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(Credenciado pela Portaria MEC nº 282, de 14 de abril de 2022) (DOU nº 73, Seção 1, 18/04/2022, p.15) DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA JURIDICA PROFESSOR: Rodrigo Freitas Palma SEMESTRE: TURNO: MATUTINO ALUNO(A):PEDRO HENRIQUE CARVALHO DA SILVA MATRÍCULA: Direitos Quilombolas No brasil existe atualmente mais de 3447 comunidades quilombolas entre todas as regiões do brasil, Os quilombolas são os remanescentes de um grupo étnico-racial formado por descendentes de escravos fugitivos durante o período da escravidão no país entre outros grupos que viviam nos chamados quilombos.Na Constituição federal de 1988 o artigo 68 do ato das disposições constitucionais transitorias que regula as terras remanescentes pertencentes as comunidades quilombolas.O Decreto nº 4.887, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 20 de novembro de 2003, possui apenas 25 artigos, e expande o que se foi disposto no art. 68 do ADCT, para regulamentar as áreas pertencentes às comunidades quilombolas remanescentes. A formação das comunidades quilombolas ocorreu, sobretudo, durante os séculos XVIII e XIX, época em que diversas formas de trabalho compulsório predominaram na 1 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/98186/decreto-4887-03 América. No caso do Brasil, a escravidão foi a principal forma por meio da qual essa subjugação se manifestou. Os africanos enfrentaram grandes dificuldades em resistir às arbitrariedades, tendo suas possibilidades de rebeldia limitadas por diversos fatores, como o desconhecimento do território brasileiro – um dos pontos principais que favoreceram os indígenas em relação aos africanos –facilitandoa sua dominação. Os indígenas, por sua, vez conheciam o seu território e, portanto, conseguiam fugir com mais facilidade, além de terem recebido proteção da Igreja Católica, ao contrário dos negros. A inclusão dos direitos dos quilombolas no âmbito dos direitos fundamentais auxiliou na concretização do artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), já citado no presente trabalho como um dispositivo que visou regulamentar as terras remanescentes pertencentes às comunidades quilombolas, no entanto, essa inserção não foi suficiente para resolver os diversos problemas de certificação e aceitação dessas comunidades no meio social e jurídico. Diante disso, torna-se evidente os entraves relacionados aos direitos constitucionais dos quilombolas – embora tenham apresentado um grande avanço nas últimas décadas e conquistado um pequeno espaço dentro do sistema jurídico brasileiro, como no caso da Convenção 169 da OIT– ainda há uma necessidade de diminuir esse afastamento entre a norma e a população quilombola, para que a inclusão e proteção desse povo marcado pelo sofrimento sejam concebidas pelo ordenamento jurídico de uma forma absoluta. 2