Prévia do material em texto
1 Competência em Informação Profa. Me. Daianny Seoni de Oliveira 1 2 2 AULA COMPETÊNCIA EM INFORMAÇÃO (CoInfo): histórico e conceitos Objetivo: Apresentar o panorama histórico e os conceitos da Competência em Informação (CoInfo) 3 4 3 Breve histórico ● A Sociedade da Informação e do Conhecimento se apoia em duas questões: valor e validade da informação para a tomada de decisão. ● A Competência em Informação (CoInfo) tem seus fundamentos na Biblioteconomia e Ciência da Informação. A educação de usuários, entendida como a habilidade do uso do acervo da Biblioteca, pode ser considerada sua antecessora. ● Hoje, o objetivo da biblioteca é utilizar o conhecimento prévio, habilidades e atitudes dos usuário. ● Os estudos sobre o tema, iniciaram-se na década de 70, pelo bibliotecário norte americano Paul Zurkowski, denominado Information Literacy. Breve histórico ● Os trabalhos sobre Competência em Informação no Brasil, iniciaram-se a partir dos estudos de Caregnato (2000), Belluzzo (2001), Dudziak (2001), Hatschbach (2002) e Campello (2003). Nessas pesquisas foram tratadas questões históricas, conceituais, bem como, sua aplicabilidade no contexto educacional (RASTELI, A.; CAVALCANTE, L. E., 2013). Quadro 1- Precursores da pesquisa sobre Information Literacy 5 6 4 Breve histórico ● Várias traduções foram utilizadas para Information Literacy, como “alfabetização informacional” e “letramento informacional”, mas, o uso de Competência Informacional ou Competência em Informação se mostraram a melhor escolha, por sua definição ampla (DUDZIAK, 2010). ● Tradução do termo information literacy para “competência em informação” e a logomarca foram recomendada também pela Unesco, por meio da publicação OVERVIEW of information literacy resources worldwide, em suas duas edições (2013, 2014), organizadas por Horton Jr. ● A CoInfo, advém de um processo de ensino e aprendizagem e o conhecimento é desenvolvido e aplicado no ambiente em que a pessoa está inserida. Conceito ● A Associação de Bibliotecas Americanas (ALA, 1989), considera que para ser competente em informação a pessoa deve saber localizar, avaliar e usar a informação de maneira ética. De modo geral, é aprender a aprender e conhecer como está estruturado o conhecimento. ● A Unesco (2016) define a competência informacional como uma: Habilidade de reconhecer quando as informações são necessárias e como localizá-las, avaliá- las, utilizá-las de forma eficaz, assim como comunicá-las em seus diversos formatos. A alfabetização informacional inclui as competências eficazes em todas as etapas do ciclo de vida de documentos de todos os tipos, a capacidade de compreender as implicações éticas desses documentos e a habilidade de se comportar de maneira ética em todas as etapas. 7 8 5 Conceito ● Está centrada no engajamento com a informação e no processo de se tornar informado; ● Está, ainda, fortemente associada aos conceitos de "aprender a aprender"; ● Tomada de decisões por meio da ênfase na definição das necessidades, dos problemas e das informações relevantes; ● Uso da informação de maneira crítica e com responsabilidade e ética; ● não é totalmente dependente da presença de sistemas e tecnologias de informação, mas que é altamente influenciado por estes (UNESCO, 2016). Conceito ● Segundo Dudziak (2010), pessoas competentes em informação são hábeis no acesso às redes formais e informais de informação, em razão de conhecerem as estruturas de informação e comunicação. ● Para o fortalecimento desse conceito, a Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (UNESCO) através de seu programa intergovernamental The Information for All Programme (IFAP), apoia e promove a divulgação de trabalhos sobre o tema. 9 10 6 Referências ASSOCIATION OF COLLEGE AND RESEARCH LIBRARIES, ACRL. Presidential Committee on Information Literacy: Final Report. Chicago: ALA, 1989. Disponível em:. Acesso em: 07 abr. 2022. BRUCE, C. Information Literacy as a Catalyst for Educational Change: A Background Paper, July 2002, White Paper prepared for UNESCO, the U.S. National Commission on Libraries and Information Science, and the National Forum on Information Literacy, for use at the Information Literacy Meeting of Experts, Prague, The Czech Republic. Disponível em: http://eprints.qut.edu.au/4977/1/4977_1.pdf Acesso em: 07 abr. 2022. CAMPELLO, Bernadete. O movimento da competência informacional: uma perspectiva para o letramento informacional. Ciência da Informação, Brasília, v. 32, n. 3, p. 28-37, set./dez. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ci/v32n3/19021.pdf Acesso em: 07 abr. 2022. DUDZIAK, Elisabeth Adriana. A Information Literacy e o Papel Educacional das Bibliotecas. 2001. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação e Documentação) - Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27143/tde-30112004-151029/ Acesso em: 07 abr. 2022. LIMA, Janecely Silveira de; PAIVA, Simone Bastos. Competência em informação e capital intelectual: constructos complementares à gestão organizacional. p.317-329. In: Emeide Nóbrega Duarte; Simone Bastos Paiva; Alzira Karla Araújo da Silva, organizadoras. Múltiplas Abordagens da Gestão da Informação e do Conhecimento. João Pessoa: Editora da UFPB, 2014. Disponível em: http://www.editora.ufpb.br/sistema/press5/index.php/UFPB/catalog/book/547 Acesso em: 07 abr. 2022. MATA, Marta Leandro da. A competência informacional de graduandos de biblioteconomia da região sudeste: um enfoque nos processos de busca e uso ético da informação. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2009. 162 f.; 30 cm. Orientadora: Helen de Castro Silva. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/93621 Acesso em: 07 abr. 2022. Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo FREIRE, 1987, p. 39 “ “ 11 12