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Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 1 
 
CONTEÚDO EXTRA GRÁTIS 
1. 52 Dicas para passar em concursos públicos ....................................................................................... 2 
2. As vantagens da carreira pública ........................................................................................................... 7 
3. Como estudar para concurso público .................................................................................................... 13 
4. Como vencer o sono durante os estudos .............................................................................................. 16 
5. Curso de Leitura....................................................................................................................................... 17 
6. Curso de Memorização ............................................................................................................................ 25 
7. Estudando Antes do Edital ...................................................................................................................... 68 
8. Técnicas de Redação ............................................................................................................................... 69 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTEÚDO EXTRA GRÁTIS 
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Confira uma seleção de dicas muito úteis 
sobre como passar em concursos públicos! 
1. ATENÇÃO: SE VOCÊ NÃO SEGUIR 
ESSAS DICAS... ALGUÉM SEGUIRÁ! 
2. A HORA É AGORA! 
Não se deixe enganar. A vida passa 
rapidamente. Não podemos ficar perdendo tempo 
para realizar nossos sonhos. Se você pensa que 
concurso é como carnaval, que acontece todo ano, 
você acabará passando muitos carnavais e 
aniversários vendo seus amigos comemorarem o 
sucesso na faculdade, enquanto você fica de fora 
vendo o bonde passar. Não deixe para amanhã 
quando você pode passar hoje! 
3. PASSAR NO CONCURSO É UM 
OBJETIVO DE VIDA 
Se quiser passar no vestibular, você deve 
transformá-lo no seu maior objetivo no momento. 
Abra mão de uma série de atividades como visitas a 
parentes e amigos. A preparação exige uma certa 
dose de egoísmo. Ninguém fará a prova por você. 
Você estarará lá sozinho. Quqndo alcançar o 
sucesso, todos elogiarão sua dedicação e força de 
vontade. Então, mãos à obra: O importante agora é 
estudar! 
4. CONSIGA O APOIO DE SUA FAMÍLIA 
O seu estudo depende da compreensão e 
apoio daqueles que o rodeiam. Quando você 
passar, todos que vivem com você terão a 
satisfação de ter um aprovado dentro do lar. 
Convença-os disso e de que precisa conseguir o 
máximo de tempo para estudar. A aprovação deve 
ser uma meta e uma conquista da família. O carinho 
dos pais e do(a) namorado(a) conforta e diminui o 
estresse. 
5. NÃO DÊ ATENÇÃO A BOATOS 
Quase todo concurso gera a proliferação de 
histórias fantásticas: há pessoas que compraram as 
vagas, o gabarito vazou... Não perca tempo com 
esses boatos, preocupe-se somente com o 
concurso. Não dê ouvidos a comentários que 
possam desmotivá-lo. O importante é continuar 
estudando. Faça a sua parte! 
6. SACRIFIQUE ALGUMAS ATIVIDADES 
Se você nada, faz inglês, dá aula de 
catecismo e trabalha voluntariamente em um 
hospital, você não terá tempo para estudar. 
Abandone tudo o que puder. Deixe todas essas 
atividades - e muitas outras para depois da prova. 
Mas, até lá, só deve haver uma meta: o 
concurso! Não considere o concurso como mais 
uma atividade, ele deve ser a atividade! 
7. FIQUE POR DENTRO 
No concurso costuman aparecer questões 
sobre atualidades, inclusive como tema de redação. 
Preste atenção nos fatos econômicos, 
acontecimentos políticos e sociais mais recentes, 
tais como conflitos raciais, religiosos e culturais. 
Para se manter bem informado, leia boas revistas e 
um bom jornal em sua cidade. Atualmente o poder 
está nas mãos daqueles que detêm a informação. 
No concurso não é diferente. Fique ligado! 
8. SEJA CHATO 
Época de preparação para o concurso é um 
período de total dedicação. Então: só fale no 
concurso; só pense no concurso; sonhe com o 
concurso; alimente-se do concurso; viva para o 
concurso; Depois, quando você passar, todos dirão 
que fez a coisa certa e será considerado um cara 
superinteligente e superlegal. 
9. SAIBA INVESTIR 
Não pense em comprar milhares de livros, 
apostilas e toda a parafernália à disposição no 
mercado de concursos. Não compre por ser barato; 
compre por ter um bom texto explicativo, por ser 
atualizado e por conter questões de concursos. 
Compare as opções e escolha pelo critério 
qualidade. Peça opinião ao seu professor quanto ao 
material que deseja adquirir. Material não é custo, é 
investimento! 
10. ESTUDAR É UMA ATIVIDADE 
PENOSA 
Estudar requer dedicação, paciência e zelo. 
Isso significa frequentar cursinhos, perder festas, 
ficar trancado em um quarto por horas a fio, 
enquanto o Sol brilha lá fora e seus amigos o 
chamam para sair. Todavia, há uma recompensa, 
que será comemorada com uma festa maior que 
todas que você perdeu. Esse é o sacrifício para a 
conquista do seu futuro! 
11. NÃO DESPERDICE O SEU TEMPO 
Todo minuto é precioso numa preparação 
para o concurso. Abra mão das atividades que o 
afastarem excessivamente do estudo. Relaxar é 
preciso, mas da forma adequada. Ir a festas e 
chegar de madrugada pode fazê-lo perder boa parte 
do dia seguinte. Prefira atividades leves, que 
distraiam a sua mente sem estressá-lo ou sujeitá-lo 
a esforços físicos exagerados. Não perca tempo! 
Otimize seu dia! 
12. NÃO MENOSPREZE OS OUTROS 
CANDIDATOS 
Às vezes, os candidatos ao nosso redor não 
estão se dedicando e achamos que o concurso será 
fácil. Não se iluda! Pelo Brasil afora são milhares de 
candidatos e muitos seguem dicas de como as que 
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você está lendo. Então, cuidado, não pense que é o 
único que está verdadeiramente querendo passar 
em concurso. Estude pois: Há muitos que também 
estão empenhados! 
13. TENHA PACIÊNCIA 
As coisas quase nunca acontecem na 
velocidade de desejamos. Assim, para manter seu 
ânimo, enfrente com paciência as adversidades que 
forem surgindo, tais como demora na entrega de 
livros que pedimos pelo correio, uma "perda de 
tempo" muito grande para absorvermos 
determinados assuntos, o ritmo de certas matérias 
do cursinho... Encare com naturalidade essas coisas 
e procure administrá-las da melhor maneira 
possível. 
14. DIGA NÃO ÀS DROGAS 
Não use artifícios químicos para se manter 
acordado estudando ou se acalmar na hora da 
prova. Esses elementos podem diminuir sua 
capacidade de concentração, bem como sua 
capacidade de aprendizado. Assim, se tiver sono, 
tome um banho ou faça alguns exercícios de 
alongamento. Não brinque com sua saúde nessa 
fase de preparação. No dia de prova você precisa 
estar 100%! Portanto, pense bem antes de ingerir 
doses cavalares de café, guaraná ou calmantes. 
15. FUJA DA TELEVISÃO 
Cuidado: a telinha tão amiga pode tomar 
tempo demais. Você sabe que é impossível assistir, 
caiu na armadilha: "só mais esse programa". Não se 
deixe levar. Você precisa de tempo e de estar 
descansado. Se você for viciado em futebol ou 
novela, discipline-se, só assista ao compacto do 
jogo ou peça que contem o capítulo da véspera. TV 
- quanto menos, melhor! 
16. MAS NÃO FUJA TANTO 
Já vimos que nesse período de preparação 
para concurso, todo tempo deve serséculo XIX. Seu método posteriormente seria 
aperfeiçoado pela professora norte americana 
Evelin Wood, já na década de 60, nos Estados 
Unidos. No Brasil, as técnicas de dinamizar a leitura 
começaram a ser estudadas em 1969. Ler 
dinamicamente é acelerar o processo de leitura. A 
partir de agora, vamos iniciar as lições para 
que você possa aprender o método, entre tanto, 
voltamos a enfatizar: siga corretamente as 
instruções, treine e habitui-se ao processo para que 
assim você possa desenvolver a habilidade. 
BLOCO I – COMO SE MOTIVAR PARA UMA 
MELHOR LEITURA? 
LIÇÃO 1 
Para melhorar seu processo de leitura e seu 
aprendizado, você deve decidir, “eu quero aprender 
mais”. 
EXPLICAÇÃO 
Alcançar bons resultados com os estudos e 
poder desfrutar de uma memória mais eficaz e ativa 
são habilidade que todos podemos desenvolver. 
Questão muito importante e fundamental para quem 
inicia qualquer aprendizado. Para e pense um 
pouco. É isso que realmente você deseja? Pense e 
mentalize sua resposta por cerca de uns 30 
segundos. Estudar melhor e poder assimilar mais o 
material estudado é importante pra você? Temos 
certeza que sua resposta é positiva, pois atualmente 
sua vida está intimamente relacionada ao seu 
estudo e para conseguir atingir mais facilmente os 
seus objetivos pessoais e profissionais, estudar é 
uma arma poderosa. 
EXERCÍCIO 
Mentalize então sua resposta como objetivo 
pessoal a partir de agora e repita antes de iniciar 
qualquer leitura e antes de iniciar as próximas 
lições. 
LIÇÃO 2 
Para aprender mais é preciso ter interesse 
de leitura. 
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EXPLICAÇÃO 
Para realizar bem uma determinada 
atividade de aprendizagem é preciso, acima de 
tudo, demonstrar incessante interesse pelo que se 
está lendo, pelo que se está estudando, pela 
matéria pela a qual se está trabalhando. Numa 
aula de matemática por exemplo, quando o assunto 
é equações, seu professor deve passar uma 
verdadeira bateria de exercícios, a fim de que você 
possa absorver automaticamente a matéria, 
porém se você não fizer esses exercícios, 
dificilmente conseguirá assimilar rapidamente e ter 
respostas rápidas ao exercícios. A sua força de 
vontade e o seu interesse, ditam as regras de uma 
bom aprendizado. Você precisa demonstrar 
interesse pelo que está fazendo. Lembre-se da 
primeira lição: “Querer é poder”. Se você quiser ter 
interesse, assim o terá. 
EXERCÍCIO 
Antes de iniciar a próxima lição, mentalize 
a seguinte frase por uns 30 segundos, repetindo o 
exercício antes iniciar qualquer leitura. “O ESTUDO 
É IMPORTANTE PARA MIM E EU QUERO 
APRENDER”. 
LIÇÃO 3 
Para gostar de estudar é preciso não 
estudar apenas por obrigação. Repita mentalmente 
a frase: “NÃO ESTUDO APENAS POR 
OBRIGAÇÃO” 
EXPLICAÇÃONormalmente quando 
estudamos com o sentimento de obrigação a ser 
cumprida, pouco proveito tiramos das leitura e dos 
trabalhos que realizamos. Contar as página ou as 
linhas que faltam, de nada podem ajudar a assimilar 
a informação, pelo contrário, quando nos 
preocupamos mais em alcançar mais o fim do texto 
do que entende- lo, estamos jogando contra a 
nossa memória, a qual tem um papel seletivo sobre 
as informações passadas. Se você não considera 
as informações importantes, como poderá guarda-
las na lembrança? 
EXERCÍCIO 
Você deve apagar o sentimento de 
obrigação, trocando pela moeda da curiosidade. 
Mentalize e repita a frase: “NÃO ESTUDO POR 
OBRIGAÇÃO, TENHO INTERESSE EM ESTUDAR” 
OBSERVAÇÃO: As próximas lições vão 
indicar procedimentos básicos para que você possa 
absorver melhor todo o material de estudo lido. Se 
quiser faça uma pausa e retome mentalmente e 
frase: “O ESTUDO É IMPORTANTE PARA MIM E 
EU QUERO APRENDER”. 
BLOCO II – AS CONDIÇÕES PARA UMA 
MELHOR LEITURA 
Muitos ao planejar suas rotinas de atividade 
de estudos nas mais variadas situações, esquecem 
de detalhes fundamentais. Presta bastante atenção 
no que eu disse: “FUNDAMENTAIS” que acabam 
por prejudicar todo o processo de aprendizado. 
Vamos relaciona-lo agora na lição a seguir. 
LIÇÃO 4 
Para um melhor aprendizado, você deve: 
1º Cuidar muito bem da sua saúde e 
ter uma alimentação balanceada. Não é 
preciso enfatizar que este é um detalhe 
importante não só para a reposição das energias 
diárias, como para todas as suas atividades em 
geral. Visão e audição deficiente e não cuidadas e 
narinas obstruídas, por exemplo, servem apenas 
para desmotivar uma leitura. 
2º Procurar dormir o suficiente para não 
dormir sobre os livros. Sair na Sexta-feira à noite, 
voltar às 5 da manhã e acordar às 7 para ler e 
estudar por umas 12 horas, é um conto da 
carochinha. Se o seu estado físico mental não 
permitir, você não conseguira absorver a matéria. 
Parece obvia, não? Sim, mas será que você já não 
fez isso? 
3º Preparar um ambiente de estudo 
adequado. O seu espaço para estudo deve bem 
organizado, com tudo a mão para evitar distração. 
Na verdade memória fraca e distração andam de 
mãos dadas, alem disso, adote postura de estudo, 
com cadeira e mesas adequadas à sua altura, de 
modo a cansar menos . O ambiente também deve 
ser bem iluminado, bem arejado e livre de ruídos, 
não se esqueça, considere som alto, televisão como 
ruídos, pois estes são grandes tiradores de 
concentração. Deixe o futebol e a novela pra depois 
4º Organizar-se. Lugar certo, na hora certa, 
no ambiente certo e com o material certo. Se você 
levanta toda hora para pegar o dicionário, buscar 
mais um livro, pegar outra apostila, achar o lápis, a 
borracha e a caneta, sua devagar por outro afazeres 
e como mente você tem que retomar o que 
estava lendo, na maioria das vezes sem o 
interesse anterior. Pois você julgar que já leu. 
5º Criar o hábito de estudar. Você, 
estudante, melhor que ninguém, sabe que estudar é 
um hábito que precisa ser criado. Como qualquer 
outra habilidade, de inicio o habito de ler e estudar 
precisa ser até forçado, até que se adquira gosto e 
se torne automática e comum à tarefa. Assuma este 
compromisso e policie-se. 
EXERCÍCIO 
Vamos tomar as condições mínimas para 
um aprendizado e uma leitura mais eficiente, 
mentalizando todos os itens. 
1º Cuidar muito bem da sua saúde e ter 
uma alimentação muito bem balanceada2º Procurar 
dormir o suficiente para não dormir sobre os livros 
3º Preparar um ambiente de estudo 
adequado 
4º Organizar-se 
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5º Criar o hábito de estudar 
LIÇÃO 5 
Reorganize a sua rotina diária. 
EXPLICAÇÃO 
Você deve perguntar agora. “Quanto tempo 
devo estudar? Quando devo estudar tal matéria?”. 
Principalmente no que toca sua atividade principal, 
estudar, é fundamental saber distribuir o tempo 
disponível para que o rendimento possa crescer 
gradativamente. Bem, se você não quiser criar um 
stress mental ou algo como um curto circuito no seu 
cérebro, algumas dicas são: 
A) Seja um leão agressivo na hora de 
decidir por estudar, mas estude de acordo com o 
seu ritmo e nada de ficar sonhando, ficar pra depois 
ou só mais uns minutinhos e eu começo 
B) Faça um controle do seu tempo. A 
maioria dos professores de cursinhos, por exemplo, 
orientam os seus alunos para que o estudo seja 
distribuído com intervalos para melhorar assimilação 
daquilo que se está estudando. Assim como nas 
próprias aulas que normalmente são divididas em 
períodos de 50 minutos ou de 1 hora, deixam um 
espaço de cerca de 10 ou 15 minutos a cada 
período. Divida também seu tempo de estudo 
também por grau de dificuldade deixando maior 
espaçopara as matérias que você considera mais 
complicadas. Estude realmente para saber. Ao 
estabelecer seu plano de estudos, passe a estudar 
nos horários certos, policie-se para não deixar nada 
pra depois. 
EXERCÍCIO 
Vamos montar juntos um plano de estudos. 
1- Faça você mesmo uma tabela com 
seus horários da semana. 
Horário que você acorda, tempo para 
almoço, o tempo para fazer as matérias escolares, 
etc. Sempre de acordo com as atividades da 
semana. Por exemplo: “Segunda-feira levando às 6, 
vou à escola as 7 e faço o curso de inglês das 
4 às 6 da tarde”. 
2- Relacione então de acordo com os dias 
da semana, os possíveis horários para estudo. Por 
exemplo: “Na Segunda e na Terça começando a 5 
da tarde até às 7 da noite. E na Quarta e na Quinta 
das 3 da tarde até às 5” e assim até o final de 
semana. 
3- Distribua os horários com as matérias 
referentes a cada dia. 
Pode ser Biologia e Matemática na 
Segunda, Física e Química na Terça, etc. Procure 
estudar as matérias um dia antes das aulas, para 
poder melhor assimilar a matéria, junto com a 
explicação do professor. 
4- Este é o item mais importante. Siga 
rigorosamente a partir de agora o seu programa de 
estudos. Lembre-se novamente. É PRECISO SE 
DEDICAR PARA ATINGIR SEUS OBJETIVOS. 
Somente inicie as próximas lições após montar seu 
plano de estudos. 
BLOCO III – REAPRENDENDO A LER LIÇÃO 6 
Para uma melhor compreensão no seu 
aprendizado, você precisa ver e ouvir cada detalhe, 
não tirando a atenção do que está lendo, 
procurando compreender linha a linha, parágrafo 
por parágrafo as explicações do autor, aprenda a ter 
uma leitura crítica 
EXPLICAÇÃO 
Vamos a uma pequena brincadeira. Um 
texto que você não poderá levar muito tempo 
para responder. Vamos imaginar que um avião 
decolou do aeroporto de São Paulo às 16:00 hs 
com 330 passageiros. Fez uma breve escala no Rio 
de Janeiro, onde embarcaram mais 40 passageiros 
e desceram 20. De repente uma mulher grávida 
passa mau e desce juntamente com todo a sua 
família, o marido, mais 2 filhos e quatro tios. O avião 
segue então viagem. Só que seria a última, pois 
depois de uma pane, ele cai repentinamente na 
fronteira do Brasil com o Equador, matando os 
passageiros. 
Pergunta: Quantos passageiros morreram? 
Alguns segundos para você pensar. 10 segundos 
Vamos repetir toda a questão. 
Vamos a uma pequena brincadeira. Um 
texto que você não poderá levar muito tempo para 
responder. Vamos imaginar que um avião decolou 
do aeroporto de São Paulo às 16:00 hs com 330 
passageiros. Fez uma breve escala no Rio de 
Janeiro, onde embarcaram mais 40 passageiros e 
desceram 20. De repente uma mulher grávida 
passa mau e desce juntamente com todo a sua 
família, o marido, mais 2 filhos e 4 tios. O avião 
segue então viagem. Só que seria a última, pois 
depois de uma pane, ele cai repentinamente na 
fronteira do Brasil com o Equador, matando os 
passageiros. 
Pergunta: 
Quantos passageiros morreram? Já sabe a 
resposta? 
Bem não há resposta. Se você prestou 
bastante atenção, ira verificar que há um erro que 
anula toda a questão. Qual? Vamos avaliar seus 
conhecimentos de geografia. O Brasil faz fronteira 
com o Equador? Poucas pessoas conseguem 
descobrir de imediato este erro. Se você conseguiu, 
parabéns!!! Esta brincadeira é só pra lhe mostrar 
como é importante saber ouvir e realmente prestar 
muita atenção no que se está ouvindo. O mesmo 
processo se dá com a leitura. 
Para se fazer então uma leitura crítica é 
preciso: Ter extrema atenção e tentar interagir no 
processo, procurando entender de imediato as 
mensagens. Observe por inteiro o texto. 
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Observando atentamente gráficos, tabelas e 
exemplos. Aprenda a enxergar o que está além. 
Assim se num gráfico econômico, por exemplo, há 
indicadores de saúde e crescimento de economia 
comparando o Brasil com os eua e o Canadá, saiba 
que não é só uma comparação, é uma 
comparação de um país subdesenvolvido com 
países desenvolvidos de primeiro mundo, além 
disso, normalmente os gráficos são feitos numa 
escala que levam em conta diversos anos. Procure 
relacionar, por exemplo, estes anos, com os 
coincidíssemos planos econômicos brasileiros, ou 
seja, procure muito mais do que está exposto 
aparentemente. 
EXERCÍCIO 
Procure artigos de jornais ou revistas 
de mais ou menos meia página, leia estes texto e 
procure identificar quais os recursos que o autor 
usou. Opiniões, gráficos, entrevistas. Fazendo este 
exercício, você começará a identificar melhor as 
mensagens do texto. 
LIÇÃO 7 
Leia com uma finalidade, procurando deixar 
bem claro na sua mente o porquê de estar 
buscando mais informações. 
EXPLICAÇÃO 
Vamos agora a uma pequena questão que 
você deve responder conscientemente, sem se 
deixar levar por tudo o que já dissemos aqui. 
Por que você está lendo ou estudando? Vamos 
também dar algumas alternativa de resposta, como 
se fosse uma questão de múltipla escolha. 
a) para adquirir mais informações 
b) porque precisa aprender mais para 
adquirir melhores notas c) quer ascender social e 
culturalmente 
d) todas as anteriores 
Bem, saiba que se isso fosse um vestibular 
ou um concurso a única resposta certa, a que você 
deveria assinalar seria a última, pois estudar é um 
pouco de tudo isso, procurar mais informações, 
aprimorar-se nos estudos e buscar melhor 
informação cultural. É por isso que estudar deve 
ser uma de suas atividades diárias. Entretanto ao 
iniciar uma leitura ou uma atividade de estudo você 
deve ter em mente qual a sua finalidade. 
EXERCÍCIO 
Antes de iniciar uma determinada leitura, 
defina a partir de agora, qual é a finalidade dela. 
1ª Se estiver estudando para um vestibular 
ou um concurso público ou para os exames finais da 
escola, sua leitura deverá ser muito mais minuciosa 
2ª Se sua busca é apenas de conhecimento 
e de curiosidade a sua leitura será muito mais por 
lazer, sem muitas preocupações. Na verdade, uma 
boa leitura é uma mistura de tudo isso e é o que 
você tem que ter em mente. 
Treinando este exercício você vai ganhar 
mais agilidade no processo de leitura. 
LIÇÃO 8 
Antes de iniciar a leitura de um texto, faça 
uma pré-leitura, também conhecida por leitura 
diagonal. 
1º Leia inicialmente os títulos e subtítulos do 
texto 
2º Examine rapidamente os negrito, as 
tabelas, os gráficos, as fotos e as palavras em 
destaque 
3º Leia os parágrafos iniciais do texto ou 
dos seus capítulos e dê uma rápida olhada nos 
parágrafos finais 
4º Analise se o texto é de seu interesse e 
qual a finalidade da sua leitura 
5º Se for do seu interesse, inicie a sua 
leitura 
EXERCÍCIO 
Selecione alguns textos e utilize esta 
técnica repetindo-a consecutivamente até que se 
torne automática, isto lhe ajudará a obter uma 
melhor compreensão e a dar mais dinamismo a 
sua leitura. 
LIÇÃO 9 
Faça um roteiro de leitura, priorizando o 
material que você precisa ler de imediato. 
EXPLICAÇÃO 
Com a pré-leitura, você consegue 
selecionar um bom material que acredita valer a 
pena ser lido e estudado, assim após a pré-leitura, 
vá selecionando o material de acordo com o 
assunto e criando um roteiro sobre o que se 
precisa ser lido de imediato. 
EXERCÍCIO 
Inclua antecipadamente no seu programa 
de estudo, de acordo com o dia e o tempo 
disponível o material que estará estudando, 
traçando mais esse objetivo, você estará 
contribuindo para tornar a leitura um dos hábitos 
fundamentais. 
LIÇÃO 10 
Para agilizar o seu processo de leitura, 
utilize os seguintes procedimentos. 
Leia grupos de palavras, posicione a visão 
sempre um pouco acima do que você está lendo de 
modo por enxergar as palavras por inteiro e não 
apenas as sílabas, lendo como que bloco e 
palavras. 
 
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EXERCÍCIO 
1º Pegue um livro qualquer e abra 
2º Em seguida coloque a mão espalmada, 
palma da mão aberta, no centro da página aberta 
com a ponta do dedo médio ligeiramente abaixo da 
primeira palavra da primeira linha 
3º Movimente então os olhos e as mãos 
ao longo da linha, do começo ao fim com os 
dedos tocando levemente o papel, voltando depois 
ao início da linha, faça o mesmo nas outras linha da 
página 
Repita este exercício por pelo menos 10 
minutos por dia, pois assim irá aumentar a sua 
velocidade de leitura. 
LIÇÃO 11 
Siga estas regras de leitura: 
A) Procure estudar individualmente 
sempre com exceção de trabalhos em grupo ou 
se você considerar que serão importantíssimos para 
tirar dúvidas. 
B) Determine a sua finalidade de leitura 
e a tenha claramente como objetivo 
C) Exercite ao máximo o seu aprendizado, 
resolvendo e criando questões em relação ao texto 
D) Faça anotações do texto, sublinhando 
os pontos importantes e com anotações nos cantos 
das páginas 
E) Siga corretamente o seu programa de 
horários 
F) Tente aprender a matéria estudada 
sabendo que é o seu passo mais importante para 
seu aprimoramento pessoal e profissional 
PARTE II 
TÉCNICAS DE MEMORIZAÇÃO 
APRESENTAÇÃO 
Muitas pessoas se queixam de possuir uma 
memória fraca que dificulta e muito o seu 
aprendizado. Na verdade, achar que tem memória 
fraca é o maior obstáculo para um 
aprendizado mais eficiente. Todos temos a 
capacidade de possuirmos uma boa memória 
desde que treinemos para isso. Uma boa memória é 
uma habilidade que pode ser desenvolvida desde 
que você trabalha para isso. Muitas pessoa 
confundem uma boa memória com uma, como 
podemos dizer, pouco prestativa nas mais variadas 
situações com a distração. Realmente pessoa 
distraídas não lembram de muitas coisas que 
fizeram ou mesmo de muitas coisas que leram, mas 
isso não significa que tenham uma memória 
fraca. Você pode ser distraído e ter uma ótima 
memória, por exemplo para lembrar números de 
telefone. Um dos segredos para uma boa memória 
é tentar associar o que se está fazendo com a 
imagem criada com a ação. Assim se você é 
daquele estudantes que chega em casa, joga um 
caderno num canto, deita e dorme e depois pede a 
ajuda de Deus e do mundo para encontrar o bendito 
caderno, preste muita atenção. Ao joga-lo num 
canto, espere, veja o caderno cair, pular e 
finalmente permanecer estático no seu cantinho de 
queda, com certeza irá lembrar mais facilmente 
onde o deixou. Ter atenção é requisito para poder 
memorizar. Não é de agora que a memória adquiriu 
tanta importância para as nossas atividades 
diárias, desde de tempos remotos ela é 
reconhecida como o pilar principal para a aquisição 
e desenvolvimento de nossos conhecimentos, seja 
no trabalho, em casa ou em toda rotina diária. 
Muitas civilizações antigas já utilizavam vários 
sistemas de memória que pudessem ajudar 
cotidianamente na realização da mais variadas 
tarefas. Gregos e romanos destacavam a memória 
para o ponto de partida para o reconhecimento 
humano. Quantas vezes você já deve ter admirado 
o seu professor de história ou de geografia por 
lembrar de detalhe de nosso país. Uma memória 
bem treinada é motivos de louvores e admiração em 
qualquer situação. Quem não quer lembrar aquele 
telefone dito por alguém tão especial em uma festa 
ou em uma danceteria, ou mesmo na hora do 
vestibular, quem não quer ter na ponta da língua as 
fórmulas de física ou química. Agora você deve 
perguntar: Mas também posso ter uma memória 
assim? Sim, você pode, desde que se esforce pra 
isso e para ajuda-lo, vamos expor a seguir algumas 
técnicas de treinamento e de instrumentos para 
que você possa ter uma memória mais ativa, 
apenas vamos ajuda-lo a iniciar este caminho, 
caberá a você desenvolver as habilidades, por isso 
treine, repita incansavelmente os exercícios e 
mentalize realmente o que você poderá assimilar 
qualquer técnica desde que queira isso. Lembre-se: 
“Estudar é fundamental!”. 
LIÇÃO 12 
Para realmente aprender e memorizar as 
informações contidas em um texto é preciso total 
atenção e observação. 
EXPLICAÇÃO 
A observação é um fator determinante para 
uma boa memória e envolve principalmente ter 
atenção no que se está sendo observado. Olhar 
apenas não é observar, olhe para o seu relógio e 
olhe as horas, fácil não? Só que você se lembra 
quantos segundos marcavam o ponteiro do relógio? 
Provavelmente você só olhou os minutos, ou seja, 
olhou mais não observou por inteiro a informação 
passado por seu relógio, isso não é ser detalhista e 
sim realmente obter o maior número de informações 
possíveis. Então já sabemos que pra lembrar de 
alguma coisa é preciso observa-la anteriormente 
nos seus mínimos detalhes, requisito básico para 
memorizar. Observar e não apenas olhar. Texto 
também devem ser observados a não ser textos 
literários com certeza você poderá notar que 
determinados trechos, os textos apresentam 
parágrafos maiores, onde comumente estão 
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presentes exemplos e explicações mais detalhada. 
Uma boa memória retentiva, com certeza é uma 
bem treinada e sabe observar por vários ângulos de 
análise. 
EXERCÍCIO 
Procure imagens, textos, ou mesmo fotos 
que você disponha e passe a observados detalhes 
contidos como paisagem, rostos, roupas, parágrafos 
maiores e menores, palavras destacadas, etc. 
Quantos a fotos, procure relacionar os 
lugares que foram tiradas, ao dia a, a ocasião e ao 
seu estado de espírito. 
LIÇÃO 13 
Para de ter uma boa lembrança você deve 
desenvolver uma concentração mais eficaz. Ao ler 
um texto, concentre-se realmente no que você 
está fazendo. 
EXPLICAÇÃO 
Agora que você aprendeu a observar, 
vamos a mais um teste exemplificado, uma aulinha 
de português. Escreva em um papel a palavra 
CONCENTRAÇÃO, não se preocupe, eu espero. 
Agora observe atentamente a palavra e tire sua 
conclusões sobre o seu significado. Mais um 
tempinho. Concentrar-se como a própria palavra diz 
significa atingir, expresso no prefixo CON- e – 
CENTRO, expresso em centrar-se. Ao estudar, ler 
um texto ou mesmo assistir a uma aula, você deve 
ter isso em mente, ou seja, ter essa tarefa como 
centro de todos os seus pensamentos, pois o seu 
cérebro irá trabalhar conforme esteja sendo 
direcionado a um determinado assunto. Concentra-
se é uma técnica fundamental de 
memorização.Centre-se apenas no ponto que 
deseje atingir, no caso, seus objetivos, esquecendo 
do mundo exterior. Porém, algumas pessoa que tem 
dificuldade com a memória, após ser treinada, 
realizam mecanicamente o processo. Você já deve 
conhecer pessoa que conseguem ler livros dentro 
de um ônibus ou em uma praça lotada, essas 
pessoa conseguem se se concentrar porque já 
dominaram automaticamente sua concentração. 
EXERCÍCIO I 
Para se adquirir uma concentração é 
necessário fazer o exercício chamado, exercícios de 
respiração, ou seja, primeiramente, procure deixar o 
ambiente livre de ruídos e barulhos que deviam sua 
atenção, em seguida, se quiser, escureça o local ou 
feche os olhos e procure respirar fundo inspirando e 
expirando profundamente sem pensar em nada por 
cerca de alguns minutos. Tente pensar por exemplo 
na sua respiração, sem ouvir os sons exteriores, 
sem se deixar levar por interrupções. Este exercício 
lhe trará uma calma interior importante para que 
você possa iniciar a sua leitura. 
EXERCÍCIO II 
Se assim mesmo, tiver dificuldade em se 
concentrar, faça este outro exercício. Escolha um 
ponto qualquer de sua sala e olhe fixamente para 
ele, sem pensar em nada, apenas no ponto 
escolhido, fique assim por uns 10minutos, cada 
vez que começar a pensar em uma outra coisa, 
recomece a marcar o tempo. 
EXERCÍCIO III 
Outro exercício importante é colocar-se à 
frente de um espelho e olhar fixamente para o 
centro de seu nariz, por exemplo, não deixar o 
olhar desviar do ponto escolhido, insista no 
exercício, não desista facilmente, fique também por 
cerca de uns 10 minutos. Repita diariamente esses 
exercícios, isto irá ajuda-lo a disciplinar a sua 
concentração, somente para as lições seguintes, 
se realmente se sentir seguro. 
LIÇÃO 14 
Para melhor memorizar, associe imagens 
ao que você quer memorizar. 
EXPLICAÇÃO 
Nossa memória trabalha com que os 
especialistas chamam de imagens mentais, às quais 
é condensada pelo nosso cérebro, este por sua 
vez grava muito mais facilmente as imagens, 
situações ou acontecimentos que fogem dos 
chamados padrões normais. Consideramos como 
padrões normais, as imagens que podem ser 
rotineiras em nosso dia-a-dia, ou aquelas que 
podem ser reais no nosso cotidiano. Se você estiver 
caminhando na rua, e ver um cachorrinho, por 
exemplo, esta cena poderá ser tão habitual a ponto 
de você não lembrar ao final do dia que viu aquele 
animalzinho. Entretanto, se no lugar do doce 
cachorrinho, você topar com um cão enorme do 
tamanho de um elefante que mais parecia um 
robusto leão daqueles que por mais estejam 
encoleirados e acompanhados pelo dono, você 
atravessa a rua só pra não passar na sua frente, 
com certeza no final do dia você vai se lembrar 
muito mais facilmente dessa cena. Criar imagens 
ridículas e inusitadas, associando-as a objetos, 
palavra ou cenas que precisam ser 
memorizadas são técnicas que ativam a sua 
memória. Assim podemos perceber que nossa 
mente memoriza muito mais facilmente as imagens 
do que as milhões de informações que recebemos 
diariamente. O processo de ligação inemonica, 
significa associar palavras ou itens, a imagens 
que parecem absurdas ou inusitadas. Vamos tentar 
memorizar por exemplo, os órgãos do sistema 
respiratório humano, o caminho que segue o ar na 
inspiração, fossas nasais, faringe, laringe, traquéia, 
brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares. Esta 
pequena lista poderia ser memorizada da seguinte 
forma: 
Imagine o ar como um ser monstruoso de 
duas cabeças, imagine mesmo, dando corpo a ele, 
cabeça, olhos, uma camiseta escrita “Eu sou o ar”. 
Imagine estes ser entrando por uma grande 
caverna, na qual ter uma placa dizendo, 
FOSSA, imagine esta caverna no formato do seu 
nariz, este ser entra pela caverna, o seu nariz, aí a 
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FOSSA acaba em uma grande escorregador e este 
desce gritando, gritando e gritando: FARINGE, 
FARINGE. De repente, ela faz uma pausa e decide 
chupar uma laranja, associe a palavra laranja à 
LARINGE, enquanto ele chupa a laranja, vai 
fazendo um barulho, trac, trac, trac, assim você 
lembrará da TRAQUÉIA, então o barulho deixa o 
ser monstruoso irritado, muito irritado, bronqueado e 
nosso amigo chega aos BRONQUIOS,note que o 
início de uma palavra remede a outra. A irritação o 
deixa de cabeça quente, ou seja, com bronca nos 
miolos, chegamos aos bronquíolos e de repente 
aparece na frente de nosso amigo ar um monstro 
alvo em forma de pulmão, é o ALVÉOLO 
PULMONAR. 
Se você realmente imaginar as cenas, 
conseguirá lembrar por meio de algumas palavras 
os órgão da respiração. Assim você lembrará por 
associação, caverna lembrará FOSSA, ou seja, 
FOSSAS NASAIS. Escorregador lembre-se do grito 
FARINGE. LARANJA associe à LARINGE. TRAC 
TRAC associe esse barulho à TRAQUÉIA. Ficar 
BRONQUEADO, BRONQUIOS E BRONQUÍOLOS. 
ALVO, PULMÃO, ALVÉOLO PULMONAR. 
Assim para memorizar objetos, ou palavras, 
crie associações aparentemente absurdas que 
possam se destacar em sua mente. Esta técnica é 
conhecida normalmente pelo nome de 
encadeamento. 
EXERCÍCIO 
Para exercitar elabore você mesmo uma 
lista de objetos ou de palavras importantíssimas ao 
aprendizado de determinada matéria, como no caso 
dos órgãos da respiração que passamos. Crie 
associações para memorizar esta lista, as imagens 
devem ser realmente criadas em sua mente para 
que você possa memoriza-las, novamente pratique 
os exercícios e dedique-se, pois será importante 
para você aprender as técnicas e alcançar um 
melhor aprendizado. 
LIÇÃO 15 
Para treinar a sua memória treine 
memorizar a sua lista de tarefas diárias. 
EXPLICAÇÃODa mesma forma que o 
exercício anterior, pode-se decorar por exemplo 
uma lista de tarefas a ser cumpridas no dia. 
Vamos dizer que hoje é domingo e você precisa: 
I –lavar o carro 
II – ligar para um amigo importante 
III – assistir a um programa de televisão 
IV – Fazer dever de casa 
V – Compra uma camisa no shopping 
Use a sua criatividade e crie as imagens 
inusitadas na sua mente. Faça este exemplo como 
exercício. 
 
 
EXERCÍCIO 
Pratique criando você mesmo a sua lista de 
tarefas diárias de toda a semana lembrando-se dela 
todas as manhãs. 
LIÇÃO 16 
Para memorizar textos ou discursos, 
selecione palavras chaves no texto. 
1º Leia atentamente o texto sublinhando as 
idéias principais de cada parágrafo. 
2º Após esta leitura minuciosa, releia o 
que foi sublinhado e destaque aquele parágrafos 
que você acha principais e que realmente são uma 
síntese de todo texto. 
3º Após determinar estes parágrafos, 
tente condensa-los entre uma ou duas palavras 
cada um, que contenham a idéia principal 
abordada, estas serão as palavras chaves na 
ordem das idéias contidas no texto. 
EXPLICAÇÃO 
Não adianta decorar palavra por palavra, 
pois se você esquecer uma delas, corre o risco de 
perder toda a frase e a sequência. Toda fala, 
discurso falado ou escrito que precisam ser 
memorizados exigem a memorização das idéias a 
serem apresentadas. Digamos que você será o 
orador de sua sala no dia de sua formatura. Imagine 
se esquecendo o texto bem no dia, ou tendo que 
olhar no papel e esconder o rosto, pior ainda, 
imagine, se as folhas voam e saem da ordem, bem, 
melhor nem imaginar uma cena dessas. O segredo 
para memorizar tetos ou discursos é a utilização de 
palavra chaves, essa técnica pode ser aplicada aos 
assuntos que quiser. Por exemplo, se o assunto 
fosse a situação econômica do Brasil, esta poderia 
ser a sua lista de palavras chave: desemprego 
atual, fábricas fechando, planos do governo, 
criminalidade, protestos, miséria, alternativas. 
EXERCÍCIO 
Agora selecione textos de jornais ou 
revistas, ou mesmos textos escolares de não mais 
de quatro páginas e procure exercitar essa técnica. 
LIÇÃO 17 
Para memorizar palavras ou expressões 
importantes. Tente montar uma frase com as 
palavras ou as iniciais das palavras. 
EXPLICAÇÃO 
Digamos que você queira memorizar 
também palavras, nomes científicos, nomes de 
pessoas ou palavras de outros idiomas. Novamente 
algumas técnicas de associação podem ajuda-lo 
nesta tarefa. Um exemplo clássico muito utilizado 
em cursinhos é a memorização dos planetas do 
nosso sistema solar: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, 
Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão. Para 
memoriza-los mais facilmente, vamos reduzi-los 
às letras iniciais: M, V, T, M, J, S, U, N, P. Agora 
vamos tentar montar palavras com estas letras 
ligando-as dentro de uma frase. Bom, lá vai 
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“MINHA VÓ TEM MUITAS JÓIAS, SÓ USA 
NO PESCOÇO”, onde podemos identificar os 
planetas. MINHA, MERCÚRIO. VÓ, VÊNUS. TEM, 
TERRA. MUITAS, MARTE. JÓIAS, JÚPITER. 
SÓ, SATURNO. USA, URANO. NO, 
NETUNO. PESCOÇO, PLUTÃO. Uma frase como 
essascom certeza você vai memorizar. 
EXERCÍCIO 
Faça uma lista de palavras que precisam 
ser memorizadas e monte frase com elas ou com 
suas letras iniciais, repita o exercício diversas vezes 
para poder assimilá-lo. 
LIÇÃO 18 
Vamos pegar um exemplo, a palavra pluma, 
que em espanhol quer dizer caneta. Mentalize uma 
gigantesca caneta em forma de pluma e se preferir, 
imagine que para escrever, você precisa segurar em 
um ganso que está na ponta da caneta. Associe 
assim as imagens à palavra e tente recria-las com 
vivacidade em sua mente. Para melhor memorizar 
palavra de outras línguas, ou mesmo 
palavras importantes no dia-a-dia de seu estudo, 
tome como procedimento o item básico da 
memorização, que é associa-la sempre a imagens 
ou ligá-las á outras palavras ou frases de modo a 
estabelecer relações e sua própria mente. 
EXERCÍCIO 
Faça uma lista de palavras de outra língua e 
crie imagens para memoriza-las, repita 
incansavelmente esse exercício e todos os 
outros exercícios, pois com certeza irão ajuda-lo. 
FINALIZAÇÃO 
Esperamos que esta conversa sobre leitura, 
aprendizado e memorização venha lhe trazer 
boas possibilidades de um melhor aprendizado, 
servindo de alicerce à construção de pilares para 
uma sólida formação cultural e profissional. Se você 
se dedicar a todos os exercícios diariamente 
seguindo as orientações, temos a certeza de que 
poderá conseguir um patamar melhor, que é um 
aprendizado mais eficiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES 
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MEMORIZAÇÃO 
CYBERNETIC LEARNING SYSTEMS 
QUE MÉTODO É ESTE? ... POR QUE 
FUNCIONA? 
Se você espera encontrar fórmulas, teorias e 
termos técnicos complicados nesta 
REPROGRAMAÇÃO DA MEMÓRIA, vai ficar 
desapontado. Ela foi elaborada de modo simples, 
fácil de ser compreendido até mesmo por crianças. 
Porém, essa simplicidade não diminui o valor do 
método, que está baseado em técnicas dinâmicas. 
Elas são usadas desde a antiguidade, conhecidas e 
empregadas pelos sábios daquela época, até as 
mais recentes, de efetividade comprovada e postas 
em prática por quantos se dispuseram – e 
conseguiram – adquirir uma MEMÓRIA 
PRODIGIOSA. 
Ela está norteada por sistemas simples, com 
base na ATENÇÃO, OBSERVAÇÃO e 
ASSOCIAÇÃO. Quer um exemplo? 
Dirigindo seu próprio carro, ou usando 
veículo coletivo, você precisa estar atento para os 
sinais de trânsito (principalmente agora, com o valor 
das multas e a perda de pontos, em cada infração). 
Então responda: A luz de cima do farol de trânsito – 
sinaleira – é vermelha, ou verde? 
Você vê este sinal dezenas de vezes por 
dia... No entanto, está em dúvida? Se isso está 
ocorrendo é demonstração de que você vê, mas não 
observa. A luz de cima é vermelha. O que? Você 
sabia? Ótimo! Parabéns! Isso significa que, 
diferentemente da maioria, você vê e observa. 
Esta reciclagem vai mostrar como usar – de 
modo mais efetivo – o método de observação. Vai 
mostrar também como usar o sistema de 
associação, para registrar o que você vê. 
Por ser impossível lembrar de algo que não 
se observou, é necessário associá-lo, na mente, a 
algo já conhecido ou de que nos lembramos, para 
fazer a ligação. 
Com relação à memória, a associação é o 
processo de ligar duas ou mais coisas entre si. Eis 
alguns exemplos: 
“MILHARES DE SOLDADOS SIMULAM 
RETOMADA E FALHAM” Esta frase lhe diz alguma 
coisa? Se você estuda, ou já estudou música, deve 
ter associado a frase às linhas da Pauta, na clave de 
sol. As notas MI, SOL, SI, RÉ e FÁ 
não sugerem a criação de uma imagem 
mental, mas a frase “MILHARES DE SOLDADOS 
SIMULAM RETOMADA E FALHAM””, possui sentido 
conhecido e fácil de ser mentalmente visualizado, 
por associação. A informação nova – as notas 
musicais que você deseja memorizar – associa-se a 
uma situação que já lhe pode ser conhecida ou que 
você tem condições de visualizar mentalmente. 
“FAZENDEIRO LATINO DOMINA 
MILHÕES” 
Esta frase pode indicar os espaços da 
pauta: FÁ, LÁ, DÓ e MI. 
É uma frase fácil de ser memorizada e que 
lhe dá segurança, sempre que precisar da 
informação. 
Prezado: 
A capacidade de memorizar rostos, nomes e 
fatos, é um trunfo valioso, um dos atributos mais 
importantes para o sucesso e riqueza na vida 
profissional. 
A boa memória é também fundamental na 
vida social, pois é o caminho mais curto e seguro 
para se travar boas amizades, para conquistar a 
admiração dos amigos e a popularidade de poder e 
felicidade. 
Estudos e pesquisas afirmam que não existe 
memória fraca. O que existe é memória treinada ou 
destreinada. Não há limites para a capacidade de 
memorização, como você mesmo vai constatar ao 
fazer essa reciclagem de memória. Vai notar 
também que os exercícios e testes aqui mostrados, 
além de fascinantes e variados, serão de enorme 
ajuda para você. 
Dentro de poucas semanas, poderá gabar-
se de haver adquirido uma memória poderosa, se 
seguir corretamente as instruções e fizer todos os 
exercícios recomendados. 
Cônscia de sua responsabilidade ao lançar 
no mercado esta ferramenta para tornar mais efetiva 
e dinâmica a sua vida. A PERSONAL INDÚSTRIA, 
COMÉRCIO E EXPORTAÇÃO LTDA. coloca ainda à 
sua disposição, o DEPARTAMENTO DE 
ATENDIMENTO A CLIENTES, para esclarecer 
qualquer duvida que , porventura, venha a ter. 
Através de carta ou telefone, entre em 
contato conosco, na medida em que for 
desenvolvendo seu programa de MEMORIZAÇÃO. 
Dê seu testemunho, pois ele é muito importante 
para que possamos tornar cada vez mais efetivo 
este programa. Estamos aqui para ouvir seu 
depoimento ou esclarecer possíveis dúvidas que 
porventura venha a ter.ATENÇÃO, OBSERVAÇÃO 
E ASSOCIAÇÃO. 
A verdadeira arte da memorização é a arte 
da atenção. 
Samuel Johnson 
Muita gente confunde memória fraca com 
distração. Ambas são coisas diferentes, embora 
andem de mãos dadas. Pessoas dotadas de 
excelente memória podem ser distraídas. Você deve 
conhecer alguém que coloca os óculos na testa e 
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perde um tempo enorme tentando encontra-los. Isso 
é distração. Geralmente tenta-se justificar essa falha 
alegando memória fraca devido a excesso de 
trabalho, poucas horas de sono, preocupações e 
coisas assim. Aquele que se contenta com isso 
pode não ver razões para mudar. Contudo, ser 
motivo de caçoadas e chacotas por parte de parente 
e amigos não deve ser agradável para ninguém. 
Se você adquiriu este programa de 
reciclagem em memorização e pretende fazê-lo por 
razões mais fortes do que simples curiosidade, 
precisa levar a sério as informações que vai receber 
e mostrar determinação ao fazer os exercícios que 
serão propostos. Só assim terá chances de 
desenvolver uma memória fabulosa. 
Alguns estudam técnicas de memorização, 
lêem livros sobre o assunto e até contratam 
professores para avaliar-lhes a memória, e depois 
esquecem de pôr em prática o que aprenderam. 
Então argumentam que são velhos demais para 
aprender. 
É importante considerar que as habilidades 
são regidas por leis. A primeira estipula: 
Toda habilidade desenvolve-se com a 
prática, até as respostas se tornarem automáticas e 
instintivas. 
A segunda lei determina: 
A habilidade deteriora-se quando não é 
aplicada, acabando por perder-se, se negligenciada. 
Edward Lee Thorndike, psicólogo norte-
americano, autor de trabalhos sobre dificuldades na 
aquisição de conhecimentos, autoridade em 
educação de adultos, declarou: A idade não é 
empecilho para a aprendizagem de novas profissões 
ou qualquer coisa que se queira fazer, em qualquer 
etapa da vida. De fato, quando se quer aprender 
algo, encontra-se o caminho para isso. 
Costuma-se dizer que Querer é Poder. Isso 
é verdadeiro, porém o mesmo adágio – quando 
expresso no idioma inglês, mostra maior 
determinação: Where there’s a wish, there’s a will, 
que em tradução livre pode ser interpretado como 
Onde há um desejo, há um meio de realização, 
pois é preciso estar-se determinado a vencer os 
obstáculos para alcançar o objetivo proposto. Então, 
e só então, adquirimos o poder, aquela força 
indestrutível que leva à realização. Portanto o 
provérbio Querer é Poder, ficará melhor colocado 
quando enunciado como Poder é Querer, pois 
somente aquele que realmente tem o querer 
conhece os meios que despertam o poder de 
alcançar tem a força. 
ATENÇÃO 
Na realidade, a distração nada mais é do 
que falta de atenção. Se você coloca o lapis atrás da 
orelha e depois não consegue encontrá-lo, isso é 
mera falta de atenção. É sinal de que aquele gesto 
não foi suficientemente importante para ser 
registrado em seu cérebro. Para evitar isso, basta 
usar associações conscientes e atenção no que faz. 
Você sabe que pode e que é fácil fazer isso. 
Mas se ainda não tem idéia de como conseguir essa 
proeza, este programa vai ensiná-lo a fazer isso. 
Neste ponto você pode estar pensando: 
Tudo bem, mas como eu vou lembrar das 
associações que faço? 
No início vai realmente precisar de muita 
atenção e observação, ao fazer as associações. É 
para conseguir isso que você está fazendo essa 
programação. Aliás, é por essa razão que esta etapa 
leva o título que tem: ATENÇÃO, OBSERVAÇÃO E 
ASSOCIAÇÃO. Ao ver os resultados acontecerem 
logo nas primeiras experimentações, esses mesmos 
resultados servirão de incentivo para fazê-lo 
continuar. Você vai perceber que os olhos não 
podem ver quando o cérebro está ausente. E ele por 
certo não esta presente quando você larga 
mecanicamente as coisas em qualquer lugar. A 
atenção leva você a pensar naquilo que está 
fazendo, durante frações de segundo. Isso é o 
bastante para que seu cérebro marque presença e 
dê atenção ao que você esta realizando. Aí os olhos 
vêem o que foi feito e o cérebro registra a proeza. 
Na próxima vez que puser o lápis atrás da 
orelha, faça uma associação entre os dois. Veja 
mentalmente o lápis sendo encaixado atrás da 
orelha ou visualize duas mãozinhas destacando-se 
da orelha para segurar o lápis. Isso é ridículo? Pois 
é assim que deve ser. Quanto mais ridícula ou 
absurda a associação, mais fácil será se lembrar 
dela. Adiante vamos ver por quê. 
Platão, filósofo grego, discípulo de Sócrates, 
cuja filosofia ou baseada na verdade – por não 
estar, segundo ele, nos fenômenos passageiros, 
mas nas idéias – dizia, já alguns séculos antes de 
Cristo: Todo conhecimento não passa de lembrança. 
Cícero, advogado, político e orador latino, 
afirmou: A memória é o tesouro e a guardiã de todas 
as coisas. 
Você não conseguiria acompanhar este 
raciocínio se não se lembrasse das 26 letras do 
alfabeto. 
Sem a memória, sem a capacidade de reter 
conhecimentos e fatos, seria impossível agir 
baseado em experiências anteriores. Cada 
momento da existência, ou qualquer coisa que se 
fizesse, teria de partir do nada, do zero. Tudo o que 
fazemos só é possível graças à memória. Na 
maioria das situações que enfrentamos são as 
experiências passadas que nos ensinam como e o 
que fazer. O conhecimento acumulado elimina o 
longo caminho da tentativa e erro, mostrando o 
modo certo de fazer cada coisa. 
As antigas civilizações utilizavam-se de 
sistemas de memória para quase tudo, e é de se 
estranhar que esses sistemas não sejam 
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conhecidos e aplicados, hoje, pela maioria das 
pessoas. Os poucos que descobrem como treinar a 
memória acabam se surpreendendo com a imensa 
capacidade de lembrar, que adquirem. E com os 
louvores que passam a receber de todos. 
Alguns filósofos tentaram classificar os tipos 
de correlação, de acordo com as quais 
asimpressões mentais são revividas. Após concluída 
a tarefa, perceberam que as mesmas descobertas já 
haviam sido feitas 2.000 anos antes, pois 
Aristóteles, filosofo grego (384 a.C a 322 a.C) 
fundador da Escola Peripatética (*) – que procurava 
mostrar a natureza toda como um enorme esforço 
da matéria para elevar-se até o pensamento e a 
inteligência – já havia estudado e classificado as leis 
de associação, reduzindo-as a três: contiguidade em 
tempo e espaço, semelhança e oposição. 
Augustin de Hippo já havia afirmado a 
mesma coisa. Sir William Hamilton, filosofo escocês, 
assim se pronunciou a respeito: Pensamentos que já 
coexistem na mente, permanecem associados para 
sempre. Para Sir William, essas leis poderiam ser 
reduzidas a duas: Lei da Simultaneidade e lei da 
Semelhança. Na Lei da Simultaneidade ele incluía a 
Sucessão Imediata, no tempo. Na Lei da Afinidade – 
ou Semelhança – todas as outras formas de 
associação. 
(*) PERIPATÉTICO – Esse nome provém do 
fato de que ele costumava ministrar suas aulas 
passeando nos jardins do Liceu, onde lecionava. 
PERIPATETISMO – que gosta passear; que 
ensina passeando. Em sentido figurado, aquele que 
é exagerado nos gestos e na expressão facial. 
(Pequeno Dic. Enciclopédico Koogan Lalousse) 
INCONSCIENTE COLETIVO 
Estudos antigos, estreitamente relacionados 
à memória são coerentes com a teoria do 
Inconsciente Coletivo, de Carl Gustav, psiquiatra e 
psicólogo suíço contemporâneo, um dos fundadores 
da psicanálise. Ele afirmou: tudo o que julgamos 
haver criado ou descoberto já preexistente em 
nódulos de energia. Ao laborarmos a fundo sobre 
um assunto, criamos condições de entrar em 
harmonia com a onda energética pertinente a esse 
assunto, gerando a possibilidade de captar o 
conhecimento contido no nódulo correspondente. 
Ele afirma ainda que o estado de magia gerado 
nesse instante só ocorre quando permitimos que a 
mente entre em total estado de relaxamento. 
Como exemplo, cita: a experiência de Isaac 
Newton, matemático, físico,astrônomo e filósofo 
inglês, que achou a pista para as Leis da Atração 
Universal quando, ao repousar debaixo de uma 
macieira, observou a queda de uma maçã; de 
Arquimedes, sábio da antiguidade, que descobriu a 
Lei da Flutuação dos Corpos – Conhecida como O 
Princípio de Arquimedes – enquanto tomava banho; 
de Thomas Alva Edison, físico norte-americano que, 
após pesquisar exaustivamente, encontrou o elo que 
faltava para a descoberta da fórmula da lâmpada 
incandescente, ao despertar de um cochilo. 
Estas informações, aparentemente inócuas 
com relação ao estudo que estamos fazendo, na 
realidade têm muito a ver com memória. Primeiro 
porque tudo isso é conhecimento que pode e deve 
constar de nosso arquivo de informações. Segundo, 
porque, nos exemplos dados – e numa infinidade de 
outros – o que levou esses homens a um resultado 
vitorioso em suas descobertas foi o uso correto da 
Atenção, Observação e Associação, em seu modo 
de pensar e em seu trabalho. 
Observação:A afinidade de pensamentos 
está ligada a objetos semelhantes ou parcialmente 
iguais. Quando pensamos em Alexandre, 
lembramos de César. Uma anedota puxa outra, etc. 
Todas as idéias que são propriedades de uma 
mesma mente, estão – direta ou indiretamente – 
associadas. Não fosse assim, elas seriam isoladas e 
inúteis. Portanto, é falsa a idéia que se tem de 
MEMÓRIA FRACA. Não existe má memória. O que 
existe é MEMÓRIA TREINADA ou não. 
Quase toda memória destreinada é 
unilateral, ou seja: não está ainda capacitada a 
coordenar fatos. Há pessoas que se lembram de 
nomes e rostos mas esquecem, por exemplo, 
números de telefones. Outras gravam números com 
facilidade mas não conseguem recordar o nome das 
pessoas com quem precisam falar. 
Alguns têm memória retentiva boa, mas 
lenta. Só conseguem registrar uma informação 
horas ou dias depois, quando ela já deixou de ser 
importante. Outros são incapazes de retê-la além de 
um curtíssimo período de tempo. 
Ao aplicar os sistemas aqui expostos você 
obterá MEMÓRIA RÁPIDA e RETENTIVA para tudo 
o que desejar. 
A maioria das coisas que você memorizou 
até hoje estava inconscientemente associada a algo 
já conhecido ou do qual tinha lembrança. Este 
treinamento vai ajudá- lo a associar tudo o que 
quiser, usando o método de OBSERVAÇÃO. 
Quando aprender a fazer isso, terá adquirido uma 
memória treinada. O sistema aqui mostrado vai 
servir de auxilio à sua memória normal ou real. É 
sua memória real que faz o trabalho para você. Há 
uma sutil diferença entre memória treinada e 
memória real. À medida em que utilizar este 
sistema, a diferença começará a desaparecer. Este 
é um aspecto positivo desta reciclagem. Após usar 
por algum tempo este método, de modo 
conscientemente dirigido, ele se tornará automático 
e você passará a usa-lo instintivamente. 
Vamos fazer um teste para verificar seu 
atual poder de observação. 
Sem olhar o relógio, responda: o número 6 
do seu relógio de pulso é um algarismo arábico ou 
romano? Pense um pouco, antes de responder. 
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Decida sobre a resposta como se fosse realmente 
importante acertar. 
Então... já tem a resposta? Agora olhe para 
o relógio e confira. Respondeu corretamente? Tudo 
acertado, ou não, você olhou o relógio para verificar, 
certo? Então é capaz de dizer qual a hora exata que 
marcava? Provavelmente, não! No entanto você 
olhou o relógio há apenas alguns segundos! Mais 
uma vez, você olhou mas não viu. Não observou. 
Faça essa experiência com os amigos. Note como 
quase todos olham mas não observam. 
Tomamos algum espaço e nos alongamos 
falando sobre observação, dada a importância que 
ela tem, no treino da memória. Agora vamos entrar 
em outro assunto que é também elemento de 
grande importância neste nosso treinamento. É a... 
...ASSOCIAÇÃO 
Só se consegue lembrar de alguma coisa 
que tenha sido observada antes. Depois é preciso 
associa-la, na mente, a algo que já conhecemos e 
de que nos lembramos. No que diz respeito à 
memória, a associação consiste simplesmente, em 
duas ou mais observações, ligadas umas às outras. 
Quando conseguimos lembrar de algo, isso se deve 
ao fato de que, inconscientemente, o associamos a 
outro fato qualquer. 
Você já deve ter visto ou ouvido algo que o 
fez estalar os dedos e dizer:...isso me lembra... 
Então você se lembrou de alguém, de um fato ou de 
algum assunto. O que você viu ou ouviu, pode não 
ter relação alguma com aquilo de que se lembrou. 
Contudo, os dois fatos estavam ligados na sua 
mente. 
Você é capaz de fazer, de memória, um 
desenho que se pareça com o mapa da Inglaterra, 
da China, ou do Japão? Da Inglaterra, até pode ser, 
mas se você conhecer a frase do grande poeta 
brasileiro, Castro Alves, ao dizer: A Inglaterra é um 
navio que, Deus, na mancha ancorou. Se observar 
bem, poderá ligar rudimentarmente a figura 
do mapa daquele país às linhas de contorno 
de um navio. Mas... e quanto à china? Ou o Japão, 
que é formado por um emaranhado de ilhas? Aí fica 
difícil, não é? Mas... se mencionarmos a Itália, você 
e 95% das pessoas dirão, por ASSOCIAÇÃO, que 
lembra a figura de uma bota. Alguma vez você ouviu 
dizer, ou observou, que o contorno do mapa da Itália 
se assemelha a uma bota. O fato novo – o mapa da 
Itália – foi associado ao fato conhecido – a bota. A 
simples associação consciente ajuda facilmente a 
memorizar informações abstratas, conforme o 
exemplo que acabamos de dar. Através de sistemas 
e métodos vamos mostrar como aplicar os princípios 
e idéias de associações conscientes, para 
memorizar nomes, rostos, objetos, fatos, números, 
idéias, textos, etc. 
Vamos agora a mais um rápido teste ligado 
a observação e associação. Vamos lá? Preste 
bastante atenção: 
Você está dirigindo um ônibus que leva 50 
pessoas. No primeiro ponto, 10 pessoas sobem e 
descem 17. No ponto seguinte, 5 pessoas entram e 
saem 10. Nas duas próximas paradas descem 5 
passageiros de cada vez, entrando 3 em uma, e 
nenhum na outra. O motor do ônibus começa a 
falhar e ele pára. Com a demora, alguns 
passageiros resolvem seguir a pé; são em número 
de 10. Após o conserto, o ônibus segue viagem e 
chega ao ponto final, onde todos os passageiros 
descem. 
Agora, sem reter o parágrafo, você vai 
responder a duas perguntas. Se lhe 
perguntássemos quantas pessoas desceram do 
ônibus no ponto final, você provavelmente 
responderia de imediato. Portanto a primeira 
pergunta é: quantas paradas fez o ônibus, no total? 
Poucos acertam essa resposta, por 
imaginarem que somente o número de paradas 
fosse importante, não consideraram esse detalhe. 
Vamos agora à segunda pergunta. Mesmo 
que tenha acertado a primeira, temos sérias dúvidas 
de que acerte esta. Apenas uma ou duas pessoas 
em cada cem conseguem isso. Sem tornar a ler o 
parágrafo, responda: - Qual o nome do motorista do 
ônibus? 
Tente isso com os amigos e verá que 
raramente alguém acerta. Pelo fato de que memória, 
observação e atenção andam juntas, é impossível 
lembrar de qualquer coisa que não se observa. É 
extremamente difícil observar ou lembrar de algo 
que não se está interessado em memorizar. Isso 
leva a uma regra óbvia. Para melhorar sua memória 
obrigue-se a ficar interessado e a observar qualquer 
coisa que deseje recordar. Para isso, use a 
ATENÇÃO. 
E então? Já descobriu o nome do 
motorista? Como dissemos, poucas pessoas 
conseguem acertar. Na verdade, é mais uma 
questão de ATENÇÃO e OBSERVAÇÃO. Dissemos, 
na formulação do teste, que VOCÊ estava dirigindo 
um ônibus que levava 50 pessoas. A resposta, 
portanto, é seu próprio nome. Você estava dirigindo 
o ônibus. 
Se atacar com confiança qualquer 
empecilho da memória, com o pensamento de que 
VAI LEMBRAR, certamente conseguirá. A memória 
é como um funil. Cada vez que pensa ou diz coisas 
como: Tenho péssimamemória. Nunca consigo 
lembrar de nada, ou outros pensamentos dessa 
espécie, é como se estivesse colocando um 
pedregulho no gargalo do funil. Por outro lado, se 
pensar ou ficar repetindo coisas do tipo: Tenho 
ótima memória, Sempre me lembro de tudo o que 
precisa ser lembrado, e coisas positivas como 
essas, estará retirando, um a um, esses 
pedregulhos e evitando que outros caiam no 
gargalo. 
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É, pois, importante – para você próprio – 
que se habitue a confiar na sua memória e que 
pense sempre positivamente sobre ela. Para isso 
existem métodos de reciclagem, como este que é 
ministrado pelo sistema AUDIOTUTORIAL, onde o 
texto gravado é correlato ao impresso no manual. É 
quase como ter um professor particular ao seu lado. 
Imagine que estou pessoalmente junto de você, 
dando-lhe todas as instruções e orientando-o tempo 
todo. Quando não compreender alguma coisa ou 
quiser revisar qualquer parte do programa, pare e 
torne a ouvir a informação que não entendeu. Você 
irá tão rápido quanto desejar e poderá repedir 
qualquer parte que julgar necessária. 
No decorrer deste treinamento você será 
solicitado a fazer diversos exercícios com o som 
desligado. Sempre que isso acontecer, eu direi: 
Faça isso agora. Desligue o som. Haverá então uma 
pausa de alguns segundos. Quando terminar o 
exercício solicitado, ligue novamente o som e volte 
ao texto impresso. 
Lembre-se: você tem ótima memória. 
Precisa apenas treina-la corretamente. Um bom 
método para conseguir isso é fazer todos os 
exercícios solicitados. Portanto, siga as instruções 
para, dentro de algum tempo, estar usufruindo de 
uma fantástica capacidade de memorização. 
Já a partir da segunda etapa você estará 
aumentando extraordinariamente sua capacidade de 
memorizar, através de exercícios práticos. Vai notar 
que o resultado de cada exercício aparece logo após 
concluí-lo. Isso significa que você estará tirando 
proveito desses benefícios a partir do primeiro 
exercício. Para tanto, ele deve ser feito com atenção 
e ser repetido tantas vezes quantas necessárias, até 
você admitir que já tem domínio sobre aquela 
prática. 
Falamos sobre a necessidade de atenção. 
Como estaremos trabalhando quase exclusivamente 
com imagens mentais, a CONCENTRAÇÃO, que vai 
ser tratada na próxima etapa, também será de 
grande valia para você obter resultados. Os 
exercícios devem ser realizados sem interrupção. 
Antes de passar para a próxima etapa, 
verifique como está sua memória, realizando os 
testes que se seguem. Note que eles apresentam 
algum grau de dificuldade para quem ainda não tem 
memória treinada. Se seu índice de acerto for baixo, 
não desanime. Isso significa apenas que é hora de 
levar a sério a reciclagem que está iniciando, sem 
desanimar. Ao longo do treinamento volte a fazer os 
mesmos testes e constate que vai resolve-los com 
facilidade. 
Agora, vá fazer os exercícios. Ou deixe isso 
para amanhã, se preferir. Apenas, não deixe de 
faze-los. 
Logo que confirme a real eficiência deste 
programa, indique-o a familiares e amigos, pois a 
divulgação deste material será feita principalmente 
por pessoas que, como você, tiveram a 
oportunidade de conhece-los. Faça agora os 
exercícios das páginas seguintes. 
TESTE UM 
Leia apenas uma vez o nome dos 16 objetos 
da lista que se segue. Em seguida, procure escreve-
los sem tornar a olhar o texto. Você deverá faze-lo 
exatamente na ordem em que aparecem aqui. 
Lembre-se de que, se esquecer uma única palavra 
errará as seguintes, pois não estarão na sequência 
exata. 
LIVRO, CINZEIRO, VACA, CASACO, 
PERSIANA, FRIGIDEIRA, RELÓGIO, ÓCULOS, 
FÓSFORO, GILETE, MAÇÃ, BOLSA, MAÇANETA, 
GARRAFA, MINHOCA e POSTE. 
Resultado: Acertei palavras, na 
sequência certa. 
 
TESTE DOIS 
Memorize os 20 objetos relacionados e 
transcreva-os nas linhas seguintes, com os 
respectivos números. Não use mais que 2 minutos 
para isso. Deve memorizar os objetos e seus 
números correspondentes. 
 
1 – RÁDIO 6 – 
TELEFONE 
11 – VESTIDO 16 – PÃO 
2 – 
AEROPLANO 
7 – CADEIRA 12 – FLOR 17 – LÁPIS 
3 – LÂMPADA 8 – CAVALO 13 – JANELA 18 – 
CORTINA 
4 – ÁRVORE 9 – XÍCARA 14 – 
PERFUME 
19 – VASO 
5 – PINTURA 10 – OVO 15 – LIVRO 20 – 
CHAPÉU 
 
1 6 11 16 
2 7 12 17 
3 8 13 18 
4 9 14 19 
5 10 15 20 
 
TESTE TRÊS 
Olhe para o número de 20 algarismos, 
durante um minuto, e procure escreve-lo de 
memória. Cada dígito deve estar no lugar certo. 
7 2 4 3 2 7 8 6 1 1 2 3 7 9 4 8 6 5 1 0 
Resultado: Acertei dígitos. 
 
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TESTE QUATRO 
Um baralho comum tem 52 cartas. Examine 
esta lista de 47 cartas e descubra quais são as 5 
cartas que não estão na lista. 
 
VALETE DE 
COPAS 
ÁS DE COPAS REI DE COPAS 
SETE DE 
OUROS 
DEZ DE PAUS OITO DE PAUS 
DAMA DE PAUS SETE DE 
ESPADAS 
SETE DE PAUS 
DOIS DE 
OUROS 
VALETE DE 
ESPADAS 
TRÊS DE 
ESPADAS 
NOVE DE 
COPAS 
SETE DE COPAS DAMA DE 
COPAS 
TRÊS DE 
OUROS 
DOIS DE 
ESPADAS 
ÁS DE PAUS 
NOVE DE 
ESPADAS 
QUATRO DE 
PAUS 
CINCO DE 
COPAS 
TRÊS DE 
COPAS 
NOVE DE PAUS DEZ DE OUROS 
OITO DE 
ESPADAS 
CINCO DE 
ESPADAS 
ÁS DE 
ESPADAS 
SEIS DE OUROS VALETE DE 
OUROS 
REI DE PAUS 
OITO DE COPAS SEIS DE 
ESPADAS 
QUATRO DE 
ESPADAS 
DAMA DE 
ESPADAS 
TRÊS DE PAUS VALETE DE 
PAUS 
SEIS DE COPAS QUATRO DE 
COPAS 
DEZ DE 
ESPADAS 
REI DE OUROS DEZ DE COPAS DAMA DE 
OUROS 
OITO DE 
OUROS 
CINCO DE PAUS DOIS DE PAUS 
CINCO DE 
OUROS 
DOIS DE COPAS 
Faltam as seguintes cartas: 
 
TESTE CINCO 
Olhe, por cerca de 5 minutos, para os 15 
rostos e nomes da página adiante e procure 
memorizar os nomes e as fisionomias. Depois, vire a 
página e escreva, debaixo de cada rosto, o nome 
respectivo. 
 
 
CONCENTRAÇÃO 
O aluno escreveu na prova?“Só Deus sabe 
as respostas”.O mestre observou: “Deus fica com 10 
e você com zero”. 
Primeiro vamos ver a origem da palavra. Ela 
começa com o prefixo CON, que designa 
contiguidade, complemento. CENTRAÇÃO é o ato 
de atingir o centro. Portanto, CONCENTRAÇÃO 
quer dizer: convergir para um centro, reunir a 
atenção para um mesmo ponto. Isso torna mais 
densa, mais forte e mais ativa a atenção. 
Concentrar é dirigir a atenção, o sentimento, 
a determinação, de modo intenso e exclusivo, para 
um alvo ou objetivo. 
Já temos o significado da palavra. 
Vamos ver agora, como alcançar esse 
estado. 
A palavra inglesa goal significa objetivo, 
meta. Por esse motivo, as traves – debaixo das 
quais se posiciona o goleiro, nas partidas de futebol 
– têm o nome de meta. O objetivo do jogo é fazer a 
bola chegar ao fundo da meta adversária. 
Quando o jogo é transmitido pela TV, o 
torcedor entra em estado de total concentração, 
principalmente através do olhar e da audição. Se op 
jogo é transmitido pelo radio, ele se concentra 
através da audição e da imaginação criativa. Faz 
isso instintivamente, sem perceber. Age assim 
porque é do seu gosto, da sua vontade. Já quando 
precisa resolver uma dificuldade, encontrar solução 
para uma situação não resolvida, ele costuma sentir 
dificuldade em se concentrar. Sua mente se 
dispersa, ele fica tenso e perde o poder de 
concentração. 
Para se saber por que isso ocorre, vamos 
ver – em linhas gerais – como o cérebro trabalha. 
REGISTROS CEREBRAIS 
O cérebro trabalha dia e noite para que o 
instinto de vida se mantenha equilibrado. Mas nem 
sempre usamos corretamente. A maioria das 
pessoas dirige seus pensamentos mais para o lado 
dos medos, das fobias. 
Desde criança aprendemos – nem sempre 
da maneira certa – que todo erro deve ser punido.As traquinagens da infância eram castigadas pelos 
pais; o mau andamento escolar era punido pelo 
professor, com notas baixas. Quando adultos somos 
castigados socialmente pela mente coletiva 
(sociedade) se não tivermos um comportamento 
aprovado por ela. Podemos até ser presos, se 
infringirmos a lei dos homens – a justiça. As 
religiões ensinam que, se descumprirmos as leis de 
Deus, seremos também passiveis da punição divina. 
Dessa forma, desde a infância, nosso 
cérebro é bombardeado com imposições castrativas 
como, por exemplo: não pode isso, não pode aquilo, 
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não faça isso, não faça aquilo, é proibido, cale a 
boca, não se meta, e por aí afora. 
Ao invés de apreciar a beleza e o perfume 
de uma flor, é mais comum pensar na punição que 
poderíamos sofrer, se a colhêssemos. Aprendemos 
a colecionar culpas e até erros que nem chegamos a 
cometer, pois tudo é registrado pelo cérebro, que 
não consegue distinguir o que é fisicamente 
realizado do que é vividamente imaginado. Ele é 
imparcial e frio. 
Um simples pensamento sobre algo que 
possa não ser bem aceito pelos outros, é registrado 
no cérebro, que analisa a informação de duas 
formas: primeiro ele acredita que realmente 
queremos aquilo. Segundo: tenhamos ou não 
realizado aquele desejo, ele determina que 
devemos ser punidos, uma vez que analisou aquela 
conduta como comportamento inadequado. Na 
primeira oportunidade, ele vai fazer a pessoa pagar 
pelo erro que nem chegou a cometer, levando o 
indivíduo a se acidentar, esquecer um compromisso 
importante, contrair algum tipo de moléstia ou, 
simplesmente, sentir-se incapaz de se concentrar 
em alguma coisa que lhe seja benéfica. Então não 
adianta querer o contrario. Ele, cérebro, não vai 
permitir. 
Que fazer, então? 
Por ser frio e imparcial, o cérebro procura 
realizar tudo que – de uma forma, ou de outra – 
você transmitiu que queria. Então ele procura atingir 
o alvo que – às vezes inconscientemente – você 
próprio estipulou. Por exemplo: 
Ao atravessar a rua você não viu o carro que 
se aproximava e quase foi atropelado. Já na 
calçada, assustado, você fica momentaneamente 
sem ação. Nesse momento você é só reação. 
Sabemos que a ação é dirigida, direcionada. A 
reação é passiva, regida pela emoção. Portanto, 
sem controle. 
Nesse estado de espírito, você é envolvido 
por pensamentos como: Por pouco não fui 
atropelado. Se aquele carro me pega, eu poderia ter 
quebrado um braço, uma perna, ou sei lá o que! 
Pronto. Presa de forte emoção, você 
imaginou tão intensa e vividamente o que poderia 
acontecer naquela circunstância, que seu cérebro 
pode tomar isso como desejo seu, fazendo o 
possível para tornar realidade seu pensamento. 
Para evitar isso, basta que qualquer 
pensamento que você julgue inadequado tenha seu 
registro mudado, no cérebro. 
De que forma conseguir isso? É simples. 
Se você imaginou que poderia ser 
atropelado e ficar ferido, imediatamente, mude o 
registro no cérebro. Repita, a você mesmo, que 
não precisa daquilo, que está em pazcom a vida, e 
não há necessidade de passar por essa provação. 
Diga isso com convicção e reforce mentalmente 
essa imagem. Não é à-toa que todos os cursos de 
auto-ajuda aconselham o uso de frases e 
pensamentos positivos. 
Agora você sabe que isso propicia as 
necessárias mudanças de registro. 
Outro ponto importante. Não é raro 
guardarmos sentimentos de culpa por algo que 
fizemos ou deixamos de fazer. Se identificar em 
você qualquer sentimento desse tipo, admita seu 
quinhão de responsabilidade naquela ação ou 
inação. O passo seguinte é encontrar o auto-perdão. 
Por saber que, quanto mais carregar nas costas o 
saco de culpas, em consequência dos muitos erros 
que julga haver cometido, mais difícil será sua 
caminhada pela vida. Para ser útil, a si próprio e aos 
outros, proponha-se não cometer mais os mesmos 
erros, e jogue por terra o pesado fardo que vinha 
carregando. Perdoe-se. 
É cientificamente provado que essa forma 
de conduta traz alivio, bem estar e melhores 
condições de vida. 
Agora, sim! Com a mudança de registros, no 
cérebro, você está em condições de alcançar as 
metas que estipular. Dentre elas, o poder de 
concentração. 
TÉCNICAS DE CONCENTRAÇÃO 
Dominar as técnicas de concentração está 
ao alcance de qualquer pessoa. Depende apenas de 
disciplina. Quem não estiver disposto a se 
autodisciplinar terá grande dificuldade para 
concentrar-se. Provavelmente nem conseguirá 
alcançar esse estado. Você vai depender de 
concentração para fazer os exercícios que se 
seguirão. Portanto, é da maior importância que 
aprenda a se concentrar. Se já tem essa facilidade, 
se é capaz de concentrar-se fácil e rapidamente, 
melhor. Mesmo assim, faça os exercícios de 
concentração. Isso lhe dará mais destreza e 
autoconfiança para as técnicas de memorização e 
dos exercícios que terá pela frente. 
EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO 
Toda vez que precisar usar técnicas de 
concentração ou de memorização, comece pelo 
exercício respiratório. Após a ultima sessão deste 
treinamento você vai encontrar uma faixa dedicada 
aos exercícios respiratórios e relaxamento muscular-
mental. Use-os sempre. Vamos então aos exercícios 
respiratórios. 
Instale-se num lugar onde possa ficar 
isolado, sem ser perturbado. De preferência, 
escureça o local. A ausência de luminosidade e de 
ruídos evita que a atenção seja desviada por 
objetos, movimentos ou focos de luz que possam 
chamar sua atenção. 
Lembre-se: concentração significa atenção 
totalmente focada em um único ponto. Desligue o 
som e procure esse lugar. Faça isso agora. 
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1ª RESPIRAÇÃO 
10 10 10 
 
2ª RESPIRAÇÃO 
10 10 10 
 
3ª RESPIRAÇÃO 
 
4ª RESPIRAÇÃO 
10 10 
Este exercício serve para você aquilatar seu 
potencial de concentração e observação. Tanto isso 
é verdade que, quanto mais jovem for a pessoa que 
estiver fazendo o teste, mais facilmente terá em 
visualizar cada detalhe. Quando executado por uma 
criança, é incrível a quantidade de detalhes que ela 
oferece. Com você deve acontecer o mesmo. Ou 
algo bem próximo disso. Quanto mais detalhes for 
capaz de captar, mais terá demonstrado capacidade 
em OBSERVAÇÃO e ATENÇÃO. Esses predicados, 
quando desenvolvidos, demonstram maior poder de 
CONCENTRAÇÃO. 
Repita o exercício, mudando o cenário. Veja 
uma rua movimentada, com ruídos de carros 
passando, pessoas andando e conversando, 
ambulantes apregoando suas mercadorias, etc. 
Quanto mais exercitar, com detalhes, mais acurada 
ficará sua percepção e, em decorrência, seu poder 
de concentração. Você alcançará um ponto em que 
chegará a sentir a brisa roçando seu rosto, ao fazer 
a tela mental. 
 
2º EXERCÍCIO 
Ponha-se à frente de um espelho – pode ser 
grande ou pequeno – e olhe fixamente para o centro 
de sua testa durante 5 minutos. O exercício consiste 
em não permitir que o olhar se desvie do ponto 
focado. Parece fácil, mas não é. É provável que só 
após algumas tentativas você consiga manter o 
olhar concentrado num mesmo ponto. Portanto, 
insista nessa pratica até conseguir. Além de 
potencializar a capacidade de concentração, este 
treinamento ai aumentar seu poder de autodomínio. 
Treine bastante. 
 
3º EXERCÍCIO 
Coloque um lvo preso à parede, cerca de 2 
a 3 metros de distância. Pode ser do tipo usado em 
tiro-ao-alvo ou, simplesmente, um círculo colorido. 
Fixe o olhar nele e procure não pensar em qualquer 
outro assunto específico. Apenas deixe o 
pensamento rolar à vontade. Cada vez que se 
apanhar pensandoem algo específico, apague a 
cena e volte a centrar o pensamento no alvo da 
parede. Cada vez que se apanhar dando 
seguimento a um pensamento, diga a você mesmo 
que, naquele momento, só existe no mundo aquele 
círculo na parede. No início, você pede não 
conseguir grande coisa. Insista. Após algumas 
sessões, vai notar que até o círculo da parede some 
e você entra num estado de letargia mental onde 
seu pensamento flutua sem rumo. 
Para ter uma idéia da profundidade deste 
exercício, saiba que ele faz parte do treinamento 
dos magos, faquires e iniciados nas artes esotéricas. 
Às primeiras vezes que fizer este exercício, 
não ultrapasse 10 minutos de tempo. Depois disso 
seu cérebro cansa e se recusa a continuar 
obedecendo. Com a repetição, você disciplina o 
cérebro a tal ponto que ele passa a atender ao seu 
comando. 
Como pode ver, estes exercícios 
desenvolvem a ATENÇÃO, a CONCENTRAÇÃO, a 
OBSERVAÇÃO e, principalmente, a 
AUTODISCIPLINA, fatores fundamentais para o 
domínio daquilo que você quer: PODER DE 
MEMORIZAÇÃO. Portanto, treine com seriedade. 
Faça, com respeito e determinação, os exercícios 
propostos, para alcançar as metas que você mesmo 
se propôs. 
Uma caminhada de mil quilômetros começa 
com primeiro passo. Ao começar adquirir algum 
domínio sobre estas técnicas, quase metade da 
caminhada já se terá realizado. Então, você estará 
pronto para os exercícios de MEMORIZAÇÃO. 
Faça bem feito, para colher os resultados 
que deseja. Caso contrario, terá sido, tudo, mera 
perda de tempo. E você não quer isso, quer? 
3ª ETAPA 
TÉCNICAS DE LIGAÇÃO MNEMÔNICAS. 
“Divido os leitores em dois tipos: os que 
lêem para lembrar e os que lêem para escrever”. 
William L. Phelps 
Encadeamento 
A memória trabalha baseada, 
principalmente, em imagens mentais. Essas 
imagens são mais facilmente registradas no cérebro 
se você as tornar ridículas e ilógicas. Para que 
entenda essa bem afirmação, vamos a um exemplo. 
Usando as técnicas de CONCENTRAÇÃO – 
mostradas na etapa anterior – visualize a seguinte 
cena: 
Você esta caminhando pela calçada quando 
um carro bate no pára-choque traseiro do carro da 
frente. Foi uma batida insignificante, quase nem 
barulho fez. Você só notou por que aconteceu do 
seu lado, menos de um metro distante de você. O 
fato teve tão pouca importância que os motoristas 
envolvidos no incidente sequer desceram para 
verificar se houve danos. Você dá uma olhada 
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rápida, constata que não aconteceu nada de mais, e 
segue seu caminho. Menos de um minuto depois, 
você nem lembra mais que presenciou um acidente 
ao seu lado. O fato não foi suficientemente 
importante para ser registrado em seu cérebro. 
Apague a cena e prepare-se para colocar 
outra imagem em sua tela mental. 
Agora você está andando pela calçada, 
quando vê um carro desgovernado aproximar- se 
em grande velocidade. A roda direita bate na guia, o 
veículo projeta-se no ar, passa por cima de um 
automóvel, bate no carro seguinte e capota, 
raspando o teto no asfalto. Você se impressiona 
com a quantidade de fagulhas que se desprendem 
pelo atrito. 
Sem perder a velocidade ele se choca com 
outro carro, voa por sobre ele e vai cair, com as 
rodas para cima, sobre um ônibus que trafegava em 
sentido contrário. Na confusão, outros carros se 
chocam. Você ouve o barulho das batidas, de vidros 
quebrados, o ruído de pneus sendo freados, 
enquanto vê o ônibus rodar por mais alguns metros, 
carregando sobre o seu teto, o veículo acidentado, 
com as rodas para cima e ainda girando no ar. Foi 
um acidente monumental. Dificilmente você verá 
outro tão espetacular, não é verdade? 
É quase certo que você jamais esquecerá 
essa cena. Ela foi tão inusitada e fora do comum – 
ridícula, até – que seu cérebro vai registrá-la 
fortemente, levando você a relembra-la a todo 
instante, por algum tempo. 
Isso ocorreu porque o fato se deu de 
maneira ilógica e ridícula. Algo que você jamais 
havia presenciado e, portanto, ainda não registrado 
em seu cérebro. 
No primeiro caso você não registrou a cena 
porque ela é comum, corriqueira, banal e sem 
consequências. Já no segundo exemplo, foi algo 
fora do comum, inédito para você. Durante muito 
tempo você vai ter assunto para comentar com os 
amigos. 
Essa é uma das técnicas que você vai usar 
para lembrar de tudo o que for necessário. 
Vamos então ao primeiro teste usando essa 
técnica. 
Você vai memorizar 20 itens que não têm 
associação, ou seja, não têm nada a ver entre si. 
Vai fazer isso na sequência que se segue. 
 
EXERCÍCIO UM 
Carpete - papel - garrafa – cama – 
peixe – cadeira – janela – telefone – cigarro – prego 
– máquina de escrever – sapato – microfone – 
caneta – aparelho de TV – prato – rosquinha – 
automóvel – cafeteira – tijolo. 
Agora vamos usar a técnica de ligação 
mnemônica pelo processo de encadeamento. Em 
outras palavras, vamos encadear essas palavras 
usando imagens mentais ridículas ou ilógicas, para 
ligar os objetos entre si. Antes, porém, é importante 
saber que a palavra – MNEMÔNICO – de raiz grega 
significa: aquilo que ajuda a memória, a arte de 
desenvolver a memória através de técnicas 
auxiliares, para reter com mais facilidade o que se 
quer aprender. O que é relativo à memória. 
Vamos então acionar o processo de 
encadeamento. 
Forme, na mente, a imagem do 1º objeto 
que é, carpete. Em sua tela mental, procure ver 
esse carpete, de preferência o carpete de sua casa 
ou de seu escritório. Veja nitidamente a imagem do 
carpete, em sua mente. 
Agora vamos liga-lo ao 2º objeto que é 
papel. Veja, na mente, a imagem do carpete, feito 
de papel. Veja-se – mentalmente – caminhando 
sobre o carpete de papel e ouvindo-o amarrotar sob 
seus pés. 
Uma folha de papel solta, sobre o carpete, 
seria uma imagem muito lógica e comum, não 
dando uma boa associação. A imagem mental 
precisa ser ridícula e ilógica. 
Por uma fração de segundo, coloque em sua 
tela essa imagem absurda. Se achar mais fácil, 
feche os olhos durante os primeiros exercícios. 
Depois não precisará mais disso. 
Agora, pare de pensar nisso e vamos ao 
próximo objeto da lista, que é a garrafa. Faça uma 
associação ridícula e ilógica entre papel e garrafa. 
Forme uma imagem mental dessa associação. 
Imagine-se, sentado à mesa do escritório, 
escrevendo sobre uma imensa garrafa achatada, no 
lugar do papel. Forme essa imagem na mente. 
Faça as imagens parecerem o mais ridículas 
e ilógicas possível. Já ligamos carpete a papel e 
papel a garrafa. Vamos ao próximo objeto, que é 
cama. Faça uma associação ridícula e ilógica, entre 
garrafa e cama. Você está em seu quarto, dormindo 
sobre uma enorme garrafa, e não em sua cama. 
Mentalize essa imagem. 
Repare que estamos associando sempre o 
objeto anterior ao atual. Vamos associar cama, que 
é o objeto anterior, ao objeto atual, que é peixe. 
Mentalize a imagem de um enorme peixe dourado, 
com a boca aberta, dormindo em sua cama. Se 
quiser tornar a imagem ainda mais forte e nítida, 
procure sentir o cheiro que se desprende do peixe. 
Agora, peixe e cadeira. Você está 
pescando uma enorme cadeira, em lugar do peixe. 
Veja a cena, na mente. 
Cadeira e janela. Você está atirando 
cadeiras pela janela do seu quarto. Ouça o barulho 
delas caírem lá embaixo. Veja claramente a cena 
em sua mente. 
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Janela e telefone. Você está falando ao 
telefone, que está instalado no lado de fora da 
janela. Está fazendo um esforço enorme, todo 
inclinado, para conseguir falar. Mentalize a imagem. 
Telefone e cigarro. Você está andando na 
rua, chamandoaproveitado. 
Portanto, se você insiste em ver televisão, aproveite 
para acordar mais cedo (cinco ou seis da manhã, 
que tal?) e assista às aulas do telecurso. Outra boa 
idéia é alugar fitas de vídeo didáticas. Essas são 
algumas maneiras de relaxar aprendendo. 
17. ENCONTRE GUIAS DE ESTUDO 
Muitas vezes, em meio ao milhão de 
matérias qque precisamos estudar, ficamos 
baratinados, sem saber por onde começar. Um 
cursinho pode ser uma boa saída, pois dita um ritmo 
e direciona o estudo. Mesmo que não cubra todos 
os detalhes, mostra o que deve ser estudado e 
aprimorado em casa. Em um cursinho, você 
conhecerá pessoas que poderão indicar livros e lhe 
fornecer provas já realizadas e novos exercícios. 
18. PROGRAME O SEU DIA-A-DIA EM 
FUNÇÃO DO CONCURSO 
Não perca aulas do cursinho ou colégio 
devido a outras obrigações. O tempo planejadp de 
estudo e as aulas são o que há de mais importante 
no momento. Comprometa horários do seu dia para 
estudar. Não abra exceções. Fuja daquelas idéias: 
"só hoje..."; "isso só acontece uma vez por ano...". 
Esse esforço é o preço do sucesso. O seu dia e sua 
rotina devem ser planejados para que você obtenha 
o máximo de tempo possível para estudar. A 
conquista do seu futuro! 
19. NÃO SE APRESSE 
Estudar sempre que pode não significa ler 
mil páginas por semana. Seja incansável, mas não 
apressado. Leia com calma, entanda os conceitos, 
resolva muitas questões sobre cada tema. 
Preocupe-se em assimilar as informações, não 
apenas em obtê-las. Assim, seu objetivo deve ser 
aprender e não acabar o livro. Leia com atenção 
linha a linha e faça resumos: Apreenda o que você 
estudou! 
20. SEJA UM POUCO ANTI-SOCIAL 
Aprenda a recusar convites. Não se sinta 
obrigado a almoçar com colegas ou coisas do 
gênero. Não importa que o chamem de estranho. 
Quando passar no concurso, virará excêntrico. Não 
importa que o chamem de neurótico: é melhor ser 
um neurótico aprovado do que um suposto normal 
frequentando o cursinho de novo... 
21. SEJA EGOÍSTA (OU QUASE...) 
Deixe por uns tempos de visitar parentes 
distantes, perca festas familiares e reuniões do 
gênero. Concurso não rima com badalação. Nessa 
etapa da vida, você não pode se dar o luxo de se 
preocupar demais com o sentimento alheio. 
Preocupe-se com o estudo! Se os amigos insistirem, 
prometa-lhes um churrasco de comemoção quando 
sair a lista de aprovados com o seu nome. Se forem 
de fato amigos seus, eles o entenderão. 
22. ESTUDAR SOZINHO? 
Professores e colegas podem ajudá-lo, mas 
você precisa de um tempo para estudar sozinho. Há 
detalhes da matéria que necessitam de 
amadurecimento e só são de fato apreendidos 
através de uma análise individual. Por outro lado, 
pode ser interessante manter um pequeno grupo 
(até três pessoas) para resolver e discutir 
exercícios. Um grupo empenhado funciona como 
um elemento motivador, que auxilia a manutenção 
do ritmo e do interesse. 
23. SEJA CONFIANTE 
Da mesma maneira que não podemos 
desprezar nossos concorrentes, não devemos nos 
achar incapazes. Não tenha pena de você. 
Mergulhe de cabe;ca no concurso, valorize sua 
capacidade e acredite no seu potencial. Se não 
acreditar em você, ficará mais complicado envolver 
sua família e seus amigos no processos de 
preparação. Sendo confiante, conseguirá preservar 
e ganhará paciência para enfrentar as dificuldades 
que surgirem. 
 
 
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24. DIGA-ME COM QUEM ANDAS 
Procure, nesta etapa de preparação, ter 
amigos com o mesmo objetivo. Vocês servirão de 
apoio uns para os outros e poderão se reunir para 
discutir exercícios. Dividirão os problemas, 
compartilhando o que há em bom e ruim nesta fase 
da vida de vocês. Forme um círculo de amizades 
que o ajude a estudar e o afaste de distrações 
inúteis. 
25. DESCUBRA SEU CAMINHO 
Cada pessoa tem características diferentes, 
que determinam quais os melhores meios de se 
colher e assimilar informações. Se perceber que 
suas táticas de estudo estão falhando, tente outros 
métodos. Há pessoas que aprendem mais ouvindo, 
outras fazendo resumo, outras através de 
associações e algumas comparando situações 
opostas. Não existe um meio perfeito para todos. 
Encontre seu método e seu horário para otimizar o 
aprendizado. 
26. JUNTE-SE AOS MELHORES 
Não se compare com aqueles que não têm 
chance. Não adianta estar entre os 30% melhores. 
Você deve fazer parte do grupo de elite. Se fizer 
simulados, compare-secom os primeiros lugares. 
Converse com os melhores alunos do seu cursinho: 
veja como eles estudam, o material que usam. Entre 
para o grupo deles. Quando atingir esse nível, você 
também será procurado por todos da turma. Isso é 
sinal de que tem grande chance! 
27. TENHA DISCIPLINA 
Procure fazer um planejamento, de modo a 
obter um ritmo de estudo progressivo. Organize seu 
material, prepare-se para uma rotina bem marcada. 
Terá que estudar todos os dias por longo período. 
Se um certo cansaço bater, resista. Não exagere em 
festas ou reuniões. Poupe energia para seu estudo. 
Valorize o seu dia. Seja moderado, procure 
maneiras rápidas de descansar a mente. E, acima 
de tudo: Mantenha o ritmo! 
28. ESTABELEÇA UM MERCADO DE 
INFORMAÇÕES 
Não seja o bonzinho da turma. Não seja 
aquele que traz as novas, os exercícios e os bons 
livros. Compartilhe as informações com aqueles que 
compartilham com você. Deve haver uma relação de 
troca. Não procure, da mesma forma, só sugar. Isso 
o afasta das pessoas que possuem os mesmos 
objetivos que você e que, certamente, poderiam 
ajudá-lo. 
29. GANHE O SEU DIA, NÃO PERCA A 
SUA NOITE. 
Para ser aprovado no concurso, não é 
necessário passar a noite em claro, debruçado 
sobre os livros, acumulando mau humor e olheiras. 
Por que não estudar de dia, reservando a noite para 
dormir e, quem sabe, sonhar com a aprovação? 
Descansado você certamente aumentará a 
capacidade de aprender. No entando, há pessoas 
que estudam melhor à noite. Se você for uma 
dessas pessoas, avalie melhor sua rotina para 
poder desfrutar de longas madrugadas junto aos 
livros. 
30. NÃO DESPREZE DISCIPLINA 
ALGUMA 
A sua aprovação depende do sucesso em 
todas as disciplinas. Não pense que uma disciplina 
de pouco peso não deva ser estudada. Todo ponto 
é um passo rumo à sua conquista. Notas altíssimas 
em poucas disciplinas não irão suprir pontos que 
perderá em uma disciplina que desconheça. Por não 
estudar determinada matéria, você perderá muitos 
pontos fáceis e poderá perder sua vaga! 
31. TODO LUGAR É LUGAR 
Não perca oportinidade de estudar. em filas 
de banco, no ônibus, nos intervalos do trabalho, no 
banheiro: toda hora é uma boa hora. Sempre tenha 
à mão algum material. Deixe uma apostila no porta-
luvas, carregue uma pasta com alguns exercícios, 
mantenha um livro na gaveta do escritório. Você 
nunca sabe quando aparecerá um tempinho: 
aproveite-o! Em um mês, 15 minutos por dia 
representam mais de 7,5 horas! 
32. FAÇA EXERCÍCIOS 
Faça exercícios, faça muitos exercícios. 
Faça tantos quanto puder. As provas seguem 
padrões de questões e exigem rapidez. Por isso, 
esteja sempre procurando por novos exercícios, 
especialmente os que já caíram em concursos 
anteriores. À medida que for fazendo os exerícios, 
aprenderá a linha de raciocínio da instituição que 
prepara as provas e isso o ajudará a selecionar a 
melhor entre algumas alternativas aparentemente 
corretas. 
33. SEJA SELETIVO 
Descubra quais são as matérias em que 
você pode evoluir mais e fazer mais pontos. Estudar 
o que se sabe menos é desgastante, porém pode 
ser bem mais lucrativo do que refinar 
conhecimentos nos campos em que já se possui 
uma certa qualificação e se tem muitos pontos 
garantidos. Vá em frente e não deixe que as 
matérias que você desconhece o assustem.34. 
SEJA UM DECORADOR 
Transforme as paredes e portasa atenção de todos, pois este 
fumando um telefone, em lugar do cigarro. Ponha a 
cena na mente. 
Cigarro e prego. Imagine-se junto a parede 
de sua casa, pregando um cigarro aceso, ao invés 
de um prego. Visualize a cena. 
Prego e máquina de escrever. Você está 
datilografando, numa maquina de escrever, que tem 
pregos em lugar de teclas. As teclas são pregos 
pontiagudos, que furam seus dedos. Veja a cena. 
Máquina de escrever e sapato. Você está 
sentado em sua cama, tentando calçar uma 
máquina de escrever em lugar do sapato. Mentalize. 
Sapato e microfone. Você está num salão 
onde todos olham espantados para você, pois está 
discursando, usando sapato em lugar do microfone. 
Veja a cena. 
Microfone e caneta. Você está escrevendo 
uma carta, mas usa um microfone em lugar da 
caneta. Grave esta cena, na mente. 
Caneta e aparelho de TV. Enquanto assiste 
televisão em sua casa, milhares de canetas 
esguicham da telinha, em sua direção. Procure ver 
essa imagem na mente. 
Aparelho de TV e prato. Você está num 
restaurante, comendo uma feijoada, tendo um 
aparelho de TV em lugar do prato. Veja 
mentalmente essa cena. 
Prato e rosquinha. O jantar está sendo 
servido numa enorme rosquinha ao invés do prato. 
Mentalize. 
Rosquinha e automóvel. Você está no 
meio do trânsito, dirigindo uma enorme rosca 
vermelha em lugar do automóvel. Mentalize a cena. 
Automóvel e cafeteira. Você está 
espantado, olhando para o seu automóvel, pois ele 
é um enorme fogão, com uma cafeteira fervendo, 
em cima. Procure ver essa cena, na mente. 
Cafeteira e tijolo. Você está enchendo 
xícaras com tijolos, em lugar de café. Veja essa 
cena na sua mente. 
Se você realmente viu essas cenas na 
mente, se conseguiu formar a imagem dos objetos e 
se foi capaz de sentir a sensação das situações 
absurdas que foram transmitidas, não terá 
dificuldade em lembrar dos 20 objetos, em 
sequência, do carpete ao tijolo. Vamos conferir? 
Desligue o som e escreva o nome dos 20 objetos, 
na ordem certa. 
* * * * * 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
11 
12 
13 
14 
15 
16 
17 
18 
19 
20 
 
(agora ligue o som e volte a acompanhar o 
texto) 
* * * * * 
Que tal? Fantástico, não é? Mas, como você 
mesmo percebeu, incrivelmente fácil. Isso foi 
possível porque você fez corretamente o exercício. 
Se não conseguiu os resultados que esperava, é 
sinal de que não se concentrou totalmente. Neste 
caso, tente de novo, usando todo o poder de 
concentração que você sabe que tem. Então, veja 
como os resultados melhoram. 
Você foi educado para pensar com lógica e 
lhe está sendo pedido que forme imagens ridículas 
ou ilógicas. É importante que proceda assim pois, 
quanto mais ridícula ou ilógica for a imagem, mais 
fácil será pra lembrar-se dela. Como auxilio nas 
próximas associações ou imagens que fizer, procure 
seguir estas 4 regras básicas. 
1 DESPROPORÇÃO – Forme a imagem 
dos objetos sempre fora das suas proporções 
normais. 
2 AÇÃO – Sempre que possível, visualize 
os objetos em ação. Ponha movimento neles. 
Recordamos com mais facilidade coisas radicais e 
desproporcionais. Ponha ação e radicalismo em 
suas associações, sempre que possível. 
3 EXAGERO – Exagere, sempre, a 
quantidade e o tamanho dos objetos. 
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Você visualizou milhares de canetas 
esguichando do aparelho de TV, se as visualizar 
atingindo você, com violência, terá, ao mesmo 
tempo, ação e exagero em sua imagem mental. 
4 SUBSTITUIÇÃO – Substitua imagens 
lógicas e comuns por outras, completamente 
ilógicas e absurdas, como fizemos, por exemplo, ao 
fumar telefone, pregar cigarro, pescar cadeiras, etc. 
Empregue sempre estas 4 regras em sua 
imagem. Com um pouco de prática, descobrirá que 
uma associação bem feita brotará em sua mente, de 
maneira clara e instantânea. 
Você deve ter notado que os objetos foram 
interligados, formando uma cadeia, uma ligação 
mnemônica. Associe sempre o primeiro item ao 
segundo, o segundo ao terceiro, e assim por diante. 
Nas próximas etapas você vai conhecer algumas 
aplicações práticas para o sistema de ligações 
mnemônicas, tais como: memorizar discursos, 
palestras, artigos, números, etc. 
 
EXERCÍCIO DOIS 
Agora faça este outro exercício. Memorize 
os 20 objetos, em sequência. 
Mesa – cachorro – paralelepípedo – lápis – 
tesoura – abóbora – isqueiro – régua – sofá 
– borboleta – cadeira – sapo – livro – bola – 
chiclete – mão – colar – lixo – biscoito – boneca. 
Lembra-se como é? Faça associações 
ridículas, ilógicas e absurdas, ligando um objeto ao 
outro. Mesa... cachorro, cachorro... paralelepípedo, 
paralelepípedo... lápis, e assim por diante. 
Vamos lá? Vou repetir a relação. 
Mesa... cachorro cachorro... paralelepípedo 
paralelepípedo... lápis lápis... tesoura 
tesoura... abóbora abóbora... isqueiro 
isqueiro... régua régua... sofá 
sofá... borboleta borboleta... cadeira 
cadeira... sapo sapo... livro 
livro... bola bola... chiclete chiclete... mão 
mão... colar colar... lixo lixo... biscoito 
biscoito... boneca. 
 
Agora, confie na sua memória e escreva, 
abaixo, a relação dos 20 objetos, em sequência, de 
mesa a boneca. 
Desligue o som. 
* * * * * 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
11 
12 
13 
14 
15 
16 
17 
18 
19 
20 
(ligue o som e volte a seguir o texto) 
* * * * * 
Faça diversas listas de objetos e pratique o 
sistema de ligação mnemônica. Ele será de grande 
utilidade pratica para você, conforme vai perceber 
nas etapas seguintes. Treine também como lembrar-
se dos objetos, de trás para frente, do ultimo ao 
primeiro. A técnica vocêjá sabe. Depende somente 
de exercitar-se bastante para utiliza-la, sempre que 
necessitar. Faça um bom trabalho. 
 
4ª ETAPA 
TÉCNICAS DE FIXAÇÃO MNEMÔNICAS. 
Não existe esquecimento.Uma vez 
impressos na mente os traços são definidos. 
Thomas de Quincey 
Na etapa anterior você exercitou a 
memorização de uma relação de objetos em 
sequência, na ordem certa, do primeiro ao ultimo, de 
trás para a frente e vice-versa. 
Agora vai ver como memorizar uma lista de 
objetos fora de sequência e com osrespectivos 
números. Não fique assustado, pois é perfeitamente 
possível. 
Para que isso aconteça, você vai, primeiro, 
saber como memorizar números. Geralmente temos 
dificuldade em gravar números porque são 
totalmente abstratos e intangíveis. É difícil 
mentalizar um numero, por ser uma figura 
geométrica sem significado na mente, a não ser 
quando associado a algo já conhecido. 
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Se tentar pendurar um quadro numa parede 
nua, o quadro cairá. Entretanto, se colocar um prego 
na parede, terá como lixar o quadro. O que vamos 
fazer adiante é dar-lhe alguns pregos para auxilia-lo. 
Tudo o que quiser lembrar, e que tenha relação com 
números, você poderá pendurar – ou fixar – nesses 
pregos. Por isso, denominamos este sistema 
FIXAÇÃO MNEMÔNICA. 
Você vai ver como mentalizar qualquer coisa 
relacionada a números, substituindo-a por objetos. 
ALFABETO FONÉTICO 
Em 1648, o alemão Stanislaus Mink von 
Wennsshein já utilizava um sistema semelhante. Em 
1730, todo o sistema foi modificado pelo inglês Dr. 
Richard Grey, que definiu como equivalente de 
número e letra. De lá para cá, outros especialistas 
em memória aperfeiçoaram o sistema. 
O primeiro passo é aprender um alfabeto 
fonético simples. Consiste em 10 fonemas que você 
não levará mais que 5 minutos para memorizar. 
Estes serão os 5 minutos mais bem gastos de sua 
vida, já que o alfabeto fonético vai ajuda-lo a 
memorizar números – isoladamente ou ligados a 
qualquer outra informação – de forma 
surpreendentemente simples. Preste bastante 
atenção. 
Leia e procure guardar a relação 
número/consoante. 
1 O som para 1 será sempre “T”, pois a 
letra “T” tem uma perna só. 
2 O som para 2 será sempre “N”, pois a 
letra “N” tem duas pernas. 
3 O som para 3 será sempre “M”, pois a 
letra “M” tem três pernas. 
4 O som para 4 será sempre “C”, de cão, 
pois o cão tem quatro patas. 
5 O som para 6 será sempre “S”, “SS”, 
“Ç”, “X”, ou “X”, devido ao som sibilante de 
SSSSSSSEISSSSS. 
6 O som para 7 será sempre “F”, ou “V”, 
pois o “F” é um 7, virado para a direita, e o “v” 
maiúsculo também lembra o numero 7. 
7 O som para 8 será sempre “g”, pis o “g” 
minúsculo tem 2 anéis, como o 8. 
8 O som para 9 será sempre “P”, “b”, “d” 
ou “q”, pois estas consoantes representam, sempre, 
o número 9, visto em outras perspectivas. 
9 O som de zero será sempre “R”, da 
palavra zero. 
Agora, escreva as consoantes 
correspondentes aos números, de zero a nove. Se 
ainda não conseguiu memorizar, estude novamente 
esta parte, procurando reter apenas os auxiliares de 
memória para cada relação número/consoante. 
 
Faça isso agora. 
Desligue o som. 
* * * * * 
1 2 3 4 
5 
 
6 7 8 9 
0 
 
(se já memorizou esta relação, ligue 
novamente o som e volte a seguir o texto) 
Este alfabeto fonético será de máxima 
importância. Portanto deve ser exercitado até tornar-
se uma segunda natureza para você. Tão logo 
consiga memoriza-lo notará que vai ser facílimo 
aprender o resto do sistema de FIXAÇÃO 
MNEMÔNICA. 
Nenhuma vogal tem qualquer significado 
neste alfabeto fonético. O mesmo acontece com as 
consoantes que não foram relacionadas (H, J e K). 
 
EXERCÍCIO UM 
Você vai fazer agora um exercício 
completando a primeira coluna – de palavras – com 
números, e a segunda coluna – de números – com 
consoantes. 
Desligue o som e marque o tempo de 2 
minutos, para fazer o exercício. Então volte a ligar o 
som. Faça isso agora mesmo. 
* * * * * 
ESCALAR (6450) 
MORDOMO 6124 
(STNC) 8903 LUSTRE 2394 
SONS 0567 
BRACELETE 1109 
 
FUTEBOL 8374 
CADEIRA 3874 
MARIA 3387 
ROMÂNTICO 1298 
MERCEDES 
* * 
9854 
* * * 
 
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Se você fixou corretamente, na memória, o 
alfabeto fonético, já está preparado para fixar, na 
mente, os pregos que mencionamos. Poderá 
compor facilmente uma palavra com qualquer 
número, obedecendo a relação número/consoante 
sabendo que as vogais nada significam. Por 
exemplo, para o número 21, podemos formar 
qualquer palavra com N e T: neta, nota, nata, ou 
outras, pois o N representa o 2, e o T representa o 
número 1. já, para o número 05, usaremos ROLO, 
ou outra palavra que comece com a letra R – de 
zero – e tenha o L – do número 5. Não se esqueça 
de que só as consoantes nos interessam. 
PALAVRAS DE FIXAÇÃO 
Entendeu como formar palavras com 
qualquer número? Então está pronto para receber 
os primeiros pregos, que são palavras de FIXAÇÃO, 
escolhidas de propósito por serem de fácil 
memorização. 
Preste bastante atenção. Ligue a palavra 
criada, aos números que ela vai representar. 
1. TEIA. A partir de hoje, a palavra criada 
TEIA representará sempre o número 
1, para você. Mentalize uma TEIA. Sempre 
a mesma TEIA. 
2. NOÉ. A partir de hoje a palavra NOÉ, 
sempre representará o número 2, para você. 
Mentalize um velho, de barbas brancas, em sua 
arca, para simbolizar o número 2. 
3. MÃE. Mentalize sua própria mãe, para 
simbolizar o número 3. a partir de hoje a palavra 
MÃE, sempre representará o número 3, para você. 
4. CÃO. A partir de hoje a palavra CÃO 
sempre representará o número 4, para você. 
Mentalize sempre o mesmo CÃO, para simbolizar o 
número 4. 
5. LUA. A partir de hoje o número 5 será 
sempre LUA, para você. Mentalize sempre a mesma 
LUA, simbolizando o número 5. 
6. ASA. A partir de hoje a palavra ASA 
representará o número 6, para você. 
Mentalize sempre a mesma ASA, 
representando o número 6.7. FIO. A partir de hoje 
a palavra FIO sempre representará o número 7, para 
você. Mentalize um enorme rolo vermelho de FIO, 
simbolizando o número 
8. ÁGUA. A partir de hoje o número 8 será 
sempre ÁGUA, para você. Mentalize sempre a 
ÁGUA que cai de uma cachoeira conhecida. 
Mentalize sempre a mesma ÁGUA, para representar 
o número 8. 
9. PIÃO. A partir de hoje a palavra PIÃO 
sempre representará o número 9, para você. 
Mentalize um enorme PIÃO, girando, para 
simbolizar o número 9. 
10. TOURO. (T+R). A partir de hoje a 
palavra TOURO sempre representará o número 10, 
para você. Mentalize sempre o mesmo TOURO, 
simbolizando o número 10. 
Sem um sistema seria muito difícil 
memorizar 10 palavras totalmente sem relação, 
como as que você acabou de aprender. Entretanto, 
a palavra de fixação para cada número deve, 
forçosamente, conter determinadas consoantes. 
Assim a tarefa se torna bastante simples. 
Na verdade, se você leu e ouviu com 
atenção, éprovável que já as conheça. Sempre que 
tiver um número, pense primeiro na consoante 
correspondente a cada dígito. Depois procure 
lembrar-se da palavra de fixação. 
Apenas para recordar: 
1 T- TEIA 
2 N – NOÉ 
3 M- MÃE 
4 C – CÃO 
5 L – LUA 
6 S, SS, Ç, X ou Z – ASA 
7 F ou V – FIO 
8 G – ÁGUA 
9 P, b, d, ou q – PIÃO 
10 T e R – TOURO 
Você deve estudar estas palavras de fixação 
até ser capaz de falar qualquer uma, em qualquer 
ordem. Se tiver dificuldade com algum número, cuja 
palavra de fixação não lembre, pense na consoante 
correspondente e diga qualquer palavra – com 
aquela consoante – que lhe vier à cabeça. Quando 
disser a palavra certa, isso fará soar uma espécie de 
campainha em sua mente, e você saberá que 
aquela é a palavra correta. Por exemplo, se não 
lembrar da palavra de fixação para o número 1, 
repita, mentalmente: tio... tua... tia... teia. logo que 
ouvir a palavra TEIA, saberá que ela é a certa. 
 
EXERCÍCIO DOIS 
Escreva as palavras de fixação, de 1 a10, 
enquanto ALGUÉM FALA os números 
correspondentes. Está pronto? 
1 2 
 
3 4 
 
5 6 
 
7 8 
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9 10 
Agora ALGUÉM DIRÁ as palavras de 
fixação, sem seguir uma ordem crescente, e você irá 
colocando os respectivos números. 
Pronto? 
LUA 
TOURO 
CÃOPIÃO 
FIONOÉ 
ÁGUA ASA 
TEIA 
Como já foi dito, estas palavras de fixação 
podem ser de grande utilidade para você. Portanto, 
não passe para o próximo exercício antes de haver 
memorizado corretamente estas palavras. 
UTILIZAÇÃO PRÁTICA – Exercícios 
Pense no que você tem feito, até aqui. 
Progressivamente, foi desenvolvendo cada item, na 
memória. Primeiro, o sistema para ajuda-lo a 
lembrar-se de fonemas ouconsoantes. Depois, 
essas consoantes serviram para faze-lo lembrar as 
palavras de fixação, extremamente importantes. 
Agora estas palavras vão ajuda-lo a memorizar 
qualquer coisa que envolva números. 
Vamos a um exercício. Usando as palavras 
de fixação, você vai memorizar 10 objetos e seus 
respectivos números, com ou sem sequência. 
 
9 – BOLSA 5 – COMPUTADOR 
 
6 – CIGARRO 2 – APARELHO DE TV 
 
4 – CINZEIRO 8 – RELÓGIO DE PULSO 
 
7 – SALEIRO 1 – CANETA 
 
3 – LÂMPADA 10 – TELEFONE Agora 
preste bastante atenção e siga as instruções. 
O primeiro objeto da lista é BOLSA, número 
9. Vamos estabelecer uma associação ridícula ou 
ilógica entre BOLSA e a palavra de fixação para o 
número 9 que é, PIÃO. Em sua tela mental, faça 
uma imagem para essa associação. Mentalize um 
PIÃO enorme, girando em cima de sua BOLSA. 
Visualize a cena, na mente, por apenas um 
segundo, como num flash, e siga adiante. 
6 – CIGARRO. A palavra de fixação para o 
numero 6 é ASA. Forme, na mente, a seguinte 
imagem: Você está fumando uma enorme ASA, em 
lugar do cigarro. Mentalize essa cena. 
4 - A palavra de fixação para o numero 4 é 
CÃO. Mentalize seu CÃO dormindo sobre um 
imenso CINZEIRO. Dê ênfase ao CINZEIRO, 
exagerando na cor e no tamanho. Mentalize a cena. 
7 – SALEIRO. Veja, na mente, um novelo de 
FIO Vermelho, saindo de um descomunal SALEIRO. 
Mentalize a cena. 
3 – LÂMPADA. Mentalize sua MÃE, numa 
cadeira de balanço, com uma lâmpada na boca, 
acendendo e apagando. Veja a cena, na sua mente. 
5 – COMPUTADOR. Mentalize a LUA 
operando um COMPUTADOR, que faz bip...bip...bip. 
Veja a cena em sua tela mental. 
2 – APARELHO DE TV. Mentalize o velho 
NOÉ, navegando sobre um aparelho de TV, em 
lugar da arca. Mentalize a cena. 
8 – RELÓGIO DE PULSO. Mentalize uma 
cachoeira despejando milhões de relógios de pulso, 
em vez de ÁGUA. Focalize a cena. 
1 – CANETA. Mentalize sua enorme TEIA 
de aranha, toda feita de canetas. Procure ver a cena 
bem nítida em sua mente. 
10 – TELEFONE. Mentalize seu TOURO 
falando ao TELEFONE. Veja a cena em sua tela 
mental. 
 
EXERCÍCIO TRÊS 
Agora você vai constatar somo sua memória 
é fantástica. Se mentalizou as imagens da maneira 
recomendada, você estará apto a responder 
instantaneamente qualquer pergunta referente aos 
10 objetos. Ao ver os números que aparecem 
abaixo, no 
manual, use para cada um, a palavra de 
fixação correspondente, e o objeto associado 
aparecerá, nítido, em sua mente. 
Preencha os números, de 1 a 10, com os 
respectivos objetos. Você terá 2 minutos para fazer 
isso. 
Desligue o som e faça o exercício, agora. 
* * * * * 
 
1 6 
 
2 7 
 
3 8 
 
4 9 
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5 10 
 
(ao terminar o exercício, torne a ligar o som) 
Você deve ter acertado todos, não é 
mesmo? Se assim foi, parabéns. O que há de 
fantástico neste exercício é que você também 
lembra os objetos fora de sequência. Lembra ainda 
dos objetos com seus respectivos números, não 
importa como se faça a pergunta. 
Se achar que ainda pode melhorar mais, 
crie outra lista, com mais 10 objetos, e refaça o 
exercício. Mas se acha que passou bem pela prova, 
por que não tentar agora com 20 ou 30? É mais fácil 
do que você imagina. Basta encontrar as palavras 
de fixação para os números 11 a 30, que vamos dar 
a seguir. Estude-as, somo fez com as primeiras 10. 
quando já as tiver com toda segurança, na memória, 
desafie os amigos, pedindo-lhes que enumerem 30 
objetos (palavras concretas, no início). Depois 
repita-os, um a um, à medida em que forem sendo 
solicitados. 
Ao ouvir o nome do objeto, faça uma 
associação ridícula ou ilógica com a palavra de 
fixação correspondente ao numero do objeto e 
procure mentalizar, por um segundo, a imagem 
dessa associação. 
Após completar a lista, peça-lhes que cite o 
objeto, e você dirá o numero correspondente, ou 
que digam um número e você dirá qual é o objeto 
que corresponde a ele. Só não permita que a 
inversão o assuste. Basta localizar a palavra de 
fixação, que a cena ridícula imaginária saltará para a 
sua mente. Se eu lhe perguntar, por 
exemplo, qual o número da palavra relógio, 
você vai ver, em sua tela mental, a cachoeira 
despejando relógios, em lugar de água. Por saber 
que água representa o número 8, imediatamente 
terá consciência de que aquele número corresponde 
ao relógio. Fácil, não é? 
PALAVRAS DE FIXAÇÃO (11 a 30) 
Veja agora as palavras de fixação, de 11 a 
30. Não siga adiante, atémemoriza-las e conhece-
las em qualquer ordem. As palavras escolhidas 
podem ser substituídas por outras, de sua própria 
escolha, desde que obedeçam à relação 
número/consoante, que você já conhece. Tão logo 
se decida por uma determinada palavra de fixação, 
você deve usa-la sempre. Nunca a substitua por 
outra. 
Fique atento: 
11 – TETA 
21 – NATA 
12 – TINA 
22 – NENÊ 
13 – TIME 
23 – NOME 
14 – TOCO 
24 – NUCA 
15 – TELA 
25 – NILO (RIO NILO) 
16 – TAÇA 
26 – NOZ 
17 – TUFÃO 
27 – NAVIO 
18 – TOGA 
28 – NEGA 
19 – TUBO 
29 – NABO 
20 – NERO 
 30 – MAR 
Dissemos que você pode usar outras 
palavras de fixação, que não são sugeridas por nós, 
desde que não fuja, é claro, ao método apresentado. 
Por exemplo: se trocar o número 25 – NILO – por 
NELY, por achar mais bonito, saiba que um nome 
próprio é bastante abstrato, podendo constitui-se 
numa cilada na hora de usa-lo, pois você poderia 
não se lembrar de qual foi o nome escolhido. 
Todavia, se houver uma pessoa das suas relações – 
uma parente ou amiga – que tenha esse nome, 
então – e só nesse caso – você poderá trocá-lo, 
estabelecendo algum tipo de relação entre o número 
25 e a imagem da pessoa que você conhece e 
estima. Neste caso a ligação se dará com a imagem 
concreta da pessoa, e não como registro abstrato do 
nome.Para registrar firmemente na memória, 
repasse as palavras de fixação, de 1 a 30. 
 
1 – TEIA 11 – TETA 21 – NATA 
2 – NOÉ 12 – TINA 22 – NENÊ 
3 – MÃE 13 – TIME 23 – NOME 
4 – CÃO 14 – TOCO 24 – NUCA 
5 – LUA 15 – TELA 25 – NILO 
6 – ASA 16 – TAÇA 26 – NOZ 
7 – FIO 17 – TUFÃO 27 – NAVIO 
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8 – ÁGUA 18 – TOGA 28 – NEGA 
9 – PIÃO 19 – TUBO 29 – NABO 
10 – TOURO 20 – NERO 30 – MAR 
 
EXERCÍCIO QUATRO 
Agora, enquanto ALGUÉM FALA os 
números, de 1 a 30, escreva as palavras de fixação 
correspondentes. 
Está pronto? Comece. 
1. ___________________________ 
2. ___________________________ 
3. ___________________________ 
4. ___________________________ 
5. ___________________________ 
6. ___________________________ 
7. ___________________________ 
8. ___________________________ 
9. ___________________________ 
10. ___________________________ 
11. ___________________________ 
12. ___________________________ 
13. ___________________________ 
14. ___________________________ 
15. ___________________________ 
16. ___________________________ 
17. ___________________________ 
18. ___________________________ 
19. ___________________________ 
20. ___________________________ 
21. ___________________________ 
22. ___________________________ 
23. ___________________________ 
24. ___________________________ 
25. ___________________________ 
26. ___________________________ 
27. ___________________________ 
28. ___________________________ 
29. ___________________________ 
30. ___________________________ 
Durante os próximos dias, repasse várias 
vezes esta relação. Assim você a terámemorizado 
para sempre. Faça também exercícios com outras 
relações de 20 ou 30 objetos. 
Pratique sempre. 
Pratique diariamente. 
 
5ª ETAPA 
COMO MEMORIZAR DISCURSOS, 
ARTIGOS, ROTEIROS, TEXTOS, ETC. 
Deus, concedei-me: Serenidade, para 
aceitar as coisas que não posso mudar;Valor, para 
mudar as coisas que posso mudar; e, sabedoria, 
para reconhecer a diferença entre ambas. 
Nas etapas anteriores, você ficou sabendo 
em que se apóiam as idéias e os sistemas 
mnemônicos de ligação e fixação, que são duas 
das três técnicas nas quais está baseada a 
MEMÓRIA TREINADA. A terceira é o método de 
substituir palavras ou pensamentos, que será 
mostrado nas próximas etapas. 
Procure aplicar o que aprendeu até aqui, 
nas coisas do seu dia-a-dia. tarefas a realizar, 
compras a fazer, roteiros a executar. 
SISTEMA DE LIGAÇÃO E FIXAÇÃO 
O aspecto espetacular do sistema de 
ligação é que você pode deletar relações de objetos 
– ou de qualquer coisa – sempre que desejar. Na 
verdade, ao memorizar uma segunda lista, a 
primeira desaparece de sua mente. Mas você pode, 
também, reter quantas listas quiser ou necessitar. A 
mente é um arquivo fantástico. Se quiser memorizar 
um alista de itens que deve ser retida por muito 
tempo, pode faze-lo. Se quiser esquece-la, também 
pode. Fica à sua vontade. 
Para reter uma lista a ser usada no futuro, 
basta repassá-la na mente, um dia depois de 
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memorizá-la, e repetir esse procedimento por mais 
alguns dias. Então, essa lista estará arquivada em 
sua mente, à sua disposição, sempre que precisar 
dela. 
A principal diferença entre os sistemas de 
LIGAÇÃO e FIXAÇÃO é que utilizamos o primeiro 
para memorizar qualquer lista ou relação em 
sequência, do primeiro ao último. O segundo é 
usado para memorizar coisas, em sequência ou 
fora dela. 
Quem pensa que não necessita lembrar 
nada fora de ordem, está enganado. O sistema de 
fixação vai ser de suma importância para ajudá-lo a 
lembrar de datas, números de muitos dígitos, em 
qualquer circunstância. 
EXERCÍCIO UM (Sistema de Ligação) 
Vamos ver, por exemplo, como guardar na 
memória, uma relação de coisas que precisam ser 
feitas durante o dia. 
Memorize as seguintes tarefas: 
1 Lavar o carro 
2 Depositar dinheiro no banco 
3 Pôr uma carta no correio 
4 Ir ao dentista 
5 Pegar o guarda-chuva, esquecido na 
casa de um amigo 
6 Comprar perfume para a esposa 
7 Localizar o técnico para consertar sua 
TV 
8 Comprar, numa loja de ferragens: uma 
lâmpada, um martelo, um quadro, um fio de 
extensão e uma tabua de passar roupas 
9 Mandar consertar seu relógio 
10 Comprar uma dúzia de ovos 
Você vai usar tanto o sistema de ligação 
como o de fixação, para memorizar esta lista de 
tarefas. 
Adotando o sistema de ligação, vamos criar 
uma associação ridícula, ilógica ou absurda entre a 
1ª e a 2ª tarefa, depois entre a 2ª e a 3ª, e assim por 
diante. Vamos ajudá-lo nas primeiras associações. 
Depois use sua própria imaginação. Valha-se de sua 
tela lista de tarefas. 
1 Imagine-se estacionando o carro, todo 
ensaboado, em frente ao banco. (Você fez a ligação 
entre lavar o carro e ir ao banco). 
2 Mentalize-se depositando cartas, no 
banco, ao invés de dinheiro. (Foi feita a ligação entre 
banco, e correio). 
3 Crie uma imagem de seu dentista 
usando uma carta em sua boca, ao invés dabroca. 
(Correio e dentista). 
4 Mentalize seu dentista com uma carta 
numa das mãos e segurando um guarda-chuva 
aberto, na outra. (Dentista e guarda-chuva) 
5 Imagine diversos vidros de perfume, 
pendurados no guarda-chuva aberto. (Guarda-chuva 
e perfume). 
6 Agora mentalize um técnico de TV, todo 
sujo e se perfumando, enquanto trabalha. (Perfume 
e técnico de TV) 
Use sua imaginação para associar os 
próximos itens e formar, na mente, a imagem de 
cada associação. 
Associe técnico de TV a loja de ferragens. 
Loja de ferragens a lâmpada. 
Lâmpada a martelo. Martelo a quadro. 
Quadro a fio de extensão. 
Fio de extensão a tábua de passar roupas. 
Tábua de passar roupas a relógio. 
Relógio a ovos. 
Se conseguiu ver as imagens ridículas e 
ilógicas em sua mente, conseguirá facilmente 
escrever a relação de tarefas.Faça isso agora. 
Desligue o som. 
* * * * * 
Se teve alguma dificuldade para lembrar de 
algum item, foi porque não mentalizou corretamente. 
Portanto, volte a faze-lo. 
Agora, ligue o som e continue 
acompanhando o texto. 
* * * * * 
EXERCÍCIO DOIS (Sistema de fixação) 
Vamos fazer o mesmo exercício, só que 
agora, usando o sistema de fixação. Você terá 10 
segundos de tempo entre um item e outro. Está 
pronto? Comece. 
1 – TEIA – Lavar o carro. 
2 – NOÉ – Depositar dinheiro no banco 
3 – MÃE – Carta no correio. 
4 – CÃO – Ir ao dentista. 
5 – LUA – Apanhar o guarda-chuva. 
6 – ASA – Comprar perfume. 
7 – FIO – Localizar o técnico de TV. 
8 – ÁGUA – Loja de ferragens. Além de 
associar água a loja de ferragens, faça ligação – à 
parte – entre os 5 itens que deseja comprar. 
9 – PIÃO – Mandar consertar o relógio. 
10 – TOURO – Comprar ovos. 
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Preencha cada linha numerada, com a 
tarefa correspondente. Faça isso agora. Desligue o 
som. 
* * * * * 
7- 
 
5- 
 
9- 
 
4- 
 
2- 
 
3- 
 
1- 
 
8- 
 
6- 
 
10- 
 
Quando chegar ao fim da leitura do 
discurso, terá uma lista de palavras- chave, para 
auxiliá-lo a recordar cada tópico que vai falar. Basta 
então que use o sistema de ligação, para que 
memorize a lista de palavras-chave, na sequência 
certa. Quando se tratar de parágrafo longo, escolha 
duas ou três palavras-chave. 
Você poderá ser convidado, por exemplo, a 
falar em uma reunião de pais e mestres na escola 
de seu filho. Uma vez elaborado o discurso, sua lista 
de palavras-chave poderá ser assim: 
Excesso de alunos Professores Segurança 
Mobília Matérias Lazer 
Agradecimentos 
Você sabe que deve iniciar o discurso 
falando sobre o excesso de alunos em sua sala de 
aula. Depois falará sobre as dificuldades dos 
professores, etc. Em seguida exporá suas idéias 
sobre segurança, que deverá servir de gancho para 
que discorra sobre a mobília e outros equipamentos. 
Na sequência, falará sobre as matérias 
ensinadas, abordando também o tema ligado a 
lazer, recreação, esportes, etc. Finalizará 
agradecendo aos professores, pela boa vontade e 
dedicação aos alunos durante o ano letivo. 
Ao fazer a ligação mnemônica entre 
excesso de alunos e professores, professores e 
segurança, etc., o discurso fluirá, pensamento por 
pensamento, até o final. À medida em que treinar 
essa técnica, o numero de palavras-chave será cada 
vez menor e – o que é mais importante – você 
demonstrará, sempre, firmeza e segurança, ao falar, 
porque sabe que tem, na cabeça, a sequência toda 
do discurso. 
Cuidando apenas do encadeamento das 
idéias, as palavras cuidarão de si mesmas. Isso quer 
dizer que você pode memorizar um discurso, ou 
qualquer texto, ordenando as idéias sobre o 
principal, pois os detalhes se encaixarão sozinhos. 
APLICAÇÃO DA TÉCNICA 
Você pode aplicar essa técnica a qualquer 
assunto que for ler, se assim o desejar. Primeiro, 
leia o artigo todo, para entender os principais 
pensamentos e o que o autor quis dizer. 
Antes de prosseguir, você deve preparar 
varias listas de tarefas e exercitar, para memoriza-
las nos dois sistemas. 
Após fazer os exercícios, volte a ligar o som 
e siga o texto. 
* * * * * 
MEMORIZAÇÃO DE DISCURSOS OU 
TEXTOS 
O orador anunciado subiu ao palco, 
aproximou-se timidamente do microfone e gaguejou: 
- Meus a-a-migos, qu-quan-do Che-che-guei a-a-qui, 
es-es-ta no- noite, só De-Deus e eu sa-sabí-amos o 
q-que eu ia di-dizer. Ago-gora,... só 
De-Deus sa-sabe. 
Não é raro alguém esquecer o discurso que 
vai pronunciar, ao se postar diante de uma platéia. 
Muitos oradores hesitam, como se não tivessem 
certeza do que vão falar. O motivo é que, apesar de 
conhecerem o assunto, de se prepararem, muitos 
esquecem uma parte ou outra do discurso. 
LIGAÇÃO MNEMÔNICA 
Decorar um discurso, palavra por palavra, 
não é seguro, pois se esquecer uma só palavra, 
poderá perder a sequência e se descontrolar. Neste 
caso, talvez você imagine que seria melhor ler o 
discurso todo. Entretanto, a leitura prolongada torna 
a fala monótona e cria uma atmosfera de tédio, na 
platéia. Além disso, cria o perigo de esconder-se do 
auditório, por detrás das folhas que está lendo. Se 
houver um microfone, a tarefa será ainda mais 
difícil. Não é só isso. O ato de segurar as folhas de 
papel faz o orador perder a naturalidade e a 
liberdade para gesticular. Imagine, então, o vexame, 
se ele deixar uma folha cair! 
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Usando o sistema de ligação mnemônica, 
você conseguirá memorizar facilmente o discurso ou 
qualquer que seja o texto. 
Toda fala em publico apresenta uma 
sequência de idéias. Para assimilar comsegurança 
essas idéias, ensaie o discurso que vai pronunciar. 
Depois, pegue uma folha de papel e selecione as 
idéias ou os tópicos de cada pensamento. Resuma 
o primeiro deles eu uma ou duas frases. Selecione 
uma palavra-chave que possa trazer-lhe à memória 
todo o pensamento. Á mais fácil do que você 
imagina. Em cada pensamento, existe uma palavra 
ou expressão que o levara a formar aquela idéia 
como um todo. Essa será sua palavra-chave. 
Depois, escolha uma palavra-chave para 
cada pensamento. Faça a ligação mnemônica entre 
elas e terá memorizado todo o artigo. Aí, bastará 
reler o texto algumas vezes para que os detalhes se 
ajustem na memória. 
A mesma técnica de palavras-chave pode 
se usada para memorizar roteiros, letras de musica, 
peças de teatro, poemas, etc. 
É importante estar atento para um ponto. Se 
deseja memorizar um artigo ou discurso, deve reler 
o texto várias vezes, após fazer a ligação das 
palavras-chave. Tendo o principal ordenado na 
memória, os detalhes se ajustarão sozinhos. 
Alem de ajudá-lo a memorizar piadas, em 
sequência, ou estórias engraçadas ou curiosas, 
essa técnica pode também ser usada para 
memorizar, por exemplo, todos os artigos de uma 
revista ilustrada, página por página. É só usar o 
sistema de fixação e, em alguns casos, os dois 
sistemas, ao mesmo tempo: 
ligação e fixação. Por exemplo; se, na 
primeira pagina de uma revista houver 
a foto de um aeroplano, basta associar TEIA 
a aeroplano. Se na página dois há um anúncio de 
tinta, basta associar NOÉ a tinta, e assim por 
diante. Examinando por duas ou três vezes, a 
revista e as associações, você memoriza os títulos 
de cada pagina. 
Mais ainda. Você será capaz de dizer em 
que ponto – na página – encontra-se aquele 
assunto. Basta usar a técnica de empilhamento. É 
assim: localize em que ponto da página se encontra 
cada tópico ou ilustração e faça uma pilha deles em 
sua tela mental. Lembre-se de que, como nos 
demais sistemas, tem os assuntos destampados em 
colunas. Então, pegue o assunto ou ilustração que 
estiver ao pé da 1ª coluna da esquerda e faça dele 
uma imagem grotesca. Apoiada – equilibrando-se 
ridiculamente sobre essa cena – coloque a imagem 
do tema ou gravura que estiver logo acima. Siga 
assim, até o topo da coluna da esquerda. Inicie o 
mesmo processo com a coluna imediatamente à 
direita. Depois, faça o mesmo com a seguinte até a 
ultima da direita. Dessa forma, você terá a página 
toda grotescamente ilustrada e, portanto, fácil de ser 
visualizada em sua tela mental. 
Usando o sistema de palavras-chave para 
números, coloque no topo e a direita. A palavra-
chave correspondente ao número daquela página. 
Por exemplo: se for a página 22, coloque um nenê 
chorando e esperneando com medo de cair. 
Lembre-se de que esse nenê precisa ser 
extremamente ridículo. 
Todos esses são métodos auxiliares de 
memória. A maiorparte do trabalho é realizada pela 
memória real ou normal. 
Agora você vai fazer um exercício de 
memorização para textos, artigos ou discursos. O 
tema escolhido é: Sermão das Sete Palavras, 
poemeto da autoria do professor Fernandes Soares. 
O primeiro passo será, usar a ligação 
mnemônica para ligar as palavras entre si, em 
sequência. Uma vez memorizado esse segmento de 
palavras-chave, releia o texto por duas ou três 
vezes. Quando se sentir seguro, procure reescreve-
lo integralmente. Queremos relembrar que você 
deve memorizar apenas o principal ou as palavras-
chave, deixando que sua própria mente se 
encarregue de encaixar os detalhes ou as palavras. 
Agora, leia o texto abaixo e faça o exercício, 
usando também a técnica explicada na etapa 
anterior, para memorizar o número da página onde 
está impresso o texto. 
Depois, anote os resultados. Procure 
guardar também o nome do autor do texto que vai 
memorizar. 
SERMÃO DAS SETE PALAVRAS 
Jesus agonizando no Calvário, disse 
aquelas palavras imortais: 
- PAI, PERDOAI-LHES, PORQUE NÃO 
SABEM O QUE FAZEM. As primeiras palavras de 
perdão. Depois, ao pecador arrependido: 
- HOJE MESMO ESTARÁS COMIGO NO 
PARAÍSO. E a terceira palavra à Mãe Santíssima: 
- MULHER, EIS AÍ TEU FILHO. 
Na quarta vez, um brado veemente de 
homem sofredor: 
- TENHO SEDE! 
E a quinta foi um grito inexplicado: 
- MEU DEUS, MEU DEUS! POR QUE ME 
DESAMPARASTE? Na sexta vez, despede-se do 
mundo: 
- TUDO ESTÁ CONSUMADO. 
Já chegava ao final sua agonia, agonia de 
Deus que se fez homem, quando se ouviu a sétima 
palavra: 
- PAI, MINHA ALMA ENCOMENDO EM 
TUAS MÃOS. 
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Disse-as e, tom enérgico e vibrante, em voz 
alta, cabeça erguida ao céu, numa atitude grave e 
majestosa, transformando aquela hora de tristeza 
em salvação da Terra que criou, num momento de 
amor e onipotência. 
* * * * * 
 
EXERCÍCIO 
São catorze os parágrafos. Você poderá 
escolher catorze palavras-chave ou mais. Use 
quantas julgar necessário. Com a repetição de 
exercícios como este, você vai acabar descobrindo 
que, geralmente, uma palavra-chave será suficiente. 
As palavras-chave são: 
Agonizando – perdoai-lhe – arrependido – 
Mãe – Filho – sofredor – sede – grito – 
Desamparaste – despede-se – consumado – agonia 
– encomendo – majestosa – salvação – onipotência. 
Como o ultimo parágrafo é bastante longo, 
selecionamos, para ele, três palavras- chave. Faça a 
ligação mnemônica associando uma palavra à outra, 
em sequência. Depois transcreva as palavras-
chave, na linha abaixo. 
Agora releia o texto por 3 ou 4 vezes, 
procurando reter o que cada palavra-chave lembra, 
em cada parágrafo. 
Reescreva o texto nas linhas abaixo. Para 
facilitar, comece cada parágrafo com a palavra-
chave. 
1º parágrafo – 
Agonizando 
 
2º parágrafo – perdoai-lhes 
 
3º parágrafo4º parágrafo 
 
5º parágrafo 
 
6º parágrafo 
 
7º parágrafo 
 
8º parágrafo 
 
9º parágrafo 
 
10º parágrafo 
 
11º parágrafo 
 
12º parágrafo 
 
13º parágrafo14º parágrafo 
À medida em que for praticando os sistemas 
mostrados até aqui, você descobrirá que sua 
memória real está ficando cada vez mais forte e 
eficiente. Selecione outros textos ou artigos, 
orientando-se pelo exemplo dado. Caso encontre 
dificuldade, escolha, a princípio, duas ou três 
palavras-chave para cada parágrafo. Quando se 
tratar de 
assunto técnico, que não precise lembrar 
palavra por palavra, faça primeiro um resumo, do 
assunto. Depois selecione as palavras-chave do 
resumo que fez, para liga- las, e elas o ajudarão a 
lembrar-se de todo o resumo. 
 
6ª ETAPA 
COMO MEMORIZAR DATAS 
Palavras de Fixação (31 a 60) 
Você vai iniciar esta 6ª etapa memorizando 
as palavras de fixação, de 31 a 60. Se julgar 
necessário, repita esta lista por diversas vezes. 
Depois repasse mentalmente toda a lista, de 1 a 60, 
durante os próximos dias, para que as tenha para 
sempre na memória. 
Está pronto? Preste atenção: 
 
31 – MATO 41 – COIOTE 51 – LATA 
32 – MINA 42 – CANO 52 – LONA 
33 – MOMO 43 – CAMA 53 – LAMA 
34 – MICO 44 – COCO 54 – LOUCO 
35 – MALA 45 – CELA 55 – LULA 
36 – MESA 46 – CASA 56 – LIXA 
37 – MOFO 47 – COIFA 57 – LUVA 
38 – MAGO 48 – CEGO 58 – LAGO 
39 – MAPA 49 – COPO 59 – LOBO 
40 – COURO 50 – LOURO 60 – SIRI 
 
EXERCÍCIO UM 
Agora, enquanto forem sendo ditos 
pausadamente os números, de 31 a 60, escreva as 
palavras de fixação correspondentes. Se quiser 
estudá-las melhor, desligue o som para fazer isso, 
voltando a ligá-lo quando se julgar preparado. 
 
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* * * * * 
31 - 41 - 51 - 
32 - 42 - 52 - 
33 - 43 - 53 - 
34 - 44 - 54 - 
35 - 45 - 55 - 
36 - 46 - 56 - 
37 - 47 - 57 - 
38 - 48 - 58 - 
39 - 49 - 59 - 
40 - 50 - 60 - 
Antes de seguir adiante, é fundamental que 
já tenha memorizado todas as palavras de fixação, 
de 1 a 60. Você precisa tê-las na ponta da língua 
pois, daqui por diante, elas serão solicitadas para a 
maioria dos exercícios que iremos fazer. 
MEMORIZAÇÃO DE DATAS 
Você é capaz de dizer em que dia da 
semana cairá qualquer data deste ano, ou do 
próximo? É provável que não, a não ser que 
consulte o calendário. A partir de agora você estará 
apto a tê-las na ponta da língua e sem qualquer 
esforço, sempre que quiser. 
Para realizar essa proeza, você deve 
conscientizar-se de duas coisas, além do dia, mês e 
ano. Tão logo as memorize, poderá gabar-sede 
saber, de memória, todo o calendário, pelo menos 
até o ano 2100. 
Antes de entrarmos nos detalhes da técnica, 
vamos explicar o método para que você 
compreenda com mais facilidade. 
Suponhamos que você queira saber que dia 
da semana foi 27 de dezembro de 1987. A 
chave para esse ano é 3, e a chave para o 
mês de dezembro é 6. Você deve somar 27 
– que é o dia do mês – com 3 – que é a 
chave do ano – mais 6 – que é a chave do mês de 
dezembro. Vai obter um total de 36. Deve ainda tirar 
todos os setes que cabem no número 36, isto é, 
vai dividir por 7, e ficar com a sobra. 
Recapitulando: 36 dividido por 7 é igual a 5, 
sobrando 1. o dia 27 de dezembro de 
1987 foi domingo, pois a tabela que será 
mostrada adiante, o número 1 simboliza o domingo; 
2, é segunda feira; 3, é terça; 4... quarta; 5... quinta; 
6... sexta e zero... sábado. 
Note que não é complicado pois, na 
verdade, nunca terá que somar números maiores 
que 7, bastando, para isso, ir removendo todos os 
setes de qualquer número, sempre que possível. 
Se o dia for 7, 14, 21 ou 28, reduza 
imediatamente para zero, somando apenas as 
chaves do mês e do ano. 
Ao somar a chave de um mês que seja 5, ao 
de um ano que seja 3, reduza para 1, pois 5+3 é 
igual a 8, do qual, subtraindo-se sete, sobra um. 
Como ficou visto, você precisa saber duas 
coisas – alem da data – para achar o dia da 
semana. Essas duas coisas são a chave de cada 
mês e a chave de cada ano. 
Agora você vai receber as chaves para cada 
mês do ano, e um auxiliar de memória, para ajudá-
lo a lembrar-se de cada uma delas. Antes – para 
que você as memorize para sempre – vamos repetir 
a técnica mostrada. 
CHAVES PARA OS ANOS 1901 A 2000 
Exemplo: 1965 
Primeiro dividimos os dois últimos dígitos do 
ano (65), para achar os sete dias da semana. Em 
seguida, dividimos os mesmos dígitos por 4, para 
achar os anos que são bissextos. Como já sabemos, 
a cada quatro anos, um é bissexto. Veja a operação. 
6 5 7 (dias da semana) 
6 5 4 (anos bissextos) 
2 9 
2 5 1 6 
 1 
Na primeira operação (65÷7), só nos 
interessa o resto, o que sobrou, na divisão, pois são 
esses os números usados para construir a chave de 
qualquer ano. Na operação seguinte (65÷4) só nos 
interessa o quociente, o resultado da divisão - no 
caso, o número 16 – desprezando-se o resto, depois 
de verificar que, se não tiver sobrado resto, aquele 
ano é bissexto. 
Temos então: 
1 Na divisão por 7, sobraram “2” 
2 Na divisão por 4, o resultado foi “16” 
3 Somando-se 2 com 16, temos 18 
4 Subtraímos todos os múltiplos de 7 = 14 
5 Subtraindo-se 14, de 18, temos 4 
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Dessa operação encontra-se a chave de 
1965, que á 4. 
Considerando-se a informação dada 
anteriormente, de que todos os múltiplos de 7 são 
iguais a zero, você tem o esquema – as chaves – 
para descobrir em que dia da semana cai cada dia 
do mês, até o ano 2000. 
CHAVE PARA OS ANOS 2001 A 2100 
A técnica é a mesma usada no exemplo 
anterior, com a diferença de que vamos subtrair um 
digito. 
Exemplo: 2065 
6 5 7 6 5 4 
2 9 2 5 6 
 1 
A sobra foi “2” o resultado foi “16” Então 
temos: 
2 + 16 = 18 
18 – 14 = 4 (múltiplos de 7) 
4 – 1 = 3 (subtração de um dígito, a partir de 
2001) 
Após essa equação, temos a chave para o 
ano 2065, que é 3. 
ATENÇÃO: Sempre que o ano for bissexto, 
subtrai-se um dígito, apenas para os meses de 
janeiro e fevereiro. 
CHAVES PARA OS MESES 
Agora vamos às chaves. 
JANEIRO é 1 por que é o primeiro mês do 
ano. 
FEVEREIRO é 4, por que é o mês de 
carnaval, e carnaval é festejado em 4 dias. MARÇO 
é 4, por que também é mês de carnaval, que 
acontece em 4 dias. 
ABRIL é zero, porque é o mês de Tiradentes 
e, tirando todos os dentes, sobram Zero 
dentes.MAIO é 2, porque é o mês dos noivos e são 
necessários 2 para se casar. JUNHO é 5, porque é o 
mês das Festas Juninas e Festas Juninas tem 5 
sílabas. JULHO é Zero, porque é o mês de férias, 
portanto tem Zero aulas. 
AGOSTO é 3, porque dizem ser o mês do 
desgosto e desgosto tem 3 sílabas. SETEMBRO é 
6, porque começa com SE, de Seis. 
OUTUBRO é 1, por que o mês é 10 e, 
tirando o zero, fica 1. 
NOVEMBRO é 4, porque NOVEMBRO é o 
mês da República e República tem 4 sílabas. 
DEZEMBRO é 6, porque é igual a setembro, 
que também é 6. 
Desligue o som e estude as chaves para os 
doze meses, até tê-las memorizado. Depois volte a 
ligá-lo para fazermos alguns exercícios. Faça isso 
agora. 
* * * * * 
 
EXERCÍCIO UM 
Já memorizou todas as chaves? Vamos 
verificar. Enquanto eu cito pausadamente os meses, 
vá escrevendo ao lado, a chave de cada um. Está 
pronto? Comece. 
JANEIRO 
FEVEREIRO 
MARÇO 
ABRIL 
MAIO 
JUNHO 
JULHO 
AGOSTO 
SETEMBRO 
OUTUBRO 
NOVEMBRO 
DEZEMBRO 
Se encontrou alguma dificuldade, estude 
novamente a relação das chaves: uma para os anos 
1900 a 2000, e a outra para os anos 2001 a 2100. 
Em ambas as listas, todos os anos que têm o 
número UM como chave estão listados juntos, o 
mesmo acontecendo com os que têm o número 
DOIS e assim por diante. Se preferir, faça uma 
LISTA DE FIXAÇÃO, para memoriza-los. Associe as 
palavras de fixação apenas para os dois últimos 
dígitos de cada ano. Caso não queira memorizar a 
lista toda, procure guarder as chaves para o ano em 
curso, o anterior e o próximo. 
Desligue o som, para fazer calmamente o 
exercício de memorização. Depois volte a liga-lo e 
retome o texto impresso. Faça isso agora. 
 
TABELA PARA 1900 A 2000 
 
ZERO 1 2 3 4 5 6 
1900 1901 1902 1903 1909 1904 1905 
1906 1907 1913 1908 1915 1910 1911 
1917 1912 1919 1914 1920 1921 1916 
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1923 1918 1924 1925 1926 1927 1922 
1928 1929 1930 1931 1937 1932 1933 
1934 1935 1941 1936 1943 1938 1939 
1945 1940 1947 1942 1948 1949 1944 
1951 1946 1952 1953 1954 1955 1950 
1956 1957 1958 1959 1965 1960 1961 
1962 1963 1969 1964 1971 1966 1967 
1973 1968 1975 1970 1976 1977 1972 
1979 1974 1980 1981 1982 1983 1978 
1984 1985 1986 1987 1993 1988 1989 
1990 1991 1997 1992 1999 1994 1995 
 1996 1998 2000 
(volte a ligar o som) 
* * * * * 
Essas são as chaves até o ano 2000, exceto 
para os meses de janeiro e fevereiro de ano 
bissexto. Nesses casos – e somente para os meses 
de janeiro e fevereiro – diminua um dia do seu 
cálculo final. Descobre-se que um ano é bissexto, 
dividindo os dois últimos dígitos por quatro. Se a 
divisão for exata, sem sobras, o ano será bissexto. 
Nenhum ano com final ímpar é bissexto. 
Veja como é fácil, quando devidamente 
memorizadas as chaves e a lista de fixação. Que dia 
da semana foi 15 de fevereiro de 1988? Considere 
que 1988 foi ano bissexto. 
Vamos calcular juntos? Tirando todos os 
setes de 15, sobra 1. Em seguida: 1 + 4 + 5 é igual a 
10. tirando 7, ficam 3 e, diminuindo 1 – por ser 
bissexto – sobram 2. Dia 15 de fevereiro de 1988 foi 
segunda-feira. 
 
EXERCÍCIO DOIS 
Execute agora os 10 exercícios para cada 
um dos anos, de 1988, 1989 e 1990. As chaves são: 
1988-5, 1989-6 e 1990-0. 
Faça isso agora. 
Desligue o som. 
* * * * * 
03-05-88 
14-02-88 
20-03-88 
22-02-88 
30-04-88 
22-12-88 
01-11-88 
07-09-8819-08-88 
14-10-88 
10-01-89 
15-03-89 
30-03-89 
10-08-89 
22-10-89 
 09-11-89 
18-07-89 
06-04-89 
01-06-89 
30-01-90 
27-03-90 
15-06-90 
10-02-90 
18-07-90 
01-10-90 
07-07-90 
05-09-90 
19-11-90 
20-12-90 
(se encontrou alguma dificuldade no 
exercício, refaça esta etapa. Caso contrario, ligue o 
som e volte a acompanhar o texto.) 
* * * * * 
CHAVES PARA OS ANOS 2001 A 2100 
Só foram dadas, até este ponto, fórmulas e 
chaves para o século 20. Vamos agora mostrar as 
técnicas para o século 21. Na verdade os princípios 
são os mesmos, com pequenas mudanças. Por 
exemplo: você vai continuar subtraindo um dígito 
para os meses e janeiro e fevereiro – e só para eles, 
quando o ano for bissexto – também a partir de 
2001. Porém, além disso, vai retirar mais um dígito 
para qualquer dos anos, até 2100. Dessa forma, 
para os dois primeiros meses de cada ano, e só 
para os 2 primeiros meses, você retirará dois 
dígitos. 
Veja agora a tabela das chaves de 2001 a 
2100. Desligue o som. Faça isso agora. 
TABELA PARA 2001 A 2100 
* * * * * 
 
ZERO 1 2 3 4 5 6 
2001 2002 2003 2009 2004 2005 2006 
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2007 2013 2008 2015 2010 2011 
2012 2019 2014 2020 2021 2016 2017 
2018 2024 2025 2026 2027 2022 2023 
2029 2030 2031 2037 2032 2033 2028 
2035 2041 2036 2043 2038 2039 2034 
2040 2047 2042 2048 2049 2044 2045 
2046 2052 2053 2054 2055 2050 2051 
2057 2058 2059 2065 2060 2061 2056 
2063 2069 2064 2071 2066 2067 2062 
2068 2075 2070 2076 2077 2072 2073 
2074 2080 2081 2082 2083 2078 2079 
2085 2086 2087 2093 2088 2089 2084 
2091 2097 2092 2099 2094 2095 2090 
2096 2098 2100 
(Se já estudou a tabela, volte a ligar o 
som.) 
* * * * * 
Agora você tem as chaves para dois 
séculos. Se estudou cuidadosamente as duas 
tabelas deve ter notado que, para o século XXI, as 
chaves de cada ano retrocederam um número. Se 
a chave para 1901 era 1, para 2001 é zero. A de 
1902 era 2, a de 2002 é 1, e assim por diante. O 
último ano da outra tabela está na chave 6. O 
último ano desta tabela está na chave 5. portanto, 
se memorizou a tabela do século 20, não terá 
dificuldade de trabalhar coma a do século 21. 
Vamos agora testar seu progresso na 
memorização de datas. Você é capaz de 
responder em que dia do mês caiu a 1ª segunda-
feira de dezembro de 1987? 
Parece complicado, mas é muito simples. 
Basta descobrir em que dia da semana começa o 
mês de dezembro, ou seja, dia 1º de dezembro 
daquele ano. (1 + 6 + 3 = 10). Tirando-se os setes, 
ficam 3. Ora, se o dia 1º de dezembro foi terça-
feira, a primeira segunda-feira caiu no dia 7. Fácil, 
não é? 
Então vamos a alguns exercícios. Estude a 
relação de datas, a seguir, e ache em que dia da 
semana elas caem. Escreva a resposta adiante de 
cada data. Procure fazer cada exercício em no 
máximo 10 segundos. Depois confira, na tabela 
das próximas páginas, quantas acertou. Faça um 
bom trabalho. 
 
Dia 13-05-1990 
Dia 14-08-1988 
Dia 20-01-1989 
 Dia 10-12-1988 
Dia 28-03-1989 
Dia 14-02-1990 
Dia 21-10-2008 
Dia 25-04-2004 
Dia 04-03-2091 
Dia 13-11-2043 
Dia 29-07-2032 
Dia 30-06-2098 
Dia 25-01-2100 
(Para conferir, consulte a tabela, adiante) 
TABELA PARA CONSULTA (Como usa-
lá) 
Para encontrar o dia da semana 
correspondente à data desejada procura, na 
TABELA “A” os dois últimos dígitos do ano em 
questão. Fique atento para não confundir, pois o s 
algarismos referentes aos anos do século XX se 
repetem no século XXI. Os anos de 1901 e 2001 
ambos terminam com os dígitos 01, e assim 
sucessivamente. 
Uma vez localizado o ano (e o século), 
corra pela linha horizontal até o mês de referência, 
na TABELA “B”. Aí você encontrará um número-
chave. Some esse número ao dia do mës que você 
procura. Com esse número ao dia do mês que 
você procura. Com esse resultado, localize, na 
TABELA “C”, o dia da semana correspondente. 
Exemplo 
Suponha que a data a ser consultada seja: 
4 de março de 2006. 
6 procure o número 06, na TABELA “A” 
(Cuidado para não errar o século). 
7 Siga a linha horizontal até a TABELA 
“B”, na coluna correspondente ao mês de março 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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. 
8 Some o número encontrado (3), com o dia do mês (4) obtendo... 3 + 4 = 79 Com esse resultado 
(7), localize, na TABELA “C”, o número 7, e encontrará o dia da semana: SÁBADO. 
. z 
· o 
· n 
· t 
· a 
 
TABELA “C” – DIAS DA
SEMANA 
Domingo 1 8 15 22 29 36 
Segunda- 
feira 
2 9 16 23 30 37 
Terça-feira 3 1
0 
17 24 31 
Quarta-feira 4 1
1 
18 25 32 
Quinta-feira 5 1
2 
19 26 33 
Sexta-feira 6 1
3 
20 27 34 
Sábado 7 1
4 
21 28 35 
 
7ª ETAPA 
COMO MEMORIZAR NÚMEROS DE 
MUITOS DÍGITOS 
“A memória está sempre presente, pronta e 
ansiosa para ajudar-se pelo menos se lhe 
pedíssemos para fazer isso com mais frequência.” 
Roger Broille 
Vamos começar esta etapa fazendo uma 
brincadeira com você. Suponha que estivesse 
completamente só, numa ilha, trajando apenas shorts 
e sem possibilidade de voltar à civilização pelas 
próximas vinte e quatro horas. Nessas condições, 
aparece à sua frente um anjo e anuncia que, graças à 
sua firmeza de caráter e retidão de conduta, os céus 
houveram por bem dar-lhe a oportunidade de ser 
premiado com uma grande soma de dinheiro. Para 
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isso, ele – anjo – está ali com a incumbência de lhe 
dar antecipadamente a relação dos números que 
sairão premiados no próximo sorteio da mega-sena. 
As seis dezenas – doze dígitos – são enunciadas 
pelo anjo, que desaparece em seguida. 
Você não tem como anotar graficamente os 
números. Se escreve-los na areia da praia, as 
ondas irão apagar. Mesmo que faça isso além da 
faixa de arrebentação, o vento forte que sopra, 
apagaria a escrita, em poucos minutos. 
Você inda retém os números, na cabeça, 
mas... por quanto tempo? Só há uma saída: grava-
los profundamente na memória. Mas... sua memória 
é fraca... você não consegue guardar nem um 
simples número de telefone, quanto mais a 
sequência da mega-sena! 
A idéia de que, se esquecer um só 
algarismo, tudo estará perdido, começa a deixa-lo 
em pânico. O medode esquece-los põe você 
desesperado. Quanto mais os repete mentalmente, 
mais apavorado fica e, quanto mais se apavora, 
sabe que maiores serão as chances de não se 
lembrar deles, pois tem consciência de que... nós 
atraímos o que tememos com muita intensidade e 
afastamos o que desejamos com sofreguidão. 
Que fazer, então? 
Melhor será acordar desse sonho, pois ele 
está virando pesadelo. 
Mas, voltando à realidade: nada disso 
precisa acontecer se você for possuidor de alguma 
técnica ou sistema que lhe permita reter qualquer 
número, na memória, pelo tempo que quiser e por 
maior que seja. 
Pode considerar-se felizardo, pois é essa 
técnica que você vai conhecer agora. Dissemos, no 
início deste treinamento, que não há memória fraca; 
o que existe é memória destreinada. De acordo com 
testes de Q.I. (quociente de inteligência), 
qualquer pessoa adulta deve lembrar-se de 
um número de 6 dígitos, de frente para trás e de 
trás para frente, depois de vê-lo ou ouvi-lo uma 
única vez. Já o adulto com inteligência superior fará 
o mesmo com um número de 8 dígitos. Que 
classificação será dada a você, quando se mostrar 
capaz de fazer isso com números de 12, 15 ou 20 
dígitos? 
Você é capaz de memorizar este número, 
em dez segundos? 
5 2 1 6 4 0 6 3 8 5 2 
O sistema para memorizar números com muitos 
dígitos combina o método de FIXAÇÃO com o de 
LIGAÇÃO. Antes de demonstrarmos o uso dessa 
técnica, é necessário que memorize as palavras de 
fixação para os números de 61 a 100. 
 Fique atento. 
 
61 – SETA 
 
 
 
 
 
62 – SINO 72 – FONE 82 – GINA 92 –
PENA 
63 – SUMO 73 – FUMO 83 – GEMA 93 –
64 – SACO 74 – FACA 84 – GAÚCHO 94 –
65 – SALA 75 – FILA 85 – GALO 95 – PELÉ 
66 – XUXA 76 – FOSSO 86 – GESSO 96 –
PEIXE 
67 – SOFÁ 77 – FAFÁ 87 – GAFE 97 – BIFE 
68 –
SAGUÃO 
78 – FOGO 88 – GOGÓ 98 –
PAGÃO 
69 – SAPO 79 – FUBÁ 89 – GIBI 99 –
PAPA 
70 – FEIRA 80 – GAROA 90 – PÊRA 100 –
TERRA 
Se já consegue contar de 1 a 100 com as 
palavras de fixação, está preparado para memorizar 
números de muitos dígitos. 
Se ainda não é capaz de repeti-los facilmente 
desligue o som e vá estuda-los, até se julgar capaz 
de dize-los em qualquer sequência. 
 
EXERCÍCIO UM 
Acreditando que já tenha os números na 
memória, vamos começar com o mesmo exercício 
dado no início desta etapa, isto é: 
5 2 1 6 4 0 6 3 6 5 2 6 
Primeiramente vamos subdividir o número em 
grupos de dois dígitos. 
52 – 16 – 40 – 63 – 65 – 26 
Cada um dos números, decomposto, 
representa uma palavra de fixação, conforme se 
segue: 
 
LONA TAÇA COURO SUMO SALA NOZ 
52 16 40 63 65 26 
Agora você via usar o sistema de LIGAÇÃO, 
para associar essas palavras, umas às outras. Com o 
conhecimento já adquirido nessa técnica, procure 
fazer essa ligação em apenas 15 a 20 segundos. 
Transcreva a frase que criou por associação. Em 
seguida, transforme as palavras de fixação nos 
números dados neste exemplo e escreva-os. 
Está pronto? Comece. 
Frase 
Número 
E então? Não foi fácil? Você ligou seis 
objetos para memorizar doze dígitos e irá retê- los por 
quanto tempo desejar. 
Percebeu que apenas auxiliou sua MEMÓRIA 
REAL? Tudo o que quiser memorizar precisa estar 
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ligado a algo que você já conheça. Isso deixa claro 
que quanto mais efetivamente você tiver na mente 
as PALAVRAS DE FIXAÇÃO, mais via perceber o 
quanto elas lhe podem ser valiosas. 
Que tal exercitar agora com números de 
doze dígitos, com apenas quatro palavras de 
fixação? Usando a sua imaginação, forme palavras 
que contenham três dígitos, e ligue-as. Vamos 
exemplificar usando o mesmo número citado 
anteriormente. 
5 2 1 6 4 0 6 3 6 5 2 6 
 
LUNETA XÍCARA SUMIÇO LONAS 
521 640 636 526 
Procure memorizar agora, um novo número 
de doze dígitos, com apenas três palavras de 
fixação. 
Está pronto? Comece. (20 segundos) 
8 4 2 1 2 4 8 4 2 3 5 7 / 
/ 
* * * * * 
Após praticar um pouco mais, e ter na 
memória as 100 palavras de fixação, você estará 
apto a decompor um número de 20 dígitos em 
apenas cinco palavras de três ou quatro sílabas 
cada. 
 Veja este exemplo: 
 
 4 2 1 0 9 2 8 3 5 8 0 1 9 6 4 1
9 0 7 1 
 
CANTEIRO 
4210 
PENUGEM 
LAGARTO BISCOITO 
9283 
5801 9641 
PREFEITO 
907
1 
 
Se, em seu ramo de atividade, tiver de usar 
com frequência números de muitos dígitos, usará a 
primeira palavra que lhe brotar na mente, capaz de 
se ajustar a cada grupo de dígitos. Não existe regra 
fixa. Use qualquer palavra, a critério de sua 
imaginação. Para ser eficiente nessa técnica, 
exercite sempre. Lembre-se de que mesmo Pelé, 
dono de uma técnica fantástica para o futebol, 
treinava diariamente. 
 
EXERCÍCIO DOIS 
Para começar, faça os exercícios 
programados a seguir. Transforme os números em 
palavras de fixação, faça a ligação mnemônica 
entre as palavras e escreva os números 
memorizados. 
Faça isso agora. 
Desligue o som. 
* * * * * 
7 2 4 5 8 7 3 2 1 6 
3 2 5 4 0 1 3 3 6 9 
9 7 6 2 3 5 4 7 7 3 8 6 
1 7 3 0 5 5 8 4 8 6 1 
5 7 3 1 5 9 8 9 2 2 3 4 6 7 1 0 
0 2 5 6 4 7 9 8 5 9 7 1 5 4 3 8 7 
8 7 3 1 0 5 3 2 6 9 8 4 3 5 7 9 2 8 3 2 
6 3 4 5 9 6 2 4 8 9 3 8 7 0 4 1 1 3 7 1 
3 0 5 4 8 7 3 2 1 1 9 0 5 3 8 7 3 2 6 7 
(Volte a ligar o som) 
* * * * * 
Agora, não olhe mais para os números e 
procure repetir cada um deles, por escrito. 
Se o resultado não foi 100%, treine mais um 
pouco, pois você já tem a técnica. Precisa apenas 
praticar. 
Caso ainda sinta alguma dificuldade em 
memorizar as palavras de fixação, estude-as um 
pouco mais, na relação completa das 100 palavras 
estampadas a seguir. 
Vamos lá? Desligue o som para fazer a 
memorização. 
* * * * * 
1 – TEIA 
 
 
11 – TETA 
 
 
 
21 – NATA 
 
 
 
31 – MATO 
 
 
 
41 – 
COIOTE 
2 – NOÉ 12 – TINA 22 – 
NENÊ 
32 – MINA 42 – CANO 
3 – MÃE 13 – TIME 23 – 
NOME 
33 – MOMO 43 – CAMA 
4 – CÃO 14 – TOCO 24 – 
NUCA 
34 – MICO 44 - CÔCO 
5 – LUA 15 – TELA 25 – NILO 35 – MALA 45 – CELA 
6 – ASA 16 – TAÇA 26 – NOZ 36 – MESA 46 – CASA 
7 – FIO 17 – TUFÃO 27 – 
NAVIO 
37 – MOFO 47 – 
COIFA 
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8 – ÁGUA 18 – TOGA 28 – 
NEGA 
38 – MAGO 48 – 
CEGO 
9 – PIÃO 19 – TUBO 29 – 
NABO 
39 – MAPA 49 – 
COPO 
10 – 
TOURO 
20 – NERO 30 – MAR 40 – 
COURO 
50 – 
LOURO 
51 – LATA 
 
52 – 
LONA 
 
53 – 
LAMA 
 
54 – 
LOUCO 
 
55 – LULA 
 
56 – LIXA 
 
57 – LUVA 
 
58 – 
LAGO 
61 – SETA 
 
62 – SINO 
 
63 – SUMO 
 
64 – SACO 
 
65 – SALA 
 
66 – XUXA 
 
67 – SOFÁ 
 
68 – 
SAGUÃO 
71 – FITA 
 
72 – 
FONE 
 
73 – 
FUMO 
 
74 – FACA
 
75 – FILA 
 
76 – 
FOSSO 
 
77 – FAFÁ 
 
78 – 
FOGO 
81 – GATO 
 
82 – GINA 
 
83 – GEMA 
 
84 – 
GAÚCHO 
 
85 – GALO 
 
86 – GESSO 
 
87 – GAFE 
 
88 – GOGÓ 
91– PATO 
 
92 – PENA 
 
93 – PUMA 
 
94 – PACA 
 
95 – PELÉ 
 
96 – PEIXE 
 
97 – BIFE 
 
98 – 
PAGÃO 
59 – 
LOBO 
69 – SAPO 79 – FUBÁ 89 – GIBI 99 – PAPA 
60 – SIRI 70 – FEIRA 80 – 
GAROA 
90 – PÊRA 100 – 
TERRA 
(Volte a ligar o som) 
* * * * * 
Por entender a importância de ter as 100 
palavras de fixação na ponta da língua, talvez você 
queira estuda-las um pouco mais. Portanto, repasse 
toda a lista. 
 
8ª ETAPA 
COMO MEMORIZAR VOCÁCULOS DE 
LÍNGUA ESTRANGEIRA E INFORMAÇÕES 
ABSTRATAS 
A sabedoria de homem é proporcional, não à 
sua capacidade de adquirir novas experiências. 
J. Bernard Shaw 
INTRODUÇÃO 
Benedict Spinoza, já no século XVIII, 
afirmava: Quanto mais inteligível for a coisa, mais 
facilmente será retida na memória e, ao contrário, 
quanto menos inteligível for, mais facilmente nos 
esquecemos dela. 
Esta citação resume todo conteúdo deste 
programa. Todos os sistemas nele contidos ajudam a 
tornar inteligíveis coisas e informações inteligíveis. 
Um bom exemplo ~e o sistema de FIXAÇÃO. Os 
números em si, geralmente, não fazem sentido. Mas 
a aplicação deste sistema permite que eles se tornem 
significativos para nós, como foi visto na etapa 
anterior.Da mesma forma, palavras de língua 
estrangeira nada mais são do que aglomerados de 
sons, para qualquer pessoa que não familiariza o 
idioma. Por isso são difíceis de ser lembradas. 
Você vai saber como memorizar vocábulos 
de língua estrangeira, usando o método de 
SUBSTITUIR AS PALAVRAS. Esse método também 
vai ser empregado para memorizar informações 
abstratas ou inteligíveis, coisas que não fazem 
sentido, que não podem ser visualizadas mas que, 
mesmo assim, é preciso saber. 
Procure assimilar corretamente este método, 
pois precisará dele par memorizar nomes de pessoas 
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e fisionomias, como os que serão apresentados na 
próxima etapa. 
SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS 
O método de substituir palavras é bastante 
simples. Ao encontrar um vocábulo que não 
signifique nada para você, que seja intangível ou 
inteligível, encontre outro vocábulo, expressão ou 
pensamento cuja pronúncia tenha a maior 
semelhança possível com o termo original. Que seja 
tangível e que possa ser memorizado. Qualquer 
palavra que não tenha sentido – mesmo que seja de 
outro idioma – que precise ser memorizada, 
alcançará significado, pelo método de localizar outra 
palavra ou pensamento que possa substitui-la. 
Ficou confuso? Então vamos a um exemplo: 
Logo que foi contratada pela Rede Globo de 
Televisão, a jornalista e apresentadora Lillian Witte 
Fibe contou, ela própria, ao ser entrevistada 
naquela emissora, que seus novos colegas tiveram 
dificuldade para guardar seu nome. Sem titubear, 
começaram a chamá-la de Lillian Bife Frito. Talvez 
nem tenham imaginado que estavam usando o 
processo mnemônico de substituição de palavras. 
Se você quiser memorizar, por exemplo, 
que o rabo de um peixe se chama nadadeira 
caudal, ponha em sua tela mental a imagem do 
peixe lambuzado com calda de doce. Esta imagem 
basta, para lembra-lo de caudal. Você pode ainda 
visualizar o peixe com uma longa corda, em lugar 
do rabo. Escolha uma dessas imagens, ou qualquer 
outra que preferir. 
Já, a nadadeira das costas de um peixe é 
conhecida como nadadeira dorsal. Dorsal lembra, 
doce. Imagine então, um peixe carregando um 
pedaço de doce, nas costas, e um recipiente cheio 
de calda, no lugar do rabo. 
Essa foi a imagem que nós criamos. Você 
poderá, talvez, visualiza-la melhor usando as 
palavras dor e sal, para estabelecer a associação. 
Neste caso, imagine-se ficando com dor de barriga, 
por haver comido um peixe muito salgado. Crie 
qualquer imagem que possa associada àquilo que 
você quer lembrar. 
Mais um exemplo: para memorizar o nome 
da cantora Tina Turner, imagine uma lavadeira 
desastrada carregando uma tina de roupa lavada. 
Cada vez que se põe a cantar, gesticula tão 
espalhafatosamente que a TINA ENTONA. 
Se quiser lembrar do termo plugado 
(ligado), veja-se ligando um fardo de feno, na 
tomada, enquanto diz: Este é pro gado. 
Quando existe harmonia entre a imagem 
criada e a palavra a ser lembrada, a associação é 
instantânea, ocorre em frações de segundo. 
Importante: Você deverá usar sempre o 
pensamento ou a imagem que lhe brotar na mente, 
quando ouvir qualquer palavra intangível. Isso é 
estritamente individual. A palavra substituta que 
escolher não precisa ser exatamente o mesmo som 
da outra, que está procurando memorizar. Por 
exemplo, a palavra pajaro, em espanhol, significa 
pássaro e pronuncia-se párraro. Pelo som ela se 
assemelha a par e aro. Associe um par de aros, a 
pássaro. Mentalize um par de aros voando como um 
pássaro. Contanto que preserve a parte principal da 
palavra, a memória real encaixará o resto. 
PALAVRAS ESTRANGEIRAS 
Para memorizar palavras estrangeiras e sem 
sentido, para você, associe o significado, em 
português, à palavra substituta, ou ao pensamento 
substituto que você escolher. 
Vamos exercitar a técnica de exemplos 
concretos, do sistema. Antes, contudo, saiba que 
será mais fácil memorizar, quando você mesmo 
escolher a palavra ou a imagem substituta. 
VENTANA (janela, em espanhol) Mentalize 
uma amiga chamada Ana, com ventas (narinas) 
enormes e quadradas, em forma de janelas. 
BURRO (manteiga, em italiano) Imagine-se 
lambuzado de manteiga em cima de um burro. 
FENETRE (janela, em francês) Imagine-se 
entrando em uma festa como penetra, por uma 
janela. 
MADRE (mãe, em espanhol) Mentalize sua 
mãe vestida de freira. 
CALLE (rua, em espanhol) Mentalize sua rua 
pavimentada com calhas. CUCARACHA (barata, em 
espanhol) Mentalize uma barata com a cuca 
rachada. VASO (copo, em espanhol) Mentalize-se 
bebendo em um vaso, em lugar do copo. BALAI 
(pronuncie balé – vassoura em francês) Imagine uma 
vassoura, como bailarina, no palco dançando balé. 
BATON (bengala, ou bastão, em francês) 
Mentalize-se usando um enorme batom vermelho, 
em lugar da bengala. 
PLUMA (caneta, em espanhol) Imagine-se 
escrevendo com uma enorme pluma, em lugar da 
caneta. 
TALLER (pronuncie, talher – oficina, em 
espanhol) Mentalize-se trabalhando em uma oficina, 
usando talheres em vez de ferramentas. 
EXERCICIO UM 
Agora escreva o significado de cada palavra, 
em seu manual. Vai notar que não precisa pensar 
muito. Sal mente responde de imediato. Você tem 1 
minuto para fazer isso. 
Está pronto? Comece. 
VENTANA 
FENETRE 
CALLE 
BURRO 
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TALLER 
VASO 
BALAI 
BATON 
PLUMA 
CUCARACHA 
Foi fácil, ou sentiu alguma dificuldade? 
Você sabe que a memória está intimamente ligada 
a ATENÇÃO, OBSERVAÇÃO, ASSOCIAÇÃO e, 
principalmente, a treinamento. Portanto, se teve 
alguma dificuldade no exercício é porque não 
mentalizou corretamente as imagens, ou seja: faltou 
treinamento. Se for esse o caso, treine mais. Não 
passe adiante enquanto não se sentir totalmente 
seguro. 
* * * * * 
Além de idiomas, você poderá aplicar este 
método a qualquer matéria quede seu 
quarto em um imenso painel, colocando trechos e 
fórmulas das disciplinas para memorizar. O contato 
diário com essa nova decoração irá ajudá-lo a fixar 
a matéria e espantar o fantasma do "não consigo 
decorar". Use durex, cola, o que for preciso. 
35. ENCONTRE SUA MANEIRA DE 
RELAXAR 
Cada um possui uma maneira própria de 
relaxar. Evitr exercícios físicos pesados ou 
atividades que possam deixá-lo exausto. Dê 
preferência a atividades leves, como caminhadas, 
que ajudam a oxigenar melhor o cérebro. Chegando 
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em casa, tome um com banho, vista uma roupa 
leve, procure seu ninho e... Bom estudo! 
36. NUNCA É SUFICIENTE 
Nunca pense que já estudou o bastante. 
Assim, estude mais e mais. Se o seu concorrente 
disser que só estuda duas horas por dia fique feliz: 
ele não é seu concorrente! Pode ter certeza que 
aqueles que estão se preparando seriamente 
estudam de quatro a oito horas por dia. Interesse-se 
pelos assuntos, queira saber sempre mais. Você só 
descobrirá se sua preparação foi suficiente no dia 
da prova. Seja incansável na busca pelo menos de 
se superar. 
37. MANTENHA O SONHO VIVO 
Se você está prestando concurso, deve 
haver uma boa razão para isso. Apóie-se nesse 
motivo para encontrar forças e superar suas 
dificuldades. Se estiver cansado, abatido ou 
desanimado por um problema qualquer, pense no 
aspira, no que deseja, no que o faz estudar... Deixe-
se envolver por essa imagem de um futuro 
promissor, se entusiasme com seu próprio sonho. À 
medida que ele for se apoderando de você, mais 
energia você terá para estudar. 
38. DIMINUA O RITMO NA VÉSPERA 
Faltando um ou dois dias paa o dia D, você 
não conseguirá aprender tudo que ainda não viu. 
Chegou a hora de começar a relaxar e de arejar a 
mente. Repasse os tópicos sem pressa e 
superficialmente. Evite atividades que exijam muita 
concentração e uma atenção redobrada. Essa 
capacidade é extremamente importante para uma 
boa prova. 
39. TEXTOS: LEIA PRIMEIRO AS 
QUESTÕES 
Normalmente, um texto se refere a várias 
questões. Antes de ler os longos textos que se 
apresentam, descubra os pontos que merecem 
especial atenção na leitura. Muitas questões sequer 
exigem a leitura integral do texto ou do 
entendimento de todas as passagens. Seja objetivo: 
A sua meta é acertas as questões. 
40. LEIA ATENTAMENTE AS QUESTÕES 
Muitas vezes a resposta está no próprio 
enunciado ou em questões seguintes. Por isso, é 
necessário a máxima atenção. A perfeita 
interpretação da questão é fundamental para sua 
resolução. Quando dor passando pelas questões, 
não tente lê-las rapidamente para ganhar tempo. 
Leia-as com calma e atenção. Assim, aumentará 
muito as chances de acerto. 
41. NÃO SE APAVORE 
No começo do ano, não se angustie com a 
quantidade de matéria que terá que estudar. Sendo 
calmo, poderá fazer um bom planejamento. Quando 
estiverem faltando um ou dois meses, não entre em 
pânico. Isso não ajudará em nada. Concentre-se 
para conseguir ler com atenção as suas apostilas e 
livros. É hor para seriedade e otimismo - afinal, o 
vestibular está chegando e fica cada vez mais 
concreta a perspectiva de você ser aprovado e 
conquistar sua vaga no futuro. 
42. NÃO ESTACIONE EM QUESTÕES 
Cuidado: se você não souber uma questão, 
deixe-a para depois. Não fique gastando minutos 
preciosos para ganhar apenas um ponto (isso se 
não acabar errando de qualquer maneira). Seu 
subconsciente continuará processando a questão 
enquanto você enfrenta as outras. À medida que a 
priva for se desenvolvendo, as pendências poderão 
se resolver. Deixe as questões difíceis para o final; 
garanta pontos importantes com as fáceis. 
43. NÃO BRIGUE COM AS QUESTÕES 
Uma prova tem questões mais fáceis e mais 
difíceis. Várias são ridículas. Não perca tempo com 
elas. Há pegadinhas, mas não deixe neurotizar por 
isso nem pense que a prova inteira é composta de 
pegadinhas. As provas seguem ideologias e 
obedecem a padrões de respostas. Não discuta se 
isso é certo ou errado. Diga "amém" e marque a 
resposta que julga conveniente correta. Não 
reclame dos elaboradores da prova. Adapte-se! 
44. CONHEÇA O LOCAL ANTES DA 
PROVA 
Visite o local da prova alguns dias antes. Se 
a prova for em uma cidade diferente da sua, vá com 
certa antecedência, encontre lugares confiáveis 
para comer e um bom alojamento. No local da 
prova, procure observar se há fontes de barulho, 
problemas com iluminação e o tipo das carteiras. 
Envolva-se com o ambiente; isso lhe dará uma 
sensação se segurança e conforto.45. NÃO 
CHEGUE EM CIMA DA HORA 
Alguns candidatos não gostam de chegar 
com muita antecedência. Tenha em mente, no 
entanto, que o horário de fechamento dos portões é 
rigoroso. Procure estar no local com uma certa folga 
e leve algo para companhia e da conversa dos 
"experientes", que ficam fazendo terrorismo antes 
da prova na sala. Se eles fossem tão bons quanto 
dizem, já teriam passado em muitos concursos e 
não estariam ali. 
46. ESTABELEÇA-SE COM CONFORTO 
NO LOCAL EM QUE FARÁ A PROVA Muitas 
vezes não fazemos a prova em nossa cidade. 
Assim, planeje com antecedência sua ida. Reserve 
passagem e hotel. Se possível, chegue alguns dias 
antes na cidade e descubra locais para almoçar e 
jantar. Ao chegar na cidade, ajuste o relógio para o 
fuso horário local. Converse com um taxista, enfim, 
procure fazer de tudo para ter certeza de que estará 
no local da prova sem problema algum e sem estar 
sujeito a surpresas de última hora. 
 
47. O FISCAL NÃO É INIMIGO (NEM 
AMIGO) 
Chegando à sala da prova, cumprimente o 
fiscal, sem se mostrar extrovertido demais. Seja 
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educado e, em hipótese alguma, discuta com ele. 
Isso lhe trará prejuízo. Ele pode acabar dificultando 
pequenas coisas. Não tente ficar amigo, senão ele 
pode querer, inconscientemente até, observá-lo, a 
fim de descobrir se vocês está indo bem ou não. 
Essa proximidade pode tirar sua concentração. 
48. NÃO TENHA MEDO DE SER 
EXAGERADO 
Para o dia da prova, compre todo o material 
que achar necessário. Leve quantas canetas, lápis e 
grafite achar conveniente. Material pode sobrar, 
jamais faltar! Se for errar quanto ao 
dimensionamento da quantidade de material, água, 
etc., erre pra mais. Leve algodão ou mesmo 
protetores auriculares. Nunca sabemos quando o 
barulho pode começar... 
49. NÃO CORRA O RISCO DE SE 
ATRASAR NA MATÉRIA 
Às vezes, quando nos defrontamos com 
tópicos complicados, ficamos inventando desculpas 
para interromper nosso estudo. Assim, começamos 
a estudar e, em dois minutos, resolvemos tomar um 
copo d'água; voltamos e, logo em seguida, 
lembramos que tínhamos de ligar para algum 
amigo... Não faço isso. Não fique perdendo seu 
tempo. Enfrente os tópicos que lhe causam 
problemas! 
50. CURTA A PROVA 
Não se apresse, não queira se livrar da 
prova. Passe e repasse as questões. Há tempo 
suficiente, por isso não se apresse e não se 
precipite. Por outro lado, equilibre o tempo de 
resolução. Resolva todas as questões óbvias e 
fáceis. Deixe as difíceis para depois. Controle o 
tempo para poder tirar o máximo proveito de seu 
breve relacionamento com a prova. 
51. A PROVA É DIFÍCIL PARA TODOS 
Se começar a resolver a prova e achá-la 
mais difícil do que esperava, não entre em pânico. 
Ela estará difícil para todos. Normalmente aqueles 
que acham a prova muito fácil é porque nem 
conseguiram perceber do que, verdadeiramente, 
tratavam as questões. Então não esqueça: A prova 
é igual para todos. 
52. NÃO SE DEPRIMA... 
Uma vez que a prova terminou, esqueça-se 
dela. Evite pensar e,estiver estudando e 
que envolva a memorização de palavras sem 
qualquer sentido. 
Se for estudante de medicina e tiver de 
memorizar os nomes dos ossos do corpo humano 
como: fêmur, cóccix, patela, fíbula, sacro, etc. 
basta substitui-los por: FÊMEA, CÓCEGA, PATÊ 
DELA, FÁBULA, SACO; assim será fácil associa-lo 
com o que você quiser. 
Um estudante de farmácia pode imaginar 
que assiste a uma parada, onde vê desfilar a 
tropinha de belas donas, para lembrar-se de que o 
alcalóide atropina (a tropinha), origina-se da folha 
ou raiz da beladona (belas donas). 
O fundamental é que a palavra ou o 
pensamento substituto tenha significado para você, 
o que não acontece com o termo original. 
 
EXERCICIO DOIS 
Vamos brincar mais um pouco? Sim, 
falamos, brincar porque, alem de eficiente, este 
método é divertido. Agora você terá mais alguns 
exemplos com palavras em inglês, francês e 
alemão. 
Em inglês: 
8 RAY (raio de luz) – imagine um raio de 
luz, com coroa real na cabeça, dizendo-se rei. 
9 ALLIGATOR (jacaré) – Pelo som, 
mentalize um jacaré gritando: ele é gay! 
10 BADGE (distintivo) – mentalize um 
policial com um enorme distintivo bege, no peito. 
11 BARROW (carrinho-de-mão) – 
Mentalize dois carrinhos-de-mão aos berros, um 
com o outro. 
12 COW (vaca) – Mentalize uma vaca 
coberta de cal. 
13 BITE (morder; componente de 
computador) – Mentalize uma baita dentadura dando 
mordidas no ar. Ou uma peça do computador, dando 
mordidas em seu dedo, quando você bate na tecla. 
14 DELETE (apagar) – Imagine-se seu 
computador com a cara de gaiato; ele se deleita em 
apagar o texto que você está digitando. 
15 INSERT (inserir, introduzir) – Veja seu 
computador incerto sobre se deve inserir aquele 
texto, na tela. 
16 LOCK (fechar) – Imagine a porta de sua 
casa louca de raiva, porque você vai fechá-la. 
17 DIGIT (imprimir, na tela do monitor) – 
Veja uma impressão digital aparecendo na tela, em 
lugar de cada palavra. 
Em francês: 
18 ARC-EN-CIEL (arco-íris) – Veja alguém 
correndo atrás de uma moça, sob o arco-íris, 
enquanto você grita: alcance ela! 
19 BAIGNOIRE (Benhuar – banheira) – 
imagine uma moça dentro da banheira, usando 
penhoar. 
20 BAILLONER (Baionê – amordaçar) – 
Mentalize uma enorme baioneta, amordaçada. 
21 BARBIFIER (Barbifiê – barbear-se) – 
Mentalize um enorme bife, barbeando-se numa 
mesa de bar. 
22 CALOT (Calô – boné de policial) – 
Imagine um dedo com um calo enorme, usando boné 
de policial. 
23 CHAMEAU (Xamô – camelo) – Imagine 
um camelo dizendo: Você me chamou? 
24 DÉPECHE (Dêpéx – despacho, aviso, 
telegrama) – Mentalize um enorme peixe, de pé, à 
porta de sua casa, entregando-lhe um telegrama. 
25 GAZON (Grama) – Mentalize um garçom 
servindo um prato de grama. 
26 LATTE (Ripa, sarrafo) – Mentalize um 
sarrafo que late como um cão. 
27 TAPER (Tapê – bater, dar pancadas) – 
Imagine o tapete de sua sala batendo, furiosamente, 
no chão. 
28 OREILLER (Orreiê – travesseiro) – 
Mentalize uma orelha enorme servindo de 
travesseiro em sua cama. 
29 TIROIR (Tirroá – gaveta) – Imagine-se 
diante de uma gaveta aberta, repleta de letras do 
alfabeto, esculpidas em madeira e explicando a 
alguém: - Não se assuste, eu só tiro o A. 
 
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Em alemão: 
30 AUF WIEDERSEHEN (Auviderzêm – 
Até à vista) – Mentalize-se com o ouvido encostado 
em um calendário, na parede, tentando ouvir 
dezembro. 
31 LIEBCHEN (Libchem – querida) – 
Imagine-se apontando o dedo para um canto e 
dizendo, ao seu gato: Ali, bichano! 
32 JAWOHL (Iavôl – sim, assentimento) – 
Veja-se em posição de sentido, respondendo a um 
oficial alemão: - Já vou! 
Vale dizer que este sistema pode ser 
empregado pra palavras de qualquer idioma, ou até 
para expressões com mais de uma palavra. Por 
exemplo: as embarcações francesas que percorrem 
o rio Sena em passeios turísticos, são chamadas, 
BATEAUX MOUCHES (batô muche). Você pode 
imaginar uma moça dentro do barco, tentando pintar 
os lábios e reclamando: - Que batom murcho! 
Ou então, a célebre frase dita por Goethe, 
ao morrer: MEHE LICHT (mais luz), pedindo mais 
saber, mais instrução. Veja esse destacado escritor 
alemão desanimado ao tentar acender uma 
lanterna com pilhas fracas, dizendo: - Mero lixo! 
Mais uma: após dar absolvição, o confessor 
diz as seguintes palavras ao penitente: VADE IN 
PACE (vai em paz). Imagine-se no confessionário, 
barganhando com opadre, a sua absolvição. Após 
alguma discussão, você diz: - Esta vale um passe! 
Quer mais? Vamos lá. 
LE LION C´EST LE ROI DES ANIMAUX (Le 
liom cé le roá desnimo – O leão é o rei dos animais) 
– Imagine um leão raquítico, tentando urrar, sem 
conseguir. Ao lado, um macaco dá uma risadinha 
marota e diz: - O leão foi urrar e desanimou. 
 
EXERCÍCIO TRÊS 
Agora escreva, ao lado de cada vocábulo, 
os seu significado. Está pronto? Comece. 
RAY 
ALLIGATOR 
COW 
BADGE 
BARROW 
BAIGNOIRE 
BAILLONER 
BARBIFIER 
CALOT 
CHAMEAU 
DEPECHE 
GAZON 
LATTE 
TAPER 
OREILLER 
Pare! 
Lembre-se: quando fizer suas próprias 
substituições, as imagens serão bem mais nítidas em 
sua mente. 
Treine exaustivamente essa técnica, para que 
a habilidade se torne natural e instintiva. A principio 
as associações são conscientes mas, com o tempo e 
com a pratica constante, elas se tornam instintivas. 
Os resultados alcançados serão extraordinários. 
Pratique sempre. Pratique diariamente. 
* * * * * 
Quer ter uma idéia de qual foi seu progresso 
até aqui? Do quanto seu poder de memorização já 
aumentou? Lembra-se, ao final da 1ª etapa, quando 
lhe foi pedido que fizesse 5 testes para aquilatar sua 
capacidade de memorização? Foi dito que eles não 
seriam fáceis para quem ainda não tivesse a memória 
treinada. É provável que você não tenha conseguido 
bons resultado em alguns deles. É possível, até, que 
não tenha acertado nenhum. 
Agora, volte àquela etapa, refaça os 4 
primeiros testes e verifique quantos é capaz de 
acertar. Como o ultimo deles – LIGAR OS NOMES A 
FISIONOMIAS – é assunto que será estudado na 
próxima etapa, realize os 4 primeiros – cujas técnicas 
já domina 
– e deixe para fazer o 5º após a etapa 
seguinte. Você vai constatar que agora é capaz de 
matar aquelas charadas num estalar de dedos. Após 
concluir a 9ª etapa, refaça o teste n˚ 5 da 1ª etapa e 
perceba o quanto já está usando do seu poder de 
ATENÇÃO, OBSERVAÇÃO E ASSOCIAÇÃO. 
Repare também o quanto melhorou seu poder de 
CONCENTRAÇÃO. 
Quando chegar ao final desta reciclagem, 
você deverá estar ainda melhor que agora. Portanto, 
se é realmente importante, para você, ser dono de 
uma memória prodigiosa, continue este treinamento 
sem esmorecer, pois uma boa parte dos resultados 
de seu progresso já está bem aparente. E você não 
vai querer parar agora vai? 
9ª ETAPA 
COMO MEMORIZAR NOMES E 
FISIONOMIAS (IMAGENS DE LIGAÇÃO) 
É uma indagação comum de todos saber 
como, entre tantos milhões de rostos, não existem 
dois iguais. 
Sr. Thomas Browne 
INTRODUÇÃO 
Alguma vez você já ficou embaraçado por 
não lembrar o nome de alguém? Desagradável, não 
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é? Pelo menos 80%das pessoas tem mais 
dificuldade para lembrar-se de nomes, que de 
rostos. A razão é simples. Nos possuímos memória 
visual, isto é, registramos com muito mais 
facilidade – no cérebro – as coisas vistas do que as 
ouvidas. Vemos o rosto das pessoas mas, em 
geral, apenas ouvimos o nome delas. 
É por isso que muitas vezes reconhecemos 
um rosto, mas não nos recordamos do nome. Este 
incidente, além de constrangedor, pode prejudicar 
negócios, amizades e muito mais. 
Algumas vezes recorremos a truques, para 
que o outro não perceba que esquecemos seu 
nome. Chamamos o interlocutor de querida, colega, 
amigo, ou lhe damos um titulo como doutor, 
professor, etc. Por volta da década de 60, alguns 
jovens que se autodenominavam existencialistas, 
tratavam os outros por pessoa. Ô pessoa! Bom te 
ver! Alem de que esse disfarce não funciona, ainda 
denota falta de respeito e de consideração, pois a 
coisa mais importante, para o ser humano, ainda é 
o próprio ser humano e, em particular, seu próprio 
nome. 
Desde a antiga civilização greco-romana, 
vários sistemas têm sido usados, no auxilio da 
memorização de nomes. Cícero lembrava o nome 
das mulheres dos aldeões e soldados, recorrendo a 
sistemas mnemônicos. 
Antes de entrar no mérito de MÉTODOS e 
SISTEMAS, vamos ver como dinamizar sua 
memória para nomes. 
CINCO REGRAS PARA MEMORIZAR 
NOMES 
A principal razão pela qual você esquece 
um nome é que, para começar, nunca se lembrou 
dele. Algumas vezes, nem chegou a ouvi-lo direito. 
Quantas vezes você foi apresentado a alguém e 
tudo o que ouviu foi um amontoado de sons, em vez 
do nome? Por outro lado, as vezes, você imagina 
que nunca mais irá encontrar aquela pessoa e 
então responde, mecanicamente, muito prazer, sem 
procurar entender corretamente o nome citado. 
A primeira regra memorizar nomes é: 
procure ouvir claramente o nome. Como 
dissemos antes, você vê o rosto e o reconhece, 
mas só ouve o nome. Portanto, é preciso entende-
lo corretamente. Se não ouviu, ou não entendeu, 
solicite que repitam e, se ainda não tiver certeza, 
peça que o soletrem. As pessoas ficarão 
envaidecidas com seu interesse. Se, após 
assegurar-se de como deve soletrar o nome, 
perceber que é igual ou semelhante ao de um 
parente ou amigo, mencione o fato. Isso servirá 
para que você grave o nome na mente. Quando se 
tratar de um nome estranho, ou que nunca ouviu 
antes, mencione isso à pessoa. Todo mundo fica 
lisonjeado quando seu nome é alvo de atenções. 
Outra coisa importante é repetir o nome – 
sem exagero – com certa frequência, enquanto 
estiver conversando. Essa forma de conduta ajuda a 
gravar nomes com mais facilidade. Faça isso por 
algum tempo, até tornar-se um hábito. Ao despedir-
se, repita o nome. 
Na maioria dos países usa-se o nome da 
família – que aqui no Brasil chamamos de 
SOBRENOME – ao sermos apresentados a alguém. 
Por exemplo: meu nome completo é José Augusto 
Machado mas, ao ser apresentado a outra pessoa – 
fora do 
Brasil – eu declinaria apenas meu sobrenome 
– Machado – e assim seria chamado, até que a 
convivência ou maior intimidade justificasse ser 
chamado pelo prenome. Por essa razão você vai 
encontrar, nos exercícios seguintes, exemplos de 
sobrenomes, indicados simplesmente como nomes. 
Antes vamos resumir as cinco regras já 
explicadas: 
33 Ouvir, sempre o nome da pessoa; ouvir e 
entender. 
34 Soletrar o nome ou pedir para que o 
façam, se não tiver certeza da pronuncia.35 Se 
perceber algo estranho ao nome, ou se for 
semelhante a outro que já conheça, mencionar o 
fato. 
36 Repetir o nome – sem exagero – 
algumas vezes, durante a conversa. 
37 Dizer o nome, ao despedir-se. 
Se usar essas cinco regras, junto com o que 
vai ver agora, nunca mais esquecerá um nome ou 
uma fisionomia. 
E, por falar em nunca mais se esquecer, ouça 
esta: 
Havia, naquela pequena cidade, dois 
homens, notáveis por sua memória. Um era índio e o 
outro branco. 
Certa vez foram levados, por um grupo de 
amigos, a se defrontarem em desafio, para descobrir 
quem era dotado de maior poder de memorização. 
Dentre as várias perguntas feitas entre ambos, uma 
delas, expressa pelo homem branco, foi: O que você 
comeu, ao jantar da ultima 3ª feira de agosto, há 3 
anos? – Sem titubear, o índio respondeu: Ovos. 
Algo decepcionado, o outro retrucou: Ora! 
Isso não é vantagem! O pessoal daqui come ovos 
quase todos os dias! 
Logo a brincadeira perdeu o interesse e o 
grupo se dispersou. Por razões de negócio, o homem 
branco mudou-se para o exterior onde permaneceu 
por dez anos. De volta à sua terra, andava pela rua 
quando, de repente, deparou-se cara a cara com 
índio. Tomado de surpresa, ele exclamou: Como! - 
ao que o outro respondeu laconicamente: Fritos! 
* * * * * 
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Vamos então dividir os nomes em duas 
categorias, seguindo as 5 regras já expostas. 
38 NOMES QUE SIGNIFICAM ALGO e 
39 NOMES QUE NADA SIGNIFICAM 
PARA NÓS. 
Os nomes que já têm algum significados 
são: Silveira, Pinto, Frota, Coelho, Leão, Prata, 
Montes, Parreira, Oliveira, Pereira e outros desse 
tipo. 
Os nomes que nada significam, para a 
maioria dos brasileiros, são: Sullivan, Murano, 
Auchbawer, Pizzani, Uchoa, Yamanda, Schiezari, 
Ikeda, Saissu, Mascarenhas, entre outros. 
Há também os nomes que se encaixam na 
categoria dos sem significado, mas que sugerem 
ou criam uma imagem associativa na mente. 
Quando ouvimos o nome CINZANO, visualizamos 
uma garrafa de bebida. Zagalo sugere a imagem do 
ex-tecnico da seleção Brasileira de futebol. Corona 
lembra aparelhos elétricos, ou o nome do rio 
Jordão. Goulart lembra o nome de conhecido 
apresentador de TV. Alias, seu nome está ligado à 
frase que o identifica mnemonicamente: VEM 
COMIGO! 
Assim chegamos a três categorias de 
nomes: 
40 Os que possuem significado 
41 Os que não possuem significado, mas 
que sugerem alguma coisa. 
42 Os que nada significam, nada sugerem, 
nem criam qualquer imagem em nossa mente. 
É som esta ultima que se precisa usar mais 
atentamente a imaginação. Para que consiga 
lembrar um nome, ele precisa ser significativo, pra 
você. Mas os que não tem qualquer sentido não 
precisam ser um bicho papão, se você assimilou 
bem a etapa anterior. Basta usar o sistema de 
substituir palavras. É o mesmo método que você 
usou para memorizar vocábulos de língua 
estrangeira. 
Por mais estranho que um nome passa soar 
ao ouvi-lo pela primeira vez, sempre é possível 
transpô-lo para uma palavra, ou pensamento 
substituto. Pense em uma palavra, ou expressão, 
que tenha som semelhante àquele nome. 
EXEMPLOS DE ASSOCIAÇÃO 
43 MORRICONE – Lembra um morro em 
forma de cone. 
44 VILAR – Lembra uma vila suspensa no 
ar. 
45 VILARIM – Uma vila, com as casas em 
forma de rim. 
O importante é que você, e só você, 
escolha a palavra ou pensamento substituto. Se 10 
pessoas tiverem que escolher uma palavra 
substituta para um mesmo nome, provavelmente 
quase todas escolherão palavras diferentes. 
Não é preciso esforçar-se para descobrir uma 
palavra que soe exatamente como o nome, ou usar 
palavras para cada parte do nome. Isso já foi dito 
algumas etapas atrás. 
Ao lembrar-se do principal, a memória 
encaixará os detalhes. O simples fato de estar 
pensando no nome e imaginando algo ligado a ele, 
ajudará a imprimi-lo na mente, não importa quão tola 
e absurda pareça a substituição ou associação. 
Quanto mais tola e absurda, melhor será. 
46 MASSATOSHI – Associe a uma massa 
de macarrão tossindo. 
47 D’AMICO – Alguém assustado, dizendo: 
Isso vai dar mico. 
48 DAVIDSON – A taça Davis, com cara de 
sono. 
49 MOSZKOWICS – A praça vermelha, de 
Moscou, coberta de Vikings.Muitos são os nomes 
terminados em TON. Isso já tem significado. Você 
pode associar a peso, ou altere, pois TON é a 
abreviatura deTONELADA. 
Outros nomes terminados com ANI ou ANO e 
podem ser associados a calendário. Nomes que 
começam ou terminam com BERG podem ser 
associados a albergue. O nome Calzberg, por 
exemplo lembra um albergue que acabou de ser 
pintado com cal. 
Tenha em mente que não há um único nome 
que não possa ser transformado em algo significativo 
para você, cujo som se assemelhe ao nome, em si, e 
que seja capaz de evocar sua lembrança, quando 
necessário. 
Quer mais alguns exemplos de associações, 
com nomes aparentemente estranhos? Vamos lá. 
50 ARCARO – Um vidro de mel KARO, cheio 
de ar. 
51 BERGMAN – Alguém com cara de 
bergamota (tangerina). 
52 CARPACCIO (prato da gastronomia 
italiana) – Um bife em forma de capacho. 
53 CASTELAR – Um castelo suspenso, no 
ar. 
54 CZATORRISKY – Um Czar, montando 
um touro, esquis. 
55 DORMONT – Um monte, contorcendo-se 
de dor ou um monte dormindo. 
56 JATOPECK – Um topete andando a jato. 
57 JAKUSKY – Um bando de jacus, 
esquiando. 
58 JASMINCHEK – Um jasmim, 
preenchendo um cheque. 
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59 KELLER – Alguém mostrando um livro e 
perguntando: Quer ler? 
60 LINDNER – Alguém ostentando no dedo 
um pedaço de cano de água e exclamando: Lindo 
anel. 
61 ROTBAND – Uma banda de “rock”. 
62 KUBYSCHECK – Um cheque em forma 
de cubo. 
63 RAMUZKY – Um ramo (de flores) 
chamuscando. 
64 WEISSMANN – Um filho perguntando: 
Vais, mãe? 
Por mais estranho que seja o som do nome, 
por mais longo ou difícil de pronunciar, sempre é 
possível encontrar uma palavra ou expressão 
substituta. 
* * * * * 
Um rapaz acercou-se de uma moça, parada 
na calçada e, para iniciar um papo, perguntou qual 
era o nome dela. 
Incapaz de responder com palavras, por ser 
muda, a jovem apontou para a maternidade, no 
outro lado da rua. 
O rapaz – que provavelmente havia feito 
esta reciclagem de memória – sorriu para ela e 
disse: - Muito prazer, Alice da Luz. (Ali se dá à luz). 
* * * * * 
COMO ASSOCIAR O NOME À 
FISIONOMIA 
Agora que já sabe como tornar significativo 
qualquer nome, precisa apenas saber como 
associa-lo à fisionomia. Você vai fazer isso de forma 
totalmente ridícula ou absurda. 
Conta-se que uma senhora estava 
recebendo vários convidados para jantar quando um 
deles chamou-lhe vivamente a atenção por ser 
portador de um nariz descomunal. 
Além de grande, e proeminente, era 
bifurcado na ponta, por uma fenda vertical que 
dividia as ventas dando-lhes um formato 
semelhante a um par de nádegas. Assim que bateu 
os olhos naquela napa ela pensou: Que nariz 
obsceno! Nunca vi nada igual! 
Todavia, como boa anfitriã registrou, 
mentalmente, que precisava tomar cuidado durante 
o jantar, para não dirigir a conversa a temas que 
envolvessem a palavra nariz, a fim de evitar 
possíveis gafes. Durante o jantar, cada vez mais 
impressionada com a fisionomia daquele homem, 
ela reparou que ele havia apanhado de pão e 
começava a comê-lo. Querendo mostrar-se 
prestativa, estendeu-lhe a manteigueira e disse, 
com toda a graça do mundo: O senhor não prefere 
passar manteiga no seu bumbum? 
* * * * * 
Esta estória é mais do que uma simples 
anedota. Ela serve para mostrar como os 
mecanismos da mente colocam instintivamente em 
ação os registros que mais a impressionam, 
independentemente da vontade da pessoa, sejam 
eles socialmente aceitos ou não. 
Ora! Se esse é um fato irretorquível, por que 
não usá-lo conscientemente e de forma adequada? 
Ao conhecer alguém, olhe para seu rosto e 
procure achar uma característica ou um traço mais 
evidente. Pode ser qualquer detalhe. Olhos pequenos 
ou grandes, lábios grossos ou finos, testa larga ou 
estreita, vincos na testa, nariz achatado ou fino, 
narinas amplas ou estreitas, orelhas grandes ou de 
abano, covas, verrugas, cicatrizes, rugas, queixo 
largo ou proeminente, tipo de cabelo. Enfim, qualquer 
traço ou detalhe será importante. 
Escolha o traço que lhe pareça mais 
acentuado ou que mais o impressione. Não precisa 
ser o mais evidente. Isso não importa. Aquilo que lhe 
salte mais à vista é o que será mais obvio e 
importante, ao reencontrar aquele individuo. 
Atenção: ao buscar o traço fisionômico mais 
importante, preste atenção ao rosto como um todo. 
Assim você estará observando e imprimindo o rosto 
todo na memória. Ao decidir-se por uma 
características, associe o nome a essa parte 
especifica do rosto para visualizar a imagem com os 
olhos da mente. 
Por exemplo: o senhor Sacks tem uma testa 
bastante larga. Mentalize um milhão de sacos caindo 
da testa dele. Assim estará aplicando os princípios da 
associação ridícula e ilógica que, se você tem 
exercitado de acordo com o recomendado nas etapas 
anteriores, já constatou que dão excelentes 
resultados. 
O Sr. Ramalho tem sobrancelhas muito 
cerradas. Basta vê-lo, na mente com uma enorme 
rama de alho, em lugar das sobrancelhas. 
O senhor Homem de Melo tem um furinho no 
queixo. Imagine que esse furo é a entrada de uma 
colméia de onde surge um minúsculo homem, todo 
lambuzado de mel. 
O senhor Ribeiro tem orelhas grandes, de 
conchas acústicas bem profundas. Imagine que por 
ali passe um ribeirão. 
Lembre-se de que a palavra substituta ou o 
traço mais acentuado é uma escolha pessoal, uma 
opção individual. A opção que você escolheu é a 
característica mais acertada para o seu uso. A 
grande vantagem é que esse processo é quase 
instantâneo, pois é mental e instintivo. Após alguma 
prática, verá que a palavra substituta para o nome e a 
associação ao traço fisionômico ocorrem como um 
flash, mais rápido que o tempo que se leva para dizer 
alô. 
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Como tudo na vida, o primeiro passo, o 
primeiro esforço, pode parecer complicado mas, ao 
experimentar este sistema, concordará que ele é 
simples, fácil e eficiente. 
Com o tempo, você deverá criar seus 
próprios padrões para a maioria dos sufixos e até de 
nomes inteiros. Então criará imagens padronizadas 
para todos eles. 
Sua lição de casa para esta etapa é a 
seguinte: 
Procure estudar o rosto de diversas 
pessoas conhecidas; parentes, amigos, vizinhos, e 
localize nelas os traços fisionômicos que mais o 
impressionarem. Faça uma ligação entre essas 
características e o nome de cada uma delas, 
usando os sistemas que foram aqui mostrados, mas 
tome cuidado para não dar a impressão de que as 
está encarando com muita insistência. 
Refaça também o teste nº 5, da primeira 
etapa. 
10ª ETAPA 
 
COMO MEMORIZAR CARACTERÍSTICAS 
PESSOAIS LIGADAS A NOMES E FISIONOMIAS. 
Aja com naturalidade e você se tornará 
naturalmente sincero em tudo que faz. 
James Willian 
COMO LOCALIZAR AS 
CARACTERÍSTICAS 
Agora você vai praticar o que tem treinado 
ata aqui, com referencia a nomes e fisionomias. A 
seguir, vai encontrar o desenho do rosto de 16 
pessoas, com os respectivos nomes. Mesmo 
levando em conta que pode ser menos fácil 
descobrir características no rosto de um desenho, 
você vai ver que isso também é possível, usando 
este sistema. 
Esteja atento para as próximas instruções. 
1 – SR. CARPENTER (carpinteiro) – O 
nome não é problema, pois já tem significado. Note 
como ele tem a boca pequena, apertada, estreita. 
Olhando para a ilustração, mentalize um carpinteiro 
tentando alargar sua própria boca, com um formão. 
Procure formar, por um momento, procure ver a 
cena na mente. 
2 – SR. LEIMANN – Note que ele tem um 
vinco na bochecha, do nariz ao canto da boca. 
Olhando para a foto, mentalize um policial fardado, 
saindo desse vinco com as mãos algemadas (LEI-
MÃO). Por um momento, procure ver a cena na 
mente. 
3 – SRA. POTIKONVICKY– Perceba como 
ela tem o cabelo cheio, liso, cortado em franja. Olhe 
o desenho e mentalize um pote de VICK 
VAPORUB, virado de cabeça para baixo, com a 
pomada escorrendo pelos cabelos dela (POTE 
COM VICK). Procure ver, na mente, a imagem de um 
POTE COM VICK. 
4 – SR. SMOLENSKY – Não se assuste com 
o nome. É fácil achar um pensamento substituto. Veja 
como ele tem o nariz largo. Olhando a gravura, 
mentalize um mendigo pedindo ESMOLAS, enquanto 
desce, de ESQUIS, pelo nariz dele. Veja essa cena 
na mente. 
5 – SR. ESCOVEDO – Ele tem o bigode farto, 
bem cheio. Olhe a foto e mentalize o bigode dele 
sendo ESCOVADO com um ancinho. Procure ver a 
imagem na mente. 
6 – STA. MARIA ALICE – Repare na 
expressão maliciosa que ela tem. Olhe a ilustração e 
veja que eles sugerem MALÍCIA. Mentalize a cena. 
7 – SRA. CARROZZINO – Veja os olhos dela; 
são saltados, protuberantes. Olhando para a gravura 
mentalize carros, com sinos que badalam, saindo dos 
olhos dela (CARRO-SINO). Procure ver a cena na 
mente. 
8 – SR. CALDERON – Repare que ele te a 
boca exageradamente larga. Olhando para a 
ilustração, mentalize-o com um CALDEIRÃO em 
lugar da boca e veja-se jogando coisas dentro do 
caldeirão. Procure ver a cena na mente. 
9 – SRA. SMITH (ferreiro, serralheiro) – Note 
que ela tem os lábios exageradamente grossos. 
Olhando a gravura, mentalize um martelo de ferreiro 
batendo nos lábios dela e causando inchação. 
Mentalize a cena. 
11 – SR. FONSECA – Repare que ele tem 
nariz estreito e narinas apertadas. Olhe a gravura e 
mentalize uma nascente que secou. Veja uma 
FONTE SECA. Mentalize a cena. 
12 – SR. PARREIRA – Veja os vincos 
profundos que ele tem, na parte inferior dos 
maxilares. Mentalize-se colhendo uvas da PARREIRA 
plantada dentro dos vincos. Procure ver a cena na 
mente. 
13 – SR. OLIVEIRA – Ele tem o queixo 
pontudo, proeminente. Mentalize-se subindo pelo 
queixo dele, para colher azeitonas das oliveiras 
plantadas lá. 
14 – SR PIMENTA – Veja a cova profunda 
que ele tem no queixo. Mentalize um milhão de 
PIMENTAS do reino, saindo dessa cova. Mentalize a 
cena. 
15 – STA CAROLINA – Ela tem uma enorme 
boca. Mentalize-se puxando um carro, com uma 
linha, de dentro da sua boca. Veja a cena na mente. 
16 – SR. ALTEMAR FREIRE – Repare como 
seu cabelo é ondulado. Mentalize um Frei, dando 
risada (FREI RI), enquanto se equilibra sobre um 
barco de papel, em alto mar (ALTEMAR), Veja a cena 
na mente. 
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Usamos nomes bastante variados para 
você perceber que o tipo de nome não tem 
importância pois, para cada um, podem0se imaginar 
um tipo de pensamento adequado, aliado à 
característica marcante do rosto. 
 
EXERCÍCIO UM 
Agora surpreenda-se com sua capacidade. 
Escreva, abaixo do desenho de cada rosto da 
página seguinte, o nome da pessoa que você 
memorizou. Ao terminar, verifique quantos acertou, 
conferindo com os desenhos da página anterior. 
Se tiver dificuldade para lembrar qualquer 
um dos nomes é porque não mentalizou 
suficientemente bem a associação feita. Não viu 
com os olhos da mente. Caso isso venha a 
acontecer com uma ou outra gravura, volte a 
examiná-las e procure fazer novamente a 
associação. Alem disso, crie suas próprias imagens. 
Amanhã ou depois, olhe para os 16 
desenhos e comprove que ainda se lembra do 
nome das pessoas. 
Se teve sucesso com simples desenhos, 
não terá problema algum com pessoas reais.Mas 
isso só irá acontecer depois que você praticar 
bastante. Pratique diariamente. Desligue o som 
para fazer este exercício. Faça isso agora. 
* * * * * 
COMO TREINAR SUA MEMÓRIA PARA 
JOGOS 
Agora você vai ver como memorizar as 
cartas de um baralho. Isso será muito útil em jogos 
de cartas, o que não significa que, após dominar a 
técnica, poderá ganhar sempre em qualquer jogo. A 
aplicação deste conhecimento ficará a seu cargo. 
Nossa finalidade é desenvolver a sua memória. 
Sugerimos, então, que aprenda seu conteúdo, 
mesmo que não goste de jogar cartas. 
Você pode pensar que será difícil 
memorizar as cartas, como achava que seria difícil 
memorizar nomes ou números. Vai ver que, para se 
lembrar delas, basta dar-lhes sentido, significado, 
para poder vê-las com os olhos da mente. 
A primeira providência será encontrar 52 
palavras de fixação para as cartas, de números 1 a 
52. Não se assuste. É bastante fácil pois essas 
palavras não serão escolhidas ao acaso. 
A palavra de fixação pra cada carta 
começará, sempre com a letra inicial do naipe 
correspondente. 
Todas as palavras para o naipe de Espadas 
começarão com a letra “E”, para as de Ouros, com a 
letra “O”, as de Paus, com a letra “P”, e as de 
Copas, com a letra “C”. 
A consoante seguinte representará o valor 
numérico de cada carta, de acordo com o alfabeto 
fonético. Assim, a palavra que usar representará, 
sempre, uma carta específica. A primeira letra 
identificará o naipe, e a consoante seguinte dará o 
seu valor. 
Por exemplo: a palavra de identificação pra o 
dois de paus, deve começar com a letra “P”, e a 
consoante seguinte deve ser o “N”, que representa o 
número 2. Várias palavras se encaixariam nessa 
categoria: pano, pino, pena, etc. Mas a palavra de 
fixação da carta, não pode ser a mesma que a da 
sua lista principal de 100 palavras de fixação. 
O sistema completo para as cartas vai do 
“ÁS” à “DAMA” (de 1 a 12), pois os reis serão sempre 
representados pelos próprios naipes, que são 
símbolos fáceis de memorizar. 
Para a lista de palavras de fixação das 52 
cartas, você deve usar o mesmo processo que 
empregou com os números. Selecione uma imagem 
mental para cada carta e use-a para sempre. 
Não troque nunca. 
Veja as 52 palavras de fixação que nós 
sugerimos. Você poderá escolher outras, se preferir. 
 
COPAS ESPADAS PAUS OUROS 
Ás – cota ás – e.t.* ás – pato ás – oto 
2 – cone 2 – eno 2 – pino 2 – ono 
3 – cume 3 – ema 3 – pomo 3 – omo 
4 – coca 4 – eco 4 – pacu 4 – oco 
5 – cule 5 – elo* 5 – piolho 5 – olho 
6 – café 6 – esso 6 – passa 6 – oz 
7 – café 7 – efe 7 – pufe 7 – ofó* 
8 – chaga 8 – égua 8 – pega (ê) 8 – ogó* 
9 – cipó 9 – ed 9 – pipa 9 – ópio 
10 – cetro 10 – éter 10 – piteira 10 –
outeiro 
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Val. – 
catete 
val. – etite* val. – pateta val. – otite 
Dama – 
caetano 
dama – etna dama – 
patinho 
dama –
outono 
Rei – copas rei –
espadas 
rei – paus rei – ouros 
65 E.T. (Extra-Terrestre) 
66 ELO (Argola de corrente) 
67 ETITE (Pedra encontrada no ninho da 
águia) 
68 OFO (Espécie de tubérculo venenoso) 
69 OGO (Material amarelado, que lembra 
ouro) 
Você já tem o que precisa pra memorizar 
um baralho completo. Como cada carta é 
representada por uma palavra, use os sistema de 
fixação como se estivesse memorizando uma lista 
de 52 palavras. Se a primeira carta a sair fora for 
um ÁS de Espadas, basta ligar o ET (Extra-
Terrestre), à TEIA. Se a segunda for um 10 de 
Copas, mentalize uma ligação entre CETRO e 
NOÉ. Agindo assim você poderá saber a sequência 
exata das cartas tiradas de um baralho. Por certo, 
precisará treinar varias vezes para ter segurança. 
Tão logo ouça o nome da primeira carta, faça 
imediatamente a associação com TEIA. Então 
comece a pensar em NOÉ para associa-lo à 
segunda carta a sair, e assim por diante. 
Uma vez memorizadas todas as cartas, 
você poderá demonstrar para os amigo a 
extraordinária memória que tem. 
Peça-lhes que tirem 5 a 10 cartas e as 
escondam no bolso. Depois, peça que citem as 
cartas que ficaram no baralho. Ao terminarem, você 
nomeará, tranquilamente, as cartas escondidas. 
Parece difícil? Nãoé! Faça o seguinte: tão logo uma 
carta seja citada, mutile mentalmente a imagem da 
palavra de fixação referente a ela. Se a carta for, 
por exemplo, um 9 de copas, mentalize um cipó 
todo estragado, mutilado. Se for um 8 de ouros, 
visualize o Ogó ficando escuro e carbonizado. 
Estas são as informações que você precisa. 
Veja a cena na mente por alguns segundos. Pode 
fazer isso bem rapidamente, pois esse processo 
agiliza a mente, dinamizando a memorização e 
gravando instantaneamente a informação. A 
velocidade com que as cartas vão sendo 
enumeradas dependerá apenas de prática. 
Depois que todas as cartas tiverem sido 
citadas, repasse mentalmente as palavras de 
fixação, do AS ao REI, de cada naipe. Ao encontrar 
uma imagem mental que não tenha sido mutilada 
ou alterada, esta será uma das cartas escondidas. 
As imagens não mutiladas irão destacar-se em sua 
mente, como um letreiro luminoso. Você só precisa 
experimentar, para se convencer. 
É conveniente que use sempre as palavras 
de fixação, use um baralho de cartas para praticar. 
Com esta técnica, você pode, além de treinar 
a memória, brincar com os amigos e até mesmo 
encontrar muitas aplicações práticas, dentro de sua 
atividade profissional. 
11ª ETAPA 
COMO MEMORIZAR PRENOMES, 
TELEFONES E DATAS. 
Seu marido se esqueceu da data do seu 
aniversário? – NUNCA. Faço com que se lembre dela 
em janeiro e junho e sempre ganho dois presentes. 
INTRODUÇÃO 
Se o seu trabalho implica em trato com o 
público, você está constantemente conhecendo 
pessoas cujos nomes precisa guardar. Escreva todos 
eles e faça recapitulação, usando o sistema mostrado 
na etapa anterior. Ao fim do dia pense calmamente 
em cada conhecimento que travou e, quando o nome 
lhe vier à mente, anote-o. No dia seguinte, repasse a 
lista de nomes. Ao focalizar cada um deles, a imagem 
do rosto daquela pessoa surgirá em sua mente. 
Visualize-a por um momento e procure rever, 
mentalmente, a associação entre o rosto e o nome. 
Após alguns dias, repita o processo. Faça o mesmo, 
na semana seguinte e, finalmente, no mês seguinte. 
Dessa forma os nomes e as fisionomias ficarão 
indelevelmente impressos em sua memória. 
Assim como foi mostrada a forma de 
memorizar nomes de família, ou sobrenomes, o 
mesmo pode ser feito com prenomes. Basta criar 
uma associação consciente, usando uma palavra 
substituta, para formar a imagem mental. Pode usar 
a imagem de alguém que conheça, ou que tenha o 
mesmo nome, e associar os dois. 
O método é simples. Renato pode ser REI 
NATO. Milton assemelha-se a MIL TONS. Guilherme 
pode ser associado a ARCO e FLECHA, tal qual 
GUILHERME TELL. Ana pode estar associada a 
CALENDÁRIO, (ano). Macedo lembra MAIS CEDO. 
Vanessa, VAI NESSA. Siqueira, SE QUEIRAS. Mota, 
META. Caramuru, CARA NO MURO, e assim por 
diante. 
Comece a treinar usando PALAVRAS 
SUBSTITUTAS e, dentro de pouquíssimo tempo, terá 
uma palavra determinada, para cada nova amizade. 
COMO LIGAR FATOS A PESSOAS 
Além de importante é, também, muito fácil 
memorizar fatos ligados às pessoas. O método é o 
mesmo, apenas inclua o fato na associação original, 
quando estiver memorizando o nome e o rosto. 
Basta, associar NOME, ROSTO e o FATO ligado à 
pessoa. 
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Porque algumas pessoas sentem-se 
ofendidas quando não lhes dão o tratamento 
adequado, você pode associar a profissão e título 
de tratamento, ao nome e ao fato. Coloque na 
associação, algo que lembre o título. Visualize um 
estetoscópio para lembrar de MÉDICOS, uma toga 
para associar a JUÍZES, a estátua da Justiça para 
ADVOGADOS, régua e compasso para 
ENGENHEIROS, etc. 
No caso de militares, ache uma palavra ou 
idéia substituta, que lembre o posto. Soldado pode 
estar ligado a SOLDADOR. Cabo pode estar ligado 
a cabo de martelo ou de ENXADA. Sargento pode 
ter ligação com SAL e GENTE. Tenente estará 
ligado a TER MENTE ou, TEMENTE. 
Capitão pode ser CAPOTÃO (capota grande). Major 
será MAIOR. Coronel pode ser uma COROA 
usando ANEL. General lembra GERAL. Marechal 
pode ser MAR e CHALE, etc. 
Ligue o nome à fisionomia e encontre uma 
idéia que associe os três: nome, rosto e posto. São 
infindáveis as associações que podem ser 
relacionadas ao nome, ao rosto e ao posto. Só há 
um detalhe: você precisa treinar bastante essas 
técnicas para desenvolve-las e, em futuro próximo, 
tirar proveito do fato de ser capaz de lembrar o 
nome e o título (ou posto) da pessoa certa, no 
momento certo. Isso pode significar um emprego 
melhor, mais vendas, mais votos, mais lucros ou 
mais prestígio. De uma forma ou de outra, seus 
esforços serão recompensados. 
A partir de agora, toda vez que conhecer 
novas pessoas, saiba que será admirado, por 
lembrar corretamente os nomes e os dados de cada 
uma delas. Mentalize essa imagem e procure torna-
la real, sempre que tiver oportunidade para isso. 
Lembre-se: Só obtemos resultados com o 
POTENCIAL que usamos, e não apenas com o que 
temos. 
COMO MEMORIZAR NÚMEROS DE 
TELEFONES 
Esta também é uma técnica bastante 
simples. Lembras-se do método que usou para 
memorizar números? O sistema é o mesmo. 
Substitua os números por consoantes, para criar 
PALAVRAS SUBSTITUTAS. Depois faça uma 
associação com o nome do dono do telefone. Veja 
como é fácil: 
 
TEREZINHA – 220-
6433 
220 64 33 
 Ninar Saco Momo 
70 Mentalize-a tentando NINAR um SACO, 
com um MOMO dentro. 
EDUARDO – 5890-
8546 
58 908 546 
 Liga Dirige Loucos 
71 Imagine alguém que, com uma LIGA na 
cabeça, DIRIGE os LOUCOS. 
MADALENA – 346-
2270 
346 22 70 
 Micose Nenê Feira 
72 Mentalize-se com MICOSE, carregando 
um NENÊ na FEIRA. 
MARCOS – 6536-
8271 
6536 82 71 
 Salmos Gina Foto 
73 Mentalize um homem, com o livro de 
SALMOS na mão, e a GINA LOLOBRIGIDA olhando 
sua própria foto. 
 
GRAÇA – 542- 542 31 94 
 Lacinho Mato Boca 
74 Imagine a Graça com o LACINHO sujo de 
MATO. Tentando leva-lo à BOCA. 
Estes são apenas alguns exemplos. Use a 
imaginação e faça as ligações que melhor lhe 
aprouverem. 
OBSERVAÇÃO: Os nomes e números de 
telefones aqui usados, foram apanhados 
aleatoriamente. Qualquer coincidência com o número 
do telefone de pessoas reais terá sido mero fruto do 
acaso.EXERCÍCIO UM 
Agora anote o número do telefone de 
pessoas que você conhece, constantes de sua 
agenda. Aqui o exercício deve ser feito com pessoas 
conhecidas, pois você tem a fisionomia delas na 
memória. Basta associar esses dados com as 
palavras de fixação correspondentes ao número do 
telefone. Experimente. 
Preencha as linhas a seguir, usando a técnica 
que acabou de ser demonstrada. Faça isso agora. 
Desligue o som. 
* * * * * 
NOME TELEFONE PALAVRAS DE FIXAÇÃO 
Agora escreva os mesmos nomes da lista 
anterior e anote o telefone de cada uma das pessoas. 
NOME 
TELEFONE 
(Após terminar o exercício, torne a ligar o 
som_ 
COMO MEMORIZAR DATAS DE 
ANIVERSÁRIO 
É difícil lembrar o dia do aniversário das 
pessoas, ou outras datas importantes? Daqui por 
diante não será mais preciso recorrer a agendas ou 
cadernos de anotações para isso. O sistema de 
FIXAÇÃO (que você já conhece), pode ser utilizado 
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para memorizar datas ou qualquer informação que 
contenha números como: preços, modelos, 
endereços, códigos, etc. 
Quando quiser memorizar uma data 
relacionada a alguém, simplesmente associe essa 
pessoa à data, através do sistema de FIXAÇÃO. 
Por exemplo: a data do aniversário de 
minha amiga Rita é de abril. Ora, eu sei que 34 é 
MICO. Então vastaassociar Rita a MICO(34), para 
saber que ela nasceu a 3 de 4. 
Infelizmente, nem todas as datas podem ser 
transportadas para palavras de FIXAÇÃO da nossa 
lista básica de 1 a 100. Isso só será possível com as 
que caírem nos primeiros nove meses do ano e nos 
primeiros nove dias dos nove meses. Todas as 
demais datas formariam números de 3 e 4 dígitos. 
Portanto, é preciso usar um sistema diferente pois, 
se a palavra de fixação fosse, por exemplo, 
TUTANO (112), como saber se isso significa 1 e 12, 
ou 11 e 2? 
Uma vez que é preciso estabelecer 
distinção definida, o meio mais fácil é usar uma 
palavra de três dígitos para os primeiros nove 
meses do ano. Quanto a outubro, novembro e 
dezembro, empregue sempre duas palavras: uma 
para o dia e outra para um dos meses referidos. Aí 
não haverá dificuldades, pois sempre que encontrar 
apenas uma palavra de fixação, saberá que a última 
consoante representa o mês, de 1 a 9 (janeiro a 
setembro), e as outras consoantes representam o 
dia. Ao encontrar 2 palavras de fixação saberá que 
a ultima sempre representa os meses de outubro, 
novembro e dezembro (10, 11 e 12). Veja alguns 
exemplos: 
ALICE – tutano. Ao encontrar essa 
associação, saberá que o número é 112 e a data é 
11-2. 
MARTA – nega tina. Para esta associação, 
NÊGA representa o dia, que é 28 e TINA, o mês, 
que é 12. 
No caso da associação ser feita com uma 
palavra, a ultima consoante – que será sempre de 1 
a 9 – refere-se ao mês. 
COMO MEMORIZAR DATAS E DADOS 
IMPORTANTES 
As técnicas mostradas, para guardas datas 
de aniversario, reportam-se apenas a dia e mês, 
porque geralmente não interessa saber o ano em a 
pessoa nasceu. Mas quando se trata de data 
histórica, como 7 de setembro de 1822, é 
fundamental que se saiba também o ano. 
Nesta data específica, basta associar FUBÁ 
a NINA, pois fubá representa dia e mês e nina 
determina o ano (7-9-22). 
Para os meses que pedem dois dígitos, 
usar a mesma técnica que a usada para datras de 
aniversário, usando três palavras de fixação. 
 
EXERCÍCIO DOIS 
Vamos exercitar um pouco. Ao lado do nome 
das pessoas, coloque o número do telefone, 
representado pela associação feita. Desligue o som 
para fazer o exercício. 
* * * * * 
MARIZA – licor – nenê – fila 
VERA – mico – caixa – coco 
FERNANDO – nádega – nome – capa 
MACEDO – goteira – puma – feira 
ROSA – nafta – nome – xuxa 
AÇOUGUE – neófito – anta – bife 
FARMÁCIA – silicone – lata – pito – puma 
CABELELEIRA – água – teta 
Agora identifique as datas de aniversário, de 
acordo com as combinações feitas. 
ANTONIA – papa 
MARGARIDA – coco 
MERCEDES – touro – teta 
REGINA – nabo – tina 
MARIA – tomate 
PEDRO – nababo 
FERNANDO – água – teta 
* * * * * 
COMO MEMORIZAR OS SINAIS DO 
CÓDIGO MORSE 
A revolução francesa culminou com a tomada 
da Bastilha, fortaleza que guardava principalmente 
presos políticos. Isso ocorreu a 14 de Julho de 1789, 
em Paris. Contudo, esse fato só chegou ao 
conhecimento do povo de Madri, capital da Espanha, 
distante pouco mais de mil quilômetros dali, cerca de 
15 dias depois. Isso dá uma idéia da morosidade com 
que as notícias corriam na época. Os meios de 
comunicação eram morosos, incertos e imprecisos. 
Se, por terra, a transmissão de noticias era 
lenta e truncada. As informações eram levadas 
verbalmente ou por escrito, por intermédio de 
tripulantes e passageiros que atravessavam os 
mares. 
Somente no inicio do século XIX, quando o 
pintor e físico norte-americano Samuel Morse 
inventou o telégrafo elétrico, a comunicação à 
distancia (telecomunicação) tornou-se efetiva. Ele 
ainda fez mais que isso. Inventou um código que 
compreende um sistema rápido e preciso de 
comunicação. Chama-se CÓDIGO MORSE e, nos 
locais onde a tecnologia moderna não chegou, ainda 
é o único meio de comunicação. 
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Ao iniciar-se o século XX, essa forma de 
comunicação passou a ser regida por normas 
modernas e foram adotadas pela navegação do 
mundo todo. 
Conta-se que, nessa época, um navio 
cargueiro fazia viagem transatlântica quando 
iniciou-se um incêndio a bordo. Imediatamente o 
telegrafista passou a transmitir a informação a 
outros barcos, solicitando ajuda. Como não havia 
embarcações nas proximidades, essa ajuda custou 
muito a chegar. Durante quase uma hora ele 
transmitiu a latitude e a longitude do seu barco, 
narrando o incidente e pedindo socorro. 
A situação já era quase catastrófica quando, 
em pânico e cansado de emitir técnicos sobre a 
posição do navio, o telegrafista passou transmitir 
apenas as iniciais da mensagem: S O S . 
coincidência, ou não, essas letras – em código 
MORSE – são compostas de 3 pontos, 3 traços e 3 
pontos, sinais muito fáceis de ser transmitidos e 
mais fáceis ainda de ser entendidos por quem os 
recebe. 
Todos os tripulantes acabaram sendo 
salvos, graças à mensagem transmitida pelo 
telegrafista, em código MORSE. 
Comandantes de outros barcos que ouviram 
o pedido de socorro comentaram, depois, o modo 
original e pratico que o telegrafista usara para pedir 
socorro. 
Face à repercussão desse fato ficou 
estipulado que, a partir de então, o pedido de 
socorro em Código Morse – para qualquer 
dificuldade a bordo de qualquer navio – seria feito 
com a transmissão pura e simples dessas três 
letras: S O S, o que tornou a sigla mundialmente 
conhecida, mesmo fora do âmbito náutico, sendo 
usada até hoje. Nos nossos dias o sistema de 
satélites permite a comunicação quase instantânea 
entre as pessoas, o que tornou esse método 
obsoleto. Contudo, embora não dependa deste 
código para sua sobrevivência, você vai conhecer 
agora – à guisa de curiosidade – os sinais que 
regem o Código Morse e um modo fácil de 
memoriza-lo. 
O CÓDIGO MORSE 
Já que os pontos e traços do Código Morse 
nada significam, vamos dar-lhes sentido, 
simbolizando a letra R para o ponto, e as letras ou 
T, ou D, para o traço. 
Assim podemos formar palavras para cada 
letra do alfabeto. A visualização das palavras 
indicará o sinal de código de cada letra. Memorize 
esta lista. Desligue o som para fazer isso. 
A • - Rato N -• Tora 
B -••• Terror O --- Detido 
C -•-• Tortura P •--• Redator 
D-•• Torre Q --•- 
Doutorado 
E • Ar R •-• Reator 
F••-• Arretar S ••• Errar 
G --• Teatro T - Tia 
H •••• Arreio U ••- Arredio 
I •• Arar V •••- Rua Arruada 
J •--- Réu Tatuado W •-- Reduto K 
-•- Truta X -••- Torrada L 
•-•• Retrair Y -•-- Tratado M 
-- Tatu Z --•• Dedurar 
(se já memorizou, volte a ligar o som) 
Agora, associe as palavras às letras, de modo 
que uma lembre a outra. Como auxílio, empregue um 
adjetivo que comece com a própria letra associada. 
Por exemplo: Alvo RATO, Bruto TERROR, Cálida 
TORTURA, etc. Desligue o som e estude os outros 
sinais. 
Numeração 
1 •---- Raio Detetado 
2 ••--- Arroz Datado 
3 •••-- Urrou o Rio Tonto 
4 ••••- Réu Errara o Toco 
5 ••••• Ronronara no Porre 
6 -•••• Derrubaria... 
Sinais de pontuação 
 
 
 
PONTO 
-•-•- 
 
rato roeu o trapo
teu 
VIRGULA 
DOIS 
PONTOS 
INTERROGAÇÃO 
PARÊNTESES 
ASPAS 
-••-- 
--••• 
•--•• 
•--•- 
dedo raro dita 
deitado arranca a
raiz arrisca o dado e
arranha Dara todo resto 
rei derrota o real 
(volte a
ligar o som) 
 
Conte as letras R, T e D, na formação das 
palavras-chave. Desconsidere as demais. 
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Conhecendo a posição de cada letra e 
usando a palavra de fixação, será fácil memorizar o 
Código Morse. Você não terá – no inicio – a 
velocidade de um telegrafista mas, com a prática 
contínua, isso pode ate acontecer. 
CÓDIGO AERONÁUTICO 
Outro sistema efetivo de comunicação é 
aquele usado na aeronáutica. Quem já se viu em 
situação embaraçosa ao tentar transmitir uma 
palavra difícil, pelo telefone, sabe nem sempre é 
fácil fazer-se entender, principalmente em 
comunicação à distancia. Pode ocorrer o que 
aconteceu com aquele casal de namorados que se 
despedia, ao final de uma ligação interurbana. 
 
* * * * * 
-Está bem, querido. Vou desligar. Um beijo! 
- O que?... Um queijo? 
- Não! Be...i...jo! Vou soletrar. B, de burro... 
- Você está me chamando de Burro?!!! 
- Não! Estou soletrando a palavra. B. de 
burro; E, de elefante; I, de... idiota... 
- Ora! Idiota é você, sua malcriada! 
- Sossegue, meu amor. Recapitulando: 
burro, elefante, idiota, Jorge... 
- Espere. Jorge com jota, ou com ge? 
- Com Jota, e... finalmente... Otávio. 
- Você me chamou de otário? 
* * * * * 
Bem!... Não é preciso dizer como terminou 
aquela ligação telefônica mas, a partir de agora, 
você terá meios de evitar esse tipo de vexame. 
Quando uma aeronave se comunica com a 
torre de controle, o piloto precisa identificar-se 
através de siglas que poderiam ser facilmente 
confundidas. Para impedir que as informações 
sejam truncadas foi criado um código de palavras-
chave graças ao qual esse perigo é eliminado. Esse 
código consiste em uma palavra internacional 
específica para simbolizar cada uma das letras do 
alfabeto. A principal vantagem é que, além de 
serem palavras curtas e fáceis de ser 
compreendidas, elas são internacionais, portanto 
compreensíveis na maioria dos idiomas.Vamos a 
elas: 
 
 
 
 
 
CÓDIGO INTERNACIONAL DE 
SOLETRAÇÃO 
 
ALFA JULIET SIERRA 
BRAVO KILO TANGO 
CHARLIE LIMA UNIFORM 
DELTA MIKE VICTOR 
ECO NOVEMBER WHISKY 
FOX OSCAR X-RAY 
GOLF PAPA YANKEE 
HOTEL QUEBEC ZULU 
INDIA ROMEO 
Através deste código você estará apto a 
transmitir verbalmente com segurança, qualquer 
nome ou sigla, por complicado que seja. 
PALAVRAS SUBSTITUTAS 
De vez em quando você encontrará 
pequenas informações que parecem feitas de 
encomenda para associações conscientes. Por 
exemplo, o vulcão Fujiama, no japão, tem 12.365 pés 
de altura. Basta associar esse número a calendário, 
para guardar essa informação (12 meses e 365 dias 
do ano). 
Habituar-se a compor palavras substitutas, 
com rapidez e facilidade, é a melhor providencia para 
adquirir boa memória. O importante é a imagem 
criada na mente, e não a palavra ou pensamento 
substituto. A capital do Novo México é Santa Fé. 
Imagine uma santa usando chapéu mexicano e é 
provável que se lembre para sempre desta 
informação. A capital do estado de Montana é 
Helena. Visualize uma amiga chamada Helena, 
subindo uma montanha, para guardar essa 
informação. Florianópolis é a capital de Santa 
Catarina. Mentalize Santa Catarina vendendo flores. 
As associações são infinitas. 
CONCLUSÃO 
Se você seguiu corretamente as instruções e 
efetuou os exercícios programados, está preparado 
para ter uma memória extraordinária. Vai depender 
apenas de você mesmo, de sua determinação em 
praticar e de seu desejo para alcançar o objetivo que 
você estipulou, ao adquirir este programa. 
Com o tempo vai notar que elas se tornam 
cada vez mais fáceis, mais eficientes e instantâneas. 
Ao fim de algum tempo, constatará que as 
associações acontecem inconscientemente, e que 
você adquiriu o habito de memorizar tudo o que 
necessitar. Todavia, é preciso não confundir distração 
com memória fraca, pois são duas coisas distintas. 
Pessoas com boa memória podem ser distraídas. 
Você, porém, já está pronto para ter memória 
treinada. Acreditamos que esteja curado deste 
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problema, caso ainda o tivesse. A distração nada 
mais é do que, FALTA DE ATENÇÃO. Se prestar 
atenção onde coloca os objetos saberá onde 
encontrá-los. Ocorre que as pequenas coisas que 
fazemos sempre – como colocar objetos em 
qualquer lugar – não são bastante importantes para 
ocupar espaço em nossa mente. Portanto, nos 
esquecemos de quase tudo. 
Por falar em esquecer... 
* * * * * 
Um homem contava ao amigo que ele e a 
esposa haviam acabado de concluir um seminário, 
onde aprendera varias técnicas de memorização. 
Cheio de entusiasmo, ele descrevia como haviam 
sido as aulas, quando o amigo demonstrou 
interesse pelo curso. Ao perguntar-lhe em que 
bairro ficava aquela escola, ele ficou pensativo por 
um instante e, ainda titubeante, perguntou: 
- Como é o nome daquela flor que tem 
espinhos? 
- Rosa – respondeu o outro. 
- Isso mesmo! – ele completou. – Rosa! 
Onde é mesmo que fica a escola onde nós fizemos 
o seminário? 
* * * * * 
É isso aí! Nada pode ser aprendido se não 
houver empenho e determinação, em tudo o que se 
faz. Adquirir uma técnica nova e mante-la guardada 
em apostilas, nada representa. É preciso colocá-la 
em prática. Esse conceito se encaixa para tudo. Por 
exemplo: se costuma esquecer o guarda-chuva no 
escritório, associe esse objeto a ultima coisa que 
normalmente faz, ao sair de lá. Se é você quem 
fecha o escritório, mentalize-se usando o guarda-
chuva, em lugar da chave. 
Se lhe pedirem que compre algo ao voltar 
para casa, associe esse algo a loja ou ao 
supermercado que existe no trajeto até suam casa. 
Assim que avistar o estabelecimento, a lembrança 
do que precisa comprar saltará a sua mente 
consciente, pois ela já estava registrada no 
inconsciente. A imagem do local, atrelada aquele 
algo, saltará para a mente consciente. Isto ocorre 
porque, costumeiramente, usamos melhor a 
memória visual, conforme já foi explicado. 
Ao concentrar-se e se empenhar a fundo 
para adquirir boa memória, você começará a sentir-
se satisfeito com os resultados, ficará motivado a 
continuar o processo e, antes que perceba, terá 
adquirido um hábito valioso. 
Lembre-se de que os olhos não podem ver 
se a mente está ausente, quando as coisas são 
feitas sem atenção. A idéia de fazer associações vai 
levá-lo a pensar no que está fazendo durante uma 
fração de segundo. Isso é tudo o que você precisa. 
Fácil, não é? 
Despenda um pouco de esforço, a princípio. 
Dentro de pouco tempo ficará gratificado 
e feliz por tê-lo feito pois, O Homem não se 
define no que É mas, no que vai deixando de ser, no 
rumo do que SERÁ. 
Desejo-lhe todo o sucesso, na jornada que 
você agora inicia. Aqui termina a sua reciclagem de 
MEMORIZAÇÃO. 
SUPLEMENTO 
SISTEMAS AUXILIARES (para 
emergências) 
É possível manipular e adaptar os sistemas 
aqui mostrados, para resolver qualquer problema com 
relação à memória. Eis alguns exemplos: 
Além do alfabeto fonético, há algumas idéias 
que podem ser usadas para uma lista de palavras de 
fixação, de emergência. O importante é que cada 
palavra de fixação crie uma imagem diferente, em 
sua mente. 
Existem dois métodos para isso. No primeiro 
basta usar as 23 letras do alfabeto, excluindo-se o K, 
o W e o X. 
Basta compor uma palavra para cada letra do 
alfabeto, com sons que se assemelham a cada letra, 
ou com palavras que comecem com cada letra do 
alfabeto. Exemplos: 
Au, Bi, Ceia, Ébolo, Efe , etc. (sons 
semelhantes) 
Aia, Boi, Caio, Dio, Eu, Fio, Guia, etc. (cada 
palavra, começa com a letra correspondente, do 
alfabeto) 
Se fizer uma relação de 23 palavras, estudá-
las algumas vezes, escolhendo uma imagem para 
cada uma, você terá na memória uma lista de fixação 
para emergências. 
Outra idéia é formar uma listade objetos que 
se assemelhem aos números que representam. 
LÁPIS poderá equivaler a 1; CISNE pode ser 2; 
TREVO DE TRÊS FOLHAS será o número 3. 
CADEIRA pode ser 4; ESTRELA DE CINCO 
PONTAS será o 5, e assim por diante. 
Nenhum pensamento ou imagem será 
exagerado. Se servir para mentalizar um número, 
então é adequado para você. Deixe sua imaginação 
trabalhar. Você compreendeu que o sistema de 
fixação, com o equivalente de número e letra, é 
inigualável, pois pode ser ampliado para mais de 
1.000 palavras, se assim lhe aprouver. 
Mas os sistemas mostrados neste programa 
não o ajudarão em nada, se não aplica-los 
constantemente. Pratique diariamente, fazendo 
associações conscientes, ate dominar 
completamente esta programação. 
 
 
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EXERCÍCIO DE RELAXAMENTO 
RELAXAMENTO MUSCULAR-MENTAL 
Nada se aprende sem EMPENHO. O 
empenho demanda DESEJO. Quando verdadeiro, o 
desejo leva a DETERMINAÇÃO. Determinação 
obriga CONCENTRAÇÃO. Falta de concentração 
traz CANSAÇO. O cansaço impede uma boa 
ASSIMILAÇÃO. Uma assimilação pobre atrapalha o 
EMPENHO. Esses fatores, desencadeados nessa 
ordem, abatem o ENTUSIASMO e impedem o bom 
DESEMPENHO. 
Para quebrar esse circulo vicioso, há uma 
coisa inteligente a ser feira e essa coisa se chama 
RELAXAMENTO MUSCULAR-MENTAL. Para isso 
existem exercícios, como os que vamos fazer 
agora. 
Se quiser obter bons resultados na 
reciclagem que está fazendo, é importante que 
execute estes exercícios antes de cada etapa, toda 
vez que sentir cansaço ou dificuldade em absorver 
as instruções. Quando chegar cansado do trabalho. 
Sempre que sentir dificuldade em conciliar o sono. 
Ou quando seu bom-senso determinar. 
Quando bem feito, ele alivia as tensões, 
proporciona bem-estar físico e mental, alem de 
permitir raciocínio mais rápido e melhor 
assimilação. Siga as instruções de forma que forem 
sendo recomendadas. Faça com respeito, para 
alcançar bons resultados. 
Para que o cérebro trabalhe em harmonia é 
preciso que ele esteja correta e regularmente 
oxigenado. Isso se consegue através de uma 
respiração bem feita. 
Recolha-se a um lugar onde possa ficar 
isolado. Afrouxe as roupas, retire os óculos, relógio 
e qualquer outra coisa que possa dificultar o 
exercício. Evite cruzar braços e pernas. Se possível, 
escureça o ambiente. A ausência de luminosidade 
evita distrações e ajuda na concentração. Se você 
fechar os olhos, o exercício será ainda mais efetivo. 
Vamos começar com os exercícios 
respiratórios, conforme foram explicados na 2ª 
etapa. Lembra-se? Caso não se lembre, volte a 
consultar aquela etapa, pois você vai repetir as 5 
respirações lá mostradas, para fazermos 
RELAXAMENTO. Vá fazer a consulta. Desligue o 
som e só volte a liga-lo quando estiver preparado. 
Faça isso agora. O restante deste exercício está 
apenas gravado. 
* * * * * 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES 
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O prazo entre a publicação do edital e a 
aplicação das provas é curto para iniciar a 
preparação devido ao programa e à quantidade de 
matérias exigidas. 
Geralmente, este prazo é de 45 a 90 dias. 
Então, para ter um maior êxito no concurso o ideal 
é se preparar antes do edital. 
ESCOLHENDO AS MATÉRIAS PARA 
ESTUDAR 
Alguns fatores devem ser considerados na 
escolha das matérias para estudar antes do edital: 
Geralmente, não sabemos a época em que 
se realizam as matérias, os programas abordados 
ou quando será o próximo concurso pois, ao 
contrário dos vestibulares, não há como fazer estas 
previsões em concursos públicos: é um processo 
que se altera constantemente. 
Como vimos anteriormente, é o chefe do 
executivo (prefeito, governador ou presidente) que 
determina o número de vagas e autoriza a 
realização de concursos dependendo das 
necessidades e do orçamento disponível. Portanto, 
não há como prever quais as carreiras, quantas 
vagas e nem quando serão autorizadas novas 
contratações e, conseqüentemente, realizados 
novos concursos. 
Não sabemos se as matérias e o conteúdo 
programático do próximo concurso serão iguais às 
do último; 
Como o concurso público é um tipo de 
seleção de pessoal para verificar dentre os 
interessados quais os mais aptos para a função, o 
dirigente do órgão público, juntamente com a 
empresa 
Organizadora, pode alterar as matérias em 
relação ao último concurso realizado, até para 
mudar 
O perfil do novo funcionário contratado. 
A desatualização das leis ou códigos 
eventualmente exigidos em concursos. 
Quem acompanha a área jurídica sabe que 
diariamente ocorrem alterações de leis e códigos. 
Mas qual atualização vale para concursos? 
A regra é a seguinte: no concurso são 
cobradas as atualizações das leis até a data de 
publicação do edital. 
Baseando nos concursos mais concorridos, 
verificamos que algumas disciplinas são comuns na 
maioria deles: são as chamadas disciplinas básicas. 
Outras disciplinas são exigidas em poucos 
concursos ou somente para uma carreira: são as 
chamadas disciplinas específicas. 
Para estudar antes do edital o candidato 
deve: 
Estudar as matérias básicas, comuns à maior 
parte dos concursos em que está interessado. 
Evitar estudar matérias específicas de 
poucos concursos e matérias que sofram constantes 
atualizações como as de legislação. 
Baseando em concursos anteriores podemos 
classificar as matérias comuns dependendo da área 
da carreira do concurso: 
Matérias básicas para concursos da área 
fiscal (ensino superior): Português, Raciocínio Lógico, 
Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito 
Tributário, Matemática Financeira, Contabilidade, 
Estatística, Economia, Inglês e Informática. 
Matérias básicas para concursos da Polícia 
Federal (ensino superior): Português, Raciocínio 
Lógico, Direito Constitucional,Direito 
Administrativo, Direito Penal, Direito Processual 
Penal, Matemática Financeira, Contabilidade, 
Economia, Administração, Redação e Informática. 
Matérias básicas para concursos da área dos 
Tribunais (ensino médio): Português, Matemática, 
Raciocínio Lógico, Direito Constitucional, Direito 
Administrativo, Direito Penal, Direito Proc. Penal e 
Direito Proc. Civil. 
Matérias básicas para concursos da Polícia 
Civil (ensino médio): Português, Raciocínio Lógico, 
Matemática, História, Geografia, Atualidades e 
Informática. 
Por outro lado, existem matérias específicas 
para determinados concursos como o Regulamento 
do ICMS de determinado estado. Estudando antes do 
edital uma matéria específica o candidato corre os 
seguintes riscos: 
Que a lei relacionada com da referida matéria 
sofra alterações antes do edital, tornando o que o 
candidato estudou desatualizado e, 
conseqüentemente, errado; 
Que abram inscrições para um concurso em 
que não seja cobrada esta matéria prejudicando o 
candidato que poderia ter estudado uma matéria 
básica que será cobrada neste novo concurso; 
Que haja alterações no conteúdo 
programático; 
 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICAS DE REDAÇAO 
Meu Deus do céu, não tenho nada a dizer. 
O som de minha máquina é macio. 
Que é que eu posso escrever? Como 
recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu 
meio de comunicação. Eu só poderia amá- la. Eu 
jogo com elas como se fossem dados: adoro a 
fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a 
barreira do som. Cada palavra é uma idéia. Cada 
palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras 
eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu 
sentimento. Devemos modelar nossas palavras até 
se tornarem o invólucro mais fino dos nossos 
pensamentos. 
(Clarice Lispector - A descoberta do mundo Rio de 
Janeiro, Nova Fronteira, 1984) 
... De qualquer forma o prazer não implica 
facilidade, ele é trabalho e procura e construção: o 
prazer da escritura não se separa do prazer da 
leitura. Quem escreve é o primeiro leitor de si 
próprio. 
(Joaquim Brasil - O impossível prazer do texto - 
Leitura: Teoria & Prática, ABL/UNICAMP, 1993, no 22) 
Você sabe que as palavras nos 
singularizam enquanto seres capazes de razão, de 
emoção, de imaginação... e, quando 
comunicamos nossas mensagens, seres 
plenamente capazes de linguagem. Mas, onde 
estão as palavras? ... Cada um de nós se 
pergunta a cada situação de mudez, de impotência 
diante dos sentimentos e pensamentos que 
buscam sair do limbo, que precisam traduzir-se em 
opiniões, argumentos, histórias, enfim, em 
intervenções na realidade. 
E, no entanto; sabemos a resposta: as 
palavras estão dentro de nós, elas nos revelam à 
medida que vencemos os bloqueios e as camisas-
de-força que as reprimem. 
Nesta apostila, vamos procurar reconquistar 
nossas palavras. Aquelas palavras que fogem, 
quando é preciso redigir. 
As palavras com as quais - se souber 
articulá-las - você povoa o mundo de sua 
humanidade, de sua competência, da 
especificidade que possui, enquanto produtor de 
um texto próprio. O texto próprio é aquele que não 
se confunde com nenhum outro, embora obedeça a 
técnicas e orientações comuns. 
Pensando especificamente na linguagem 
escrita, a proposta deste trabalho consiste 
justamente em apresentar técnicas e orientações 
sobre redação, conjugando-as com a necessidade 
de originalidade. Talvez a mais importante de 
todas, num mundo cada vez mais massificado, 
mais achatador das diferenças, e, portanto, mais 
pobre de dizeres expressivos. 
O objetivo primordial é orientar, do ponto de 
vista técnico e criativo, a prática da escritura do 
texto, em suas diversas modalidades e contextos de 
produção, para qualquer situação em que seja 
necessário redigir, e também para o exercício da 
linguagem escrita enquanto atividade vital da 
Expressão e da Comunicação humanas. 
Portanto, se gostar da apostila, se a 
manusear a cada consulta com maior familiaridade, 
você com ela vai se sentir seguro, se saber capaz 
de enfrentar as redações que Ihe são solicitadas nos 
exames vestibulares, nos concursos, nos desafios 
profissionais, no dia- a-dia da escola, do trabalho, 
dos relacionamentos. 
Trata-se, enfim, de uma apostila para a 
vida, para deflagrar algo que Ihe pertence e que 
busca espaço de expressão, dentro de você: a sua 
linguagem, os seus pontos de vista, a descoberta da 
travessia rumo ao amadurecimento de sua 
capacidade de interlocução que se dá pelas 
palavras que tem; reinventadas. 
Escrevendo com gosto, com imaginação 
motivada pelo desejo, provavelmente você escreverá 
melhor e mais expressivamente, do que se optar 
por fórmulas prontas, pensando apenas em 
supostas facilidades. A sabedoria está em conjugar 
lucidez e poeticidade, lógica e criação. Pensar 
criadoramente, com lógica; criar logicamente, com 
imaginação. 
COMO SE ORGANIZA E COMO UTILIZAR 
A APOSTILA 
Esta apostila possui três grandes núcleos - 
Descrição, Narração, Dissertação - os quais 
correspondem aos três tipos de textos fundamentais. 
Em torno de tais núcleos são abordadas, em 
forma de verbetes e/ou de unidades temáticas, as 
principais características das modalidades. Esta 
abordagem priorizará sua utilização prática, isto é, 
focalizará, através de exemplos comentados, os 
meios de operacionalizá-las com competência 
técnica e capacidade criadora. 
Assim, após uma apresentação geral, 
significativamente denominada Dicas e 
Pressupostos para a realização de um bom 
texto, passaremos aos núcleos propriamente ditos. 
O núcleo I será dedicado à Descrição, o 
núcleo II à Narração e o núcleo III à Dissertação. 
De acordo com seus interesses, suas 
dúvidas e necessidades, você escolhe o seu roteiro 
de leitura, tanto em relação ao(s) verbete(s) 
temático(s) no(s) qual(is) quer se concentrar, quanto 
em relação ao(s) tópico(s), dentro de cada um deles, 
que pretende desenvolver. 
Trata-se, enfim, de uma obra de consulta, 
que substitui a leitura linear por aquela instigada 
pelos objetos e objetivos de conhecimento e de 
reflexão surgidos no cotidiano, à propósito de 
situações concretas de produção textual. 
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Apresentação Geral: pressupostos e 
sugestões para a realização de um bom texto 
Seja como for, todas as "realidades" e as 
fantasias" só podem tomar forma através da 
escrita, na qual exterioridade e interioridade, 
mundo e ego, experiência e fantasia aparecem 
compostos pela mesma matéria verbal; as visões 
polimorfas obtidas através dos olhos e da alma 
encontram-se contidas nas linhas uniformes de 
caracteres minúsculos ou maiúsculos, de pontos, 
vírgulas, de parênteses; páginas inteiras de sinais 
alinhados, encostados uns nos outros como grãos 
de areia, representando o espetáculo variegado do 
mundo numa superfície sempre igual e sempre 
diversa, como as dunas impelidas pelo vento do 
deserto. 
(Ítalo Calvino - Seis Propostas para o Próximo 
Milênio - São Paulo, Companhia das Letras, 1990) 
Neste espaço introdutório, vamos enumerar 
alguns pressupostos básicos necessários para uma 
boa produção textual, independentemente da 
modalidade escolhida. Vamos, também, relacionar 
tais pressupostos com sugestões que lhes facilitem 
a compreensão e a operacionalização. 
Leia e releia cada uma das orientações, 
sem se preocupar com detalhes sobre a forma de 
viabilizá-las, na especificidade de cada tipo de 
texto redigido. Seu conteúdo será retomado ao 
longo de toda a apostila, nos verbetes e tópicos 
apresentados. 
 Ter o domínio correto da língua e o 
conhecimento de seus mecanismosbásicos, em 
termos de estrutura / coerência / vocabulário / 
clareza / correção de linguagem. 
Para atingir este pressuposto, é necessário 
familiarizar-se com a língua escrita culta, o que 
conseguimos por meio da leitura de diversos 
tipos de textos e também da consulta 
sistemática a gramáticas e dicionários. 
 Ter a capacidade de deflagrar e de 
organizar idéias: saber conjugar "inspiração" e 
"transpiração". 
Organizar as idéias, necessariamente, 
opõe-se à fragmentação com que aparecem em 
nossa mente. Pensamos numa velocidade e 
escrevemos em outra. Precisamos, então, para 
escrever, por um lado permitir e incentivar o fluxo 
de nossas idéias, e por outro organizá-las, isto é, 
perceber e explicitar as relações que há entre elas. 
Para a realização eficiente deste processo, 
é necessário primeiro respeitar os mecanismos da 
chamada "inspiração", ou seja: 
MOMENTO CRIADOR: INSPIRAÇÃO 
 Não inibir o que vem à mente a partir da 
necessidade de escrever algo, seja o que for. 
 Rascunhar o que for aparecendo com a 
preocupação única de ser fiel ao fluxo de 
percepções, intuições, divagações, sentimentos, 
pensamentos etc, deflagrados pelo tema proposto 
(lembre-se de que "palavra-puxa-palavra": você 
precisa conquistar um ritmo de desenvoltura e de 
familiaridade com a palavra escrita, para que por 
meio dela se perceba mais criativo; suas palavras, 
liberadas, podem surpreender-Ihe positivamente a 
auto-imagem, enquanto ser capaz de expressão, de 
comunicabilidade e, portanto, de linguagem). 
 Transformar em hábito tal procedimento, 
sistematicamente anotando observações, insights e 
opiniões sobre o que acontece de interessante no 
cotidiano, seja em experiências vividas, seja em 
leituras, em contato com as pessoas, a TV, o cinema 
etc. 
MOMENTO DE ARQUITETURA: 
"TRANSPIRAÇÃO" 
Em seguida, é hora da "transpiração": a 
montagem do texto, a escolha do que deve ficar e 
do que deve sair; se necessário, acrescente algumas 
coisas e retire outras, "enxugando" e "refinando" o 
que escreveu. Consulte uma gramática e um 
dicionário para a realização da tarefa. Após esta 
seleção, ordenar as frases, fundamentalmente a 
partir de dois critérios: 
 Perceber a diferença entre o principal e o 
secundário, hierarquizando a seqüência de 
parágrafos de modo a tornar claro, legível e 
interessante o seu texto ao leitor. 
 Saber conciliar ponto de vista, opinião, 
tomada de posição com argumento, fundamentação, 
subsídio para que aquilo que você viu, relatou ou 
questionou tenha consistência fora de você, isto é, 
possua vínculo lógico com o real e ao mesmo 
tempo possa despertar prazer em quem lê. 
Seja num tipo de percepção sobre um 
determinado objeto que pretende descrever, seja no 
sentido de um evento real ou imaginário que almeja 
narrar, seja numa tese que gostaria de defender, isto 
é, na Descrição, na Narração e/ou na Dissertação, a 
base do bom texto está no equilíbrio entre afirmar 
(ou sugerir) e subsidiar com elementos pertinentes a 
afirmação. 
 Pensar criadoramente, com lógica; criar 
logicamente, com imaginação: nunca devemos nos 
esquecer de que um bom texto ao mesmo tempo 
deve convencer (por meios lógicos) e persuadir 
(por meios retóricos), quer dizer, deve chegar à 
razão, à inteligência, e também ao coração, aos 
sentimentos. Por isso, não podemos separar uma 
coisa da outra; ao contrário, é fundamental saber 
conjugar lucidez e poesia, lógica e criação. Assim, o 
que temos a expressar revela ao mesmo tempo 
saber e sabor, o que seduz e portanto engaja quem 
nos lê ao nosso texto. 
 Adquirir e/ou depurar uma constante prática 
de leitura: o ato de escrever está muito ligado ao ato 
de ler. Ambos devem ser realizados de maneira 
crítica, atenta, quer dizer, não mecânica nem 
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passiva, tomando-se o leitor um criador, capaz de 
pensar por si mesmo e ao mesmo tempo de 
dialogar criticamente com o que lê para produzir o 
seu texto. 
 Relacionar texto e contexto, ou seja, o 
tipo de texto a ser produzido precisa ser 
compatível com a situação concreta que deflagra a 
sua produção. Assim, ao fazermos um relatório, um 
memorando, uma circular etc, devemos cuidar 
sobretudo da precisão do vocabulário, da 
exatidão dos pormenores e da sobriedade da 
linguagem. Por outro lado, ao realizarmos uma 
narração imaginativa: (por exemplo para criar um 
texto publicitário, ou de ficção), a elegância e os 
requisitos da expressividade lingüística - como os 
tons afetivos e as explorações de polissemia - são 
prioridades. Entretanto, estas coisas não são 
estanques: o esclarecer convencendo e o 
impressionar agradando andam juntos, como 
veremos ao longo de todo o livro. 
1o NÚCLEO - DESCRIÇÃO 
1 - Definição: o que é descrever 
Descrever é representar com palavras 
um objeto - uma coisa, uma pessoa, uma 
paisagem, uma cena, ou mesmo um estado, um 
sentimento, uma experiência etc - 
fundamentalmente por meio de nossa percepção 
sensorial, nossos cinco sentidos: visão, tato, 
audição, olfato e paladar. 
No texto descritivo, o sujeito cria uma 
imagem verbal do objeto - entenda-se a palavra no 
sentido mais amplo possível -, dando suas 
características predominantes, apresentando os 
traços que o singularizam, de acordo com o objetivo 
e o ponto de vista que possui ao realizar o texto. 
Leitura Comentada: Um Texto Descritivo 
Ela possuía a dignidade do silêncio. Seu 
porte altivo era todo contido e movia-se pouco. 
Quando o fazia, era como se estivesse procurando 
uma direção a seguir; então, encaminhava-se 
diretamente, sem desvios, ao seu objetivo. 
O cabelo era louro-dourado, muito fino e 
sedoso, as orelhas pequenas. Os olhos tinham o 
brilho baço dos místicos. Pareciam perscrutar 
todos os mistérios da vida: profundos, serenos, 
fixavam-se nas pessoas como se fossem os olhos 
da consciência, e ninguém os agüentava por muito 
tempo, tal a sua intensidade. O olho esquerdo tinha 
uma expressão de inquietante expectativa. 
Os lábios, de rebordos bem definidos, eram 
perfeitos e em harmonia com o contorno do rosto, 
de maçãs ligeiramente salientes. O nariz, quase 
imperceptível na serenidade meditativa do 
conjunto. Mas possuía narinas que se dilatavam 
nos raros momentos de "cólera sagrada", como 
costumava definir suas zangas. 
A voz soava grave e profunda. Quando 
irritada, emergia rascante, em estranha autoridade, 
dotada de algo que infundia respeito. Tinha um 
pequeno defeito de dicção: arrastava nos erres por 
causa da língua presa. 
A mão esquerda era um milagre de 
elegância. Muito móvel, evolucionava no ar ou 
contornava os objetos com prazer. No trabalho, ágil 
e decidida, parecia procurar suprir as deficiências 
da outra dura, com gestos mal controlados, de dedos 
queimados, retorcidos, com profundas cicatrizes. 
Cumprimentava às vezes com a mão 
esquerda. Talvez por pudor, receosa de constranger 
as pessoas, dirigia-se a elas com economia de 
gestos. Alguns de seus manuscritos eram quase 
ilegíveis. Assinava com bastante dificuldade, mas 
utilizava ambas as mãos para datilografar. 
Era profundamente feminina, exigia e se 
exigia boas maneiras. Bem cuidada no vestir, 
vaidosa, mas sem sofisticação. 
Nunca saía sem estar maquilada e trajada às 
vezes com algum requinte: turbante, xale, vários 
colares e grandes brincos. O branco, o preto e o 
vermelho eram uma constante em seu guarda-roupa. 
O batom geralmente era de tom rubro forte; 
o rímel negro, colocado com sutileza, aumentava a 
obliqüidade e fazia ressaltar o verde marítimo dos 
olhos. Indiscutivelmente era mulher interessante, de 
traços nobres e, talvez, inatingível. 
Quanto à afetividade, acreditava que, 
quando um homem e uma mulher se encontram num 
amor verdadeiro, a união é sempre renovada, pouco 
importando brigas e desentendimentos. 
Ambicionava viver numa voragemespecialmente, conversar 
sobre o tema. Não terá nada a ganhar com isso. 
Pense no que virá. Não se torture com o que 
passou. Não dê atenção àqueles que dizem que a 
prova estava fácil. Normalmente, quem fala demais 
sabe de menos. Não deixe se impressionar ou 
deprimir por esses comentários de concorrentes que 
só querem fazer terrorismo e tirar um pouco de sua 
calma. 
BOA SORTE !!! 
 
ANOTAÇÕES 
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A carreira pública é cada vez mais 
valorizada no Brasil como meio seguro de ingresso 
e permanência no mercado de trabalho, oferecendo 
muitas vantagens em relação à iniciativa privada, 
como estabilidade, maior salário, possibilidade de 
ascensão profissional e uma série de direitos e 
benefícios diferenciados. 
Estabilidade 
É um dos fatores que mais motivam os 
candidatos a uma vaga no setor público. Ao 
contrário de um trabalho da iniciativa privada, que 
pode ser demitido a qualquer momento, um 
servidor público que ingressou na carreira pública 
por meio de concurso adquire estabilidade após 
três anos de trabalho. Depois disso, normalmente, 
ele só perde o cargo (é exonerado) se cometer 
falta grave, à qual cabem diversos recursos, em que 
lhe é oferecido amplo direito de defesa. 
O direito de defesa à estabilidade não 
se estende aos servidores que ocupam cargos 
temporários ou comissionados (cargos de 
confiança), nem aos trabalhadores de empresas 
cujo contrato é regido pela CLT (neste caso, no 
entanto, a justiça tem assegurado o direito à 
estabilidade aos concursados). 
Maiores Salários 
A carreira pública geralmente oferece 
salários melhores que a iniciativa privada. Os 
salários variam conforme o nível de formação 
exigido para o cargo (fundamental, médio, técnico, 
superior) e a complexidade da função. Os reajustes 
seguem o princípio da isonomia: são aplicados os 
mesmos índices, e nas mesmas datas, para os 
servidores com atribuições iguais ou semelhantes. 
Contudo, os valores são diferentes entre os 
Poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário) e as 
esferas de governo (federal, estadual, distrital, 
municipal). 
Direitos e benefícios 
Além dos direitos comuns a todos os 
trabalhadores formais (férias, 13º salário, etc.), o 
servidor recebe adicional por tempos de serviço – 
um percentual sobre o salário de acordo com o 
número de anos trabalhados (quanto mais tempo, 
mais o alto o percentual) e gratificações especiais, 
conforme o perfil do cargo. 
As licenças remuneradas incluem desde 
afastamento de três a cada cinco anos 
trabalhados, para realizar cursos de capacitação e 
reciclagem, licença-prêmio, licença não-remunerada 
por períodos de até dois anos, abono de 
determinado número de faltas anuais, entre outros. 
Algumas carreiras também oferecem planos 
de previdência complementar. 
Ascensão profissional 
Os funcionários públicos desfrutam de 
sistemas de promoção de cargos e salários e 
progressão por tempo de serviço. Em grande 
parte das secretarias, autarquias, fundações, 
empresas e de outros órgãos públicos, vigoram 
processos de avaliação de competência como 
critério para a ascensão profissional. Quem investe 
mais na própria formação tem mais chance de 
ascender na profissionalmente. Em muitos casos, a 
realização de cursos ou de outros processos de 
aprimoramento profissional representa aumento 
ou gratificação salarial, independente da 
mudança ou não de cargo. 
Sem experiência anterior 
A grande maioria dos concursos dirigidos a 
pessoas de nível médio (dos quais também podem 
participar pessoas com nível superior) não exige 
experiência anterior, o que, ao contrario da 
iniciativa privada, abre oportunidades a jovens 
em busca do seu primeiro emprego. Nos 
concursos de nível superior, exceto em algumas 
carreiras, não se exige formação especifica. E o 
caso, por exemplo, da maioria dos cargos abertos 
na Receita Federal e no INSS, dois dos órgãos mais 
disputados por concursandos. 
Aposentadoria 
Os funcionários públicos gozam de sistema 
próprio de aposentadoria, que varia nos âmbitos 
federal, estadual e municipal. Em geral, suas 
aposentadorias são mais elevadas a dos 
trabalhadores da iniciativa privada, que se 
aposentam pelo regime geral da previdência 
(INSS). Servidores que atendem a requisitos 
impostos por emendas constitucionais aprovadas 
em 1998 e 
2003 aposentem-se com salário integral e 
têm reajustes semelhantes a dos servidores que 
estão em atividade. Para se aposentar, o servidor 
deve cumprir alguns requisitos, como idade mínima, 
tempo de retribuição e tempo mínimo de exercício 
no serviço publico e no cargo em que se dá a 
aposentadoria. 
 
Requisitos para aposentadoria 
Sexo idade Contribuição 
Homem 60 anos 35 anos 
mulher 55 anos 30 anos 
O servidor público 
É o trabalhador contratado pelo poder 
publico – governos federais, estadual e municipal, 
judiciário, legislativo – para desempenhar cargos 
e funções em secretarias, autarquias, fundações, 
empresas e órgãos diversos. Entre eles estão desde 
auxiliares de limpeza e serventes e professores, 
médicos, juizes, promotores e auditores. 
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Serviço público no Brasil 
O setor público corresponde a 11% do total 
de empregos no País, ocupando cerca de 8 
milhões de servidores, distribuídos entre 
municipais(42%), estaduais(40%) e federais (18%). 
Esse percentual é menor do que o de 
paises como a Suécia, em que o serviço público 
emprega 18%da mão de obra; França, em que 
proporcionalmente há duas vezes mais servidores 
do que no Brasil; e Estados Unidos, onde 
proporcionalmente o número de servidores é de 
30% maior do que entre brasileiros. (FONTE 
UNICAMP) 
O CONCURSO PÚBLICO 
É a principal forma de ingresso na carreira 
pública. Os candidatos aprovadosde 
felicidade, como se fosse sonho. Teimosa, 
acreditava, porém, na vida de todos os dias. Defini-la 
é difícil. Contra a noção de mito, de intelectual, 
coloco aqui a minha visão dela: era uma dona-de-
casa que escrevia romances e contos. 
Dois atributos imediatamente visíveis: 
integridade e intensidade. Uma intensidade que fluía 
dela e para ela refluía. Procurava ansiosamente, lá, 
onde o ser se relaciona com o absoluto, o seu 
centro de força - e essa convergência a consumia e 
fazia sofrer. Sempre tentou de alguma maneira 
solidarizar-se e compreender o sofrimento do outro, 
coisa que acontecia na medida da necessidade de 
quem a recebia. O problema social a angustiava. 
Sabia o quanto doíam as coisas e o quanto 
custava a solidão. 
São muitos os "mistérios" que aos olhos de 
alguns a transformaram em mito. Simplesmente, 
porém, em Clarice não aparecia qualquer mistério. 
Ela descobria intuitivamente o mistério da vida e do 
ser humano; em compensação, era capaz de 
dissimular o seu próprio mistério. 
(Olga Boreli - Clarice Lispector, Esboço para um 
possível retrato - texto adaptado - Rio de Janeiro, Nova 
Fronteira, 1981) 
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Comentários 
Vejamos, comentando o texto apresentado, 
algumas características fundamentais do texto 
descritivo: 
a) Descrição: Objetivo e Ponto de vista 
Repare que o objetivo da autora, no texto 
lido, é traçar um perfil físico e psicológico de 
Clarice Lispector, grande escritora da 
literatura brasileira, de quem foi amiga. 
O seu ponto de vista ao realizar a 
descrição pressupõe, portanto, proximidade com o 
objeto descrito, o que percebemos pela qrande 
quantidade de detalhes reveladores de convivência 
íntima, presentes no texto. 
Além disso, a imagem de Clarice que Olga 
Boreli pretende transmitir ao leitor está explicitada 
na seguinte passagem do texto: Defini-la é difícil. 
Contra a noção de mito, de intelectual, coloco aqui 
a minha visão dela: era uma dona-de-casa que 
escrevia romances e contos. 
Perceba que para recriar descritivamente 
esta imagem, ou seja, para colocar a sua visão, o 
seu ponto de vista a respeito da escritora, a autora 
ora se detém em características físicas, ora em 
características psicológicas, e mais comumente 
mescla ambos os tipos de características, fazendo 
com que reciprocamente se iluminem. Ao mesmo 
tempo, tais características vão ao encontro do 
ponto de vista defendido, fundamentando-o. 
Exemplo: 
Características físicas: 
Nunca saía sem estar maquilada e trajada 
às vezes com algum requinte: turbante, xale, vários 
colares e grandes brincos. O branco, o preto e o 
vermelho eram uma constante em seu guarda-
roupa. 
Características psicológicas: 
Ambicionava viver numa voragem de 
felicidade, como se fosse sonho. Teimosa, 
acreditava, porém, na vida de todos os dias. 
Mescla de características físicas e 
psicológicas: 
Os olhos (...) pareciam perscrutar todos os 
mistérios da vida (...) fixavam-se nas pessoas como 
se fossem os olhos da consciência, e ninguém os 
agüentava por muito tempo, tal a sua intensidade. 
O nariz quase imperceptível na serenidade 
meditativa do conjunto. Mas possuía a narinas que 
se dilatavam nos raros momentos de "cólera 
sagrada”, como costumava definir suas zangas. 
O batom geralmente era de tom rubro forte; 
o rímel negro, colocado com sutileza, aumentava a 
obliqüidade e fazia ressaltar o verde marítimo dos 
olhos. Indiscutivelmente era mulher interessante, 
de traços nobres e, talvez, inatingível. 
Conclusões importantes 
Por meio destes exemplos concluímos que 
tanto o objetivo da descrição quanto o ponto de 
vista do sujeito em relação ao objeto descrito devem 
ser minuciosamente observados, para se criar esse 
tipo de texto. 
Em outras palavras, na descrição a seleção 
dos traços, das características que mostrarão ao 
leitor como é um determinado objeto, deve ser 
elaborada pelo sujeito de forma coerente e 
adequada com seu objetivo e ponto de vista ao 
descrever. 
Entretanto, antes de selecionar é preciso 
enumerar, isto é, fazer uma lista de traços, 
características e detalhes do objeto, da maneira mais 
livre possível. 
Você pode se colocar em diferentes 
perspectivas (próximo, distante, atrás, na frente, em 
cima, embaixo, do lado etc) em relação a ele, pode 
conjugar memória e imaginação, pode pensar se 
considerou todos os sentidos ao descrever (visão, 
tato, audição, olfato, paladar), pode misturar 
sensações com sentimentos, emoções, reflexões. 
Só não deve bloquear este fluxo pensando 
antecipadamente na montagem, na organização final 
do texto. Este processo vem depois, quando você já 
tem os elementos necessários para cortar o que está 
repetido, acrescentar o que falta, hierarquizar em 
principais e secundários os aspectos escolhidos, 
enfim, ajustar o como ao porquê: o tipo de texto 
(por exemplo: com maior objetividade ou maior 
subjetividade, presença expressiva de detalhes ou 
linguagem mais enxuta, ponto de vista mais próximo 
ou mais distante, favorável ou des- favorável etc) ao 
contexto de produção (os objetivos do texto e a 
situação que gerou a necessidade de escrevê-lo). 
b) A linguagem da descrição: algumas 
características essenciais 
 Na medida em que tende para a 
estaticidade, isto é, para a ausência de 
movimento ou ação, a descrição pode ser 
comparada com uma fotografia ou uma pintura. 
Assim, seu traço predominante é a presença dos 
nomes (substantivos) e dos atributos que o 
caracterizam (adjetivos e locuções adjetivas). 
Exemplo: 
O cabelo era louro-dourado, muito fino e 
sedoso, as orelhas pequenas. (...) O olho 
esquerdo tinha uma expressão de inquietante 
expectativa. 
Os lábios (...) eram perfeitos e em 
harmonia com o contorno do rosto, de maçãs 
ligeiramente salientes. O nariz, quase 
imperceptível (... ) A voz soava grave e profunda. 
 Pela mesma razão mencionada no item 
anterior, as descrições privilegiam as frases 
nominais, os verbos de estado (e não os de ação) e 
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o pretérito imperfeito do indicativo (e não o pretérito 
perfeito). 
Exemplo: 
A mão esquerda era um milagre de 
elegância. Muito móvel, evolucionava no ar ou 
contornava os objetos com prazer. No trabalho, 
ágil e decidida, parecia procurar suprir as 
deficiências da outra... 
Cumprimentava às vezes com a mão 
esquerda. Talvez por pudor, receosa de 
constranger as pessoas, dirigia-se a elas com 
economia de gestos. Alguns de seus manuscritos 
eram quase ilegíveis. Assinava com bastante 
dificuldade, mas utilizava ambas as mãos para 
datilografar. 
Dois atributos imediatamente visíveis: 
integridade e intensidade... 
 As comparações e as metáforas, por 
constituírem recursos retóricos destinados a 
caracterizar os objetos, a partir de semelhanças 
com outros objetos, também são muito utilizadas 
nas descrições. 
Exemplo: 
Ela possuía a dignidade do silêncio. 
Seu porte altivo era todo contido e movia-se 
pouco. Quando o fazia, era como se estivesse 
procurando uma direção a seguir. (...) 
Os olhos tinham o brilho baço dos 
místicos. Pareciam perscrutar todos os 
mistérios da vida: 
profundos, serenos, fixavam-se nas 
pessoas como se fossem os olhos da 
consciência... 
2 - Tipos de descrição: objetiva e 
subjetiva 
A descrição costuma ser classificada como 
objetiva ou subjetiva. Na descrição objetiva, o 
sujeito procura criar uma imagem do objeto que 
se aproxime, o máximo possível, de sua cópia 
fenomênica, isto é, descreve centrado naquilo que 
efetivamente vê. Para tanto, utiliza como critérios 
básicos a exatidão e a fidelidade ao real . 
Já na descriçãosubjetiva, a imagem 
descrita enfatiza a transfiguração do objeto pelo 
sujeito, que atribui a ele elementos próprios e o 
incorpora a sua pessoalidade, centrando-se 
naquilo que quer, pensa ou sente ver. 
Leitura Comentada: Uma Descrlção 
Objetiva 
O motor está montado na traseira do 
carro, fixado por quatro parafusos à caixa de 
câmbio, a qual, por sua vez, está fixada por coxins 
de borracha na extremidade bifurcada do chassi. 
Os cilindros estão dispostos horizontalmente e 
opostos dois a dois. Cada par de cilindros tem um 
cabeçote comum de metal leve. As válvulas, 
situadas nos cabeçotes, são comandadas por meio 
de tuchos e balancins. O virabrequim, livre de 
vibrações, de comprimento reduzido, com têmpera 
especial nos colos, gira em quatro pontos de apoio 
e aciona o eixo excêntrico por meio de engrenagens 
oblíquas. As bielas contam com mancais de chumbo-
bronze e os pistões são fundidos de uma liga de 
metal leve. 
(Manual de Instruções- Volkswagen) 
Comentários 
Observe que este texto tem o objetivo de 
descrever o motor de um carro do ponto de vista de 
seu fabricante, a Volkswagen, que portanto constitui 
o locutor, o emissor do texto. Seu receptor ou 
destinatárlo é o usuário do produto, o leigo, o que 
explica a redução de termos técnicos ao mínimo 
necessário e também o detalhamento de 
características, típico de um Manual de Instruções. 
Observe também a postura de 
distanciamento do locutor em relação ao objeto 
descrito: ele se abstém de comentários, opiniões, 
centrando-se nas características fenomênicas 
daquilo que descreve. Trata-se, portanto, de uma 
descrição impessoal e objetiva. 
Leitura Comentada: Uma Descrição 
Subjetiva 
O que mais me chateia na raiva é que sei, 
por experiência, que ela passa. A raiva, sim, é um 
pássaro selvagem: você tenta amansar ele, ganhar 
confiança, mas quando menos se espera ele bate as 
asas e foge. A gente fica então com uma fraqueza no 
peito, no corpo todo, como depois de uma febre. 
Querendo colo. Mas o pior é o período antes dessa 
fraqueza, todo mundo com os nervos inflamados, à 
flor da pele. As caras que por acaso rompiam a 
barreira do meu quarto eram todas de tragédia. (...) 
Embora fosse antigamente uma princesa (...) 
eu me sentia um sapo (...). Eu estava muito cheia de 
raiva (no fundo, vergonha) e, embora tivesse 
gritado "perdão" à vista de todos, eu não queria 
me arrepender. Por isso estava ainda naquele 
inferno. No inferno, isso eu sei, é proibido o 
arrependimento. Continuamos fiéis aos nossos erros. 
(Vilma Arêas - Aos trancos e relâmpagos - São Paulo, 
Scipione, 1993) 
Comentários 
Aqui, a locutora está descrevendo um 
sentimento: a raiva. Percebemos que o faz 
subjetivamente desde a primeira linha, quando 
explicita a postura do "eu" em relação ao que 
descreve: O que mais me chateia... Além disso, 
utiliza-se de metáforas e de linguagem coloquial, 
com recursos de oralidade, pessoalizando a vísão 
que o sujeito tem do objeto. O fragmento pertence a 
um texto literário destinado ao público infantil, o que 
explica seu tom de naturalidade e de proximidade 
com o intertocutor, também explicitado logo no 
início: A raiva, sim, é um pássaro selvagem: 
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vocé tenta amansar ele, ganhar confiança, mas 
quando menos se espera ele bate as asas e foge. 
A gente fica então com uma fraqueza no peito, no 
corpo todo, como depois de uma febre. 
3 - Descrição objetiva e descrição 
subjetiva: visão comparativa e conceito de 
predominância 
Enquanto a descrição objetiva pressupõe 
uma postura de distanciamento emocional do 
sujeito em relação ao objeto, o que lhe possibilita 
apreendê-lo através de um tipo de percepção mais 
exata, dimensional, a descrição subjetiva 
pressupõe uma postura de pro- ximidade. Essa 
postura, por sua vez, implica que o sujeito 
descreve o objeto através de um tipo de 
percepção menos precisa e mais contaminada por 
suas emoções e opiniões. 
É necessário colocar aqui uma observação 
fundamental para que se compreenda bem em que 
consistem ambos os tipos de descrição e, mais do 
que isso, qual a funcionalidade da distinção tendo 
em vista a produção desse tipo de texto. 
Na verdade, não existem textos totalmente 
objetivos ou totalmente subjetivos, já que as noções 
de sujeito e objeto são interdependentes: é 
impossível imaginar tanto um objeto que 
independe do sujeito quanto um sujeito que 
independe do objeto; no limite, o primeiro caso 
corresponderia a pensar o mundo (objeto) sem o 
homem, e o segundo a pensar o homem (sujeito) 
sem o mundo. 
Portanto, todo texto objetivo pressupõe 
uma presença, ainda que imperceptível, de 
subjetividade, e reciprocamente todo texto subjetivo 
pressupõe um mínimo de objetividade. 
Podemos então usar o conceito de 
predominância para distingui-los, colocando de um 
lado, o lado da predominância da objetividade, 
os textos técnicos e científicos, e de outro, o 
lado da predominância da subjetividade, os textos 
literários. 
Vejamos duas opiniões interessantes sobre 
o assunto: 
 
"A descrição técnica apresenta, é claro, muitas
das características gerais da literária, porém, nela
se sublinha mais a precisão do vocabulário, a
exatidão dos pormenores e a sobrieda- de da
linguagem do que a elegância e os requisitos da
expressividade lingüística. A descrição técnica
deve esclarecer, convencendo; a literária deve
impressionar, agradando. Uma traduz-se 
em objetividade; a outra sobrecarrega-se de tons
afetivos. Uma é predominantemente denotativa; 
a outra, predominantemente conotativa". 
(Othon M. Garcia - Cormunicação em Prosa Moderna - Rio
de Janeiro. Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1996) 
"A redação técnica é necessariamente objetiva
quanto ao seu ponto de vista, mas uma 
objetividade completamente desapaixonada torna
o trabalho de leitura penoso e enfadonho por 
levar o autor a apresentar os fatos em linguagem
descolorida, sem a marca da sua personalidade.
Opiniões pessoais, experiência pessoal, crenças,
 
Descrição 
objetiva 
ênfase na impressão despertada pelo
objeto como tal 
principais características: precisão do 
vocabulário, exatidão dos pormenores 
e sobriedade da linguagem,
predominantemente denotativa 
objetivo: deve esclarecer,
Descrição 
subbjetiva 
ênfase na expressão que a alma
empresta ao objeto principais
características: elegância e presença
dos requisitos da expressividade 
lingüística - tons afetivos, polissemia,
objetivo: deve impressionar, agradando 
ponto de vista: predominantemente subjetivo 
Exemplo: descrição literária 
Leitura Comentada 
Leitura das Sombras 
Em 1984, duas pequenas placas de argila 
de formato vagamente retangular foram 
encontradas em Tell Brak, Síria, datando do quarto 
milênio antes de Cristo. Eu as vi, um ano antes da 
guerra do Golfo, numa vitrine discreta do Museu 
Arqueológico de Bagdá. São objetos simples, 
ambos com algumas marcas leves: um pequeno 
entalhe em cima e uma espécie de animal puxado 
por uma vara no centro. Um dos animais pode ser 
uma cabra, e nesse caso o outro é provavelmente 
uma ovelha. O entalhe, dizem os arqueólogos, 
representa o número dez. Toda a nossa história 
começa com essas duas modestas placas. Eles 
estão - se a guerra os poupou - entre os exemplos 
mais antigos de escrita que conhecemos. 
Há algo intensamente comovente nessas 
placas. Quando olhamos essas peças de argila 
levadas por um rio que não existe mais, observando 
as incisões delicadas que retratam animais 
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transformados em pó há milhares e milhares de 
anos, talvez uma voz seja evocada, um 
pensamento, umamensagem que nos diz: "Aqui 
estiveram dez cabras", "Aqui estiveram dez 
ovelhas", palavras pronunciadas por um fazendeiro 
cuidadoso no tempo em que os desertos eram 
verdes. Pelo simples fato de olhar essas placas, 
prolongamos a memória dos primórdios do nosso 
tempo, preservamos um pensamento muito 
tempo depois que o pensador parou de pensar e 
nos tornamos participantes de um ato de criação 
que permanece aberto enquanto as imagens 
entalhadas forem vistas, decifradas, lidas. 
Tal como meu nebuloso ancestral sumério 
lendo as duas pequenas placas naquela tarde 
inconcebivelmente remota, eu também estou lendo, 
aqui na minha sala, através de séculos e mares. 
Sentado à minha escrivaninha, cotovelos sobre a 
página, queixo nas mãos, abstraído por um 
momento da mudança de luz lá fora e dos sons 
que se elevam da rua, estou vendo, ouvindo, 
seguindo (mas essas palavras não fazem justiça ao 
que está acontecendo dentro de mim) uma história, 
uma descrição, um argumento. Nada se move, 
exceto meus olhos e a mão que vira 
ocasionalmente a página, e contudo algo não 
exatamente definido pela palavra texto desdobra-
se, progri~ cresce e deita raízes enquanto leio. 
(Alberto Manguel - Uma História da Leitura - São 
Paulo, Companhia das Letras, 1997) 
Comentários 
a) 1° parágrafo: predomínio de 
objetividade 
Repare que no primeiro parágrafo do texto, 
embora apareça a figura do sujeito (locutor ou 
emissor) da descrição - Eu as vi, um ano antes da 
guerra do Golfo, numa vitrine discreta do Museu 
Arqueológico de Bagdá - o objeto é descrito com 
objetividade, quer dizer, enfatizando mais as 
características do que foi visto (inclusive com 
indicações precisas de tempo e lugar) do que o 
ato de ver ... duas pequenas placas de argila 
de formato vagamente retangular foram 
encontradas em Tell Brak, Síria, datando do quarto 
milênio antes de Cristo (...) São objetos simples, 
ambos com algumas marcas leves: um pequeno 
entalhe em cima e uma espécie de animal puxado 
por uma vara no centro. Um dos animais pode ser 
uma cabra, e nesse caso o outro é provavelmente 
uma ovelha. O entalhe, dizem as arqueólogos, 
representa o número dez... 
b) 2o parágrafo: predomínio de 
subjetividade 
Do segundo parágrafo em diante, a mesma 
descrição adquirindo fortes marcas de 
subjetividade: Há algo intensamente comovente 
nessas placas. Quando olhamos essas peças de 
argila levadas por um rio que não existe mais, 
observando as incisões delicadas que retratam 
animais transformados em pó há milhares e milhares 
de anos, talvez uma voz seja evocada... palavras 
pronunciadas por um, fazendeiro cuidadoso no 
tempo em que os desertos eram verdes... 
Tais marcas indicam a presença da emoção 
do sujeito enquanto descreve. Repare que ele faz 
uma evocação afetiva, por meio da percepção 
sensorial (os sentidos da visão e da audição, o 
segundo com existência imaginária), das mesmas 
placas descritas no primeiro parágrafo. 
c) Objetividade e subjetividade: descrição 
e funcionalidade 
As placas, que no primeiro parágrafo foram 
caracterizadas como os exemplos mais antigos de 
escrita que conhecemos, passam a partir do 
segundo a representar mais do que isso: elas se 
transformam em imagem do prolongamento e da 
preservação da memória dos primórdios do nosso 
tempo, o que permite ao leitor sentir-se parte do 
processo de decifrá-las. 
Assim, enquanto o parágrafo de descrição 
objetiva nos faz perceber impessoalmente o objeto 
descrito, o de descrição subjetiva pessoaliza o 
contato que temos com ele, trazendo para o 
presente de nossa leitura o passado longínquo do 
surgimento do ato de ler. 
Este procedimento no qual objetividade e 
subjetividade se mesclam, aumentando o poder 
intelectivo e ao mesmo tempo sugestivo do texto, é 
reforçado, no terceiro parágrafo, pela imagem do 
próprio sujeito lendo. 
Neste parágrafo ele se transforma ao mesmo 
tempo em sujeito e objeto do texto e, de maneira 
concreta, realiza a descrição do seu ato de ler 
(com abundância de detalhes descritivos). 
Desta forma, quer dizer, através de um 
parágrafo predominantemente objetivo ao qual se 
seguem outros dois, predominantemente subjetivos, 
o autor realiza o objetivo não apenas de transmitir 
intelectualmente, mas de mostrar sensorialmente 
ao leitor a permanência da leitura ao longo da 
história humana. Graças a seu ponto de vista de 
proximidade em relação ao objeto, fica registrada, 
com intensa expressividade, a relevância da leitura 
para a humanidade, através dos tempos e dos 
espaços. 
Exemplo: 
Tal como meu nebuloso ancestral sumério 
lendo as duas pequenas placas naquela tarde 
inconcebivelmente remota, eu também estou lendo, 
aqui na minha sala, através de séculos e mares. 
Sentado à minha escrivaninha, cotovelos sobre a 
página, queixo nas mãos abstraído por um momento 
da mudança de luz lá fora e dos sons que se 
elevam da rua, estou vendo, ouvindo, seguindo 
(...) uma história, uma descrição, um argumento... 
 
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Conclusões importantes 
A leitura detalhada e comentada desta 
descrição permite-nos perceber que a presença da 
objetividade e da subjetividade em nossos textos 
descritivos pode ser mesclada, predominando o 
ponto de vista exigido por nossos objetivos e 
também pelos contextos de produção textual. 
Atentos a tais critérios, precisamos saber conciliar 
informação objetiva e impessoal com marcas de 
pessoalidade, de expressividade. Precisamos, 
enfim, trabalhar o rigor, a exatidão e a fidelidade 
ao real, isto é, a necessidade de esclarecer, 
convencendo, em sintonia com a de 
impressionar, agradando. 
4 - Elementos constitutivos do texto 
descritivo 
A visão, a audição, o olfato, o tato e o 
paladar - nossos cinco sentidos - constituem os 
alicerces da descrição. A eles acrescentamos nossa 
imaginação criadora. 
Na medida em que se ancora na 
percepção sensorial, o texto descritivo explora os 
cinco sentidos, seja isoladamente, seja 
confundindo-os, isto é, utilizando-se de sinestesias. 
"Não se esqueça de que percebemos ou 
observamos com todos os sentidos e não apenas 
com os olhos. Haverá sons, ruídos, cheiros, 
sensações de calor, vultos que passam, mil 
acidentes, enfim, que evitarão se torne a 
descrição uma fotografia pálida daquela riqueza 
de impressões que os sentidos atentos podem 
colher". 
Othon M. Garcia - Comunicação em Prosa Moderna 
- Rio de Janeiro, Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1996) 
Leitura Comentada 
Para exemplificar a exploração dos 
sentidos no texto descritivo, leia as várias versões 
de um parágrafo em que uma personagem se 
recorda de cenas de seu casamento, explorando 
cada um deles, primeiro isoladamente e depois por 
meio de sinestesia: 
exploração da visão 
JOANA lembrou-se de repente, sem aviso 
prévio, dela mesma em pé no topo da escadaria. 
Não sabia se alguma vez estivera no alto de uma 
escada, olhando para baixo, para muita gente 
ocupada, vestida de cetim, com grandes leques. 
Muito provável mesmo que nunca tivesse vivido 
aquilo. Os leques, por exemplo, não tinham 
consistência na sua memória. Se queria pensar 
neles não via na rea- lidade leques, porém 
manchas brilhantes nadando de um lado para 
outro... 
(Clarice Lispector – Perto do Coração Selvagem - 
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986 - texto adaptado) 
 
 
Comentários 
A cena é construída predominantemente por 
meio da visão, conjugada com a memória. Repare 
que a personagem se recorda de si mesma, numa 
perspectiva de cima em relação a um cenário que 
se esfumaça, transitando da objetividade para a 
subjetividade e assim fundamentando a imprecisão 
da lembrança, tematizada no texto. 
exploração da audição 
JOANA lembrou-se de repente, sem aviso 
prévio, dela mesma em pé no topo da escadaria. 
(...) Muito provável mesmo que nunca tivesse vivido 
aquilo.Se queria pensar nos leques não os via na 
rea- lidade, porém manchas brilhantes pareciam 
farfalhar de um lado para outro entre palavras em 
francês, susurradas com cuidado por lábios 
juntos... 
(Clarice Lispector – Perto do Coração Selvagem - Rio 
de Janeiro, Nova Fronteira, 1986 - texto adaptado) 
Comentários 
Nesta versão do mesmo parágrafo descritivo, 
a audição se acrescenta à visão para marcar a já 
comentada imprecisão da memória; ao mesmo 
tempo, aumentam os detalhes, que vão 
caracterizando mais expressivamente a evocação do 
passado. 
exploração do tato 
JOANA lembrou-se de repente, sem aviso 
prévio, dela mesma em pé no topo da escadaria. 
(...) Muito provável mesmo que nunca tivesse vivido 
aquilo. (...) Mas apesar de tudo a impressão 
continuava querendo ir para frente, como se o 
principal estivesse além da escadaria e dos leques. 
Sentia na planta dos pés aquele medo frio de 
escorregar, nas mãos um suor cálido, na cintura 
uma fita apertando, puxando-a como um leve 
guindaste para cima. 
(Clarice Lispector – Perto do Coração Selvagem - Rio 
de Janeiro, Nova Fronteira, 1986 - texto adaptado) 
Comentários 
Aqui a cena se torna mais rica e complexa, 
uma vez que os elementos da percepção tátil 
desviam o foco da descrição, que se afasta do 
cenário para focalizar a personagem, aumentando o 
conteúdo de subjetividade do texto e desta forma 
concentrando-o na realidade interior, nas sensações 
íntimas daquela que lembra. 
exploração do olfato 
JOANA lembrou-se de repente, sem aviso 
prévio, dela mesma em pé no topo da escadaria. 
Muito provável mesmo que nunca tivesse vivido 
aquilo. (...) O cheiro das fazendas novas vestidas 
pelo homem que seria dela a atravessava, 
procurando distanciá-la do botão de rosa que 
insistentemente lhe comprimia as narinas, 
indecisas entre velhos e novos aromas, entre o 
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que fora e o que passaria a ser, terminada a 
cerimônia. 
(Clarice Lispector – Perto do Coração Selvagem - 
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986 - texto adaptado) 
Comentários 
Por meio do contraste de elementos 
olfativos (o cheiro das fazendas novas... versus o 
botão de rosa ... ), a cena reitera o seu caráter 
de predomínio de impressões subjetivas, com 
acréscimo de personagem (o marido) e clara 
referência ao significado afetivo da lembrança. 
exploração do paladar 
JOANA lembrou-se de repente, sem aviso 
prévio, dela mesma em pé no topo da escadaria. 
Não sabia se alguma vez estivera no alto de uma 
escada, experimentando o bolo de noiva, cujo 
sabor não tinha consistência na sua memória. Se 
queria pensar nele não percebia na realidade 
gostos, porém uma massa insossa e volumosa, 
nadando de um lado para outro em sua boca, 
que naquele momento ansiava por sal, ou ao 
menos por um copo com água. 
(Clarice Lispector – Perto do Coração Selvagem - 
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986 - texto adaptado) 
Comentários 
Agora, a presença do paladar se conjuga 
com o tato, para novamente enfatizar as sensações 
e os sentimentos de Joana, ao lembrar o que Ihe 
aconteceu interiormente, no dia de seu casamento. 
exploração de sinestesia 
JOANA lembrou-se de repente, sem aviso 
prévio, dela mesma em pé no topo da escadaria. 
Não sabia se alguma vez estivera no alto de uma 
escada. Os reflexos úmidos das lâmpadas sobre 
os espelhos, os broches das damas e as fivelas 
dos cintos dos homens comunicavam-se a 
intervalos com o lustre, por delgados raios de luz. 
Ora quente, ora fria, essa luz a percorrida por 
seus longos músculos inteiros. (...) Ela estava 
sentada, numa espera distraída e vaga. Respirava 
opressa o perfume roxo e frio das imagens. 
(Clarice Lispector – Perto do Coração Selvagem - 
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986 - texto adaptado) 
Comentários 
Observe que os sentidos se embaralham, 
se confundem (reflexos úmidos das Iâmpadas; 
ora quente, ora fria, essa luz a percorria... visão 
e tato; Respirava opressa o perfume roxo e frio 
das imagens... olfato, visão e tato). 
Ao permitir tal construção descritiva, a 
sinestesia dá pluralidade semântica ao texto, que 
no caso deste exemplo ao mesmo tempo está 
caracterizando ambiente exterior e mundo interior, 
o primeiro em função do segundo, o que enriquece 
de conotações simultaneamente sensoriais e 
emotivas o momento lembrado 
5 - A descrição no texto narrativo 
A descrição costuma ser utilizada como um 
importante recurso do texto narrativo, na medida em 
que a caracterização física e/ou psicológica de 
personagens, do espaço, do tempo etc, pode 
enriquecê-lo por meio de detalhes expressivos, que 
prendem o leitor à história que está sendo contada. 
Assim, os elementos descritivos auxiliam na 
montagem de um conflito, seja através de 
personagens cujas características são contrastantes, 
seja através de ambientes reveladores de seus 
traços determiinantes para a construção da trama 
narrativa. 
Tais elementos podem estar no início de 
uma história – para a criação do "clima", da 
"atmosfera" - , no seu momento mais importante - o 
clímax, o ponto culminante -, ou mesmo no desfecho. 
Sua colocação depende da intenção do narrador, dos 
efeitos que quer causar com o que narra. 
Leitura Comentada 
Revelação no espelho 
O vento soprava forte. Era quase um tufão. 
Ou talvez um tornado, pois suas rajadas 
concentradas agiam com mais violência num raio de 
poucos metros. Apavorada, ela buscou abrigo, 
colando-se à reentrância de uma porta de garagem. 
Tremia. Tinha a sensação de que aquele vento era 
uma manifestação do Mal. E pior: que contra ela se 
dirigia. Enquanto o vento lhe chicoteava as pemas, 
tirou da bolsa um pequeno espelho para, através 
dele, espiar a rua sem sair , de trás da coluna. E 
teve a confirmação. A imagem, no espelho, era de 
calmaria. O vento era mesmo assombrado. 
(Heloísa Seixas - Contos Mínimos, Folha de São 
Paulo - 19/03/98) 
Comentários 
Repare que o narrador desta micro-história 
cria um enredo de suspense, utilizando-se de 
elementos descritivos para fazê-lo. 
A protagonista se apavora diante de um 
vento, um tornado ou um tufão que, de tão violento, 
lhe chega a parecer uma manifestação do Mal. 
Entretanto, no desfecho percebemos que ela 
acertadamente o julgara assombrado... o que é 
mostrado ao leitor pelo contraste entre elementos 
táteis, descrevendo as sensações imaginárias 
(Enquanto o vento Ihe chicoteava as pernas...), e 
elementos visuais, descrevendo as sensações reais 
(E teve a confirmação. A imagem, no espelho, era 
de calmaria.) 
Assim, a presença da descritividade na 
montagem desta história dá-lhe grande força 
expressiva. 
Sugestão de atividade prática: 
Descritivização da Narração 
A técnica de descritivizar a narração, isto é, 
de acrescentar às frases narrativas as descrições de 
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personagens, tempo, lugar etc, pode exemplificar a 
funcionalidade da descrição no processo de 
elaboração desse tipo de texto. 
Exemplo: 
Dada uma frase narrativa - Um homem 
atravessou a rua - vamos sugerir algumas 
possibilidades de descritivização, em função de 
alguns tipos de enredo: 
Possibilidades de descritivização: 
a) Para criar uma narrativa de suspense: 
Um estranho homem de palavras rudes e 
barba por fazer, tremendo de frio ou de medo, 
atravessou aquela rua deserta, onde há muitos 
anos atrás houvera um crime nunca desvendado... 
b) para criar uma narrativa lírico-
amorosa: 
Um belo homem vestido de terno preto e 
sapatos de verniz, com o olhar enfim apaziguado 
de procurá-la por toda a parte, atravessou como se 
dançasse aquela rua movimentada em frente à 
catedral,onde uma nuvem ou sonho ou aparição o 
esperava... 
c) para criar uma narrativa fantástica: 
Um homem de cabeça 
desproporcionalmente avantajada em relação ao 
resto do corpo e de pés virados para trás 
atravessou com tal rapidez aquela rua larga, 
esfumaçada, como que aérea, que não se sabe se 
é ilusão de ótica ou de se fato algo aconteceu... 
d) Para criar um relato objetivo: 
O cliente esteve no escritório no dia 01 de 
abril, às 15:15 hs. Era um homem idoso, devia ter 
entre 65 e 70 anos. Após esperar por mais de duas 
horas a sua vez de ser atendido, sem qualquer 
reclamação saiu de lá e atravessou rapidamente 
a rua Teodoro Sampaio, caminhando em direção à 
loja de nosso conhecido concorrente, que fica a 
apenas cem metros de distância... 
Comentários 
Repare na adequação da escolha dos 
elementos descritivos, tendo em vista o tipo de 
enredo em questão. Perceba que no último 
exemplo, a preocupação com a exatidão e com a 
fidelidade ao real, isto é, com os dados objetivos, 
não suprime a expressividade do parágrafo. 
Para realizar esta proposta, que facilita a 
criação de bons textos, enriquecendo-os com 
elementos descritivos, crie uma frase narrativa e 
pergunte-se, a partir da modalidade de narração 
que lhe interessa desenvolver, e também do 
objetivo e do ponto de vista com que o fará: como 
é o homem? Como é a rua? Como ele a atravessa? 
Etc... 
 
 
6 - A descrição no texto dissertativo 
A descrição também pode ser utilizada como 
um recurso constitutivo da dissertação e da 
argumentação. Por exemplo, quando nos utilizamos 
de fatos e/ou de dados concretos sobre a realidade 
para fundamentar argumentativamente nossas 
opiniões, nossos pontos de vista, estamos lançando 
mão de elementos descritivos em textos 
dissertativos-argumentativos. Neste caso, devemos 
atentar para a necessidade de que se trate de 
caracterizações objetivas, impessoais, fiéis à 
realidade a que se referem. 
Leitura Comentada 
"Vivemos, de modo incorrigível, distraídos 
das coisas mais importantes", reflete Guimarães 
Rosa em "O Espelho". Na caverna high-tech do 
alheamento, sob o bombardeio de estímulos da 
grande metrópole, a sombra do efêmero ofusca a luz 
do mistério. É o que sinto quando retomo a mim 
mesmo, é o que vejo quando contemplo a vida ao 
meu redor. (...) 
De tempos em tempos, porém, surgem fatos 
e ameaças que pinicam a bolha da nossa indiferença 
e nos despertam, ainda que por breves momentos, 
para questões perenes e cruciais da condição 
humana. 
Que tipo de universo é este em que estamos 
metidos e do que podemos ser expelidos, sem deixar 
rastro ou memória, por um simples peteleco 
cósmico? Foi assim que me senti e foi nisso que 
pensei enquanto acompanhava o noticiário recente 
sobre a descoberta e as possíveis trajetórias do 
XF11, um asteróide de 1,6 km de diâmetro que 
deverá passar incomodamente perto da Terra em 
2028. 
O XF11, ao que parece, não passou de um 
falso alarme. Mas a ameaça de colisão, por tudo o 
que se pode saber, é real. As crateras da Lua, é 
bom lembrar, não estão lá à toa: são as marcas 
visíveis das caneladas, topadas e pisões que ela 
levou na dança do universo. Vivemos sob o olhar 
irônico da Lua. 
(Eduardo Gianetti - Folha de São Paulo - 26/03/98) 
Comentários 
O texto faz uma crítica a uma inversão de 
valores típica da sociedade contemporânea: o 
supérfluo está no lugar do essencial e vice-versa. 
Para isso, utiliza-se de uma linguagem rica em 
imagens e em elementos descritivos, como por 
exemplo o contraste entre sombra e luz. Enquanto a 
primeira alude ao efêmero - para o autor nosso foco 
real de preocupação - a segunda representa o 
mistério (questões perenes e cruciais da condição 
humana), que relegamos. 
Feita esta consideração, o autor coloca a 
ressalva de que tal inversão de valores às vezes é 
suspensa por fatos e ameaças que pinicam nossa 
indiferença. Em seguida, passa a exemplificar o que 
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defende, descrevendo não apenas o asteróide 
XF11, mas, ainda, os sentimentos e 
pensamentos que lhe provocou noticiário a 
respeito dele. 
E, finalmente, menciona a lua, cujas 
crateras - descritas como marcas visíveis das 
caneladas, topadas e pisões que ela levou na 
dança do universo - comprovariam a realidade 
da ameaça de colisão em que vivemos. Diante 
disso, o texto conclui implicitamente, deveríamos 
mudar de atitude, isto é, deveríamos repensar em 
que consiste o essencial, em que consiste o 
supértluo... 
Este exemplo mostra a possibilidade de 
dissertar com utilização enriquecedora tanto de 
linguagem coloquial e metafórica, quanto de 
elementos descritivos. Por tratar-se de um texto 
produzido para um contexto jornalístico, de caráter 
opinativo, podemos, por meio dele, perceber 
concretamente como o impressionar agradando 
é, com grande salto de qualidade, um aliado 
imprescindível do esclarecer convencendo... 
7 - Procedimentos anti-descritivos (que 
devem ser evitados num texto descritivo) em 
vez de: 
a) excesso e/ou falta de elementos 
caracterizadores do objeto descrito; 
é preciso: 
assinalar os traços distintivos, típicos, de 
tal modo que o leitor possa distinguir o objeto da 
descrição de outros semelhantes; 
em vez de: 
b) apresentação caótica e desordenada dos 
detalhes do objeto descrito; 
é preciso: 
equilíbrar o principal e o secundário; 
em vez de: 
c) supervalorização de um sentido (em 
geral a visão), em detrimento dos outros; 
é preciso: 
perceber sons, ruídos, cheiros, sensações 
de calor e/ou frio etc; 
em vez de: 
d) eleição do esclarecer convencendo 
como único critério a ser seguido; 
é preciso: 
também colocar em prática os recursos do 
impressionar agradando; 
em vez de: 
e) opção pela impessoalidade do texto 
"neutro"; 
 
é preciso: 
conseguir ser pessoal, colocar-se enquanto 
sujeito, no ato de recriar qualquer objeto. 
2o NÚCLEO - NARRAÇÃO 
1 - Definição: o que é narrar 
Fundamentalmente, narrar é contar uma 
história, que pode ser real, imaginária ou ambas as 
coisas ao mesmo tempo. Em qualquer um dos 
casos, nossa capacidade de fabular, isto é, de 
relacionar personagens e ações, considerando 
circunstâncias de tempo e de espaço, constitui a 
essência do texto narrativo. 
Quando nosso compromisso é com a 
reprodução do que de fato aconteceu, precisamos, 
como na descrição, atentar para a exatidão e a 
fidelidade do narrador aquilo de que foi testemunha 
ou de que participou como personagem. 
Quando, ao contrário, tratar-se de um 
contexto de invenção, há o predomínio da 
imaginação na elaboração de uma história. Aí a 
experiência de criar personagens, tramas, enredos, 
de construir circunstâncias de tempo e de lugar, 
permite que nos transformemos imaginariamente nos 
outros, que vivenciemos simbolicamente outras 
histórias, que assumamos outras vozes. 
Leitura Comentada: Um Texto Narrativo 
Caso de Secretária 
Foi trombudo para o escritório. Era dia de 
seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, 
não fizera a mínima alusão à data. As crianças 
também tinham se esquecido. Então era assim que a 
família o tratava? Ele que vivia para os seus, que se 
arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma 
palavra ao menos! 
Mas, no escritório, havia flores à sua espera, 
sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da 
secretária, que poderia muito bem ter ignorado o 
aniversário, e entretanto o lembrara. Era mais do 
que uma auxiliar, atenta, experimentada e eficiente, 
pé-de-boi da firma, como até então a considerara; 
era um coração amigo. 
Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais 
borocochô: o carinho da secretária não curava, 
abria mais a ferida. Pois então uma estranha se 
lembrava dele com tais requintes, e a mulher e os 
filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis 
entre os dedos, sem gosto para viver. 
Duranteo dia, a secretária redobrou de 
atenções. Parecia querer consolá-lo, como se 
medisse toda a sua solidão moral, o seu abandono. 
Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditado da 
correspondência foi entremeado de suaves 
brincadeiras da pane dela. 
‘O senhor vai comemorar em casa ou numa 
boate?' 
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Engasgado, confessou-lhe que em parte 
nenhuma. Fazer é uma droga, ninguém gostava 
dele neste mundo, iria rodar por noite, solitário, 
como o lobo da estepe. 
‘Se o senhor quisesse, podíamos jantar 
juntos', insinuou ela, discretamente. 
E não é que podiam mesmo? Em vez de 
passar uma noite besta, ressentida - o pessoal lá 
em casa pouco está me ligando - teria horas 
amenas, em companhia de uma mulher que - 
reparava agora - era bem bonita. 
Daí por diante o trabalho foi nervoso, 
nunca mais que se fechava o escritório. Teve 
vontade de mandar todos embora, para que todos 
comemorassem o seu aniversário, ele 
principalmente. Conteve-se, no prazer ansioso da 
espera. 
- Onde você prefere ir? - perguntou, ao 
saírem. 
- Se não se importa, vamos passar primeiro 
no meu apartamento. Preciso trocar de roupa. 
Ótimo, pensou ele; faz-se a inspeção prévia do 
terreno e, quem sabe? 
- Mas antes quero um drinque, para animar 
- ela retificou. Foram ao drinque, ele recuperou 
não só a alegria de viver e de fazer anos, como 
começou a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu 
bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço. 
No apartamento, ela apontou-lhe o 
banheiro e disse-lhe que o usasse sem cerimônia. 
Dentro de quinze minutos ele poderia entrar no 
quarto, não precisava bater - e o sorriso dela, 
dizendo isto, era uma promessa de felicidade. 
Ele nem percebeu ao certo se estava se 
arrumando ou se desarrumando, de tal modo que 
os quinze minutos se atropelaram, querendo virar 
quinze segundos, no calor escaldante do banheiro 
e da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a 
porta do quarto. 
Lá dentro, sua mulher e seus filhos, em 
coro com a secretária, esperavam-no atacando 
"Parabéns para você". 
(Carlos Drummond de Andrade - Cadeira de 
Balanço - Poesia e Prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 
1988) 
Comentários 
a) Narração: Encadeamento de fatos ou 
ações 
O encadeamento de fatos constitui a 
característica central de uma narração. Ele é 
estruturado tendo em vista um conflito em tomo do 
qual a história se organiza, tradicionalmente numa 
seqüência do tipo: 
 Situação Inicial: Exposição de uma 
determinada situação, com elementos geradores 
de uma complicação (conflito) 
Exemplo: 
Foi trombudo para o escritório. Era dia de 
seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, 
não fizera a mínima alusão à data. As crianças 
também tinham se esquecido.(...) 
Mas, no escritório, havia, flores à sua 
espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da 
secretária, que poderia muito bem ter ignorado o 
aniversário, e entretanto o lembrara. 
 Complicação: Apresentação do conflito 
Exemplo: 
‘Se o senhor quisesse, podíamos jantar 
juntos’, insinuou ela, discretamente. 
E não é que podiam mesmo? Em vez de 
passar uma noite besta, ressentida - o psssoal lá em 
casa pouco está me ligando -, teria horas amenas em 
companhia de uma mulher que - reparava agora - era 
bem bonita. 
 Clímax: o ponto de maior tensão da história, 
quando o conflito chega ao ápice. Exemplo: 
No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro 
e disse-lhe que o usasse sem cerimônia. Dentro de 
quinze minutos ele poderia entrar no quarto, não 
precisava bater - e o sorriso dela, dizendo, era 
uma promessa de felicidade. 
Ele nem percebeu ao certo se estava se 
arrumando ou se desarrumando, de tal modo que 
os quinze minutos se atropelaram, querendo virar 
quinze segundos no calor escaldante do banheiro e 
da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a porta 
do quarto. 
 Desfecho: solução do conflito. Exemplo: 
Lá dentro, sua mulher e seus filhos em coro 
com a secretária, esperavam-no atacando “Parabéns 
para Você". 
Conclusão Importante 
Dois fatores de essencial importância na 
criação do enredo 
 A progressão de ações 
A progressão das ações, ao longo do texto 
narrativo, é o fator que lhe dá ritmo e dinamismo. 
Por meio dela é que vamos conhecendo as 
transformações vivenciadas pelos personagens, 
como ocorre com o protagonista de Caso de 
Secretária. 
Se não houver coerência entre a 
progressão de ações e as transformações de 
personagem (ns) e/ou também de outros elementos 
(como o espaço), não haverá narração propriamente 
dita. 
É preciso, portanto, buscar essa coerência, 
para se conseguir produzir um texto que seja 
verdadeiramente narrativo. 
 A Unidade 
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Repare que há unidade na seqüência 
narrativa de Caso de Secretária. 
Ao fato central (a carência de afeto familiar 
sentida pelo aniversariante, cuja família lhe prepara 
uma surpresa, em cumplicidade com sua 
secretária) estão subordinados os fatos 
secundários (o excesso de atenção que lhe da a 
secretária, o surgimento e o crescimento da 
expectativa do aniversariante de ter uma aventura 
com ela... etc), havendo clara correlação entre 
eles. A unidade constitui, assim, outro fator 
indispensável no engendramento de uma trama de 
qualidade. 
b) Narração: Objetivo e Tema 
O texto narrativo é elaborado a partir de um 
determinado objetivo (intenção com que se conta 
uma história) e de um determinado tema (o tipo de 
enfoque que o autor pretende dar ao assunto 
escolhido), que se explicitam fundamentalmente 
por meio do significado da matéria narrada, tal 
como é percebido pelo leitor. 
No caso da história que você acabou de 
ler, repare que Carlos Drummond de Andrade não 
se propõe a tematizar o assunto sobre o qual 
escreve (um homem faz aniversário), utilizando-se 
de argumentos, contra-argumentos e apresentação 
de provas sobre a suposta desatenção da família 
do aniversariante, o aparente excesso de atenção 
da secretária etc. 
Ao contrário, ele se utiliza de tais 
elementos para contar uma história, isto é, 
encadear ações ou acontecimentos que nos vão 
mostrando, fundamentalmente através da 
seqüência narrativa, tanto o tema quanto o objetivo 
de seu texto. Trata-se de uma surpresa de 
aniversário (tema) e de explorar economicamente o 
modo pelo qual esta surpresa se deu (objetivo). 
c) Narração versus Mero Relato 
Caso de Secretária é uma crônica, uma 
história breve, que pode fundir ficção e realidade 
e que muitas vezes aparece num contexto 
jornalístico. Sua finalidade principal é 
simultaneamente distrair e envolver o leitor. 
Para atingir tal finalidade, que no fundo 
constitui o que pretende qualquer narração 
imaginativa, é necessário antes de mais nada que o 
autor saiba criar e manter a expectativa do leitor, o 
seu interesse em prosseguir a leitura, em conhecer 
a continuidade da história. 
A Expectativa do Leitor e o Desfecho 
Inesperado 
Observe que no decorrer da narração, até 
o desfecho propriamente dito, nem o protagonista 
(o aniversariante) nem o leitor conhecem as 
intenções da secretária, o que permite que 
ambos alimentem uma certa expectativa em 
relação a ela: esta personagem parece estar 
querendo seduzir o chefe... ele prontamente 
armadilha; nós, leitores, ficamos interessados em 
saber se há armadilha, de que tipo de armadilha se 
trata... etc. 
Esta situação se mantém até o clímax, isto é, 
quando vai ocorrer a explosão do conflito 
- a suposta traição do aniversariante à sua 
esposa com a secretária... 
Então, nossa expectativa (e também a do 
protagonista) é quebrada com um desfecho 
inesperado... A secretária e a famíliaresolvem o 
conflito do aniversariante, por meio do elemento 
surpresa... O desfecho inesperado constitui uma das 
formas mais expressivas de provocar o interesse do 
leitor pela história, de mantê-lo até o desenlace 
atento a cada um de seus detalhes. 
Os elementos de um texto narrativo 
responsáveis pela criação e pela manutenção da 
expectativa do leitor variam de texto para texto e 
constituem recursos essenciais para a percepção 
das diferenças entre uma verdadeira narração e um 
mero relato, ou seja, um. conjunto de fatos ou 
acontecimentos, sem a articulação necessária para 
transformar-se em texto narrativo. 
Vamos apontar visualmente tais diferenças, 
para você tê-las em mente quando for escrever uma 
história, e assim procurar fazê-lo de modo correto: 
Narração Versus Mero Relato 
Elementos Identificadores da Narração 
1 - criação e manutenção de expectativa de 
leitura, com índices do conflito; 
2 - explosão do conflito, revelando unidade e 
coerência na progressão de ações; 
3 - solução do conflito: as personagens 
resolvem ou tentam resolver, o conflito; 
4 - reconhecimento do objetivo pelo qual a 
história foi contada. 
Elementos Identificadores do Mero Relato 
1 - criação de expectativa sem objetivo 
definido, pela acumulação inexpressiva de fatos e 
caracterizações; 
2 - ausência de conflito: ele não surge, é 
apenas insinuado, revela-se incoerente e/ou sem 
unidade; 
3 - apresentação de uma pretensa solução 
como fecho para o texto; 
4 - desconhecimento do objetivo pelo qual a 
história foi relatada. 
d) A linguagem da narração: algumas 
características essenciais 
 Predomínio de Verbos de Ação 
Enquanto a descrição se concentra no 
objeto, a matéria da narração é o fato, o 
acontecimento, razão pela qual predominam os 
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verbos de ação, em geral no pretérito perfeito do 
indicativo, nesse tipo de texto. 
 Presença de Elementos Descritivos 
Os elementos descritivos costumam estar 
presentes na narração, caracterizando seu 
processo narrativo, seus personagens, suas 
marcações de tempo, de espaço etc. 
A funcionalidade desses elementos no 
contexto narrativo decorre dos detalhes com os 
quais contribuem para tornar o texto mais 
expressivo, mais cheio de vitalidade e de 
significação. 
Exemplo: 
Caso de Secretária: frases narrativas + 
elementos descritivos 
Perceba que no texto Caso de Secretária, 
cada parágrafo se inicia com uma frase narrativa, 
responsável pelo ritmo da história, sendo em seu 
interior enriquecido por elementos descritivos, que 
nos mostram fundamentalmente os sentimentos e 
pensamentos do personagem principal, em relação 
à família e também, crescentemente, à secretária. 
1o parágrafo 
Frase narrativa: Foi trombudo para o 
escritório. 
Elementos descritivos: 
Era dia de seu aniversário, e a esposa nem 
sequer o abraçara, não fizera a mínima alusão à 
data. As crianças também tinham se esquecido. 
Então era assim que a família o tratava? Ele que 
vivia para os seus, que se arrebentava de trabalhar, 
não merecer um beijo, uma palavra ao menos! 
2o parágrafo 
Frase narrativa: 
Mas, no escritório, havia flores à sua 
espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço 
da secretária, que poderia muito bem ter ignorado o 
aniversário, e entretanto o lembrara. 
Elementos descritivos: 
Era mais do que uma auxiliar, atenta, 
experimentada e eficiente, pé-de-boi da firma, 
como até então a considerara; era um coração 
amigo. 
3o parágrafo 
Frase narrativa: 
Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais 
borocochô. 
Elementos descritivos: 
o carinho da secretária não curava, abria 
mais a ferida. Pois então uma estranha se 
lembrava dele com tais requintes e a mulher e os 
filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis 
entre os dedos, sem gosto para viver. 
4o parágrafo 
Frase narrativa: 
Durante o dia, a secretária redobrou de 
atenções. 
Elementos descritivos: 
Parecia querer consolá-lo, como se medisse 
toda a sua solidão moral, o seu abandono. Sorria, 
tinha palavras amáveis, e o ditado da 
correspondência foi entremeado de suaves 
brincadeiras da parte dela. 
Etc... 
e) Narrar: enumerar + selecionar 
 Enumerar 
Quando narramos, a memória e a 
imaginação alimentam o nosso fluxo de linguagem, 
por nos fornecerem elementos com os quais vamos 
compondo o universo narrativo. 
Conseguimos mobilizar tais elementos por 
meio da enumeração: enumeramos fatos, 
acontecimentos, personagens, situações, marcações 
de tempo e de espaço, relacionando-os, por um 
processo de associação livre, ao longo da criação de 
nossas narrativas. Portanto, como na descrição, o 
ato de narrar pressupõe a técnica de enumerar. 
Quando estamos criando ou fazendo o 
rascunho de nossas narrações, devemos optar pela 
enumeração, pois ela proporciona: uma associação 
de idéias espontânea e, conseqüentemente, um 
estilo o mais natural possível. 
 Selecionar 
No entanto, esse artifício, justamente por ser 
rico e gerador de ênfase, pode causar o excesso, a 
redundância, o rebuscamento. Sabemos que nem 
todas as ações desempenham papel imprescindível 
para a compreensão da trama; sabemos também 
que os personagens e os ambientes não necessitam 
de caracterizações detalhadas. Ao contrário: é 
preciso eleger os elementos pertinentes ao texto, 
aqueles que possuem função orgânica e expressiva. 
Após a enumeração, precisamos, então, 
lançar mão do mecanismo de seleção (montagem e 
escolha do essencial, retirando o que estiver de 
mais e acrescentando o que faltar), para depurar o 
texto, tendo em vista a sua legibilidade e o interesse 
que deve despertar no leitor. 
O mecanismo de seleção permite-nos, ainda, 
limpar as impurezas do texto, torná-lo coeso, 
conciso, claro e sedutor. Trata-se, enfim, como 
vimos na descrição, de conciliar o esclarecer 
convencendo e o impressionar agradando. 
 
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2 - Elementos narrativos básicos: 
personagens e enredo 
Os dois elementos sem os quais a narração 
não pode se articular são os personagens, isto é, 
os seres que vivem a história narrada, e também o 
enredo: o encadeamento de ações que a estrutura. 
 Tipos de Personagens 
Você já sabe que normalmente o enredo de 
uma história se baseia num conflito. Pode tratar-se 
de um conflito de interesses ou de desejos 
entre personagens, do (s) personagem (ns) com 
o mundo, ou, ainda, do (s) personagem (ns) 
consigo mesmo (s). 
Para a montagem do conflito, dividimos os 
personagens em protagonistas e. Geralmente, 
estes são os personagens chamados de 
principais. 
Além deles, há os personagens-
ajudantes, que auxiliam na percepção do tipo de 
conflito, dos jogos de interesses, enfim, dos 
elementos estruturais da história. 
Exemplo: 
Em Caso de Secretária, a narrativa se 
estrutura em função de um suposto conflito de 
desejos entre protagonista (o aniversariante) e 
antagonistas (a família). No entanto no desfecho 
percebemos que na verdade se trata tanto de um 
conflito quanto de um antagonismo aparentes, e 
não reais, o que contribui com o comentado 
desfecho inesperado da história e também com seu 
tom de leveza e humor. 
Tal percepção ocorre por meio do 
comportamento da secretária, que primeiro 
intensifica e depois dilui o pretenso conflito... Ela é, 
portanto, um exemplo de personagem- ajudante. 
Repare que a menção desta personagem no título 
do conto sugere a importância que possui, para a 
compreensão da história. 
 Modos de Apresentação de 
Personagens 
Há dois modos clássicos pelos quais o 
narrador apresenta os personagens numa 
história: 
a apresentação direta; através dadescrição (que pode ser de traços físicos e/ou de 
traços psicológicos: sentimentos, 
pensamentos etc) 
Exemplo: Foram ao drinque, ele recuperou 
não só a alegria de viver e de fazer anos, como 
começou a fazê-los pelo avesso, remoçando. 
a apresentação indireta, através de falas e 
de ações dos personagens. Exemplo: 
‘O senhor vai comemorar em casa ou numa 
boate?' 
Engasgado, confessou-lhe que em parte 
nenhuma. 
Conclusão Importante 
A Verossimilhança na Apresentação de 
Personagens 
Numa narrativa bem construída como a que 
estamos comentando, percebemos que os 
personagens possuem uma história além daquela 
que conhecemos por meio da matéria narrada. O 
protagonista, por exemplo, refere-se no 1° parágrafo 
a comportamentos da família anteriores ao momento 
em que se inicia a história (Foi trombudo para o 
escritório.) No final, ficamos imaginando sua 
expressão de surpresa e talvez de um certo vexame, 
enquanto recebe a surpresa... 
Assim, para tomar mais bem escrita e 
verossímil a história que vamos contar, devemos 
tentar inseri-la no conhecimento que temos do 
mundo, imaginando como nossos personagens eram 
antes do conflito que pretendemos elaborar, e 
também como seriam após a última linha do texto... 
Se conseguirmos esse grau de 
verossimilhança na lógica do texto - associando-a à 
lógica do real - transformaremos nossa história 
naquilo que é, de fato, uma história: um flash na vida 
de alguém, que talvez possa mudá-la parcial ou 
totalmente, mas que não deixa de ser um flash... 
desta forma, não há dúvida de que nossos leitores 
ficarão mais atentos e interessados naquilo que 
estivermos contando... 
 Tipos de Discurso 
O discurso que reproduz fidedignamente a 
fala dos personagens chama-se discurso direto. 
Este tipo de discurso nos é apresentado 
convencionalmente por meio de verbos de elocução 
ou verbos discendi, e também de sinais de 
pontuação: aspas ou dois pontos e travessão. 
Já o discurso indireto é aquele em que o 
narrador filtra ao leitor tanto a fala quanto os 
pensamentos e sentimentos dos personagens, 
incorporando-os a sua linguagem, por meio dos 
mencionados verbos de elocução ou verbos 
discendi, seguidos de conjunção integrante: que, se. 
O discurso indireto livre, por sua vez, 
ocorre quando não podemos precisar com exatidão 
se a fala, o pensamento ou o sentimento presentes 
numa história pertencem ao narrador ou aos 
personagens, pois o narrador expressa o fluxo de 
consciência dos personagens, confundindo-o com 
sua própria voz narrativa. 
Exemplo: 
‘O senhor vaí comemorar em casa ou numa 
boate?’ - discurso direto. 
Engasgado, confessou-lhe que em parte 
nenhuma. – discurso indireto. 
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Fazer anos é uma droga, ninguém gostava 
dele neste mundo, iria rodar por aí à noite, solitário, 
como o lobo da estepe. - discurso indireto livre. 
‘Se o senhor quisesse, podíamos jantar 
juntos’, insinuou ela, discretamente. – discurso 
direto. 
E não é que podiam mesmo? Em vez 
de passar uma noite besta, ressentida – o 
pessoal lá em casa pouco está me ligando -, 
teria horas amenas, em companhia de uma 
mulher que - reparava agora - era bem bonita. - 
discurso indireto livre. 
Observação: 
Repare que o narrador de Caso de 
Secretária conta a história do ponto de vista do 
personagem principal. Além de descrever seus 
sentimentos e pensamentos, ele recria o seu fluxo 
de consciência, a sua fala interior, por meio do 
discurso indireto livre. Assim, o texto articula com 
inteligência narrativa a surpresa do final; ela 
pertence ao protagonista, mas contamina o leitor, 
já que este conhece o enredo exclusivamente por 
intermédio daquele. 
A crônica de Carlos Drummond de 
Andrade nos mostra, enfim, que os modos. de 
apresentação de personagens numa história, e 
também os tipos de discurso utilizados, devem ser 
pensados em função da intenção do autor, dos 
efeitos que quer provocar com sua narrativa. 
3 - Enredo: modos de organização e 
tipos 
O enredo, isto é, a organização de ações 
ou acontecimentos com os quais tecemos uma 
narração, pode se dividir basicamente em dois 
tipos: 
Enredo linear: é aquele que obedece uma 
seqüência lógica e cronológica de ações - início 
/desenvolvimento / desenlace ou desfecho. Ex: 
Caso de Secretária. 
Enredo não-linear: é aquele em que 
ocorrem saltos na seqüência de ações, omitindo 
fatos, sugerindo acontecimentos, apresentando 
cortes temporais, quebrando a seqüência lógica e 
cronológica da história. Nesse tipo de narrativa, o 
tempo cronológico e o espaço concreto são 
substituídos por flashbacks (retrospectivas ou 
voltas), flashforwards ou prolepses (antecipaçôes), 
ou ainda, algumas vezes, são suprimidos. 
A narrativa de natureza complexa, em que 
se misturam passado, presente e futuro, 
normalmente é estruturada por um enredo não-
linear. 
Leitura Comentada 
Tantas Mulheres 
Descobrisse ela que a amava com tal 
fúria, estava perdido. A salvação era fugir e, 
com a desculpa da mãe doente, afastou-se alguns 
dias da cidade. 
- Há tanto tempo, João! 
- Pois é, mãe. 
- Deixe-me vê-lo, meu filho. Você está um 
homem. 
Encontrou o quarto arrumado, como no dia 
em que partira, havia quantos anos? Bebia sozinho 
nos bares, voltava de madrugada para casa. 
- É você, meu filho? 
- Durma bem, mãezinha. 
Ganhar a paz na renúncia do amor. Éle, que 
era de gesto violento, não tinha coragem de arrancar 
a faca do coração? Ah, quanta vergonha na 
partida, em que havia ido às duas da manhã, 
debaixo de chuva, espiar a janela fechada. Nem 
sequer chovia - ele que chorava. Não enxugava a 
lágrima quente no olho, fria no canto da boca. Bem 
sabia por que dissera consigo quando o avião 
pousou: "Não se alegre, cara feia, você foi poupado 
para morte pior". 
A mãe ali na porta: 
- Meu filho, soube de uma coisa muito triste. 
- Que é, mãe? 
- Você gosta da mulher de outro. Verdade, 
João? São tristes os seus olhos. 
- Iguais aos seus, mãe. 
Bebia no gargalo, jogava paciência no 
quarto, lembrou-se de comprar escova de dente. 
Antes de vestir o paletó, enxergou a mosca sobre as 
cartas: "Há que matar essa bichinha". Depois de 
matá-la, poderia sair. Gentilmente a perseguiu: 
"mosca pelo nariz, a lágrima correu do olho", repetia 
com seus botões, "nariz da mosca é olho da lágrima" 
- e com o jornal dobrado esmagou a mosca. 
"Era outra bichinha, não a mesma." 
Remoendo a dúvida, das dez da noite às duas da 
manhã, ainda sem paletó, quando passou pelo sono. 
"Que foi que me aconteceu" - interrogava-se. as 
mãos na cabeça - "a que ponto me degradei?" 
Chegara a sua vez, fora apanhado. 
Pensava na amada, olho perdido num objeto 
qualquer, deixava de vê-lo e o coração latia no 
peito. Não havia perigo: que é o ato gracioso de 
beijar uma boca, qual a lembrança de uma noite? 
Sou um homem, com experiência da vida. Depois, 
encurralado no velho sofá de veludo, sem fugir dos 
olhos acesos a cada fósforo - e nunca mais beijar 
o pequeno seio como quem bebe água na concha da 
mão. 
Chovia, ela aninhava-se nos seus braços, a 
face trêmula das gotas na vidraça. Cada gesto uma 
descoberta: a maneira de erguer o rosto para o beijo 
e de sorrir, aplacada, depois do beijo. Estendida nua 
entre as flores desbotadas do sofá: Eu não gastei de 
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outro... Mentia, bem que ela mentia! Doente de 
amor. Quero você. Venha por cima de mim. Nunca 
mais livre do teu peso. 
- Tenho de voltar, mãe. 
- Não disse que ficava uma semana? 
- Pois é, mãezinha. 
- Por causa do emprego, meu filho? 
- Assunto urgente. Um amigo me chama. 
Caso de vida ou morte. Nãosei o que se passa 
comigo. Estou em aflição, tremo sem saber por 
quê. A senhora me ajude, mãe. Um mau-olhado 
estragou minha vida. Estranho e misterioso, não sei 
o que é. Sem ânimo para nada. Não durmo, não 
como, pouco falo. Quem sofre é a senhora. Sei 
que ficará preocupada, mas não deve. Que será 
isso, mãezinha? Desespero tão grande que tenho 
medo. Bem pode ser alguma muIher. Tantas 
passaram pela minha vida. 
(Dalton Trevisan - Desastres do Amor - Rio de 
Janeiro, Record, 1979) 
Comentários 
Observe que neste conto de Dalton 
Trevisan há uma clara intersecção entre dois 
tempos: o tempo do agora da narração, em que o 
protagonista se afasta da mulher amada e vai 
visitar a mãe, e o tempo de que se lembra: os 
momentos de amor dos quais não consegue se 
libertar, mesmo sabendo que ela tem outro 
homem... Trata-se, assim, de um texto narrativo 
que exemplifica o enredo não-linear, por meio de 
flashbacks. 
Nele o passado invade o presente pela 
força do amor, que inclusive não permite que o 
protagonista minta à mãe, no último parágrafo, 
como inicialmente tenta fazer. 
Outro elemento interessante presente no 
texto, que merece atenção, é a linguagem 
condensada, quase telegráfica, com que o autor, 
também se utilizando de discurso indireto livre, 
encena o desespero de um homem violento, que 
se sente irremediavelmente apaixonado... 
4 - Elementos constitutivos do texto 
narrativo 
Além dos personagens e do enredo, que 
já estudamos, os elementos constitutivos da 
narrativa são o narrador - a voz que conta a 
história -, as circunstâncias de tempo e lugar - e, 
finalmente, a linguagem que, por ser o produto 
final do texto, a matéria-prima pela qual ele é 
tecido, engloba todos os demais. 
Vamos visualizar tais elementos, a partir 
das perguntas que os compõem: 
 
 
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO TEXTO 
NARRATIVO 
O quê? Quem? Como? Quando? Onde? 
Porquê? 
Por isso... 
Ação (enredo) 
Personagens (protagonistas, antagonistas, 
personagens-ajudantes) O modo pelo qual a ação 
ocorreu 
Tempo; o momento ou a época em que a 
ação ocorreu 
Espaço; o lugar onde a ação ocorreu 
Causas, razões, motivos pelos quais a ação 
ocorreu 
Decorrências, resultados ou conseqüências 
da ação 
Comentários 
Nem todos os elementos apresentados estão 
explicitados em todas as narrações. 
É necessário, porém, que os consideremos, 
para escrevermos um texto narrativo que seja 
completo, em função de sua situação de produção. 
Por meio de tal roteiro, você pode enumerar 
e selecionar os fatores que comporão o seu texto 
narrativo, procurando dar-Ihe coerência, 
verossimilhança, unidade e expressividade, de forma 
que desperte a atenção e o interesse do leitor... 
5 - Narrador e foco narrativo 
Chamamos de narrador a categoria 
narrativa por meio da qual o autor conta uma 
história. O narrador, a voz que conta a história, é, 
então, um elemento imaginário; faz parte do reino da 
ficção, assim como os personagens e os 
acontecimentos que a vivenciam, caso se trate de 
uma narrativa literária. 
O estudo dos modos possíveis de contar 
uma história, isto é, das posições do narrador 
perante o que conta é conhecido como foco 
narrativo: trata-se do questionamento, na ficção, de 
quem narra, de como se narra, dos ângulos de visão 
através dos quais se narra. 
Há, basicamente, dois tipos de foco 
narrativo: aquele em que o narrador que conta a 
história também participa dela, como personagem 
(narração em primeira pessoa: personagem-
narrador) e aquele em que o narrador não participa 
da história que conta. 
Este segundo narrador existe nas narrações 
em terceira pessoa e se subdivide em dois tipos: 
Narrador-observador: o narrador conta a 
história como mero observador dos acontecimentos, 
dos quais não participa diretamente. Não sabe, a 
respeito do que acontece, mais do que pode 
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observar. Passa para o leitor os fatos como os teria 
enxergado. 
Narrador-onisciente: o narrador é capaz 
de revelar tudo sobre o enredo e os personagens 
da história. Ele conhece e expressa o próprio 
pensamento, a própria voz interior dos 
personagens, desvendando seus monólogos e 
diálogos íntimos. Às vezes, sabe até vivências 
inconscientes dos personagens, ou seja, sabe mais 
deles do que eles próprios. Geralmente, este tipo 
de narrador faz uso do discurso indireto livre, como 
vimos em Caso de Secretária e Tantas Mulheres, 
textos que exemplificam este tipo de narrador. 
Leitura Comentada: Uma narrativa com 
personagem-narrador 
O andarilho e sua sombra 
Sempre que posso, saio a pé pelas ruas da 
cidade. Onde quer que more, com ou sem trânsito, 
é assim. Nada para mim substitui o contato direto 
com a rua, a ótica nua do pedestre e o exercício 
suave da condição de bípede reflexivo. Adoro 
quando me acontece de poder caminhar até o local 
de algum compromisso ou encontro e considero 
um privilégio inconfessável o luxo de perambular a 
esmo, sem propósito definido, pelo simples prazer 
peripatético de espiar, devanear e ruminar. 
Não é sempre, porém, que me permito o 
luxo desse esbanjamento. Só quando sinto que 
cumpri alguma tarefa e, de certa forma, conquistei 
o direito de vagabundear um pouco. Na era do 
politicamente correto e da máxima eficácia em tudo, 
temo a chegada do dia em que o deleite inocente 
de se caminhar sem expectativa de ganho e sem 
propósito definido seja considerado um crime. 
Um dia desses, não faz muito tempo, eu 
estava a poucos quarteirões de casa quando fui 
abordado na calçada por um homem de aparência 
humilde e jeito acanhado. Não era um mendigo. 
Parei e perguntei o que era. 
Ele então apontou para uma pequena placa 
do canteiro de obras e me pediu, assim meio de 
lado, se eu podia ler para ele o que estava escrito 
nela. Queria saber, explicou, se estavam 
oferecendo emprego. 
Li a placa em voz alta ("vende-se material 
usado"), lamentei que não era o caso e sugeri 
que fosse ao vigia da obra perguntar se estavam 
precisando de gente. Nunca mais o vi. 
O episódio em si não durou mais que 
um par de minutos, talvez nem isso. Mas a 
situação daquele homem simples procurando 
emprego, o dedo furtivo apontando a placa e a 
interrogação muda estampada em seu rosto 
expectante têm me acompanhado de forma 
intermitente desde aquela manhã. 
A sensação imediata, enquanto andava de 
volta para a casa, foi de um mal-estar difuso e uma 
ponta de remorso. A estranha dignidade daquele 
gesto difícil mexeu comigo. Como aquele sujeito teria 
vindo parar ali? Teria família, filhos, dívidas? Ele não 
parecia desesperado. Mas até que ponto, eu me 
perguntava, as aparências revelavam o seu estado? 
Comecei a pensar nas dificuldades e 
embaraços inusitados que alguém como ele 
enfrenta cotidianamente. Como se vira um analfabeto 
no cipoal urbano de São Paulo? Como faz para 
encontrar um endereço, apanhar o ônibus certo, 
contar o troco, não ser trapaceado na quitanda da 
esquina? 
O analfabetismo numa grande cidade chega 
a ser uma deficiência tão debilitadora quanto a 
cegueira ou a surdez. É todo um universo de 
informação que se fecha, que nunca se abriu. Como 
nós que lemos e escrevemos como quem respira e 
caminha podemos sequer vislumbrar o que possa ser 
isso? 
E por que diabos não fui mais solidário? O 
que me custaria, afinal, ser mais solícito e tentar 
ajudá-lo a se orientar um pouco? Podia, ao menos, 
ter perguntado se precisava de dinheiro para tomar 
uma condução. Inverti, na imaginação, os papéis: o 
que eu, no lugar dele, esperaria de alguém como 
eu? Vontade (abstrata) de voltar no tempo, ser 
melhor do que fui. Era tarde. Será diferente da 
próxima vez? 
(Eduardo Giannetti - Folha de São Paulo, 02/04/98) 
Comentários 
Observe que aqui temos uma narrativa em 1a 
pessoa, com personagem-narrador. 
Este personagem-narrador, nosdois 
parágrafos iniciais, cria descritivamente as 
circunstâncias em que se dá o episódio narrado. 
Além disso, após a narração, ele coloca um 
parágrafo explicativo, a partir do qual passa a 
dissertar, isto é, a refletir sobre o que ocorreu. 
Exemplo: 
O episódio em si não durou mais que um par 
de minutos, talvez nem isso. Mas a situação daquele 
homem simples procurando emprego, o dedo furtivo 
apontando a placa e a interrogação muda 
estampada em seu rosto expectante têm me 
acompanhado de forma intermitente desde aquela 
manhã. 
Esta reflexão abrange uma questão social, de 
grande relevância em nosso país: 
O analfabetismo numa grande cidade chega 
a ser uma deficiência tão debilitadora quanto a 
cegueira ou a surdez. É todo um universo de 
informação que se fecha, que nunca se abriu. 
Outro elemento interessante presente no 
texto é que, ao colocar em 1a pessoa, isto é, como 
narrador e simultaneamente como personagem da 
matéria narrada, o autor transforma- se em fato-
exemplo de outra questão social, tão grave quanto 
a menciona trata-se das diferenças sociais e, mais 
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do que isso, da falta de solidariedade entre as 
pessoas. 
Exemplo: 
Como nós que lemos e escrevemos como 
quem respira e caminha podemos sequer 
vislumbrar o que possa ser isso? 
E por que diabos não fui mais solidário? O 
que me custaria, afinal, ser mais solícito e tentar 
ajudá-lo a se orientar um pouco? 
Desta forma, temos um exemplo de 
narração dissertativa, com elementos descritivos, 
num contexto de jornalismo opinativo. Note que a 
presença do eu não apenas narrando, mas se 
inserindo no narrado, aumenta a vitalidade do 
texto, torna-o mais expressivo e conseqüentemente 
mais propício não apenas à compreensão 
intelectual, mas, ainda, à adesão emocional do 
leitor àquilo que lê. Trata-se, enfim, mais uma vez, 
de conciliar o esclarecer convencendo e o 
impressionar agradando... no processo de 
elaboração textual. 
6 - Tempo e espaço 
Na medida em que fazem parte da 
estrutura do texto narrativo, as categorias de tempo 
e de espaço - o quando e o onde da história - 
precisam combinar-se e articular-se de forma que 
não seja possível compreendê-los isoladamente, ou 
seja, independentemente do narrador, do enredo, 
dos personagens etc. 
Em outras palavras, a coerência e a 
verossimilhança do texto narrativo dependem da 
implicação mútua entre tempo e espaço, e também 
da implicação de ambos com os outros elementos 
constitutivos da narração. 
Exemplo: Perceba que o fato de ambientar-
se na cidade de São Paulo, um exemplo de grande 
metrópole, e também o fato de ter claras marcas 
temporais que remetem aos nossos dias, à 
contemporaneidade, constituem elementos 
imprescindíveis à compreensão de O andarilho e 
sua Sombra, tanto no que diz respeito à 
estruturação do texto, quanto no que diz respeito à 
análise de seu significado. 
 Tempo cronológico e tempo 
psicológico 
O tempo cronológico predomina numa 
narrativa quando ela privilegia os acontecimentos 
exteriores, imitando a forma como ocorrem na 
realidade. 
Já o tempo psicológico predomina no 
caso da narrativa que enfoca os estados interiores 
dos personagens. 
Exemplo: O andarilho e sua Sombra e 
Caso de Secretária são narrativas em que 
predomina o tempo cronológico, enquanto em 
Tantas Mulheres, de Dalton Trevisan, o tempo 
psicológico se mistura com o cronológico, deixando-o 
em segundo plano. 
Leitura Comentada: Uma narrativa com 
Narrador-Observador 
Os elementos narrativos: revisão 
Continuidade dos parques 
Começara a ler o romance dias antes. 
Abandonou-o por negócios urgentes, voltou à leitura 
quando regressava de trem à fazenda; deixava-se 
interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos 
per- sonagens. Nessa tarde, depois de escrever uma 
carta a seu procurador e discutir com o capataz uma 
questão de parceria, voltou ao livro na tranqüilidade 
do escritório que dava para o parque dos carvalhos. 
Recostado em sua poltrona favorita, de costas para 
a porta que o teria incomodado com uma irritante 
possibilidade de intromissões, deixou que sua mão 
esquerda acariciasse, de quando em quando, o 
veludo verde e se pôs a ler os últimos capítulos. Sua 
memória retinha sem esforço os nomes e as 
imagens dos protagonistas; a fantasia novelesca 
absorveu-o quase em seguida. Gozava do prazer 
meio perverso de se afastar, linha a linha, daquilo 
que o rodeava, e sentir ao mesmo tempo que sua 
cabeça descansava comodamente no veludo do alto 
respaldo, que os cigarros continuavam ao alcance 
da mão, que além dos janelões dançava o ar do 
entardecer sob os carvalhos. Palavra por palavra, 
absorvido pela trágica desunião dos heróis, 
deixando-se levar pelas imagens que se formavam e 
adquiriam cor e movimento, foi testemunha do último 
encontro na cabana do mato. Primeiro entrava a 
mulher, receosa; agora chegava o amante, a cara 
ferida pelo chicotaço de um galho. Ela estancava 
admiravelmente o sangue com seus beijos, mas ele 
recusava as carícias, não viera para repetir as 
cerimônias de uma paixão secreta, protegida por um 
mundo de folhas secas e caminhos furtivos, o punhal 
ficava morno junto a seu peito, e debaixo batia a 
liberdade escondida. Um diálogo envolvente corria 
pelas páginas como um riacho de serpentes, e 
sentia-se que tudo estava decidido desde o começo. 
Mesmo essas carícias que envolviam o corpo do 
amante, como que desejando retê-lo e dissuadi-lo, 
desenhavam desagradavelmente a figura de outro 
corpo que era necessário destruir. Nada fora 
esquecido: impedimentos, azares, possíveis erros. A 
partir dessa hora, cada instante tinha seu emprego 
minuciosamente atribuído. O reexame cruel mal se 
interrompia para que a mão de um acariciasse a face 
do outro. Começava a anoitecer. Já sem se olhar, 
ligados firmemente à tarefa que os aguardava, 
separaram-se na porta da cabana. Ela devia 
continuar pelo caminho que ia ao Norte. Do caminho 
oposto, ele se voltou um instante para vê-la correr 
com o cabelo solto. Corre por sua vez, esquivando-
se de árvores e cercas, até distinguir na rósea bruma 
do crepúsculo a alameda que o levaria à casa. Os 
cachorros não deviam latir, e não latiram. O capataz 
não estaria àquela hora, e não estava. Subiu os três 
degraus do pórtico e entrou. Pelo sangue galopando 
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em seus ouvidos chegavam-Ihe as palavras da 
mulher: primeiro uma sala azul, depois uma 
varanda, uma escadaria atapetada. No alto, duas 
portas. Ninguém no primeiro quarto, ninguém no 
segundo. A porta do salão, e então o punhal na 
mão, a luz dos janelões, o alto respaldo de uma 
poltrona de veludo verde, a cabeça do homem na 
poltrona lendo um romance. 
(Júlio Cortázar - Fina! do Jogo - Rio de Janeiro, 
Editora Expressão e Cultura, 1974) 
Comentários 
os elementos da narração 
 Apresentação de personagem 
Você notou que não há descrição física 
e/ou psicológica do personagem, desde o início do 
conto? Nele, o protagonista (personagem principal) 
- um homem de negócios que retoma a leitura de 
um livro - é apresentado indiretamente, quer dizer, 
através de ações e não de descrição 
(apresentação direta). 
 Foco narrativo 
Por outro lado, trata-se de um personagem 
que não se confunde com o narrador da história, o 
qual a conta em terceira pessoa. 
O processo de mergulho do protagonista 
na leitura dos últimos capítulos é lento, mas 
radical. O narrador o vai revelando como um 
observador que vê o homem de negócios se 
despedindo da realidade e entrando em outro 
mundo: o mundo do livro que lê. 
Veja por exemplo o trecho abaixo:nos processos 
seletivos e em dias com as exigências legais são 
nomeados servidores públicos, assumindo seus 
cargos por tempo indeterminado. 
A realização de concursos é uma forma 
democrática de seleção de candidatos, pois oferece 
a todos a mesma chance de conseguir uma boa 
vaga, sem restrições de nível social, experiência 
profissional, etnia, opção sexual, idade e sexo 
(exceto em algumas carreiras) etc. Jovens sem 
experiência profissional e pessoas acima dos 40 
anos que encontram dificuldade de recolocação na 
iniciativa privada têm nos concursos uma 
oportunidade eficaz em conquistar um bom 
emprego. 
Quem são os concursandos 
São pessoas em busca de estabilidade e 
melhores salários. 
• Faixa etária dos 25 aos 40 anos. 
• 70% homens e 30% mulheres, exceto 
nas carreiras jurídicas, em que a aprovação é 
igual: 50% de cada sexo. 
• 60% possuem nível superior. 
• Em cerca de 50% dos casos, as 
despesas gerais do concursando durante sue 
período de preparação, bem como o material de 
estudo e o custo das inscrições e viagens para 
realização das provas, são financiados por parente. 
• Tempo médio de preparação dos 
aprovados: 2 anos e três meses (com dedicação 
exclusivas aos estudos, na maioria dos casos). 
• 80% dos aprovados freqüentaram 
cursos preparatórios e/ou material didático de 
editoras especializadas. 
Os números 
O provimento de cargos efetivos no serviço 
público por meio de concursos é uma imposição 
da Constituição Federal, que assegura a 
oportunidade de ingressar na carreira pública a 
todos que preencham os requisitos exigidos nos 
editais. 
Os concursos federais registram 8 milhões 
de inscrições por ano. Outros 13 milhões de 
inscrições são feitos anualmente para concursos 
estaduais e municipais. Como um candidato 
geralmente participa de mais de um processo 
seletivo, estima-se que 10 milhões de brasileiros 
estejam na luta por uma vaga no serviço público. 
Edital de concurso 
Para ingressar na carreira pública, todo 
candidato deve ficar atento às oportunidades que 
surgem regulamente com novos concursos, 
abertos por meio de editais específicos e 
amplamente divulgados pelos organizadores. 
O edital de concursos é o documento que 
dita as regras do processo seletivo. Pode variar 
entre os concursos, de acordo com o tipo de 
seleção: contratação imediata, contratação 
temporária, cadastro reserva. 
Itens importantes de edital de abertura de 
concurso: 
• Numero de vagas. 
• Vencimento ou remuneração. 
• Nível de escolaridade, que pode ser 
fundamental, médio, técnico ou superior. 
• Período para inscrições e pagamento da 
taxa. 
• Datas das provas. 
• Prazo de validade do concurso. 
• Prazo para dar entrada em recursos. 
• Conteúdo programático, em que são 
listadas todo as disciplinas cobradas na prova. 
Divulgação do Edital 
Os editais de concursos são publicados nos 
diários oficiais da união, do Estado ou Distrito 
Federal e do Município, de acordo com o âmbito do 
concurso. Também são divulgados pela imprensa 
em geral, nos jornais especializados, nos sites 
das instituições organizadoras do concurso e no 
site de cursinhos preparatórios. 
Quem produz o Edital? 
Uma empresa especializada em realizar 
e organizar concursos, bem como em formula e 
aplicar provas e divulgar os resultados. Essa 
empresa é contratada pelo órgão público que 
necessita de novos servidores. Há diversas 
instituições organizadoras de concursos públicos 
em todo o País. Alguns dos principais sites de 
instituições organizadoras: 
• www.cespe.unb.br/concursos/ 
• www.esaf.fazenda.gov.br 
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• www.concursosfcc.com.br 
• www.nce.ufrj.br/concurso/ 
• www.funiversa.org.br 
• www.concurso.fvg.br 
• www.cesgranrio.org.br 
• www.vunesp.com.br 
Etapas de um concurso 
As empresas e instituições organizadoras 
dos concursos são responsáveis pela divulgação 
das diversas etapas da seleção do concurso. 
O primeiro passo para entender o concurso 
é conferir cada um dos tipos de editais que podem 
ser publicados. Neles, estão contidas todas as 
informações necessárias ao candidato, da 
abertura do concurso à nomeação dos aprovados: 
• Primeiro, sai o edital de abertura, que 
dita todas as regras do concurso. 
• O edital de retificação é um edital 
que pode acrescentar, corrigir ou modificar 
informações do edital de abertura. 
• A convocação serve para solicitar o 
comparecimento dos candidatos para as etapas do 
concurso. 
• O gabarito é onde aparecem as 
respostas corretas das provas já realizadas; 
normalmente é divulgado logo após a 
aplicação do exame. 
• O prazo de recurso é o período dado 
ao candidato para que ele possa entrar com 
recurso contra o gabarito e o resultado das provas. 
• O resultado é divulgado algum tempo 
após cada etapa do concurso. 
• A nomeação é a lista que convoca o 
candidato para tomar posse do cargo. 
Requisitos básicos e documentação 
Além da aprovação em concurso, para 
ingressar no serviço público, o candidato deve 
preencher vários requisitos, que podem variar de 
acordo com o cargo pretendido (o que deve vir 
especificado no edital). 
Confira algumas condições freqüentes 
para ingresso no serviço público: 
• Estar em dia com as obrigações 
eleitorais. 
• Estar quite com as obrigações militares 
(homens). 
• Ser brasileiro nato ou naturalizado. 
• Ter no mínimo 18 anos na data da 
nomeação. 
• Não ter sido exonerado do serviço 
público por justa causa em razão de ato de 
improbidade ou por decisão judicial definitiva. 
• Apresentar no ato da nomeação a 
certidão negativa de antecedentes criminais 
(quando solicitado). 
• Possuir, na data da nomeação, o grau 
de escolaridade exigido para o cargo. 
BÊ-Á-BA DO CONCURSANDO 
O que mais você precisa saber sobre 
concursos, tipos de avaliação e contratação de 
servidores públicos: 
Acúmulo de cargos 
Em princípio, a lei proíbe que o servidor 
exerça dois ou mais cargos públicos ou, em alguns 
casos, um cargo público e outro privado. Mas há 
exceções: o servidor pode acumular dois cargos 
públicos, desde que haja compatibilidade de 
horários, como: 
• Dois cargos de professor; 
• Um cargo de professor e outro técnico ou 
científico; 
• Dois cargos em profissões 
regulamentadas da área da saúde. 
Altura mínima 
Ainda é comum a exigência de limite de 
altura mínima para ingresso em carreiras policiais e 
militares, mas há grande variação nas legislações 
estaduais. 
Antecedentes 
O setor público não admite o ingresso de 
pessoas que cometeram crimes graves. Em 
algumas carreiras também é solicitado atestado de 
antecedentes profissionais, como nas áreas 
policiais, fiscal e bancária. 
Aptidão física e mental 
É exigência legal para o ingresso em varias 
carreiras. O candidato é submetido a exames de 
avaliação antes de assumir o cargo. Se possuir 
doenças graves, contagiosas ou incuráveis pode 
ser reprovado. (Muitos candidatos têm recorrido à 
Justiça com sucesso contra reprovação por 
questões de saúde). Em muitos casos, são exigidos 
esames físicos, psicológicos e psicotécnicos. 
Em carreiras policiais, por exemplo, o 
candidatos é submetido a prova de capacidade 
física, em que se avalia sua condição de suportar 
as atribuições do cargo. O candidato considerado 
inapto é eliminado. 
Bancas examinadoras 
São empresas especializadas na 
organização e realização dos concursos públicos, o 
que inclui, elaboração do edital, inscrição dos 
candidatos, elaboração, aplicação e correção 
CONTEÚDO EXTRA GRÁTIS 
Central de Atendimento: (91)... deixava-se interessar lentamente pela 
trama, pelo desenho dos personagens (...) 
Recostado em sua poltrona favorita (...) deixou que 
sua mão esquerda acariciasse, de quando em 
quando, o veludo verde (...). Gozava do prazer 
meio perverso de se afastar, linha a linha, daquilo 
que o rodeava e sentir ao mesmo tempo que sua 
cabeça descansava comodamente no veludo do 
alto respaldo, que os cigarros estavam ao alcance 
da mão... 
 Construção do enredo - a não-linearidade 
e o desfecho inesperado 
No momento em que se deixa levar 
totalmente pela leitura, pelas imagens que se 
formavam e adquiriam cor e movimento, a 
história do homem de negócios se apaga e ele se 
torna personagem de outra história. Nela há um 
casal de amantes que se encontram, pela última 
vez na cabana do mato... O homem de negócios, o 
leitor da primeira história, vira testemunha do 
encontro que pertence à segunda: uma história 
passional, misteriosa, de suspense. Há um 
triângulo amoroso e alguém deve ser morto... 
Assim, trata-se de um enredo não-
linear: o enredo da 1a história é suspenso e 
substituído pelo enredo da 2a história... até o 
desfecho inesperado, quando ambas se 
reencontram. 
 Tempo e espaço 
No momento em que as duas histórias 
presentes no conto começam a se misturar, há uma 
frase muito sugestiva para a sua compreensão mais 
profunda: Começava a anoitecer. 
Por meio da introdução dessa categoria 
temporal, o leitor tem pista do que vai ocorrer: a 
mistura das fronteiras entre a realidade (um homem 
lê um romance) e a fantasia (o conteúdo do romance 
que o homem está lendo). 
Como sabemos, a noite é propícia à 
fantasia, pois indefine e contunde os contornos dos 
seres, tornando imprecisos os limites entre sonho e 
realidade. Neste clima noturno, crepuscular, dá-se o 
desfecho do conto, reunindo numa só a primeira e a 
segunda histórias. Agora, de testemunha que era, o 
leitor passa a se confundir com a vítima: o homem 
que vai ser morto pelo amante da mulher, a qual 
parece ser a autora das indicações para se cometer 
o assassinato: 
Subiu os três degraus do pórtico e entrou. 
Pelo sangue galopando em seus ouvidos chegavam-
lhe as palavras da mulher: primeiro uma sala 
azul, depois uma varanda, uma escadaria 
atapetada. No alto duas portas. Ninguém no primeiro 
quarto, ninguém no segundo. A porta do salão, e 
então o punhal na mão, a luz dos janelões, o alto 
respaldo de uma poltrona de veludo verde, a cabeça 
do homem na poltrona lendo um romance. 
Seria o leitor o "marido traído"? 
Esta é uma das interpretações possíveis, 
mas não podemos ter certeza de nada: o 
assassinato fica subentendido no desfecho do texto, 
assim como fica subentendida a "coincidência" entre 
o leitor e o homem que deve ser morto, através de 
um tipo de linguagem que já mencionamos - a 
linguagem telegráfica. 
A interpenetração de histórias, que quebra a 
linearidade do enredo e provoca o desfecho 
inesperado, surpreendente, constituem elementos 
fundamentais da construção do enredo do conto. Um 
conto cuja última cena evoca o seu início: um 
homem de negócios lendo um romance... 
Nele ocorre exatamente o que o título 
sugere, por meio da evocação de uma categoria 
espacial: continuidade dos parques. Essa categoria, 
tanto quanto aquela que se refere ao tempo (tarde / 
crepúsculo / noite), mostra-nos o deslizar entre 
realidade e fantasia, que se dá no decorrer da 
história. 
O parque dos carvalhos que serve de 
cenário ao leitor é o mesmo em que ocorre a busca 
do homem que precisa ser morto; quer dizer, o 
espaço da realidade continua na fantasia novelesca, 
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provocando a interpenetração entre ambas, quando 
de fato merguIhamos na leitura de um livro... 
Conclusões importantes 
A escolha do tipo de narrador; a 
propriedade do foco narrativo, da caracterização 
dos personagens; a adequação das falas; a 
coerência interna do enredo etc, constituem os 
elementos característicos do texto narrativo, que 
devem ser levados em conta para se compor uma 
história. Além de organizá-los com coerência e 
verossimilhança, é necessário também avaliar a 
originalidade da construção, a criação pessoal, ou 
seja, a capacidade de invenção e de articulação de 
uma trama. 
Entretanto, na medida em que todos esses 
aspectos se expressam via linguagem, ela os 
engloba e lhes dá consistência. Portanto, o 
principal critério para se avaliar um texto 
narrativo é verificar sua estrutura lingüística, tendo 
em vista a adequação entre forma e con- teúdo, 
entre intenção - o que se pretendeu contar - e 
realização - o que efetivamente se conseguiu 
contar. 
7 - Procedimentos anti-narrativos (e/ou 
que devem ser evitados no texto narrativo) 
a) Sobre a progressão de ações: 
em vez de: 
enredo desequilibrado (sem noção de 
ritmo), com problemas na sucessão de fatos 
(saltos ou acúmulos impertinentes)/enredo 
minucioso, detalhista, que não prenda o interesse 
do leitor; 
é preciso: 
criar uma seqüência expressiva de 
ações, com alterações significativas e desfechos 
não previsíveis, que sejam compatíveis com história 
narrada; 
b) Sobre o conflito: 
em vez de: 
conflito 
inexpressivo/desgastado/abandonado ou ausente; 
é preciso: 
saber criá-lo com coerência e 
expressividade, articulando-o com os demais 
elementos narrativos; 
c) Sobre os personagens: 
em vez de: 
personagens mal 
caracterizados/inverossímeis/artificiais ou sem 
função para a inteligibilidade da história; 
 
 
é preciso: 
saber relacionar os elementos 
caracterizadores dos personagens e articulá-los de 
forma consistente com o conflito apresentado; 
d) Sobre o foco narrativo: 
em vez de: 
confundir as categorias autor e 
narrador/alterar o foco narrativo, sem objetivo 
específico; 
é preciso: 
adequar o foco narrativo à história narrada e 
aos personagens; 
e) Sobre o espaço e o tempo: 
em vez de: 
marcação temporal inexpressiva e 
desarticulada/marcação espacial meramente 
decorativa, sem integração com as mudanças 
temporais; 
é preciso: 
aproveitar adequadamente a funcionalidade 
de tais categorias para a fabulação, o que pressupõe 
o conhecimento da relação / tempo / espaço; 
f) Sobre a linguagem: 
em vez de: 
linguagem inexpressiva, artificial, 
descontextualizada em relação aos personagens 
e/ou ao tipo de enredo escolhido; 
é preciso: 
adequar forma e conteúdo, texto e contexto, 
correção gramatical e uso de elementos expressivos, 
magia e arquitetura, inspiração e transpiração. 
3o núcleo – Dissertação 
1 - Definição: o que é dissertar 
Dissertar é discutir assuntos, debater idéias, 
tecer opiniões, delimitando um tema dentro de uma 
questão ampla e defendendo um ponto de vista, 
por meio de argumentos convincentes. 
Portanto, no texto dissertativo - um tipo de 
texto lógico-expositivo - colocamo-nos criticamente 
perante alguma dimensão da realidade e, mais do 
que isso, fundamentamos nossas idéias; 
explicitamos os motivos pelos quais pensamos o que 
pensamos. 
Assim, quando escrevemos 
dissertativamente estamos exercitando a nossa 
capacidade crítica, a lucidez questionadora de nós 
mesmos e do mundo, a aventura de defender 
opiniões próprias, num contexto reflexivo - de 
discussão e de debate. 
Trata-se, também, de uma experiência de 
comunicação: é necessário estruturar o texto 
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dissertativo com organização lógica de idéias e 
com linguagem clara e adequada, para que ele 
possa persuadir o leitor. 
Leitura Comentada: Um parágrafo 
dissertativo 
O texto argumentativo pressupõe uma 
concepção da linguagem enquanto uma relação 
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das provas, análise de recursos divulgação dos 
resultados. Nos sites das bancas é possível 
acompanhar informações do concurso: locais das 
provas, lista de aprovados, gabaritos, recursos 
deferidos etc. 
Cadastro de reservas 
Os candidatos aprovados em concursos 
são convocados na medida das necessidades de 
preenchimento de vagas, conforme a ordem de 
classificação. Em muitos casos, após preenchido o 
número de vagas abertas no concurso, os demais 
concursados passam a fazer parte de um cadastro 
reserva – um banco de pessoal, organizado por 
ordem de classificação, destinado a suprir o 
surgimento de novas vagas. 
Alguns órgãos abrem concurso 
especialmente para selecionar candidatos para a 
formação de cadastro reserva. Nesse caso, antes 
de se inscrever, o candidato deve avaliar qual é o 
órgão contratante e qual a empresa organizadora do 
concurso. 
É recomendável dar preferências a órgãos e 
empresas conhecidos e desconfiar, por exemplo, 
quando o número de vagas para cadastro de 
reserva é desproporcional ao numero de 
funcionários em atividade do órgão contratante. 
Critério de desempate 
Em alguns concursos, é estabelecido no 
edital; em outros, prevalece como primeiro critério a 
preferência por candidatos com idade igual ou 
superior a 60 anos. Nos demais, ficam com as 
vagas os candidatos que obtiverem maior nota em 
provas ou disciplinas consideradas mais 
importantes para aquela carreira. 
Curso de formação profissional 
É exigido por algumas carreiras e faz parte 
do processo seletivo. Participam apenas os 
concursandos aprovados em todas as fases 
anteriores do concurso. Para ser nomeado 
funcionário público, o candidato deve ser aprovado 
no curso de formação profissional. Durante o curso, 
geralmente o candidato recebe auxilio financeiro 
equivalente a uma parte de remuneração prevista 
para o cargo efetivo. 
Escolaridade 
É definida pelas leis que regulamentam 
cada carreira pública e informada no edital do 
concurso. Alguns concursos de nível superior 
realizam, após a aprovação dos candidatos na 
prova objetiva – e, se houver em sua etapa 
subseqüente - uma prova de títulos, com dia e 
hora marcados, quando deverão ser apresentados 
os títulos exigidos e complementares ao cargo em 
disputa. Contudo, um candidato aprovado que 
tenha ensino superior pode tomar posse num 
cargo de que exige formação de nível médio. A 
comprovação de escolaridade só é exigida na 
posse do cargo. 
Estágio probatório 
É o período em que o servidor 
nomeado para o cargo efetivo é avaliado por 
técnicos especializados quanto a sua assiduidade, 
disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e 
responsabilidade. Em caso de reprovação, não há o 
ingresso na carreira; o servidor é exonerado ou, se 
já for funcionário público efetivo, reconduzido ao 
cargo anterior. De acordo com o artigo 20 da lei 
8.112/90, alterado pela Medida Provisória 431, de 
maio de 2008, o estágio probatório tem duração de 
36 meses. 
Idade 
Salvo algumas exceções, os concursandos 
admitem candidatos com idade de 18 e 69 anos 
até a data da nomeação. A carreira pública tem-se 
consolidado como alternativa para jovens sem 
experiência e pessoas mais velhas, aos quais são 
negadas oportunidades na iniciativa privada. 
Pesquisa da Unicamp demonstra que, em 2005, a 
idade média dos funcionários públicos era de 41.6 
anos contra 32,5 anos dos trabalhadores da 
iniciativa privada com carteira assinada. 
Igualdade de sexos 
Normalmente, as carreiras públicas não 
fazem distinção de sexo, exceto para algumas 
funções militares e policiais em que a oferta de 
vagas é direcionada para um ou outro sexo. Nas 
demais, homens e mulheres têm oportunidades e 
salários iguais e exercem a mesma atividade. 
Portadores de deficiência 
A constituição federal assegura 5% do 
total de vagas para portadores de deficiência, 
desde que as atribuições sejam compatíveis com a 
deficiência apresentada. O edital de abertura de 
concurso já estipula o número de vagas destinado a 
esses candidatos. 
Prazo de validade do concurso 
De acordo com a Lei 8.112/90, o prazo 
de validade do concurso é de até dois anos, 
prorrogável por igual período. Se dentro desse 
prazo forem autorizadas contratações de mais 
funcionários para aquele cargo, serão chamados 
os habilitados no último concurso, pela ordem de 
classificação. Além disso, a Lei impede a 
realização de novo concurso “enquanto houver 
candidato aprovado em concurso anterior com prazo 
de validade não expirado”. 
Provas orais 
São comuns em concursos de áreas 
jurídicas, por exemplo. O candidato é submetido a 
uma banca examinadora, para a qual responde a 
perguntas ou discorre sobre disciplinas e temas 
definidos no edital do concurso. 
 
 
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Provas práticas 
São previstas em concursos para carreiras 
que exigem habilidades específicas para o 
desempenho da função, como digitação e 
habilitação de motorista. 
Recursos 
Permitem ao candidato contestar desde a 
impugnação de sua inscrição e requisitos exigidos 
no concurso até gabaritos das provas e 
resultados finais. Os recursos administrativos 
são apresentados às empresas organizadoras em 
prazo e forma descritos no edital. Caso persista o 
impasse, o candidato pode entrar com ação na 
Justiça Federal ou Estadual, conforme o âmbito do 
concurso. 
COMO SE PREPARAR PARA SER 
APROVADO 
A aprovação em concursos públicos exige 
muito empenho, determinação e um contínuo 
processo de preparação. As provas estão cada vez 
mais complexas e a concorrência, mais acirrada. 
São dezenas, centenas e, algumas vezes, milhares 
de candidatos por vaga. Mas todo candidato deve 
ter em conta que, para si, basta uma vaga. 
Disciplinas cobradas 
Variam de concurso para concurso, de 
acordo com a carreira, o cargo, o âmbito 
(municipal, estadual, federal) e o nível de 
escolaridade exigido. Há disciplinas básicas, 
cobradas na maioria dos concursos: Língua 
portuguesa, interpretação de texto, matemática, 
raciocínio lógico, atualidade e conhecimentos 
gerais, noções de direito (especialmente Direito 
Constitucional), conhecimento do regimento 
interno do órgão que está promovendo o 
concurso. Redação, conhecimento das leis que 
regemo funcionalismo público, informática, 
contabilidade e conhecimentos específicos sobre 
a área em que o candidato concorre também 
são temas cobrados nos concursos. 
Estudar até passar 
A ordem dos especialistas não é estudar 
para passar, mas “estudar até passar”. Mesmo 
quem ainda não decidiu em que área vai prestar, 
pode começar a se preparar, optando pelas 
disciplinas básicas, como português, matemática, 
direito constitucional, raciocínio lógico, entre outras. 
Esperar a publicação do edital para adquirir 
material especifico para determinado concurso não 
assegura a formação suficiente para concorrer em 
pé de igualdade com candidatos que vêm se 
preparando há meses ou até anos para disputar a 
mesma vaga. 
Pot isso, o processo de formação deve ser 
continuo. Quem se dedica às matérias básicas 
adquire conhecimentos equivalentes, em média, a 
80% do conteúdo exigido em pelo menos 20 
concursos de uma mesma área. Divulgado o edital 
de abertura de concurso, as disciplinas específicas 
representarão uma formação completar. 
Como estudar 
O mais eficaz é estabelecer uma rotina 
diária dedicada exclusivamente ao estudo e segui-
la regulamente, o que exige uma boa dose de 
concentração e disciplina. 
Quem trabalha e/ou freqüenta escola 
regular e optou por estudar em casa precisa 
redistribuir os horários das tarefas cotidianas para 
reservar pelo menos três horas diárias à 
preparação. Em geral, nãoé preciso sacrificar 
outras atividades, mas priorizá-las de acordo com o 
interesse maior 
– no caso, ser aprovado num concurso 
público. Além disso, é necessário: 
• Adquirir material didático atualizado e 
afinado com o que tem sido exigido nos 
principais concursos do País, elaborado por editoras 
com tradição no mercado. 
• Começar pelo conteúdo fundamental 
para qualquer concurso. 
• Ao optar por cursos preparatórios, é 
recomendável escolher uma instituição 
especializada e reconhecida no mercado, com 
estatísticas confiáveis sobre número de alunos 
aprovados, de preferência que ofereça cursos 
regularmente e não só em período de concurso. 
• Respeitar o relógio biológico. Cada 
pessoa deve saber em qual período do dia é 
capaz de fixar o conteúdo com mais facilidade. 
Estudar em momentos de cansaço ou em véspera 
de prova, não é produtivo. 
Praticar 
Em toda preparação, é fundamental 
resolver exercícios e mais exercícios para testar ou 
reforçar o conhecimento. Além dos exercícios 
contidos no material de estudo, o ideal é buscar por 
provas de concursos recentes, para ficar por dentro 
do que tem sido exigido. É recomendável resolver 
as provas aplicadas por variadas bancas 
examinadoras, pois os critérios de formulação e 
avaliação de cada uma são diferentes. 
Assim, o candidato se familiariza com o que 
cada banca exige. 
Antes da prova 
Além de ficar atento à confirmação da 
inscrição e as datas e locais de prova, alguns 
cuidados ajudam o candidato a amenizar a 
ansiedade e a evitar tropeços na hora H. 
É recomendável, sempre que possível: 
• Conhecer o local da prova com 
antecedência. 
• Procurar equilibrar o sono e a 
alimentação dias antes da prova. 
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• Certificar-se de que a documentação 
está correta. 
• Evitar atrasos, especialmente os 
provocados pelo trânsito. 
• Usar sapatos e roupas confortáveis. 
• Levar um relógio (exceto digital), água 
e algum alimento, como barras de cereais e 
chocolate. 
• Não perder tempo em questões que 
parecem ser muito difíceis. Se necessário, passar 
para a próxima e, no final, retornar à questão que 
ficou para trás. 
• Reservar de 30 a 40 minutos para o 
preenchimento do cartão resposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES 
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Muitos iniciantes em concursos públicos 
carregam muitas dúvidas sobre como estudar e 
como se preparar adequadamente para conquistar a 
aprovação. 
Veja algumas dicas sobre como começar. 
DIREÇÃO 
Primeiro você deve saber qual concurso 
prestar e "colocar o óculos dele". 
Ex: suponhamos que você deseja o 
concurso para o Ministério Público. Logo, deve 
colocar “o óculos de Promotora de Justiça", ou seja, 
pegar os últimos editais do MP de Minas Gerais e 
de São Paulo(são alguns dos editais mais 
completos do MP Estadual). Se a delimitação for 
para seu Estado, deve socorrer do respectivo edital. 
Note bem: quem não sabe o que quer já 
começa mal, pois neste caso terá que pegar um 
edital ou da área federal ou da estadual como 
norte(de preferência o mais completo) 
A PREPARAÇÃO 
Com o edital nas mãos, você terá que 
reservar um ano de preparação, da seguinte forma: 
a) Quantas horas de estudo por dia você 
tem disponível? R: Suponhamos que você me diga 
que tenha 4 horas (o ideal começa a partir de 4 
horas de estudo e vai aumentando, esse é o 
segredo do sucesso). 
b) Então, você com essas 4 horas irá dividi-
la por dois: estudará por dia 2 matérias do Direito, 
com 2 horas para cada uma. 
c) Como fracionar? Você estudará de 
Segunda a Sexta, duas matérias por dia, com 2 
horas (poderia ser mais se tivesse mais tempo) para 
cada matéria. 
OTIMIZANDO O ESTUDO 
Dicas: 
1ª - na Segunda feira você escolherá entre 
as matérias constantes do edital que você tem em 
mãos, as 2 matérias que você mais gosta. Isso 
porque você vem do Domingo, logo, 
psicologicamente a tendência é chegar na Segunda 
sem ritmo e com certo desânimo. A partir do 
momento que você sabe que estudará duas 
matérias aprazíveis, a tendência é o estudo render. 
2ª - A partir de Terça-feira até Sexta-feira 
você deve estudar duas matérias por dia, da 
seguinte forma: 
- a primeira disciplina deve ser aquela que 
você não gosta muito; 
- a segunda disciplina deve ser aquela que 
você gosta. 
Veja que com isso haverá um equilíbrio de 
disciplinas, de forma que aquela que você não gosta 
você já estudou primeiro e como prêmio, veio 
aquela para estudar que você gosta. 
3ª - Depois de ter em mente a estrutura 
acima, você pegará o edital que já havia 
selecionado e uma agenda anual e colocará na 
Segunda-feira até Sexta-feira, da forma que foi 
dividida acima, todos os itens do edital. 
* Se você faz cursinho, você deve colocar 
na sua "agenda de estudos anual" as matérias que 
você está assistindo, de forma que seu estudo(edital 
+ aula) estará acompanhando as aulas e neste caso 
o sucesso aumenta, porque uma "imagem vale mais 
do que mil palavras" - seria o método aprender 
fazendo - método learning doing 
4ª - Depois de colocar na "agenda de 
estudos anual" todas os itens do edital, de Segunda 
a Sexta, você terá o que chamo de "disciplina de 
estudos", ou seja, você PROGRAMOU DURANTE 
UM ANO seu estudo, de forma disciplinada, dirigida 
ao edital que pretende concorrer("óculos de 
Promotora" - veja, estou colocando Promotora como 
exemplo, pode ser juíza, defensora pública, 
diplomata, especialização em Direito Internacional 
etc) e condizente com as aulas assistidas. 
5ª - E o Sábado, o que devo fazer ? 
a) a parte da manhã deve apenas acessar a 
internet, bancas de concurso(dicas nossas), 
questões de concurso etc, além de visitar outras 
páginas relacionadasao seu concurso; 
b) primordial: deve sempre resolver as 
provas dos concursos passados e sentir o estilo do 
concurso daquele Estado. 
6ª - No Domingo, o que devo estudar ? 
Aqui vou ser sincero: você decide se deve 
ou não estudar. Nos domingos eu não estudava, e 
sim, namorava(minha esposa morava em Minas 
Gerais na época), ficava com a família, assistia à 
missa, via TV, assistia diversos filmes no cinema, 
via o Jogo do Corinthians no Morumbi(nessa época 
morava em SP), enfim, fazia tudo menos estudar, 
porque a mente sadia é importante, até porque na 
Segunda eu chegava reposto de energias para 
começar novamente a semana de estudos. 
SITUAÇÕES ESPECIAIS 
E se no meio do percurso você resolve 
prestar concurso para magistratura estadual, 
quando estudava para Ministério Público Estadual? 
Sem nenhum problema, porque como são 
matérias afins, você desvia do edital do MP apenas 
aquilo que é específico da magistratura e refaz sua 
"agenda anual de estudos", inserindo aquelas 
disciplinas específicas. 
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E se no meio do percurso você resolve 
prestar concurso para magistratura federal ? 
Neste caso surge um problema enorme, porque as 
matérias não são afins, já que a área federal exige 
Previdenciário, Direito Econômico, as provas da 
UNB são dificílimas etc. Neste caso você terá que 
reprogramar toda a sua agenda, específica para o 
concurso. 
Em suma é assim que estuda. 
Somente após um ano você começa a ficar 
bom, preparado. Antes disso é mentira, é sorte, é 
enganar aluno(a). Você deve contar consigo 
mesmo e não com a sorte. 
Logo, após vencer 1 ano de estudo dirigido, 
disciplinado, você começa a entrar na lista dos(as) 
alunos(as) que realmente têm chance de concorrer 
a um concurso público e não aqueles que "pulam de 
pára-quedas" 
E após as 4 semanas de estudo em diante, 
você pega ritmo, seu cérebro começa a sentir falta 
de leitura, de livros, de apostilas, o que chamo de 
"dependência literária", até porque você estará se 
"policiando" em caso de desviar dessa disciplina 
(crise de consciência) 
Importante fazer um esporte ou caminhada, 
ver pessoas enfim, o estudo deve ser voltado para o 
seu bem estar e não para uma tormenta, uma 
reclusão, porque do que adianta você saber tudo de 
Direito se não sabe conversar com pessoas ? Se 
não sabe o preço de arroz, feijão e do pão de sal. 
Que espécie de Promotora será, vai 
defender qual sociedade? Que espécie de juíza 
será, se não conhece as pessoas que deve judicar? 
No final dessa jornada você estará a cada 
mês mais preparada(o) e ao invés de ter estudado 4 
horas que você em tese teria disponibilidade, você 
estudou 7 horas e meia (3 horas e meia de aulas 
por dia no cursinho + as suas 4 horas). 
Vejamos as "dicas de ouro" para seu estudo 
realmente ser de alta qualidade (Instituto Francês de 
ansiedade e stress, em Paris), sendo que se 
conseguir cumprir 5 das 20 dicas você tem muita 
chance de sair vencedor: 
DICAS DE OURO 
1º - faça pausas de 10 minutos a cada 2 
horas de estudo, no máximo. Repita essas pausas 
na vida diária e pense em você, analisando suas 
atitudes ; 
2º - aprenda a dizer não sem se sentir 
culpado ou achar que magoou. Querer agradar a 
todos é um desgaste enorme; 
3º - planeje seu dia, sim, mas deixe sempre 
um bom espaço para o improviso, consciente de 
que nem tudo depende de você; 
4º - concentre-se apenas em uma tarefa de 
cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus 
quadros mentais você se exaure; 
5º - esqueça, de uma vez por todas, que 
você é imprescindível. No trabalho, em casa, no 
estudo, no grupo habitual. Por mais que isto lhe 
desagrade, tudo anda sem a sua atuação a não ser 
você mesmo; 
6º - abra mão de ser o responsável pelo 
prazer de todos; 
7º - peça ajuda sempre que necessário, 
tendo bom senso de pedir às pessoas certas;8º - 
diferencie problemas reais de problemas 
imaginários e elimine estes, que são pura perda de 
tempo e ocupam um espaço mental precioso para 
coisas mais importantes; 
9º - tente descobrir o prazer de fatos 
cotidianos, como rezar, dormir, comer, tomar banho, 
sem também achar que é o máximo a se conseguir 
na vida, exceto rezar(que é o máximo mesmo, pois 
liga você com Deus e lhe deixa mais tranqüilo 
consigo mesmo); 
10º - evite se envolver na ansiedade e 
tensão alheias. Espere um pouco e depois retome o 
diálogo, a ação; 
11º - família não é você, está junto de você, 
compõe o seu mundo, mas não é a sua própria 
identidade; 
12º - entenda que princípios e convicções 
fechadas podem ser um grande peso, a trava do 
movimento e da busca; 
13º - é preciso ter sempre alguém em que 
se possa confiar e falar abertamente ao menos no 
raio de 100 Km. Não adianta estar mais longe; 
14º - saiba a hora certa de sair de cena, de 
retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o 
sentido da importância sutil de uma saída discreta; 
15º - não queira saber se falaram mal de 
você e nem se atormente com esse 'lixo mental'. 
Escute o que falaram de bem, com reserva 
analítica, sem qualquer convencimento; 
16º - competir no estudo, no lazer, no 
trabalho, na vida a dois é ótimo...para quem quer 
ficar esgotado e perder o 
melhor. Vença os seus desafios, isso é o 
mais importante e não se preocupe com o outro, 
porque os concursos públicos sempre sobram 
vagas, o que prova que o problema não é a 
concorrência e sim a superação dos seus próprios 
desafios; 
17º - a rigidez é boa na pedra, não no ser 
humano. A ele cabe firmeza; 
18º - Uma hora de intenso prazer substitui 
com folga 3 horas de sono perdido. O prazer 
recompõe mais que o sono, logo, não perca uma 
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oportunidade de divertir-se(o que na "agenda anual 
de estudos" seria no Domingo); 
19º - não abandone suas 3 grandes e 
inabaláveis amigas: a intuição; a inocência e a fé. 
20º - entenda de uma vez por todas, 
definitiva e conclusivamente: Você é o que fizer de 
si... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Você sente ou já sentiu aquele sono 
avassalador durante os estudos? Descubra algumas 
dicas sobre como amenizar esse problema. 
Sentir sono durante os estudos é muito 
comum entre os concurseiros, é uma das queixas 
mais comuns e um problema que afeta 
profundamente a concentração e rendimento nos 
estudos. 
Primeiramente você deve entender que 
dormir o suficiente é importantíssimo tanto para o 
seu desempenho nos estudos como para tudo na 
sua vida, o sono serve como um repouso para 
recuperarmos nossas forças físicas e mentais. 
Então nem pensar em deixar de dormir para ficar 
estudando, você não vai render nada. 
Bom, então a primeira dica é bem básica: 
tente se planejar para dormir no mínimo 7 ou 8 
horas por noite, menos que isso pode acarretar 
problemas a sua saúde. 
Qualidade do Sono - Procure melhorar a 
qualidade do seu sono: tente eliminar qualquer ruído 
e deixe o ambiente mais escuro que puder e procure 
dormir sempre no mesmo horário. Dessa forma você 
atinge o estágio mais profundo do sono e consegue 
realmente descansar o corpo e a mente e diminuirá 
as chances de sentir sono no dia seguinte. 
Horário - Tente estabelecer uma rotina de 
estudar sempre no mesmo horário, para o seu corpo 
se acostumar e entender que esse momento é de 
concentração, mas evite o horário logo após as 
refeições, pois é justamente quando a sonolência 
aumenta. 
Ilumine o ambiente - A claridade estimula o 
núcleo supraquiasmático do organismo e faz com 
que você fique mais alerta, se tiver acesso a luz do 
sol o efeito é ainda melhor. 
Local - Evite estudar na cama, sofá ou 
lugares muito confortáveis (é melhor eu sei rs, mas 
é justamente por isso mesmo), lugares muito 
confortáveis é um verdadeiro convite para o cochilo, 
o ideal é estudar na mesa sentado em uma cadeira. 
Simulados - Intercalar alguns simulados 
com a teoria também ajuda a despertar também, 
melhor do que ficar lendo apenas teoria por muitas 
horas. 
Pausas - O corpo humano não foi feito para 
realizar uma mesma atividade por diversas horas, 
por isso precisamos realizar pausas de 10 a 15 
minutos a cada período de 1 a ou no máximo 2 
horas de estudo. 
OK, essas dicas preventivas são muito 
boas, mas e quando estamos no meio dos estudos 
e o sono está crítico, o que fazer? Veja algumas 
dicas para esses momentos: 
Cafeína - Um cafezinho ajuda bastante pois 
é um estimulante, a cafeína bloqueia um 
componente químico no cérebro associado ao sono 
e é ótimo para se manter acordado, só não exagere 
porque em excesso não faz bem a sua saúde. 
Chiclete - Isso mesmo, mascar chiclete 
estimula o nervo trigêmio, esse nervo tem relação 
com áreas do cérebro que são responsáveis por te 
manter acordado, pois ele entende que se você está 
mastigando você está fazendo uma refeição e deve 
se manter alerta até terminar de se alimentar. 
Polichinelo - Parece coisa de maluco, mas 
experimente isso quando estiver com sono, 
desanimado ou com preguiça, faça uns 5 minutos 
ou mais de polichinelo e veja como você ficará mais 
alerta. Isso funciona porque ao se exercitar com alta 
intensidade você acelera seus batimentos cardíacos 
e gera uma descarga de adrenalina no seu corpo. 
Água gelada - Eu sei que é meio cruel, mas 
se o objetivo vale a pena... o frio faz contrair os 
vasos sanguíneos forçando o coração a bombear 
mais sangue, isso aumenta a frequência cardíaca e 
te deixa mais esperto. Se o sono estiver tranquilo, 
jogar um pouco de água fria no rosto, na nuca e nos 
punhos já ajuda, mas se tiver com aquele sono 
muito forte aí tem que colocar os pés em um balde 
de água gelada ou tomar um banho frio mesmo. 
Ar Condicionado - O ar condicionado faz o 
mesmo da água gelada mencionado acima, então 
se tiver em um ambiente que possua ar 
condicionado e a sonolência está grande vale a 
pena diminuir um pouco a temperatura para ajudar a 
despertar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO DE LEITURA DINÂMICA, TÉCNICA DE 
ESTUDO, CONCENTRAÇÃO E MEMORIZAÇÃO 
CURSO DE LEITURA DINÂMICA E 
MEMORIZAÇÃO TÉCNICAS DE APRENDIZAGEM 
ESCOLAR 
APRESENTAÇÃO 
No mundo competitivo em que vivemos 
hoje, a informação tornou- se uma poderosa 
aliada para o melhor desempenho nos estudos, 
além da realização de bons negócios, para o 
sucesso pessoal e profissional. As pessoas hoje 
têm acesso a uma verdadeira bateria de 
informações e conhecimentos. Seja através de 
cursos, da televisão, da tela do computador, ou 
seja através de livros, jornais, revistas, etc. 
Principalmente no que se refere ao papel impresso, 
diariamente nos deparamos com uma imensa pilha 
de material que precisa ser lida, para que possamos 
colher as informações e assim buscar o 
aprimoramento escolar, profissional e pessoal. 
Nesse mundo da informação, estudar é a palavra de 
ordem, é o caminho necessário e essencial para 
alcançar seus objetivos e trilhando por esse 
caminho, descobrimos que a leitura tem uma 
importância fundamental no processo de aquisição 
de conhecimentos, mas na nossa movimentada 
rotina diária, como ler mais em menos tempo sem 
perder qualidade de leitura e realmente poder 
absorver e memorizar o que foi lido? É este o 
propósito deste curso de leitura dinâmica e 
memorização, ou seja, fornecer informações e 
técnicas essenciais para que você possa ler com 
mais agilidade e memorizar o conteúdo de sua 
leitura. Sem formulinhas mágicas. Treinar as 
habilidades e educar-se, aliadas a técnicas que 
possam ajudar seu desempenho são formas de 
poder melhorar e conquistar uma melhor 
aprendizagem. A palavra chave para o êxito de 
qualquer atividade é essa: Treinar e aprimorar-se. 
Se você seguir as instruções passo a passo e 
realmente se dedicar aos exercícios deste curso, 
com certeza poderá melhorar e muito seu 
aprendizado na leitura, ganhando em tempo e 
qualidade de informação, porque sabemos que 
nossa aprendizagem depende muito mais da 
maneira como lemos ou escrevemos do que da 
quantidade de material que estudamos. Todos 
temos a capacidade, a de desenvolver essas 
técnicas, porém precisamos nos esforçar para isso 
e não se esqueça. Uma técnica só pode ser 
absorvida se for bem treinada e para adquirir 
novas habilidades, basta você querer adquirir, 
assim é preciso acima de tudo dedicação. 
NOSSA METODOLOGIA 
Este curso se baseia em inúmeras técnicas 
de leitura dinâmica e memorização divididas em 
lições com explicações e exercícios. Assim que tiver 
assimilado uma lição, você poderá passar para as 
outras, sempre não esquecendo se exercitar 
para poder assim absorver a técnica. Para você 
desenvolver melhor as habilidades, os exercícios 
devem ser feitos por no mínimo uns 10 minutos 
diários e de início procure fazer apenas uma das 
lições por dia. As técnicas de leitura dinâmica 
também foram divididas em blocos para que você 
possa praticar melhor e se organizar com referência 
ao seu programa de estudos. Se realmente seguir 
as orientações e fizer os exercícios, com certeza 
poderá melhorar e muito o seu aprendizado, 
desenvolvendo técnicas novas e importantes. 
PARTE I – LEITURA DINÂMICA 
Desde os séculos passados estudiosos 
vêm desenvolvendo técnicas de leitura dinâmica. 
Um dos primeiros a desenvolver e estudar essas 
técnicas foi o francês Lui Emily Javai, no final do

Mais conteúdos dessa disciplina