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INTRODUÇÃO
Olá, estudante
A teoria da separação dos poderes ganhou força durante a Revolução Francesa e, ao longo dos anos, foi
reformulada até chegar às concepções que se têm hoje.
Nesse contexto, a Constituição brasileira elenca três poderes, independentes e harmônicos entre si, sendo
eles o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, cada um com suas funções e competências.
Nesta aula, convido você a aprender sobre o Poder Executivo e quem o representa perante as outras
instituições, quem o substituirá em caso de impedimento ou vacância e como se dá o processo de
responsabilização.
Con�ra nosso material e venha aprender mais sobre o tema.
Aula 1
O PODER EXECUTIVO: CARACTERÍSTICAS E
COMPETÊNCIAS
A teoria da separação dos poderes ganhou força durante a Revolução Francesa e, ao longo dos anos, foi
reformulada até chegar às concepções que se têm hoje.
17 minutos
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E OS PODERES EXECUTIVO,
LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO
 Aula 1 - O Poder Executivo: características e competências
 Aula 2 - O Poder Legislativo: características e competências
 Aula 3 - Poder judiciário: características e competências
 Aula 4 - Administração pública
 Aula 5 - Revisão da unidade
 Referências
92 minutos
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AS FUNÇÕES DO EXECUTIVO
Durante a queda do estado totalitário francês, a teoria da separação dos poderes, desenvolvida por
Montesquieu, tinha por �nalidade a garantia da supremacia da lei por meio do exercício da função executiva e
judicial. Naquela época, tinha concepção jurídica (TAVARES, 2023, p. 385).
Contudo, ao longo dos anos, sobretudo no Brasil, ganhou força política, partindo da premissa de se tratar de
funções estatais atreladas aos órgãos da soberania nacional, e que descrevem a estrutura política do Estado.
Nesse passo, a Constituição brasileira, em seu art. 2º, consagra o princípio da separação do poder da seguinte
forma: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.
Aqui, por enquanto, discorreremos sobre o Poder Executivo e, para nossos estudos, é importante
relembrarmos que atualmente a forma de governo adotada pela República Federativa do Brasil é o
Presidencialismo, que tem como principal característica a autonomia do Presidente da República perante o
Congresso Nacional (TAVARES, 2023, p. 445).
O Presidente da República, que é eleito pelo povo, por meio do Presidencialismo, também exerce o papel de
Chefe de Estado e Chefe de Governo, sem, contudo, possuir participação no processo de aprovação das leis.
Ao se falar em funções do Poder Executivo, é importante mencionar que, em âmbito federal, o art. 76 da
CF/88 disciplina serem elas exercidas pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros do Estado, e
substituído pelo Vice-Presidente. Já em âmbito estadual e distrital, o Poder Executivo é exercido pelo
Governador de Estado, auxiliado pelos Secretários de Estado, e substituído pelo Vice-Governador, e Municipal,
pelo Prefeito, substituído pelo Vice-Prefeito.
Assim, a função primordial do Poder Executivo, no plano interno, é garantir, por exemplo, que direitos sociais
e fundamentais alcancem a todos os cidadãos.
O art. 84 da CF/88 traz as atribuições privativas do Presidente da República, enumerando um rol meramente
exempli�cativo.
Por exemplo, tratam-se de competências privativas do Chefe do Poder Executivo nomear e exonerar os
Ministros de Estado; exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração
federal; sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua �el
execução; mediante decreto, dispor sobre organização e funcionamento da administração federal e extinção
de funções ou cargos públicos, quando vagos; manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus
representantes diplomáticos; celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional; decretar o estado de defesa, estado de sítio e a intervenção federal, dentre outras
funções.
Cumpre destacar aqui que o inciso VI do art. 84 da CF/88 traz as únicas possibilidades de expedição de
decretos autônomos, sendo estes decretos que não regulamentam leis. Assim, pode o Presidente da
República editar decretos que tratam da organização e funcionamento da administração pública federal,
desde que não implique aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.
Por �m, o parágrafo único do art. 84 da CF/88 dispõe ainda que algumas dessas atribuições podem ser
delegadas aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, nos
limites previstos pela própria Constituição.
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IMPEDIMENTO E VACÂNCIA
Agora que você já aprendeu sobre as funções do Poder Executivo, iremos estudar sobre os impedimentos e
vacância do cargo de Presidente da República.
Antes, porém, é importante que você saiba quais são as condições para a elegibilidade de�nidas pela
Constituição brasileira para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República. São elas:
• Ser brasileiro nato (art. 12, § 3º, I).
• Estar no pleno exercício dos direitos políticos (art. 14, § 3º, II).
• Alistamento eleitoral (art. 14, § 3º, III).
• Domicílio eleitoral na circunscrição (art. 14, § 3º, IV).
• Filiação partidária (art. 14, § 3º, V, e 77, § 2º).
• Idade mínima de 35 anos (art. 14, § 3º, VI, “a”).
• Não ser inalistável e nem analfabeto (art. 14, § 4º).
• Não ser inelegível (art. 14, § 7º).
Preenchidas tais condições, a eleição do Presidente e Vice-Presidente será válida, e poderão tomar posse dos
cargos, em sessão solene e conjunta do Congresso Nacional, onde prestarão o compromisso de manter,
defender e cumprir a Constituição, bem como de observar as leis, promover o bem-estar de todo o povo
brasileiro, dentre outros (arts. 77 e 78, CF/88).
Nesse passo, o Presidente da República será sucedido pelo Vice-Presidente quando o cargo daquele estiver
vago, ou substituído, em caso de impedimento, nos termos do art. 79 da CF/88).
Segundo Lenza (2023, p. 367), a vacância de cargo dá a ideia de impossibilidade de�nitiva, podendo ocorrer,
por exemplo, em caso de cassação, renúncia ou morte, e a substituição tem caráter temporário, e ocorrerá
em caso de viagem, férias, doenças etc.
Havendo vacância do cargo de Presidente da República, o Vice-Presidente assume de modo de�nitivo, não
necessitando de nova eleição; se houver substituição, assume de forma temporária, até que cesse o motivo
que a ensejar.
Por outro lado, estando ausentes o Presidente e o Vice-Presidente da República, de forma temporária,
assumem o cargo de Presidente da República o Presidente da Câmara dos Deputados, o Presidente do
Senado Federal e o Presidente do Supremo Tribunal Federal, nessa ordem. A doutrina chama essas �guras
públicas de substitutos eventuais ou legais (LENZA, 2023, p. 369).
Lenza (2023, p. 369) sustenta ainda que os substitutos eventuais ou legais também deverão preencher as
condições legais exigidas pela Constituição brasileira para o exercício do cargo de Presidente e Vice-Presidente
da República. Contudo, não poderão assumir se presente qualquer situação de impedimento prevista pela
Constituição para o exercício do cargo de Chefe do Executivo.
No âmbito estadual, distrital e municipal, adotando o princípioda simetria, em caso de vacância ou
impedimento do cargo de Chefe do Executivo estadual, distrital ou municipal, adota-se a mesma lógica.
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Nesse passo, em caso de vacância ou impedimento do cargo de Governador de Estado, e diante da
impossibilidade de assunção pelo Vice-Governador, assumirão de forma sucessiva o Presidente da Assembleia
Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça local; em se tratando do Distrito Federal, assumirão no lugar
do Governador e do Vice-Governador, o Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal e o Presidente
do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios; por �m, em se tratado de Prefeito e Vice-Prefeito,
assumirá o Presidente da Câmara Municipal e, a depender do município, o Vice-Presidente da Câmara
Municipal.
RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE
Os governantes podem sofrer vários tipos de responsabilização, seja no âmbito político, criminal ou civil, pela
prática de determinados atos que eventualmente venham a praticar no exercício da função pública.
Os arts. 85 e 86 da Constituição brasileira elencam uma série de condutas passíveis de responsabilidade
político-administrativa por parte do Presidente da República. Vamos conhecê-las?
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição
Federal e, especialmente, contra:
Além disso, o parágrafo único do artigo citado dispõe que os crimes de responsabilidades serão de�nidos em
lei especial, que disciplinará as normas de processo e julgamento.
O que se tem hoje é a Lei n. 1.079/1950, que de�ne esses crimes e o procedimento de julgamento e, de forma
subsidiária, os Regimentos Internos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Por outro lado, as regras que disciplinam o processo e o julgamento dos crimes comuns praticados pelo
Presidente da República se encontram previstas na Lei n. 8.038/1980 e nos arts. 230 a 246 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal.
Assim, após observadas as formalidades previstas para o julgamento dos crimes de responsabilidades,
também haverá um controle político de admissibilidade pela Câmara dos Deputados, que autorizará ou não o
recebimento da denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal.
Sendo recebida a denúncia ou a queixa-crime, o Presidente da República �cará suspenso de suas atividades
por 180 dias. Decorrido esse prazo sem julgamento, voltará a exercer suas atividades (art. 86, § 4º, CF/88).
I – a existência da União;
II – o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos
Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III – o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV – a segurança interna do País;
V – a probidade na administração;
VI – a lei orçamentária;
VII – o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
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Se houver autorização da Câmara dos Deputados, e os pedidos da denúncia forem julgados procedentes, a
condenação aplicada será a pena prevista pelo tipo penal, não podendo o Presidente da República ser
submetido à perda do cargo, que somente poderá ocorrer em se tratando de crime de responsabilidade.
O art. 86, § 4º, da CF/88 disciplina a imunidade presencial ou a irresponsabilidade penal relativa do Presidente
da República, ou seja, durante a vigência do mandato, somente responderá por atos praticados em razão do
exercício de suas funções. Isso porque o Presidente da República não poderá responder por atos estranhos às
suas funções.
Assim, por exemplo, se o Presidente da República praticar infrações penais antes do início do mandato, ou
durante a vigência, mas que não tenha qualquer relação com o desempenho de suas funções, a persecução
criminal �cará provisoriamente suspensa, inclusive quanto ao curso da prescrição da pretensão punitiva do
Estado.
Já os atos de natureza civil, política, administrativa, �scal ou tributária, poderão ensejar a responsabilização do
Presidente da República, pois a irresponsabilidade penal relativa ou imunidade presidencial somente
alcançam os ilícitos penais (LENZA, 2023, p. 380).
Por �m, consoante o que dispõe o § 3º do art. 86 da CF/88, o Presidente da República somente se sujeitará à
prisão nas infrações comuns após sentença condenatória.
VIDEO RESUMO
Nesta aula, você aprendeu sobre as funções do Poder Executivo, bem como a �gura política que o representa
como Chefe de Estado e Chefe de Governo: o Presidente da República.
Você aprendeu também que, em caso de impedimento ou vacância do cargo de Presidente da República, ele
será sucedido ou substituído pelo Vice-Presidente, pelo Presidente da Câmara dos Deputados, pelo Presidente
do Senado Federal, e pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, sucessivamente.
 Saiba mais
Para ampliar seu conhecimento, convidamos você a ler o procedimento detalhado do rito de julgamento
dos crimes de responsabilidade e impeachment, descrito na obra Direito Constitucional, de Pedro Lenza.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786553624900/pages/recent
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INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Você já aprendeu que a Constituição brasileira elenca três poderes, independentes e harmônicos entre si: o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário, cada um com suas funções e competências.
Você também já aprendeu sobre as funções do Poder Executivo. Agora, convido você a estudar sobre o Poder
Legislativo.
Você sabia que o Poder Legislativo, na esfera federal, é representado pelas Casas do Congresso Nacional
(Câmara dos Deputados e Senado Federal)?
Vamos entender como funciona a estrutura, as imunidades parlamentares e a repercussão dessas
prerrogativas na vida cotidiana do Congressista.
Con�ra nosso material e venha aprender mais sobre o tema.
AS FUNÇÕES DO LEGISLATIVO
Você aprendeu que a Constituição brasileira adota a separação dos poderes em Executivo, Legislativo e
Judiciário, e que o Poder Executivo tem por função atender aos interesses da coletividade nas mais diversas
áreas. Em âmbito Federal, o Chefe do Poder Executivo é o Presidente da República, que também acumula os
cargos de Chefe de Governo e Chefe de Estado.
Falaremos agora sobre o Poder Legislativo que, pela doutrina, é considerado o mais democrático dos poderes
por conta de sua representatividade (MUZY, 2023, p. 454).
A função primordial do Poder Legislativo é a elaboração e aprovação das leis que entrarão em vigor em todo o
território nacional, além de �scalizar os demais poderes, sobretudo o Poder Executivo.
O Poder Legislativo ainda exerce a função de poder constituinte derivado reformador, pois, dentre suas
atribuições, está a de editar emendas constitucionais capazes de alterar o texto da Constituição Federal.
Além disso, é representado nas três esferas de Governo da seguinte forma: no âmbito Federal, é representado
pelos membros do Congresso Nacional; no âmbito dos Estado, é representado pelas Assembleias Legislativas;
no âmbito dos Municípios, é representado pelas Câmaras Municipais ou Câmaras de Vereadores. Por �m,
Aula 2
O PODER LEGISLATIVO: CARACTERÍSTICAS E
COMPETÊNCIAS
Você já aprendeu que a Constituição brasileira elenca três poderes, independentes e harmônicos entre
si: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, cada um com suas funções e competências.
16 minutos
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considerando ainda o Distrito Federal, o Poder Legislativo distrital é representado pela Câmara Legislativa
Distrital.
Ainda em que pese ao Poder Legislativo, no âmbito federal, vigora o sistema bicameral federativo, isso porque
é composto por duas Casas, sendo elas a Câmara dos Deputados, constituída por representantes do povo
(Deputados Federais) e o Senado Federal, constituído por representantes dos Estados-Membros (Senadores
Federais), nos termos do que dispõe o art. 44 da CF/88.
Por outro lado, a estrutura do Poder Legislativo estadual é unicameral, exercido pela Assembleia Legislativa,
que é composta por Deputados Estaduais, também representantes eleitos pelo povo, mas no âmbito dos
Estados.
O Poder Legislativo municipal também adota o sistema unicameral, exercido pela Câmara Municipal ou
Câmara de Vereadores, composta pelos Vereadores eleitos pelo povo em âmbito municipal.
A estrutura do Poder Legislativo distrital também observa o sistema unicameral, exercido pela Câmara
Legislativa, composta por Deputados Distritais, eleitos pelo povo do Distrito Federal. Diante da peculiaridade
do Distrito Federal, a Câmara Legislativa distrital recebe as mesmas características do Legislativo estadual por
força do que dispõe o art. 32, § 3º, da CF/88, embora acumule competências legislativas estaduais e
municipais.
Por �m, a estrutura do Poder Legislativo dos Territórios Federais observa as regras do art. 33, § 3º, da CF/88.
Assim, a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial. Contudo, atualmente, não existem Territórios
Federais, portanto não há regulamentação legislativa para o texto constitucional. Mas, caso venha a ser
criado, o art. 45, § 2º, da CF/88, dispõe que cada Território elegerá o número de Quadro Deputados Federais,
que comporão a Câmara dos Deputados no Congresso Nacional (LENZA, 2023, p. 273).
A ESTRUTURA DO CONGRESSO NACIONAL
Agora que você entendeu quais são as funções do Poder Legislativo, falaremos sobre a estrutura e
competência do Congresso Nacional.
O art. 49 da CF/88 traz as matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional, sendo elas
materializadas por decretos legislativos.
Já o art. 48 da CF/88 preceitua que cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República,
dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre aquelas citadas em
mencionado diploma constitucional.
Como dito anteriormente, no âmbito federal, o Poder Legislativo adota o sistema bicameral, constituído por
duas Casas. Falaremos sobre elas agora.
Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados é composta por representantes eleitos pelo povo, adotando o princípio
proporcional. Isso signi�ca que o número total de Deputados Federais, bem como a representação por
Estados e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população de
cada ente federado, não podendo a unidade Federativa ter menos de oito nem mais que setenta Deputados,
por força do que dispõe o art. 45, § 1º, da CF. O mandato dos Deputados Federais é de 4 anos, permitida a
reeleição.
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Em que pese ao subsídio mensal dos membros do Congresso Nacional, o Decreto Legislativo n. 172/2022 �xou
o valor de R$39.293,32 a partir de 1º.01.2023, prescrevendo um aumento progressivo.
As matérias de competência privativa dos Deputados Federais encontram previsão no art. 51 da CF/88, e
independem de sanção presidencial. Tais matérias são materializadas por meio de resoluções.
Os requisitos para a candidatura dos Deputados Federais são:
• Ser brasileiro nato ou naturalizado (art. 14, § 3º, I, CF/88).
• Ser maior de 21 anos (art. 14, § 3º, VI, “c”, CF/88).
• Estar em pleno exercício dos direitos políticos (art. 14, § 3º, II, CF/88).
• Alistamento eleitoral (art. 14, § 3º, III, CF/88).
• Domicílio eleitoral na circunscrição (art. 14, § 3º, IV, CF/88).
• Filiação partidária (art. 14, § 3º, V, CF/88).
Senado Federal
O Senado Federal é composto por representantes dos Estados e do Distrito Federal, sendo eleitos segundo o
princípio majoritário, ou seja, é eleito aquele que obtiver o maior número de votos. O mandato do Senador é
de 8 anos,
O subsídio observa as mesmas regras estabelecidas para os Deputados Federais.
O art. 52 da CF/88, estabelece a competência privativa dos Senadores Federais, independentemente de
sanção presidencial, materializadas por meio de resoluções.
Os requisitos para a candidatura dos Senadores são:
• Brasileiro nato ou naturalizado (art. 14, § 3.º, I).
• Maior de 35 anos (art. 14, § 3.º, VI, “a”).
• Pleno exercício dos direitos políticos (art. 14, § 3.º, II).
• Alistamento eleitoral (art. 14, § 3.º, III).
• Domicílio eleitoral na circunscrição (art. 14, § 3.º, IV).
• Filiação partidária (art. 14, § 3.º, V).
As reuniões dos membros do Congresso Nacional seguem os dispostos no art. 57 da CF/88, sendo
classi�cadas da seguinte forma:
• Sessão ordinária (art. 57, caput): ocorrerão entre 02/02 e 17/07; e 01/08 e 22/12 de cada ano.
• Sessão extraordinária (art. 57, § 6º): são aquelas que eventualmente ocorrem durante o recesso parlamentar.
• Sessão conjunta (art. 57, § 3º): reuniões de Deputados em conjunto com Senadores.
• Sessão preparatória (art. 57, § 4º): São aquelas que ocorrem no início de cada Legislatura.
IMUNIDADES PARLAMENTARES
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Os Deputados e Senadores possuem algumas prerrogativas que garantem a inviolabilidade de suas opiniões,
palavras e votos, proferidos no exercício de suas funções. A doutrina chama essas prerrogativas de
imunidades parlamentares (LENZA, 2023, p. 291).
Trata-se, na verdade, de exclusão de crime decorrente de pronunciamento de opiniões, palavras e votos,
garantindo ao congressista o exercício de seu mandato com ampla liberdade.
As imunidades parlamentares se dividem em dois tipos: imunidade material, real ou substantiva, também
chamada de inviolabilidade parlamentar, e imunidade processual (formal ou adjetiva).
A imunidade material ou a inviolabilidade parlamentar encontra previsão no art. 53, caput, da CF/88, dispondo
que: “Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras
e votos”.
Assim, o parlamentar que expressar sua opinião, palavra ou voto, no exercício de sua função, ainda que fora
do Congresso Nacional, não praticou qualquer crime. Lenza (2023, p. 292) atribui a tal prerrogativa a natureza
de “irresponsabilidade geral”, e para o autor a imunidade material “é sinônimo de democracia”, pois tem por
�nalidade evitar que o parlamentar seja perseguido, sofra represálias ou pressões. Contudo, o excesso pode
caracterizar abuso de prerrogativa, ensejando a perda do mandato por quebra do decoro parlamentar (art.
55, II, CF/88).
Já a imunidade formal ou processual está diretamente relacionada à possibilidade ou não de prisão dos
parlamentares ou de instauração de processos contra eles.
A imunidade prisional encontra previsão no § 2º do art. 53 da CF/88, e dispõe que, desde a diplomação, os
Deputados e Senadores não poderão ser presos, salvo em �agrante de crime ina�ançável. Nesse caso, os
autos do processo deverão ser remetidos à respectiva Casa no prazo de 24 horas, para que, pelo voto da
maioria dos membros, seja decidido sobre a prisão.
Por outro lado, importante destacar que o art. 53, §§ 3º a 5º, da CF/88, estabelece as regras sobre a imunidade
processual. Assim, após iniciado um processo contra um parlamentar, deverá o Supremo Tribunal Federal
comunicar à respectiva Casa Legislativa, que poderá suspender o andamento da açãoaté o �nal do mandato,
pelo voto da maioria de seus membros. Caso a ação seja suspensa, o prazo prescricional também �cará
suspenso pelo período de duração do mandato.
Cumpre registrar que a imunidade processual somente se aplica aos crimes praticados após a diplomação do
Deputado ou Senador.
Vale destacar ainda que as imunidades parlamentares processuais ou prisionais não são absolutas, assim
como nenhum outro direito, ainda que fundamental, o é, pois em algumas situações o Supremo Tribunal
Federal excepcionou a regra constitucional, decidindo pela manutenção da prisão, mesmo após as Casas do
Congresso Nacional terem decidido de forma negativa. Um grande exemplo foi o caso do Senador Aécio
Neves, em que o Supremo Tribunal Federal decretou a prisão do congressista sob o argumento de
preservação do processo judicial em andamento.
Por �m, quanto ao foro competente, o § 1º do art. 53 da CF/88 disciplina que compete ao Supremo Tribunal
Federal o julgamento dos Deputados e Senadores, desde sua diplomação.
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VÍDEO RESUMO
Nesta aula resumo, você verá explicações sobre as funções do Poder Legislativo, a estrutura do Congresso
Nacional, bem como sobre as imunidades parlamentares, divididas em imunidade material e imunidade
processual.
Quanto às imunidades parlamentares, a Constituição brasileira garante aos Congressistas a inviolabilidade de
suas opiniões, palavras e votos, proferidos no exercício de suas funções.
 Saiba mais
Para aprofundar seu conhecimento, convidamos você a ler o texto sobre as Mesas Diretoras e as
Comissões parlamentares, disponível na obra Curso de Direito Constitucional, André  de Tavares (2023).
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
Olá, estudante
Nesta aula, estudaremos sobre o último dos poderes da União: o Poder Judiciário.
Ao Poder Judiciário compete o exercício da função jurisdicional, como órgão investido de jurisdição.
Assim, em outras palavras, cabe ao Poder Judiciário dizer o Direito e julgar as causas que chegam até ele,
sempre buscando a paci�cação social.
O Poder Judiciário é composto por vários Órgãos, nas mais variadas instâncias, e com competências bem
de�nidas pela Constituição Federal. Dentre esses Órgãos, podemos destacar o STF, o STJ, a Justiça Federal, a
Justiça Estadual, dentre outros.
Vamos aprender mais sobre o tema?
Con�ra nosso material.
AS FUNÇÕES DO JUDICIÁRIO
Aula 3
PODER JUDICIÁRIO: CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS
Nesta aula, estudaremos sobre o último dos poderes da União: o Poder Judiciário.
16 minutos
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Já estudamos sobre o Poder Executivo e o Poder Legislativo. Vamos agora estudar sobre o Poder Judiciário,
que possui como funções primordiais declarar o Direito e julgar (TAVARES, 2023, p. 388) ou exercer a atividade
jurisdicional. Assim, pode-se dizer que o Poder Judiciário é investido de jurisdição. Trata-se de função típica.
Souza e Caraciola (2023, p. 151) conceituam jurisdição da seguinte forma:
De tal conceito é possível extrair algumas características, sendo elas:
• Substitutividade: aqui, o Poder Judiciário substitui a vontade das partes, com o objetivo de solucionar os
con�itos de interesses entre elas.
• Finalidade de resolução de con�ito: a jurisdição surge como meio de solução de con�itos.
• Aplicação do direito: a solução do con�ito decorre da aplicação do direito.
• De�nitividade: se refere à imutabilidade das decisões após o seu trânsito em julgado.
Além das características, vários são os princípios norteadores da jurisdição. Dentre eles, podemos destacar:
• Princípio da inércia: a jurisdição somente será exercida mediante provocação das partes. Assim, não poderá
o Poder Judiciário agir de o�cio.
• Princípio da investidura: a autoridade julgadora precisa estar investida no poder de julgar.
• Princípio do juiz natural: a jurisdição deve ser exercida por autoridade competente.
• Princípio da inafastabilidade: decorre da garantia de acesso à justiça, não se podendo afastar da apreciação
do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
• Princípio da indelegabilidade: a jurisdição não pode ser delegada a outro poder do Estado, somente podendo
ser exercida por órgão do Poder Judiciário.
Também é importante mencionar algumas classi�cações da jurisdição. Sendo elas:
• Jurisdição civil e jurisdição penal: a jurisdição civil alcançam as causas não penais; por outro lado, a jurisdição
penal se trata do jus puniendi do Estado a partir da violação de norma incriminadora.
• Jurisdição especial e jurisdição comum: dentro da organização do Poder Judiciário, as justiças especiais são a
militar, eleitoral e trabalhista. Não sendo caso de jurisdição especial, tem-se a justiça comum estadual ou
federal, responsáveis por julgar quaisquer matérias.
• Jurisdição contenciosa e jurisdição voluntária: na jurisdição contenciosa existe lide ou con�ito, enquanto a
voluntária possui caráter administrativo, com o �m de trazer mera solução com participação do juiz, ante a
ausência de con�ito de interesse.
[...] função exercida em caráter substitutivo, através da qual o Estado, em cumprimento da
garantia constitucional de inafastabilidade do controle, atua o direito, seja mediante
declaração ou execução, produzindo paci�cação social e consequentemente tutelando os
direitos.
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Assim, pode-se dizer que o Poder Judiciário tem como principal função a paci�cação social, a administração
das leis e da justiça em todo o território nacional, garantindo o pleno exercício das garantias individuais,
sociais e coletivas, sempre observando o que dispõe a Constituição brasileira. 
REFORMA DO JUDICIÁRIO
Você sabia que o Poder Judiciário passou por uma grande reforma em 2004?
Após 13 anos de tramitação, em 17.11.2004 foi aprovada a EC n. 45, e publicada em 31.12.2004, trazendo
importantes alterações no texto constitucional sobre a reforma do Poder Judiciário.
Vamos entender mais sobre as alterações introduzidas pela EC n. 45/2004?
Em se tratando de garantias individuais, foi introduzida a razoável duração do processo e a celeridade em sua
tramitação, como princípio fundamental e constitucional.
Houve a criação do Conselho Nacional da Justiça, passando a compor a organização do Poder Judiciário. Aqui,
houve ampliação do rol de pessoas �guras que podem praticar crimes de responsabilidades e sujeitam-se ao
processo de impeachment.
Foi possível a criação de varas especializadas para de�nir questões relacionadas ao direito do consumidor, ao
direito agrário, ao direito ambiental, dentre outras.
Também houve a constitucionalização dos tratados e convenções internacionais que versarem sobre direitos
humanos, desde que aprovados pelo rito das Emendas Constitucionais, bem como a adesão ao Tribunal Penal
Internacional, sujeitando-se à sua jurisdição.
Deslocou-se a competência para a Justiça Federal dos crimes contra direitos humanos, a �m de possibilitar um
“sistema de proteção internacional dos direitos humanos” (LENZA, 2023, p. 392).
Criou-se também a instituição do controle dos membros do Ministério Público pelo Conselho Nacional do
Ministério Público e a criação de ouvidorias para recebimento de reclamações.
LENZA (2023, p. 392) cita ainda que houve também a alteração de algumas regras estabelecidaspelo Estatuto
da Magistratura, a saber:
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Além dessas alterações, houve a transferência do STF para o STJ da competência para homologação de
sentenças estrangeiras e a concessão do exequatur às cartas rogatórias.
Outra importante inovação trazida pela EC n. 45/2004 foi a criação do requisito da repercussão geral das
questões constitucionais para admissibilidade do Recurso Extraordinário e, ainda, a criação da Súmula
Vinculante do STF.
Destacamos aqui algumas das principais modi�cações na organização do Poder Judiciário para tornar os
trabalhos mais e�cientes e sanar alguns dé�cits na prestação jurisdicional.
ÓRGÃOS DO JUDICIÁRIO
O art. 92 da Constituição brasileira elenca os órgãos que compõem o Poder Judiciário. São eles:
Supremo Tribunal Federal
O STF representa a cúpula do Poder Judiciário, sendo composto por onze Ministros nomeados pelo Presidente
da República, cuja principal competência é a guarda da Constituição Federal, além de possuir competências
recursais, nos termos do art. 102, da CF/88.
a) previsão da exigência de três anos de atividade jurídica para o bacharel em Direito como
requisito para o ingresso na carreira da Magistratura (quarentena de entrada);
b) aferição do merecimento para a promoção conforme o desempenho, levando em conta
critérios objetivos de produtividade;
c) maior garantia ao magistrado, já que a recusa da promoção por antiguidade somente
poderá implementar-se pelo voto fundamentado de 2/3 dos membros do Tribunal a que
ele estiver vinculado, conforme procedimento próprio e assegurada a ampla defesa;
d) impossibilidade de promoção do magistrado que, injusti�cadamente, retiver autos em
seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido
despacho ou decisão;
e) previsão de cursos o�ciais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados,
constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento;
[...]
g) na hipótese de processo que tramite sob “segredo de justiça”, existindo colisão de dois
grandes direitos fundamentais, quais sejam, a preservação do direito à intimidade do
interessado no sigilo e o interesse público à informação, parece ter o constituinte
reformador dado preferência a este último;
[...]
l) possibilidade de os servidores receberem delegação para a prática de atos de
administração e atos de mero expediente sem caráter decisório;
m) distribuição imediata dos processos em todos os graus de jurisdição (art. 93);
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O STF possui dupla natureza: a primeira, como Corte Suprema, julga processos e recursos; a segunda, como
Corte Constitucional, exerce o controle concentrado de constitucionalidade.
Conselho Nacional de Justiça
O Conselho Nacional de Justiça foi instituído pela EC n. 45/2004, com competências meramente
administrativas, atuando no controle interno do Poder Judiciário, e presidido pelo Presidente do STF. Sua
composição se encontra disciplinada no art. 103-B, da CF/88.
Dentre suas atribuições, vale destacar as principais, quais sejam: zelar pela autonomia do Poder Judiciário;
receber e conhecer das reclamações contra membros do Poder Judiciário; atuar nos processos disciplinares
de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano, dentre outros.
Superior Tribunal de Justiça
É conhecido como Tribunal da Cidadania, composto por 33 Ministros nomeados pelo Presidente da República,
sendo considerado o tribunal superior da justiça federal não especializada, além de ser competente para
julgar recursos de origem da Justiça Estadual.
O STJ é considerado o guardião das leis federais, cuja competência se encontra disciplinada no art. 105 da
CF/88.
Tribunal Superior do Trabalho
O TST é composto por 27 Ministros nomeados pelo Presidente da República, sendo considerada a instância
superior da Justiça do Trabalho. A Justiça do Trabalho é uma das justiças especializadas.
Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes do Trabalho
Os TRTs representam a segunda instância da Justiça do Trabalho, e os Juízes do Trabalho a primeira instância,
atuando nas Varas do Trabalho.
A competência da Justiça do Trabalho encontra previsão no art. 114, da CF/88.
Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais
Os TRFs e os Juízes Federais compõem a Justiça Federal comum, cujas competências se encontram
disciplinadas nos arts. 108 e 109, da CF/88.
Tribunais e Juízes Eleitorais
A Justiça Eleitoral também representa uma das justiças especializadas e, diferentemente das demais justiças,
não possui magistrados exclusivos permanentes, uma vez que os respectivos membros são juízes que
acumulam a função eleitoral, competindo julgar causas que envolvam assuntos relacionados a eleições,
partidos políticos, direitos políticos, dentre outros (MUZY, 2023, p. 573).
O Tribunal Superior Eleitoral é o órgão superior da Justiça Eleitoral, composto por 7 Ministros nomeados pelo
Presidente da República.
Os TREs são a segunda instância da Justiça Eleitoral, enquanto os juízes eleitorais representam a primeira
instância, atuando nas juntas eleitorais.
Tribunais e Juízes Militares
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A Justiça Militar também representa uma das justiças especializadas, conhecida como justiça castrense,
competente para processar e julgar os crimes militares de�nidos pelo Código Penal Militar. O STM é a
instância superior da Justiça Militar.
Tribunais e Juízes dos Estados
A Justiça Comum, além Federal, pode ser estadual, organizada no âmbito do estado.
O Tribunal de Justiça Estadual representa a segunda instância da Justiça Comum Estadual, enquanto os Juízes
de Direito representam a primeira instância, atuando nas Varas dos foros das Comarcas.
A competência da Justiça Comum Estadual é residual, ou seja, aquilo que não for de competência das demais
justiças recairá sobre a Justiça Estadual.
VIDEO RESUMO
Neste vídeo, você verá detalhes sobre o Poder Judiciário, a função jurisdicional exercida pelos Órgãos que
compõem o Judiciário brasileiro, suas características e os princípios relacionados à jurisdição.
Você também pode conferir as principais alterações introduzidas pela EC n. 45/2004, bem como a organização
do Poder Judiciário.
 Saiba mais
Para aprofundar seu conhecimento, leia o texto completo da Emenda Constitucional nº. 45/2004.
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Nesta aula, abordaremos os principais aspectos da organização político-administrativa da República
Federativa do Brasil.
Também estudaremos a função administrativa dos entes da federação, sua organização e importância para o
Direito Público.
Aula 4
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Nesta aula, abordaremos os principais aspectos da organização político-administrativa da República
Federativa do Brasil.
18 minutos
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Nesse passo, compreenderemos as técnicas administrativas adotadas na organização da Administração
Pública, bem como as principais diferenças entre a Administração Direta e Indireta, as características dos
órgãos públicos e das entidades.
Convido você a aprender ainda sobre os poderes da Administração Pública, que são prerrogativas conferidas
por leipara a execução de suas funções, sempre visando o melhor interesse da coletividade.
Vamos aprender mais sobre o tema?
Con�ra nosso material e venha estudar mais sobre a Administração Pública.
A ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
A Constituição Federal dispõe sobre a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil.
Vejamos:
Assim, a República Federativa do Brasil é formada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, sendo
tais entes da federação autônomos, não havendo que se falar em hierarquia entre eles. Há, sim, competências
legislativas e administrativas disciplinadas pelo próprio texto da Constituição Federal, delimitando as
atribuições de cada um.
Certo é que todos os entes federados são dotados de competências administrativas, necessitando de se
organizarem administrativamente para melhor atender o interesse coletivo.
Nesse passo, a organização da Administração Pública é disciplinada pelo Decreto-lei n. 200/67, que, em seu
art. 4º, diz o seguinte:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos
termos desta Constituição.
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Mazza (2023, p. 76) diz que, para cumprir suas competências constitucionais, a Administração Pública se utiliza
de duas técnicas administrativas: a desconcentração e a descentralização.
Porém, antes de falarmos sobre a desconcentração, é importante entendermos o que vem a ser a
concentração. Aqui, a Administração Pública, ao cumprir suas atribuições, deixa de distribuir suas
competências entre as repartições públicas internas. Para Mazza (2023, p. 76), trata-se de hipótese raríssima,
uma vez que as competências administrativas são executadas por meio de órgãos públicos despersonalizados
e sem divisões internas.
Assim, a desconcentração pressupõe a distribuição das competências administrativas entre os órgãos
públicos que pertencem à própria Administração Pública, a ela subordinados hierarquicamente.
Assim, por exemplo, os Ministérios que compõem o Poder Executivo Federal executam tarefas que lhes foram
atribuídas pela Administração Pública Federal, sendo várias as matérias, como planejamento e orçamento,
fazenda pública, previdência, turismo, justiça, dentre outras. Tais Ministérios não possuem personalidade
jurídica, sendo a prestação dos serviços distribuída dentro da mesma pessoa jurídica: a União.
A doutrina (MEIRELLES, 2023, p. 54) classi�ca a desconcentração em:
Art. 4º. A Administração Federal compreende:
I – A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura
administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
II – A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades,
dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista;
d) fundações públicas.
Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao
Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade.
• Desconcentração territorial ou geográ�ca: competências são repartidas a partir da
determinação da região onde cada órgão pode atuar. Os órgãos públicos terão a mesma
atribuição material do outro, variando, assim, somente o âmbito de atuação de cada um.
Ex.: Delegacias de Polícia.
• Desconcentração material ou temática: distribuição de competência baseada na
especialização de cada órgão. Ex.: Secretarias de Estado.
• Desconcentração hierárquica ou funcional: utiliza como critério a relação de
subordinação entre os órgãos. Ex.: Tribunais de Justiça e Juízes de primeira instância.
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Por outro lado, a descentralização consiste na distribuição das tarefas para a Administração Pública indireta
ou para particular, ou seja, pessoas jurídicas autônomas, criadas pelo Estado. Diferentemente dos órgãos
públicos, que são despersoni�cados, as entidades que compõem a Administração Pública Indireta possuem
personalidade jurídica própria.
Por �m, a descentralização pode ocorrer por outorga legal, transferindo a titularidade e a execução dos
serviços; ou por delegação, no caso das permissões, autorizações ou concessões, transferindo apenas a
execução da prestação dos serviços.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA
A administração pública, em sentido subjetivo, compreende todos os órgãos que compõem os entes da
federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), investidos de funções administrativas. Aqui temos os
órgãos da Administração Direta do Estado (PIETRO, 2023, p. 99).
Começaremos nossos estudos falando sobre os órgãos públicos, que são entes despersonalizados, mas que
se subordinam diretamente ao ente da federação.
A doutrina traça algumas características para os órgãos públicos:
Quanto à capacidade processual, muito embora não possuam personalidade jurídica própria, alguns órgãos
públicos têm capacidade postulatória para responder juridicamente em nome próprio. A título de exemplo, o
art. 5º, da Lei n. 7.347/85 disciplina que o Ministério Público e a Defensoria Pública possuem legitimidade para
propor ação principal e ação de natureza cautelar.
Além disso, a Súmula 525 do STJ aduz que a Câmara de Vereadores pode demandar em juízo para defesa de
seus interesses institucionais.
Em sede de mandado de segurança, os órgãos públicos também possuem capacidade para prestar
informações sobre eventuais atos ilegais praticados por seus agentes públicos.
De outro modo, quando a lei transfere a execução indireta da prestação dos serviços do Estado a pessoas
jurídicas com personalidade de direito público ou privado, temos o que chamamos de administração indireta.
As entidades da administração pública indireta possuem as seguintes características (MEIRELLES, 2023, p. 59):
• Possuem personalidade jurídica própria, não se confundindo com os entes de criação.
• Possuem patrimônio próprio e capacidade de autoadministração.
• A criação ou autorização de criação decorre de lei especí�ca (art. 37, XIX, CF/88).
• Possuem �nalidade pública estabelecida por lei.
• Não têm personalidade jurídica.
• Não têm patrimônio próprio.
• Não têm vontade própria.
• Agentes atuam em imputação. 
— (MEIRELLES, 2023, p. 55)
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• Se sujeitam ao controle ou supervisão pela Administração Direta em virtude de serem a elas vinculadas.
As autarquias “são pessoas jurídicas de direito público interno, pertencentes à Administração Pública Indireta,
criadas por lei especí�ca para o exercício de atividades típicas da Administração Pública” (MAZZA, 2023, p. 81).
Podemos destacar algumas importantes autarquias: o INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, o BACEN –
Banco Central, USP, UFRJ, dentre outras.
As entidades autárquicas possuem algumas classi�cações doutrinárias. Vejamos:
• Autarquias pro�ssionais: responsáveis por �scalizar o exercício de pro�ssões. São os conselhos
representativos das categorias pro�ssionais, como o CRC, CRM, dentre outros.
• Autarquias em regime especial: são aquelas que possuem maior liberdade em relação às demais autarquias.
Subdividem-se em: autarquia cultural (universidades públicas) e autarquias associativas (consórcios públicos).
As fundações públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, sem �nalidadelucrativa, criadas por autorização legislativa, e para desenvolver atividades atípicas do Estado (art. 5º, IV,
Decreto-lei n. 200/67).
As fundações públicas podem ser dotadas de personalidade jurídica de direito público. Quando isso acontece,
recebem o mesmo tratamento dado às autarquias, sendo chamadas pela doutrina de autarquias fundacionais
ou fundações autárquicas.
As empresas estatais são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por autorização legislativa para prestar
um serviço público ou explorar uma atividade econômica. São exemplos as sociedades de economia mista e
as empresas públicas.
Para concluir, as Agências Reguladoras ou Agências Executivas são autarquias ou fundações públicas que
recebem essa qualidade da própria Administração Pública Direta, por meio de contrato de gestão, para
garantir o exercício de suas funções com maior e�ciência e e�ciência operacional.
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Agora que você já estudou a organização da Administração Pública, iremos tratar dos poderes da
administração, que são prerrogativas conferidas por lei para a execução de suas atribuições, com
instrumentos para a defesa de interesses coletivos. São eles:
Poder Vinculado
Também conhecido como poder regrado, ocorre quando a lei especí�ca as atribuições do administrador
público, disciplinando todas as regras de conduta, sem atribuir margem de liberdade para o agente público
escolher como agir diante de determinadas situações.
Poder Discricionário
Diferentemente do poder vinculado, aqui a lei reserva uma margem de liberdade, dando ao agente público
várias opções de ação, cabendo a ele a escolha da que melhor se aplique ao caso concreto.
Poder Disciplinar
É por meio do poder disciplinar que a administração pública poderá aplicar punições aos agentes públicos que
praticam infrações no exercício de suas funções.
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Mazza (2023, p. 144) diz que “o poder disciplinar é vinculado quanto ao dever de punir e discricionário quanto
à seleção da pena aplicável”. Isso porque poderão ser aplicadas as seguintes penalidades: advertência,
suspensão, demissão, cassação da aposentadoria ou disponibilidade do cargo ou função, destituição de cargo
em comissão e destituição de função comissionada.
Para aplicação de qualquer dessas punições é necessária a instauração de processo administrativo,
garantindo-se o contraditório e a ampla defesa das partes envolvidas, sob pena de nulidade.
Poder Hierárquico
Trata-se da possibilidade, conferida por lei, para que a Administração Pública crie seus órgãos públicos, e
distribua entre eles suas funções. Assim, por exemplo, a União poderá transferir algumas de suas atribuições
aos Ministérios, que por sua vez poderão criar estruturas internas para a execução de suas tarefas, como
diretorias, secretarias, coordenações e departamentos, bem como estabelecer a relação de subordinação
entre seus agentes públicos.
Importante mencionar que não há hierarquia entre a administração direta e a administração indireta.
Poder Regulamentar
Decorre do poder hierárquico, e consiste na possibilidade de os agentes públicos que exercem cargos de
che�a editarem atos administrativos com poder normativo, como regimentos, instruções normativas,
resoluções, portarias, dentre outros, visando a �el execução da lei.
Poder de Polícia ou Limitação Administrativa
Meirelles (2023, p. 86) aduz que o poder de polícia “representa uma atividade estatal restritiva dos interesses
privados, pois limita liberdades e direitos individuais para devido atendimento do interesse público”.
A Lei n. 5.172/66, em seu art. 78 conceitua o poder de polícia como uma atividade da Administração Pública
que limita direito, interesse ou liberdade privada, bem como regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da
produção e do mercado, dentre outros.
Assim, decorre do princípio da supremacia do interesse público, pois poderá restringir direitos de particulares
para atender aos interesses públicos, possuindo como atributos: a discricionariedade, a autoexecutoriedade e
a coercibilidade.
VIDEO RESUMO
Nesta aula, você aprendeu sobre a organização político-administrativa do estado e a organização da
Administração Pública.
Você teve a oportunidade de estudar sobre as principais diferenças e características dos órgãos públicos que
integram a Administração Direta e as entidades que compõem a Administração Indireta.
Também aprendeu sobre os poderes da Administração Pública.
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Para aprofundar seus conhecimentos, sugerimos a leitura da obra  Direito Administrativo, de Maria Sylvia
Zanella Di Pietro, páginas 573 a 662.
Conheça a classi�cação doutrinária dos órgãos públicos da obra Direito Administrativo Decifrado, de
Dalmo de Azevedo Meirelles.
EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO
Olá, estudante!
O Brasil adotou a teoria da separação do poder, dividindo-o em três funções distintas: Executiva, Legislativa e
Judiciária.
O Poder Executivo exerce uma função típica de administrar o Estado brasileiro, por intermédio do Presidente
da República, auxiliado por seus ministros de Estados e pelo Vice-Presidente, garantindo a todos o alcance dos
direitos sociais e fundamentais por meio de políticas públicas.
O Presidente da República exerce uma dupla função, a de ser o Chefe de Estado e o Chefe de Governo.
Quando impedido ou quando o cargo estiver vago, o Presidente da República será substituído por seu Vice-
Presidente que assumirá suas atribuições, independentemente de novas eleições.
Por outro lado, estando ausentes tanto o Presidente quanto o Vice-Presidente da República, estes serão
substituídos pelo Presidente da Câmara dos Deputados, o Presidente do Senado Federal e o Presidente do
Supremo Tribunal Federal, sucessivamente e nessa ordem.
Além disso, o Presidente da República poderá ser responsabilizado tanto pela prática de crime de
responsabilidade quanto pela prática de crime comum, seguindo rito próprio, previsto pelo texto
constitucional e por legislação especí�ca.
Quanto ao Poder Legislativo, a doutrina o considera o mais democrático dos poderes diante de sua
representatividade.
O Poder Legislativo exerce a função de elaborar e aprovar as leis que entrarão em vigor em todo o território
nacional, além de �scalizar os demais poderes, sobretudo o Poder Executivo.
Além disso, o Poder Executivo também exerce a função de poder constituinte derivado reformador, pois é ele
quem edita emendas constitucionais capazes de alterar o texto da Constituição Federal.
Importante destacar que o Poder Legislativo possui representação nas três esferas de Governo: no âmbito
Federal, Estadual e Distrital, e Municipal.
Aula 5
REVISÃO DA UNIDADE
15 minutos
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A Câmara dos Deputados é composta por representantes eleitos pelo povo, adotando o princípio
proporcional. Já o Senado Federal é composto por representantes dos Estados e do Distrito Federal, sendo
eleitos segundo o princípio majoritário, ou seja, é eleito aquele que obtiver o maior número devotos.
Os parlamentares das casas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal gozam de imunidades materiais e
processuais.
Quanto ao Poder Judiciário, ele possui a função de declarar o Direito e julgar as causas que chegam em suas
mãos, portanto, exerce uma função jurisdicional, visando alcançar a paci�cação social, administrando as leis e
a justiça em todo o território nacional.
Vários são os órgãos que compõem o Poder Judiciário. Dentre eles podemos destacar: O STF, o CNJ, o STJ, o
TST, os TRTs e Juízes do Trabalho, os TRFs e os Juízes Federais, os Tribunais e Juízes Eleitorais, os Tribunais e
Juízes Militares, e, por �m, os Tribunais de Justiças Estaduais e os Juízes de Direito.
Para concluirmos, a República Federativa do Brasil é formada pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios.
Todos os entes federados são dotados de competências administrativas, necessitando se organizar
administrativamente para melhor atender o interesse coletivo.
Assim, a organização da Administração Pública compreende a Administração Direta e Indireta, cada uma com
suas características e representadas por seus órgãos e entidades.
Por �m, para cumprir suas competências constitucionais, a Administração Pública se utiliza da
desconcentração e da descentralização.
A desconcentração pressupõe a distribuição das competências administrativas entre os órgãos públicos que
pertencem à própria Administração Pública. Por outro lado, a descentralização consiste na distribuição das
tarefas para a Administração Pública Indireta.
REVISÃO DA UNIDADE
No vídeo resumo desta unidade, vamos rever os pontos estudados: aprendemos sobre as características e
competências dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
O Poder Legislativo é responsável por elaborar e aprovar as leis; o Poder Executivo por administrar todo o
território nacional; e, o Poder Judiciário, por declarar o Direito e julgar conforme as leis.
Cada ente da federação necessita se organizar administrativamente para melhor atender o interesse coletivo.
Para tal, a organização da administração pública compreende a administração direta e indireta.
ESTUDO DE CASO
Para contextualizar sua aprendizagem, imagine que você, um pro�ssional especialista em Direito Público, foi
convidado a analisar a seguinte situação:
O Município X criou uma autarquia municipal para prestação de serviços de abastecimento de água visando
atender uma determinada área rural.
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Decorridos cinco anos de ininterrupta prestação de serviços, moradores de vários bairros rurais pertencentes
ao Município X e abastecidos pela autarquia municipal foram acometidos por graves problemas
gastrintestinais.
Restaram comprovados por pro�ssionais da saúde local que essas pessoas provavelmente teriam ingerido
alimentos contaminados.
Como houve aumento considerável do índice de pessoas doentes de um mês para outro, deixando os
hospitais locais superlotados, as autoridades sanitárias resolveram investigar o caso.
Primeiramente, a linha de investigação indicava que houve contaminação da produção agrícola desses
moradores, já que a grande maioria deles eram pequenos agricultores, que se alimentavam dos produtos que
cultivavam. Assim, investigaram os inseticidas e outros produtos utilizados no plantio pela maioria desses
pequenos agricultores. Mas nada encontraram nesses produtos.
Na sequência, as autoridades públicas perceberam que os pequenos agricultores que irrigavam suas
plantações e abasteciam suas casas com águas oriundas de poços artesanais não apresentaram sinais de
contaminação.
Assim, resolveram coletar amostras das águas fornecidas pela autarquia municipal, e constataram a presença
de substâncias nocivas à saúde.
A notícia se espalhou rapidamente por todo o Município X, causando alvoroço na Cidade.
Indignados, os moradores do Município X cobraram das autoridades públicas a imediata suspensão do
fornecimento de abastecimento da água pela autarquia municipal, e a substituição da referida entidade por
outra que atendesse às necessidades básicas da região com uma prestação de serviço de qualidade.
Contudo, os moradores não foram atendidos, sob o argumento de que a autarquia municipal estaria
resolvendo o problema da água.
Considerando a situação hipotética, caso os moradores acionassem a justiça, a autarquia municipal possui
personalidade jurídica própria para responder a ação? Explique.
Qual técnica administrativa foi utilizada pelo Município X para a criação dessa autarquia? Comente sobre ela.
 Re�ita
Você aprendeu que a República Federativa do Brasil é formada pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, sendo cada um desses entes autônomos e independentes entre si.
Todos eles são dotados de competências administrativas, necessitando se organizar para melhor atender
o interesse coletivo. Essa organização decorre da própria organização da Administração Pública, que
compreende a Administração Pública Direta e a Administração Pública Indireta.
Mas, como funciona a estrutura da administração direta? Seus órgãos possuem personalidade jurídica
própria? Em caso negativo, na estrutura da administração direta, quem possui personalidade jurídica
própria?
Os entes da federação integram a administração direta ou indireta?
E quais entidades integram a administração indireta? Essas entidades possuem autonomia e
personalidade jurídica própria?
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Você saberia apontar as características dos órgãos públicos que integram a administração direta e das
entidades que integram a administração indireta?
Além disso, é importante relembrar que, para discorrer sobre tais questionamentos, é necessário
entender como funcionam as técnicas administrativas, que doutrinariamente se dividem em duas: a
desconcentração e a descentralização. Como elas funcionam e qual sua classi�cação?
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Respondendo ao primeiro questionamento, é importante relembrarmos alguns conceitos importantes:
A República Federativa do Brasil é formada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, sendo tais entes
da federação autônomos, não havendo hierarquia entre eles, apenas competências legislativas e
administrativas disciplinadas pelo próprio texto da Constituição Federal, delimitando as atribuições de cada
um.
Certo é que todos os entes federados são dotados de competências administrativas, necessitando se
organizar administrativamente para melhor atender o interesse coletivo.
Assim, a organização da administração pública compreende a administração direta e a indireta.
A administração direta é estruturada pelos próprios entes da federação que a integram, podendo cada um
criar seus órgãos, a quem distribuirá competências internas. Esses órgãos não possuem personalidade
jurídica própria, pois se subordinam diretamente ao ente da federação. É o ente federado que detém
personalidade jurídica própria. Aqui, temos um exemplo da técnica administrativa da desconcentração.
Por outro lado, compõem a estrutura da Administração Indireta várias entidades dotadas de autonomia e
personalidade jurídica própria, dentre elas, temos: as autarquias, as empresas públicas, a sociedade de
economia mista, e as fundações públicas. Tais entidades são criadas ou autorizadas por lei, e se vinculam aos
órgãos da Administração Direta. Veja-se que falamos em vinculação, e não subordinação, pois não há
hierarquia entre as entidades da Administração Indireta e os órgãos da Administração Direta.
Assim, respondendo à situação hipotética, casos os moradores acionassem a justiça, por se tratar de
autarquiamunicipal, entidade com personalidade jurídica própria, a ação poderia ser movida diretamente
contra ela.
A técnica administrativa utilizada para a criação dessa autarquia municipal é a descentralização, que consiste
na distribuição das tarefas às pessoas jurídicas autônomas, criadas ou autorizadas à criação por meio de lei
especí�ca, com �nalidades disciplinadas na própria lei.
As autarquias “são pessoas jurídicas de direito público interno, pertencentes à Administração Pública Indireta,
criadas por lei especí�ca para o exercício de atividades típicas da Administração Pública” (MAZZA, 2023, p. 81).
Podemos destacar algumas importantes autarquias: o INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, o BACEN –
Banco Central, USP, UFRJ, dentre outras.
As entidades autárquicas possuem algumas classi�cações doutrinárias:
• Autarquias pro�ssionais: responsáveis por �scalizar o exercício de pro�ssões. São os conselhos
representativos das categorias pro�ssionais, como o CRC, CRM, dentre outros.
• Autarquias em regime especial: são aquelas que possuem maior liberdade em relação às demais autarquias.
Subdividem-se em: autarquia cultural (universidades públicas) e autarquias associativas (consórcios públicos).
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RESUMO VISUAL
Administração Direta
União
Estados
Distrito Federal
Municípios
Aula 1
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Brasília: Presidência da República, Casa Civil,
1988.
BRASIL. Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950. De�ne os crimes de responsabilidade e regula o respectivo
processo de julgamento. Rio de Janeiro, RJ. Diário O�cial da União de 12.4.1950.
BRASIL. Lei nº 8.038, de maio de 1990. Institui normas procedimentais para os processos que especi�ca,
perante o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal. Brasília, DF. Diário O�cial da União de
29.5.1990.
LENZA, P. Direito constitucional. São Paulo: Editora Saraiva, 2023. (Coleção esquematizado®).
MUZY, G. Direito Constitucional Decifrado. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2023. (Coleção Decifrado).
TAVARES, A. R. Curso de direito constitucional. São Paulo: Editora Saraiva, 2023.
Aula 2
REFERÊNCIAS
10 minutos
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BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Brasília: Presidência da República, Casa Civil,
1988.
LENZA, P. Direito constitucional. São Paulo: Editora Saraiva, 2023. (Coleção esquematizado®).
MUZY, G. Direito Constitucional Decifrado. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2023. (Coleção Decifrado).
TAVARES, A. R. Curso de direito constitucional. São Paulo: Editora Saraiva, 2023.
Aula 3
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Brasília: Presidência da República, Casa Civil,
1988.
BRASIL. Emenda Constitucional nº 45, de 30 de dezembro de 2004. Brasília: Presidência da República, Casa
Civil, 2004.
LENZA, P. Direito constitucional. São Paulo: Editora Saraiva, 2023. (Coleção esquematizado®).
MUZY, G. Direito Constitucional Decifrado. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2023. (Coleção Decifrado).
SOUZA, A. P. de; CARACIOLA, A. B.; ASSIS, C. A. de et al. Teoria Geral do Processo Contemporâneo. Rio de
Janeiro: Grupo GEN, 2023.
TAVARES, A. R. Curso de direito constitucional. São Paulo: Editora Saraiva, 2023.
Aula 4
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Brasília: Presidência da República, Casa Civil,
1988.
BRASIL. Decreto-lei nº. 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a organização da Administração
Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências. Brasília, publicado no
DOU em 27.02.1967.
BRASIL. Lei nº. 7.347, de 24 de julho de 1985. Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos
causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artísticos, estético, histórico, turístico e
paisagístico e dá outras providências. Brasília, publicado no DOU de 25.07.1985.
MAZZA, A. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Editora Saraiva, 2023.
MEIRELLES, D. de A. Direito Administrativo Decifrado. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2023.
PIETRO, M. S. Z. D. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2023.
SPITZCOVSKY, C. Direito Administrativo. São Paulo: Editora Saraiva, 2023.  
Aula 5
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Brasília: Presidência da República, Casa Civil,
1988.
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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.
BRASIL. Decreto-lei nº. 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a organização da Administração
Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências. Brasília, publicado no
DOU em 27.02.1967.
BRASIL. Emenda Constitucional nº 45, de 30 de dezembro de 2004. Brasília: Presidência da República, Casa
Civil, 2004.
BRASIL. Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950. De�ne os crimes de responsabilidade e regula o respectivo
processo de julgamento. Rio de Janeiro, RJ. Diário O�cial da União de 12.4.1950.
BRASIL. Lei nº. 7.347, de 24 de julho de 1985. Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos
causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artísticos, estético, histórico, turístico e
paisagístico e dá outras providências. Brasília, publicado no DOU de 25.07.1985.
BRASIL. Lei nº 8.038, de maio de 1990. Institui normas procedimentais para os processos que especi�ca,
perante o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal. Brasília, DF. Diário O�cial da União de
29.5.1990.
LENZA, P. Direito constitucional. São Paulo: Editora Saraiva, 2023.
MAZZA, A. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Editora Saraiva, 2023.
MEIRELLES, D. de A. Direito Administrativo Decifrado. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2023.
MUZY, G. Direito Constitucional Decifrado. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2023.
PIETRO, M. S. Z. D. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2023.
SOUZA, A. P. de; CARACIOLA, A. B.; ASSIS, C. A. de et al. Teoria Geral do Processo Contemporâneo. Rio de
Janeiro: Grupo GEN, 2023.
SPITZCOVSKY, C. Direito Administrativo. São Paulo: Editora Saraiva, 2023.
TAVARES, A. R. Curso de direito constitucional. São Paulo: Editora Saraiva, 2023.
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