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Quais são os tratamentos para a Doença
Renal Crônica?
O tratamento da Doença Renal Crônica (DRC) é complexo e multifacetado, exigindo uma abordagem
personalizada que considera a fase da doença, sua causa subjacente e a condição geral do paciente. O
objetivo principal é retardar a progressão da doença, minimizar complicações, aliviar os sintomas e
melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente.
É fundamental ressaltar que o tratamento da DRC requer um compromisso a longo prazo e uma
abordagem integrada. O sucesso do tratamento depende da adesão do paciente às recomendações
médicas, do suporte familiar e do acompanhamento regular com a equipe de saúde. O diagnóstico
precoce e o início oportuno do tratamento são cruciais para retardar a progressão da doença e melhorar
o prognóstico. Cada paciente deve ter um plano de tratamento individualizado, que pode ser ajustado ao
longo do tempo conforme a evolução da doença e resposta às terapias.
Que mudanças no estilo de vida são necessárias?
• Dieta: Restrição criteriosa de sal, proteínas, potássio e fósforo, com foco em alimentos nutritivos que não
sobrecarreguem os rins. Um nutricionista especializado deve criar um plano alimentar personalizado que
considere as preferências do paciente e suas necessidades nutricionais específicas. É importante
monitorar a ingestão de líquidos, que pode precisar ser limitada em estágios avançados da doença.
• Atividade física: Exercícios regulares são fundamentais para controlar a pressão arterial, o peso e o
açúcar no sangue. Recomenda-se uma combinação de exercícios aeróbicos e de resistência, sempre sob
orientação profissional. A intensidade e frequência devem ser adaptadas à capacidade individual do
paciente.
• Controle da pressão arterial: Além do uso de medicamentos, é essencial adotar medidas como redução
do estresse, prática de técnicas de relaxamento e monitoramento regular da pressão em casa. O objetivo é
manter a pressão arterial dentro dos valores recomendados pelo médico.
• Controle do diabetes: Para pacientes diabéticos, o controle rigoroso da glicemia inclui monitoramento
frequente dos níveis de açúcar no sangue, ajuste da medicação conforme necessário e acompanhamento
regular com endocrinologista.
Quais são os medicamentos utilizados no tratamento avançado?
• Inibidores da ECA e BRA: Além de reduzir a pressão arterial e proteger os rins, estes medicamentos
podem ser combinados com outros anti-hipertensivos para um controle mais efetivo. O médico pode
ajustar as doses regularmente com base na resposta do paciente.
• Diuréticos: Diferentes tipos podem ser prescritos dependendo da necessidade específica do paciente. O
uso deve ser cuidadosamente monitorado para evitar desidratação ou desequilíbrios eletrolíticos.
• Tratamento da anemia: Além da eritropoietina, pode incluir suplementação de ferro e vitaminas. O
acompanhamento regular dos níveis de hemoglobina determina ajustes no tratamento.
• Quelantes de fósforo: Medicamentos que ajudam a controlar os níveis de fósforo no sangue, prevenindo
complicações ósseas.
• Suplementos de vitamina D: Essenciais para manter a saúde óssea e prevenir o hiperparatireoidismo
secundário.
Como funcionam as terapias de substituição renal?
• Hemodiálise: Realizada em centro especializado, geralmente três vezes por semana, com sessões de 4
horas. Requer a criação de um acesso vascular adequado (fístula arteriovenosa ou cateter). O processo
remove toxinas e excesso de líquidos do sangue através de uma máquina de diálise.
• Diálise peritoneal: Pode ser realizada em casa, oferecendo mais flexibilidade ao paciente. Existem duas
modalidades principais: a diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD) e a diálise peritoneal
automatizada (APD). O paciente e familiares recebem treinamento específico para realizar o procedimento.
• Transplante renal: Considerada a melhor opção para muitos pacientes, pode ser realizado com rim de
doador vivo ou falecido. O processo inclui avaliação completa do candidato, compatibilidade imunológica
e preparação pré-transplante. Após o transplante, é necessário uso contínuo de medicamentos
imunossupressores e acompanhamento médico regular.
Qual é a importância do suporte psicossocial e acompanhamento?
• Apoio psicológico: Fundamental para ajudar o paciente e família a lidar com os desafios emocionais da
doença crônica.
• Grupos de apoio: Permitem a troca de experiências e informações entre pacientes que enfrentam
situações similares.
• Equipe multidisciplinar: O acompanhamento deve incluir nefrologista, nutricionista, psicólogo,
assistente social e outros especialistas conforme necessário.

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