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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI 
 
Curso de Medicina - Período ERE 1
Professora Responsável: Draª Raquel Alves Costa
Discente: Bruno Santiago Menezes
Turma: Medicina 14
Estudo orientado de histologia e embriologia da orelha
1- Descreva a morfologia microscópica da orelha externa, média e interna.
R: 
Ouvido externo: Compreende o pavilhão da orelha, o meato acústico externo e a membrana do tímpano.
- Pavilhão da orelha: Ele tem função de ajudar na captação do som, tem um formato irregular e é constituído por uma placa de cartilagem elástica coberta por pelos. Na pele existem glândulas sebáceas e poucas glândulas sudoríparas.
 - Meato acústico externo: O seu terço externo é constituído por cartilagem elástica, enquanto os dois terços internos é constituído pelo osso temporal. O meato acústico interno é revestido internamente por pele rica em pelos e glândulas sebáceas e ceruminosas, que secretam o cerume, uma substância marrom e pastosa que junto com o pelo possuem uma função protetora contra objetos estranhos.
 - Membrana timpânica: Essa membrana é recoberta externamente por uma fina camada de pele e internamente por epitélio cúbico simples. Entre essas duas camadas epiteliais, existem duas camadas de fibras colágenas e fibroblastos além de uma fina rede de fibras elásticas. Na camada externa essas fibras se encontram orientadas radialmente, enquanto que na camada interna são circulares. 
Ouvido Médio: Localiza-se na espessura do osso temporal, como uma cavidade que separa a membrana timpânica da superfície óssea do ouvido interno. Em sua porção anterior se comunica com a faringe pela tuba auditiva ou de Eustáquio.
- O ouvido médio é revestido por epitélio simples pavimentoso cuja a lâmina está aderida ao periósteo. Mais próximo da tuba auditiva o epitélio se torna prismático e ciliado, e à medida que se aproxima da faringe, ocorre a transição para epitélio pseudoestratificado ciliado. Na parede medial existem duas regiões revestidas por uma membrana conjuntivoepitelial, as janelas oval e redonda. Além disso, existe uma cadeia de três ossículos articulados, formada pelo martelo, bigorna e estribo, todos revestidos por um epitélio pavimentoso simples. Ademais, é possível observar também a presença de dois músculos estriados esqueléticos, o tensor do tímpano e o tensor do estribo.
Ouvido interno: Também chamado de labirinto, essa estrutura é formado por sacos membranosos cheios de líquido, que se encontram alojados dentro de cavidades na porção pétrea do osso temporal.
- É composto pelo labirinto ósseo, que são um conjunto de cavidades e canais limitados por tecido ósseo. Labirinto membranoso, cujo interior é composto por endolinfa, e formado por epitélio de revestimento pavimentoso, circundado por uma delgada camada de tecido conjuntivo. 
2- Descreva a origem embriológica de cada parte da orelha.
 R: 
 Desenvolvimento da orelha externa: O meato acústico externo desenvolve-se da parte dorsal do primeiro sulco faríngeo. As células ectodérmicas, na base desse tubo em forma de funil, proliferam para formar uma sólida placa epitelial, o tampão do meato. Posteriormente, as células localizadas na parte central desse tampão se degeneram, formando uma cavidade que se torna a parte interna do meato acústico externo. A membrana timpânica se desenvolve a partir de três fontes, sendo elas: do ectoderma do primeiro sulco faríngeo, do endoderma do recesso tubotimpânico, que é um derivado da primeira bolsa faríngea e do mesênquima dos primeiros e segundo arcos faríngeos.
Desenvolvimento da orelha média: O recesso tubotimpânico se origina da primeira bolsa faríngea. A parte proximal do recesso forma a tuba faringotimpânica (tuba auditiva). A parte distal do recesso se expande e torna-se a cavidade timpânica que aos poucos envolve os pequenos ossos da orelha média. O martelo e a bigorna derivam da cartilagem do primeiro arco faríngeo (cartilagem de Meckel). Os ramos, a base e a cabeça dos estribos, se formam da crista neural, enquanto a borda externa da base é derivada de células do mesoderma. Além disso, essas estruturas recebem um revestimento mais ou menos completo de epitélio derivado de células da crista neural da endoderme.
Desenvolvimento da orelha interna: A orelha interna é a primeira das três partes da orelha a começar a se desenvolver. No início da quarta semana ocorre um espessamento do ectoderma de superfície, aparecendo o placoide ótico. Cada placoide ótico se invagina e se aprofunda no ectoderma de superfície até o mesênquima adjacente. Devido a essa invaginação, forma uma fosseta ótica, o qual as suas bordas se aproximam e se fundem formando uma vesícula ótica, que é o primórdio do labirinto membranoso. Posteriormente a vesícula perde sua conexão com o ectoderma de superfície, e a partir da vesícula cresce um divertículo que se alonga para formar o ducto e o saco endolinfáticos. A parte utricular dorsal da vesícula ótica dá origem ao utrículo, aos ductos semicirculares e ao ducto endolinfático, e a parte sacular ventral, dá origem ao sáculo e ao ducto coclear, este por sua vez, origina o órgão espiral.
O labirinto ósseo se desenvolve a partir do mesênquima adjacente ao labirinto membranoso. O epitélio que reveste a cavidade timpânica, o antro mastóideo e a tuba faringotimpânica deriva do endoderma do recesso tubotimpânico, que por sua vez, se desenvolve a partir da primeira bolsa faríngea.
3- Descreva a estrutura geral da orelha interna:
a. Sistema vestibular: Esse sistema é constituído em dois componentes: 
- Dois sacos (o utrículo e o sáculo, também conhecidos como órgãos otolíticos, respondem aos movimentos translacionais (gravidade e aceleração linear). 
- Três canais semicirculares (superior, horizontal e posterior) que têm origem no utrículo, respondem aos movimentos rotacionais da cabeça e do corpo (aceleração angular).
b. Canais semicirculares: ductos semicirculares, utrículo, sáculo, ducto endolinfático, saco endolinfático, ampolas, crista ampular, epitélio sensorial.
- Os ductos semicirculares estão localizados no labirinto ósseo. Os três ductos: superior, horizontal e posterior estão conectados ao utrículo. Além disso, os ductos derivados do utrículo e do sáculo unem-se para formar o ducto endolinfático, e este por sua vez, termina em uma pequena dilatação chamada saco endolinfático, situada entre as camadas das meninges. Ademais, existem outras pequenas dilatações localizadas nos locais de conexão do utrículo com os ductos semicirculares, as ampolas. Cada ampola possui uma crista proeminente chamada de crista ampular, as quais são importantes para sentir a posição da cabeça e a aceleração angular. A crista ampular consiste em um epitélio sensorial coberto por uma massa gelatinosa chamada de cúpula que não possui otólitos.
c. Órgãos otolíticos: Estrutura da mácula do sáculo e do utrículo.
- As máculas são áreas receptoras sensoriais localizadas na parede do sáculo e do utrículo, e estão relacionadas com a detecção do movimento direcional da cabeça. É um epitélio composto por células pilosas do tipo I e II imersas em células de sustentação que repousam na lâmina basal. Um único quinocílio longo e cinquenta a sessenta esterocílios projetam-se da superfície apical das células pilosas. Ademais, vemos a membrana otolítica que é composta por material gelatinoso e contém complexos de carbonato de cálcio-proteína formadores de pequenos cristais chamados de otólitos; esta membrana é sustentada por uma base filamentosa com pequenos poros nas áreas sobre cada feixe piloso.
d. Inervação.
- Os nervos aferentes, com terminações contendo os neurotransmissores aspartato e glutamato, entram nos espaços que separam as células de sustentação e formam uma rede semelhante a um cálice, abrangendo o domínio basal arrendondado da célula pilosa tipo I. As terminações nervosas que estão em contato com a célula pilosa do tipo II cilíndrica não formam um cálice basal, aos invés disso, observa-se botões terminais simples. Além disso, ascélulas pilosas do tipo I e II recebem terminações nervosas eferentes e têm vesículas sinápticas contendo acetilcolina. Essas fibras nervosas eferentes controlam a sensibilidade das células receptoras sensoriais.
e. Órgão de Corti (componente sensorial da cóclea).
- O órgão de corti é semelhante a um túnel, o qual está ladeado por uma fileira única de células pilosas internas, na lateral, apontando para o modíolo, e três fileiras de células pilosas externas, no outro lado, apontando para a estria vascular. Essas células pilosas externas e internas formam a parede do túnel e estendem-se da base ao ápice da cóclea.
4- Aspectos moleculares e mecânicos da audição.
 - As células receptoras sensoriais, em estado hipotético de silêncio, possui um potencial de repouso em torno de -70mV, resultante da alta concentração de potássio do lado de fora da membrana celular, na endolinfa. Quando uma vibração mecânica se aproxima da cóclea, ocorre a movimentação do líquido na escala timpânica (endolinfa) que induz o movimento da membrana basilar, e esta por sua vez, promove a movimentação dos estereocílios em direção aos cinocílios. Essa estimulação leva à abertura de canais de potássio, e ao influxo desse íon, para o interior da célula sensorial, causando uma despolarização. Essa despolarização, acaba por promover a abertura de canais de cálcio, e também o influxo desse íon, que posteriormente induz a exocitose de vesículas contendo neurotransmissores. Esses neurotransmissores liberados no domínio basal de cada célula pilosa receptora, despolarizam a fibra do nervo coclear aferente. Os sinais são retransmitidos para o cérebro através do VIII nervo craniano (vestíbulo-coclear).
5- Significado clínico da surdez e equilíbrio.
- As células pilosas convertem impulso mecânico, determinado pela deflexão dos feixes apicais de estereocílios imersos na membrana tectória e na membrana otolítica da cúpula, em impulso eletromecânico que leva à transmissão sináptica. Além disso, a membrana tectória, a cúpula e a membrana otolítica contêm 3 proteínas componentes de suas camadas gelatinosas α‑tectorina, β‑tectorina e otogelina. Entretanto, quando ocorre mutação nos genes de codificação da tectorina e da otogelina, ocasionará surdez e desequilíbrio.
6- Otites- diferencie os tipos existentes.
- Otite Média: É uma oltagia associada a membrana timpânica e protrusa pode indicar a existência de pus ou líquido na orelha média. Muitas vezes a infecção da orelha média é secundária a infecções respiratórias altas. A membrana timpânica torna-se vermelha e protrusa, e a pessoa pode queixar-se de ouvir “estalidos”. Pode ser observada a saída de líquido cor âmbar através dessa membrana. Se não for tratada, a otite média pode comprometer a audição em virtude de fibrose dos ossículos da audição, limitando a capacidade de movimentação em resposta ao som.
- Otite externa aguda: A otite externa é uma inflamação do meato acústico externo. É uma infecção frequentemente encontrada em nadadores que não secam o meato depois de nadar, mas também pode ser consequência de uma infecção bacteriana na pele que reveste o meato. Normalmente o indivíduo queixa-se de prurido e dor na orelha externa.
- Otite interna: Essa otite normalmente acomete os canais internos do ouvido como a cóclea e os canais semicirculares, este, que é responsável pelo equilíbrio. Os sinais comuns da inflamação nessa região são a vertigem, a tontura, problemas de labirintite e o zumbido no ouvido.
7- O órgão vestíbulo-coclear é formado por: (marque as alternativas corretas).
A) Ouvido externo, que compreende a região do labirinto.
B) Ouvido externo, que compreende: orelha, formada por cartilagem elástica; meato acústico externo, formado por tecido cartilaginoso e tecido ósseo, ambos revestidos por pele; membrana do tímpano, formada por tecido epitelial e tecido conjuntivo.
C) Ouvido médio, que separa a membrana timpânica do ouvido interno e apresenta três ossículos articulados: martelo, bigorna e estribo, que transmitem as vibrações mecânicas.
D) Ouvido interno, que compreende o labirinto, formado por cavidades cheias de ar. 
E) Ouvido interno, que compreende o labirinto, formado por sacos membranosos cheios de líquido.
8- No ouvido interno, as vibrações mecânicas do som estimulam receptores e são traduzidas em impulsos nervosos. Quais das alternativas abaixo relacionam as estruturas que podem ser associadas a essa função?
A) Máculas, formadas por um neuroepitélio constituído por células receptoras e de sustentação e recoberto por uma camada gelatinosa, na qual existem concreções de carbonato de cálcio denominadas otólitos ou estatocônios. 
B) Cristas ampulares, formadas por neuroepitélio recoberto pela cúpula, que é uma estrutura gelatinosa que se movimenta em função do deslocamento da endolinfa. 
C) Cóclea, canal de paredes ósseas em forma de caracol. 
D) Cóclea, na qual se encontram as escalas vestibular, média e timpânica.
E) Órgão de Corti, que fica na escala média e é formado por células sensoriais internas, células pilares e células sensoriais externas.
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