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1. 52 Dicas para passar em concursos públicos ....................................................................................... 2
2. As vantagens da carreira pública ........................................................................................................... 7
3. Como estudar para concurso público .................................................................................................... 13
4. Como vencer o sono durante os estudos .............................................................................................. 16
5. Curso de Leitura....................................................................................................................................... 17
6. Curso de Memorização ............................................................................................................................ 25
7. Estudando Antes do Edital ...................................................................................................................... 68
8. Técnicas de Redação ............................................................................................................................... 69
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Confira uma seleção de dicas muito úteis
sobre como passar em concursos públicos!
1. ATENÇÃO: SE VOCÊ NÃO SEGUIR
ESSAS DICAS... ALGUÉM SEGUIRÁ!
2. A HORA É AGORA!
Não se deixe enganar. A vida passa
rapidamente. Não podemos ficar perdendo tempo
para realizar nossos sonhos. Se você pensa que
concurso é como carnaval, que acontece todo ano,
você acabará passando muitos carnavais e
aniversários vendo seus amigos comemorarem o
sucesso na faculdade, enquanto você fica de fora
vendo o bonde passar. Não deixe para amanhã
quando você pode passar hoje!
3. PASSAR NO CONCURSO É UM
OBJETIVO DE VIDA
Se quiser passar no vestibular, você deve
transformá-lo no seu maior objetivo no momento.
Abra mão de uma série de atividades como visitas a
parentes e amigos. A preparação exige uma certa
dose de egoísmo. Ninguém fará a prova por você.
Você estarará lá sozinho. Quqndo alcançar o
sucesso, todos elogiarão sua dedicação e força de
vontade. Então, mãos à obra: O importante agora é
estudar!
4. CONSIGA O APOIO DE SUA FAMÍLIA
O seu estudo depende da compreensão e
apoio daqueles que o rodeiam. Quando você
passar, todos que vivem com você terão a
satisfação de ter um aprovado dentro do lar.
Convença-os disso e de que precisa conseguir o
máximo de tempo para estudar. A aprovação deve
ser uma meta e uma conquista da família. O carinho
dos pais e do(a) namorado(a) conforta e diminui o
estresse.
5. NÃO DÊ ATENÇÃO A BOATOS
Quase todo concurso gera a proliferação de
histórias fantásticas: há pessoas que compraram as
vagas, o gabarito vazou... Não perca tempo com
esses boatos, preocupe-se somente com o
concurso. Não dê ouvidos a comentários que
possam desmotivá-lo. O importante é continuar
estudando. Faça a sua parte!
6. SACRIFIQUE ALGUMAS ATIVIDADES
Se você nada, faz inglês, dá aula de
catecismo e trabalha voluntariamente em um
hospital, você não terá tempo para estudar.
Abandone tudo o que puder. Deixe todas essas
atividades - e muitas outras para depois da prova.
Mas, até lá, só deve haver uma meta: o
concurso! Não considere o concurso como mais
uma atividade, ele deve ser a atividade!
7. FIQUE POR DENTRO
No concurso costuman aparecer questões
sobre atualidades, inclusive como tema de redação.
Preste atenção nos fatos econômicos,
acontecimentos políticos e sociais mais recentes,
tais como conflitos raciais, religiosos e culturais.
Para se manter bem informado, leia boas revistas e
um bom jornal em sua cidade. Atualmente o poder
está nas mãos daqueles que detêm a informação.
No concurso não é diferente. Fique ligado!
8. SEJA CHATO
Época de preparação para o concurso é um
período de total dedicação. Então: só fale no
concurso; só pense no concurso; sonhe com o
concurso; alimente-se do concurso; viva para o
concurso; Depois, quando você passar, todos dirão
que fez a coisa certa e será considerado um cara
superinteligente e superlegal.
9. SAIBA INVESTIR
Não pense em comprar milhares de livros,
apostilas e toda a parafernália à disposição no
mercado de concursos. Não compre por ser barato;
compre por ter um bom texto explicativo, por ser
atualizado e por conter questões de concursos.
Compare as opções e escolha pelo critério
qualidade. Peça opinião ao seu professor quanto ao
material que deseja adquirir. Material não é custo, é
investimento!
10. ESTUDAR É UMA ATIVIDADE
PENOSA
Estudar requer dedicação, paciência e zelo.
Isso significa frequentar cursinhos, perder festas,
ficar trancado em um quarto por horas a fio,
enquanto o Sol brilha lá fora e seus amigos o
chamam para sair. Todavia, há uma recompensa,
que será comemorada com uma festa maior que
todas que você perdeu. Esse é o sacrifício para a
conquista do seu futuro!
11. NÃO DESPERDICE O SEU TEMPO
Todo minuto é precioso numa preparação
para o concurso. Abra mão das atividades que o
afastarem excessivamente do estudo. Relaxar é
preciso, mas da forma adequada. Ir a festas e
chegar de madrugada pode fazê-lo perder boa parte
do dia seguinte. Prefira atividades leves, que
distraiam a sua mente sem estressá-lo ou sujeitá-lo
a esforços físicos exagerados. Não perca tempo!
Otimize seu dia!
12. NÃO MENOSPREZE OS OUTROS
CANDIDATOS
Às vezes, os candidatos ao nosso redor não
estão se dedicando e achamos que o concurso será
fácil. Não se iluda! Pelo Brasil afora são milhares de
candidatos e muitos seguem dicas de como as que
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você está lendo. Então, cuidado, não pense que é o
único que está verdadeiramente querendo passar
em concurso. Estude pois: Há muitos que também
estão empenhados!
13. TENHA PACIÊNCIA
As coisas quase nunca acontecem na
velocidade de desejamos. Assim, para manter seu
ânimo, enfrente com paciência as adversidades que
forem surgindo, tais como demora na entrega de
livros que pedimos pelo correio, uma "perda de
tempo" muito grande para absorvermos
determinados assuntos, o ritmo de certas matérias
do cursinho... Encare com naturalidade essas coisas
e procure administrá-las da melhor maneira
possível.
14. DIGA NÃO ÀS DROGAS
Não use artifícios químicos para se manter
acordado estudando ou se acalmar na hora da
prova. Esses elementos podem diminuir sua
capacidade de concentração, bem como sua
capacidade de aprendizado. Assim, se tiver sono,
tome um banho ou faça alguns exercícios de
alongamento. Não brinque com sua saúde nessa
fase de preparação. No dia de prova você precisa
estar 100%! Portanto, pense bem antes de ingerir
doses cavalares de café, guaraná ou calmantes.
15. FUJA DA TELEVISÃO
Cuidado: a telinha tão amiga pode tomar
tempo demais. Você sabe que é impossível assistir,
caiu na armadilha: "só mais esse programa". Não se
deixe levar. Você precisa de tempo e de estar
descansado. Se você for viciado em futebol ou
novela, discipline-se, só assista ao compacto do
jogo ou peça que contem o capítulo da véspera. TV
- quanto menos, melhor!
16. MAS NÃO FUJA TANTO
Já vimos que nesse período de preparação
para concurso, todo tempo deve serséculo XIX. Seu método posteriormente seria
aperfeiçoado pela professora norte americana
Evelin Wood, já na década de 60, nos Estados
Unidos. No Brasil, as técnicas de dinamizar a leitura
começaram a ser estudadas em 1969. Ler
dinamicamente é acelerar o processo de leitura. A
partir de agora, vamos iniciar as lições para
que você possa aprender o método, entre tanto,
voltamos a enfatizar: siga corretamente as
instruções, treine e habitui-se ao processo para que
assim você possa desenvolver a habilidade.
BLOCO I – COMO SE MOTIVAR PARA UMA
MELHOR LEITURA?
LIÇÃO 1
Para melhorar seu processo de leitura e seu
aprendizado, você deve decidir, “eu quero aprender
mais”.
EXPLICAÇÃO
Alcançar bons resultados com os estudos e
poder desfrutar de uma memória mais eficaz e ativa
são habilidade que todos podemos desenvolver.
Questão muito importante e fundamental para quem
inicia qualquer aprendizado. Para e pense um
pouco. É isso que realmente você deseja? Pense e
mentalize sua resposta por cerca de uns 30
segundos. Estudar melhor e poder assimilar mais o
material estudado é importante pra você? Temos
certeza que sua resposta é positiva, pois atualmente
sua vida está intimamente relacionada ao seu
estudo e para conseguir atingir mais facilmente os
seus objetivos pessoais e profissionais, estudar é
uma arma poderosa.
EXERCÍCIO
Mentalize então sua resposta como objetivo
pessoal a partir de agora e repita antes de iniciar
qualquer leitura e antes de iniciar as próximas
lições.
LIÇÃO 2
Para aprender mais é preciso ter interesse
de leitura.
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EXPLICAÇÃO
Para realizar bem uma determinada
atividade de aprendizagem é preciso, acima de
tudo, demonstrar incessante interesse pelo que se
está lendo, pelo que se está estudando, pela
matéria pela a qual se está trabalhando. Numa
aula de matemática por exemplo, quando o assunto
é equações, seu professor deve passar uma
verdadeira bateria de exercícios, a fim de que você
possa absorver automaticamente a matéria,
porém se você não fizer esses exercícios,
dificilmente conseguirá assimilar rapidamente e ter
respostas rápidas ao exercícios. A sua força de
vontade e o seu interesse, ditam as regras de uma
bom aprendizado. Você precisa demonstrar
interesse pelo que está fazendo. Lembre-se da
primeira lição: “Querer é poder”. Se você quiser ter
interesse, assim o terá.
EXERCÍCIO
Antes de iniciar a próxima lição, mentalize
a seguinte frase por uns 30 segundos, repetindo o
exercício antes iniciar qualquer leitura. “O ESTUDO
É IMPORTANTE PARA MIM E EU QUERO
APRENDER”.
LIÇÃO 3
Para gostar de estudar é preciso não
estudar apenas por obrigação. Repita mentalmente
a frase: “NÃO ESTUDO APENAS POR
OBRIGAÇÃO”
EXPLICAÇÃONormalmente quando
estudamos com o sentimento de obrigação a ser
cumprida, pouco proveito tiramos das leitura e dos
trabalhos que realizamos. Contar as página ou as
linhas que faltam, de nada podem ajudar a assimilar
a informação, pelo contrário, quando nos
preocupamos mais em alcançar mais o fim do texto
do que entende- lo, estamos jogando contra a
nossa memória, a qual tem um papel seletivo sobre
as informações passadas. Se você não considera
as informações importantes, como poderá guarda-
las na lembrança?
EXERCÍCIO
Você deve apagar o sentimento de
obrigação, trocando pela moeda da curiosidade.
Mentalize e repita a frase: “NÃO ESTUDO POR
OBRIGAÇÃO, TENHO INTERESSE EM ESTUDAR”
OBSERVAÇÃO: As próximas lições vão
indicar procedimentos básicos para que você possa
absorver melhor todo o material de estudo lido. Se
quiser faça uma pausa e retome mentalmente e
frase: “O ESTUDO É IMPORTANTE PARA MIM E
EU QUERO APRENDER”.
BLOCO II – AS CONDIÇÕES PARA UMA
MELHOR LEITURA
Muitos ao planejar suas rotinas de atividade
de estudos nas mais variadas situações, esquecem
de detalhes fundamentais. Presta bastante atenção
no que eu disse: “FUNDAMENTAIS” que acabam
por prejudicar todo o processo de aprendizado.
Vamos relaciona-lo agora na lição a seguir.
LIÇÃO 4
Para um melhor aprendizado, você deve:
1º Cuidar muito bem da sua saúde e
ter uma alimentação balanceada. Não é
preciso enfatizar que este é um detalhe
importante não só para a reposição das energias
diárias, como para todas as suas atividades em
geral. Visão e audição deficiente e não cuidadas e
narinas obstruídas, por exemplo, servem apenas
para desmotivar uma leitura.
2º Procurar dormir o suficiente para não
dormir sobre os livros. Sair na Sexta-feira à noite,
voltar às 5 da manhã e acordar às 7 para ler e
estudar por umas 12 horas, é um conto da
carochinha. Se o seu estado físico mental não
permitir, você não conseguira absorver a matéria.
Parece obvia, não? Sim, mas será que você já não
fez isso?
3º Preparar um ambiente de estudo
adequado. O seu espaço para estudo deve bem
organizado, com tudo a mão para evitar distração.
Na verdade memória fraca e distração andam de
mãos dadas, alem disso, adote postura de estudo,
com cadeira e mesas adequadas à sua altura, de
modo a cansar menos . O ambiente também deve
ser bem iluminado, bem arejado e livre de ruídos,
não se esqueça, considere som alto, televisão como
ruídos, pois estes são grandes tiradores de
concentração. Deixe o futebol e a novela pra depois
4º Organizar-se. Lugar certo, na hora certa,
no ambiente certo e com o material certo. Se você
levanta toda hora para pegar o dicionário, buscar
mais um livro, pegar outra apostila, achar o lápis, a
borracha e a caneta, sua devagar por outro afazeres
e como mente você tem que retomar o que
estava lendo, na maioria das vezes sem o
interesse anterior. Pois você julgar que já leu.
5º Criar o hábito de estudar. Você,
estudante, melhor que ninguém, sabe que estudar é
um hábito que precisa ser criado. Como qualquer
outra habilidade, de inicio o habito de ler e estudar
precisa ser até forçado, até que se adquira gosto e
se torne automática e comum à tarefa. Assuma este
compromisso e policie-se.
EXERCÍCIO
Vamos tomar as condições mínimas para
um aprendizado e uma leitura mais eficiente,
mentalizando todos os itens.
1º Cuidar muito bem da sua saúde e ter
uma alimentação muito bem balanceada2º Procurar
dormir o suficiente para não dormir sobre os livros
3º Preparar um ambiente de estudo
adequado
4º Organizar-se
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5º Criar o hábito de estudar
LIÇÃO 5
Reorganize a sua rotina diária.
EXPLICAÇÃO
Você deve perguntar agora. “Quanto tempo
devo estudar? Quando devo estudar tal matéria?”.
Principalmente no que toca sua atividade principal,
estudar, é fundamental saber distribuir o tempo
disponível para que o rendimento possa crescer
gradativamente. Bem, se você não quiser criar um
stress mental ou algo como um curto circuito no seu
cérebro, algumas dicas são:
A) Seja um leão agressivo na hora de
decidir por estudar, mas estude de acordo com o
seu ritmo e nada de ficar sonhando, ficar pra depois
ou só mais uns minutinhos e eu começo
B) Faça um controle do seu tempo. A
maioria dos professores de cursinhos, por exemplo,
orientam os seus alunos para que o estudo seja
distribuído com intervalos para melhorar assimilação
daquilo que se está estudando. Assim como nas
próprias aulas que normalmente são divididas em
períodos de 50 minutos ou de 1 hora, deixam um
espaço de cerca de 10 ou 15 minutos a cada
período. Divida também seu tempo de estudo
também por grau de dificuldade deixando maior
espaçopara as matérias que você considera mais
complicadas. Estude realmente para saber. Ao
estabelecer seu plano de estudos, passe a estudar
nos horários certos, policie-se para não deixar nada
pra depois.
EXERCÍCIO
Vamos montar juntos um plano de estudos.
1- Faça você mesmo uma tabela com
seus horários da semana.
Horário que você acorda, tempo para
almoço, o tempo para fazer as matérias escolares,
etc. Sempre de acordo com as atividades da
semana. Por exemplo: “Segunda-feira levando às 6,
vou à escola as 7 e faço o curso de inglês das
4 às 6 da tarde”.
2- Relacione então de acordo com os dias
da semana, os possíveis horários para estudo. Por
exemplo: “Na Segunda e na Terça começando a 5
da tarde até às 7 da noite. E na Quarta e na Quinta
das 3 da tarde até às 5” e assim até o final de
semana.
3- Distribua os horários com as matérias
referentes a cada dia.
Pode ser Biologia e Matemática na
Segunda, Física e Química na Terça, etc. Procure
estudar as matérias um dia antes das aulas, para
poder melhor assimilar a matéria, junto com a
explicação do professor.
4- Este é o item mais importante. Siga
rigorosamente a partir de agora o seu programa de
estudos. Lembre-se novamente. É PRECISO SE
DEDICAR PARA ATINGIR SEUS OBJETIVOS.
Somente inicie as próximas lições após montar seu
plano de estudos.
BLOCO III – REAPRENDENDO A LER LIÇÃO 6
Para uma melhor compreensão no seu
aprendizado, você precisa ver e ouvir cada detalhe,
não tirando a atenção do que está lendo,
procurando compreender linha a linha, parágrafo
por parágrafo as explicações do autor, aprenda a ter
uma leitura crítica
EXPLICAÇÃO
Vamos a uma pequena brincadeira. Um
texto que você não poderá levar muito tempo
para responder. Vamos imaginar que um avião
decolou do aeroporto de São Paulo às 16:00 hs
com 330 passageiros. Fez uma breve escala no Rio
de Janeiro, onde embarcaram mais 40 passageiros
e desceram 20. De repente uma mulher grávida
passa mau e desce juntamente com todo a sua
família, o marido, mais 2 filhos e quatro tios. O avião
segue então viagem. Só que seria a última, pois
depois de uma pane, ele cai repentinamente na
fronteira do Brasil com o Equador, matando os
passageiros.
Pergunta: Quantos passageiros morreram?
Alguns segundos para você pensar. 10 segundos
Vamos repetir toda a questão.
Vamos a uma pequena brincadeira. Um
texto que você não poderá levar muito tempo para
responder. Vamos imaginar que um avião decolou
do aeroporto de São Paulo às 16:00 hs com 330
passageiros. Fez uma breve escala no Rio de
Janeiro, onde embarcaram mais 40 passageiros e
desceram 20. De repente uma mulher grávida
passa mau e desce juntamente com todo a sua
família, o marido, mais 2 filhos e 4 tios. O avião
segue então viagem. Só que seria a última, pois
depois de uma pane, ele cai repentinamente na
fronteira do Brasil com o Equador, matando os
passageiros.
Pergunta:
Quantos passageiros morreram? Já sabe a
resposta?
Bem não há resposta. Se você prestou
bastante atenção, ira verificar que há um erro que
anula toda a questão. Qual? Vamos avaliar seus
conhecimentos de geografia. O Brasil faz fronteira
com o Equador? Poucas pessoas conseguem
descobrir de imediato este erro. Se você conseguiu,
parabéns!!! Esta brincadeira é só pra lhe mostrar
como é importante saber ouvir e realmente prestar
muita atenção no que se está ouvindo. O mesmo
processo se dá com a leitura.
Para se fazer então uma leitura crítica é
preciso: Ter extrema atenção e tentar interagir no
processo, procurando entender de imediato as
mensagens. Observe por inteiro o texto.
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Observando atentamente gráficos, tabelas e
exemplos. Aprenda a enxergar o que está além.
Assim se num gráfico econômico, por exemplo, há
indicadores de saúde e crescimento de economia
comparando o Brasil com os eua e o Canadá, saiba
que não é só uma comparação, é uma
comparação de um país subdesenvolvido com
países desenvolvidos de primeiro mundo, além
disso, normalmente os gráficos são feitos numa
escala que levam em conta diversos anos. Procure
relacionar, por exemplo, estes anos, com os
coincidíssemos planos econômicos brasileiros, ou
seja, procure muito mais do que está exposto
aparentemente.
EXERCÍCIO
Procure artigos de jornais ou revistas
de mais ou menos meia página, leia estes texto e
procure identificar quais os recursos que o autor
usou. Opiniões, gráficos, entrevistas. Fazendo este
exercício, você começará a identificar melhor as
mensagens do texto.
LIÇÃO 7
Leia com uma finalidade, procurando deixar
bem claro na sua mente o porquê de estar
buscando mais informações.
EXPLICAÇÃO
Vamos agora a uma pequena questão que
você deve responder conscientemente, sem se
deixar levar por tudo o que já dissemos aqui.
Por que você está lendo ou estudando? Vamos
também dar algumas alternativa de resposta, como
se fosse uma questão de múltipla escolha.
a) para adquirir mais informações
b) porque precisa aprender mais para
adquirir melhores notas c) quer ascender social e
culturalmente
d) todas as anteriores
Bem, saiba que se isso fosse um vestibular
ou um concurso a única resposta certa, a que você
deveria assinalar seria a última, pois estudar é um
pouco de tudo isso, procurar mais informações,
aprimorar-se nos estudos e buscar melhor
informação cultural. É por isso que estudar deve
ser uma de suas atividades diárias. Entretanto ao
iniciar uma leitura ou uma atividade de estudo você
deve ter em mente qual a sua finalidade.
EXERCÍCIO
Antes de iniciar uma determinada leitura,
defina a partir de agora, qual é a finalidade dela.
1ª Se estiver estudando para um vestibular
ou um concurso público ou para os exames finais da
escola, sua leitura deverá ser muito mais minuciosa
2ª Se sua busca é apenas de conhecimento
e de curiosidade a sua leitura será muito mais por
lazer, sem muitas preocupações. Na verdade, uma
boa leitura é uma mistura de tudo isso e é o que
você tem que ter em mente.
Treinando este exercício você vai ganhar
mais agilidade no processo de leitura.
LIÇÃO 8
Antes de iniciar a leitura de um texto, faça
uma pré-leitura, também conhecida por leitura
diagonal.
1º Leia inicialmente os títulos e subtítulos do
texto
2º Examine rapidamente os negrito, as
tabelas, os gráficos, as fotos e as palavras em
destaque
3º Leia os parágrafos iniciais do texto ou
dos seus capítulos e dê uma rápida olhada nos
parágrafos finais
4º Analise se o texto é de seu interesse e
qual a finalidade da sua leitura
5º Se for do seu interesse, inicie a sua
leitura
EXERCÍCIO
Selecione alguns textos e utilize esta
técnica repetindo-a consecutivamente até que se
torne automática, isto lhe ajudará a obter uma
melhor compreensão e a dar mais dinamismo a
sua leitura.
LIÇÃO 9
Faça um roteiro de leitura, priorizando o
material que você precisa ler de imediato.
EXPLICAÇÃO
Com a pré-leitura, você consegue
selecionar um bom material que acredita valer a
pena ser lido e estudado, assim após a pré-leitura,
vá selecionando o material de acordo com o
assunto e criando um roteiro sobre o que se
precisa ser lido de imediato.
EXERCÍCIO
Inclua antecipadamente no seu programa
de estudo, de acordo com o dia e o tempo
disponível o material que estará estudando,
traçando mais esse objetivo, você estará
contribuindo para tornar a leitura um dos hábitos
fundamentais.
LIÇÃO 10
Para agilizar o seu processo de leitura,
utilize os seguintes procedimentos.
Leia grupos de palavras, posicione a visão
sempre um pouco acima do que você está lendo de
modo por enxergar as palavras por inteiro e não
apenas as sílabas, lendo como que bloco e
palavras.
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EXERCÍCIO
1º Pegue um livro qualquer e abra
2º Em seguida coloque a mão espalmada,
palma da mão aberta, no centro da página aberta
com a ponta do dedo médio ligeiramente abaixo da
primeira palavra da primeira linha
3º Movimente então os olhos e as mãos
ao longo da linha, do começo ao fim com os
dedos tocando levemente o papel, voltando depois
ao início da linha, faça o mesmo nas outras linha da
página
Repita este exercício por pelo menos 10
minutos por dia, pois assim irá aumentar a sua
velocidade de leitura.
LIÇÃO 11
Siga estas regras de leitura:
A) Procure estudar individualmente
sempre com exceção de trabalhos em grupo ou
se você considerar que serão importantíssimos para
tirar dúvidas.
B) Determine a sua finalidade de leitura
e a tenha claramente como objetivo
C) Exercite ao máximo o seu aprendizado,
resolvendo e criando questões em relação ao texto
D) Faça anotações do texto, sublinhando
os pontos importantes e com anotações nos cantos
das páginas
E) Siga corretamente o seu programa de
horários
F) Tente aprender a matéria estudada
sabendo que é o seu passo mais importante para
seu aprimoramento pessoal e profissional
PARTE II
TÉCNICAS DE MEMORIZAÇÃO
APRESENTAÇÃO
Muitas pessoas se queixam de possuir uma
memória fraca que dificulta e muito o seu
aprendizado. Na verdade, achar que tem memória
fraca é o maior obstáculo para um
aprendizado mais eficiente. Todos temos a
capacidade de possuirmos uma boa memória
desde que treinemos para isso. Uma boa memória é
uma habilidade que pode ser desenvolvida desde
que você trabalha para isso. Muitas pessoa
confundem uma boa memória com uma, como
podemos dizer, pouco prestativa nas mais variadas
situações com a distração. Realmente pessoa
distraídas não lembram de muitas coisas que
fizeram ou mesmo de muitas coisas que leram, mas
isso não significa que tenham uma memória
fraca. Você pode ser distraído e ter uma ótima
memória, por exemplo para lembrar números de
telefone. Um dos segredos para uma boa memória
é tentar associar o que se está fazendo com a
imagem criada com a ação. Assim se você é
daquele estudantes que chega em casa, joga um
caderno num canto, deita e dorme e depois pede a
ajuda de Deus e do mundo para encontrar o bendito
caderno, preste muita atenção. Ao joga-lo num
canto, espere, veja o caderno cair, pular e
finalmente permanecer estático no seu cantinho de
queda, com certeza irá lembrar mais facilmente
onde o deixou. Ter atenção é requisito para poder
memorizar. Não é de agora que a memória adquiriu
tanta importância para as nossas atividades
diárias, desde de tempos remotos ela é
reconhecida como o pilar principal para a aquisição
e desenvolvimento de nossos conhecimentos, seja
no trabalho, em casa ou em toda rotina diária.
Muitas civilizações antigas já utilizavam vários
sistemas de memória que pudessem ajudar
cotidianamente na realização da mais variadas
tarefas. Gregos e romanos destacavam a memória
para o ponto de partida para o reconhecimento
humano. Quantas vezes você já deve ter admirado
o seu professor de história ou de geografia por
lembrar de detalhe de nosso país. Uma memória
bem treinada é motivos de louvores e admiração em
qualquer situação. Quem não quer lembrar aquele
telefone dito por alguém tão especial em uma festa
ou em uma danceteria, ou mesmo na hora do
vestibular, quem não quer ter na ponta da língua as
fórmulas de física ou química. Agora você deve
perguntar: Mas também posso ter uma memória
assim? Sim, você pode, desde que se esforce pra
isso e para ajuda-lo, vamos expor a seguir algumas
técnicas de treinamento e de instrumentos para
que você possa ter uma memória mais ativa,
apenas vamos ajuda-lo a iniciar este caminho,
caberá a você desenvolver as habilidades, por isso
treine, repita incansavelmente os exercícios e
mentalize realmente o que você poderá assimilar
qualquer técnica desde que queira isso. Lembre-se:
“Estudar é fundamental!”.
LIÇÃO 12
Para realmente aprender e memorizar as
informações contidas em um texto é preciso total
atenção e observação.
EXPLICAÇÃO
A observação é um fator determinante para
uma boa memória e envolve principalmente ter
atenção no que se está sendo observado. Olhar
apenas não é observar, olhe para o seu relógio e
olhe as horas, fácil não? Só que você se lembra
quantos segundos marcavam o ponteiro do relógio?
Provavelmente você só olhou os minutos, ou seja,
olhou mais não observou por inteiro a informação
passado por seu relógio, isso não é ser detalhista e
sim realmente obter o maior número de informações
possíveis. Então já sabemos que pra lembrar de
alguma coisa é preciso observa-la anteriormente
nos seus mínimos detalhes, requisito básico para
memorizar. Observar e não apenas olhar. Texto
também devem ser observados a não ser textos
literários com certeza você poderá notar que
determinados trechos, os textos apresentam
parágrafos maiores, onde comumente estão
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presentes exemplos e explicações mais detalhada.
Uma boa memória retentiva, com certeza é uma
bem treinada e sabe observar por vários ângulos de
análise.
EXERCÍCIO
Procure imagens, textos, ou mesmo fotos
que você disponha e passe a observados detalhes
contidos como paisagem, rostos, roupas, parágrafos
maiores e menores, palavras destacadas, etc.
Quantos a fotos, procure relacionar os
lugares que foram tiradas, ao dia a, a ocasião e ao
seu estado de espírito.
LIÇÃO 13
Para de ter uma boa lembrança você deve
desenvolver uma concentração mais eficaz. Ao ler
um texto, concentre-se realmente no que você
está fazendo.
EXPLICAÇÃO
Agora que você aprendeu a observar,
vamos a mais um teste exemplificado, uma aulinha
de português. Escreva em um papel a palavra
CONCENTRAÇÃO, não se preocupe, eu espero.
Agora observe atentamente a palavra e tire sua
conclusões sobre o seu significado. Mais um
tempinho. Concentrar-se como a própria palavra diz
significa atingir, expresso no prefixo CON- e –
CENTRO, expresso em centrar-se. Ao estudar, ler
um texto ou mesmo assistir a uma aula, você deve
ter isso em mente, ou seja, ter essa tarefa como
centro de todos os seus pensamentos, pois o seu
cérebro irá trabalhar conforme esteja sendo
direcionado a um determinado assunto. Concentra-
se é uma técnica fundamental de
memorização.Centre-se apenas no ponto que
deseje atingir, no caso, seus objetivos, esquecendo
do mundo exterior. Porém, algumas pessoa que tem
dificuldade com a memória, após ser treinada,
realizam mecanicamente o processo. Você já deve
conhecer pessoa que conseguem ler livros dentro
de um ônibus ou em uma praça lotada, essas
pessoa conseguem se se concentrar porque já
dominaram automaticamente sua concentração.
EXERCÍCIO I
Para se adquirir uma concentração é
necessário fazer o exercício chamado, exercícios de
respiração, ou seja, primeiramente, procure deixar o
ambiente livre de ruídos e barulhos que deviam sua
atenção, em seguida, se quiser, escureça o local ou
feche os olhos e procure respirar fundo inspirando e
expirando profundamente sem pensar em nada por
cerca de alguns minutos. Tente pensar por exemplo
na sua respiração, sem ouvir os sons exteriores,
sem se deixar levar por interrupções. Este exercício
lhe trará uma calma interior importante para que
você possa iniciar a sua leitura.
EXERCÍCIO II
Se assim mesmo, tiver dificuldade em se
concentrar, faça este outro exercício. Escolha um
ponto qualquer de sua sala e olhe fixamente para
ele, sem pensar em nada, apenas no ponto
escolhido, fique assim por uns 10minutos, cada
vez que começar a pensar em uma outra coisa,
recomece a marcar o tempo.
EXERCÍCIO III
Outro exercício importante é colocar-se à
frente de um espelho e olhar fixamente para o
centro de seu nariz, por exemplo, não deixar o
olhar desviar do ponto escolhido, insista no
exercício, não desista facilmente, fique também por
cerca de uns 10 minutos. Repita diariamente esses
exercícios, isto irá ajuda-lo a disciplinar a sua
concentração, somente para as lições seguintes,
se realmente se sentir seguro.
LIÇÃO 14
Para melhor memorizar, associe imagens
ao que você quer memorizar.
EXPLICAÇÃO
Nossa memória trabalha com que os
especialistas chamam de imagens mentais, às quais
é condensada pelo nosso cérebro, este por sua
vez grava muito mais facilmente as imagens,
situações ou acontecimentos que fogem dos
chamados padrões normais. Consideramos como
padrões normais, as imagens que podem ser
rotineiras em nosso dia-a-dia, ou aquelas que
podem ser reais no nosso cotidiano. Se você estiver
caminhando na rua, e ver um cachorrinho, por
exemplo, esta cena poderá ser tão habitual a ponto
de você não lembrar ao final do dia que viu aquele
animalzinho. Entretanto, se no lugar do doce
cachorrinho, você topar com um cão enorme do
tamanho de um elefante que mais parecia um
robusto leão daqueles que por mais estejam
encoleirados e acompanhados pelo dono, você
atravessa a rua só pra não passar na sua frente,
com certeza no final do dia você vai se lembrar
muito mais facilmente dessa cena. Criar imagens
ridículas e inusitadas, associando-as a objetos,
palavra ou cenas que precisam ser
memorizadas são técnicas que ativam a sua
memória. Assim podemos perceber que nossa
mente memoriza muito mais facilmente as imagens
do que as milhões de informações que recebemos
diariamente. O processo de ligação inemonica,
significa associar palavras ou itens, a imagens
que parecem absurdas ou inusitadas. Vamos tentar
memorizar por exemplo, os órgãos do sistema
respiratório humano, o caminho que segue o ar na
inspiração, fossas nasais, faringe, laringe, traquéia,
brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares. Esta
pequena lista poderia ser memorizada da seguinte
forma:
Imagine o ar como um ser monstruoso de
duas cabeças, imagine mesmo, dando corpo a ele,
cabeça, olhos, uma camiseta escrita “Eu sou o ar”.
Imagine estes ser entrando por uma grande
caverna, na qual ter uma placa dizendo,
FOSSA, imagine esta caverna no formato do seu
nariz, este ser entra pela caverna, o seu nariz, aí a
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FOSSA acaba em uma grande escorregador e este
desce gritando, gritando e gritando: FARINGE,
FARINGE. De repente, ela faz uma pausa e decide
chupar uma laranja, associe a palavra laranja à
LARINGE, enquanto ele chupa a laranja, vai
fazendo um barulho, trac, trac, trac, assim você
lembrará da TRAQUÉIA, então o barulho deixa o
ser monstruoso irritado, muito irritado, bronqueado e
nosso amigo chega aos BRONQUIOS,note que o
início de uma palavra remede a outra. A irritação o
deixa de cabeça quente, ou seja, com bronca nos
miolos, chegamos aos bronquíolos e de repente
aparece na frente de nosso amigo ar um monstro
alvo em forma de pulmão, é o ALVÉOLO
PULMONAR.
Se você realmente imaginar as cenas,
conseguirá lembrar por meio de algumas palavras
os órgão da respiração. Assim você lembrará por
associação, caverna lembrará FOSSA, ou seja,
FOSSAS NASAIS. Escorregador lembre-se do grito
FARINGE. LARANJA associe à LARINGE. TRAC
TRAC associe esse barulho à TRAQUÉIA. Ficar
BRONQUEADO, BRONQUIOS E BRONQUÍOLOS.
ALVO, PULMÃO, ALVÉOLO PULMONAR.
Assim para memorizar objetos, ou palavras,
crie associações aparentemente absurdas que
possam se destacar em sua mente. Esta técnica é
conhecida normalmente pelo nome de
encadeamento.
EXERCÍCIO
Para exercitar elabore você mesmo uma
lista de objetos ou de palavras importantíssimas ao
aprendizado de determinada matéria, como no caso
dos órgãos da respiração que passamos. Crie
associações para memorizar esta lista, as imagens
devem ser realmente criadas em sua mente para
que você possa memoriza-las, novamente pratique
os exercícios e dedique-se, pois será importante
para você aprender as técnicas e alcançar um
melhor aprendizado.
LIÇÃO 15
Para treinar a sua memória treine
memorizar a sua lista de tarefas diárias.
EXPLICAÇÃODa mesma forma que o
exercício anterior, pode-se decorar por exemplo
uma lista de tarefas a ser cumpridas no dia.
Vamos dizer que hoje é domingo e você precisa:
I –lavar o carro
II – ligar para um amigo importante
III – assistir a um programa de televisão
IV – Fazer dever de casa
V – Compra uma camisa no shopping
Use a sua criatividade e crie as imagens
inusitadas na sua mente. Faça este exemplo como
exercício.
EXERCÍCIO
Pratique criando você mesmo a sua lista de
tarefas diárias de toda a semana lembrando-se dela
todas as manhãs.
LIÇÃO 16
Para memorizar textos ou discursos,
selecione palavras chaves no texto.
1º Leia atentamente o texto sublinhando as
idéias principais de cada parágrafo.
2º Após esta leitura minuciosa, releia o
que foi sublinhado e destaque aquele parágrafos
que você acha principais e que realmente são uma
síntese de todo texto.
3º Após determinar estes parágrafos,
tente condensa-los entre uma ou duas palavras
cada um, que contenham a idéia principal
abordada, estas serão as palavras chaves na
ordem das idéias contidas no texto.
EXPLICAÇÃO
Não adianta decorar palavra por palavra,
pois se você esquecer uma delas, corre o risco de
perder toda a frase e a sequência. Toda fala,
discurso falado ou escrito que precisam ser
memorizados exigem a memorização das idéias a
serem apresentadas. Digamos que você será o
orador de sua sala no dia de sua formatura. Imagine
se esquecendo o texto bem no dia, ou tendo que
olhar no papel e esconder o rosto, pior ainda,
imagine, se as folhas voam e saem da ordem, bem,
melhor nem imaginar uma cena dessas. O segredo
para memorizar tetos ou discursos é a utilização de
palavra chaves, essa técnica pode ser aplicada aos
assuntos que quiser. Por exemplo, se o assunto
fosse a situação econômica do Brasil, esta poderia
ser a sua lista de palavras chave: desemprego
atual, fábricas fechando, planos do governo,
criminalidade, protestos, miséria, alternativas.
EXERCÍCIO
Agora selecione textos de jornais ou
revistas, ou mesmos textos escolares de não mais
de quatro páginas e procure exercitar essa técnica.
LIÇÃO 17
Para memorizar palavras ou expressões
importantes. Tente montar uma frase com as
palavras ou as iniciais das palavras.
EXPLICAÇÃO
Digamos que você queira memorizar
também palavras, nomes científicos, nomes de
pessoas ou palavras de outros idiomas. Novamente
algumas técnicas de associação podem ajuda-lo
nesta tarefa. Um exemplo clássico muito utilizado
em cursinhos é a memorização dos planetas do
nosso sistema solar: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte,
Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão. Para
memoriza-los mais facilmente, vamos reduzi-los
às letras iniciais: M, V, T, M, J, S, U, N, P. Agora
vamos tentar montar palavras com estas letras
ligando-as dentro de uma frase. Bom, lá vai
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“MINHA VÓ TEM MUITAS JÓIAS, SÓ USA
NO PESCOÇO”, onde podemos identificar os
planetas. MINHA, MERCÚRIO. VÓ, VÊNUS. TEM,
TERRA. MUITAS, MARTE. JÓIAS, JÚPITER.
SÓ, SATURNO. USA, URANO. NO,
NETUNO. PESCOÇO, PLUTÃO. Uma frase como
essascom certeza você vai memorizar.
EXERCÍCIO
Faça uma lista de palavras que precisam
ser memorizadas e monte frase com elas ou com
suas letras iniciais, repita o exercício diversas vezes
para poder assimilá-lo.
LIÇÃO 18
Vamos pegar um exemplo, a palavra pluma,
que em espanhol quer dizer caneta. Mentalize uma
gigantesca caneta em forma de pluma e se preferir,
imagine que para escrever, você precisa segurar em
um ganso que está na ponta da caneta. Associe
assim as imagens à palavra e tente recria-las com
vivacidade em sua mente. Para melhor memorizar
palavra de outras línguas, ou mesmo
palavras importantes no dia-a-dia de seu estudo,
tome como procedimento o item básico da
memorização, que é associa-la sempre a imagens
ou ligá-las á outras palavras ou frases de modo a
estabelecer relações e sua própria mente.
EXERCÍCIO
Faça uma lista de palavras de outra língua e
crie imagens para memoriza-las, repita
incansavelmente esse exercício e todos os
outros exercícios, pois com certeza irão ajuda-lo.
FINALIZAÇÃO
Esperamos que esta conversa sobre leitura,
aprendizado e memorização venha lhe trazer
boas possibilidades de um melhor aprendizado,
servindo de alicerce à construção de pilares para
uma sólida formação cultural e profissional. Se você
se dedicar a todos os exercícios diariamente
seguindo as orientações, temos a certeza de que
poderá conseguir um patamar melhor, que é um
aprendizado mais eficiente.
ANOTAÇÕES
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MEMORIZAÇÃO
CYBERNETIC LEARNING SYSTEMS
QUE MÉTODO É ESTE? ... POR QUE
FUNCIONA?
Se você espera encontrar fórmulas, teorias e
termos técnicos complicados nesta
REPROGRAMAÇÃO DA MEMÓRIA, vai ficar
desapontado. Ela foi elaborada de modo simples,
fácil de ser compreendido até mesmo por crianças.
Porém, essa simplicidade não diminui o valor do
método, que está baseado em técnicas dinâmicas.
Elas são usadas desde a antiguidade, conhecidas e
empregadas pelos sábios daquela época, até as
mais recentes, de efetividade comprovada e postas
em prática por quantos se dispuseram – e
conseguiram – adquirir uma MEMÓRIA
PRODIGIOSA.
Ela está norteada por sistemas simples, com
base na ATENÇÃO, OBSERVAÇÃO e
ASSOCIAÇÃO. Quer um exemplo?
Dirigindo seu próprio carro, ou usando
veículo coletivo, você precisa estar atento para os
sinais de trânsito (principalmente agora, com o valor
das multas e a perda de pontos, em cada infração).
Então responda: A luz de cima do farol de trânsito –
sinaleira – é vermelha, ou verde?
Você vê este sinal dezenas de vezes por
dia... No entanto, está em dúvida? Se isso está
ocorrendo é demonstração de que você vê, mas não
observa. A luz de cima é vermelha. O que? Você
sabia? Ótimo! Parabéns! Isso significa que,
diferentemente da maioria, você vê e observa.
Esta reciclagem vai mostrar como usar – de
modo mais efetivo – o método de observação. Vai
mostrar também como usar o sistema de
associação, para registrar o que você vê.
Por ser impossível lembrar de algo que não
se observou, é necessário associá-lo, na mente, a
algo já conhecido ou de que nos lembramos, para
fazer a ligação.
Com relação à memória, a associação é o
processo de ligar duas ou mais coisas entre si. Eis
alguns exemplos:
“MILHARES DE SOLDADOS SIMULAM
RETOMADA E FALHAM” Esta frase lhe diz alguma
coisa? Se você estuda, ou já estudou música, deve
ter associado a frase às linhas da Pauta, na clave de
sol. As notas MI, SOL, SI, RÉ e FÁ
não sugerem a criação de uma imagem
mental, mas a frase “MILHARES DE SOLDADOS
SIMULAM RETOMADA E FALHAM””, possui sentido
conhecido e fácil de ser mentalmente visualizado,
por associação. A informação nova – as notas
musicais que você deseja memorizar – associa-se a
uma situação que já lhe pode ser conhecida ou que
você tem condições de visualizar mentalmente.
“FAZENDEIRO LATINO DOMINA
MILHÕES”
Esta frase pode indicar os espaços da
pauta: FÁ, LÁ, DÓ e MI.
É uma frase fácil de ser memorizada e que
lhe dá segurança, sempre que precisar da
informação.
Prezado:
A capacidade de memorizar rostos, nomes e
fatos, é um trunfo valioso, um dos atributos mais
importantes para o sucesso e riqueza na vida
profissional.
A boa memória é também fundamental na
vida social, pois é o caminho mais curto e seguro
para se travar boas amizades, para conquistar a
admiração dos amigos e a popularidade de poder e
felicidade.
Estudos e pesquisas afirmam que não existe
memória fraca. O que existe é memória treinada ou
destreinada. Não há limites para a capacidade de
memorização, como você mesmo vai constatar ao
fazer essa reciclagem de memória. Vai notar
também que os exercícios e testes aqui mostrados,
além de fascinantes e variados, serão de enorme
ajuda para você.
Dentro de poucas semanas, poderá gabar-
se de haver adquirido uma memória poderosa, se
seguir corretamente as instruções e fizer todos os
exercícios recomendados.
Cônscia de sua responsabilidade ao lançar
no mercado esta ferramenta para tornar mais efetiva
e dinâmica a sua vida. A PERSONAL INDÚSTRIA,
COMÉRCIO E EXPORTAÇÃO LTDA. coloca ainda à
sua disposição, o DEPARTAMENTO DE
ATENDIMENTO A CLIENTES, para esclarecer
qualquer duvida que , porventura, venha a ter.
Através de carta ou telefone, entre em
contato conosco, na medida em que for
desenvolvendo seu programa de MEMORIZAÇÃO.
Dê seu testemunho, pois ele é muito importante
para que possamos tornar cada vez mais efetivo
este programa. Estamos aqui para ouvir seu
depoimento ou esclarecer possíveis dúvidas que
porventura venha a ter.ATENÇÃO, OBSERVAÇÃO
E ASSOCIAÇÃO.
A verdadeira arte da memorização é a arte
da atenção.
Samuel Johnson
Muita gente confunde memória fraca com
distração. Ambas são coisas diferentes, embora
andem de mãos dadas. Pessoas dotadas de
excelente memória podem ser distraídas. Você deve
conhecer alguém que coloca os óculos na testa e
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perde um tempo enorme tentando encontra-los. Isso
é distração. Geralmente tenta-se justificar essa falha
alegando memória fraca devido a excesso de
trabalho, poucas horas de sono, preocupações e
coisas assim. Aquele que se contenta com isso
pode não ver razões para mudar. Contudo, ser
motivo de caçoadas e chacotas por parte de parente
e amigos não deve ser agradável para ninguém.
Se você adquiriu este programa de
reciclagem em memorização e pretende fazê-lo por
razões mais fortes do que simples curiosidade,
precisa levar a sério as informações que vai receber
e mostrar determinação ao fazer os exercícios que
serão propostos. Só assim terá chances de
desenvolver uma memória fabulosa.
Alguns estudam técnicas de memorização,
lêem livros sobre o assunto e até contratam
professores para avaliar-lhes a memória, e depois
esquecem de pôr em prática o que aprenderam.
Então argumentam que são velhos demais para
aprender.
É importante considerar que as habilidades
são regidas por leis. A primeira estipula:
Toda habilidade desenvolve-se com a
prática, até as respostas se tornarem automáticas e
instintivas.
A segunda lei determina:
A habilidade deteriora-se quando não é
aplicada, acabando por perder-se, se negligenciada.
Edward Lee Thorndike, psicólogo norte-
americano, autor de trabalhos sobre dificuldades na
aquisição de conhecimentos, autoridade em
educação de adultos, declarou: A idade não é
empecilho para a aprendizagem de novas profissões
ou qualquer coisa que se queira fazer, em qualquer
etapa da vida. De fato, quando se quer aprender
algo, encontra-se o caminho para isso.
Costuma-se dizer que Querer é Poder. Isso
é verdadeiro, porém o mesmo adágio – quando
expresso no idioma inglês, mostra maior
determinação: Where there’s a wish, there’s a will,
que em tradução livre pode ser interpretado como
Onde há um desejo, há um meio de realização,
pois é preciso estar-se determinado a vencer os
obstáculos para alcançar o objetivo proposto. Então,
e só então, adquirimos o poder, aquela força
indestrutível que leva à realização. Portanto o
provérbio Querer é Poder, ficará melhor colocado
quando enunciado como Poder é Querer, pois
somente aquele que realmente tem o querer
conhece os meios que despertam o poder de
alcançar tem a força.
ATENÇÃO
Na realidade, a distração nada mais é do
que falta de atenção. Se você coloca o lapis atrás da
orelha e depois não consegue encontrá-lo, isso é
mera falta de atenção. É sinal de que aquele gesto
não foi suficientemente importante para ser
registrado em seu cérebro. Para evitar isso, basta
usar associações conscientes e atenção no que faz.
Você sabe que pode e que é fácil fazer isso.
Mas se ainda não tem idéia de como conseguir essa
proeza, este programa vai ensiná-lo a fazer isso.
Neste ponto você pode estar pensando:
Tudo bem, mas como eu vou lembrar das
associações que faço?
No início vai realmente precisar de muita
atenção e observação, ao fazer as associações. É
para conseguir isso que você está fazendo essa
programação. Aliás, é por essa razão que esta etapa
leva o título que tem: ATENÇÃO, OBSERVAÇÃO E
ASSOCIAÇÃO. Ao ver os resultados acontecerem
logo nas primeiras experimentações, esses mesmos
resultados servirão de incentivo para fazê-lo
continuar. Você vai perceber que os olhos não
podem ver quando o cérebro está ausente. E ele por
certo não esta presente quando você larga
mecanicamente as coisas em qualquer lugar. A
atenção leva você a pensar naquilo que está
fazendo, durante frações de segundo. Isso é o
bastante para que seu cérebro marque presença e
dê atenção ao que você esta realizando. Aí os olhos
vêem o que foi feito e o cérebro registra a proeza.
Na próxima vez que puser o lápis atrás da
orelha, faça uma associação entre os dois. Veja
mentalmente o lápis sendo encaixado atrás da
orelha ou visualize duas mãozinhas destacando-se
da orelha para segurar o lápis. Isso é ridículo? Pois
é assim que deve ser. Quanto mais ridícula ou
absurda a associação, mais fácil será se lembrar
dela. Adiante vamos ver por quê.
Platão, filósofo grego, discípulo de Sócrates,
cuja filosofia ou baseada na verdade – por não
estar, segundo ele, nos fenômenos passageiros,
mas nas idéias – dizia, já alguns séculos antes de
Cristo: Todo conhecimento não passa de lembrança.
Cícero, advogado, político e orador latino,
afirmou: A memória é o tesouro e a guardiã de todas
as coisas.
Você não conseguiria acompanhar este
raciocínio se não se lembrasse das 26 letras do
alfabeto.
Sem a memória, sem a capacidade de reter
conhecimentos e fatos, seria impossível agir
baseado em experiências anteriores. Cada
momento da existência, ou qualquer coisa que se
fizesse, teria de partir do nada, do zero. Tudo o que
fazemos só é possível graças à memória. Na
maioria das situações que enfrentamos são as
experiências passadas que nos ensinam como e o
que fazer. O conhecimento acumulado elimina o
longo caminho da tentativa e erro, mostrando o
modo certo de fazer cada coisa.
As antigas civilizações utilizavam-se de
sistemas de memória para quase tudo, e é de se
estranhar que esses sistemas não sejam
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conhecidos e aplicados, hoje, pela maioria das
pessoas. Os poucos que descobrem como treinar a
memória acabam se surpreendendo com a imensa
capacidade de lembrar, que adquirem. E com os
louvores que passam a receber de todos.
Alguns filósofos tentaram classificar os tipos
de correlação, de acordo com as quais
asimpressões mentais são revividas. Após concluída
a tarefa, perceberam que as mesmas descobertas já
haviam sido feitas 2.000 anos antes, pois
Aristóteles, filosofo grego (384 a.C a 322 a.C)
fundador da Escola Peripatética (*) – que procurava
mostrar a natureza toda como um enorme esforço
da matéria para elevar-se até o pensamento e a
inteligência – já havia estudado e classificado as leis
de associação, reduzindo-as a três: contiguidade em
tempo e espaço, semelhança e oposição.
Augustin de Hippo já havia afirmado a
mesma coisa. Sir William Hamilton, filosofo escocês,
assim se pronunciou a respeito: Pensamentos que já
coexistem na mente, permanecem associados para
sempre. Para Sir William, essas leis poderiam ser
reduzidas a duas: Lei da Simultaneidade e lei da
Semelhança. Na Lei da Simultaneidade ele incluía a
Sucessão Imediata, no tempo. Na Lei da Afinidade –
ou Semelhança – todas as outras formas de
associação.
(*) PERIPATÉTICO – Esse nome provém do
fato de que ele costumava ministrar suas aulas
passeando nos jardins do Liceu, onde lecionava.
PERIPATETISMO – que gosta passear; que
ensina passeando. Em sentido figurado, aquele que
é exagerado nos gestos e na expressão facial.
(Pequeno Dic. Enciclopédico Koogan Lalousse)
INCONSCIENTE COLETIVO
Estudos antigos, estreitamente relacionados
à memória são coerentes com a teoria do
Inconsciente Coletivo, de Carl Gustav, psiquiatra e
psicólogo suíço contemporâneo, um dos fundadores
da psicanálise. Ele afirmou: tudo o que julgamos
haver criado ou descoberto já preexistente em
nódulos de energia. Ao laborarmos a fundo sobre
um assunto, criamos condições de entrar em
harmonia com a onda energética pertinente a esse
assunto, gerando a possibilidade de captar o
conhecimento contido no nódulo correspondente.
Ele afirma ainda que o estado de magia gerado
nesse instante só ocorre quando permitimos que a
mente entre em total estado de relaxamento.
Como exemplo, cita: a experiência de Isaac
Newton, matemático, físico,astrônomo e filósofo
inglês, que achou a pista para as Leis da Atração
Universal quando, ao repousar debaixo de uma
macieira, observou a queda de uma maçã; de
Arquimedes, sábio da antiguidade, que descobriu a
Lei da Flutuação dos Corpos – Conhecida como O
Princípio de Arquimedes – enquanto tomava banho;
de Thomas Alva Edison, físico norte-americano que,
após pesquisar exaustivamente, encontrou o elo que
faltava para a descoberta da fórmula da lâmpada
incandescente, ao despertar de um cochilo.
Estas informações, aparentemente inócuas
com relação ao estudo que estamos fazendo, na
realidade têm muito a ver com memória. Primeiro
porque tudo isso é conhecimento que pode e deve
constar de nosso arquivo de informações. Segundo,
porque, nos exemplos dados – e numa infinidade de
outros – o que levou esses homens a um resultado
vitorioso em suas descobertas foi o uso correto da
Atenção, Observação e Associação, em seu modo
de pensar e em seu trabalho.
Observação:A afinidade de pensamentos
está ligada a objetos semelhantes ou parcialmente
iguais. Quando pensamos em Alexandre,
lembramos de César. Uma anedota puxa outra, etc.
Todas as idéias que são propriedades de uma
mesma mente, estão – direta ou indiretamente –
associadas. Não fosse assim, elas seriam isoladas e
inúteis. Portanto, é falsa a idéia que se tem de
MEMÓRIA FRACA. Não existe má memória. O que
existe é MEMÓRIA TREINADA ou não.
Quase toda memória destreinada é
unilateral, ou seja: não está ainda capacitada a
coordenar fatos. Há pessoas que se lembram de
nomes e rostos mas esquecem, por exemplo,
números de telefones. Outras gravam números com
facilidade mas não conseguem recordar o nome das
pessoas com quem precisam falar.
Alguns têm memória retentiva boa, mas
lenta. Só conseguem registrar uma informação
horas ou dias depois, quando ela já deixou de ser
importante. Outros são incapazes de retê-la além de
um curtíssimo período de tempo.
Ao aplicar os sistemas aqui expostos você
obterá MEMÓRIA RÁPIDA e RETENTIVA para tudo
o que desejar.
A maioria das coisas que você memorizou
até hoje estava inconscientemente associada a algo
já conhecido ou do qual tinha lembrança. Este
treinamento vai ajudá- lo a associar tudo o que
quiser, usando o método de OBSERVAÇÃO.
Quando aprender a fazer isso, terá adquirido uma
memória treinada. O sistema aqui mostrado vai
servir de auxilio à sua memória normal ou real. É
sua memória real que faz o trabalho para você. Há
uma sutil diferença entre memória treinada e
memória real. À medida em que utilizar este
sistema, a diferença começará a desaparecer. Este
é um aspecto positivo desta reciclagem. Após usar
por algum tempo este método, de modo
conscientemente dirigido, ele se tornará automático
e você passará a usa-lo instintivamente.
Vamos fazer um teste para verificar seu
atual poder de observação.
Sem olhar o relógio, responda: o número 6
do seu relógio de pulso é um algarismo arábico ou
romano? Pense um pouco, antes de responder.
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Decida sobre a resposta como se fosse realmente
importante acertar.
Então... já tem a resposta? Agora olhe para
o relógio e confira. Respondeu corretamente? Tudo
acertado, ou não, você olhou o relógio para verificar,
certo? Então é capaz de dizer qual a hora exata que
marcava? Provavelmente, não! No entanto você
olhou o relógio há apenas alguns segundos! Mais
uma vez, você olhou mas não viu. Não observou.
Faça essa experiência com os amigos. Note como
quase todos olham mas não observam.
Tomamos algum espaço e nos alongamos
falando sobre observação, dada a importância que
ela tem, no treino da memória. Agora vamos entrar
em outro assunto que é também elemento de
grande importância neste nosso treinamento. É a...
...ASSOCIAÇÃO
Só se consegue lembrar de alguma coisa
que tenha sido observada antes. Depois é preciso
associa-la, na mente, a algo que já conhecemos e
de que nos lembramos. No que diz respeito à
memória, a associação consiste simplesmente, em
duas ou mais observações, ligadas umas às outras.
Quando conseguimos lembrar de algo, isso se deve
ao fato de que, inconscientemente, o associamos a
outro fato qualquer.
Você já deve ter visto ou ouvido algo que o
fez estalar os dedos e dizer:...isso me lembra...
Então você se lembrou de alguém, de um fato ou de
algum assunto. O que você viu ou ouviu, pode não
ter relação alguma com aquilo de que se lembrou.
Contudo, os dois fatos estavam ligados na sua
mente.
Você é capaz de fazer, de memória, um
desenho que se pareça com o mapa da Inglaterra,
da China, ou do Japão? Da Inglaterra, até pode ser,
mas se você conhecer a frase do grande poeta
brasileiro, Castro Alves, ao dizer: A Inglaterra é um
navio que, Deus, na mancha ancorou. Se observar
bem, poderá ligar rudimentarmente a figura
do mapa daquele país às linhas de contorno
de um navio. Mas... e quanto à china? Ou o Japão,
que é formado por um emaranhado de ilhas? Aí fica
difícil, não é? Mas... se mencionarmos a Itália, você
e 95% das pessoas dirão, por ASSOCIAÇÃO, que
lembra a figura de uma bota. Alguma vez você ouviu
dizer, ou observou, que o contorno do mapa da Itália
se assemelha a uma bota. O fato novo – o mapa da
Itália – foi associado ao fato conhecido – a bota. A
simples associação consciente ajuda facilmente a
memorizar informações abstratas, conforme o
exemplo que acabamos de dar. Através de sistemas
e métodos vamos mostrar como aplicar os princípios
e idéias de associações conscientes, para
memorizar nomes, rostos, objetos, fatos, números,
idéias, textos, etc.
Vamos agora a mais um rápido teste ligado
a observação e associação. Vamos lá? Preste
bastante atenção:
Você está dirigindo um ônibus que leva 50
pessoas. No primeiro ponto, 10 pessoas sobem e
descem 17. No ponto seguinte, 5 pessoas entram e
saem 10. Nas duas próximas paradas descem 5
passageiros de cada vez, entrando 3 em uma, e
nenhum na outra. O motor do ônibus começa a
falhar e ele pára. Com a demora, alguns
passageiros resolvem seguir a pé; são em número
de 10. Após o conserto, o ônibus segue viagem e
chega ao ponto final, onde todos os passageiros
descem.
Agora, sem reter o parágrafo, você vai
responder a duas perguntas. Se lhe
perguntássemos quantas pessoas desceram do
ônibus no ponto final, você provavelmente
responderia de imediato. Portanto a primeira
pergunta é: quantas paradas fez o ônibus, no total?
Poucos acertam essa resposta, por
imaginarem que somente o número de paradas
fosse importante, não consideraram esse detalhe.
Vamos agora à segunda pergunta. Mesmo
que tenha acertado a primeira, temos sérias dúvidas
de que acerte esta. Apenas uma ou duas pessoas
em cada cem conseguem isso. Sem tornar a ler o
parágrafo, responda: - Qual o nome do motorista do
ônibus?
Tente isso com os amigos e verá que
raramente alguém acerta. Pelo fato de que memória,
observação e atenção andam juntas, é impossível
lembrar de qualquer coisa que não se observa. É
extremamente difícil observar ou lembrar de algo
que não se está interessado em memorizar. Isso
leva a uma regra óbvia. Para melhorar sua memória
obrigue-se a ficar interessado e a observar qualquer
coisa que deseje recordar. Para isso, use a
ATENÇÃO.
E então? Já descobriu o nome do
motorista? Como dissemos, poucas pessoas
conseguem acertar. Na verdade, é mais uma
questão de ATENÇÃO e OBSERVAÇÃO. Dissemos,
na formulação do teste, que VOCÊ estava dirigindo
um ônibus que levava 50 pessoas. A resposta,
portanto, é seu próprio nome. Você estava dirigindo
o ônibus.
Se atacar com confiança qualquer
empecilho da memória, com o pensamento de que
VAI LEMBRAR, certamente conseguirá. A memória
é como um funil. Cada vez que pensa ou diz coisas
como: Tenho péssimamemória. Nunca consigo
lembrar de nada, ou outros pensamentos dessa
espécie, é como se estivesse colocando um
pedregulho no gargalo do funil. Por outro lado, se
pensar ou ficar repetindo coisas do tipo: Tenho
ótima memória, Sempre me lembro de tudo o que
precisa ser lembrado, e coisas positivas como
essas, estará retirando, um a um, esses
pedregulhos e evitando que outros caiam no
gargalo.
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É, pois, importante – para você próprio –
que se habitue a confiar na sua memória e que
pense sempre positivamente sobre ela. Para isso
existem métodos de reciclagem, como este que é
ministrado pelo sistema AUDIOTUTORIAL, onde o
texto gravado é correlato ao impresso no manual. É
quase como ter um professor particular ao seu lado.
Imagine que estou pessoalmente junto de você,
dando-lhe todas as instruções e orientando-o tempo
todo. Quando não compreender alguma coisa ou
quiser revisar qualquer parte do programa, pare e
torne a ouvir a informação que não entendeu. Você
irá tão rápido quanto desejar e poderá repedir
qualquer parte que julgar necessária.
No decorrer deste treinamento você será
solicitado a fazer diversos exercícios com o som
desligado. Sempre que isso acontecer, eu direi:
Faça isso agora. Desligue o som. Haverá então uma
pausa de alguns segundos. Quando terminar o
exercício solicitado, ligue novamente o som e volte
ao texto impresso.
Lembre-se: você tem ótima memória.
Precisa apenas treina-la corretamente. Um bom
método para conseguir isso é fazer todos os
exercícios solicitados. Portanto, siga as instruções
para, dentro de algum tempo, estar usufruindo de
uma fantástica capacidade de memorização.
Já a partir da segunda etapa você estará
aumentando extraordinariamente sua capacidade de
memorizar, através de exercícios práticos. Vai notar
que o resultado de cada exercício aparece logo após
concluí-lo. Isso significa que você estará tirando
proveito desses benefícios a partir do primeiro
exercício. Para tanto, ele deve ser feito com atenção
e ser repetido tantas vezes quantas necessárias, até
você admitir que já tem domínio sobre aquela
prática.
Falamos sobre a necessidade de atenção.
Como estaremos trabalhando quase exclusivamente
com imagens mentais, a CONCENTRAÇÃO, que vai
ser tratada na próxima etapa, também será de
grande valia para você obter resultados. Os
exercícios devem ser realizados sem interrupção.
Antes de passar para a próxima etapa,
verifique como está sua memória, realizando os
testes que se seguem. Note que eles apresentam
algum grau de dificuldade para quem ainda não tem
memória treinada. Se seu índice de acerto for baixo,
não desanime. Isso significa apenas que é hora de
levar a sério a reciclagem que está iniciando, sem
desanimar. Ao longo do treinamento volte a fazer os
mesmos testes e constate que vai resolve-los com
facilidade.
Agora, vá fazer os exercícios. Ou deixe isso
para amanhã, se preferir. Apenas, não deixe de
faze-los.
Logo que confirme a real eficiência deste
programa, indique-o a familiares e amigos, pois a
divulgação deste material será feita principalmente
por pessoas que, como você, tiveram a
oportunidade de conhece-los. Faça agora os
exercícios das páginas seguintes.
TESTE UM
Leia apenas uma vez o nome dos 16 objetos
da lista que se segue. Em seguida, procure escreve-
los sem tornar a olhar o texto. Você deverá faze-lo
exatamente na ordem em que aparecem aqui.
Lembre-se de que, se esquecer uma única palavra
errará as seguintes, pois não estarão na sequência
exata.
LIVRO, CINZEIRO, VACA, CASACO,
PERSIANA, FRIGIDEIRA, RELÓGIO, ÓCULOS,
FÓSFORO, GILETE, MAÇÃ, BOLSA, MAÇANETA,
GARRAFA, MINHOCA e POSTE.
Resultado: Acertei palavras, na
sequência certa.
TESTE DOIS
Memorize os 20 objetos relacionados e
transcreva-os nas linhas seguintes, com os
respectivos números. Não use mais que 2 minutos
para isso. Deve memorizar os objetos e seus
números correspondentes.
1 – RÁDIO 6 –
TELEFONE
11 – VESTIDO 16 – PÃO
2 –
AEROPLANO
7 – CADEIRA 12 – FLOR 17 – LÁPIS
3 – LÂMPADA 8 – CAVALO 13 – JANELA 18 –
CORTINA
4 – ÁRVORE 9 – XÍCARA 14 –
PERFUME
19 – VASO
5 – PINTURA 10 – OVO 15 – LIVRO 20 –
CHAPÉU
1 6 11 16
2 7 12 17
3 8 13 18
4 9 14 19
5 10 15 20
TESTE TRÊS
Olhe para o número de 20 algarismos,
durante um minuto, e procure escreve-lo de
memória. Cada dígito deve estar no lugar certo.
7 2 4 3 2 7 8 6 1 1 2 3 7 9 4 8 6 5 1 0
Resultado: Acertei dígitos.
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TESTE QUATRO
Um baralho comum tem 52 cartas. Examine
esta lista de 47 cartas e descubra quais são as 5
cartas que não estão na lista.
VALETE DE
COPAS
ÁS DE COPAS REI DE COPAS
SETE DE
OUROS
DEZ DE PAUS OITO DE PAUS
DAMA DE PAUS SETE DE
ESPADAS
SETE DE PAUS
DOIS DE
OUROS
VALETE DE
ESPADAS
TRÊS DE
ESPADAS
NOVE DE
COPAS
SETE DE COPAS DAMA DE
COPAS
TRÊS DE
OUROS
DOIS DE
ESPADAS
ÁS DE PAUS
NOVE DE
ESPADAS
QUATRO DE
PAUS
CINCO DE
COPAS
TRÊS DE
COPAS
NOVE DE PAUS DEZ DE OUROS
OITO DE
ESPADAS
CINCO DE
ESPADAS
ÁS DE
ESPADAS
SEIS DE OUROS VALETE DE
OUROS
REI DE PAUS
OITO DE COPAS SEIS DE
ESPADAS
QUATRO DE
ESPADAS
DAMA DE
ESPADAS
TRÊS DE PAUS VALETE DE
PAUS
SEIS DE COPAS QUATRO DE
COPAS
DEZ DE
ESPADAS
REI DE OUROS DEZ DE COPAS DAMA DE
OUROS
OITO DE
OUROS
CINCO DE PAUS DOIS DE PAUS
CINCO DE
OUROS
DOIS DE COPAS
Faltam as seguintes cartas:
TESTE CINCO
Olhe, por cerca de 5 minutos, para os 15
rostos e nomes da página adiante e procure
memorizar os nomes e as fisionomias. Depois, vire a
página e escreva, debaixo de cada rosto, o nome
respectivo.
CONCENTRAÇÃO
O aluno escreveu na prova?“Só Deus sabe
as respostas”.O mestre observou: “Deus fica com 10
e você com zero”.
Primeiro vamos ver a origem da palavra. Ela
começa com o prefixo CON, que designa
contiguidade, complemento. CENTRAÇÃO é o ato
de atingir o centro. Portanto, CONCENTRAÇÃO
quer dizer: convergir para um centro, reunir a
atenção para um mesmo ponto. Isso torna mais
densa, mais forte e mais ativa a atenção.
Concentrar é dirigir a atenção, o sentimento,
a determinação, de modo intenso e exclusivo, para
um alvo ou objetivo.
Já temos o significado da palavra.
Vamos ver agora, como alcançar esse
estado.
A palavra inglesa goal significa objetivo,
meta. Por esse motivo, as traves – debaixo das
quais se posiciona o goleiro, nas partidas de futebol
– têm o nome de meta. O objetivo do jogo é fazer a
bola chegar ao fundo da meta adversária.
Quando o jogo é transmitido pela TV, o
torcedor entra em estado de total concentração,
principalmente através do olhar e da audição. Se op
jogo é transmitido pelo radio, ele se concentra
através da audição e da imaginação criativa. Faz
isso instintivamente, sem perceber. Age assim
porque é do seu gosto, da sua vontade. Já quando
precisa resolver uma dificuldade, encontrar solução
para uma situação não resolvida, ele costuma sentir
dificuldade em se concentrar. Sua mente se
dispersa, ele fica tenso e perde o poder de
concentração.
Para se saber por que isso ocorre, vamos
ver – em linhas gerais – como o cérebro trabalha.
REGISTROS CEREBRAIS
O cérebro trabalha dia e noite para que o
instinto de vida se mantenha equilibrado. Mas nem
sempre usamos corretamente. A maioria das
pessoas dirige seus pensamentos mais para o lado
dos medos, das fobias.
Desde criança aprendemos – nem sempre
da maneira certa – que todo erro deve ser punido.As traquinagens da infância eram castigadas pelos
pais; o mau andamento escolar era punido pelo
professor, com notas baixas. Quando adultos somos
castigados socialmente pela mente coletiva
(sociedade) se não tivermos um comportamento
aprovado por ela. Podemos até ser presos, se
infringirmos a lei dos homens – a justiça. As
religiões ensinam que, se descumprirmos as leis de
Deus, seremos também passiveis da punição divina.
Dessa forma, desde a infância, nosso
cérebro é bombardeado com imposições castrativas
como, por exemplo: não pode isso, não pode aquilo,
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não faça isso, não faça aquilo, é proibido, cale a
boca, não se meta, e por aí afora.
Ao invés de apreciar a beleza e o perfume
de uma flor, é mais comum pensar na punição que
poderíamos sofrer, se a colhêssemos. Aprendemos
a colecionar culpas e até erros que nem chegamos a
cometer, pois tudo é registrado pelo cérebro, que
não consegue distinguir o que é fisicamente
realizado do que é vividamente imaginado. Ele é
imparcial e frio.
Um simples pensamento sobre algo que
possa não ser bem aceito pelos outros, é registrado
no cérebro, que analisa a informação de duas
formas: primeiro ele acredita que realmente
queremos aquilo. Segundo: tenhamos ou não
realizado aquele desejo, ele determina que
devemos ser punidos, uma vez que analisou aquela
conduta como comportamento inadequado. Na
primeira oportunidade, ele vai fazer a pessoa pagar
pelo erro que nem chegou a cometer, levando o
indivíduo a se acidentar, esquecer um compromisso
importante, contrair algum tipo de moléstia ou,
simplesmente, sentir-se incapaz de se concentrar
em alguma coisa que lhe seja benéfica. Então não
adianta querer o contrario. Ele, cérebro, não vai
permitir.
Que fazer, então?
Por ser frio e imparcial, o cérebro procura
realizar tudo que – de uma forma, ou de outra –
você transmitiu que queria. Então ele procura atingir
o alvo que – às vezes inconscientemente – você
próprio estipulou. Por exemplo:
Ao atravessar a rua você não viu o carro que
se aproximava e quase foi atropelado. Já na
calçada, assustado, você fica momentaneamente
sem ação. Nesse momento você é só reação.
Sabemos que a ação é dirigida, direcionada. A
reação é passiva, regida pela emoção. Portanto,
sem controle.
Nesse estado de espírito, você é envolvido
por pensamentos como: Por pouco não fui
atropelado. Se aquele carro me pega, eu poderia ter
quebrado um braço, uma perna, ou sei lá o que!
Pronto. Presa de forte emoção, você
imaginou tão intensa e vividamente o que poderia
acontecer naquela circunstância, que seu cérebro
pode tomar isso como desejo seu, fazendo o
possível para tornar realidade seu pensamento.
Para evitar isso, basta que qualquer
pensamento que você julgue inadequado tenha seu
registro mudado, no cérebro.
De que forma conseguir isso? É simples.
Se você imaginou que poderia ser
atropelado e ficar ferido, imediatamente, mude o
registro no cérebro. Repita, a você mesmo, que
não precisa daquilo, que está em pazcom a vida, e
não há necessidade de passar por essa provação.
Diga isso com convicção e reforce mentalmente
essa imagem. Não é à-toa que todos os cursos de
auto-ajuda aconselham o uso de frases e
pensamentos positivos.
Agora você sabe que isso propicia as
necessárias mudanças de registro.
Outro ponto importante. Não é raro
guardarmos sentimentos de culpa por algo que
fizemos ou deixamos de fazer. Se identificar em
você qualquer sentimento desse tipo, admita seu
quinhão de responsabilidade naquela ação ou
inação. O passo seguinte é encontrar o auto-perdão.
Por saber que, quanto mais carregar nas costas o
saco de culpas, em consequência dos muitos erros
que julga haver cometido, mais difícil será sua
caminhada pela vida. Para ser útil, a si próprio e aos
outros, proponha-se não cometer mais os mesmos
erros, e jogue por terra o pesado fardo que vinha
carregando. Perdoe-se.
É cientificamente provado que essa forma
de conduta traz alivio, bem estar e melhores
condições de vida.
Agora, sim! Com a mudança de registros, no
cérebro, você está em condições de alcançar as
metas que estipular. Dentre elas, o poder de
concentração.
TÉCNICAS DE CONCENTRAÇÃO
Dominar as técnicas de concentração está
ao alcance de qualquer pessoa. Depende apenas de
disciplina. Quem não estiver disposto a se
autodisciplinar terá grande dificuldade para
concentrar-se. Provavelmente nem conseguirá
alcançar esse estado. Você vai depender de
concentração para fazer os exercícios que se
seguirão. Portanto, é da maior importância que
aprenda a se concentrar. Se já tem essa facilidade,
se é capaz de concentrar-se fácil e rapidamente,
melhor. Mesmo assim, faça os exercícios de
concentração. Isso lhe dará mais destreza e
autoconfiança para as técnicas de memorização e
dos exercícios que terá pela frente.
EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO
Toda vez que precisar usar técnicas de
concentração ou de memorização, comece pelo
exercício respiratório. Após a ultima sessão deste
treinamento você vai encontrar uma faixa dedicada
aos exercícios respiratórios e relaxamento muscular-
mental. Use-os sempre. Vamos então aos exercícios
respiratórios.
Instale-se num lugar onde possa ficar
isolado, sem ser perturbado. De preferência,
escureça o local. A ausência de luminosidade e de
ruídos evita que a atenção seja desviada por
objetos, movimentos ou focos de luz que possam
chamar sua atenção.
Lembre-se: concentração significa atenção
totalmente focada em um único ponto. Desligue o
som e procure esse lugar. Faça isso agora.
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1ª RESPIRAÇÃO
10 10 10
2ª RESPIRAÇÃO
10 10 10
3ª RESPIRAÇÃO
4ª RESPIRAÇÃO
10 10
Este exercício serve para você aquilatar seu
potencial de concentração e observação. Tanto isso
é verdade que, quanto mais jovem for a pessoa que
estiver fazendo o teste, mais facilmente terá em
visualizar cada detalhe. Quando executado por uma
criança, é incrível a quantidade de detalhes que ela
oferece. Com você deve acontecer o mesmo. Ou
algo bem próximo disso. Quanto mais detalhes for
capaz de captar, mais terá demonstrado capacidade
em OBSERVAÇÃO e ATENÇÃO. Esses predicados,
quando desenvolvidos, demonstram maior poder de
CONCENTRAÇÃO.
Repita o exercício, mudando o cenário. Veja
uma rua movimentada, com ruídos de carros
passando, pessoas andando e conversando,
ambulantes apregoando suas mercadorias, etc.
Quanto mais exercitar, com detalhes, mais acurada
ficará sua percepção e, em decorrência, seu poder
de concentração. Você alcançará um ponto em que
chegará a sentir a brisa roçando seu rosto, ao fazer
a tela mental.
2º EXERCÍCIO
Ponha-se à frente de um espelho – pode ser
grande ou pequeno – e olhe fixamente para o centro
de sua testa durante 5 minutos. O exercício consiste
em não permitir que o olhar se desvie do ponto
focado. Parece fácil, mas não é. É provável que só
após algumas tentativas você consiga manter o
olhar concentrado num mesmo ponto. Portanto,
insista nessa pratica até conseguir. Além de
potencializar a capacidade de concentração, este
treinamento ai aumentar seu poder de autodomínio.
Treine bastante.
3º EXERCÍCIO
Coloque um lvo preso à parede, cerca de 2
a 3 metros de distância. Pode ser do tipo usado em
tiro-ao-alvo ou, simplesmente, um círculo colorido.
Fixe o olhar nele e procure não pensar em qualquer
outro assunto específico. Apenas deixe o
pensamento rolar à vontade. Cada vez que se
apanhar pensandoem algo específico, apague a
cena e volte a centrar o pensamento no alvo da
parede. Cada vez que se apanhar dando
seguimento a um pensamento, diga a você mesmo
que, naquele momento, só existe no mundo aquele
círculo na parede. No início, você pede não
conseguir grande coisa. Insista. Após algumas
sessões, vai notar que até o círculo da parede some
e você entra num estado de letargia mental onde
seu pensamento flutua sem rumo.
Para ter uma idéia da profundidade deste
exercício, saiba que ele faz parte do treinamento
dos magos, faquires e iniciados nas artes esotéricas.
Às primeiras vezes que fizer este exercício,
não ultrapasse 10 minutos de tempo. Depois disso
seu cérebro cansa e se recusa a continuar
obedecendo. Com a repetição, você disciplina o
cérebro a tal ponto que ele passa a atender ao seu
comando.
Como pode ver, estes exercícios
desenvolvem a ATENÇÃO, a CONCENTRAÇÃO, a
OBSERVAÇÃO e, principalmente, a
AUTODISCIPLINA, fatores fundamentais para o
domínio daquilo que você quer: PODER DE
MEMORIZAÇÃO. Portanto, treine com seriedade.
Faça, com respeito e determinação, os exercícios
propostos, para alcançar as metas que você mesmo
se propôs.
Uma caminhada de mil quilômetros começa
com primeiro passo. Ao começar adquirir algum
domínio sobre estas técnicas, quase metade da
caminhada já se terá realizado. Então, você estará
pronto para os exercícios de MEMORIZAÇÃO.
Faça bem feito, para colher os resultados
que deseja. Caso contrario, terá sido, tudo, mera
perda de tempo. E você não quer isso, quer?
3ª ETAPA
TÉCNICAS DE LIGAÇÃO MNEMÔNICAS.
“Divido os leitores em dois tipos: os que
lêem para lembrar e os que lêem para escrever”.
William L. Phelps
Encadeamento
A memória trabalha baseada,
principalmente, em imagens mentais. Essas
imagens são mais facilmente registradas no cérebro
se você as tornar ridículas e ilógicas. Para que
entenda essa bem afirmação, vamos a um exemplo.
Usando as técnicas de CONCENTRAÇÃO –
mostradas na etapa anterior – visualize a seguinte
cena:
Você esta caminhando pela calçada quando
um carro bate no pára-choque traseiro do carro da
frente. Foi uma batida insignificante, quase nem
barulho fez. Você só notou por que aconteceu do
seu lado, menos de um metro distante de você. O
fato teve tão pouca importância que os motoristas
envolvidos no incidente sequer desceram para
verificar se houve danos. Você dá uma olhada
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rápida, constata que não aconteceu nada de mais, e
segue seu caminho. Menos de um minuto depois,
você nem lembra mais que presenciou um acidente
ao seu lado. O fato não foi suficientemente
importante para ser registrado em seu cérebro.
Apague a cena e prepare-se para colocar
outra imagem em sua tela mental.
Agora você está andando pela calçada,
quando vê um carro desgovernado aproximar- se
em grande velocidade. A roda direita bate na guia, o
veículo projeta-se no ar, passa por cima de um
automóvel, bate no carro seguinte e capota,
raspando o teto no asfalto. Você se impressiona
com a quantidade de fagulhas que se desprendem
pelo atrito.
Sem perder a velocidade ele se choca com
outro carro, voa por sobre ele e vai cair, com as
rodas para cima, sobre um ônibus que trafegava em
sentido contrário. Na confusão, outros carros se
chocam. Você ouve o barulho das batidas, de vidros
quebrados, o ruído de pneus sendo freados,
enquanto vê o ônibus rodar por mais alguns metros,
carregando sobre o seu teto, o veículo acidentado,
com as rodas para cima e ainda girando no ar. Foi
um acidente monumental. Dificilmente você verá
outro tão espetacular, não é verdade?
É quase certo que você jamais esquecerá
essa cena. Ela foi tão inusitada e fora do comum –
ridícula, até – que seu cérebro vai registrá-la
fortemente, levando você a relembra-la a todo
instante, por algum tempo.
Isso ocorreu porque o fato se deu de
maneira ilógica e ridícula. Algo que você jamais
havia presenciado e, portanto, ainda não registrado
em seu cérebro.
No primeiro caso você não registrou a cena
porque ela é comum, corriqueira, banal e sem
consequências. Já no segundo exemplo, foi algo
fora do comum, inédito para você. Durante muito
tempo você vai ter assunto para comentar com os
amigos.
Essa é uma das técnicas que você vai usar
para lembrar de tudo o que for necessário.
Vamos então ao primeiro teste usando essa
técnica.
Você vai memorizar 20 itens que não têm
associação, ou seja, não têm nada a ver entre si.
Vai fazer isso na sequência que se segue.
EXERCÍCIO UM
Carpete - papel - garrafa – cama –
peixe – cadeira – janela – telefone – cigarro – prego
– máquina de escrever – sapato – microfone –
caneta – aparelho de TV – prato – rosquinha –
automóvel – cafeteira – tijolo.
Agora vamos usar a técnica de ligação
mnemônica pelo processo de encadeamento. Em
outras palavras, vamos encadear essas palavras
usando imagens mentais ridículas ou ilógicas, para
ligar os objetos entre si. Antes, porém, é importante
saber que a palavra – MNEMÔNICO – de raiz grega
significa: aquilo que ajuda a memória, a arte de
desenvolver a memória através de técnicas
auxiliares, para reter com mais facilidade o que se
quer aprender. O que é relativo à memória.
Vamos então acionar o processo de
encadeamento.
Forme, na mente, a imagem do 1º objeto
que é, carpete. Em sua tela mental, procure ver
esse carpete, de preferência o carpete de sua casa
ou de seu escritório. Veja nitidamente a imagem do
carpete, em sua mente.
Agora vamos liga-lo ao 2º objeto que é
papel. Veja, na mente, a imagem do carpete, feito
de papel. Veja-se – mentalmente – caminhando
sobre o carpete de papel e ouvindo-o amarrotar sob
seus pés.
Uma folha de papel solta, sobre o carpete,
seria uma imagem muito lógica e comum, não
dando uma boa associação. A imagem mental
precisa ser ridícula e ilógica.
Por uma fração de segundo, coloque em sua
tela essa imagem absurda. Se achar mais fácil,
feche os olhos durante os primeiros exercícios.
Depois não precisará mais disso.
Agora, pare de pensar nisso e vamos ao
próximo objeto da lista, que é a garrafa. Faça uma
associação ridícula e ilógica entre papel e garrafa.
Forme uma imagem mental dessa associação.
Imagine-se, sentado à mesa do escritório,
escrevendo sobre uma imensa garrafa achatada, no
lugar do papel. Forme essa imagem na mente.
Faça as imagens parecerem o mais ridículas
e ilógicas possível. Já ligamos carpete a papel e
papel a garrafa. Vamos ao próximo objeto, que é
cama. Faça uma associação ridícula e ilógica, entre
garrafa e cama. Você está em seu quarto, dormindo
sobre uma enorme garrafa, e não em sua cama.
Mentalize essa imagem.
Repare que estamos associando sempre o
objeto anterior ao atual. Vamos associar cama, que
é o objeto anterior, ao objeto atual, que é peixe.
Mentalize a imagem de um enorme peixe dourado,
com a boca aberta, dormindo em sua cama. Se
quiser tornar a imagem ainda mais forte e nítida,
procure sentir o cheiro que se desprende do peixe.
Agora, peixe e cadeira. Você está
pescando uma enorme cadeira, em lugar do peixe.
Veja a cena, na mente.
Cadeira e janela. Você está atirando
cadeiras pela janela do seu quarto. Ouça o barulho
delas caírem lá embaixo. Veja claramente a cena
em sua mente.
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Janela e telefone. Você está falando ao
telefone, que está instalado no lado de fora da
janela. Está fazendo um esforço enorme, todo
inclinado, para conseguir falar. Mentalize a imagem.
Telefone e cigarro. Você está andando na
rua, chamandoaproveitado.
Portanto, se você insiste em ver televisão, aproveite
para acordar mais cedo (cinco ou seis da manhã,
que tal?) e assista às aulas do telecurso. Outra boa
idéia é alugar fitas de vídeo didáticas. Essas são
algumas maneiras de relaxar aprendendo.
17. ENCONTRE GUIAS DE ESTUDO
Muitas vezes, em meio ao milhão de
matérias qque precisamos estudar, ficamos
baratinados, sem saber por onde começar. Um
cursinho pode ser uma boa saída, pois dita um ritmo
e direciona o estudo. Mesmo que não cubra todos
os detalhes, mostra o que deve ser estudado e
aprimorado em casa. Em um cursinho, você
conhecerá pessoas que poderão indicar livros e lhe
fornecer provas já realizadas e novos exercícios.
18. PROGRAME O SEU DIA-A-DIA EM
FUNÇÃO DO CONCURSO
Não perca aulas do cursinho ou colégio
devido a outras obrigações. O tempo planejadp de
estudo e as aulas são o que há de mais importante
no momento. Comprometa horários do seu dia para
estudar. Não abra exceções. Fuja daquelas idéias:
"só hoje..."; "isso só acontece uma vez por ano...".
Esse esforço é o preço do sucesso. O seu dia e sua
rotina devem ser planejados para que você obtenha
o máximo de tempo possível para estudar. A
conquista do seu futuro!
19. NÃO SE APRESSE
Estudar sempre que pode não significa ler
mil páginas por semana. Seja incansável, mas não
apressado. Leia com calma, entanda os conceitos,
resolva muitas questões sobre cada tema.
Preocupe-se em assimilar as informações, não
apenas em obtê-las. Assim, seu objetivo deve ser
aprender e não acabar o livro. Leia com atenção
linha a linha e faça resumos: Apreenda o que você
estudou!
20. SEJA UM POUCO ANTI-SOCIAL
Aprenda a recusar convites. Não se sinta
obrigado a almoçar com colegas ou coisas do
gênero. Não importa que o chamem de estranho.
Quando passar no concurso, virará excêntrico. Não
importa que o chamem de neurótico: é melhor ser
um neurótico aprovado do que um suposto normal
frequentando o cursinho de novo...
21. SEJA EGOÍSTA (OU QUASE...)
Deixe por uns tempos de visitar parentes
distantes, perca festas familiares e reuniões do
gênero. Concurso não rima com badalação. Nessa
etapa da vida, você não pode se dar o luxo de se
preocupar demais com o sentimento alheio.
Preocupe-se com o estudo! Se os amigos insistirem,
prometa-lhes um churrasco de comemoção quando
sair a lista de aprovados com o seu nome. Se forem
de fato amigos seus, eles o entenderão.
22. ESTUDAR SOZINHO?
Professores e colegas podem ajudá-lo, mas
você precisa de um tempo para estudar sozinho. Há
detalhes da matéria que necessitam de
amadurecimento e só são de fato apreendidos
através de uma análise individual. Por outro lado,
pode ser interessante manter um pequeno grupo
(até três pessoas) para resolver e discutir
exercícios. Um grupo empenhado funciona como
um elemento motivador, que auxilia a manutenção
do ritmo e do interesse.
23. SEJA CONFIANTE
Da mesma maneira que não podemos
desprezar nossos concorrentes, não devemos nos
achar incapazes. Não tenha pena de você.
Mergulhe de cabe;ca no concurso, valorize sua
capacidade e acredite no seu potencial. Se não
acreditar em você, ficará mais complicado envolver
sua família e seus amigos no processos de
preparação. Sendo confiante, conseguirá preservar
e ganhará paciência para enfrentar as dificuldades
que surgirem.
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24. DIGA-ME COM QUEM ANDAS
Procure, nesta etapa de preparação, ter
amigos com o mesmo objetivo. Vocês servirão de
apoio uns para os outros e poderão se reunir para
discutir exercícios. Dividirão os problemas,
compartilhando o que há em bom e ruim nesta fase
da vida de vocês. Forme um círculo de amizades
que o ajude a estudar e o afaste de distrações
inúteis.
25. DESCUBRA SEU CAMINHO
Cada pessoa tem características diferentes,
que determinam quais os melhores meios de se
colher e assimilar informações. Se perceber que
suas táticas de estudo estão falhando, tente outros
métodos. Há pessoas que aprendem mais ouvindo,
outras fazendo resumo, outras através de
associações e algumas comparando situações
opostas. Não existe um meio perfeito para todos.
Encontre seu método e seu horário para otimizar o
aprendizado.
26. JUNTE-SE AOS MELHORES
Não se compare com aqueles que não têm
chance. Não adianta estar entre os 30% melhores.
Você deve fazer parte do grupo de elite. Se fizer
simulados, compare-secom os primeiros lugares.
Converse com os melhores alunos do seu cursinho:
veja como eles estudam, o material que usam. Entre
para o grupo deles. Quando atingir esse nível, você
também será procurado por todos da turma. Isso é
sinal de que tem grande chance!
27. TENHA DISCIPLINA
Procure fazer um planejamento, de modo a
obter um ritmo de estudo progressivo. Organize seu
material, prepare-se para uma rotina bem marcada.
Terá que estudar todos os dias por longo período.
Se um certo cansaço bater, resista. Não exagere em
festas ou reuniões. Poupe energia para seu estudo.
Valorize o seu dia. Seja moderado, procure
maneiras rápidas de descansar a mente. E, acima
de tudo: Mantenha o ritmo!
28. ESTABELEÇA UM MERCADO DE
INFORMAÇÕES
Não seja o bonzinho da turma. Não seja
aquele que traz as novas, os exercícios e os bons
livros. Compartilhe as informações com aqueles que
compartilham com você. Deve haver uma relação de
troca. Não procure, da mesma forma, só sugar. Isso
o afasta das pessoas que possuem os mesmos
objetivos que você e que, certamente, poderiam
ajudá-lo.
29. GANHE O SEU DIA, NÃO PERCA A
SUA NOITE.
Para ser aprovado no concurso, não é
necessário passar a noite em claro, debruçado
sobre os livros, acumulando mau humor e olheiras.
Por que não estudar de dia, reservando a noite para
dormir e, quem sabe, sonhar com a aprovação?
Descansado você certamente aumentará a
capacidade de aprender. No entando, há pessoas
que estudam melhor à noite. Se você for uma
dessas pessoas, avalie melhor sua rotina para
poder desfrutar de longas madrugadas junto aos
livros.
30. NÃO DESPREZE DISCIPLINA
ALGUMA
A sua aprovação depende do sucesso em
todas as disciplinas. Não pense que uma disciplina
de pouco peso não deva ser estudada. Todo ponto
é um passo rumo à sua conquista. Notas altíssimas
em poucas disciplinas não irão suprir pontos que
perderá em uma disciplina que desconheça. Por não
estudar determinada matéria, você perderá muitos
pontos fáceis e poderá perder sua vaga!
31. TODO LUGAR É LUGAR
Não perca oportinidade de estudar. em filas
de banco, no ônibus, nos intervalos do trabalho, no
banheiro: toda hora é uma boa hora. Sempre tenha
à mão algum material. Deixe uma apostila no porta-
luvas, carregue uma pasta com alguns exercícios,
mantenha um livro na gaveta do escritório. Você
nunca sabe quando aparecerá um tempinho:
aproveite-o! Em um mês, 15 minutos por dia
representam mais de 7,5 horas!
32. FAÇA EXERCÍCIOS
Faça exercícios, faça muitos exercícios.
Faça tantos quanto puder. As provas seguem
padrões de questões e exigem rapidez. Por isso,
esteja sempre procurando por novos exercícios,
especialmente os que já caíram em concursos
anteriores. À medida que for fazendo os exerícios,
aprenderá a linha de raciocínio da instituição que
prepara as provas e isso o ajudará a selecionar a
melhor entre algumas alternativas aparentemente
corretas.
33. SEJA SELETIVO
Descubra quais são as matérias em que
você pode evoluir mais e fazer mais pontos. Estudar
o que se sabe menos é desgastante, porém pode
ser bem mais lucrativo do que refinar
conhecimentos nos campos em que já se possui
uma certa qualificação e se tem muitos pontos
garantidos. Vá em frente e não deixe que as
matérias que você desconhece o assustem.34.
SEJA UM DECORADOR
Transforme as paredes e portasa atenção de todos, pois este
fumando um telefone, em lugar do cigarro. Ponha a
cena na mente.
Cigarro e prego. Imagine-se junto a parede
de sua casa, pregando um cigarro aceso, ao invés
de um prego. Visualize a cena.
Prego e máquina de escrever. Você está
datilografando, numa maquina de escrever, que tem
pregos em lugar de teclas. As teclas são pregos
pontiagudos, que furam seus dedos. Veja a cena.
Máquina de escrever e sapato. Você está
sentado em sua cama, tentando calçar uma
máquina de escrever em lugar do sapato. Mentalize.
Sapato e microfone. Você está num salão
onde todos olham espantados para você, pois está
discursando, usando sapato em lugar do microfone.
Veja a cena.
Microfone e caneta. Você está escrevendo
uma carta, mas usa um microfone em lugar da
caneta. Grave esta cena, na mente.
Caneta e aparelho de TV. Enquanto assiste
televisão em sua casa, milhares de canetas
esguicham da telinha, em sua direção. Procure ver
essa imagem na mente.
Aparelho de TV e prato. Você está num
restaurante, comendo uma feijoada, tendo um
aparelho de TV em lugar do prato. Veja
mentalmente essa cena.
Prato e rosquinha. O jantar está sendo
servido numa enorme rosquinha ao invés do prato.
Mentalize.
Rosquinha e automóvel. Você está no
meio do trânsito, dirigindo uma enorme rosca
vermelha em lugar do automóvel. Mentalize a cena.
Automóvel e cafeteira. Você está
espantado, olhando para o seu automóvel, pois ele
é um enorme fogão, com uma cafeteira fervendo,
em cima. Procure ver essa cena, na mente.
Cafeteira e tijolo. Você está enchendo
xícaras com tijolos, em lugar de café. Veja essa
cena na sua mente.
Se você realmente viu essas cenas na
mente, se conseguiu formar a imagem dos objetos e
se foi capaz de sentir a sensação das situações
absurdas que foram transmitidas, não terá
dificuldade em lembrar dos 20 objetos, em
sequência, do carpete ao tijolo. Vamos conferir?
Desligue o som e escreva o nome dos 20 objetos,
na ordem certa.
* * * * *
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
(agora ligue o som e volte a acompanhar o
texto)
* * * * *
Que tal? Fantástico, não é? Mas, como você
mesmo percebeu, incrivelmente fácil. Isso foi
possível porque você fez corretamente o exercício.
Se não conseguiu os resultados que esperava, é
sinal de que não se concentrou totalmente. Neste
caso, tente de novo, usando todo o poder de
concentração que você sabe que tem. Então, veja
como os resultados melhoram.
Você foi educado para pensar com lógica e
lhe está sendo pedido que forme imagens ridículas
ou ilógicas. É importante que proceda assim pois,
quanto mais ridícula ou ilógica for a imagem, mais
fácil será pra lembrar-se dela. Como auxilio nas
próximas associações ou imagens que fizer, procure
seguir estas 4 regras básicas.
1 DESPROPORÇÃO – Forme a imagem
dos objetos sempre fora das suas proporções
normais.
2 AÇÃO – Sempre que possível, visualize
os objetos em ação. Ponha movimento neles.
Recordamos com mais facilidade coisas radicais e
desproporcionais. Ponha ação e radicalismo em
suas associações, sempre que possível.
3 EXAGERO – Exagere, sempre, a
quantidade e o tamanho dos objetos.
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Você visualizou milhares de canetas
esguichando do aparelho de TV, se as visualizar
atingindo você, com violência, terá, ao mesmo
tempo, ação e exagero em sua imagem mental.
4 SUBSTITUIÇÃO – Substitua imagens
lógicas e comuns por outras, completamente
ilógicas e absurdas, como fizemos, por exemplo, ao
fumar telefone, pregar cigarro, pescar cadeiras, etc.
Empregue sempre estas 4 regras em sua
imagem. Com um pouco de prática, descobrirá que
uma associação bem feita brotará em sua mente, de
maneira clara e instantânea.
Você deve ter notado que os objetos foram
interligados, formando uma cadeia, uma ligação
mnemônica. Associe sempre o primeiro item ao
segundo, o segundo ao terceiro, e assim por diante.
Nas próximas etapas você vai conhecer algumas
aplicações práticas para o sistema de ligações
mnemônicas, tais como: memorizar discursos,
palestras, artigos, números, etc.
EXERCÍCIO DOIS
Agora faça este outro exercício. Memorize
os 20 objetos, em sequência.
Mesa – cachorro – paralelepípedo – lápis –
tesoura – abóbora – isqueiro – régua – sofá
– borboleta – cadeira – sapo – livro – bola –
chiclete – mão – colar – lixo – biscoito – boneca.
Lembra-se como é? Faça associações
ridículas, ilógicas e absurdas, ligando um objeto ao
outro. Mesa... cachorro, cachorro... paralelepípedo,
paralelepípedo... lápis, e assim por diante.
Vamos lá? Vou repetir a relação.
Mesa... cachorro cachorro... paralelepípedo
paralelepípedo... lápis lápis... tesoura
tesoura... abóbora abóbora... isqueiro
isqueiro... régua régua... sofá
sofá... borboleta borboleta... cadeira
cadeira... sapo sapo... livro
livro... bola bola... chiclete chiclete... mão
mão... colar colar... lixo lixo... biscoito
biscoito... boneca.
Agora, confie na sua memória e escreva,
abaixo, a relação dos 20 objetos, em sequência, de
mesa a boneca.
Desligue o som.
* * * * *
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
(ligue o som e volte a seguir o texto)
* * * * *
Faça diversas listas de objetos e pratique o
sistema de ligação mnemônica. Ele será de grande
utilidade pratica para você, conforme vai perceber
nas etapas seguintes. Treine também como lembrar-
se dos objetos, de trás para frente, do ultimo ao
primeiro. A técnica vocêjá sabe. Depende somente
de exercitar-se bastante para utiliza-la, sempre que
necessitar. Faça um bom trabalho.
4ª ETAPA
TÉCNICAS DE FIXAÇÃO MNEMÔNICAS.
Não existe esquecimento.Uma vez
impressos na mente os traços são definidos.
Thomas de Quincey
Na etapa anterior você exercitou a
memorização de uma relação de objetos em
sequência, na ordem certa, do primeiro ao ultimo, de
trás para a frente e vice-versa.
Agora vai ver como memorizar uma lista de
objetos fora de sequência e com osrespectivos
números. Não fique assustado, pois é perfeitamente
possível.
Para que isso aconteça, você vai, primeiro,
saber como memorizar números. Geralmente temos
dificuldade em gravar números porque são
totalmente abstratos e intangíveis. É difícil
mentalizar um numero, por ser uma figura
geométrica sem significado na mente, a não ser
quando associado a algo já conhecido.
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Se tentar pendurar um quadro numa parede
nua, o quadro cairá. Entretanto, se colocar um prego
na parede, terá como lixar o quadro. O que vamos
fazer adiante é dar-lhe alguns pregos para auxilia-lo.
Tudo o que quiser lembrar, e que tenha relação com
números, você poderá pendurar – ou fixar – nesses
pregos. Por isso, denominamos este sistema
FIXAÇÃO MNEMÔNICA.
Você vai ver como mentalizar qualquer coisa
relacionada a números, substituindo-a por objetos.
ALFABETO FONÉTICO
Em 1648, o alemão Stanislaus Mink von
Wennsshein já utilizava um sistema semelhante. Em
1730, todo o sistema foi modificado pelo inglês Dr.
Richard Grey, que definiu como equivalente de
número e letra. De lá para cá, outros especialistas
em memória aperfeiçoaram o sistema.
O primeiro passo é aprender um alfabeto
fonético simples. Consiste em 10 fonemas que você
não levará mais que 5 minutos para memorizar.
Estes serão os 5 minutos mais bem gastos de sua
vida, já que o alfabeto fonético vai ajuda-lo a
memorizar números – isoladamente ou ligados a
qualquer outra informação – de forma
surpreendentemente simples. Preste bastante
atenção.
Leia e procure guardar a relação
número/consoante.
1 O som para 1 será sempre “T”, pois a
letra “T” tem uma perna só.
2 O som para 2 será sempre “N”, pois a
letra “N” tem duas pernas.
3 O som para 3 será sempre “M”, pois a
letra “M” tem três pernas.
4 O som para 4 será sempre “C”, de cão,
pois o cão tem quatro patas.
5 O som para 6 será sempre “S”, “SS”,
“Ç”, “X”, ou “X”, devido ao som sibilante de
SSSSSSSEISSSSS.
6 O som para 7 será sempre “F”, ou “V”,
pois o “F” é um 7, virado para a direita, e o “v”
maiúsculo também lembra o numero 7.
7 O som para 8 será sempre “g”, pis o “g”
minúsculo tem 2 anéis, como o 8.
8 O som para 9 será sempre “P”, “b”, “d”
ou “q”, pois estas consoantes representam, sempre,
o número 9, visto em outras perspectivas.
9 O som de zero será sempre “R”, da
palavra zero.
Agora, escreva as consoantes
correspondentes aos números, de zero a nove. Se
ainda não conseguiu memorizar, estude novamente
esta parte, procurando reter apenas os auxiliares de
memória para cada relação número/consoante.
Faça isso agora.
Desligue o som.
* * * * *
1 2 3 4
5
6 7 8 9
0
(se já memorizou esta relação, ligue
novamente o som e volte a seguir o texto)
Este alfabeto fonético será de máxima
importância. Portanto deve ser exercitado até tornar-
se uma segunda natureza para você. Tão logo
consiga memoriza-lo notará que vai ser facílimo
aprender o resto do sistema de FIXAÇÃO
MNEMÔNICA.
Nenhuma vogal tem qualquer significado
neste alfabeto fonético. O mesmo acontece com as
consoantes que não foram relacionadas (H, J e K).
EXERCÍCIO UM
Você vai fazer agora um exercício
completando a primeira coluna – de palavras – com
números, e a segunda coluna – de números – com
consoantes.
Desligue o som e marque o tempo de 2
minutos, para fazer o exercício. Então volte a ligar o
som. Faça isso agora mesmo.
* * * * *
ESCALAR (6450)
MORDOMO 6124
(STNC) 8903 LUSTRE 2394
SONS 0567
BRACELETE 1109
FUTEBOL 8374
CADEIRA 3874
MARIA 3387
ROMÂNTICO 1298
MERCEDES
* *
9854
* * *
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Se você fixou corretamente, na memória, o
alfabeto fonético, já está preparado para fixar, na
mente, os pregos que mencionamos. Poderá
compor facilmente uma palavra com qualquer
número, obedecendo a relação número/consoante
sabendo que as vogais nada significam. Por
exemplo, para o número 21, podemos formar
qualquer palavra com N e T: neta, nota, nata, ou
outras, pois o N representa o 2, e o T representa o
número 1. já, para o número 05, usaremos ROLO,
ou outra palavra que comece com a letra R – de
zero – e tenha o L – do número 5. Não se esqueça
de que só as consoantes nos interessam.
PALAVRAS DE FIXAÇÃO
Entendeu como formar palavras com
qualquer número? Então está pronto para receber
os primeiros pregos, que são palavras de FIXAÇÃO,
escolhidas de propósito por serem de fácil
memorização.
Preste bastante atenção. Ligue a palavra
criada, aos números que ela vai representar.
1. TEIA. A partir de hoje, a palavra criada
TEIA representará sempre o número
1, para você. Mentalize uma TEIA. Sempre
a mesma TEIA.
2. NOÉ. A partir de hoje a palavra NOÉ,
sempre representará o número 2, para você.
Mentalize um velho, de barbas brancas, em sua
arca, para simbolizar o número 2.
3. MÃE. Mentalize sua própria mãe, para
simbolizar o número 3. a partir de hoje a palavra
MÃE, sempre representará o número 3, para você.
4. CÃO. A partir de hoje a palavra CÃO
sempre representará o número 4, para você.
Mentalize sempre o mesmo CÃO, para simbolizar o
número 4.
5. LUA. A partir de hoje o número 5 será
sempre LUA, para você. Mentalize sempre a mesma
LUA, simbolizando o número 5.
6. ASA. A partir de hoje a palavra ASA
representará o número 6, para você.
Mentalize sempre a mesma ASA,
representando o número 6.7. FIO. A partir de hoje
a palavra FIO sempre representará o número 7, para
você. Mentalize um enorme rolo vermelho de FIO,
simbolizando o número
8. ÁGUA. A partir de hoje o número 8 será
sempre ÁGUA, para você. Mentalize sempre a
ÁGUA que cai de uma cachoeira conhecida.
Mentalize sempre a mesma ÁGUA, para representar
o número 8.
9. PIÃO. A partir de hoje a palavra PIÃO
sempre representará o número 9, para você.
Mentalize um enorme PIÃO, girando, para
simbolizar o número 9.
10. TOURO. (T+R). A partir de hoje a
palavra TOURO sempre representará o número 10,
para você. Mentalize sempre o mesmo TOURO,
simbolizando o número 10.
Sem um sistema seria muito difícil
memorizar 10 palavras totalmente sem relação,
como as que você acabou de aprender. Entretanto,
a palavra de fixação para cada número deve,
forçosamente, conter determinadas consoantes.
Assim a tarefa se torna bastante simples.
Na verdade, se você leu e ouviu com
atenção, éprovável que já as conheça. Sempre que
tiver um número, pense primeiro na consoante
correspondente a cada dígito. Depois procure
lembrar-se da palavra de fixação.
Apenas para recordar:
1 T- TEIA
2 N – NOÉ
3 M- MÃE
4 C – CÃO
5 L – LUA
6 S, SS, Ç, X ou Z – ASA
7 F ou V – FIO
8 G – ÁGUA
9 P, b, d, ou q – PIÃO
10 T e R – TOURO
Você deve estudar estas palavras de fixação
até ser capaz de falar qualquer uma, em qualquer
ordem. Se tiver dificuldade com algum número, cuja
palavra de fixação não lembre, pense na consoante
correspondente e diga qualquer palavra – com
aquela consoante – que lhe vier à cabeça. Quando
disser a palavra certa, isso fará soar uma espécie de
campainha em sua mente, e você saberá que
aquela é a palavra correta. Por exemplo, se não
lembrar da palavra de fixação para o número 1,
repita, mentalmente: tio... tua... tia... teia. logo que
ouvir a palavra TEIA, saberá que ela é a certa.
EXERCÍCIO DOIS
Escreva as palavras de fixação, de 1 a10,
enquanto ALGUÉM FALA os números
correspondentes. Está pronto?
1 2
3 4
5 6
7 8
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9 10
Agora ALGUÉM DIRÁ as palavras de
fixação, sem seguir uma ordem crescente, e você irá
colocando os respectivos números.
Pronto?
LUA
TOURO
CÃOPIÃO
FIONOÉ
ÁGUA ASA
TEIA
Como já foi dito, estas palavras de fixação
podem ser de grande utilidade para você. Portanto,
não passe para o próximo exercício antes de haver
memorizado corretamente estas palavras.
UTILIZAÇÃO PRÁTICA – Exercícios
Pense no que você tem feito, até aqui.
Progressivamente, foi desenvolvendo cada item, na
memória. Primeiro, o sistema para ajuda-lo a
lembrar-se de fonemas ouconsoantes. Depois,
essas consoantes serviram para faze-lo lembrar as
palavras de fixação, extremamente importantes.
Agora estas palavras vão ajuda-lo a memorizar
qualquer coisa que envolva números.
Vamos a um exercício. Usando as palavras
de fixação, você vai memorizar 10 objetos e seus
respectivos números, com ou sem sequência.
9 – BOLSA 5 – COMPUTADOR
6 – CIGARRO 2 – APARELHO DE TV
4 – CINZEIRO 8 – RELÓGIO DE PULSO
7 – SALEIRO 1 – CANETA
3 – LÂMPADA 10 – TELEFONE Agora
preste bastante atenção e siga as instruções.
O primeiro objeto da lista é BOLSA, número
9. Vamos estabelecer uma associação ridícula ou
ilógica entre BOLSA e a palavra de fixação para o
número 9 que é, PIÃO. Em sua tela mental, faça
uma imagem para essa associação. Mentalize um
PIÃO enorme, girando em cima de sua BOLSA.
Visualize a cena, na mente, por apenas um
segundo, como num flash, e siga adiante.
6 – CIGARRO. A palavra de fixação para o
numero 6 é ASA. Forme, na mente, a seguinte
imagem: Você está fumando uma enorme ASA, em
lugar do cigarro. Mentalize essa cena.
4 - A palavra de fixação para o numero 4 é
CÃO. Mentalize seu CÃO dormindo sobre um
imenso CINZEIRO. Dê ênfase ao CINZEIRO,
exagerando na cor e no tamanho. Mentalize a cena.
7 – SALEIRO. Veja, na mente, um novelo de
FIO Vermelho, saindo de um descomunal SALEIRO.
Mentalize a cena.
3 – LÂMPADA. Mentalize sua MÃE, numa
cadeira de balanço, com uma lâmpada na boca,
acendendo e apagando. Veja a cena, na sua mente.
5 – COMPUTADOR. Mentalize a LUA
operando um COMPUTADOR, que faz bip...bip...bip.
Veja a cena em sua tela mental.
2 – APARELHO DE TV. Mentalize o velho
NOÉ, navegando sobre um aparelho de TV, em
lugar da arca. Mentalize a cena.
8 – RELÓGIO DE PULSO. Mentalize uma
cachoeira despejando milhões de relógios de pulso,
em vez de ÁGUA. Focalize a cena.
1 – CANETA. Mentalize sua enorme TEIA
de aranha, toda feita de canetas. Procure ver a cena
bem nítida em sua mente.
10 – TELEFONE. Mentalize seu TOURO
falando ao TELEFONE. Veja a cena em sua tela
mental.
EXERCÍCIO TRÊS
Agora você vai constatar somo sua memória
é fantástica. Se mentalizou as imagens da maneira
recomendada, você estará apto a responder
instantaneamente qualquer pergunta referente aos
10 objetos. Ao ver os números que aparecem
abaixo, no
manual, use para cada um, a palavra de
fixação correspondente, e o objeto associado
aparecerá, nítido, em sua mente.
Preencha os números, de 1 a 10, com os
respectivos objetos. Você terá 2 minutos para fazer
isso.
Desligue o som e faça o exercício, agora.
* * * * *
1 6
2 7
3 8
4 9
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5 10
(ao terminar o exercício, torne a ligar o som)
Você deve ter acertado todos, não é
mesmo? Se assim foi, parabéns. O que há de
fantástico neste exercício é que você também
lembra os objetos fora de sequência. Lembra ainda
dos objetos com seus respectivos números, não
importa como se faça a pergunta.
Se achar que ainda pode melhorar mais,
crie outra lista, com mais 10 objetos, e refaça o
exercício. Mas se acha que passou bem pela prova,
por que não tentar agora com 20 ou 30? É mais fácil
do que você imagina. Basta encontrar as palavras
de fixação para os números 11 a 30, que vamos dar
a seguir. Estude-as, somo fez com as primeiras 10.
quando já as tiver com toda segurança, na memória,
desafie os amigos, pedindo-lhes que enumerem 30
objetos (palavras concretas, no início). Depois
repita-os, um a um, à medida em que forem sendo
solicitados.
Ao ouvir o nome do objeto, faça uma
associação ridícula ou ilógica com a palavra de
fixação correspondente ao numero do objeto e
procure mentalizar, por um segundo, a imagem
dessa associação.
Após completar a lista, peça-lhes que cite o
objeto, e você dirá o numero correspondente, ou
que digam um número e você dirá qual é o objeto
que corresponde a ele. Só não permita que a
inversão o assuste. Basta localizar a palavra de
fixação, que a cena ridícula imaginária saltará para a
sua mente. Se eu lhe perguntar, por
exemplo, qual o número da palavra relógio,
você vai ver, em sua tela mental, a cachoeira
despejando relógios, em lugar de água. Por saber
que água representa o número 8, imediatamente
terá consciência de que aquele número corresponde
ao relógio. Fácil, não é?
PALAVRAS DE FIXAÇÃO (11 a 30)
Veja agora as palavras de fixação, de 11 a
30. Não siga adiante, atémemoriza-las e conhece-
las em qualquer ordem. As palavras escolhidas
podem ser substituídas por outras, de sua própria
escolha, desde que obedeçam à relação
número/consoante, que você já conhece. Tão logo
se decida por uma determinada palavra de fixação,
você deve usa-la sempre. Nunca a substitua por
outra.
Fique atento:
11 – TETA
21 – NATA
12 – TINA
22 – NENÊ
13 – TIME
23 – NOME
14 – TOCO
24 – NUCA
15 – TELA
25 – NILO (RIO NILO)
16 – TAÇA
26 – NOZ
17 – TUFÃO
27 – NAVIO
18 – TOGA
28 – NEGA
19 – TUBO
29 – NABO
20 – NERO
30 – MAR
Dissemos que você pode usar outras
palavras de fixação, que não são sugeridas por nós,
desde que não fuja, é claro, ao método apresentado.
Por exemplo: se trocar o número 25 – NILO – por
NELY, por achar mais bonito, saiba que um nome
próprio é bastante abstrato, podendo constitui-se
numa cilada na hora de usa-lo, pois você poderia
não se lembrar de qual foi o nome escolhido.
Todavia, se houver uma pessoa das suas relações –
uma parente ou amiga – que tenha esse nome,
então – e só nesse caso – você poderá trocá-lo,
estabelecendo algum tipo de relação entre o número
25 e a imagem da pessoa que você conhece e
estima. Neste caso a ligação se dará com a imagem
concreta da pessoa, e não como registro abstrato do
nome.Para registrar firmemente na memória,
repasse as palavras de fixação, de 1 a 30.
1 – TEIA 11 – TETA 21 – NATA
2 – NOÉ 12 – TINA 22 – NENÊ
3 – MÃE 13 – TIME 23 – NOME
4 – CÃO 14 – TOCO 24 – NUCA
5 – LUA 15 – TELA 25 – NILO
6 – ASA 16 – TAÇA 26 – NOZ
7 – FIO 17 – TUFÃO 27 – NAVIO
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8 – ÁGUA 18 – TOGA 28 – NEGA
9 – PIÃO 19 – TUBO 29 – NABO
10 – TOURO 20 – NERO 30 – MAR
EXERCÍCIO QUATRO
Agora, enquanto ALGUÉM FALA os
números, de 1 a 30, escreva as palavras de fixação
correspondentes.
Está pronto? Comece.
1. ___________________________
2. ___________________________
3. ___________________________
4. ___________________________
5. ___________________________
6. ___________________________
7. ___________________________
8. ___________________________
9. ___________________________
10. ___________________________
11. ___________________________
12. ___________________________
13. ___________________________
14. ___________________________
15. ___________________________
16. ___________________________
17. ___________________________
18. ___________________________
19. ___________________________
20. ___________________________
21. ___________________________
22. ___________________________
23. ___________________________
24. ___________________________
25. ___________________________
26. ___________________________
27. ___________________________
28. ___________________________
29. ___________________________
30. ___________________________
Durante os próximos dias, repasse várias
vezes esta relação. Assim você a terámemorizado
para sempre. Faça também exercícios com outras
relações de 20 ou 30 objetos.
Pratique sempre.
Pratique diariamente.
5ª ETAPA
COMO MEMORIZAR DISCURSOS,
ARTIGOS, ROTEIROS, TEXTOS, ETC.
Deus, concedei-me: Serenidade, para
aceitar as coisas que não posso mudar;Valor, para
mudar as coisas que posso mudar; e, sabedoria,
para reconhecer a diferença entre ambas.
Nas etapas anteriores, você ficou sabendo
em que se apóiam as idéias e os sistemas
mnemônicos de ligação e fixação, que são duas
das três técnicas nas quais está baseada a
MEMÓRIA TREINADA. A terceira é o método de
substituir palavras ou pensamentos, que será
mostrado nas próximas etapas.
Procure aplicar o que aprendeu até aqui,
nas coisas do seu dia-a-dia. tarefas a realizar,
compras a fazer, roteiros a executar.
SISTEMA DE LIGAÇÃO E FIXAÇÃO
O aspecto espetacular do sistema de
ligação é que você pode deletar relações de objetos
– ou de qualquer coisa – sempre que desejar. Na
verdade, ao memorizar uma segunda lista, a
primeira desaparece de sua mente. Mas você pode,
também, reter quantas listas quiser ou necessitar. A
mente é um arquivo fantástico. Se quiser memorizar
um alista de itens que deve ser retida por muito
tempo, pode faze-lo. Se quiser esquece-la, também
pode. Fica à sua vontade.
Para reter uma lista a ser usada no futuro,
basta repassá-la na mente, um dia depois de
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memorizá-la, e repetir esse procedimento por mais
alguns dias. Então, essa lista estará arquivada em
sua mente, à sua disposição, sempre que precisar
dela.
A principal diferença entre os sistemas de
LIGAÇÃO e FIXAÇÃO é que utilizamos o primeiro
para memorizar qualquer lista ou relação em
sequência, do primeiro ao último. O segundo é
usado para memorizar coisas, em sequência ou
fora dela.
Quem pensa que não necessita lembrar
nada fora de ordem, está enganado. O sistema de
fixação vai ser de suma importância para ajudá-lo a
lembrar de datas, números de muitos dígitos, em
qualquer circunstância.
EXERCÍCIO UM (Sistema de Ligação)
Vamos ver, por exemplo, como guardar na
memória, uma relação de coisas que precisam ser
feitas durante o dia.
Memorize as seguintes tarefas:
1 Lavar o carro
2 Depositar dinheiro no banco
3 Pôr uma carta no correio
4 Ir ao dentista
5 Pegar o guarda-chuva, esquecido na
casa de um amigo
6 Comprar perfume para a esposa
7 Localizar o técnico para consertar sua
TV
8 Comprar, numa loja de ferragens: uma
lâmpada, um martelo, um quadro, um fio de
extensão e uma tabua de passar roupas
9 Mandar consertar seu relógio
10 Comprar uma dúzia de ovos
Você vai usar tanto o sistema de ligação
como o de fixação, para memorizar esta lista de
tarefas.
Adotando o sistema de ligação, vamos criar
uma associação ridícula, ilógica ou absurda entre a
1ª e a 2ª tarefa, depois entre a 2ª e a 3ª, e assim por
diante. Vamos ajudá-lo nas primeiras associações.
Depois use sua própria imaginação. Valha-se de sua
tela lista de tarefas.
1 Imagine-se estacionando o carro, todo
ensaboado, em frente ao banco. (Você fez a ligação
entre lavar o carro e ir ao banco).
2 Mentalize-se depositando cartas, no
banco, ao invés de dinheiro. (Foi feita a ligação entre
banco, e correio).
3 Crie uma imagem de seu dentista
usando uma carta em sua boca, ao invés dabroca.
(Correio e dentista).
4 Mentalize seu dentista com uma carta
numa das mãos e segurando um guarda-chuva
aberto, na outra. (Dentista e guarda-chuva)
5 Imagine diversos vidros de perfume,
pendurados no guarda-chuva aberto. (Guarda-chuva
e perfume).
6 Agora mentalize um técnico de TV, todo
sujo e se perfumando, enquanto trabalha. (Perfume
e técnico de TV)
Use sua imaginação para associar os
próximos itens e formar, na mente, a imagem de
cada associação.
Associe técnico de TV a loja de ferragens.
Loja de ferragens a lâmpada.
Lâmpada a martelo. Martelo a quadro.
Quadro a fio de extensão.
Fio de extensão a tábua de passar roupas.
Tábua de passar roupas a relógio.
Relógio a ovos.
Se conseguiu ver as imagens ridículas e
ilógicas em sua mente, conseguirá facilmente
escrever a relação de tarefas.Faça isso agora.
Desligue o som.
* * * * *
Se teve alguma dificuldade para lembrar de
algum item, foi porque não mentalizou corretamente.
Portanto, volte a faze-lo.
Agora, ligue o som e continue
acompanhando o texto.
* * * * *
EXERCÍCIO DOIS (Sistema de fixação)
Vamos fazer o mesmo exercício, só que
agora, usando o sistema de fixação. Você terá 10
segundos de tempo entre um item e outro. Está
pronto? Comece.
1 – TEIA – Lavar o carro.
2 – NOÉ – Depositar dinheiro no banco
3 – MÃE – Carta no correio.
4 – CÃO – Ir ao dentista.
5 – LUA – Apanhar o guarda-chuva.
6 – ASA – Comprar perfume.
7 – FIO – Localizar o técnico de TV.
8 – ÁGUA – Loja de ferragens. Além de
associar água a loja de ferragens, faça ligação – à
parte – entre os 5 itens que deseja comprar.
9 – PIÃO – Mandar consertar o relógio.
10 – TOURO – Comprar ovos.
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Preencha cada linha numerada, com a
tarefa correspondente. Faça isso agora. Desligue o
som.
* * * * *
7-
5-
9-
4-
2-
3-
1-
8-
6-
10-
Quando chegar ao fim da leitura do
discurso, terá uma lista de palavras- chave, para
auxiliá-lo a recordar cada tópico que vai falar. Basta
então que use o sistema de ligação, para que
memorize a lista de palavras-chave, na sequência
certa. Quando se tratar de parágrafo longo, escolha
duas ou três palavras-chave.
Você poderá ser convidado, por exemplo, a
falar em uma reunião de pais e mestres na escola
de seu filho. Uma vez elaborado o discurso, sua lista
de palavras-chave poderá ser assim:
Excesso de alunos Professores Segurança
Mobília Matérias Lazer
Agradecimentos
Você sabe que deve iniciar o discurso
falando sobre o excesso de alunos em sua sala de
aula. Depois falará sobre as dificuldades dos
professores, etc. Em seguida exporá suas idéias
sobre segurança, que deverá servir de gancho para
que discorra sobre a mobília e outros equipamentos.
Na sequência, falará sobre as matérias
ensinadas, abordando também o tema ligado a
lazer, recreação, esportes, etc. Finalizará
agradecendo aos professores, pela boa vontade e
dedicação aos alunos durante o ano letivo.
Ao fazer a ligação mnemônica entre
excesso de alunos e professores, professores e
segurança, etc., o discurso fluirá, pensamento por
pensamento, até o final. À medida em que treinar
essa técnica, o numero de palavras-chave será cada
vez menor e – o que é mais importante – você
demonstrará, sempre, firmeza e segurança, ao falar,
porque sabe que tem, na cabeça, a sequência toda
do discurso.
Cuidando apenas do encadeamento das
idéias, as palavras cuidarão de si mesmas. Isso quer
dizer que você pode memorizar um discurso, ou
qualquer texto, ordenando as idéias sobre o
principal, pois os detalhes se encaixarão sozinhos.
APLICAÇÃO DA TÉCNICA
Você pode aplicar essa técnica a qualquer
assunto que for ler, se assim o desejar. Primeiro,
leia o artigo todo, para entender os principais
pensamentos e o que o autor quis dizer.
Antes de prosseguir, você deve preparar
varias listas de tarefas e exercitar, para memoriza-
las nos dois sistemas.
Após fazer os exercícios, volte a ligar o som
e siga o texto.
* * * * *
MEMORIZAÇÃO DE DISCURSOS OU
TEXTOS
O orador anunciado subiu ao palco,
aproximou-se timidamente do microfone e gaguejou:
- Meus a-a-migos, qu-quan-do Che-che-guei a-a-qui,
es-es-ta no- noite, só De-Deus e eu sa-sabí-amos o
q-que eu ia di-dizer. Ago-gora,... só
De-Deus sa-sabe.
Não é raro alguém esquecer o discurso que
vai pronunciar, ao se postar diante de uma platéia.
Muitos oradores hesitam, como se não tivessem
certeza do que vão falar. O motivo é que, apesar de
conhecerem o assunto, de se prepararem, muitos
esquecem uma parte ou outra do discurso.
LIGAÇÃO MNEMÔNICA
Decorar um discurso, palavra por palavra,
não é seguro, pois se esquecer uma só palavra,
poderá perder a sequência e se descontrolar. Neste
caso, talvez você imagine que seria melhor ler o
discurso todo. Entretanto, a leitura prolongada torna
a fala monótona e cria uma atmosfera de tédio, na
platéia. Além disso, cria o perigo de esconder-se do
auditório, por detrás das folhas que está lendo. Se
houver um microfone, a tarefa será ainda mais
difícil. Não é só isso. O ato de segurar as folhas de
papel faz o orador perder a naturalidade e a
liberdade para gesticular. Imagine, então, o vexame,
se ele deixar uma folha cair!
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Usando o sistema de ligação mnemônica,
você conseguirá memorizar facilmente o discurso ou
qualquer que seja o texto.
Toda fala em publico apresenta uma
sequência de idéias. Para assimilar comsegurança
essas idéias, ensaie o discurso que vai pronunciar.
Depois, pegue uma folha de papel e selecione as
idéias ou os tópicos de cada pensamento. Resuma
o primeiro deles eu uma ou duas frases. Selecione
uma palavra-chave que possa trazer-lhe à memória
todo o pensamento. Á mais fácil do que você
imagina. Em cada pensamento, existe uma palavra
ou expressão que o levara a formar aquela idéia
como um todo. Essa será sua palavra-chave.
Depois, escolha uma palavra-chave para
cada pensamento. Faça a ligação mnemônica entre
elas e terá memorizado todo o artigo. Aí, bastará
reler o texto algumas vezes para que os detalhes se
ajustem na memória.
A mesma técnica de palavras-chave pode
se usada para memorizar roteiros, letras de musica,
peças de teatro, poemas, etc.
É importante estar atento para um ponto. Se
deseja memorizar um artigo ou discurso, deve reler
o texto várias vezes, após fazer a ligação das
palavras-chave. Tendo o principal ordenado na
memória, os detalhes se ajustarão sozinhos.
Alem de ajudá-lo a memorizar piadas, em
sequência, ou estórias engraçadas ou curiosas,
essa técnica pode também ser usada para
memorizar, por exemplo, todos os artigos de uma
revista ilustrada, página por página. É só usar o
sistema de fixação e, em alguns casos, os dois
sistemas, ao mesmo tempo:
ligação e fixação. Por exemplo; se, na
primeira pagina de uma revista houver
a foto de um aeroplano, basta associar TEIA
a aeroplano. Se na página dois há um anúncio de
tinta, basta associar NOÉ a tinta, e assim por
diante. Examinando por duas ou três vezes, a
revista e as associações, você memoriza os títulos
de cada pagina.
Mais ainda. Você será capaz de dizer em
que ponto – na página – encontra-se aquele
assunto. Basta usar a técnica de empilhamento. É
assim: localize em que ponto da página se encontra
cada tópico ou ilustração e faça uma pilha deles em
sua tela mental. Lembre-se de que, como nos
demais sistemas, tem os assuntos destampados em
colunas. Então, pegue o assunto ou ilustração que
estiver ao pé da 1ª coluna da esquerda e faça dele
uma imagem grotesca. Apoiada – equilibrando-se
ridiculamente sobre essa cena – coloque a imagem
do tema ou gravura que estiver logo acima. Siga
assim, até o topo da coluna da esquerda. Inicie o
mesmo processo com a coluna imediatamente à
direita. Depois, faça o mesmo com a seguinte até a
ultima da direita. Dessa forma, você terá a página
toda grotescamente ilustrada e, portanto, fácil de ser
visualizada em sua tela mental.
Usando o sistema de palavras-chave para
números, coloque no topo e a direita. A palavra-
chave correspondente ao número daquela página.
Por exemplo: se for a página 22, coloque um nenê
chorando e esperneando com medo de cair.
Lembre-se de que esse nenê precisa ser
extremamente ridículo.
Todos esses são métodos auxiliares de
memória. A maiorparte do trabalho é realizada pela
memória real ou normal.
Agora você vai fazer um exercício de
memorização para textos, artigos ou discursos. O
tema escolhido é: Sermão das Sete Palavras,
poemeto da autoria do professor Fernandes Soares.
O primeiro passo será, usar a ligação
mnemônica para ligar as palavras entre si, em
sequência. Uma vez memorizado esse segmento de
palavras-chave, releia o texto por duas ou três
vezes. Quando se sentir seguro, procure reescreve-
lo integralmente. Queremos relembrar que você
deve memorizar apenas o principal ou as palavras-
chave, deixando que sua própria mente se
encarregue de encaixar os detalhes ou as palavras.
Agora, leia o texto abaixo e faça o exercício,
usando também a técnica explicada na etapa
anterior, para memorizar o número da página onde
está impresso o texto.
Depois, anote os resultados. Procure
guardar também o nome do autor do texto que vai
memorizar.
SERMÃO DAS SETE PALAVRAS
Jesus agonizando no Calvário, disse
aquelas palavras imortais:
- PAI, PERDOAI-LHES, PORQUE NÃO
SABEM O QUE FAZEM. As primeiras palavras de
perdão. Depois, ao pecador arrependido:
- HOJE MESMO ESTARÁS COMIGO NO
PARAÍSO. E a terceira palavra à Mãe Santíssima:
- MULHER, EIS AÍ TEU FILHO.
Na quarta vez, um brado veemente de
homem sofredor:
- TENHO SEDE!
E a quinta foi um grito inexplicado:
- MEU DEUS, MEU DEUS! POR QUE ME
DESAMPARASTE? Na sexta vez, despede-se do
mundo:
- TUDO ESTÁ CONSUMADO.
Já chegava ao final sua agonia, agonia de
Deus que se fez homem, quando se ouviu a sétima
palavra:
- PAI, MINHA ALMA ENCOMENDO EM
TUAS MÃOS.
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Disse-as e, tom enérgico e vibrante, em voz
alta, cabeça erguida ao céu, numa atitude grave e
majestosa, transformando aquela hora de tristeza
em salvação da Terra que criou, num momento de
amor e onipotência.
* * * * *
EXERCÍCIO
São catorze os parágrafos. Você poderá
escolher catorze palavras-chave ou mais. Use
quantas julgar necessário. Com a repetição de
exercícios como este, você vai acabar descobrindo
que, geralmente, uma palavra-chave será suficiente.
As palavras-chave são:
Agonizando – perdoai-lhe – arrependido –
Mãe – Filho – sofredor – sede – grito –
Desamparaste – despede-se – consumado – agonia
– encomendo – majestosa – salvação – onipotência.
Como o ultimo parágrafo é bastante longo,
selecionamos, para ele, três palavras- chave. Faça a
ligação mnemônica associando uma palavra à outra,
em sequência. Depois transcreva as palavras-
chave, na linha abaixo.
Agora releia o texto por 3 ou 4 vezes,
procurando reter o que cada palavra-chave lembra,
em cada parágrafo.
Reescreva o texto nas linhas abaixo. Para
facilitar, comece cada parágrafo com a palavra-
chave.
1º parágrafo –
Agonizando
2º parágrafo – perdoai-lhes
3º parágrafo4º parágrafo
5º parágrafo
6º parágrafo
7º parágrafo
8º parágrafo
9º parágrafo
10º parágrafo
11º parágrafo
12º parágrafo
13º parágrafo14º parágrafo
À medida em que for praticando os sistemas
mostrados até aqui, você descobrirá que sua
memória real está ficando cada vez mais forte e
eficiente. Selecione outros textos ou artigos,
orientando-se pelo exemplo dado. Caso encontre
dificuldade, escolha, a princípio, duas ou três
palavras-chave para cada parágrafo. Quando se
tratar de
assunto técnico, que não precise lembrar
palavra por palavra, faça primeiro um resumo, do
assunto. Depois selecione as palavras-chave do
resumo que fez, para liga- las, e elas o ajudarão a
lembrar-se de todo o resumo.
6ª ETAPA
COMO MEMORIZAR DATAS
Palavras de Fixação (31 a 60)
Você vai iniciar esta 6ª etapa memorizando
as palavras de fixação, de 31 a 60. Se julgar
necessário, repita esta lista por diversas vezes.
Depois repasse mentalmente toda a lista, de 1 a 60,
durante os próximos dias, para que as tenha para
sempre na memória.
Está pronto? Preste atenção:
31 – MATO 41 – COIOTE 51 – LATA
32 – MINA 42 – CANO 52 – LONA
33 – MOMO 43 – CAMA 53 – LAMA
34 – MICO 44 – COCO 54 – LOUCO
35 – MALA 45 – CELA 55 – LULA
36 – MESA 46 – CASA 56 – LIXA
37 – MOFO 47 – COIFA 57 – LUVA
38 – MAGO 48 – CEGO 58 – LAGO
39 – MAPA 49 – COPO 59 – LOBO
40 – COURO 50 – LOURO 60 – SIRI
EXERCÍCIO UM
Agora, enquanto forem sendo ditos
pausadamente os números, de 31 a 60, escreva as
palavras de fixação correspondentes. Se quiser
estudá-las melhor, desligue o som para fazer isso,
voltando a ligá-lo quando se julgar preparado.
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* * * * *
31 - 41 - 51 -
32 - 42 - 52 -
33 - 43 - 53 -
34 - 44 - 54 -
35 - 45 - 55 -
36 - 46 - 56 -
37 - 47 - 57 -
38 - 48 - 58 -
39 - 49 - 59 -
40 - 50 - 60 -
Antes de seguir adiante, é fundamental que
já tenha memorizado todas as palavras de fixação,
de 1 a 60. Você precisa tê-las na ponta da língua
pois, daqui por diante, elas serão solicitadas para a
maioria dos exercícios que iremos fazer.
MEMORIZAÇÃO DE DATAS
Você é capaz de dizer em que dia da
semana cairá qualquer data deste ano, ou do
próximo? É provável que não, a não ser que
consulte o calendário. A partir de agora você estará
apto a tê-las na ponta da língua e sem qualquer
esforço, sempre que quiser.
Para realizar essa proeza, você deve
conscientizar-se de duas coisas, além do dia, mês e
ano. Tão logo as memorize, poderá gabar-sede
saber, de memória, todo o calendário, pelo menos
até o ano 2100.
Antes de entrarmos nos detalhes da técnica,
vamos explicar o método para que você
compreenda com mais facilidade.
Suponhamos que você queira saber que dia
da semana foi 27 de dezembro de 1987. A
chave para esse ano é 3, e a chave para o
mês de dezembro é 6. Você deve somar 27
– que é o dia do mês – com 3 – que é a
chave do ano – mais 6 – que é a chave do mês de
dezembro. Vai obter um total de 36. Deve ainda tirar
todos os setes que cabem no número 36, isto é,
vai dividir por 7, e ficar com a sobra.
Recapitulando: 36 dividido por 7 é igual a 5,
sobrando 1. o dia 27 de dezembro de
1987 foi domingo, pois a tabela que será
mostrada adiante, o número 1 simboliza o domingo;
2, é segunda feira; 3, é terça; 4... quarta; 5... quinta;
6... sexta e zero... sábado.
Note que não é complicado pois, na
verdade, nunca terá que somar números maiores
que 7, bastando, para isso, ir removendo todos os
setes de qualquer número, sempre que possível.
Se o dia for 7, 14, 21 ou 28, reduza
imediatamente para zero, somando apenas as
chaves do mês e do ano.
Ao somar a chave de um mês que seja 5, ao
de um ano que seja 3, reduza para 1, pois 5+3 é
igual a 8, do qual, subtraindo-se sete, sobra um.
Como ficou visto, você precisa saber duas
coisas – alem da data – para achar o dia da
semana. Essas duas coisas são a chave de cada
mês e a chave de cada ano.
Agora você vai receber as chaves para cada
mês do ano, e um auxiliar de memória, para ajudá-
lo a lembrar-se de cada uma delas. Antes – para
que você as memorize para sempre – vamos repetir
a técnica mostrada.
CHAVES PARA OS ANOS 1901 A 2000
Exemplo: 1965
Primeiro dividimos os dois últimos dígitos do
ano (65), para achar os sete dias da semana. Em
seguida, dividimos os mesmos dígitos por 4, para
achar os anos que são bissextos. Como já sabemos,
a cada quatro anos, um é bissexto. Veja a operação.
6 5 7 (dias da semana)
6 5 4 (anos bissextos)
2 9
2 5 1 6
1
Na primeira operação (65÷7), só nos
interessa o resto, o que sobrou, na divisão, pois são
esses os números usados para construir a chave de
qualquer ano. Na operação seguinte (65÷4) só nos
interessa o quociente, o resultado da divisão - no
caso, o número 16 – desprezando-se o resto, depois
de verificar que, se não tiver sobrado resto, aquele
ano é bissexto.
Temos então:
1 Na divisão por 7, sobraram “2”
2 Na divisão por 4, o resultado foi “16”
3 Somando-se 2 com 16, temos 18
4 Subtraímos todos os múltiplos de 7 = 14
5 Subtraindo-se 14, de 18, temos 4
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Dessa operação encontra-se a chave de
1965, que á 4.
Considerando-se a informação dada
anteriormente, de que todos os múltiplos de 7 são
iguais a zero, você tem o esquema – as chaves –
para descobrir em que dia da semana cai cada dia
do mês, até o ano 2000.
CHAVE PARA OS ANOS 2001 A 2100
A técnica é a mesma usada no exemplo
anterior, com a diferença de que vamos subtrair um
digito.
Exemplo: 2065
6 5 7 6 5 4
2 9 2 5 6
1
A sobra foi “2” o resultado foi “16” Então
temos:
2 + 16 = 18
18 – 14 = 4 (múltiplos de 7)
4 – 1 = 3 (subtração de um dígito, a partir de
2001)
Após essa equação, temos a chave para o
ano 2065, que é 3.
ATENÇÃO: Sempre que o ano for bissexto,
subtrai-se um dígito, apenas para os meses de
janeiro e fevereiro.
CHAVES PARA OS MESES
Agora vamos às chaves.
JANEIRO é 1 por que é o primeiro mês do
ano.
FEVEREIRO é 4, por que é o mês de
carnaval, e carnaval é festejado em 4 dias. MARÇO
é 4, por que também é mês de carnaval, que
acontece em 4 dias.
ABRIL é zero, porque é o mês de Tiradentes
e, tirando todos os dentes, sobram Zero
dentes.MAIO é 2, porque é o mês dos noivos e são
necessários 2 para se casar. JUNHO é 5, porque é o
mês das Festas Juninas e Festas Juninas tem 5
sílabas. JULHO é Zero, porque é o mês de férias,
portanto tem Zero aulas.
AGOSTO é 3, porque dizem ser o mês do
desgosto e desgosto tem 3 sílabas. SETEMBRO é
6, porque começa com SE, de Seis.
OUTUBRO é 1, por que o mês é 10 e,
tirando o zero, fica 1.
NOVEMBRO é 4, porque NOVEMBRO é o
mês da República e República tem 4 sílabas.
DEZEMBRO é 6, porque é igual a setembro,
que também é 6.
Desligue o som e estude as chaves para os
doze meses, até tê-las memorizado. Depois volte a
ligá-lo para fazermos alguns exercícios. Faça isso
agora.
* * * * *
EXERCÍCIO UM
Já memorizou todas as chaves? Vamos
verificar. Enquanto eu cito pausadamente os meses,
vá escrevendo ao lado, a chave de cada um. Está
pronto? Comece.
JANEIRO
FEVEREIRO
MARÇO
ABRIL
MAIO
JUNHO
JULHO
AGOSTO
SETEMBRO
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
Se encontrou alguma dificuldade, estude
novamente a relação das chaves: uma para os anos
1900 a 2000, e a outra para os anos 2001 a 2100.
Em ambas as listas, todos os anos que têm o
número UM como chave estão listados juntos, o
mesmo acontecendo com os que têm o número
DOIS e assim por diante. Se preferir, faça uma
LISTA DE FIXAÇÃO, para memoriza-los. Associe as
palavras de fixação apenas para os dois últimos
dígitos de cada ano. Caso não queira memorizar a
lista toda, procure guarder as chaves para o ano em
curso, o anterior e o próximo.
Desligue o som, para fazer calmamente o
exercício de memorização. Depois volte a liga-lo e
retome o texto impresso. Faça isso agora.
TABELA PARA 1900 A 2000
ZERO 1 2 3 4 5 6
1900 1901 1902 1903 1909 1904 1905
1906 1907 1913 1908 1915 1910 1911
1917 1912 1919 1914 1920 1921 1916
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1923 1918 1924 1925 1926 1927 1922
1928 1929 1930 1931 1937 1932 1933
1934 1935 1941 1936 1943 1938 1939
1945 1940 1947 1942 1948 1949 1944
1951 1946 1952 1953 1954 1955 1950
1956 1957 1958 1959 1965 1960 1961
1962 1963 1969 1964 1971 1966 1967
1973 1968 1975 1970 1976 1977 1972
1979 1974 1980 1981 1982 1983 1978
1984 1985 1986 1987 1993 1988 1989
1990 1991 1997 1992 1999 1994 1995
1996 1998 2000
(volte a ligar o som)
* * * * *
Essas são as chaves até o ano 2000, exceto
para os meses de janeiro e fevereiro de ano
bissexto. Nesses casos – e somente para os meses
de janeiro e fevereiro – diminua um dia do seu
cálculo final. Descobre-se que um ano é bissexto,
dividindo os dois últimos dígitos por quatro. Se a
divisão for exata, sem sobras, o ano será bissexto.
Nenhum ano com final ímpar é bissexto.
Veja como é fácil, quando devidamente
memorizadas as chaves e a lista de fixação. Que dia
da semana foi 15 de fevereiro de 1988? Considere
que 1988 foi ano bissexto.
Vamos calcular juntos? Tirando todos os
setes de 15, sobra 1. Em seguida: 1 + 4 + 5 é igual a
10. tirando 7, ficam 3 e, diminuindo 1 – por ser
bissexto – sobram 2. Dia 15 de fevereiro de 1988 foi
segunda-feira.
EXERCÍCIO DOIS
Execute agora os 10 exercícios para cada
um dos anos, de 1988, 1989 e 1990. As chaves são:
1988-5, 1989-6 e 1990-0.
Faça isso agora.
Desligue o som.
* * * * *
03-05-88
14-02-88
20-03-88
22-02-88
30-04-88
22-12-88
01-11-88
07-09-8819-08-88
14-10-88
10-01-89
15-03-89
30-03-89
10-08-89
22-10-89
09-11-89
18-07-89
06-04-89
01-06-89
30-01-90
27-03-90
15-06-90
10-02-90
18-07-90
01-10-90
07-07-90
05-09-90
19-11-90
20-12-90
(se encontrou alguma dificuldade no
exercício, refaça esta etapa. Caso contrario, ligue o
som e volte a acompanhar o texto.)
* * * * *
CHAVES PARA OS ANOS 2001 A 2100
Só foram dadas, até este ponto, fórmulas e
chaves para o século 20. Vamos agora mostrar as
técnicas para o século 21. Na verdade os princípios
são os mesmos, com pequenas mudanças. Por
exemplo: você vai continuar subtraindo um dígito
para os meses e janeiro e fevereiro – e só para eles,
quando o ano for bissexto – também a partir de
2001. Porém, além disso, vai retirar mais um dígito
para qualquer dos anos, até 2100. Dessa forma,
para os dois primeiros meses de cada ano, e só
para os 2 primeiros meses, você retirará dois
dígitos.
Veja agora a tabela das chaves de 2001 a
2100. Desligue o som. Faça isso agora.
TABELA PARA 2001 A 2100
* * * * *
ZERO 1 2 3 4 5 6
2001 2002 2003 2009 2004 2005 2006
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2007 2013 2008 2015 2010 2011
2012 2019 2014 2020 2021 2016 2017
2018 2024 2025 2026 2027 2022 2023
2029 2030 2031 2037 2032 2033 2028
2035 2041 2036 2043 2038 2039 2034
2040 2047 2042 2048 2049 2044 2045
2046 2052 2053 2054 2055 2050 2051
2057 2058 2059 2065 2060 2061 2056
2063 2069 2064 2071 2066 2067 2062
2068 2075 2070 2076 2077 2072 2073
2074 2080 2081 2082 2083 2078 2079
2085 2086 2087 2093 2088 2089 2084
2091 2097 2092 2099 2094 2095 2090
2096 2098 2100
(Se já estudou a tabela, volte a ligar o
som.)
* * * * *
Agora você tem as chaves para dois
séculos. Se estudou cuidadosamente as duas
tabelas deve ter notado que, para o século XXI, as
chaves de cada ano retrocederam um número. Se
a chave para 1901 era 1, para 2001 é zero. A de
1902 era 2, a de 2002 é 1, e assim por diante. O
último ano da outra tabela está na chave 6. O
último ano desta tabela está na chave 5. portanto,
se memorizou a tabela do século 20, não terá
dificuldade de trabalhar coma a do século 21.
Vamos agora testar seu progresso na
memorização de datas. Você é capaz de
responder em que dia do mês caiu a 1ª segunda-
feira de dezembro de 1987?
Parece complicado, mas é muito simples.
Basta descobrir em que dia da semana começa o
mês de dezembro, ou seja, dia 1º de dezembro
daquele ano. (1 + 6 + 3 = 10). Tirando-se os setes,
ficam 3. Ora, se o dia 1º de dezembro foi terça-
feira, a primeira segunda-feira caiu no dia 7. Fácil,
não é?
Então vamos a alguns exercícios. Estude a
relação de datas, a seguir, e ache em que dia da
semana elas caem. Escreva a resposta adiante de
cada data. Procure fazer cada exercício em no
máximo 10 segundos. Depois confira, na tabela
das próximas páginas, quantas acertou. Faça um
bom trabalho.
Dia 13-05-1990
Dia 14-08-1988
Dia 20-01-1989
Dia 10-12-1988
Dia 28-03-1989
Dia 14-02-1990
Dia 21-10-2008
Dia 25-04-2004
Dia 04-03-2091
Dia 13-11-2043
Dia 29-07-2032
Dia 30-06-2098
Dia 25-01-2100
(Para conferir, consulte a tabela, adiante)
TABELA PARA CONSULTA (Como usa-
lá)
Para encontrar o dia da semana
correspondente à data desejada procura, na
TABELA “A” os dois últimos dígitos do ano em
questão. Fique atento para não confundir, pois o s
algarismos referentes aos anos do século XX se
repetem no século XXI. Os anos de 1901 e 2001
ambos terminam com os dígitos 01, e assim
sucessivamente.
Uma vez localizado o ano (e o século),
corra pela linha horizontal até o mês de referência,
na TABELA “B”. Aí você encontrará um número-
chave. Some esse número ao dia do mës que você
procura. Com esse número ao dia do mês que
você procura. Com esse resultado, localize, na
TABELA “C”, o dia da semana correspondente.
Exemplo
Suponha que a data a ser consultada seja:
4 de março de 2006.
6 procure o número 06, na TABELA “A”
(Cuidado para não errar o século).
7 Siga a linha horizontal até a TABELA
“B”, na coluna correspondente ao mês de março
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.
8 Some o número encontrado (3), com o dia do mês (4) obtendo... 3 + 4 = 79 Com esse resultado
(7), localize, na TABELA “C”, o número 7, e encontrará o dia da semana: SÁBADO.
. z
· o
· n
· t
· a
TABELA “C” – DIAS DA
SEMANA
Domingo 1 8 15 22 29 36
Segunda-
feira
2 9 16 23 30 37
Terça-feira 3 1
0
17 24 31
Quarta-feira 4 1
1
18 25 32
Quinta-feira 5 1
2
19 26 33
Sexta-feira 6 1
3
20 27 34
Sábado 7 1
4
21 28 35
7ª ETAPA
COMO MEMORIZAR NÚMEROS DE
MUITOS DÍGITOS
“A memória está sempre presente, pronta e
ansiosa para ajudar-se pelo menos se lhe
pedíssemos para fazer isso com mais frequência.”
Roger Broille
Vamos começar esta etapa fazendo uma
brincadeira com você. Suponha que estivesse
completamente só, numa ilha, trajando apenas shorts
e sem possibilidade de voltar à civilização pelas
próximas vinte e quatro horas. Nessas condições,
aparece à sua frente um anjo e anuncia que, graças à
sua firmeza de caráter e retidão de conduta, os céus
houveram por bem dar-lhe a oportunidade de ser
premiado com uma grande soma de dinheiro. Para
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isso, ele – anjo – está ali com a incumbência de lhe
dar antecipadamente a relação dos números que
sairão premiados no próximo sorteio da mega-sena.
As seis dezenas – doze dígitos – são enunciadas
pelo anjo, que desaparece em seguida.
Você não tem como anotar graficamente os
números. Se escreve-los na areia da praia, as
ondas irão apagar. Mesmo que faça isso além da
faixa de arrebentação, o vento forte que sopra,
apagaria a escrita, em poucos minutos.
Você inda retém os números, na cabeça,
mas... por quanto tempo? Só há uma saída: grava-
los profundamente na memória. Mas... sua memória
é fraca... você não consegue guardar nem um
simples número de telefone, quanto mais a
sequência da mega-sena!
A idéia de que, se esquecer um só
algarismo, tudo estará perdido, começa a deixa-lo
em pânico. O medode esquece-los põe você
desesperado. Quanto mais os repete mentalmente,
mais apavorado fica e, quanto mais se apavora,
sabe que maiores serão as chances de não se
lembrar deles, pois tem consciência de que... nós
atraímos o que tememos com muita intensidade e
afastamos o que desejamos com sofreguidão.
Que fazer, então?
Melhor será acordar desse sonho, pois ele
está virando pesadelo.
Mas, voltando à realidade: nada disso
precisa acontecer se você for possuidor de alguma
técnica ou sistema que lhe permita reter qualquer
número, na memória, pelo tempo que quiser e por
maior que seja.
Pode considerar-se felizardo, pois é essa
técnica que você vai conhecer agora. Dissemos, no
início deste treinamento, que não há memória fraca;
o que existe é memória destreinada. De acordo com
testes de Q.I. (quociente de inteligência),
qualquer pessoa adulta deve lembrar-se de
um número de 6 dígitos, de frente para trás e de
trás para frente, depois de vê-lo ou ouvi-lo uma
única vez. Já o adulto com inteligência superior fará
o mesmo com um número de 8 dígitos. Que
classificação será dada a você, quando se mostrar
capaz de fazer isso com números de 12, 15 ou 20
dígitos?
Você é capaz de memorizar este número,
em dez segundos?
5 2 1 6 4 0 6 3 8 5 2
O sistema para memorizar números com muitos
dígitos combina o método de FIXAÇÃO com o de
LIGAÇÃO. Antes de demonstrarmos o uso dessa
técnica, é necessário que memorize as palavras de
fixação para os números de 61 a 100.
Fique atento.
61 – SETA
62 – SINO 72 – FONE 82 – GINA 92 –
PENA
63 – SUMO 73 – FUMO 83 – GEMA 93 –
64 – SACO 74 – FACA 84 – GAÚCHO 94 –
65 – SALA 75 – FILA 85 – GALO 95 – PELÉ
66 – XUXA 76 – FOSSO 86 – GESSO 96 –
PEIXE
67 – SOFÁ 77 – FAFÁ 87 – GAFE 97 – BIFE
68 –
SAGUÃO
78 – FOGO 88 – GOGÓ 98 –
PAGÃO
69 – SAPO 79 – FUBÁ 89 – GIBI 99 –
PAPA
70 – FEIRA 80 – GAROA 90 – PÊRA 100 –
TERRA
Se já consegue contar de 1 a 100 com as
palavras de fixação, está preparado para memorizar
números de muitos dígitos.
Se ainda não é capaz de repeti-los facilmente
desligue o som e vá estuda-los, até se julgar capaz
de dize-los em qualquer sequência.
EXERCÍCIO UM
Acreditando que já tenha os números na
memória, vamos começar com o mesmo exercício
dado no início desta etapa, isto é:
5 2 1 6 4 0 6 3 6 5 2 6
Primeiramente vamos subdividir o número em
grupos de dois dígitos.
52 – 16 – 40 – 63 – 65 – 26
Cada um dos números, decomposto,
representa uma palavra de fixação, conforme se
segue:
LONA TAÇA COURO SUMO SALA NOZ
52 16 40 63 65 26
Agora você via usar o sistema de LIGAÇÃO,
para associar essas palavras, umas às outras. Com o
conhecimento já adquirido nessa técnica, procure
fazer essa ligação em apenas 15 a 20 segundos.
Transcreva a frase que criou por associação. Em
seguida, transforme as palavras de fixação nos
números dados neste exemplo e escreva-os.
Está pronto? Comece.
Frase
Número
E então? Não foi fácil? Você ligou seis
objetos para memorizar doze dígitos e irá retê- los por
quanto tempo desejar.
Percebeu que apenas auxiliou sua MEMÓRIA
REAL? Tudo o que quiser memorizar precisa estar
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ligado a algo que você já conheça. Isso deixa claro
que quanto mais efetivamente você tiver na mente
as PALAVRAS DE FIXAÇÃO, mais via perceber o
quanto elas lhe podem ser valiosas.
Que tal exercitar agora com números de
doze dígitos, com apenas quatro palavras de
fixação? Usando a sua imaginação, forme palavras
que contenham três dígitos, e ligue-as. Vamos
exemplificar usando o mesmo número citado
anteriormente.
5 2 1 6 4 0 6 3 6 5 2 6
LUNETA XÍCARA SUMIÇO LONAS
521 640 636 526
Procure memorizar agora, um novo número
de doze dígitos, com apenas três palavras de
fixação.
Está pronto? Comece. (20 segundos)
8 4 2 1 2 4 8 4 2 3 5 7 /
/
* * * * *
Após praticar um pouco mais, e ter na
memória as 100 palavras de fixação, você estará
apto a decompor um número de 20 dígitos em
apenas cinco palavras de três ou quatro sílabas
cada.
Veja este exemplo:
4 2 1 0 9 2 8 3 5 8 0 1 9 6 4 1
9 0 7 1
CANTEIRO
4210
PENUGEM
LAGARTO BISCOITO
9283
5801 9641
PREFEITO
907
1
Se, em seu ramo de atividade, tiver de usar
com frequência números de muitos dígitos, usará a
primeira palavra que lhe brotar na mente, capaz de
se ajustar a cada grupo de dígitos. Não existe regra
fixa. Use qualquer palavra, a critério de sua
imaginação. Para ser eficiente nessa técnica,
exercite sempre. Lembre-se de que mesmo Pelé,
dono de uma técnica fantástica para o futebol,
treinava diariamente.
EXERCÍCIO DOIS
Para começar, faça os exercícios
programados a seguir. Transforme os números em
palavras de fixação, faça a ligação mnemônica
entre as palavras e escreva os números
memorizados.
Faça isso agora.
Desligue o som.
* * * * *
7 2 4 5 8 7 3 2 1 6
3 2 5 4 0 1 3 3 6 9
9 7 6 2 3 5 4 7 7 3 8 6
1 7 3 0 5 5 8 4 8 6 1
5 7 3 1 5 9 8 9 2 2 3 4 6 7 1 0
0 2 5 6 4 7 9 8 5 9 7 1 5 4 3 8 7
8 7 3 1 0 5 3 2 6 9 8 4 3 5 7 9 2 8 3 2
6 3 4 5 9 6 2 4 8 9 3 8 7 0 4 1 1 3 7 1
3 0 5 4 8 7 3 2 1 1 9 0 5 3 8 7 3 2 6 7
(Volte a ligar o som)
* * * * *
Agora, não olhe mais para os números e
procure repetir cada um deles, por escrito.
Se o resultado não foi 100%, treine mais um
pouco, pois você já tem a técnica. Precisa apenas
praticar.
Caso ainda sinta alguma dificuldade em
memorizar as palavras de fixação, estude-as um
pouco mais, na relação completa das 100 palavras
estampadas a seguir.
Vamos lá? Desligue o som para fazer a
memorização.
* * * * *
1 – TEIA
11 – TETA
21 – NATA
31 – MATO
41 –
COIOTE
2 – NOÉ 12 – TINA 22 –
NENÊ
32 – MINA 42 – CANO
3 – MÃE 13 – TIME 23 –
NOME
33 – MOMO 43 – CAMA
4 – CÃO 14 – TOCO 24 –
NUCA
34 – MICO 44 - CÔCO
5 – LUA 15 – TELA 25 – NILO 35 – MALA 45 – CELA
6 – ASA 16 – TAÇA 26 – NOZ 36 – MESA 46 – CASA
7 – FIO 17 – TUFÃO 27 –
NAVIO
37 – MOFO 47 –
COIFA
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8 – ÁGUA 18 – TOGA 28 –
NEGA
38 – MAGO 48 –
CEGO
9 – PIÃO 19 – TUBO 29 –
NABO
39 – MAPA 49 –
COPO
10 –
TOURO
20 – NERO 30 – MAR 40 –
COURO
50 –
LOURO
51 – LATA
52 –
LONA
53 –
LAMA
54 –
LOUCO
55 – LULA
56 – LIXA
57 – LUVA
58 –
LAGO
61 – SETA
62 – SINO
63 – SUMO
64 – SACO
65 – SALA
66 – XUXA
67 – SOFÁ
68 –
SAGUÃO
71 – FITA
72 –
FONE
73 –
FUMO
74 – FACA
75 – FILA
76 –
FOSSO
77 – FAFÁ
78 –
FOGO
81 – GATO
82 – GINA
83 – GEMA
84 –
GAÚCHO
85 – GALO
86 – GESSO
87 – GAFE
88 – GOGÓ
91– PATO
92 – PENA
93 – PUMA
94 – PACA
95 – PELÉ
96 – PEIXE
97 – BIFE
98 –
PAGÃO
59 –
LOBO
69 – SAPO 79 – FUBÁ 89 – GIBI 99 – PAPA
60 – SIRI 70 – FEIRA 80 –
GAROA
90 – PÊRA 100 –
TERRA
(Volte a ligar o som)
* * * * *
Por entender a importância de ter as 100
palavras de fixação na ponta da língua, talvez você
queira estuda-las um pouco mais. Portanto, repasse
toda a lista.
8ª ETAPA
COMO MEMORIZAR VOCÁCULOS DE
LÍNGUA ESTRANGEIRA E INFORMAÇÕES
ABSTRATAS
A sabedoria de homem é proporcional, não à
sua capacidade de adquirir novas experiências.
J. Bernard Shaw
INTRODUÇÃO
Benedict Spinoza, já no século XVIII,
afirmava: Quanto mais inteligível for a coisa, mais
facilmente será retida na memória e, ao contrário,
quanto menos inteligível for, mais facilmente nos
esquecemos dela.
Esta citação resume todo conteúdo deste
programa. Todos os sistemas nele contidos ajudam a
tornar inteligíveis coisas e informações inteligíveis.
Um bom exemplo ~e o sistema de FIXAÇÃO. Os
números em si, geralmente, não fazem sentido. Mas
a aplicação deste sistema permite que eles se tornem
significativos para nós, como foi visto na etapa
anterior.Da mesma forma, palavras de língua
estrangeira nada mais são do que aglomerados de
sons, para qualquer pessoa que não familiariza o
idioma. Por isso são difíceis de ser lembradas.
Você vai saber como memorizar vocábulos
de língua estrangeira, usando o método de
SUBSTITUIR AS PALAVRAS. Esse método também
vai ser empregado para memorizar informações
abstratas ou inteligíveis, coisas que não fazem
sentido, que não podem ser visualizadas mas que,
mesmo assim, é preciso saber.
Procure assimilar corretamente este método,
pois precisará dele par memorizar nomes de pessoas
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e fisionomias, como os que serão apresentados na
próxima etapa.
SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS
O método de substituir palavras é bastante
simples. Ao encontrar um vocábulo que não
signifique nada para você, que seja intangível ou
inteligível, encontre outro vocábulo, expressão ou
pensamento cuja pronúncia tenha a maior
semelhança possível com o termo original. Que seja
tangível e que possa ser memorizado. Qualquer
palavra que não tenha sentido – mesmo que seja de
outro idioma – que precise ser memorizada,
alcançará significado, pelo método de localizar outra
palavra ou pensamento que possa substitui-la.
Ficou confuso? Então vamos a um exemplo:
Logo que foi contratada pela Rede Globo de
Televisão, a jornalista e apresentadora Lillian Witte
Fibe contou, ela própria, ao ser entrevistada
naquela emissora, que seus novos colegas tiveram
dificuldade para guardar seu nome. Sem titubear,
começaram a chamá-la de Lillian Bife Frito. Talvez
nem tenham imaginado que estavam usando o
processo mnemônico de substituição de palavras.
Se você quiser memorizar, por exemplo,
que o rabo de um peixe se chama nadadeira
caudal, ponha em sua tela mental a imagem do
peixe lambuzado com calda de doce. Esta imagem
basta, para lembra-lo de caudal. Você pode ainda
visualizar o peixe com uma longa corda, em lugar
do rabo. Escolha uma dessas imagens, ou qualquer
outra que preferir.
Já, a nadadeira das costas de um peixe é
conhecida como nadadeira dorsal. Dorsal lembra,
doce. Imagine então, um peixe carregando um
pedaço de doce, nas costas, e um recipiente cheio
de calda, no lugar do rabo.
Essa foi a imagem que nós criamos. Você
poderá, talvez, visualiza-la melhor usando as
palavras dor e sal, para estabelecer a associação.
Neste caso, imagine-se ficando com dor de barriga,
por haver comido um peixe muito salgado. Crie
qualquer imagem que possa associada àquilo que
você quer lembrar.
Mais um exemplo: para memorizar o nome
da cantora Tina Turner, imagine uma lavadeira
desastrada carregando uma tina de roupa lavada.
Cada vez que se põe a cantar, gesticula tão
espalhafatosamente que a TINA ENTONA.
Se quiser lembrar do termo plugado
(ligado), veja-se ligando um fardo de feno, na
tomada, enquanto diz: Este é pro gado.
Quando existe harmonia entre a imagem
criada e a palavra a ser lembrada, a associação é
instantânea, ocorre em frações de segundo.
Importante: Você deverá usar sempre o
pensamento ou a imagem que lhe brotar na mente,
quando ouvir qualquer palavra intangível. Isso é
estritamente individual. A palavra substituta que
escolher não precisa ser exatamente o mesmo som
da outra, que está procurando memorizar. Por
exemplo, a palavra pajaro, em espanhol, significa
pássaro e pronuncia-se párraro. Pelo som ela se
assemelha a par e aro. Associe um par de aros, a
pássaro. Mentalize um par de aros voando como um
pássaro. Contanto que preserve a parte principal da
palavra, a memória real encaixará o resto.
PALAVRAS ESTRANGEIRAS
Para memorizar palavras estrangeiras e sem
sentido, para você, associe o significado, em
português, à palavra substituta, ou ao pensamento
substituto que você escolher.
Vamos exercitar a técnica de exemplos
concretos, do sistema. Antes, contudo, saiba que
será mais fácil memorizar, quando você mesmo
escolher a palavra ou a imagem substituta.
VENTANA (janela, em espanhol) Mentalize
uma amiga chamada Ana, com ventas (narinas)
enormes e quadradas, em forma de janelas.
BURRO (manteiga, em italiano) Imagine-se
lambuzado de manteiga em cima de um burro.
FENETRE (janela, em francês) Imagine-se
entrando em uma festa como penetra, por uma
janela.
MADRE (mãe, em espanhol) Mentalize sua
mãe vestida de freira.
CALLE (rua, em espanhol) Mentalize sua rua
pavimentada com calhas. CUCARACHA (barata, em
espanhol) Mentalize uma barata com a cuca
rachada. VASO (copo, em espanhol) Mentalize-se
bebendo em um vaso, em lugar do copo. BALAI
(pronuncie balé – vassoura em francês) Imagine uma
vassoura, como bailarina, no palco dançando balé.
BATON (bengala, ou bastão, em francês)
Mentalize-se usando um enorme batom vermelho,
em lugar da bengala.
PLUMA (caneta, em espanhol) Imagine-se
escrevendo com uma enorme pluma, em lugar da
caneta.
TALLER (pronuncie, talher – oficina, em
espanhol) Mentalize-se trabalhando em uma oficina,
usando talheres em vez de ferramentas.
EXERCICIO UM
Agora escreva o significado de cada palavra,
em seu manual. Vai notar que não precisa pensar
muito. Sal mente responde de imediato. Você tem 1
minuto para fazer isso.
Está pronto? Comece.
VENTANA
FENETRE
CALLE
BURRO
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TALLER
VASO
BALAI
BATON
PLUMA
CUCARACHA
Foi fácil, ou sentiu alguma dificuldade?
Você sabe que a memória está intimamente ligada
a ATENÇÃO, OBSERVAÇÃO, ASSOCIAÇÃO e,
principalmente, a treinamento. Portanto, se teve
alguma dificuldade no exercício é porque não
mentalizou corretamente as imagens, ou seja: faltou
treinamento. Se for esse o caso, treine mais. Não
passe adiante enquanto não se sentir totalmente
seguro.
* * * * *
Além de idiomas, você poderá aplicar este
método a qualquer matéria quede seu
quarto em um imenso painel, colocando trechos e
fórmulas das disciplinas para memorizar. O contato
diário com essa nova decoração irá ajudá-lo a fixar
a matéria e espantar o fantasma do "não consigo
decorar". Use durex, cola, o que for preciso.
35. ENCONTRE SUA MANEIRA DE
RELAXAR
Cada um possui uma maneira própria de
relaxar. Evitr exercícios físicos pesados ou
atividades que possam deixá-lo exausto. Dê
preferência a atividades leves, como caminhadas,
que ajudam a oxigenar melhor o cérebro. Chegando
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em casa, tome um com banho, vista uma roupa
leve, procure seu ninho e... Bom estudo!
36. NUNCA É SUFICIENTE
Nunca pense que já estudou o bastante.
Assim, estude mais e mais. Se o seu concorrente
disser que só estuda duas horas por dia fique feliz:
ele não é seu concorrente! Pode ter certeza que
aqueles que estão se preparando seriamente
estudam de quatro a oito horas por dia. Interesse-se
pelos assuntos, queira saber sempre mais. Você só
descobrirá se sua preparação foi suficiente no dia
da prova. Seja incansável na busca pelo menos de
se superar.
37. MANTENHA O SONHO VIVO
Se você está prestando concurso, deve
haver uma boa razão para isso. Apóie-se nesse
motivo para encontrar forças e superar suas
dificuldades. Se estiver cansado, abatido ou
desanimado por um problema qualquer, pense no
aspira, no que deseja, no que o faz estudar... Deixe-
se envolver por essa imagem de um futuro
promissor, se entusiasme com seu próprio sonho. À
medida que ele for se apoderando de você, mais
energia você terá para estudar.
38. DIMINUA O RITMO NA VÉSPERA
Faltando um ou dois dias paa o dia D, você
não conseguirá aprender tudo que ainda não viu.
Chegou a hora de começar a relaxar e de arejar a
mente. Repasse os tópicos sem pressa e
superficialmente. Evite atividades que exijam muita
concentração e uma atenção redobrada. Essa
capacidade é extremamente importante para uma
boa prova.
39. TEXTOS: LEIA PRIMEIRO AS
QUESTÕES
Normalmente, um texto se refere a várias
questões. Antes de ler os longos textos que se
apresentam, descubra os pontos que merecem
especial atenção na leitura. Muitas questões sequer
exigem a leitura integral do texto ou do
entendimento de todas as passagens. Seja objetivo:
A sua meta é acertas as questões.
40. LEIA ATENTAMENTE AS QUESTÕES
Muitas vezes a resposta está no próprio
enunciado ou em questões seguintes. Por isso, é
necessário a máxima atenção. A perfeita
interpretação da questão é fundamental para sua
resolução. Quando dor passando pelas questões,
não tente lê-las rapidamente para ganhar tempo.
Leia-as com calma e atenção. Assim, aumentará
muito as chances de acerto.
41. NÃO SE APAVORE
No começo do ano, não se angustie com a
quantidade de matéria que terá que estudar. Sendo
calmo, poderá fazer um bom planejamento. Quando
estiverem faltando um ou dois meses, não entre em
pânico. Isso não ajudará em nada. Concentre-se
para conseguir ler com atenção as suas apostilas e
livros. É hor para seriedade e otimismo - afinal, o
vestibular está chegando e fica cada vez mais
concreta a perspectiva de você ser aprovado e
conquistar sua vaga no futuro.
42. NÃO ESTACIONE EM QUESTÕES
Cuidado: se você não souber uma questão,
deixe-a para depois. Não fique gastando minutos
preciosos para ganhar apenas um ponto (isso se
não acabar errando de qualquer maneira). Seu
subconsciente continuará processando a questão
enquanto você enfrenta as outras. À medida que a
priva for se desenvolvendo, as pendências poderão
se resolver. Deixe as questões difíceis para o final;
garanta pontos importantes com as fáceis.
43. NÃO BRIGUE COM AS QUESTÕES
Uma prova tem questões mais fáceis e mais
difíceis. Várias são ridículas. Não perca tempo com
elas. Há pegadinhas, mas não deixe neurotizar por
isso nem pense que a prova inteira é composta de
pegadinhas. As provas seguem ideologias e
obedecem a padrões de respostas. Não discuta se
isso é certo ou errado. Diga "amém" e marque a
resposta que julga conveniente correta. Não
reclame dos elaboradores da prova. Adapte-se!
44. CONHEÇA O LOCAL ANTES DA
PROVA
Visite o local da prova alguns dias antes. Se
a prova for em uma cidade diferente da sua, vá com
certa antecedência, encontre lugares confiáveis
para comer e um bom alojamento. No local da
prova, procure observar se há fontes de barulho,
problemas com iluminação e o tipo das carteiras.
Envolva-se com o ambiente; isso lhe dará uma
sensação se segurança e conforto.45. NÃO
CHEGUE EM CIMA DA HORA
Alguns candidatos não gostam de chegar
com muita antecedência. Tenha em mente, no
entanto, que o horário de fechamento dos portões é
rigoroso. Procure estar no local com uma certa folga
e leve algo para companhia e da conversa dos
"experientes", que ficam fazendo terrorismo antes
da prova na sala. Se eles fossem tão bons quanto
dizem, já teriam passado em muitos concursos e
não estariam ali.
46. ESTABELEÇA-SE COM CONFORTO
NO LOCAL EM QUE FARÁ A PROVA Muitas
vezes não fazemos a prova em nossa cidade.
Assim, planeje com antecedência sua ida. Reserve
passagem e hotel. Se possível, chegue alguns dias
antes na cidade e descubra locais para almoçar e
jantar. Ao chegar na cidade, ajuste o relógio para o
fuso horário local. Converse com um taxista, enfim,
procure fazer de tudo para ter certeza de que estará
no local da prova sem problema algum e sem estar
sujeito a surpresas de última hora.
47. O FISCAL NÃO É INIMIGO (NEM
AMIGO)
Chegando à sala da prova, cumprimente o
fiscal, sem se mostrar extrovertido demais. Seja
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educado e, em hipótese alguma, discuta com ele.
Isso lhe trará prejuízo. Ele pode acabar dificultando
pequenas coisas. Não tente ficar amigo, senão ele
pode querer, inconscientemente até, observá-lo, a
fim de descobrir se vocês está indo bem ou não.
Essa proximidade pode tirar sua concentração.
48. NÃO TENHA MEDO DE SER
EXAGERADO
Para o dia da prova, compre todo o material
que achar necessário. Leve quantas canetas, lápis e
grafite achar conveniente. Material pode sobrar,
jamais faltar! Se for errar quanto ao
dimensionamento da quantidade de material, água,
etc., erre pra mais. Leve algodão ou mesmo
protetores auriculares. Nunca sabemos quando o
barulho pode começar...
49. NÃO CORRA O RISCO DE SE
ATRASAR NA MATÉRIA
Às vezes, quando nos defrontamos com
tópicos complicados, ficamos inventando desculpas
para interromper nosso estudo. Assim, começamos
a estudar e, em dois minutos, resolvemos tomar um
copo d'água; voltamos e, logo em seguida,
lembramos que tínhamos de ligar para algum
amigo... Não faço isso. Não fique perdendo seu
tempo. Enfrente os tópicos que lhe causam
problemas!
50. CURTA A PROVA
Não se apresse, não queira se livrar da
prova. Passe e repasse as questões. Há tempo
suficiente, por isso não se apresse e não se
precipite. Por outro lado, equilibre o tempo de
resolução. Resolva todas as questões óbvias e
fáceis. Deixe as difíceis para depois. Controle o
tempo para poder tirar o máximo proveito de seu
breve relacionamento com a prova.
51. A PROVA É DIFÍCIL PARA TODOS
Se começar a resolver a prova e achá-la
mais difícil do que esperava, não entre em pânico.
Ela estará difícil para todos. Normalmente aqueles
que acham a prova muito fácil é porque nem
conseguiram perceber do que, verdadeiramente,
tratavam as questões. Então não esqueça: A prova
é igual para todos.
52. NÃO SE DEPRIMA...
Uma vez que a prova terminou, esqueça-se
dela. Evite pensar e,estiver estudando e
que envolva a memorização de palavras sem
qualquer sentido.
Se for estudante de medicina e tiver de
memorizar os nomes dos ossos do corpo humano
como: fêmur, cóccix, patela, fíbula, sacro, etc.
basta substitui-los por: FÊMEA, CÓCEGA, PATÊ
DELA, FÁBULA, SACO; assim será fácil associa-lo
com o que você quiser.
Um estudante de farmácia pode imaginar
que assiste a uma parada, onde vê desfilar a
tropinha de belas donas, para lembrar-se de que o
alcalóide atropina (a tropinha), origina-se da folha
ou raiz da beladona (belas donas).
O fundamental é que a palavra ou o
pensamento substituto tenha significado para você,
o que não acontece com o termo original.
EXERCICIO DOIS
Vamos brincar mais um pouco? Sim,
falamos, brincar porque, alem de eficiente, este
método é divertido. Agora você terá mais alguns
exemplos com palavras em inglês, francês e
alemão.
Em inglês:
8 RAY (raio de luz) – imagine um raio de
luz, com coroa real na cabeça, dizendo-se rei.
9 ALLIGATOR (jacaré) – Pelo som,
mentalize um jacaré gritando: ele é gay!
10 BADGE (distintivo) – mentalize um
policial com um enorme distintivo bege, no peito.
11 BARROW (carrinho-de-mão) –
Mentalize dois carrinhos-de-mão aos berros, um
com o outro.
12 COW (vaca) – Mentalize uma vaca
coberta de cal.
13 BITE (morder; componente de
computador) – Mentalize uma baita dentadura dando
mordidas no ar. Ou uma peça do computador, dando
mordidas em seu dedo, quando você bate na tecla.
14 DELETE (apagar) – Imagine-se seu
computador com a cara de gaiato; ele se deleita em
apagar o texto que você está digitando.
15 INSERT (inserir, introduzir) – Veja seu
computador incerto sobre se deve inserir aquele
texto, na tela.
16 LOCK (fechar) – Imagine a porta de sua
casa louca de raiva, porque você vai fechá-la.
17 DIGIT (imprimir, na tela do monitor) –
Veja uma impressão digital aparecendo na tela, em
lugar de cada palavra.
Em francês:
18 ARC-EN-CIEL (arco-íris) – Veja alguém
correndo atrás de uma moça, sob o arco-íris,
enquanto você grita: alcance ela!
19 BAIGNOIRE (Benhuar – banheira) –
imagine uma moça dentro da banheira, usando
penhoar.
20 BAILLONER (Baionê – amordaçar) –
Mentalize uma enorme baioneta, amordaçada.
21 BARBIFIER (Barbifiê – barbear-se) –
Mentalize um enorme bife, barbeando-se numa
mesa de bar.
22 CALOT (Calô – boné de policial) –
Imagine um dedo com um calo enorme, usando boné
de policial.
23 CHAMEAU (Xamô – camelo) – Imagine
um camelo dizendo: Você me chamou?
24 DÉPECHE (Dêpéx – despacho, aviso,
telegrama) – Mentalize um enorme peixe, de pé, à
porta de sua casa, entregando-lhe um telegrama.
25 GAZON (Grama) – Mentalize um garçom
servindo um prato de grama.
26 LATTE (Ripa, sarrafo) – Mentalize um
sarrafo que late como um cão.
27 TAPER (Tapê – bater, dar pancadas) –
Imagine o tapete de sua sala batendo, furiosamente,
no chão.
28 OREILLER (Orreiê – travesseiro) –
Mentalize uma orelha enorme servindo de
travesseiro em sua cama.
29 TIROIR (Tirroá – gaveta) – Imagine-se
diante de uma gaveta aberta, repleta de letras do
alfabeto, esculpidas em madeira e explicando a
alguém: - Não se assuste, eu só tiro o A.
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Em alemão:
30 AUF WIEDERSEHEN (Auviderzêm –
Até à vista) – Mentalize-se com o ouvido encostado
em um calendário, na parede, tentando ouvir
dezembro.
31 LIEBCHEN (Libchem – querida) –
Imagine-se apontando o dedo para um canto e
dizendo, ao seu gato: Ali, bichano!
32 JAWOHL (Iavôl – sim, assentimento) –
Veja-se em posição de sentido, respondendo a um
oficial alemão: - Já vou!
Vale dizer que este sistema pode ser
empregado pra palavras de qualquer idioma, ou até
para expressões com mais de uma palavra. Por
exemplo: as embarcações francesas que percorrem
o rio Sena em passeios turísticos, são chamadas,
BATEAUX MOUCHES (batô muche). Você pode
imaginar uma moça dentro do barco, tentando pintar
os lábios e reclamando: - Que batom murcho!
Ou então, a célebre frase dita por Goethe,
ao morrer: MEHE LICHT (mais luz), pedindo mais
saber, mais instrução. Veja esse destacado escritor
alemão desanimado ao tentar acender uma
lanterna com pilhas fracas, dizendo: - Mero lixo!
Mais uma: após dar absolvição, o confessor
diz as seguintes palavras ao penitente: VADE IN
PACE (vai em paz). Imagine-se no confessionário,
barganhando com opadre, a sua absolvição. Após
alguma discussão, você diz: - Esta vale um passe!
Quer mais? Vamos lá.
LE LION C´EST LE ROI DES ANIMAUX (Le
liom cé le roá desnimo – O leão é o rei dos animais)
– Imagine um leão raquítico, tentando urrar, sem
conseguir. Ao lado, um macaco dá uma risadinha
marota e diz: - O leão foi urrar e desanimou.
EXERCÍCIO TRÊS
Agora escreva, ao lado de cada vocábulo,
os seu significado. Está pronto? Comece.
RAY
ALLIGATOR
COW
BADGE
BARROW
BAIGNOIRE
BAILLONER
BARBIFIER
CALOT
CHAMEAU
DEPECHE
GAZON
LATTE
TAPER
OREILLER
Pare!
Lembre-se: quando fizer suas próprias
substituições, as imagens serão bem mais nítidas em
sua mente.
Treine exaustivamente essa técnica, para que
a habilidade se torne natural e instintiva. A principio
as associações são conscientes mas, com o tempo e
com a pratica constante, elas se tornam instintivas.
Os resultados alcançados serão extraordinários.
Pratique sempre. Pratique diariamente.
* * * * *
Quer ter uma idéia de qual foi seu progresso
até aqui? Do quanto seu poder de memorização já
aumentou? Lembra-se, ao final da 1ª etapa, quando
lhe foi pedido que fizesse 5 testes para aquilatar sua
capacidade de memorização? Foi dito que eles não
seriam fáceis para quem ainda não tivesse a memória
treinada. É provável que você não tenha conseguido
bons resultado em alguns deles. É possível, até, que
não tenha acertado nenhum.
Agora, volte àquela etapa, refaça os 4
primeiros testes e verifique quantos é capaz de
acertar. Como o ultimo deles – LIGAR OS NOMES A
FISIONOMIAS – é assunto que será estudado na
próxima etapa, realize os 4 primeiros – cujas técnicas
já domina
– e deixe para fazer o 5º após a etapa
seguinte. Você vai constatar que agora é capaz de
matar aquelas charadas num estalar de dedos. Após
concluir a 9ª etapa, refaça o teste n˚ 5 da 1ª etapa e
perceba o quanto já está usando do seu poder de
ATENÇÃO, OBSERVAÇÃO E ASSOCIAÇÃO.
Repare também o quanto melhorou seu poder de
CONCENTRAÇÃO.
Quando chegar ao final desta reciclagem,
você deverá estar ainda melhor que agora. Portanto,
se é realmente importante, para você, ser dono de
uma memória prodigiosa, continue este treinamento
sem esmorecer, pois uma boa parte dos resultados
de seu progresso já está bem aparente. E você não
vai querer parar agora vai?
9ª ETAPA
COMO MEMORIZAR NOMES E
FISIONOMIAS (IMAGENS DE LIGAÇÃO)
É uma indagação comum de todos saber
como, entre tantos milhões de rostos, não existem
dois iguais.
Sr. Thomas Browne
INTRODUÇÃO
Alguma vez você já ficou embaraçado por
não lembrar o nome de alguém? Desagradável, não
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é? Pelo menos 80%das pessoas tem mais
dificuldade para lembrar-se de nomes, que de
rostos. A razão é simples. Nos possuímos memória
visual, isto é, registramos com muito mais
facilidade – no cérebro – as coisas vistas do que as
ouvidas. Vemos o rosto das pessoas mas, em
geral, apenas ouvimos o nome delas.
É por isso que muitas vezes reconhecemos
um rosto, mas não nos recordamos do nome. Este
incidente, além de constrangedor, pode prejudicar
negócios, amizades e muito mais.
Algumas vezes recorremos a truques, para
que o outro não perceba que esquecemos seu
nome. Chamamos o interlocutor de querida, colega,
amigo, ou lhe damos um titulo como doutor,
professor, etc. Por volta da década de 60, alguns
jovens que se autodenominavam existencialistas,
tratavam os outros por pessoa. Ô pessoa! Bom te
ver! Alem de que esse disfarce não funciona, ainda
denota falta de respeito e de consideração, pois a
coisa mais importante, para o ser humano, ainda é
o próprio ser humano e, em particular, seu próprio
nome.
Desde a antiga civilização greco-romana,
vários sistemas têm sido usados, no auxilio da
memorização de nomes. Cícero lembrava o nome
das mulheres dos aldeões e soldados, recorrendo a
sistemas mnemônicos.
Antes de entrar no mérito de MÉTODOS e
SISTEMAS, vamos ver como dinamizar sua
memória para nomes.
CINCO REGRAS PARA MEMORIZAR
NOMES
A principal razão pela qual você esquece
um nome é que, para começar, nunca se lembrou
dele. Algumas vezes, nem chegou a ouvi-lo direito.
Quantas vezes você foi apresentado a alguém e
tudo o que ouviu foi um amontoado de sons, em vez
do nome? Por outro lado, as vezes, você imagina
que nunca mais irá encontrar aquela pessoa e
então responde, mecanicamente, muito prazer, sem
procurar entender corretamente o nome citado.
A primeira regra memorizar nomes é:
procure ouvir claramente o nome. Como
dissemos antes, você vê o rosto e o reconhece,
mas só ouve o nome. Portanto, é preciso entende-
lo corretamente. Se não ouviu, ou não entendeu,
solicite que repitam e, se ainda não tiver certeza,
peça que o soletrem. As pessoas ficarão
envaidecidas com seu interesse. Se, após
assegurar-se de como deve soletrar o nome,
perceber que é igual ou semelhante ao de um
parente ou amigo, mencione o fato. Isso servirá
para que você grave o nome na mente. Quando se
tratar de um nome estranho, ou que nunca ouviu
antes, mencione isso à pessoa. Todo mundo fica
lisonjeado quando seu nome é alvo de atenções.
Outra coisa importante é repetir o nome –
sem exagero – com certa frequência, enquanto
estiver conversando. Essa forma de conduta ajuda a
gravar nomes com mais facilidade. Faça isso por
algum tempo, até tornar-se um hábito. Ao despedir-
se, repita o nome.
Na maioria dos países usa-se o nome da
família – que aqui no Brasil chamamos de
SOBRENOME – ao sermos apresentados a alguém.
Por exemplo: meu nome completo é José Augusto
Machado mas, ao ser apresentado a outra pessoa –
fora do
Brasil – eu declinaria apenas meu sobrenome
– Machado – e assim seria chamado, até que a
convivência ou maior intimidade justificasse ser
chamado pelo prenome. Por essa razão você vai
encontrar, nos exercícios seguintes, exemplos de
sobrenomes, indicados simplesmente como nomes.
Antes vamos resumir as cinco regras já
explicadas:
33 Ouvir, sempre o nome da pessoa; ouvir e
entender.
34 Soletrar o nome ou pedir para que o
façam, se não tiver certeza da pronuncia.35 Se
perceber algo estranho ao nome, ou se for
semelhante a outro que já conheça, mencionar o
fato.
36 Repetir o nome – sem exagero –
algumas vezes, durante a conversa.
37 Dizer o nome, ao despedir-se.
Se usar essas cinco regras, junto com o que
vai ver agora, nunca mais esquecerá um nome ou
uma fisionomia.
E, por falar em nunca mais se esquecer, ouça
esta:
Havia, naquela pequena cidade, dois
homens, notáveis por sua memória. Um era índio e o
outro branco.
Certa vez foram levados, por um grupo de
amigos, a se defrontarem em desafio, para descobrir
quem era dotado de maior poder de memorização.
Dentre as várias perguntas feitas entre ambos, uma
delas, expressa pelo homem branco, foi: O que você
comeu, ao jantar da ultima 3ª feira de agosto, há 3
anos? – Sem titubear, o índio respondeu: Ovos.
Algo decepcionado, o outro retrucou: Ora!
Isso não é vantagem! O pessoal daqui come ovos
quase todos os dias!
Logo a brincadeira perdeu o interesse e o
grupo se dispersou. Por razões de negócio, o homem
branco mudou-se para o exterior onde permaneceu
por dez anos. De volta à sua terra, andava pela rua
quando, de repente, deparou-se cara a cara com
índio. Tomado de surpresa, ele exclamou: Como! -
ao que o outro respondeu laconicamente: Fritos!
* * * * *
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Vamos então dividir os nomes em duas
categorias, seguindo as 5 regras já expostas.
38 NOMES QUE SIGNIFICAM ALGO e
39 NOMES QUE NADA SIGNIFICAM
PARA NÓS.
Os nomes que já têm algum significados
são: Silveira, Pinto, Frota, Coelho, Leão, Prata,
Montes, Parreira, Oliveira, Pereira e outros desse
tipo.
Os nomes que nada significam, para a
maioria dos brasileiros, são: Sullivan, Murano,
Auchbawer, Pizzani, Uchoa, Yamanda, Schiezari,
Ikeda, Saissu, Mascarenhas, entre outros.
Há também os nomes que se encaixam na
categoria dos sem significado, mas que sugerem
ou criam uma imagem associativa na mente.
Quando ouvimos o nome CINZANO, visualizamos
uma garrafa de bebida. Zagalo sugere a imagem do
ex-tecnico da seleção Brasileira de futebol. Corona
lembra aparelhos elétricos, ou o nome do rio
Jordão. Goulart lembra o nome de conhecido
apresentador de TV. Alias, seu nome está ligado à
frase que o identifica mnemonicamente: VEM
COMIGO!
Assim chegamos a três categorias de
nomes:
40 Os que possuem significado
41 Os que não possuem significado, mas
que sugerem alguma coisa.
42 Os que nada significam, nada sugerem,
nem criam qualquer imagem em nossa mente.
É som esta ultima que se precisa usar mais
atentamente a imaginação. Para que consiga
lembrar um nome, ele precisa ser significativo, pra
você. Mas os que não tem qualquer sentido não
precisam ser um bicho papão, se você assimilou
bem a etapa anterior. Basta usar o sistema de
substituir palavras. É o mesmo método que você
usou para memorizar vocábulos de língua
estrangeira.
Por mais estranho que um nome passa soar
ao ouvi-lo pela primeira vez, sempre é possível
transpô-lo para uma palavra, ou pensamento
substituto. Pense em uma palavra, ou expressão,
que tenha som semelhante àquele nome.
EXEMPLOS DE ASSOCIAÇÃO
43 MORRICONE – Lembra um morro em
forma de cone.
44 VILAR – Lembra uma vila suspensa no
ar.
45 VILARIM – Uma vila, com as casas em
forma de rim.
O importante é que você, e só você,
escolha a palavra ou pensamento substituto. Se 10
pessoas tiverem que escolher uma palavra
substituta para um mesmo nome, provavelmente
quase todas escolherão palavras diferentes.
Não é preciso esforçar-se para descobrir uma
palavra que soe exatamente como o nome, ou usar
palavras para cada parte do nome. Isso já foi dito
algumas etapas atrás.
Ao lembrar-se do principal, a memória
encaixará os detalhes. O simples fato de estar
pensando no nome e imaginando algo ligado a ele,
ajudará a imprimi-lo na mente, não importa quão tola
e absurda pareça a substituição ou associação.
Quanto mais tola e absurda, melhor será.
46 MASSATOSHI – Associe a uma massa
de macarrão tossindo.
47 D’AMICO – Alguém assustado, dizendo:
Isso vai dar mico.
48 DAVIDSON – A taça Davis, com cara de
sono.
49 MOSZKOWICS – A praça vermelha, de
Moscou, coberta de Vikings.Muitos são os nomes
terminados em TON. Isso já tem significado. Você
pode associar a peso, ou altere, pois TON é a
abreviatura deTONELADA.
Outros nomes terminados com ANI ou ANO e
podem ser associados a calendário. Nomes que
começam ou terminam com BERG podem ser
associados a albergue. O nome Calzberg, por
exemplo lembra um albergue que acabou de ser
pintado com cal.
Tenha em mente que não há um único nome
que não possa ser transformado em algo significativo
para você, cujo som se assemelhe ao nome, em si, e
que seja capaz de evocar sua lembrança, quando
necessário.
Quer mais alguns exemplos de associações,
com nomes aparentemente estranhos? Vamos lá.
50 ARCARO – Um vidro de mel KARO, cheio
de ar.
51 BERGMAN – Alguém com cara de
bergamota (tangerina).
52 CARPACCIO (prato da gastronomia
italiana) – Um bife em forma de capacho.
53 CASTELAR – Um castelo suspenso, no
ar.
54 CZATORRISKY – Um Czar, montando
um touro, esquis.
55 DORMONT – Um monte, contorcendo-se
de dor ou um monte dormindo.
56 JATOPECK – Um topete andando a jato.
57 JAKUSKY – Um bando de jacus,
esquiando.
58 JASMINCHEK – Um jasmim,
preenchendo um cheque.
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59 KELLER – Alguém mostrando um livro e
perguntando: Quer ler?
60 LINDNER – Alguém ostentando no dedo
um pedaço de cano de água e exclamando: Lindo
anel.
61 ROTBAND – Uma banda de “rock”.
62 KUBYSCHECK – Um cheque em forma
de cubo.
63 RAMUZKY – Um ramo (de flores)
chamuscando.
64 WEISSMANN – Um filho perguntando:
Vais, mãe?
Por mais estranho que seja o som do nome,
por mais longo ou difícil de pronunciar, sempre é
possível encontrar uma palavra ou expressão
substituta.
* * * * *
Um rapaz acercou-se de uma moça, parada
na calçada e, para iniciar um papo, perguntou qual
era o nome dela.
Incapaz de responder com palavras, por ser
muda, a jovem apontou para a maternidade, no
outro lado da rua.
O rapaz – que provavelmente havia feito
esta reciclagem de memória – sorriu para ela e
disse: - Muito prazer, Alice da Luz. (Ali se dá à luz).
* * * * *
COMO ASSOCIAR O NOME À
FISIONOMIA
Agora que já sabe como tornar significativo
qualquer nome, precisa apenas saber como
associa-lo à fisionomia. Você vai fazer isso de forma
totalmente ridícula ou absurda.
Conta-se que uma senhora estava
recebendo vários convidados para jantar quando um
deles chamou-lhe vivamente a atenção por ser
portador de um nariz descomunal.
Além de grande, e proeminente, era
bifurcado na ponta, por uma fenda vertical que
dividia as ventas dando-lhes um formato
semelhante a um par de nádegas. Assim que bateu
os olhos naquela napa ela pensou: Que nariz
obsceno! Nunca vi nada igual!
Todavia, como boa anfitriã registrou,
mentalmente, que precisava tomar cuidado durante
o jantar, para não dirigir a conversa a temas que
envolvessem a palavra nariz, a fim de evitar
possíveis gafes. Durante o jantar, cada vez mais
impressionada com a fisionomia daquele homem,
ela reparou que ele havia apanhado de pão e
começava a comê-lo. Querendo mostrar-se
prestativa, estendeu-lhe a manteigueira e disse,
com toda a graça do mundo: O senhor não prefere
passar manteiga no seu bumbum?
* * * * *
Esta estória é mais do que uma simples
anedota. Ela serve para mostrar como os
mecanismos da mente colocam instintivamente em
ação os registros que mais a impressionam,
independentemente da vontade da pessoa, sejam
eles socialmente aceitos ou não.
Ora! Se esse é um fato irretorquível, por que
não usá-lo conscientemente e de forma adequada?
Ao conhecer alguém, olhe para seu rosto e
procure achar uma característica ou um traço mais
evidente. Pode ser qualquer detalhe. Olhos pequenos
ou grandes, lábios grossos ou finos, testa larga ou
estreita, vincos na testa, nariz achatado ou fino,
narinas amplas ou estreitas, orelhas grandes ou de
abano, covas, verrugas, cicatrizes, rugas, queixo
largo ou proeminente, tipo de cabelo. Enfim, qualquer
traço ou detalhe será importante.
Escolha o traço que lhe pareça mais
acentuado ou que mais o impressione. Não precisa
ser o mais evidente. Isso não importa. Aquilo que lhe
salte mais à vista é o que será mais obvio e
importante, ao reencontrar aquele individuo.
Atenção: ao buscar o traço fisionômico mais
importante, preste atenção ao rosto como um todo.
Assim você estará observando e imprimindo o rosto
todo na memória. Ao decidir-se por uma
características, associe o nome a essa parte
especifica do rosto para visualizar a imagem com os
olhos da mente.
Por exemplo: o senhor Sacks tem uma testa
bastante larga. Mentalize um milhão de sacos caindo
da testa dele. Assim estará aplicando os princípios da
associação ridícula e ilógica que, se você tem
exercitado de acordo com o recomendado nas etapas
anteriores, já constatou que dão excelentes
resultados.
O Sr. Ramalho tem sobrancelhas muito
cerradas. Basta vê-lo, na mente com uma enorme
rama de alho, em lugar das sobrancelhas.
O senhor Homem de Melo tem um furinho no
queixo. Imagine que esse furo é a entrada de uma
colméia de onde surge um minúsculo homem, todo
lambuzado de mel.
O senhor Ribeiro tem orelhas grandes, de
conchas acústicas bem profundas. Imagine que por
ali passe um ribeirão.
Lembre-se de que a palavra substituta ou o
traço mais acentuado é uma escolha pessoal, uma
opção individual. A opção que você escolheu é a
característica mais acertada para o seu uso. A
grande vantagem é que esse processo é quase
instantâneo, pois é mental e instintivo. Após alguma
prática, verá que a palavra substituta para o nome e a
associação ao traço fisionômico ocorrem como um
flash, mais rápido que o tempo que se leva para dizer
alô.
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Como tudo na vida, o primeiro passo, o
primeiro esforço, pode parecer complicado mas, ao
experimentar este sistema, concordará que ele é
simples, fácil e eficiente.
Com o tempo, você deverá criar seus
próprios padrões para a maioria dos sufixos e até de
nomes inteiros. Então criará imagens padronizadas
para todos eles.
Sua lição de casa para esta etapa é a
seguinte:
Procure estudar o rosto de diversas
pessoas conhecidas; parentes, amigos, vizinhos, e
localize nelas os traços fisionômicos que mais o
impressionarem. Faça uma ligação entre essas
características e o nome de cada uma delas,
usando os sistemas que foram aqui mostrados, mas
tome cuidado para não dar a impressão de que as
está encarando com muita insistência.
Refaça também o teste nº 5, da primeira
etapa.
10ª ETAPA
COMO MEMORIZAR CARACTERÍSTICAS
PESSOAIS LIGADAS A NOMES E FISIONOMIAS.
Aja com naturalidade e você se tornará
naturalmente sincero em tudo que faz.
James Willian
COMO LOCALIZAR AS
CARACTERÍSTICAS
Agora você vai praticar o que tem treinado
ata aqui, com referencia a nomes e fisionomias. A
seguir, vai encontrar o desenho do rosto de 16
pessoas, com os respectivos nomes. Mesmo
levando em conta que pode ser menos fácil
descobrir características no rosto de um desenho,
você vai ver que isso também é possível, usando
este sistema.
Esteja atento para as próximas instruções.
1 – SR. CARPENTER (carpinteiro) – O
nome não é problema, pois já tem significado. Note
como ele tem a boca pequena, apertada, estreita.
Olhando para a ilustração, mentalize um carpinteiro
tentando alargar sua própria boca, com um formão.
Procure formar, por um momento, procure ver a
cena na mente.
2 – SR. LEIMANN – Note que ele tem um
vinco na bochecha, do nariz ao canto da boca.
Olhando para a foto, mentalize um policial fardado,
saindo desse vinco com as mãos algemadas (LEI-
MÃO). Por um momento, procure ver a cena na
mente.
3 – SRA. POTIKONVICKY– Perceba como
ela tem o cabelo cheio, liso, cortado em franja. Olhe
o desenho e mentalize um pote de VICK
VAPORUB, virado de cabeça para baixo, com a
pomada escorrendo pelos cabelos dela (POTE
COM VICK). Procure ver, na mente, a imagem de um
POTE COM VICK.
4 – SR. SMOLENSKY – Não se assuste com
o nome. É fácil achar um pensamento substituto. Veja
como ele tem o nariz largo. Olhando a gravura,
mentalize um mendigo pedindo ESMOLAS, enquanto
desce, de ESQUIS, pelo nariz dele. Veja essa cena
na mente.
5 – SR. ESCOVEDO – Ele tem o bigode farto,
bem cheio. Olhe a foto e mentalize o bigode dele
sendo ESCOVADO com um ancinho. Procure ver a
imagem na mente.
6 – STA. MARIA ALICE – Repare na
expressão maliciosa que ela tem. Olhe a ilustração e
veja que eles sugerem MALÍCIA. Mentalize a cena.
7 – SRA. CARROZZINO – Veja os olhos dela;
são saltados, protuberantes. Olhando para a gravura
mentalize carros, com sinos que badalam, saindo dos
olhos dela (CARRO-SINO). Procure ver a cena na
mente.
8 – SR. CALDERON – Repare que ele te a
boca exageradamente larga. Olhando para a
ilustração, mentalize-o com um CALDEIRÃO em
lugar da boca e veja-se jogando coisas dentro do
caldeirão. Procure ver a cena na mente.
9 – SRA. SMITH (ferreiro, serralheiro) – Note
que ela tem os lábios exageradamente grossos.
Olhando a gravura, mentalize um martelo de ferreiro
batendo nos lábios dela e causando inchação.
Mentalize a cena.
11 – SR. FONSECA – Repare que ele tem
nariz estreito e narinas apertadas. Olhe a gravura e
mentalize uma nascente que secou. Veja uma
FONTE SECA. Mentalize a cena.
12 – SR. PARREIRA – Veja os vincos
profundos que ele tem, na parte inferior dos
maxilares. Mentalize-se colhendo uvas da PARREIRA
plantada dentro dos vincos. Procure ver a cena na
mente.
13 – SR. OLIVEIRA – Ele tem o queixo
pontudo, proeminente. Mentalize-se subindo pelo
queixo dele, para colher azeitonas das oliveiras
plantadas lá.
14 – SR PIMENTA – Veja a cova profunda
que ele tem no queixo. Mentalize um milhão de
PIMENTAS do reino, saindo dessa cova. Mentalize a
cena.
15 – STA CAROLINA – Ela tem uma enorme
boca. Mentalize-se puxando um carro, com uma
linha, de dentro da sua boca. Veja a cena na mente.
16 – SR. ALTEMAR FREIRE – Repare como
seu cabelo é ondulado. Mentalize um Frei, dando
risada (FREI RI), enquanto se equilibra sobre um
barco de papel, em alto mar (ALTEMAR), Veja a cena
na mente.
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Usamos nomes bastante variados para
você perceber que o tipo de nome não tem
importância pois, para cada um, podem0se imaginar
um tipo de pensamento adequado, aliado à
característica marcante do rosto.
EXERCÍCIO UM
Agora surpreenda-se com sua capacidade.
Escreva, abaixo do desenho de cada rosto da
página seguinte, o nome da pessoa que você
memorizou. Ao terminar, verifique quantos acertou,
conferindo com os desenhos da página anterior.
Se tiver dificuldade para lembrar qualquer
um dos nomes é porque não mentalizou
suficientemente bem a associação feita. Não viu
com os olhos da mente. Caso isso venha a
acontecer com uma ou outra gravura, volte a
examiná-las e procure fazer novamente a
associação. Alem disso, crie suas próprias imagens.
Amanhã ou depois, olhe para os 16
desenhos e comprove que ainda se lembra do
nome das pessoas.
Se teve sucesso com simples desenhos,
não terá problema algum com pessoas reais.Mas
isso só irá acontecer depois que você praticar
bastante. Pratique diariamente. Desligue o som
para fazer este exercício. Faça isso agora.
* * * * *
COMO TREINAR SUA MEMÓRIA PARA
JOGOS
Agora você vai ver como memorizar as
cartas de um baralho. Isso será muito útil em jogos
de cartas, o que não significa que, após dominar a
técnica, poderá ganhar sempre em qualquer jogo. A
aplicação deste conhecimento ficará a seu cargo.
Nossa finalidade é desenvolver a sua memória.
Sugerimos, então, que aprenda seu conteúdo,
mesmo que não goste de jogar cartas.
Você pode pensar que será difícil
memorizar as cartas, como achava que seria difícil
memorizar nomes ou números. Vai ver que, para se
lembrar delas, basta dar-lhes sentido, significado,
para poder vê-las com os olhos da mente.
A primeira providência será encontrar 52
palavras de fixação para as cartas, de números 1 a
52. Não se assuste. É bastante fácil pois essas
palavras não serão escolhidas ao acaso.
A palavra de fixação pra cada carta
começará, sempre com a letra inicial do naipe
correspondente.
Todas as palavras para o naipe de Espadas
começarão com a letra “E”, para as de Ouros, com a
letra “O”, as de Paus, com a letra “P”, e as de
Copas, com a letra “C”.
A consoante seguinte representará o valor
numérico de cada carta, de acordo com o alfabeto
fonético. Assim, a palavra que usar representará,
sempre, uma carta específica. A primeira letra
identificará o naipe, e a consoante seguinte dará o
seu valor.
Por exemplo: a palavra de identificação pra o
dois de paus, deve começar com a letra “P”, e a
consoante seguinte deve ser o “N”, que representa o
número 2. Várias palavras se encaixariam nessa
categoria: pano, pino, pena, etc. Mas a palavra de
fixação da carta, não pode ser a mesma que a da
sua lista principal de 100 palavras de fixação.
O sistema completo para as cartas vai do
“ÁS” à “DAMA” (de 1 a 12), pois os reis serão sempre
representados pelos próprios naipes, que são
símbolos fáceis de memorizar.
Para a lista de palavras de fixação das 52
cartas, você deve usar o mesmo processo que
empregou com os números. Selecione uma imagem
mental para cada carta e use-a para sempre.
Não troque nunca.
Veja as 52 palavras de fixação que nós
sugerimos. Você poderá escolher outras, se preferir.
COPAS ESPADAS PAUS OUROS
Ás – cota ás – e.t.* ás – pato ás – oto
2 – cone 2 – eno 2 – pino 2 – ono
3 – cume 3 – ema 3 – pomo 3 – omo
4 – coca 4 – eco 4 – pacu 4 – oco
5 – cule 5 – elo* 5 – piolho 5 – olho
6 – café 6 – esso 6 – passa 6 – oz
7 – café 7 – efe 7 – pufe 7 – ofó*
8 – chaga 8 – égua 8 – pega (ê) 8 – ogó*
9 – cipó 9 – ed 9 – pipa 9 – ópio
10 – cetro 10 – éter 10 – piteira 10 –
outeiro
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Val. –
catete
val. – etite* val. – pateta val. – otite
Dama –
caetano
dama – etna dama –
patinho
dama –
outono
Rei – copas rei –
espadas
rei – paus rei – ouros
65 E.T. (Extra-Terrestre)
66 ELO (Argola de corrente)
67 ETITE (Pedra encontrada no ninho da
águia)
68 OFO (Espécie de tubérculo venenoso)
69 OGO (Material amarelado, que lembra
ouro)
Você já tem o que precisa pra memorizar
um baralho completo. Como cada carta é
representada por uma palavra, use os sistema de
fixação como se estivesse memorizando uma lista
de 52 palavras. Se a primeira carta a sair fora for
um ÁS de Espadas, basta ligar o ET (Extra-
Terrestre), à TEIA. Se a segunda for um 10 de
Copas, mentalize uma ligação entre CETRO e
NOÉ. Agindo assim você poderá saber a sequência
exata das cartas tiradas de um baralho. Por certo,
precisará treinar varias vezes para ter segurança.
Tão logo ouça o nome da primeira carta, faça
imediatamente a associação com TEIA. Então
comece a pensar em NOÉ para associa-lo à
segunda carta a sair, e assim por diante.
Uma vez memorizadas todas as cartas,
você poderá demonstrar para os amigo a
extraordinária memória que tem.
Peça-lhes que tirem 5 a 10 cartas e as
escondam no bolso. Depois, peça que citem as
cartas que ficaram no baralho. Ao terminarem, você
nomeará, tranquilamente, as cartas escondidas.
Parece difícil? Nãoé! Faça o seguinte: tão logo uma
carta seja citada, mutile mentalmente a imagem da
palavra de fixação referente a ela. Se a carta for,
por exemplo, um 9 de copas, mentalize um cipó
todo estragado, mutilado. Se for um 8 de ouros,
visualize o Ogó ficando escuro e carbonizado.
Estas são as informações que você precisa.
Veja a cena na mente por alguns segundos. Pode
fazer isso bem rapidamente, pois esse processo
agiliza a mente, dinamizando a memorização e
gravando instantaneamente a informação. A
velocidade com que as cartas vão sendo
enumeradas dependerá apenas de prática.
Depois que todas as cartas tiverem sido
citadas, repasse mentalmente as palavras de
fixação, do AS ao REI, de cada naipe. Ao encontrar
uma imagem mental que não tenha sido mutilada
ou alterada, esta será uma das cartas escondidas.
As imagens não mutiladas irão destacar-se em sua
mente, como um letreiro luminoso. Você só precisa
experimentar, para se convencer.
É conveniente que use sempre as palavras
de fixação, use um baralho de cartas para praticar.
Com esta técnica, você pode, além de treinar
a memória, brincar com os amigos e até mesmo
encontrar muitas aplicações práticas, dentro de sua
atividade profissional.
11ª ETAPA
COMO MEMORIZAR PRENOMES,
TELEFONES E DATAS.
Seu marido se esqueceu da data do seu
aniversário? – NUNCA. Faço com que se lembre dela
em janeiro e junho e sempre ganho dois presentes.
INTRODUÇÃO
Se o seu trabalho implica em trato com o
público, você está constantemente conhecendo
pessoas cujos nomes precisa guardar. Escreva todos
eles e faça recapitulação, usando o sistema mostrado
na etapa anterior. Ao fim do dia pense calmamente
em cada conhecimento que travou e, quando o nome
lhe vier à mente, anote-o. No dia seguinte, repasse a
lista de nomes. Ao focalizar cada um deles, a imagem
do rosto daquela pessoa surgirá em sua mente.
Visualize-a por um momento e procure rever,
mentalmente, a associação entre o rosto e o nome.
Após alguns dias, repita o processo. Faça o mesmo,
na semana seguinte e, finalmente, no mês seguinte.
Dessa forma os nomes e as fisionomias ficarão
indelevelmente impressos em sua memória.
Assim como foi mostrada a forma de
memorizar nomes de família, ou sobrenomes, o
mesmo pode ser feito com prenomes. Basta criar
uma associação consciente, usando uma palavra
substituta, para formar a imagem mental. Pode usar
a imagem de alguém que conheça, ou que tenha o
mesmo nome, e associar os dois.
O método é simples. Renato pode ser REI
NATO. Milton assemelha-se a MIL TONS. Guilherme
pode ser associado a ARCO e FLECHA, tal qual
GUILHERME TELL. Ana pode estar associada a
CALENDÁRIO, (ano). Macedo lembra MAIS CEDO.
Vanessa, VAI NESSA. Siqueira, SE QUEIRAS. Mota,
META. Caramuru, CARA NO MURO, e assim por
diante.
Comece a treinar usando PALAVRAS
SUBSTITUTAS e, dentro de pouquíssimo tempo, terá
uma palavra determinada, para cada nova amizade.
COMO LIGAR FATOS A PESSOAS
Além de importante é, também, muito fácil
memorizar fatos ligados às pessoas. O método é o
mesmo, apenas inclua o fato na associação original,
quando estiver memorizando o nome e o rosto.
Basta, associar NOME, ROSTO e o FATO ligado à
pessoa.
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Porque algumas pessoas sentem-se
ofendidas quando não lhes dão o tratamento
adequado, você pode associar a profissão e título
de tratamento, ao nome e ao fato. Coloque na
associação, algo que lembre o título. Visualize um
estetoscópio para lembrar de MÉDICOS, uma toga
para associar a JUÍZES, a estátua da Justiça para
ADVOGADOS, régua e compasso para
ENGENHEIROS, etc.
No caso de militares, ache uma palavra ou
idéia substituta, que lembre o posto. Soldado pode
estar ligado a SOLDADOR. Cabo pode estar ligado
a cabo de martelo ou de ENXADA. Sargento pode
ter ligação com SAL e GENTE. Tenente estará
ligado a TER MENTE ou, TEMENTE.
Capitão pode ser CAPOTÃO (capota grande). Major
será MAIOR. Coronel pode ser uma COROA
usando ANEL. General lembra GERAL. Marechal
pode ser MAR e CHALE, etc.
Ligue o nome à fisionomia e encontre uma
idéia que associe os três: nome, rosto e posto. São
infindáveis as associações que podem ser
relacionadas ao nome, ao rosto e ao posto. Só há
um detalhe: você precisa treinar bastante essas
técnicas para desenvolve-las e, em futuro próximo,
tirar proveito do fato de ser capaz de lembrar o
nome e o título (ou posto) da pessoa certa, no
momento certo. Isso pode significar um emprego
melhor, mais vendas, mais votos, mais lucros ou
mais prestígio. De uma forma ou de outra, seus
esforços serão recompensados.
A partir de agora, toda vez que conhecer
novas pessoas, saiba que será admirado, por
lembrar corretamente os nomes e os dados de cada
uma delas. Mentalize essa imagem e procure torna-
la real, sempre que tiver oportunidade para isso.
Lembre-se: Só obtemos resultados com o
POTENCIAL que usamos, e não apenas com o que
temos.
COMO MEMORIZAR NÚMEROS DE
TELEFONES
Esta também é uma técnica bastante
simples. Lembras-se do método que usou para
memorizar números? O sistema é o mesmo.
Substitua os números por consoantes, para criar
PALAVRAS SUBSTITUTAS. Depois faça uma
associação com o nome do dono do telefone. Veja
como é fácil:
TEREZINHA – 220-
6433
220 64 33
Ninar Saco Momo
70 Mentalize-a tentando NINAR um SACO,
com um MOMO dentro.
EDUARDO – 5890-
8546
58 908 546
Liga Dirige Loucos
71 Imagine alguém que, com uma LIGA na
cabeça, DIRIGE os LOUCOS.
MADALENA – 346-
2270
346 22 70
Micose Nenê Feira
72 Mentalize-se com MICOSE, carregando
um NENÊ na FEIRA.
MARCOS – 6536-
8271
6536 82 71
Salmos Gina Foto
73 Mentalize um homem, com o livro de
SALMOS na mão, e a GINA LOLOBRIGIDA olhando
sua própria foto.
GRAÇA – 542- 542 31 94
Lacinho Mato Boca
74 Imagine a Graça com o LACINHO sujo de
MATO. Tentando leva-lo à BOCA.
Estes são apenas alguns exemplos. Use a
imaginação e faça as ligações que melhor lhe
aprouverem.
OBSERVAÇÃO: Os nomes e números de
telefones aqui usados, foram apanhados
aleatoriamente. Qualquer coincidência com o número
do telefone de pessoas reais terá sido mero fruto do
acaso.EXERCÍCIO UM
Agora anote o número do telefone de
pessoas que você conhece, constantes de sua
agenda. Aqui o exercício deve ser feito com pessoas
conhecidas, pois você tem a fisionomia delas na
memória. Basta associar esses dados com as
palavras de fixação correspondentes ao número do
telefone. Experimente.
Preencha as linhas a seguir, usando a técnica
que acabou de ser demonstrada. Faça isso agora.
Desligue o som.
* * * * *
NOME TELEFONE PALAVRAS DE FIXAÇÃO
Agora escreva os mesmos nomes da lista
anterior e anote o telefone de cada uma das pessoas.
NOME
TELEFONE
(Após terminar o exercício, torne a ligar o
som_
COMO MEMORIZAR DATAS DE
ANIVERSÁRIO
É difícil lembrar o dia do aniversário das
pessoas, ou outras datas importantes? Daqui por
diante não será mais preciso recorrer a agendas ou
cadernos de anotações para isso. O sistema de
FIXAÇÃO (que você já conhece), pode ser utilizado
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para memorizar datas ou qualquer informação que
contenha números como: preços, modelos,
endereços, códigos, etc.
Quando quiser memorizar uma data
relacionada a alguém, simplesmente associe essa
pessoa à data, através do sistema de FIXAÇÃO.
Por exemplo: a data do aniversário de
minha amiga Rita é de abril. Ora, eu sei que 34 é
MICO. Então vastaassociar Rita a MICO(34), para
saber que ela nasceu a 3 de 4.
Infelizmente, nem todas as datas podem ser
transportadas para palavras de FIXAÇÃO da nossa
lista básica de 1 a 100. Isso só será possível com as
que caírem nos primeiros nove meses do ano e nos
primeiros nove dias dos nove meses. Todas as
demais datas formariam números de 3 e 4 dígitos.
Portanto, é preciso usar um sistema diferente pois,
se a palavra de fixação fosse, por exemplo,
TUTANO (112), como saber se isso significa 1 e 12,
ou 11 e 2?
Uma vez que é preciso estabelecer
distinção definida, o meio mais fácil é usar uma
palavra de três dígitos para os primeiros nove
meses do ano. Quanto a outubro, novembro e
dezembro, empregue sempre duas palavras: uma
para o dia e outra para um dos meses referidos. Aí
não haverá dificuldades, pois sempre que encontrar
apenas uma palavra de fixação, saberá que a última
consoante representa o mês, de 1 a 9 (janeiro a
setembro), e as outras consoantes representam o
dia. Ao encontrar 2 palavras de fixação saberá que
a ultima sempre representa os meses de outubro,
novembro e dezembro (10, 11 e 12). Veja alguns
exemplos:
ALICE – tutano. Ao encontrar essa
associação, saberá que o número é 112 e a data é
11-2.
MARTA – nega tina. Para esta associação,
NÊGA representa o dia, que é 28 e TINA, o mês,
que é 12.
No caso da associação ser feita com uma
palavra, a ultima consoante – que será sempre de 1
a 9 – refere-se ao mês.
COMO MEMORIZAR DATAS E DADOS
IMPORTANTES
As técnicas mostradas, para guardas datas
de aniversario, reportam-se apenas a dia e mês,
porque geralmente não interessa saber o ano em a
pessoa nasceu. Mas quando se trata de data
histórica, como 7 de setembro de 1822, é
fundamental que se saiba também o ano.
Nesta data específica, basta associar FUBÁ
a NINA, pois fubá representa dia e mês e nina
determina o ano (7-9-22).
Para os meses que pedem dois dígitos,
usar a mesma técnica que a usada para datras de
aniversário, usando três palavras de fixação.
EXERCÍCIO DOIS
Vamos exercitar um pouco. Ao lado do nome
das pessoas, coloque o número do telefone,
representado pela associação feita. Desligue o som
para fazer o exercício.
* * * * *
MARIZA – licor – nenê – fila
VERA – mico – caixa – coco
FERNANDO – nádega – nome – capa
MACEDO – goteira – puma – feira
ROSA – nafta – nome – xuxa
AÇOUGUE – neófito – anta – bife
FARMÁCIA – silicone – lata – pito – puma
CABELELEIRA – água – teta
Agora identifique as datas de aniversário, de
acordo com as combinações feitas.
ANTONIA – papa
MARGARIDA – coco
MERCEDES – touro – teta
REGINA – nabo – tina
MARIA – tomate
PEDRO – nababo
FERNANDO – água – teta
* * * * *
COMO MEMORIZAR OS SINAIS DO
CÓDIGO MORSE
A revolução francesa culminou com a tomada
da Bastilha, fortaleza que guardava principalmente
presos políticos. Isso ocorreu a 14 de Julho de 1789,
em Paris. Contudo, esse fato só chegou ao
conhecimento do povo de Madri, capital da Espanha,
distante pouco mais de mil quilômetros dali, cerca de
15 dias depois. Isso dá uma idéia da morosidade com
que as notícias corriam na época. Os meios de
comunicação eram morosos, incertos e imprecisos.
Se, por terra, a transmissão de noticias era
lenta e truncada. As informações eram levadas
verbalmente ou por escrito, por intermédio de
tripulantes e passageiros que atravessavam os
mares.
Somente no inicio do século XIX, quando o
pintor e físico norte-americano Samuel Morse
inventou o telégrafo elétrico, a comunicação à
distancia (telecomunicação) tornou-se efetiva. Ele
ainda fez mais que isso. Inventou um código que
compreende um sistema rápido e preciso de
comunicação. Chama-se CÓDIGO MORSE e, nos
locais onde a tecnologia moderna não chegou, ainda
é o único meio de comunicação.
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Ao iniciar-se o século XX, essa forma de
comunicação passou a ser regida por normas
modernas e foram adotadas pela navegação do
mundo todo.
Conta-se que, nessa época, um navio
cargueiro fazia viagem transatlântica quando
iniciou-se um incêndio a bordo. Imediatamente o
telegrafista passou a transmitir a informação a
outros barcos, solicitando ajuda. Como não havia
embarcações nas proximidades, essa ajuda custou
muito a chegar. Durante quase uma hora ele
transmitiu a latitude e a longitude do seu barco,
narrando o incidente e pedindo socorro.
A situação já era quase catastrófica quando,
em pânico e cansado de emitir técnicos sobre a
posição do navio, o telegrafista passou transmitir
apenas as iniciais da mensagem: S O S .
coincidência, ou não, essas letras – em código
MORSE – são compostas de 3 pontos, 3 traços e 3
pontos, sinais muito fáceis de ser transmitidos e
mais fáceis ainda de ser entendidos por quem os
recebe.
Todos os tripulantes acabaram sendo
salvos, graças à mensagem transmitida pelo
telegrafista, em código MORSE.
Comandantes de outros barcos que ouviram
o pedido de socorro comentaram, depois, o modo
original e pratico que o telegrafista usara para pedir
socorro.
Face à repercussão desse fato ficou
estipulado que, a partir de então, o pedido de
socorro em Código Morse – para qualquer
dificuldade a bordo de qualquer navio – seria feito
com a transmissão pura e simples dessas três
letras: S O S, o que tornou a sigla mundialmente
conhecida, mesmo fora do âmbito náutico, sendo
usada até hoje. Nos nossos dias o sistema de
satélites permite a comunicação quase instantânea
entre as pessoas, o que tornou esse método
obsoleto. Contudo, embora não dependa deste
código para sua sobrevivência, você vai conhecer
agora – à guisa de curiosidade – os sinais que
regem o Código Morse e um modo fácil de
memoriza-lo.
O CÓDIGO MORSE
Já que os pontos e traços do Código Morse
nada significam, vamos dar-lhes sentido,
simbolizando a letra R para o ponto, e as letras ou
T, ou D, para o traço.
Assim podemos formar palavras para cada
letra do alfabeto. A visualização das palavras
indicará o sinal de código de cada letra. Memorize
esta lista. Desligue o som para fazer isso.
A • - Rato N -• Tora
B -••• Terror O --- Detido
C -•-• Tortura P •--• Redator
D-•• Torre Q --•-
Doutorado
E • Ar R •-• Reator
F••-• Arretar S ••• Errar
G --• Teatro T - Tia
H •••• Arreio U ••- Arredio
I •• Arar V •••- Rua Arruada
J •--- Réu Tatuado W •-- Reduto K
-•- Truta X -••- Torrada L
•-•• Retrair Y -•-- Tratado M
-- Tatu Z --•• Dedurar
(se já memorizou, volte a ligar o som)
Agora, associe as palavras às letras, de modo
que uma lembre a outra. Como auxílio, empregue um
adjetivo que comece com a própria letra associada.
Por exemplo: Alvo RATO, Bruto TERROR, Cálida
TORTURA, etc. Desligue o som e estude os outros
sinais.
Numeração
1 •---- Raio Detetado
2 ••--- Arroz Datado
3 •••-- Urrou o Rio Tonto
4 ••••- Réu Errara o Toco
5 ••••• Ronronara no Porre
6 -•••• Derrubaria...
Sinais de pontuação
PONTO
-•-•-
rato roeu o trapo
teu
VIRGULA
DOIS
PONTOS
INTERROGAÇÃO
PARÊNTESES
ASPAS
-••--
--•••
•--••
•--•-
dedo raro dita
deitado arranca a
raiz arrisca o dado e
arranha Dara todo resto
rei derrota o real
(volte a
ligar o som)
Conte as letras R, T e D, na formação das
palavras-chave. Desconsidere as demais.
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Conhecendo a posição de cada letra e
usando a palavra de fixação, será fácil memorizar o
Código Morse. Você não terá – no inicio – a
velocidade de um telegrafista mas, com a prática
contínua, isso pode ate acontecer.
CÓDIGO AERONÁUTICO
Outro sistema efetivo de comunicação é
aquele usado na aeronáutica. Quem já se viu em
situação embaraçosa ao tentar transmitir uma
palavra difícil, pelo telefone, sabe nem sempre é
fácil fazer-se entender, principalmente em
comunicação à distancia. Pode ocorrer o que
aconteceu com aquele casal de namorados que se
despedia, ao final de uma ligação interurbana.
* * * * *
-Está bem, querido. Vou desligar. Um beijo!
- O que?... Um queijo?
- Não! Be...i...jo! Vou soletrar. B, de burro...
- Você está me chamando de Burro?!!!
- Não! Estou soletrando a palavra. B. de
burro; E, de elefante; I, de... idiota...
- Ora! Idiota é você, sua malcriada!
- Sossegue, meu amor. Recapitulando:
burro, elefante, idiota, Jorge...
- Espere. Jorge com jota, ou com ge?
- Com Jota, e... finalmente... Otávio.
- Você me chamou de otário?
* * * * *
Bem!... Não é preciso dizer como terminou
aquela ligação telefônica mas, a partir de agora,
você terá meios de evitar esse tipo de vexame.
Quando uma aeronave se comunica com a
torre de controle, o piloto precisa identificar-se
através de siglas que poderiam ser facilmente
confundidas. Para impedir que as informações
sejam truncadas foi criado um código de palavras-
chave graças ao qual esse perigo é eliminado. Esse
código consiste em uma palavra internacional
específica para simbolizar cada uma das letras do
alfabeto. A principal vantagem é que, além de
serem palavras curtas e fáceis de ser
compreendidas, elas são internacionais, portanto
compreensíveis na maioria dos idiomas.Vamos a
elas:
CÓDIGO INTERNACIONAL DE
SOLETRAÇÃO
ALFA JULIET SIERRA
BRAVO KILO TANGO
CHARLIE LIMA UNIFORM
DELTA MIKE VICTOR
ECO NOVEMBER WHISKY
FOX OSCAR X-RAY
GOLF PAPA YANKEE
HOTEL QUEBEC ZULU
INDIA ROMEO
Através deste código você estará apto a
transmitir verbalmente com segurança, qualquer
nome ou sigla, por complicado que seja.
PALAVRAS SUBSTITUTAS
De vez em quando você encontrará
pequenas informações que parecem feitas de
encomenda para associações conscientes. Por
exemplo, o vulcão Fujiama, no japão, tem 12.365 pés
de altura. Basta associar esse número a calendário,
para guardar essa informação (12 meses e 365 dias
do ano).
Habituar-se a compor palavras substitutas,
com rapidez e facilidade, é a melhor providencia para
adquirir boa memória. O importante é a imagem
criada na mente, e não a palavra ou pensamento
substituto. A capital do Novo México é Santa Fé.
Imagine uma santa usando chapéu mexicano e é
provável que se lembre para sempre desta
informação. A capital do estado de Montana é
Helena. Visualize uma amiga chamada Helena,
subindo uma montanha, para guardar essa
informação. Florianópolis é a capital de Santa
Catarina. Mentalize Santa Catarina vendendo flores.
As associações são infinitas.
CONCLUSÃO
Se você seguiu corretamente as instruções e
efetuou os exercícios programados, está preparado
para ter uma memória extraordinária. Vai depender
apenas de você mesmo, de sua determinação em
praticar e de seu desejo para alcançar o objetivo que
você estipulou, ao adquirir este programa.
Com o tempo vai notar que elas se tornam
cada vez mais fáceis, mais eficientes e instantâneas.
Ao fim de algum tempo, constatará que as
associações acontecem inconscientemente, e que
você adquiriu o habito de memorizar tudo o que
necessitar. Todavia, é preciso não confundir distração
com memória fraca, pois são duas coisas distintas.
Pessoas com boa memória podem ser distraídas.
Você, porém, já está pronto para ter memória
treinada. Acreditamos que esteja curado deste
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problema, caso ainda o tivesse. A distração nada
mais é do que, FALTA DE ATENÇÃO. Se prestar
atenção onde coloca os objetos saberá onde
encontrá-los. Ocorre que as pequenas coisas que
fazemos sempre – como colocar objetos em
qualquer lugar – não são bastante importantes para
ocupar espaço em nossa mente. Portanto, nos
esquecemos de quase tudo.
Por falar em esquecer...
* * * * *
Um homem contava ao amigo que ele e a
esposa haviam acabado de concluir um seminário,
onde aprendera varias técnicas de memorização.
Cheio de entusiasmo, ele descrevia como haviam
sido as aulas, quando o amigo demonstrou
interesse pelo curso. Ao perguntar-lhe em que
bairro ficava aquela escola, ele ficou pensativo por
um instante e, ainda titubeante, perguntou:
- Como é o nome daquela flor que tem
espinhos?
- Rosa – respondeu o outro.
- Isso mesmo! – ele completou. – Rosa!
Onde é mesmo que fica a escola onde nós fizemos
o seminário?
* * * * *
É isso aí! Nada pode ser aprendido se não
houver empenho e determinação, em tudo o que se
faz. Adquirir uma técnica nova e mante-la guardada
em apostilas, nada representa. É preciso colocá-la
em prática. Esse conceito se encaixa para tudo. Por
exemplo: se costuma esquecer o guarda-chuva no
escritório, associe esse objeto a ultima coisa que
normalmente faz, ao sair de lá. Se é você quem
fecha o escritório, mentalize-se usando o guarda-
chuva, em lugar da chave.
Se lhe pedirem que compre algo ao voltar
para casa, associe esse algo a loja ou ao
supermercado que existe no trajeto até suam casa.
Assim que avistar o estabelecimento, a lembrança
do que precisa comprar saltará a sua mente
consciente, pois ela já estava registrada no
inconsciente. A imagem do local, atrelada aquele
algo, saltará para a mente consciente. Isto ocorre
porque, costumeiramente, usamos melhor a
memória visual, conforme já foi explicado.
Ao concentrar-se e se empenhar a fundo
para adquirir boa memória, você começará a sentir-
se satisfeito com os resultados, ficará motivado a
continuar o processo e, antes que perceba, terá
adquirido um hábito valioso.
Lembre-se de que os olhos não podem ver
se a mente está ausente, quando as coisas são
feitas sem atenção. A idéia de fazer associações vai
levá-lo a pensar no que está fazendo durante uma
fração de segundo. Isso é tudo o que você precisa.
Fácil, não é?
Despenda um pouco de esforço, a princípio.
Dentro de pouco tempo ficará gratificado
e feliz por tê-lo feito pois, O Homem não se
define no que É mas, no que vai deixando de ser, no
rumo do que SERÁ.
Desejo-lhe todo o sucesso, na jornada que
você agora inicia. Aqui termina a sua reciclagem de
MEMORIZAÇÃO.
SUPLEMENTO
SISTEMAS AUXILIARES (para
emergências)
É possível manipular e adaptar os sistemas
aqui mostrados, para resolver qualquer problema com
relação à memória. Eis alguns exemplos:
Além do alfabeto fonético, há algumas idéias
que podem ser usadas para uma lista de palavras de
fixação, de emergência. O importante é que cada
palavra de fixação crie uma imagem diferente, em
sua mente.
Existem dois métodos para isso. No primeiro
basta usar as 23 letras do alfabeto, excluindo-se o K,
o W e o X.
Basta compor uma palavra para cada letra do
alfabeto, com sons que se assemelham a cada letra,
ou com palavras que comecem com cada letra do
alfabeto. Exemplos:
Au, Bi, Ceia, Ébolo, Efe , etc. (sons
semelhantes)
Aia, Boi, Caio, Dio, Eu, Fio, Guia, etc. (cada
palavra, começa com a letra correspondente, do
alfabeto)
Se fizer uma relação de 23 palavras, estudá-
las algumas vezes, escolhendo uma imagem para
cada uma, você terá na memória uma lista de fixação
para emergências.
Outra idéia é formar uma listade objetos que
se assemelhem aos números que representam.
LÁPIS poderá equivaler a 1; CISNE pode ser 2;
TREVO DE TRÊS FOLHAS será o número 3.
CADEIRA pode ser 4; ESTRELA DE CINCO
PONTAS será o 5, e assim por diante.
Nenhum pensamento ou imagem será
exagerado. Se servir para mentalizar um número,
então é adequado para você. Deixe sua imaginação
trabalhar. Você compreendeu que o sistema de
fixação, com o equivalente de número e letra, é
inigualável, pois pode ser ampliado para mais de
1.000 palavras, se assim lhe aprouver.
Mas os sistemas mostrados neste programa
não o ajudarão em nada, se não aplica-los
constantemente. Pratique diariamente, fazendo
associações conscientes, ate dominar
completamente esta programação.
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EXERCÍCIO DE RELAXAMENTO
RELAXAMENTO MUSCULAR-MENTAL
Nada se aprende sem EMPENHO. O
empenho demanda DESEJO. Quando verdadeiro, o
desejo leva a DETERMINAÇÃO. Determinação
obriga CONCENTRAÇÃO. Falta de concentração
traz CANSAÇO. O cansaço impede uma boa
ASSIMILAÇÃO. Uma assimilação pobre atrapalha o
EMPENHO. Esses fatores, desencadeados nessa
ordem, abatem o ENTUSIASMO e impedem o bom
DESEMPENHO.
Para quebrar esse circulo vicioso, há uma
coisa inteligente a ser feira e essa coisa se chama
RELAXAMENTO MUSCULAR-MENTAL. Para isso
existem exercícios, como os que vamos fazer
agora.
Se quiser obter bons resultados na
reciclagem que está fazendo, é importante que
execute estes exercícios antes de cada etapa, toda
vez que sentir cansaço ou dificuldade em absorver
as instruções. Quando chegar cansado do trabalho.
Sempre que sentir dificuldade em conciliar o sono.
Ou quando seu bom-senso determinar.
Quando bem feito, ele alivia as tensões,
proporciona bem-estar físico e mental, alem de
permitir raciocínio mais rápido e melhor
assimilação. Siga as instruções de forma que forem
sendo recomendadas. Faça com respeito, para
alcançar bons resultados.
Para que o cérebro trabalhe em harmonia é
preciso que ele esteja correta e regularmente
oxigenado. Isso se consegue através de uma
respiração bem feita.
Recolha-se a um lugar onde possa ficar
isolado. Afrouxe as roupas, retire os óculos, relógio
e qualquer outra coisa que possa dificultar o
exercício. Evite cruzar braços e pernas. Se possível,
escureça o ambiente. A ausência de luminosidade
evita distrações e ajuda na concentração. Se você
fechar os olhos, o exercício será ainda mais efetivo.
Vamos começar com os exercícios
respiratórios, conforme foram explicados na 2ª
etapa. Lembra-se? Caso não se lembre, volte a
consultar aquela etapa, pois você vai repetir as 5
respirações lá mostradas, para fazermos
RELAXAMENTO. Vá fazer a consulta. Desligue o
som e só volte a liga-lo quando estiver preparado.
Faça isso agora. O restante deste exercício está
apenas gravado.
* * * * *
ANOTAÇÕES
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O prazo entre a publicação do edital e a
aplicação das provas é curto para iniciar a
preparação devido ao programa e à quantidade de
matérias exigidas.
Geralmente, este prazo é de 45 a 90 dias.
Então, para ter um maior êxito no concurso o ideal
é se preparar antes do edital.
ESCOLHENDO AS MATÉRIAS PARA
ESTUDAR
Alguns fatores devem ser considerados na
escolha das matérias para estudar antes do edital:
Geralmente, não sabemos a época em que
se realizam as matérias, os programas abordados
ou quando será o próximo concurso pois, ao
contrário dos vestibulares, não há como fazer estas
previsões em concursos públicos: é um processo
que se altera constantemente.
Como vimos anteriormente, é o chefe do
executivo (prefeito, governador ou presidente) que
determina o número de vagas e autoriza a
realização de concursos dependendo das
necessidades e do orçamento disponível. Portanto,
não há como prever quais as carreiras, quantas
vagas e nem quando serão autorizadas novas
contratações e, conseqüentemente, realizados
novos concursos.
Não sabemos se as matérias e o conteúdo
programático do próximo concurso serão iguais às
do último;
Como o concurso público é um tipo de
seleção de pessoal para verificar dentre os
interessados quais os mais aptos para a função, o
dirigente do órgão público, juntamente com a
empresa
Organizadora, pode alterar as matérias em
relação ao último concurso realizado, até para
mudar
O perfil do novo funcionário contratado.
A desatualização das leis ou códigos
eventualmente exigidos em concursos.
Quem acompanha a área jurídica sabe que
diariamente ocorrem alterações de leis e códigos.
Mas qual atualização vale para concursos?
A regra é a seguinte: no concurso são
cobradas as atualizações das leis até a data de
publicação do edital.
Baseando nos concursos mais concorridos,
verificamos que algumas disciplinas são comuns na
maioria deles: são as chamadas disciplinas básicas.
Outras disciplinas são exigidas em poucos
concursos ou somente para uma carreira: são as
chamadas disciplinas específicas.
Para estudar antes do edital o candidato
deve:
Estudar as matérias básicas, comuns à maior
parte dos concursos em que está interessado.
Evitar estudar matérias específicas de
poucos concursos e matérias que sofram constantes
atualizações como as de legislação.
Baseando em concursos anteriores podemos
classificar as matérias comuns dependendo da área
da carreira do concurso:
Matérias básicas para concursos da área
fiscal (ensino superior): Português, Raciocínio Lógico,
Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito
Tributário, Matemática Financeira, Contabilidade,
Estatística, Economia, Inglês e Informática.
Matérias básicas para concursos da Polícia
Federal (ensino superior): Português, Raciocínio
Lógico, Direito Constitucional,Direito
Administrativo, Direito Penal, Direito Processual
Penal, Matemática Financeira, Contabilidade,
Economia, Administração, Redação e Informática.
Matérias básicas para concursos da área dos
Tribunais (ensino médio): Português, Matemática,
Raciocínio Lógico, Direito Constitucional, Direito
Administrativo, Direito Penal, Direito Proc. Penal e
Direito Proc. Civil.
Matérias básicas para concursos da Polícia
Civil (ensino médio): Português, Raciocínio Lógico,
Matemática, História, Geografia, Atualidades e
Informática.
Por outro lado, existem matérias específicas
para determinados concursos como o Regulamento
do ICMS de determinado estado. Estudando antes do
edital uma matéria específica o candidato corre os
seguintes riscos:
Que a lei relacionada com da referida matéria
sofra alterações antes do edital, tornando o que o
candidato estudou desatualizado e,
conseqüentemente, errado;
Que abram inscrições para um concurso em
que não seja cobrada esta matéria prejudicando o
candidato que poderia ter estudado uma matéria
básica que será cobrada neste novo concurso;
Que haja alterações no conteúdo
programático;
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TÉCNICAS DE REDAÇAO
Meu Deus do céu, não tenho nada a dizer.
O som de minha máquina é macio.
Que é que eu posso escrever? Como
recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu
meio de comunicação. Eu só poderia amá- la. Eu
jogo com elas como se fossem dados: adoro a
fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a
barreira do som. Cada palavra é uma idéia. Cada
palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras
eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu
sentimento. Devemos modelar nossas palavras até
se tornarem o invólucro mais fino dos nossos
pensamentos.
(Clarice Lispector - A descoberta do mundo Rio de
Janeiro, Nova Fronteira, 1984)
... De qualquer forma o prazer não implica
facilidade, ele é trabalho e procura e construção: o
prazer da escritura não se separa do prazer da
leitura. Quem escreve é o primeiro leitor de si
próprio.
(Joaquim Brasil - O impossível prazer do texto -
Leitura: Teoria & Prática, ABL/UNICAMP, 1993, no 22)
Você sabe que as palavras nos
singularizam enquanto seres capazes de razão, de
emoção, de imaginação... e, quando
comunicamos nossas mensagens, seres
plenamente capazes de linguagem. Mas, onde
estão as palavras? ... Cada um de nós se
pergunta a cada situação de mudez, de impotência
diante dos sentimentos e pensamentos que
buscam sair do limbo, que precisam traduzir-se em
opiniões, argumentos, histórias, enfim, em
intervenções na realidade.
E, no entanto; sabemos a resposta: as
palavras estão dentro de nós, elas nos revelam à
medida que vencemos os bloqueios e as camisas-
de-força que as reprimem.
Nesta apostila, vamos procurar reconquistar
nossas palavras. Aquelas palavras que fogem,
quando é preciso redigir.
As palavras com as quais - se souber
articulá-las - você povoa o mundo de sua
humanidade, de sua competência, da
especificidade que possui, enquanto produtor de
um texto próprio. O texto próprio é aquele que não
se confunde com nenhum outro, embora obedeça a
técnicas e orientações comuns.
Pensando especificamente na linguagem
escrita, a proposta deste trabalho consiste
justamente em apresentar técnicas e orientações
sobre redação, conjugando-as com a necessidade
de originalidade. Talvez a mais importante de
todas, num mundo cada vez mais massificado,
mais achatador das diferenças, e, portanto, mais
pobre de dizeres expressivos.
O objetivo primordial é orientar, do ponto de
vista técnico e criativo, a prática da escritura do
texto, em suas diversas modalidades e contextos de
produção, para qualquer situação em que seja
necessário redigir, e também para o exercício da
linguagem escrita enquanto atividade vital da
Expressão e da Comunicação humanas.
Portanto, se gostar da apostila, se a
manusear a cada consulta com maior familiaridade,
você com ela vai se sentir seguro, se saber capaz
de enfrentar as redações que Ihe são solicitadas nos
exames vestibulares, nos concursos, nos desafios
profissionais, no dia- a-dia da escola, do trabalho,
dos relacionamentos.
Trata-se, enfim, de uma apostila para a
vida, para deflagrar algo que Ihe pertence e que
busca espaço de expressão, dentro de você: a sua
linguagem, os seus pontos de vista, a descoberta da
travessia rumo ao amadurecimento de sua
capacidade de interlocução que se dá pelas
palavras que tem; reinventadas.
Escrevendo com gosto, com imaginação
motivada pelo desejo, provavelmente você escreverá
melhor e mais expressivamente, do que se optar
por fórmulas prontas, pensando apenas em
supostas facilidades. A sabedoria está em conjugar
lucidez e poeticidade, lógica e criação. Pensar
criadoramente, com lógica; criar logicamente, com
imaginação.
COMO SE ORGANIZA E COMO UTILIZAR
A APOSTILA
Esta apostila possui três grandes núcleos -
Descrição, Narração, Dissertação - os quais
correspondem aos três tipos de textos fundamentais.
Em torno de tais núcleos são abordadas, em
forma de verbetes e/ou de unidades temáticas, as
principais características das modalidades. Esta
abordagem priorizará sua utilização prática, isto é,
focalizará, através de exemplos comentados, os
meios de operacionalizá-las com competência
técnica e capacidade criadora.
Assim, após uma apresentação geral,
significativamente denominada Dicas e
Pressupostos para a realização de um bom
texto, passaremos aos núcleos propriamente ditos.
O núcleo I será dedicado à Descrição, o
núcleo II à Narração e o núcleo III à Dissertação.
De acordo com seus interesses, suas
dúvidas e necessidades, você escolhe o seu roteiro
de leitura, tanto em relação ao(s) verbete(s)
temático(s) no(s) qual(is) quer se concentrar, quanto
em relação ao(s) tópico(s), dentro de cada um deles,
que pretende desenvolver.
Trata-se, enfim, de uma obra de consulta,
que substitui a leitura linear por aquela instigada
pelos objetos e objetivos de conhecimento e de
reflexão surgidos no cotidiano, à propósito de
situações concretas de produção textual.
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Apresentação Geral: pressupostos e
sugestões para a realização de um bom texto
Seja como for, todas as "realidades" e as
fantasias" só podem tomar forma através da
escrita, na qual exterioridade e interioridade,
mundo e ego, experiência e fantasia aparecem
compostos pela mesma matéria verbal; as visões
polimorfas obtidas através dos olhos e da alma
encontram-se contidas nas linhas uniformes de
caracteres minúsculos ou maiúsculos, de pontos,
vírgulas, de parênteses; páginas inteiras de sinais
alinhados, encostados uns nos outros como grãos
de areia, representando o espetáculo variegado do
mundo numa superfície sempre igual e sempre
diversa, como as dunas impelidas pelo vento do
deserto.
(Ítalo Calvino - Seis Propostas para o Próximo
Milênio - São Paulo, Companhia das Letras, 1990)
Neste espaço introdutório, vamos enumerar
alguns pressupostos básicos necessários para uma
boa produção textual, independentemente da
modalidade escolhida. Vamos, também, relacionar
tais pressupostos com sugestões que lhes facilitem
a compreensão e a operacionalização.
Leia e releia cada uma das orientações,
sem se preocupar com detalhes sobre a forma de
viabilizá-las, na especificidade de cada tipo de
texto redigido. Seu conteúdo será retomado ao
longo de toda a apostila, nos verbetes e tópicos
apresentados.
Ter o domínio correto da língua e o
conhecimento de seus mecanismosbásicos, em
termos de estrutura / coerência / vocabulário /
clareza / correção de linguagem.
Para atingir este pressuposto, é necessário
familiarizar-se com a língua escrita culta, o que
conseguimos por meio da leitura de diversos
tipos de textos e também da consulta
sistemática a gramáticas e dicionários.
Ter a capacidade de deflagrar e de
organizar idéias: saber conjugar "inspiração" e
"transpiração".
Organizar as idéias, necessariamente,
opõe-se à fragmentação com que aparecem em
nossa mente. Pensamos numa velocidade e
escrevemos em outra. Precisamos, então, para
escrever, por um lado permitir e incentivar o fluxo
de nossas idéias, e por outro organizá-las, isto é,
perceber e explicitar as relações que há entre elas.
Para a realização eficiente deste processo,
é necessário primeiro respeitar os mecanismos da
chamada "inspiração", ou seja:
MOMENTO CRIADOR: INSPIRAÇÃO
Não inibir o que vem à mente a partir da
necessidade de escrever algo, seja o que for.
Rascunhar o que for aparecendo com a
preocupação única de ser fiel ao fluxo de
percepções, intuições, divagações, sentimentos,
pensamentos etc, deflagrados pelo tema proposto
(lembre-se de que "palavra-puxa-palavra": você
precisa conquistar um ritmo de desenvoltura e de
familiaridade com a palavra escrita, para que por
meio dela se perceba mais criativo; suas palavras,
liberadas, podem surpreender-Ihe positivamente a
auto-imagem, enquanto ser capaz de expressão, de
comunicabilidade e, portanto, de linguagem).
Transformar em hábito tal procedimento,
sistematicamente anotando observações, insights e
opiniões sobre o que acontece de interessante no
cotidiano, seja em experiências vividas, seja em
leituras, em contato com as pessoas, a TV, o cinema
etc.
MOMENTO DE ARQUITETURA:
"TRANSPIRAÇÃO"
Em seguida, é hora da "transpiração": a
montagem do texto, a escolha do que deve ficar e
do que deve sair; se necessário, acrescente algumas
coisas e retire outras, "enxugando" e "refinando" o
que escreveu. Consulte uma gramática e um
dicionário para a realização da tarefa. Após esta
seleção, ordenar as frases, fundamentalmente a
partir de dois critérios:
Perceber a diferença entre o principal e o
secundário, hierarquizando a seqüência de
parágrafos de modo a tornar claro, legível e
interessante o seu texto ao leitor.
Saber conciliar ponto de vista, opinião,
tomada de posição com argumento, fundamentação,
subsídio para que aquilo que você viu, relatou ou
questionou tenha consistência fora de você, isto é,
possua vínculo lógico com o real e ao mesmo
tempo possa despertar prazer em quem lê.
Seja num tipo de percepção sobre um
determinado objeto que pretende descrever, seja no
sentido de um evento real ou imaginário que almeja
narrar, seja numa tese que gostaria de defender, isto
é, na Descrição, na Narração e/ou na Dissertação, a
base do bom texto está no equilíbrio entre afirmar
(ou sugerir) e subsidiar com elementos pertinentes a
afirmação.
Pensar criadoramente, com lógica; criar
logicamente, com imaginação: nunca devemos nos
esquecer de que um bom texto ao mesmo tempo
deve convencer (por meios lógicos) e persuadir
(por meios retóricos), quer dizer, deve chegar à
razão, à inteligência, e também ao coração, aos
sentimentos. Por isso, não podemos separar uma
coisa da outra; ao contrário, é fundamental saber
conjugar lucidez e poesia, lógica e criação. Assim, o
que temos a expressar revela ao mesmo tempo
saber e sabor, o que seduz e portanto engaja quem
nos lê ao nosso texto.
Adquirir e/ou depurar uma constante prática
de leitura: o ato de escrever está muito ligado ao ato
de ler. Ambos devem ser realizados de maneira
crítica, atenta, quer dizer, não mecânica nem
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passiva, tomando-se o leitor um criador, capaz de
pensar por si mesmo e ao mesmo tempo de
dialogar criticamente com o que lê para produzir o
seu texto.
Relacionar texto e contexto, ou seja, o
tipo de texto a ser produzido precisa ser
compatível com a situação concreta que deflagra a
sua produção. Assim, ao fazermos um relatório, um
memorando, uma circular etc, devemos cuidar
sobretudo da precisão do vocabulário, da
exatidão dos pormenores e da sobriedade da
linguagem. Por outro lado, ao realizarmos uma
narração imaginativa: (por exemplo para criar um
texto publicitário, ou de ficção), a elegância e os
requisitos da expressividade lingüística - como os
tons afetivos e as explorações de polissemia - são
prioridades. Entretanto, estas coisas não são
estanques: o esclarecer convencendo e o
impressionar agradando andam juntos, como
veremos ao longo de todo o livro.
1o NÚCLEO - DESCRIÇÃO
1 - Definição: o que é descrever
Descrever é representar com palavras
um objeto - uma coisa, uma pessoa, uma
paisagem, uma cena, ou mesmo um estado, um
sentimento, uma experiência etc -
fundamentalmente por meio de nossa percepção
sensorial, nossos cinco sentidos: visão, tato,
audição, olfato e paladar.
No texto descritivo, o sujeito cria uma
imagem verbal do objeto - entenda-se a palavra no
sentido mais amplo possível -, dando suas
características predominantes, apresentando os
traços que o singularizam, de acordo com o objetivo
e o ponto de vista que possui ao realizar o texto.
Leitura Comentada: Um Texto Descritivo
Ela possuía a dignidade do silêncio. Seu
porte altivo era todo contido e movia-se pouco.
Quando o fazia, era como se estivesse procurando
uma direção a seguir; então, encaminhava-se
diretamente, sem desvios, ao seu objetivo.
O cabelo era louro-dourado, muito fino e
sedoso, as orelhas pequenas. Os olhos tinham o
brilho baço dos místicos. Pareciam perscrutar
todos os mistérios da vida: profundos, serenos,
fixavam-se nas pessoas como se fossem os olhos
da consciência, e ninguém os agüentava por muito
tempo, tal a sua intensidade. O olho esquerdo tinha
uma expressão de inquietante expectativa.
Os lábios, de rebordos bem definidos, eram
perfeitos e em harmonia com o contorno do rosto,
de maçãs ligeiramente salientes. O nariz, quase
imperceptível na serenidade meditativa do
conjunto. Mas possuía narinas que se dilatavam
nos raros momentos de "cólera sagrada", como
costumava definir suas zangas.
A voz soava grave e profunda. Quando
irritada, emergia rascante, em estranha autoridade,
dotada de algo que infundia respeito. Tinha um
pequeno defeito de dicção: arrastava nos erres por
causa da língua presa.
A mão esquerda era um milagre de
elegância. Muito móvel, evolucionava no ar ou
contornava os objetos com prazer. No trabalho, ágil
e decidida, parecia procurar suprir as deficiências
da outra dura, com gestos mal controlados, de dedos
queimados, retorcidos, com profundas cicatrizes.
Cumprimentava às vezes com a mão
esquerda. Talvez por pudor, receosa de constranger
as pessoas, dirigia-se a elas com economia de
gestos. Alguns de seus manuscritos eram quase
ilegíveis. Assinava com bastante dificuldade, mas
utilizava ambas as mãos para datilografar.
Era profundamente feminina, exigia e se
exigia boas maneiras. Bem cuidada no vestir,
vaidosa, mas sem sofisticação.
Nunca saía sem estar maquilada e trajada às
vezes com algum requinte: turbante, xale, vários
colares e grandes brincos. O branco, o preto e o
vermelho eram uma constante em seu guarda-roupa.
O batom geralmente era de tom rubro forte;
o rímel negro, colocado com sutileza, aumentava a
obliqüidade e fazia ressaltar o verde marítimo dos
olhos. Indiscutivelmente era mulher interessante, de
traços nobres e, talvez, inatingível.
Quanto à afetividade, acreditava que,
quando um homem e uma mulher se encontram num
amor verdadeiro, a união é sempre renovada, pouco
importando brigas e desentendimentos.
Ambicionava viver numa voragemespecialmente, conversar
sobre o tema. Não terá nada a ganhar com isso.
Pense no que virá. Não se torture com o que
passou. Não dê atenção àqueles que dizem que a
prova estava fácil. Normalmente, quem fala demais
sabe de menos. Não deixe se impressionar ou
deprimir por esses comentários de concorrentes que
só querem fazer terrorismo e tirar um pouco de sua
calma.
BOA SORTE !!!
ANOTAÇÕES
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A carreira pública é cada vez mais
valorizada no Brasil como meio seguro de ingresso
e permanência no mercado de trabalho, oferecendo
muitas vantagens em relação à iniciativa privada,
como estabilidade, maior salário, possibilidade de
ascensão profissional e uma série de direitos e
benefícios diferenciados.
Estabilidade
É um dos fatores que mais motivam os
candidatos a uma vaga no setor público. Ao
contrário de um trabalho da iniciativa privada, que
pode ser demitido a qualquer momento, um
servidor público que ingressou na carreira pública
por meio de concurso adquire estabilidade após
três anos de trabalho. Depois disso, normalmente,
ele só perde o cargo (é exonerado) se cometer
falta grave, à qual cabem diversos recursos, em que
lhe é oferecido amplo direito de defesa.
O direito de defesa à estabilidade não
se estende aos servidores que ocupam cargos
temporários ou comissionados (cargos de
confiança), nem aos trabalhadores de empresas
cujo contrato é regido pela CLT (neste caso, no
entanto, a justiça tem assegurado o direito à
estabilidade aos concursados).
Maiores Salários
A carreira pública geralmente oferece
salários melhores que a iniciativa privada. Os
salários variam conforme o nível de formação
exigido para o cargo (fundamental, médio, técnico,
superior) e a complexidade da função. Os reajustes
seguem o princípio da isonomia: são aplicados os
mesmos índices, e nas mesmas datas, para os
servidores com atribuições iguais ou semelhantes.
Contudo, os valores são diferentes entre os
Poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário) e as
esferas de governo (federal, estadual, distrital,
municipal).
Direitos e benefícios
Além dos direitos comuns a todos os
trabalhadores formais (férias, 13º salário, etc.), o
servidor recebe adicional por tempos de serviço –
um percentual sobre o salário de acordo com o
número de anos trabalhados (quanto mais tempo,
mais o alto o percentual) e gratificações especiais,
conforme o perfil do cargo.
As licenças remuneradas incluem desde
afastamento de três a cada cinco anos
trabalhados, para realizar cursos de capacitação e
reciclagem, licença-prêmio, licença não-remunerada
por períodos de até dois anos, abono de
determinado número de faltas anuais, entre outros.
Algumas carreiras também oferecem planos
de previdência complementar.
Ascensão profissional
Os funcionários públicos desfrutam de
sistemas de promoção de cargos e salários e
progressão por tempo de serviço. Em grande
parte das secretarias, autarquias, fundações,
empresas e de outros órgãos públicos, vigoram
processos de avaliação de competência como
critério para a ascensão profissional. Quem investe
mais na própria formação tem mais chance de
ascender na profissionalmente. Em muitos casos, a
realização de cursos ou de outros processos de
aprimoramento profissional representa aumento
ou gratificação salarial, independente da
mudança ou não de cargo.
Sem experiência anterior
A grande maioria dos concursos dirigidos a
pessoas de nível médio (dos quais também podem
participar pessoas com nível superior) não exige
experiência anterior, o que, ao contrario da
iniciativa privada, abre oportunidades a jovens
em busca do seu primeiro emprego. Nos
concursos de nível superior, exceto em algumas
carreiras, não se exige formação especifica. E o
caso, por exemplo, da maioria dos cargos abertos
na Receita Federal e no INSS, dois dos órgãos mais
disputados por concursandos.
Aposentadoria
Os funcionários públicos gozam de sistema
próprio de aposentadoria, que varia nos âmbitos
federal, estadual e municipal. Em geral, suas
aposentadorias são mais elevadas a dos
trabalhadores da iniciativa privada, que se
aposentam pelo regime geral da previdência
(INSS). Servidores que atendem a requisitos
impostos por emendas constitucionais aprovadas
em 1998 e
2003 aposentem-se com salário integral e
têm reajustes semelhantes a dos servidores que
estão em atividade. Para se aposentar, o servidor
deve cumprir alguns requisitos, como idade mínima,
tempo de retribuição e tempo mínimo de exercício
no serviço publico e no cargo em que se dá a
aposentadoria.
Requisitos para aposentadoria
Sexo idade Contribuição
Homem 60 anos 35 anos
mulher 55 anos 30 anos
O servidor público
É o trabalhador contratado pelo poder
publico – governos federais, estadual e municipal,
judiciário, legislativo – para desempenhar cargos
e funções em secretarias, autarquias, fundações,
empresas e órgãos diversos. Entre eles estão desde
auxiliares de limpeza e serventes e professores,
médicos, juizes, promotores e auditores.
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Serviço público no Brasil
O setor público corresponde a 11% do total
de empregos no País, ocupando cerca de 8
milhões de servidores, distribuídos entre
municipais(42%), estaduais(40%) e federais (18%).
Esse percentual é menor do que o de
paises como a Suécia, em que o serviço público
emprega 18%da mão de obra; França, em que
proporcionalmente há duas vezes mais servidores
do que no Brasil; e Estados Unidos, onde
proporcionalmente o número de servidores é de
30% maior do que entre brasileiros. (FONTE
UNICAMP)
O CONCURSO PÚBLICO
É a principal forma de ingresso na carreira
pública. Os candidatos aprovadosde
felicidade, como se fosse sonho. Teimosa,
acreditava, porém, na vida de todos os dias. Defini-la
é difícil. Contra a noção de mito, de intelectual,
coloco aqui a minha visão dela: era uma dona-de-
casa que escrevia romances e contos.
Dois atributos imediatamente visíveis:
integridade e intensidade. Uma intensidade que fluía
dela e para ela refluía. Procurava ansiosamente, lá,
onde o ser se relaciona com o absoluto, o seu
centro de força - e essa convergência a consumia e
fazia sofrer. Sempre tentou de alguma maneira
solidarizar-se e compreender o sofrimento do outro,
coisa que acontecia na medida da necessidade de
quem a recebia. O problema social a angustiava.
Sabia o quanto doíam as coisas e o quanto
custava a solidão.
São muitos os "mistérios" que aos olhos de
alguns a transformaram em mito. Simplesmente,
porém, em Clarice não aparecia qualquer mistério.
Ela descobria intuitivamente o mistério da vida e do
ser humano; em compensação, era capaz de
dissimular o seu próprio mistério.
(Olga Boreli - Clarice Lispector, Esboço para um
possível retrato - texto adaptado - Rio de Janeiro, Nova
Fronteira, 1981)
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Comentários
Vejamos, comentando o texto apresentado,
algumas características fundamentais do texto
descritivo:
a) Descrição: Objetivo e Ponto de vista
Repare que o objetivo da autora, no texto
lido, é traçar um perfil físico e psicológico de
Clarice Lispector, grande escritora da
literatura brasileira, de quem foi amiga.
O seu ponto de vista ao realizar a
descrição pressupõe, portanto, proximidade com o
objeto descrito, o que percebemos pela qrande
quantidade de detalhes reveladores de convivência
íntima, presentes no texto.
Além disso, a imagem de Clarice que Olga
Boreli pretende transmitir ao leitor está explicitada
na seguinte passagem do texto: Defini-la é difícil.
Contra a noção de mito, de intelectual, coloco aqui
a minha visão dela: era uma dona-de-casa que
escrevia romances e contos.
Perceba que para recriar descritivamente
esta imagem, ou seja, para colocar a sua visão, o
seu ponto de vista a respeito da escritora, a autora
ora se detém em características físicas, ora em
características psicológicas, e mais comumente
mescla ambos os tipos de características, fazendo
com que reciprocamente se iluminem. Ao mesmo
tempo, tais características vão ao encontro do
ponto de vista defendido, fundamentando-o.
Exemplo:
Características físicas:
Nunca saía sem estar maquilada e trajada
às vezes com algum requinte: turbante, xale, vários
colares e grandes brincos. O branco, o preto e o
vermelho eram uma constante em seu guarda-
roupa.
Características psicológicas:
Ambicionava viver numa voragem de
felicidade, como se fosse sonho. Teimosa,
acreditava, porém, na vida de todos os dias.
Mescla de características físicas e
psicológicas:
Os olhos (...) pareciam perscrutar todos os
mistérios da vida (...) fixavam-se nas pessoas como
se fossem os olhos da consciência, e ninguém os
agüentava por muito tempo, tal a sua intensidade.
O nariz quase imperceptível na serenidade
meditativa do conjunto. Mas possuía a narinas que
se dilatavam nos raros momentos de "cólera
sagrada”, como costumava definir suas zangas.
O batom geralmente era de tom rubro forte;
o rímel negro, colocado com sutileza, aumentava a
obliqüidade e fazia ressaltar o verde marítimo dos
olhos. Indiscutivelmente era mulher interessante,
de traços nobres e, talvez, inatingível.
Conclusões importantes
Por meio destes exemplos concluímos que
tanto o objetivo da descrição quanto o ponto de
vista do sujeito em relação ao objeto descrito devem
ser minuciosamente observados, para se criar esse
tipo de texto.
Em outras palavras, na descrição a seleção
dos traços, das características que mostrarão ao
leitor como é um determinado objeto, deve ser
elaborada pelo sujeito de forma coerente e
adequada com seu objetivo e ponto de vista ao
descrever.
Entretanto, antes de selecionar é preciso
enumerar, isto é, fazer uma lista de traços,
características e detalhes do objeto, da maneira mais
livre possível.
Você pode se colocar em diferentes
perspectivas (próximo, distante, atrás, na frente, em
cima, embaixo, do lado etc) em relação a ele, pode
conjugar memória e imaginação, pode pensar se
considerou todos os sentidos ao descrever (visão,
tato, audição, olfato, paladar), pode misturar
sensações com sentimentos, emoções, reflexões.
Só não deve bloquear este fluxo pensando
antecipadamente na montagem, na organização final
do texto. Este processo vem depois, quando você já
tem os elementos necessários para cortar o que está
repetido, acrescentar o que falta, hierarquizar em
principais e secundários os aspectos escolhidos,
enfim, ajustar o como ao porquê: o tipo de texto
(por exemplo: com maior objetividade ou maior
subjetividade, presença expressiva de detalhes ou
linguagem mais enxuta, ponto de vista mais próximo
ou mais distante, favorável ou des- favorável etc) ao
contexto de produção (os objetivos do texto e a
situação que gerou a necessidade de escrevê-lo).
b) A linguagem da descrição: algumas
características essenciais
Na medida em que tende para a
estaticidade, isto é, para a ausência de
movimento ou ação, a descrição pode ser
comparada com uma fotografia ou uma pintura.
Assim, seu traço predominante é a presença dos
nomes (substantivos) e dos atributos que o
caracterizam (adjetivos e locuções adjetivas).
Exemplo:
O cabelo era louro-dourado, muito fino e
sedoso, as orelhas pequenas. (...) O olho
esquerdo tinha uma expressão de inquietante
expectativa.
Os lábios (...) eram perfeitos e em
harmonia com o contorno do rosto, de maçãs
ligeiramente salientes. O nariz, quase
imperceptível (... ) A voz soava grave e profunda.
Pela mesma razão mencionada no item
anterior, as descrições privilegiam as frases
nominais, os verbos de estado (e não os de ação) e
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o pretérito imperfeito do indicativo (e não o pretérito
perfeito).
Exemplo:
A mão esquerda era um milagre de
elegância. Muito móvel, evolucionava no ar ou
contornava os objetos com prazer. No trabalho,
ágil e decidida, parecia procurar suprir as
deficiências da outra...
Cumprimentava às vezes com a mão
esquerda. Talvez por pudor, receosa de
constranger as pessoas, dirigia-se a elas com
economia de gestos. Alguns de seus manuscritos
eram quase ilegíveis. Assinava com bastante
dificuldade, mas utilizava ambas as mãos para
datilografar.
Dois atributos imediatamente visíveis:
integridade e intensidade...
As comparações e as metáforas, por
constituírem recursos retóricos destinados a
caracterizar os objetos, a partir de semelhanças
com outros objetos, também são muito utilizadas
nas descrições.
Exemplo:
Ela possuía a dignidade do silêncio.
Seu porte altivo era todo contido e movia-se
pouco. Quando o fazia, era como se estivesse
procurando uma direção a seguir. (...)
Os olhos tinham o brilho baço dos
místicos. Pareciam perscrutar todos os
mistérios da vida:
profundos, serenos, fixavam-se nas
pessoas como se fossem os olhos da
consciência...
2 - Tipos de descrição: objetiva e
subjetiva
A descrição costuma ser classificada como
objetiva ou subjetiva. Na descrição objetiva, o
sujeito procura criar uma imagem do objeto que
se aproxime, o máximo possível, de sua cópia
fenomênica, isto é, descreve centrado naquilo que
efetivamente vê. Para tanto, utiliza como critérios
básicos a exatidão e a fidelidade ao real .
Já na descriçãosubjetiva, a imagem
descrita enfatiza a transfiguração do objeto pelo
sujeito, que atribui a ele elementos próprios e o
incorpora a sua pessoalidade, centrando-se
naquilo que quer, pensa ou sente ver.
Leitura Comentada: Uma Descrlção
Objetiva
O motor está montado na traseira do
carro, fixado por quatro parafusos à caixa de
câmbio, a qual, por sua vez, está fixada por coxins
de borracha na extremidade bifurcada do chassi.
Os cilindros estão dispostos horizontalmente e
opostos dois a dois. Cada par de cilindros tem um
cabeçote comum de metal leve. As válvulas,
situadas nos cabeçotes, são comandadas por meio
de tuchos e balancins. O virabrequim, livre de
vibrações, de comprimento reduzido, com têmpera
especial nos colos, gira em quatro pontos de apoio
e aciona o eixo excêntrico por meio de engrenagens
oblíquas. As bielas contam com mancais de chumbo-
bronze e os pistões são fundidos de uma liga de
metal leve.
(Manual de Instruções- Volkswagen)
Comentários
Observe que este texto tem o objetivo de
descrever o motor de um carro do ponto de vista de
seu fabricante, a Volkswagen, que portanto constitui
o locutor, o emissor do texto. Seu receptor ou
destinatárlo é o usuário do produto, o leigo, o que
explica a redução de termos técnicos ao mínimo
necessário e também o detalhamento de
características, típico de um Manual de Instruções.
Observe também a postura de
distanciamento do locutor em relação ao objeto
descrito: ele se abstém de comentários, opiniões,
centrando-se nas características fenomênicas
daquilo que descreve. Trata-se, portanto, de uma
descrição impessoal e objetiva.
Leitura Comentada: Uma Descrição
Subjetiva
O que mais me chateia na raiva é que sei,
por experiência, que ela passa. A raiva, sim, é um
pássaro selvagem: você tenta amansar ele, ganhar
confiança, mas quando menos se espera ele bate as
asas e foge. A gente fica então com uma fraqueza no
peito, no corpo todo, como depois de uma febre.
Querendo colo. Mas o pior é o período antes dessa
fraqueza, todo mundo com os nervos inflamados, à
flor da pele. As caras que por acaso rompiam a
barreira do meu quarto eram todas de tragédia. (...)
Embora fosse antigamente uma princesa (...)
eu me sentia um sapo (...). Eu estava muito cheia de
raiva (no fundo, vergonha) e, embora tivesse
gritado "perdão" à vista de todos, eu não queria
me arrepender. Por isso estava ainda naquele
inferno. No inferno, isso eu sei, é proibido o
arrependimento. Continuamos fiéis aos nossos erros.
(Vilma Arêas - Aos trancos e relâmpagos - São Paulo,
Scipione, 1993)
Comentários
Aqui, a locutora está descrevendo um
sentimento: a raiva. Percebemos que o faz
subjetivamente desde a primeira linha, quando
explicita a postura do "eu" em relação ao que
descreve: O que mais me chateia... Além disso,
utiliza-se de metáforas e de linguagem coloquial,
com recursos de oralidade, pessoalizando a vísão
que o sujeito tem do objeto. O fragmento pertence a
um texto literário destinado ao público infantil, o que
explica seu tom de naturalidade e de proximidade
com o intertocutor, também explicitado logo no
início: A raiva, sim, é um pássaro selvagem:
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vocé tenta amansar ele, ganhar confiança, mas
quando menos se espera ele bate as asas e foge.
A gente fica então com uma fraqueza no peito, no
corpo todo, como depois de uma febre.
3 - Descrição objetiva e descrição
subjetiva: visão comparativa e conceito de
predominância
Enquanto a descrição objetiva pressupõe
uma postura de distanciamento emocional do
sujeito em relação ao objeto, o que lhe possibilita
apreendê-lo através de um tipo de percepção mais
exata, dimensional, a descrição subjetiva
pressupõe uma postura de pro- ximidade. Essa
postura, por sua vez, implica que o sujeito
descreve o objeto através de um tipo de
percepção menos precisa e mais contaminada por
suas emoções e opiniões.
É necessário colocar aqui uma observação
fundamental para que se compreenda bem em que
consistem ambos os tipos de descrição e, mais do
que isso, qual a funcionalidade da distinção tendo
em vista a produção desse tipo de texto.
Na verdade, não existem textos totalmente
objetivos ou totalmente subjetivos, já que as noções
de sujeito e objeto são interdependentes: é
impossível imaginar tanto um objeto que
independe do sujeito quanto um sujeito que
independe do objeto; no limite, o primeiro caso
corresponderia a pensar o mundo (objeto) sem o
homem, e o segundo a pensar o homem (sujeito)
sem o mundo.
Portanto, todo texto objetivo pressupõe
uma presença, ainda que imperceptível, de
subjetividade, e reciprocamente todo texto subjetivo
pressupõe um mínimo de objetividade.
Podemos então usar o conceito de
predominância para distingui-los, colocando de um
lado, o lado da predominância da objetividade,
os textos técnicos e científicos, e de outro, o
lado da predominância da subjetividade, os textos
literários.
Vejamos duas opiniões interessantes sobre
o assunto:
"A descrição técnica apresenta, é claro, muitas
das características gerais da literária, porém, nela
se sublinha mais a precisão do vocabulário, a
exatidão dos pormenores e a sobrieda- de da
linguagem do que a elegância e os requisitos da
expressividade lingüística. A descrição técnica
deve esclarecer, convencendo; a literária deve
impressionar, agradando. Uma traduz-se
em objetividade; a outra sobrecarrega-se de tons
afetivos. Uma é predominantemente denotativa;
a outra, predominantemente conotativa".
(Othon M. Garcia - Cormunicação em Prosa Moderna - Rio
de Janeiro. Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1996)
"A redação técnica é necessariamente objetiva
quanto ao seu ponto de vista, mas uma
objetividade completamente desapaixonada torna
o trabalho de leitura penoso e enfadonho por
levar o autor a apresentar os fatos em linguagem
descolorida, sem a marca da sua personalidade.
Opiniões pessoais, experiência pessoal, crenças,
Descrição
objetiva
ênfase na impressão despertada pelo
objeto como tal
principais características: precisão do
vocabulário, exatidão dos pormenores
e sobriedade da linguagem,
predominantemente denotativa
objetivo: deve esclarecer,
Descrição
subbjetiva
ênfase na expressão que a alma
empresta ao objeto principais
características: elegância e presença
dos requisitos da expressividade
lingüística - tons afetivos, polissemia,
objetivo: deve impressionar, agradando
ponto de vista: predominantemente subjetivo
Exemplo: descrição literária
Leitura Comentada
Leitura das Sombras
Em 1984, duas pequenas placas de argila
de formato vagamente retangular foram
encontradas em Tell Brak, Síria, datando do quarto
milênio antes de Cristo. Eu as vi, um ano antes da
guerra do Golfo, numa vitrine discreta do Museu
Arqueológico de Bagdá. São objetos simples,
ambos com algumas marcas leves: um pequeno
entalhe em cima e uma espécie de animal puxado
por uma vara no centro. Um dos animais pode ser
uma cabra, e nesse caso o outro é provavelmente
uma ovelha. O entalhe, dizem os arqueólogos,
representa o número dez. Toda a nossa história
começa com essas duas modestas placas. Eles
estão - se a guerra os poupou - entre os exemplos
mais antigos de escrita que conhecemos.
Há algo intensamente comovente nessas
placas. Quando olhamos essas peças de argila
levadas por um rio que não existe mais, observando
as incisões delicadas que retratam animais
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transformados em pó há milhares e milhares de
anos, talvez uma voz seja evocada, um
pensamento, umamensagem que nos diz: "Aqui
estiveram dez cabras", "Aqui estiveram dez
ovelhas", palavras pronunciadas por um fazendeiro
cuidadoso no tempo em que os desertos eram
verdes. Pelo simples fato de olhar essas placas,
prolongamos a memória dos primórdios do nosso
tempo, preservamos um pensamento muito
tempo depois que o pensador parou de pensar e
nos tornamos participantes de um ato de criação
que permanece aberto enquanto as imagens
entalhadas forem vistas, decifradas, lidas.
Tal como meu nebuloso ancestral sumério
lendo as duas pequenas placas naquela tarde
inconcebivelmente remota, eu também estou lendo,
aqui na minha sala, através de séculos e mares.
Sentado à minha escrivaninha, cotovelos sobre a
página, queixo nas mãos, abstraído por um
momento da mudança de luz lá fora e dos sons
que se elevam da rua, estou vendo, ouvindo,
seguindo (mas essas palavras não fazem justiça ao
que está acontecendo dentro de mim) uma história,
uma descrição, um argumento. Nada se move,
exceto meus olhos e a mão que vira
ocasionalmente a página, e contudo algo não
exatamente definido pela palavra texto desdobra-
se, progri~ cresce e deita raízes enquanto leio.
(Alberto Manguel - Uma História da Leitura - São
Paulo, Companhia das Letras, 1997)
Comentários
a) 1° parágrafo: predomínio de
objetividade
Repare que no primeiro parágrafo do texto,
embora apareça a figura do sujeito (locutor ou
emissor) da descrição - Eu as vi, um ano antes da
guerra do Golfo, numa vitrine discreta do Museu
Arqueológico de Bagdá - o objeto é descrito com
objetividade, quer dizer, enfatizando mais as
características do que foi visto (inclusive com
indicações precisas de tempo e lugar) do que o
ato de ver ... duas pequenas placas de argila
de formato vagamente retangular foram
encontradas em Tell Brak, Síria, datando do quarto
milênio antes de Cristo (...) São objetos simples,
ambos com algumas marcas leves: um pequeno
entalhe em cima e uma espécie de animal puxado
por uma vara no centro. Um dos animais pode ser
uma cabra, e nesse caso o outro é provavelmente
uma ovelha. O entalhe, dizem as arqueólogos,
representa o número dez...
b) 2o parágrafo: predomínio de
subjetividade
Do segundo parágrafo em diante, a mesma
descrição adquirindo fortes marcas de
subjetividade: Há algo intensamente comovente
nessas placas. Quando olhamos essas peças de
argila levadas por um rio que não existe mais,
observando as incisões delicadas que retratam
animais transformados em pó há milhares e milhares
de anos, talvez uma voz seja evocada... palavras
pronunciadas por um, fazendeiro cuidadoso no
tempo em que os desertos eram verdes...
Tais marcas indicam a presença da emoção
do sujeito enquanto descreve. Repare que ele faz
uma evocação afetiva, por meio da percepção
sensorial (os sentidos da visão e da audição, o
segundo com existência imaginária), das mesmas
placas descritas no primeiro parágrafo.
c) Objetividade e subjetividade: descrição
e funcionalidade
As placas, que no primeiro parágrafo foram
caracterizadas como os exemplos mais antigos de
escrita que conhecemos, passam a partir do
segundo a representar mais do que isso: elas se
transformam em imagem do prolongamento e da
preservação da memória dos primórdios do nosso
tempo, o que permite ao leitor sentir-se parte do
processo de decifrá-las.
Assim, enquanto o parágrafo de descrição
objetiva nos faz perceber impessoalmente o objeto
descrito, o de descrição subjetiva pessoaliza o
contato que temos com ele, trazendo para o
presente de nossa leitura o passado longínquo do
surgimento do ato de ler.
Este procedimento no qual objetividade e
subjetividade se mesclam, aumentando o poder
intelectivo e ao mesmo tempo sugestivo do texto, é
reforçado, no terceiro parágrafo, pela imagem do
próprio sujeito lendo.
Neste parágrafo ele se transforma ao mesmo
tempo em sujeito e objeto do texto e, de maneira
concreta, realiza a descrição do seu ato de ler
(com abundância de detalhes descritivos).
Desta forma, quer dizer, através de um
parágrafo predominantemente objetivo ao qual se
seguem outros dois, predominantemente subjetivos,
o autor realiza o objetivo não apenas de transmitir
intelectualmente, mas de mostrar sensorialmente
ao leitor a permanência da leitura ao longo da
história humana. Graças a seu ponto de vista de
proximidade em relação ao objeto, fica registrada,
com intensa expressividade, a relevância da leitura
para a humanidade, através dos tempos e dos
espaços.
Exemplo:
Tal como meu nebuloso ancestral sumério
lendo as duas pequenas placas naquela tarde
inconcebivelmente remota, eu também estou lendo,
aqui na minha sala, através de séculos e mares.
Sentado à minha escrivaninha, cotovelos sobre a
página, queixo nas mãos abstraído por um momento
da mudança de luz lá fora e dos sons que se
elevam da rua, estou vendo, ouvindo, seguindo
(...) uma história, uma descrição, um argumento...
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Conclusões importantes
A leitura detalhada e comentada desta
descrição permite-nos perceber que a presença da
objetividade e da subjetividade em nossos textos
descritivos pode ser mesclada, predominando o
ponto de vista exigido por nossos objetivos e
também pelos contextos de produção textual.
Atentos a tais critérios, precisamos saber conciliar
informação objetiva e impessoal com marcas de
pessoalidade, de expressividade. Precisamos,
enfim, trabalhar o rigor, a exatidão e a fidelidade
ao real, isto é, a necessidade de esclarecer,
convencendo, em sintonia com a de
impressionar, agradando.
4 - Elementos constitutivos do texto
descritivo
A visão, a audição, o olfato, o tato e o
paladar - nossos cinco sentidos - constituem os
alicerces da descrição. A eles acrescentamos nossa
imaginação criadora.
Na medida em que se ancora na
percepção sensorial, o texto descritivo explora os
cinco sentidos, seja isoladamente, seja
confundindo-os, isto é, utilizando-se de sinestesias.
"Não se esqueça de que percebemos ou
observamos com todos os sentidos e não apenas
com os olhos. Haverá sons, ruídos, cheiros,
sensações de calor, vultos que passam, mil
acidentes, enfim, que evitarão se torne a
descrição uma fotografia pálida daquela riqueza
de impressões que os sentidos atentos podem
colher".
Othon M. Garcia - Comunicação em Prosa Moderna
- Rio de Janeiro, Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1996)
Leitura Comentada
Para exemplificar a exploração dos
sentidos no texto descritivo, leia as várias versões
de um parágrafo em que uma personagem se
recorda de cenas de seu casamento, explorando
cada um deles, primeiro isoladamente e depois por
meio de sinestesia:
exploração da visão
JOANA lembrou-se de repente, sem aviso
prévio, dela mesma em pé no topo da escadaria.
Não sabia se alguma vez estivera no alto de uma
escada, olhando para baixo, para muita gente
ocupada, vestida de cetim, com grandes leques.
Muito provável mesmo que nunca tivesse vivido
aquilo. Os leques, por exemplo, não tinham
consistência na sua memória. Se queria pensar
neles não via na rea- lidade leques, porém
manchas brilhantes nadando de um lado para
outro...
(Clarice Lispector – Perto do Coração Selvagem -
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986 - texto adaptado)
Comentários
A cena é construída predominantemente por
meio da visão, conjugada com a memória. Repare
que a personagem se recorda de si mesma, numa
perspectiva de cima em relação a um cenário que
se esfumaça, transitando da objetividade para a
subjetividade e assim fundamentando a imprecisão
da lembrança, tematizada no texto.
exploração da audição
JOANA lembrou-se de repente, sem aviso
prévio, dela mesma em pé no topo da escadaria.
(...) Muito provável mesmo que nunca tivesse vivido
aquilo.Se queria pensar nos leques não os via na
rea- lidade, porém manchas brilhantes pareciam
farfalhar de um lado para outro entre palavras em
francês, susurradas com cuidado por lábios
juntos...
(Clarice Lispector – Perto do Coração Selvagem - Rio
de Janeiro, Nova Fronteira, 1986 - texto adaptado)
Comentários
Nesta versão do mesmo parágrafo descritivo,
a audição se acrescenta à visão para marcar a já
comentada imprecisão da memória; ao mesmo
tempo, aumentam os detalhes, que vão
caracterizando mais expressivamente a evocação do
passado.
exploração do tato
JOANA lembrou-se de repente, sem aviso
prévio, dela mesma em pé no topo da escadaria.
(...) Muito provável mesmo que nunca tivesse vivido
aquilo. (...) Mas apesar de tudo a impressão
continuava querendo ir para frente, como se o
principal estivesse além da escadaria e dos leques.
Sentia na planta dos pés aquele medo frio de
escorregar, nas mãos um suor cálido, na cintura
uma fita apertando, puxando-a como um leve
guindaste para cima.
(Clarice Lispector – Perto do Coração Selvagem - Rio
de Janeiro, Nova Fronteira, 1986 - texto adaptado)
Comentários
Aqui a cena se torna mais rica e complexa,
uma vez que os elementos da percepção tátil
desviam o foco da descrição, que se afasta do
cenário para focalizar a personagem, aumentando o
conteúdo de subjetividade do texto e desta forma
concentrando-o na realidade interior, nas sensações
íntimas daquela que lembra.
exploração do olfato
JOANA lembrou-se de repente, sem aviso
prévio, dela mesma em pé no topo da escadaria.
Muito provável mesmo que nunca tivesse vivido
aquilo. (...) O cheiro das fazendas novas vestidas
pelo homem que seria dela a atravessava,
procurando distanciá-la do botão de rosa que
insistentemente lhe comprimia as narinas,
indecisas entre velhos e novos aromas, entre o
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que fora e o que passaria a ser, terminada a
cerimônia.
(Clarice Lispector – Perto do Coração Selvagem -
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986 - texto adaptado)
Comentários
Por meio do contraste de elementos
olfativos (o cheiro das fazendas novas... versus o
botão de rosa ... ), a cena reitera o seu caráter
de predomínio de impressões subjetivas, com
acréscimo de personagem (o marido) e clara
referência ao significado afetivo da lembrança.
exploração do paladar
JOANA lembrou-se de repente, sem aviso
prévio, dela mesma em pé no topo da escadaria.
Não sabia se alguma vez estivera no alto de uma
escada, experimentando o bolo de noiva, cujo
sabor não tinha consistência na sua memória. Se
queria pensar nele não percebia na realidade
gostos, porém uma massa insossa e volumosa,
nadando de um lado para outro em sua boca,
que naquele momento ansiava por sal, ou ao
menos por um copo com água.
(Clarice Lispector – Perto do Coração Selvagem -
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986 - texto adaptado)
Comentários
Agora, a presença do paladar se conjuga
com o tato, para novamente enfatizar as sensações
e os sentimentos de Joana, ao lembrar o que Ihe
aconteceu interiormente, no dia de seu casamento.
exploração de sinestesia
JOANA lembrou-se de repente, sem aviso
prévio, dela mesma em pé no topo da escadaria.
Não sabia se alguma vez estivera no alto de uma
escada. Os reflexos úmidos das lâmpadas sobre
os espelhos, os broches das damas e as fivelas
dos cintos dos homens comunicavam-se a
intervalos com o lustre, por delgados raios de luz.
Ora quente, ora fria, essa luz a percorrida por
seus longos músculos inteiros. (...) Ela estava
sentada, numa espera distraída e vaga. Respirava
opressa o perfume roxo e frio das imagens.
(Clarice Lispector – Perto do Coração Selvagem -
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986 - texto adaptado)
Comentários
Observe que os sentidos se embaralham,
se confundem (reflexos úmidos das Iâmpadas;
ora quente, ora fria, essa luz a percorria... visão
e tato; Respirava opressa o perfume roxo e frio
das imagens... olfato, visão e tato).
Ao permitir tal construção descritiva, a
sinestesia dá pluralidade semântica ao texto, que
no caso deste exemplo ao mesmo tempo está
caracterizando ambiente exterior e mundo interior,
o primeiro em função do segundo, o que enriquece
de conotações simultaneamente sensoriais e
emotivas o momento lembrado
5 - A descrição no texto narrativo
A descrição costuma ser utilizada como um
importante recurso do texto narrativo, na medida em
que a caracterização física e/ou psicológica de
personagens, do espaço, do tempo etc, pode
enriquecê-lo por meio de detalhes expressivos, que
prendem o leitor à história que está sendo contada.
Assim, os elementos descritivos auxiliam na
montagem de um conflito, seja através de
personagens cujas características são contrastantes,
seja através de ambientes reveladores de seus
traços determiinantes para a construção da trama
narrativa.
Tais elementos podem estar no início de
uma história – para a criação do "clima", da
"atmosfera" - , no seu momento mais importante - o
clímax, o ponto culminante -, ou mesmo no desfecho.
Sua colocação depende da intenção do narrador, dos
efeitos que quer causar com o que narra.
Leitura Comentada
Revelação no espelho
O vento soprava forte. Era quase um tufão.
Ou talvez um tornado, pois suas rajadas
concentradas agiam com mais violência num raio de
poucos metros. Apavorada, ela buscou abrigo,
colando-se à reentrância de uma porta de garagem.
Tremia. Tinha a sensação de que aquele vento era
uma manifestação do Mal. E pior: que contra ela se
dirigia. Enquanto o vento lhe chicoteava as pemas,
tirou da bolsa um pequeno espelho para, através
dele, espiar a rua sem sair , de trás da coluna. E
teve a confirmação. A imagem, no espelho, era de
calmaria. O vento era mesmo assombrado.
(Heloísa Seixas - Contos Mínimos, Folha de São
Paulo - 19/03/98)
Comentários
Repare que o narrador desta micro-história
cria um enredo de suspense, utilizando-se de
elementos descritivos para fazê-lo.
A protagonista se apavora diante de um
vento, um tornado ou um tufão que, de tão violento,
lhe chega a parecer uma manifestação do Mal.
Entretanto, no desfecho percebemos que ela
acertadamente o julgara assombrado... o que é
mostrado ao leitor pelo contraste entre elementos
táteis, descrevendo as sensações imaginárias
(Enquanto o vento Ihe chicoteava as pernas...), e
elementos visuais, descrevendo as sensações reais
(E teve a confirmação. A imagem, no espelho, era
de calmaria.)
Assim, a presença da descritividade na
montagem desta história dá-lhe grande força
expressiva.
Sugestão de atividade prática:
Descritivização da Narração
A técnica de descritivizar a narração, isto é,
de acrescentar às frases narrativas as descrições de
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personagens, tempo, lugar etc, pode exemplificar a
funcionalidade da descrição no processo de
elaboração desse tipo de texto.
Exemplo:
Dada uma frase narrativa - Um homem
atravessou a rua - vamos sugerir algumas
possibilidades de descritivização, em função de
alguns tipos de enredo:
Possibilidades de descritivização:
a) Para criar uma narrativa de suspense:
Um estranho homem de palavras rudes e
barba por fazer, tremendo de frio ou de medo,
atravessou aquela rua deserta, onde há muitos
anos atrás houvera um crime nunca desvendado...
b) para criar uma narrativa lírico-
amorosa:
Um belo homem vestido de terno preto e
sapatos de verniz, com o olhar enfim apaziguado
de procurá-la por toda a parte, atravessou como se
dançasse aquela rua movimentada em frente à
catedral,onde uma nuvem ou sonho ou aparição o
esperava...
c) para criar uma narrativa fantástica:
Um homem de cabeça
desproporcionalmente avantajada em relação ao
resto do corpo e de pés virados para trás
atravessou com tal rapidez aquela rua larga,
esfumaçada, como que aérea, que não se sabe se
é ilusão de ótica ou de se fato algo aconteceu...
d) Para criar um relato objetivo:
O cliente esteve no escritório no dia 01 de
abril, às 15:15 hs. Era um homem idoso, devia ter
entre 65 e 70 anos. Após esperar por mais de duas
horas a sua vez de ser atendido, sem qualquer
reclamação saiu de lá e atravessou rapidamente
a rua Teodoro Sampaio, caminhando em direção à
loja de nosso conhecido concorrente, que fica a
apenas cem metros de distância...
Comentários
Repare na adequação da escolha dos
elementos descritivos, tendo em vista o tipo de
enredo em questão. Perceba que no último
exemplo, a preocupação com a exatidão e com a
fidelidade ao real, isto é, com os dados objetivos,
não suprime a expressividade do parágrafo.
Para realizar esta proposta, que facilita a
criação de bons textos, enriquecendo-os com
elementos descritivos, crie uma frase narrativa e
pergunte-se, a partir da modalidade de narração
que lhe interessa desenvolver, e também do
objetivo e do ponto de vista com que o fará: como
é o homem? Como é a rua? Como ele a atravessa?
Etc...
6 - A descrição no texto dissertativo
A descrição também pode ser utilizada como
um recurso constitutivo da dissertação e da
argumentação. Por exemplo, quando nos utilizamos
de fatos e/ou de dados concretos sobre a realidade
para fundamentar argumentativamente nossas
opiniões, nossos pontos de vista, estamos lançando
mão de elementos descritivos em textos
dissertativos-argumentativos. Neste caso, devemos
atentar para a necessidade de que se trate de
caracterizações objetivas, impessoais, fiéis à
realidade a que se referem.
Leitura Comentada
"Vivemos, de modo incorrigível, distraídos
das coisas mais importantes", reflete Guimarães
Rosa em "O Espelho". Na caverna high-tech do
alheamento, sob o bombardeio de estímulos da
grande metrópole, a sombra do efêmero ofusca a luz
do mistério. É o que sinto quando retomo a mim
mesmo, é o que vejo quando contemplo a vida ao
meu redor. (...)
De tempos em tempos, porém, surgem fatos
e ameaças que pinicam a bolha da nossa indiferença
e nos despertam, ainda que por breves momentos,
para questões perenes e cruciais da condição
humana.
Que tipo de universo é este em que estamos
metidos e do que podemos ser expelidos, sem deixar
rastro ou memória, por um simples peteleco
cósmico? Foi assim que me senti e foi nisso que
pensei enquanto acompanhava o noticiário recente
sobre a descoberta e as possíveis trajetórias do
XF11, um asteróide de 1,6 km de diâmetro que
deverá passar incomodamente perto da Terra em
2028.
O XF11, ao que parece, não passou de um
falso alarme. Mas a ameaça de colisão, por tudo o
que se pode saber, é real. As crateras da Lua, é
bom lembrar, não estão lá à toa: são as marcas
visíveis das caneladas, topadas e pisões que ela
levou na dança do universo. Vivemos sob o olhar
irônico da Lua.
(Eduardo Gianetti - Folha de São Paulo - 26/03/98)
Comentários
O texto faz uma crítica a uma inversão de
valores típica da sociedade contemporânea: o
supérfluo está no lugar do essencial e vice-versa.
Para isso, utiliza-se de uma linguagem rica em
imagens e em elementos descritivos, como por
exemplo o contraste entre sombra e luz. Enquanto a
primeira alude ao efêmero - para o autor nosso foco
real de preocupação - a segunda representa o
mistério (questões perenes e cruciais da condição
humana), que relegamos.
Feita esta consideração, o autor coloca a
ressalva de que tal inversão de valores às vezes é
suspensa por fatos e ameaças que pinicam nossa
indiferença. Em seguida, passa a exemplificar o que
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defende, descrevendo não apenas o asteróide
XF11, mas, ainda, os sentimentos e
pensamentos que lhe provocou noticiário a
respeito dele.
E, finalmente, menciona a lua, cujas
crateras - descritas como marcas visíveis das
caneladas, topadas e pisões que ela levou na
dança do universo - comprovariam a realidade
da ameaça de colisão em que vivemos. Diante
disso, o texto conclui implicitamente, deveríamos
mudar de atitude, isto é, deveríamos repensar em
que consiste o essencial, em que consiste o
supértluo...
Este exemplo mostra a possibilidade de
dissertar com utilização enriquecedora tanto de
linguagem coloquial e metafórica, quanto de
elementos descritivos. Por tratar-se de um texto
produzido para um contexto jornalístico, de caráter
opinativo, podemos, por meio dele, perceber
concretamente como o impressionar agradando
é, com grande salto de qualidade, um aliado
imprescindível do esclarecer convencendo...
7 - Procedimentos anti-descritivos (que
devem ser evitados num texto descritivo) em
vez de:
a) excesso e/ou falta de elementos
caracterizadores do objeto descrito;
é preciso:
assinalar os traços distintivos, típicos, de
tal modo que o leitor possa distinguir o objeto da
descrição de outros semelhantes;
em vez de:
b) apresentação caótica e desordenada dos
detalhes do objeto descrito;
é preciso:
equilíbrar o principal e o secundário;
em vez de:
c) supervalorização de um sentido (em
geral a visão), em detrimento dos outros;
é preciso:
perceber sons, ruídos, cheiros, sensações
de calor e/ou frio etc;
em vez de:
d) eleição do esclarecer convencendo
como único critério a ser seguido;
é preciso:
também colocar em prática os recursos do
impressionar agradando;
em vez de:
e) opção pela impessoalidade do texto
"neutro";
é preciso:
conseguir ser pessoal, colocar-se enquanto
sujeito, no ato de recriar qualquer objeto.
2o NÚCLEO - NARRAÇÃO
1 - Definição: o que é narrar
Fundamentalmente, narrar é contar uma
história, que pode ser real, imaginária ou ambas as
coisas ao mesmo tempo. Em qualquer um dos
casos, nossa capacidade de fabular, isto é, de
relacionar personagens e ações, considerando
circunstâncias de tempo e de espaço, constitui a
essência do texto narrativo.
Quando nosso compromisso é com a
reprodução do que de fato aconteceu, precisamos,
como na descrição, atentar para a exatidão e a
fidelidade do narrador aquilo de que foi testemunha
ou de que participou como personagem.
Quando, ao contrário, tratar-se de um
contexto de invenção, há o predomínio da
imaginação na elaboração de uma história. Aí a
experiência de criar personagens, tramas, enredos,
de construir circunstâncias de tempo e de lugar,
permite que nos transformemos imaginariamente nos
outros, que vivenciemos simbolicamente outras
histórias, que assumamos outras vozes.
Leitura Comentada: Um Texto Narrativo
Caso de Secretária
Foi trombudo para o escritório. Era dia de
seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara,
não fizera a mínima alusão à data. As crianças
também tinham se esquecido. Então era assim que a
família o tratava? Ele que vivia para os seus, que se
arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma
palavra ao menos!
Mas, no escritório, havia flores à sua espera,
sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da
secretária, que poderia muito bem ter ignorado o
aniversário, e entretanto o lembrara. Era mais do
que uma auxiliar, atenta, experimentada e eficiente,
pé-de-boi da firma, como até então a considerara;
era um coração amigo.
Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais
borocochô: o carinho da secretária não curava,
abria mais a ferida. Pois então uma estranha se
lembrava dele com tais requintes, e a mulher e os
filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis
entre os dedos, sem gosto para viver.
Duranteo dia, a secretária redobrou de
atenções. Parecia querer consolá-lo, como se
medisse toda a sua solidão moral, o seu abandono.
Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditado da
correspondência foi entremeado de suaves
brincadeiras da pane dela.
‘O senhor vai comemorar em casa ou numa
boate?'
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Engasgado, confessou-lhe que em parte
nenhuma. Fazer é uma droga, ninguém gostava
dele neste mundo, iria rodar por noite, solitário,
como o lobo da estepe.
‘Se o senhor quisesse, podíamos jantar
juntos', insinuou ela, discretamente.
E não é que podiam mesmo? Em vez de
passar uma noite besta, ressentida - o pessoal lá
em casa pouco está me ligando - teria horas
amenas, em companhia de uma mulher que -
reparava agora - era bem bonita.
Daí por diante o trabalho foi nervoso,
nunca mais que se fechava o escritório. Teve
vontade de mandar todos embora, para que todos
comemorassem o seu aniversário, ele
principalmente. Conteve-se, no prazer ansioso da
espera.
- Onde você prefere ir? - perguntou, ao
saírem.
- Se não se importa, vamos passar primeiro
no meu apartamento. Preciso trocar de roupa.
Ótimo, pensou ele; faz-se a inspeção prévia do
terreno e, quem sabe?
- Mas antes quero um drinque, para animar
- ela retificou. Foram ao drinque, ele recuperou
não só a alegria de viver e de fazer anos, como
começou a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu
bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço.
No apartamento, ela apontou-lhe o
banheiro e disse-lhe que o usasse sem cerimônia.
Dentro de quinze minutos ele poderia entrar no
quarto, não precisava bater - e o sorriso dela,
dizendo isto, era uma promessa de felicidade.
Ele nem percebeu ao certo se estava se
arrumando ou se desarrumando, de tal modo que
os quinze minutos se atropelaram, querendo virar
quinze segundos, no calor escaldante do banheiro
e da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a
porta do quarto.
Lá dentro, sua mulher e seus filhos, em
coro com a secretária, esperavam-no atacando
"Parabéns para você".
(Carlos Drummond de Andrade - Cadeira de
Balanço - Poesia e Prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguilar,
1988)
Comentários
a) Narração: Encadeamento de fatos ou
ações
O encadeamento de fatos constitui a
característica central de uma narração. Ele é
estruturado tendo em vista um conflito em tomo do
qual a história se organiza, tradicionalmente numa
seqüência do tipo:
Situação Inicial: Exposição de uma
determinada situação, com elementos geradores
de uma complicação (conflito)
Exemplo:
Foi trombudo para o escritório. Era dia de
seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara,
não fizera a mínima alusão à data. As crianças
também tinham se esquecido.(...)
Mas, no escritório, havia, flores à sua
espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da
secretária, que poderia muito bem ter ignorado o
aniversário, e entretanto o lembrara.
Complicação: Apresentação do conflito
Exemplo:
‘Se o senhor quisesse, podíamos jantar
juntos’, insinuou ela, discretamente.
E não é que podiam mesmo? Em vez de
passar uma noite besta, ressentida - o psssoal lá em
casa pouco está me ligando -, teria horas amenas em
companhia de uma mulher que - reparava agora - era
bem bonita.
Clímax: o ponto de maior tensão da história,
quando o conflito chega ao ápice. Exemplo:
No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro
e disse-lhe que o usasse sem cerimônia. Dentro de
quinze minutos ele poderia entrar no quarto, não
precisava bater - e o sorriso dela, dizendo, era
uma promessa de felicidade.
Ele nem percebeu ao certo se estava se
arrumando ou se desarrumando, de tal modo que
os quinze minutos se atropelaram, querendo virar
quinze segundos no calor escaldante do banheiro e
da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a porta
do quarto.
Desfecho: solução do conflito. Exemplo:
Lá dentro, sua mulher e seus filhos em coro
com a secretária, esperavam-no atacando “Parabéns
para Você".
Conclusão Importante
Dois fatores de essencial importância na
criação do enredo
A progressão de ações
A progressão das ações, ao longo do texto
narrativo, é o fator que lhe dá ritmo e dinamismo.
Por meio dela é que vamos conhecendo as
transformações vivenciadas pelos personagens,
como ocorre com o protagonista de Caso de
Secretária.
Se não houver coerência entre a
progressão de ações e as transformações de
personagem (ns) e/ou também de outros elementos
(como o espaço), não haverá narração propriamente
dita.
É preciso, portanto, buscar essa coerência,
para se conseguir produzir um texto que seja
verdadeiramente narrativo.
A Unidade
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Repare que há unidade na seqüência
narrativa de Caso de Secretária.
Ao fato central (a carência de afeto familiar
sentida pelo aniversariante, cuja família lhe prepara
uma surpresa, em cumplicidade com sua
secretária) estão subordinados os fatos
secundários (o excesso de atenção que lhe da a
secretária, o surgimento e o crescimento da
expectativa do aniversariante de ter uma aventura
com ela... etc), havendo clara correlação entre
eles. A unidade constitui, assim, outro fator
indispensável no engendramento de uma trama de
qualidade.
b) Narração: Objetivo e Tema
O texto narrativo é elaborado a partir de um
determinado objetivo (intenção com que se conta
uma história) e de um determinado tema (o tipo de
enfoque que o autor pretende dar ao assunto
escolhido), que se explicitam fundamentalmente
por meio do significado da matéria narrada, tal
como é percebido pelo leitor.
No caso da história que você acabou de
ler, repare que Carlos Drummond de Andrade não
se propõe a tematizar o assunto sobre o qual
escreve (um homem faz aniversário), utilizando-se
de argumentos, contra-argumentos e apresentação
de provas sobre a suposta desatenção da família
do aniversariante, o aparente excesso de atenção
da secretária etc.
Ao contrário, ele se utiliza de tais
elementos para contar uma história, isto é,
encadear ações ou acontecimentos que nos vão
mostrando, fundamentalmente através da
seqüência narrativa, tanto o tema quanto o objetivo
de seu texto. Trata-se de uma surpresa de
aniversário (tema) e de explorar economicamente o
modo pelo qual esta surpresa se deu (objetivo).
c) Narração versus Mero Relato
Caso de Secretária é uma crônica, uma
história breve, que pode fundir ficção e realidade
e que muitas vezes aparece num contexto
jornalístico. Sua finalidade principal é
simultaneamente distrair e envolver o leitor.
Para atingir tal finalidade, que no fundo
constitui o que pretende qualquer narração
imaginativa, é necessário antes de mais nada que o
autor saiba criar e manter a expectativa do leitor, o
seu interesse em prosseguir a leitura, em conhecer
a continuidade da história.
A Expectativa do Leitor e o Desfecho
Inesperado
Observe que no decorrer da narração, até
o desfecho propriamente dito, nem o protagonista
(o aniversariante) nem o leitor conhecem as
intenções da secretária, o que permite que
ambos alimentem uma certa expectativa em
relação a ela: esta personagem parece estar
querendo seduzir o chefe... ele prontamente
armadilha; nós, leitores, ficamos interessados em
saber se há armadilha, de que tipo de armadilha se
trata... etc.
Esta situação se mantém até o clímax, isto é,
quando vai ocorrer a explosão do conflito
- a suposta traição do aniversariante à sua
esposa com a secretária...
Então, nossa expectativa (e também a do
protagonista) é quebrada com um desfecho
inesperado... A secretária e a famíliaresolvem o
conflito do aniversariante, por meio do elemento
surpresa... O desfecho inesperado constitui uma das
formas mais expressivas de provocar o interesse do
leitor pela história, de mantê-lo até o desenlace
atento a cada um de seus detalhes.
Os elementos de um texto narrativo
responsáveis pela criação e pela manutenção da
expectativa do leitor variam de texto para texto e
constituem recursos essenciais para a percepção
das diferenças entre uma verdadeira narração e um
mero relato, ou seja, um. conjunto de fatos ou
acontecimentos, sem a articulação necessária para
transformar-se em texto narrativo.
Vamos apontar visualmente tais diferenças,
para você tê-las em mente quando for escrever uma
história, e assim procurar fazê-lo de modo correto:
Narração Versus Mero Relato
Elementos Identificadores da Narração
1 - criação e manutenção de expectativa de
leitura, com índices do conflito;
2 - explosão do conflito, revelando unidade e
coerência na progressão de ações;
3 - solução do conflito: as personagens
resolvem ou tentam resolver, o conflito;
4 - reconhecimento do objetivo pelo qual a
história foi contada.
Elementos Identificadores do Mero Relato
1 - criação de expectativa sem objetivo
definido, pela acumulação inexpressiva de fatos e
caracterizações;
2 - ausência de conflito: ele não surge, é
apenas insinuado, revela-se incoerente e/ou sem
unidade;
3 - apresentação de uma pretensa solução
como fecho para o texto;
4 - desconhecimento do objetivo pelo qual a
história foi relatada.
d) A linguagem da narração: algumas
características essenciais
Predomínio de Verbos de Ação
Enquanto a descrição se concentra no
objeto, a matéria da narração é o fato, o
acontecimento, razão pela qual predominam os
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verbos de ação, em geral no pretérito perfeito do
indicativo, nesse tipo de texto.
Presença de Elementos Descritivos
Os elementos descritivos costumam estar
presentes na narração, caracterizando seu
processo narrativo, seus personagens, suas
marcações de tempo, de espaço etc.
A funcionalidade desses elementos no
contexto narrativo decorre dos detalhes com os
quais contribuem para tornar o texto mais
expressivo, mais cheio de vitalidade e de
significação.
Exemplo:
Caso de Secretária: frases narrativas +
elementos descritivos
Perceba que no texto Caso de Secretária,
cada parágrafo se inicia com uma frase narrativa,
responsável pelo ritmo da história, sendo em seu
interior enriquecido por elementos descritivos, que
nos mostram fundamentalmente os sentimentos e
pensamentos do personagem principal, em relação
à família e também, crescentemente, à secretária.
1o parágrafo
Frase narrativa: Foi trombudo para o
escritório.
Elementos descritivos:
Era dia de seu aniversário, e a esposa nem
sequer o abraçara, não fizera a mínima alusão à
data. As crianças também tinham se esquecido.
Então era assim que a família o tratava? Ele que
vivia para os seus, que se arrebentava de trabalhar,
não merecer um beijo, uma palavra ao menos!
2o parágrafo
Frase narrativa:
Mas, no escritório, havia flores à sua
espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço
da secretária, que poderia muito bem ter ignorado o
aniversário, e entretanto o lembrara.
Elementos descritivos:
Era mais do que uma auxiliar, atenta,
experimentada e eficiente, pé-de-boi da firma,
como até então a considerara; era um coração
amigo.
3o parágrafo
Frase narrativa:
Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais
borocochô.
Elementos descritivos:
o carinho da secretária não curava, abria
mais a ferida. Pois então uma estranha se
lembrava dele com tais requintes e a mulher e os
filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis
entre os dedos, sem gosto para viver.
4o parágrafo
Frase narrativa:
Durante o dia, a secretária redobrou de
atenções.
Elementos descritivos:
Parecia querer consolá-lo, como se medisse
toda a sua solidão moral, o seu abandono. Sorria,
tinha palavras amáveis, e o ditado da
correspondência foi entremeado de suaves
brincadeiras da parte dela.
Etc...
e) Narrar: enumerar + selecionar
Enumerar
Quando narramos, a memória e a
imaginação alimentam o nosso fluxo de linguagem,
por nos fornecerem elementos com os quais vamos
compondo o universo narrativo.
Conseguimos mobilizar tais elementos por
meio da enumeração: enumeramos fatos,
acontecimentos, personagens, situações, marcações
de tempo e de espaço, relacionando-os, por um
processo de associação livre, ao longo da criação de
nossas narrativas. Portanto, como na descrição, o
ato de narrar pressupõe a técnica de enumerar.
Quando estamos criando ou fazendo o
rascunho de nossas narrações, devemos optar pela
enumeração, pois ela proporciona: uma associação
de idéias espontânea e, conseqüentemente, um
estilo o mais natural possível.
Selecionar
No entanto, esse artifício, justamente por ser
rico e gerador de ênfase, pode causar o excesso, a
redundância, o rebuscamento. Sabemos que nem
todas as ações desempenham papel imprescindível
para a compreensão da trama; sabemos também
que os personagens e os ambientes não necessitam
de caracterizações detalhadas. Ao contrário: é
preciso eleger os elementos pertinentes ao texto,
aqueles que possuem função orgânica e expressiva.
Após a enumeração, precisamos, então,
lançar mão do mecanismo de seleção (montagem e
escolha do essencial, retirando o que estiver de
mais e acrescentando o que faltar), para depurar o
texto, tendo em vista a sua legibilidade e o interesse
que deve despertar no leitor.
O mecanismo de seleção permite-nos, ainda,
limpar as impurezas do texto, torná-lo coeso,
conciso, claro e sedutor. Trata-se, enfim, como
vimos na descrição, de conciliar o esclarecer
convencendo e o impressionar agradando.
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2 - Elementos narrativos básicos:
personagens e enredo
Os dois elementos sem os quais a narração
não pode se articular são os personagens, isto é,
os seres que vivem a história narrada, e também o
enredo: o encadeamento de ações que a estrutura.
Tipos de Personagens
Você já sabe que normalmente o enredo de
uma história se baseia num conflito. Pode tratar-se
de um conflito de interesses ou de desejos
entre personagens, do (s) personagem (ns) com
o mundo, ou, ainda, do (s) personagem (ns)
consigo mesmo (s).
Para a montagem do conflito, dividimos os
personagens em protagonistas e. Geralmente,
estes são os personagens chamados de
principais.
Além deles, há os personagens-
ajudantes, que auxiliam na percepção do tipo de
conflito, dos jogos de interesses, enfim, dos
elementos estruturais da história.
Exemplo:
Em Caso de Secretária, a narrativa se
estrutura em função de um suposto conflito de
desejos entre protagonista (o aniversariante) e
antagonistas (a família). No entanto no desfecho
percebemos que na verdade se trata tanto de um
conflito quanto de um antagonismo aparentes, e
não reais, o que contribui com o comentado
desfecho inesperado da história e também com seu
tom de leveza e humor.
Tal percepção ocorre por meio do
comportamento da secretária, que primeiro
intensifica e depois dilui o pretenso conflito... Ela é,
portanto, um exemplo de personagem- ajudante.
Repare que a menção desta personagem no título
do conto sugere a importância que possui, para a
compreensão da história.
Modos de Apresentação de
Personagens
Há dois modos clássicos pelos quais o
narrador apresenta os personagens numa
história:
a apresentação direta; através dadescrição (que pode ser de traços físicos e/ou de
traços psicológicos: sentimentos,
pensamentos etc)
Exemplo: Foram ao drinque, ele recuperou
não só a alegria de viver e de fazer anos, como
começou a fazê-los pelo avesso, remoçando.
a apresentação indireta, através de falas e
de ações dos personagens. Exemplo:
‘O senhor vai comemorar em casa ou numa
boate?'
Engasgado, confessou-lhe que em parte
nenhuma.
Conclusão Importante
A Verossimilhança na Apresentação de
Personagens
Numa narrativa bem construída como a que
estamos comentando, percebemos que os
personagens possuem uma história além daquela
que conhecemos por meio da matéria narrada. O
protagonista, por exemplo, refere-se no 1° parágrafo
a comportamentos da família anteriores ao momento
em que se inicia a história (Foi trombudo para o
escritório.) No final, ficamos imaginando sua
expressão de surpresa e talvez de um certo vexame,
enquanto recebe a surpresa...
Assim, para tomar mais bem escrita e
verossímil a história que vamos contar, devemos
tentar inseri-la no conhecimento que temos do
mundo, imaginando como nossos personagens eram
antes do conflito que pretendemos elaborar, e
também como seriam após a última linha do texto...
Se conseguirmos esse grau de
verossimilhança na lógica do texto - associando-a à
lógica do real - transformaremos nossa história
naquilo que é, de fato, uma história: um flash na vida
de alguém, que talvez possa mudá-la parcial ou
totalmente, mas que não deixa de ser um flash...
desta forma, não há dúvida de que nossos leitores
ficarão mais atentos e interessados naquilo que
estivermos contando...
Tipos de Discurso
O discurso que reproduz fidedignamente a
fala dos personagens chama-se discurso direto.
Este tipo de discurso nos é apresentado
convencionalmente por meio de verbos de elocução
ou verbos discendi, e também de sinais de
pontuação: aspas ou dois pontos e travessão.
Já o discurso indireto é aquele em que o
narrador filtra ao leitor tanto a fala quanto os
pensamentos e sentimentos dos personagens,
incorporando-os a sua linguagem, por meio dos
mencionados verbos de elocução ou verbos
discendi, seguidos de conjunção integrante: que, se.
O discurso indireto livre, por sua vez,
ocorre quando não podemos precisar com exatidão
se a fala, o pensamento ou o sentimento presentes
numa história pertencem ao narrador ou aos
personagens, pois o narrador expressa o fluxo de
consciência dos personagens, confundindo-o com
sua própria voz narrativa.
Exemplo:
‘O senhor vaí comemorar em casa ou numa
boate?’ - discurso direto.
Engasgado, confessou-lhe que em parte
nenhuma. – discurso indireto.
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Fazer anos é uma droga, ninguém gostava
dele neste mundo, iria rodar por aí à noite, solitário,
como o lobo da estepe. - discurso indireto livre.
‘Se o senhor quisesse, podíamos jantar
juntos’, insinuou ela, discretamente. – discurso
direto.
E não é que podiam mesmo? Em vez
de passar uma noite besta, ressentida – o
pessoal lá em casa pouco está me ligando -,
teria horas amenas, em companhia de uma
mulher que - reparava agora - era bem bonita. -
discurso indireto livre.
Observação:
Repare que o narrador de Caso de
Secretária conta a história do ponto de vista do
personagem principal. Além de descrever seus
sentimentos e pensamentos, ele recria o seu fluxo
de consciência, a sua fala interior, por meio do
discurso indireto livre. Assim, o texto articula com
inteligência narrativa a surpresa do final; ela
pertence ao protagonista, mas contamina o leitor,
já que este conhece o enredo exclusivamente por
intermédio daquele.
A crônica de Carlos Drummond de
Andrade nos mostra, enfim, que os modos. de
apresentação de personagens numa história, e
também os tipos de discurso utilizados, devem ser
pensados em função da intenção do autor, dos
efeitos que quer provocar com sua narrativa.
3 - Enredo: modos de organização e
tipos
O enredo, isto é, a organização de ações
ou acontecimentos com os quais tecemos uma
narração, pode se dividir basicamente em dois
tipos:
Enredo linear: é aquele que obedece uma
seqüência lógica e cronológica de ações - início
/desenvolvimento / desenlace ou desfecho. Ex:
Caso de Secretária.
Enredo não-linear: é aquele em que
ocorrem saltos na seqüência de ações, omitindo
fatos, sugerindo acontecimentos, apresentando
cortes temporais, quebrando a seqüência lógica e
cronológica da história. Nesse tipo de narrativa, o
tempo cronológico e o espaço concreto são
substituídos por flashbacks (retrospectivas ou
voltas), flashforwards ou prolepses (antecipaçôes),
ou ainda, algumas vezes, são suprimidos.
A narrativa de natureza complexa, em que
se misturam passado, presente e futuro,
normalmente é estruturada por um enredo não-
linear.
Leitura Comentada
Tantas Mulheres
Descobrisse ela que a amava com tal
fúria, estava perdido. A salvação era fugir e,
com a desculpa da mãe doente, afastou-se alguns
dias da cidade.
- Há tanto tempo, João!
- Pois é, mãe.
- Deixe-me vê-lo, meu filho. Você está um
homem.
Encontrou o quarto arrumado, como no dia
em que partira, havia quantos anos? Bebia sozinho
nos bares, voltava de madrugada para casa.
- É você, meu filho?
- Durma bem, mãezinha.
Ganhar a paz na renúncia do amor. Éle, que
era de gesto violento, não tinha coragem de arrancar
a faca do coração? Ah, quanta vergonha na
partida, em que havia ido às duas da manhã,
debaixo de chuva, espiar a janela fechada. Nem
sequer chovia - ele que chorava. Não enxugava a
lágrima quente no olho, fria no canto da boca. Bem
sabia por que dissera consigo quando o avião
pousou: "Não se alegre, cara feia, você foi poupado
para morte pior".
A mãe ali na porta:
- Meu filho, soube de uma coisa muito triste.
- Que é, mãe?
- Você gosta da mulher de outro. Verdade,
João? São tristes os seus olhos.
- Iguais aos seus, mãe.
Bebia no gargalo, jogava paciência no
quarto, lembrou-se de comprar escova de dente.
Antes de vestir o paletó, enxergou a mosca sobre as
cartas: "Há que matar essa bichinha". Depois de
matá-la, poderia sair. Gentilmente a perseguiu:
"mosca pelo nariz, a lágrima correu do olho", repetia
com seus botões, "nariz da mosca é olho da lágrima"
- e com o jornal dobrado esmagou a mosca.
"Era outra bichinha, não a mesma."
Remoendo a dúvida, das dez da noite às duas da
manhã, ainda sem paletó, quando passou pelo sono.
"Que foi que me aconteceu" - interrogava-se. as
mãos na cabeça - "a que ponto me degradei?"
Chegara a sua vez, fora apanhado.
Pensava na amada, olho perdido num objeto
qualquer, deixava de vê-lo e o coração latia no
peito. Não havia perigo: que é o ato gracioso de
beijar uma boca, qual a lembrança de uma noite?
Sou um homem, com experiência da vida. Depois,
encurralado no velho sofá de veludo, sem fugir dos
olhos acesos a cada fósforo - e nunca mais beijar
o pequeno seio como quem bebe água na concha da
mão.
Chovia, ela aninhava-se nos seus braços, a
face trêmula das gotas na vidraça. Cada gesto uma
descoberta: a maneira de erguer o rosto para o beijo
e de sorrir, aplacada, depois do beijo. Estendida nua
entre as flores desbotadas do sofá: Eu não gastei de
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outro... Mentia, bem que ela mentia! Doente de
amor. Quero você. Venha por cima de mim. Nunca
mais livre do teu peso.
- Tenho de voltar, mãe.
- Não disse que ficava uma semana?
- Pois é, mãezinha.
- Por causa do emprego, meu filho?
- Assunto urgente. Um amigo me chama.
Caso de vida ou morte. Nãosei o que se passa
comigo. Estou em aflição, tremo sem saber por
quê. A senhora me ajude, mãe. Um mau-olhado
estragou minha vida. Estranho e misterioso, não sei
o que é. Sem ânimo para nada. Não durmo, não
como, pouco falo. Quem sofre é a senhora. Sei
que ficará preocupada, mas não deve. Que será
isso, mãezinha? Desespero tão grande que tenho
medo. Bem pode ser alguma muIher. Tantas
passaram pela minha vida.
(Dalton Trevisan - Desastres do Amor - Rio de
Janeiro, Record, 1979)
Comentários
Observe que neste conto de Dalton
Trevisan há uma clara intersecção entre dois
tempos: o tempo do agora da narração, em que o
protagonista se afasta da mulher amada e vai
visitar a mãe, e o tempo de que se lembra: os
momentos de amor dos quais não consegue se
libertar, mesmo sabendo que ela tem outro
homem... Trata-se, assim, de um texto narrativo
que exemplifica o enredo não-linear, por meio de
flashbacks.
Nele o passado invade o presente pela
força do amor, que inclusive não permite que o
protagonista minta à mãe, no último parágrafo,
como inicialmente tenta fazer.
Outro elemento interessante presente no
texto, que merece atenção, é a linguagem
condensada, quase telegráfica, com que o autor,
também se utilizando de discurso indireto livre,
encena o desespero de um homem violento, que
se sente irremediavelmente apaixonado...
4 - Elementos constitutivos do texto
narrativo
Além dos personagens e do enredo, que
já estudamos, os elementos constitutivos da
narrativa são o narrador - a voz que conta a
história -, as circunstâncias de tempo e lugar - e,
finalmente, a linguagem que, por ser o produto
final do texto, a matéria-prima pela qual ele é
tecido, engloba todos os demais.
Vamos visualizar tais elementos, a partir
das perguntas que os compõem:
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO TEXTO
NARRATIVO
O quê? Quem? Como? Quando? Onde?
Porquê?
Por isso...
Ação (enredo)
Personagens (protagonistas, antagonistas,
personagens-ajudantes) O modo pelo qual a ação
ocorreu
Tempo; o momento ou a época em que a
ação ocorreu
Espaço; o lugar onde a ação ocorreu
Causas, razões, motivos pelos quais a ação
ocorreu
Decorrências, resultados ou conseqüências
da ação
Comentários
Nem todos os elementos apresentados estão
explicitados em todas as narrações.
É necessário, porém, que os consideremos,
para escrevermos um texto narrativo que seja
completo, em função de sua situação de produção.
Por meio de tal roteiro, você pode enumerar
e selecionar os fatores que comporão o seu texto
narrativo, procurando dar-Ihe coerência,
verossimilhança, unidade e expressividade, de forma
que desperte a atenção e o interesse do leitor...
5 - Narrador e foco narrativo
Chamamos de narrador a categoria
narrativa por meio da qual o autor conta uma
história. O narrador, a voz que conta a história, é,
então, um elemento imaginário; faz parte do reino da
ficção, assim como os personagens e os
acontecimentos que a vivenciam, caso se trate de
uma narrativa literária.
O estudo dos modos possíveis de contar
uma história, isto é, das posições do narrador
perante o que conta é conhecido como foco
narrativo: trata-se do questionamento, na ficção, de
quem narra, de como se narra, dos ângulos de visão
através dos quais se narra.
Há, basicamente, dois tipos de foco
narrativo: aquele em que o narrador que conta a
história também participa dela, como personagem
(narração em primeira pessoa: personagem-
narrador) e aquele em que o narrador não participa
da história que conta.
Este segundo narrador existe nas narrações
em terceira pessoa e se subdivide em dois tipos:
Narrador-observador: o narrador conta a
história como mero observador dos acontecimentos,
dos quais não participa diretamente. Não sabe, a
respeito do que acontece, mais do que pode
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observar. Passa para o leitor os fatos como os teria
enxergado.
Narrador-onisciente: o narrador é capaz
de revelar tudo sobre o enredo e os personagens
da história. Ele conhece e expressa o próprio
pensamento, a própria voz interior dos
personagens, desvendando seus monólogos e
diálogos íntimos. Às vezes, sabe até vivências
inconscientes dos personagens, ou seja, sabe mais
deles do que eles próprios. Geralmente, este tipo
de narrador faz uso do discurso indireto livre, como
vimos em Caso de Secretária e Tantas Mulheres,
textos que exemplificam este tipo de narrador.
Leitura Comentada: Uma narrativa com
personagem-narrador
O andarilho e sua sombra
Sempre que posso, saio a pé pelas ruas da
cidade. Onde quer que more, com ou sem trânsito,
é assim. Nada para mim substitui o contato direto
com a rua, a ótica nua do pedestre e o exercício
suave da condição de bípede reflexivo. Adoro
quando me acontece de poder caminhar até o local
de algum compromisso ou encontro e considero
um privilégio inconfessável o luxo de perambular a
esmo, sem propósito definido, pelo simples prazer
peripatético de espiar, devanear e ruminar.
Não é sempre, porém, que me permito o
luxo desse esbanjamento. Só quando sinto que
cumpri alguma tarefa e, de certa forma, conquistei
o direito de vagabundear um pouco. Na era do
politicamente correto e da máxima eficácia em tudo,
temo a chegada do dia em que o deleite inocente
de se caminhar sem expectativa de ganho e sem
propósito definido seja considerado um crime.
Um dia desses, não faz muito tempo, eu
estava a poucos quarteirões de casa quando fui
abordado na calçada por um homem de aparência
humilde e jeito acanhado. Não era um mendigo.
Parei e perguntei o que era.
Ele então apontou para uma pequena placa
do canteiro de obras e me pediu, assim meio de
lado, se eu podia ler para ele o que estava escrito
nela. Queria saber, explicou, se estavam
oferecendo emprego.
Li a placa em voz alta ("vende-se material
usado"), lamentei que não era o caso e sugeri
que fosse ao vigia da obra perguntar se estavam
precisando de gente. Nunca mais o vi.
O episódio em si não durou mais que
um par de minutos, talvez nem isso. Mas a
situação daquele homem simples procurando
emprego, o dedo furtivo apontando a placa e a
interrogação muda estampada em seu rosto
expectante têm me acompanhado de forma
intermitente desde aquela manhã.
A sensação imediata, enquanto andava de
volta para a casa, foi de um mal-estar difuso e uma
ponta de remorso. A estranha dignidade daquele
gesto difícil mexeu comigo. Como aquele sujeito teria
vindo parar ali? Teria família, filhos, dívidas? Ele não
parecia desesperado. Mas até que ponto, eu me
perguntava, as aparências revelavam o seu estado?
Comecei a pensar nas dificuldades e
embaraços inusitados que alguém como ele
enfrenta cotidianamente. Como se vira um analfabeto
no cipoal urbano de São Paulo? Como faz para
encontrar um endereço, apanhar o ônibus certo,
contar o troco, não ser trapaceado na quitanda da
esquina?
O analfabetismo numa grande cidade chega
a ser uma deficiência tão debilitadora quanto a
cegueira ou a surdez. É todo um universo de
informação que se fecha, que nunca se abriu. Como
nós que lemos e escrevemos como quem respira e
caminha podemos sequer vislumbrar o que possa ser
isso?
E por que diabos não fui mais solidário? O
que me custaria, afinal, ser mais solícito e tentar
ajudá-lo a se orientar um pouco? Podia, ao menos,
ter perguntado se precisava de dinheiro para tomar
uma condução. Inverti, na imaginação, os papéis: o
que eu, no lugar dele, esperaria de alguém como
eu? Vontade (abstrata) de voltar no tempo, ser
melhor do que fui. Era tarde. Será diferente da
próxima vez?
(Eduardo Giannetti - Folha de São Paulo, 02/04/98)
Comentários
Observe que aqui temos uma narrativa em 1a
pessoa, com personagem-narrador.
Este personagem-narrador, nosdois
parágrafos iniciais, cria descritivamente as
circunstâncias em que se dá o episódio narrado.
Além disso, após a narração, ele coloca um
parágrafo explicativo, a partir do qual passa a
dissertar, isto é, a refletir sobre o que ocorreu.
Exemplo:
O episódio em si não durou mais que um par
de minutos, talvez nem isso. Mas a situação daquele
homem simples procurando emprego, o dedo furtivo
apontando a placa e a interrogação muda
estampada em seu rosto expectante têm me
acompanhado de forma intermitente desde aquela
manhã.
Esta reflexão abrange uma questão social, de
grande relevância em nosso país:
O analfabetismo numa grande cidade chega
a ser uma deficiência tão debilitadora quanto a
cegueira ou a surdez. É todo um universo de
informação que se fecha, que nunca se abriu.
Outro elemento interessante presente no
texto é que, ao colocar em 1a pessoa, isto é, como
narrador e simultaneamente como personagem da
matéria narrada, o autor transforma- se em fato-
exemplo de outra questão social, tão grave quanto
a menciona trata-se das diferenças sociais e, mais
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do que isso, da falta de solidariedade entre as
pessoas.
Exemplo:
Como nós que lemos e escrevemos como
quem respira e caminha podemos sequer
vislumbrar o que possa ser isso?
E por que diabos não fui mais solidário? O
que me custaria, afinal, ser mais solícito e tentar
ajudá-lo a se orientar um pouco?
Desta forma, temos um exemplo de
narração dissertativa, com elementos descritivos,
num contexto de jornalismo opinativo. Note que a
presença do eu não apenas narrando, mas se
inserindo no narrado, aumenta a vitalidade do
texto, torna-o mais expressivo e conseqüentemente
mais propício não apenas à compreensão
intelectual, mas, ainda, à adesão emocional do
leitor àquilo que lê. Trata-se, enfim, mais uma vez,
de conciliar o esclarecer convencendo e o
impressionar agradando... no processo de
elaboração textual.
6 - Tempo e espaço
Na medida em que fazem parte da
estrutura do texto narrativo, as categorias de tempo
e de espaço - o quando e o onde da história -
precisam combinar-se e articular-se de forma que
não seja possível compreendê-los isoladamente, ou
seja, independentemente do narrador, do enredo,
dos personagens etc.
Em outras palavras, a coerência e a
verossimilhança do texto narrativo dependem da
implicação mútua entre tempo e espaço, e também
da implicação de ambos com os outros elementos
constitutivos da narração.
Exemplo: Perceba que o fato de ambientar-
se na cidade de São Paulo, um exemplo de grande
metrópole, e também o fato de ter claras marcas
temporais que remetem aos nossos dias, à
contemporaneidade, constituem elementos
imprescindíveis à compreensão de O andarilho e
sua Sombra, tanto no que diz respeito à
estruturação do texto, quanto no que diz respeito à
análise de seu significado.
Tempo cronológico e tempo
psicológico
O tempo cronológico predomina numa
narrativa quando ela privilegia os acontecimentos
exteriores, imitando a forma como ocorrem na
realidade.
Já o tempo psicológico predomina no
caso da narrativa que enfoca os estados interiores
dos personagens.
Exemplo: O andarilho e sua Sombra e
Caso de Secretária são narrativas em que
predomina o tempo cronológico, enquanto em
Tantas Mulheres, de Dalton Trevisan, o tempo
psicológico se mistura com o cronológico, deixando-o
em segundo plano.
Leitura Comentada: Uma narrativa com
Narrador-Observador
Os elementos narrativos: revisão
Continuidade dos parques
Começara a ler o romance dias antes.
Abandonou-o por negócios urgentes, voltou à leitura
quando regressava de trem à fazenda; deixava-se
interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos
per- sonagens. Nessa tarde, depois de escrever uma
carta a seu procurador e discutir com o capataz uma
questão de parceria, voltou ao livro na tranqüilidade
do escritório que dava para o parque dos carvalhos.
Recostado em sua poltrona favorita, de costas para
a porta que o teria incomodado com uma irritante
possibilidade de intromissões, deixou que sua mão
esquerda acariciasse, de quando em quando, o
veludo verde e se pôs a ler os últimos capítulos. Sua
memória retinha sem esforço os nomes e as
imagens dos protagonistas; a fantasia novelesca
absorveu-o quase em seguida. Gozava do prazer
meio perverso de se afastar, linha a linha, daquilo
que o rodeava, e sentir ao mesmo tempo que sua
cabeça descansava comodamente no veludo do alto
respaldo, que os cigarros continuavam ao alcance
da mão, que além dos janelões dançava o ar do
entardecer sob os carvalhos. Palavra por palavra,
absorvido pela trágica desunião dos heróis,
deixando-se levar pelas imagens que se formavam e
adquiriam cor e movimento, foi testemunha do último
encontro na cabana do mato. Primeiro entrava a
mulher, receosa; agora chegava o amante, a cara
ferida pelo chicotaço de um galho. Ela estancava
admiravelmente o sangue com seus beijos, mas ele
recusava as carícias, não viera para repetir as
cerimônias de uma paixão secreta, protegida por um
mundo de folhas secas e caminhos furtivos, o punhal
ficava morno junto a seu peito, e debaixo batia a
liberdade escondida. Um diálogo envolvente corria
pelas páginas como um riacho de serpentes, e
sentia-se que tudo estava decidido desde o começo.
Mesmo essas carícias que envolviam o corpo do
amante, como que desejando retê-lo e dissuadi-lo,
desenhavam desagradavelmente a figura de outro
corpo que era necessário destruir. Nada fora
esquecido: impedimentos, azares, possíveis erros. A
partir dessa hora, cada instante tinha seu emprego
minuciosamente atribuído. O reexame cruel mal se
interrompia para que a mão de um acariciasse a face
do outro. Começava a anoitecer. Já sem se olhar,
ligados firmemente à tarefa que os aguardava,
separaram-se na porta da cabana. Ela devia
continuar pelo caminho que ia ao Norte. Do caminho
oposto, ele se voltou um instante para vê-la correr
com o cabelo solto. Corre por sua vez, esquivando-
se de árvores e cercas, até distinguir na rósea bruma
do crepúsculo a alameda que o levaria à casa. Os
cachorros não deviam latir, e não latiram. O capataz
não estaria àquela hora, e não estava. Subiu os três
degraus do pórtico e entrou. Pelo sangue galopando
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em seus ouvidos chegavam-Ihe as palavras da
mulher: primeiro uma sala azul, depois uma
varanda, uma escadaria atapetada. No alto, duas
portas. Ninguém no primeiro quarto, ninguém no
segundo. A porta do salão, e então o punhal na
mão, a luz dos janelões, o alto respaldo de uma
poltrona de veludo verde, a cabeça do homem na
poltrona lendo um romance.
(Júlio Cortázar - Fina! do Jogo - Rio de Janeiro,
Editora Expressão e Cultura, 1974)
Comentários
os elementos da narração
Apresentação de personagem
Você notou que não há descrição física
e/ou psicológica do personagem, desde o início do
conto? Nele, o protagonista (personagem principal)
- um homem de negócios que retoma a leitura de
um livro - é apresentado indiretamente, quer dizer,
através de ações e não de descrição
(apresentação direta).
Foco narrativo
Por outro lado, trata-se de um personagem
que não se confunde com o narrador da história, o
qual a conta em terceira pessoa.
O processo de mergulho do protagonista
na leitura dos últimos capítulos é lento, mas
radical. O narrador o vai revelando como um
observador que vê o homem de negócios se
despedindo da realidade e entrando em outro
mundo: o mundo do livro que lê.
Veja por exemplo o trecho abaixo:nos processos
seletivos e em dias com as exigências legais são
nomeados servidores públicos, assumindo seus
cargos por tempo indeterminado.
A realização de concursos é uma forma
democrática de seleção de candidatos, pois oferece
a todos a mesma chance de conseguir uma boa
vaga, sem restrições de nível social, experiência
profissional, etnia, opção sexual, idade e sexo
(exceto em algumas carreiras) etc. Jovens sem
experiência profissional e pessoas acima dos 40
anos que encontram dificuldade de recolocação na
iniciativa privada têm nos concursos uma
oportunidade eficaz em conquistar um bom
emprego.
Quem são os concursandos
São pessoas em busca de estabilidade e
melhores salários.
• Faixa etária dos 25 aos 40 anos.
• 70% homens e 30% mulheres, exceto
nas carreiras jurídicas, em que a aprovação é
igual: 50% de cada sexo.
• 60% possuem nível superior.
• Em cerca de 50% dos casos, as
despesas gerais do concursando durante sue
período de preparação, bem como o material de
estudo e o custo das inscrições e viagens para
realização das provas, são financiados por parente.
• Tempo médio de preparação dos
aprovados: 2 anos e três meses (com dedicação
exclusivas aos estudos, na maioria dos casos).
• 80% dos aprovados freqüentaram
cursos preparatórios e/ou material didático de
editoras especializadas.
Os números
O provimento de cargos efetivos no serviço
público por meio de concursos é uma imposição
da Constituição Federal, que assegura a
oportunidade de ingressar na carreira pública a
todos que preencham os requisitos exigidos nos
editais.
Os concursos federais registram 8 milhões
de inscrições por ano. Outros 13 milhões de
inscrições são feitos anualmente para concursos
estaduais e municipais. Como um candidato
geralmente participa de mais de um processo
seletivo, estima-se que 10 milhões de brasileiros
estejam na luta por uma vaga no serviço público.
Edital de concurso
Para ingressar na carreira pública, todo
candidato deve ficar atento às oportunidades que
surgem regulamente com novos concursos,
abertos por meio de editais específicos e
amplamente divulgados pelos organizadores.
O edital de concursos é o documento que
dita as regras do processo seletivo. Pode variar
entre os concursos, de acordo com o tipo de
seleção: contratação imediata, contratação
temporária, cadastro reserva.
Itens importantes de edital de abertura de
concurso:
• Numero de vagas.
• Vencimento ou remuneração.
• Nível de escolaridade, que pode ser
fundamental, médio, técnico ou superior.
• Período para inscrições e pagamento da
taxa.
• Datas das provas.
• Prazo de validade do concurso.
• Prazo para dar entrada em recursos.
• Conteúdo programático, em que são
listadas todo as disciplinas cobradas na prova.
Divulgação do Edital
Os editais de concursos são publicados nos
diários oficiais da união, do Estado ou Distrito
Federal e do Município, de acordo com o âmbito do
concurso. Também são divulgados pela imprensa
em geral, nos jornais especializados, nos sites
das instituições organizadoras do concurso e no
site de cursinhos preparatórios.
Quem produz o Edital?
Uma empresa especializada em realizar
e organizar concursos, bem como em formula e
aplicar provas e divulgar os resultados. Essa
empresa é contratada pelo órgão público que
necessita de novos servidores. Há diversas
instituições organizadoras de concursos públicos
em todo o País. Alguns dos principais sites de
instituições organizadoras:
• www.cespe.unb.br/concursos/
• www.esaf.fazenda.gov.br
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• www.concursosfcc.com.br
• www.nce.ufrj.br/concurso/
• www.funiversa.org.br
• www.concurso.fvg.br
• www.cesgranrio.org.br
• www.vunesp.com.br
Etapas de um concurso
As empresas e instituições organizadoras
dos concursos são responsáveis pela divulgação
das diversas etapas da seleção do concurso.
O primeiro passo para entender o concurso
é conferir cada um dos tipos de editais que podem
ser publicados. Neles, estão contidas todas as
informações necessárias ao candidato, da
abertura do concurso à nomeação dos aprovados:
• Primeiro, sai o edital de abertura, que
dita todas as regras do concurso.
• O edital de retificação é um edital
que pode acrescentar, corrigir ou modificar
informações do edital de abertura.
• A convocação serve para solicitar o
comparecimento dos candidatos para as etapas do
concurso.
• O gabarito é onde aparecem as
respostas corretas das provas já realizadas;
normalmente é divulgado logo após a
aplicação do exame.
• O prazo de recurso é o período dado
ao candidato para que ele possa entrar com
recurso contra o gabarito e o resultado das provas.
• O resultado é divulgado algum tempo
após cada etapa do concurso.
• A nomeação é a lista que convoca o
candidato para tomar posse do cargo.
Requisitos básicos e documentação
Além da aprovação em concurso, para
ingressar no serviço público, o candidato deve
preencher vários requisitos, que podem variar de
acordo com o cargo pretendido (o que deve vir
especificado no edital).
Confira algumas condições freqüentes
para ingresso no serviço público:
• Estar em dia com as obrigações
eleitorais.
• Estar quite com as obrigações militares
(homens).
• Ser brasileiro nato ou naturalizado.
• Ter no mínimo 18 anos na data da
nomeação.
• Não ter sido exonerado do serviço
público por justa causa em razão de ato de
improbidade ou por decisão judicial definitiva.
• Apresentar no ato da nomeação a
certidão negativa de antecedentes criminais
(quando solicitado).
• Possuir, na data da nomeação, o grau
de escolaridade exigido para o cargo.
BÊ-Á-BA DO CONCURSANDO
O que mais você precisa saber sobre
concursos, tipos de avaliação e contratação de
servidores públicos:
Acúmulo de cargos
Em princípio, a lei proíbe que o servidor
exerça dois ou mais cargos públicos ou, em alguns
casos, um cargo público e outro privado. Mas há
exceções: o servidor pode acumular dois cargos
públicos, desde que haja compatibilidade de
horários, como:
• Dois cargos de professor;
• Um cargo de professor e outro técnico ou
científico;
• Dois cargos em profissões
regulamentadas da área da saúde.
Altura mínima
Ainda é comum a exigência de limite de
altura mínima para ingresso em carreiras policiais e
militares, mas há grande variação nas legislações
estaduais.
Antecedentes
O setor público não admite o ingresso de
pessoas que cometeram crimes graves. Em
algumas carreiras também é solicitado atestado de
antecedentes profissionais, como nas áreas
policiais, fiscal e bancária.
Aptidão física e mental
É exigência legal para o ingresso em varias
carreiras. O candidato é submetido a exames de
avaliação antes de assumir o cargo. Se possuir
doenças graves, contagiosas ou incuráveis pode
ser reprovado. (Muitos candidatos têm recorrido à
Justiça com sucesso contra reprovação por
questões de saúde). Em muitos casos, são exigidos
esames físicos, psicológicos e psicotécnicos.
Em carreiras policiais, por exemplo, o
candidatos é submetido a prova de capacidade
física, em que se avalia sua condição de suportar
as atribuições do cargo. O candidato considerado
inapto é eliminado.
Bancas examinadoras
São empresas especializadas na
organização e realização dos concursos públicos, o
que inclui, elaboração do edital, inscrição dos
candidatos, elaboração, aplicação e correção
CONTEÚDO EXTRA GRÁTIS
Central de Atendimento: (91)... deixava-se interessar lentamente pela
trama, pelo desenho dos personagens (...)
Recostado em sua poltrona favorita (...) deixou que
sua mão esquerda acariciasse, de quando em
quando, o veludo verde (...). Gozava do prazer
meio perverso de se afastar, linha a linha, daquilo
que o rodeava e sentir ao mesmo tempo que sua
cabeça descansava comodamente no veludo do
alto respaldo, que os cigarros estavam ao alcance
da mão...
Construção do enredo - a não-linearidade
e o desfecho inesperado
No momento em que se deixa levar
totalmente pela leitura, pelas imagens que se
formavam e adquiriam cor e movimento, a
história do homem de negócios se apaga e ele se
torna personagem de outra história. Nela há um
casal de amantes que se encontram, pela última
vez na cabana do mato... O homem de negócios, o
leitor da primeira história, vira testemunha do
encontro que pertence à segunda: uma história
passional, misteriosa, de suspense. Há um
triângulo amoroso e alguém deve ser morto...
Assim, trata-se de um enredo não-
linear: o enredo da 1a história é suspenso e
substituído pelo enredo da 2a história... até o
desfecho inesperado, quando ambas se
reencontram.
Tempo e espaço
No momento em que as duas histórias
presentes no conto começam a se misturar, há uma
frase muito sugestiva para a sua compreensão mais
profunda: Começava a anoitecer.
Por meio da introdução dessa categoria
temporal, o leitor tem pista do que vai ocorrer: a
mistura das fronteiras entre a realidade (um homem
lê um romance) e a fantasia (o conteúdo do romance
que o homem está lendo).
Como sabemos, a noite é propícia à
fantasia, pois indefine e contunde os contornos dos
seres, tornando imprecisos os limites entre sonho e
realidade. Neste clima noturno, crepuscular, dá-se o
desfecho do conto, reunindo numa só a primeira e a
segunda histórias. Agora, de testemunha que era, o
leitor passa a se confundir com a vítima: o homem
que vai ser morto pelo amante da mulher, a qual
parece ser a autora das indicações para se cometer
o assassinato:
Subiu os três degraus do pórtico e entrou.
Pelo sangue galopando em seus ouvidos chegavam-
lhe as palavras da mulher: primeiro uma sala
azul, depois uma varanda, uma escadaria
atapetada. No alto duas portas. Ninguém no primeiro
quarto, ninguém no segundo. A porta do salão, e
então o punhal na mão, a luz dos janelões, o alto
respaldo de uma poltrona de veludo verde, a cabeça
do homem na poltrona lendo um romance.
Seria o leitor o "marido traído"?
Esta é uma das interpretações possíveis,
mas não podemos ter certeza de nada: o
assassinato fica subentendido no desfecho do texto,
assim como fica subentendida a "coincidência" entre
o leitor e o homem que deve ser morto, através de
um tipo de linguagem que já mencionamos - a
linguagem telegráfica.
A interpenetração de histórias, que quebra a
linearidade do enredo e provoca o desfecho
inesperado, surpreendente, constituem elementos
fundamentais da construção do enredo do conto. Um
conto cuja última cena evoca o seu início: um
homem de negócios lendo um romance...
Nele ocorre exatamente o que o título
sugere, por meio da evocação de uma categoria
espacial: continuidade dos parques. Essa categoria,
tanto quanto aquela que se refere ao tempo (tarde /
crepúsculo / noite), mostra-nos o deslizar entre
realidade e fantasia, que se dá no decorrer da
história.
O parque dos carvalhos que serve de
cenário ao leitor é o mesmo em que ocorre a busca
do homem que precisa ser morto; quer dizer, o
espaço da realidade continua na fantasia novelesca,
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provocando a interpenetração entre ambas, quando
de fato merguIhamos na leitura de um livro...
Conclusões importantes
A escolha do tipo de narrador; a
propriedade do foco narrativo, da caracterização
dos personagens; a adequação das falas; a
coerência interna do enredo etc, constituem os
elementos característicos do texto narrativo, que
devem ser levados em conta para se compor uma
história. Além de organizá-los com coerência e
verossimilhança, é necessário também avaliar a
originalidade da construção, a criação pessoal, ou
seja, a capacidade de invenção e de articulação de
uma trama.
Entretanto, na medida em que todos esses
aspectos se expressam via linguagem, ela os
engloba e lhes dá consistência. Portanto, o
principal critério para se avaliar um texto
narrativo é verificar sua estrutura lingüística, tendo
em vista a adequação entre forma e con- teúdo,
entre intenção - o que se pretendeu contar - e
realização - o que efetivamente se conseguiu
contar.
7 - Procedimentos anti-narrativos (e/ou
que devem ser evitados no texto narrativo)
a) Sobre a progressão de ações:
em vez de:
enredo desequilibrado (sem noção de
ritmo), com problemas na sucessão de fatos
(saltos ou acúmulos impertinentes)/enredo
minucioso, detalhista, que não prenda o interesse
do leitor;
é preciso:
criar uma seqüência expressiva de
ações, com alterações significativas e desfechos
não previsíveis, que sejam compatíveis com história
narrada;
b) Sobre o conflito:
em vez de:
conflito
inexpressivo/desgastado/abandonado ou ausente;
é preciso:
saber criá-lo com coerência e
expressividade, articulando-o com os demais
elementos narrativos;
c) Sobre os personagens:
em vez de:
personagens mal
caracterizados/inverossímeis/artificiais ou sem
função para a inteligibilidade da história;
é preciso:
saber relacionar os elementos
caracterizadores dos personagens e articulá-los de
forma consistente com o conflito apresentado;
d) Sobre o foco narrativo:
em vez de:
confundir as categorias autor e
narrador/alterar o foco narrativo, sem objetivo
específico;
é preciso:
adequar o foco narrativo à história narrada e
aos personagens;
e) Sobre o espaço e o tempo:
em vez de:
marcação temporal inexpressiva e
desarticulada/marcação espacial meramente
decorativa, sem integração com as mudanças
temporais;
é preciso:
aproveitar adequadamente a funcionalidade
de tais categorias para a fabulação, o que pressupõe
o conhecimento da relação / tempo / espaço;
f) Sobre a linguagem:
em vez de:
linguagem inexpressiva, artificial,
descontextualizada em relação aos personagens
e/ou ao tipo de enredo escolhido;
é preciso:
adequar forma e conteúdo, texto e contexto,
correção gramatical e uso de elementos expressivos,
magia e arquitetura, inspiração e transpiração.
3o núcleo – Dissertação
1 - Definição: o que é dissertar
Dissertar é discutir assuntos, debater idéias,
tecer opiniões, delimitando um tema dentro de uma
questão ampla e defendendo um ponto de vista,
por meio de argumentos convincentes.
Portanto, no texto dissertativo - um tipo de
texto lógico-expositivo - colocamo-nos criticamente
perante alguma dimensão da realidade e, mais do
que isso, fundamentamos nossas idéias;
explicitamos os motivos pelos quais pensamos o que
pensamos.
Assim, quando escrevemos
dissertativamente estamos exercitando a nossa
capacidade crítica, a lucidez questionadora de nós
mesmos e do mundo, a aventura de defender
opiniões próprias, num contexto reflexivo - de
discussão e de debate.
Trata-se, também, de uma experiência de
comunicação: é necessário estruturar o texto
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dissertativo com organização lógica de idéias e
com linguagem clara e adequada, para que ele
possa persuadir o leitor.
Leitura Comentada: Um parágrafo
dissertativo
O texto argumentativo pressupõe uma
concepção da linguagem enquanto uma relação
dialógica,9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 10
das provas, análise de recursos divulgação dos
resultados. Nos sites das bancas é possível
acompanhar informações do concurso: locais das
provas, lista de aprovados, gabaritos, recursos
deferidos etc.
Cadastro de reservas
Os candidatos aprovados em concursos
são convocados na medida das necessidades de
preenchimento de vagas, conforme a ordem de
classificação. Em muitos casos, após preenchido o
número de vagas abertas no concurso, os demais
concursados passam a fazer parte de um cadastro
reserva – um banco de pessoal, organizado por
ordem de classificação, destinado a suprir o
surgimento de novas vagas.
Alguns órgãos abrem concurso
especialmente para selecionar candidatos para a
formação de cadastro reserva. Nesse caso, antes
de se inscrever, o candidato deve avaliar qual é o
órgão contratante e qual a empresa organizadora do
concurso.
É recomendável dar preferências a órgãos e
empresas conhecidos e desconfiar, por exemplo,
quando o número de vagas para cadastro de
reserva é desproporcional ao numero de
funcionários em atividade do órgão contratante.
Critério de desempate
Em alguns concursos, é estabelecido no
edital; em outros, prevalece como primeiro critério a
preferência por candidatos com idade igual ou
superior a 60 anos. Nos demais, ficam com as
vagas os candidatos que obtiverem maior nota em
provas ou disciplinas consideradas mais
importantes para aquela carreira.
Curso de formação profissional
É exigido por algumas carreiras e faz parte
do processo seletivo. Participam apenas os
concursandos aprovados em todas as fases
anteriores do concurso. Para ser nomeado
funcionário público, o candidato deve ser aprovado
no curso de formação profissional. Durante o curso,
geralmente o candidato recebe auxilio financeiro
equivalente a uma parte de remuneração prevista
para o cargo efetivo.
Escolaridade
É definida pelas leis que regulamentam
cada carreira pública e informada no edital do
concurso. Alguns concursos de nível superior
realizam, após a aprovação dos candidatos na
prova objetiva – e, se houver em sua etapa
subseqüente - uma prova de títulos, com dia e
hora marcados, quando deverão ser apresentados
os títulos exigidos e complementares ao cargo em
disputa. Contudo, um candidato aprovado que
tenha ensino superior pode tomar posse num
cargo de que exige formação de nível médio. A
comprovação de escolaridade só é exigida na
posse do cargo.
Estágio probatório
É o período em que o servidor
nomeado para o cargo efetivo é avaliado por
técnicos especializados quanto a sua assiduidade,
disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e
responsabilidade. Em caso de reprovação, não há o
ingresso na carreira; o servidor é exonerado ou, se
já for funcionário público efetivo, reconduzido ao
cargo anterior. De acordo com o artigo 20 da lei
8.112/90, alterado pela Medida Provisória 431, de
maio de 2008, o estágio probatório tem duração de
36 meses.
Idade
Salvo algumas exceções, os concursandos
admitem candidatos com idade de 18 e 69 anos
até a data da nomeação. A carreira pública tem-se
consolidado como alternativa para jovens sem
experiência e pessoas mais velhas, aos quais são
negadas oportunidades na iniciativa privada.
Pesquisa da Unicamp demonstra que, em 2005, a
idade média dos funcionários públicos era de 41.6
anos contra 32,5 anos dos trabalhadores da
iniciativa privada com carteira assinada.
Igualdade de sexos
Normalmente, as carreiras públicas não
fazem distinção de sexo, exceto para algumas
funções militares e policiais em que a oferta de
vagas é direcionada para um ou outro sexo. Nas
demais, homens e mulheres têm oportunidades e
salários iguais e exercem a mesma atividade.
Portadores de deficiência
A constituição federal assegura 5% do
total de vagas para portadores de deficiência,
desde que as atribuições sejam compatíveis com a
deficiência apresentada. O edital de abertura de
concurso já estipula o número de vagas destinado a
esses candidatos.
Prazo de validade do concurso
De acordo com a Lei 8.112/90, o prazo
de validade do concurso é de até dois anos,
prorrogável por igual período. Se dentro desse
prazo forem autorizadas contratações de mais
funcionários para aquele cargo, serão chamados
os habilitados no último concurso, pela ordem de
classificação. Além disso, a Lei impede a
realização de novo concurso “enquanto houver
candidato aprovado em concurso anterior com prazo
de validade não expirado”.
Provas orais
São comuns em concursos de áreas
jurídicas, por exemplo. O candidato é submetido a
uma banca examinadora, para a qual responde a
perguntas ou discorre sobre disciplinas e temas
definidos no edital do concurso.
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Provas práticas
São previstas em concursos para carreiras
que exigem habilidades específicas para o
desempenho da função, como digitação e
habilitação de motorista.
Recursos
Permitem ao candidato contestar desde a
impugnação de sua inscrição e requisitos exigidos
no concurso até gabaritos das provas e
resultados finais. Os recursos administrativos
são apresentados às empresas organizadoras em
prazo e forma descritos no edital. Caso persista o
impasse, o candidato pode entrar com ação na
Justiça Federal ou Estadual, conforme o âmbito do
concurso.
COMO SE PREPARAR PARA SER
APROVADO
A aprovação em concursos públicos exige
muito empenho, determinação e um contínuo
processo de preparação. As provas estão cada vez
mais complexas e a concorrência, mais acirrada.
São dezenas, centenas e, algumas vezes, milhares
de candidatos por vaga. Mas todo candidato deve
ter em conta que, para si, basta uma vaga.
Disciplinas cobradas
Variam de concurso para concurso, de
acordo com a carreira, o cargo, o âmbito
(municipal, estadual, federal) e o nível de
escolaridade exigido. Há disciplinas básicas,
cobradas na maioria dos concursos: Língua
portuguesa, interpretação de texto, matemática,
raciocínio lógico, atualidade e conhecimentos
gerais, noções de direito (especialmente Direito
Constitucional), conhecimento do regimento
interno do órgão que está promovendo o
concurso. Redação, conhecimento das leis que
regemo funcionalismo público, informática,
contabilidade e conhecimentos específicos sobre
a área em que o candidato concorre também
são temas cobrados nos concursos.
Estudar até passar
A ordem dos especialistas não é estudar
para passar, mas “estudar até passar”. Mesmo
quem ainda não decidiu em que área vai prestar,
pode começar a se preparar, optando pelas
disciplinas básicas, como português, matemática,
direito constitucional, raciocínio lógico, entre outras.
Esperar a publicação do edital para adquirir
material especifico para determinado concurso não
assegura a formação suficiente para concorrer em
pé de igualdade com candidatos que vêm se
preparando há meses ou até anos para disputar a
mesma vaga.
Pot isso, o processo de formação deve ser
continuo. Quem se dedica às matérias básicas
adquire conhecimentos equivalentes, em média, a
80% do conteúdo exigido em pelo menos 20
concursos de uma mesma área. Divulgado o edital
de abertura de concurso, as disciplinas específicas
representarão uma formação completar.
Como estudar
O mais eficaz é estabelecer uma rotina
diária dedicada exclusivamente ao estudo e segui-
la regulamente, o que exige uma boa dose de
concentração e disciplina.
Quem trabalha e/ou freqüenta escola
regular e optou por estudar em casa precisa
redistribuir os horários das tarefas cotidianas para
reservar pelo menos três horas diárias à
preparação. Em geral, nãoé preciso sacrificar
outras atividades, mas priorizá-las de acordo com o
interesse maior
– no caso, ser aprovado num concurso
público. Além disso, é necessário:
• Adquirir material didático atualizado e
afinado com o que tem sido exigido nos
principais concursos do País, elaborado por editoras
com tradição no mercado.
• Começar pelo conteúdo fundamental
para qualquer concurso.
• Ao optar por cursos preparatórios, é
recomendável escolher uma instituição
especializada e reconhecida no mercado, com
estatísticas confiáveis sobre número de alunos
aprovados, de preferência que ofereça cursos
regularmente e não só em período de concurso.
• Respeitar o relógio biológico. Cada
pessoa deve saber em qual período do dia é
capaz de fixar o conteúdo com mais facilidade.
Estudar em momentos de cansaço ou em véspera
de prova, não é produtivo.
Praticar
Em toda preparação, é fundamental
resolver exercícios e mais exercícios para testar ou
reforçar o conhecimento. Além dos exercícios
contidos no material de estudo, o ideal é buscar por
provas de concursos recentes, para ficar por dentro
do que tem sido exigido. É recomendável resolver
as provas aplicadas por variadas bancas
examinadoras, pois os critérios de formulação e
avaliação de cada uma são diferentes.
Assim, o candidato se familiariza com o que
cada banca exige.
Antes da prova
Além de ficar atento à confirmação da
inscrição e as datas e locais de prova, alguns
cuidados ajudam o candidato a amenizar a
ansiedade e a evitar tropeços na hora H.
É recomendável, sempre que possível:
• Conhecer o local da prova com
antecedência.
• Procurar equilibrar o sono e a
alimentação dias antes da prova.
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• Certificar-se de que a documentação
está correta.
• Evitar atrasos, especialmente os
provocados pelo trânsito.
• Usar sapatos e roupas confortáveis.
• Levar um relógio (exceto digital), água
e algum alimento, como barras de cereais e
chocolate.
• Não perder tempo em questões que
parecem ser muito difíceis. Se necessário, passar
para a próxima e, no final, retornar à questão que
ficou para trás.
• Reservar de 30 a 40 minutos para o
preenchimento do cartão resposta.
ANOTAÇÕES
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Muitos iniciantes em concursos públicos
carregam muitas dúvidas sobre como estudar e
como se preparar adequadamente para conquistar a
aprovação.
Veja algumas dicas sobre como começar.
DIREÇÃO
Primeiro você deve saber qual concurso
prestar e "colocar o óculos dele".
Ex: suponhamos que você deseja o
concurso para o Ministério Público. Logo, deve
colocar “o óculos de Promotora de Justiça", ou seja,
pegar os últimos editais do MP de Minas Gerais e
de São Paulo(são alguns dos editais mais
completos do MP Estadual). Se a delimitação for
para seu Estado, deve socorrer do respectivo edital.
Note bem: quem não sabe o que quer já
começa mal, pois neste caso terá que pegar um
edital ou da área federal ou da estadual como
norte(de preferência o mais completo)
A PREPARAÇÃO
Com o edital nas mãos, você terá que
reservar um ano de preparação, da seguinte forma:
a) Quantas horas de estudo por dia você
tem disponível? R: Suponhamos que você me diga
que tenha 4 horas (o ideal começa a partir de 4
horas de estudo e vai aumentando, esse é o
segredo do sucesso).
b) Então, você com essas 4 horas irá dividi-
la por dois: estudará por dia 2 matérias do Direito,
com 2 horas para cada uma.
c) Como fracionar? Você estudará de
Segunda a Sexta, duas matérias por dia, com 2
horas (poderia ser mais se tivesse mais tempo) para
cada matéria.
OTIMIZANDO O ESTUDO
Dicas:
1ª - na Segunda feira você escolherá entre
as matérias constantes do edital que você tem em
mãos, as 2 matérias que você mais gosta. Isso
porque você vem do Domingo, logo,
psicologicamente a tendência é chegar na Segunda
sem ritmo e com certo desânimo. A partir do
momento que você sabe que estudará duas
matérias aprazíveis, a tendência é o estudo render.
2ª - A partir de Terça-feira até Sexta-feira
você deve estudar duas matérias por dia, da
seguinte forma:
- a primeira disciplina deve ser aquela que
você não gosta muito;
- a segunda disciplina deve ser aquela que
você gosta.
Veja que com isso haverá um equilíbrio de
disciplinas, de forma que aquela que você não gosta
você já estudou primeiro e como prêmio, veio
aquela para estudar que você gosta.
3ª - Depois de ter em mente a estrutura
acima, você pegará o edital que já havia
selecionado e uma agenda anual e colocará na
Segunda-feira até Sexta-feira, da forma que foi
dividida acima, todos os itens do edital.
* Se você faz cursinho, você deve colocar
na sua "agenda de estudos anual" as matérias que
você está assistindo, de forma que seu estudo(edital
+ aula) estará acompanhando as aulas e neste caso
o sucesso aumenta, porque uma "imagem vale mais
do que mil palavras" - seria o método aprender
fazendo - método learning doing
4ª - Depois de colocar na "agenda de
estudos anual" todas os itens do edital, de Segunda
a Sexta, você terá o que chamo de "disciplina de
estudos", ou seja, você PROGRAMOU DURANTE
UM ANO seu estudo, de forma disciplinada, dirigida
ao edital que pretende concorrer("óculos de
Promotora" - veja, estou colocando Promotora como
exemplo, pode ser juíza, defensora pública,
diplomata, especialização em Direito Internacional
etc) e condizente com as aulas assistidas.
5ª - E o Sábado, o que devo fazer ?
a) a parte da manhã deve apenas acessar a
internet, bancas de concurso(dicas nossas),
questões de concurso etc, além de visitar outras
páginas relacionadasao seu concurso;
b) primordial: deve sempre resolver as
provas dos concursos passados e sentir o estilo do
concurso daquele Estado.
6ª - No Domingo, o que devo estudar ?
Aqui vou ser sincero: você decide se deve
ou não estudar. Nos domingos eu não estudava, e
sim, namorava(minha esposa morava em Minas
Gerais na época), ficava com a família, assistia à
missa, via TV, assistia diversos filmes no cinema,
via o Jogo do Corinthians no Morumbi(nessa época
morava em SP), enfim, fazia tudo menos estudar,
porque a mente sadia é importante, até porque na
Segunda eu chegava reposto de energias para
começar novamente a semana de estudos.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
E se no meio do percurso você resolve
prestar concurso para magistratura estadual,
quando estudava para Ministério Público Estadual?
Sem nenhum problema, porque como são
matérias afins, você desvia do edital do MP apenas
aquilo que é específico da magistratura e refaz sua
"agenda anual de estudos", inserindo aquelas
disciplinas específicas.
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E se no meio do percurso você resolve
prestar concurso para magistratura federal ?
Neste caso surge um problema enorme, porque as
matérias não são afins, já que a área federal exige
Previdenciário, Direito Econômico, as provas da
UNB são dificílimas etc. Neste caso você terá que
reprogramar toda a sua agenda, específica para o
concurso.
Em suma é assim que estuda.
Somente após um ano você começa a ficar
bom, preparado. Antes disso é mentira, é sorte, é
enganar aluno(a). Você deve contar consigo
mesmo e não com a sorte.
Logo, após vencer 1 ano de estudo dirigido,
disciplinado, você começa a entrar na lista dos(as)
alunos(as) que realmente têm chance de concorrer
a um concurso público e não aqueles que "pulam de
pára-quedas"
E após as 4 semanas de estudo em diante,
você pega ritmo, seu cérebro começa a sentir falta
de leitura, de livros, de apostilas, o que chamo de
"dependência literária", até porque você estará se
"policiando" em caso de desviar dessa disciplina
(crise de consciência)
Importante fazer um esporte ou caminhada,
ver pessoas enfim, o estudo deve ser voltado para o
seu bem estar e não para uma tormenta, uma
reclusão, porque do que adianta você saber tudo de
Direito se não sabe conversar com pessoas ? Se
não sabe o preço de arroz, feijão e do pão de sal.
Que espécie de Promotora será, vai
defender qual sociedade? Que espécie de juíza
será, se não conhece as pessoas que deve judicar?
No final dessa jornada você estará a cada
mês mais preparada(o) e ao invés de ter estudado 4
horas que você em tese teria disponibilidade, você
estudou 7 horas e meia (3 horas e meia de aulas
por dia no cursinho + as suas 4 horas).
Vejamos as "dicas de ouro" para seu estudo
realmente ser de alta qualidade (Instituto Francês de
ansiedade e stress, em Paris), sendo que se
conseguir cumprir 5 das 20 dicas você tem muita
chance de sair vencedor:
DICAS DE OURO
1º - faça pausas de 10 minutos a cada 2
horas de estudo, no máximo. Repita essas pausas
na vida diária e pense em você, analisando suas
atitudes ;
2º - aprenda a dizer não sem se sentir
culpado ou achar que magoou. Querer agradar a
todos é um desgaste enorme;
3º - planeje seu dia, sim, mas deixe sempre
um bom espaço para o improviso, consciente de
que nem tudo depende de você;
4º - concentre-se apenas em uma tarefa de
cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus
quadros mentais você se exaure;
5º - esqueça, de uma vez por todas, que
você é imprescindível. No trabalho, em casa, no
estudo, no grupo habitual. Por mais que isto lhe
desagrade, tudo anda sem a sua atuação a não ser
você mesmo;
6º - abra mão de ser o responsável pelo
prazer de todos;
7º - peça ajuda sempre que necessário,
tendo bom senso de pedir às pessoas certas;8º -
diferencie problemas reais de problemas
imaginários e elimine estes, que são pura perda de
tempo e ocupam um espaço mental precioso para
coisas mais importantes;
9º - tente descobrir o prazer de fatos
cotidianos, como rezar, dormir, comer, tomar banho,
sem também achar que é o máximo a se conseguir
na vida, exceto rezar(que é o máximo mesmo, pois
liga você com Deus e lhe deixa mais tranqüilo
consigo mesmo);
10º - evite se envolver na ansiedade e
tensão alheias. Espere um pouco e depois retome o
diálogo, a ação;
11º - família não é você, está junto de você,
compõe o seu mundo, mas não é a sua própria
identidade;
12º - entenda que princípios e convicções
fechadas podem ser um grande peso, a trava do
movimento e da busca;
13º - é preciso ter sempre alguém em que
se possa confiar e falar abertamente ao menos no
raio de 100 Km. Não adianta estar mais longe;
14º - saiba a hora certa de sair de cena, de
retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o
sentido da importância sutil de uma saída discreta;
15º - não queira saber se falaram mal de
você e nem se atormente com esse 'lixo mental'.
Escute o que falaram de bem, com reserva
analítica, sem qualquer convencimento;
16º - competir no estudo, no lazer, no
trabalho, na vida a dois é ótimo...para quem quer
ficar esgotado e perder o
melhor. Vença os seus desafios, isso é o
mais importante e não se preocupe com o outro,
porque os concursos públicos sempre sobram
vagas, o que prova que o problema não é a
concorrência e sim a superação dos seus próprios
desafios;
17º - a rigidez é boa na pedra, não no ser
humano. A ele cabe firmeza;
18º - Uma hora de intenso prazer substitui
com folga 3 horas de sono perdido. O prazer
recompõe mais que o sono, logo, não perca uma
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oportunidade de divertir-se(o que na "agenda anual
de estudos" seria no Domingo);
19º - não abandone suas 3 grandes e
inabaláveis amigas: a intuição; a inocência e a fé.
20º - entenda de uma vez por todas,
definitiva e conclusivamente: Você é o que fizer de
si...
ANOTAÇÕES
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Você sente ou já sentiu aquele sono
avassalador durante os estudos? Descubra algumas
dicas sobre como amenizar esse problema.
Sentir sono durante os estudos é muito
comum entre os concurseiros, é uma das queixas
mais comuns e um problema que afeta
profundamente a concentração e rendimento nos
estudos.
Primeiramente você deve entender que
dormir o suficiente é importantíssimo tanto para o
seu desempenho nos estudos como para tudo na
sua vida, o sono serve como um repouso para
recuperarmos nossas forças físicas e mentais.
Então nem pensar em deixar de dormir para ficar
estudando, você não vai render nada.
Bom, então a primeira dica é bem básica:
tente se planejar para dormir no mínimo 7 ou 8
horas por noite, menos que isso pode acarretar
problemas a sua saúde.
Qualidade do Sono - Procure melhorar a
qualidade do seu sono: tente eliminar qualquer ruído
e deixe o ambiente mais escuro que puder e procure
dormir sempre no mesmo horário. Dessa forma você
atinge o estágio mais profundo do sono e consegue
realmente descansar o corpo e a mente e diminuirá
as chances de sentir sono no dia seguinte.
Horário - Tente estabelecer uma rotina de
estudar sempre no mesmo horário, para o seu corpo
se acostumar e entender que esse momento é de
concentração, mas evite o horário logo após as
refeições, pois é justamente quando a sonolência
aumenta.
Ilumine o ambiente - A claridade estimula o
núcleo supraquiasmático do organismo e faz com
que você fique mais alerta, se tiver acesso a luz do
sol o efeito é ainda melhor.
Local - Evite estudar na cama, sofá ou
lugares muito confortáveis (é melhor eu sei rs, mas
é justamente por isso mesmo), lugares muito
confortáveis é um verdadeiro convite para o cochilo,
o ideal é estudar na mesa sentado em uma cadeira.
Simulados - Intercalar alguns simulados
com a teoria também ajuda a despertar também,
melhor do que ficar lendo apenas teoria por muitas
horas.
Pausas - O corpo humano não foi feito para
realizar uma mesma atividade por diversas horas,
por isso precisamos realizar pausas de 10 a 15
minutos a cada período de 1 a ou no máximo 2
horas de estudo.
OK, essas dicas preventivas são muito
boas, mas e quando estamos no meio dos estudos
e o sono está crítico, o que fazer? Veja algumas
dicas para esses momentos:
Cafeína - Um cafezinho ajuda bastante pois
é um estimulante, a cafeína bloqueia um
componente químico no cérebro associado ao sono
e é ótimo para se manter acordado, só não exagere
porque em excesso não faz bem a sua saúde.
Chiclete - Isso mesmo, mascar chiclete
estimula o nervo trigêmio, esse nervo tem relação
com áreas do cérebro que são responsáveis por te
manter acordado, pois ele entende que se você está
mastigando você está fazendo uma refeição e deve
se manter alerta até terminar de se alimentar.
Polichinelo - Parece coisa de maluco, mas
experimente isso quando estiver com sono,
desanimado ou com preguiça, faça uns 5 minutos
ou mais de polichinelo e veja como você ficará mais
alerta. Isso funciona porque ao se exercitar com alta
intensidade você acelera seus batimentos cardíacos
e gera uma descarga de adrenalina no seu corpo.
Água gelada - Eu sei que é meio cruel, mas
se o objetivo vale a pena... o frio faz contrair os
vasos sanguíneos forçando o coração a bombear
mais sangue, isso aumenta a frequência cardíaca e
te deixa mais esperto. Se o sono estiver tranquilo,
jogar um pouco de água fria no rosto, na nuca e nos
punhos já ajuda, mas se tiver com aquele sono
muito forte aí tem que colocar os pés em um balde
de água gelada ou tomar um banho frio mesmo.
Ar Condicionado - O ar condicionado faz o
mesmo da água gelada mencionado acima, então
se tiver em um ambiente que possua ar
condicionado e a sonolência está grande vale a
pena diminuir um pouco a temperatura para ajudar a
despertar.
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CURSO DE LEITURA DINÂMICA, TÉCNICA DE
ESTUDO, CONCENTRAÇÃO E MEMORIZAÇÃO
CURSO DE LEITURA DINÂMICA E
MEMORIZAÇÃO TÉCNICAS DE APRENDIZAGEM
ESCOLAR
APRESENTAÇÃO
No mundo competitivo em que vivemos
hoje, a informação tornou- se uma poderosa
aliada para o melhor desempenho nos estudos,
além da realização de bons negócios, para o
sucesso pessoal e profissional. As pessoas hoje
têm acesso a uma verdadeira bateria de
informações e conhecimentos. Seja através de
cursos, da televisão, da tela do computador, ou
seja através de livros, jornais, revistas, etc.
Principalmente no que se refere ao papel impresso,
diariamente nos deparamos com uma imensa pilha
de material que precisa ser lida, para que possamos
colher as informações e assim buscar o
aprimoramento escolar, profissional e pessoal.
Nesse mundo da informação, estudar é a palavra de
ordem, é o caminho necessário e essencial para
alcançar seus objetivos e trilhando por esse
caminho, descobrimos que a leitura tem uma
importância fundamental no processo de aquisição
de conhecimentos, mas na nossa movimentada
rotina diária, como ler mais em menos tempo sem
perder qualidade de leitura e realmente poder
absorver e memorizar o que foi lido? É este o
propósito deste curso de leitura dinâmica e
memorização, ou seja, fornecer informações e
técnicas essenciais para que você possa ler com
mais agilidade e memorizar o conteúdo de sua
leitura. Sem formulinhas mágicas. Treinar as
habilidades e educar-se, aliadas a técnicas que
possam ajudar seu desempenho são formas de
poder melhorar e conquistar uma melhor
aprendizagem. A palavra chave para o êxito de
qualquer atividade é essa: Treinar e aprimorar-se.
Se você seguir as instruções passo a passo e
realmente se dedicar aos exercícios deste curso,
com certeza poderá melhorar e muito seu
aprendizado na leitura, ganhando em tempo e
qualidade de informação, porque sabemos que
nossa aprendizagem depende muito mais da
maneira como lemos ou escrevemos do que da
quantidade de material que estudamos. Todos
temos a capacidade, a de desenvolver essas
técnicas, porém precisamos nos esforçar para isso
e não se esqueça. Uma técnica só pode ser
absorvida se for bem treinada e para adquirir
novas habilidades, basta você querer adquirir,
assim é preciso acima de tudo dedicação.
NOSSA METODOLOGIA
Este curso se baseia em inúmeras técnicas
de leitura dinâmica e memorização divididas em
lições com explicações e exercícios. Assim que tiver
assimilado uma lição, você poderá passar para as
outras, sempre não esquecendo se exercitar
para poder assim absorver a técnica. Para você
desenvolver melhor as habilidades, os exercícios
devem ser feitos por no mínimo uns 10 minutos
diários e de início procure fazer apenas uma das
lições por dia. As técnicas de leitura dinâmica
também foram divididas em blocos para que você
possa praticar melhor e se organizar com referência
ao seu programa de estudos. Se realmente seguir
as orientações e fizer os exercícios, com certeza
poderá melhorar e muito o seu aprendizado,
desenvolvendo técnicas novas e importantes.
PARTE I – LEITURA DINÂMICA
Desde os séculos passados estudiosos
vêm desenvolvendo técnicas de leitura dinâmica.
Um dos primeiros a desenvolver e estudar essas
técnicas foi o francês Lui Emily Javai, no final do