Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE
SEXUAL
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL
Art. 213 – ESTUPRO
“Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato
libidinoso:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos”.
Bem jurídico tutelado: dignidade sexual.
Sujeitos do crime: Após a Lei 12.015/2009, o sujeito ativo pode ser qualquer
um (crime comum), bem como o sujeito passivo pode ser qualquer pessoa (crime
comum). Obs: na modalidade “conjunção carnal, por óbvio, exige-se relação
heterossexual.
Conduta: pune-se o ato de libidinagem violento, coagido, obrigado, forçado,
buscando o agente constranger a vítima à conjunção carnal (conjunção normal entre
sexos opostos) ou praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso,
seja por violência física ou moral.
Voluntariedade: é o dolo, consistente na vontade consciente de constranger
alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou
permitir que com ele de pratique outro ato libidinoso.
Consumação e tentativa: Consuma-se com o ato de libidinagem (crime
material), sendo possível a tentativa.
Ação Penal: será estudada quando da análise do art. 225 do CP.
Qualificadoras (§§ 1º e 2º):
“§ 1º. Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é
menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
§ 2º. Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos”.
https://bit.ly/3ZqUVDl
Art. 215 – VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE
“Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém,
mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de
vontade da vítima:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica,
aplica-se também multa.”.
Bem jurídico tutelado: dignidade sexual.
Sujeitos do crime: o sujeito ativo pode ser qualquer um (crime comum), bem
como o sujeito passivo pode ser qualquer pessoa (crime comum).
Conduta: pune-se o estelionato sexual, comportamento caracterizado quando
o agente, sem emprego de qualquer espécie de violência, pratica com a vítima ato de
libidinagem (conjunção carnal ou ato diverso de natureza libidinosa), usando de fraude
ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima.
Voluntariedade: é o dolo.
Consumação e tentativa: Consuma-se com o ato de libidinagem (crime
material), sendo possível a tentativa.
Ação Penal: será estudada quando da análise do art. 225 do CP.
Art. 215-A – IMPORTUNAÇÃO SEXUAL (Lei nº 13.718/2018)
“Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o
objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais
grave.”.
Bem jurídico tutelado: dignidade sexual.
Sujeitos do crime: o sujeito ativo pode ser qualquer um (crime comum), bem
como o sujeito passivo pode ser qualquer pessoa (crime comum).
Conduta: O artigo 215-A do CP também condena a prática do ato libidinoso
(que tem objetivo de satisfação sexual) na presença de alguém, sem sua autorização.
Por exemplo: apalpar, lamber, tocar, desnudar, masturbar-se ou ejacular em público,
dentre outros. Trata-se, portanto, de figura subsidiária do delito de estupro.
Voluntariedade: é o dolo.
Ação Penal: será estudada quando da análise do art. 225 do CP.
Questão:
https://bit.ly/3ZqUVDl
(PC/SP – ESCRIVÃO – VUNESP – 2022) Assinale a alternativa correta sobre crimes contra a
dignidade sexual.
A) A conduta de manter relação sexual com pessoa desacordada, por ingestão de álcool,
incapaz de oferecer resistência, caracteriza o crime de estupro, artigo 213, do Código Penal,
qualificado pela especial condição de vulnerabilidade da vítima.
B) O crime de importunação sexual, artigo 215-A, do Código Penal, é de natureza subsidiária,
restando caracterizado somente se o ato libidinoso praticado não constituir crime mais grave.
C) A prática de conjunção carnal com menor de 14 anos, se consentida, não caracteriza o crime
de estupro de vulnerável, artigo 217-A, do Código Penal, se comprovado que a vítima já
mantinha vida sexual ativa anteriormente.
D) A conduta de registrar ato sexual sem autorização dos participantes, artigo 216-B, do Código
Penal, só é punível se houver divulgação a terceiros, por qualquer meio.
E) A conduta de manter estabelecimento destinado à prática de exploração sexual, artigo 229,
do Código Penal, é atípica, caso não haja participação de criança e adolescente.
Art. 216-A – ASSÉDIO SEXUAL
“Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior
hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos”.
Bem jurídico tutelado: liberdade sexual.
Sujeitos do crime: o sujeito ativo só pode ser superior hierárquico ou
ascendente em relação de emprego, cargo e função (crime próprio), e o sujeito passivo
deve ser o subalterno do autor (crime próprio).
Conduta: a ação típica consiste em constranger alguém com o intuito de obter
vantagem sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou
ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. É, em síntese, a
insistência importuna de alguém em posição privilegiada, que usa dessa vantagem para
obter favores sexuais de um subalterno. # - É possível assédio sexual praticado por
professor em face do aluno? De bispo para com o sacerdote? R Apesar de não ser
pacífico, a maioria aponta que é possível.
Voluntariedade: é o dolo.
Consumação e tentativa: não é pacífico. Parcela da doutrina entende se
consumar com apenas um ato e, nessa hipótese, ainda que de difícil configuração, a
tentativa seria possível. De outro lado, outra parte da doutrina entende se tratar de
crime habitual, exigindo-se a reiteração de atos de assédio para atingir a consumação
e, nessa hipótese, não seria possível a tentativa.
https://bit.ly/3ZqUVDl
Ação Penal: será estudada quando da análise do art. 225 do CP.
Aumento de pena: anuncia o §2º que a pena será aumentada em até 1/3 se a
vítima é menor de 18 anos (comum nos casos de menor aprendiz).
Questão:
(PC/SP – INVESTIGADOR – VUNESP – 2013) Assinale a alternativa correta no que tange aos
crimes contra a pessoa e a dignidade sexual previstos no Código Penal.
A) O homicídio será qualificado se for praticado por milícia privada, sob o pretexto de
prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
B) Constranger um homem, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que
com ele se pratique outro ato libidinoso diverso da conjunção carnal, caracteriza o crime de
atentado violento ao pudor e não de estupro.
C) Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual,
prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao
exercício de emprego, cargo ou função, caracteriza o crime de assédio sexual.
D) Se o agente comete o crime de homicídio impelido por motivo de relevante valor social ou
moral, ou sob o domínio de violenta emoção, independentemente de injusta provocação da
vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
E) Não se caracteriza o crime de aborto provocado por terceiro aquele praticado pelo médico,
se a gravidez resulta de estupro, ainda que sem o consentimento da gestante capaz.
Art. 216-B – REGISTRO NÃO AUTORIZADO DA INTIMIDADE SEXUAL (Lei nº
13.772/2018)
“Art. 216-B. Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo
com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem
autorização dos participantes:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem realiza montagem em fotografia,
vídeo,áudio ou qualquer outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de
nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo”.
Bem jurídico tutelado: dignidade sexual.
Voluntariedade: é o dolo.
Ação Penal: será estudada quando da análise do art. 225 do CP.
https://bit.ly/3ZqUVDl
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL
Art. 217-A – ESTUPRO DE VULNERÁVEL
“Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de
14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém
que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento
para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer
resistência”.
Bem jurídico tutelado: liberdade sexual do vulnerável.
Sujeitos do crime: o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa (crime comum).
Obs: conforme se verá no art. 226, II, CP, se o agente é ascendente, padrasto, madrasta,
irmão, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima ou
se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, a
pena será majorada de metade. E o sujeito passivo deve ser o menor de 14 anos ou
pessoa portadora de enfermidade ou deficiência mental ou incapaz de discernimento
para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não tiver condições de
oferecer resistência (crime próprio).
Conduta: pune-se o agente que tem qualquer ato de libidinagem com os
personagens descritos no caput e §1º. Não é necessário o emprego de violência ou
grave ameaça sobre a vítima.
Voluntariedade: é o dolo. A condição especial da vítima que a torna
vulnerável deve ser aparente ou de conhecimento do agente, pois, do contrário, se o
agente desconhecer a vulnerabilidade da vítima e esta não for aparente, o agente será
isento de pena (erro de tipo-art. 20, CP), salvo se utilizou, na execução do crime, de
violência ou grave ameaça (art. 213, CP) ou de fraude (art. 215, CP).
Consumação e tentativa: Consuma-se com o ato de libidinagem (crime
material), sendo possível a tentativa.
Ação Penal: será estudada quando da análise do art. 225 do CP.
Qualificadoras:
“§ 3º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4º Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos”.
https://bit.ly/3ZqUVDl
Presunção de vulnerabilidade:
“§ 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se
independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido
relações sexuais anteriormente ao crime”. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Questão:
(PC/SP – MÉDICO LEGISTA – VUNESP – 2014) Durante viagem de turismo, indivíduo de 22 anos
praticou sexo oral com menina de rua, de 13 anos, dentro do seu veículo, com consentimento
desta, em troca de dinheiro. Neste caso, pode-se afirmar que
A) houve crime de estupro de vulnerável, pois a vítima é considerada vulnerável.
B) não houve crime de estupro, pois houve consentimento da vítima.
C) houve crime de atentado violento ao pudor.
D) não houve crime de estupro, pois não houve violência.
E) houve apenas a prática de ato libidinoso, não se configurando crime.
Art. 225 – AÇÃO PENAL
“Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se
mediante ação penal pública incondicionada. (Redação dada pela Lei nº 13.718,
de 2018)”.
Art. 226 – AUMENTO DE PENA
“Art. 226. A pena é aumentada:
I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais
pessoas;
II – de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão,
cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por
qualquer outro título tem autoridade sobre ela
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado: (Incluído pela Lei
nº 13.718, de 2018)
Estupro coletivo
https://bit.ly/3ZqUVDl
a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes; (Incluído pela Lei nº 13.718, de
2018)
Estupro corretivo
b) para controlar o comportamento social ou sexual da vítima. (Incluído pela Lei
nº 13.718, de 2018)”.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 234-A – AUMENTO DE PENA
“Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada:
I – (VETADO);
II – (VETADO);
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e
IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à vítima doença sexualmente
transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador.
Art. 234-B. Os processos em que se apuram crimes definidos neste Título correrão
em segredo de justiça”.
https://bit.ly/3ZqUVDl

Mais conteúdos dessa disciplina