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AULA ATIVIDADE ALUNO AULA ATIVIDADE TUTOR AULA ATIVIDADE ALUNO Disciplina: Modelos de Gestão Teleaula: 03 Título: Organização: processo, tecnologias e ferramentas de gestão e tendências Prezado (a) aluno (a), A aula atividade tem a finalidade de promover o autoestudo das competências e conteúdos relacionados à Unidade de Ensino 3 da Disciplina de Modelos de Gestão. As atividades a seguir têm o propósito de reafirmar as competências adquiridas nos estudos da Unidade 3, em sintonia com um aprendizado útil, forte e potente. Atividade Discursiva Olá Aluno(a)! Nesta unidade, vamos compreender a função organização. De como ela é importante para que as ações organizacionais aconteçam de modo que todos consigam participar e fazer parte do processo de resultados. Desta forma, é hora de pensarmos sobre hierarquia, amplitude administrativa, tomada de decisão, trabalho em equipe, comunicação, liderança. Será que todas as condições de trabalho estão adequadas para que todos possam trabalhar e participar ativamente trazendo resultados para a organização? Dentro deste questionamento, trouxe um modelo de gestão que está cada vez mais próxima a nossa realidade: o trabalho flexível. Por que a modalidade de trabalho flexível é cada vez mais discutida e adotada pelas empresas? Te convido a pensarmos junto sobre todo este contexto para aprimorar o nosso conhecimento e fazer a diferença na sua atuação profissional. Esta atividade terá grande valia quando, se possível, realizada em grupos e discuti-las em conjunto. Compartilhado as respostas e as experiências. AULA ATIVIDADE ALUNO Texto de apoio 01: Big techs e o novo paradigma do mercado de trabalho A tendência é ser mais flexível e ter cada vez mais relações horizontais entre empresas e pessoas, que têm buscado mais equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional Karina Rehavia As informações que chegam do mercado norte-americano indicam que a onda de demissões em massa nas big techs parece não ter afetado a disposição das pessoas de buscar relações de trabalho mais equilibradas, que conciliem vida pessoal e profissional de forma mais saudável. Uma pesquisa da consultoria Pollfish com mais de 500 profissionais mostrou que 89% das pessoas que trabalham com tecnologia querem mais flexibilidade e autonomia. Destes, 74% acham o modelo de trabalho freelancer mais atraente do que antes. Além disso, 66% das pessoas que participaram do levantamento disseram ter perdido a confiança em suas empresas. Estes são apenas os primeiros sinais de um fenômeno cujas consequências, talvez, ainda não estejam claras. De toda forma, estes sinais estão alinhados com as transformações que vêm ocorrendo no mercado profissional desde o início dos anos 2000, que ganharam impulso extra com a pandemia e com o boom do trabalho remoto ou híbrido, reforçados pelo nomadismo digital. Percebo estas transformações nas conversas rotineiras com profissionais de várias áreas. Para muitas pessoas, crachá, estabilidade e emprego para toda a vida não têm mais o valor que tinha para gerações anteriores. A procura por formas de trabalho mais equilibradas está longe de ser uma busca só das pessoas. Empresas já descobriram que trabalhar com profissionais independentes tem uma série de benefícios, entre eles a flexibilidade na contratação e o acesso a um pool de talentos com diversidade única de perfis, competências e experiências. Uma tendência mais recente é a chegada deste movimento aos cargos de liderança, com a contratação de executivos e até CEOs sob demanda. A modalidade é cada vez mais usada por startups e permite o acesso a profissionais experientes sem o ônus de um custo fixo, o que muitas vezes esse tipo de empresa não tem como assumir. Os governos também estão de olho nessa transformação. Desde o final de outubro, Portugal oferece um visto específico para nômades digitais. Em dezembro foi a vez da Espanha, que se juntou a uma lista que já conta com cerca de 40 países, atentos a este novo formato de vida e trabalho. Em comum, esses países perceberam que as pessoas que adotam o nomadismo digital costumam ter pelo menos duas qualidades desejáveis: conhecimento e iniciativa. “Dinamizar a economia” e criar “micromultinacionais” de exportação de serviços digitais foram duas justificativas que o governo de Portugal usou para defender a criação desse visto especial. O Brasil também criou um visto semelhante no começo do ano passado, embora ainda não tenha adotado nenhuma política ativa para atrair profissionais independentes e nômades digitais. Um dos desafios desse mercado livre de talentos é a conexão entre empresas e pessoas. Pela natureza do trabalho autônomo e do nomadismo digital, as pessoas, em sua maioria, estão dispersas e nem sempre são encontradas pelos processos tradicionais usados pelos gestores de RH das empresas, ou por headhunters. Há também a questão da seleção de talentos, a negociação dos valores e a efetuação dos pagamentos. É aí que entram plataformas de curadoria de talentos. Para empresas, é uma forma de ter acesso a uma comunidade de pessoas que seriam difíceis de recrutar de outra forma – e que já passaram por um primeiro e rigoroso processo de seleção. AULA ATIVIDADE ALUNO Para os talentos independentes, é uma maneira de entrar no radar das empresas e, de quebra, facilita os contatos e deixa o processo de negociação do contrato muito mais fluido. Tudo isso mostra que, mesmo em um mercado de trabalho mais disputado, vamos continuar assistindo a um fortalecimento desse movimento, marcado pela flexibilidade e por uma relação mais horizontal ao alcance de um número cada vez maior de pessoas e empresas. Fonte: HSM Management. Big Techs e o novo paradigma do mercado de trabalho. Disponível em: https://www.revistahsm.com.br/post/big-techs-e-o-novo-paradigma-do-mercado-de- trabalho. Acesso em: 21/03/23 Texto de apoio 02: Modelo com semana de 4 dias se tornou viável com ganhos de produtividade nas últimas décadas e já chega a empresas brasileiras No Brasil, companhias que instituíram a nova jornada veem melhorias de eficiência, bem-estar dos trabalhadores, retenção de talentos e até aumento de receitas. Por ora, a mudança tem sido adotada mais pelas companhias de tecnologia, como Crawly, NovaHaus, Winnin, AAA Inovação, Gerencianet e Eva. Mas o modelo, que reduz a carga horária de 40 horas para 32 horas semanais sem alteração de salário, exige um planejamento prévio com atenção à legislação trabalhista e à cultura organizacional. Além disso, para ter êxito em termos de gestão de pessoas e negócios, é necessário revisar metas e tarefas diárias e mensurar com frequência os resultados. O conceito vem de experiências de empresas em países como Islândia, Reino Unido, Bélgica, Nova Zelândia, Escócia e EUA. Muitas decidiram adotar regimes mais flexíveis diante do fenômeno da “grande debandada” (profissionais pedindo demissão) e do esgotamento profissional provocado pelo trabalho, condição oficializada na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, 61% dos trabalhadores brasileiros consideram mudar de emprego em caso de problemas de saúde mental e 74% acreditam que seriam mais produtivos em uma semana de quatro dias. Dados da plataforma de recrutamento Indeed, obtidos com exclusividade pelo Estadão, indicam ainda que 79% concordam em aumentar as horas diárias de trabalho para ter uma semana mais curta, e a maioria está disposta a apoiar a empresa na implementação do novo modelo (84%). De acordo com a pesquisa, a redução da carga também melhoraria a saúde mental (85%) e o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal (86%). O diretor de vendas da Indeed Brasil, Felipe Calbucci, afirma, porém, que a semana de quatro dias pode não fazer sentido para todo tipo de negócio, o que requer avaliar bem a mudança. Isso implica atenção especial à cultura organizacional, dizEvanil Paula, presidente da Gerencianet. Novo modelo vira estratégia para retenção de funcionários A semana de quatro dias de trabalho tem se mostrado uma boa estratégia para retenção de talentos. Num cenário de mercado aquecido em que sobram vagas e faltam profissionais em vários setores, ao oferecer um dia a mais de descanso como benefício, as empresas conseguem disputar mão de obra com companhias estrangeiras que têm salários maiores. Na empresa de produtos digitais NovaHaus, essa redução da rotatividade já teve impacto nos custos. O presidente da empresa Leandro Pires, diz que houve perda na entrega, mas não na https://www.revistahsm.com.br/post/big-techs-e-o-novo-paradigma-do-mercado-de-trabalho https://www.revistahsm.com.br/post/big-techs-e-o-novo-paradigma-do-mercado-de-trabalho AULA ATIVIDADE ALUNO produtividade. Ou seja, as pessoas diminuíram a jornada de trabalho em 20%, mas deixaram de produzir somente 7%. “Todavia, essa porcentagem foi compensada com a queda da rotatividade e com um aumento de receita.” A redução da jornada foi definida por acordos individuais e, inicialmente, tem duração de oito meses contados a partir de março. Entre os benefícios aos funcionários, ainda consta um “vale- cultura”, no valor de R$ 400, e duas assinaturas de streaming, os quais têm sido muito bem aproveitados pela gerente de contas Alyne Passarelli. “Faço várias coisas na quarta off, desde passeios, que no final de semana são mais concorridos, a maratona de séries. A ideia é ter uma pausa no meio da rotina turbulenta, e não um final de semana prolongado.” Para medir o sucesso da estratégia, a NovaHaus adotou como indicadores de avaliação o comparativo de entregas, pesquisas internas para medir o nível de felicidade, valores dos projetos e a quantidade de faltas. “Os funcionários estão mais felizes, faltam menos e a receita aumentou.” "Acabamos com e-mail, WhatsApp" Tanto para Crawly quanto para a consultoria AAA Inovação, o sucesso da estratégia é atribuído a uma reorganização dos processos internos. “ Acabamos com o e-mail, grupos de WhatsApp, e adotamos metodologias e ferramentas ágeis de gestão de projetos e comunicação interna, como Slack, Runrun.it e Discord”, diz o presidente da AAA, Juan Pablo Boeira. A empresa adotou a jornada mais curta em janeiro. Em cinco meses foi verificado crescimento de 120% do faturamento. “Quando a gente percebeu que estava mais eficiente, criamos o ‘Reset Day’ (dia de redefinir) às sextas-feiras.” Além de monitorar semanalmente aspectos como entregas (performance), custos fixos, eficiência e saúde mental, a AAA Inovação mantém contato com os clientes para saber o nível de satisfação. Texto na íntegra: EXAME. Acabamos com e-mail, WhatsApp': como operam as empresas com semana de 4 dias. Dispnível em: https://exame.com/carreira/acabamos-com-e-mail-whatsapp- como-operam-as-empresas-com-semana-de-4-dias/ Acesso 10/03/2023. Caro(a) Tutor(a): Conto com o seu auxílio para a execução da atividade. Fico à disposição caso tiver dúvidas! Questões para reflexão: Após a leitura do texto, provavelmente, você estará questionando: quando a modalidade do trabalho flexível chegará à sua empresa? Ou mesmo, o quanto a tecnologia e a passagem pela pandemia modificou a estrutura e as nossas relações de trabalho. Para darmos continuidade à reflexão, responda as questões que seguem: Parte 1- Aprofundando os conceitos teóricos: AULA ATIVIDADE ALUNO 1. Busque material didático e outros livros teóricos, as principais diferenças entre a “estrutura organizacional mecanicista e orgânica.” A configuração mecanicista, típica das teorias iniciais do conhecimento administrativo, é caracterizada por “autoridade centralizada no topo, muitas regras e procedimentos, uma minuciosa divisão do trabalho, amplitudes administrativas estreitas e meios formais de ‘coordenação" (CHIAVENATO, 2014, p. 343), pois tem sua base na hierarquia, especialização, formalidade e estabilidade. Já a configuração orgânica é adaptativa, e por isso é mais adequada a ambientes instáveis e dinâmicos, ou seja, um modelo em que “as organizações operam com um mínimo possível de características burocráticas e com culturas que encorajam a participação das pessoas" (CHIAVENATO, 2014, p. 345). Tem base na abordagem do trabalho em equipe e em redes, para a empresa ser capaz de responder aos desafios do ambiente de negócios. 2. Avaliando as principais diferenças entre a estrutura organizacional de configuração mecanicista e orgânica, como age o gestor e seus funcionários em cada tipo de configuração? Estrutura Mecanicista: Gestor autoritário, centralizador, dá ordens, não confia em seus funcionários. Quer ter o controle de tudo. Colaboradores: Recebe ordens, faz o que é determinado, não participa do processo de decisão, acaba desmotivando. Não conhece o processo de trabalho. Especialista. Trabalho sem capacidade de desenvolvimento. Estrutura Orgânica: Gestor democrático, orienta as atividades, confia em seus colaboradores, acompanha os resultados e dá o feedback. Ouve os funcionários e comunica constantemente. Colaboradores: tem autonomia, conhece bem os processos de seu trabalho, tem poder de decisão sobre o que faz, determina o resultado da empresa, pode ser criativo. Acaba sendo mais motivador o ambiente de trabalho. Tem acesso a informação. Referências Bibiográficas: MAXIMIANO, Antonio Cesar A. Introdução à Administração, 2ª edição. São Paulo: Grupo GEN, 2011. E-book. ISBN 9788522475889. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788522475889/pageid/187 RODRIGUES, E. de A. Modelos de gestão. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração - Edição Compacta. São Paulo: Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788597027525. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597027525/epubcfi/6/64%5B%3 Bvnd.vst.idref%3Dchapter11%5D!/4/450/3:566%5Bare%2Cm%20f%5D https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788522475889/pageid/187 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597027525/epubcfi/6/64%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter11%5D!/4/450/3:566%5Bare%2Cm%20f%5D https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597027525/epubcfi/6/64%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter11%5D!/4/450/3:566%5Bare%2Cm%20f%5D AULA ATIVIDADE ALUNO Parte 2- Vamos trabalhar a prática aliada aos conhecimentos teóricos? Utilize o texto de apoio e o material didático da Unidade 3 e responda a seguintes questões: a. Após a leitura dos textos de apoio, descreva dentro da sua realidade: quais foram as mudanças significativas no ambiente de trabalho perante o advento das tecnologias e o surgimento do trabalho híbrido/home office após a pandemia? O trabalho flexível é uma realidade dentro da sua empresa? Cite exemplos de mudanças ocorridas no ambiente de seu trabalho nos últimos anos. Aqui, prevalece principalmente o uso da tecnologia na realização do trabalho. Perceba que cada vez mais, a comunicação, as reuniões estão sendo intermediada por essas tecnologias. A partir do momento que a tecnologia torna-se comum na comunicação, fica mais fácil também, criar uma estrutura flexível de trabalho. Alguns trabalham em casa, outros tem horários e dias flexíveis, podem trabalhar em um ambiente longe do próprio escritório, e tantas outras mudanças que ocorreram neste pouco espaço de tempo. Mas a empresa e as pessoas precisam mudar juntos. A empresa precisa dar as diretrizes e os colaboradores precisam estar atentas aos desempenhos e resultados que a empresa espera. b. Quais as vantagens/desvantagens do trabalho flexível que está em contraste com o modelo de trabalho tradicional do crachá, estabilidade e estrutura organizacional mais mecanicista? A principal vantagem aqui, como o próprio nome diz é a flexibilidade. Nãoter que cumprir com rigidez a um horário determinado, ter que estar no espaço físico e conciliar outras atividades com o trabalho. Porém, exige-se também muita dedicação e organização. A falta de comunicação por parte da empresa pode atrapalhar o trabalho como um todo. A resposta do aluno aqui é livre conforme a sua realidade AULA ATIVIDADE ALUNO c. O que as empresas devem fazer para trazer flexibilização na estrutura de trabalho? Quais são as dificuldades práticas deste modelo para a grande maioria das empresas? Em termos de gestão, criar uma estrutura que seja mais horizontal ou orgânica. Permitir que as pessoas sejam mais protagonistas do resultado do trabalho. Mas essa estrutura só faz sentido quando o gestor acredita que uma gestão participativa trará mais resultados à organização. Deste princípio, faz com que a Empresa se preocupe em desenvolver uma maior autonomia às pessoas e, por isso, mecanismos na empresa que gerem um modelo de trabalho flexível. d. Qual o perfil do profissional que se adere a esta nova realidade de trabalho mais horizontal e flexível? Nessa nova modalidade, ao contrário do modelo tradicional, as pessoas precisam ter autonomia e buscar resultado na empresa. Dessa forma, o possível perfil precisa ter uma visão mais sistêmica do trabalho. Estar munida de informações e ferramentas para buscar soluções e resultados. Está aberto a comunicar, participar, acompanhar o desempenho da empresa. Precisa trabalhar em equipe. Preparando-se Para a Próxima Teleaula 1. Acessem a webaula correspondente à próxima aula presencial. 2. Leiam a seção do livro didático correspondente à próxima aula presencial. 3. Resolvam as questões básicas correspondentes à próxima aula presencial. 4. Estudem as atividades preparatórias, técnicas e recursos que serão utilizados na próxima aula presencial, por exemplo, um tutorial eletrônico ou um mapa conceitual. 5. A resolver as atividades de aprofundamento da aula atual no pós-aula. 6. A resolver as atividades complementares no pós-aula. Bom trabalho a todos!