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Interpretação de textos diversos ............................................................................................................................................ 3
Principais tipos e gêneros textuais e suas funções ................................................................................................................. 3
Semântica: sinônimos, antônimos, sentido denotativo e sentido conotativo ........................................................................9
Emprego e diferenciação das classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, artigo, verbo, advérbio, 
preposição e conjunção ........................................................................................................................................................ 23
Tempos, modos e flexões verbais ......................................................................................................................................... 23
Flexão de substantivos e adjetivos (gênero e número) ........................................................................................................ 23
Pronomes de tratamento ..................................................................................................................................................... 32
Colocação pronominal .......................................................................................................................................................... 37
Concordâncias verbal e nominal .......................................................................................................................................... 71
Regências verbal e nominal .................................................................................................................................................. 78
Mecanismos de coesão e coerência textuais ......................................................................................................................... 4
Crase ..................................................................................................................................................................................... 82
Ortografia (conforme Novo Acordo vigente) ........................................................................................................................ 14
Pontuação............................................................................................................................................................................. 64
Acentuação ........................................................................................................................................................................... 64
Figuras de linguagem .............................................................................................................................................................. 3
Relação entre a linguagem verbal e outras linguagens .......................................................................................................... 3
Sintaxe da oração e do período ............................................................................................................................................ 23
Reescritura de frases .............................................................................................................................................................. 3
Funções da linguagem ............................................................................................................................................................ 3
Vícios de linguagem ................................................................................................................................................................ 3
Discursos direto, indireto e indireto livre ............................................................................................................................... 3
Uso da língua em diversos contextos sociais .......................................................................................................................... 3
Redação de documentos oficiais .......................................................................................................................................... 92 
SUMÁRIO
Língua Portuguesa
SEE AC
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
3
Língua Portuguesa
Jonas Rodrigo Gonçalves • Márcio Wesley
Jonas Rodrigo Gonçalves
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Compreensão e Interpretação de Textos de Gêneros 
Variados
É difícil conceituar a manifestação artística chamada Lite-
ratura. Aristóteles (384 a.C. a 322 a.C.), na obra Arte Poética, 
definiu o que hoje é conhecido como gêneros literários. Logo, 
convém reparar que a história da teoria dos gêneros pode 
ser contada a partir da Antiguidade greco-romana, quando 
surgiram também as primeiras manifestações poéticas da 
cultura ocidental.
Gêneros literários se caracterizam como divisões feitas 
em obras literárias de acordo com características formais 
comuns, agrupando-as conforme critérios estruturais, con-
textuais e semânticos, entre outros. Os gêneros literários se 
constituem como categorias dos textos literários, classifica-
dos de acordo com a forma e com o conteúdo. Dessa forma, 
englobam o conjunto de características formais e temáticas 
das manifestações literárias. O termo “gênero” vem do latim 
( genus e eris) e significa origem e nascimento.
Nesse sentido, os gêneros literários reúnem um conjunto 
de obras que apresentam características análogas de forma 
e de conteúdo. Essa classificação pode ser feita de acordo 
com critérios semânticos, sintáticos, fonológicos, formais, 
contextuais, entre outros. Eles se dividem em três categorias 
básicas: gêneros épico (“palavra narrada”), gênero lírico (“pa-
lavra cantada”) e gênero dramático (“palavra representada”). 
Convém salientar também que, na atualidade, os textos 
literários se organizam em três gêneros: gênero lírico; gênero 
narrativo; gênero dramático. Dentro de um determinado gê-
nero literário há o predomínio de uma estrutura típica, que 
não corresponde à estrutura de outro gênero literário, visto 
que cada um apresenta características próprias.
Gênero Lírico
O gênero lírico é escrito em verso, em primeira pessoa 
do discurso (eu); expressa sentimentos e emoções; exterio-
riza um mundo interior; apresenta um caráter subjetivo; usa 
palavras no seu sentido conotativo; recorre a muitas figuras 
de linguagem.
O gênero lírico apresenta textos em versos por inter-
médio de uma linguagem poética, de caráter sentimental 
com predominância da subjetividade do eu-lírico (primeira 
pessoa). O nome “lírico” surgiu de “lira” (latim), instrumento 
utilizado para acompanhar as poesias cantadas. Convém res-
saltar que o “eu-lírico” se distingue do(a) autor(a), ou seja, o 
eu-lírico pode ser masculino ou feminino, independente de 
sua autoria. Alguns exemplos de textos líricos são: Soneto; 
Poesia; Ode; Haicai; Hino; Sátira, Elegia; Idílio, Écloga; Epitalâ-
mio (também conhecidos como subgêneros do gênero lírico).
Os textos do gênero lírico, os quais expressam sentimen-
tos e emoções, são permeados pela função poética da lingua-
gem. Neles existe a predominância de pronomes e verbos na 
1ª pessoa, além da exploração da musicalidade das palavras. 
Gênero Épico ou Narrativo
No gênero épico ou narrativo existe a presença de um(a) 
narrador(a), responsável por contar uma história cujas per-
sonagens atuam em um determinado espaço e tempo. 
Pertencem a esse gênero as seguintes modalidades: Épico; 
Fábula; Epopeia ou Poesia Épica; Novela; Conto; Crônica; 
Ensaio; Romance (também conhecidos como subgêneros do 
gênero narrativo).
O gênero narrativo é escrito majoritariamente em prosa; 
apresenta um(a) narrador(a) que conta a ação; narra uma 
sucessão de acontecimentos reais ou imaginários; apresenta 
a estrutura básica de introdução, desenvolvimento e conclu-
são; desenrola-se num tempo e num espaço; utiliza discurso– lojinha, lojista
 granja – granjear, granjinha, granjeiro 
• Nas palavras de uso um tanto e quanto discutíveis:
 manjerona, jerico, jia, jumbo etc.
• A terminação “aje” é sempre com “j”:
 ultraje, laje etc.
EXERCÍCIOS
1. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia.
a) pajem. 
b) varejo. 
c) gorjeta. 
d) ajiota. 
e) rijeza.
2. Assinale a alternativa correta em relação à ortografia.
a) refújio. 
b) estájio. 
c) rijeza. 
d) pedájio. 
e) ferrujem.
3. Observe as frases que se seguem:
 I – Minha coragem é algo incontestável.
 II – O jiló é um fruto amargo, mas delicioso.
 III – A giboia é uma serpente brasileira.
 Agora, responda, em relação à ortografia das palavras 
sublinhadas.
a) Todas estão corretas.
b) Somente a III está correta.
c) Todas estão incorretas.
d) Somente a III está incorreta.
e) Somente a I está correta.
4. Assinale a alternativa correta em relação à ortografia.
a) Jertrudes. 
b) jestão. 
c) jerimum. 
d) jesso. 
e) jerminar.
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
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5. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia.
a) jereré. 
b) jeropiga. 
c) jenipapo. 
d) jequitibá. 
e) jervão.
GABARITO
1. d 2. c 3. d 4. c 5. e
Emprego do “ch”
O “ch” provém da evolução de grupos consonantais la-
tinos:
CI - clave / Ch – Chave
FI – Flagrae / Ch – Cheirar
PI – Plenu / Ch – Cheio
PI – Planu / Ch – Chão.
• Na palavra derivada de outra que já vem escrita com 
“ch”:
 charco / encharcar, encharcado
 chafurda / enchafurdar
 chocalho / enchocalhar
 chouriço / enchouriçar
 chumaço / enchumaçar 
 cheio / encher, enchimento 
 enchova / enchovinha
• Nas palavras após “re”:
 brecha, trecho, brechó
• Nas palavras aportuguesadas, oriundas de outros idio-
mas:
 salsicha / do itálico “salsíccia”
 sanduíche / do inglês “sandwich”
 chapéu / do francês “chapei”
 chope / do francês “chope” e do alemão “Schoppen”
• O “ch” provém, também, da formação do dígrafo “ch” 
latino que se originou da evolução ao longo dos tempos:
 cheirar, cheio, chão, chaleira etc.
EXERCÍCIOS
1. Todas as palavras das alternativas abaixo estão correta-
mente grafadas, exceto:
a) enchumaçar. 
b) cachumba. 
c) chave. 
d) brecha. 
e) galocha.
2. Todas as palavras abaixo estão incorretamente grafadas, 
exceto:
a) faicha. 
b) fachina. 
c) repuchão. 
d) chuteira. 
e) relachado.
3. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia.
a) chilindró. 
b) estrebuchar. 
c) facho. 
d) chafurdar.
e) chamego.
4. Assinale a afirmação incorreta.
a) A palavra “boliche” está corretamente grafada.
b) A palavra “rocho” está corretamente grafada.
c) A palavra “mecha” está corretamente grafada.
d) A palavra “richa” está incorretamente grafada.
e) A palavra “chereta” está incorretamente grafada.
5. Assinale a alternativa correta. 
a) tachinha (prego). 
b) chilindró.
c) cocho (manco). 
d) muchocho.
e) muchiba.
GABARITO
1. b 2. d 3. a 4. b 5. a
Emprego do “X”
• O “x” representa cinco fonemas tradicionais:
– “s” em final de sílabas seguido de consoante:
 extático, externo, experiência, contexto etc.
– “z” em palavras com prefixo “ex”, seguido de vogal:
 exame, exultar, exequível etc.
– “ss” como “ss” intervocálico:
 trouxe, próximo, sintaxe etc.
– “ch” no início ou no interior de algumas palavras:
 xícara, xarope, luxo, ameixa etc.
– “cs” no meio ou no fim de algumas palavras:
 fixo, tórax, conexão, tóxico etc.
 Obs.: Quando no final de sílabas o “x” não for prece-
dido da vogal “a”, deve-se empregar o “s” em vez de 
“x”: misto, justaposição etc.
• Em vocábulos de origem árabe e castelhana:
 xadrez, oxalá, enxaqueca, enxadrista etc.
• Em palavras de formação popular, africana ou indígena:
 xepa, xereta, xingar, abacaxi, caxumba, muxoxo, xa-
vante, xiquexique, xodó etc.
• geralmente é usado após a sílaba inicial “en”, em pa-
lavras primitivas:
 enxada, enxergar, enxaqueca, enxó, enxadrezar, enxam-
brar, enxertar, enxoval, enxovalhar, enxurrada, enxofre, 
enxovia, enxuto etc.
 Exceções:
 encher, derivada de cheio
 anchova ou enchova e seus derivados etc.
 Obs.: Se a palavra é derivada, dependerá da grafia da 
primitiva.
 charco – encharcar; chocalho – enchocalhar
 chafurda – enchafurdar; chouriço – enchouriçar 
 chumaço – enchumaçar (estofar) etc.
• Emprega-se o “x” após ditongos:
 ameixa, caixa, peixe, feixe, frouxo, deixar, baixa, rou-
xinol etc.
Lí
N
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 P
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 Exceções:
 caucho, cauchal, caucheiro, recauchutar, recauchuta-
gem etc.
• Emprega-se “ex” quando seguido de vogal:
 exame, exército, exato etc.
• Emprega-se “ex” quando se segue:
 PLI – exPLIcar
 CI – exCItante
 CE – exCElência
 PLO – exPLOrar
EXERCÍCIOS
1. Assinale a alternativa incorreta.
a) enxada. 
b) enxaqueca. 
c) enxova. 
d) enxofre.
e) enxertar.
2. Assinale a alternativa correta.
a) enxarcar. 
b) enxocalhar. 
c) enxouriçar.
d) enxurrada. 
e) enxumaçar.
3. Assinale a alternativa incorreta em relação ao uso do 
“X”:
a) cambaxirra. 
b) flexar. 
c) taxar (preço). 
d) explicar.
4. Todas as palavras abaixo estão corretas em relação ao 
uso do “X”, exceto:
a) enxerto. 
b) sintaxe. 
c) textual. 
d) síxtole.
5. Complete as lacunas das palavras, com uma das alter-
nativas que se segue:
 e__pontâneo; e__terior; e__perto; e__cessivo.
a) x – s – x – s 
b) s – x – s – x
c) s – s – x – x 
d) x – x – s – s
GABARITO
1. c 2. d 3. b 4. d 5. b
Uso do “E”
• Nos verbos terminados em “uar”, “oar”, nas formas do 
presente do subjuntivo:
 continuar – continue – continues
 efetuar – efetue – efetues
 habituar – habitue – habitues
 averigue – averigues
 perdoar – perdoe – perdoes
 abençoar – abençoe – abençoes
• Palavras formadas com o prefixo “ante”:
 antecipar, anterior, antevéspera
Uso do “I”
• Nos verbos terminados em “uir” nas segunda e tercei-
ra pessoas do singular do presente do indicativo e a 
segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo:
 constituir – constitui – constituis
 possuir – possui – possuís
 influir – influi – influis
 fluir – flui – fluis
 diminuir – diminui – diminuis
 instituir – institui – instituis
EXERCÍCIOS
1. Assinale a alternativa incorreta em relação ao uso do 
“e” e do “i”:
a) destilar. 
b) cumeeira. 
c) quase. 
d) cadiado.
2. Assinale a alternativa correta em relação ao uso do “e” 
e do “i”:
a) criolina. 
b) cemitério. 
c) palitó. 
d) orquídia.
3. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação 
ao uso do “e” e do “i”, exceto:
a) seringa. 
b) seriema. 
c) umedecer. 
d) desinteria.
4. Todas as alternativas abaixo estão incorretas em relação 
ao uso do “e” e do “i”, exceto:
a) crâneo. 
b) meretíssimo. 
c) previlégio. 
d) Filipe. 
5. Quanto às palavras
 I – Impigem.
 II – Terebentina. 
 III – Pinicilina.
 podemos afirmar:
a) somente a I está correta.
b) somente a II está correta.
c) todas estão incorretas.
d) todas estão corretas.
GABARITO
1. d 2. b 3. d 4. d 5. a
Uso do “O” e do “U”
A letra “o” átono pode soar como “u”, acarretando he-
sitação na grafia.
Pode-se recorrer ao artifício da comparação com palavras 
da mesma família:
abolir – abolição
tábua – tabular 
comprimento – comprido 
cumprimento – cumprimentar 
explodir – explosão
Lí
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EXERCÍCIOS
1. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas 
em relação à grafia, exceto:
a) nódoa. 
b) óbolo. 
c) poleiro. 
d) pulir.
2. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas 
em relação à grafia, exceto:
a) capueira. 
b) embolo. 
c) focinho. 
d) goela.
3. Em relação às seguintes palavras:
 I – Muleque.
 II – Mulambo. 
 III – Buate.
 podemos afirmar:
a) todas estão corretas.
b) somente a I e II estão corretas.
c) somente a I e III estão corretas.
d) todas estão incorretas.
4. Em relação às seguintes palavras:
 I – Bueiro.
 II – Manoel. 
 III – Jaboticaba.
 podemos afirmar como verdadeiro:
a) somente a II e III estão incorretas.
b) somente a II e III estão corretas.
c) somente a I está correta.
d) todas estão corretas.
e) somente II está incorreta.
5. Assinale a alternativa de palavra incorretamente grafada.
a) custume. 
b) tribo. 
c) romênia.d) buliçoso.
GABARITO
1. d 2. a 3. d 4. e 5. a
Algumas Dificuldades Gramaticais
Notações sobre o uso de “mal” e “mau”:
• Usa-se “mal” nos seguintes casos:
 Como substantivo (opõe-se a “bem”)
 Assim varia de número (males) e, geralmente, vem 
precedido de artigo:
 “O chato da bebida não é o mal que ela nos pode trazer, 
são os bêbados que ela nos traz.” (Leon Eliachar)
 “Para se trilhar o caminho do mal, é indispensável não 
se importar com o constrangimento.” (Fraga)
 Como advérbio (opõe-se a “bem”)
 Nesse caso, modifica o verbo, o adjetivo e o próprio 
advérbio:
 “Andam mal os versos de pé quebrado.” (Jaab)
 “Varam o espaço foguetes mal intencionados.” (Cecília 
Meireles)
 “Mendicância vai muito mal: falta de verba.” (Sylvio 
Abreu)
 Como conjunção
 Equivale a quando, assim que, apenas:
 “Mal o Flamengo entrou em campo, foi delirantemente 
aplaudido”.
 “Mal colocou o papel na máquina, o menino começou 
a empurrar a cadeira pela sala, fazendo um barulho 
infernal”. (Fernando Sabino)
• Usa-se “mau” nos seguintes casos
 Como adjetivo (opõe-se a bom)
 Modifica o substantivo a que se relaciona:
 “Um bom romance nos diz a verdade sobre o seu herói, 
mas um mau romance nos diz a verdade sobre seu 
autor”. (Chesterton Apud Josué Montello)
 “Quando a previsão diz tempo bom, isso é mau.” (Leon 
Eliachar) 
 Como substantivo 
 Normalmente vem precedido de artigo:
 “Por que não prender os maus para vivermos tranqui-
los?”
 “O Belo e o Feio... O Bom e o Mau... Dor e Prazer”. 
(Mário Quintana) 
 “... só que viera a pé e foi-se sentado, cansado talvez 
de cavalgar por montes e vales do Oeste, e de tantas 
lutas contra os maus”. (CDA) 
Notações sobre o uso de “a”, “há” e “ah” 
• Usa-se “há” 
 Com referência a tempo passado: 
 “Estou muito doente. Há dez anos venho sofrendo de 
mal súbito”. (Aldu)
 “Isso aconteceu há quatro ou cinco anos”. (Rubem Braga)
 Quando é formado do verbo haver:
 “Já não há mais tempo. O futuro chegou”.
 “O garçom era atencioso, você sabia que há garçons 
atenciosos?” (CDA)
• Usa-se “a”
 Com referência a tempo futuro:
 “... mas daí a pouco tinha a explicação”. (Machado de 
Assis)
 “Fui casado, disse ele, depois de algum tempo, daqui 
a três meses posso dizer outra vez: sou casado”. (Ma-
chado de Assis)
• Usa-se “ah”
 Como interjeição enfatizante:
 “Ah, ia-se me esquecendo: um escritório funcional deve 
ter também uma secretária funcional”. (Leon Eliachar)
 “Ah! Disse o velho com indiferença”. (Machado de Assis)
Notações sobre o uso de “mas”, “más” e “mais”
• Mas
 É conjunção adversativa (dá ideia de oposição, retifi-
cação):
 “Sinto muito, doutor, mas não sinto nada”. (Aldu)
 “O dinheiro não traz felicidade, mas acalma os nervos”. 
(Aldu)
• Más
 Plural feminino de “MAU”
Lí
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 “Não tinha más qualidades, ou se as tinha, eram de 
pouca monta”. (Machado de Assis)
 “Não há coisas, na vida, inteiramente más”. (Mário 
Quintana)
• Mais
 Advérbio de intensidade
 “As fantasias mais usadas no carnaval são: homem 
vestido de mulher e mulher vestida de homem”. (Leon 
Eliachar) 
 Ele nunca está satisfeito. Sempre quer mais do que 
recebe.
Notações sobre o uso do porquê (e variações)
• Porque – Conjunção causal ou explicativa:
 “Vende-se um segredo de cofre a quem conseguir abrir 
o cofre, porque o dono não consegue”. (Leon Eliachar)
 “Os macróbios são macróbios porque não acreditam 
em micróbios”. (Mário Quintana)
• Por que – Nas interrogações
 “ – Diga-se cá, por que foi que você não apareceu mais 
lá em casa?” (graciliano Ramos) (Interrogativa direta)
 “Não sei por que você foi embora”. (Interrogação indi-
reta)
 Como pronome relativo, equivalente a o qual, a qual, 
os quais, as quais.
 “Não sei a razão por que me ofenderam”.
 “Contavam fatos da vida, incidentes perigosos por que 
tinham passado”. (José Lins do Rego)
• Por quê – No final da frase.
 “Mas por quê? Por quê? Por amor? (Eça de Queiroz)
 “Sou a que chora sem saber por quê”. (Florbela Espanca)
• Porquê
 É substantivo e, então, varia em número; normalmen-
te, o artigo o precede:
 “Eu sem você não tenho porquê”. (Vinícius de Morais)
 “Só mesmo Deus é quem sabe o porquê de certas von-
tades femininas, se é que consegue saber.” (CDA)
Notações sobre o uso de “quê” e “’que”
• Quê
 Como interjeição exclamativa (seguida de ponto de 
exclamação):
 “Quê! Você ainda não tomou banho?”
 No final de frases:
 Zombaria de todos, mesmo sem saber de quê.
 “Medo de quê?” (José Lins do Rego)
 Como substantivo
 “Um quê misterioso aqui me fala.” (gonçalves Dias)
 “A arte de escrever é, por essência, irreverente e tem 
sempre um quê de proibido...” (Mário Quintana)
• Que
 Em outros casos usa-se a forma sem acento:
 “Da igreja – exclamou. Que horror.” (Eça de Queiroz)
 “E que sonho mau eu tive.” (Humberto de Campos)
Notações sobre o uso de “onde”, “aonde” e “donde”
• Onde
 É estático. Usa-se com os verbos chamados de repouso, 
situação, fixação, como o verbo “ser” e suas modali-
dades (estar – permanecer) e outros (ficar, estacionar 
etc.); corresponde a “lugar em que” (ubi, em latim):
 “Onde foi inventado o feijão com arroz? (Clarice Lis-
pector)
 “Vende-se uma bússola enguiçada. Infelizmente não 
sei onde estou, senão não venderia a bússola”. (Leon 
Eliachar)
• Aonde
 É dinâmico. Usa-se com os verbos chamados de mo-
vimento, como ir, andar, caminhar etc.; corresponde 
a lugar em que (quo, em latim):
 “Tal prática era possível na cidade, aonde ainda não 
haviam chegado os automóveis.” (Manuel Bandeira)
 “Se chegares sempre aonde quiseres, ganharás”. (Paulo 
Mendes Campos)
• Donde
 Equivale a “de onde” e apresenta ideia de afastamento; 
corresponde a lugar do qual (unde, em latim):
 “Tomás estava, mas encerrara-se no quarto, donde só 
saíra...” (Machado de Assis)
 “Às vezes se atiram a distantes excursões donde regres-
sas com uma enorme lava.” (Manoel Bandeira)
Notações sobre o uso de “senão” e “se não”
• Senão
 Conjunção adversativa com o sentido de “em caso 
contrário”, “de outra forma”:
 “Cala a boca, mulher, senão aparece polícia”. (Rachel 
de Queiroz)
 Com o sentido de “mas sim” e com o sentido de “a não 
ser”:
 “Ele, a quem eu nada podia dar senão minha sincerida-
de, ele passou a ser uma acusação de minha pobreza”. 
(Clarice Lispector) 
 Quando substantivo com o sentido de “falha”, “defei-
to”, “imperfeição”. Admite, então, flexão de número:
 “Esfregam as mãos, têm júbilos de solteiras histéricas, dão 
pulinhos, apenas porque encontram senões miúdos nas 
páginas que não saberiam compor”. (Josué Montello) 
• Se não
 Quando conjunção condicional “se”:
 ‘’Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?” 
(Mário Quintana) 
 Quando advérbio de negação “Não”
 “Os ex-seminaristas, como os ex-padres, permanecem 
ligados indissoluvelmente à Igreja. Se não, pela fé – 
pelo rito”. (Josué Montello)
 ‘’Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?” 
(Mário Quintana) 
Notações sobre “afim” e “a fim de”
• Afim
 Adjetivo com o sentido de parente, próximo:
 “... era meu parente afim, [...] interrogou-nos de cara 
amarrada e mandou-nos embora.” (CDA)
 Naquele grupo todos eram afins; por isso brigavam 
tanto.
• A fim
 Locução prepositiva; dá ideia de finalidade; equivale 
a “para”:
 Viajou a fim de se esconder.
 “Metade da massa ralada vai para a rede da goma, a fim 
de se lhe tirar o excesso de amido”. (Rachel de Queiroz)
Lí
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Notações sobre o uso de “a par” e “ao par”
• A par
 Tem o significado de conhecer, saber, tomar conheci-
mento:
 Estamos a par da evolução técnica.
• Ao par
 Tem o significado de igual, equilibrado, paralelo:
 O câmbio está ao par. 
EXERCÍCIOS
1. Preencha as lacunas com “mal”, “mau”, “má”:
a) Foi um _______ resultado para a equipe.
b) Foi um ______ irrecuperável.
c) Não me interprete _____ quando lhe digo _____ que 
responderá pelo que fez a esta criança.
d) ______ entrou no campo, deu um _______ jeito no 
pé, devido à _______ condição do gramado.
e) Uma redação _______ escritapode ser, apenas, o 
resultado de uma _______ organização de ideias.
f) Ele organizou ______ o texto.
g) Sua _______ redação foi um negócio ________ para 
ela.
h) Este menino é _______ porque sempre aprendeu a 
praticar o _______.
i) Se não tivesse recebido ______ exemplos, evitaria os 
______ que tem causado.
j) Há pessoas que têm o _____ costume de fazer ______ 
juízo dos outros, ______ os conhecem.
2. Preencha as lacunas com porque, por que, porquê, por 
quê, ou quê:
a) Você não disse _________ veio, ontem, à festa.
b) Não sei ________ você não veio, ontem, à festa.
c) Você sabe se José não veio à aula hoje, ________ não 
chegou ainda do passeio de final de semana?
d) Todos temos direitos inalienáveis, ________ somos 
pessoas humanas.
e) _________ se questiona tanto o progresso e se ques-
tionam pouco os responsáveis pela ampliação desu-
mana da técnica? ___________?
f) Os caminhos __________ temos andado, os valores 
_________ temos lutado, podem não ser os mais 
certos, porém são aqueles em que acreditamos.
g) Há um _______ misterioso em tudo isso.
h) Não consigo perceber o _________ de tudo isso, mas 
as razões ________ não consigo perceber tudo isso 
já estão bem identificadas.
GABARITO
1. a) mau
 b) mal
 c) mal, mal
 d) Mal, mau, má
 e) mal, má
 f) mal
 g) má, mau
 h) mau, mal
 i) maus, males
 j) mau, mau, mal
2. a) por que
 b) por que
 c) porque
 d) porque
 e) Por que, Por quê
 f) por que, por que
 g) porquê
 h) porquê, por que
Emprego do Hífen
(Conforme a Nova Ortografia)
a) Não será usado hífen quando o prefixo termina em 
vogal e o segundo elemento começa com r ou s. Essas letras 
serão duplicadas. Observe as regras no quadro abaixo.
Velha Regra Nova Regra
ante-sala
anti-reumatismo
antessala
antirreumatismo
auto-recuo
contra-senso
autorrecuo
contrassenso
extra-rigoroso
infra-solo
extrarrigoroso
infrassolo
ultra-rede
ultra-sentimental
ultrarrede
ultrassentimental
semi-sótão
supra-renal
semissótão
suprarrenal
supra-sigiloso suprassigiloso
Os prefixos hiper-, inter- e super- se ligam com hífen a 
elementos iniciados por r. 
hiper-risonho, hiper-realidade, hiper-rústico, hiper-regu-
lagem, inter-regional, inter-relação, inter-racial, super-
-ramificado, super-risco, super-revista.
b) Passa a ser usado o hífen, agora, quando o prefixo 
termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento. 
Lembremos que, nas regras anteriores ao acordo ortográfico, 
os prefixos abaixo eram grafados sem hífen diante de vogal. 
Observe o quadro:
Velha Regra Nova Regra
antiinflacionário 
antiictérico
antiinflamatório
anti-inflacionário 
anti-ictérico 
anti-inflamatório
arquiinimigo 
arquiinteligente
arqui-inimigo 
arqui-inteligente
microondas 
microônibus 
microorganismo
micro-ondas 
micro-ônibus 
micro-organismo
Exceção:
Não se usa hífen com o prefixo co-, mesmo que o segundo 
elemento comece com a vogal o:
coordenação, cooperação, coocorrência, coocupante, 
coonestar, coobrigar, coobrar.
c) Não será mais usado quando o prefixo termina em 
vogal diferente da que inicia o segundo elemento. Lem-
bremos que, nas regras anteriores ao acordo ortográfico, os 
prefixos abaixo eram sempre grafados com hífen antes de 
vogal. Observe o quadro:
Velha Regra Nova Regra
auto-análise
auto-afirmação
auto-adesivo
auto-estrada
auto-escola
auto-imune
autoanálise
autoafirmação
autoadesivo
autoestrada
autoescola
autoimune
extra-estatutário
extra-escolar
extra-estatal
extra-ocular
extra-oficial
extraordinário*
extra-urbano
extra-uterino
extraestatutário
extraescolar
extraestatal
extraocular
extraoficial
extraordinário
extraurbano
extrauterino
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
22
infra-escapular
infra-escrito
infra-específico
infra-estrutura
infra-ordem
infraescapular
infraescrito
infraespecífico
infraestrutura
infraordem
intra-epidérmico
intra-estelar
intra-orgânico
intra-ósseo
intraepidérmico
intraestelar
intraorgânico
intraósseo
neo-academicismo
neo-aristotélico
neo-aramaico
neo-escolástica
neo-escocês
neo-estalinismo
neo-idealismo
neo-imperialismo
neoacademicismo
neoaristotélico
neoaramaico
neoescolástico
neoescocês
neoestalinismo
neoidealismo
neoimperialismo
semi-erudito
supra-ocular
semierudito
supraocular
* Observe que a palavra extraordinário já era escrita sem hífen antes 
do novo acordo.
d) Não se usa mais o hífen em palavras compostas por 
justaposição, quando se perde a noção de composição e 
surge um vocábulo autônomo. Observe o quadro:
Velha Regra Nova Regra
manda-chuva mandachuva
pára-quedas paraquedas
pára-lama, pára-brisa paralama, parabrisa
pára-choque parachoque
Devemos observar que continuam com hífen: ano-luz, 
arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, tio-avô, 
mato-grossense, norte-americano, sul-africano, afro-luso-
-brasileiro, primeiro-sargento, segunda-feira, guarda-chuva.
e) Fica sendo regra geral o hífen antes de h:
anti-higiênico, circum-hospitalar, co-herdeiro, contra-
-harmônico, extra-humano, pré-histórico, sub-hepático, 
super-homem.
O que não muda no hífen
Continua-se a usar hífen nos seguintes casos:
• em palavras compostas que constituem unidade sin-
tagmática e semântica e nas que designam espécies:
 ano-luz, azul-escuro, conta-gotas, guarda-chuva, 
segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, 
erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi;
• com os prefixos ex-, sota-, soto-, vice-, vizo-:
 ex-mulher, sota-piloto, soto-mestre, vice-campeão, 
vizo-rei;
• com prefixos circum- e pan- se o segundo elemento 
começa por vogal h e m ou n:
 circum-adjacência, pan-americano, pan-histórico;
• com prefixos tônicos acentuados pré-, pró- e pós- se 
o segundo elemento tem vida à parte na língua:
 pré-bizantino, pró-romano, pós-graduação;
• com sufixos de base tupi-guarani que representam for-
mas adjetivas: -açu, -guaçu, e -mirim, se o primeiro 
elemento acaba em vogal acentuada ou a pronúncia 
exige a distinção gráfica entre ambos:
 amoré-guaçu, manacá-açu, jacaré-açu, paraná-mirim;
• com topônimos iniciados por grão- e grã- e forma ver-
bal ou elementos com artigo:
 Grã-Bretanha, Santa Rita do Passa-Quatro, Baía de 
Todos-os-Santos, Trás-os-Montes etc;
• com os advérbios mal e bem quando formam uma 
unidade sintagmática com significado e o segundo 
elemento começa por vogal ou h:
 bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado, mal-
-estar, mal-humorado.
 Obs.: Os compostos com o advérbio bem se escrevem 
sem hífen quando tal prefixo é seguido por elemento 
iniciado por consoante:
 bem-nascido, bem-criado, bem-visto (ao contrário de 
“malnascido”, “malcriado” e “malvisto”).
• Nos compostos com os elementos além, aquém, recém 
e sem:
 além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-
-casados, sem-número, sem-teto.
Hífen em locuções
Não se usa hífen nas locuções (substantivas, adjetivas, 
pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjunti-
vas), como em: cão de guarda, fim de semana, café com leite, 
pão de mel, pão com manteiga, sala de jantar, cor de vinho, 
à vontade, abaixo de, acerca de, a fim de que.
São exceções algumas locuções consagradas pelo uso. É 
o caso de expressões como: água-de-colônia, arco-da-velha, 
cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à 
queima-roupa.
EXERCÍCIOS
Responda conforme as novas regras da ortografia.
1. Nas frases que seguem, indique a única que apresente a 
expressão incorreta, levando em conta o emprego do hífen. 
a) Aqueles frágeis recém-nascidos bebiam o ar com 
aflição.
b) Nunca mais hei-de dizer os meus segredos.
c) Era tão sem ternura aquele afago, que ele saiu mal-
-humorado.
d) Havia uma super-relação entre aquela região deserta 
e esta cidade enorme.
e) Este silêncio imperturbável, amá-lo-emos como uma 
alegria que não deixa de ser triste.
2. Suponha que você tenha que agregar o prefixo sub- às 
palavras que aparecem nas alternativas a seguir. Assinale 
aquela que tem que ser escrita com hífen.
a) (sub) chefe.
b) (sub) entender.
c) (sub) desenvolvido.
d) (sub) reptício.
e) (sub) liminar.
3. Assinale a alternativa errada quanto ao empregodo hífen:
a) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo.
b) O meia-direita fez um gol sem-pulo na semifinal do 
campeonato.
c) Era um sem-vergonha, pois andava seminu.
d) O recém-chegado veio de além-mar.
e) O vice-reitor está em estado pós-operatório.
4. Em qual alternativa ocorre erro quanto ao emprego do 
hífen?
a) Foi iniciada a campanha pró-leite.
b) O ex-aluno fez a sua autodefesa.
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
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c) O contra-regra comeu um contrafilé.
d) Sua autobiografia é um verdadeiro contrassenso.
e) O meia-direita deu início ao contra-ataque.
5. Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção quan-
to ao emprego do hífen.
a) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura para 
assumir um relacionamento extraconjugal.
b) Era extra-oficial a notícia da vinda de um extraterreno.
c) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultrama-
rinas.
d) O antissemita tomou antibiótico e vacina antirrábica.
e) Era um suboficial de uma superpotência.
6. Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do 
hífen.
a) Pelo interfone ele me comunicou bem-humorado que 
estava fazendo uma superalimentação.
b) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assombrada.
c) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido.
d) Nossos antepassados realizaram vários anteprojetos.
e) O autodidata fez uma auto-análise.
7. Fez um esforço ______ para vencer o campeonato 
_________.
a) sobre-humano – inter-regional
b) sobrehumano – interregional
c) sobreumano – interregional
d) sobrehumano – inter-regional
e) sobre-humano – inter-regional
8. Usa-se hífen nos vocábulos formados por sufixos que re-
presentam formas adjetivas, como açu, guaçu, e mirim.
 Com base nisso, marque as formas corretas.
a) capim-açu.
b) anajá-mirim.
c) paraguaçu.
d) para-guaçu.
9. Marque as formas corretas.
a) autoescola.
b) contra-mestre.
c) contra-regra.
d) infraestrutura.
e) semisselvagem.
f) extraordinário.
g) proto-plasma.
h) intra-ocular.
i) neo-republicano.
j) ultrarrápido.
10. Marque, então, as formas corretas.
a) supra-renal.
b) supra-sensível.
c) supracitado.
d) supra-enumerado.
e) suprafrontal.
f) supra-ocular.
GABARITO
1. b
2. d
3. a
4. c
5. b
6. e
7. a
8. a, b, c
9. a, d, e, f, j
10. c, e
CLASSES DE PALAVRAS 
Substantivo
É a palavra que se emprega para nomear seres, coisas, 
ideias, qualidades, ações, estados, sentimentos.
Classificação dos Substantivos 
• Comuns (nomes comuns a todos os seres da mesma 
espécie): casa, felicidade, mesa, chão, criança, bondade. 
• Concretos (seres com existência própria, real ou ima-
ginária): fada, saci, mesa, cadeira, caneta. 
• Abstratos (nomeiam ações, qualidades ou estados, to-
mados como seres. Indicam coisas que não existem por 
si, que são o resultado de uma abstração): felicidade, 
pobreza, honra, caridade.
• Próprios (designam um ser específico, determinado): 
Tânia, Pagu, Recife, Brasil, Coca-Cola.
• Simples (um só radical): janela, livro, trem, porta.
• Composto (mais de um radical): arco-íris, sempre-viva, 
arranha-céu.
• Primitivo (forma outros substantivos): rosa, pedra, mar.
• Derivado (formado a partir de um primitivo): roseiral, 
rosácea, pedreiro, pedregulho.
• Coletivos (nomeiam uma coleção de seres ou coisas 
da mesma espécie): acervo (bens, obras artísticas), al-
cateia (lobos), atilho (espigas), arsenal (armas), atlas 
(mapas), baixela (utensílios de mesa), banca (exami-
nadores), bandeira (exploradores), boana (peixes miú-
dos), cabilda (selvagens), cáfila (camelos), código (leis), 
corja (bandidos), cortiço (abelhas, casas velhas), correi-
ção (formigas), dactilioteca (anéis), enxoval (roupas), 
falange (soldados, anjos), farândola (maltrapilhos), 
fressura (vísceras), girândola (fogos), hemeroteca (jor-
nais, revistas), matilha (cães), mó (gente), pinacoteca 
(quadros), tertúlia (amigos), súcia (gente ordinária).
Gênero dos Substantivos
Uniformes (uma só forma para o masculino e para o 
feminino):
• Comum de dois gêneros (masculino e feminino dis-
tinguem-se com artigo, pronome ou outra): dentista, 
jovem, imigrante, fã, motorista, jornalista, rival.
• Sobrecomum (um só gênero, sem flexão nem do ar-
tigo): a criança, o cônjuge, o sósia, a vítima, o ídolo, 
a mascote.
• Epiceno (designa certos animais, diferindo-se pelo 
acréscimo de macho e fêmea): o jacaré, a cobra, 
a onça, a borboleta, mosca, tatu, barata, anta.
Biformes (uma forma para masculino e outra para o fe-
minino):
• Feminino com o mesmo radical (flexão por desinên-
cia): menino / menina, aluno / aluna, prefeito / prefeita, 
pintor / pintora.
• Heterônimos (feminino com radical diferente da for-
ma masculina): bode / cabra, cão / cadela, carneiro / 
ovelha, cavaleiro / amazona, cavalheiro / amazona, 
compadre / comadre, genro / nora, homem / mulher, 
patriarca / matriarca.
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
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Substantivos que podem Suscitar Dúvidas
• Só masculinos: o alvará, o anátema, o aneurisma, o 
apêndice, o axioma, o champanha, o diadema, o dó 
(pena; nota musical), o lança-perfume, o matiz, o pro-
clama.
• Só femininos: a agravante, a aguardente, a alface, 
a apendicite, a bacanal, a cal, a cataplasma, a cólera, 
a comichão, a elipse, a gênese, a ioga, a libido, a nuança, 
a sentinela.
• Masculinos ou femininos: ágape, aluvião, amálgama, 
diabete (ou diabetes), ilhós, laringe, sabiá, suéter, 
usucapião.
Gênero e Semântica
Cabeça Masculino: o chefe, o dirigente, o líder.
Feminino: parte do corpo; pessoa muito in-
teligente; extremidade mais dilatada de um 
objeto; pessoa ou animal numericamente.
Caixa Masculino: livro contábil.
Feminino: recipiente; seção de pagamentos; 
estabelecimento financeiro.
Capital Masculino: riqueza, conjunto de bens.
Feminino: cidade onde se localiza a sede do 
Poder Executivo.
Moral Masculino: ânimo, brio.
Feminino: conjunto de regras de comporta-
mento; parte da filosofia que estuda essas 
regras; conclusão que se tira de uma história.
Grama Masculino: unidade de massa.
Feminino: erva, relva, planta rasteira.
Número dos Substantivos
Alguns substantivos usados só no plural: as núpcias, as 
fezes, os óculos, as cócegas, os víveres.
Outros são uniformes, ou seja, uma única forma tanto 
para o plural como singular: tênis, vírus, lápis, ônibus, pires. 
Nesses casos, o número será indicado por artigo, pronome 
ou outra palavra que especifique o substantivo: o ônibus, os 
ônibus, um pires, dois pires, meu lápis, meus lápis.
1) Formação do plural dos substantivos simples
a) Substantivos terminados em vogal ou ditongo. 
Acrescenta-se a desinência s: caneta(s), livro(s), rei(s), pai(s), 
herói(s), mãe(s).
b) Substantivos terminados em ão. Plural em ões, ães ou 
ãos: balão – balões; alemão – alemães; cidadão – cidadãos.
Admitem mais de uma forma para o plural: ancião – anciões, 
anciães, anciãos; corrimão – corrimões, corrimãos; guardião 
– guardiões, guardiães; vilão – vilões, vilãos.
c) Substantivos terminados em r ou z. Acrescenta-se es 
ao singular (no caso, o e é vogal temática; o s é desinência): 
pintor – pintores, cruz – cruzes, hambúrguer – hambúrgueres, 
júnior – juniores, sênior – seniores.
d) Substantivos terminados em s. Podemos distinguir 
dois casos: se o substantivo é proparoxítono ou paroxítono, 
ele invariável (ônibus, pires, lápis); se é oxítono, acrescenta-
-se es (país – países, japonês – japoneses).
e) Substantivos terminados em n. Podem formar o plural 
em es ou s, sendo a última forma a mais usada (hífen – hífens 
ou hífenes; pólen – pólens ou pólenes; abdômen – abdomens 
ou abdômenes).
f) Substantivos terminados em al, el, ol, ul. Perdem o l 
final, que é substituído por is: varal – varais, papel – papéis, 
farol – faróis, paul – pauis. Exceções: cônsul – cônsules, mal 
– males, real – réis (a moeda).
g) Substantivos terminados em il:
• quando oxítonos, trocam o l por s: fuzil – fuzis, barril 
– barris.
• quando paroxítonos, trocam o l por eis: projétil – pro-
jéteis, réptil – répteis, fóssil – fósseis.
h) Todos os substantivos terminados em x são unifor-
mes: o tórax – os tórax, o látex – oslátex, a fênix – as fênix.
2) Formação do plural dos substantivos compostos
a) Elementos grafados sem hífen, o plural segue as re-
gras utilizadas para os substantivos simples: passatempo – 
passatempos, pontapé – pontapés, televisão – televisões, 
planalto – planaltos.
b) Radicais unidos por hífen:
• Ambos se flexionam:
 substantivo + substantivo: couve-flor – couves-flores.
 substantivo + adjetivo: guarda-florestal – guardas-
-florestais, obra-prima – obras-primas.
 adjetivo + substantivo: puro-sangue – puros-sangues.
 numeral + substantivo: terça-feira – terças-feiras.
• Somente o primeiro varia
 Substantivo + preposição + substantivo: pé de mole-
que – pés de moleque; mula sem cabeça – mulas sem 
cabeça; água-de-colônia – águas-de-colônia. 
• Somente o segundo varia:
 verbo + substantivo: guarda-sol – guarda-sóis; beija-
-flor – beija-flores; arranha-céu – arranha-céus.
 advérbio + adjetivo: sempre-viva – sempre-vivas; 
abaixo-assinado – abaixo-assinados; alto-falante – 
alto-falantes.
 prefixo + substantivo: vice-reitor – vice-reitores; pré-
-candidato – pré-candidatos.
 Reduplicação (palavras repetidas ou quase): ono-
matopeias (pingue-pongues, tico-ticos, tique-taques, 
bem-te-vis, reco-recos), mas verbos repetidos têm dois 
plurais (pisca-piscas ou piscas-piscas, corre-corres ou 
corres-corres).
• Varia somente o primeiro ou variam os dois
 Substantivo + substantivo (o segundo especifica tipo, 
finalidade, semelhança ao primeiro, parecendo um ad-
jetivo): pombo-correio – pombos-correio ou pombos-
-correios; peixe-espada – peixes-espada ou peixes-es-
padas; manga-rosa – mangas-rosa ou mangas-rosas.
• Invariáveis 
 Verbo + advérbio: pisa-mansinho – os pisa-mansinho.
 Verbos antônimos: senta-levanta – os senta-levanta.
 Frases substantivas: deus-nos-acuda – os deus-nos-
-acuda; maria-vai-com-as-outras – os/as maria-vai-
-com-as-outras; louva-a-deus – os louva-a-deus, estou-
-fraco – os estou-fraco.
• Alguns substantivos que admitem dois plurais
 guarda-marinha – guardas-marinhas ou guardas-
-marinha
 salvo-conduto – salvos-condutos ou salvo-condutos
 xeque-mate – xeques-mates ou xeques-mate
 fruta-pão – frutas-pães ou frutas-pão
3) Plural com metafonia
 Alguns substantivos, no singular, têm o o tônico fechado 
e, quando se pluralizam, trocam o o tônico fechado pelo o 
tônico aberto. Principais casos:
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
25
Singular (ô) Plural (ó) Singular (ô) Plural (ó) Singular (ô) Plural (ó)
aposto apostos fogo fogos poço poços
caroço caroços forno fornos porco porcos
corno cornos foro foros porto portos
coro coros fosso fossos posto postos
corvo corvos imposto impostos povo povos
despojo despojos jogo jogos reforço reforços
desporto desportos miolo miolos socorro socorros
destroço destroços olho olhos tijolo tijolos
esforço esforços ovo ovos troco trocos
Grau dos Substantivos
A flexão de grau exprime ideia de aumento ou de dimi-
nuição de tamanho, tendo como referência um grau normal, 
que seria o substantivo tal como aparece no dicionário.
Formação do grau do substantivo
Utilizamos dois processos para formar o aumentativo e 
o diminutivo:
a) sintético: acrescentam-se sufixos ao grau normal: 
concurso – concursão (aumentativo sintético) e concursinho 
(diminutivo sintético);
b) analítico: o substantivo é modificado por adjetivos que 
expressem ideia de aumento ou de diminuição: concurso – 
concurso grande e concurso pequeno.
É curioso notar que o processo sintético expressa, com 
frequência, não uma variação de tamanho, mas uma carga 
afetiva, ou pejorativa. Exemplo: falar que tal obra é um livri-
nho agradável ou que Fulano é um amigão são formas que 
expressam juízos de valor, possuem conotação afetiva e não 
podem ser classificadas como flexão de grau.
Por outro lado, a flexão de grau é mais nítida com o uso 
do processo analítico.
Outra curiosidade é perceber que o grau pode conduzir 
a novos significados. Exemplo: portão, cartão, cartilha, fo-
lhinha (calendário).
EXERCÍCIOS
1. Indique a opção em que só aparecem substantivos abs-
tratos.
a) tempo, angústia, saudade, ausência, esperança, ima-
gem.
b) angústia, choro, sol, presença, esperança, amizade.
c) amigo, dor, claridade, esperança, luz, tempo.
d) angústia, saudade, presença, esperança, amizade.
e) espaço, mãos, claridade, rosto, ausência, esperança.
2. Aponte a opção em que haja erro quanto à flexão do 
nome composto.
a) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora.
b) tico-ticos, salários-família, obras-primas.
c) reco-recos, sextas-feiras, sempre-vivas.
d) pseudoesferas, chefes de seção, pães de ló.
e) pisca-piscas, cartões-postais, mulas sem cabeças.
3. Preencha a frase seguinte com uma das opções. Dese-
javam transformar os...... em ....... do céu.
a) pagões – cidadões
b) pagãos – cidadões
c) pagões – cidadãos
d) pagãos – cidadãos
4. Assinale o par de vocábulos que formam o plural como 
balão e caneta-tinteiro:
a) vulcão, abaixo-assinado.
b) irmão, salário-família.
c) questão, manga-rosa.
d) bênção, papel-moeda.
e) razão, guarda-chuva.
5. Assinale a opção incorreta.
a) Borboleta é substantivo epiceno.
b) Rival é comum de dois gêneros.
c) Omoplata é substantivo masculino.
d) Vítima é substantivo sobrecomum.
e) Nenhuma opção.
6. Indique o período que não contém um substantivo no 
grau diminutivo.
a) Todas as moléculas foram conservadas com as pro-
priedades particulares, independentemente da atu-
ação do cientista.
b) O ar senhoril daquele homúnculo transformou-o no 
centro de atenções na tumultuada assembleia.
c) Através da vitrina da loja, a pequena observava curio-
samente os objetos decorativos expostos à venda, 
por preço bem baratinho.
d) De momento a momento, surgiam curiosas sombras 
e vultos apressados na silenciosa viela.
e) Enquanto distraía as crianças, a professora tocava 
flautim, improvisando cantigas alegres e suaves.
7. Numere a segunda coluna de acordo com o significado 
das expressões da primeira coluna e assinale a opção 
que contém os algarismos na sequência correta.
 (1) o óleo santo ( ) a moral
 (2) a relva ( ) a crisma
 (3) um sacramento ( ) o moral
 (4) a ética ( ) o crisma
 (5) a unidade de massa ( ) a grama
 (6) o ânimo ( ) o grama
a) 6, 1, 4, 3, 5, 2
b) 6, 3, 4, 1, 2, 5
c) 4, 1, 6, 3, 5, 2
d) 4, 3, 6, 1, 2, 5
e) 6, 1, 4, 3, 2, 5 
8. Assinale as opções em que a flexão do substantivo com-
posto está errada.
a) Os pés de chumbo.
b) Os corre-corre.
c) As públicas-formas.
d) Os cavalos-vapor.
e) Os vai-véns.
GABARITO
1. d
2. e
3. d
4. c
5. c
6. e
7. d
8. b, e
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
26
Adjetivo
Adjetivo é a palavra que caracteriza o substantivo, 
atribuindo-lhe qualidades (ou defeitos) e modos de ser, ou 
indicando-lhe o aspecto ou o estado.
Imprensa injusta, sensacionalista, partidária, tenden-
ciosa.
Acusações substantivas, ferozes, infundadas, justas.
A palavra adjetivo significa “colocado ao lado de, jus-
taposta a”. Esse significado enfatiza o caráter funcional do 
conceito de adjetivo: observe que é necessário apresentar 
a relação que se estabelece entre o substantivo e o adjetivo 
para poder conceituar este último. Na realidade, substantivos 
e adjetivos apresentam muitas características semelhantes e, 
em muitas situações, a distinção entre ambos só é possível 
a partir de elementos fornecidos pelo contexto:
O jovem brasileiro tornou-se participativo.
O brasileiro jovem enfrenta dificuldades profissionais.
Na primeira frase, jovem é substantivo, e brasileiro é 
adjetivo. Na segunda, invertem-se esses papéis: brasileiro 
é substantivo, e jovem passa a ser adjetivo. Ser adjetivo ou 
ser substantivo não decorre, portanto, de características 
morfológicas da palavra, mas de sua situação efetiva numa 
frase da língua.
Há conjuntos de palavras que têm o valor de um adjetivo: 
são as locuções adjetivas. Essas locuções são normalmente 
formadas por uma preposição e um substantivo ou por uma 
preposição e um advérbio; para muitas delas, existem adje-
tivos equivalentes. 
Conselho de pai (= paterno)/ Inflamação da boca (= bucal).
Flexões dos Adjetivos
Os adjetivos se flexionam em gênero e número e apre-
sentam variações de grau bem mais complexas que as dos 
substantivos.
Flexão de Gênero
O adjetivo concorda em gênero com o substantivo a que 
se refere:
Um comportamento estranho.
Uma atitude estranha. 
Um jornalista ativo.
Uma jornalista ativa.
Formação do feminino dos adjetivos biformes
Os adjetivos biformes possuem uma forma para o gênero 
masculino e outra para o feminino. A formação do feminino 
desses adjetivos costuma variar de acordo com a terminação 
da forma masculina.
• Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, 
apenas o último elemento sobre flexão:
 cidadão luso-brasileiro – cidadã luso-brasileira
 casaco verde-escuro – saia verde-escura
 consultório médico-dentário – clínica médico-dentária
 Destaque-se surdo-mudo, em que variam os dois ele-
mentos:
 rapaz surdo-mudo – moça surda-muda
 Adjetivos uniformes
 São os adjetivos que possuem uma única forma para 
o masculino e o feminino.
 pássaro frágil/ave frágil
 ator ruim/atriz ruim
 empresa agrícola/planejamento agrícola
 vida exemplar/comportamento exemplar
 homem audaz/mulher audaz
• São uniformes os adjetivos compostos em que o se-
gundo elemento é um substantivo.
 casaco amarelo-limão – camisa amarelo-limão
 carro verde-garrafa – bicicleta verde-garrafa
 papel verde-mar – tinta verde-mar
• Também são uniformes os compostos azul-marinho e 
azul-celeste.
Flexão de Número
O adjetivo concorda em número com o substantivo a 
que se refere.
governante capaz / governantes capazes
salário digno/salários dignos
Formação do plural dos adjetivos compostos
O plural dos adjetivos compostos segue os mesmos pro-
cedimentos da variação de gênero desses adjetivos:
• Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, 
apenas o segundo elemento vai para o plural:
 tratado luso-brasileiro / tratados luso-brasileiros
 intervenção médico-cirúrgica / intervenções médico-
-cirúrgicas
 Destaque-se novamente surdo-mudo:
 rapaz surdo-mudo / rapazes surdos-mudos
• Os adjetivos compostos em que o segundo elemento 
é um substantivo são invariáveis também em número:
 recipiente verde-mar / recipientes verde-mar
 uniforme amarelo-canário / uniformes amarelo-canário
 Também são invariáveis azul-marinho e azul-celeste:
 camisa azul-marinho / camisas azul-marinho
 camiseta azul-celeste / camisetas azul-celeste
Flexão de Grau
Os adjetivos variam em grau quando se deseja comparar 
ou intensificar as características que atribuem. Há, portanto, 
dois graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo.
Grau comparativo
Compara-se a mesma característica atribuída a dois ou 
mais seres ou duas ou mais características atribuídas a um 
mesmo ser. Observe as frases seguintes:
Comparativo 
de igualdade
Ele é tão exigente quanto justo.
Ele é tão exigente quanto (ou 
como) seu irmão.
Comparativo de
superioridade
Estamos mais atentos (do) que 
eles.
Estamos mais atentos (do) que 
ansiosos.
Comparativo de
inferioridade
Somos menos passivos (do) que 
eles.
Somos menos passivos (do) que 
tolerantes
Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno têm formas 
sintéticas para o grau comparativo de superioridade: melhor, 
pior, maior e menor, respectivamente:
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
27
Essa solução é melhor (do) que a outra.
Minha voz é pior (do) que a sua.
O descaso pela miséria é maior (do) que o senso huma-
nitário.
A preocupação social é menor (do) que a ambição in-
dividual.
As formas analíticas correspondentes (mais bom, mais 
mau, mais grande, mais pequeno) só devem ser usadas quan-
do se comparam duas características de um mesmo ser:
Ele é mais bom (do) que inteligente.
Todo corrupto é mais mau (do) que esperto.
Meu salário é mais pequeno (do) que justo.
Este país é mais grande (do) que equilibrado.
 
Atente para o fato de que a forma menor é um compara-
tivo de superioridade, pois equivale a mais pequeno.
Grau superlativo
A característica atribuída pelo adjetivo é intensificada de 
forma relativa ou absoluta.
No grau superlativo relativo, a intensificação da caracte-
rística atribuída pelo adjetivo é feita em relação a todos os 
demais seres de um conjunto que a possuem.
O superlativo relativo pode exprimir superioridade ou 
inferioridade, e é sempre expresso de forma analítica:
Superlativo relativo
de superioridade
Ele é o mais atento de todos.
Ele é o mais exigente de todos 
os irmãos.
Superlativo relativo
de inferioridade
Você é o menos crítico de todos.
Você é o menos passivo de to-
dos os amigos.
As formas do superlativo relativo de superioridade dos 
adjetivos bom, mau, grande pequeno também são sintéticas: 
o melhor, o pior, o maior e o menor.
No grau superlativo absoluto, intensifica-se a caracterís-
tica atribuída pelo adjetivo a um determinado ser. O super-
lativo absoluto pode ser analítico ou sintético:
a) O superlativo absoluto analítico é formado normal-
mente com a participação de um advérbio: 
Você é muito crítico. Ele é demasiadamente exigente. 
Somos excessivamente tolerantes.
b) O superlativo absoluto sintético é expresso com a 
participação de sufixos. O mais comum deles é -íssimo; nos 
adjetivos terminados em vogal, esta desaparece ao ser acres-
centado o sufixo do superlativo:
Trata-se de um artista originalíssimo.
Ele é exigentíssimo. Seremos tolerantíssimos.
Muitos adjetivos possuem formas irregulares para expri-
mir o grau superlativo absoluto sintético. Muitas dessas irre-
gularidades ocorrem porque o adjetivo, ao receber o sufixo, 
reassume a forma latina. É o caso dos adjetivos terminados 
em -vel, que assumem a terminação -bilíssimo:
volúvel – volubilíssimo / indelével – indelebilíssimo
 
Os adjetivos terminados em -io formam o superlativo 
absoluto sintético em -íssimo:
sério – seriíssimo 
necessário – necessariíssimo
frio – friíssimo
Locução Adjetiva
Compõe-se de preposição (de) e substantivo. Ex.: de pai 
(paterno), bucal (da boca). Essa correspondência entre lo-
cução adjetiva e adjetivo, no entanto, nem sempre se verifica, 
ou por não existir um dos dois, ou por não ser preservado o 
sentido quando se substitui um pelo outro. Colar de marfim, 
por exemplo, é expressão usada cotidianamente, mas seria 
pouco recomendável dizer, no mesmo contexto cotidiano, 
colar ebúrneo ou colar ebóreo, porque tais adjetivos têm 
uso restrito à linguagem literária e, portanto, seriam ade-
quados somente em contextos eruditos, mais formais. Ana-
logamente, contrato leonino é uma expressão empregada na 
linguagem jurídica; entretanto, é pouquíssimo provável que 
os advogados passem a dizer contrato de leão.
Observe:
A greve de professores tem tomado proporções incontro-
láveis. O movimento docente se justifica em face da inércia 
do governo.
EXERCÍCIOS
1. Complete as frases abaixo com a forma apropriada do 
adjetivo colocado entre parênteses.
a) Apesar de ser uma dentista ___________________ 
(recém-formado), possuía já uma ______________ 
(numeroso) clientela.
b) Comprei uma camisa __________________ (ama-
relo-claro) e um chapéu __________________ (cor-
-de-rosa) para desfilar no Carnaval.
c) Aquela moça é __________ (sandeu). Onde já se viu 
dar tanto dinheiro por uma motocicleta __________ 
____________ (amarelo-limão)!
d) Todas aquelas famílias __________ (sulino) são de 
origem __________ (europeu).
e) Sou do tempo em que se usava camisa __________ 
(branco), calça _____________________ (azul-ma-
rinho) e sapatos __________ (preto) como uniforme 
nos colégios ____________ (estadual).
2. Seguindo o modelo, construa frases comparativas a 
partir dos elementos fornecidos em casa item seguinte. 
A relação de comparação a ser feita vem indicada entre 
parênteses.
 País pobre – países vizinhos (igualdade)
 É um país tão pobre quanto (ou como) os países vizinhos.
a) indivíduo capaz – seus companheiros (igualdade).
b) rio poluído – outros rios (inferioridade).
c) animal feroz – outros animais (superioridade).
d) cidade pequena – cidades vizinhas (superioridade).3. Complete as frases de acordo com o modelo.
 Ela não é apenas uma funcionária competente: ela é a 
mais competente de todas!
a) Esta não é apenas uma solução razoável:
b) Ele não é apenas um aluno aplicado: 
c) Esta não é apenas uma má saída: 
d) Ele não é apenas um grande amigo: 
4. Complete as frases de acordo com o modelo:
 É um poema belo. Não: é belíssimo!
a) A vida é frágil. 
b) Era um homem talentoso. 
c) É um jogador ágil. 
d) Foi um lugar agradável. 
e) Será uma pessoa amável. 
f) É uma moeda antiga. 
g) É um corredor audaz. 
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
28
h) Seria um homem bom. 
i) É uma solução boa. 
j) Teria sido um animal feroz. 
k) Fora um espírito livre. 
l) É um sujeito magro. 
m) É um país pobre. 
n) Tinha sido uma pessoa simpática. 
o) É uma alma volúvel. 
5. Alguns concursos cobram diferença entre o nível formal 
e o nível coloquial. Observe algumas dessas formas co-
loquiais nas frases abaixo; reescreva as frases utilizando 
o superlativo absoluto apropriado à língua formal.
a) É um piloto hiperveloz!
b) Crianças subnutridas têm uma constituição vulnerá-
vel, vulnerável.
c) Ela adotou uma posição supercrítica.
d) É superpossível que a gente vá viajar.
e) Tem uma cabeça arquipequena!
f) É um cão supermanso.
g) Ele é arquiamigo de meu irmão.
h) É uma planta fragilzinha.
i) Saiu daqui felizinho da silva!
j) É um cara sabidão!
GABARITO
1. a) recém-formada, numerosa. 
 b) amarelo-clara, cor-de-rosa. 
 c) sandia, amarelo-limão. 
 d) sulinas, europeia. 
e) branca, azul-marinho, pretos. 
2. a) É um indivíduo tão capaz quanto seus companheiros.
b) É um rio menos poluído (do) que outros.
c) É um animal mais feroz (do) que outros.
d) É uma cidade menor (do) que as cidades vizinhas.
3. a) é a mais razoável de todas.
b) é o mais aplicado de todos.
c) é a pior de todas.
d) é o maior de todos.
4. a) fragílima
 b) talentosíssimo. 
 c) agílimo 
d) agradabilíssimo 
e) amabilíssima 
f) antiguíssima
 g) audacíssimo 
 h) boníssimo 
 I) boníssima 
 j) ferocíssimo 
 k) libérrimo 
 l) macérrimo/magríssimo 
 m) pobríssimo/paupérrimo 
 n) simpaticíssima 
 o) volubilíssima
5. a) velocíssimo 
 b) vulnerabilíssima 
 c) criticíssima 
 d) possibilíssimo 
 e) mínima 
 f) mansuetíssimo 
 g) amicíssimo 
 h) fragílima 
 i) felicíssimo
 j) sapientíssimo
Artigo
Canção Mínima
No mistério do Sem-Fim,
Equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro, uma violeta, 
e, sobre ela, o dia inteiro, 
entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta.
(Cecília Meireles)
Julgue os itens.
1. Nesse jogo de retomadas e acréscimos, os substantivos 
surgem inicialmente precedidos pelo artigo um (“um 
planeta”, “um jardim”) e depois pelo artigo o (“no pla-
neta”, “no jardim”). A diferença que essa troca de artigo 
estabelece constitui passagem do particular para o geral.
2. A introdução do substantivo asa, no último verso do po-
ema, precedido pelo artigo a, rompe o processo indicado 
na questão anterior, produzindo o efeito de retomar o 
texto como um todo.
Comentários: 
No poema “Canção mínima”, ocorre seguidamente um 
mesmo processo: um substantivo surge inicialmente pre-
cedido pelo artigo um para, pouco depois, ser repetido, 
desta vez precedido do artigo o. Dessa forma, passa-se de 
“um planeta” para “o planeta”, de “um jardim” para “o 
jardim” e de “um canteiro” para “o canteiro”. Há, nessa 
substituição de um artigo por outro, uma evidente dife-
rença de significado: aquilo que era genérico e indefinido 
ao ser nomeado pela primeira vez surge como particula-
rizado e definido ao ser retomado. No poema, esse jogo 
envolvendo artigos e substantivos é o principal recurso 
no caminho do amplo e universal ao mínimo e particular.
Artigo é a palavra que pressupõe substantivo escrito. 
generaliza ou particulariza o sentido desse substantivo. Ob-
serve: um planeta/o planeta; um canteiro/o canteiro; um 
jardim/o jardim; uma violeta/a violeta.
Em muitos casos, o artigo é essencial na especificação 
do gênero e do número do substantivo.
O jornalista recusou o convite do representante dos ar-
tistas. A jornalista recusou o convite da representante das 
artistas.
A empresa colocou em circulação o ônibus de três eixos.
A empresa colocou em circulação os ônibus de três eixos.
Quando antepostos a palavras de qualquer classe gra-
matical, os artigos as transformam em substantivos. Nesses 
casos, ocorre a chamada derivação imprópria.
É um falar que não tem fim.
O assalariado vive um sofrer interminável.
O aqui e o agora nem sempre se conjugam favoravel-
mente.
Sintaticamente, os artigos atuam sempre como adjuntos 
adnominais.
Classificação dos artigos
a) Artigo indefinido: indica seres quaisquer dentro de 
uma mesma espécie; seu sentido é genérico. Assume as for-
mas um, uma; uns, umas.
Gosto muito de animais: queria ter um cachorro, uma 
gata, uns tucanos e umas araras.
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
29
b) Artigo definido: indica seres determinados dentro 
de uma espécie; seu sentido é particularizante. Assume as 
formas o, a; os, as.
Meu vizinho gosta muito de animais: você precisa ver o 
cachorro, a gata, os tucanos e as araras que ele tem em casa.
Combinações dos Artigos
É muito frequente a combinação dos artigos definidos e 
indefinidos com preposições. O quadro seguinte apresenta 
a forma assumida por essas combinações:
Preposições Artigos Combinações
a
o, os, a, 
as, um, 
uma, uns, 
umas
ao, aos, à, às
de do, dos, da, das, dum, duma, 
duns, dumas
em no, nos, na, nas, num, numa, 
nuns, numas
por (per) pelo, pelos, pela, pelas
Observações:
1. As formas à e às indicam a fusão da preposição a com 
o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhe-
cida por crase.
2. As formas pelo(s) /pela(s) resultam da combinação 
dos artigos definidos com a forma per, equivalente a por.
EXERCÍCIOS
1. Os artigos são responsáveis por diversos detalhes de sig-
nificação nas diferentes situações comunicativas em que 
são empregados. Leia as frases seguintes e comente o 
valor dos artigos destacados.
a) Estou levando produtos da região.
b) O menino estava tão encabulado que não sabia o que 
fazer com as mãos.
c) Em poucos instantes, pôs-se a chorar e a chamar pela 
mãe.
d) A carne está custando 20 reais o quilo.
e) Aquele era o momento de minha vida.
2. Explique as diferenças de significado entre as frases de 
cada par:
a) Todo dia ele faz isso.
 Todo o dia ele faz isso.
b) Pedro não veio.
 O Pedro não veio.
c) Essa caneta é minha.
 Essa caneta é a minha.
d) O dirigente sindical apresentou reivindicações dos 
trabalhadores na reunião.
 O dirigente sindical apresentou as reivindicações dos 
trabalhadores na reunião
e) Chico Buarque, grande compositor brasileiro, é tam-
bém escritor.
 Chico Buarque, o grande compositor brasileiro, é tam-
bém escritor.
3. Observe:
 “... foram intimados a comparecer...”
 “... não a fizeram...”
 “... a sua oração...”
 As três ocorrências do a são, respectivamente:
a) preposição, pronome, preposição.
b) artigo, artigo, preposição.
c) pronome, artigo, preposição.
d) preposição, pronome, artigo.
e) artigo, pronome, pronome.
4. Assinale a opção correta.
a) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos cinco.
b) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos cinco livros.
c) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos os cinco.
d) Mostraram-me cinco livros. Comprei a todos cinco 
livros.
e) Nenhuma das alternativas. 
5. “O policial recebeu o ladrão a bala. Foi necessário ape-
nas um disparo: o assaltante recebeu a bala na cabeça e 
morreu na hora.”
 No texto, os vocábulos destacados são, respectivamente:
a) preposição e artigo.
b) preposição e preposição.
c) artigo e artigo.
d) artigo e preposição.
e) artigo e pronome indefinido.
6. Procure e assinale a única opção em que há erro no em-
prego do artigo.
a) Nem todas as opiniões são valiosas.
b) Disse-me que conhece todo o Brasil.
c) Leu todos os dez romances do escritor.
d) Andou por todo Portugal.
e) Todas as cinco, menos uma, estão corretas.
7. Assinalea opção em que há erro.
a) Li a notícia no Estado de S. Paulo.
b) Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
c) Essa notícia, eu a vi em A Gazeta.
d) Vi essa notícia em A Gazeta.
e) Foi em O Estado de S. Paulo que li a notícia.
8. Indique o erro quanto ao emprego do artigo.
a) Em certos momentos, as pessoas as mais corajosas 
se acovardam.
b) Em certos momentos, as pessoas mais corajosas se 
acovardam.
c) Em certos momentos, pessoas as mais corajosas se 
acovardam.
d) Em certos momentos, as mais corajosas pessoas se 
acovardam.
e) Em certos momentos, a mais corajosas pessoas se 
acovardam.
GABARITO 
1. a) Região específica.
 b) Sentido de posse (mãos dele).
 c) Posse (mãe dele).
 d) Sentido de cada quilo.
 e) Momento específico.
2. a) Diariamente x O dia inteiro.
b) Qualquer Pedro, pouco conhecido x Pedro especí-
fico, bem conhecido.
c) Uma entre minhas canetas x Minha única caneta.
d) Algumas reivindicações x A totalidade das reivindi-
cações.
e) Um dos grandes compositores brasileiros x O único 
grande, o maior compositor brasileiro.
3. d 4. c 5. a 6. d 7. a 8. e
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
30
Numeral
Do Ponto de Vista Semântico
Numeral é a palavra que quantifica numericamente os 
seres ou indica a ordem que eles ocupam numa certa se-
quência.
Apenas dois fatos ocorreram.
Apenas o segundo fato merece atenção.
Subclassificação do Numeral
• Cardinal: indica uma quantidade determinada de seres. 
Há cinco vagas para cem candidatos.
• Ordinal: indica a posição relativa de um ou vários seres 
numa determinada sequência.
 Acerte o quarto botão da esquerda para a direita.
• Multiplicativo: indica quantas vezes uma quantidade 
é multiplicada.
 Os especuladores lucraram o triplo do capital investido.
• Fracionário: indica em quantas partes uma quantidade 
é dividida.
 Os agricultores só recuperaram um terço das sementes 
plantadas.
Do Ponto de Vista Sintático
O numeral, sintaticamente, pode funcionar como:
• palavra adjetiva
 O juiz expulsou dois jogadores.
 O corretor cometeu duplo engano.
• palavra substantiva
 Dois mais dois são quatro.
 A inflação subiu o dobro em 1982.
Do Ponto de Vista Mórfico
Numeral cardinal: exceto um, os cardinais são todos 
plurais. Os cardinais terminados em ão ocorrem sob forma 
singular e plural (um milhão / dois milhões) e são masculinos.
Os milhares de vítimas (certo).
As milhares de vítimas (errado).
Os cardinais um, dois e todas as centenas a partir de 
duzentos apresentam forma masculina e feminina.
um – uma; dois – duas; duzentos – duzentas; novecentos 
– novecentas
Numeral ordinal: flexiona-se em gênero e número.
primeiro – primeira
primeiro – primeiros 
Numeral multiplicativo: flexiona-se em gênero e número 
quando funcionam como palavras adjetivas. Caso contrário, 
ficam invariáveis.
Arriscou dois palpites duplos.
O atacante cometeu dupla falta.
Os atletas renderam o dobro do que costumavam. 
Alguns numerais multiplicativos
duplo ou dobro = duas vezes
triplo ou tríplice = três vezes
quádruplo = quatro vezes
quíntuplo = cinco vezes
sêxtuplo = seis vezes
séptuplo, sétuplo = sete vezes
óctuplo = oito vezes
nônuplo = nove vezes
décuplo = dez vezes
undécuplo = onze vezes
duodécuplo = doze vezes
cêntuplo = cem vezes
Desses, os mais usados são duplo ou dobro e triplo ou 
tríplice. Os demais, muito menos usados, são substituídos 
pelo cardinal seguido de vezes. Assim, em vez de undécuplo, 
usa-se onze vezes; em vez de duodécuplo, usa-se doze vezes. 
Obs.: Muitas vezes o numeral foge do seu significado 
exato, indicando uma quantidade indefinida e conseguindo, 
com isso, um efeito expressivo ou enfático.
Eu já lhe disse mil vezes que não gosto dessa sua atitude. 
(exagero)
Numeral fracionário: concorda com o cardinal indicador 
do número de partes em que se dividiu a quantidade. Com-
prou um terço das terras do município.
Comprou dois quartos da produção anual.
Obs.: O fracionário meio concorda em gênero e número 
com o substantivo a que se refere.
É meio-dia e meia (hora).
São homens de meias palavras.
Leitura dos Numerais Fracionários
Apenas dois numerais fracionários apresentam formas 
típicas: meio e terço. Os demais fracionários são indicados 
de duas maneiras:
• por um cardinal (representando o numerador da fra-
ção) seguido de um ordinal (representando o deno-
minador). 1/4 = um quarto; 2/8 = dois oitavos ; 5/10 = 
cinco décimos ; 3/100 = três centésimos;
• por um cardinal (representando o numerador) e outro 
cardinal seguido de avos (representando o denomina-
dor). Esse processo é utilizado para os ordinais que se 
situam no intervalo de onze a noventa e nove.
 5/12 = cinco doze avos ; 3/67 = três sessenta e sete 
avos
Alguns numerais cardinais e ordinais apresentam formas 
variantes: quatorze / catorze; bilhão / bilião; septuagésimo / 
setuagésimo. Entretanto, as formas cincoenta (50) e hum (1), 
ainda que usadas nas relações bancárias, não são registradas 
e, portanto, devem ser tidas como erradas.
Leitura do cardinal
Na leitura (ou escrita por extenso) do cardinal, coloca-se 
e após as centenas e após as dezenas.
2623 = dois mil seiscentos e vinte e três.
Leitura dos ordinais superiores a dois mil
Segundo a tradição gramatical, nos ordinais superiores 
a dois mil (2000), lê-se o milhar como cardinal e os demais 
como ordinais. Ex.: 2101ª inscrição – a duas milésima centési-
ma primeira inscrição. Nesse caso, entretanto, o número todo 
pode ser lido como ordinal. Ex.: 10203º quilômetro rodado – 
o décimo milésimo ducentésimo terceiro quilômetro rodado.
Obs.: Muitas vezes, como forma de compensar a dificul-
dade de se ler um ordinal muito extenso, usa-se o cardinal 
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
31
posposto ao substantivo. O cardinal, nessa situação, fica 
invariável. Ex.: Usa-se inscrição 2101 e lê-se: inscrição dois 
mil cento e um, em vez de 2101ª inscrição (dois milésima 
centésima primeira inscrição).
Bento XVI – Século XIX
Na inscrição de séculos, reis, papas, capítulos de obras:
• Usa-se o ordinal até dez:
 século V = século quinto
 Paulo VI = Paulo sexto
• Usa-se o cardinal acima de dez:
 século XIX = século dezenove
 Luiz XIV = Luiz quatorze
 Bento XVI = Bento dezesseis
Obs.: se, nesses casos, o numeral vier antes do substan-
tivo, sempre se usa o ordinal:
vigésimo século
décimo nono século
EXERCÍCIOS
1. Complete os espaços, segundo o modelo:
 O dólar subiu duas vezes mais. (o dobro)
a) Cada quilo de grão produziu dez vezes mais. _________
b) Em condições mais favoráveis, os operários renderão 
cem vezes mais. __________
2. Complete os espaços vazios com o numeral fracionário, 
segundo o modelo:
 Queria duas de cada cem sacas de café. (dois centésimos)
a) Seu lucro era de um por mil. ___________________
______________________
b) Pretendia nove partes entre cinquenta da produção. 
_______________________
c) A seca estragou sete de cada dez alqueires da plan-
tação. _____________________________
d) Treze entre vinte e cinco perfurações jorravam petró-
leo. _____________________________
3. Classifique os numerais destacados nos versos a seguir.
 “A primeira vez que te vi, / Era menino e tu menina (...)
 Quando te vi pela segunda vez, / Já eras moça. (...)
 Vejo-te agora. Oito anos faz / Oito anos que não te via... 
(...)” (Manuel Bandeira)
 Resposta:
 Primeira: _____________________________________
 Segunda: _____________________________________
 Oito: _________________________________________
4. “Inquietante expectativa marcou a aproximação do 800º. 
pavimento.” (Murilo Rubião)
 A leitura correta do numeral destacado na frase acima é:
a) octogésimo. 
b) octagésimo.
c) octogenário.
d) octingentésimo.
5. Estabeleça correspondência entre as duas colunas, rela-
cionando o numeral cardinal ao ordinal correspondente.
 a) 91 ( ) quinquagésimo quinto
 b) 901 ( ) quingentésimo quinto 
 c) 55 ( ) nonagésimo primeiro
 d) 505 ( ) noningentésimo primeiro
 e) 704 ( ) setingentésimo quarto
 f) 74 ( ) setuagésimo quarto
6. No preenchimento de cheques, faz-seuso dos numerais 
cardinais. Preencha o cheque abaixo com a quantia indi-
cada. 
 Pague por este cheque a quantia de: R$5.657,12
 ______________________________________________
______________________________________________
_____________________________________________ 
ou a sua ordem.
7. Assinale a alternativa em que o numeral não está em-
pregado corretamente.
a) A citação encontra-se à altura da página vinte e duas.
b) As declarações estão na página duzentos e trinta e 
dois.
c) A vigésima quarta hora já havia soado.
d) A encomenda foi entregue na Rua Vinte e um, casa 
dois.
8. Assinale a alternativa que traz a leitura correta dos nu-
merais destacados nas frases seguintes.
 I – “João Paulo II manteve-se em Roma por 27 anos.”
 II – Segundo dizem, o capítulo X é o mais interessante 
do livro todo.
 III – A supremacia papal entrou em declínio no fim do 
século XI.
 IV – Tutmósis III subiu ao trono egípcio em 1479 a.C.
a) João Paulo Dois; capítulo dez; século onze; Tutmósis 
três.
b) João Paulo Segundo; capítulo décimo; século décimo 
primeiro; Tutmósis terceiro.
c) João Paulo segundo; capítulo décimo; século onze; 
Tutmósis terceiro.
d) João Paulo segundo; capítulo dez; século onze; Tut-
mósis terceiro.
9. Muitas vezes os numerais são utilizados para indicar 
quantidade indeterminada. Assinale, dentre as frases 
abaixo, aquela em que isso ocorreu:
a) “já pedi duzentos mil réis emprestados ao André 
gonzaga, para as alianças e outros proveitos.” (José 
Candido de Carvalho)
b) “Como e por que lhe veio aos vinte anos a deter-
minação de sair do convento, não sei (...)” (Clarice 
Lispector)
c) “Mas reconheço que em Frederico viveu uma raposa 
de mil astúcias.” (José Cândido de Carvalho)
GABARITO
1. a) O décuplo
b) O cêntuplo
2. a) Um milésimo
b) Nove cinquenta avos
c) Sete décimos
d) Treze vinte avos
3. Ordinal, ordinal, cardinal.
4. d
5. c, d, a, b, e ,f
6. Cinco mil seiscentos e cinquenta e sete reais e doze 
centavos.
7. b
8. c
9. c
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Pronome
Pronome substitui e/ou acompanha o nome.
Pedro acordou tarde. Ele ainda dormia, quando sua mãe 
o chamou.
Pronomes: Ele = Pedro (só substitui).
Sua = de Pedro (substitui Pedro e acompanha “mãe”).
O = Pedro (só substitui Pedro).
Existem seis tipos de pronomes:
• pessoais;
• demonstrativos;
• possessivos;
• relativos;
• interrogativos;
• indefinidos.
As provas cobram muito os pronomes relativos, os de-
monstrativos e os pessoais “o” e “lhe”.
Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos
Quando um pronome é empregado junto de um subs-
tantivo, ele é chamado de pronome adjetivo; e quando um 
pronome aparece isolado, sozinho na frase, ele é chamado 
de pronome substantivo.
Ninguém pode adivinhar suas vontades?
Ninguém → pronome substantivo (pois está sozinho).
suas → pronome adjetivo (pois está junto do substantivo 
vontades).
Encontrei minha caneta, mas não a apanhei.
minha → pronome adjetivo.
a → pronome substantivo.
EXERCÍCIO
 Coloque: (1) para pronome substantivo e (2) para pro-
nome adjetivo.
a) Estas montanhas escondem tesouros.
b) Aquilo jamais se repetirá. 
c) Qualquer pessoa o ajudaria.
d) Nossa esperança é que ele volte.
Pronomes Pessoais
Vamos supor que a gorete esteja com fome e que ela 
queira contar isso para uma outra pessoa que a esteja ouvin-
do. É claro que, numa situação normal de comunicação, não 
usaria a frase Gorete está com fome, e sim a frase:
Eu estou com fome.
• eu designa o que chamamos de 1ª pessoa gramatical, 
isto é, a pessoa que fala.
Se, no entanto, fosse mais de uma pessoa que estivesse 
com fome, uma delas poderia falar assim:
Nós estamos com fome.
Vamos supor, agora, que gorete esteja conversando com 
um amigo e queira saber se tal amigo está com fome. Ela, 
então, usaria a seguinte frase:
Tu estás com fome? ou: Você está com fome?
• tu (você) designa o que chamamos de 2ª pessoa gra-
matical, isto é, a pessoa com quem se fala.
Se, por outro lado, gorete estiver conversando com mais de 
uma pessoa e quiser saber se elas estão com fome, falará assim:
Vós estais com fome? ou: Vocês estão com fome?
Vamos imaginar, agora, que gorete esteja conversando 
com um amigo e queira afirmar que o cão que acompanha 
esse amigo está doente. Ela pode se expressar assim:
O cão está doente, ou então, Ele está doente.
• ele designa o que chamamos de 3ª pessoa gramatical, 
isto é, a pessoa, o ser a respeito de quem se fala.
eu, nós, tu, vós, ele, eles são, nas frases analisadas, exem-
plos de pronomes pessoais.
Podemos concluir, então, que pronomes pessoais são 
aqueles que substituem os nomes e representam as pessoas 
gramaticais.
São três as pessoas gramaticais:
• 1ª pessoa (a que fala): eu, nós
• 2ª pessoa (com quem se fala): tu, vós
• 3ª pessoa (de quem se fala): ele(s), ela(s).
Quadro dos pronomes pessoais
Caso reto
(sujeito)
Caso oblíquo (outras funções)
Átonos (sem 
preposição escrita)
Tônicos (com 
preposição escrita)
Singular: 
eu, 
tu 
ele(a)
me, 
te,
se, o, a, lhe
mim, comigo
ti, contigo
si, consigo, ele, ela
Plural: 
nós, 
vós, 
eles(as)
nos,
vos,
se, os, as, lhes
nós, conosco
vós, convosco
si, consigo, eles, elas
Observações:
1. Um pronome pessoal é pronome reto quando exerce a 
função de sujeito da oração e é um pronome oblíquo 
quando exerce função que não seja a de sujeito da 
oração. 
 Ela pediu ajuda para nós.
 Ela: pronome reto (funciona como sujeito).
 nós: pronome oblíquo (não funciona como sujeito).
 Nós jamais a prejudicamos.
 Nós: pronome reto (sujeito).
 a: pronome oblíquo (não sujeito).
2. Os pronomes oblíquos átonos nunca aparecem pre-
cedidos de preposição.
 A vida me ensina a ser realista.
 
 pron. obl. átono
3. Os pronomes oblíquos tônicos sempre aparecem 
precedidos de preposição. 
 Ela jamais iria sem mim.
 
 prep. pron. obl. tônico
4. Os pronomes oblíquos tônicos, quando precedidos da 
preposição com, combinam-se com ela, originando as 
formas: comigo, contigo, consigo, conosco, convosco.
Emprego dos Pronomes Pessoais
a) Os pronomes oblíquos me, nos, te, vos e se podem 
indicar que a ação praticada pelo sujeito reflete-se no próprio 
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g
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 P
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TU
g
U
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sujeito. Nas frases em que isso ocorre, tais pronomes são 
chamados pronomes reflexivos.
Eu me machuquei. me (= a mim mesmo) → pronome 
reflexivo.
b) Os pronomes oblíquos si e consigo são sempre re-
flexivos.
Márcia só pensa em si. (= pensa nela mesma)
Ele trouxe consigo o livro. (= com ele mesmo)
Note, portanto, que frases como as exemplificadas a se-
guir são gramaticalmente incorretas.
Marcos, eu preciso falar consigo.
Eu gosto muito de si, minha amiga.
c) Os pronomes oblíquos nos, vos e se, quando significam 
um ao outro, indicam a reciprocidade (troca) da ação. Nesse 
caso são chamados de pronomes reflexivos recíprocos.
Os jogadores se abraçavam após o gol. Onde: se (= um 
ao outro) → pronome reflexivo recíproco.
d) Eu x mim: eu (pronome reto) só pode funcionar como 
sujeito, enquanto mim (pronome oblíquo) só pode ter outras 
funções, nunca sujeito. Daí termos frases como: 
Ela trouxe o livro para eu ler. (correto)
 
 Sujeito
Ela trouxe o livro para mim. (correto)
 
 Não pode ser sujeito
Ela trouxe o livro para mim ler. (errado)
 
 Não pode ser sujeito
e) Entre todos os pronomes pessoais somente os pro-
nomes eu e tu não podem ser pronomes oblíquos (reveja 
o quadro). Esses dois pronomes só podem exercer a função 
de sujeito da oração. Nas frases em que não for para exercer 
a função de sujeito, tais pronomes devem ser substituídos 
pelos seus pronomes oblíquos correspondentes.
Eu → me, mim; Tu → te, ti.
Eu e ela iremos ao jogo. (correto)
 
 Sujeito
Uma briga aconteceu entre mim e ti. (correto)
 
 Sujeito não sujeito
Não houve nada entre eu e ela. (errado) 
Não houve nada entre mim e ela. (correto)Pronomes Pessoais de Tratamento
Os pronomes de tratamento* são pronomes pessoais 
usados no tratamento cerimonioso e cortês entre pessoas. 
Os principais são:
Vossa Alteza (V.A.) → Príncipe, Duques
Vossa Majestade (V.M.) → Reis
Vossa Santidade (V.S.) → Papas
Vossa Eminência (V.Emª.) → Cardeais
Vossa Excelência (V.Exª.) → Autoridades em geral
* Ver Manual de Redação da Presidência da República, para usos 
conforme normas de redação oficial.
Observação:
Existem, para os pronomes de tratamento, duas formas 
distintas: Vossa (Majestade, Excelência etc.) e Sua (Majesta-
de, Excelência etc.). Você deve usar a forma Vossa quando 
estiver falando com a própria pessoa e usar a forma Sua 
quando estiver falando a respeito da pessoa.
Vossa Majestade é cruel. (falando com o rei)
Sua Majestade é cruel. (falando a respeito do rei)
Pronomes Possessivos
Pronomes possessivos são aqueles que se referem às 
três pessoas gramaticais (1ª, 2ª e 3ª), indicando o que cabe 
ou pertence a elas. 
Tuas opiniões são iguais às minhas.
• tuas: pronome possessivo correspondente à 2ª pessoa 
do singular (tu).
• minhas: pronome possessivo correspondente à 1ª 
pessoa do singular (eu).
É importante fixar bem que há uma relação entre os pro-
nomes possessivos e os pronomes pessoais. 
Observe atentamente o quadro abaixo:
Pronomes pessoais Pronomes possessivos
eu → meu, minha, meus, minhas
tu → teu, tua, teus, tuas
ele → seu, sua, seus, suas
nós → nosso, nossa, nossos, nossas
vós → vosso, vossa, vossos, vossas
eles → seu, sua, seus, suas
Emprego dos Pronomes Possessivos
a) Quando são usados pronomes de tratamento (V.Sª, 
V.Excia etc.), o pronome possessivo deve ficar na 3ª pessoa 
(do singular ou do plural) e não na 2ª pessoa do plural.
Vossa Majestade depende de seu povo.
 
 Pron. tratamento 3ª pessoa
Vossas Majestades confiam em seus conselheiros?
 
 Pron. tratamento 3ª pessoa
b) Os pronomes possessivos seu(s) e sua(s) podem se 
referir tanto à 2ª pessoa (pessoa com quem se fala), como 
à 3ª pessoa (pessoa de quem se fala).
Sua casa foi vendida (sua = de você)
Sua casa foi vendida (sua = dele, dela)
Essa dupla possibilidade de uso de tais pronomes pode 
gerar ambiguidade ou frases com duplo sentido. Quando isso 
ocorrer, você deve procurar trocar os pronomes seu(s) e sua(s) 
por dele(s) ou dela(s), a fim de tornar a frase mais clara.
c) Os pronomes seu(s) e sua(s) são usados tanto para 3ª 
pessoa do singular como para 3ª pessoa do plural (confira 
tal afirmação no quadro acima).
d) Os pronomes possessivos podem, em muitos casos, 
ser substituídos por pronomes oblíquos equivalentes.
A chuva molha-me o rosto. (= molha meu rosto).
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Pronomes Indefinidos
Pronomes indefinidos são pronomes que se referem à 3ª 
pessoa gramatical (pessoa de quem se fala), quando consi-
derado de modo vago e indeterminado.
Acredita em tudo que lhe dizem certas pessoas.
Quadro dos pronomes indefinidos
Variáveis Invariáveis
algum(ns); alguma(s)
nenhum(ns); nenhuma(s)
todo(s); toda(s)
outro(s); outra(s)
muito(s); muita(s)
pouco(s); pouca(s)
certo(s); certa(s)
tanto(s); tanta(s)
quanto(s); quanta(s)
qualquer; quaisquer
alguém
ninguém
tudo
outrem
nada
cada
algo
Observação:
Um pronome indefinido pode ser representado por ex-
pressões formadas por mais de uma palavra. Tais expressões 
são denominadas locuções pronominais. As mais comuns 
são: qualquer um, todo aquele que, um ou outro, cada um, 
seja quem for.
Seja qual for o resultado, não desistiremos.
Pronomes Interrogativos
Pronomes interrogativos são aqueles empregados para 
fazer uma pergunta direta ou indireta. Da mesma forma que 
ocorre com os indefinidos, os interrogativos também se re-
ferem, de modo vago, à 3ª pessoa gramatical.
Os pronomes interrogativos são os seguintes:
Que, quem, qual, quais, quanto(s) e quanta(s).
Que horas são? (frase interrogativa direta)
Gostaria de saber que horas são. (interrogativa indireta)
Quantas crianças foram escolhidas?
Pronomes Relativos
Vamos supor que alguém queira transmitir-nos duas in-
formações a respeito de um menino. Esse alguém poderia 
falar assim:
Eu conheço o menino. O menino caiu no rio.
Mas essas duas informações poderiam também ser trans-
mitidas utilizando-se não duas frases separadas, mas uma 
única frase formada por duas orações. Com isso, seria evitada 
a repetição do substantivo menino. A frase ficaria assim:
 
Eu conheço o menino que caiu no rio.
 
 1ª oração 2ª oração
Observe que a palavra que substitui, na segunda oração, 
a palavra menino, que já apareceu na primeira oração. Essa 
é a função dos pronomes relativos.
Podemos dizer, então, que pronomes relativos são os que 
se referem a um substantivo anterior a eles, substituindo-o 
na oração seguinte.
Quadro dos pronomes relativos
Variáveis
Invariáveis
Masculino Feminino
o qual, os quais, 
cujo, cujos, quanto, 
quantos
a qual, as quais, 
cuja, cujas, 
quanta, quantas
que, quem, 
onde, como
Observações:
• Como relativo, o pronome que é substituível por o qual, 
a qual, os quais, as quais.
 Já li o livro que comprei. (= livro o qual comprei)
• Há frases em que a palavra retomada, repetida pelo 
pronome relativo, é o pronome demonstrativo o, a, 
os, as.
 Ele sempre consegue o que deseja.
 
 pron. dem. pron. relativo
 (= aquilo) (o qual)
• O relativo quem só é usado em relação a pessoas e 
aparece sempre precedido de preposição.
 O professor de quem você gosta chegou.
 
 pessoa preposição
• O relativo cujo (e suas variações) é, normalmente, em-
pregado entre dois substantivos, estabelecendo entre 
eles uma relação de posse e equivale a do qual, da 
qual, dos quais, das quais.
 Compramos o terreno cuja frente está murada. (cuja 
frente = frente do qual)
 Note que após o pronome cujo (e variações) não se 
usa artigo. Por isso, deve-se dizer, por exemplo:
 Visitei a cidade cujo prefeito morreu, e não: 
 Visitei a cidade cujo o prefeito morreu.
• O relativo onde equivale a em que.
 Conheci o lugar onde você nasceu.
 
 (em que)
• Quanto(s) e quantas(s) só são pronomes relativos se 
estiverem precedidos dos indefinidos tudo, tanto(s), 
tanta(s), todo(s), toda(s).
 Sempre obteve tudo quanto quis.
 
 indefinido relativo
Outros exemplos de reunião de frases por meio de pro-
nomes relativos:
Eu visitei a cidade. Você nasceu na cidade.
 onde
Eu visitei a cidade em que você nasceu.
 na qual
Observe que, nesse exemplo, antes dos relativos que e 
qual houve a necessidade de se colocar a preposição em, que é 
exigida pelo verbo nascer (quem nasce, nasce em algum lugar).
Você comprou o livro. Eu gosto do livro.
Você comprou o livro de que eu gosto. do qual
Da mesma forma que no exemplo anterior, aqui houve 
a necessidade de se colocar a preposição de, exigida pelo 
verbo gostar (quem gosta, gosta de alguma coisa).
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EXERCÍCIOS 
(Cespe/Prefeitura do Rio Branco) À semelhança do Brasil, o 
Acre compõe-se de uma grande diversidade de povos indí-
genas, cujas situações frente à sociedade nacional também 
são muito variadas.
1. A substituição de “cujas” por as quais mantém a correção 
gramatical do período e as relações lógicas originais. 
Analisando o emprego do pronome relativo CUJO:
• acompanha substantivo posterior;
• refere-se a substantivo anterior;
• sentido de posse;
• varia com a palavra posterior.
Observo os povos indígenas cujo líder é guerreiro.
Observo os povos indígenas cuja cultura é milenar.
Observo as tribos indígenas cujos líderes são guerreiros.
Observo as tribos indígenas cujas culturas são milenares.
Cuidado!
São estruturas inadequadas as seguintes:
Observo os povos indígenas que o líder é guerreiro.
Observo os povos indígenas que o líder deles édireto, indireto e/ou indireto livre.
O gênero épico representa a mais antiga das manifesta-
ções literárias e nele estão contidas as narrativas histórico-
-literárias de grandes acontecimentos, com presença de
temas terrenos, mitológicos e lendários. Observe-se que
o termo “épico” vem da palavra “epopeia”, que, do grego
(épos), simboliza a narrativa em versos de fatos grandiosos
centrados na figura de um herói ou de um povo.
Os elementos essenciais das narrativas épicas são: nar-
rador (quem narra a história), enredo (sucessão dos acon-
tecimentos), personagens (principais e secundárias), tempo 
(época dos fatos) e espaço (local dos episódios).
Gênero Dramático
O gênero dramático é feito para que haja a sua encena-
ção; está dividido em atos e cenas; conta a história através 
da fala das personagens; apresenta indicações cênicas as 
quais auxiliam a representação.
De acordo com a definição de Aristóteles em sua Arte Po-
ética, os textos dramáticos são próprios para a representação 
e apreendem a obra literária em verso ou prosa passíveis de 
encenação teatral. A voz narrativa está entregue às perso-
nagens, atores que contam uma história por intermédio de 
diálogos ou monólogos. Pertencem ao gênero dramático os 
seguintes textos: Auto; Comédia; Tragédia; Tragicomédia; 
Elegia; Farsa (também conhecidos como subgêneros do gê-
nero dramático).
O gênero dramático envolve a literatura teatral em prosa 
ou em verso, aquela para ser apresentada e encenada. Do 
grego, a palavra “drama” significa “ação”. Por essa razão, o 
diálogo é um recurso muito utilizado, de modo que a tríade 
essencial dos textos literários dramáticos são: o autor, o texto 
e o público. 
A classificação de gêneros literários sofreu algumas al-
terações ao longo dos anos. Atualmente, é entendida como 
algo flexível, sendo possível a mistura de gêneros e a sub-
divisão em vários subgêneros. Apesar da divisão em lírico, 
narrativo e dramático, há uma característica comum aos três 
gêneros: a literatura. 
Sendo gêneros literários, apresentam aspectos comuns 
que definem a literatura como uma expressão artística que 
possui funções recreativas, sociais e críticas. Assim, não só 
ocorre a manifestação de sentimentos e invenção de histórias 
por parte do autor, como também ocorre a crítica à sociedade 
e há referências a momentos históricos.
O texto literário, quer ocorra em verso ou em prosa, 
transmite a noção artística do autor, que trabalha com a 
função conotativa da linguagem, que utiliza uma linguagem 
mais poética e rebuscada, recorrendo ao uso de figuras de 
linguagem e que respeita estruturas no estilo e forma, como 
a métrica e a rima. O autor debruça-se sobre a seleção e 
combinação de palavras, para que transmitam o sentido 
Lí
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pretendido, contribuindo para a concretização da intenção 
do autor.
Reconhecimento de Tipos e Gêneros Textuais
Tipologia Textual
Texto Dissertativo: denotativo, objetiva provar uma tese, 
um posicionamento, possui introdução, desenvolvimento e 
conclusão.
Texto Argumentativo: usa argumentos e exemplos para 
comprovar algo.
Texto Narrativo: conta uma história (fato, tempo, lugar, 
personagens, detalhes etc.).
Texto Descritivo: descreve coisa, lugar ou pessoa, com 
muitos adjetivos. 
Esquema do texto dissertativo 
1º parágrafo (introdução): tema e o objetivo na primeira 
frase; citação dos argumentos na segunda frase.
2º parágrafo (desenvolvimento): desenvolvimento do 
argumento 1 em pelo menos duas frases.
3º parágrafo (desenvolvimento): desenvolvimento do 
argumento 2 em pelo menos duas frases.
4º parágrafo (desenvolvimento): desenvolvimento do 
argumento 3 em pelo menos duas frases.
5º parágrafo (conclusão): tema e o objetivo na primeira 
frase com outras palavras; soluções otimistas com verbos no 
infinitivo de preferência.
Exemplo de texto dissertativo
• Introdução
Acredita-se que Brasília se firmará como provável polo
turístico do século XXI. Mesmo concorrendo com belíssimas 
praias na costa brasileira e com a evidente exploração turísti-
ca nas cidades vizinhas, a capital federal encanta brasileiros 
e estrangeiros por seu patrimônio histórico-cultural, sua 
organização e segurança.
• 1º argumento = 2º parágrafo
Impossível não conceber que o litoral é um forte con-
corrente da cidade-sede do Brasil, já que é disputado na 
alta e baixa temporada por turistas do mundo inteiro. Além 
disso, o cerrado constitui atração interessantíssima por suas 
riquezas naturais, como as cachoeiras e quedas d’água de 
várias cidades circunvizinhas (Pirenópolis e Alto Paraíso, por 
exemplo), as águas termais de Caldas Novas, bem como a 
beleza histórica de goiás Velho. Tudo isso há poucos quilô-
metros de Brasília.
• 2º argumento = 3º parágrafo
No entanto, em seu gigantismo de inigualável beleza
arquitetônica, a cidade do poder, desenhada por Oscar 
Niemeyer, surge majestosa causando curiosidade latente 
aos turistas que a pretendem desvendar. Prova disso são os 
hotéis, com fluxo frequente de visitantes de várias origens 
e etnias, que aqui encontram empatia com este povo mes-
clado, migrante de todo o território nacional, construtor da 
diversidade cultural e culinária da jovem capital.
• 3º argumento = 4º parágrafo
Ressalte-se, ainda, que ações, como a reforma do Centro
de Convenções, bem como as construções da Terceira Pon-
te e do reservatório de água Corumbá IV, tornam-na rota 
certa. A segurança – também respaldada pela premiação 
da ONU como a melhor cidade para uma criança crescer, 
no quesito qualidade de vida – e a organização da capital 
federal, evidenciada pela exatidão dos endereços facilmente 
encontrados pelo sistema inteligente de transportes, dão ao 
visitante sensação única de conforto.
• Conclusão
Nesse sentido, há que se propagar toda essa atração da
capital do país, evidenciando-a como polo turístico do século 
XXI. Urge, entretanto, a garantia de condições favoráveis à
execução plena de planejamentos turísticos.
Esquema Narrativo 
1º parágrafo: fato, tempo, lugar.
2º parágrafo: causa do fato, personagens.
3º parágrafo: detalhes do fato, discursos.
4º parágrafo: consequências do fato.
Discursos
• Discurso Direto Simples
Ela disse:
– Vamos ao cinema?
Ele respondeu:
– Claro!
• Discurso Direto com Travessão Explicativo
– Vamos ao cinema? – disse ela.
– Claro! – respondeu ele.
• Discurso Direto Livre
Ela disse: “Vamos ao cinema?”
Ele respondeu: “Claro!”
• Discurso Indireto Simples
Ela o convidou para ir ao cinema. Ele aceitou o convite.
• Discurso Indireto Livre
Ela o convidou para ir ao cinema. Ele aceitou o convite.
“Tomara que ele realmente vá!”
Domínio dos Mecanismos de Coesão Textual
Ernani Terra e José de Nicola (2001, p. 226-227) explicam 
sobre a coesão textual:
Assim como um osso liga-se ao outro num esqueleto, 
as palavras, os termos da oração e as orações ligam-se 
para formar um texto. Essa ligação se dá pelo nexo 
estabelecido entre várias partes do texto, tornando-o 
coeso (nexo significa ‘ligação, vínculo’; daí expressões 
do tipo ‘Ficou falando coisas sem nexo’). A coesão é 
decorrente de relações de sentido que se operam 
entre elementos do texto. Muitas vezes a interpreta-
ção de um termo depende da interpretação de outro 
termo ao qual faz referência, ou seja, a significação 
de uma palavra vai pressupor a de outra.
A avaliação da capacidade de expressão na modalidade 
escrita tem como base a observação da norma culta padrão 
da Língua Portuguesa. O uso das normas do registro formal 
culto da Língua Portuguesa pressupõem o domínio das regras 
da gramática normativa. Já a clareza, a precisão, a consis-
tência e a concisão do texto produzido são qualidades que 
agregam uma boa escrita a textos dissertativos.
[...] clareza, que torna o texto inteligível e decorre: 
do uso de palavras e expressões em seu sentido co-
mum, salvo quando o assunto for de natureza técnica, 
hipótese em que se empregarão a nomenclatura 
e terminologia próprias da área; da construção de 
orações na ordem direta, evitandoguerreiro.
Regra:
Para “ligar” dois substantivos com relação de posse entre 
si, somente é correto no padrão da Língua Portuguesa o 
emprego do relativo cujo e suas variações.
(PMVTEC/Analista) Na saúde, o município destaca o proje-
to MONICA – Monitoramento Cardiovascular –, em que se 
quantificou o risco de a população de Vitória na faixa de 25 
a 64 anos ter problemas cardiovasculares.
2. Mantendo-se a correção gramatical do período, o trecho 
“em que se quantificou” poderia ser reescrito da seguinte 
maneira: por meio do qual se quantificou. 
(PMVSEMUS/Médico) Texto dos itens 3, 4 e 5: 
Preocupam-se mais com a AIDS do que os meninos e as me-
ninas da África do Sul, onde a contaminação segue em ritmo 
alarmante. Chegam até a se apavorar mais com a gripe do 
frango do que as crianças chinesas, que conviveram com a 
epidemia. Esses dados constam de uma pesquisa inédita que 
ouviu 2.800 crianças com idade entre 8 e 15 anos das classes 
A e C em catorze países.
3. Preservam-se as ideias e a correção gramatical do texto 
ao se substituir o pronome “onde” por cuja, apesar de 
o texto tornar-se menos formal.
Estudando o pronome relativo ONDE
Observe:
Visitei o bairro. Você mora no bairro.
Note que no = em + o.
Então: Visitei o bairro no qual você mora.
Note que no qual = em + o qual.
Empregando onde, teremos:
Visitei o bairro onde você mora.
Regras:
• onde só pode se referir a um lugar;
• podemos substituir onde por no qual e suas variações;
• podemos substituir onde por em que.
ONDE versus AONDE
Observe:
Visitei o bairro onde você mora. (Quem mora, mora em...)
Visitei o bairro aonde você foi. (Quem foi, foi a...)
Então: aonde = a + onde.
Pronomes Demonstrativos
Pronomes demonstrativos são os que indicam a posição 
ou o lugar dos seres, em relação às três pessoas gramaticais.
Aquela casa é igual à nossa.
 
Pron. dem.
Quadro dos pronomes demonstrativos
Variáveis Invariáveis
este, esta, estes, estas isto
esse, essa, esses, essas isso 
aquele, aquela,
aqueles, aquelas aquilo
o, a, os, as o
Atenção!
Também podem funcionar como pronomes demonstra-
tivos as palavras: o(s), a(s), mesmo(s), semelhante(s), 
tal e tais, em frases como:
Chegamos hoje, não o sabias? (o = isto)
Quem diz o que quer, ouve o que não quer. (o = aquilo)
Tais coisas não se dizem em público! (tais = estas)
É importante saber distinguir quando temos artigo o, 
a, os, as e quando pronomes demonstrativos o, a, os, as. 
O livro que você trouxe não é o que te pedi.
– Note que o equivale a aquele.
A revista que você trouxe não é a que te pedi.
– Note que a equivale a aquela.
Pode fazer o que você quiser.
– Note que o equivale a aquilo.
Cuidado!
Artigo pressupõe um substantivo ligado a ele na expressão.
O livro, a revista, o grande e precioso livro, a nova e in-
teressante revista.
São três situações de uso dos pronomes demonstrativos: 
este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses, essas, isso, 
aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
1) Para referência a objetos em relação às pessoas que 
participam de um diálogo (pessoas do discurso).
Regra:
Primeira pessoa: eu, nós (pessoa que fala). Deve-se em-
pregar este, esta, isto com referência a objeto próximo de 
quem fala.
Segunda pessoa: tu, vós, você (pessoa que ouve). Deve-
-se empregar esse, essa, isso com referência a objeto pró-
ximo de quem ouve.
Terceira pessoa: ele, ela, eles, elas (pessoa ou assunto 
da conversa). Deve-se empregar aquele, aquela, aquilo com 
referência a objeto distante tanto de quem fala, como de 
quem ouve.
Exemplo 1: 
• Correspondência do governador para o Presidente da 
Assembleia Legislativa.
 Senhor Presidente,
 Solicito a V. Exa. que essa Casa Legislativa analise com 
urgência o projeto que destina verba para reforma do 
Ginásio Estadual Américo de Almeida.
• Resposta do Presidente da Assembleia Legislativa para 
o governador.
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 Senhor Governador,
 Informo a V. Exa. que esta Casa colocará em pauta na 
quarta-feira próxima a análise do projeto que destina 
verba para reforma do Ginásio Américo de Almeida. 
Essa Governadoria pode aguardar informativo na 
quinta-feira.
Exemplo 2:
Aqui nesta sala onde estamos, às vezes, escutamos vo-
zes vindas daquela sala onde estão tendo aula de Finanças 
Públicas. 
2) Para referência a termos anteriores e posteriores
Regra:
Para termos a serem mencionados: este, esta, isto.
Para termos já mencionados: esse, essa, isso.
3) Para referência a termos anteriores separadamente
Regra:
Para referência ao primeiro mencionado: aquele, aquela, 
aquilo.
Para referência ao último mencionado: este, esta, isto.
Para referência ao termo entre o primeiro e o último: 
esse, essa, isso.
4. (AFRF) Em relação aos elementos que constituem a coe-
são do texto abaixo, assinale a opção correta.
O caráter ético das relações entre o cidadão e o 
poder está naquilo que limita este último e, mais que 
isso, o orienta. Os direitos humanos, em sua primei-
ra versão, como direitos civis, limitavam a ação do 
Estado sobre o indivíduo, em especial na qualidade 
que este tivesse, de proprietário. Com a extensão 
dos direitos humanos a direitos políticos e sobretudo 
sociais, aqueles passam – pelo menos idealmente 
– a fazer mais do que limitar o governante: devem 
orientar sua ação. Os fins de seus atos devem estar di-
recionados a um aumento da qualidade de vida, que 
não se esgota na linguagem dos direitos humanos, 
mas tem nela, ao menos, sua condição necessária, 
ainda que não suficiente.
a) Em “o orienta” (l. 3), “o” refere-se a “cidadão” (l. 1).
b) Em “este tivesse” (l. 6), “este” refere-se a “Estado” (l. 5).
c) Em “aqueles passam” (l. 8), “aqueles” refere-se a “di-
reitos políticos” (l. 7).
d) “sua ação” (l. 10) e “seus atos” (l. 10) remetem ao 
mesmo referente: “proprietário” (l. 6).
e) “sua condição” (l. 13) refere-se a “um aumento na 
qualidade de vida” (l. 11).
(PMDF/Médico) 
Notaria apenas que, em nossos dias, as regiões 
onde essa grade é mais cerrada, onde os buracos 
negros se multiplicam, são as regiões da sexualidade 
e as da política: como se o discurso, longe de ser 
elemento transparente ou neutro no qual a sexua-
lidade se desarma e a política se pacifica, fosse um 
dos lugares onde elas exercem, de modo privilegiado, 
alguns de seus mais temíveis poderes. Por mais que 
o discurso seja aparentemente bem pouca coisa, as 
interdições que o atingem revelam logo, rapidamen-
te, sua ligação com o desejo e com o poder.
Nisto não há nada de espantoso, visto que o 
discurso — como a psicanálise nos mostrou — não 
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é simplesmente aquilo que manifesta (ou oculta) o 
desejo; é, também, aquilo que é objeto do desejo; e 
visto que — isto a história não cessa de nos ensinar 
— o discurso não é simplesmente aquilo que traduz 
as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo por 
que, pelo que se luta, o poder do qual nos queremos 
apoderar.
Julgue os itens, relativos às estruturas linguísticas do texto.
5. Preservam-se a correção gramatical e o sentido do texto 
se o pronome “onde” (l. 2) for substituído por as quais. 
6. A expressão “no qual” (l. 5) tem como referente a ex-
pressão “elemento transparente ou neutro”.
7. O pronome “aquilo” (l. 14 e 17) pode ser substituído 
por o, sem prejuízo do sentido original e de correção 
gramatical. 
8. O pronome “isto” (linha 16) recupera o sentido do trecho 
“visto que o discurso (…) desejo”. (l. 12-15)
(TCE-AC/Analista) Há umas ocasiões oportunas e fugitivas, 
em que o acaso nos inflige duas ou três primas de Sapucaia; 
outras vezes, ao contrário, as primas de Sapucaia são an-
tes um benefício do que um infortúnio. Era à porta de uma 
igreja. Eu esperava que as minhas primas Claudina e Rosa 
tomassem água benta, para conduzi-las à nossa casa, onde 
estavam hospedadas. 
9. Na oração “em que o acaso nos inflige duas ou três pri-
mas de Sapucaia”, a substituição de “em que” por onde 
manteria o sentido original e a correção gramatical do 
texto.
(Cariacica/Assistente Social) Emalguns segmentos de nossa 
sociedade, o trabalho fora de casa é considerado inconve-
niente para o sexo feminino. É óbvio que a participação de 
um indivíduo em sua cultura depende de sua idade. Mas é 
necessário saber que essa afirmação permite dois tipos de 
explicações: uma de ordem cronológica e outra estritamente 
cultural.
10. A expressão “essa afirmação” retoma a ideia de que o 
trabalho fora de casa pode ser considerado inconveniente 
para as mulheres.
(Iema-ES/Advogado) O destino dos compostos orgânicos 
no meio ambiente, dos mata-matos aos medicamentos, é 
largamente decidido pelos micróbios. Esses organismos que-
bram alguns compostos diretamente em dióxido de carbono 
(CO2), mas outros produtos químicos permanecem no meio 
ambiente por anos, absolutamente intocados.
11. O termo “Esses organismos” está empregado em referên-
cia a “mata-matos” e “medicamentos”, ambos na mesma 
linha. 
(BB/Escriturário) Em meio a uma crise da qual ainda não sabe 
como escapar, a União Europeia celebra os 50 anos do Tra-
tado de Roma, pontapé inicial da integração no continente.
12. O emprego de preposição em “da qual” atende à regência 
do verbo “escapar”.
(TRT 9ª R/Analista) Relação é uma coisa que não pode exis-
tir, que não pode ser, sem que haja uma outra coisa para 
completá-la. Mas essa “outra coisa” fica sendo essencial 
dela. Passa a pertencer à sua definição específica. Muitas 
vezes ficamos com a impressão, principalmente devido aos 
exemplos que são dados, de que relação seja algo que “une”, 
que “liga” duas coisas.
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13. Os pronomes “essa” e “dela” são flexionados no feminino 
porque remetem ao mesmo referente do pronome em 
“completá-la”. 
14. Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual, 
ao se retirar do texto a expressão “que são”. 
É preciso sublinhar o fato de que todas as posições existen-
ciais necessitam de pelo menos duas pessoas cujos papéis 
combinem entre si. O algoz, por exemplo, não pode continuar 
a sê-lo sem ao menos uma vítima. A vítima procurará seu 
salvador e este último, uma vítima para salvar. 
15. O pronome “cujos” atribui a “pessoas” a posse de uma 
característica que também pode ser expressa da seguinte 
maneira: com papéis que combinem entre si. 
(MS/Agente) “Tempo é Vida” é o bordão da campanha, que 
expressa o apelo daqueles que estão à espera de um trans-
plante.
16. A substituição de “daqueles” por dos prejudica a correção 
gramatical e a informação original do período.
(TRT1ª R/Analista) A raça humana é o cristal de lágrima / Da 
lavra da solidão / Da mina, cujo mapa / Traz na palma da mão.
17. A respeito do emprego dos pronomes relativos, assinale 
a opção correta.
a) É correto colocar artigo após o pronome relativo cujo 
(cujo o mapa, por exemplo).
b) O relativo cujo expressa lugar, motivo pelo qual apare-
ce no texto ligado ao substantivo mapa na expressão 
“cujo mapa”.
c) O pronome cujo é invariável, ou seja, não apresenta 
flexões de gênero e número.
d) O pronome relativo quem, assim como o relativo que, 
tanto pode referir-se a pessoas quanto a coisas em 
geral.
e) O pronome relativo que admite ser substituído por o 
qual e suas flexões de gênero e número.
(DFTrans/Analista) Ao se criticar a concepção da linguagem 
como representação do outro e para o outro, não se a de-
sautoriza nem sequer a refuta.
18. Mantêm-se a coerência e a correção da estrutura sintá-
tica e das relações semânticas do texto ao se inserir o 
pronome se logo após “sequer”.
Pronomes Pessoais Oblíquos 
(Emprego e Colocação Pronominal)
o, a, os, as → somente no lugar de trechos sem prepo-
sição inicial.
lhe, lhes → somente no lugar de trechos com preposição 
inicial.
Devemos dar valor aos pais. → Devemos dar-lhes valor.
Amo os pais. → Amo-os.
Apertei os pregos da caixa. → Apertei-lhe os pregos.
Apertei os pregos da caixa. → Apertei-os.
Cuidado!
Pronomes que podem ficar no lugar de trechos com ou 
sem preposição: me, te, se, nos, vos.
Eu lhe amo. (errado)
Eu te amo. (certo)
Eu a amo. (certo)
Dei-lhe amor. (certo)
Dei-te amor. (certo)
Dei-a amor. (errado)
Alterações gráficas dos pronomes
Verbo com final -r, -s, -z, diante de pronomes o, a, os, as.
Vamos cantar os hinos. →Vamos cantá-los.
Cantamos os hinos. → Cantamo-los.
Fiz o relatório. → Fi-lo.
Verbo com final -m, -ão, -õe, diante de pronomes o, a, 
os, as.
Eles cantam os hinos. → Eles cantam-nos.
Pais dão presentes aos filhos. → Pais dão-nos aos filhos.
Põe o livro aqui. → Põe-no aqui.
19. (S. Leopoldo-RS/Advogado) A substituição das palavras 
grifadas pelo pronome está incorreta em:
a) “que transpõe um conceito moral” – que o transpõe.
b) Em “a democracia convida a um perpétuo exercício de 
reavaliação. Isso quer dizer que, para bem funcionar, 
exige crítica. Substituir “exige crítica” por exige-a.
c) “o que expõe o Brasil” – o que o expõe.
d) “seria extirpar suas camadas iletradas” – seria extir-
par-lhes.
e) “mais apto a exercer a crítica” – mais apto a exercê-la.
20. (guarapari/Técnico de Informática) A substituição do 
segmento grifado pelo pronome está feita de modo in-
correto em:
a) “o privilégio de acessar o caminho da universidade” 
= o privilégio de acessá-lo.
b) “no final têm que saltar o muro do vestibular” = no 
final têm que saltar-lhe.
c) “ficam impedidos de desenvolver seus talentos” = 
ficam impedidos de desenvolvê-los.
d) “perdendo a proteção de escolas especiais desde a 
infância” = perdendo-a desde a infância.
e) “Injusta porque usa seus recursos” = injusta porque 
os usa.
Colocação dos pronomes oblíquos átonos: me, te, se, 
nos, vos, o, a, os, as, lhe, lhes.
Pronome antes do verbo chama-se próclise:
Eu te amo. Você me ajudou.
Pronome depois do verbo chama-se ênclise:
Eu amo-te. Você ajudou-me.
Pronome no meio da estrutura do verbo chama-se me-
sóclise:
Amar-te-ei. Ajudar-te-ia.
21. (Seplan/MA) Quanto aos jovens de hoje, falta a estes 
jovens maior perspectiva profissional, sem a qual não 
há como motivar estes jovens para a vida que os espera. 
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituin-
do-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:
a) faltam-lhes – motivar-lhes.
b) falta-lhes – motivar-lhes.
c) lhes falta – lhes motivar.
d) falta-lhes – motivá-los.
e) lhes faltam – os motivar.
Colocação Pronominal
Pronomes oblíquos átonos: me, nos, te, vos, se, o, a, lhe.
Regras básicas:
• Não iniciar oração com pronome oblíquo átono: 
 Me dedico muito ao trabalho. (errado)
• Não escrever tais pronomes após verbo no particípio:
 Tenho dedicado-me. (errado).
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 Correção: Tenho-me dedicado. (Portugal)
 Tenho me dedicado. (Brasil)
• Não escrever esses pronomes após verbo no futuro:
 Ele faria-me um favor. (errado)
 Ele me faria um favor. (correto)
Casos de próclise obrigatória
1. Advérbios.
2. Negações.
3. Conjunções subordinativas (que, se, quando, embora 
etc.).
4. Pronomes relativos (que, o qual, onde, quem, cujo).
5. Pronomes demonstrativos (este, esse, aquele, aquilo).
6. Pronomes indefinidos (algo, algum, tudo, todos, vários 
etc.).
7. Exclamações.
8. Interrogações.
9. Em mais pronome mais gerúndio (-ndo).
Observação
Em caso de não ser obrigatória a próclise, então ela 
será facultativa.
22. Julgue os itens seguintes, quanto à colocação pronominal.
a) Jamais devolver-te-ei aquela fita.
b) Deus pague-lhe esta caridade!
c) Tenho dedicado-me ao estudo das plantas.
d) Ali fazem-se docinhos e salgadinhos.
e) Te amo, Maria!
f) Algo vos perturba?
g) Eu me feri.
h) Eu feri-me.
i) Eu não feri-me.
j) O rapaz que ofendeu-te foi repreendido.
k) Em me chegando a notícia, tratarei de divulgá-la.
Colocando pronomes na locução verbal
Regra
• Se não houver caso de próclise, o pronome está livre.
• Se houver caso de próclise, o pronome só pode ficar 
antes do verbo auxiliar ou após o verbo principal, sem-
pre respeitadas as regras básicas.
23. Julgue as alternativas em C ou E.
a) Elas lhe querem obedecer.
b) Elas querem-lhe obedecer.
c) Elas querem obedecer-lhe.d) Elas não querem-lhe obedecer.
e) Elas não querem obedecer-lhe.
Casos de ênclise obrigatória
1. Verbo no início de oração:
Me trouxeram este presente. (errado)
Trouxeram-me este presente. (certo)
2. Verbo no imperativo afirmativo:
Vá ali e me traga uma calça. (errado)
Vá ali e traga-me uma calça. (certo)
Casos de mesóclise obrigatória
A mesóclise é obrigatória somente se o verbo no futuro 
iniciar a oração:
Te darei o céu. (errado)
Dar-te-ei o céu. (certo)
Eu te darei o céu. (certo)
Eu dar-te-ei o céu. (certo)
Observação:
Se houver caso de próclise, prevalece o pronome antes 
do verbo.
Eu não te darei o céu. (certo)
Eu não dar-te-ei o céu. (errado)
Cuidado!
Verbo no infinitivo fica indiferente aos casos de próclise.
É importante não se irritar à toa. (certo)
É importante não irritar-se à toa. (certo) 
24. “Encontrará lavrado o campo”. Com pronome no lugar 
de “campo”, escreveríamos assim:
a) encontrará-o lavrado
b) encontrará-lhe lavrado
c) encontrar-lhe-á lavrado
d) lhe encontrará lavrado
e) encontrá-lo-á lavrado
(Abin/Analista) Em 2005, uma brigada completa, atualmente 
instalada em Niterói – com aproximadamente 4 mil soldados –, 
será deslocada para a linha de divisa com a Colômbia.
25. A substituição de “será deslocada” por deslocar-se-á 
mantém a correção gramatical do período.
26. (Metrô-SP/Advogado) O termo grifado está substituído 
de modo incorreto pelo pronome em:
a) Como forma de motivar funcionários = como forma 
de motivar-lhes.
b) De que todos na empresa tenham habilidades múlti-
plas = de que todos as tenham.
c) Para obter sucesso = para obtê-lo.
d) Essas mudanças causam perplexidade = essas mudan-
ças causam-na.
e) As pessoas buscam novas regras = as pessoas bus-
cam-nas.
27. (TRT 19ª R) Antonio Candido escreveu uma carta, fez 
cópias da carta e enviou as cópias a amigos do Rio. Subs-
tituem de modo correto os termos sublinhados na frase, 
respectivamente,
a) destas – enviou-as
b) daquela – os enviou
c) da mesma – enviou-lhes
d) delas – lhes enviou
e) dela – as enviou
28. Assinale abaixo a alternativa que não apresenta correta 
colocação dos pronomes oblíquos átonos, de acordo com 
a norma culta da língua portuguesa:
a) Eu vi a menina que apaixonou-se por mim na juven-
tude. 
b) Agora se negam a falar.
c) Não te afastes de mim.
d) Muitos se recusaram a trabalhar.
GABARITO
1. E
2. C
3. E
4. e
5. E
6. C
7. C
8. E
9. E
10. E
11. E
12. C
13. E
14. C
15. C
16. E
17. e
18. C
19. e
20. b
21. d
22. E, E, E, E, E, C, 
C, C, E, E, C
23. C, C, C, E, C
24. e
25. C
26. a
27. e
28. a
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Verbo
Verbo é palavra variável que expressa ação (estudar), 
posse (ter, possuir), fato (ocorrer), estado (ser, estar) ou 
fenômeno (chover, ventar), situados no tempo: chove agora, 
choveu ontem, choverá amanhã.
Conjugação é a distribuição dos verbos em sistemas 
conforme a terminação do infinitivo:
-ar → cantar, estudar: primeira conjugação;
-er → ver, crer: segunda conjugação;
-ir → dirigir, sorrir: terceira conjugação.
As vogais “a, e, i” dessas terminações chamam-se vogais 
temáticas. Somente “pôr” e derivados (compor, repor) ficam 
sem vogal temática no infinito, mas têm nas conjugações: 
põe, pusera etc.
Radical é a parte invariável do verbo no infinitivo, retirada 
a vogal temática e a desinência “-r”: cant-, cr-, dirig-
Tema é a junção da vogal temática ao radical: canta-, 
cre-, dirigi-
Rizotônica é a forma verbal com vogal tônica no radical: 
estUda, vIvo, vImos.
Arrizotônica é a forma verbal com vogal tônica fora do 
radical: estudAmos, vivEis, virIam.
Flexão verbal pode ser de número (singular e plural), de 
pessoa (primeira, segunda, terceira) ou de tempo e modo.
Flexão de número: no singular, eu aprendo, ele chega; 
no plural, nós aprendemos, eles chegam.
Flexão de pessoa: na primeira pessoa, ou emissor da 
mensagem, eu canto, nós cantamos; eu venho, nós vimos. 
Na segunda pessoa, o receptor da mensagem, tu cantas, vós 
cantais; tu vens, vós viestes. Obs.: Quando “vós” se refere 
a uma só pessoa, indica singular apesar de tomar a flexão 
plural: Senhor, Vós que sois todo poderoso, ouvi minha prece.
Flexão de tempo situa o momento do fato: presente, 
pretérito e futuro. São três tempos primitivos: infinitivo 
impessoal, presente do indicativo e pretérito perfeito simples 
do indicativo.
Derivações: 1) Do infinitivo impessoal, surge o pretérito 
imperfeito do indicativo, o futuro do presente do indicativo, 
o futuro do pretérito do indicativo, o infinitivo pessoal, o ge-
rúndio e o particípio. 2) Da primeira pessoa do singular (eu) 
do presente do indicativo, temos o presente do subjuntivo. 
3) Da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito simples 
do indicativo, obtemos o pretérito mais que perfeito do in-
dicativo, o pretérito imperfeito do subjuntivo e o futuro do 
subjuntivo. Os tempos podem assumir duas formas:
a) Simples: um só verbo: Estudo Francês. Terminamos 
o livro. Faremos revisão.
b) Composto: verbos “ter” ou “haver” com particípio: 
tenho estudado, tínhamos estudado, haveremos feito.
Flexão de Modo
Modo indica atitude do falante e condições do fato:
Modo indicativo
Traduz geralmente a segurança: Estudei. Não agi mal. 
Amanhã chegarão os convites.
Tempos do Modo Indicativo
a) Presente: basicamente significa o fato realizado no 
momento da fala. Ex.: Ele estuda Francês. A prova está fácil. 
Pode significar também:
1. Permanência: O Sol nasce no Leste. José é pai de 
Jesus. A Constituição exige isonomia.
2. Hábito: Márcio leciona Português. Vou ao cinema 
todos os domingos.
3. Passado histórico: Cabral chega ao Brasil em 1500. 
Militares governam o Brasil por 20 anos.
4. Futuro próximo: Amanhã eu descanso. No próximo 
ano, o país tem eleições.
5. Pedido: Você me envia os pedidos do memorando 
amanhã.
O presente dos verbos regulares se forma com adição ao 
radical das terminações:
• 1a conjugação: -o, -as, -a, -amos, -ais, -am. Canto, 
cantas, canta, cantamos, cantais, cantam.
• 2a conjugação: -o, -es, -e, -emos, -eis, -em. Vivo, vives, 
vive, vivemos, viveis, vivem.
• 3a conjugação: -o, -es, -e, -imos, -is, -em. Parto, partes, 
parte, partimos, partis, partem.
b) Pretérito imperfeito: Passado em relação ao momento 
da fala, mas simultâneo em relação a outro fato passado. 
Pode significar:
1. Hábitos no passado: Quando jogava no Santos, Pelé 
fazia gols espetaculares.
2. Descrição no passado: Ela parecia satisfeita. A estrada 
fazia uma curva fechada.
3. Época: Era tempo da seca quando Fabiano emigrou.
4. Simultaneidade: Paulo estudava quando cheguei. 
Estava conversando quando a criança caiu.
5. Frequência, causa e consequência: Eu sorria quando 
ela chegava.
6. Ação planejada, mas não feita: Eu ia estudar, mas 
chegou visita. Pretendíamos chegar cedo, mas houve 
congestionamento.
7. Fábulas, lendas: Era uma vez um professor que can-
tava...
8. Fato preciso, exato: Duas horas depois da prova, 
o gabarito saía no site da banca.
O imperfeito se forma com adição ao radical das termi-
nações a seguir (exceto ser, ter, vir e pôr):
• 1a conjugação: -ava, -avas, -ava, -ávamos, -áveis, -avam. 
Cantava, cantavas, cantava, cantávamos, cantáveis, 
cantavam.
• 2a e 3a conjugação: -ia, -ias, -ia, -íamos, -íreis, -iam. 
Vivia, vivias, vivia, vivíamos, vivíeis, viviam.
c) Pretérito perfeito simples: Ação passada terminada 
antes da fala. Forma-se, nos verbos regulares, com adição 
ao radical das terminações:
• 1a conjugação: -ei, -aste, -ou, -amos, -astes, -aram. Can-
tei, cantaste, cantou, cantamos, cantastes, cantaram.
• 2a conjugação: -i, -este, -eu, -emos, -estes, -eram. Vivi, 
viveste, viveu, vivemos, vivestes, viveram.
• 3a conjugação: -i, -iste, -iu, -imos, -istes, -iram. Parti, 
partiste, partiu, partimos, partistes, partiram.
d) Pretérito perfeito composto: Indica repetição ou 
continuidade do passado até o presente: Tenho feito o me-
lhor possível. Não temos nos prejudicado. Forma-se com o 
presente do indicativo de TER (ou HAVER) mais o particípio.
e) Pretérito mais que perfeitosimples: Fato concluído 
antes de outro no passado. Usa-se:
1. Em situações formais na escrita: Já explicara o con-
teúdo na aula anterior.
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2. Para substituir o imperfeito do subjuntivo: Compor-
tou-se como se fora (=fosse) senhora das terras.
3. Em frases exclamativas: Quem me dera trabalhar no 
Senado.
Forma-se trocando o final – ram (cantaram, viveram, 
partiram) por: -ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram. Cantara, 
cantaras, cantara, cantáramos, cantáreis, cantaram. Vivera, 
viveras, vivera, vivêramos, vivêreis, viveram. Partira, partiras, 
partira, partíramos, partíreis, partiram.
f) Pretérito mais que perfeito composto: O mesmo 
sentido da forma simples. Usado na língua falada e também 
na escrita, sem causar erro, nem diminuir o nível culto: Já 
tinha explicado o conteúdo na aula anterior. Forma-se com o 
imperfeito de ter ou haver mais o particípio: havia explicado, 
tinha vivido (=vivera), havia partido (partira).
g) Futuro do presente simples: Fato posterior em relação 
à fala: Trabalharei no Senado em dois anos. E também:
1. Fatos prováveis, condicionados: Se os juros caírem, 
existirá mais consumo.
2. Incerteza, dúvida: Será possível uma coisa dessas? 
Por que estarei aqui?
Forma-se com adição ao infinitivo das seguintes ter-
minações: -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão. Cantarei, cantarás, 
cantará, cantaremos, cantareis, cantarão. Viverei, viverás, 
viverá, viveremos, vivereis, viverão. Partirei, partirás, partirá, 
partiremos, partireis, partirão. (Exceto fazer, dizer e trazer, 
que mudam o “z” em “r”.)
Obs.: Locuções verbais substituem o futuro do presente 
simples. Veja:
• Com ideia de intenção: Hei de falar com ele até domingo.
• Com ideia de obrigação: Tenho que falar com ele até 
domingo.
• Com ideia de futuro próximo ou imediato: verbo “ir” 
mais infinitivo (exceto ir e vir): Que fome! Vou almoçar. 
Corre, que o carro vai sair. (vou ir, vou vir – erros)
h) Futuro do presente composto: Indica:
1. Futuro realizado antes de outro futuro: Já teremos 
lido o livro quando o professor perguntar.
2. Possibilidade: Já terão chegado?
 Forma-se com o futuro do presente de ter (ou haver) 
mais o particípio: teremos lido, haveremos lido.
i) Futuro do pretérito simples:
1. Futuro em relação a um passado: Ele me disse que 
estaria aqui até as 17h.
2. Hipóteses, suposições: Iríamos se ele permitisse.
3. Incerteza sobre o passado: Quem poderia com isso? 
Ele teria 25 anos quando se formou.
4. Surpresa ou indignação: Nunca aceitaríamos tal 
humilhação! Seria possível uma crise assim?
5. Desejo presente de modo educado: Gostariam de 
sair conosco? Poderia me ajudar?
Forma-se com adição ao infinitivo de: -ia, -ias, -ia, -ía-
mos, -íeis, -iam. Cantaria, cantarias, cantaria, cantaríamos, 
cantaríeis, cantariam. Viveria, viverias, viveria, viveríamos, 
viveríeis, viveriam. (Exceto fazer, dizer, trazer, que trocam “z” 
por “r”: faria, diria, traria.)
• Futuro do pretérito composto: suposição no passado: 
Se os juros caíssem, o consumo teria aumentado.
• Incerteza no passado: Quando teriam entregado as 
notas?
• Possibilidade no passado: Teria sido melhor ficar.
Forma-se com o futuro do pretérito simples de ter (ou 
haver) mais o particípio: teria aumentado, teriam entregado.
Modo Subjuntivo
Traduz incerteza, dúvida, possibilidade. Usado sobre-
tudo em orações subordinadas: Quero que ele venha logo. 
gostaria que ele viesse logo. Será melhor se ele vier a pé.
Tempos do Modo Subjuntivo
a) Presente: indica presente ou futuro: É pena que o 
país esteja em crise. (presente) Espero que os empregos 
voltem. (futuro)
Forma-se trocando o final “-o” do presente (canto, vivo, 
parto) por:
• 1ª conjugação: -e, -es, -e, -emos, -eis, -em. Cante, 
cantes, cante, cantemos, canteis, cantem.
• 2ª e 3ª conjugação: -a, -as, -a, -amos, -ais, -am. Viva, 
vivas, viva, vivamos, vivais, vivam.
Exceção: dar, ir, ser, estar, querer, saber, haver. Dê, dês, 
dê, demos, deis, deem; vá, vás, vá, vamos, vais, vão; seja...; 
queira...; saiba...; haja...
b) Pretérito imperfeito: ação simultânea ou futura: Duvi-
dei que ele viesse. Eu queria que ele fosse logo. gostaríamos 
que eles trouxessem os livros.
Forma-se trocando o final “-ram” do perfeito simples 
do indicativo (cantaram, viveram, partiram) por: -sse, -sses, 
-sse, -ssemos, -sseis, -ssem. Cantasse, cantasses, cantasse, 
cantássemos, cantásseis, cantassem; vivesse...; partisse...
• Pretérito perfeito: suposta conclusão antes do tempo 
da fala: Talvez ele tenha chegado. Duvido que ela tenha 
saído sozinha.
• Suposta conclusão antes de um futuro: É possível que 
ele já tenha chegado quando vocês voltarem.
Forma-se com o presente do subjuntivo de ter (ou haver) 
mais o particípio: tenha chegado, tenha saído.
c) Pretérito mais que perfeito: passado suposto antes de 
outro passado: Se tivessem lido o aviso, não se atrasariam.
Forma-se com o imperfeito do subjuntivo de ter (ou 
haver) mais o particípio: tivessem lido.
d) Futuro simples: suposição no futuro: Posso aprender 
o que quiser. Poderei aprender o que quiser.
Forma-se trocando o final “-ram” do perfeito do indica-
tivo (cantaram, viveram, partiram) por: r, res, r, rmos, rdes, 
rem. Quando/que/se cantar, cantares, cantar, cantarmos, 
cantardes, cantarem. Quando/que/se viver, viveres, viver, 
vivermos, viverdes, viverem.
e) Futuro composto: futuro suposto antes de outro: Isso 
será resolvido depois que tivermos recebido a verba.
Forma-se com o futuro simples do subjuntivo de ter (ou 
haver) mais o particípio: tivermos recebido.
Modo Imperativo
Expressa ordem, conselho, convite, súplica, pedido, a de-
pender da entonação da voz. Dirige-se aos ouvintes apenas: 
tu, você, vós, vocês.
• Quando o falante se junta ao ouvinte, usa-se a primeira 
pessoa plural (nós): cantemos, vivamos.
• O imperativo pode ser suavizado com:
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
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a) Presente do indicativo: Você me ajuda amanhã.
b) Futuro do presente: Não matarás, não furtarás.
c) Pretérito imperfeito do subjuntivo: Se você falasse 
baixo!
d) Locução com imperativo de ir mais infinitivo: Felipe 
rasgou a roupa; não vá brigar com ele.
e) Expressões de polidez (por favor, por gentileza etc.): 
Feche a porta, por favor.
f) Querer no presente ou imperfeito (interrogação), 
ou imperativo, mais infinitivo: Quer calar a boca? 
Queria calar a boca? Queira calar a boca.
g) Infinitivo (tom impessoal): Preencher as lacunas 
com a forma verbal adequada.
• O imperativo pode ser reforçado:
a) Com repetição: Saia, saia já daqui!
b) Advérbio e expressões: Venha aqui! Repito outra 
vez, fique quieto! Suma-se, seu covarde!
• O imperativo pode ser:
a) Afirmativo
1. Tu e vós vêm do presente do indicativo, retiran-
do-se “-s” final: deixa (tu), deixai (vós).
 Exceção: “ser” forma sê (tu) e sede (vós).
 Verbo “dizer” e terminados em “-azer” e “-uzir” 
podem perder “-es” ou só “-s”: diz/dize (tu), traz/
traze (tu), traduz/traduze (tu).
2. Você, nós e vocês vêm do presente do subjunti-
vo: deixe (você), deixemos (nós), deixem (vocês).
 Verbos sem a pessoa “eu” no presente indicativo 
terão apenas tu e vós: abole (tu), aboli (vós).
b) Negativo
 Copia exatamente o presente do subjuntivo: não 
deixes tu, não deixe você, não deixemos nós, não 
deixeis vós, não deixem vocês.
 Verbos sem “eu” no presente indicativo não pos-
suem imperativo negativo.
Formas Nominais
Não exprimem tempo nem modo. Valores de substantivo 
ou adjetivo. São: infinitivo, gerúndio e particípio.
a) Infinitivo é a pura ideia da ação.
1. Infinitivo impessoal: não se refere a uma pessoa, 
nenhum sujeito próprio. Ex.: É agradável viajar. Posso falar 
com João. Usos:
• Como sujeito: Navegar é preciso, viver não é preciso.
• Como predicativo: Seu maior sonho é cantar.
• Objeto direto: Admiro o cantar dos pássaros.
• Objeto indireto: gosto de viajar.
• Adjunto adnominal: Comprei livros de desenhar.
• Complemento nominal: Este livro é bom de ler.
• Em lugar do gerúndio: Estou a pensar (=Estou pensan-
do).• Valor passivo: O dano é fácil de reparar. Frutas boas 
de comer.
• Tom imperativo: O que nos falta é estudar.
Duas formas do infinitivo impessoal:
• Simples (valor de presente). Ações de aspecto não 
concluído: Estudar Português ajuda em todas as provas. 
Perder o jogo irrita.
• Composto (passado). Ações de aspecto concluído: Ter 
estudado Português ajuda nas provas. Ter perdido o jogo 
irrita.
2. Infinitivo pessoal: refere-se a um sujeito próprio. Ex.: 
Não estudou para errar. Não estudei para errar. Não estu-
damos para errarmos. Não estudaram para errarem. Usos:
• Mesmo sujeito: Para nós sermos pássaros, precisamos 
de imaginação.
• Sujeitos diferentes: (Eu) Ouvi os pássaros cantarem. 
(eu x os pássaros)
• Preposicionado: Nós lhes dissemos isso por sermos 
amigos. Nós lhes dissemos por serem amigos.
• Sujeito indeterminado: Naquela hora ouvi chegarem.
Duas formas do infinitivo pessoal:
• Simples (presente). Aspecto não concluído: Por chegar-
mos cedo, estamos em dia. Por chegarmos cedo, obtivemos 
uma vaga.
• Composto (passado). Aspecto concluído: Por termos 
chegado cedo, estamos em dia. Por termos chegado cedo, 
obtivemos uma vaga.
b) Gerúndio é processo em ação. Papel de adjetivo 
ou de advérbio: Chegou com os olhos lacrimejando. Vi-o 
cantando. Usos:
1. Início da frase para: I) ação anterior encerrada (Ju-
rando vingança, atacou o ladrão.); II) ação anterior e 
continuada (Fechando os olhos, começou a imaginar 
a festa.).
2. Após um verbo, para ação simultânea: Saí cantando. 
Morreu jurando inocência.
3. Ação posterior: Os juros subiram, reduzindo o consumo.
Duas formas de gerúndio:
• Simples (presente): aspecto não concluído. Ex.: Sor-
rindo, olha para o pai. Ignorando os perigos, continuou na 
estrada. => Forma-se trocando o “-r” do infinitivo por “-ndo”.
• Composto (passado): aspecto de ação concluída. Ex.: 
Tendo sorrido, olhou para o pai. Tendo compreendido os 
perigos, abandonou a estrada.
c) Particípio
Com verbo auxiliar:
1. Ter ou haver, locução verbal chamada tempo com-
posto (não varia em gênero e número): A polícia tem 
prendido mais traficantes. Já havíamos chegado 
quando você veio.
2. Ser ou estar, locução verbal (varia em gênero e nú-
mero): Muitos ladrões foram presos pela milícia. 
Os corruptos estão presos.
Sem verbo auxiliar:
Estado resultante de ação encerrada: Derrotados, os sol-
dados não ofereceram resistência.
Forma-se trocando o “-r” do infinitivo por “-do”: 
beber=>bebido, aparecer=> aparecido, cantar=>cantado.
Atenção!
• Vir e derivados têm a mesma forma no gerúndio e no 
particípio: Tenho vindo aqui todo dia. (particípio) Estou 
vindo aqui todo dia. (gerúndio)
• Se apenas estado, trata-se de adjetivo: A criança as-
sustada não dorme.
• Pode ser substantivado: A morta era inocente. Muitos 
mortos são enterrados como indigentes.
Voz Verbal
Verbos que indicam ação admitem voz ativa, voz passiva, 
voz reflexiva. A voz verbal consiste em uma atitude do sujeito 
em relação à ação do verbo. Lembrete! Sujeito é o assunto 
da oração. Não precisa ser o praticante da ação.
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g
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1. Voz ativa: o sujeito só pratica ação. O governo au-
mentou os juros.
2. Voz passiva: o sujeito só recebe ação. Os juros foram 
aumentados pelo governo.
 Note que o sentido se mantém nas duas frases acima.
Há dois tipos de voz passiva:
a) Passiva analítica: com verbo ser (passiva de ação) 
ou estar (passiva de estado): Os juros foram aumentados 
pelo governo. O ladrão foi preso pelos guardas. O ladrão 
está preso.
Repare:
• O agente da voz passiva (pelo governo, pelos guardas) 
indica o ser que pratica a ação sofrida pelo sujeito. 
Preposição “por” ou “de”: Ele é querido de todos.
• Locuções na voz passiva analítica: temos sido amados. 
Tenho sido amado. Estou sendo amado.
b) Passiva sintética: a partícula apassivadora “se” com 
verbo transitivo direto (não pede preposição): Não se revisou 
o relatório = O relatório não foi revisado.
3. Voz reflexiva: o sujeito pratica e recebe ação. Ocorre 
pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos): Eu me 
lavei. Ele se feriu com facas. Nós nos arrependemos 
tarde.
Classificando Verbos
• Verbos conforme a função:
a) Principal é sempre o último verbo de uma locução 
(verbos com o mesmo sujeito): Devo estudar. Comecei 
a sorrir.
b) Auxiliares são os verbos anteriores na locução. Servem 
para matizar aspectos da ação do verbo principal: ser, 
estar, ter, haver, ir, vir, andar. Devo estudar. Comecei 
a sorrir. O carro foi lavado. Temos vivido. Ando estu-
dando. Vou lavar.
1. Ser: forma a voz passiva de ação. O livro será aberto 
pelo escolhido.
2. Estar:
– Na voz passiva de estado: O livro está aberto.
– Com gerúndio, ação duradoura num momento 
preciso: Estou escrevendo um livro.
3. Ter e Haver:
– Nos tempos compostos com particípio: Já 
tinham (ou haviam) aberto o livro. Se tivesse 
(ou houvesse) ficado, não perderia o trem.
– Com preposição “de” e infinitivo, sentido de 
obrigação (ter) ou de promessa (haver): Tenho 
de estudar mais. Hei de chegar cedo amanhã.
4. Ir:
– Com gerúndio, indicando:
- ação duradoura: O professor ia entrando 
devagar.
- ação em etapas sucessivas: Os alunos iam 
chegando a pé.
– No presente do indicativo mais infinitivo, in-
dicando intenção firme ou certeza no futuro 
próximo: Vou encerrar a reunião. Corra! O avião 
vai decolar!
5. Vir:
– Com gerúndio, indica:
– ação gradual: Venho estudando este fenômeno 
há tempo.
– duração rumo à nossa época ou lugar: Os alunos 
vinham chegando, quando o sinal tocou.
– Com infinitivo, sentido de resultado final: Viemos 
a descobrir o culpado mais tarde.
6. Andar, com gerúndio, sentido de duração, continui-
dade: Ando estudando muito. Ele anda escrevendo 
livros.
• Verbos conforme a flexão: regular, irregular, 
defectivo e abundante.
a) Regular: o radical e as terminações do padrão 
de cada conjugação não mudam letra e som. 
Pode até mudar letra, mas o som permane-
ce: agir=>ajo, agi, agirei; ficar=>fico, fiquei, 
ficarei; tecer=>teço, teci, tecerei.
b) Irregular: o radical e ou as terminações mu-
dam letra e som. Não basta mudar letra. Deve 
mudar também o som: fazer=>faço, fiz, farei.
 Obs.: Fazer é capaz de substituir outro verbo 
na sequência de frases. Veja: gostaríamos de 
reverter o quadro do país como fez (=rever-
teu) o governo anterior. (verbo vicário)
c) Defectivo: não possui certas formas, em razão 
de eufonia ou homofonia.
 Grupo 1: impessoais e unipessoais, conju-
gados apenas na terceira pessoa. Indicam 
fenômenos da natureza, vozes de animais, 
ruídos, ou pelo sentido não admitem certas 
pessoas. Ex.: chover, zurrar, zunir.
 Grupo 2: verbos sem a primeira pessoa do 
singular no presente do indicativo e suas 
derivadas: abolir, jungir, puir, soer, demolir, 
explodir, colorir.
 Grupo 3: adequar, doer, prazer, precaver, 
reaver, urgir, viger, falir.
d) Abundante: possui mais de uma forma cor-
reta. Diz/dize, faz/faze, traz/traze, requer/
requere, tu destruis/destróis, tu construis/
constróis, nós hemos/havemos. A maioria 
possui duplo particípio: Tinha expulsado 
os invasores. Os invasores foram expulsos. 
A gráfica havia imprimido o livro. O livro está 
impresso. Tínhamos entregado a encomenda. 
A encomenda será entregue. Como regra: ter 
e haver pedem o particípio regular (-ado/-
-ido); ser e estar pedem o particípio irregular.
EXERCÍCIOS
(Cespe/Cade) Tínhamos, além disso, algumas doenças co-
muns a todo o grupo, ou quase todo: a bibliomania mais 
crônica que se possa imaginar, uma paixão neurótico-delin-
quencial por textos antigos, que nos levava frequentemente 
a visitas subservientes a párocos, conventos, igrejas e colé-
gios. Procurávamos criar relacionamentos que facilitassem 
o acesso a qualquer velharia escrita. Que poderia estar 
esperando por nós, por que não?, desde séculos, ou décadas. 
Conhecíamos armários, sótãos, porões e cofres de sacristias, 
bibliotecas, batistérios ou cenáculos, bem melhor do que 
seus proprietários ou curadores.
1. O emprego de formasverbais no pretérito imperfeito, 
como, por exemplo, “Procurávamos” e “Conhecíamos”, 
está associado à ideia de habitualidade, continuidade 
ou duração.
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Assim, afasta-se a necessidade de uma discussão geral e 
mudança social em relação a esses crimes, como se algo 
entre os dois justificasse a violência, a tortura, o assassina-
to. Lavamos as mãos e fingimos que, se nos aproximarmos, 
estaremos invadindo a privacidade alheia.
2. (Cespe/TCE-ES) As formas verbais “Lavamos” e “esta-
remos” poderiam ser substituídas, respectivamente, 
por Lavemos e estaríamos, sem prejuízo da correção 
gramatical e do sentido original do período.
Num dia de 1911, georges Courteline, escritor e dramaturgo 
francês, recebeu um bilhete escrito por um menino que 
gostara muito de um texto dele e até dizia ter tentado, em 
vão, traduzir o tal texto para o alemão, a fim de que a babá 
dele, alemã, o entendesse e apreciasse.
3. (Cespe/TJ-CE) O sentido original do texto seria preser-
vado caso a forma verbal “gostara” fosse substituída 
por gostava.
Previa-se um único caso de punição: sendo o marido traído 
um “peão” e o amante de sua mulher uma “pessoa de maior 
qualidade”, o assassino poderia ser condenado a três anos 
de desterro na África.
4. (Cespe/TJ-SE) O emprego do futuro do pretérito em 
“poderia” indica que a situação apresentada na oração 
é não factual, ou seja, é hipotética.
Por quase três décadas a comunidade científica tem buscado 
decifrar o fenômeno das falsas memórias, ou seja, circunstân-
cias em que pessoas normais se lembram de fatos específicos 
como se tivessem ocorrido durante determinados episódios 
de suas vidas, quando, de fato, não ocorreram naquele mo-
mento ou jamais ocorreram. Em virtude de suas implicações 
na área legal, tal fenômeno tem sido mais conhecido pela 
comunidade forense.
5. (Cespe/TJ-CE) O emprego do particípio em “tem busca-
do”, “tivessem ocorrido” e “tem sido mais conhecido” 
indica que a ação expressa nesses trechos foi concluída 
em tempo anterior ao da escritura do texto.
6. (Cespe/Câmara) Estariam mantidas a coerência e a 
correção gramatical do texto caso o trecho “Além de 
disputas (...) passado recente” fosse reescrito da se-
guinte forma: Para além de questões características à 
própria lógica do conhecimento, é da formação política 
dos brasileiros de que ocupamo-nos, aspecto de rele-
vância particular no nosso caso, haja visto o enorme 
contingente que não têm conhecimento do passado 
recente.
Pedi ao antropólogo Eduardo Viveiros de Castro que falasse 
sobre a ideia que o projetou. A síntese da metafísica dos 
povos “exóticos” surgiu em 1996 e ganhou o nome de “pers-
pectivismo ameríndio”.
7. (Cespe/Câmara) As formas verbais “surgiu” e “ganhou”, 
ambas na linha 3, poderiam, sem prejuízo dos sentidos 
do texto, ser substituídas por surgira e ganhara, res-
pectivamente, pois indicam ações anteriores àquelas 
referidas no primeiro período do texto.
A vida do Brasil colonial era regida pelas Ordenações Filipinas, 
um código legal que se aplicava a Portugal e seus territórios 
ultramarinos. Com todas as letras, as Ordenações Filipinas 
asseguravam ao marido o direito de matar a mulher caso a 
apanhasse em adultério. Também podia matá-la por me-
ramente suspeitar de traição. Previa-se um único caso de 
punição: sendo o marido traído um “peão” e o amante de 
sua mulher uma “pessoa de maior qualidade”, o assassino 
poderia ser condenado a três anos de desterro na África.
8. (Cespe/TJ-SE) Sem prejuízo da correção gramatical 
e do sentido original do texto, o terceiro período do 
primeiro parágrafo poderia ser reescrito da seguinte 
forma: Também era possível que o marido matasse a 
esposa pela mera suspeita de traição da parte dela.
9. (Cespe/Telebras/2015) Haveria prejuízo da correção 
e da coerência do texto caso, no primeiro parágrafo, 
as formas verbais “poderá” (L.3) e “será” (L.5) fossem 
substituídas por pode e é, respectivamente.
10. (CESPE/Telebras) Seriam mantidas a correção gramatical 
e As relações de sentido do texto caso a forma verbal 
“diminuiria” (L.5) fosse substituída por poderia dimi-
nuir.
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11. (Cespe/TCU) O presente foi empregado nas formas 
verbais “atinge” (L.10), “marca” (L.14), “exige” (L.17) e 
“passa” (L.18) para indicar uma ação habitual, iniciada 
no passado e que se estende ao momento em que o 
texto foi escrito.
12. (Cespe/TCE-PB) Em “Uma astuta análise, com os mais 
modernos métodos, é feita sem sucesso”, verifica-se o 
emprego da voz ativa.
Sobre o Polo Norte, existe o que os cientistas chamam de 
vórtice polar. É um ciclone permanente que fica ali, girando. 
Em sua força normal, ele segura as frentes frias nessas altas 
latitudes. Entretanto, com a temperatura da Terra cada vez 
mais alta, existe uma tendência de que o vórtice polar se 
enfraqueça. Assim, as frentes frias, antes fortemente pre-
sas naquela região, dissipam-se para latitudes mais baixas, 
o que faz com que o frio polar chegue aos Estados Unidos 
da América.
13. (Cespe) No trecho “dissipam-se para latitudes mais 
baixas”, a partícula “se” tem função apassivadora.
Assim, afasta-se a necessidade de uma discussão geral e 
mudança social em relação a esses crimes
14. (Cespe/TCE-ES) A forma verbal “afasta-se” pode ser 
substituída, com correção gramatical, por é afastado.
(Cespe/Anatel) Desde a Idade Média, os seres humanos 
vinham tentando resolver o problema da escuridão com 
velas e outros artefatos. Nesse período, eram usadas tochas 
com fibras torcidas e impregnadas com material inflamável.
15. O trecho “eram usadas tochas” poderia ser corretamen-
te reescrito como usavam-se tochas.
(Cespe/Antaq) A partir do século XI, com a instituição do ca-
samento pela Igreja, a maternidade e o papel da boa esposa 
passaram a ser exaltados. Criou-se uma forma de salvação 
feminina a partir basicamente de três modelos femininos: 
Eva (a pecadora), Maria (o modelo de perfeição e santidade) 
e Maria Madalena (a pecadora arrependida). O matrimônio 
vinha para saciar e controlar as pulsões femininas.
16. O trecho “Criou-se uma forma de salvação feminina a 
partir basicamente de três modelos femininos” poderia 
ser reescrito, com correção gramatical e sem prejuízo 
da informação prestada, da seguinte forma: Uma forma 
de salvação feminina foi criada a partir, basicamente, 
de três modelos femininos.
(Cespe/MEC) O aumento do número de alunos no ensino 
integral é atribuído ao Programa Mais Educação
17. Mantendo-se o sentido original e a correção gramatical 
do texto, a expressão “é atribuído” poderia ser substi-
tuída por atribuem-se.
(Cespe/FUB) Mesmo com todo o aparato tecnológico, que 
tem possibilitado o acesso praticamente instantâneo à infor-
mação, questionam-se tanto aspectos quantitativos como 
qualitativos dos conteúdos sobre ciência veiculados pelos 
meios de comunicação de massa.
O item abaixo apresenta uma proposta de reescrita de tre-
cho do texto – entre aspas – , que deve ser julgada certa se, 
ao mesmo tempo, estiver gramaticalmente correta e não 
acarretar prejuízo ao sentido original do texto, ou errada, 
em caso contrário.
18. “Mesmo com todo (...) meios de comunicação de mas-
sa”: Questiona-se tanto aspectos quantitativos como 
qualitativos dos conteúdos sobre ciência veiculados 
pelos meios de comunicação de massa, apesar de 
todo o aparato tecnológico que tem tornado possível 
o acesso quase instantâneo à informação.
(Cespe/FUB) A disponibilidade de mão de obra estreitou-se, 
e a maior parte desta é despreparada para o necessário salto 
da capacidade produtiva.
19. O pronome “se”, em “estreitou-se”, indica que o sujeito 
da forma verbal “estreitou” é indeterminado.
Quando se pensa em educação popular, logo se recorre às 
ideias do educador e escritor Paulo Freire, que, durante toda 
a sua vida, se dedicou à questão do educar para a vida, por 
meio de uma educação voltada para a formação do indivíduo 
crítico, criativo e participante na sociedade.
20. (Cespe/SEE-AL)No parágrafo, a partícula “se”, nas suas 
três ocorrências, funciona como índice de indetermina-
ção do sujeito e pode ser posposta às formas verbais 
que a acompanham.
Não há como ter certeza de quem sejam, de que sejam 
“realmente” como se descrevem, ou de saber se existe uma 
pessoa “real”
21. (Cespe/STF) O termo “se” exerce função de pronome 
apassivador da forma verbal “descrevem”.
“As saudades do que eu queria ter feito e não fiz se constroem 
de trás pra frente”
22. (Cespe/TJ-CE) A partícula “se” classifica-se como índice 
de indeterminação do sujeito.
23. (Cespe/TJ-CE) Caso o narrador optasse pela forma de 
tratamento você para se referir ao “Papel”, o trecho 
“Quando sentires que insisto nessa nota, esquiva te da 
minha mesa, e foge” poderia ser corretamente reescrito 
da seguinte forma: Quando você sentir que insisto nessa 
nota, esquiva te da minha mesa, e foge.
Conheça Aris, que se divide entre socorrer e fotografar 
náufragos
Profissional da AFP diz que a experiência de
documentar o sofrimento dos refugiados
deixou-o mais rígido com as próprias filhas.
O grego Aris Messinis é fotógrafo da agência AFP em 
Atenas. Cobriu guerras e os protestos da Primavera Árabe. 
Nos últimos meses, tem se dedicado a registrar a onda de 
refugiados na Europa. Ele conta em um blog da AFP, ilus-
trado com muitas fotos, como tem sido o trabalho na ilha 
de Lesbos, na grécia, onde milhares de refugiados pisam 
pela primeira vez em território europeu. Mais de 700.000 
refugiados e imigrantes clandestinos já desembarcaram no 
litoral grego este ano. As autoridades locais estão sendo 
acusadas de não dar apoio suficiente aos que chegam pelo 
mar, e há até a ameaça de suspender o país do Acordo 
Schengen, que permite a livre circulação de pessoas entre 
os Estados-membros.
Messinis diz que o mais chocante do seu trabalho 
é retratar, em território pacífico, pessoas que trazem no 
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rosto o sofrimento da guerra. “Só de saber que você não 
está em uma zona de guerra torna isso ainda mais emo-
cional. E muito mais doloroso”, diz Messinis. Numa guerra, 
o fotógrafo também corre perigo, então, de certa forma, 
está em pé de igualdade com as pessoas que protagonizam 
as cenas que ele documenta. Em Lesbos, não é assim. Ele 
está em absoluta segurança. As pessoas que chegam estão 
lutando por suas vidas. Não são poucas as que morrem de 
hipotermia mesmo depois de pisar em terra firme, por falta 
de atendimento médico.
Exatamente por causa dessa assimetria entre o foto-
jornalista e os protagonistas de suas fotos, muitas vezes 
Messinis deixa a câmera de lado e põe-se a ajudá-los. Ele se 
impressiona e se preocupa muito com os bebês que chegam 
nos botes. Obviamente, são os mais vulneráveis aos perigos 
da travessia. Messinis fotografou os cadáveres de alguns 
deles nas pedras à beira-mar.
O fotógrafo grego diz que a experiência de ver o so-
frimento das crianças refugiadas deixou-o mais rígido com 
as próprias filhas. As maiores têm 9 e sete anos. A menor, 
7 meses. Quando vê o que acontece com as crianças que 
chegam nos botes, Messinis pensa em como suas filhas têm 
sorte de estarem vivas, de terem onde morar e de viverem 
num país em paz. Elas não têm do que reclamar.
(Por: Diogo Schelp 4/12/2015. Disponível em: http://veja.abril.com.br/ 
blog/a-boa-e-velha-reportagem/conheca-aris-que-se-divide- 
entresocorrer-e-fotografar-naufragos/.)
24. O tempo verbal utilizado na seguinte oração do texto: 
O grego Aris Messinis é fotógrafo da agência AFP em 
Atenas indica
a) concomitância entre os fatos apresentados.
b) que o fato apresentado possui características de ser 
provável.
c) a intenção do enunciador de demonstrar polidez em 
um texto formal.
d) a atualidade do fato apresentado considerando-se 
o texto apresentado.
25. Nos trechos a seguir todos os verbos destacados estão 
flexionados no mesmo tempo, exceto:
a) “Faltará renda, faltarão consumidores.” (3º§)
b) “Em 2015, cuidarei bem do meu dinheiro.” (1º§)
c) “É por esse mesmo motivo que, em 2015, evitarei 
as dívidas.” (3º§)
d) “Os juros estão altos e isso me convida a poupar, 
e não a alugar dinheiro dos bancos.” (3º§)
26. Em “[...] iniciou-se no mundo uma crescente consciência 
de que seria necessária uma forma diferenciada do 
ser humano se relacionar com a natureza [...]” (1º§) 
preservando-se a correção semântica e a adequação 
linguística, o trecho em destaque poderia ser substitu-
ído por
a) sendo necessária. d) de que haveria necessidade de.
b) de que tenha sido. e) de que houvesse necessida-
de de.
c) de que fosse necessária.
Os pintores impressionistas descobriram a cor da paisa-
gem sob a luz solar, a vibração da luz sobre a superfície das 
coisas. E, ao descobri-las, descobriram também que o colori-
do da paisagem muda com o passar das horas: descobriram 
o tempo. É exemplo disso a série de quadros em que Monet 
mostra a catedral de Rouen em momentos diferentes do dia.
27. “[...] descobriram o tempo.”. A forma verbal resultante 
da transposição do trecho anterior para voz passiva é:
a) É descoberto o tempo. c) Era descoberto o tempo.
b) Foi descoberto o tempo. d) Fora descoberto o tempo.
28. Em todas as frases, transcritas do texto, as formas 
verbais estão flexionadas no mesmo tempo, exceto:
a) “Muitos manifestantes provocaram incêndios e 
outros atos criminosos,...” (2º§)
b) “A neurociência busca determinar como o cérebro 
afeta o comportamento,…” (1º§)
c) “Em alguns casos, as discrepâncias na função cere-
bral são levadas em conta pela Justiça.” (4º§)
d) “A neurociência indica que os adolescentes não são 
indivíduos plenamente responsáveis,…” (2º§)
29. Assinale a alternativa em que o verbo em destaque 
encontra-se conjugado no Pretérito Imperfeito do 
Indicativo.
a) “aí é torcer para que o amigo seja judeu [...]” (3º§)
b) “bastava ir uma única vez e já estaria decora-
do.” (6º§)
c) “os apartamentos passam a ser uma espécie de 
sobrenome [...]” (5º§)
d) “primeiro, apanhei nas aulas de matemática durante 
toda a vida escolar.” (1º§)
30. Assinale a alternativa em que o verbo sublinhado apre-
senta a correlação incorreta.
a) “... mesmo assim seria passível de limitação,...” – 
futuro do pretérito/indicativo
b) “Ou que devamos ensinar nossas crianças a gostar 
desse mundo...” – presente/subjuntivo
c) “Porém, é igualmente pacífico que o Estado e a so-
ciedade proporcionem a essa família as condições 
adequadas...” – presente/indicativo
d) “Não fosse assim, poderíamos ter diariamente em 
nossos jornais artigos atentatórios à honra das pes-
soas...” – futuro do pretérito/indicativo
GABARITO
1. C
2. E
3. E
4. C
5. E
6. E
7. C
8. E
9. E
10. E
11. E
12. E
13. C
14. E
15. C
16. C
17. E
18. E
19. E
20. E
21. E
22. E
23. E
24. d
25. d
26. d
27. b
28. a
29. b
30. c
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Advérbio
São categorias gramaticais invariáveis: o advérbio, a pre-
posição, a conjunção, a interjeição.
Passaremos agora a examinar cada uma delas separa-
damente.
Definição
Advérbio é a palavra invariável que modifica o verbo, 
o adjetivo ou ainda outro advérbio, exprimindo determinada 
circunstância.
Cheguei cedo.
 / /
 Verbo advérbio
Eles agiram mal.
 / /
 Verbo advérbio
Eram alunas muito bonitas.
 / /
 Advérbio adjetivo
Eles chegaram bastante cedo.
 / /
 Advérbio advérbio
Classificação dos advérbios
Conforme a circunstância que expressam, os advérbios 
classificam-se em:
a) De afirmação: sim, certamente, efetivamente, real-
mente etc.
b) De dúvida: talvez, quiçá, passivelmente, provavelmen-
te etc.
c) De intensidade: muito, pouco, bastante, demais, 
menos, tão etc.
d) De lugar: aqui, ali, aí, cá, lá, atrás, perto, abaixo, acima, 
dentro, fora, além, adiante etc.
e) De tempo: agora, já, ainda, amanhã, cedo, tarde, 
sempre, nunca etc.
f) De modo: assim, bem, mal, depressa, devagar e 
grande partedos vocábulos terminados em – mente: 
calmamente, afobadamente, alegremente etc.
g) De negação: não, tampouco etc.
Advérbios Interrogativos
As palavras onde, como, quanto, quando e por que, 
usadas em frases interrogativas (diretas ou indiretas), são 
chamadas advérbios interrogtivos.
• Onde expressa circunstancia de lugar.
Onde você mora? (interrogativa direta)
• Como expressa circunstância de modo (de que ma-
neira).
Não sei como ele fez isso. (interrogativa indireta)
• Quando expressa circunstância de tempo?
Quando você volta? (interrogativa direta)
• Por que expressa circunstância de causa.
Queria saber por que ela não veio. (interrogativa indireta)
• Quando (e flexões, quanta, quantos, quantas) expressa 
circunstância de quantidade (número, freqüência, preço, 
etc.).
Quanto custou a mercadoria? (interrogativa direta)
Locução Adverbial
Frequentemente o advérbio não é representado por 
uma única palavra, mas por um conjunto de palavras, que 
se denomina locução adverbial. Esse conjunto de palavras 
é geralmente formado por:
Ele resolveu o problema com calma. (= calmamente)
Observe alguns exemplos de locução adverbial:
à direita, à esquerda, à frente, à vontade, de cor, em vão, 
por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de manhã, em 
breve, de súbito, de propósito, de repente, ao léu
Grau dos Advérbios
São dois os graus do advérbio: comparativo e superlativo.
Grau comparativo
O comparativo pode ser:
• De igualdade
Formado por tão + advérbio + quando (ou como).
Ele chegou tão cedo quanto o colega.
• De superioridade
Formado por mais + advérbio + (do) que.
Ele chegou mais cedo que o colega.
• De inferioridade
Formado por menos + advérbio + (do) que.
Ele chegou menos cedo que o colega.
Grau superlativo
O superlativo pode ser:
• Sintético
A presença de sufixo indica grau: Cheguei cedíssimo.
• Analítico
A indicação de aumento de grau é feita por outro advér-
bio: Cheguei muito cedo.
Observação: Os advérbios bem e mal admitem também o 
grau comparativo de superioridade sintético: melhor e pior.
Emprego dos Advérbios
• Quando se coordenam vários advérbios terminados 
em – mente, pode-se usar esse sufixo apenas no último 
advérbio.
Estava dormindo calma, tranqüila e sossegadamente.
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• Antes de particípios não se devem usar as formas 
sintéticas do comparativo de superioridade (melhor, pior), 
e sim as formas analíticas: mais bem, mais mal.
Aquelas alunas estavam mais bem preparadas que as 
outras.
Esta roupa parece mais mal acabada que aquela.
• Na linguagem popular é comum o advérbio receber 
sufixo diminutivo. Cumpre observar que, nestes casos, 
o sufixo não possui propriamente valor diminutivo, e sim 
valor superlativo.
Ele chegou cedinho. (muito cedo)
Moro pertinho de você. (bem perto)
• Ainda na linguagem popular, a repetição do advérbio 
tem valor superlativo.
Devo chegar cedo, cedo. (bastante cedo)
• O advérbio pode modificar uma oração inteira.
Felizmente, todos saíram.
• A palavra só é advérbio quando equivale a somente. 
Quando equivaler a sozinho(a) deve ser classificada como 
adjetivo.
“Você só dança com ele
E diz que é sem compromisso”.
(você somente dança com ele... = advérbio)
Não me deixem só. (Não me deixem sozinho. = adjetivo)
Palavras denotativas
Certas palavras que se assemelham a advérbios não pos-
suem, segundo a Nomenclatura gramatical Brasileira, 
classificação especial. São simplesmente chamadas palavras 
denotativas e podem indicar, entre outras coisas:
a) Inclusão: até, inclusive, também, etc.
 Ele também foi.
b) Exclusão: apenas, salvo, menos, exceto, etc.
 Todos, exceto eu, foram à festa.
c) Explicação: isto é, por exemplo, a saber, ou seja.
 Ele, por exemplo, não pôde comparecer.
d) Retificação: aliás, ou melhor, ou seja, etc.
 Amanhã, aliás, depois de amanhã iremos à festa.
e) Realce: cá, lá, é que, etc.
 Ele é que na pôde comparecer.
f) Situação: afinal, agora, então, etc.
 Afinal, quem está falando?
g) Designação: eis.
 Eis o verdadeiro culpado de tudo.
Morfossintaxe do Advérbio
Os advérbios e as locuções adverbiais desempenham, 
sintaticamente, a função de adjuntos adverbiais.
A exemplo dos advérbios, os adjuntos adverbiais também 
são classificados a partir da circunstância que exprimem.
“Hoje no universo
Nada que brilha cega mais que seu nome”.
hoje = adjunto adverbial de tempo
no universo = adjunto adverbial de lugar
mais = adjunto adverbial de intensidade
Preposição
Preposição é a palavra invariável que liga dois termos da 
oração, subordinando um ao outro.
Chegou de ônibus.
O termo que antecede a preposição é denominado re-
gente; o termo que a sucede é denominado regido.
Classificação das Preposições
a) Essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, 
em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
Obs.: A preposição per só é utilizada na expressão de per 
si (que significa cada um por sua vez, isoladamente) ou nas 
contrações pelo, pela, pelos, pelas.
b) Acidentais. Não são efetivamente preposições, mas 
podem funcionar como tal: afora, conforme, consoante, du-
rante, exceto...
Locução Prepositiva
Conjunto de duas ou mais palavras com valor de pre-
posição:
abaixo de, acerca de, a fim de, ao lado de, apesar de, 
através de, de acordo com, em vez de, junto de, para 
com, perto de, ...
Emprego das Preposições
Algumas preposições podem aparecer combinadas com 
outras palavras. Quando na junção da preposição com outra 
palavra não houver alteração fonética, temos combinação. 
Caso a preposição sofra redução, temos contração.
combinação contração
ao (a + o) do (de + o)
aos (a + os) dum (de + um)
aonde (a + onde) desta (de + esta)
Obs.: Não se deve contrair a preposição de com o artigo 
que encabeça o sujeito de um verbo.
Está na hora da onça beber água. (Errado)
Está na hora de a onça beber água. (Certo)
Esta regra vale também para construções como:
Chegou a hora de sair. (Errado)
Chegou a hora de ele sair. (Certo)
As preposições podem assumir inúmeros valores:
• de lugar: ver de perto
• de origem: ele vem de Brasília
• de causa: morreu de fome
• de assunto: falava de futebol
• de meio: veio de trem
• de posse: casa de Paulo
• de matéria: chapéu de palha
Morfossintaxe da Preposição
A preposição não desempenha função sintática na ora-
ção. Ela apenas une termos, palavras. É um conectivo e, como 
tal, é responsável pela coesão de um texto.
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EXERCÍCIOS
1. Indique as relações estabelecidas pelas preposições des-
tacadas nas frases seguintes.
a) Ergueram-se todos contra getúlio.
b) Resido em São Paulo há anos.
c) O estádio fica a dois quilômetros daqui.
d) O mendigo morreu de fome.
e) ganhei uma linda caneta de ouro.
f) Os cavalos partiram a galope.
g) Arrombaram a porta com uma chave falsa.
h) Ele não entende nada de política.
i) A vaca não vai para o brejo.
j) Ante o crime organizado, o governo tomará atitude.
k) Desde maio, chove continuamente.
l) Entre hoje e amanhã, sairá o resultado.
m) Tu vais comparecer perante o trono.
n) Sem combater a inflação, não se pode baixar os juros.
o) Existe interesse por concursos aqui.
2. Explique a diferença de sentido entre:
a) Ele queria vender antiguidades no museu.
b) Ele queria vender antiguidades ao museu.
3. Nas frases seguintes, selecione as locuções prepositivas.
a) Apesar de João ter saído cedo, de acordo com as ins-
truções de seu pai, não chegou a tempo.
b) Em vez de Marica ficar perto de mim, ela preferiu ficar 
junto de ti.
4. Reescreva as frases seguintes, corrigindo-as.
a) Está na hora do menino sair.
b) Chegou a hora do povo falar.
5. As relações expressas pelas preposições estão corretas 
na sequência:
 I – Sai com ela.
 II – Ficaram sem um tostão.
 III – Esconderam o lápis de Maria.
 IV – Ela prefere viajar de navio.
 V – Estudou para passar.
a) companhia, falta, posse, meio, fim.
b) falta, companhia, posse, meio, fim.
c) companhia, falta, posse, fim, meio.
d) companhia, posse, falta, meio, fim.
e) companhia, falta, meio, posse, fim.GABARITO
1. a) oposição
b) lugar fixo
c) distância
d) causa
e) material
f) modo
 g) instrumento
 h) assunto
 i) lugar de destino
 j) posição
 k) tempo de início
 l) intervalo de tempo
 m) posição
 n) condição
 o) assunto.
2. a) dentro do museu para visitante comprar.
b) para o museu comprar.
3. a) apesar de, de acordo com
b) em vez de, perto de, junto de
4. a) Está na hora de o menino sair.
b) Chegou a hora de o povo falar.
5. a
Conjunção
Palavra invariável que pode ligar duas orações ou duas 
palavras que tenham a mesma função na oração. São con-
junções coordenativas. Veja: 
Paulo e Carla se amam. 
• A palavra “e” ligou dois termos da oração.
“Nós, gatos, já nascemos pobres, porém já nascemos livres.” 
• A palavra “porém” liga duas orações de sentido completo, 
ou seja, que podem ser desdobradas em duas orações inde-
pendentes: Nós, gatos, já nascemos pobres. Já nascemos livres.
A conjunção pode ligar orações dependentes, isto é, uma 
completa a outra. São conjunções subordinativas. Veja:
Não sabemos se os juros vão diminuir. 
• A palavra “se” introduziu a oração “se os juros vão 
diminuir” como complemento da forma verbal “sabemos” 
da oração “Não sabemos”. Por isso, dizemos que a oração 
“se os juros vão diminuir” é subordinada.
Locução Conjuntiva
São formadas pela palavra “que” antecedida de advér-
bios, preposições ou particípios: antes que, desde que, já 
que, até que, para que, sem que, dado que, posto que, visto 
que, uma vez que, à medida que etc.
Conjunções e Locuções Coordenativas
Classificação Conjunções e Locuções Exemplos
Aditivas: soma. E, nem, mas também, bem como, como, como 
também etc.
Ele não dormiu nem brincou.
Adversativas: oposição, contraste, 
compensação.
Mas, porém, todavia, entretanto, contudo, no 
entanto, não obstante.
A chuva chegou, mas a terra ainda está 
seca.
Alternativas: escolha, alternância. Ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer etc. Ou chove, ou faz sol. (escolha)
Ora chove, ora faz sol. (alternância)
Conclusivas: resultado lógico. Logo, portanto, por isso, assim, desse modo, 
destarte, pois (depois do verbo), por conse-
guinte, posto isso etc.
Começou a chover; leve, pois, um 
guarda-chuva.
Explicativas: justificativa. Que, porque, pois (antes do verbo), porquanto, 
visto que etc.
Leve um guarda-chuva, pois começou 
a chover.
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Conjunções e Locuções Subordinativas
Classificação Conjunções e Locuções Exemplos
Causais: causa, motivo, razão (pri-
meiro fato que provoca outro).
Porque, já que, uma vez que, visto que, dado 
que, sendo que, porquanto, pois (antes do ver-
bo), na medida em que, como (antes da oração 
principal).
Como os juros caíram, o consumo au-
mentou.
Consecutivas: efeito de um fato 
intenso.
Que, relacionada a uma palavra ou entonação de 
caráter intensivo (tão, tal, tanto, tamanho etc.).
gritou tão alto ontem, que quase ficou 
sem voz.
Comparativas: igualdade, superio-
ridade, inferioridade.
Como, tal qual, que, do que, quanto, assim 
como etc.
A quebra de um átomo é mais fácil do 
que a eliminação de um preconceito.
Conformativas: adequação, har-
monia.
Conforme, como, segundo, consoante. O advogado elaborou a defesa confor-
me o réu pediu.
Concessivas: ressalva, exceção. Embora, ainda que, por mais que, se bem que, 
mesmo que, por menos que, apesar de que, 
apesar de, a despeito de, malgrado, posto que, 
conquanto etc.
Por mais que chova, ainda teremos 
racionamento de água.
Condicionais: condição, hipótese, 
suposição.
Se, caso, contanto que, a menos que, salvo se, 
sem que, desde que etc.
O país não pagará os juros da dívida, 
sem que reduza os gatos públicos.
Proporcionais: proporção, equilí-
brio.
Quanto mais, quanto menos, tanto mais, à me-
dida que, à proporção que, ao passo que etc.
Quanto mais estudo, menos erro nas 
provas.
Finais: finalidade, objetivo. Para que, a fim de que, que, porque, a fim de, 
para, por.
Ana esforçou-se por acertar todas as 
questões da prova.
Temporais: noções de tempo. Quando, enquanto, logo que, sempre que, de-
pois que, desde que, mal, antes que etc.
Enquanto a chuva cai, o clima vai fi-
cando ameno.
Observação: assim como as preposições, as conjunções 
não exercem função sintática. Trata-se de meros conectivos 
entre orações.
EXERCÍCIOS
1. Nas frases abaixo, cada espaço pontilhado corresponde 
a uma conjunção retirada.
 I – Porém já cinco sóis eram passados .... dali nos par-
tíramos.
 II – ... estivesse doente, faltei à escola.
 III – ... haja maus, nem por isso devemos descrer dos bons.
 IV – Pedro será aprovado ... estude.
 V – ... chova, sairei de casa.
 As conjunções retiradas são, respectivamente:
a) Quando, ainda que, sempre que, desde que, como.
b) Que, como, embora, desde que, ainda que.
c) Como, que, porque, ainda que, desde que.
d) Que, ainda que, embora, como, logo que.
e) Que, quando, embora, desde que, já que.
2. Não gostava muito de novelas policiais; admirava, po-
rém, a técnica de seus atores.
 Comece com: Admirava a técnica...
a) Visto como
b) Enquanto
c) Conquanto
d) Porquanto
e) À medida que
3. A serem considerados os resultados, o trabalho foi efi-
ciente.
 Comece com: O trabalho foi eficiente...
a) Desde que
b) Ainda que
c) A menos que
d) Embora 
e) Por isso
4. Assinale o período em que ocorre a mesma relação 
significativa indicada pelos termos destacados em “A 
atividade científica é tão natural quanto qualquer outra 
atividade econômica”.
a) Ele era tão aplicado, que em pouco tempo foi pro-
movido.
b) Quanto mais estuda, menos erra questões.
c) Tenho tudo quanto queria.
d) Sabia a lição tão bem como eu.
e) Todos estavam exaustos, tanto que se recolheram logo.
5. “Podem acusar-me: estou com a consciência tranqui-
la.” Os dois pontos (:) do período acima poderiam ser 
substituídos por vírgula, explicitando-se o nexo entre 
as duas orações pela conjunção:
a) Portanto
b) E
c) Como
d) Pois
e) Embora
6. Em: “...ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar 
das ondas...”, a partícula como expressa uma ideia de:
a) Causa
b) Explicação
c) Conclusão
d) Proporção
e) Comparação
7. “Que não pedes diálogo de amor, é claro, desde que 
impões a cláusula da meia-idade.” O segmento desta-
cado poderia ser substituído, sem alteração do sentido 
da frase, por:
a) Desde que imponhas
b) Se bem que impões
c) Contanto que imponhas
d) Conquanto imponhas
e) Porquanto impões.
8. Assinale a opção em que a frase contém uso incorreto 
de conjunção.
a) O homem ciou a máquina para facilitar sua vida, e 
contudo ela correspondeu a essa expectativa.
b) Diga-lhe que abra logo a porta, que eu estou com 
pressa.
c) Ele tinha todas as condições para representar bem 
os colegas; nem todos lhe reconheciam os méritos, 
porém.
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d) O problema é que ainda não se sabe se ele agiu 
conforme as normas da empresa.
e) Ao perceber o que tinham feito com seus livros, gri-
tou que parecia um louco.
9. Nos trechos: “Vejo três meninas caindo rápidas, enfu-
nadas, como se dançassem ainda” e “... e a prima-dona 
com a longa cauda de lantejoulas riscando o céu como 
um cometa”, as palavras destacadas expressam respec-
tivamente ideias de:
a) Comparação, objeto.
b) Modo, origem.
c) Modo, comparação.
d) Comparação, instrumento.
e) Consequência, consequência.
10. “Da própria garganta saiu um grito de admiração, que 
Cirino acompanhou, embora com menos entusiasmo”, 
a palavra destacada expressa uma ideia de:
a) Explicação
b) Concessão
c) Comparação
d) Modo
e) Consequência
11. “Apenas se viu cruzando a linha de chegada, começou 
a gritar de alegria.” Comece com: Começou a gritar de 
alegria, ...
a) Conquanto
b) À medida que
c) Tanto que
d) Já que
e) Contudo
12. “Havendo tempo, irei à sua casa.” Comece com: Irei à 
sua casa, ...
a) Se houvesse
b) Embora haja
c) Exceto se houver
d) Desde que houvesse
e) Caso haja
13. “Ele insiste em trabalhar, conquanto mal tenha saído 
de uma pneumonia.” Comece com: Mal saiu de uma 
pneumonia, ...
a) No entanto
b) Por isso
c) Logod) Embora
e) Então
14. ... a esposa estar, há muito empo, longe de casa, o 
marido não sente sua falta, ... se rodeia de amigos, ... 
comemorar sua liberdade. Observando a coerência na 
indicação das circunstâncias, assinalar a alternativa que 
preenche adequadamente as colunas.
a) Em razão de; à proporção que; para
b) Apesar de; já que; a fim de
c) Na hipótese de; desde que; por
d) Não obstante; quando; sem
e) No caso de; conforme; de modo a
15. Classifique a palavra como nas construções seguintes, 
fazendo corresponder, convenientemente, os parênte-
ses. A seguir, assinale a opção correta.
 I – Preposição
 II – Conjunção subordinativa causal
 III – Conjunção subordinativa conformativa
 IV – Conjunção coordenativa aditiva
 V – Advérbio interrogativo de modo
( ) Perguntamos como chegaste aqui.
( ) Percorrera as salas como eu mandara.
( ) Tinha-o como amigo.
( ) Como estivesse muito frio, fiquei em casa.
( ) Tanto ele como o irmão são meus amigos.
a) II, IV, V, III, I
b) IV, V, III, I, II
c) V, III, I, II, IV
d) III, I, II, IV, V
e) I, II, IV, V, III
GABARITO
1. b
2. d
3. e
4. d
5. d
6. e
7. e
8. a
9. c
10. b
11. d
12. e
13. a
14. b
15. b 
 
Interjeição
Palavra invariável que exprime sensações e estados emo-
cionais.
Tipos de Interjeição
Classifica-se de acordo com o sentimento traduzido:
• Alegria: oba!, oh!, ah! Viva!, aleluia!, maravilha
• Alívio: ufa!, uf!, arre!, até que enfim
• Animação ou estímulo: coragem!, vamos!, avante!, 
eia!, firme!
• Aplauso: bravo!, bis!, viva!
• Desejo: tomara!, oxalá!
• Dor: ai!, ui!
• Espanto ou surpresa: ah!, chi!, ih!, oh!, ué!, puxa!, 
uau!, opa!, caramba!, gente!, céus!, uai!, hem! (va-
riante: hein!), hã!
• Impaciência: hum!
• Invocação ou chamamento: olá!, alô!, ô!, psiu!, psit!, 
ó!, atenção!, olha!
• Silêncio: silêncio!, psiu!
• Suspensão: alto!, basta!, chega!
• Medo ou terror: credo!, cruzes!, uh!, ai!, Jesus!, ui!
• Tristeza: oh! meu Deus! que pena! que azar!
Obs.: essa lista pode ser aumentada com palavras que 
passam a funcionar como interjeições, dependendo do con-
texto em que ocorrem.
Locuções Interjetivas
São grupos de duas ou mais palavras que funcionam 
como interjeições:
Valha-me Deus!
Meu Deus do céu!
Ai, meu Deus!
Minha Nossa Senhora!
Jesus Cristo!
Macacos me mordam!
Ai de mim!
Ora, bolas!
Oh, céus!
Que horror!
Puxa vida!
Raios o partam!
Quem me dera!
Que coisa incrível!
Quem diria!
Cruz-credo!
Alto lá!
Bico fechado!
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FRASE, PERÍODO E ORAÇÃO
FRASE precisa ter sentido completo. Sem verbo, é frase 
nominal. Com verbo, é frase verbal. Início com maiúscula, 
fim com ponto, exclamação, interrogação ou reticências.
Ex.: Psiu! Chuva, fogo, vento, neve, tudo de uma vez. 
(frases nominais) Choveu , ventou, nevou, tudo de uma vez. 
(frase verbal) O governo descobriu que mais sanguessugas 
havia. (frase verbal)
PERÍODO é frase com verbo, ou seja, é frase verbal. 
Sentido completo. Início com maiúscula, fim com ponto, 
exclamação, interrogação ou reticências. O período é sim-
ples, quando tem só uma oração. Esta oração é chamada 
de oração absoluta.
Ex.: Entre as várias oportunidades de trabalho no mer-
cado, destacam-se as vagas emconcurso público. 
(período simples tem apenas um verbo ou locução, com o 
mesmo sujeito; a oração é absoluta)
O período é composto, quando tem mais de uma ora-
ção. Haverá oração principal, oração coordenada e oração 
subordinada.
Ex.: Choveu, ventou, nevou, tudo de uma vez. (período 
composto tem dois ou mais verbos independentes. 
Orações independentes são coordenadas)
O governo descobriu que mais sanguessugas havia. 
(período composto. Uma oração tem função sintática para 
outra: uma é subordinada e a outra é principal).
ORAÇÃO só precisa ter verbo. O sentido não precisa 
ser completo.
Ex.: Choveu, ventou, nevou, tudo de uma vez. (três ora-
ções, porque são três verbos independentes)
O governo descobriu que mais sanguessugas havia. (duas 
orações, porque são dois verbos com sentidos próprios, inde-
pendentes, ou seja, não formam locução verbal)
Entre as várias oportunidades de trabalho no mercado, 
destacam-se as vagas em concurso público. (uma oração 
absoluta)
Morfossintaxe do Período Composto
• Oração Subordinada é parte da análise de outra oração.
• Oração Principal tem outra que é parte de sua análise.
• Oração Coordenada é completa em si. Sempre tem 
outra oração coordenada com ela na frase.
Análise Passo a Passo:
• Passo 1. Encontre e marque todos os verbos e locuções 
verbais.
• Passo 2. Separe as orações. geralmente antes de con-
junção ou de pronome relativo.
• Passo 3. Tente trocar uma das orações por ISSO. Deu 
certo? Essa oração trocada por ISSO recebe o nome de Ora-
ção Subordinada Substantiva.
• Passo 4. Não deu certo trocar por ISSO? Então procure 
pronome relativo. Tem? Então a oração com pronome relati-
vo recebe o nome de Oração Subordinada Adjetiva.
• Passo 5. N.D.A.=Nenhuma Das Anteriores. Então 
podemos ter Oração Subordinada Adverbial ou Oração 
Coordenada.
Veja:
(Cespe/IRBr) “Queremos saber se ele é poeta mesmo.”
• Passo 1. Verbos: queremos saber (locução verbal), 
é (ser).
• Passo 2. Oração 1: queremos saber. Oração 2: se ele 
é poeta mesmo.
• Passo 3. Queremos saber ISSO. Então a oração 2 é ora-
ção subordinada substantiva. E a oração 1 é oração principal.
(Cespe/MMA) “O carro que pode usar gasolina e álcool 
dominou o mercado.”
• Passo 1. Verbos: pode usar (locução verbal), dominou.
• Passo 2. Oração 1: o carro dominou o mercado. Lem-
bre-se: um verbo para cada oração, e separamos antes do 
“que”. Oração 2: que pode usar gasolina e álcool.
• Passo 3. O carro ISSO? Não deu certo. Não faz sentido. 
Então não pode ser oração subordinada substantiva.
• Passo 4. Procurar pronome relativo: que = o qual (o 
carro o qual pode usar gasolina e álcool dominou o mercado). 
Então a oração 2 é oração subordinada adjetiva. E a oração 
1 é oração principal.
(Cespe/BB) “Quando compartilha seu papel social, a em-
presa se valoriza.”
• Passo 1. Verbos: compartilha, valoriza.
• Passo 2. Oração 1: quando compartilha seu papel social. 
Oração 2: a empresa se valoriza.
• Passo 3. Quando compartilha seu papel ISSO? Não deu 
certo. (Note que trocamos a oração 2 por ISSO) Vamos tentar 
de novo: ISSO a empresa se valoriza? Não deu certo. Não fez 
sentido. (Note que trocamos a oração 1, desta vez) Então não 
pode ser oração subordinada substantiva.
• Passo 4. Procurar pronome relativo. Não apareceu: 
que, o qual, cujo, onde, quem. Então não pode ser oração 
subordinada adjetiva.
• Passo 5. N.D.A. Note o sentido temporal próprio de 
advérbios: quando compartilha seu papel social. Então a 
oração 1 recebe o nome de oração subordinada adverbial 
temporal. E a oração 2, o nome de oração principal.
(Cespe) “A cidade lembra Dubai, porém está insulada na 
estepe verde.”
• Passo 1. Verbos: lembra, está.
• Passo 2. Oração 1: a cidade lembra Dubai. Oração 2: 
porém está insulada na estepe verde.
• Passo 3. A cidade lembra Dubai ISSO. (Atenção para 
fazer a troca correta: trocar uma oração inteira. Trocamos 
a oração 2.) Não deu certo. Vamos tentar de novo: ISSO 
porém está insulada na estepe verde. (Trocamos a oração 1) 
Também não deu certo. Não fez sentido. Então não é oração 
subordinada substantiva.
• Passo 4. Procurar pronome relativo. Não aparece: que, 
o qual, onde, cujo, quem. Então não é oração subordinada 
adjetiva.
• Passo 5. N.D.A. Note que são oração independentes, 
e note o sentido de contraste, oposição. Vamos ter oração 
coordenada adversativa: porém está insulada na estepe 
verde. E a outra oração também coordenada.
Muito cuidado: não basta o sentido de tempo para ga-
rantir que uma oração será subordinada adverbial. Sempre 
devemos aplicar o passo a passo na ordem rigorosa. 
Veja:
O ofício informou quando o ministro viajará.
• Passo 1. Verbos: informou, viajará.
• Passo 2. Oração 1: o ofício informou. Oração 2: quando 
o ministro viajará.
• Passo 3. O ofício informou ISSO. (Trocamos a oraçãopreciosismos, 
neologismos, intercalações excessivas, jargão técni-
co, lugares-comuns, modismos e termos coloquiais; 
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do uso do tempo verbal, de maneira uniforme, em 
todo o texto; do emprego dos sinais de pontuação de 
forma judiciosa, evitando os abusos estilísticos [...] 
(BRASIL, 1000, p. 9) 
Segundo o Dicionário Online de Língua Portuguesa 
(2012), precisão é “Substantivo Feminino. Qualidade do que 
é preciso, exato, rigoroso. Exatidão na execução. Nitidez ri-
gorosa no pensamento ou no estilo.” Ernani Terra e José de 
Nicola (2001, p.228-229) explicam sobre a coesão textual:
A coesão também é resultante da perfeita relação de 
sentido que deve haver entre as partes de um texto. 
Por isso, o uso adequado de conectivos (palavras 
que relacionam partes da oração ou orações de um 
período) é importante para que haja coesão textual. 
Não há coesão em um texto quando, por exemplo, 
empregam-se de modo inadequado conjunções e 
pronomes, deixando palavras ou frases desconec-
tadas, quando a escolha vocabular é inadequada, 
quando há ambiguidades, regências incorretas, etc.
Conforme orienta gonçalves (2015b, p.14) acerca da 
produção coesa e concisa: “Peque pela simplicidade, escre-
va um texto simples, claro e objetivo, sem contorcionismos 
sintáticos.” 
Primar pela clareza, precisão, consistência, concisão e 
aderência às normas do registro formal é fundamental. Deve-
-se escrever de forma clara e precisa, com consistência argu-
mentativa para conseguir convencer o leitor de determinado
ponto de vista. A concisão, arte de dizer muito com poucas
palavras, atentando ao padrão culto da língua colaborará
positivamente para o texto.
Concisão: resultado. É o ato de dizer a mesma coisa 
com um menor número de palavras. Usa recursos 
coesivos para que esse objetivo seja atingido. Por 
exemplo: usa-se um menor número de palavras para 
dizer a mesma coisa. (gONÇALVES, 2008, p.98) 
Emprego de Elementos de Referenciação, 
Substituição e Repetição, de Conectores e de Outros 
Elementos de Sequenciação Textual
Vários elementos de referenciação podem ser em-
pregados em um texto. No entanto, são os pronomes a classe 
de palavras recordista em questões de concursos públicos. 
Entendamos mais sobre o Pronome.
Macetes dos Pronomes Demonstrativos
Tempo
• este, esta, isto: presente
• esse, essa, isso: passado e futuro próximos
• aquele, aquela, aquilo: passado e futuro distantes
Espaço (distância)
Quando houver apenas 1 pronome demonstrativo no 
período:
• Quero isto: a paz. (certo = Catáfora)
• Quero isso: a paz (errado)
• Paz: é isto que eu quero. (errado)
• Paz: é isso que eu quero. (certo = Anáfora)
Quando houver mais de um pronome demonstrativo na 
mesma frase, usa-se: “regra de fluxo invertido de distribuição 
pronominal para alocação dos pronomes demonstrativos”.
• este, esta, isto: t=teu (grudado)
• esse, essa, isso: s=separado (próximo)
• aquele, aquela, aquilo: l=longe (distante)
Pronomes Relativos: 4 passos para substituir os invari-
áveis (que/quem) pelos variáveis: qual/quais; cujo(a,os,as).
• Veja se “qual/quais” concordam com substantivo que
vem antes. Se forem seguidos de substantivos, exigem
artigo.
• Veja se “cujo(a,os,as)” concordam com substantivo que
vem depois, dando ideia de posse. Proíbem artigo.
• Se houver verbo entre o pronome e o substantivo que
vem depois, o pronome atuará como sujeito e não po-
derá ser substituído por “cujo(a,os,as)”, já que o verbo
estabelece uma barreira que impede a concordância
com o substantivo posterior ao pronome.
• Veja a regência do que vem depois do pronome, para
checar se a preposição que o antecede está certa.
Dicas
• Os pronomes pessoais eu e tu não podem vir antece-
didos de preposição, por isso devem ser substituídos
pelos pronomes oblíquos mim e ti. Exemplos: O pro-
blema será resolvido por mim e ti. O papo será entre
mim e ti. Isso não se resolveria sem mim e ti. O dinheiro
será dado para mim e ti. Observação: usa-se eu e tu
quando o pronome funcionar como sujeito. Exemplo:
Traga água para eu beber.
• Os pronomes ele(s), ela(s), nós e vós serão oblíquos
quando precedidos de preposição para complementar
verbos. Exemplos: A aula foi dada por ele. Passeamos
com ela. O convite será feito por vós.
• Pronomes reflexivos são os pronomes pessoais oblí-
quos que se referem ao sujeito da oração. Exemplos:
Ela se machucou. Eu me vesti bem. Ele aproximou-se
e levou consigo sua ira.
• Nos, vos e se atuam como pronomes recíprocos quando
expressam ação mútua. Exemplos: Nós nos vestimos
bem. Eles se amaram muito.
• Quando há ênclise em verbos terminados em -r, -s,
-z, tais terminações saem e acrescenta-se l nos oblí-
quos o, a, os, as. Exemplos: O bolo, eu vou: comprar
(comprá-lo); vender (vendê-lo); partir (parti-lo); com-
por (compô-lo). O bolo: nós compramos (compramo-
-lo); ela fez (fê-lo). Observação: quando seguido do
pronome pessoal oblíquo nos (1ª pessoa do plural), sai
o s e mantém-se o oblíquo. Exemplos: Afastamo-nos
infelizmente. Sentamo-nos para conversar.
• Quando há ênclise em verbos terminados em -m, -ão, 
-õe, acrescenta-se n nos pronomes pessoais oblíquos
enclíticos o, a, os, as. Exemplo: Eles consideraram-no
inocente. A dúvida, dão-na como perdida. Ele supõe-
-nos bandidos.
• As expressões com nós, com vós podem ser usadas
quando seguidas de uma palavra de reforço (ambos,
mesmos, dois, etc) Exemplos: A bagagem seguirá com
nós dois. A bagagem seguirá conosco. Preciso falar com
vós mesmos. Preciso falar convosco. (Sarmento, p. 185)
• O pronome oblíquo é sujeito dos seguintes verbos
no infinitivo: deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir e ver.
Exemplo: Deixe-me ouvir esta música. (Deixe que eu
ouça esta música.)
• Cuidado para não confundir o pronome possessivo
seu com a redução do pronome de tratamento senhor.
Exemplo: Seu João é honesto.
• Usa-se dele(s), dela(s) no lugar de seu(s), sua(s) para
tirar a ambiguidade. Exemplos: Ela arrumou sua cama.
Ela arrumou a cama dela.
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• Usa-se esse(s), essa(s), isso em referência a algo que
já foi dito ou a uma pessoa já mencionada num texto.
Usa-se este(s), esta(s), isto em referência ao que vai
ser dito. Exemplo: Leve esta mensagem ao seu rei:
“Rendam-se ou serão aniquilados.” (Sarmento, p. 195)
• Pronomes indefinidos: a) algum: sentido positivo quan-
do colocado antes do substantivo e negativo quando
depois. Exemplos: Algum aluno tomará posse. Aluno
algum tomará posse. b) certo: será pronome indefini-
do quando vier antes do substantivo e será adjetivo
quando vier depois. Exemplos: Certas coisas são im-
portantes (algumas). As coisas certas são importan-
tes (corretas). c) todo: tem valor de advérbio quando
substitui completamente. Exemplo: O pátio ficou todo
alagado. d) todo e toda significam qualquer quando
não são seguidos de artigo e inteiro quando seguidos
de artigo. Exemplos: Todo cidadão deve votar. Todo o
povo deve votar.
• Onde indica permanência em lugar, e aonde indica
movimento a determinado lugar. Exemplos: O hotel
onde dormi fica em Praia grande/SP. Não sei aonde
passarei as férias.
Ideia Central e Secundária
Identificando o tema de um texto
O tema é a ideia central do texto, a ideia principal. O 
texto se desenvolve com base nessa ideia central. Para fazer 
a identificação do tema de um texto, é essencial relacionar 
as diferentes informações de modo a construir o seu senti-
do global, isto é, você deve relacionar as várias partes que 
compõem um todo significativo, que é o texto.
Nossa proposta inicial é que você acompanhe um exer-
cício bem simples: reconhecer o seu tema. Leia o texto a 
seguir e identifique o tema.
Acredita-se que Brasília se firmará como provável 
polo turístico do século XXI. Mesmo concorrendo 
com belíssimas praias na costa brasileira e com a 
evidente exploração turística nas cidades vizinhas, a 
capital federal encanta brasileiros e estrangeiros por 
seu patrimônio histórico-cultural, sua organização e 
segurança.
Impossível não conceber que o litoral é um2 
por ISSO.) Já deu certo, então vamos chamar a oração 2 de 
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oração subordinada substantiva. E nossa análise está pronta. 
Não podemos pensar mais em oração subordinada adverbial 
temporal só porque vimos a palavra “quando” indicando 
tempo. E a oração 1 será oração principal.
Cuidado com pronome demonstrativo reduzido “o = 
aquele, o = aquilo”:
Ninguém sabe o que aconteceu.
• Passo 1. Verbos: sabe, aconteceu.
• Passo 2. Oração 1: ninguém sabe o (ninguém sabe 
aquilo). Oração 2: que aconteceu.
• Passo 3. Ninguém sabe isso. (errado) Repetir a oração 1, 
e só trocar por ISSO a oração 2: ninguém sabe o ISSO. Não deu 
certo. Então não teremos oração subordinada substantiva.
• Passo 4. Procurar pronome relativo: Ninguém sabe 
AQUILO o qual aconteceu. (Trocamos QUE por O QUAL como 
teste que mostra se tratar de pronome relativo) Então a 
oração 2 será oração subordinada adjetiva.
Oração Subordinada Adjetiva (Desenvolvida)
• Tem pronome relativo.
• Pode restringir (dizer parte) do termo referente ou 
explicar (dizer todo) sobre o termo referente.
Veja:
Os homens que são fiéis não mentem.
• Passo 1. Verbos: são, mentem.
• Passo 2. Oração 1: os homens não mentem. Oração 
2: que são fiéis.
• Passo 3. Os homens ISSO. Não deu certo. Então não 
será oração subordinada substantiva.
• Passo 4. Procurar pronome relativo: os homens OS 
QUAIS são fiéis não mentem. (testamos a troca de “que” por 
“os quais” para provar que se trata de pronome relativo). 
Deu certo. Então a oração 2 é oração subordinada adjetiva.
Agora note o significado de parte dos homens (referente 
da oração adjetiva na oração principal).
Então: a oração 2 é oração subordinada adjetiva restri-
tiva.
Regra: oração adjetiva restritiva não pode ficar entre 
sinais de pontuação.
Veja mais:
Já entrou em vigor o novo Código Civil, que retirou tal 
exigência.
• Passo 1. Verbos: entrou, retirou.
• Passo 2. Oração 1: Já entrou em vigor o novo Código 
Civil. Oração 2: que retirou tal exigência.
• Passo 3. Já entrou em vigor o novo Código Civil ISSO. 
Não deu certo. Então não será oração subordinada subs-
tantiva.
• Passo 4. Procurar pronome relativo: Já entrou em vigor 
o novo Código Civil, O QUAL retirou tal exigência. Deu certo. 
Então temos oração subordinada adjetiva.
Agora note o significado de todo do Código Civil (refe-
rente da oração adjetiva na oração principal).
Então: a oração 2 é oração subordinada adjetiva expli-
cativa.
Regra: oração subordinada adjetiva explicativa deve ficar 
entre sinais de pontuação (vírgulas, travessões, parênteses 
e variações).
EXERCÍCIOS
I – Destaque e classifique as orações subordinadas adjetivas 
nos períodos abaixo.
1. A pessoa em quem confiei decepcionou-me.
2. Perderam tudo quanto pouparam.
3. Somos o que sonhamos um dia.
4. O Dr. João, que é neurocirurgião, realizou os exames.
5. O menino que entrou na loja era seu parente.
6. Alberto, cujos pais eu conheço, sempre foi rapaz direito.
7. Era sua mãe a pessoa que estava comigo ao telefone.
8. As pessoas com as quais você falou não podem perma-
necer aqui.
9. O homem, que Deus criou para o paraíso, escolheu a 
desobediência.
10. O cão, que nunca leu Machado, é talvez adepto do 
humanitismo.
II – Classifique a palavra “que” como pronome relativo ou 
como conjunção integrante.
1. Quero que te aperfeiçoes.
2. Convém que cumpramos nosso destino.
3. A mulher que eu vi era uma artista.
4. Necessito de que venhas aqui amanhã.
5. A primavera, que é a estação das flores, marca ciclos 
de colheita.
6. A boneca que te dei já se estragou.
7. Tenho receio de que demores.
8. Aquele que não ri não vive bem.
9. O homem que espera nem sempre descansa.
10. Espero que cada um traga a tarefa resolvida.
11. O dia, que foi de sol, agora se encerra.
12. O livro que comprei era um romance premiado.
13. Desejo que venha comigo.
14. Aquele que estuda com persistência terá sucesso em 
seus planos.
15. Espero que conquiste seus sonhos.
GABARITO
I.
1. em quem confiei – or. subord. Adj. Restr. (OSAR)
2. quanto pouparam – OSAR
3. que sonhamos um dia – OSAR
4. que é neurocirurgião – Or. subord. Adj. expl. (OSAE)
5. que entrou na loja – OSAR
6. cujos pais eu conheço – OSAE
7. que estava comigo ao telefone – OSAR
8. com as quais você falou – OSAR
9. que Deus criou para o paraíso – OSAE
10. que nunca leu Machado – OSAE
II.
1. conjunção integrante (CI).
2. CI.
3. Pronome relativo (PR).
4. CI.
5. PR.
6. PR.
7. CI.
8. PR.
9. PR.
10. CI.
11. PR.
12. PR.
13. CI.
14. PR.
15. CI.
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Oração Subordinada Substantiva (Desenvolvida)
• Trocar por ISSO.
• Analisar ISSO.
• A função que ISSO tiver, será a mesma função da ora-
ção substantiva: sujeito, predicativo, objeto direto, objeto 
indireto, complemento nominal, aposto, agente da passiva.
Veja: 
(Cespe/IRBr) “Queremos saber se ele é poeta mesmo.”
• Passo 1. Verbos: queremos saber (locução verbal), 
é (ser).
• Passo 2. Oração 1: queremos saber. Oração 2: se ele 
é poeta mesmo.
• Passo 3. Queremos saber ISSO. Deu certo. Então, a ora-
ção 2 é subordinada substantiva.
Analisando “ISSO”:
Queremos saber ISSO. Sujeito = nós (subentendido).
Verbo principal transitivo direto (quem sabe, sabe algo) 
= sabe.
Objeto direto = ISSO = se ele é poeta mesmo (oração 2).
Então, a oração 2 é subordinada substantiva objetiva 
direta, ou simplesmente objeto direto oracional.
Importante! Chamamos de conjunções integrantes as 
palavras “que” e “se”, quando iniciam oração subordinada 
substantiva.
(Idecan) Relacione adequadamente a classificação das 
orações subordinadas substantivas às respectivas orações.
1. Subjetiva.
2. Objetiva direta.
3. Objetiva indireta.
4. Completiva nominal.
5. Predicativa.
6. Apositiva.
( ) Cada situação permite que se aprenda algo novo.
( ) Só quero uma coisa: que tires a tua carteira.
( ) Tenho esperança de que o trânsito melhore.
( ) É importante que todos colaborem.
( ) Meu desejo é que sejas classificado.
( ) Lembrei-me de que já estava errado.
A sequência está correta em
a) 1, 6, 3, 5, 2, 4.
b) 2, 6, 4, 1, 5, 3.
c) 1, 2, 3, 4, 5, 6.
d) 6, 5, 4, 3, 2, 1.
e) 2, 6, 4, 1, 3, 5.
Resolvendo a questão:
“Cada situação permite que se aprenda algo novo.”
• Passo 1. Verbos: permite, aprenda.
• Passo 2. Oração 1: cada situação permite. Oração 2: 
que se aprenda algo novo.
• Passo 3. Cada situação permite ISSO. Sujeito = cada 
situação. 
Verbo transitivo direto (quem permite, permite algo) = 
permite.
Objeto direto = ISSO = que se aprenda algo novo.
Então, a oração 2 é subordinada substantiva objetiva 
direta, ou simplesmente objeto direto oracional.
Importante! Chamamos de conjunções integrantes as 
palavras “que” e “se”, quando iniciam oração subordinada 
substantiva.
“Só quero uma coisa: que tires a tua carteira.”
• Passo 1. Verbos: quero, tires.
• Passo 2. Oração 1: só quero uma coisa.
• Passo 3. Só quero uma coisa: ISSO. Deu certo. Então a 
oração 2 é subordinada substantiva. Sujeito: eu (subenten-
dido), verbo transitivo direto (quero), objeto direto (uma 
coisa), aposto = ISSO = que tires a tua carteira.
Então, a oração 2 é subordinada substantiva apositiva, 
ou simplesmente aposto oracional.
“Tenho esperança de que o trânsito melhore.”
• Passo 1. Verbos: tenho, melhore.
• Passo 2. Oração 1: tenho esperança. Oração 2: de que 
o trânsito melhore.
• Passo 3. Tenho esperança DISSO. Deu certo. Então, 
a oração 2 é subordinada substantiva. Sujeito: eu (subenten-
dido), verbo transitivo direto (tenho), complemento nominal 
de “esperança” (de que o trânsito melhore).
Então, a oração 2 é subordinada substantiva completiva 
nominal, ou simplesmente complemento nominal oracional, 
ou simplesmente complemento nominal oracional.
“É importante que todos colaborem.”
Verbos: é (ser), colaborem.
Oração 1: é importante. Oração 2: que todos colaborem.
É importante ISSO. Sujeito: ISSO (o que é importante?), 
verbo de ligação (é), predicativo do sujeito (importante).
Então, a oração 2 é subordinada substantiva subjetiva,ou simplesmente oração sujeito oracional.
“Meu desejo é que sejas classificado.”
Verbos: é, sejas.
Oração 1: meu desejo é. Oração 2: que sejas classificado.
Meu desejo é ISSO. Sujeito = meu desejo. Verbo de liga-
ção = é. Predicativo = ISSO.
Então, a oração 2 é subordinada substantiva predicativa, 
ou simplesmente predicativo oracional.
“Lembrei-me de que já estava errado.”
Verbos: lembrei-me (verbo pronominal, transitivo indi-
reto), estava (verbo de ligação).
Oração 1: lembrei-me. Oração 2: de que já estava errado.
Lembrei-me DISSO. Sujeito = eu (sujeito subentendido), 
verbo transitivo indireto = lembrei-me.
Então, a oração 2 é subordinada substantiva objetiva 
indireta, ou simplesmente objeto indireto oracional.
Resposta para a questão: b.
Veja mais:
“O pão foi comprado por quem precisava.”
Verbos: foi comprado (locução verbal na voz passiva), 
precisava.
Oração 1: o pão foi comprado. Oração 2: por quem 
precisava.
O pão foi comprado por ISSO. Sujeito: o pão. Locução 
verbal na voz passiva analítica.
O pão foi comprado por ISSO. Agente da passiva: 
por ISSO.
Então, a oração 2 é subordinada substantiva agente da 
passiva, ou simplesmente agente da passiva oracional.
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EXERCÍCIOS
I – Quanto à classificação de orações substantivas (OSS), 
marque C para Certo e E para Errado.
1. Eu sabia que ela não gostaria. (OSSOD)
2. É impossível não admirar um poema desses. (OSSS)
3. Ela me disse algo importante: que eu conheceria o 
poeta. (OSSS)
4. Convenceu-me de que certos lugares são inóspitos. 
(OSSOI)
5. O diretor disse a todos em quem tinha confiança. (OSSOD)
6. Sou favorável a que faças o melhor. (OSSCN)
7. É preciso que venhas amanhã. (OSSS)
8. Desejamos que vocês vençam. (OSSOI)
9. Ele necessita de que todos o ajudem. (OSSCN)
10. Temos necessidade de que a economia melhore. (OSSOI)
II – Marque C para Certo e E para Errado sobre a oração 
subordinada substantiva (OSS).
1. A conclusão é que a corrupção ainda existe. (OSSP)
2. Não me parece bonito que um presidente esqueça os 
compromissos. (OSSOD)
3. Sou favorável a que o torturem. (OSSCN)
4. Lembre-se de que é necessário perseverança. (OSSOI)
5. Quem canta seus males espanta. (OSSS)
6. Será preciso que encontres lugar menos deserto. (OSSP)
7. Aquele absurdo, que conquistou a vaga em merecimen-
to, corria na boca do povo. (OSSA)
8. Não se sabe se o réu, de fato, dissera a verdade. (OSSOD)
9. Consideram-no apto a que gerencie os negócios da 
firma. (OSSCN)
10. Todos reconhecem que, de fato, seu namorado é edu-
cado. (OSSA)
III – Marque C para certo e E para errado quanto à classifi-
cação das orações substantivas (OSS).
1. Tenho certeza de que o país terá dias melhores. (OSSCN)
2. Há nos presídios uma regra, que traidor se mata com 
tiro na cara. (OSSA)
3. Já se disse que a guerra pode ser vista de dois ângulos. 
(OSSOD)
4. Pouco importa que não vejam nossa verdade. (OSSS)
5. Seguramente não suspeita de que o inimigo já o viu. 
(OSSOD)
6. Ali pelo oitavo gole, chegamos à conclusão de que não 
havia solução mesmo. (OSSCN)
7. Estava convencida de que todos os homens mentiam. 
(OSSOI)
8. gandhi tinha um grande sonho: que os homens vives-
sem em paz. (OSSA)
9. Parecia que o réu queria uma nova chance. (OSSOD)
10. Constava ainda que o produto estava em falta. (OSSS)
GABARITO
I.
1. C
2. C
3. E
4. C
5. E
6. C
7. E
8. E
9. E
10. E
II.
1. C
2. E
3. C
4. C
5. C
6. E
7. C
8. E
9. C
10. E
III.
1. C
2. C
3. E
4. C
5. E
6. C
7. E
8. C
9. E
10. C
Oração Subordinada Adverbial (Desenvolvida)
Conjunções Subordinativas e Locuções Prepositivas
Causais: porque, pois, visto que, já que, na medida em 
que, que, visto como, uma vez que, como (anteposto à oração 
principal), porquanto. Exemplos: Os turistas desistiram da 
visita, visto que chovia. Já que o país não crescia, o investidor 
se retirava.
Concessivas: embora, ainda que, se bem que, mesmo 
que, posto que, apesar de que, por mais que, por menos que, 
apesar de, não obstante, malgrado, conquanto. Exemplos: 
Embora chova, sairei. Por mais que tente, não te entendo. 
A fé ainda move montanhas, posto que esteja abalada. Mal-
grado seja domingo, ela está trabalhando.
Condicionais: se, caso, desde que, contanto que, a não 
ser que, sem que. Exemplos: O amor não se rompe, desde 
que sejam fortes os laços. Se viagens instruíssem homens, 
os marinheiros seriam o mais sábios. A não ser que trabalhe, 
não prosperará.
Consecutivas: tal que, tanto que, de sorte que, de modo 
que, de forma que, tamanho que. Exemplos: A fé era tama-
nha que muitos milagres se operavam. Choveu tanto que a 
ponte caiu.
Conformativas: conforme, como, segundo, consoante. 
Ex.: Chorarão as pedras das ruas, como diz Jeremias sobre 
as de Jerusalém destruída.
Comparativas: como, assim como, tal qual, que, do que, 
(tanto) quanto/como. Exemplos: Janete estuda mais que 
trabalha. Elias canta tal qual Zezé. Jesus crescia tanto em 
estatura quanto em sabedoria.
Finais: para que, porque, a fim de que, para, a fim de. 
Exemplos: O gerente deu ordens para que nada faltasse aos 
hóspedes. Estudei porque vencesse na vida.
Proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo 
que, quanto mais/mais, quanto mais/menos, quanto menos/
mais, quanto menos/menos. Ex.: Quanto mais conhecia os 
homens, mais Pafúncio confiava em Deus. À medida que 
enxergava, o ex-cego se alegrava.
Temporais: quando, enquanto, logo que, antes que, de-
pois que, mal, sempre que. Exemplos: Sempre que corríamos 
à janela, assistíamos ao pôr-do-sol. Mal as provas chegaram, 
os alunos se agitaram.
EXERCÍCIOS
I – Ponha entre parênteses o número de classificação das 
orações subordinadas adverbiais (OSA).
(1) Causal.
(2) Comparativa.
(3) Concessiva
(4) Condicional.
(5) Conformativa.
(6) Consecutiva.
(7) Final.
(8) Proporcional.
(9) Temporal.
a) Minha mão tremia tanto que mal podia escrever. 
( )
b) Irineu acompanhou o irmão embora estivesse exausto.
( )
c) Fiz a eles um sinal que não insistissem. ( )
d) Os detentos protestaram na penitenciária porque 
eram maltratados. ( )
e) Envelheçamos como as árvores mais resistentes 
ficam velhas. ( )
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f) Por que não elaborou o relatório, como o diretor 
orientou? ( )
g) Ia começando a chuva quando passe pelo portão. 
( )
h) Se Deus é por nós, quem será contra nós? ( )
i) A raposa, como não pudesse alcançar as uvas, 
desdenhou-as. ( )
j) Quanto mais se proibia o passeio, mais eles insistiam. 
( )
k) Como o assunto estivesse muito interessante, nin-
guém ficava quieto. ( )
l) Por mais leve que pisasse, o soalho ainda ecoava os 
passos. ( )
m) Depois que veio para a universidade, sua mente se 
abriu. ( )
n) A inflação, como se sabe, é a consequência do ex-
cesso de gasto público. ( )
o) Chame o padre, se todos fazem questão, contanto 
que me tragam também o médico. ( )
Oração Subordinada Reduzida
É a oração subordinada com duas características neces-
sárias:
• sem conjunção nem pronome relativo; e
• com verbo no infinitivo, no gerúndio ou no particípio.
Veja exemplos:
Apesar de comer muito alho, possuía a boca cheirosa. 
-> Oração subordinada adverbial concessiva reduzida 
de infinitivo.
Por quarenta anos, vagueou no deserto o povo de Israel, 
purgando uma carga de transgressões.
-> Oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de ge-
rúndio (equivale a: que purgava uma carga de transgressões).
Um arqueólogo alemão encontrou o palácio construído 
por Príamo na Troia antiga.
-> Oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de 
particípio (equivale a: que foi construído por Príamo na 
Troia antiga).
Ana já provou ser a mais fiel das criaturas.
-> Oração subordinada substantiva objetiva direta redu-
zida de infinitivo (Ana já provou ISSO.).
Convém não nos iludirmos tanto.
-> Oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de 
infinitivo (ISSO convém.).
Agindo Deus, quem impedirá?
-> Oração subordinada adverbial condicional reduzida 
de gerúndio.
Todos se fartaram na festa a pontode alguns vomitarem 
no salão.
-> Oração subordinada adverbial consecutiva reduzida 
de infinitivo.
Concluídas as formalidades legais, casaram-se.
-> Oração subordinada adverbial temporal reduzida de 
particípio.
Pafúncio trepava a fim de pegar mangas.
-> Oração subordinada adverbial final reduzida de infi-
nitivo.
EXERCÍCIOS
II – Marque C para Certo e E para Errado acerca da classifi-
cação das orações reduzidas a seguir.
1. É impossível não gostar deste livro. (OSSS)
2. De tanto amolar, concedeu-lhe o que pedia. (OSA TEM-
PORAL)
3. Você, lavando as roupas, não teria encontrado alguma 
pista? (OSA TEMPORAL)
4. Julgando inúteis as cautelas, o tribunal cedeu à defen-
soria. (OSA CONSECUTIVA)
5. Mesmo sitiada pelos nazistas, a França não se rendeu. 
(OSA CONSECUTIVA)
6. Ao notar os erros, comunicou o chefe. (OSA CAUSAL)
7. Chovendo, os turistas permanecerão no hotel. (OSA 
CONDICIONAL)
8. Aparecendo algum suspeito, a gente prende para in-
vestigação. (OSA CONDICIONAL)
9. Terminado o projeto, nós viajaremos? (OSA TEMPORAL)
10. Acabado o discurso, os alunos formandos aplaudiram. 
(OSA CAUSAL)
III – Classifique as orações subordinadas sublinhadas.
1. Creio serem muitas as denúncias.
2. Voltando para a igreja, encontrou os primos.
3. Agradou-nos para atendermos o que pedia.
4. Nenhuma hospedagem tendo sido encontrada, desis-
tiram do passeio.
5. Mandei-o entrar logo.
6. Deus, cujo poder é incomensurável, zela pelas suas 
criaturas.
7. As piadas com que muitos se surpreendem são as me-
lhores.
8. Tu não tens ideia do professor que és.
9. O concurso que prestamos não era difícil.
10. Os seus passos rompiam o silêncio da noite, como se o 
som do soalho fosse música.
11. Era tão feio que as crianças o temiam.
12. Por mais que se esforcem, não conseguem a obediência 
de todos.
13. Não irei à festa sem que ela me convide.
14. Como dizia a madre diretora, consciência do nosso 
papel no mundo é fundamental.
15. Quanto mais se agita, mais o inseto fica preso na teia.
GABARITO
I.
a) 6
b) 3
c) 7
d) 1
e) 2
f) 5
g) 9
h) 4
i) 1
j) 8
k) 1
l) 3
m) 9
n) 5
o) 4
II.
1. C
2. E
3. C
4. E
5. E
6. E
7. C
8. C
9. C
10. E
III.
1. OSSOI RI.
2. OSAT Rg.
3. OSAF RI.
4. OSA CAUSAL Rg.
5. OSSOD RI.
6. OSAE.
7. OSAR.
8. OSAR.
9. OSAR.
10. OSA COMPARATIVA.
11. OSA CONSECUTIVA.
12. OSA CONCESSIVA.
13. OSA CONDICIONAL.
14. OSA CONFORMATIVA.
15. OSAP.
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Oração Coordenada
Conjunções Coordenativas e Locuções
Aditivas: e, nem ( = e não), mas também. Exemplos: Astolfo 
não cantou nem dançou. Anita trabalhou e estudou. O povo não 
só exige respeito, mas também paga impostos.
Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, 
entretanto, não obstante. Exemplos: O país cresceu, mas não 
gerou empregos.
Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja. 
Exemplos: Ou saio para ir com você ou fico em casa.
Conclusivas: logo, pois (após o verbo da oração e entre 
vírgulas), portanto, assim, por isso, por conseguinte, dessarte/
destarte, posto isso. Ex.: Mílvio estuda Português faz dois anos, 
portanto já sabe muito.
Explicativas: pois (antes do verbo), que ( = porque), porque, 
porquanto. Exemplos: Feche a porta, que está frio. O país 
cresceu, porque o desemprego diminuiu.
EXERCÍCIOS
I – Divida os períodos compostos por coordenação abaixo e 
classifique as orações:
a) Machucou-se, mas logo se esqueceu da dor.
b) Leia todo o livro, pois o professor vai cobrar o con-
teúdo.
c) Acompanhei todo o seu raciocínio, portanto agora 
posso contestar.
d) Júlia emprestou-me seus jogos, mas não impôs 
restrições para o uso.
e) Eles não sabiam do seu envolvimento na operação 
ilícita, entretanto pediram sigilo absoluto.
f) Ele entrou, vestiu o terno e se mandou para o escri-
tório.
g) Ela falava alto, e o namorado era tímido.
h) Afinal, os dois se merecem, logo devem suportar um 
ao outro.
i) Os homens ora se calam, ora tagarelam.
j) Ele te protege; sê-lhe grato, pois.
II – Julgue os itens abaixo quanto à classificação da oração 
em destaque.
1. Chegou inesperadamente, cumprimentou a todos e 
logo foi embora. (OCS Aditiva)
2. Ou ficavam em casa ou saíam em silêncio. (OCS Alter-
nativa)
3. Elas estão em situação lamentável; devemos, pois, 
prestar socorro. (OCS Conclusiva)
4. Eles foram, mas eu não te abandono. (OCS Adversativa)
5. A poesia não se esconde de ninguém nem fica exclusiva 
de alguns. (OCS Alternativa)
6. Trabalhamos muito, portanto merecemos descanso. 
(OCS Conclusiva)
7. Venha logo ou passará a vez. (OCS Conclusiva)
8. Cortou o cabelo e ficou mais jovem ainda. (OCS Adver-
sativa)
9. Os tolos aprendem à custa dos erros, os espertos à custa 
dos tolos. (OC Assindética)
10. Ora morde o rabo, ora a pata. (OCS Alternativa)
III – Julgue os itens como (C) para Certo ou como (E) para 
Errado.
1. Oração coordenada participa do período composto sem 
possuir interdependência sintática com outra oração.
2. A oração do período simples chama-se absoluta.
3. Oração subordinada é a que participa do período com-
posto, desempenhando uma função sintática dentro de 
outra oração.
4. Oração principal é a que tem uma função dentro dela 
desempenhada por outra oração.
5. Em “Ele estudou como um louco”, existem duas orações 
apesar de haver apenas um verbo expresso.
6. Uma oração coordenada pode, ao mesmo tempo, ser 
principal, como no exemplo: “Chorava por ter gastado 
o dinheiro e se maldizia da sorte”.
GABARITO
I.
a) Oração coordenada assindética / oração coordenada 
sindética adversativa.
b) Oração coordenada assindética / oração coordenada 
sindética explicativa.
c) Oração coordenada assindética / oração coordenada 
sindética conclusiva.
d) Oração coordenada assindética / oração coordenada 
sindética adversativa.
e) Oração coordenada assindética / oração coordenada 
sindética adversativa.
f) O.C.A. / O.C.A. / oração coordenada sindética aditiva.
g) O.C.A. / O.C.S. Aditiva.
h) O.C.A. / O.C.S. Conclusiva.
i) O.C.S. ALT. / O.C.S. ALT.
j) O.C.A. / O.C.S. Conclusiva
II.
1. C
2. C
3. C
4. C
5. E
6. C
7. E
8. E
9. C
10. C
III.
1. C
2. C
3. C
4. C
5. C
QUESTÕES DE CONCURSOS
Vista do avião, a cidade de edifícios arrojados lembra Dubai, 
só que insulada na estepe verde.
1. (Cespe/Câmara/2014) A locução coloquial “só que” tem, 
no texto, valor adversativo, equivalendo, por exemplo, 
ao das conjunções porém, todavia, entretanto.
Leio que a ciência deu agora mais um passo definitivo. 
E claro que o definitivo da ciência é transitório, e não por 
deficiência da ciência (e ciência demais), que se supera a si 
mesma a cada dia...
2. (Cespe/PRF/2013) Mantendo-se a correção gramatical 
e a coerência do texto, a conjunção “e”, em “e não por 
deficiência da ciência”, poderia ser substituída por mas.
3. (Cespe/PRF/2013) Tendo a oração “que se supera a 
si mesma a cada dia” caráter explicativo, o vocábulo 
“que” poderia ser corretamente substituído por pois 
ou porque, sem prejuízo do sentido original do período.
Ainda hoje, em certos lugares, a previsão da pena de morte 
autoriza o Estado a matar em nome da justiça. Em outras 10 
sociedades, o direito à vida é inviolável e nem o Estado nem 
ninguém tem o direito de tirar a vida alheia.
4. (Cespe/PRF/2014) Dado o fato de que nem equivale a 
e não, a supressão da conjunção “e” empregada logo 
após “inviolável” manteria a correção gramatical do 
texto.
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Polícia é um vocábulo de origem grega (politeia) que passou 
para o latim (politia) com o mesmo sentido: governo de 
uma cidade, administração, forma de governo. No entanto, 
com o decorrer do tempo, assumiu um sentido particular, 
passando a representar a ação do governo, que, no exercício 
de sua missão de tutela da ordem jurídica, busca assegurar 
a tranquilidade pública e a proteção da sociedade contra 
violações e malefícios.
5. (Cespe/DPF/Agente Administrativo./ 2014) Não haveria 
prejuízo das informações veiculadas no texto, caso se 
substituísse “No entanto” por Portanto.
As obras de dragagem objetivamremover os sedimentos 
que se encontram no fundo do corpo d’água para permitir 
a passagem das embarcações, garantindo o acesso ao porto.
6. (Cespe/Antaq/2014) A oração “que se encontram no 
fundo do corpo d’água” tem função restritiva.
Essas novas formas de liberdade foram saudadas porque 
dissolviam laços de domínio dos poderes familiares e feudais 
que impediam o aparecimento de um poder público voltado 
para o povo (Habermas, 1994). Mas, simultaneamente, por 
atraírem pessoas vindas de diferentes lugares, com diferentes 
culturas, religiões, compromissos políticos e identificações, 
que apenas se esbarrariam nos novos espaços, as cidades 
teriam, então, comprometido o estabelecimento de relações 
duradouras entre seus habitantes.
7. (Cespe/Anatel/2014) Tanto na linha 2 quanto na linha 
6, o termo “que” introduz oração adjetiva restritiva.
Ao vender Sochi como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno 
de 2014, o presidente russo Vladimir Putin prometeu uma 
experiência única: turistas e atletas poderiam esquiar nas 
montanhas, onde é muito frio, e mergulhar em piscinas 
abertas de hotéis, onde o clima é mais ameno, no mesmo dia. 
Pelo fato de o clima na região ser subtropical, a temperatura 
prevista para a Olimpíada já estava no limite do aceitável 
para a prática de esportes na neve: no inverno, é esperada 
a média de 6ºC na altura do mar Negro, que banha o litoral.
8. (Cespe/Câmara/2014) As orações “onde é muito frio” 
e “que banha o litoral” têm natureza explicativa, o que 
justifica o fato de estarem isoladas por vírgulas.
O crescente quadro da violência em São Paulo, fator que gera 
medo na sociedade e insegurança para empresas e investi-
dores, tem desafiado o antigo axioma sociológico de que a 
exclusão é a grande causadora da criminalidade. O Brasil 
é, hoje, um dos países com a menor taxa de desemprego e 
promoveu, nos últimos dez anos, um significativo processo 
de ascensão socioeconômica da população, sem precedentes 
em nossa história recente.
(Cespe/TCE-ES/2013) Estariam garantidas a correção grama-
tical e a coerência textual se, no trecho acima,
9. o ponto empregado ao final do primeiro período fosse 
substituído por vírgula e, imediatamente após esta, 
feitos os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas, 
fosse introduzida a conjunção pois.
10. a forma verbal “é” (l.4) fosse substituída por sendo e a 
conjunção “e” (l.5) fosse suprimida do trecho.
11. o ponto empregado ao final do primeiro período fosse 
substituído por ponto e vírgula e, imediatamente após 
este, feitos os devidos ajustes de maiúsculas e minús-
culas, fosse introduzida a expressão visando que.
12. o segundo período, feitos os devidos ajustes de maiús-
culas e minúsculas, fosse introduzido pela conjunção 
Portanto.
13. a vírgula logo após “São Paulo” fosse substituída pela 
forma verbal é e a que sucede “investidores” fosse 
substituída pela conjunção porque.
Não é à toa que especialistas consideram a iluminação como 
uma grande aliada das cidades na luta contra a violência ur-
bana, já que é uma grande inibidora de atos de vandalismo, 
roubo e agressões.
14. (Cespe/Anatel/2014) Seriam mantidas a coerência e a 
correção gramatical do texto caso se substituísse “já 
que” por qualquer uma das seguintes expressões: dado 
que, visto que, uma vez que.
Os cientistas afirmam que podem realmente construir agora 
a bomba limpa. Sabemos todos que as bombas atômicas 
fabricadas até hoje são sujas (aliás, imundas) porque, depois 
que explodem, deixam vagando pela atmosfera o já famoso 
e temido estrôncio 90.
15. (Cespe/PRF/2013) A oração introduzida por “porque” 
expressa a razão de as bombas serem sujas.
16. (Cespe/Câmara/2014) No terceiro quadrinho, a ex-
pressão “Sendo assim” poderia, sem prejuízo para a 
correção e a coerência do texto, ser substituída por 
qualquer um dos seguintes conectores: Portanto, Por 
conseguinte, Conquanto.
De acordo com o estudo A Cor dos Homicídios no Brasil, 
desenvolvido pelo coordenador da área de estudos da vio-
lência da Faculdade Latino-Americana no Rio de Janeiro, de 
2001 a 2010, enquanto o índice de mortalidade entre jovens 
brancos no país caiu 27,1%, o de mortalidade entre negros 
cresceu 35,9%.
17. (Cespe/TCE-ES/2013) O termo “enquanto”, que expres-
sa, no texto, circunstância de conformidade, poderia ser 
substituído, coerentemente, por como.
A imprensa costuma chamar casos como o de Iolanda de 
“crimes passionais”, como se eles tivessem sido movidos 
por amor.
18. (Cespe/TCE-ES/2013) O vocábulo “como” poderia ser 
substituído, nas duas ocorrências, por conforme, sem 
prejuízo para a coerência do texto.
O caráter passional não justifica um homicídio, pois o tipo 
penal não reconhece a paixão como motivo para um as-
sassinato, podendo, inclusive, a pena imposta ao crime ser 
aumentada se for reconhecido que o réu agiu com motivação 
torpe ou fútil, ou ainda sem dar possibilidade de defesa à 
vítima.
19. (Cespe/TCE-ES/2013) O vocábulo “sem” introduz uma 
oração de natureza adverbial.
Conhecíamos armários, sótãos, porões e cofres de sacristias, 
bibliotecas, batistérios ou cenáculos, bem melhor do que 
seus proprietários ou curadores.
20. (Cespe/Cade/2014) Seria mantida a correção gramati-
cal do texto caso a expressão “melhor do que” fosse 
substituída por melhor que.
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A mulher era considerada pelos clérigos um ser muito pró-
ximo da carne e dos sentidos e, por isso, uma pecadora em 
potencial. Afinal, todas elas descendiam de Eva, a culpada 
pela queda do gênero humano.
21. (Cespe/Antaq/2014) O termo “Afinal”, empregado no 
texto como conjunção, introduz oração adverbial tem-
poral.
As obras de dragagem objetivam remover os sedimentos 
que se encontram no fundo do corpo d’água para permitir 
a passagem das embarcações, garantindo o acesso ao porto. 
Na maioria das vezes, a dragagem é necessária quando da 
implantação do porto, para o aumento da profundidade na-
tural no canal de navegação, no cais de atracação e na bacia 
de evolução. Também é necessária sua realização periódica 
para o alcance das profundidades que atendam o calado 
das embarcações.
22. (Cespe/Antaq/2014) Nas linhas 2, 4 e 7, “para” confere 
noção de finalidade aos trechos que introduz.
Permanece inquietante a questão de formar a criança e o 
jovem para valores que ainda constituem o ideal do nosso 
tão sofrido bípede implume. Um plano oficial de educação 
pouco poderia fazer para alterar esse iminente risco de 
desintegração!
23. (Cespe/Cade/2014) A preposição “para”, tanto em 
“para valores que ainda constituem o ideal do nosso tão 
sofrido bípede implume” quanto em “para alterar esse 
iminente risco de desintegração que afeta a sociedade 
civil”, introduz orações que exprimem finalidade.
Atualmente, quase todos os países possuem bancos centrais, 
encarregados das emissões de cédulas e moedas.
24. (Cespe/Caixa/2014) Seriam mantidas a correção grama-
tical e a coerência do texto caso a vírgula empregada 
imediatamente após “centrais” fosse suprimida, embo-
ra o sentido do trecho fosse alterado.
No ambiente virtual, combinações de usuário e senha fun-
cionam para dar acesso a e-mails, celulares, redes sociais e 
cadastros em lojas online. Lidamos com tantas combinações 
desse tipo, que já se fala de uma nova categoria de estresse: 
a “fadiga de senhas”.
25. (Cespe/Câmara/2014) A oração introduzida pela 
conjunção “que” expressa ideia de consequência em 
relação à oração anterior, à qual se subordina.
Após a viagem, Táriq teria mandado gravar, em moedas 
comemorativas, uma linha sinuosa, em forma de um esse 
maiúsculo (S), representando o longo e tortuoso caminho 
percorrido para alcançar o continente europeu. Mandou 
colocar, no sentido vertical, duas colunas paralelas, cortando 
essa linha sinuosa.
26. (Cespe/Caixa/2014) A oração “cortando essa linha sinu-
osa” tem valor temporal no contexto em que ocorre.
Campos continuou a dizer todo o bem que achava no trem 
de ferro, como prazer e como vantagem. Só o tempo que a 
gente poupa! Eu,se retorquisse dizendo-lhe bem do tempo 
que se perde, iniciaria uma espécie de debate que faria a 
viagem ainda mais sufocada e curta.
27. (Cespe/Caixa/2014) No trecho “Eu, se retorquisse 
dizendo-lhe bem do tempo que se perde”, a partícula 
“se” recebe classificação distinta em cada ocorrência.
Função Sintática do Pronome Relativo
O pronome relativo introduz a oração subordinada ad-
jetiva. Esse pronome exerce uma função sintática dentro da 
oração adjetiva.
Dicas:
• Onde => sempre função de adjunto adverbial de lugar.
• Cujo => sempre função de ajunto adnominal (posse).
• Como => sempre função de adjunto adverbial 
de modo.
• Quando => sempre função de adjunto adverbial de 
tempo.
• Que, quem, o qual => várias funções.
Observe os modelos de análise abaixo.
Modelo 1:
O governo aprovou o projeto que apresentou à Câmara.
Oração 1: O governo aprovou o projeto. Sujeito = o go-
verno. VTD: aprovou. Objeto direto: o projeto.
Oração 2: que apresentou à Câmara. Sujeito = o governo 
(subentendemos o mesmo sujeito que apresentou o projeto 
e aprovou). VTDI: apresentou (quem apresenta, apresenta 
algo a alguém). Objeto direto: que (o pronome relativo 
substitui “o projeto” para assumir a função de complemento 
verbal na oração adjetiva). Objeto indireto: à Câmara.
Modelo 2:
O governo aprovou o projeto a que o repórter fez refe-
rência.
Oração 1: O governo aprovou o projeto. Sujeito = o go-
verno. VTD: aprovou. Objeto direto: o projeto.
Oração 2: a que o repórter fez referência. Sujeito = o 
repórter. VTD: fez. Objeto direto: referência. Complemento 
nominal: a que (referência ao projeto, e o pronome “QUE” 
está no lugar de “o projeto” dentro da oração adjetiva).
Modelo 3:
O governo aprovou o projeto em que se encontra a 
nova regra.
Oração 1: O governo aprovou o projeto. Sujeito = o go-
verno. VTD: aprovou. Objeto direto: o projeto.
Oração 2: em que se encontra a nova regra. Sujeito pa-
ciente = a nova regra (Pergunte: o que se encontra? O que é 
encontrado). VTD: encontra (com a partícula apassivadora 
“SE”, o que seria o objeto direto virou o sujeito paciente). 
Adjunto adverbial: em que (o que se encontra, se encontra 
em que lugar? =>o pronome “QUE” está no lugar de “o pro-
jeto” como lugar onde se encontra a nova regra.)
EXERCÍCIOS
Dê a função sintática dos pronomes relativos abaixo.
1. Ninguém entendia nada do que ela falava.
2. Ele não sabe do que nós falávamos.
3. Os que mais sabem permanecem em silêncio.
4. A neve, que é branca, caiu em abundância.
5. Quantas vezes desejamos algumas coisas que outros 
desprezam.
6. As grandes embarcações parecem dançar no oceano, 
que é imenso.
7. Costumo oferecer ajuda aos amigos, que merecem.
8. Era verdade o que eles disseram?
9. É um teatro em que se encenaram grandes peças.
10. O professor falou-nos do teatro de Epidauro, na grécia 
antiga, em cujas dependências se podia ouvir claramen-
te as falas dos artistas, mesmo que na última fileira.
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GABARITO
1. Objeto direto
2. Adjunto adverbial de 
assunto.
3. Sujeito.
4. Sujeito.
5. Objeto direto.
6. Sujeito
7. Sujeito.
8. Objeto direto.
9. Adjunto adverbial de 
lugar.
10. Adjunto adnominal.
QUESTÕES DE CONCURSOS
gente, dizia-se, que brilharia no corpo docente de qualquer 
universidade; especialistas que qualquer editora contrataria 
por somas astronômicas (certos astros não são muito gran-
des). Tínhamos achado preciosidades que muitos colecio-
nadores cobiçariam.
28. (Cespe/Cade/2014) Nos trechos “que qualquer editora 
contrataria por somas astronômicas” e “que muitos 
colecionadores cobiçariam”, o vocábulo “que” introduz 
orações adjetivas restritivas, nas quais exerce a função 
de complemento verbal.
A atividade policial pode ser verificada em quase todas as 
organizações políticas que conhecemos, desde as cidades-es-
tado gregas até os Estados atuais. Entretanto, o seu sentido 
e a forma como é realizada têm variado ao longo do tempo. 
A ideia de polícia que temos hoje é produto de fatores 
estruturais e organizacionais que moldaram seu processo 
histórico de transformação.
29. (Cespe/Câmara/2014) No texto, o pronome relativo 
“que” exerce, nas duas primeiras ocorrências, a função 
de complemento verbal e, na terceira, a de sujeito da 
oração em que se insere.
Escolha mais adequada é empreender uma apropriação 
crítica desse passado político recente, tanto para consolidar 
nossa frágil cidadania quanto para entender a realidade em 
que vivemos.
30. (Cespe/Câmara/2014) No trecho “entender a realidade 
em que vivemos”, a supressão da preposição não preju-
dica a correção gramatical do texto, ainda que interfira 
na relação sintático-semântica entre seus elementos.
Do ponto de vista global, notou-se que a quebra da ordem 
foi provocada em situações diversas e ora tornou mais 
graves as distorções do direito, ora espalhou a insegurança 
coletivamente.
31. (Cespe/DPF/Agente Administrativo/2014) Na linha 
1, a partícula “se” é empregada para indeterminar o 
sujeito.
O art. 144 deve ser interpretado de acordo com o núcleo 
axiológico do sistema constitucional em que se situam esses 
princípios fundamentais.
32. (Cespe/DPF/Agente Administrativo/2014) Mantendo-se 
a coerência e a correção gramatical do texto, o trecho 
“em que se situam esses princípios fundamentais” 
poderia ser substituído por aonde se situam esses 
princípios fundamentais.
Todos nós, homens e mulheres, adultos e jovens, passamos 
boa parte da vida tendo de optar entre o certo e o errado, 
entre o bem e o mal. Na realidade, entre o que consideramos 
bem e o que consideramos mal.
33. (Cespe/PRF/2014) No trecho “o que consideramos 
bem”, o vocábulo “que” classifica-se como pronome 
e exerce a função de complemento da forma verbal 
“consideramos”.
EXERCÍCIOS
34. A palavra “se” possui inúmeras classificações e funções. 
Acerca das ocorrências do termo “se” em “Exatamente 
por causa dessa assimetria entre o fotojornalista e os 
protagonistas de suas fotos, muitas vezes Messinis deixa 
a câmera de lado e põe-se a ajudá-los. Ele se impres-
siona e se preocupa muito com os bebês que chegam 
nos botes.” (3º§) pode-se afirmar que
a) possuem o mesmo referente.
b) ligam orações sintaticamente dependentes.
c) apenas o primeiro “se” é pronome apassivador.
d) apenas o último “se” é uma conjunção integrante.
35. O 4º§ é introduzido pelo termo “contudo” que estabe-
lece uma relação tal entre as informações que o ante-
cedem e que o sucedem que poderia ser substituído 
sem qualquer prejuízo semântico por:
a) Todavia. b) Porquanto. d) Desde que. e) Consoante.
36. No trecho “Quando esses especuladores jogarem a 
toalha, usarei parte de minhas reservas para fazer 
investimentos bons e baratos. Mas não na Petrobras.” 
(2º§), o termo em destaque expressa uma relação de
a) ligação. 
b) contraste. 
c) conclusão. 
d) explicação.
37. Em “Se a renda fixa paga bem, a compra à vista tende a 
me dar descontos maiores.” (3º§), o termo que introduz 
a oração expressa uma ideia de
a) causa. 
b) condição. 
c) concessão. 
d) comparação.
38. “Considerando a relação semântica indicada pela 
expressão ‘no entanto’ (2º§), é correto afirmar que 
há uma relação de ________________ em relação a 
informação expressa no 1º§.” Assinale a alternativa que 
completa corretamente a afirmativa anterior.
a) oposição 
b) conclusão 
c) acréscimo 
d) explicação 
e) alternância
39. Acerca da construção “Num mundo globalizado, saber 
outra língua é signo e condição competitiva.” (1º§), 
é correto afirmar que pode ser identificada uma
a) oração subordinada substantiva apositiva, apresen-
tando um conceito.
b) oração subordinada substantiva apositiva, apresen-
tando uma explicação.
c) oração subordinada substantiva objetiva direta, 
indicando uma conclusão do parágrafo.
d) oração subordinada substantiva subjetiva, tornando 
pessoal a informação apresentada.
e) oração subordinada substantiva subjetiva, tornando 
impessoal a informação apresentada.
40. Em “Embora sejam informativos, os textos com uma 
descrição dosgols da rodada ou das cestas marcadas no 
clássico regional são corriqueiros e pouco importantes.”, 
o termo destacado estabelece uma relação de
a) negação. 
b) oposição.
c) conclusão. 
d) concessão. 
e) explicação.
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41. A respeito dos termos grifados no trecho “A companhia 
americana Narrative Science treina computadores para 
escreverem sumários de jogos de diferentes modalida-
des desde 2012 com grande sucesso. Os resumos são 
publicados online nos jornais que compram seu serviço 
logo depois do fim do jogo, com uma velocidade impos-
sível para um redator humano.”, analise as afirmativas.
I – “Desde” indica uma marca temporal, assim como 
“logo”.
II – As duas ocorrências do “para” indicam sentido 
equivalente.
III – “Que” atua como elemento de coesão textual 
retomando um termo anterior.
Está(ao) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.
Jornalismo robotizado
Computadores treinados escrevem sobre jogos, 
terremotos e crimes.
O uso de algoritmos na confecção de textos não é algo 
novo. A companhia americana Narrative Science treina com-
putadores para escreverem sumários de jogos de diferentes 
modalidades desde 2012 com grande sucesso. Os resumos 
são publicados online nos jornais que compram seu serviço 
logo depois do fim do jogo, com uma velocidade impossí-
vel para um redator humano. Embora sejam informativos, 
os textos com uma descrição dos gols da rodada ou das 
cestas marcadas no clássico regional são corriqueiros e 
pouco importantes.
Uma tecnologia criada pelo Los Angeles Times pode 
mudar os rumos do “robô-jornalismo”. Escrito pelo jornalista 
e programador Ken Schwencke, um algoritmo usado pelo jor-
nal e capaz de gerar um texto sobre terremotos com base nos 
dados divulgados eletronicamente pelo Serviço geológico 
dos Estados Unidos (USgS) sempre que o tremor ultrapassa 
um limite mínimo de magnitude. Assim, o jornal foi capaz de 
colocar na sua pagina de internet um texto sobre o terremoto 
que atingiu Los Angeles na segunda-feira 17, três minutos 
depois de receber os dados do USgS. O jornalista conta que 
o terremoto o assustou e o fez levantar-se da cama, quando 
caminhou ate seu computador e encontrou o texto pronto. 
O único trabalho que teve foi apertar o botão para publicar 
o texto no site do Los Angeles Times.
Schwencke, que também criou um algoritmo que 
escreve noticias sobre criminalidade na região de Los Ange-
les, disse a revista eletrônica Slate (www.slate.com) que o 
“robô-jornalismo” não chegou para acabar com os jornalistas 
humanos. “E algo suplementar. As pessoas ganham tempo 
com isso e para alguns tipos de noticias a informação e dis-
seminada de um modo como qualquer outra. Eu vejo isso 
como algo que não deve acabar com o emprego de ninguém, 
mas que deixa o emprego de todo mundo mais interessante”, 
disse o jornalista. “Assim a redação pode se preocupar mais 
em sair as ruas e verificar se ha feridos, se algum prédio 
foi danificado ou entrevistar o pessoal do USgS”, explicou 
Schwencke, acrescentando que o texto inicial foi atualizado 
71 vezes por repórteres e editores ate se tornar a matéria 
de capa do dia seguinte. 
(Carta Capital, 26 de março de 2013.)
42. Analise os trechos abaixo.
I – “[...] e o fez levantar-se [...]” (2º§)
II – “[...] pode se preocupar mais [...]” (3º§)
III – “[...] e verificar se há feridos, [...]” (3º§)
Em relação ao emprego da palavra “se”, e correto 
afirmar que em
a) apenas dois trechos o “se” indica condição.
b) todos os trechos o “se” tem o mesmo emprego.
c) apenas um trecho o “se” é uma conjunção inte-
grante.
d) todos os trechos o “se” atua como pronome reflexivo.
e) apenas dois trechos o “se” atua como pronome 
apassivador.
43. O vocábulo “que” pode apresentar classificações e 
funções diversas na construção de frases. Dentre as 
ocorrências do “que”, assinale aquela cuja função sin-
tática pode ser identificada como sujeito da oração.
a) “[...] a primeira coisa que fazia era bater os olhos na 
caixa [...]” (3º§)
b) “Era um tempo em que não havia internet, não havia 
Skype [...]” (4º§)
c) “[...] aquelas cartas que chegavam em envelopes 
verde-amarelos.” (1º§)
d) “Durante os anos que passei fora do Brasil, comuni-
cava-me por cartas.” (1º§)
44. Analise os trechos I e II.
I – “Muito se pode aprender do seu estudo. Mas você, 
além disso, ama os lagos pela sua beleza.” (11º§)
II – “Se essas oposições lhe tiram a paz, você deve saber 
que são elas que o fazem interessante.” (8º§)
Em I e II, as orações do período apresentam conjun-
ções que produzem efeitos de sentido que indicam, 
respectivamente:
a) Adição e condição. 
b) Causalidade e consecução. 
c) Conformidade e concessão.
d) Adversidade e conformidade.
45. Muitas conjunções são mutáveis, isto é, não possuem 
apenas uma classificação. Assim, podem ser classifica-
das de acordo com o sentido que apresentam em um 
determinado contexto. De acordo com esse princípio, 
analise nas construções textuais a seguir como a con-
junção se comporta.
I – Explica que explica, mas a aluna não compreende 
a lição.
II – Informei-lhe que não sou eu a dona do livro.
III – Descanse um pouco que seja.
Assinale a alternativa que há a correta função das 
construções I, II e III, respectivamente:
a) Integrante, causal e aditiva. 
b) Concessiva, causal e integrante.
c) Aditiva, integrante e concessiva. 
d) Causal, integrante e comparativa.
46. “Ferramentamos, ajudamos e até atrapalhamos, ok.” 
(7º§) A respeito do período anterior, analise as afirma-
tivas.
I – Há, no período, uma oração reduzida.
II – O período apresenta apenas orações coordenadas.
III – Há ocorrência de oração coordenada sindética 
aditiva.
IV – O período é composto por duas orações coorde-
nadas e uma subordinada.
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e II.
b) II e III.
d) I, II e IV.
d) I, III
e) IV.
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47. Quanto à constituição do período “Eles haviam voltado 
da Califórnia e queriam trabalhar com alimentação, mas 
ainda não sabiam em que área.” pode-se afirmar que 
há ocorrência de
a) orações coordenadas assindéticas, estando apenas 
justapostas.
b) orações coordenadas sindéticas, de aspecto aditivo 
e adversativo.
c) oração principal seguida de orações subordinadas 
adverbiais de sentidos diferentes.
d) oração principal seguida de orações subordinadas 
com aspecto explicativo e conclusivo.
48. Em “... uma biblioteca tão grandiosa e rica que você se 
sente inibido...”, a oração “que você se sente inibido” 
traz uma ideia de
a) causa. 
b) condição.
c) concessão.
d) consequência.
“Os especialistas são unânimes em afirmar que elas pode-
riam evitar os pequenos acidentes se treinassem um aspecto 
no qual apresentam grande deficiência – o reflexo. E se 
prestassem mais atenção aos trajetos. Muitos dos acidentes 
envolvendo mulheres acontecem porque as motoristas ten-
tam virar à direita ou à esquerda repentinamente, sem dar 
chance ao carro de trás de frear a tempo. Além disso, elas 
estão abusando do telefone celular enquanto dirigem – o 
que é uma infração prevista no Código Nacional de Trânsito. 
Conhecer as características gerais de homens e mulheres ao 
volante só tem sentido se um estiver disposto a copiar o que o 
outro tem de melhor. Do contrário, a discussão cairá no vazio 
sexista. O piloto Luiz Carreira Junior, colega de competições 
de Valéria Zoppello, é quem dá a receita. ‘Os homens teriam 
a ganhar se fossem tão prudentes quanto as mulheres. E elas 
seriam melhores motoristas se fossem mais atentas ao que 
acontece à sua volta’, diz ele.”
49. No último parágrafo do texto, os conectores destacados 
representam, respectivamente,
a) adição, explicação, adição e tempo.
b) tempo, explicação, adição e tempo.
c) adição, explicação, explicação e tempo.
d) adição, explicação, tempo e concessão.
e) tempo, explicação, adição e concessão.
50. Relacione adequadamente a classificação das orações 
subordinadas substantivas às respectivas orações.
1. Subjetiva.
2. Objetivadireta.
3. Objetiva indireta.
4. Completiva nominal.
5. Predicativa.
6. Apositiva.
( ) Cada situação permite que se aprenda algo novo.
( ) Só quero uma coisa: que tires a tua carteira.
( ) Tenho esperança de que o trânsito melhore.
( ) É importante que todos colaborem.
( ) Meu desejo é que sejas classificado.
( ) Lembrei-me de que já estava errado.
A sequência está correta em
a) 1, 6, 3, 5, 2, 4. 
b) 2, 6, 4, 1, 5, 3. 
c) 1, 2, 3, 4, 5, 6.
d) 6, 5, 4, 3, 2, 1. 
e) 2, 6, 4, 1, 3, 5.
51. “Essa mudança da pintura de Van gogh, que(1) abandona 
as cores soturnas para entregar-se ao colorido vibrante dos 
quadros neoimpressionistas, é surpreendente, mas, sem 
dúvida, própria de uma personalidade que(2) oscila entre 
atitudes e reações extremadas.” (11º§). Considerando as 
duas palavras destacadas no trecho anterior, marque V 
para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A palavra que(1) retoma a palavra “mudança” e o 
antecedente de que(2) é “Van Gogh”.
( ) As palavras “o qual” e “a qual” podem substituir, 
sem alteração de sentido, respectivamente, que(1) 
e que(2) .
( ) As orações introduzidas pelas palavras destacadas 
têm a mesma classificação geral e, por isso, não há 
diferença de sentido entre elas.
( ) A oração introduzida por que(1) foi empregada 
depois de uma vírgula para que funcione como 
uma explicação.
( ) Subentende-se da oração introduzida por que(2) que 
somente as personalidades oscilantes entre atitudes 
e reações extremadas sofrem mudanças surpreen-
dentes, porque ela foi empregada sem vírgula.
A sequência está correta em
a) F, F, V, V, V. 
b) F, V, F, V, V. 
c) V, F, V, V, F. 
d) F, V, F, F, V.
52. No trecho “A verdade é que descobri o que eu já sabia, 
mas não sabia tanto.” (14º§), a palavra destacada pode 
ser substituída, sem prejuízo semântico, por, exceto:
a) Porém.
b) Contudo. 
c) Portanto. 
d) Entretanto.
53. No trecho “[...] ele torna necessário o que era mera 
probabilidade.” (4º§), a palavra que desempenha a 
função de sujeito do verbo “tornar” é um pronome cuja 
função é
a) sinalizar uma generalização.
b) expressar uma emoção súbita.
c) retomar um termo expresso anteriormente no texto.
d) antecipar um termo que ainda não foi expresso no 
texto.
54. Quanto à classe gramatical das palavras sublinhadas, 
tem-se a correspondência correta em:
a) “... e isso só se completa ao redor dos 20 anos.” 
(2º§) – advérbio.
b) “E isso traz grandes consequências para a socieda-
de.” (1º§) – preposição.
c) “… passando pelas ruas e se uniram ao vandalismo 
por impulso.” (2º§) – conjunção.
d) “Não cabe a mim dizer se a maioridade penal deve 
subir ou baixar.” ( 4º§) – pronome pessoal.
55. Analise a classificação das orações destacadas nas 
seguintes alternativas.
I – “Digo o nome do morador, confesso que esqueci o 
apartamento dele, recebo um pouco de boa vontade 
e consigo ser anunciado.” (2º§) – Oração Subordinada 
Substantiva Objetiva Direta.
II – “Se eu perder o aparelho ou o chip, estou frito.” 
(4º§) – Oração Subordinada Adverbial Condicional.
III – “Afinal, quando estou diante do porteiro especu-
lando um apartamento e o morador está em dúvida de 
quem seja eu, ele não informa o Rg.” (6º§) – Oração 
Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
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Estão corretas as alternativas
a) I, II e III. 
b) I e II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas.
56. Assinale a alternativa cuja função sintática do vocábulo 
“que” difere das demais.
a) “[...] o porteiro responderá que foi o seu João do 
403.” (5º§)
b) “Menos quando é uma idosa, que abre a porta sem 
medo.” (3º§)
c) “[...] chego diante de um prédio, sei que é ali o en-
dereço [...]” (1º§)
d) “Ou basta ligar para o morador e avisar que estou 
ali na rua [...]” (4º§)
57. Analise as seguintes orações.
I – “Em tudo sou diferente dos profissionais de porta-
ria.” (5º§)
II – “Bastava ir uma única vez e já estaria decora-
do.” (6º§)
III – “Pior são os edifícios novos e seu padrão rígido de 
design, tão mais harmônico quanto impessoal.” (3º§)
Acerca das orações anteriores é correto afirmar que
a) todas são formadas por orações absolutas.
b) todas possuem orações coordenadas assindéticas.
c) uma delas apresenta oração coordenada sindética.
d) uma delas apresenta oração subordinada adverbial.
58. “Aprender, gostar das aulas e admirar o professor, 
fazer o que é proposto... ou então deixar de aprender, 
ficar doente, ter conduta antissocial e rebelar-se são, 
nesse sentido, expressões de vulnerabilidade, mas não 
implicam passividade frente à rotina.” (2º§) De acordo 
com a classe de palavras, os termos sublinhados ante-
riormente são classificados, respectivamente, como:
a) Conjunção, conjunção e pronome.
b) Preposição, conjunção e pronome.
c) Conjunção, interjeição e conjunção.
d) Preposição, interjeição e conjunção.
59. “Há também uma vulnerabilidade ‘neutra’, sem conse-
quências positivas nem negativas, que precisa ser tole-
rada ou aceita por ser uma marca de nossa condição, 
uma característica do ser vivo.” (4º§) Sobre o trecho 
sublinhado, é correto afirmar que
a) coloca à parte um substantivo da oração.
b) liga-se ao termo anterior acrescentando uma expli-
cação.
c) não estabelece relação sintática com outro termo 
da oração.
d) acrescenta uma sequência de fatos para desenvolver 
o termo anterior.
60. “Assim como somos vulneráveis ao amor e ao cuida-
do, também somos à maldade e à indiferença, e as 
consequências disso são negativas.” (3º§) Os termos 
sublinhados exercem, respectivamente, as ideias de:
a) Conclusão e adição. 
b) Explicação e adição. 
c) Causa e consequência.
d) Consequência e inclusão.
61. “Contudo, cabe aqui uma reflexão cuidadosa.” De acor-
do com o contexto, o termo sublinhado é substituído 
corretamente por:
a) Porque.
b) Portanto.
c) Porquanto.
d) Entretanto.
62. “Ora, que os pais e responsáveis formam o núcleo fa-
miliar das crianças e têm o dever de garantir educação, 
bem-estar, alimentação e saúde a seus filhos ninguém 
questiona.” (12º§) De acordo com a classe gramatical 
de palavras, os termos sublinhados são classificados, 
respectivamente, como:
a) Conjunção, verbo e substantivo.
b) Conjunção, substantivo e pronome.
c) Interjeição, substantivo e pronome.
d) Interjeição, verbo e artigo indefinido.
63. “Dizer para as pequenas que precisam de toda a coleção 
de bonecas ou para os pequenos que não serão aceitos 
no grupo se não tiverem o relógio e a sandália que brilha 
equivale a falar que somente terão amor, felicidade, se 
consumirem esses produtos.” (4º§) Assinale a alternati-
va em que o termo sublinhado exerce a mesma função 
do termo sublinhado no trecho anterior.
a) “... sob pena de se ter um comportamento antiético 
validado...”
b) “Porém, se as crianças forem inseridas na lógica do 
consumismo desde a mais tenra infância,...”
c) “... mas o que se deve ter em mente é que as crianças 
realmente acreditam no que a publicidade diz a elas.”
d) “Elas não devem se preocupar com as marcas do que 
vestem, em parecer sensuais precocemente, ou em 
comer para ganhar os brindes...”
64. As conjunções estabelecem a relação entre duas ora-
ções ou entre dois termos de uma mesma oração. Em 
“Contudo, cabe aqui uma reflexão cuidadosa.” (16º§), 
a conjunção “contudo” recebe a mesma classificação 
que a conjunção apresentada no seguinte trecho:
a) “... quando alcançarem a adolescência e tiverem, 
portanto, mais condições de avaliar tudo isso,...”
b) “... pois proporcionaria um aprendizado de como lidar 
com questões de consumo desde muito pequenas.”
c) “Porém, é igualmente pacífico que o Estado e a so-
ciedade proporcionem a essa família as condições 
adequadas...”
d) “Por isso, o Estado tem sim o dever – e não só o di-
reito – de atentar para questões que digam respeito 
às crianças,...”
65. Observe o seguinte trecho: “Segundo a enfermeira Mi-
riam Rostirolla, chefe do setor de imunização da Secre-
taria Municipal de Saúde, o HPV é o principal causador 
do câncer de colo de útero e após o início davida sexual 
a adolescente tem que se submeter ao exame papanico-
lau”. Assinale a alternativa que mantém a mesma relação 
de sentido estabelecida pela conjunção sublinhada.
a) A vacinação contra o HPV é o meio mais eficiente 
para se prevenir muitas doenças no Brasil.
b) A importância da vacinação se justifica, porque o 
câncer em mulheres ainda preocupa a saúde do país.
c) A vacina protege a usuária de alguns subtipos do 
HPV, mas não de outras doenças sexualmente trans-
missíveis.
d) Conforme Maria Eneida Furlin Dresch, a caderneta 
de vacinação será indispensável para se receber o 
medicamento.
e) Como a vacinação contra o HPV foi delimitada para 
uma faixa etária específica, muitas adolescentes 
precisarão pagar para se imunizar.
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66. Relacione adequadamente os tipos de orações subor-
dinadas substantivas às respectivas orações.
1. Apositiva.
2. Subjetiva.
3. Objetiva indireta.
4. Completiva nominal.
( ) O paciente desrespeitou a recomendação de que 
não tomasse aquele remédio à noite.
( ) Avisei-o de que deveria fazer repouso após a cirur-
gia.
( ) Não se sabe como ele conseguiu sobreviver.
( ) O irmão, preocupado, disse-lhe isto: não exagere 
com a bebida.
A sequência está correta em
a) 3, 2, 1, 4. 
b) 2, 3, 1, 4. 
c) 1, 2, 3, 4. 
d) 4, 3, 2, 1. 
e) 4, 2, 3, 1.
67. Em “Hoje estamos inclinados a dizer que foi um ato 
criminoso antivida, de nenhuma forma justificável, 
pois, pensando em termos ecológicos, a bomba matou 
muito mais do que pessoas, mas todas as formas de vida 
vegetal, animal e orgânica, além da destruição total dos 
bens culturais.” (8º§) É correto afirmar que os trechos 
sublinhados trazem ao fragmento a ideia de:
a) Conclusão e adição. 
b) Explicação e oposição. 
c) Explicação e acréscimo.
d) Acréscimo e justificativa.
68. “Com efeito, de pouco valeu o estarrecimento, pois 
continuaram a desenvolver armas nucleares mais 
potentes ainda, capazes de erradicar toda a vida do 
planeta e pôr um fim à espécie humana.” (4º§) Sobre 
o fragmento anterior, assinale a afirmativa correta.
a) Ao substituir o trecho “espécie humana” por “pla-
neta Terra” deve-se substituir “à” por “o”.
b) “Pôr” é gramaticalmente classificado como prepo-
sição enquanto “mais” trata-se de um advérbio.
c) Em “a desenvolver” e em “toda a vida”, o termo “a” 
em ambos os casos classifica-se como preposição.
d) “pois continuaram a desenvolver armas nucleares 
mais potentes ainda,” trata-se de uma explicação 
do trecho “pouco valeu o estarrecimento”.
69. Os termos sublinhados nas alternativas a seguir pos-
suem o mesmo valor semântico, exceto em:
a) “Uma querida amiga que mora na Suécia…” (2º§)
b) “Uma parte da infância que nunca se perdeu.” (8º§)
c) “Sonhos que podem parecer bobagem para os ou-
tros...” (8º§)
d) “Significa compreender que a comunicação é fun-
damental para o entendimento e a paz...” (7º§)
70. “Associado ao termo consumo sempre surge a ideia 
do consumismo e cuja diferenciação não é tão simples 
quanto parece.” (2º§) Constituiria um erro se o autor 
substituísse o excerto grifado por
a) “e cuja a diferenciação sempre se fica refletindo.”
b) “e por cuja diferenciação os especialistas já passa-
ram.”
c) “e em cuja diferenciação pouco se acredita hoje 
em dia.”
d) “e cuja diferenciação não é tarefa simples a ser 
realizada.”
e) “e a cuja diferenciação se refere o autor para distin-
guir um do outro.”
71. “... que aquele item é importante para que a gente se 
sinta bem...” (5º§) Nessa frase, a oração sublinhada traz 
uma ideia de
a) tempo. 
b) oposição. 
c) finalidade. 
d) conclusão. 
e) concessão.
72. “Portanto não esquecer ou negligenciar o novo con-
sumidor, cujas características são bem conhecidas...” 
(12º§) O conectivo “portanto” introduz uma
a) causa. 
b) adição. 
c) conclusão. 
d) explicação. 
e) consequência.
73. Ainda em relação à frase “Não fui eu que escrevi.” (2º§) 
é correto afirmar em relação à estruturação que tal 
período é constituído, na ordem em que aparecem as 
orações, de
a) oração adjetiva seguida de oração principal.
b) oração principal seguida de oração adjetiva.
c) uma oração principal seguida de duas adverbiais.
d) uma oração adverbial seguida de uma oração adjetiva.
74. Em “O conhecimento de nosso próprio rosto surge 
muito depois do encontro com o rosto do outro. Em 
nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com 
o próprio rosto do que com o alheio.” (4º§), o conectivo 
“contudo” estabelece uma ______________ e pode 
ser substituído sem que haja prejuízo semântico por 
__________________. Assinale a alternativa que com-
pleta correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
a) oposição / pois
b) ressalva / no entanto 
c) retificação / por conseguinte
d) compensação / na maioria das vezes
75. Em “Um dos produtos mais curiosos da indústria 
cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito 
com celular que virou mania geral..” (1º§), o verbo 
“VIRA”estabelece uma relação com seu complemento 
que possibilita que a classificação de tal verbo seja 
__________________________. Além disso, o sujeito 
demonstrado no trecho em destaque pode ser classifi-
cado como __________________. Assinale a alternativa 
que completa correta e sequencialmente a afirmativa 
anterior.
a) impessoal / inexistente 
b) intransitivo / inexistente
c) transitivo direto / simples
d) transitivo direto e indireto / simples
76. “Se pensarmos no que constitui o sujeito, chegaremos à 
linguagem, isto quer dizer que a pessoa com deficiência 
não é o que ela é em si, porque esse ‘em si’ é uma falsa 
questão, mas o que se diz sobre a pessoa com defi ciência, 
ou seja, como ela é compreendida.” (5º§) Sobre o trecho 
em destaque, analise as afirmativas a seguir.
I – “Se pensarmos no que constitui o sujeito...” é a con-
dição para se chegar à linguagem.
II – “... isto quer dizer que a pessoa com deficiência 
não é o que ela é em si, porque esse ‘em si’ é uma falsa 
questão...”. Neste trecho, ocorre uma explicação do que 
significa “chegaremos à linguagem”.
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III – O parágrafo é formado por orações que expres-
sam condição, consequência, explicação e oposição 
respectivamente.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
a) I, II e III. 
b) II, apenas. 
c) III, apenas. 
d) I e II, apenas.
77. “O que já se sabe, contudo, é que a microcefalia pode 
ser mais ou menos grave.” (2º§) O termo sublinhado 
trata-se de uma conjunção que pode ser substituída, 
corretamente, de acordo com o contexto, por:
a) Assim. 
b) Porém. 
c) Portanto. 
d) Porquanto.
78. Assinale a alternativa em que o termo ou trecho subli-
nhado exerce a função sintática diferente dos demais.
a) “O que já se sabe, contudo, é que a microcefalia 
pode ser mais ou menos grave.” (2º§)
b) “No mundo da performance, as pessoas tendem a 
não tolerar o ‘desvio estético’,...” (14º§)
c) “Ao contrário, ele faz parte de um processo discur-
sivo aberto que tem relação com discursos anterio-
res...” (15º§)
d) “Desse modo, até o momento, não é possível com-
provar a relação de causa e efeito entre o vírus e a 
microcefalia.” (2º§)
79. “O Estado, até agora, não conseguiu coletar os dados 
e apresentar soluções eficazes e responsáveis sobre a 
discussão do zika.” (2º§) Neste contexto empregado, 
os termos sublinhados são classificados, respectiva-
mente, de acordo com a classe de palavras, como:
a) Advérbio, conjunção e advérbio.
b) Conjunção, conjunção e advérbio.
c) Conjunção, preposição e advérbio.
d) Advérbio, conjunção e preposição.
80. Em “Levou-me para um quarto dos fundos, onde as 
crianças costumavam dormir,[...]” o pronome relativo 
“onde” é usado corretamente de acordo com a norma 
padrão, estabelecendo uma relação de coesão no 
trecho destacado. Acerca do emprego dos pronomes 
relativos, identifique, a seguir, um exemplo INADEQUA-
DO de acordo com a norma padrão.
a) Este é o homem cuja fazenda está à venda.
b) Bom é o livro cujo conteúdo não envelhece.
c) Eu sou o freguês que por último chega à loja.
d) A cidade a que nos dirigimosainda está longe.
e) Surpreende-me o assunto onde o escritor se inspirou.
GABARITO
1. C
2. C
3. E
4. E
5. E
6. C
7. E
8. C
9. C
10. E
11. E
12. E
13. C
14. C
15. C
16. E
17. E
18. E
19. C
20. C
21. E
22. C
23. C
24. C
25. C
26. E
27. C
28. C
29. C
30. E
31. E
32. E
33. C
34. a
35. a
36. b
37. d
38. a
39. e
40. d
41. d
42. c
43. c
44. a
45. c
46. b
47. b
48. d
49. a
50. b
51. b
52. c
53. c
54. a
55. b
56. b
57. c
58. a
59. b
60. a
61. d
62. b
63. b
64. c
65. d
66. d
67. c
68. d
69. d
70. a
71. c
72. c
73. b
74. b
75. c
76. a
77. b
78. b
79. d
80. d
EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
Aspectos Sintáticos, Semânticos, Estilísticos – 
Prática Aplicada
Vírgula
• Separa objeto direto ou indireto antecipado e com 
pleonástico.
 Ao injusto, nada lhe devo.
• Separa adjunto adverbial longo e deslocado.
 Antes do início do mês, começam as obras.
• Separa predicativo do sujeito deslocado, com verbo 
intransitivo ou transitivo.
 Descrente, chorou. Ivo, aflito, pedia explicações.
• Separa aposto explicativo.
 Salvador, minha cidade natal, tem muitas igrejas.
• Separa vocativo.
 Não diga isso, Mariana.
• Separa expressões explicativas e corretivas.
 Falei, quer dizer, explodi! São, aliás, somos felizes.
• Separa nome de lugar antes de data.
 Brasília, 17 de janeiro de 1998.
• Entre elementos enumerados.
 Estão aí Júlio, Carlos, Maria e Sílvia.
• Indica verbo oculto.
 O pai trabalha na capital; a mãe, no interior.
• Antes de subordinada substantiva apositiva.
 Teve um pressentimento, que morreria jovem.
• Antes de subordinada adjetiva explicativa.
 Esta é a minha casa, que recebeu tanta gente.
• Separa subordinada adverbial deslocada.
 Se perder o emprego, vou para outra cidade.
• Entre coordenadas assindéticas.
 Entrou no carro, ligou o rádio, ficou à espera.
• Separa conjunção coordenativa deslocada.
 Não se defende; quer a própria condenação, portanto.
• Antes de conjunção coordenativa.
 Decida logo, pois seu concorrente age rápido.
• Antes de e e nem só em oração com sujeito diferente 
do da anterior.
 A vida continua, e você não muda.
• Antes de mas também, como também (em correlação 
com não só).
 Não só reclama, mas também torce contra nós.
Ponto e vírgula
• Para fazer uma pausa maior que a da vírgula e menor 
que a do ponto.
 A sala está cheia de móveis; o quadro cheira a mofo.
• Separa coordenadas adversativas e conclusivas com 
conjunção deslocada.
 Não estuda; não quer, pois, a aprovação.
• Separa orações que já tem vírgula no seu interior.
 Ivo, sozinho, lutava; Ana, sem forças, rezava.
• Separa coordenadas que formam um paralelismo ou 
um contraste.
 Muitos entendem pouco; poucos entendem muito.
• Aparece no final dos itens de uma enumeração.
 Há duas hipóteses para o seu gesto: a) não conseguiu 
o emprego; b) saúde da filha pirou.
Dois-pontos
• Antes de aposto (explicativo ou enumerativo) e de 
oração apositiva.
 Tem um sonho: viajar. Leu três itens: “a”, “c” e “i”.
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• Antes de citações.
 Ana gritava: “Eu faço tudo!”.
• Antes de explicação ou esclarecimento.
 Sombra e água fresca: as férias começaram.
 Festa no prédio: o síndico se mudou.
• Depois da invocação nas correspondências.
 Cara amiga:
• Depois de exemplo, nota, observação.
 Nota: aos domingos o preço será maior.
• Depois de a saber, tais como, por exemplo.
 Combate doenças, tais como: dengue, tifo e malária.
Aspas
• No início e no final das transcrições.
 O preso se defendia: “Não fui eu”.
• Só aparecem após a pontuação final se abrangem o 
período inteiro.
 “Fica, amor”. Quantas vezes eu te disse isso.
• Destacam palavras ou expressões nos enunciados de 
regras.
 A preposição “de” não cabe aqui.
• Indicam estrangeirismos, gírias, arcaísmos, formas po-
pulares etc. (tais expressões podem vir sublinhadas ou 
em itálico).
 Você foi muito “legal” com a gente.
 Ortografia é o seu maior “problema”.
• Destacam palavras empregadas em sentido irônico.
 Foi “gentilíssimo”: gritou comigo e bateu a porta.
• Destacam títulos de obras.
 “Quincas Borba” é o meu livro preferido.
Reticências
• Indicam interrupção ou suspensão por hesitação, sur-
presa, emoção.
 Você... Aqui... Para sempre... Não acredito!
• Para realçar uma palavra ou expressão seguinte.
 Abriu a caixa de correspondência e... nada.
• Indicam interrupção por ser óbvia a continuação da 
frase.
 Eu cumpro cada um dos meus deveres; já você...
• Indicam a supressão de palavras num texto transcrito.
 Ficar ou fugir, “... eis a questão”.
• Podem vir entre parênteses, se o trecho suprimido é 
longo.
 “São onze jogadores: José, Mário (...) e Paulo”.
Parênteses
• Separam a intercalação de uma explicação ou de um 
comentário.
 Ativistas (alguns armados) exigiam reforma.
• Separam a indicação da fonte da transcrição.
 “Todo óbvio é ululante.” (Nelson Rodrigues).
• Separam a sigla de estado ou de entidade após seu 
nome completo.
 Vitória (ES). Programa de Integração Social (PIS).
• Separam uma unidade (moeda, peso, medida) equi-
valente a outra.
 O animal pesaria 10 arrobas (150 kg).
• Separam números e letras, numa relação de itens, e 
asterisco.
 (1), (2), (a), (b), (*).
• Deslocado para a linha seguinte, basta usar o segundo 
parêntese.
 1), 2), a), b).
• Separa o latinismo sic (confirma algo exagerado ou 
improvável).
 Levava na mala US$20 milhões (sic).
• O ponto sempre vem após o segundo parêntese, salvo 
se um período inteiro estiver entre parênteses.
 Todos votaram contra (alguns rasgaram a célula).
 O perigo já passara. (A mão ainda tremia.)
Travessão
• É usado, duplamente, para destacar uma palavra ou 
expressão.
 A vida – quem sabe? – pode ser melhor.
• Aparece, nos diálogos, antes da fala de um interlocutor 
e, depois dela, quando se segue uma identificação de 
quem falou.
 – Agora? – indaguei.
 – imediatamente! – explodiu Júlio.
• Liga palavras ou expressões que indicam início e final 
de percurso.
 Inaugurada a nova estrada Rio-Petrópolis.
• É usando duplamente quando um trecho extenso se 
intercala em outro.
 Vi Roma – quase me perdi pelas vielas – e Paris.
Ponto
• Aparece no final da frase, quando se conclui todo o 
pensamento.
 Mudemos de assunto. O povo espera fortes medidas.
• É usado nas abreviaturas.
 Gen., acad., ltda.
• Estando a abreviatura no final da frase, não há outro 
ponto.
 Comprou ações da Multimport S.A.
• Separa as casas decimais nos números, salvo os indi-
cativos de ano.
 127.814; 22.715.810. Nasceu em 1976.
QUESTÕES DE CONCURSOS
(TST) Os trabalhadores cada vez mais precisam assumir novos 
papéis para atender às exigências das empresas.
1. Por constituir uma expressão adverbial deslocada para 
depois do sujeito, seria correto que a expressão “cada 
vez mais” estivesse, no texto, escrita entre vírgulas. 
(TST) O cenário econômico otimista levou os empresários 
brasileiros a aumentarem a formalização do mercado de 
trabalho nos últimos cinco anos.
2. Preservam-se a coerência e a correção do texto ao se 
deslocar o trecho “nos últimos cinco anos” para depois 
de “brasileiros”, desde que esse trecho seja seguido de 
vírgula.
(TJDFT) Investir no país é considerado uma burrice; constituir 
uma família e mantê-la saudável, um atraso de vida.
3. A vírgula depois da oração “e mantê-la saudável” indica 
que essa oração constitui um aposto explicativo para a 
oração anterior.
(MS) Pílulas coloridas, embalagens e garrafas bonitas, bri-
lhantes e atraentes, odor e sabor adocicados despertam a 
atenção e a curiosidade natural das crianças; não estimule 
essa curiosidade; mantenha medicamentos e produtos do-
mésticos trancados e fora do alcance dos pequenos.
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4. A substituição dos sinais de ponto e vírgula por ponto 
final, no último tópico, mesmo com ajuste na letra ini-
cial para maiúscula da palavra seguinte, prejudicaria a 
correção gramatical do período.
(Banco do Brasil) Representantes dos maiores bancos brasi-
leiros reuniram-se no Rio de Janeiro para discutir um tema 
desafiante.
5. Mantendo-se a correção gramatical e a coerênciado 
texto, é possível deslocar a oração “para discutir um 
tema desafiante”, que expressa uma finalidade, para 
o início do período, fazendo-se os devidos ajustes nas 
letras maiúsculas e acrescentando-se uma vírgula logo 
após “desafiante”. 
6. (Pref. Mun. S.P.) A frase corretamente pontuada é:
a) Nas cidades europeias; onde foram implantados pe-
dágios o fluxo de automóveis se reduziu, diminuindo 
o número, e a extensão dos engarrafamentos.
b) Nas cidades, europeias onde foram, implantados pe-
dágios o fluxo de automóveis se reduziu; diminuindo 
o número e a extensão dos engarrafamentos.
c) Nas cidades europeias onde foram implantados pe-
dágios o fluxo de automóveis se reduziu diminuindo, 
o número e a extensão, dos engarrafamentos.
d) Nas cidades europeias onde foram implantados pe-
dágios; o fluxo de automóveis se reduziu diminuindo 
o número, e a extensão dos engarrafamentos.
e) Nas cidades europeias onde foram implantados pe-
dágios, o fluxo de automóveis se reduziu, diminuindo 
o número e a extensão dos engarrafamentos.
7. (TCE-AL) Está inteiramente correta a pontuação da se-
guinte frase:
a) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano 
Novo, pois não há como de fato alguém começar algo 
inteiramente do nada.
b) É realmente muito difícil: cumprir propósitos de Ano 
Novo; pois não há como, de fato, alguém começar 
algo inteiramente do nada.
c) É, realmente, muito difícil – cumprir propósitos de 
Ano Novo: pois não há como de fato, alguém começar 
algo inteiramente do nada.
d) É, realmente, muito difícil cumprir propósitos de Ano 
Novo, pois não há como, de fato, alguém começar 
algo inteiramente do nada.
e) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano 
Novo; pois não há como de fato alguém começar algo, 
inteiramente do nada.
(MMA) O alívio dos que, tendo a intenção de viver irregular-
mente na Espanha, conseguem passar pelo controle de imi-
gração do Aeroporto Internacional de Barajas não dura muito 
tempo. A polícia está pelas ruas, uniformizada ou à paisana, 
e constantemente faz batidas em lugares que os imigrantes 
frequentam ou onde trabalham. Foram expedidas cerca de 7 
mil cartas de expulsão de brasileiros no ano passado.
8. As vírgulas da primeira linha justificam-se por isolar ora-
ção reduzida de gerúndio intercalada na principal.
9. (TRF 5ª R) A frase cuja pontuação está inteiramente cor-
reta é:
a) Momentos de extrema felicidade, sabe-se, costumam 
ser raros e efêmeros; por isso, há quem busque tirar 
o máximo proveito de acreditar neles e antegozá-los. 
b) É muito comum que as pessoas valendo-se do sen-
so comum, vejam o pessimismo e o otimismo como 
simples oposições: no entanto, não é esta a posição 
do autor do texto.
c) Talvez, se não houvesse a expectativa da suprema 
felicidade, também não haveria razão para sermos 
pessimistas, ou otimistas, eis uma sugestão, das en-
trelinhas do texto.
d) O autor nos conta que outro dia, interessou-se por um 
fragmento de um blog; e o transcreveu para melhor 
explicar a relação entre otimismo e pessimismo.
e) Quem acredita que o pessimismo é irreversível, não 
observa que, na vida, há surpresas e espantos que 
deveriam nos ensinar algo, sobre a constante impre-
visibilidade de tudo.
(DFTrans) As estradas da grã-Bretanha tinham sido constru-
ídas pelos romanos, e os sulcos foram escavados por carru-
agens romanas:
10. A vírgula que precede a conjunção “e” indica que esta 
liga duas orações de sujeitos diferentes; mas a retirada 
desse sinal de pontuação preservaria a correção e a co-
erência textual.
(TCU/Analista) Ao apresentar a perspectiva local como infe-
rior à perspectiva global, como incapaz de entender, de ex-
plicar e, em última análise, de tirar proveito da complexidade 
do mundo contemporâneo, a concepção global atualmente 
dominante tem como objetivo fortalecer a instauração de um 
único código unificador de comportamento humano, e abre o 
caminho para a realização do sonho definitivo de economias 
globais de escala.
11. A supressão da vírgula logo após o termo “humano” não 
prejudica a correção gramatical do texto.
12. (TRT 18ª R) Está inteiramente adequada a pontuação 
da seguinte frase:
a) Quem cuida da saúde, conta com os recursos do 
corpo, já quem cultiva uma amizade, conta com o 
conforto moral.
b) No que me diz respeito, não me interessam os amigos 
de ocasião: prezo apenas os verdadeiros, os que me 
apoiam incondicionalmente.
c) De que pode valer, gozarmos um momento de felici-
dade, se não dispomos de alguém, a quem possamos 
estendê-la?
d) Confio sempre num amigo; pois minha confiança 
nele, certamente será retribuída com sua confiança 
em mim.
e) São essas enfim, minhas razões para louvar a amiza-
de: diga-me você agora quais as suas?
13. (TCESP/Agente Fiscal) O emprego das vírgulas assinala 
a ocorrência de uma ressalva em:
a) onde é vista como a pequena, mas muito respeitada, 
irmã.
b) que a Petrobras já detém, com reconhecido mérito, 
no restrito clube...
c) de que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao sul de 
Buenos Aires, se estão esgotando.
d) abrindo, ao mesmo tempo, novas oportunidades.
e) O gás associado de Tupi, na proporção de 15% das 
reservas totais, é úmido e rico em etano...
(TST/Técnico) É preciso “investir no povo”, recomenda o Per 
Capita — um centro pensante, criado recentemente na Aus-
trália —, com seus dons progressistas. 
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14. No segundo parágrafo do texto, os dois travessões de-
marcam a inserção de uma informação que define o que 
é “Per Capita”.
(STF/Analista) A ação ética só é virtuosa se for livre e só o 
será se for autônoma, isto é, se resultar de uma decisão 
interior do próprio agente e não de uma pressão externa. 
Evidentemente, isso leva a perceber que há um conflito entre 
a autonomia da vontade do agente ético (a decisão emana 
apenas do interior do sujeito) e a heteronomia dos valores 
morais de sua sociedade (os valores são dados externos ao 
sujeito).
15. Os sinais de parênteses têm a função de organizar as 
ideias que destacam e de inseri-las na argumentação do 
texto; por isso, sua substituição pelos sinais de travessão 
preservaria a coerência textual e a correção do texto. 
(STF/Analista) Muito da experiência humana vem justamente 
de nos constituirmos como sujeitos. Esse papel é pesado. Por 
isso, quando entra ele em crise — quando minha liberdade 
de escolher amorosa ou política ou profissionalmente resulta 
em sofrimento —, posso aliviar-me procurando uma solução 
que substitua meu papel de sujeito pelo de objeto.
16. O deslocamento do travessão para logo depois de “pro-
fissionalmente” preservaria a correção gramatical do 
texto e a coerência da argumentação, com a vantagem 
de não acumular dois sinais de pontuação juntos.
(Banco do Brasil/Escriturário) O século XX testemunhou o 
desenvolvimento de grandes eventos esportivos, tanto em 
escala mundial — como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mun-
do — quanto regional, com disputas nos vários continentes.
17. A substituição dos travessões por parênteses prejudica 
a correção gramatical do período. 
18. (SADPB/Agente Seg.Penitenciária) “O estudo do cérebro 
conheceu avanços sem precedentes nas últimas duas 
décadas, com o surgimento de tecnologias que permi-
tem observar o que acontece durante atividades como 
o raciocínio, a avaliação moral e o planejamento. Ao 
mesmo tempo, essa revolução na tecnologia abre novas 
possibilidades para um campo da ciência que sempre 
despertou controvérsias de caráter ético – a interferên-
cia no cérebro destinada a alterar o comportamento de 
pessoas.
 – a interferência no cérebro destinada a alterar o com-
portamento de pessoas”. 
 O emprego do travessão indica, considerando-se o con-
texto,
a) enumeração de fatos de caráter científico.
b) retomada resumida do assunto do parágrafo.
c) repetição destinada a introduzir o desenvolvimento 
posterior.
d) retificação de uma afirmativa feita anteriormente.
e) especificação de uma expressão usada anteriormente.
19. (Metrô-SP) No trechoforte 
concorrente da cidade-sede do Brasil, já que é 
disputado na alta e baixa temporada por turistas 
do mundo inteiro. Além disso, o cerrado constitui 
atração interessantíssima por suas riquezas naturais, 
como as cachoeiras e quedas d’água de várias cidades 
circunvizinhas (Pirenópolis e Alto Paraíso, por exem-
plo), as águas termais de Caldas Novas, bem como a 
beleza histórica de goiás Velho. Tudo isso há poucos 
quilômetros de Brasília.
No entanto, em seu gigantismo de inigualável beleza 
arquitetônica, a cidade do poder, desenhada por Os-
car Niemeyer, surge majestosa causando curiosidade 
latente aos turistas que a pretendem desvendar. 
Prova disso são os hotéis, com fluxo frequente de 
visitantes de várias origens e etnias, que aqui encon-
tram empatia com este povo mesclado, migrante de 
todo o território nacional, construtor da diversidade 
cultural e culinária da jovem capital.
Ressalte-se, ainda, que ações, como a reforma do 
Centro de Convenções, bem como as construções da 
Terceira Ponte e do reservatório de água Corumbá IV, 
tornam-na rota certa. A segurança – também respal-
dada pela premiação da ONU como a melhor cidade 
para uma criança crescer, no quesito qualidade de 
vida – e a organização da capital federal, evidenciada 
pela exatidão dos endereços facilmente encontrados 
pelo sistema inteligente de transportes, dão ao visi-
tante sensação única de conforto.
Nesse sentido, há que se propagar toda essa atração 
da capital do país, evidenciando-a como polo turístico 
do século XXI. Urge, entretanto, a garantia de condi-
ções favoráveis à execução plena de planejamentos 
turísticos. (gONÇALVES, 2015, p. 154-155)
O tema do texto acima é “Brasília se firmará como pro-
vável polo turístico do século XXI”. Essa é, portanto, a ideia 
central. Para apoiar essa ideia central, o autor a sustenta 
em três linhas argumentativas: litoral e turismo do entor-
no; patrimônio histórico-cultural; organização e segurança. 
Repare que, na sequência, o texto trará um parágrafo para 
desenvolver cada argumento. E cada um desses argumentos 
é uma ideia secundária, usados para reforçar a ideia central.
Intertextualidade
A intertextualidade é a capacidade de relacionar um texto 
a outros textos e à realidade. Logo, constitui-se como uma 
questão intertextual o exercício cuja resolução dependa não 
só das informações explícitas naquele texto motivador, mas 
também da leitura de mundo e da capacidade de relacionar 
o tema principal desse texto a outros textos. Leia o texto a
seguir para aprofundarmos a questão da intertextualidade.
Acredita-se que Brasília se firmará como provável 
polo turístico do século XXI. Mesmo concorrendo 
com belíssimas praias na costa brasileira e com a 
evidente exploração turística nas cidades vizinhas, a 
capital federal encanta brasileiros e estrangeiros por 
seu patrimônio histórico-cultural, sua organização e 
segurança.
Impossível não conceber que o litoral é um forte 
concorrente da cidade-sede do Brasil, já que é 
disputado na alta e baixa temporada por turistas 
do mundo inteiro. Além disso, o cerrado constitui 
atração interessantíssima por suas riquezas naturais, 
como as cachoeiras e quedas d’água de várias cidades 
circunvizinhas (Pirenópolis e Alto Paraíso, por exem-
plo), as águas termais de Caldas Novas, bem como a 
beleza histórica de goiás Velho. Tudo isso há poucos 
quilômetros de Brasília.
No entanto, em seu gigantismo de inigualável beleza 
arquitetônica, a cidade do poder, desenhada por Os-
car Niemeyer, surge majestosa causando curiosidade 
latente aos turistas que a pretendem desvendar. 
Prova disso são os hotéis, com fluxo frequente de 
visitantes de várias origens e etnias, que aqui encon-
tram empatia com este povo mesclado, migrante de 
todo o território nacional, construtor da diversidade 
cultural e culinária da jovem capital.
Ressalte-se, ainda, que ações, como a reforma do 
Centro de Convenções, bem como as construções da 
Terceira Ponte e do reservatório de água Corumbá IV, 
tornam-na rota certa. A segurança – também respal-
dada pela premiação da ONU como a melhor cidade 
para uma criança crescer, no quesito qualidade de 
vida – e a organização da capital federal, evidenciada 
pela exatidão dos endereços facilmente encontrados 
pelo sistema inteligente de transportes, dão ao visi-
tante sensação única de conforto.
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Nesse sentido, há que se propagar toda essa atração 
da capital do país, evidenciando-a como polo turístico 
do século XXI. Urge, entretanto, a garantia de condi-
ções favoráveis à execução plena de planejamentos 
turísticos. (gONÇALVES, 2015, p. 154-155)
O tema do texto acima é “Brasília se firmará como pro-
vável polo turístico do século XXI”. Essa é, portanto, a ideia 
central. Você observou que, para apoiar essa ideia central, 
o autor a sustenta em três linhas argumentativas: litoral e
turismo do entorno; patrimônio histórico-cultural; organi-
zação e segurança.
No entanto, o primeiro argumento é de oposição, pois foi 
utilizado o tipo de desenvolvimento por oposição, no qual 
o primeiro argumento é contrário ao objetivo e os outros
dois argumentos são favoráveis ao tema. Com isso, o autor
do texto pode confrontar ideias opostas sem ficar em cima
do muro, ou seja, mostrando o posicionamento que uma
dissertação pede.
Por que o argumento de oposição é o litoral brasileiro e 
o ecoturismo do entorno de Brasília? Porque é sabido que
o turismo nacional e internacional prioriza monumentos
históricos; praias em países tropicais; belezas da natureza
(cachoeiras, rios, lagos etc.). Porém, isso que é sabido por
todos não está escrito no texto, é, portanto, intertextual,
pois depende de informações de outros textos ou da leitura
de mundo acerca da realidade.
Estratégias Argumentativas
Na composição de um texto, várias estratégias argu-
mentativas podem ser utilizadas. O termo “estratégias ar-
gumentativas” guarda relação direta com argumentos, ou 
argumentação. Logo, relaciona-se ao fenômeno dissertativo.
A dissertação engloba vários tipos textuais, dos quais se 
destacam o texto argumentativo e o texto expositivo. No tex-
to argumentativo, numa prova discursiva, o(a) candidato(a) 
recebe o tema, mas não recebe os argumentos, os tópicos 
a serem desenvolvido, de forma que ele(a) terá de escolher 
argumentos que sustentem sua tese. Já no texto expositivo, 
a banca examinadora oferece o tema e os tópicos a serem 
abordados na redação (argumentos), isto é, o(a) candidato(a) 
terá de argumentar sobre aqueles tópicos escolhidos pelos 
examinadores.
Independentemente de se tratar de texto argumentativo 
ou de texto expositivo, o(a) candidado(a) a cargo público ou 
o(a) redator(a) terá de estabelecer estratégias argumentati-
vas, formas de convencer o(a) leitor(a) de seu ponto de vista.
Na organização da elaboração de um texto, há alguns 
tipos de desenvolvimento que podem ser utilizados como 
estratégias argumentativas: tempo; espaço; tempo e espaço; 
definição; definição, semelhança; exemplos, citações, dados 
estatísticos; enumeração; perguntas [gONÇALVES, 2015b, 
p.53-57].
Desses tipos de desenvolvimento do texto, dois são
organizacionais: causa e consequência, e oposição. No de-
senvolvimento por causa e consequência, o(a) redator(a) 
desenvolve a dissertação com argumentos que são causas 
ou consequências do tema e/ou do assunto. Já no desenvol-
vimento por oposição, o(a) redator(a) apresenta dois pontos 
de vista antagônicos sobre o mesmo tema.
Informações Implícitas, Explícitas e Pressupostos
Informações implícitas são informações no campo da 
inferência. Já as informações explícitas estão contidas no 
texto e podem ser constatadas pela simples leitura. Os pres-
supostos tem um relação com a questão da coerência textual. 
Entendamos melhor acerca da coerência, conforme gonçal-
ves e Silva (2017, p. 9-10).
O critério da Coerência Argumentativa avalia a ordenação 
e a sequencialização de argumentos. 
Deve haver uma argumentação destinada a conduzir 
racionalmente a inteligência“– e comerciais, por meio das pa-
tentes.” O emprego do travessão
a) confere pausa maior no contexto, acrescentando 
sentido de crítica ao segmento.
b) introduz segmento desnecessário no contexto, pois 
repete o que foi afirmado anteriormente.
c) assinala apenas escolha pessoal do autor, sem signi-
ficação importante no parágrafo.
d) indica a aceitação de um fato real e comum, sem 
qualquer observação particular.
e) introduz enumeração das possibilidades decorrentes 
das descobertas antes citadas.
(Banco do Brasil/Escriturário) Os brasileiros com idade entre 
14 e 24 anos têm em média 46 amigos virtuais, enquanto 
a média global é de 20. No mundo, os jovens costumam 
ter cerca de 94 contatos guardados no celular, 78 na lista 
de programas de mensagem instantânea e 86 em sítios de 
relacionamento como o Orkut.
20. O emprego da vírgula após “celular” justifica-se por iso-
lar oração de natureza explicativa.
(Banco do Brasil) Nas Américas, os jogos estimulam a reflexão 
sobre as possibilidades de um continente unido, pacífico, 
próspero, com a construção de uma rede de solidariedade 
e cooperação por meio do esporte, uma das principais ex-
pressões do pan-americanismo. 
21. O emprego de vírgulas após “unido” e após “pacífico” 
tem justificativas diferentes. 
22. (Metrô-SP/Téc.Segurança) Apontado por entidades 
internacionais como um dos mais bem estruturados e 
bem geridos programas ambientais do mundo, o Projeto 
Tietê está sob ameaça de ser interrompido. Sua segunda 
etapa está terminando e, apesar do cumprimento do 
cronograma e do vulto das obras – que permitiram sig-
nificativo avanço nos serviços de coleta e de tratamento 
de esgoto –, a diretoria de Controle Ambiental da Cetesb 
alerta: a meta de aumentar o número de empresas no 
monitoramento de efluentes despejados no rio não foi 
cumprida. O não atendimento dessa exigência do con-
trato de financiamento, firmado pelo governo estadual 
com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), 
poderá impedir a liberação dos recursos para a terceira 
etapa do programa. Essa fase prevê a universalização da 
coleta de esgoto e o combate à poluição nos afluentes 
do rio.
 Considere as afirmativas seguintes, a respeito dos sinais 
de pontuação empregados no texto.
 I – Os travessões isolam um segmento explicativo, mar-
cado por uma pausa maior do que haveria caso esse 
segmento estivesse separado por vírgulas.
 II – Os dois-pontos (9ª linha) assinalam a causa da amea-
ça referida anteriormente, introduzida pela forma verbal 
alerta.
 III – A vírgula que aparece após a expressão do mundo 
(3ª linha) pode ser corretamente substituída por ponto 
e vírgula.
 Está correto o que se afirma em
a) I e II, somente.
b) I e III, somente.
c) II e III, somente.
d) III, somente.
e) I, II e III.
(Banco do Brasil) A turbulência decorrente do estouro de 
mais essa bolha ainda não teve suas consequências totalmen-
te dimensionadas. A questão que se coloca é até que ponto 
é possível injetar alguma previsibilidade em um mercado tão 
interconectado, gigantesco e que tem o risco no DNA. O único 
consenso é que o mercado precisa ser mais transparente. 
(Veja, 12/3/2008 – com adaptações).
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23. Preservam-se a coerência da argumentação e a correção 
gramatical do texto ao se inserir um sinal de dois-pontos 
depois da primeira ocorrência de “é” e um ponto de 
interrogação depois de “DNA”. 
24. (TCEAM/Analista Controle Externo) Está inteiramente 
correta a pontuação da seguinte frase:
a) A realização de estudos com primatas não humanos, 
tem revelado que a inteligência ao contrário do que 
se pensa, não é nosso dom exclusivo.
b) A conclusão é, na verdade, surpreendente: a cons-
ciência humana, longe de ser um dom sobrenatural, 
emerge da consciência dos animais.
c) Ernst Mayr, eminente biólogo do século passado não 
teve dúvida em afirmar que, a nossa consciência, é 
uma evolução da consciência dos animais.
d) Sejam sinfonias sejam equações de segundo grau, há 
operações que de tão sofisticadas, não são acessíveis 
à inteligência de outros animais.
e) O que caracteriza efetivamente o verdadeiro altruís-
mo, é o comportamento cooperativo que se adota, 
de modo desinteressado.
25. (gOVBA/Soldado/PMBA) Analise as frases a seguir:
 I – Este quadro moral levou a duas situações dramáticas: 
o gosto do mal e o mau gosto.
 II – O grande desafio de hoje é de ordem ética: construir 
uma vida em que o outro não valha apenas por satisfazer 
necessidades sensíveis. 
 Considerando-se o emprego dos dois-pontos nos perí-
odos acima, é correto o que se afirma em:
a) Os dois-pontos introduzem segmentos de sentido 
enumerativo e conclusivo, respectivamente, assina-
lando uma pausa maior em cada um deles.
b) Os segmentos introduzidos pelos dois-pontos apre-
sentam sentido idêntico, de realce.
c) Os sinais marcam a presença de afirmativas redun-
dantes no contexto, mas que reforçam a opinião do 
autor.
d) Os dois-pontos indicam a interferência de um novo 
interlocutor no contexto, representando o diálogo 
com o leitor.
e) Os dois segmentos introduzidos pelos dois-pontos 
são inteiramente dispensáveis, pois seu sentido está 
exposto com clareza nas afirmativas anteriores a eles.
Na frase: “Ela encontrou um bebê recém-nascido em um 
terreno baldio em frente de sua casa, em Curitiba.” 
26. No trecho “de sua casa, em Curitiba”, a eliminação da 
vírgula e a substituição da preposição “em” por de man-
têm o sentido original da frase.
27. (Funiversa/Terracap) A vírgula da frase “Ao coração, cou-
be a função de bombear sangue para o resto do corpo” 
justifica-se pelo deslocamento do termo “Ao coração”, 
com finalidade estilística de criar ênfase.
(Funiversa/Terracap) Acerca da frase “São emissoras trans-
mitidas de qualquer país que passe pela nossa mente – e 
alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.”
28. O travessão foi usado para enfatizar trecho do enuncia-
do. Efeito similar se conseguiria com o uso de negrito, 
ou, no discurso oral, com entonações enfáticas.
29. (Funiversa/Sejus/Téc. Adm.) Cada uma das alternativas 
a seguir apresenta reescritura de fragmento do texto. 
Assinale aquela em que a reescritura não apresenta erro 
de pontuação.
a) A cooperação entre seus países, permitiria à região 
fazer frente a outras potências, como os Estados Uni-
dos e o Japão, e assim, assegurar o bem-estar social 
e a segurança da população.
b) Com o passar dos anos o bloco incorporou nações 
menos desenvolvidas do continente; e instituiu uma 
moeda única – o euro que atraiu investidores e che-
gou a ameaçar o domínio do dólar como reserva in-
ternacional de valor.
c) Mas, a crise financeira mundial fez emergir as fragi-
lidades na estrutura econômica de algumas nações 
do bloco: à medida que, a turbulência dos mercados 
se acentuou, veio à tona a irresponsabilidade fiscal 
de alguns países, sobretudo a grécia.
d) Diante do risco de que o deficit crescente no orça-
mento grego pudesse contaminar outros europeus 
com situação fiscal semelhante e pôr em xeque a 
confiabilidade do bloco, líderes regionais reuniram-
-se, às pressas, na semana passada.
e) Levar as reformas adiante terá um custo político. Na 
semana passada, as ruas de Atenas, foram tomadas 
por manifestantes e os funcionários públicos entra-
ram em greve.
(Funiversa/HFA/Ass.Téc.Adm.) Na frase: “As demissões re-
cordes nas companhias americanas devido à crise fizeram 
vítimas inusitadas – os próprios executivos de recursos hu-
manos.”
30. Não haverá incorreção gramatical, caso o travessão seja 
substituído por vírgula.
Reescritura de Frases e Parágrafos – Substituição 
de palavras ou de trechos de texto
Texto para responder à questão seguinte.
O suprimento de energia elétrica foi um dos sérios pro-
blemas que os responsáveis pela construção da Nova Capital 
da República enfrentaram, desde o início de suas atividades 
no Planalto Central, em fins de 1956.
A região não contava com nenhuma fonte de geração de 
energia elétrica nas proximidades, e o prazo,imposto pela 
data fixada para a inauguração da capital — 21 de abril de 
1960 —, era relativamente curto para a instalação de uma 
fonte de energia local, em caráter definitivo.
A alternativa existente seria o aproveitamento da ener-
gia elétrica da Usina Hidroelétrica de Cachoeira Dourada, das 
Centrais Elétricas de goiás S/A-CELg, no Rio Parnaíba, divisa 
dos estados de Minas gerais e goiás, distante quase 400 km 
de Brasília. Assim, tendo em vista o surgimento da nova Ca-
pital do Brasil, as obras foram aceleradas, e a primeira etapa 
da Usina de Cachoeira Dourada foi inaugurada em janeiro de 
1959, com 32 MW e potência final prevista para 434 MW.
Entretanto, paralelamente à adoção de providências 
para o equacionamento do problema de suprimento de ener-
gia elétrica da nova Capital após sua inauguração, outras me-
didas tiveram de ser tomadas pela Companhia Urbanizadora 
da Nova Capital do Brasil — NOVACAP — objetivando à ins-
talação de fontes de energia elétrica necessárias às ativida-
des administrativas desenvolvidas no gigantesco canteiro de 
obras. Assim sendo, já nos primeiros dias de 1957, a energia 
elétrica de origem hidráulica era gerada, pela primeira vez, 
no território do futuro Distrito Federal, pela usina pioneira 
do Catetinho, de 10 HP, instalada em pequeno afluente do 
Ribeirão do gama.
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Hoje, a Capital Federal conta com a CEB, Companhia 
Energética de Brasília, que já recebeu vários prêmios. Em 
novembro de 2009, ela conquistou uma importante vitória 
em seu esforço pela melhoria no atendimento aos clientes. 
Venceu o prêmio IASC - Índice Aneel de Satisfação do Con-
sumidor, pela quinta vez. A empresa foi escolhida a melhor 
distribuidora de energia elétrica do Centro-Oeste, a partir 
de pesquisa que abrange toda a área de concessão das 63 
distribuidoras no Brasil.
Na premiação, que ocorreu na sede da Aneel, a CEB 
foi apontada como uma das cinco melhores distribuidoras 
de energia elétrica do País. O índice Aneel de Satisfação do 
Consumidor para a CEB, de 70,33 pontos, ficou acima da mé-
dia nacional, de 66,74 pontos. Anteriormente, a Companhia 
obteve o Prêmio IASC em 2003, 2004, 2006 e 2008.
Entre suas importantes iniciativas sociais, destaca-se o 
Programa CEB Solidária e Sustentável, um projeto de inser-
ção e reinserção social de crianças, denominado “gente de 
Sucesso”, que foi implementado em parceria com o Instituto 
de Integração Social e Promoção da Cidadania — INTEgRA 
e com a Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal.
Internet: (com adaptações). 
Acesso em 3/1/2010. 
31. (Funiversa/CEB – Adaptada) Em cada uma das alternativas 
a seguir, há uma reescritura de parte do texto. Assinale 
aquela em que a reescritura altera o sentido original.
a) A empresa foi escolhida a melhor distribuidora de 
energia elétrica do Centro-Oeste / Escolheu-se a em-
presa como a melhor distribuidora de energia elétrica 
do Centro-Oeste.
b) A partir de pesquisa que abrange toda a área de con-
cessão das 63 distribuidoras no Brasil / A partir de 
pesquisa que abrange todas as áreas de concessão 
de todas as distribuidoras no Brasil.
c) O suprimento de energia elétrica foi um dos sérios 
problemas que os responsáveis pela construção da 
Nova Capital da República enfrentaram / O suprimen-
to de energia elétrica foi um dos sérios problemas 
enfrentados pelos responsáveis pela construção da 
Nova Capital da República.
d) O prazo, imposto pela data fixada para a inauguração 
da capital – 21 de abril de 1960 –, era relativamente 
curto para a instalação de uma fonte de energia local / 
O prazo (...) era relativamente curto para a instalação, 
em caráter definitivo, de uma fonte de energia local.
e) Paralelamente à adoção de providências / Paralela-
mente ao fato de se adotarem providências.
Texto para responder à questão seguinte.
A preocupação com o planeta intensificou-se a partir 
dos anos 1970, com a crise petroleira, ocasião em que as 
questões ambientais começaram a ser tratadas de forma 
relevante e participativa nos diversos setores socioeconômi-
cos. Preservar o ambiente e economizar os recursos naturais 
tornou-se importante tema de discussão, com ênfase no uso 
racional, em especial de energia elétrica. 
O processo de reciclagem é muito relevante na medida 
em que o lixo recebe o devido destino, retornando à cadeia 
produtiva.
Uma economia de 15,3 gigawatts.hora (gWh) em dois 
anos foi um dos resultados do projeto desenvolvido pela 
Companhia Energética do Ceará (COELCE). O montante é 
equivalente ao suprimento de quase oito mil residências 
com perfil de consumo da ordem de 80 kilowatts.hora/mês.
O Programa Ecoelce de troca de resíduos por bônus na 
conta de luz gerou créditos de R$ 570 mil a 88 mil clientes res-
ponsáveis pelo recolhimento de pouco mais de quatro mil tone-
ladas de lixo reciclável, como vidro, plástico, papel, metal e óleo.
A COELCE instalou 62 pontos de coleta no Ceará a partir 
de pesquisas em comunidades de baixa renda de Fortaleza e 
região metropolitana da capital, para montar a arquitetura 
do programa.
Para participar, o cliente procura o posto de coleta ou a 
associação comunitária e solicita o cartão do Programa Ecoel-
ce. A cada entrega, o operador do posto registra o volume de 
resíduos, com informações sobre o tipo de material e peso, e, 
por meio da máquina de registro de coleta, calcula o bônus a 
ser creditado na conta do cliente. Os resíduos recebidos são 
separados e encaminhados para a indústria de reciclagem.
Reconhecido pela Organização das Nações Unidas 
(ONU), o programa tem como vantagens estimular a eco-
nomia de energia com melhoria da qualidade de vida das 
comunidades envolvidas, tanto pela diminuição da conta 
de luz quanto pela redução dos resíduos nas vias urbanas.
Alberto B. gradvohl et alii. Programa Ecoelce de troca de 
resíduos por bônus na conta de energia. Agência Nacional de 
Energia Elétrica (Brasil). In: Revista pesquisa e desenvolvimento 
da ANEEL, n.º 3, jun./2009, p. 115-6 (com adaptações).
32. (Funiversa/CEB – Adaptada) Em cada uma das alternativas 
a seguir, há uma reescritura de uma parte do texto. Assi-
nale aquela em que a reescritura mantém a ideia original.
a) A preocupação com o planeta intensificou-se a partir 
dos anos 1970, com a crise petroleira, ocasião em que 
as questões ambientais começaram a ser tratadas de 
forma relevante e participativa nos diversos setores 
socioeconômicos. / A preocupação com o planeta 
intensificou-se com a crise petroleira, a partir dos 
anos 1970, pois as questões ambientais começaram 
a ser tratadas de forma relevante e participativa nos 
diversos setores socioeconômicos.
b) O processo de reciclagem é muito relevante na medi-
da em que o lixo recebe o devido destino, retornan-
do à cadeia produtiva. / O processo de reciclagem é 
muito relevante à medida que o lixo recebe o devido 
destino, retornando à cadeia produtiva.
c) A COELCE instalou 62 pontos de coleta no Ceará a 
partir de pesquisas em comunidades de baixa renda 
de Fortaleza e região metropolitana da capital, para 
montar a arquitetura do programa. / Por causa de 
pesquisas em comunidades de baixa renda de For-
taleza e região metropolitana da capital, a COELCE 
instalou 62 pontos de coleta no Ceará, para montar 
a arquitetura do programa.
d) Para participar, o cliente procura o posto de coleta 
ou a associação comunitária e solicita o cartão do 
Programa Ecoelce. / O cliente, para participar, assim 
que procura o posto de coleta ou a associação comu-
nitária, solicita o cartão do Programa Ecoelce.
e) Reconhecido pela Organização das Nações Unidas 
(ONU), o programa tem como vantagens estimular 
a economia de energia com melhoria da qualidade 
de vida das comunidades envolvidas, tanto pela di-
minuição da conta de luz quanto pela redução dos 
resíduos nas vias urbanas. / Reconhecido pela ONU, 
o programa tem como vantagens estimular a econo-
mia de energia com melhoria da qualidade de vida 
das comunidadesenvolvidas, em virtude tanto da 
diminuição da conta de luz quanto da redução dos 
resíduos nas vias urbanas.
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Em uma manhã de inverno de 1978, a assistente social Zé-
lia Machado, 49 anos de idade, encontrou um bebê recém-
-nascido em um terreno baldio.
33. A expressão “a assistente social”, caso seja colocada após 
o substantivo próprio a que se refere, cria, necessaria-
mente, uma falha gramatical.
Essa é uma questão delicada, daí a importância que se tenha 
clareza sobre ela.
34. A frase Essa é uma questão delicada, por isso é impor-
tante que se tenha clareza sobre ela é uma reescrita 
adequada da original registrada.
Parte da população torna-se receptora de “benefícios” não 
no sentido do patamar do direito e, sim, na perspectiva da 
troca votos-favores. 
35. A frase parte da população torna-se receptora de “be-
nefícios” não somente no sentido do patamar do direi-
to, mas também na perspectiva da troca votos-favores 
é uma reescrita adequada da original.
(Funiversa/Terracap) Acerca da frase “São emissoras trans-
mitidas de qualquer país que passe pela nossa mente – e 
alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.” 
36. A sequência “de qualquer país” pode ser reescrita, sem 
perda de sentido, como por seja qual for o país.
(Funiversa/Terracap) A respeito do fragmento “qualquer país 
que passe pela nossa mente – e alguns outros de cuja exis-
tência sequer desconfiávamos.”
37. A conjunção “e” poderia ser substituída, sem perda de 
sentido, pela locução além de.
(Funiversa/Terracap) A vida se esvai, mas localizaram um 
doador compatível: já para a mesa de cirurgia.
38. A seguinte reescritura do trecho está gramaticalmente 
correta: localizaram um doador compatível; portanto, 
vá urgente para a mesa de cirurgia. Porém, ela perde em 
qualidade para a original, mais sintética e mais expressiva.
39. (Funiversa/Adasa) O trecho “É a conduta dos seres hu-
manos, cegos entre si mesmos e ao mundo na defesa da 
negação do outro, o que tem feito do presente humano 
o que ele é.” pode ser reescrito, sem que haja alteração 
de sentido, da seguinte forma:
a) É o agir humano, cego ao outro e ao mundo na negação 
de outro mundo, o que faz do presente o que ele é.
b) É o mal inerente ao homem, que o torna cego em 
relação ao próximo e ao mundo, que faz do presente 
o que ele é.
c) É a maneira de agir do homem, alienado ao negar o 
outro seja na forma do semelhante ou na forma do 
mundo, que faz do presente o que ele é.
d) É a forma de agir dos homens que se tornam cegos 
para com os outros e para com o mundo que faz deste 
mundo o que ele é.
e) É a conduta da humanidade, cega entre si e ao mundo 
por negar o outro, o que torna o homem mau como 
o presente em que ele vive.
Texto para responder às questões 40 e 41.
Cidadezinha qualquer
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
Carlos Drummond de Andrade. Reunião, 10.ª ed. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 1980, p. 17.
40. (Funiversa/Iphan) Com base no texto, assinale a alter-
nativa incorreta.
a) Para o autor, em uma visão integral, porém dinâmica 
da cidade, a ausência de artigos na primeira estrofe 
do texto reflete a similaridade conceitual estabele-
cida entre os substantivos.
b) A fusão dos elementos humanos à paisagem natu-
ral, em uma visão panorâmica, ratifica a ausência de 
artigos na primeira estrofe.
c) Ao longo do texto, quase não há inserção de adje-
tivos, dado o fato de a dinamicidade do texto não 
promover espaço para o detalhamento.
d) O emprego da pontuação ao longo do texto sugere 
ausência de conhecimento sintático, promovendo 
lentidão e morosidade na leitura.
e) É empregada a sinonímia de estruturação sintática e 
lexical na segunda estrofe.
41. (Funiversa/Iphan) Com base no texto, assinale a alter-
nativa incorreta.
a) Se, ao penúltimo verso, for dada a seguinte redação: 
Devagar... às janelas olham ter-se-á modificação se-
mântica da estrutura textual.
b) A variação da abordagem semântica na estrutura 
sintática do texto tornou-o incoeso e inacessível ao 
leitor.
c) Nenhum atributo é legado aos substantivos da se-
gunda estrofe, porém, apesar desta característica, é 
perceptível a introdução de movimentação espacial.
d) No texto, é possível verificar a ocorrência de artigo 
indefinido.
e) No trecho “Devagar... as janelas olham.”, foi emprega-
da a personificação, processo que humaniza objetos.
Partindo-se desse entendimento, vê-se que um bom “trata-
mento penal” não pode residir apenas na abstenção da vio-
lência física ou na garantia de boas condições para a custódia 
do indivíduo, em se tratando de pena privativa de liberdade: 
deve, antes disso, consistir em um processo de superação de 
uma história de conflitos, por meio da promoção dos seus 
direitos e da recomposição dos seus vínculos com a socie-
dade, visando criar condições para a sua autodeterminação 
responsável.
42. (Funiversa/Sejus) Nas alternativas a seguir, são apresen-
tadas reescrituras de trechos do segundo parágrafo do 
texto. Assinale aquela em que se preserva o sentido do 
trecho original.
a) Um tratamento eficaz da pena não pode dispensar 
a agressão física ou a garantia de uma permanência 
prolongada do indivíduo por um certo tempo privado 
de sua liberdade.
b) A abstenção da violência física e a garantia de boas 
condições para a custódia do indivíduo correspondem 
a um bom “tratamento penal”.
c) Em se tratando de pena privativa de liberdade, um bom 
“tratamento penal” não é garantido pela falta de vio-
lência física ou pela boa guarda do detento na prisão.
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d) Um bom “tratamento penal” resiste a um processo 
de superação de uma história de conflitos.
e) Um bom “tratamento penal” supõe a superação dos 
conflitos da história, promovendo direitos e recom-
pondo os vínculos da sociedade, para que o sujeito 
se torne mais responsável.
 A União Europeia inaugurou um novo patamar de 
integração política e econômica no globo. A cooperação 
entre seus países permitiria à região fazer frente a outras 
potências, como os Estados Unidos e o Japão, e, assim, 
assegurar o bem-estar social e a segurança de sua po-
pulação. Com o passar dos anos, o bloco incorporou na-
ções menos desenvolvidas do continente e instituiu uma 
moeda única, o euro, que atraiu investidores e chegou a 
ameaçar o domínio do dólar como reserva internacional 
de valor. Mas a crise financeira mundial fez emergir as 
fragilidades na estrutura econômica de algumas nações 
do bloco. À medida que a turbulência dos mercados 
se acentuou, veio à tona a irresponsabilidade fiscal de 
alguns países, sobretudo a grécia. Diante do risco de que 
o deficit crescente no orçamento grego pudesse conta-
minar outros europeus com situação fiscal semelhante e 
pôr em xeque a confiabilidade do bloco, líderes regionais 
reuniram-se às pressas na semana passada. Ao fim do 
encontro, chegou-se a um acordo para ajudar a grécia. 
Ainda que não tenha sido feita menção formal a um 
resgate financeiro, a reunião serviu para acalmar o te-
mor dos investidores internacionais. In: Veja, 17/2/2010, 
p. 57 (com adaptações).
43. (Funiversa) Cada uma das alternativas a seguir apresenta 
reescritura de fragmento do texto. Assinale aquela em 
que a reescritura mantém a ideia original.
a) A União Europeia lançou um novo andar para a inte-
gração política e econômica no globo (linhas 1 e 2).
b) A cooperação entre seus países faria que a região 
esbarrasse em outras potências, como os Estados 
Unidos e o Japão (linhas de 2 a 4).
c) A crise, contudo, trouxe à tona a solidez da econo-
mia de certos países que integram a União Europeia 
(linhas de 10 a 12).
d) Diante do risco de que o deficit crescente no or-
çamento grego pudesse influenciar outros países 
europeus que apresentam situação fiscal similar e 
comprometer a confiabilidade da União Europeia, lí-deres regionais encontraram-se às pressas na semana 
passada (linhas de 14 a 18).
e) Ainda que não tenha sido discutida uma solução fi-
nanceira, o encontro teve como objetivo reduzir o 
medo dos investidores internacionais (l. 20 a 22).
GABARITO
1. C
2. E
3. E
4. E
5. C
6. e
7. d
8. C
9. a
10. C
11. C
12. b
13. a
14. C
15. C
16. E
17. E
18. e
19. a
20. E
21. E
22. a
23. C
24. b
25. a
26. E
27. C
28. C
29. d
30. C
31. b
32. e
33. E
34. C
35. E 
36. C
37. C
38. E
39. c
40. d
41. b
42. c
43. d 
1
4
7
10
13
16
19
22
CONCORDÂNCIA VERBAL
• Sujeito composto com pessoas gramaticais diferentes. 
Verbo no plural e na pessoa de número mais baixo.
 Carlos, eu e tu vencemos.
 Carlos e tu vencestes ou venceram.
• Sujeito composto posposto ao verbo. Verbo no plural ou 
de acordo com o núcleo mais próximo.
 Vencemos Carlos, eu e tu. Ou:
 Venceu Carlos, eu e tu.
• Sujeito composto de núcleos sinônimos (ou quase) ou em 
gradação. Verbo no plural ou conforme o núcleo próximo.
 A alegria e o contentamento rejuvenescem. Ou:
 A alegria e o contentamento rejuvenesce.
 Os EUA, a América, o mundo lembraram ontem o Onze de 
Setembro. Ou:
 Os EUA, a América, o mundo lembrou ontem o Onze de 
Setembro.
• Núcleos no infinitivo, verbo no singular.
 Obs.: artigo e contrários, verbo no plural.
 Cantar e dançar relaxa.
 Obs.: O cantar e o dançar relaxam.
 Subir e descer cansam.
• Sujeito = mais de, verbo de acordo com o numeral.
 Obs.: repetição ou reciprocidade, só plural.
 Mais de um político se corrompeu.
 Mais de dois políticos se corromperam.
 Obs.: Mais de um político, mais de um empresário se cor-
romperam. Mais de um político se cumprimentaram.
• Sujeito coletivo, partitivo ou percentual, verbo concorda 
com o núcleo do sujeito ou com o adjunto.
 Obs.: coletivo distante do verbo fica no singular ou no plural.
 O bando assaltou a cidade (assaltar, no passado).
 O bando de meliantes assaltou ou assaltaram a cidade.
 A maior parte das pessoas acredita nisso. Ou:
 A maior parte das pessoas acreditam nisso.
 A maior parte acredita.
 Oitenta por cento da turma passaram ou passou.
 Obs.: O povo, apesar de toda a insistência e ousadia, não 
conseguiu ou conseguiram evitar a catástrofe.
• Sujeito = pronome pessoal preposicionado
a) núcleo singular, verbo singular.
 Algum de nós errou. Qual de nós passou.
b) núcleo plural, verbo plural ou com o pronome pessoal.
 Alguns de nós erraram ou erramos. Quais de nós 
erraram ou erramos.
• Sujeito = nome próprio que só tem plural
a) Não precedido de artigo, verbo no singular.
 Estados Unidos é uma potência. Emirados Árabes fica 
no Oriente Médio.
b) precedido de artigo no plural, verbo no plural.
 Os Estados Unidos são uma potência. Os Emirados Ára-
bes ficam no Oriente Médio.
• Parecer + outro verbo no infinitivo, só um deles varia.
 Os alunos parecem gostar disso. Ou:
 Os alunos parece gostarem disso.
• Pronome de tratamento, verbo na 3ª pessoa.
 Vossas Excelências receberão o convite.
 Vossa Excelência receberá seu convite.
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• Sujeito = que, verbo de acordo com o antecedente.
 Fui eu que prometi.
 Foste tu que prometeste.
 Foram eles que prometeram.
• Sujeito = quem
a) verbo na 3ª pessoa singular; ou
 Fui eu quem prometeu. (prometer, passado)
 Foste tu quem prometeu. Foram eles quem prometeu.
b) verbo concorda com o antecedente.
 Fui eu quem prometi. Foste tu quem prometeste. Foram 
eles quem prometeram.
• Dar, bater, soar
a) Se o sujeito for número de horas, concordam com nú-
mero.
 Deu uma hora. Deram duas horas.
 Soaram dez horas no relógio.
b) Se o sujeito não for número de horas.
 O relógio deu duas horas. Soou dez horas no relógio.
• Faltar, restar, sobrar, bastar, concordam com seu sujeito 
normalmente.
 Obs.: sujeito oracional, verbo no singular.
 Faltam cinco minutos para o fim do jogo.
 Restavam apenas algumas pessoas.
 Sobraram dez reais.
 Basta uma pessoa.
 Obs.: Ainda falta depositar dez reais. (note o sujeito ora-
cional)
• Com os verbos mandar, deixar, fazer, ver, ouvir e sentir
a) seguidos de pronome oblíquo, o infinitivo não se fle-
xiona.
 Mandei-os sair da sala. Ele deixou-as falar. O professor 
viu-os assinar o papel. Eu os senti bater à porta.
b) seguidos de substantivo, o infinitivo pode se flexionar 
ou não.
 Mandei os rapazes sair ou saírem. Ele deixou as amigas 
falar ou falarem. O professor viu os diretores assinar ou 
assinarem.
c) seguidos de infinitivo reflexivo, este pode se flexionar 
ou não.
 Cuidado: Na locução verbal, o infinitivo é impessoal 
(sem variação).
 Vi-os agredirem-se no comício. Ou: Vi-os agredir-se no 
comício. Ele prefere vê-las abraçarem-se ou abraçar-se.
 Cuidado: Os números da fome podem ficar piores. (fi-
carem: errado)
• Concordância especial do verbo ser.
a) se sujeito indica coisa no singular, e predicativo indica 
coisa no plural, ser prefere o plural, mas admite o sin-
gular.
 Tua vida são essas ilusões. (presente). Ou: Tua vida é 
essas ilusões.
b) se sujeito ou predicativo for pessoa, ser conforme a 
pessoa.
 Você é suas decisões. Seu orgulho eram os velhinhos. 
O motorista sou eu. Ou: Eu sou o motorista.
c) data, hora e distância, verbo conforme o numeral.
 É primeiro de junho. (presente) São ou é quinze de maio. 
É uma hora. São vinte para as duas. É uma légua. São 
três léguas.
d) indicando quantidade pura, verbo na 3ª pessoa singular.
 Quinze quilos é pouco. Três quilômetros é suficiente.
EXERCÍCIOS 
Regra Básica
O núcleo do sujeito conjuga o verbo.
Dica:
Núcleo do sujeito começa sem preposição.
1. (TRT 1ª R/Analista) Julgue os fragmentos de texto apre-
sentados nos itens a seguir quanto à concordância verbal.
 I – De acordo com o respectivo estatuto, a proteção 
à criança e ao adolescente não constituem obrigação 
exclusiva da família.
 II – A legislação ambiental prevê que o uso de água para 
o consumo humano e para a irrigação de culturas de 
subsistência são prioritários em situações de escassez.
 III – A administração não pode dispensar a realização 
do EIA, mesmo que o empreendedor se comprometa 
expressamente a recuperar os danos ambientais que, 
porventura, venham a causar.
 IV – A ausência dos elementos e requisitos a que se 
referem o CPC pode ser suprida de ofício pelo juiz, em 
qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não for 
proferida a sentença de mérito.
 A quantidade de itens certos é igual a
a) 0.
b) 1.
c) 2
d) 3.
e) 4.
Obs.: 1
Depois que o primeiro núcleo do sujeito já está escrito, 
o segundo que houver deve estar escrito ou representado 
por um pronome. 
O uso de água e o de combustível são prioritários. (dois 
núcleos) 
Veja a repetição do “o”. O segundo é pronome. Sem 
preposição. É núcleo.
Mas em: O uso de água e de combustível é prioritário. 
(um só núcleo = uso)
Obs.: 2
O pronome relativo pode exercer a função de sujeito, 
de objeto, de complemento etc., sempre dentro da oração 
adjetiva. 
Cuidado!
O pronome relativo refere-se a um termo antes, mas 
esse termo faz parte de outra oração. O termo referido pre-
enche, supre apenas o sentido. Esse termo referido não é o 
sujeito, o objeto etc. da oração subordinada adjetiva. 
A casa / que comprei / era velha.
Oração principal: A casa era velha
Sujeito = A casa
Oração subordinada adjetiva: que comprei
Sujeito = eu
Objeto direto (sintático) = que
Atenção:
Somente o sentido é que nos leva a ver que: comprei a casa. 
Porém, o pronome relativo está no lugar da casa. O pronome 
relativo é o objeto sintático. 
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Podemos chamar de objeto semântico o termo “A casa”, 
mas apenas pelo sentido, jamais pela análise sintática. A aná-
lise sintática deve ser feita dentro de cada oração.
(TCU) “Se virmos o fenômeno da globalização sob esta luz, 
creio que não poderemos escapar da conclusão de que o pro-
cesso é totalmente coerente com as premissas da ideologia 
econômica que têm se afirmado como a forma dominante 
de representação do mundo ao longo dos últimos 100 anos, 
aproximadamente.”
2.A forma verbal “têm” em “têm se afirmado” estabele-
ce relação de concordância com o termo antecedente 
“ideologia”.
3. Qual é o sujeito sintático de “têm”? 
4. Qual é o sujeito semântico de “têm”? 
5. Qual é a função sintática de “as premissas da ideologia”? 
(TCU) “Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no 
mês seguinte cinquenta e cinco; em março de 1877 contava 
quatrocentas e noventa.” 
6. O verbo ter está empregado no sentido de haver, existir, 
por isso mantém-se no singular, sem concordar com o 
sujeito da oração – “vinte aranhas”.
Obs.: Verbo sem sujeito chama-se verbo impessoal. 
A regra é ficar na 3ª pessoa do singular. Ver verbo haver.
“Novos instrumentos vêm ocupar o lugar dos instrumentos 
velhos e passam a ser utilizados para fazer algo que nunca 
tinha sido imaginado antes.” 
7. É gramaticalmente correta e coerente com a argumen-
tação do texto a seguinte reescrita para o período final: 
 Cada novo instrumento que vêm ocupar o lugar dos ins-
trumentos antigos passam a ser utilizados para fazer algo 
que ainda não fôra imaginado.
“Agora, ao vê-lo assim, suado e nervoso, mudando de lugar 
o tempo todo e murmurando palavras que me escapavam, 
temia que me abordasse para conversar sobre o filho.” 
8. A forma verbal “temia” concorda com o sujeito de tercei-
ra pessoa do singular ele, que foi omitido pelo narrador.
9. A substituição de “teria” por teriam não altera o sentido 
nem a adequação gramatical do trecho “o valor de suas 
casas, que serviam de garantia para os empréstimos, 
teria de continuar subindo indefinidamente”.
Regras Especiais
Verbo haver com sujeito.
Eles haviam chegado.
Verbo haver sem sujeito tem o sentido de existir, acon-
tecer ou tempo decorrido.
Regra:
Verbo sem sujeito (impessoal) fica no singular (3ª pessoa).
Aqui havia uma escola. → Aqui existia uma escola.
uma escola = objeto direto 
uma escola = sujeito
Aqui havia duas escolas. → Aqui existiam duas escolas.
Cuidado: Aqui haviam duas escolas. (errado)
Obs.: O verbo haver no sentido de existir é invariável.
Certo ou errado?
10. ( ) Na sala, havia vinte pessoas.
11. ( ) Na sala, haviam vinte pessoas.
12. ( ) Na sala, existiam vinte pessoas.
13. ( ) Na sala, existia vinte pessoas.
14. ( ) No carnaval, houve menos acidentes.
15. ( ) No carnaval, houveram menos acidentes.
16. ( ) No carnaval, ocorreram menos acidentes.
17. ( ) No carnaval, ocorreu menos acidentes.
18. ( ) Haverá dois meses que não o vejo.
19. ( ) Haverão dois meses que não o vejo.
20. ( ) Jamais pode haver incoerências no texto.
21. ( ) Jamais podem haver incoerências no texto.
22. ( ) Jamais podem existir incoerências no texto.
23. ( ) Jamais pode existir incoerências no texto.
24. ( ) Haviam sido eleitos novos presidentes.
25. ( ) Havia sido eleito novos presidentes.
Julgue os fragmentos de texto apresentados nos itens a se-
guir quanto à concordância verbal.
26. (TRT 9ª R) Na redação da peça exordial, deve haver indi-
cações precisas quanto à identificação das partes bem 
como do representante daquele que figurará no polo 
ativo da eventual ação.
(TCU) “O melhor é afrouxar a rédea à pena, e ela que vá 
andando, até achar entrada. Há de haver alguma”. 
27. Na expressão Há de haver verifica-se o emprego impes-
soal do verbo haver na forma “Há”. 
(DFTrans) “As estradas da grã-Bretanha tinham sido cons-
truídas pelos romanos, e os sulcos foram escavados por car-
ruagens romanas”. 
28. Devido ao valor de mais-que-perfeito das duas formas 
verbais, preservam-se a coerência textual e a correção 
gramatical ao se substituir “tinham sido” por havia sido.
(PMDF) “Jamais houve tanta liberdade e o crescimento das 
democracias foi extraordinário”. 
29. A substituição do verbo impessoal haver, na sua forma 
flexionada “houve”, pelo verbo pessoal existir exige 
que se faça a concordância verbal com “liberdade” e 
“crescimento”, de modo que, fazendo-se a substituição, 
deve-se escrever existiram.
(Abin) “Melhorar o mecanismo de solução de controvérsias 
é um dos requisitos para o fortalecimento do Mercosul, vide 
as últimas divergências entre Brasil e Argentina”. 
30. Mantém-se a obediência à norma culta escrita ao se 
substituir a palavra “vide” por haja visto, uma vez que 
as relações sintáticas permanecem sem alteração.
Outros Verbos Impessoais
Verbo fazer indicando tempo ou clima.
31. (Metrô-DF) Assinale a opção correspondente ao período 
gramaticalmente correto.
a) Fazem dez anos que eles iniciaram as suas pesquisas, 
mas até agora eles não tem nenhum resultado con-
clusivo.
b) Faz dez anos que eles iniciaram suas pesquisas. En-
tretanto, até agora, eles não têm nenhum resultado 
conclusivo.
c) Fazem dez anos que eles iniciaram as suas pesquisas, 
mas, até agora eles não têm nenhum resultado con-
clusivo.
d) Faz dez anos que eles iniciaram suas pesquisas en-
tretanto, até agora, eles não tem nenhum resultado 
conclusivo.
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Sujeito com Núcleo Coletivo, Partitivo ou Percentual
Regra:
O núcleo conjuga o verbo, ou o adjunto adnominal 
conjuga o verbo. 
(Ibram-DF) “Um caso de amor e ódio. A maioria dos estudio-
sos evita os clichês como o diabo foge da cruz, mas as frases 
feitas dão o tom do uso da língua.” 
32. No segundo período do texto, a forma verbal “evita”, em-
pregada no singular, poderia ser substituída pela forma 
flexionada no plural, evitam, caso em que concordaria 
com “estudiosos”, sem que houvesse prejuízo gramatical 
para o período.
(MPU) “A maioria dos países prefere a paz.” 
33. Está de acordo com a norma gramatical escrever “pre-
ferem”, em lugar de “prefere”.
(PF) “Hoje, 13% da população não sabe ler.” 
34. A forma verbal “sabe”, no texto, está flexionada para 
concordar com o núcleo do sujeito.
(PCDF) “Uma equipe de policiais está junta por dez anos e 
aprenderam a investigar.” 
35. Está adequada à norma culta a redação do texto.
(TCU) “Os meus pupilos não são os solários de Campanela 
ou os utopistas de Morus; formam um povo recente, que 
não pode trepar de um salto ao cume das nações seculares.” 
36. A forma verbal “formam” está flexionada na 3ª pessoa 
do plural para concordar com a ideia de coletividade 
que a palavra “povo” expressa. 
Cuidado com a exceção!
Quando o núcleo coletivo, partitivo ou percentual está 
após o verbo, somente o núcleo conjuga o verbo. 
(Iema-ES) “Quando se constrói um transgênico, os objetivos 
são previsíveis, bem como seus benefícios. Entretanto, os 
riscos de efeitos indesejáveis ao meio ambiente e à saúde 
humana são imprevisíveis, a não ser que se gere também 
uma série de estudos para avaliar suas reais consequências.” 
37. Seria mantida a correção gramatical do período caso a 
forma verbal “gere” estivesse flexionada no plural, em 
concordância com a palavra “estudos”.
Sujeito com Núcleos Sinônimos ou Quase
Regra:
Os núcleos conjugam o verbo no plural, ou o núcleo 
próximo conjuga o verbo. 
A paz e a tranquilidade descansam a alma. 
A paz e a tranquilidade descansa a alma.
(Abin) “A criação do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) 
e a consolidação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) 
permitem ao Estado brasileiro institucionalizar a atividade de 
Inteligência.” 
38. Como o sujeito do primeiro período sintático é formado 
por duas nominalizações articuladas entre si pelo sentido 
– “criação” e “consolidação” –, estaria também gramati-
calmente correta a concordância com o verbo permitir 
no singular – permite. 
Sujeito Composto Escrito após o Verbo
Regra:
Os núcleos conjugam o verbo no plural, ou o núcleo 
próximo conjuga o verbo.
“Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz 
um livro, um governo, ou uma revolução”. 
39. No trecho “assim se faz um livro”, a expressão “um livro” 
exerce a função de sujeito. 
Atenção:
Com a palavra se, o verbo de ação não tem objeto direto. 
Quando temos a palavra se, o objeto direto vira sujeito pacien-
te. Então, chamamos a palavra se de partícula apassivadora. 
“Acho que se compreenderia melhoro funcionamento da lin-
guagem supondo que o sentido é um efeito do que dizemos, 
e não algo que existe em si, independentemente da enun-
ciação, e que envelopamos em um código também pronto. 
Poderiam mudar muitas perspectivas: se o sentido nunca é 
prévio, empregar ou não um estrangeirismo teria menos a 
ver com a existência ou não de uma palavra equivalente na 
língua do falante. O que importa é o efeito que palavras es-
trangeiras produzem. Pode-se dar a entender que se viajou, 
que se conhecem línguas. Uma palavra estrangeira em uma 
placa ou em uma propaganda pode indicar desejo de ver-se 
associado a outra cultura e a outro país, por seu prestígio.” 
40. Para se manter o paralelismo com o primeiro e o último 
períodos sintáticos do texto, o segundo período também 
admitiria uma construção sintática de sujeito indeter-
minado, podendo ser alterado para Poderia se mudar 
muitas perspectivas.
Atenção:
Muito cuidado com as duas opções de análise! Em lo-
cução verbal com a palavra SE na função de partícula apas-
sivadora, podemos analisar como sujeito simples nominal, 
(regra: o núcleo conjuga o verbo) ou como sujeito oracional, 
(regra: o verbo fica no singular).
41. A flexão de plural em lugar de “Pode-se” respeita as 
regras de concordância com o sujeito oracional “dar a 
entender”.
Regra:
Sujeito oracional pede verbo no singular. 
Cantar e dançar relaxa. (certo) => O sujeito de “relaxa” 
é oração: cantar e dançar.
Cantar e dançar relaxam (errado).
Atenção:
Caso os verbos do sujeito oracional expressem sentidos 
opostos, teremos plural. 
Subir e descer cansam. (certo) => Note os opostos: subir 
e descer.
Subir e descer cansa. (errado)
Verbo no Infinitivo 
Regra 1:
Como verbo principal, não pode ser flexionado. 
Temos de estudarmos. (errado)
Temos de estudar. (certo)
Observe:
Os países precisam investir em novas tecnologias e oti-
mizarem os processos burocráticos. (errado)
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Os países precisam investir em novas tecnologias e oti-
mizar os processos burocráticos. (certo)
Note:
Subentendemos “precisam” antes de “otimizar”. Então, 
“otimizar” é verbo principal. Forma locução verbal.
Dica:
O verbo principal é o último da locução verbal. O pri-
meiro é auxiliar. Conforme o padrão da Língua Portuguesa, 
só o verbo auxiliar se flexiona.
Regra 2:
Como verbo que complementa algum termo, o infinitivo 
pode se flexionar ou não. É facultativo. Claro que precisa se 
referir, pelo menos, a um sujeito semântico no plural. 
(TRT 9ª R) “E a crise norte-americana, que levou investidores 
a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos 
de hedge.” 
42. No trecho “que levou investidores a apostar no aumento 
dos preços de alimentos em fundos de hedge”, a substi-
tuição de “apostar” por apostarem manteria a correção 
gramatical do texto.
(Iema-ES) “O Ibama tem capacitado seus quadros para au-
xiliar as comunidades a elaborarem o planejamento do uso 
sustentável de áreas de proteção ambiental, florestas nacio-
nais e reservas extrativistas.” 
43. Se a forma verbal “elaborarem” estivesse no singular 
elaborar, a correção gramatical seria preservada.
(HFA) “Essa fartura de tal modo contrasta com o padrão de 
vida médio, que obriga aquelas pessoas a se protegerem 
do assédio, do assalto e da inveja, sob forte esquema de 
segurança.” 
44. Se o infinitivo em “se protegerem” fosse empregado, 
alternativamente, na forma não flexionada, o texto man-
teria a correção gramatical e a coerência textual.
Regra 3:
Muita atenção com os verbos causativos mandar, fazer, 
deixar e semelhantes e os sensitivos ver, ouvir, notar, per-
ceber, sentir, observar e semelhantes. 
Esses verbos não são auxiliares do infinitivo, ou seja, não 
formam locução verbal como verbo principal do infinitivo.
É simples: basta ver que o sujeito de um, geralmente, 
não é o mesmo do outro. E verbos que formam locução 
verbal devem possuir o mesmo sujeito sintático. 
Vejamos as regras em três situações diferentes:
a) O sujeito do infinitivo é representado por substantivo. 
 Regra:
 A flexão do infinitivo é opcional. 
 Mandei os meninos entrar. (certo)
 Mandei os meninos entrarem. (certo também)
b) O sujeito do infinitivo é representado por pronome. 
 Regra:
 A flexão do infinitivo é proibida. 
 Mandei-os entrar. (certo)
 Mandei-os entrarem. (errado)
 Observação:
 Note o pronome “OS” no lugar de “os meninos”.
c) O sentido do infinitivo é de reciprocidade.
 Regra:
 A flexão volta a ser opcional, mesmo que o sujeito 
do infinitivo seja representado por pronome. 
 Mandei-os abraçar-se. (certo)
 Mandei-os abraçarem-se. (certo também)
 Note que o sentido de “abraçar” é fazer ação um ao 
outro (recíproca).
(MI) “A primeira ideia do Pádua, quando lhe saiu o prêmio, 
foi comprar um cavalo do Cabo, um adereço de brilhantes 
para a mulher, uma sepultura perpétua de família, mandar 
vir da Europa alguns pássaros etc.” 
45. Em “mandar vir da Europa alguns pássaros”, a forma 
verbal “vir” poderia concordar com a expressão nominal 
“alguns pássaros”, que é o sujeito desse verbo.
Regra 4:
Infinitivo após o verbo parecer.
Regra:
Flexionamos o verbo parecer, mas não o verbo no infini-
tivo; ou deixamos o verbo parecer no singular e flexionamos 
o verbo no infinitivo. 
Os meninos parecem brincar. (certo)
Os meninos parece brincarem. (certo também)
Atenção:
Somente quando flexionamos apenas o verbo auxiliar é 
que se pode considerar de fato uma locução verbal.
Os meninos parecem brincar.
Portanto, não temos locução verbal em 
Os meninos parece brincarem. 
Trata-se de uma figura de linguagem de ordem sintáti-
ca que consiste em antepor a uma oração parte da oração 
seguinte (prolepse). 
Traduzindo: a oração subordinada substantiva subjetiva 
tem seu sujeito escrito antes do verbo da oração principal, 
mas o predicado da oração subordinada substantiva subjetiva 
permanece após o verbo da principal. 
Os meninos parece brincarem. É o mesmo que, na ordem 
direta: Os meninos brincarem parece. 
Oração principal: parece.
Oração subordinada substantiva subjetiva: Os meninos 
brincarem.
Regra especial do verbo ser.
Sujeito “Ser” varia Predicativo
Coisa Singular Singular ou Plural Coisa Plural
Obs.: o plural é preferível.
Seu orgulho são os livros.
Seu orgulho é os livros.
Cuidado!
Se o plural vier primeiro, somente verbo no plural. 
Os livros são seu orgulho.
Coisa Com a Pessoa Pessoa
Obs.: a ordem não importa.
Seu orgulho eram os filhos.
Os filhos eram seu orgulho.
As alegrias da casa será Gabriela.
Gabriela será as alegrias da casa.
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
76
Sem Sujeito Com o Numeral Hora
Distância
Data
São nove horas.
Eram vinte para a uma da tarde. 
É uma e quarenta da manhã.
Até lá são duzentos quilômetros.
Obs.: nas datas, o núcleo do predicativo conjuga o verbo. 
Hoje são 19.
Amanhã serão 20.
É dia 20.
(núcleo = dia)
Quantidade pura Singular Nada
Pouco
Bastante...
Dois litros é bastante.
Vinte milhões de reais é muito.
Três quilômetros será suficiente.
Quinze quilos é pouco.
(PMDF) “Antes da Revolução Industrial, um operário só pos-
suía a roupa do corpo. Sua maior riqueza eram os pregos 
de sua casa.” 
46. A flexão de plural na forma verbal “eram” deve-se à 
concordância com “os pregos”; mas as regras gramaticais 
permitiriam usar também a flexão de singular, era.
GABARITO 
1. a
2. E
3. que, pronome relativo 
com função de sujeito 
sintático.
4. As premissas da ideolo-
gia econômica, referen-
te do pronome relativo.
5. Complemento nominal 
do adjetivo “coerente”.
6. E
7. E
8. E
9. E
7. C
8. C
9. E
10. C
11. E
12. C
13. E
14. C
15. E
16. C
17. E
18. C
19. E
20. C
21. E
22. C
23. E
24. C
25. E
26. C
27. C
28. E
29. E
30. E
31. b
32. C
33. C
34. E
35. E
36. E
37. E
38. E
39. C
40. E
41. E
42. C
43. C
44. C
45. C
46. C
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Regra Geral
Adjetivo concorda com substantivo
Acordo diplomático, relação diplomática, acordos diplo-
máticos, relações diplomáticas.
Substantivos + Adjetivo
Adjetivo concorda com substantivo mais próximo ou comtodos. No plural, o masculino prevalece sobre o feminino.
Acordo e relação diplomática / diplomáticos
Proposta e relação diplomática / diplomáticas
Relação e acordos diplomáticos
Adjetivo + Substantivo
Adjetivo concorda com substantivo mais próximo.
Novo acordo e relação, nova relação e acordo.
Substantivo + Adjetivos
Artigo e substantivo no plural + adjetivos no singular.
Artigo e substantivo no sing. + adjetivos no sing. (2º com 
artigo)
As embaixadas brasileira e argentina. 
A embaixada brasileira e a argentina. 
O mercado europeu e o americano.
Os mercados europeu e americano.
Ordinais + Substantivo
Ordinais com artigo => substantivo no singular ou no plural.
Só o 1º ordinal com artigo => substantivo no plural.
O penúltimo e o último discurso / discursos
O penúltimo e último discursos.
É bom, é necessário, é proibido
Não variam com sujeito em sentido vago ou geral (sem 
artigo definido, pronome...)
É necessário aprovação rápida do acordo.
É necessária a aprovação rápida do acordo.
Um e outro, nem um nem outro
Substantivo seguinte no singular, adjetivo no plural.
Um e outro memorando foi encaminhado. 
O governo não aprovou nem uma nem outra medida 
provisória.
Particípio
Só não varia nos tempos compostos (com ter ou haver) 
– voz ativa.
O Ministério havia obtido informações.
Informações foram obtidas. Terminada a conferência, 
procedeu-se ao debate.
De + Adjetivo
Adjetivo não varia ou concorda com termo a que se refere.
Essa decisão tem pouco de sábio / de sábia.
Meio, bastante, barato e caro
Variam quando adjetivos (modificam substantivo).
Não variam quando advérbios (modificam verbo ou ad-
jetivo).
Bastantes índios invadiram o Ministério. Reivindicações 
de meias palavras, porém protestos meio confusos. 
Atendê-las custa caro, pois não são baratos os prejuízos.
Possível
O mais, o menos, o maior... + possível.
Os mais, os menos, os maiores... + possíveis.
Quanto possível não varia.
Haverá reuniões o mais curtas possível.
Haverá reuniões as mais curtas possíveis.
As reuniões serão tão curtas quanto possível.
Só
Varia = sozinho.
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
77
Não varia = somente.
Não estamos sós na sala.
Só nós estamos na sala.
Variam
• Mesmo, próprio
 Os membros mesmos / próprios ignoram a solução.
• mesmo = realmente ou até: não varia
 A solução será mesmo essa. 
 Mesmo os membros criticaram.
• extra
 As horas extras serão pagas.
• quite
 Os servidores estão quites com suas obrigações.
• nenhum
 Não entregaremos propostas nenhumas.
• obrigado
 – Obrigada, disse a secretária.
• anexo, incluso
 As planilhas estão anexas / inclusas.
 Em anexo não varia
 As planilhas estão em anexo.
• todo
 As regras todas foram estabelecidas.
Não variam
• alerta
 Os vigias do prédio estão alerta.
• menos
 Essas eram nações menos desenvolvidas.
• haja vista
 Haja vista as negociações, os americanos não cederão.
• em via de
 Os europeus estão em via de superar os americanos.
• em mão
 Entregue em mão os convites.
• a olhos vistos
 A reforma agrária cresce a olhos vistos.
• de maneira que, de modo que, de forma que
 Os ouvintes silenciaram, de maneira que estão do nosso 
lado.
• cor com nome proveniente de objeto
 Papéis rosa, tecidos abóbora. Carros vinho.
EXERCÍCIOS
Julgue os itens seguintes quanto à concordância nominal.
1. É proibida entrada de pessoas não autorizadas.
2. Fica vedada visita às segundas-feiras.
3. Os consumidores não somos nenhuns bobocas.
4. Traga cervejas o mais geladas possível.
5. Houve menas gente no comício hoje.
6. Vai inclusa à relação o recibo dos depósitos.
7. Era deserta a vila, a casa, o campo.
8. É necessária muita fé.
9. Em sua juventude, escreveu bastantes poemas.
10. Ele usava uma calça meia desbotada.
11. A Marinha e o Exército brasileiro participaram do desfile.
12. A Marinha e o Exército brasileiros participaram do desfile.
13. Remeto-lhe incluso uma fotocópia do certificado.
14. O garoto queria ficar a só.
15. Os Galhofeiros é um ótimo filme dos Irmãos Marx.
16. Descontado o imposto, restou apenas R$10.000,00.
17. Muito obrigada – disse-me ela – eu mesma resolverei o 
problema: vou comprar trezentos gramas de presunto.
18. Necessitam-se de leis mais rigorosas para controlar os 
abusos dos motoristas inescrupulosos.
19. Já faziam duas semanas que a reunião estava marcada, 
mas os diretores não compareciam para concretizá-la.
20. Senhor diretor, já estamos quite com a tesouraria.
Julgue os itens seguintes.
“Ainda estava sob a impressão da cena meio cômica entre 
sua mãe e seu marido”.
21. O vocábulo meio é um advérbio, por isso não concorda 
com cômica.
“Existe toda uma hierarquia de funcionários e autoridades re-
presentados pelo superintendente da usina, o diretor-geral, 
o presidente da corporação, a junta executiva do conselho 
de diretoria e o próprio conselho de diretoria.” 
22. Com relação à norma gramatical de concordância, o 
autor poderia ter usado, sem incorrer em erro, a forma 
funcionários e autoridades representadas.
“Não podia tirar os olhos daquela criatura de quatorze anos, 
alta, forte e cheia, apertada em um vestido de chita, meio 
desbotado.” 
23. No texto lido seria gramaticalmente correta a construção 
apertada em uma roupa de chita, meia desbotada.
(Iades) “Oitenta e cinco por cento dos casos estudados foram 
muito bem-sucedidos”. 
24. O verbo ser, conjugado como “foram”, pode ser empre-
gado também no singular.
(Iades) “O fundamental é não morrer de fome e ver supridas 
certas necessidades básicas”.
25. O termo “supridas” poderia ser usado no masculino 
singular, sem prejuízo gramatical.
(Iades) “Essa é uma questão delicada, daí a importância que 
se tenha clareza sobre ela, pois, quando se trabalha com a 
política de assistência social nos espaços”, 
26. O verbo “trabalha” poderia ser usado no plural, sem 
prejuízo gramatical.
(Funiversa/Terracap) “São emissoras transmitidas de qual-
quer país que passe pela nossa mente – e alguns outros de 
cuja existência sequer desconfiávamos.” 
27. A forma verbal “passe”, se usada no plural, provocaria 
mudança inaceitável de sentido, uma vez que remeteria 
a emissoras, e não mais a país.
(Funiversa/Terracap) “Já existem vários portais ativos e em 
crescimento que disponibilizam para o internauta canais de 
televisão. O wwitv, por exemplo, oferece atualmente nada 
menos de 1.827 estações on-line (número de 4 de dezembro, 
crescendo à razão de duas por dia). São emissoras transmiti-
das de qualquer país que passe pela nossa mente – e alguns 
outros de cuja existência sequer desconfiávamos.”
28. A forma verbal “São” é usada no plural porque concorda 
com o sujeito implícito duas por dia.
(Funiversa/Terracap) “Em meio à burocracia oficial, o rock 
ocupou o espaço urbano, os parques, as superquadras de 
Lucio Costa, cresceu e apareceu.” 
29. Os verbos “cresceu” e “apareceu” deveriam vir flexio-
nados no plural para concordar com seus referentes, os 
parques e as superquadras.
GABARITO
1. E
2. C
3. C
4. C
5. E
6. E
7. C
8. E
9. C
10. E
11. C
12. C
13. E
14. E
15. C
16. E
17. C
18. E
19. E
20. E
21. C
22. C
23. E
24. E
25. E
26. E
27. E
28. E
29. E
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
78
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
Observe:
Todos leram o relatório.
Todos se referiram ao relatório. Verbo + objeto
Regência verbal
Todos chegaram ao colégio. Verbo + adjunto adverbial
Todos fizeram referência ao relatório.
O voto foi favorável ao relatório. Nome + complemento nominal Regência nominal
Problemas estudados pela regência:
1) Diferença entre o uso formal e o uso informal: Che-
gamos em São Paulo. (informal) x Chegamos a São Paulo. 
(formal)
2) Diferença de sentido com diferentes regências: Assis-
timos ao filme. (sentido de “ver”) x Assistimos os doentes. 
(sentido de “ajudar”)
Atenção! Os verbos que serão estudados aqui exigem 
cuidado, porque podem receber diferentes tipos de com-
plemento e mudar de sentido. Cuidado também para notar 
que pode existir uma forma culta (correta) e uma forma co-
loquial (incorreta). E as provas podem pedir que o candidato 
saiba adiferença.
Verbos importantes: assistir, avisar, informar, comunicar, 
visar, aspirar, custar, chamar, implicar, lembrar, esquecer, 
obedecer, constar, atender, proceder.
Para as provas de diversas bancas, é importante estudar 
e saber a maneira correta de completar esses verbos. Esse 
estudo é a regência.
Para estudar estes verbos, observe as regras apresenta-
das para cada verbo nas tabelas a seguir.
Depois responda às questões propostas e confira os 
gabaritos para conferir o aprendizado.
Dica: Regência se aprende assim, com muita prática.
Bom estudo!
VERBO PREP. COMPLEMENTO SENTIDO
ASSISTIR A ALGO =VER
ASSISTIR (A) ALGUÉM =AJUDAR
Obs.: Preposição entre parênteses (A) significa que é 
facultativa.
Julgue certo ou errado.
1. Ontem, assistimos ao jogo do Vasco.
2. Ontem, assistimos o jogo do Vasco.
3. O bombeiro assistiu o acidentado.
4. O bombeiro assistiu ao acidentado.
5. Foi bom o jogo que assistimos.
6. Foi bom o jogo a que assistimos.
7. Foi bom o jogo ao qual assistimos.
8. Foi bom o jogo o qual assistimos.
9. O acidentado que o bombeiro assistiu melhorou.
10. O acidentado a que o bombeiro assistiu melhorou.
11. O acidentado a quem o bombeiro assistiu melhorou.
12. O acidentado ao qual o bombeiro assistiu melhorou.
13. O acidentado o qual o bombeiro assistiu melhorou.
VERBO PREP. COMPLEMENTO SENTIDO
VISAR A ALGO =ALMEJAR
VISAR (A) VERBO =ALMEJAR
VISAR ALGO/ALGUÉM =MIRAR
Julgue certo ou errado.
14. O plano visa o combate da inflação.
15. O plano visa ao combate da inflação.
16. O plano visa combater a inflação.
17. O plano visa a combater a inflação.
18. O policial visou o sequestrador e atirou.
19. O policial visou ao sequestrador e atirou.
20. O combate que o plano visa exige rigor.
21. O combate a que o plano visa exige rigor.
22. O combate ao qual o plano visa exige rigor.
23. O combate a quem o plano visa exige rigor.
24. O sequestrador que o policial visou fugiu.
25. O sequestrador a que o policial visou fugiu.
26. O sequestrador a quem o policial visou fugiu.
Obs.: o pronome relativo “quem” sempre é preposicio-
nado.
27. O sequestrador ao qual o policial visou fugiu.
VERBO PREP. COMPLEMENTO SENTIDO
IMPLICAR ALGO =ACARRETAR
IMPLICAR COM ALGUÉM =EMBIRRAR
Julgue os itens como certo ou errado.
28. A crise implicou em desemprego.
29. A crise implicou desemprego.
30. Ele implica com a sogra.
31. Foi grande o desemprego em que a crise implicou.
32. Foi grande o desemprego que a crise implicou.
33. O estudo implica vitória.
34. O estudo implica na vitória.
VERBO PREP. COMPLEMENTO
OBEDECER A ALGO/ALGUÉM
Julgue os itens como certo ou errado.
35. Os motoristas obedecem o código de trânsito.
36. Os motoristas obedecem ao código de trânsito.
37. Eles estudaram o código e o obedecem.
38. Eles estudaram o código e lhe obedecem.
39. Eles estudaram o código e obedecem a ele.
40. O código que eles obedecem é rigoroso.
41. O código a que eles obedecem é rigoroso.
42. Os funcionários obedecem o chefe.
43. Os funcionários obedecem ao chefe.
44. Eles ouvem o chefe e o obedecem.
45. Eles ouvem o chefe e lhe obedecem.
46. Eles ouvem o chefe e obedecem a ele.
47. O chefe que eles obedecem é rigoroso.
48. O chefe a que eles obedecem é rigoroso.
49. O chefe a quem eles obedecem é rigoroso.
AVISAR,
INFORMAR,
COMUNICAR,
ALGO A ALGUÉM
ALGUÉM DE /
SOBRE
ALGO
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
79
Julgue os itens como certo ou errado.
50. Avise o prazo aos estudantes.
51. Avise os estudantes sobre o prazo.
52. Avise do prazo os estudantes.
53. Avise aos estudantes o prazo.
54. Avise aos estudantes sobre o prazo.
55. Avise-lhes o prazo.
56. Avise-lhes do prazo.
57. Avise-os do prazo.
58. Avise-os o prazo.
59. Avise-o a eles.
60. O prazo que lhes avisei expirou.
61. O prazo de que lhes avisei expirou.
62. O prazo de que os avisei expirou.
63. O prazo que os avisei expirou.
64. Avisamos-lhe que é feriado.
65. Avisamos-lhe de que é feriado.
66. Avisamo-lo que é feriado.
67. Avisamo-lo de que é feriado.
Verbo Prep. Complemento Sentido
Aspirar A Algo =almejar
Aspirar Algo =respirar, 
sorver
Julgue os itens a seguir como certo (C) ou errado (E).
68. Estava no centro de São Paulo. Ali, aspirava o ar puro 
do campo.
69. Estava no centro de São Paulo. Ali, aspirava ao ar puro 
do campo.
70. Estava na fazenda. Ali, aspirava o ar puro do campo.
71. Estava na fazenda. Ali, aspirava ao ar puro do campo.
Verbo Prep. Complemento Sentido
Chamar Alguém =convidar, 
invocar
Chamar (a) Alguém =qualificar, 
atribuir 
característica
Julgue os itens a seguir como certo (C) ou errado (E).
72. Chamaram o delegado para o evento.
73. Chamaram ao delegado para o evento.
74. Chamaram o delegado de corajoso.
75. Chamaram ao delegado de corajoso.
76. Chamaram corajoso o delegado.
77. Chamaram corajoso ao delegado.
78. Chamaram-lhe corajoso.
79. Chamaram-lhe de corajoso.
80. Chamaram-no de corajoso.
81. Chamaram-no corajoso.
Verbo Prep. Complemento
Esqueci Algo ou alguém
Esqueci-me De Algo ou alguém
Esqueci-me (de) Algo ou alguém
Lembre-se: Entre parênteses (de), preposição facultativa.
Julgue os itens a seguir como certo (C) ou errado (E).
82. Esqueci dos eventos..
83. Esqueci os eventos.
84. Esqueci-me dos eventos.
85. Esqueci-me que era feriado.
86. Esqueci-me de que era feriado.
87. Esqueci de que era feriado.
88. Esqueci que era feriado.
Atenção! Existe um uso literário raro:
Esqueceu-me o seu aniversário. Sentido: o seu aniversá-
rio saiu de minha memória.
Sujeito: o seu aniversário. (não é complemento) Aqui o 
complemento é representado pelo pronome “me”.
• A mesma regra do verbo “esquecer” vale também para 
os verbos “lembrar” e “recordar”.
Verbo Prep. Complemento
Atender (a) Algo
Atender (a) Alguém
Julgue os itens a seguir como certo (C) ou errado (E).
89. Atendi o cliente.
90. Atendi ao cliente.
91. Atendi o telefonema.
92. Atendi ao telefonema.
93. Vi o cliente e o atendi.
94. Vi o cliente e lhe atendi.
Verbo Prep. Complemento Sentido
Proceder A Algo =realizar, fazer
Proceder =ter 
fundamento
Proceder De Lugar =ser 
originário de
Proceder =agir, 
comportar-se
Julgue os itens a seguir como certo (C) ou errado (E).
95. O delegado procedeu ao inquérito.
96. O delegado procedeu o inquérito.
97. Os argumentos do advogado procedem.
98. O delegado procede de Brasília.
99. O delegado procedeu com firmeza.
Verbo Prep. Complemento Sentido
Constar De Partes =ser formado 
de partes
Constar Em Um todo =estar dentro 
de um todo
Constar =estar 
presente
Julgue os itens a seguir como certo (C) ou errado (E).
100. O nome do candidato constava na lista de aprovados.
101. O nome do candidato constava da lista de aprovados.
102. O relatório consta de dez páginas.
103. O relatório consta com dez páginas.
104. Tais informações constam.
105. Consta uma multa.
Verbo Prep. Complemento Sentido
Custar Adverbial =valor
Julgue os itens a seguir como certo (C) ou errado (E)
106. O carro custa R$20.000,00.
Atenção! O sentido não pode ser “demorar”:
107. O desfile custou a terminar.
Cuidado! O sujeito não pode ser pessoa:
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
80
108. O pai custou a acreditar no filho.
Importante! O sentido adequado é algo (sujeito) custar 
(ser difícil) para alguém (complemento). Veja:
O relatório custou ao especialista.
Custou-me acreditar. (Sentido: acreditar foi difícil para 
mim) Aqui o sujeito é oracional: acreditar.
Custou ao pai acreditar no filho. (Certo) Aqui o sujeito é 
a oração: acreditar no filho. O complemento é: ao pai.
Julgue os itens a seguir como certo (C) ou errado (E).
(PMDF/Médico) A leitura crítica pressupõe a capacidade do 
indivíduo de construir o conhecimento, sua visão de mundo, 
sua ótica de classe.
109. O trecho “de construir o conhecimento” estabelece 
relação de regência com o termo “capacidade”, espe-
cificando-lhe o significado.
(TRT/9ª/Técnico) Ao realizar leilões de créditos de carbono 
no mercado internacional, São Paulo dá o exemplo a outras 
cidades brasileiras de como transformar os aterros, de fontes 
de poluição e de encargos onerosos para asfinanças muni-
cipais, em fontes de receitas, inofensivas ao meio ambiente.
110. Em “de como transformar”, o emprego da preposição 
“de” é exigido pela regência de “transformar”.
(TRT/9ª/Analista) Há séculos os estudiosos tentam entender 
os motivos que levam algumas sociedades a evoluir mais 
rápido que outras. Só recentemente ficou patente que, além 
da liberdade, outros fatores intangíveis são essenciais ao 
desenvolvimento das nações.
O principal deles é a capacidade de as sociedades criarem 
regras de conduta que, caso desrespeitadas, sejam impla-
cavelmente seguidas de sanções.
111. O emprego da preposição de separada do artigo que 
determina “sociedades”, em “a capacidade de as socie-
dades”, indica que o termo “as sociedades” é o sujeito 
da oração subordinada.
(Crea-DF/Superior) Caso uma indústria lance uma grande 
concentração de poluentes na parte alta do rio, por exemplo, 
a coleta de uma amostra na parte baixa não será capaz de 
detectar o impacto, mesmo que esta seja feita apenas um 
minuto antes de a onda tóxica atingir o local. Esse tipo de con-
trole, portanto, pode ser comparado à fotografia de um rio.
112. No trecho “antes de a onda tóxica atingir o local”, 
a substituição da parte grifada por da resulta em um 
sujeito preposicionado.
113. (HUB) É possível comparar a saúde mental de pessoas 
que vivem em uma região de conflitos à das pessoas que 
vivem em favelas ou na periferia das grandes cidades 
brasileiras?
 Considerando, para a regência do verbo comparar, o se-
guinte esquema: comparar X a Y, é correto afirmar que, 
no texto, X corresponde a “a saúde mental de pessoas 
que vivem em uma região de conflitos” e Y corresponde 
a “[a saúde mental] das pessoas que vivem em favelas 
ou na periferia das grandes cidades brasileiras”.
Assinale a opção pedida em cada questão a seguir.
114. (MPE-RS/Agente Adm.) ... para aprovar, até o final de 
2009, um texto ... O verbo que exige o mesmo tipo de 
complemento que o do grifado acima está na frase:
a) De fato, o resultado é modesto.
b) como fugir aos temas ...
c) já respondem por 20% do total das emissões globais.
d) que já estão na atmosfera ...
e) só prejudica formas insustentáveis de desenvolvi-
mento.
115. (Metrô-SP/Advogado) ... que preferiu a vida breve 
gloriosa a uma vida longa obscurecida. O verbo que 
apresenta o mesmo tipo de regência que o do grifado 
acima está na frase:
a) para finalizar com uma celebridade do contagiante 
futebol.
b) “as fronteiras entre a ficção e realidade são cada vez 
mais vagas”.
c) e retirou a menininha do berço incendiado.
d) Lembrei o exemplo de mártires...
e) Não foram estes homens combatentes de grandes 
feitos militares ...
116. (Seplan-MA) Está correto o emprego da expressão 
sublinhada na frase:
a) É vedada a exposição às cenas de violência a que 
estão sujeitas as crianças.
b) Os fatos violentos de que se deparam as crianças 
multiplicam-se dia a dia.
c) O autor refere-se a um tempo em cujo os índices de 
violência eram bem menores.
d) As tensões urbanas à que se refere o autor já estão 
banalizadas.
e) As mudanças sociais de cujas o autor está tratando 
pioraram a qualidade de vida.
117. (AFRF) Marque o item em que a regência empregada 
atende ao que prescreve a norma culta da língua escrita.
a) A causa por que lutou ao longo de uma década po-
deria tornar-se prioridade de programas sociais de 
seu estado.
b) Seria implementado o plano no qual muitos fun-
cionários falaram a respeito durante a assembleia 
anual.
c) A equipe que a instituição mantinha parceria a longo 
tempo manifestou total discordância da linha de 
pesquisa escolhida.
d) Todos concordavam que as empresas que a licença 
de funcionamento não estivesse atualizada deveriam 
ser afastadas do projeto.
e) Alheio aos assuntos sociais, o diretor não se afinava 
com a nova política que devia adequar-se para de-
senvolver os projetos.
Julgue os itens a seguir como certo (C) ou errado (E).
118. (Detran-DF) Das 750 filiadas ao Instituto Ethos, 94% 
dos cargos das diretorias são ocupados por homens 
brancos.
 A substituição de “Das” por Nas não acarretaria proble-
ma de regência no período, que se manteria gramati-
calmente correto.
119. De janeiro a maio, as vendas ao mercado chinês atin-
giram US$ 1,774 bilhão.
 Pelos sentidos textuais, a substituição da preposição 
a, imediatamente antes de “mercado”, por em não 
alteraria os sentidos do texto.
(MRE/Assistente) O Brasil só conseguiu passar da condição de 
país temerário para a aplicação de recursos, em uma época 
de prosperidade mundial, para a de mercado preferencial 
dos investidores, justamente no auge de um período de 
turbulência financeira nos mercados internacionais, porque 
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está colhendo agora os resultados de uma política econômi-
ca ortodoxa. Zero Hora (RS), 26/2/2008 (com adaptações).
120. Imediatamente após “para a” (L. 3), subentende-se o 
termo elíptico condição.
121. A ética aponta o caminho por meio da consideração 
daquilo que se convencionou chamar de direitos e 
deveres.
 O pronome “daquilo” pode ser substituído, sem prejuízo 
para a correção gramatical do período, por do ou por 
de tudo.
122. Estudo do Banco Mundial (BIRD) sobre políticas fun-
diárias em todo o mundo defende que a garantia do 
direito à posse de terra a pessoas pobres promove o 
crescimento econômico.
 As regras de regência da norma culta exigem o emprego 
da preposição “a” imediatamente antes de “pessoas 
pobres” para que se complemente sintaticamente o 
termo garantia.
123. A cocaína é um negócio bilionário que conta com a 
proteção das Forças Armadas Revolucionárias da Co-
lômbia (FARC), cujo contingente é estimado em 20.000 
homens.
 No texto, “cujo”, pronome de uso culto da língua, 
corresponde à forma mais coloquial, mas igualmente 
correta, do qual.
124. (MPOg/Analista) Mas, apesar da legitimação, a au-
toridade do gestor é constantemente desafiada por 
subordinados, a cujos direitos legais os resguardam 
de represálias imediatas, pois a ruptura do contrato 
de trabalho representa um custo não desprezível para 
a firma.
125. (TRF) Um dos motivos principais pelos quais a temática 
das identidades é tão frequentemente focalizada tanto 
na mídia assim como na universidade são as mudanças 
culturais.
 Preserva-se a correção gramatical e a coerência textual 
ao usar o pronome relativo que em lugar de “quais”, 
desde que precedido da preposição por.
126. (TRF) A busca de sentido para o cosmos se engata com a 
procura de sentido para a existência da família humana.
 Substituir “com a” por na não prejudicaria os sentidos 
originais ou a correção gramatical do texto.
127. (TJ-BA/Supervisor) Por seis julgamentos passou Cristo, 
três às mãos dos judeus, três às dos romanos, e em 
nenhum teve um juiz. Aos olhos dos seus julgadores 
refulgiu sucessivamente a inocência divina, e nenhum 
ousou estender-Lhe a proteção da toga.
 “Lhe” equivale à expressão a Ele e se refere a “Cristo”.
128. (TJ-BA/Supervisor) Exatamente no processo do justo por 
excelência, daquele em cuja memória todas as gerações 
até hoje adoram por excelência o justo, não houve no 
código de Israel norma que escapasse à prevaricação 
dos seus magistrados.
(DFTrans/Analista) Seja qual for a função ou a combinatória 
de funções dominantes em um determinado momento de 
comunicação, postula-se que preexiste a todas elas a função 
pragmática de ferramenta de atuação sobre o outro, de 
recurso para fazer o outro ver/conceber o mundo como 
o emissor/locutor o vê e o concebe, ou para fazer o desti-
natário tomar atitudes, assumir crenças e eventualmente 
desejos do locutor.
129. No período sintático “postula-se que (...) desejos do 
locutor”, as três ocorrências da preposição “de” estabe-
lecem a dependência dos termos que regem para com 
o termo “função pragmática”, como mostra o esquema 
seguinte.
função pragmática:
de ferramenta
de atuação sobre o outro
de recurso para fazer o outro 
conceber o mundo
(MS/Agente) Texto: A diretora-geral da OPAS,com sede em 
Washington – EUA, Mirta Roses Periago, elogiou a iniciativa 
de estados e municípios brasileiros de levar a vacina contra a 
rubéola aos locais de maior fluxo de pessoas, especialmente 
homens, como forma de garantir a maior cobertura vacinal 
possível.
130. Na linha 4, o emprego de preposição em “aos locais” 
justifica-se pela regência de “vacina”.
Assinale a opção pedida em cada questão a seguir.
131. (TRT-21ª) Está correto o emprego do elemento subli-
nhado na frase:
a) Quase todas as novidades à que os moradores tive-
ram acesso são produtos da moderna tecnologia.
b) O gerador a diesel é o meio pelo qual os moradores 
de Aracampinas têm acesso à luz elétrica.
c) A hipertensão na qual foram acometidos muitos 
moradores tem suas causas na mudança de estilo 
de vida.
d) O extrativismo, em cujo os caboclos tanto se empe-
nhavam, foi substituído por outras atividades.
e) Biscoitos e carne em conserva são alguns dos alimen-
tos dos quais o antropólogo exemplifica a mudança 
dos hábitos alimentares dos caboclos.
132. (Sesep-SE/Professor) Isso proporciona à fábula a ca-
racterística de ser sempre nova. A mesma regência do 
verbo grifado na frase acima repete-se em:
a) Histórias criadas por povos primitivos desenvolviam 
explicações fantasiosas a respeito de seu mundo.
b) As narrativas de povos primitivos constituem um 
rico acervo de fábulas, tanto em prosa quanto em 
versos.
c) Pequenas narrativas sempre foram instrumento, nas 
sociedades primitivas, de transmissão de valores 
morais.
d) Nas fábulas, seus autores transferem atitudes e 
características humanas para animais e seres inani-
mados.
e) Fábulas tornaram-se recursos valiosos de trans-
missão de valores, desde sua origem, em todas as 
sociedades.
133. (Ipea) Na frase Preferimos confiar e acreditar nas 
coisas..., a expressão sublinhada complementa correta-
mente, ao mesmo tempo, dois verbos que têm a mesma 
regência: confiar em, acreditar em. Do mesmo modo, 
está também correta a seguinte construção: Preferimos
a) ignorar e desconfiar das coisas...
b) subestimar e descuidar das coisas...
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c) não suspeitar e negligenciar as coisas...
d) nos desviar e evitar as coisas...
e) nos contrapor e resistir às coisas...
134. (Ipea) Ambos os elementos sublinhados estão empre-
gados de modo correto na frase:
a) Nas sociedades mais antigas, em cujas venerava-se 
a sabedoria dos ancestrais, não se manifestava 
qualquer repulsa com os valores tradicionais.
b) Os pais experientes, a cujas recomendações o 
adolescente não costuma estar atento, não devem 
esmorecer diante das reações rebeldes.
c) A autoridade da experiência, na qual os pais julgam 
estar imbuídos, costuma mobilizar os filhos em 
buscar seu próprio caminho.
d) Quando penso em fazer algo de que ninguém tenha 
ainda experimentado, arrisco-me a colher as desven-
turas com que me alertaram meus pais.
e) A autoridade dos pais, pela qual os adolescentes cos-
tumam se esquivar, não deve ser imposta aos jovens, 
cuja a reação tende a ser mais e mais libertária.
135. (Codesp) A matança _____ estão sujeitas as baleias é 
preocupação da Comissão Baleeira Internacional, _____ 
atuação se iniciou em 1946 e _____ participam mais de 
50 países.
 As formas que preenchem corretamente as lacunas na 
frase acima são, respectivamente:
a) a que – cuja – de que
b) que – cujo – de que
c) à que – cuja – com que
d) à que – cuja a – com que
e) a que – cuja a – de que
GABARITO
1. C
2. E
3. C
4. C
5. E
6. C
7. C
8. E
9. C
10. C
11. C
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51. C
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115. c
116. a
117. a
118. C
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126. C
127. C
128. C
129. E
130. E
131. b
132. d
133. e
134. b
135. a
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE 
CRASE
Crase é a contração de a + a = à.
O acento (`) é chamado de acento grave, ou simplesmen-
te de acento indicador de crase.
Gostei de + o filme. = Gostei do filme.
Acredito em + o filho. = Acredito no filho.
Refiro-me a + o filme. = Refiro-me ao filme.
Refiro-me a + a revista. = Refiro-me à revista.
Exercitando e fixando a diferença entre a letra “a” como ar-
tigo somente e a letra “a” como preposição somente.
1. Ponha nos parênteses P se o a for preposição, A se for 
artigo:
a) A nave americana Voyager chegou a ( ) Saturno.
b) O Papa visitou a ( ) nação brasileira.
c) Admirava a ( ) paisagem.
d) Cabe a ( ) todos contribuir para o bem comum.
e) Ele só assiste a ( ) filmes de cowboy.
f) Procure resistir a ( ) essa tentação.
g) Ajude a ( ) Campanha.
h) O acordo satisfez a ( ) direção do Sindicato.
i) Falou a ( ) todos com simpatia contagiante.
j) O acordo convém a ( ) funcionários e a ( ) funcionárias.
Exercitando e fixando a regra prática de crase com artigo.
2. Complete as lacunas com a, as, à ou às junto dos subs-
tantivos femininos, observando as correspondências 
necessárias: o = a; os = as; ao = à; aos = às.
Observe o paralelismo.
a) Dava comida aos gatos e ____ gatas.
b) Estimava o pai e ____ mãe.
c) Perdoa aos devedores e ___ devedoras.
d) Prefiro o dia para estudar; ela prefere ____ noite.
e) Terás direito ao abono e ____ gratificação.
f) Confessou suas dúvidas ao amigo e ___ amiga.
g) Nunca faltava aos bailes e _____ festas de São João.
h) Sempre auxilio os vizinhos e __ vizinhas.
i) Tinha atitudes agradáveis aos homens e ___ mulheres.
Pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo
Método prático
Entregue o livro a este menino.
Note: a + este  a + aquele (veja que temos a + a). 
Então:
Entregue o livro àquele menino.
Leia este livro.
Note: só temos este, sem preposição a. Então ficará sem 
crase com “aquele”:
Leia aquele livro.
Exercitando e fixando a regra prática de crase com pronome 
aquele(s), aquela(s), aquilo.
3. Preencha as lacunas com aquele, aqueles, aquela, aque-
las, aquilo, se não houver preposição a; ou então com 
àquele, àqueles, àquela, àquelas, àquilo, se ocorrer a 
preposição a exigida pelo termo anterior regente.
a) A verba aprovada destinava-se apenas ________ des-
pesas inadiáveis.
b) Prefiro este produto __________.
c) As providências cabem ________ que estejam inte-
ressados.
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d) Submeterei _________ alunos a uma prova.
e) Nunca me prestaria a isso nem ____________.
f) Ficaram todos obrigados ____________ horário.
g) Já não amava __________ moça.
h) Ofereceu uma rosa _______ moça.
i) Reprovo _______ atitude.
j) Não teremos direito ______ abono.
k) Não se negue alimento _______ que têm fome.
l) ___________ hora tudo estava tranquilo.
m) Deves ser grato _______ que te fazem benefícios.
n) Traga-me _____ cadeira, por favor.
o) Diga _______ candidatos que logo os atenderei.
p) É isso que acontece ______ que não têm cautela.
q) Ofereça uma cadeira ______ senhora.
r) Abra ___________ janelas: o calor está sufocante.
s) Compareceste ________ festa?
Exercitando e fixando a regra prática de crase com a(s) = 
aquela(s).
Faça o exercício a seguir observando as comparações entre 
parênteses. Onde tiver a + o no masculino, você usará crase 
(a + a) no feminino.
4. Preencha as lacunas com a, as, quando se tratar do artigo 
ou do pronome demonstrativo; e com à, às, quando hou-
ver crase da preposição a com artigo ou o demonstrativo 
a, as:
a) Estavam acostumados tanto ____ épocas de guerra 
quanto ____ de paz. (Compare: Estavam acostumados 
tanto aos tempos de guerra quanto aos de paz.)
b) Confiava ____ tarefas difíceis mais _____ velhasdo leitor às conclusões 
sintetizadas no ponto de vista ou opinião do autor. 
Daí a organização do texto dissertativo em parágrafos 
coerentes. Cada parágrafo deve conter o seu desen-
volvimento (explicações, exemplificação, recursos 
retóricos destinados a persuadir, etc.). O tópico frasal 
pode estar no começo ou no final do parágrafo; pode 
também ficar implícito. (ANDRÉ, 1988, p. 77) 
Ainda sobre a questão da coerência, não se pode deixar 
de ressaltar a importância da sequência das ideias, concate-
nando os argumentos na construção dos parágrafos.
A coerência é outra qualidade do parágrafo. Enquanto 
a unidade seleciona as ideias, central e secundárias, 
escolhendo as mais importantes e cimentando-as 
através de um ponto comum, a coerência organiza a 
sequência dessas ideias (central e secundárias), de 
modo que o leitor perceba facilmente “como” elas 
são importantes para o desenvolvimento do pará-
grafo. Mesmo que todos os períodos do parágrafo 
estejam relacionados entre si, ou deem suporte à 
ideia principal, se faltar a organização dessas ideias, o 
parágrafo será confuso, sem coerência. (FIgUEIREDO, 
1995, p. 34) 
Na análise da coerência, no âmbito da ordenação, cabe 
enfatizar que seguir uma ordem na apresentação das ideias 
garantirá compreensão rápida e lógica por parte do leitor. 
Selecionar ideias pertinentes constitui relevante estratégia 
de ordenação do texto dissertativo. 
[...] coerência, que implica a exposição de ideias bem 
elaboradas, que tratam do mesmo tema do início ao 
fim do texto em sequência lógica e ordenada. Isso 
significa que o texto deve conter apenas as ideias 
pertinentes ao assunto proposto [...] (BRASIL, 1999, 
p. 10)
Entendida a questão da coerência, passemos a estudar a 
questão das informações explícitas e implícitas. Por exemplo, 
vamos supor que um texto fale de uma árvore com folhas 
verdes e frutas vermelhas. Se a questão perguntar a cor das 
frutas ou das folhas, essas informações estão explícitas, 
são constatáveis pela simples leitura do texto. Porém, se a 
questão cogitar a possibilidade de árvore ser uma macieira 
(árvore de maçãs), logo, tem-se uma questão no âmbito da 
inferência, que tem por pressupostos as informações implíci-
tas, envolvendo, portanto, raciocínio e não mera constatação.
Níveis de Formalidade
Formal, Informal
Texto formal é informativo, segue o padrão culto da 
língua portuguesa. Já o texto informal tem a informalidade 
como característica, ou seja, é mais livre em relação à norma 
culta. Os contextos são distintos, por isso precisamos saber 
diferenciar essas duas variantes linguísticas, embora ambas 
possuam o objetivo de comunicar. Ao falar com familiares 
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ou com amigos, usamos a linguagem informal. Porém, numa 
reunião onde trabalhamos, numa entrevista de emprego, ou 
na escrita de um texto, devemos usar a linguagem formal.
Observemos as ponderações de Daniela Viana (2018, p. 
1-2):
Diferenças
Na tirinha acima podemos notar a presença da linguagem 
formal e informal
A linguagem formal, também chamada de “culta” está 
pautada no uso correto das normas gramaticais bem como 
na boa pronúncia das palavras. Já a linguagem informal ou 
coloquial representa a linguagem cotidiana, ou seja, trata-se 
de uma linguagem espontânea, regionalista e despreocupada 
com as normas gramaticais. 
Texto Literário e não Literário, Verbal e não Verbal
Entre as diferenças do texto literário e do texto não lite-
rário estão a forma da linguagem (verbal ou não verbal) e a 
forma como se apresenta a informação. O texto literário se 
apresenta em uma linguagem pessoal, envolvida em emo-
ção, emprego de lirismo e valores do autor ou do ser (ou 
objeto) retratado.
Já o texto não literário possui como marca a linguagem 
referencial e, por isso, também é chamado de texto utilitário. 
Nesse sentido, o texto literário se destina à expressão, com 
a realidade que se demonstra de maneira poética, podendo 
haver ou não subjetividade.
O texto não literário, porém, é marcado pelo retrato da 
realidade desnuda e crua. É possível tratar sobre o mesmo 
assunto nas duas formas de texto e apontar o tema ao re-
ceptor sem prejuízo a informação.
Observemos as diferenças apresentadas por Daniela 
Diana (2018, p. 1)
Diferenças
Texto Literário Texto Não Literário
A linguagem empregada é de con-
teúdo pessoal, cheia de emoções 
e valores do emissor e há o em-
prego da subjetividade.
Uso da linguagem im-
pessoal, objetiva em 
linha reta.
Emprego da linguagem multidisci-
plinar e cheia de conotações. Linguagem denotativa.
Linguagem poética, lírica, expres-
sa com objetivos estéticos na re-
criação da realidade ou criação de 
uma realidade intangível, somen-
te literária.
Representação da reali-
dade tangível.
Primor da expressão. Atenção, prioridade à 
informação.
Variação Linguística
A variação linguística é um fenômeno natural o qual 
ocorre pela diversificação dos sistemas de uma língua com 
relação às possibilidades de mudança de seus elementos 
(vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe). Sua existência 
se dá pelo fato de as línguas possuírem a característica de 
serem dinâmicas e sensíveis a fatores como a região geográ-
fica, o sexo, a idade, a classe social do falante e o grau de 
formalidade do contexto da comunicação.
Convém ressaltar que toda variação linguística é ade-
quada para atender às necessidades comunicativas e cog-
nitivas do(a) falante. Nesse sentido, ao julgar determinada 
variedade como errada, estamos emitindo um juízo de valor 
sobre os seus falantes e, portanto, agindo com preconceito 
linguístico.
Existem alguns tipos de variedade linguística, segundo 
Mariana Rigonatto (2018, p. 1):
Variedades Regionais
São aquelas que demonstram a diferença entre as falas 
dos habitantes de diferentes regiões do país, diferentes es-
tado e cidades. Por exemplo, os falantes do Estado de Minas 
gerais possuem uma forma diferente em relação à fala dos 
falantes do Rio de Janeiro.
Observe a abordagem de variação regional em um poema 
de Oswald de Andrade:
Vício da fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Agora, veja um quadro comparativo de algumas variações 
de expressões utilizadas nas regiões Nordeste, Norte e Sul:
Região Nordeste Região Sul Região Norte
Racha – pelada, 
jogo de futebol.
Campo Santo – 
cemitério.
Miudinho – pe-
queno.
Jerimum – abó-
bora.
Alçar a perna – 
montar a cavalo.
U m b o r i m b o -
ra? – Vamos em-
bora?
Sustança – energia 
dos alimentos.
Guacho – animal 
que foi criado 
sem mãe.
Levou o fare-
lo – morreu.
Variedades Sociais
São variedades que possuem diferenças em nível fono-
lógico ou morfossintático. Veja:
• Fonológicos: “prantar” em vez de “plantar”; “bão”
em vez de “bom”; “pobrema” em vez de “problema”;
“bicicreta” em vez de “bicicleta”.
• Morfossintáticos: “dez real” em vez de “dez reais”; “eu
vi ela” em vez de “eu a vi”; “eu truci” em vez de “eu
trouxe”; “a gente fumo” em vez de “nós fomos”.
Variedades estilísticas
São as mudanças da língua de acordo com o grau de for-
malidade, ou seja, a língua pode variar entre uma linguagem 
formal ou uma linguagem informal.
• Linguagem formal: é usada em situações comunicati-
vas formais, como uma palestra, um congresso, uma
reunião empresarial etc.
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• Linguagem informal: é usada em situações comunicati-
vas informais, como reuniões familiares, encontro com
amigos, etc. Nesses casos, há o uso da linguagem colo-
quial. .Gíria ou Jargão: é um tipo de linguagem utilizada
por um determinado grupo social, fazendo com que
se diferencie dos demais falantes da língua. A gíria é
normalmente relacionada à linguagem de grupos de
jovens (skatistas, surfistas, rappers etc.). O jargão é, em
geral, relacionado à linguagem de grupos profissionais
(professores, médicos, advogados etc.)
Semântica 
Sentido e Emprego das Palavras
Em Linguística, a Semântica estuda o significadoamizades do que _____ novas. (Compare: Confiava 
os trabalhos difíceis mais aos velhos amigos do que 
aos novos.)
c) ______ espadas antigas eram mais pesas que ___ de 
hoje. (Compare: Os rifles antigos eram mais pesados 
que os de hoje.)
d) _____ forças de Carlos Magno eram tão valentes como 
____ do Rei Artur. (Compare: Os soldados de Carlos 
Magno eram tão valentes como os do Rei Artur.)
e) _____ forças de Bernardo deram combate ____ que 
defendiam Carlos Magno. (Compare: Os homens de 
Bernardo deram combate aos que defendiam Carlos 
Magno.)
f) Esta moça se assemelha ____ que você me apresentou 
ontem. (Compare: Este rapaz se assemelha ao que 
você me apresentou ontem.)
g) ______ Medicina dá combate ____ doenças dos ho-
mens e ____ dos animais. (Compare: Os médicos dão 
combate aos males dos homens e aos dos animais.)
h) Esta tinta não se compara ___ que usaram antes. 
(Compare: Este papel não se compara ao que usaram 
antes.)
i) Prestava atenção ___ palavras dos velhos, mas não 
____ dos jovens. (Compare: Prestava atenção aos 
ensinamentos dos velhos, mas não aos dos jovens.)
Importante:
Precisamos enxergar situações em que o artigo defini-
do pode ser suprimido corretamente. Nesse caso, apenas 
o sentido mudará.
Todo o país comemorou.
Sentido: país definido.
Todo país comemorou.
Sentido: país qualquer.
Todo Brasil comemorou. (errado) 
Todo o Brasil comemorou. (certo)
Conclusão:
O artigo definido é necessário para acompanhar nomes 
já definidos, únicos, específicos. Mas é facultativo, do ponto 
de vista de correção gramatical, quando o nome não está 
definido, não é específico. Apenas o sentido se altera.
5. (TJDFT) Quanto ao emprego do sinal indicativo de crase, 
julgue os fragmentos apresentados nos itens a seguir.
a) Direito a trabalho e a remuneração que assegure con-
dições de uma existência digna.
b) Direito à unir-se em sindicatos.
c) Direito a descanso e à lazer.
d) Direito à uma segurança social.
e) Direito à proteção à família.
f) Assistência para a mãe e às crianças.
g) Direito à boa saúde e à educação de qualidade.
(TST) “São parâmetros hoje exigidos pelo mercado no que 
se refere à empregabilidade.” 
6. Ocorre acento grave em “à” antes de “empregabilida-
de” para indicar que, nesse lugar, houve a fusão de uma 
preposição, exigida pelo vocábulo antecedente, com um 
artigo definido, usado antes dessa palavra feminina.
(TJDFT) “A fé crescente na revolução científica gerava otimis-
mo quanto às futuras condições da humanidade.” 
7. O acento indicativo de crase é opcional no texto; por-
tanto, pode ser retirado sem prejuízo para a correção 
gramatical da frase.
(HUB) “Há contradições entre o mundo universitário tradi-
cional e as aspirações dos estudantes e de seus familiares 
quanto a possibilidades finais de inserção profissional no 
mundo real.” 
8. O emprego do sinal indicativo de crase (à) em “quanto 
a possibilidades” dispensaria outras transformações no 
texto e manteria a correção gramatical do período.
(PRF) “Muitos creem que a Internet é um meio seguro de 
acesso às informações.” 
9. A omissão do artigo definido na expressão “acesso às 
informações”, semanticamente, reforçaria a noção ex-
pressa pelo substantivo em plena extensão de seu sig-
nificado e, gramaticalmente, eliminaria a necessidade 
do emprego do sinal indicativo de crase, resultando na 
seguinte forma: acesso a informações.
Julgue os itens 10, 11 e 12 quanto ao uso da crase.
10. (TRF) “O TCU quer avaliar o controle exercido pela Supe-
rintendência da Receita Federal sobre à rede arrecada-
dora de receitas federais.
11. (AFRF) Para os membros da Comissão de Assuntos Eco-
nômicos do Senado (CAE), a qual os acordos internacio-
nais são submetidos, cabe ao Brasil novas solicitações de 
empréstimos ao FMI.
12. (AFRF) As Metas de Desenvolvimento do Milênio preve-
em a redução da pobreza a metade até 2015.
13. Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas 
do texto.
 Para incentivar o cumprimento dos Objetivos de Desen-
volvimento do Milênio no Brasil, o presidente Luiz Inácio 
Lula da Silva lançou o Prêmio ODM BRASIL. A iniciativa 
do governo federal em conjunto com o Movimento Na-
cional pela Cidadania e Solidariedade e o Programa das 
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vai se-
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lecionar e dar visibilidade __1___ experiências em todo 
o país que estão contribuindo para o cumprimento dos 
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), como 
__2__ erradicação da extrema pobreza e __3__ redu-
ção da mortalidade infantil. Os ODM fazem parte de um 
compromisso assumido, perante __4__ Organização das 
Nações Unidas, por 189 países de cumprir __5__ 18 me-
tas sociais até o ano de 2015.
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a) a à à a às
b) as a a à as
c) às à a à às
d) a a a a as
e) as a a à às
Casos Especiais de Crase
Sinal de Crase em Locuções Femininas
1. Locuções adverbiais
Risquei o lápis.
Risquei a caneta.
Risquei a lápis.
Risquei à caneta.
Regra:
O sinal de crase distingue entre a locução adverbial fe-
minina e o objeto direto.
Vendo a prazo.
Vendo à vista.
Vendo a vista.
Dobrei a direita.
Dobrei à direita.
Nota:
Será facultativo o sinal de crase somente com a locução 
adverbial feminina de instrumento, apenas no caso de não 
haver duplo sentido sem o sinal de crase. 
Risquei o muro a caneta. (certo)
Risquei o muro à caneta. (certo)
Perceba que se trata de locução adverbial de instrumen-
to, mesmo sem ter visto o sinal de crase.
2. Locuções prepositivas
A espera de vagas terminou.
Consegui matricular-me.
À espera de vagas, ficamos todos.
Ainda não nos matriculamos.
Regra:
O sinal de crase é necessário para indicar a locução pre-
positiva feminina. O sinal distingue entre a locução e outras 
estruturas.
Quais outras estruturas?
Sujeito, objeto, complemento não constituem locução 
prepositiva.
Dica:
De modo geral, a locução prepositiva introduz locução 
adverbial.
Os trabalhadores já concluíram a cata de cocos.
Os trabalhadores saíram cedo à cata de cocos.
Observação:
Locução prepositiva possui a seguinte estrutura:
Preposição + substantivo + preposição
à custa de
à maneira de
à beira de
à procura de
Locução adverbial possui a seguinte estrutura:
Preposição + substantivo
à vista
a prazo
a lápis
à caneta
3. Locução adjetiva
Estrutura: preposição + substantivo
Relação: qualifica, especifica um substantivo.
Houve pagamento à vista.
Houve pagamento a prazo.
O risco à caneta não sai.
O risco a lápis sai.
4. Locução conjuntiva
À proporção que / À medida que
Ele enriqueceu à medida que investiu na bolsa.
Foi grande a medida que ele investiu na bolsa. (Notemos 
aqui o sujeito: a medida foi grande)
À proporção que estudava, surgiam dúvidas.
Os matemáticos estudam a proporção que existe entre 
os números. (Note aqui o objeto direto de “estudam”: estu-
dam o quê? Resposta: estudam a proporção..., como alguém 
estuda o limite e a derivada).
Sinal de Crase na Indicação de Horário
Regra:
Ocorre crase somente se indicarmos a hora como horário 
quando algo ocorre, ocorreu ou ocorrerá.
Não ocorre crase quando indicamos quanto tempo pas-
sou ou passará.
Nós vamos chegar lá às duas horas.
Compare com: Nós chegaremos lá ao meio-dia.
Nós vamos estar lá daqui a duas horas. (quantidade de 
tempo que vai passar)
Nós estamos aqui há duas horas. (quantidade de tempo 
que já passou, tempo decorrido)
Sinal de Crase após a Palavra “Até”
Vou ao clube.
Vou até o clube.
Vou até ao clube.
Nota:
Após “até”, será facultativa a preposição pedida pelo 
termo anterior.
Então:
Vou à praia.
Vou até a praia. 
Vou até à praia.
Conclusão:
Crase facultativa após “até”, desde que seja pedida pre-
posição pelo termo anterior.
Mas, cuidado!
Vi o clube. (certo)
Vi até o clube. (certo)
Vi até ao clube. (errado)
Vi a praia. (certo) 
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Vi até a praia. (certo)
Vi até à praia. (errado)
Sinal de Crase diante de Pronomes de Tratamento
Vossa Senhoria deve comparecer. (certo)
A Vossa Senhoria deve comparecer. (errado)
Regra:
De modoe a inter-
pretação do significado de uma palavra, de um signo, de uma 
frase ou de uma expressão em um determinado contexto. 
Nesse campo de estudo se analisa, também, as mudanças de 
sentido que ocorrem nas formas linguísticas devido a alguns 
fatores, tais como tempo e espaço geográfico.
Campos Semânticos
A semântica é o ramo da Linguística que estuda os sig-
nificados e/ou sentido dos vocábulos da língua. Do grego, a 
palavra semântica (semantiká) significa “sinal”.
De acordo com duas vertentes, “sincrônica” e “diacrô-
nica”, a semântica é dividida em:
• Semântica Descritiva: denominada de semântica sin-
crônica, essa classificação indica o estudo da significa-
ção das palavras na atualidade.
• Semântica Histórica: denominada de semântica diacrô-
nica, se encarrega de estudar o significado das palavras
em determinado espaço de tempo.
A fim de conhecer as palavras apropriadas para empregá-
-las em determinados discursos, recorremos à semântica, ou
seja, a significação dos termos.
Para isso, alguns conceitos são basilares para o estudo 
das significações, a saber:
Monossemia, Polissemia e Ambiguidade
Monossemia
A monossemia (de monos = um; semia = significado) é a 
característica das palavras que têm um só significado. Isso 
dificilmente acontece, uma vez que o significado é passível 
de interpretações variadas. Os termos monossêmicos se en-
contram nos textos técnicos e científicos, porque neles se 
procura uma mensagem objetiva para ser entendida de modo 
igual por todos os leitores ou ouvintes.
Exemplo:
A porcelana foi criada pelos chineses.
A jarra é de porcelana. 
Outras palavras:
Logaritmo, Manganês, Decassílabo
Num texto literário, porém, qualquer palavra pode ga-
nhar outros significados.
Exemplos:
Ficaram todos de boca aberta.
A boca da garrafa está quebrada.
Observe que há relação de “abertura”, “orifício” da pala-
vra boca em ambas as frases. É isso que torna a polissemia 
diferente da homonímia.
Outros exemplos:
Ela me pediu para sair (ou ficar). (Sair e ficar podem ser 
denotativo ou uma gíria)
Doe nesta páscoa, ponha (ou bota) ovo em cima da 
mesa.
As frases acima apresentam a ambiguidade, ou seja, 
tem dois sentidos, e causam estranheza. Para não ocorrer 
esse problema, seria melhor trocar as palavras polissêmicas 
por outras palavras: sair = ir para fora; ficar = permanecer; 
por/botar = colocar.
Polissemia
A polissemia representa a multiplicidade de significados 
de uma palavra. Com o decorrer do tempo, determinado 
termo adquiriu um novo significado, entretanto, ainda se 
relaciona com o original, por exemplo:
O rapaz quebrou a perna no acidente.
A perna da cadeira é marrom.
Que letra ilegível!
A letra dessa canção é muito linda.
Ambiguidade 
A Ambiguidade também é considerada um vício de lin-
guagem. É também chamada de Anfibologia e ocorre quando 
existe a duplicidade de sentido em palavras ou expressões 
do texto.
Muitas vezes, certas orações não são constituídas com 
clareza. Isso ocorre quando alguns termos apresentam enten-
dimento ambíguo ou duvidoso, o que acontecer quando são 
usadas palavras ou expressões as quais não possibilitam uma 
interpretação precisa. Nesse caso, existe um entendimento 
duvidoso da sentença e a Ambiguidade se estabelece.
Apesar de ser uma alternativa linguística admissível den-
tro do contexto poético e também na linguagem literária, seu 
uso não é recomendado em casos de escrita mais objetiva, 
em textos informativos e em redação de cunho técnico.
Exemplos:
A garota disse à amiga que sua mãe havia chegado. (A 
oração deixa um entendimento duvidoso, pois não se sabe 
ao certo quem chegou. A mãe da garota ou a mãe da amiga).
O motociclista falou ao amigo caído no chão. (Não há 
como saber quem está caído. Se é o motociclista ou o amigo.)
Perseguiram o porco do meu primo. (Quem foi persegui-
do? O porco que é um animal, ou o primo que está sendo 
chamado de porco?)
Sinonímia e Antonímia
Os sinônimos designam as palavras que possuem signi-
ficados semelhantes, por exemplo:
andar e caminhar
usar e utilizar
fraco e frágil
Do grego, a palavra sinônimo significa “semelhante 
nome” sendo classificados de acordo com a semelhança 
que compartilham com o outro termo.
Os sinônimos perfeitos possuem significados idênticos 
(após e depois; léxico e vocabulário). Já os sinônimos im-
perfeitos possuem significados parecidos (gordo e obeso; 
córrego e riacho).
Os antônimos designam as palavras que possuem signi-
ficados contrários, por exemplo:
claro e escuro
triste e feliz
bom e mau
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Do grego, a palavra “antônimo” significa “nome oposto, 
contrário”.
Homonímia e Paronímia
Homônimos são palavras que ora possuem a mesma 
pronúncia, (palavras homófonas), ora possuem a mesma 
grafia (palavras homógrafas), entretanto, possuem signifi-
cados diferentes.
São chamados de “homônimos perfeitos”, as palavras 
que possuem a mesma grafia e a mesma sonoridade na pro-
núncia, por exemplo:
O pelo do cachorro é curto.
Pelo caminho da vida.
Tenho que chegar cedo.
Cedo meu lugar aos idosos.
Parônimos são aquelas palavras que possuem significa-
dos diferentes, porém se assemelham na pronúncia e na 
escrita, por exemplo:
soar (produzir som) e suar (transpirar);
acento (sinal gráfico) e assento (local para sentar);
acender (dar luz) e ascender (subir).
Clareza
A clareza precisa ser a qualidade básica de todo texto 
escrito com base na norma culta padrão. Muitas vezes as 
pessoas pensam que ser escrever dentro do padrão culto da 
Língua Portuguesa é escrever com vocabulário rebuscado, 
com uso de palavras difíceis de circulação restrita. Isso não 
procede. Ser culto é ser claro, e ser claro é escrever com 
simplicidade e objetividade.
Pode-se definir como claro o texto que possibilita com-
preensão imediata pelo(a) leitor(a). Entretanto, a clareza não 
é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das 
demais características da norma culta escrita:
• a impessoalidade, a qual evita a duplicidade de inter-
pretações que poderia decorrer de um tratamento 
personalista dado ao texto;
• o uso do padrão culto de linguagem inicialmente de 
entendimento geral e por definição avesso a vocábulos 
de circulação restrita, como a gíria e o jargão;
• a formalidade e a padronização, as quais possibilitam 
a imprescindível uniformidade dos textos;
• a concisão, a qual faz desaparecer do texto os excessos 
linguísticos que nada lhe acrescentam.
Redige-se com clareza pela correta observação dessas 
características A ocorrência, em textos escritos, de trechos 
obscuros e de erros gramaticais provém principalmente da 
falta da releitura que torna possível sua correção.
Na revisão de um texto, deve-se avaliar, ainda, se ele será 
de compreensão imediata por seu destinatário. O que parece 
óbvio a uns pode ser desconhecido por terceiros. O domínio 
adquirido sobre certos assuntos em decorrência de expe-
riência profissional muitas vezes faz com que os tomemos 
como de conhecimento geral, o que nem sempre é verdade. 
Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos 
técnicos, o significado das siglas abreviações e os 
conceitos específicos que não possam ser dispensa-
dos. A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. 
A pressa com que são elaboradas certas comunica-
ções quase sempre compromete sua clareza. Não se 
deve proceder à redação de um texto que não seja 
seguida por sua revisão. “Não há assuntos urgentes, 
há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se, pois, 
o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir. 
(MENDES, 2002, p. 6)
Barbarismo, Cacofonia, Eco, Estrangeirismo, 
Solecismo, Arcaísmo
Barbarismo
O Barbarismo se constitui como um vício de linguagem 
relacionado ao uso equivocado de uma palavra ou enunciado, 
seja na pronúncia, grafia ou morfologia. Convém ressaltar 
que o vício de linguagem é um desvio da gramática norma-
tiva o qual pode ocorrer por descuido do falante ou mesmo 
pelo desconhecimento das normas da língua. O barbarismo 
ocorre em vários níveis da língua,isto é, fonético, morfoló-
gico e semântico.
• Silabada: também denominada de barbarismo pro-
sódico (ou simplesmente prosódia), indica os erros 
na pronúncia em relação à acentuação das palavras
 Exemplos: gratuíto ao invés de gratuito; rúbrica ao 
invés de rubrica.
• Cacoépia: também chamada de barbarismo ortoépi-
co, indica os erros cometidos pela pronúncia errada 
das palavras.
 Exemplos: bicicreta ao invés de bicicleta; decascar ao 
invés de descascar.
 Quando ocorre em nível semântico, isto é, na signi-
ficação das palavras, ele é chamado de barbarismo 
semântico.
 Exemplos: absolver (perdoar) e absorver (aspirar); 
comprimento (extensão) e cumprimento (saudação).
• Cacografia: também chamada de barbarismo gráfico, 
indica os erros de grafia da palavra.
 Exemplos: adevogado ao invés de advogado; geito ao 
invés de jeito.
 No caso do barbarismo gramatical o erro ocorre na 
troca de termos ou expressão:
 Exemplos: “meio” no lugar de “meia” (São meio dia 
e meio); “ver” no lugar de “vir” (Quando eu te ver 
amanhã...).
 Por fim, o barbarismo morfológico implica no erro 
quanto ao uso da forma dos vocábulos:
 Exemplos: cidadões no lugar de cidadãos; mamãos no 
lugar de mamões.
Cacofonia
Cacofonia se constitui como um Vício de Linguagem e 
consiste em sons produzidos pela junção do final de um vocá-
bulo e começo de outro, que se encontra a seguir. Ecoam de 
maneira desagradável, causando tonalidades feias ou muitas 
vezes que levam à não distinção da mensagem.
A pronúncia emitida é, em alguns casos, engraçada, 
porém, existem também situações em que esta figura gera 
termos ofensivos ou inconvenientes.
Exemplos:
Ela deu um beijo na boca dela (ca + dela = cadela)
Não se preocupou, já que tinha terminado a prova. (ja + 
que+ tinha = jaquetinha)
Eu vi ela na igreja. (vi + ela= viela)
Ela tinha uma bolsa de couro. (la + tinha= latinha)
A palavra Cacofonia tem origem etimológica em dois 
termos gregos. São eles: Kako e phóne, os quais unidos for-
mam o vocábulo kakophónía, que significa “algo que soa 
mal”. Convém notar que a Cacofonia não aparece somente 
na informalidade da fala ou em textos populares. Ela também 
está presente até mesmo na literatura clássica. Podemos en-
contrar este desvio de linguagem em grandes obras literárias.
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Eco
Ocorre Eco quando existem palavras na frase com termi-
nações iguais ou semelhantes, provocando dissonância. Por 
exemplo: A divulgação da promoção não causou comoção na 
população.
Estrangeirismo
O estrangeirismo corresponde ao uso de palavras es-
trangeiras que foram incorporadas ao vocabulário popular 
brasileiro.
Solecismo
Solecismo se constitui como desvio de sintaxe, podendo 
ocorrer nos seguintes níveis:
• Concordância: Haviam muitos alunos naquela sala.
(Havia)
• Regência: Eu assisti o filme em casa. (ao)
• Colocação: Dancei tanto na festa que não aguentei-
-me em pé. (não me aguentei em pé)
Arcaísmo
Arcaísmo é uma palavra ou uma expressão antiga a qual 
já caiu em desuso. Pode ser dividido em arcaísmos linguís-
ticos e em arcaísmos literários. O arcaísmo linguístico é en-
contrado no uso da língua em determinado local, em que 
existem traços fonéticos, morfológicos, sintáticos e léxicos 
os quais são conservadores e antigos na língua.
Já o arcaísmo literário é aquele encontrado nas obras 
literárias, usado frequentemente como um recurso de estilo 
para tornar o texto mais solene, culto, decadente etc. Eles 
consistem no uso de expressões típicas da época a que o 
texto literário se refere, mas que já não são mais usadas na 
no momento no qual o texto foi escrito. Quando se fala de 
um texto naturalmente antigo, logo, os arcaísmos encontra-
dos não são propositais, porque são expressões próprias da 
época em que o mesmo foi escrito.
Quando se fala em linguagem técnica ou científica, o 
arcaísmo consiste numa construção que já caiu em desuso, 
e que, portanto, prejudica a compreensão do texto. O cos-
tume de empregar no texto expressões antiquadas deve ser 
evitado, porque pode comprometer a clareza do texto para 
um(a) leitor(a) que não tenha os conhecimentos históricos 
necessários para recuperar o significado de tais termos.
Palavras que hoje são usuais para nós, no futuro fatal-
mente se tornarão arcaísmos, e os que hoje existem, anti-
gamente foram palavras usuais. Isso acontece naturalmente 
devido ao processo de evolução da língua, devido a ela ser 
modificada pelos próprios falantes ao longo do tempo. Pode-
-se facilmente perceber algumas palavras que hoje são ainda
utilizadas, mas que devido ao seu uso estar diminuindo cada
vez mais, são certamente futuros arcaísmos. São exemplos
desse fenômeno:
• O pronome vós (2ª pessoa do plural), que está sendo
substituído pelo pronome de tratamento vocês.
A mesóclise do pronome oblíquo (dar-se-á, dedicar-nos-
-emos).
O pretérito mais-que-perfeito (comprara, vendera, re-
duzira).
Vejamos outros exemplos de arcaísmos:
ceroula (cueca);
vosmecê (você);
outrossim (também);
quiçá (talvez);
à guisa de (à maneira de);
apalermado (bobo);
magote (grande quantidade).
Significação das Palavras
Substituição de Palavras ou de Trechos de Texto
O significado das palavras é estudado pela semântica, a 
parte da gramática que estuda não só o sentido das palavras 
como as relações de sentido que as palavras estabelecem 
entre si: relações de sinonímia, antonímia, paronímia, ho-
monímia etc.
Compreender essas relações nos proporciona o alarga-
mento do nosso universo semântico, contribuindo para uma 
maior diversidade vocabular e maior adequação aos diversos 
contextos e intenções comunicativas. 
Sinonímia e Antonímia
A sinonímia indica a capacidade de as palavras apresenta-
rem significados parecidos. A antonímia indica a capacidade 
de as palavras apresentarem significados opostos. Assim, por 
meio da sinonímia e da antonímia, as palavras estabelecem 
relações de proximidade e de contrariedade.
Exemplos de palavras sinônimas:
importante: significativo, considerável, prestigiado, in-
dispensável, fundamental.
necessário: essencial, fundamental, forçoso, obrigatório, 
imprescindível.
Exemplos de palavras antônimas:
dedicado: desinteressado, desapegado, faltoso, desapli-
cado, relapso.
pontual: atrasado, retardado, durável, genérico, irres-
ponsável.
Denotação e Conotação
A denotação indica a capacidade de as palavras apre-
sentarem um sentido literal e objetivo. A conotação indica a 
capacidade de as palavras apresentarem um sentido figurado 
e simbólico.
Exemplos de palavras com sentido denotativo:
O navio atracou no porto.
A anta é um mamífero.
Exemplos de palavras com sentido conotativo:
Você é o meu porto.
Pense pela sua própria cabeça, sua anta!
Reescrita de Textos de Diferentes Gêneros e Níveis de 
Formalidade
Os níveis de formalidade têm relação direta com a inten-
ção comunicativa, ou seja, com o objetivo do texto e o con-
texto em que a comunicação é veiculada. Quem é o emissor 
e para quem é dirigida a Comunicação? Por exemplo, se a fala 
de um juiz em um tribunal for endereçada a uma criança, ela 
não entenderá. A comunicação entendível é aquela que es-
colhe vocabulário adequado à compreensão do público-alvo. 
Nesse sentido, os níveis de linguagem levam em conta esses 
estratos (camadas sociais, econômicas, culturais, etárias, si-
tuacionais), a cujo contexto a linguagem deve se adaptar.
O que determinará o nível de linguagem empregado é o 
meio social no qual o indivíduo se encontra. Logo, para cada 
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ambiente sociocultural existe uma medida de vocabulário, 
um modo de se falar, uma entonação empregada, uma forma 
de se fazer a combinação das palavras, e assim por diante.
A linguagem culta ou padrão é aquela que é ensinada nas 
escolas e serve de veículo às ciências nas quais se apresenta 
com terminologia especial. É usada pelas pessoas instruídas 
das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência 
às normas gramaticais. Mais comumente usada na lingua-
gem escritae literária, reflete prestígio social e cultural. É 
mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está 
presente em diversos gêneros textuais, como nas aulas, 
conferências, sermões, discursos políticos, comunicações 
científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.
Referências
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plicando a redação. São Paulo: FTD, 2003.
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vestibulares. 5. ed. São Paulo: Moderna, 1998. 
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BARTHES, Roland. S/Z (1970). Acesso em 3 maio 2012. Dispo-
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BELLINE, Ana Helena Cizotto. A dissertação. São Paulo: Ática, 
1988. 
BRASIL, Senado Federal. Manual de elaboração de textos. 
Apresentação de Dirceu Teixeira de Matos. Brasília: Senado 
Federal, Consultoria Legislativa, 1999. 
CARNEIRO, Agostinho Dias. Redação em construção. 2. ed. 
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gONÇALVES, Jonas Rodrigo. Gramática Didática e Interpreta-
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gONÇALVES, Jonas Rodrigo. Redação em concursos públicos 
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gONÇALVES, Jonas Rodrigo. Redação Oficial, Dissertação e 
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TERRA, Ernani, NICOLA, José de. Práticas de linguagem: lei-
tura e produção de textos. São Paulo: Scipione, 2001. 
EXERCÍCIOS
Revista da Semana, dez./2008 (com adaptações).
(Cespe/MPE-PI/Técnico Ministerial/Área Administrativa/2018) 
Julgue os itens a seguir, relativos aos sentidos e aos aspectos 
linguísticos do texto apresentado.
1. O texto é essencialmente informativo.
2. O trecho “assim como tesouros culturais únicos” (l.7) 
estabelece uma comparação com “antigos centros de 
culto” (l.6) e “paisagens em vias de extinção” (l. 6 e 7).
Fernando Sabino. O grande mentecapto. 62.ª ed. Rio de Janeiro: 
Record, 2002.
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(Cespe/MPE-PI/Técnico Ministerial/Área Administrativa/2018) 
Com referência aos sentidos do texto precedente e às estru-
turas linguísticas nele empregadas, julgue os itens a seguir.
3. A presença de um narrador é um dos elementos textuais
que permitem classificar o texto como narratio.
4. A correção gramatical do texto seria prejudicada caso
se substituísse, na linha 9, “de que” por os quais.
5. A oração “que inspiraram tais cartas” (l. 5 e 6) modifica
o sentido apenas do termo “grau” (l.5).
Texto CB2A1AAA
Márcia Chuva. História e patrimônio. In: Revista do patrimônio 
histórico e artístico nacional, n.º 34, 2012, p. 11 (com adaptações)
(Cespe/Iphan/Nível Médio/2018) Com relação às ideias e 
aos aspectos linguísticos do texto CB2A1AAA, julgue os itens 
a seguir.
6. Infere-se dos sentidos do texto que os autores a que se
refere a expressão “Alguns desses autores” (ℓ.26) são
os responsáveis por “Certa produção historiográfica e 
sociológica” (ℓ.10).
7. Conforme o texto, a atividade do historiador, ao cons-
truir o patrimônio, pode ser enquadrada no conjunto das
“ações de resistência, aparentemente insignificantes”
(ℓ.36).
8. Conclui-se do texto que a “ambiguidade do papel do his-
toriador” (ℓ.13) encontra-se no fato de que esse profis-
sional colabora para o processo de construção do poder
e, ao mesmo tempo, tem a possibilidade de subvertê-lo,
sutilmente.
9. Segundo o texto, é implausível considerar que o trabalho
com o patrimônio se converta em uma ação política.
10. Por expor as ideias da autora, o texto é predominante-
mente descritivo.
(Cespe/Iphan/Nível Médio/2018) A respeito dos aspectos 
linguísticos e textuais do texto CB2A1AAA, julgue os itens 
que seguem.
11. No período em que aparece, o vocábulo “cotidiana”
(ℓ.39) expressa uma característica de “uma ordem im-
posta ou dominante” (ℓ.38).
12. Sem prejuízo dos sentidos originais do texto, o verbo
“fabricar” (ℓ.7) poderia ser substituído por forjar.
Texto CB2A1BBB
Vanessa Fernandes Correa e Mauro Sérgio Procópio Calliari. 
As transformações da cidade contemporânea. In: Preservando 
o patrimônio histórico – um manual para gestores municipais. 
São Paulo (com adaptações).
(Cespe/Iphan/Nível Médio/2018) Acerca das ideias e dos 
aspectos linguísticos do texto CB2A1BBB, julgue os itens 
seguintes.
13. O texto sugere que a prevalência de interesses econômi-
cos nas novas formas de planejamento urbano beneficia
as cidades.
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14. O texto apresenta características da tipologia textual 
dissertativo-argumentativa.
(Cespe/Iphan/Nível Médio/2018) Com relação aos aspectos 
linguísticos do texto CB2A1BBB, julgue os próximos itens.
15. No trecho “vivemos um divórcio entre política e poder” 
(ℓ.23), a palavra “divórcio” poderia ser substituída por 
apartamento, sem alteração dos sentidos originais do 
texto.
16. Sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do 
texto, o primeiro parágrafo poderia ser reescrito da se-
guinte maneira: São a velocidade das transformações 
que caracterizam, principalmente, a sociedade contem-
porânea.
(Cespe/Iphan/Nível Médio/2018) Acerca das ideias e dos 
aspectos linguísticos do texto CB2A1BBB, julgue os itens 
seguintes.
17. A substituição da expressão “Além de” (ℓ.21) por Apesar 
de não alteraria os sentidos originais do texto.
18. Os autores do texto defendem que é preciso lutar contra 
a segmentação de interesses para que a cidade possa 
servir a todos.
19. Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do 
texto, a expressão “Com a” (ℓ.12) poderia ser substituída 
pela expressão Devido à.
20. Depreende-se do texto que a economia global não inter-
fere no desenvolvimento e na implantação de políticas 
públicas para as cidades.
GABARITO
 
1. C 
2. E 
3. C 
4. C 
5. E 
6. C 
7. C 
8. C 
9. E 
10. E 
11. E 
12. C 
13. E 
14. C 
15. C 
16. E 
17. E 
18. E 
19. C 
20. E
 Márcio Wesley
ORTOGRAFIA OFICIAL 
O Alfabeto
Com a Nova Ortografia, o alfabeto passa a ter 26 letras. 
Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
A B C D E F g H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desapare-
cido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas 
em várias situações. Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km 
(quilômetro), kg (quilograma), w (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus 
derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, 
yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Emprego das Letras
• Ortho = Correta. 
 graphia = Escrita.
• A Nova Ortografia, desde 2016, vigora como forma 
obrigatória.
Emprego do “S”
• O “s” intervocálicotem sempre o som de “z”:
 casa, mesa, acesa etc.
• O “s” em início de palavras tem sempre o som de “ss”:
 sílaba, sabonete, seno etc.
Usa-se o “S”
• Depois de ditongos:
 Neusa, Sousa, maisena, lousa, coisa, deusa, faisão, 
mausoléu etc.
• Adjetivos terminados pelos sufixos “oso”, “osa” (indi-
cadores de abundância):
 cheiroso, prazeroso, amoroso, ansioso etc.
• Palavras com os sufixos “es”, “esa” e “isa” (indicadores 
de títulos de nobreza, de origem, gentílicos ou pátrios, 
cargo ou profissão):
 duquesa, chinês, poetisa etc.
• Nas palavras em que haja “trans”:
 transigir, transação, transeunte etc.
• Nos substantivos não derivados de adjetivos:
 marquesa (de marquês), camponesa (de camponês), 
defesa (de defender).
• Nos derivados dos verbos “pôr” e “querer”:
 ela não quis; se quiséssemos; ela pôs o disco na estante; 
compus uma música; se ela quisesse; eu pus etc.
• Nos sufixos gregos “ese”, “ise”, “ose” (de aplicação 
científica, ou erudita – culta):
 trombose, análise, metamorfose, virose, exegese, os-
mose etc.
• Nos vocábulos derivados de outros primitivos que são 
escritos com “s”:
 análise – analisar, analisado
 atrás – atrasar, atrasado
 casa – casinha, casarão, casebre
 Porém há algumas exceções: 
 catequese – catequizar
 síntese – sintetizar
 batismo – batizar
• Nos diminutivos “inho”, “inha”, “ito”, “ita”:
 Obs.: Se a palavra primitiva já termina com “s”, basta 
acrescentar o sufixo de diminutivo adequado: 
 pires – piresinho
 casa – casinha, casita
 empresa – empresinha
• Usa-se o “s” nos substantivos cognatos (pertencentes 
à mesma família de formação) de verbos em “-dir” e 
“-ender”.
 dividir – divisão
 colidir – colisão
 aludir – alusão
 rescindir – rescisão
 iludir – ilusão
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
15
EXERCÍCIOS
1. Assinale a alternativa em que, na frase, a palavra subli-
nhada esteja escrita incorretamente.
a) Paula saiu da sala muito pesarosa.
b) Esta água possui muita impuresa.
c) Faça a gentileza de sair rapidamente.
d) A nossa amizade é muito sólida.
e) A buzina do meu carro disparou, o que faço?
2. Assinale a alternativa em que, na frase, a palavra subli-
nhada esteja escrita incorretamente.
a) O rapaz defendeu uma tese.
b) O teste será realizado amanhã.
c) Comerei, mais tarde, um sanduíche misto.
d) Deixe os parafusos em uma lata com querozene.
e) A usina de açúcar fica distante da fazenda.
3. O sufixo “isar” foi usado incorretamente na alternativa:
a) É necessário bisar muitas músicas.
b) De longe, não consigo divisar as coisas.
c) É necessário pesquisar incansavelmente.
d) É muito importante paralisar as obras, agora.
e) Não há erro em nenhuma alternativa.
4. Há palavra estranha em um dos grupos abaixo:
a) pesaroso – previsão – empresário.
b) querosene – gasolina – música.
c) celsa – virose – maisena.
d) quiser – puser – hipnotisar.
e) anestesia – dosagem – divisa.
5. Assinale a frase em que a palavra sublinhada esteja es-
crita incorretamente.
a) Eu não quero acusar ninguém.
b) Ela é uma mulher obesa.
c) Ela está com náusea, está grávida.
d) Ao dirigir, cuidado com os transeuntes.
e) Devemos suavisar o impacto.
GABARITO
1. b 2. d 3. e 4. d 5. e
Emprego do “Z”
Usa-se o “z”
• Nas palavras derivadas de uma primitiva já grafada 
com “z”:
 cruz – cruzamento – cruzeta – cruzeiro
 juiz – juízo – ajuizado – juizado
 desliza – deslizamento – deslizante
• Nos sufixos “ez/eza” formadores de substantivos abs-
tratos e adjetivos com o acréscimo dos sufixos citados:
 beleza – belo + eza
 gentileza – gentil + eza
 insensatez – insensato + ez
• Nos diminutivos “inho” e “inha”:
 Obs. 1: Se a palavra escrita primitiva já termina com “z”, 
basta acrescentar o sufixo de diminutivo adequado:
 juiz – juizinho
 raiz – raizinha
 xadrez – xadrezinho
 Obs. 2: Se a palavra primitiva não tiver “s” nem “z”; 
então se acrescenta: “zinho” ou “zinha”:
 sofá – sofazinho
 mãe – mãezinha
 pé – pezinho
EXERCÍCIOS
1. Em todas as alternativas abaixo as palavras são grafadas 
com “z”, exceto:
a) limpeza – beleza.
b) canalizar – utilizar.
c) avizar – improvizar.
d) catequizar – sintetizar.
e) batizar – hipnotizar.
2. Complete corretamente os espaços do período a seguir 
com uma das alternativas abaixo.
 “Nossa ______ não tem ______ para terminar, disse a 
______.”
a) amizade – praso – meretriz
b) amisade – prazo – meretris
c) amizade – prazo – meretris
d) amizade – prazo – meretriz
e) amisade – praso – meretriz
3. Há, nas alternativas abaixo, uma palavra diferente do 
grupo em relação à ortografia:
a) avidez, beleza. 
b) algoz, baliza.
c) defesa, limpeza. 
d) gozado, bazar.
e) miudeza, jeitoza.
4. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação 
à ortografia, exceto:
a) utilizar. 
b) grandeza. 
c) certeza. 
d) orgulhoza. 
e) agonizar.
5. Complete os espaços do período abaixo com uma das 
alternativas que se seguem de forma correta e ordenada.
 “Ela era ______ de ______ e ______ o trabalho com 
______.”
a) incapaz – atualizar – finalizar – presteza
b) incapás – atualisar – finalisar – prestesa
c) incapas – atualizar – finalizar – presteza
d) incapaz – atualisar – finalisar – presteza
e) incapaz – atualizar – finalizar – prestesa
GABARITO
1. c 2. d 3. e 4. d 5. a
Emprego do “G”
• Nas palavras que representam o mesmo som de “j” 
quando for empregada antes das vogais “e” e “i”: 
 gente, girafa, urgente, gengiva, gelo, gengibre, giz etc.
 Obs.: apenas nesses casos, surgem dúvidas quanto ao 
uso. Nos demais casos, usa-se o “g”.
• Nas palavras derivadas de outras que já são escritas 
com “g”:
 ágio – agiota – agiotagem
Lí
N
g
U
A
 P
O
R
TU
g
U
ES
A
16
 gesso – engessado – engessar
 exigir – exigência – exigível
 afligir – afligem – afligido
• Nas terminações “agem”, “igem” e “ugem”:
 margem, coragem, vertigem, ferrugem, fuligem, 
garagem, origem etc.
 Exceção:
 pajem, lajem, lambujem.
 Note bem:
 O substantivo viagem escreve-se com “g”, mas viajem 
(forma verbal de viajar) escreve- se com “j”:
 Dica:
 Quando podemos escrever artigo antes (a, uma), temos 
o substantivo “viagem”, com “g”. 
 A viagem para Búzios foi maravilhosa.
 Quando podemos ter o sujeito e conjugar, então tere-
mos o verbo, escrito com “j”:
 Que eles viajem muito bem.
• Nas terminações “ágio”, “égio”, “ígio”, “ógio”, “úgio”, 
“ege”, “oge”:
 pedágio, relógio, litígio, colégio, subterfúgio, estágio, 
prodígio, egrégio, herege, doge etc.
• Nos verbos terminados em “ger” e “gir”:
 corrigir, fingir, fugir, mugir etc.
EXERCÍCIOS
1. Todas as palavras sublinhadas nas frases abaixo são es-
critas com “g”, exceto:
a) Joga esta geringonça no lixo.
b) A geada foi muito forte na região Sul do Brasil.
c) A giboia é uma serpente não venenosa.
d) guarde a tigela no armário da sala.
e) Pessoas cultas não falam muita gíria.
2. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas 
em relação à ortografia, exceto:
a) gengiva – Sergipe – evangelho.
b) trage – ogeriza – cangica.
c) giz – monge – sargento.
d) vagem – ogiva – tangerina.
e) gim – ogiva – sugestão.
3. Todas as palavras das alternativas abaixo estão incorretas 
em relação à ortografia, exceto:
a) ultrage – lage – berinjela.
b) cangerê – cafageste – magé.
c) refúgio – estágio – ferrugem.
d) geca – girau -cangica.
4. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação 
à ortografia, exceto:
a) fuselagem. 
b) aflige. 
c) angina. 
d) grangear. 
e) fuligem.
5. Todas as palavras das alternativas abaixo são grafadas 
com “g”, exceto:
a) ceregeira. 
b) cingir. 
c) contágio. 
d) algema. 
e) página.
GABARITO
1. c 2. b 3. c 4. d 5. a
Emprego do “J”
Usa-se o “j”:
• Nos vocábulos de origem tupi:
 maracujá, caju, jenipapo, pajé, jerimum, Ubirajara etc.
 Exceção:
 Mogi das cruzes, Mogi-guaçu, Mogi-mirim, Sergipe.
• Nas palavras cuja origem latina assim o exijam:
 majestade, jeito, hoje, Jesus etc.
• Nas palavras de origem árabe:
 alforje, alfanje, berinjela.
• Nas palavras derivadas de outras já escritas com “j”:
 gorja – gorjeio, gorjeta, gorjear
 laranja – laranjinha, laranjeira, laranjeirinha
 loja

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