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Como equilibrar os interesses do
paciente e da instituição de saúde?
A ética na enfermagem contemporânea enfrenta o desafio constante de conciliar os interesses do
paciente com as necessidades da instituição de saúde. Essa busca por equilíbrio exige uma análise
cuidadosa e sensível, levando em consideração os princípios bioéticos fundamentais como autonomia,
beneficência, não maleficência e justiça. O desafio se torna ainda mais complexo quando consideramos
as múltiplas dimensões envolvidas no cuidado à saúde e as pressões econômicas e sociais que afetam
tanto os pacientes quanto as instituições.
O enfermeiro, como defensor do paciente, deve priorizar os seus direitos e necessidades, garantindo a
segurança, a privacidade, a dignidade e o bem-estar. Ao mesmo tempo, precisa reconhecer as
responsabilidades da instituição em relação à eficiência, viabilidade e sustentabilidade dos serviços de
saúde. Isto inclui compreender aspectos como limitações orçamentárias, protocolos institucionais,
metas de qualidade e requisitos regulatórios que impactam diretamente na prestação do cuidado.
Em situações complexas, como a alocação de recursos escassos, o enfermeiro deve agir de forma ética
e profissional, ponderando os interesses em jogo e buscando soluções que minimizem os impactos
negativos. Por exemplo, quando há limitação de leitos ou equipamentos especializados, é necessário
estabelecer critérios justos e transparentes para priorização, considerando tanto a urgência clínica
quanto as necessidades individuais dos pacientes. A comunicação clara e transparente com o paciente
e seus familiares é essencial para promover a confiança e o respeito mútuo, especialmente em
momentos de decisões difíceis.
A gestão do tempo e dos recursos também representa um desafio significativo. O enfermeiro precisa
equilibrar a necessidade de oferecer um cuidado individualizado e humanizado com as demandas
institucionais por eficiência e produtividade. Isto pode incluir decisões sobre o tempo dedicado a cada
paciente, a priorização de procedimentos e a alocação da equipe de enfermagem.
A busca por esse equilíbrio exige do enfermeiro uma postura crítica, reflexiva e comprometida com a
defesa da ética profissional. É fundamental que ele esteja preparado para lidar com dilemas éticos e
tomar decisões complexas, sempre tendo como norte o bem-estar do paciente e o respeito aos
princípios bioéticos. Isso inclui desenvolver habilidades de negociação, pensamento crítico e resolução
de conflitos.
Para alcançar esse equilíbrio, é importante que o enfermeiro mantenha-se atualizado sobre as políticas
institucionais, legislações pertinentes e diretrizes éticas da profissão. Além disso, deve participar
ativamente de discussões e decisões que envolvam questões éticas na instituição, contribuindo com
sua experiência e conhecimento para a construção de soluções que beneficiem tanto os pacientes
quanto a organização.

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