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BIOESTATÍSTICA Conteúdo: Teste X² CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA Unidade Curricular: Professora: Gabriela Allein Novembro/2024 Quando uma pessoa lê os resultados de uma pesquisa, nem sempre presta atenção no procedimento adotado para a coleta dos dados. No entanto, para bem apreciar a qualidade dos achados, é importante saber um pouco sobre o delineamento do estudo. Os pesquisadores, atualmente, concordam que existe uma hierarquia na qualidade da informação: primeiro, as metanálises e as revisões sistemáticas feitas por grupos de sabida competência; depois, as situações em que os pesquisadores coletam seus próprios dados. Nesses casos, também há uma hierarquia da qualidade de informação: primeiro, os ensaios clínicos randomizados e estudos coorte; depois, os estudos de caso-controle e, finalmente, os estudos transversais. Aqui iremos conhecer os procedimentos para a coleta de dados de duas variáveis qualitativas. Teste X² para Variáveis Qualitativas Depois de coletados, os dados são submetidos a um teste estatístico para que os pesquisadores possam generalizar seus achados para toda a população de onde os dados provieram. As tabelas 2 × 2 têm sido, possivelmente, a ferramenta mais empregada para mostrar resultados estatísticos. Elas são utilizadas nos casos em que se estudam duas variáveis qualitativas e cada uma se apresenta sob dois aspectos. O exemplo de tabela 2 × 2 mais citado na literatura é, sem dúvida, o que trata das variáveis “fumante” (sim ou não) e “câncer de pulmão” (sim ou não). Teste X² para Variáveis Qualitativas Para analisar tabelas 2 × 2, o teste estatístico mais simples e mais conhecido é o teste de χ2 (lê-se qui-quadrado). Veremos como se faz esse teste, mas antes convém revisitar rapidamente o que são ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais. Teste X² para Variáveis Qualitativas Ensaio clínico randomizado é todo estudo no qual se designa, aleatoriamente, intervenções relacionadas à saúde dos participantes da pesquisa, com a finalidade de avaliar o efeito dessas intervenções nas pessoas. As intervenções incluem (mas não estão restritas a) fármacos, vacinas e produtos biológicos. Incluem também tratamentos cirúrgicos e radiológicos, tratamentos comportamentais, cuidados paliativos etc. Teste X² para Variáveis Qualitativas Estudos observacionais são aqueles em que os pesquisadores estudam e observam pessoas, sem mudar ou intervir no que observam. Os estudos observacionais podem ser prospectivos (ou estudo coorte), retrospectivos (ou estudo de caso controle) e transversais. Teste X² para Variáveis Qualitativas No estudo prospectivo ou coorte, o pesquisador observa dois grupos de pessoas que diferem por uma característica bem definida para, depois de longo tempo, obter a proporção de pessoas com determinado desfecho em cada um dos dois grupos. Por exemplo, pesquisadores ingleses entrevistaram dois grandes grupos de médicos, fumantes e não fumantes, e depois de anos contaram o número de casos de câncer de pulmão em cada grupo. Teste X² para Variáveis Qualitativas No estudo retrospectivo ou de caso controle, um grupo de pessoas doentes (os casos) e um grupo de pessoas sadias (os controles) são examinados e questionados para que o pesquisador possa verificar se a proporção de pessoas expostas a um fator que se presume de risco é maior entre os casos do que entre os controles. Exemplo: Os mesmos pesquisadores ingleses do estudo citado anteriormente verificaram a proporção de fumantes em um grande número de pessoas com câncer de pulmão e a proporção de fumantes em número similar de pessoas sem a doença. Depois, compararam as proporções. Teste X² para Variáveis Qualitativas No estudo transversal, o pesquisador coleta uma grande amostra da população e, simultaneamente, levanta dados de duas variáveis – quantos têm e quantos não têm determinada característica (p. ex., têm ou não tosse crônica) e quantos de cada grupo foram expostos ao fator que se presume de risco (p. ex., hábito de fumar). Teste X² para Variáveis Qualitativas Teste X² para Variáveis Qualitativas O teste de χ2 (lê-se qui-quadrado) é aplicado quando a variável é qualitativa - variáveis dicotômicas (sim e não). Um grupo de pessoas é dividido ao acaso em dois grupos: um grupo é submetido a um novo tratamento (grupo tratado) e outro é submetido a um placebo (grupo-controle) – ou, então, os grupos são submetidos a tratamentos concorrentes. As respostas só podem ser “sim” ou “não” – ou, o que é o mesmo, “positivo” ou “negativo”. Teste X² nos ensaios clínicos Teste X² nos ensaios clínicos Para aplicar o teste de X²: 1. Estabeleça as hipóteses: • H0: as probabilidades de respostas positivas (ou negativas) são iguais nos dois grupos, isto é, P1 = P2 • H1: a probabilidade de respostas positivas (ou negativas) é diferente nos dois grupos, isto é, P1 ≠ P2. 2. Estabeleça o nível de significância α. 3. Calcule a estatística de teste: 𝒙𝟐 = 𝒂𝒅 −𝒃𝒄 𝟐. 𝒏 𝒂+𝒃 (𝒄+𝒅)(𝒂+𝒄)(𝒃+𝒅) Teste X² nos ensaios clínicos A tabela a seguir apresenta duas variáveis indicadas por X e Y. A variável X tem duas categorias, X1 e X2; a variável Y também tem duas categorias: Y1 e Y2. As letras a, b, c, d representam os dados que o pesquisador obtém em sua pesquisa. Teste X² nos ensaios clínicos 𝒙𝟐 = 𝒂𝒅 − 𝒃𝒄 𝟐. 𝒏 𝒂 + 𝒃 (𝒄 + 𝒅)(𝒂 + 𝒄)(𝒃 + 𝒅) 4. Rejeite a hipótese da nulidade toda vez que o valor de χ2 calculado for igual ou maior do que o valor dado em tabela de χ2 com um grau de liberdade e no nível estabelecido de significância. Isso significa rejeitar a hipótese da nulidade quando o p-valor é menor do que o nível de significância. Teste X² nos ensaios clínicos Exemplo: Para estudar a efetividade da betametasona no alívio da dor após a instrumentação endodôntica (tratamento de canal), um cirurgião-dentista fez um ensaio clínico. Antes do procedimento, administrou dois comprimidos para 21 pacientes (grupo tratado com betametasona) e dois comprimidos de placebo para 17 pacientes (grupo controle). Neste exemplo, a = 2, b = 15, c=12, d = 9. Teste X² nos ensaios clínicos Teste X² nos ensaios clínicos Para aplicar o teste: 1. Estabeleça as hipóteses • H0: a betametasona não é efetiva no alívio da dor após a instrumentação endodôntica • H1: a betametasona é efetiva no alívio da dor após a instrumentação endodôntica. 2. Estabeleça o nível de significância α = 5%. 3. Aplique a fórmula: Teste X² nos ensaios clínicos 4. Como o valor calculado de χ2 (8,31) é maior do que o valor de χ2 com 1 grau de liberdade e no nível de 5% de significância (3,84), rejeite H0. Em termos do ensaio, a betametasona é efetiva no alívio da dor após a instrumentação endodôntica. Teste X² nos ensaios clínicos Embora seja comum apresentar dados de ensaios clínicos como na tabela anterior, há autores que preferem exibir proporções. O tamanho da amostra (pequeno, no exemplo) e as proporções em comparação ficam mais visíveis. Se você optar por apresentar os dados em proporções, escreva as hipóteses como segue: • H0: as probabilidades de relatos de dor são iguais nos dois grupos, isto é, P1 = P2 • H1: a probabilidade de relatos de dor é diferente nos dois grupos, isto é, P1 ≠ P2. Teste X² nos ensaios clínicos É mais correto calcular a estatística de teste com correção de continuidade. Fazendo essa correção, que indicamos por 𝑋2𝑐 a estatística de teste fica como segue: A correção de continuidade reduz o valor de 𝑋2𝑐 porque, subtraindo n/2 de uma diferença que é elevada ao quadrado, reduz o numerador. O efeito da correção de continuidade sobre o valor de χ2 é maior quando a amostra é grande. Veja o cálculo o valor de χ2 com correção de continuidade para os dados apresentados, o resultado é menor. Teste X² nos ensaios clínicos Preste muita atenção, porque pode acontecer o seguinte: você aplica o teste χ2 para comparar duas proporções e, sem a correção de continuidade, o resultado é significante,mas com a correção, é não significante. Fique, então, com este último resultado, ou seja, conclua que não há evidência de que as proporções são diferentes. Restrições ao uso do teste χ2 É importante saber que o teste χ2 tem muitas restrições para uso. A saber: • Os dados devem estar apresentados em tabelas de contingência. • As variáveis em estudo são, obrigatoriamente, qualitativas. • A amostra deve ter sido obtida por processo aleatório. • A população deve ter, no mínimo, 10 vezes o tamanho da amostra. Teste χ2 nos estudos prospectivos Neste estudo, uma das duas populações está exposta a um fator que se presume de risco (p. ex., ser fumante) e a outra não está (p. ex., não ser fumante); e o pesquisador, então, procura nas amostras determinado desfecho (câncer de pulmão). Teste χ2 nos estudos prospectivos Para testar a hipótese de que duas populações independentes têm a mesma probabilidade de ter o mesmo desfecho, é comum optar pelo teste de χ2. Para proceder ao teste: 1. Estabeleça as hipóteses. 2. Estabeleça o nível de significância. 3. Calcule a estatística de teste: É aconselhável calcular a estatística de teste com a correção de continuidade. Então: 4. Rejeite a hipótese da nulidade toda vez que o valor de χ2 calculado for igual ou maior que o valor dado na Tabela, com 1 grau de liberdade e no nível estabelecido de significância. Teste χ2 nos estudos prospectivos Exemplo: Foi feito um estudo prospectivo com 1.229 gestantes de Campinas, São Paulo, entre 2004 e 2006 para avaliar as causas comumente associadas a desfechos (efeitos) desfavoráveis na saúde de recém-nascidos, como baixo peso ao nascer ou prematuridade. Veja os dados para um desses fatores – consumo de tabaco na gestação. Teste χ2 nos estudos prospectivos Teste χ2 nos estudos prospectivos 44/165 146/1064 190/1229 Teste χ2 nos estudos retrospectivos Nos estudos retrospectivos, o fato de ter chegado a determinado desfecho define uma das populações (p. ex., pessoas que têm determinada doença) e o fato de não ter chegado a esse desfecho define a outra população (no exemplo, não ter a doença em questão). O pesquisador toma uma amostra de cada população e verifica, em cada uma delas, a proporção de pessoas que foram expostas ao fator que ele presume de risco para o desfecho em estudo. Depois, compara os resultados. Note que o estudo retrospectivo vai do efeito para a causa, enquanto o estudo prospectivo, visto anteriormente, vai da causa para o efeito. Veja a imagem que exibe um estudo retrospectivo: são duas populações, uma constituída por pessoas que têm câncer de pulmão e outra constituída por pessoas que não têm a doença. O pesquisador toma uma amostra de cada população e verifica a proporção de fumantes em cada uma delas, uma vez que se presume que fumar é fator de risco para câncer de pulmão. Depois, o pesquisador compara a proporção de fumantes nas duas amostras. Teste χ2 nos estudos retrospectivos Prospectivo X retrospectivos Teste χ2 nos estudos retrospectivos Teste χ2 nos estudos transversais Os estudos transversais são rápidos, baratos, fáceis de serem conduzidos. Para fazer um estudo transversal, toma-se uma grande amostra de pessoas e conta-se quantas estão em cada uma de duas categorias de cada uma de duas variáveis. As contagens (frequências) são apresentadas em tabelas 2 × 2. Aplica-se, então, o teste de χ2 para verificar se existe associação entre duas variáveis qualitativas. No entanto, estudos transversais não servem para estabelecer relação de causa e efeito entre as variáveis, mesmo que exista associação entre elas. Teste χ2 nos estudos transversais Teste χ2 nos estudos transversais Nos estudos transversais, devem ser apresentadas as proporções observadas, isto é, as prevalências nas quatro células da tabela 2 × 2. Para proceder ao teste: 1. Estabeleça as hipóteses em teste: • H0: as variáveis são independentes • H1: as variáveis estão associadas. 2. Estabeleça o nível de significância. 3. Calcule a estatística de teste: 4. Rejeite a hipótese da nulidade toda vez que o valor de χ2 calculado for igual ou maior que o valor dado em tabela de χ2 com 1 grau de liberdade e no nível estabelecido de significância. Teste χ2 nos estudos transversais Exemplo: Foram entrevistadas 1.091 pessoas residentes em uma área metropolitana da região Sul do Brasil. Cada pessoa foi classificada segundo duas variáveis: sexo (homem ou mulher) e tabagismo (tabagista ou não). Depois, foram feitas as contagens: havia 600 homens, dos quais 177 disseram ser tabagistas, e 491 mulheres, das quais 204 disseram ser tabagistas. Teste χ2 nos estudos transversais Teste χ2 nos estudos transversais Prevalência de fumantes segundo o sexo: Teste χ2 nos estudos transversais Medidas de associação Algumas das medidas de associação frequentemente relatadas em pesquisas que quantificam a relação entre uma variável independente e a resposta de interesse são: risco relativo (RR), razão de chances ou odds ratio (OR) e coeficientes de associação (fi e gama). Conforme amplamente discutido nas pesquisas, a medida mais apropriada depende do tipo de delineamento. Risco relativo Risco é a probabilidade da ocorrência de algum tipo de dano. Fator de risco é o fator que aumenta o risco, ou seja, que afeta a probabilidade de ocorrer dano. Considere, por exemplo, o risco de ocorrer um acidente de trânsito. Esse risco aumenta quando chove muito ou quando o motorista ingere bebida alcoólica. Diz-se, então, que muita chuva ou motorista embriagado são fatores de risco para acidente de trânsito. Denomina-se risco relativo, que se indica por RR, a razão entre duas estimativas de risco. Risco relativo Pacientes submetidos à instrumentação endodôntica fizeram relatos de dor, mas a pesquisa mostrou que se os pacientes receberem betametasona após o procedimento, o risco de dor diminui. Como mostra a Tabela, a estimativa de risco de dor para pacientes que receberam betametasona foi de 11,8%. Para pacientes que não receberam betametasona, o risco de dor foi de 57,1%. No caso deste exemplo: O risco relativo de aproximadamente 5 significa que é 5 vezes mais provável o paciente relatar dor após a instrumentação endodôntica se não receber betametasona. Risco relativo Foi feito um estudo prospectivo com 1.229 gestantes de Campinas, São Paulo. A Tabela mostra que o risco de bebês com baixo peso ao nascer e/ou prematuros, se a mãe fumou durante a gestação, é de 26,77%, e se a mãe não fumava, de 13,72%. O risco relativo é: Razão de chances Estudos retrospectivos não possibilitam estimar riscos. Nesses estudos, os pesquisadores procuram pessoas afetadas por determinada condição para comparar com aquelas que não foram afetadas. Por exemplo, pesquisadores buscam pessoas com úlcera gástrica e pessoas sem essa condição – e verificam quantas, de cada grupo, estiveram expostas a um fator que presumem de risco, como ingestão de comida apimentada por longo tempo. Depois, fazem as comparações. Os estudos retrospectivos tratam de relatos históricos, isto é, fatos que já aconteceram. Logo, os estudos retrospectivos não estimam probabilidades, ou seja, não dão o risco do que pode vir a acontecer. No entanto, podem obter, entre casos e controles, as proporções de pessoas que foram expostas a um fator que se presume de risco. Também podem estimar chances. A razão de chances (OR) é uma das várias estatísticas que se tornaram muito importantes na pesquisa clínica e na tomada de decisão. É particularmente útil porque fornece informação clara aos clínicos sobre qual tratamento tem as melhores chances de beneficiar o paciente. Razão de chances Chance, que indicaremos por w, é a razão entre a probabilidade de determinado evento ocorrer (p) e a probabilidade (q) de esse evento não ocorrer. A razão de chances é uma medida da associação entre exposição a um fator e determinado desfecho. Em outras palavras, a razão de chances representa a chance de ocorrer um dadodesfecho quando houve exposição a um fator de risco, comparada à chance de o desfecho ocorrer mesmo sem ter havido exposição a esse fator de risco. Indicaremos por OR (odds ratio). Razão de chances Exemplo: Em 1950, dois pesquisadores ingleses quiseram verificar se o hábito de fumar aumentava o risco de ter câncer de pulmão. Perguntaram, então, sobre os hábitos de fumar dos 649 pacientes que tinham câncer de pulmão e de outros 649 pacientes internados por outros motivos no mesmo hospital. Os dados estão apresentados na Tabela. Não era possível, para os pesquisadores, estimar riscos, porque os fatos já haviam acontecido (probabilidades referem-se a eventos futuros, nunca a eventos do passado). Razão de chances Coeficientes de associação Nos estudos transversais, o pesquisador coleta, no mesmo momento, duas variáveis em cada pessoa. Depois, “cruza” os dados. Por exemplo, o pesquisador pode “cruzar” dados sobre sexo do motorista e tipo de infração no trânsito e, eventualmente, encontrar uma associação entre essas duas variáveis. O teste de χ2 fornece, quando aplicado aos estudos transversais, a significância da associação, mas não mede o grau da associação entre duas variáveis. É erro comum considerar que, quanto maior é o valor de χ2, maior é a associação entre as variáveis. Isso não está certo porque o valor de χ2 aumenta quando o tamanho da amostra aumenta, mantidas as mesmas proporções nas amostras. Fica fácil, então, obter significância com uma amostra grande, mesmo que a associação seja trivial. No entanto, o tamanho da amostra não tem influência sobre os coeficientes de associação. Por essa razão, recomenda-se enfaticamente observar o grau da associação, além da significância, nas análises de tabelas 2 × 2 obtidas de estudos transversais. Coeficientes fi Coeficientes gama Exercícios 01) (Reis e Reis UFMG) Desejando-se verificar se duas vacinas contra brucelose (uma padrão e um nova) são igualmente eficazes, pesquisadores realizaram o seguinte experimento: um grupo de 140 bezerras tomou a vacina padrão e outro grupo de 160 bezerras tomou a vacina nova. Considerando que os dois grupos estavam igualmente expostos ao risco de contrair a doença, após algum tempo, verificou-se quantos animais, em cada grupo, havia contraído a doença. Os resultados estão na tabela a seguir. Existe diferença estatisticamente significativa entre as proporções de bezerras que contraíram brucelose usando a nova vacina e a vacina padrão? (Use o teste Qui-Quadrado, com nível de significância de 5%, e calcule o valor p). Exercícios Passos: 1) Hipóteses: 𝐻0: As duas vacinas (padrão e nova) não têm efeito significativamente diferente na incidência de brucelose em bezerras. 𝐻1: As duas vacinas (padrão e nova) têm efeitos significativamente diferentes na incidência de brucelose em bezerras. 2) Nível de significância de 5% 3) Exercícios 4) Como o valor calculado de χ2 (46,61) é maior do que o valor de χ2 com 1 grau de liberdade e no nível de 5% de significância, rejeite H0. A conclusão é que as duas vacinas têm efeitos significativamente diferentes na incidência de brucelose em bezerras. Exercícios 02) Suponha que um pesquisador queira investigar se duas diferentes dietas para gatos (Dieta A e Dieta B) afetam a incidência de alergias de pele em gatos. O pesquisador acompanhou 200 gatos, onde 100 gatos foram alimentados com a Dieta A e 100 gatos foram alimentados com a Dieta B. Após um período de tempo, registrou-se o número de gatos de cada grupo que desenvolveu alergias de pele. Os resultados são os seguintes: Dieta A: 20 gatos desenvolveram alergias de pele, 80 gatos não desenvolveram. Dieta B: 30 gatos desenvolveram alergias de pele, 70 gatos não desenvolveram. O pesquisador deseja saber se há uma diferença estatisticamente significativa nas proporções de gatos que desenvolveram alergias de pele entre as duas dietas. Exercícios Passos: 1) Hipóteses: Hipótese Nula: As duas dietas (Dieta A e Dieta B) não têm efeito significativamente diferente na incidência de alergias de pele em gatos. Hipótese Alternativa: As duas dietas (Dieta A e Dieta B) têm efeitos significativamente diferentes na incidência de alergias de pele em gatos. 2) Nível de significância de 5% 3) Exercícios 4) Como o valor calculado de χ2 é menor do que o valor de χ2 com 1 grau de liberdade e no nível de 5% de significância , não há evidência suficiente para rejeitar a hipótese nula (H0). Conclui-se que não há uma diferença estatisticamente significativa nas proporções de gatos que desenvolveram alergias de pele entre as duas dietas (Dieta A e Dieta B) com um nível de significância de 0,05. Exercícios 03) Nesta atividade, você terá a oportunidade de aprimorar suas habilidades de pesquisa de artigos científicos no campo da medicina veterinária, enquanto se familiariza com a aplicação do teste do qui-quadrado em estudos veterinários. Utilize os bancos de dados, como o Portal de Periódicos da CAPES, SCieLO e/ou o Google Acadêmico, para buscar pelo menos dois artigos de sua escolha dentro da sua área de formação. Durante a pesquisa, atente-se aos detalhes do objetivo da pesquisa e à aplicação do teste qui-quadrado no estudo. OBRIGADA PELA PARTICIPAÇÃO! E-mail: gabriela.allein@unidavi.edu.br REFERÊNCIA VIEIRA, Sonia. Introdução à Bioestatística. Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788595158566. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595158566/. Acesso em: 07 nov. 2023.