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1ª) No ensinamento de Gagliano e Filho (2020, p. 1143): sem pretender pôr fim à controvérsia, uma vez que seria inadmissível a pretensão, entendemos, como já dissemos alhures, que "a característica básica da força maior é a sua inevitabilidade, mesmo sendo a sua causa conhecida (um terremoto, por exemplo, que pode ser previsto pelos cientistas); ao passo que o caso fortuito, por sua vez, tem a sua nota distintiva na sua imprevisibilidade, segundo os parâmetros do homem médio. Nesta última hipótese, portanto, a ocorrência repentina e até então desconhecida do evento atinge a parte incauta, impossibilitando o cumprimento de uma obrigação (um atropelamento, um roubo)" Analise: i) o caso fortuito é algo previsível, mas inevitável. Você não prevê, por exemplo, o dia e hora em que será atropelado para estar lá no momento correto do evento. Pense, por exemplo, num pintor que, ao ser atropelado, acaba com os braços quebrados e, por isso, não pode terminar uma pintura a tempo da entrega. Seria justo exigir dessa pessoa uma indenização pelo atraso na entrega? Obviamente que não, uma vez que a pessoa deixou de cumprir com o combinado por algo repentino e imprevisível. ii) a
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mari florzinha

há 2 meses

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há 2 meses

O caso fortuito, conforme mencionado, é caracterizado pela sua imprevisibilidade e pela ocorrência repentina de eventos que impossibilitam o cumprimento de obrigações. No exemplo do pintor que é atropelado, a situação ilustra bem essa ideia: ele não poderia prever o acidente e, portanto, não pode ser responsabilizado pelo atraso na entrega da pintura. A análise leva à conclusão de que, em situações de caso fortuito, a parte afetada não deve ser penalizada, pois o evento que causou o descumprimento da obrigação foi totalmente alheio à sua vontade e previsibilidade. Assim, a exigência de indenização pelo atraso seria injusta, uma vez que a responsabilidade não pode recair sobre quem foi surpreendido por um evento inesperado e inevitável. Portanto, a aplicação do conceito de caso fortuito é fundamental para garantir a justiça nas relações contratuais, protegendo as partes de penalizações por eventos que não puderam controlar.

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