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1 
 
MD642 EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE II 2º Semestre/2022 
Coordenador: prof. Dr. Ricardo Carlos Cordeiro 
 
PROVA 1 
 
QUESTÃO 1 [2,25 pontos] Suponha que um teste para diagnosticar indivíduos com diabetes 
mellitus foi aplicado a todos os moradores de uma comunidade e apresentou os seguintes 
resultados: 
- Verdadeiros positivos: 16.490 - Falsos positivos: 26.560 
- Falsos negativos: 510 - Verdadeiros negativos: 56.440 
 
A partir dos dados acima, podemos construir a seguinte tabela 2x2: 
 DIABETES 
 + - TOTAL 
TESTE + 16.490 26.560 43.050 
- 510 56.440 56.950 
TOTAL 17.000 83.000 100.000 
 
a) 𝑃𝑟𝑒𝑣𝑎𝑙ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 
17.000 𝑑𝑖𝑎𝑏é𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠
100.000 𝑚𝑜𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠
= 0,17 
b) 𝑆𝑒𝑛𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠
𝑑𝑖𝑎𝑏é𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠
=
16.490
17.000
= 0,97 
c) 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠
𝑛ã𝑜 𝑑𝑖𝑎𝑏é𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠
=
56.440
83.000
= 0,68 
d) 𝑉𝑃+ =
𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠
𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠
=
16.490
43.050
= 0,38 
e) 𝑉𝑃− =
𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠
𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠
=
56.440
56.950
= 0,99 
f) Caso esse mesmo teste fosse aplicado a uma comunidade com prevalência de diabetes 
mellitus igual a 35%: 
i) A sensibilidade não varia com a prevalência, permaneceria 0,97. 
ii) A especificidade não varia com a prevalência, permaneceria 0,68. 
Assim, caso a prevalência seja 0,35, com os resultados de (i) e (ii), a tabela 2x2 seria: 
 DIABETES 
 + - TOTAL 
TESTE + 33.950 20.800 54.750 
- 1.050 44.200 45.250 
TOTAL 35.000 65.000 100.000 
 
iii) 𝑉𝑃+ =
𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠
𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠
=
33.950
54.750
= 0,62 
iv) 𝑉𝑃− =
𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠
𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠
=
44.200
45.250
= 0,98 
2 
 
QUESTÃO 2 [1,0 ponto] Em investigações sobre a relação entre exposições e doenças em 
populações humanas, a diferença essencial entre um estudo experimental e um estudo 
observacional é que na investigação experimental: 
a) o estudo é prospectivo. 
b) o estudo é retrospectivo. 
c) os grupos de indivíduos expostos e não expostos são do mesmo tamanho. 
d) os grupos de expostos e não expostos são formados baseando-se na história de 
exposição ao(s) fator(es) supostamente causal(is). 
e) os investigadores determinam aqueles que serão e aqueles que não serão 
expostos ao(s) fator(es) supostamente causal(is). 
 
Comentário: 
Alternativa correta: os investigadores determinam aqueles que serão e aqueles que não serão 
expostos ao(s) fator(es) supostamente causal(is). Essa é exatamente a diferença fundamental 
entre estudos experimentais e observacionais. 
As demais alternativas são incorretas porque: 
- O fato de os estudos experimentais serem prospectivos não os diferencia dos estudos de coorte 
porque estes também são prospectivos. 
- Os estudos experimentais não são retrospectivos, e sim prospectivos. 
- O tamanho dos grupos estudados não tem nenhuma relação com a diferença entre os dois tipos 
de estudo. 
- Nos estudos experimentais os grupos de expostos e não expostos são formados a partir de um 
algoritmo aleatório e não se baseando em história de exposições. 
 
 
QUESTÃO 3 [1,0 ponto] Pesquisadores examinaram todos os adultos (idade>20 anos) de uma 
cidade, classificando-os como portadores ou não de diabetes mellitus. A seguir, acompanharam 
esses dois grupos por 10 anos, observando o aparecimento de doenças cardiovasculares graves 
(como por exemplo, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral). A tabela abaixo 
apresenta os resultados do estudo ao final do seguimento. (Suponha que diabéticos e não 
diabéticos não mudaram essa condição ao longo do seguimento.) 
 
Diabetes mellitus Doença Cardiovascular Total 
 Presente Ausente 
Presente 8 1992 2.000 
Ausente 18 17.982 18.000 
Total 26 19974 20.000 
 
 
 
 
3 
 
a) Qual o desenho do estudo? 
 
i. Ensaio clínico controlado randomizado duplo cego 
ii. Ensaio clínico controlado randomizado cego 
iii. Ensaio clínico controlado não randomizado 
iv. Coorte histórica 
v. Coorte prospectiva 
 
b) Calcule a medida de associação mais indicada. Resposta: Risco Relativo = 4 
 
RR =
Ie
Ine
=
(
8
2000)
(
18
18000
)
= 4 
Ie: Incidência entre os expostos; Ine: Incidência entre os não-expostos. 
 
c) De acordo com os resultados: 
 
i. indivíduos com diabetes mellitus têm risco quatro vezes maior de 
desenvolver doença cardiovascular grave em 10 anos, em relação aos 
que não apresentavam diabetes mellitus. 
 
ii. indivíduos com diabetes mellitus têm risco duas vezes maior de desenvolver 
doença cardiovascular grave em 10 anos, em relação aos que não 
apresentavam diabetes mellitus. 
 
iii. indivíduos com diabetes mellitus têm a metade do risco de desenvolver 
doença cardiovascular grave em 10 anos, em relação aos que não 
apresentavam diabetes mellitus. 
 
iv. indivíduos com diabetes mellitus têm um quarto do risco de desenvolver 
doença cardiovascular grave em 10 anos, em relação aos que não 
apresentavam diabetes mellitus. 
 
v. esse estudo não consegue estabelecer associação entre diabetes mellitus e 
doença cardiovascular grave. 
 
d) Quantos casos de doença coronariana podem ser atribuídos ao diabetes mellitus 
nesse estudo? Resposta: 6 
RA = Ie – Ine = (8/2000) – (18/18000) = 0,004 – 0,001 = 0,003 ou 3 a cada 1.000 
pessoas. Isso representaria em 2000 casos de diabetes 6 casos de doenças coronariana. 
(3/1000)x2000 = 6. 
Casos de DC 3 casos 3 casos 6 casos 
DM 1000 1000 2000 
 
 
 
 
 
4 
 
QUESTÃO 4 [1,25 pontos] Para os estudos de coorte, assinale a afirmação falsa: 
a) Por se tratar de um estudo onde a incidência de doença é analisada após a 
ocorrência de exposições, não é possível incorporar na análise dados de 
exposição ocorridos no passado. 
b) Quanto mais rara for a doença estudada, mais difícil é a condução do estudo. 
c) O risco relativo é a medida de associação comumente estimada. 
d) No delineamento retrospectivo ou histórico, décadas de exposição podem ser 
analisadas em um curto período de tempo. 
e) Perdas de seguimento podem ser um problema em estudos de longa duração 
Comentário: 
Para os estudos de coorte, a afirmação falsa é: por se tratar de um estudo onde a incidência de 
doença é analisada após a ocorrência de exposições, não é possível incorporar na análise 
dados de exposição ocorridos no passado. Os estudos de coorte retrospectivos, de fato, 
incorporam na análise exposições ocorridas no passado. Todas as demais afirmações são 
corretas. 
 
QUESTÃO 5 [2,25 pontos] Visando avaliar o efeito do risedronato sódico na profilaxia da 
fratura de vértebras em mulheres na menopausa, foi elaborado um estudo com 1.628 mulheres 
nessa condição, que foram alocadas por sorteio para receber risedronato sódico ou placebo. 
Assim, 813 mulheres foram incluídas no grupo de intervenção (que recebeu risedronato sódico) 
e 815 no grupo de não intervenção (que recebeu placebo). Droga e placebo foram administrados 
em apresentações iguais, sem que pacientes e aplicadores soubessem identificar o que estava 
sendo ministrado. 
Após três anos, ao final do estudo, constatou-se que 61 mulheres do grupo designado para 
intervenção e 93 mulheres do grupo designado para a não intervenção apresentaram fratura de 
vértebra. Com base nessas informações, responda aos seguintes itens: 
a) Qual a melhor classificação para esse estudo? 
 
i) Ensaio Clínico duplo cego. 
ii) Ensaio Clínico cego. 
iii) Ensaio Clínico sem mascaramento. 
iv) Estudo de Coorte prospectivo duplo cego. 
v) Estudo de Coorte histórico cego. 
 
 
Comentário: 
 
A melhor classificação para esse estudo é ensaio clínico duplo cego, e não simplesmente ensaio 
clínico cego, pois há intervenção, o que caracteriza o estudo como ensaio clínico,e há 
mascaramento, numa situação onde tanto pacientes, quanto aplicadores, não conheciam o que 
estava sendo administrado (duplo cego). As demais alternativas estão incorretas pelos motivos 
acima descritos. 
 
 
 
5 
 
b) Com base nos resultados acima, calcule a medida risco relativo para a associação 
entre risedronato e fratura de vértebra. 
 
RR = 
𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑒𝑛çã𝑜
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑒𝑛çã𝑜
𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑐𝑒𝑏𝑜
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑐𝑒𝑏𝑜
=
61
813
93
815
= 0,66 
 
c) Assumindo que o intervalo de confiança da medida calculada no item (b) não 
contém o valor 1, o estudo favorece o uso de risedronato sódico na profilaxia de 
fratura de vértebra para mulheres na menopausa? 
 
i) Não, porque esse estudo não consegue estimar risco relativo. 
 
ii) Não, porque a designação para um grupo não garante que o indivíduo seja 
acompanhado até o final do estudo, condição necessária para firmar a validade 
do uso da droga estudada. 
 
iii) Sim, porque todos os possíveis valores contidos no intervalo de confiança 
estimado indicam um risco menor de fratura para os que tomaram a 
droga em relação aos que tomaram placebo. 
 
iv) Sim, porque a aleatorização garante a validade do resultado. 
 
v) Sim, porque os ensaios clínicos são os estudos de maior validade na 
epidemiologia. 
 
Comentário: 
 
A única alternativa correta é: Sim, porque todos os possíveis valores contidos no intervalo de 
confiança estimado indicam um risco menor de fratura para os que tomaram a droga em 
relação aos que tomaram placebo. 
 
As demais alternativas estão incorretas porque: 
 
- Ensaios clínicos estimam risco relativo, conforme visto em (b). 
- Aleatorização ajuda, mas não garante a validade do estudo. 
- Ensaios clínicos são os estudos de maior validade na epidemiologia, mas isso não justifica que 
a intervenção previne fratura de vértebra nesse estudo. 
- A afirmação “designação para um grupo não garante que o indivíduo seja acompanhado até o 
final do estudo, condição necessária para firmar a validade do uso da droga estudada” não faz 
nenhum sentido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
QUESTÃO 6 [2,25 pontos] A partir da análise de prontuários, exames médicos periódicos e 
atestados de óbito, pesquisadores reconstituíram o histórico de mortalidade por câncer de 
qualquer tipo e a exposição ocupacional a campos eletromagnéticos de baixa frequência entre 
trabalhadores de diversas empresas de geração e distribuição de eletricidade entre 1973 e 2015. 
Os trabalhadores foram classificados dicotomicamente quanto à exposição como expostos e não 
expostos. O acompanhamento dos expostos totalizou 48.895 pessoas-ano, enquanto os não 
expostos totalizaram 183.813 pessoas-ano de acompanhamento. Dentre os expostos, 711 
faleceram em decorrência de algum tipo de câncer. Esse total foi de 2.477 no grupo de não 
expostos. Com base nessas informações, responda aos seguintes itens: 
a) Qual a melhor classificação para esse estudo? 
 
i) Ensaio Clínico não controlado 
ii) Ensaio Clínico retrospectivo ou histórico 
iii) Estudo de Coorte prospectivo 
iv) Estudo de Coorte aleatorizado e controlado 
v) Estudo de Coorte retrospectivo ou histórico 
 
Comentário: 
 
A melhor classificação para esse estudo é estudo de coorte retrospectivo ou histórico. Não se 
trata de um ensaio clínico porque não há grupo de intervenção e sim de observação de 
exposições já existentes. Não se trata de um estudo de coorte prospectivo porque as experiências 
de exposição e mortalidade por câncer dos trabalhadores foram reconstruídas a partir da análise 
de documentos. Não existe estudo de coorte aleatorizado e controlado. 
 
 
b) Com base nos resultados acima, calcule a medida risco relativo para a associação 
entre a exposição ocupacional a campos eletromagnéticos de baixa frequência e 
mortalidade por câncer. 
Resposta: 1,0791 
 
RR = 
𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
𝑠𝑜𝑚𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎.𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑛𝑜 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜 𝑛ã𝑜 𝑒𝑥𝑝𝑠𝑜𝑡𝑜
𝑠𝑜𝑚𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 𝑝𝑒𝑠𝑜𝑎.𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑛𝑜 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜 𝑛ã𝑜 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
=
711
48.895
2.477
183.813
= 1,0791 
 
c) Assumindo que o intervalo de confiança da medida calculada no item (b) contém o 
valor 1, o estudo favorece a hipótese de que a exposição ocupacional a campos 
eletromagnéticos de baixa frequência é um fator de risco para câncer? 
 
i) Sim, porque o risco relativo estimado é maior que 1. 
 
ii) Sim, porque o número de pessoas-ano estudadas é cerca de três vezes maior no 
grupo não exposto em relação ao grupo exposto, o que estabiliza a medida de 
associação. 
 
iii) Não, porque esse tipo de desenho de estudo não permite estimar associações. 
 
iv) Não, porque o intervalo de confiança estimado contém tanto os valores 
que indicam que a exposição é um fator de proteção quanto os valores que 
indicam que a exposição é um fator de risco para o câncer. 
 
7 
 
v) Não, porque esse estudo provavelmente não usou o necessário mascaramento 
para sustentar essa hipótese, isto é, provavelmente os trabalhadores sabiam 
que pertenciam ao grupo exposto ou ao grupo não exposto a campos 
eletromagnéticos de baixa frequência. 
 
Comentário: 
 
A resposta é não, porque o intervalo de confiança estimado contém tanto os valores que 
indicam que a exposição é um fator de proteção, quanto os valores que indicam que a 
exposição é um fator de risco para o câncer. O fato de o intervalo de confiança conter o valor 
neutro (ou valor 1) implica que, tanto os valores menores que 1 (proteção) quanto os valores 
maiores que 1 (risco), fazem parte do intervalo. Assim, o estudo não consegue definir se a 
exposição é um risco ou uma proteção para os trabalhadores. 
 
- O fato do risco estimado (valor pontual) ser maior que 1 (neste caso, 1,0791) precisa ser 
analisado conjuntamente com o intervalo de confiança para indicar um risco, e conforme vimos 
acima, não indica. 
 
- O número de pessoas-ano estudadas não tem relação com a conclusão do estudo. 
 
- Este tipo de desenho de estudo (coorte histórica) é bem fundamentado e permite estimar 
associações. 
 
- Em estudos observacionais não há mascaramento, e isso não impede que o estudo seja 
conclusivo.

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