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CONCEITO E APLICAÇÃO DE
FUNÇÕES
RAFAEL DE MOURA MOREIRA
Sumário
INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 3
CONCEITO DE FUNÇÕES �������������������������������� 4
Definição de funções ������������������������������������������������������������ 4
Gráfico de uma função ��������������������������������������������������������� 6
Notação ��������������������������������������������������������������������������������� 9
Propriedades de uma função ��������������������������������������������� 10
Função inversa �������������������������������������������������������������������� 13
Função composta ��������������������������������������������������������������� 16
FUNÇÕES E SUAS REPRESENTAÇÕES �������� 18
Funções polinomiais ����������������������������������������������������������� 18
Funções trigonométricas ��������������������������������������������������� 22
Funções exponenciais e logarítmicas ������������������������������� 28
USO PRÁTICO DAS FUNÇÕES ����������������������32
Arremesso para cima ��������������������������������������������������������� 32
CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������������38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS &
CONSULTADAS ��������������������������������������������40
2
INTRODUÇÃO
Funções matemáticas são regrinhas relacionando
valores numéricos e são utilizadas nas mais diversas
áreas do conhecimento humano, como a Física, a
Química e a Economia, dentre muitas outras� Elas
servem para se estudar como certas grandezas
variam para acompanhar outras grandezas e, por
conta disso, são muito úteis para modelar diversos
fenômenos reais�
3
CONCEITO DE FUNÇÕES
DEFINIÇÃO DE FUNÇÕES
Funções matemáticas são regras que descrevem
relações entre diferentes grandezas� Basicamente,
podemos descrever uma grandeza em função de
outra grandeza�
Formalmente, podemos definir funções da seguin-
te maneira: considere dois conjuntos numéricos
X e Y� Uma função de X em Y é uma regra para
associar um valor do conjunto Y para cada valor
do conjunto X�
Também podemos dizer que uma função de X em
Y mapeia valores do conjunto X para valores do
conjunto Y�
Chamamos o conjunto X de domínio da função�
O conjunto Y é chamado de contradomínio da
função� Os valores do contradomínio que pos-
suem correspondente no domínio são chamados
de imagens e o subconjunto do contradomínio
formado apenas por esses pontos é conhecido
como conjunto imagem�
Para que uma relação entre conjuntos seja consi-
derada uma função, cada valor do domínio deve
possuir uma única imagem� O inverso não é ne-
4
cessário: múltiplos valores do domínio podem ser
mapeados para uma mesma imagem�
Para representar uma função mapeando pontos de
um domínio X para um contradomínio Y utilizamos
a seguinte notação: 𝑓𝑓: 𝑋𝑋 → 𝑌𝑌 �
Observemos alguns exemplos representados
visualmente:
Figura 1: a� uma função de X em Y; b� Uma relação que
não é uma função, pois há elementos do domínio mapea-
dos para mais de uma imagem�
-1
0
a. X Y b. X Y
1
2
3
0
1
2
4
9
-1
0
1
2
3
0
1
2
4
9
Fonte: elaboração própria�
Note que na Figura 1a todos os elementos do
domínio possuem exatamente 1 imagem� O fato
de um elemento do contradomínio ser imagem de
mais de um elemento do domínio não é problema�
Portanto, podemos relacionar o conjunto X ao Y
por meio de uma função�
5
Já na Figura 1b temos pontos do domínio sendo
relacionados a mais de uma imagem� Nesse caso,
essa relação não pode ser definida como uma
função�
Note também que na Figura 1a o contradomínio é
o conjunto 𝐶𝐶 = {0, 1, 2, 4, 9}, ou seja, todos os valores
possíveis de serem mapeados ao domínio� Já o
conjunto imagem é dado por 𝐼𝐼𝐼𝐼 = {0, 1, 4, 9} Note que
o elemento “2” ficou de fora, pois uma imagem deve
necessariamente estar mapeada a um elemento
do domínio�
GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO
Outro conjunto importante relacionado às funções
é o chamado gráfico de uma função� O gráfico é o
conjunto formado por todos os pares ordenados
(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) tal que x é um elemento do domínio e y é sua
imagem correspondente� Para o conjunto da Figura
1a, o gráfico é dado por 𝐺𝐺 = { −1,1 , 0,0 , 1,1 , 2,4 , 3,9 }�
Podemos também dizer que os pares ordenados
são (𝑥𝑥, 𝑦𝑦) tal que 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 𝑦𝑦 , ou mesmo que são
(𝑥𝑥, 𝑓𝑓(𝑥𝑥))�
É comum representarmos o conjunto gráfico de
uma função utilizando eixos cartesianos: duas
retas perpendiculares entre si conhecidas como
eixo das abcissas e eixo das coordenadas�
6
Utilizamos o eixo das abcissas, frequentemente
conhecido como eixo x, para representar os ele-
mentos do domínio, geralmente conhecidos por
variável independente. O eixo das coordenadas,
frequentemente conhecido como eixo y, representa
a variável dependente, ou seja, as imagens cor-
respondentes a cada elemento do domínio. Cada
par ordenado (𝑥𝑥, 𝑦𝑦) é conhecido como um ponto
no gráfico.
Vamos colocar os pontos da função da Figura 1a
em uma tabela e, em seguida, utilizaremos esses
pontos para representá-la graficamente:
Tabela 1: pontos de uma função�
x y
-1 1
0 0
1 1
2 4
3 9
Fonte: elaborado pelo autor�
Agora basta marcarmos nossos pontos no gráfico:
traçamos uma reta imaginária paralela ao eixo y
cruzando a marcação “menos 1” do eixo x, e uma
reta imaginaria paralela ao eixo x cruzando a mar-
cação “1” do eixo y:
7
Figura 2: localizando um ponto no gráfico�
-1
-1-2-3
1
1 32
2
3
4
5
6
7
8
9
10
-3
-2
Fonte: elaboração própria�
Agora basta repetir o processo para os outros
pontos da função:
Figura 3: gráfico da função da Figura 1a�
-1
-1-2-3
1
1 32
2
3
4
5
6
7
8
9
10
-3
-2
Fonte: elaboração própria�
8
NOTAÇÃO
Assim como no caso dos conjuntos, nós frequen-
temente iremos representar nossas funções como
uma regra e não enumerando elementos de um
conjunto. Quando não especificamos os conjuntos
domínio e contradomínio, normalmente supõe-se
que ambos são o conjunto dos reais: 𝑓𝑓:ℝ → ℝ .
As regras de formação geralmente colocam a ima-
gem isolada ao lado esquerdo, representada pelo
nome da função (geralmente “f”) com o nome da
variável independente entre parênteses – chama-
da de argumento da função, e à direita utilizamos
uma expressão matemática utilizando a variável
independente. Por exemplo:
𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 2𝑥𝑥% + 1
Podemos substituir x por qualquer elemento do
domínio para obter sua imagem:
𝑓𝑓 3 = 2(3)' + 1
𝑓𝑓 3 = 19
Podemos esboçar o gráfico de funções arbitrárias
calculando alguns pontos desta maneira para criar
uma tabela semelhante à Tabela 1, e em seguida
marcamos os pontos em um gráfico cartesiano�
9
PROPRIEDADES DE UMA FUNÇÃO
Função injetora
Uma função é chamada de injetora quando cada
elemento de seu contradomínio é a imagem de,
no máximo, um elemento do conjunto domínio�
Ou seja, cada imagem corresponde a exatamente
um elemento�
Função sobrejetora
Uma função é chamada de sobrejetora quando
todos os elementos de seu contradomínio são
a imagem de pelo menos um ponto do domínio�
Ou seja, o conjunto contradomínio e o conjunto
imagem coincidem�
Função bijetora
Uma função é chamada de bijetora quando é, si-
multaneamente, injetora e sobrejetora� Ou seja, a
função cria uma correspondência de 1 para 1 entre
o conjunto domínio e o conjunto contradomínio:
cada elemento do domínio corresponde a um ele-
mento do conjunto imagem e vice-versa� Funções
bijetoras são consideradas invertíveis�
10
Figura 4: funções injetora, sobrejetora e bijetora�
-1
0
a. Função não-injetora
e não-sobrejetora
X Y
b. Função injetora.
X Y
c. Função sobrejetora
X Y
d. Função bijetora
X Y
1
2
3
0
1
2
4
9
-1
0
1
2
3
0
1
2
4
9
11
-1
0
1
2
3
0
1
4
9
-1
0
1
2
3
0
1
2
4
9
Fonte: elaboração própria�
Função par
Uma função é chamada de função par caso
𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 𝑓𝑓(−𝑥𝑥) para todos os valores possíveis
11
de x. Isso causa uma simetria em relação ao eixo
y, ou seja, a região do gráfico à esquerda do eixo
y é uma “reflexão” da região à direita.
Figura 5: exemplos de funções pares
𝑓𝑓 𝑥𝑥 =cos 𝑥𝑥 𝑒𝑒 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 𝑥𝑥) .
-6 -4 -2 20
-0.25
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
-0.50
-0.75
-1.00
4 6
6
5
3
3-3
2
2-2
1
0 1-1
4
7
8
9
Fonte: elaboração própria�
Função ímpar
Uma função é chamada de função ímpar caso
𝑓𝑓 −𝑥𝑥 = −𝑓𝑓(𝑥𝑥)para todos os valores possíveis de
x. Isso causa uma simetria em relação à origem,
ou seja, a função é simultaneamente “refletida”
em ambos os eixos.
12
Figura 6: exemplos de funções ímpares:
𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑥𝑥 e f x = 𝑥𝑥+ .
-6 -4 -2 20
-0.25
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
-0.50
-0.75
-1.00
4 6 -3 -2 -1 10
-2
-4
-6
-8
0
2
4
6
8
2 3
Fonte: elaboração própria�
Uma função não possuir uma dessas proprie-
dades não implica em possuir outra delas� Por
exemplo, uma função pode não ser nem injeto-
ra nem sobrejetora� Da mesma maneira, uma
função que não é par não necessariamente é
uma função ímpar�
FUNÇÃO INVERSA
É possível inverter certas funções� Ou seja, dada
uma função que nos dá valores de y em função de
x, podemos alterar sua regra para que possamos
obter valores de x em função de y� Isso significa
que a variável y, antes dependente, irá tornar-se
FIQUE ATENTO
13
uma variável independente, enquanto x se tornará
a nova variável dependente�
Vejamos um passo-a-passo para inverter uma
função� Considere a função abaixo:
𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 2𝑥𝑥 + 1
Vamos começar trocando “f(x)” por y:
𝑦𝑦 = 2𝑥𝑥 + 1
Note que y está isolado� Para inverter a função,
devemos isolar o x:
𝑦𝑦 − 1 = 2𝑥𝑥
𝑦𝑦 − 1
2 = 𝑥𝑥
Podemos agora escrever x como uma função de y:
𝑓𝑓(𝑦𝑦)
𝑦𝑦 − 1
2
Dizemos que 𝑓𝑓 𝑦𝑦 = 𝑓𝑓$% (𝑥𝑥). Compare os gráficos
das funções para compreender melhor a inversão
de uma função:
14
Figura 7: gráfico de 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 2𝑥𝑥 + 1 e de
𝑓𝑓"#(𝑥𝑥) .
-2 -1 1 30
-1
-2
-3
0
1
4
2
3
4
5
2 -3 -1 1 30
-1
-2
0
1
4
2
3
4
2 5-2
Fonte: elaboração própria�
Para que uma função seja invertível, é necessário
que ela seja bijetora (simultaneamente injetora e
sobrejetora). Veja o que ocorre se tentarmos in-
verter, por exemplo, a função 𝑓𝑓(𝑥𝑥) = 𝑥𝑥%. Note
que ela não é sobrejetora. Por exemplo, 𝑓𝑓(2) e
𝑓𝑓(−2) possuem o mesmo valor – dois elementos
do domínio possuem a mesma imagem.
Ao invertê-la, passaremos a ter um elemento do
domínio com mais de uma imagem, o que viola a
definição de função� No gráfico isso fica bastante
claro:
15
Figura 8: 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 𝑥𝑥$ e 𝑓𝑓"# 𝑥𝑥 ,
que não é função.
-2 0
00
0 2
-3
-2
-1
1
2
2 6 84
3
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Fonte: elaboração própria�
FUNÇÃO COMPOSTA
Imagine uma função f qualquer e uma função g
cujo domínio seja a imagem de f� Podemos obter
uma expressão para mapear o domínio de f dire-
tamente para a imagem de g� Chamamos isso de
composição de funções� Para realizar essa opera-
ção, representada por 𝑔𝑔 ∘ 𝑓𝑓 � Para realizar a com-
posição, podemos calcular 𝑔𝑔(𝑓𝑓(𝑥𝑥)), substituindo
todos os “x” de 𝑔𝑔(𝑥𝑥) pela expressão de 𝑓𝑓(𝑥𝑥) �
Considere como exemplo as duas funções
𝑔𝑔 𝑥𝑥 = 3𝑥𝑥% + 2𝑥𝑥 − 1 e 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 𝑥𝑥 + 2 � Então temos:
16
𝑔𝑔 ∘ 𝑓𝑓 = 𝑔𝑔 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 3(𝑥𝑥 + 2)+ + 2 𝑥𝑥 + 2 − 1
𝑔𝑔 ∘ 𝑓𝑓 = 𝑔𝑔 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 3 𝑥𝑥' + 4𝑥𝑥 + 4 + 2 𝑥𝑥 + 2 − 1
𝑔𝑔 ∘ 𝑓𝑓 = 𝑔𝑔 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 3𝑥𝑥' + 12𝑥𝑥 + 12 + 2𝑥𝑥 + 4 − 1
𝑔𝑔 ∘ 𝑓𝑓 = 𝑔𝑔 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 3𝑥𝑥' + 14𝑥𝑥 + 15
17
FUNÇÕES E SUAS
REPRESENTAÇÕES
Observemos algumas funções importantes na
Matemática, que utilizaremos com frequência para
modelar os mais diversos problemas�
FUNÇÕES POLINOMIAIS
Funções polinomiais são aquelas representadas
por uma soma de termos elevados a diferentes
expoentes� Elas possuem a forma:
𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 𝑐𝑐%𝑥𝑥& + 𝑐𝑐(𝑥𝑥&)% +*** + 𝑐𝑐&)%𝑥𝑥%+ 𝑐𝑐&
Ou seja, cada termo é composto por x elevado a
um expoente de 0 até n e multiplicado por uma
constante real, lembrando que qualquer número
elevado a 0 é igual a 1� Alguns termos podem ser
omitidos, basta que seu coeficiente seja igual a 0�
Note que o número “n” dá o grau do polinômio� Ou
seja, se o maior expoente de um polinômio é 2,
dizemos que o polinômio possui grau 2�
O grau do polinômio determina o número de raízes
que ele possuirá – isto é, em quantos pontos ele
cruza o eixo x� Mas note que nem sempre as raí-
zes serão números reais� Há circunstâncias onde
18
uma raiz será complexa� Vamos estudar alguns
polinômios bastante comuns�
Função afim
Função afim é um nome para uma função polino-
mial de primeiro grau� Ela também é conhecida
como função linear�
Sua forma é 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 𝑎𝑎𝑥𝑥 + 𝑏𝑏 . Seu gráfico sempre
irá formar uma reta. O termo “a” é chamado de
coeficiente angular e influenciará na inclinação da
reta: quanto maior esse termo, maior o ângulo entre
a função e o eixo x. O termo b é o termo constante
e representa o ponto onde a função cruza o eixo y.
As funções 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 2𝑥𝑥 + 1 e sua inversa 𝑓𝑓 𝑥𝑥 =
1
2 𝑥𝑥 +
1
2
são exemplos de função afim. Seus coeficientes
angulares são, respectivamente, 2 e 1 2# , e seus
termos constantes são, respectivamente, 1 e −1 2$ .
Observe no gráfico (Figura 7) o ponto onde as re-
tas cruzam o eixo y. Note também que a segunda
função, cujo coeficiente angular é menor, possui
uma reta menos inclinada do que a primeira.
Função quadrática
A função quadrática, como o nome sugere, é um
polinômio cujo maior termo está elevado ao qua-
drado – ou seja, é uma função polinomial de grau
19
2. Seu gráfico forma uma parábola. Ela geralmente
possui a forma 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 𝑎𝑎𝑥𝑥%𝑏𝑏𝑥𝑥 + 𝑐𝑐 .
O coeficiente “a” controla a abertura da parábola:
quanto maior seu módulo, mais “aberta” será a
curva. Seu sinal controla se a parábola abre para
cima (positivo) ou para baixo (negativo).
Os coeficientes “a” e “b” irão influenciar o eixo
de simetria da parábola, ou seja, a localização
de seu vértice. Já o termo “c” controla a altura
da parábola, representando o ponto onde ela irá
interceptar o eixo y.
Além do ponto “c”, onde a parábola intercepta o
eixo y, temos alguns outros pontos notáveis que irão
nos ajudar a caracterizar uma função quadrática:
suas raízes (os pontos onde a função cruza o eixo
x) e seu vértice (que será seu ponto de máximo
ou de mínimo).
Outro valor que irá nos auxiliar é o discriminante
da função, representado pela letra grega delta (Δ).
Ele é dado por ∆= 𝑏𝑏$ − 4𝑎𝑎𝑎𝑎 .
O valor do discriminante nos traz informações
sobre as raízes do polinômio:
∆ > 𝑐𝑐: a função possui duas raízes reais e distintas.
∆= 𝑐𝑐 : a função possui uma raiz real (que coin-
cidirá com seu vértice).
20
∆ função constante e geral-
mente a representamos como 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 𝑘𝑘 , onde k
é um número real qualquer� Seu gráfico é uma reta
paralela ao eixo x, cortando o eixo y no ponto k�
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
As funções trigonométricas surgiram a partir de
relações entre os diferentes lados de um triângulo
22
retângulo e são utilizadas desde a antiguidade para
se calcular distâncias e realizar medições�
Uma forma mais moderna de defini-las utiliza uma
circunferência com centro nos eixos cartesianos
e raio igual a 1� Ao traçarmos um raio unindo um
ponto arbitrário da circunferência ao seu centro,
podemos identificar duas das funções trigonomé-
tricas mais básicas: seno e cosseno�
Figura 10: definindo seno e cosseno na circunferência
trigonométrica�
-0.5
-0.5
0.0
0.5
1.0
0.0 0.5
θ
1.0-1.0
-1.0
Raio =1
sen(θ)
cos(θ)
Fonte: elaboração própria�
23
Funções seno e cosseno
Em um triângulo retângulo qualquer, podemos calcular
o seno e o cosseno de um de seus ângulos agudos,
vamos chamar de θ (teta), da seguinte maneira:
𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝜃𝜃 =
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑠𝑠𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑐𝑐𝑜𝑜𝑐𝑐𝑠𝑠𝑐𝑐𝑐𝑐
ℎ𝑖𝑖𝑜𝑜𝑐𝑐𝑐𝑐𝑠𝑠𝑠𝑠𝑖𝑖𝑠𝑠𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝜃𝜃 =
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑐𝑐𝑎𝑎𝑎𝑎𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑎𝑎𝑐𝑐𝑐𝑐
ℎ𝑖𝑖𝑖𝑖𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑎𝑎𝑖𝑖𝑐𝑐𝑐𝑐
Utilizando a circunferência trigonométrica centrada
na origem e com raio unitário, podemos generalizar
as funções seno e cosseno que recebem como
argumento um ângulo� O seno do ângulo será a
altura do triângulo, ou seja, a projeção do raio no
eixo y� Já o cosseno será a base do triângulo, ou
seja, a projeção do raio no eixo x� Observe a figura
anterior atentamente e note o que acontece com os
valores do seno e do cosseno conforme o ângulo
cresce no sentido anti-horário�
Note que é possível calcular o valor das funções
para qualquer ângulo, inclusive ângulos superiores
a 360 graus (a função irá se repetir) e negativos
(variando o ângulo no sentido horário)�
Por serem definidas dentro de uma circunferência,
tanto o seno quanto o cosseno se repetem a cada
360 graus� Esse comportamento periódico as torna
bastante importantes para a modelagem de fenômenos
oscilatórios, presentes em diversas áreas da física�
24
Figura 11: gráficos das funções seno e cosseno�
360˚ 270˚ 160˚ 90˚ 90˚
-0.25
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
-0.50
-0.75
-1.00
160˚ 270˚ 360˚ 360˚ 270˚ 160˚ 90˚ 90˚
-0.25
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
-0.50
-0.75
-1.00
160˚ 270˚ 360˚
Fonte: elaboração própria�
Note também que o seno e o cosseno possuem os
mesmos valores, porém com um “deslocamento”
no gráfico� Podemos dizer que o cosseno é igual
ao seno com 90 graus de “atraso”�
Foram utilizados graus nos gráficos acima para facili-
tar a visualização e compreensão� Porém, as funções
trigonométricas frequentemente são utilizadas com
argumentos em radianos� Você pode fazer a conversão
utilizando as fórmulas:
𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 =
𝑔𝑔𝑟𝑟𝑟𝑟𝑔𝑔𝑔𝑔 𝑥𝑥 𝜋𝜋
180
𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔 =
180 𝑥𝑥 𝑔𝑔𝑔𝑔𝑟𝑟
𝜋𝜋
FIQUE ATENTO
25
Função tangente
Assim como o seno e o cosseno, a tangente tam-
bém vem diretamente de relações entre lados no
triângulo retângulo� Ela pode ser calculada pela
fórmula:
𝑡𝑡𝑔𝑔𝜃𝜃 =
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑡𝑡𝑐𝑐𝑡𝑡𝑐𝑐 𝑐𝑐𝑜𝑜𝑐𝑐𝑜𝑜𝑡𝑡𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑡𝑡𝑐𝑐𝑡𝑡𝑐𝑐 𝑐𝑐𝑎𝑎𝑎𝑎𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑎𝑎𝑡𝑡𝑐𝑐
Ela também pode ser definida como uma função,
e ela é calculada a partir das outras duas funções
trigonométricas já estudadas:
𝑡𝑡𝑔𝑔(𝜃𝜃) =
𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠(𝜃𝜃)
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑠𝑠(𝜃𝜃)
Graficamente, imagine na circunferência unitária
uma reta paralela ao eixo y cruzando o eixo x em
x = 1� Prolongue o raio até que ele intercepte essa
reta� A altura entre o eixo x e essa reta é a tangente
do ângulo�
26
Figura 12: a tangente na circunferência trigonométrica e o
gráfico da função tangente�
-0.5
-0.5
0.5
1.0
1.5
0.0
0.0
0.5
θ
1.0 1.5-1.0
-1.0
sen(θ)
cos(θ)
tg(θ)
360˚ 270˚ 160˚ 90˚ 90˚
-2.5
0.0
2.5
5.0
7.5
10.0
tg(x)
-5.0
-7.5
-10.0
160˚ 270˚ 360˚
Fonte: elaboração própria�
Observe na circunferência trigonométrica que
conforme o ângulo cresce e se aproxima de 90
graus, a tangente também cresce bastante. Bem
próximo de 90 graus, seu valor deve ser muito alto
e em exatamente 90 graus o raio coincide com o
eixo y, sendo impossível prolongá-lo até a reta
imaginária. Nesse ponto, a função tangente deixa
de existir. Algebricamente, temos que ,
ou seja, ocorreria uma divisão por zero na fórmula
da tangente.
Note no gráfico o comportamento da função:
conforme o ângulo se aproxima dos valores cujo
cosseno vale 0, a função cresce vertiginosamente
em direção ao infinito (positivo ou negativo, depen-
27
dendo do ângulo), para em seguida “ressurgir” na
direção oposta� Esse ponto onde uma função deixa
de existir mas para onde os pontos na vizinhança
convergem são chamados de assíntotas, e serão
estudados futuramente�
Seno, cosseno e tangente são as funções trigonométri-
cas mais utilizadas� Porém em alguns problemas você
verá a razão inversa dessas funções aparecendo, e elas
recebem nomes especiais: secante (razão inversa do
cosseno), cossecante (razão inversa do seno) e cotan-
gente (razão inversa da tangente)�
Caso tenha interesse em entender melhor suas pro-
priedades e interpretações geométricas, leia mais em:
OLIVEIRA, R� R� de� Secante, cossecante e cotangente�
Brasil Escola, [s� d�]� Disponível em: https://brasilescola�
uol�com�br/matematica/secante-cosecante-cotangente�
htm� Acesso em 20 abr� 2022�
FUNÇÕES EXPONENCIAIS E
LOGARÍTMICAS
Uma outra forma de função que representa bem
diversos fenômenos reais, como a propagação
de doenças infecciosas ou taxas de juros, é a
função exponencial� Nela, a variável independen-
te representa um expoente� Uma forma típica de
SAIBA MAIS
28
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/secante-cosecante-cotangente.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/secante-cosecante-cotangente.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/secante-cosecante-cotangente.htm
função exponencial seria 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 𝑎𝑎&, onde “a” é uma
constante real�
Considere, por exemplo, 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 10' � Note que au-
mentar x em 1 unidade implica em multiplicar o
valor da função por 10, ou seja, adicionar um zero
ao seu final� 𝑓𝑓 1 = 10 e 𝑓𝑓 5 = 10000 �
29
Figura 13: gráfico de 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 2% �
1000
800
600
400
200
20
0
4 6 8 10
Fonte: elaboração própria�
Trabalhar com grandezas exponenciais pode ser
muito trabalhoso, pois envolve números grandes e
crescimentos difíceis de visualizar� Isso torna muito
úteis as funções logarítmicas� Vamos entender a
notação de um logaritmo:
30
𝑙𝑙𝑜𝑜𝑔𝑔$ 𝑎𝑎 = 𝑥𝑥 ⟺ 𝑏𝑏+ = 𝑎𝑎
Quando a base (b) é omitida, normalmente en-
tendemos que a base é 10. Em outros contextos,
podemos ter outras bases: em problemas de
ciência da computação, normalmente supomos
base 2. Existe também o logaritmo natural, que é
o logaritmo de base e, um número transcendental
como o π (pi), que será estudado futuramente.
Muitas vezes, 𝑙𝑙𝑜𝑜𝑔𝑔$ 𝑥𝑥 será representado como 𝐼𝐼𝐼𝐼 𝑥𝑥 .
Figura 14: Gráfico de 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙(𝑥𝑥).
12
10
8
6
4
2
0
0 500 1000 1500 2000 2500 35003000 4000
Fonte: elaboração própria�
Os logaritmos também aparecem com frequência
quando estamos resolvendo equações envolvendo
funções exponenciais, e até mesmo de maneira es-
pontânea ao modelarmos certos problemas da natu-
reza, como o decaimento de substâncias radioativas�
31
USO PRÁTICO DAS
FUNÇÕES
Funções irão aparecer na prática em problemas
de áreas diversas onde temos uma grandeza que
depende de outra� Vejamos alguns exemplos na
prática�
ARREMESSO PARA CIMA
Quando arremessamos um objeto para cima, ele
tende a desacelerar por conta da gravidade até
que atinja uma altura máxima� Desse ponto em
diante, ele passará a acelerar para baixo até atingir
o solo� Podemos modelar esse movimento por
meio da função: 𝑠𝑠 𝑡𝑡 = 𝑠𝑠$+𝑣𝑣&𝑡𝑡 −
)
*
𝑔𝑔𝑡𝑡* , onde s0 é a
altura inicial,t é o tempo, v0 é a velocidade inicial
do objeto e g é a gravidade (considere 10𝑚𝑚/𝑠𝑠& )�
Se um objeto for atirado a 40metros por segundo
ao quadrado a partir da altura de 1 metro e meio
para cima, determine:
a) Sua altura máxima;
b) O instante em que a altura máxima será atingida;
c) O momento que o objeto irá chegar ao solo;
d) Esboce o gráfico ilustrando a altura do projétil
em função do tempo�
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Primeiramente, vamos colocar os valores dados
em nossa função e escrevê-la em um formato mais
convencional:
𝑠𝑠 𝑡𝑡 = 1,5 + 40𝑡𝑡 +
−1
2
10𝑡𝑡-
𝑠𝑠 𝑡𝑡 = −5𝑡𝑡& + 40𝑡𝑡 + 1,5
Note que a função é um polinômio de grau 2.
Seu coeficiente “a” é negativo, confirmando que
a parábola está virada para baixo, possuindo um
ponto de máximo. Podemos aplicar diretamente
a fórmula para obter a coordenada x do vértice
, que representa o tempo em que ocorreu a
altura máxima:
𝑡𝑡"#$ = 𝑥𝑥' =
−𝑏𝑏
2𝑎𝑎
𝑡𝑡"#$ =
&'(
)(&+)
= 4 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
Podemos utilizar outra fórmula para determinar Y,
ou, alternativamente, aplicar na função:
𝑠𝑠"#$ = −5 4) + 40 4 + 1,5
𝑠𝑠"#$ = 81,5 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑠𝑠
Como o solo seria a altura 𝑠𝑠 = 0 , o objeto retornar
ao solo equivaleria à sua trajetória atingir o eixo
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das abcissas. Portanto, ele seria uma das raízes do
polinômio. Vamos utilizar a fórmula de Bháskara:
∆= 𝑏𝑏$ − 4𝑎𝑎𝑎𝑎 = 40$ − 4𝑥𝑥 −5 ×1,5 = 1630
𝑡𝑡 = #$± ∆
'(
= #)*± +,-*
#'×/
=)*±)*,-1
+*
𝑡𝑡𝑡 = 8,04𝑠𝑠|𝑡𝑡” = −0,04𝑠𝑠
Naturalmente, o objeto não pode ter caído em 2
instantes diferentes� Note que uma das raízes é
negativa: não faz sentido também falar em raiz
negativa nesse problema� Portanto, descartamos
essa raiz e ficamos com a positiva�
Figura 15: esboço da trajetória de um projétil�
80
70
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
60
50
40
30
20
10
Fonte: elaboração própria�
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1) Determine a função representada no gráfico
abaixo:
Figura 16: gráfico de função a ser determinada (exemplo
2)�
-270˚ 270˚-180˚ 180˚-90˚
-1
1
0
2
3
-2
-3
90˚
Fonte: elaboração própria�
Pelo comportamento oscilatório, é razoável supor
que se trata de uma função trigonométrica, como
seno ou cosseno� Como seu valor máximo coincide
com o eixo y, sabemos que é o cosseno� Podemos
notar também o valor 0 nos ângulos de 90 e 270
graus, tanto positivos quanto negativos�
Porém, o cosseno oscila entre -1 e 1, enquanto a
função exibida aqui oscila entre -3 e 3� Portanto:
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𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 3cos (𝑥𝑥)
1) Determine a função representada pelo gráfico
abaixo:
Figura 17: gráfico de função a ser determinada (exemplo
3)�
-270˚ 270˚-180˚ 180˚-90˚
-2
2
4
6
-4
-6
90˚
Fonte: elaboração própria�
Pela mesma lógica do exercício anterior, temos
uma função trigonométrica� Porém, dessa vez ela
está partindo do zero� Portanto, provavelmente
seria o seno�
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Também seguindo a lógica do exemplo anterior,
nossa função está oscilando entre -6 e 6, o que
significa que nosso seno provavelmente está sendo
multiplicado por 6�
Mas note o valor da função nos ângulos destaca-
dos� O seno deveria atingir seu valor máximo em
90 graus e retornar a 0 ao chegar nos 180 graus�
A função ilustrada atinge o máximo na metade
do “caminho” e já está de volta ao 0 nos 90 graus�
Seu ângulo está “se movendo” com o dobro da
“velocidade”� Portanto, temos:
𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 6sen (2𝑥𝑥)
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao fim de nossa breve introdução às
funções� Nós percebemos como funções servem
para mapear elementos de um conjunto, conheci-
do como domínio, para outro conjunto, conhecido
como contradomínio� Os pontos do contradomínio
mapeados para o domínio formam o conjunto
imagem�
Após entendermos funções, discutimos também
os gráficos de funções: conjuntos de pontos for-
mados por elementos do domínio e suas respec-
tivas imagens, que podem ser utilizados para se
representar graficamente uma função�
Em seguida, estudamos algumas propriedades das
funções, como sua paridade (que indica diferentes
tipos de simetria) e algumas relações mais notáveis
entre os elementos de seus conjuntos (funções
injetoras, sobrejetoras e bijetoras)�
Estudamos também algumas operações úteis que
podemos realizar com funções, como invertê-las
(desde que elas sejam bijetoras) ou combiná-las�
Tendo em mãos todos os conceitos básicos de
funções, conhecemos alguns exemplos de fun-
ções, como as polinomiais, as trigonométricas e
as logarítmicas e exponenciais� Todas elas são
funções que irão aparecer frequentemente em
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diversas áreas do conhecimento e serão úteis para
resolver problemas do mundo real�
Por fim, estudamos alguns exemplos de como se
trabalhar com funções e analisar seus gráficos�
Não se esqueça de praticar bastante – matemática
é prática!
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Referências Bibliográficas
& Consultadas
AXLER, S� Pré-cálculo: uma preparação para
o cálculo com manual de soluções para o
estudante� 2� ed� Rio de Janeiro: GEN/LTC, 2016�
[Minha Biblioteca]�
GERSTING, J� L� Fundamentos matemáticos
para a Ciência da Computação: Matemática
Discreta e suas aplicações� 7� ed� Rio de Janeiro:
GEN/LTC, 2017� [Minha Biblioteca]�
GUIDORIZZI, H� L� Um curso de Cálculo, Vol. 1�
6� ed� Rio de Janeiro: GEN; LTC, 2018� [Minha
Biblioteca]�
GUIDORIZZI, H� L� Um Curso de Cálculo, Vol. 2�
6� ed� Rio de Janeiro: GEN; LTC, 2018� [Minha
Biblioteca]�
MORETTIN, P� A�; HAZZAN, S�; BUSSAB, W� O�
Introdução ao Cálculo para Administração,
Economia e Contabilidade� 2� ed� São Paulo:
Saraiva, 2018� [Minha Biblioteca]�
RODRIGUES, A� C� D�; SILVA, A� R� H� S� Cálculo
diferencial e integral a várias variáveis� Curitiba:
InterSaberes, 2016� [Biblioteca Virtual Pearson]�
ROGAWSKI, J�; COLIN, A� Cálculo� 3� ed� Porto
Alegre: Bookman, 2018� [Minha Biblioteca]�
SILVA, P� S� D� Cálculo Diferencial e Integral� 1�
ed� Rio de Janeiro: LTC, 2017� [Minha Biblioteca]�
Introdução
Conceito de Funções
Definição de funções
Gráfico de uma função
Notação
Propriedades de uma função
Função inversa
Função composta
Funções e suas representações
Funções polinomiais
Funções trigonométricas
Funções exponenciais e logarítmicas
Uso prático das funções
Arremesso para cima
Considerações finais
Referências Bibliográficas & Consultadas