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Conclusão Os objetivos deste estudo foram alcançados ao abordar de maneira abrangente os desafios físicos, psicológicos e sociais enfrentados pelos indivíduos com Síndrome de Tourette, além de analisar as intervenções terapêuticas disponíveis. A revisão sistemática evidenciou a complexidade da síndrome, destacando não apenas os impactos dos tiques motores e vocais na qualidade de vida, mas também a relevância das comorbidades associadas, como TDAH e TOC. O estudo também reforçou a necessidade de abordagens multidisciplinares no manejo da condição e ressaltou os avanços recentes em tratamentos, como a estimulação cerebral profunda e intervenções comportamentais. No entanto, algumas limitações foram identificadas, como a escassez de estudos longitudinais que avaliem a eficácia dos tratamentos ao longo do tempo e a falta de consenso sobre biomarcadores para diagnóstico precoce e monitoramento clínico. Além disso, a heterogeneidade dos sintomas e a resposta variável às terapias indicam a necessidade de pesquisas futuras que explorem estratégias personalizadas de tratamento. Sugere-se que novas investigações se concentrem no desenvolvimento de biomarcadores para melhorar a precisão diagnóstica e prever respostas terapêuticas, em abordagens terapêuticas inovadoras, incluindo terapias genéticas e farmacológicas direcionadas aos circuitos cortico-estriato-talâmicos, no impacto psicossocial em longo prazo, com ênfase no suporte às famílias e na reintegração social dos pacientes, e na atenção ao contexto cultural, investigando como fatores regionais e socioeconômicos influenciam o manejo e os resultados da síndrome. Assim, com o avanço do conhecimento, espera-se que intervenções mais eficazes e individualizadas possam ser desenvolvidas, proporcionando uma melhoria significativa na qualidade de vida dos indivíduos afetados pela Síndrome de Tourette e suas famílias.