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Anexo para elaboração de texto - Estudo Dirigido Nome do/a aluno/a: Raquel Souza Santana Curso: Engenharia Ambiental e Sanitária Disciplina: Sistema de esgotamento sanitário Professor: Carlos Alberto dos Santos Neto Introdução A ausência de serviços de saneamento básico afeta grande parte das cidades brasileiras, sendo responsável por várias doenças além dos danos ao meio ambiente. Um dos maiores problemas da coleta e tratamento atual de esgotos sanitários no Brasil, é o lançamento indevido de águas pluviais nas redes de esgoto, superando os volumes previstos em projetos (TSUTIYA; BUENO, 2005). O tratamento de esgotos é uma etapa crucial para garantir a qualidade ambiental e a saúde pública, uma vez que os efluentes lançados em corpos hídricos sem o devido tratamento podem causar graves problemas ambientais e à saúde. Para que o sistema de tratamento seja eficiente, é importante que ocorra acompanhamento e verificação da vazão desde a etapa preliminar. Este controle é primordial para otimizar os processos subsequentes e assegurar a funcionalidade do sistema de esgotamento sanitário como um todo. Além disso, um projeto bem elaborado de concepção do sistema, com peças gráficas e componentes adequados, é fundamental para que a implementação e operação do sistema de esgotamento seja realizado conforme planejado e seja eficiente. Desenvolvimento Na fase preliminar do tratamento de esgotos, o controle da vazão desempenha um papel crucial. A vazão é uma medida do volume de esgoto que entra no sistema de tratamento em determinado tempo, e a sua variação pode afetar diretamente a eficiência de todo o sistema. Segundo Mendonça (1990), a vazão de águas pluviais, que normalmente é encaminhada de forma indevida aos coletores prediais, pode ser acrescentada também às vazões médias e máximas. Flutuações excessivas na vazão podem prejudicar os processos de remoção de sólidos, sedimentação e até mesmo o tratamento biológico, levando ao sobre carregamento das unidades de tratamento e reduzindo a eficácia da remoção de poluentes. Assim, o acompanhamento e controle da vazão garantem que as etapas do tratamento ocorram em um ritmo controlado e previsível, permitindo ajustes operacionais quando necessário. Além disso, o controle da vazão na fase inicial permite o dimensionamento adequado dos componentes do sistema, como caixas de areia, decantadores e reatores biológicos. Assegura que as unidades sejam projetadas para receber o volume correto de esgoto, evitando desperdícios de recursos e ampliando a vida útil dos equipamentos. Outro benefício do controle da vazão é a possibilidade de monitorar a entrada de água de infiltração e a presença de águas pluviais na rede de esgoto, possibilitando ações para mitigar esses impactos no tratamento. Para que o projeto de concepção de um sistema de esgotamento sanitário seja eficiente é importante o uso de peças gráficas detalhadas. Estas peças representam, de forma técnica os componentes que compõem todo o sistema, facilitando o entendimento e a execução do projeto. As principais peças gráficas são: 1. Planta: é nada mais que o layout completo do sistema de esgoto, incluindo redes de tubulação, estações elevatórias e pontos de descarga. Esta planta facilita a visualização geral e ajuda na compreensão das conexões e seus componentes. 2. Perfil Longitudinal e Transversal das Redes de Esgoto: São cortes longitudinais e transversais dos tubos e canais de esgoto, representando inclinações, diâmetros e pontos de conexão. Esses perfis auxiliam no dimensionamento e na adequação do sistema ao terreno. 3. Estações Elevatórias e Tratamento são informadas com desenhos que representam o funcionamento de bombas, reservatórios, filtros e outros equipamentos. Esses desenhos ajudam a entender o funcionamento e o controle da vazão. 4. Diagramas : Representam, de forma simplificada, o percurso e o tratamento do esgoto dentro da unidade. Esses diagramas são importantes para operadores e técnicos, pois ilustram como cada fase contribui para o tratamento completo do esgoto. Além de todos os materiais e a serem utilizados, com especificações técnicas de resistência, durabilidade e compatibilidade com o tratamento previsto. Cada uma dessas etapas deve atender a normas técnicas e ser adaptada ao tipo de tratamento escolhido, como lodos ativados, lagoas de estabilização ou filtros biológicos.Além disso, o formato das peças gráficas deve ser claro e seguir convenções de simbologia e legendas padrão, garantindo que profissionais de diferentes áreas possam interpretá-las corretamente. Conclusão O acompanhamento e controle da vazão na etapa preliminar do tratamento de esgoto são fundamentais para garantir que todo o processo seja executado com eficiência, reduzindo impactos ambientais e otimizando os custos operacionais. Essa prática, juntamente com um projeto de concepção bem elaborado, aumenta a confiabilidade do sistema de esgotamento sanitário, garantindo que ele atenda aos parâmetros de qualidade exigidos. As peças gráficas e os componentes do projeto são, portanto, ferramentas indispensáveis para assegurar uma implementação clara, eficiente e sustentável do sistema de esgotamento sanitário. Este conjunto de práticas possibilita que os profissionais envolvidos no tratamento de esgoto realizem um trabalho eficiente, preservando os recursos hídricos e melhorando a qualidade de vida da população. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL: Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 357, de 17/03/2005. MENDONÇA, S. R.; CEBALOS, B. S. de O. Lagoas de estabilização e aeradas mecanicamente: novos conceitos. João Pessoa, S. Rolim Mendonça, 1990. TSUTIYA, M. T.; BUENO, R. C. R. Contribuição de Águas Pluviais em Sistemas de Esgoto Sanitário no Estado de São Paulo. In: 23° Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. ABES, anais, Campo Grande, 2005.