferentes da humanidade tam­
bém descrevem o próprio Jesus. Por 
exemplo, o Novo Testamento fre­
quentemente usa a palavra grega 
pneuma (espírito) para descrever 
0 espírito do homem; e a mesma 
palavra é empregada para Jesus. 
Ele mesmo aplicou a si o pneu­
ma, quando, na cruz, entregou o 
seu espírito ao Pai e expirou (Lc 
23.46)” (HORTON, Stanley M. Teo­
logia Sistemática: Uma perspectiva 
pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 
1995, PP- 324, 325)
III - COMO ESSAS HERESIAS 
SE REVELAM HOJE
1. Quanto ao nascimento virginal 
de Jesus. Há movimentos que negam 
o nascimento virginal de Jesus, como 
os mórmons, a Igreja da Unificação, e 
ensinam que Ele não foi gerado pelo 
Espírito Santo. Negar a concepção e 
o nascimento virginal de Jesus é uma 
das marcas desses movimentos. É 0 
ensino moderno de Cerinto e seus se­
guidores. A Bíblia anuncia de antemão 
a concepção e nascimento virginal de 
Jesus desde o Antigo Testamento (Is 
7.14) e seu cumprimento histórico no
2 2 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
Novo Testam ento. Jesus foi gerado 
pelo Espírito Santo (Mt 1.18,20); 0 
anjo Gabriel disse a Maria: “Descerá 
sobre ti o Espírito Santo, e a virtude 
do A ltíssim o te cobrirá com a sua 
sombra” (Lc 1.35).
2. Quanto à morte e à ressurreição 
de Cristo. O heresiarca gnóstico do 
Egito, Basilides, negava a crucificação 
de Cristo, dizia que Simão, o cirineu, 
transfigurou-se e foi equivocadamente 
crucificado, e que 0 populacho o tomou 
por Jesus. Assim sendo, Cristo apenas 
presenciou a crucificação de Simão, seu 
suposto sósia. O Alcorão, 0 livro sagrado 
dos muçulmanos e sua principal fonte 
de autoridade espiritual, declara que 0 
Senhor Jesus não foi crucificado, que 
tudo não passou de uma simulação 
(Alcorão 4.157). Nas notas explicativas 
de rodapé nas edições do Alcorão, eles 
afirmam que um sósia de Jesus foi le­
vado à cruz. Isso se parece com a ideia 
de Basilides. Essa doutrina contraria 
todo o pensamento bíblico e os fatos 
históricos. A Bíblia ensina que Jesus 
morreu e ressuscitou dentre os mortos 
(1 Co 15.3,4).
3. Confirmação histórica. A confir­
mação bíblica e histórica da morte de 
Jesus é fato incontestável. Historiadores 
não cristãos, judeus e romanos, ates­
taram a morte de Jesus. Flávio Josefo, 
historiador judeu (37-100 d.C.), disse: 
“acusaram-no perante Pilatos, e este 
ordenou que 0 crucificassem. Os que 0 
haviam amado durante a sua vida não 
o abandonaram depois da morte”. O 
historiador romano Tácito (55-117 d.C.) 
escreveu: “Aquele de quem levavam 0 
nome, Cristo, foi executado no reinado 
de Tibério pelo procurador Pôncio Pila­
tos”. A Bíblia declara que Jesus “depois 
de ter padecido, se apresentou vivo, 
com muitas e infalíveis provas” (At 1.3).
SINOPSE III
A confirm ação bíblica e h is­
tórica da morte de Jesus é fato 
incontestável.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
A TEOLOGIA LIBERAL E A
BÍBLIA
“ Em palavras simples, a doutri­
na cristã ortodoxa da Bíblia postula 
que ela é sobrenaturalmente inspi­
rada por Deus e infalível e normati­
va em todas as questões que dizem 
respeito à salvação — de modo ge­
ral, definida como o relacionamen­
to de uma pessoa com Deus e 0 seu 
cumprimento a nível pessoal. Ela é 
singular dentre os livros por ser a 
Palavra escrita de Deus, diferente 
em espécie, não somente em grau, 
de outros livros importantes. Essa 
crença no status especial da Bíblia é 
encontrada na própria Bíblia (e.g., 
2 Tm 3.16, 17; 2 Pe 1.20, 21) e ao 
longo da História da Igreja, desde 
os Pais Eclesiásticos até o pensa­
mento ocidental da era moderna, 
quando os deístas, por exemplo, 
começaram a questionar a inspira­
ção e a autoridade da Bíblia. Com­
parado ao consenso cristão ortodo­
xo de que a Bíblia é a revelação que 
nos foi sobrenaturalmente dada por 
Deus, o Cristianismo liberal trata a 
Bíblia como um livro humano de 
grande percepção e sabedoria espi­
ritual, mas que não é divinamen­
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 2 3
te inspirado, nem singularmente 
normativo. [...] Os cristãos liberais 
são, no entanto, extremamente re­
lutantes em falar sobre a autori­
dade da Bíblia, e isso os deixa sem 
uma fonte ou norma objetiva para 
as crenças e as doutrinas cristãs” 
(OLSON, Roger. Contra a Teologia 
Liberal: Uma defesa cristã bíblica 
tradicional. Rio de Janeiro: CPAD, 
2023, PP- 54 , 55).
CONCLUSÃO
As expressões “o Verbo se fez carne” 
e “Jesus Cristoveio em carne” signi­
ficam uma resposta aos docetas. Os 
Evangelhos revelam vários atributos 
característicos do Jesus ser humano. 
Ele foi revestido do corpo físico porque 
o pecado entrou no mundo por um 
homem, e pela justiça de Deus tinha de 
ser vencido por um ser humano. Jesus 
se encarnou. Fez-se homem sujeito ao 
pecado, embora nunca houvesse pecado, 
e venceu o pecado como homem.
1. Como o Docetismo pode ser definido?
O Docetismo é a mais antiga heresia da história da igreja e consiste em 
negar que Jesus tivesse tido corpo físico humano, sua humanidade era sim­
plesmente uma aparência, como um fantasma.
2. Quais os três principais heresiarcas docetas?
Cerinto, Saturnino e Marcião.
3. Qual a gravidade do Docetismo?
A gravidade dessa heresia está em afirmar que Jesus não teve corpo físico 
real. Então, Ele também não morreu, e se não morreu, também não ressusci­
tou, se não ressuscitou, logo não há esperança de salvação (1 Co 15.1-3,17,18).
4. O que o apóstolo reitera na introdução do Evangelho de João?
O apóstolo reitera o que afirma na introdução do seu Evangelho: “ o que 
vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos 
tocaram da Palavra da vida” .
5. Quem, na antiguidade e atualidade, nega a crucificação do Senhor Jesus? 
O heresiarca gnóstico do Egito, Basilides, negava a crucificação de Cristo, 
dizia que Simão, 0 cirineu, transfigurou-se e foi equivocadamente crucifi­
cado, e que o populacho o tomou por Jesus. Atualmente, o Alcorão, 0 livro 
sagrado dos muçulmanos e sua principal fonte de autoridade espiritual, de­
clara que o Senhor Jesus não foi crucificado, que tudo não passou de uma 
simulação (Alcorão 4.157).
2 4 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
LIÇÃO 4
DEUS É TRIÚNO
\
TEXTO ÁUREO
“Portanto, ide, ensinai todas as 
nações, batizando-as em nome 
do Pai, e do Filho, e do Espírito 
Santo.” (Mt 28.19)
V __________________________
VERDADE PRÁTICA
Desde a eternidade Deus é Pai, 
Filho e Espírito Santo e essa 
verdade está em toda a Bíblia.
_______________ J
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 1.1
Os primeiros vislumbres da 
Trindade
Terça - Is 63.8-10
Javé, o Anjo de sua face e o 
Espírito de sua santidade são 
distinguíveis como três pessoas 
Quarta - l Co 12.4-6 
O Deus Triúno presente na 
distribuição dos dons espirituais
Quinta - 2 Co 13.13
A Santíssima Trindade presente
na bênção apostólica
Sexta - Ef 4.4-6
Três pessoas: Pai é Pai, Filho
é Filho e Espírito Santo é Espírito
Santo
Sábado - l Pe 1.2
A Trindade atua na obra 
da salvação
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 2 5
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
M ateus 3.15-17; 28.19,20
Mateus 3
15 -Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: 
Deixa por agora, porque assim nos convém 
cumprir toda a justiça. Então, ele 0 permitiu.
16 - E, sendo Jesus batizado, saiu logo 
da água, e eis que se lhe abriram os céus, 
e viu 0 Espírito de Deus descendo como 
pomba e vindo sobre ele.
17 - E eis que uma voz dos céus dizia: Este é 
0 meu Filho amado, em quem me comprazo.
Mateus 28
19 - Portanto, ide, ensinai todas as nações, 
batizando-as em nome do Pai, e do Filho, 
e do Espírito Santo;
20 - ensinando-as a guardar todas as 
coisas que eu vos tenho mandado; e eis 
que eu estou convosco todos os dias, até 
à consumação dos séculos. Amém!
Hinos Sugeridos: 185, 307, 553 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Embora a palavra “Trindade” não 
esteja escrita na Bíblia, o seu concei­
to é evidenciado por toda a Escritura; 
desde 0 início da Criação, narrado no 
Antigo Testamento, até a revelação 
das últimas coisas, presente no Apo­
calipse. Dessa forma sabemos que 
essa doutrina não é irrelevante.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) De­
monstrar como a Bíblia apresenta 
a Trindade; II) Indicar as principais 
heresias sobre a doutrina da Trinda­
de; III) Explicar os perigos do Uni- 
cismo na atualidade.
B) Motivação: Por mais elaborada e 
robusta que seja a explicação teológica 
sobre o Deus que é Pai, Filho e Espíri­
to Santo - diferentes, mas iguais em 
majestade e poder; três, porém, um -, 
o Criador continuará a transcender 0 
entendimento da criatura.
C) Sugestão de Método: Deus é 
transcendente; os seus pensamentos 
estão muito acima de nossa compre­
ensão, quiçá a sua essência. Por isso, 
ao introduzir esta aula, compartilhe 
com a classe essa reflexão, a partir de 
1 Coríntios 13.12, mostrando que ago­
ra vemos em parte, mas um dia o co­
nheceremos como somos conhecidos.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Foi do agrado do 
Deus Todo-Poderoso se revelar aos 
pequeninos com todo esplendor de 
sua natureza triúna. Portanto, não 
percamos a oportunidade de nos re­
lacionar com o Deus Pai, com 0 nos­
so Salvador Jesus Cristo, o Filho, e 0 
Espírito Santo Consolador.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista 
que traz reportagens, artigos, en­
trevistas e subsídios de apoio à Li-
26 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
çôes Bíblicas Adultos. Na edição 100, 
p.38, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final 
do tópico, você encontrará auxílios 
que darão suporte na preparação de 
sua aula: 1) O texto “O conceito do
Deus Trino e Uno” , localizado de­
pois do segundo tópico, ressalta a 
distinção na unidade das três pes­
soas da Trindade; 2) O texto “ Nega­
ção ao unicismo, unitarismo e tri- 
teísmo” , ao final do terceiro tópico, 
aprofunda a explicação apresentada, 
refutando-a biblicamente.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O Novo Testam ento mostra que 
os cristãos do período apostólico re­
conheciam 0 seu Deus como triúno 
sem precisar de formulação teológica, 
recurso a que a igreja mais tarde 
precisou recorrer para res- > 
ponder às idéias equivocadas 
sobre Deus. A Trindade é 
uma doutrina com sólidos 
fundamentos bíblicos e, 
mesmo sem conhecer essa 
terminologia, a “Trindade”, 
os cristãos do período apos­
tólico reconheciam essa verdade.
I - COMO A BÍBLIA APRESEN­
TA A SANTÍSSIMA TRINDADE
1. A Trindade e o monoteísmo judai­
co-cristão. As Escrituras ensinam que 0 
Deus de Israel, revelado nas Escrituras 
dos judeus (Dt 6.4; 2 Rs 19.15; Ne 9.6; SI 
83.18; 86.10), é 0 mesmo Deus do Novo 
Testamento (Mc 12.29-32).
a) Cada uma das três pessoas é chamada 
“Deus”. A mesma Bíblia que ensina haver 
um só Deus, e que Deus é um só, ensi­
na também que o Pai é Deus, 0 Filho é 
Deus e 0 Espírito Santo é Deus. O nome 
“Deus” se aplica ao Pai sozinho (Fp 2.11), 
da mesma forma ao Filho (Cl 2.9) e ao 
Espírito Santo (At 5.3,4).
b) Cada uma das três pessoas é cada 
“Senhor”. Isso também ocorre com o 
Tetragrama (as quatro consoantes do 
nome divino Yhwh), “ Senhor”, pois 
aplica-se ao Pai sozinho (SI 110.1), ao 
Filho (Is 40.3; Mt 3.3), e ao Espírito 
Santo (Ez 8.1,3). No entanto, 
aplica-se à Trindade (Dt 6.4; 
SI 83.18).
I c) 0 monoteísmo bíblico não
| contradiz a Trindade. “Ouve, 
f Israel, 0 Senhor, nosso Deus, é 
0 único Senhor” (Dt 6.4). Essa 
é a confissão de fé no Judaísmo. 
A palavra hebraica ’echad, tradu­
zida como “único”, indica uma unidade 
composta, é o mesmo termo usado para 
afirmar que marido e mulher são am­
bos “uma só carne” (Gn 2.24). O termo 
’echad, em Deuteronômio 6.4, indica 
que o monoteísmo judaico-cristão não 
contradiz a Trindade.
2. Evidência no Antigo Testamento. 
Essa doutrina está implícita desde o 
Antigo Testamento, pois há declarações 
que indicam claramente a pluralidade na 
unidade de Deus: “E disse Deus: Façamos 
0 homem à nossa imagem, conforme a 
nossa semelhança” (Gn 1.26); “disse o 
Senhor Deus: Eis que o homem é como 
um de nós” (Gn 3.22); “e o Senhor disse: 
... Eia, desçamos e confundamos ali a 
sua língua, para que não entenda um
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 2 7
a língua do outro” (Gn 11.6,7). E, não 
para por aí, em Isaías 63.8-14, 0 Espírito 
Santo aparece alternadamente com Javé 
e com 0 “Anjo de sua face”.
3. Revelada no NovoTestamento. 
A Trindade bíblica, ou seja, a Trindade 
em si mesma, pregada pelos cristãos, 
consiste em um só Deus que subsiste 
eternamente em três Pessoas distintas.
a) A Trindade em si mesma. A base bíblica 
da Trindade salta à vista de qualquer leitor 
do Novo Testamento a começar pela Grande 
Comissão (Mt 28.19), na distribuição dos 
dons espirituais (1 Co 12.4-6), na bênção 
apostólica, também conhecida como bênção 
trinitária (2 Co 13.13), na unidade da igreja 
(Ef 4.4-6), na obra da salvação (1 Pe 1.2). 
Além das inúmeras passagens tripartidas 
que revelam a Trindade (Fp 3.3).
b) A Trindade dos credos. A Trindade 
é a união de três Pessoas: 0 Pai, 0 Filho 
e o Espírito Santo em uma só Divinda­
de, iguais em poder, glória, majestade 
e eternidade, da mesma substância, 
embora distintas.
SINOPSE I
Embora o termo “Trindade” 
não esteja nas Escrituras, seu 
conceito e doutrina são de­
monstrados por toda a Bíblia.
II - AS HERESIAS CONTRA A 
DOUTRINA DA TRINDADE
São duas as principais heresias contra 
a Trindade: o Unicismo e o Unitarismo. 
Ambas são contrárias à Bíbia, condenadas 
pelas igrejas antigas e rejeitadas pelos 
principais ramos do Cristianismo. Nesta 
lição, trataremos do Unicismo.
l. O Unicismo. Esse movimento desde 
a sua origem no século 3 é conhecido 
como monarquianismo, modalismo, 
patripassianismo e sabelianismo. Os 
principais heresiarcas representantes 
desse movimento foram Noeto, Prá-
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“A TRINDADE: É POSSÍVEL QUE 
DEUS SEJA, AO MESMO TEMPO, UM 
E TRÊS?
A crença de que um Deus único exista 
eternamente em três pessoas é conhecida 
como a doutrina da Trindade. E esta doutrina 
tem um importante papel na fé cristã. Na 
verdade, a doutrina da encarnação — que 
afirma que Jesus, como Deus, tornou-se um 
homem, e que Ele é, portanto, plenamente 
divino e plenamente humano — pressupõe 
essa crença. Esta última doutrina está no 
âmago da fé cristã.” Amplie mais 0 conhe­
cimento, lendo a Bíblia de Estudo Apologia 
Cristã, editada pela CPAD, p.1535.
28 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
xeas e Sabélio. 0 Unicismo não nega a 
deidade absoluta do Filho e nem a do 
Espírito Santo, mas negam a Trindade, 
pois confundem as pessoas. A heresia 
consiste em negar a Trindade, pois ensina 
ser o Pai, o Filho e o Espírito Santo uma 
única pessoa e não três pessoas distintas 
em uma só divindade. A Bíblia ensina o 
monoteísmo, ou seja, a existência de um 
só e único Deus eternamente subsistente 
em três pessoas distintas (Mt 3.16,17; 1 
Pe 1.2). É como afirma o nosso Cremos 
em nossa Declaração de Fé.
2. A verdade bíblica. Ninguém no 
mundo chega à conclusão unicista 
simplesmente pela leitura da Bíblia, 
pelo contrário, salta à vista de qualquer 
leitor a distinção dessas três pessoas 
da Trindade, a começar pelo batismo 
de Jesus (Mt 3.16). Diversas vezes Jesus 
deixou claro que Ele é uma Pessoa e 0 
Pai outra (Jo 8.16,17; 17.3), embora se­
jam Eles 0 mesmo Deus (Jo 10.30). Com 
frequência, Ele se dirigia ao Pai como 
outra Pessoa (Mt 20.23; Mt 26.39, 42); 
também, nos seus discursos (Jo 5.18- 
23; 8.19; 10.18; 11.41, 42); e, na oração 
sacerdotal em João 17. Trata-se de um 
relacionam ento do tipo eu, tu, ele. 
Quando Jesus anuncia a vinda do Con­
solador, Ele emprega a terceira pessoa 
(Jo 14.16,26). A Bíblia ensina que Jesus 
é “0 Filho do Pai” e não o próprio Pai 
(2 Jo 3). Isso significa que não pode ser 
o próprio Pai do mesmo Filho.
SINOPSE II
O Unicismo e o Unitarism o são 
duas das principais heresias 
sobre a Trindade, condenadas 
biblicam ente.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“O CONCEITO DO DEUS TRINO
E UNO
Acha-se somente na tradição 
judaico-cristã. Esse conceito não 
surgiu mediante a especulação dos 
sábios deste mundo, mas através da 
revelação outorgada passo a passo 
na Palavra de Deus. Em todos os 
escritos dos apóstolos, a Trindade 
é implícita e tomada como certa (Ef 
1.1-14; iPe 12). Fica claro que o Pai, 
0 Filho e 0 Espírito Santo existem 
eternamente como três Pessoas 
distintas, mas as Escrituras tam­
bém revelam a unidade dos três 
membros da Deidade.
As Pessoas da Trindade têm 
vontades separadas, porém nunca 
conflitantes (Lc 22.42; 1C0 12.11). 
O Pai fala ao Filho, empregando 
0 pronome da segunda pessoa do 
singular: ‘Tu és meu Filho amado; 
em ti me tenho comprazido’ (Lc 
3.22). Declara que veio ‘não para 
fazer a minha vontade, mas a von­
tade daquele que me enviou’ (Jo 
6.38)” (HORTON, Stanley. Teolo­
gia Sistemática: Uma Perspectiva 
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 
1996, pp.162-63).
III - UNICISMO: UMA HERESIA 
ANTIGA NA ATUALIDADE 
1. O problema. Na atualidade, exis­
tem alguns movimentos evangélicos 
pentecostais que são unicistas e ensi­
nam a respeito de um Deus diferente. 
De forma sutil e por meio da música, 
esses unicistas ensinam esse desvio 
doutrinário sobre Deus. Isso não é um
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 2 9
mero jogo de palavras. Jesus disse que 
a vida eterna implica esta distinção: “E 
a vida eterna é esta: que conheçam a ti 
só por único Deus verdadeiro e a Jesus 
Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3). Essa 
passagem mostra que a salvação envolve 
duas pessoas distintas e que esse conhe­
cimento não é cognoscível, mas místico, 
espiritual, que implica comunhão, fé, 
obediência, adoração. Conhecer a Deus 
é 0 mesmo que conhecer a Cristo, em 
virtude da unidade de natureza do Pai 
e do Filho (Jo 10.30). Jesus disse que 
ninguém conhece o Filho sem o Pai e 
vice-versa (Mt 11.27).
2. Uma reflexão bíblica. O que dizer 
de pessoas convertidas por meio do 
ministério dessas músicas unicistas? O 
poder é da Palavra, e não do tal movi­
mento, a Palavra de Deus é a semente, 
mesmo sendo semeada por mãos en­
fermas e infeccionadas, a semente vai 
germinar. Jesus falou sobre isso no 
Sermão do Monte (Mt 7.21-23). Alguns 
podem dizer que se sentem bem ao ouvir 
tais músicas. Assim, convém lembrar 
que ninguém está autorizado a fundar 
doutrinas com base em experiências 
humanas. As emoções caíram com a 
natureza humana no Éden (Jr 17.9), e 
não servem como instrumento aferidor 
da doutrina. A Bíblia é a única fonte 
de doutrina e não as nossas emoções, 
pois somos norteados pela Palavra na 
direção do Espírito (2 Pe 1.19; Jo 16.13).
3. A posição oficial. O Unicismo é 
condenado na Bíblia, considerado he­
resia pelas igrejas desde a sua origem 
e rejeitado pelos principais ramos do 
cristianismo e pela nossa Declaração de Fé 
(III.2). Temos um manifesto oficial contra 
0 Unicismo e o uso de músicas de grupos 
unicistas em nossas igrejas. A maioria 
de nossa liderança tem se posicionado 
contra essa heresia. A im portância
dessa decisão é para evitar que se adore 
a outro Jesus, um Jesus falso, diferente 
do revelado no Novo Testamento (2 Co 
11.4). Mas devemos destacar que não 
somos contra os unicistas, mas con­
tra o unicismo, a doutrina desviante. 
Devemos manter contato respeitoso 
no nosso dia a dia com essas pessoas, 
embora discordando de suas crenças 
com mansidão (2 Jo 10,11).
SINOPSE III
O Unicismo, embora seja uma 
heresia antiga, tam bém está 
presente na atualidade.
AUXÍLIO DOUTRINÁRIO
“ NEGAÇÃO AO UNICISMO, 
UNITARISMO E TRITEÍSMO. Ne­
gamos o unicismo sabelianista e 
moderno, ou seja, que o Pai, o Filho 
e o Espírito Santo sejam três modos 
de uma mesma pessoa divina, por­
que está escrito que as três pessoas 
são distintas.
Negamos também o unitaris- 
mo, pois essa doutrina afirma que 
somente 0 Pai é Deus, negando, 
assim, a divindade do Filho e do 
Espírito Santo, ao passo que as Es­
crituras Sagradas ensinam a divin­
dade do Filho e do Espírito Santo.
Também negamos o triteísmo, 
ou seja, que existam três deuses 
separados, pois a Bíblia revela a
3 0 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2025
existência de um único Deus ver­
dadeiro: ‘há um só Deus e que não 
há outro além dele’ (Mc 12.32); ‘to­
davia, para nós há um só Deus’ (1 
Co 8.6). Essa doutrina monoteísta 
tem implicação para a salvação: “ E 
a vida

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