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<p>Conceitos básicos de finanças</p><p>Conceito de finanças corporativas e alinhamento das principais áreas do setor financeiro dentro das</p><p>organizações. Definição dos tipos de receita e despesa e conceituação de risco e retorno.</p><p>Prof. Matheus Moura, Prof. Luiz Ozorio</p><p>1. Itens iniciais</p><p>Propósito</p><p>Definir os conceitos iniciais de finanças, isto é, as principais noções sobre receita, despesa e finanças</p><p>corporativas e como o estudo das finanças pode ser útil na vida de qualquer pessoa.</p><p>Objetivos</p><p>Identificar os principais tipos de receitas e despesas e a importância do fluxo de caixa.</p><p>Compreender o conceito de finanças corporativas e suas principais áreas em uma organização.</p><p>Compreender o conceito de investimentos e financiamento.</p><p>Descrever as noções de risco e o retorno em Finanças.</p><p>Introdução</p><p>O físico Neil deGrasse Tyson tem um comentário muito interessante sobre Matemática. Ele diz que, “essa é a</p><p>única matéria em que as pessoas se divertem ao falar que não entendem ou não sabem quase nada. Sempre</p><p>que alguém pergunta qual era a matéria mais difícil da escola, nove entre dez pessoas respondem Matemática</p><p>(e ainda soltam uma leve gargalhada depois de responder)”.</p><p>Apesar deste tema não ser de Matemática, nem ter nenhuma conta, ainda assim a palavra finanças carrega o</p><p>medo que a maioria das pessoas tem de Matemática e acaba criando uma reputação ruim, o que é muito difícil</p><p>de ser evitado. No entanto, veremos que estudar Finanças é fácil e importante para todos, seja um</p><p>administrador, seja um dentista, seja um professor, seja um artista, seja uma dona de casa, pois todos nós</p><p>devemos entender, pelo menos, o mínimo sobre Finanças para administrarmos nossas contas de casa, decidir</p><p>se vale a pena ou não comprar algo ou onde investir nosso dinheiro.</p><p>Neste contúdo, apresentaremos importantes conceitos básicos em Finanças, que o ajudarão a entender como</p><p>aplicar o dinheiro para gerar mais riqueza (e, quem sabe, viver apenas de renda no futuro).</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>1. Fluxo de caixa</p><p>Conceitos e tipos de receitas</p><p>A receita pode ser definida como o valor cobrado por uma pessoa física ou jurídica pela venda de um produto</p><p>ou serviço. Para contabilidade, vender consiste na entrega do produto ou serviço ou produto ao cliente,</p><p>diferente do conceito de venda para área comercial, que pode ser entendido como “tirar o pedido”. Outra</p><p>aspecto que vale ressaltar é que nem todos os recursos relativos a receita entram no caixa da empresa</p><p>imediatamente. Mais especificamente, no caso em que a empresa concede prazo aos seus clientes, haverá</p><p>diferença entre a receita gerada e o recebimento dos recursos apurados no período.</p><p>A seguir temos a diferenciação entre Vender um produto e prestar um serviço:</p><p>Vender um produto</p><p>Quando uma padaria vende um pão, quando</p><p>uma pessoa vende os bolos que fez, quando um</p><p>pecuarista vende o leite produzindo em sua</p><p>fazenda etc.</p><p>Prestar algum serviço</p><p>Quando uma pessoa maqueia uma noiva,</p><p>quando um salão de beleza atende uma cliente,</p><p>quando você usa um serviço de aplicativo etc.</p><p>Classificação da receita</p><p>Agora que entendemos o que é uma receita, é importante saber que ela pode ser caracterizada de diferentes</p><p>formas. Veja a seguir:</p><p>Receita principal (Primária)</p><p>Essa forma de receita se refere aos recursos que uma organização cobra</p><p>por sua atividade-fim. Se perguntassem a você o que uma hamburgueria</p><p>faz, muito provavelmente você responderia algo como “vende</p><p>hambúrguer”.</p><p>Então, podemos dizer que a receita da venda de hambúrgueres, batatas</p><p>fritas e refrigerantes é a receita principal ou primária de uma</p><p>hamburgueria, pois essa é a sua atividade-fim.</p><p>Receita secundária</p><p>Podemos entender a receita secundária como um produto ou serviço que</p><p>a organização vende ou presta, mas que é diferente da receita principal.</p><p>Imagine que a venda de ração de cachorro é a atividade-fim de uma</p><p>organização, com 90% de sua receita. Como já aprendemos, a venda de</p><p>ração de cachorro é a receita principal (ou receita primária) da</p><p>organização. No entanto, a organização imaginária também promove</p><p>exposição de cães de raça e ganha um dinheiro extra com a inscrição dos</p><p>donos para esses eventos. Sendo assim, 10% da receita da empresa</p><p>correspondem à organização de eventos de cães.</p><p>Então, a receita proveniente desse negócio é chamada de receita</p><p>secundária.</p><p>Receitas financeiras</p><p>Agora que sabemos que existe receita principal e receita secundária,</p><p>podemos entender o que são receitas financeiras. Você concorda que,</p><p>após a hamburgueria receber o dinheiro de um mês inteiro pela venda de</p><p>hambúrgueres (e pagar seus funcionários), ela fica com bastante dinheiro</p><p>em caixa?</p><p>Uma hamburgueria pode, com esse dinheiro, fazer várias coisas: comprar</p><p>mais maquinário, contratar mais funcionários ou efetuar aplicações</p><p>financeiras.</p><p>Sim! Uma empresa de hambúrguer pode aplicar seus recursos livres em</p><p>títulos bancários (CDBs por exemplo) ou títulos públicos de renda fixa.</p><p>Assim, chamamos de receita financeira os recursos recebidos pela</p><p>empresa provenientes de juros de aplicações financeiras (a não ser que a</p><p>empresa do exemplo em questão seja um banco).</p><p>Para que não restem dúvidas, precisamos pensar que a atividade-fim</p><p>varia de organização para organização, ou seja, precisamos sempre</p><p>analisar a atividade em si para entendermos a aplicação desses</p><p>conceitos.</p><p>Receitas não operacionais</p><p>Uma empresa, normalmente, tem alguns computadores, às vezes, um</p><p>carro e, em raras situações, um prédio. Todas essas coisas são usadas</p><p>para que a empresa, por intermédio de seus colaboradores, funcione.</p><p>No entanto, se a empresa decidir comprar computadores mais modernos</p><p>e deixar de usar os antigos, ou se a empresa decidir se mudar de uma</p><p>cidade para outra e vender o prédio que possui, o tipo de dinheiro gerado</p><p>pela venda de algo que era usado pela empresa não se enquadra em</p><p>receita principal, nem em receita secundária, muito menos em receita</p><p>financeira.</p><p>Então, como classificar essas receitas extraordinárias?</p><p>Para esse tipo de receita, foi criado, então, o conceito de receitas não</p><p>operacionais. Mais especificamente, a receita não operacional consiste</p><p>na diferença auferida por uma empresa pela venda de ativos</p><p>permanentes (imóveis, veículos, computadores etc.) e o valor contábil</p><p>deprecidado desses ativos. Como exemplo, tomemos um veículo</p><p>adquirido pela empresa no ano 0 (zero) por R$50 mil e, passados 2 anos,</p><p>vendido pela empresa por R$35 mil. Considerando que o prazo da</p><p>depreciação de automóveis é de 5 anos, teremos 20% de seu valor</p><p>original sendo abatido anualmente de seu valor contábil. Dessa forma,</p><p>passados 2 anos, contabilmente, o carro valerá R$30 mil. Considerando</p><p>que a venda foi efetuada por R$35 mil, a receita não operacional</p><p>correspondente seria de R$5 mil (R$35 mil relacionado à venda menos</p><p>R$30 mil referente ao valor contábil).</p><p>Saiba mais</p><p>Caixa é a denominação que usamos em finanças para o local em que são registrados os valores de</p><p>recursos imediatamente disponíveis para serem utilizados; é o dinheiro que fica livre e disponível para a</p><p>utilização que for necessária.</p><p>Atenção</p><p>É importante não confundir receita primária com receita secundária por causa do produto (ou serviço)</p><p>que gera mais dinheiro para a empresa. Se uma empresa produz lápis e canetas, mas ela é mais famosa</p><p>por suas canetas, não significa que a receita pela venda de canetas seja sua receita principal e a venda</p><p>de lápis, sua receita secundária, pois a proposta da empresa é vender os dois produtos, mesmo que um</p><p>deles seja mais requisitado do que o outro. Então, o que diferencia receita primária de receita</p><p>secundária? É basicamente o produto ou serviço que a empresa busca realmente vender ou prestar</p><p>(receita principal) e o produto ou serviço que a empresa faz para “ganhar um extra”.</p><p>Conceitos e tipos de despesas</p><p>Depois de conhecer as principais formas de receita, nada mais justo do que aprender os principais tipos de</p><p>despesa.</p><p>Quando usamos o termo despesa, principalmente no nosso cotidiano, acabamos utilizando-o para todo tipo</p><p>de gasto que é realizado; assim, de acordo com o conceito</p><p>popular, despesa consistiria em qualquer saída de</p><p>dinheiro. É dessa forma que estamos acostumados a lidar com esse termo no dia a dia.</p><p>Porém, quando aplicamos a palavra despesa nas organizações, em termos financeiros, ela ainda representa</p><p>uma saída de dinheiro da organização, mas há outros conceitos também relacionados a gastos. Assim, o</p><p>conceito de despesa nas organizações tem um entendimento mais específico do que aquele que usamos.</p><p>Despesa são os gastos corrrentes efetuados por uma organização necessários para realização de</p><p>suas atividades operacionais.</p><p>Além das despesas, outro gasto relevante para o funcionamento das empresas são os custos, que consistem</p><p>nos recursos despendidos na confecção de produtos ou serviços vendidos, como:</p><p>materia prima;</p><p>mão de obra de produção;</p><p>e energia elétrica utilizada na confecção dos produtos.</p><p>Por fim, além dos custos e despesas, as empresas geramente necessitam efetuar investimentos para realizar</p><p>suas atividades, como aquisição de máquinas, edificações, veículos e etc. Esses ativos serão usados pela</p><p>empresa para realização de suas atividades. Veja alguns exemplos:</p><p>Exemplo 1</p><p>Quando uma empresa adquire um imóvel para abrigar suas atividades,</p><p>isso será considerado um investimento, considerando que os os</p><p>benefícios da utilização do imóvel se proporgará por muitos anos,</p><p>refletindo no resultado da empresa.</p><p>Exemplo 2</p><p>Quando a empresa efetua uma pintura, ou uma pequena obra de</p><p>manuteção em suas instalações, isso será considerado uma despesa,</p><p>porque o benefício desse gasto se observará somente no curto prazo</p><p>(ano corrente).</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Exemplo 3</p><p>Da mesma forma, salários, gastos com energia, telefonia, alugueis etc.</p><p>são tratados como despesas, considerando que esses geram benefíficios</p><p>correntes para empresa.</p><p>Exemplo 4</p><p>Quando a empresa consome materia-prima e gasta energia na produção</p><p>de seus produtos ou paga salaríos aos seus operários, isso seria um</p><p>custo.</p><p>Principais tipos de despesas</p><p>Assim como as receitas, as despesas também podem ser classificadas. Em alguns casos, podemos fazer isso</p><p>de maneira mais intuitiva, como nas organizações e em nossos controles pessoais de gastos.</p><p>Para aglutinar tipos de despesas parecidos, podemos ter os seguintes exemplos:</p><p>Salários das áreas administrativas e comerciais.</p><p>FGTS, INSS e outras despesas relacionadas aos salários.</p><p>Gastos com telefonia, Internet, energia elétrica, água e demais contas de pagamento mensal.</p><p>Comissões sobre as vendas realizadas.</p><p>Aluguéis de instalações (prédios, veículos, equipamentos, computadores e outros bens móveis e</p><p>imóveis).</p><p>Impostos, juros bancários, multas e taxas diversas.</p><p>Material de escritório.</p><p>Serviços e material de limpeza.</p><p>Passagens, gastos com transporte e alimentação em deslocamentos.</p><p>Pode haver inúmeros tipos de despesas, dependendo do tipo de atividade da organização e da complexidade</p><p>dela.</p><p>Uma prática muito comum é reunir esses tipos em agrupamentos mais abrangentes, como:</p><p>Despesas gerais e administrativas</p><p>Aquelas necessárias ao funcionamento</p><p>administrativo da organização.</p><p>Despesas comerciais</p><p>Aquelas que relacionamos ao esforço de</p><p>vendas.</p><p>Outras despesas</p><p>Aquelas que não se enquadram nos exemplos</p><p>anteriores.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Por fim, em relação ao entendimento de como classificar as despesas, ainda temos várias situações na gestão</p><p>contábil e financeira, em que classificamos as despesas em fixas e variáveis. Veja:</p><p>Atenção</p><p>Ainda existe a possibilidade de uma despesa ter um comportamento simultâneo, com despesas fixas e</p><p>variáveis; neste caso, ela é chamada de semivariável. Um exemplo simples é a conta de energia elétrica.</p><p>Mesmo que nosso gasto de energia no mês seja nulo, existe um valor mínimo a ser pago mensalmente;</p><p>porém, dependendo do consumo real de energia, esse gasto varia.</p><p>Gestão de receitas e despesas</p><p>Agora que está claro o que são receitas e despesas e suas classificações, vamos aprender um pouco sobre</p><p>sua gestão. Para isso vamos aprender o conceito de fluxo de caixa.</p><p>Fluxo de caixa</p><p>É um controle utilizado para registrar todas as entradas e saídas de dinheiro da empresa. Esse controle serve</p><p>para que a empresa saiba, diariamente, se tem dinheiro em caixa para pagar o salário de seus funcionários, os</p><p>fornecedores, as contas de luz, água etc.</p><p>Quando uma empresa vende a prazo, isto é, entrega o produto hoje para receber o dinheiro no mês seguinte,</p><p>o controle de fluxo de caixa é muito importante. Por exemplo, quando acontece uma venda de R$100 em</p><p>mercadorias, o dinheiro só será recebido 30 dias depois e, enquanto isso, a empresa precisa lidar, no mês</p><p>Despesas fixas</p><p>As despesas fixas são aquelas que ocorrem</p><p>todo mês, por exemplo, o aluguel de uma</p><p>instalação (sala, prédio, casa, loft, studio,</p><p>galpão, impostos fixos, seguros, softwares e</p><p>sistemas, conta de energia elétrica, água e</p><p>internet.) e variam apenas em função de</p><p>condições contratuais (como no caso de um</p><p>aluguel, que é reajustado anualmente).</p><p>Despesas variáveis</p><p>Podem ter valores diferentes de um mês</p><p>para o outro em função de situações</p><p>relacionadas, como a variação de</p><p>determinado gasto ou do próprio</p><p>volume de produção (ou prestação de</p><p>serviços) da organização. Um exemplo é</p><p>a comissão sobre vendas realizadas. Se</p><p>vendemos mais, essa despesa é maior;</p><p>se vendemos menos, é menor.</p><p>atual, com diversos gastos. Se ela não souber exatamente se pode ou não vender a prazo, poderá “meter os</p><p>pés pelas mãos” e ficar devendo a alguém.</p><p>Resumo</p><p>Acompanhe os principais assuntos deste módulo com o professor Matheus Moura. Vamos lá!</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Despesas fixas e variáveis</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Fluxo de caixa</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>Dona Gisele decidiu abrir uma fábrica de bolos. Depois de dois anos, a fábrica cresceu e se tornou a empresa</p><p>mais comentada do bairro. No entanto, além da produção e venda de bolos, Gisele começou a prestar</p><p>esporadicamente um serviço de buffet em festas, incluindo toda estruturação da parte gastronômica dos</p><p>eventos. Esse tipo de receita deveria ser classificada como</p><p>A</p><p>receita financeira.</p><p>B</p><p>receita secundária.</p><p>C</p><p>receita não operacional.</p><p>D</p><p>receita principal.</p><p>E</p><p>receita intermediária.</p><p>A alternativa B está correta.</p><p>A receita secundária diz respeito a toda receita que provém de uma atividade econômica constante, que</p><p>não é a atividade-fim da organização. Dessa forma, como a atividade-fim da empresa da dona Gisele era a</p><p>fabricação e venda de bolos, a venda de caldas de chocolate passou a ser um “extra” e, por isso, deve ser</p><p>classificada como receita secundária, conforme a alternativa B.</p><p>Questão 2</p><p>Gabriela, empresária do ramo de moda, percebeu que, embora seus vestidos vendessem muito, no final do</p><p>mês, o que sobrava entre a receita que obtinha da venda menos os seus gastos era pouco. Gabriela começou</p><p>a classificar os seus gastos e percebeu que havia algumas despesas muito elevadas. Especificamente, ela</p><p>ficou assustada com o valor do aluguel da loja, onde a exposição dos vestidos e a venda ao público ocorrem.</p><p>Até aquele momento, ela não tinha muito controle financeiro de sua empresa (ela era uma estilista, e não</p><p>aprendeu sobre finanças na faculdade) e tinha medo de não conseguir manter o empreendimento se</p><p>continuasse gastando mais do que recebia.</p><p>Ao organizar os tipos de despesa de sua empresa, Gabriela classificou o aluguel que paga na loja onde vende</p><p>os vestidos como</p><p>A</p><p>despesa principal.</p><p>B</p><p>despesa secundária.</p><p>C</p><p>despesa comercial.</p><p>D</p><p>despesa variável.</p><p>E</p><p>despesa temporária.</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>Em conceitos e tipos de despesas, há a discriminação de cada uma das despesas existentes. A despesa</p><p>comercial está diretamente ligada a tudo aquilo referente à venda de um produto ou à prestação de um</p><p>serviço. Como a empresa da Gabriela</p><p>produz e vende vestidos, o aluguel da loja onde ela expõe os vestidos</p><p>para sua venda deveria ser classificado como despesa comercial, já que não está diretamente ligado à</p><p>produção dos vestidos.</p><p>2. Finanças corporativas</p><p>O que são finanças corporativas?</p><p>O professor Gitman, em seu livro Princípios de Administração Financeira, define finanças como “a arte e a</p><p>ciência de administrar dinheiro”. Dessa forma, podemos entender que as finanças corporativas são a</p><p>administração dos recursos financeiros (dinheiro) da empresa.</p><p>Assim como um indivíduo (pessoa física) deve organizar e planejar as suas finanças, uma empresa (pessoa</p><p>jurídica) deve fazer o mesmo com o intuito de alcançar seus objetivos a curto, médio e longo prazos.</p><p>Entretanto, a empresa é um “organismo” bem mais complexo, em termos financeiros, do que um indivíduo.</p><p>Assim, utiliza-se de ferramentas e análises específicas. Finanças corporativas se constitui na tomada de</p><p>decisões estratégicas em relação às ações financeiras de uma empresa.</p><p>A seguir temos uma série de perguntas, entre outras, que Finanças Corporativas tentam responder:</p><p>Os fluxos de caixa da empresa dão conta dos nossos compromissos de curto prazo?</p><p>No que a empresa deve investir com a sobra de caixa?</p><p>O projeto que a empresa está pensando em realizar é lucrativo?</p><p>Qual estratégia de financiamento devemos utilizar?</p><p>A empresa é sustentável no longo prazo?</p><p>Como diminuir o risco dos negócios da empresa?</p><p>As atividades comuns em finanças corporativas são:</p><p>Pagamento de fornecedores.</p><p>Compra de matéria-prima.</p><p>Venda de produtos.</p><p>Pagamento do salário dos funcionários.</p><p>Objetivos das finanças nas organizações.</p><p>Gerir as finanças nas organizações é um dos pilares de sustentação das empresas, pois, assim, é possível</p><p>controlar a entrada e saída de recursos financeiros, bem como se expandir (interação das Finanças com</p><p>outras áreas, como Estratégia e Marketing). Então, sempre que pensar em finanças nas organizações, lembre-</p><p>se das diversas áreas que servem para controlar as atividades e dar apoio ao gestor na hora de tomar</p><p>decisão.</p><p>Principais áreas financeiras</p><p>As principais áreas relacionadas às finanças nas empresas são:</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Contas a pagar</p><p>Essa área é responsável por administrar todas as despesas da empresa e</p><p>garantir que tudo seja pago dentro do prazo, com o cuidado de saber se</p><p>a empresa tem dinheiro em caixa para fazer os pagamentos no dia</p><p>estipulado.</p><p>Contas a receber</p><p>Da mesma forma que o setor de contas a pagar é responsável pelo</p><p>dinheiro que sai da empresa, a área de contas a receber é responsável</p><p>por controlar o dinheiro que entra. Sendo assim, os funcionários da área</p><p>de contas a receber têm a responsabilidade de verificar se estão</p><p>pagando no dia certo (se não, buscar entender o motivo), se o dinheiro</p><p>está indo para a conta correta, se tem dinheiro em caixa suficiente para o</p><p>setor de contas a pagar usar, entre outros.</p><p>Tesouraria</p><p>Em algumas empresas menores, os setores de contas a pagar e de</p><p>contas a receber ficam dentro da Tesouraria. No entanto, quando a</p><p>empresa é maior, com vários funcionários, o que demanda muito esforço</p><p>de todos para buscar a eficiência no trabalho, a Tesouraria se torna uma</p><p>área separada com a função específica de gerar relatórios financeiros</p><p>para a tomada de decisão estratégica pelos gestores.</p><p>Além disso, é essa área que cuida para que a empresa não perca dinheiro</p><p>em situações externas (como importações, que sofrem impacto das</p><p>taxas cambiais). Sendo assim, a Tesouraria, quando eficiente, evita que a</p><p>empresa perca dinheiro, desperdice oportunidades com relação ao</p><p>dinheiro e fornece informação valiosa aos gestores, para que eles tomem</p><p>decisões rápidas.</p><p>Controladoria</p><p>Essa área é uma interseção entre a Contabilidade e a área de Finanças.</p><p>Na Controladoria, os contadores e administradores ficam responsáveis</p><p>por cuidar do orçamento da empresa. Como pode ser entendida como</p><p>uma “evolução da Contabilidade”, ela é usada para controle estratégico</p><p>dos gestores na tomada de decisão.</p><p>Quando você decide comprar uma roupa nova no cartão, não pensa</p><p>primeiro se vai ter dinheiro disponível para fazer a compra (ou pelo</p><p>menos deveria)? Da mesma forma, a Controladoria cuida para que a</p><p>empresa não dê um “passo maior do que a perna” e fique sem dinheiro</p><p>para pagar suas dívidas futuras.</p><p>Finanças corporativas</p><p>Para complementar o assunto sobre finanças corporativas, assista ao vídeo com o professor Matheus Moura.</p><p>Vamos lá!</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Contas a pagar x contas a receber</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Tesouraria e Controladoria</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>Dentre as respostas a seguir, qual se assemelha mais à definição de finanças corporativas?</p><p>A</p><p>Desenvolver as melhores práticas de gestão administrativa nas diversas áreas da empresa, dentre elas o setor</p><p>financeiro.</p><p>B</p><p>Administrar o dinheiro que sai da empresa, mas o que entra é de responsabilidade do setor de contas a</p><p>receber.</p><p>C</p><p>Administrar todos os recursos da "organização": matéria-prima, dinheiro, gastos e logística.</p><p>D</p><p>Administrar os recursos financeiros que a empresa detém.</p><p>E</p><p>Administrar os recursos de terceiros, investindo no mercado de capitais.</p><p>A alternativa D está correta.</p><p>Em "O que são finanças corporativas?", as finanças corporativas são definidas como a administração dos</p><p>recursos financeiros (dinheiro) da empresa. Dentre as respostas apresentadas na questão, a que mais se</p><p>assemelha a essa definição é a letra D.</p><p>Questão 2</p><p>Qual é a diferença entre as áreas de contas a receber e Tesouraria?</p><p>A</p><p>Enquanto o setor de contas a receber se destina a cuidar das receitas da empresa, a Tesouraria fica</p><p>responsável por cuidar das entradas e saídas de recursos para emitir relatórios gerenciais, que serão usados</p><p>pelos gestores para a tomada de decisão.</p><p>B</p><p>Contas a receber é uma área responsável apenas pela entrada de dinheiro na empresa, enquanto a Tesouraria</p><p>é responsável pelo controle da saída desse dinheiro.</p><p>C</p><p>A Tesouraria é uma área estratégica, que busca a eficiência na aplicação dos recursos financeiros, enquanto o</p><p>setor de contas a receber cuida das entradas e saídas do dinheiro da empresa.</p><p>D</p><p>Não existem grandes diferenças entre as duas áreas, pois ambas cuidam dos recursos financeiros da</p><p>empresa.</p><p>E</p><p>Enquanto o setor de contas a receber responde pela entrada de rescursos na empresa, a tesouraria responde</p><p>pelo pagamento de contas, aplicação de recursos e tomada de dívidas da companhia.</p><p>A alternativa A está correta.</p><p>A área de contas a receber é responsável por controlar o dinheiro que entra, enquanto a Tesouraria possui</p><p>a função específica de gerar relatórios financeiros para a tomada de decisão estratégica pelos gestores.</p><p>Dentre as respostas apresentadas na questão, apenas a letra A define de forma correta as duas áreas.</p><p>3. Investimento e financiamento</p><p>Noções de investimento</p><p>A noção de investimento começa a surgir quando a organização conta com um recurso que não precisará ser</p><p>gasto no processo produtivo nem para pagar despesas existentes.</p><p>A partir dessa definição, podemos fazer as seguintes perguntas sobre o que fazer com esses recursos:</p><p>Dessa forma, investimento pode ser definido como toda aplicação de dinheiro em algo com o objetivo de gerar</p><p>mais dinheiro no futuro.</p><p>Suponha que o país entre em uma crise e uma empresa precise fechar as portas, fazendo com que cada</p><p>funcionário receba 30 mil reais de indenizações. Veja dois casos, em que Maria e Ricardo tomaram a decisão</p><p>de como investir esse dinheiro:</p><p>Não existe uma resposta certa ou errada para as decisões da Maria e do Ricardo. Cada um faz o que achar</p><p>melhor com o seu dinheiro.</p><p>No entanto, apenas um deles investiu. Você sabe dizer quem?</p><p>Quem respondeu Maria acertou, pois investimento é tudo aquilo</p><p>que é feito para gerar mais dinheiro</p><p>no futuro. Por outro lado, efetuar uma viagem é apenas uma despesa, pois, diretamente, isso não</p><p>produzirá dinheiro.</p><p>Noções de financiamento</p><p>Você, provavelmente, conhece alguém que sempre compra no cartão de crédito e diz fazer isso sem se</p><p>preocupar, pois pagará suas dívidas em várias parcelas. Há também aqueles que compram tudo à vista, para</p><p>não pagar juros ou ter uma dívida “eterna”. Esse processo de comprar em um momento e pagar depois é</p><p>chamado de financiamento, e é muito comum entre pessoas, empresas e até países.</p><p>Você sabia que um país pode comprar algo de outro país e pagar depois?</p><p>O que Maria fez</p><p>Maria decide pegar</p><p>seus 30 mil e tornar-se</p><p>sócia na loja de roupas</p><p>da irmã.</p><p>Por mês ganhará</p><p>mil reais e poderá</p><p>arranjar outro</p><p>emprego.</p><p>O que Ricardo fez</p><p>Ricardo, por</p><p>outro lado,</p><p>acredita que</p><p>logo será</p><p>contratado por</p><p>outra empresa,</p><p>pois possui boa</p><p>formação</p><p>acadêmica.</p><p>Assim, ele</p><p>decide fazer</p><p>uma</p><p>viagem</p><p>com os</p><p>recursos de</p><p>sua</p><p>indenização.</p><p>Vai se</p><p>divertir no</p><p>exterior,</p><p>enquanto</p><p>espera ser</p><p>contratado</p><p>por outra</p><p>empresa.</p><p>Em Finanças, é explicado que, muitas vezes, é mais vantajoso pagar por um produto ou serviço depois, pois o</p><p>dinheiro pode perder seu valor com o tempo. Não pretendemos ensinar conceitos matemáticos, mas</p><p>explicaremos, de maneira rápida e simples, porque isso acontece. Existe algo na economia chamado inflação,</p><p>que faz com que os preços dos produtos e serviços aumentem.</p><p>Exemplo</p><p>Se, nos anos 2000, você conseguia comprar um refrigerante por R$1, hoje, ele custa, em média, R$4,00.</p><p>Então, o mesmo R$1 que comprava uma bebida no passado não compra nem meio refrigerante</p><p>atualmente.</p><p>Desse modo, empresas se beneficiam comprando produtos a prazo, o que, por sua vez, as auxilia a financiar</p><p>seus estoques e o prazo concedido aos seus clientes.</p><p>Por outro lado, quando as empresas resolvem efetuar compras a prazo devem avaliar se os preços cobrados</p><p>pelos fornecedores foram acrescidos de juros e se esses (juros) são maiores ou menores do que os praticados</p><p>no mercado. Sendo assim:</p><p>Dessa forma, a decisão de compra a prazo ou a vista deve ser tomada com base nas seguintes regras:</p><p>Caso a empresa possua recursos disponíveis</p><p>Deve comparar os juros cobrados pelos</p><p>fornedores com os juros que seriam</p><p>recebidos em aplicações financeiras.</p><p>Caso a empresa não possua recursos</p><p>disponiveis</p><p>A comparação deverá ser efetuada</p><p>com os juros cobrados por</p><p>empréstimos bancários.</p><p>Regra 1</p><p>Considerando uma empresa superavitária, se os juros cobrados pelos fornecedores forem maiores do</p><p>que os juros de aplicações financeiras e menores do que os cobrados em empréstimos bancários, é</p><p>preferível que a empresa efetue pagamentos a vista.</p><p>Regra 2</p><p>Considerando uma empresa superavitária, se juros cobrados pelos fornecedores forem menores do</p><p>que os juros de aplicações, é preferível que a empresa efetue pagamentos a prazo.</p><p>Regra 3</p><p>Caso a empresa não possua recursos disponiveis, se os juros cobrados pelos fornecedores forem</p><p>menores do que os cobrados em empréstimos bancários, é preferível que a empresa compre a prazo.</p><p>Regra 4</p><p>Caso a empresa não possua recursos disponiveis, se os juros cobrados pelos fornecedores forem</p><p>maiores do que os cobrados em empréstimos bancários, é preferível que a empresa tome recursos</p><p>emprestados e compre a vista.</p><p>Atenção</p><p>É muito comum pessoas perderem o controle no cartão de crédito e, no final, sofrerem grandes</p><p>problemas financeiros. Caso decida comprar a prazo, faça contas antes de sair comprando, a fim de</p><p>saber se terá dinheiro para pagar a fatura do cartão de crédito no futuro!</p><p>Investimentos e financiamentos</p><p>Você conseguiu entender o que são investimentos e financiamentos? Assista ao vídeo com o professor</p><p>Matheus Moura, que explica e exemplifica melhor esse assunto. Vamos lá!</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>O valor do dinheiro e o tempo</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Noções de Investimento</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>Dentre as opções a seguir, qual é a única que não se enquadra como investimento?</p><p>A</p><p>Adquirir um maquinário que aumentará a produção e gerará maior lucro.</p><p>B</p><p>Comprar uma lancha para o gestor usar durante suas férias.</p><p>C</p><p>Aplicar em títulos do governo federal, que renderão juros.</p><p>D</p><p>Comprar uma obra de arte que pode triplicar de valor em cinco anos, conforme especialistas da área sugerem.</p><p>E</p><p>Comprar um imóvel que abrigará as operações de uma empresa.</p><p>A alternativa B está correta.</p><p>Conforme explicado em Noções de investimento, investimento é tudo aquilo que é feito para gerar mais</p><p>dinheiro no futuro. Dessa forma, todas as respostas apresentam alguma forma de investimento, pois partem</p><p>do pressuposto de que se ganhará mais dinheiro no futuro com o desembolso de dinheiro hoje, com</p><p>exceção da resposta B, que se refere exclusivamente à compra de um bem de consumo que não tem a</p><p>intenção de gerar mais riqueza no futuro.</p><p>Questão 2</p><p>Qual é o principal motivo que faz o financiamento se tornar vantajoso?</p><p>A</p><p>O fato de o dinheiro perder seu valor com o tempo.</p><p>B</p><p>O fato de não precisar se preocupar com o desembolso de dinheiro no momento.</p><p>C</p><p>As vantagens tributárias que permitem amortizar o valor.</p><p>D</p><p>O fato de o risco diminuir com o recebimento das mercadorias agora.</p><p>E</p><p>O fato da empresa não precisar pagar o empréstimo no futuro.</p><p>A alternativa A está correta.</p><p>Devido à inflação, os produtos que eram comprados a R$1 no passado, atualmente custam mais. Dessa</p><p>forma, o dinheiro perde seu valor ao longo do tempo, pois deixa de comprar a mesma quantidade de</p><p>produtos. Como a alternativa A é a única que menciona o fato de o dinheiro perder seu valor ao longo do</p><p>tempo, ela é a resposta correta.</p><p>4. Finanças</p><p>Noções de risco em finanças</p><p>Nesta vida, temos apenas duas certezas: pagaremos impostos e morreremos (como diria um contador de</p><p>carteirinha). Além disso, estamos todos sempre passíveis a risco, isto é, alguma coisa pode dar errado e jogar</p><p>nossos planos para escanteio.</p><p>Risco financeiro é qualquer grau de incerteza que associamos às transações financeiras e à</p><p>utilização do dinheiro no tempo.</p><p>Sendo assim, entre vários riscos, há alguns que precisamos entender para evitá-los ou mitigá-los. São eles:</p><p>Risco operacional</p><p>Esse risco se refere ao fato de a empresa começar a dar prejuízo. Suponha que um empresário tenha</p><p>uma padaria e venda seus pães a R$0,10 cada. No entanto, como não estudou esse conteúdo, ele não</p><p>sabia que existe algo chamado fluxo de caixa e, por isso, não se lembrou de controlar as entradas e</p><p>saídas e verificar quanto custava produzir um pão. No final de um ano, ele percebeu que cada pão</p><p>custava R$0,15 para ser produzido, ou seja, ele tinha prejuízo e precisava fechar a sua padaria. Dessa</p><p>forma, risco operacional se refere ao risco que qualquer empresa tem de seu negócio dar prejuízo,</p><p>seja por vender mais barato do que deveria, seja por não ter clientes suficientes.</p><p>Risco de crédito</p><p>Riscos de crédito, como o nome diz, ocorrem quando um empreendedor ou seu cliente não consegue</p><p>pagar uma dívida e acaba pagando multa por isso. Se uma padaria comprar muita matéria-prima para</p><p>produzir pão a prazo e não conseguir vender sua produção, ela não terá dinheiro para pagar a sua</p><p>dívida. No final, a padaria terá de pagar multa, podendo até falir.</p><p>Risco de liquidez</p><p>Quando uma empresa não sabe se está recebendo mais do que gastando (mesmo que haja garantias</p><p>de receber mais dinheiro no futuro), existe a possibilidade de que a empresa não seja líquida (não</p><p>tenha dinheiro rapidamente) e, com isso, não possa pagar os gastos do momento, como salários,</p><p>fornecedores etc. Então, é preciso ter cuidado com a ideia de que receberá muito mais dinheiro do</p><p>que o gasto para produzir, pois, se a empresa receberá esse dinheiro apenas no final do ano, é bom</p><p>que separe</p><p>uma boa reserva de dinheiro para pagar seus funcionários até lá.</p><p>Risco de mercado</p><p>Os riscos de mercado se relacionam à economia como um todo. Como exemplo, suponha que a</p><p>inflação aumente repentinamente e, para combatê-la, o Banco Central eleve os juros da economia.</p><p>Essa elevação dos juros, por sua vez, poderia gerar um arrefecimento do crescimento do PIB, o que,</p><p>de uma forma ou de outra impactará, basicamente, em todos os tipos de negócios, reduzindo suas</p><p>vendas e lucros. Esse tipo de risco é denominado de risco de mercado.</p><p>Riscos legais</p><p>Os riscos legais aparecem com mudanças de leis em vigor ou quando alguém é processado. Imagine</p><p>que você tenha criado a mais nova empresa de tecnologia, que você acredita que dará lucro. Após</p><p>dois meses funcionando e ficando famoso, vem o “banho de água fria”, isto é, uma empresa está</p><p>processando você com a alegação de que está copiando suas ideias (em outras palavras, eles</p><p>chegaram primeiro). Por mais que eles estejam errados, e você mereça ter aquela empresa ou, até</p><p>mesmo, que o juiz lhe dê razão, existe a chance de você constituir um advogado e até mesmo parar</p><p>de funcionar até o meritíssimo chegar a uma conclusão.</p><p>Enquanto isso, você precisa pagar o salário dos funcionários, o aluguel da sua sala, entre outras</p><p>despesas. Por fim, você pode chegar à falência simplesmente porque alguém não concordou com o</p><p>seu negócio. Dessa forma, é preciso se preocupar com os riscos legais e fazer tudo dentro da</p><p>legalidade, se possível com a ajuda de um advogado experiente.</p><p>Além disso, é necessário entender que, quanto mais arriscado é um investimento, mais retorno será requerido</p><p>pelos investidores. Em outras palavras, você apostaria uma quantia grande de dinheiro no cavalo de corrida</p><p>que ficou em último colocado na corrida passada? Provavelmente, não, pois o risco de perder é muito alto.</p><p>Para que as pessoas se sintam mais atraídas a investirem nele, o prêmio pago tem de ser mais alto também. O</p><p>inverso acontece com o cavalo campeão da corrida passada, que paga um prêmio mais baixo, já que ele tem</p><p>grandes chances de ganhar.</p><p>Noções de retorno em finanças</p><p>Retorno significa o quanto você ganhou pelo dinheiro investido.</p><p>Desse modo, se você depositou R$1.000 na poupança no começo do ano, e você obteve R$1.042,36 no último</p><p>dia do mesmo ano, você conseguiu um retorno de R$42,36. Para muitos, esse retorno pode não ser muito alto,</p><p>pois a taxa de juros não foi muito alta, e o prazo investido, neste caso, é de um ano. Além disso, a taxa de</p><p>juros é altamente influenciada pelo risco. Então, como o risco de o banco não pagar o investidor é muito baixo,</p><p>ele dará uma taxa de juros muito baixa também. Caso você consiga uma taxa de juros mais atraente (com um</p><p>risco um pouco maior) e invista por um prazo maior, você poderá obter um retorno melhor.</p><p>Dessa forma, todas as pessoas que desejam trabalhar com finanças ou administrar suas finanças pessoais</p><p>devem estudar um pouco de Matemática Financeira, principalmente juros compostos, para poder juntar uma</p><p>riqueza para a aposentadoria.</p><p>Exemplo</p><p>No livro de finanças pessoais, Casais inteligentes enriquecem juntos, o escritor Gustavo Cerbasi</p><p>demonstra que, com uma pequena aplicação mensal de R$100, pode se formar um bom dinheiro a longo</p><p>prazo, com uma taxa de juros de 1% ao mês.</p><p>Meses de</p><p>aplicação Anos Total Aplicado</p><p>Acumulado</p><p>Juros</p><p>recebidos Saldo final</p><p>1</p><p>Primeiro</p><p>Ano</p><p>R$ 100,00 R$ 1,00 R$ 101,00</p><p>2</p><p>Primeiro</p><p>Ano</p><p>R$ 200,00 R$ 3,01 R$ 203,01</p><p>3</p><p>Primeiro</p><p>Ano</p><p>R$ 300,00 R$ 6,04 R$ 306,04</p><p>4</p><p>Primeiro</p><p>Ano</p><p>R$ 400,00 R$ 10,10 R$ 410,10</p><p>5</p><p>Primeiro</p><p>Ano</p><p>R$ 500,00 R$ 15,20 R$ 515,20</p><p>6</p><p>Primeiro</p><p>Ano</p><p>R$ 600,00 R$ 21,35 R$ 621,35</p><p>... ... ... ... ...</p><p>119 9 anos R$ 11.900.00 R$ 11.003,87 R$ 22.903,87</p><p>120 10 anos R$ 12.000,00 R$ 11.233,91 R$ 23.233,91</p><p>121 10 anos R$ 12.100,00 R$ 11.467,25 R$ 23.567,25</p><p>... ... ... ... ...</p><p>240 20 anos R$ 24.000,00 R$ 75.914,79 R$ 99.914,79</p><p>360 30 anos R$ 36.000,00 R$ 316.991,38 R$ 352.991,38</p><p>480 40 anos R$ 48.000,00</p><p>R$</p><p>1.140.242,02</p><p>R$</p><p>1.188.242,02</p><p>Tabela: Tabela de rendimento de uma aplicação de R$100 mensais a juros de 1% ao mês.</p><p>Extraída de: Gustavo Cerbasi, 2004.</p><p>Quando falamos de empresas, há diversas formas de medir o retorno financeiro, bem como variados tipos de</p><p>aplicações financeiras para ganhar um dinheiro extra (que seriam classificadas como receita financeira).</p><p>Veja algumas a seguir:</p><p>Poupança</p><p>Essa forma de investir o dinheiro é a mais conhecida entre os brasileiros.</p><p>Nesse tipo de investimento, o cliente coloca dinheiro no banco, e ele,</p><p>mensalmente, renderá uma porcentagem a juros compostos. Porém, essa</p><p>porcentagem é bem baixinha. Então, não espere ficar milionário com isso,</p><p>a não ser que você espere algumas décadas e deposite mensalmente</p><p>uma boa quantia.</p><p>CDB</p><p>O CDB é, basicamente, um empréstimo do cliente ao banco. Vamos dizer</p><p>que você esteja com dinheiro sobrando e queira emprestá-lo a alguém.</p><p>Concorda que é muito difícil um banco grande lhe dar um calote? Então,</p><p>por que não emprestar para ele. No entanto, como o risco de o banco</p><p>não pagar a você (dependendo do banco) é muito baixo, a taxa de juros</p><p>cobrada também é muito baixa.</p><p>Tesouro Direto (também conhecido como títulos públicos)</p><p>Nesse tipo de investimento, você empresta dinheiro para o governo.</p><p>Apesar de, no passado, o governo já ter dado um calote nos cidadãos, o</p><p>sistema financeiro e governamental evoluiu muito, o que torna esse tipo</p><p>de investimento muito atraente e com risco muito baixo. No entanto, para</p><p>investir nessa modalidade, é necessário saber que o dinheiro deve ficar</p><p>emprestado por bastante tempo.</p><p>Ações</p><p>Esse tipo de investimento é recomendado apenas para aqueles que</p><p>estudaram sobre o assunto e têm dinheiro que nunca fará falta, caso eles</p><p>o percam. Como é possível que o preço de uma ação varie muito, o</p><p>investidor poderá perder muito dinheiro. No entanto, como existe certo</p><p>risco, o ganho costuma ser maior do que as outras oportunidades</p><p>mencionadas.</p><p>Dica</p><p>Caso queira investir em ações, é necessário estudar bastante sobre o tema.</p><p>Riscos e retornos em Finanças</p><p>Agora que entendemos os conceitos de riscos e retornos em Finanças, vamos conferir exemplificações do</p><p>assunto.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Riscos legais</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Noções de retorno em finanças</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>Quando um empresário vende a prazo e não tem os devidos controles, ele pode acabar recebendo menos</p><p>dinheiro do que precisa por mês para quitar seus gastos mensais. Sendo assim, que risco seria esse?</p><p>A</p><p>Risco operacional</p><p>B</p><p>Risco de crédito</p><p>C</p><p>Risco de mercado</p><p>D</p><p>Risco de liquidez</p><p>E</p><p>Risco de falência</p><p>A alternativa D está correta.</p><p>O risco de liquidez ocorre quando uma empresa não possui dinheiro para pagar suas dívidas no momento,</p><p>mesmo quando possui a expectativa de receber mais dinheiro no futuro (como ocorre na venda a crédito).</p><p>Questão 2</p><p>O CDB é uma forma de investimento muito famosa. Qual é a melhor definição de CDB?</p><p>A</p><p>O CDB é um papel que você recebe do banco, informando que você emprestou dinheiro e que ele irá pagá-lo</p><p>em determinado tempo acrescido de juros.</p><p>B</p><p>O CDB é uma forma de investimento em que você empresta dinheiro para empresas, e elas irão pagá-lo em</p><p>determinado tempo acrescido de juros.</p><p>C</p><p>O CBD é um título que você recebe por emprestar dinheiro para o governo, e ele irá pagá-lo em determinado</p><p>tempo acrescido de juros.</p><p>D</p><p>O CDB é um investimento bancário em que o banco pega o seu dinheiro na conta corrente e o devolve quando</p><p>você precisar dele, sem o acréscimo de juros.</p><p>E</p><p>O CDB é um título emitido por empresas, que concede aos seus detentores participação nos lucros</p><p>corporativos.</p><p>A alternativa A está correta.</p><p>Conforme definido, CDB é quando uma pessoa ou organização empresta dinheiro ao banco com o intuito</p><p>de</p><p>recebê-lo de volta no futuro acrescido de juros.</p><p>5. Conclusão</p><p>Considerações finais</p><p>Ao longo deste tema, estudamos conceitos de Finanças corporativas e suas principais áreas. Com isso, você</p><p>se torna capacitado a entender e exercer diversas funções dentro da área financeira, uma vez que conhece de</p><p>forma abrangente as principais atribuições que cada área exige.</p><p>Adicionalmente, explicamos alguns conceitos, como Receita e Despesa, Investimento e Financiamento, além</p><p>de Risco e Retorno.</p><p>Esses conhecimentos compreendem um vasto aprendizado, que é imprescindível para um profissional que</p><p>deseje ingressar na área financeira organizacional.</p><p>Podcast</p><p>Para encerrar, com a palavra o professor Antônio Carlos Magalhães da Silva e suas considerações sobre</p><p>o conteúdo.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para ouvir o áudio.</p><p>Explore +</p><p>Caso tenha se interessado em aprender mais sobre o fluxo de caixa, recomendamos que você invista em</p><p>softwares de planilhas eletrônicas. Assim, você pode criar planilhas gerenciais bem bonitas e práticas, que</p><p>irão auxiliá-lo e ajudá-lo a saber se você tem dinheiro ou não no momento.</p><p>Além disso, busque vídeos sobre fluxo de caixa, pois, assim, será possível ver, na prática, como ele é feito.</p><p>Pesquise também a Calculadora do Cidadão, do Banco Central, para calcular a correção pela caderneta de</p><p>poupança facilmente.</p><p>Recomendamos também o livro Princípios de Administração Financeira, escrito pelo professor Gitman.</p><p>Referências</p><p>CERBASI, G. Casais inteligentes enriquecem juntos. 1. ed. São Paulo: Sextante, 2004.</p><p>FORTUNA, E. Mercado financeiro: produtos e serviços. 3. ed. Rio de Janeiro: QualityMark, 1994.</p><p>GITMAN, L. Princípios de Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010.</p><p>Conceitos básicos de finanças</p><p>1. Itens iniciais</p><p>Propósito</p><p>Objetivos</p><p>Introdução</p><p>1. Fluxo de caixa</p><p>Conceitos e tipos de receitas</p><p>Vender um produto</p><p>Prestar algum serviço</p><p>Classificação da receita</p><p>Receita principal (Primária)</p><p>Receita secundária</p><p>Receitas financeiras</p><p>Receitas não operacionais</p><p>Saiba mais</p><p>Atenção</p><p>Conceitos e tipos de despesas</p><p>Exemplo 1</p><p>Exemplo 2</p><p>Exemplo 3</p><p>Exemplo 4</p><p>Principais tipos de despesas</p><p>Despesas gerais e administrativas</p><p>Despesas comerciais</p><p>Outras despesas</p><p>Atenção</p><p>Gestão de receitas e despesas</p><p>Fluxo de caixa</p><p>Resumo</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Despesas fixas e variáveis</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Fluxo de caixa</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>Questão 2</p><p>2. Finanças corporativas</p><p>O que são finanças corporativas?</p><p>Principais áreas financeiras</p><p>Contas a pagar</p><p>Contas a receber</p><p>Tesouraria</p><p>Controladoria</p><p>Finanças corporativas</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Contas a pagar x contas a receber</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Tesouraria e Controladoria</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>3. Investimento e financiamento</p><p>Noções de investimento</p><p>No entanto, apenas um deles investiu. Você sabe dizer quem?</p><p>Noções de financiamento</p><p>Exemplo</p><p>Regra 1</p><p>Regra 2</p><p>Regra 3</p><p>Regra 4</p><p>Atenção</p><p>Investimentos e financiamentos</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>O valor do dinheiro e o tempo</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Noções de Investimento</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>4. Finanças</p><p>Noções de risco em finanças</p><p>Risco operacional</p><p>Risco de crédito</p><p>Risco de liquidez</p><p>Risco de mercado</p><p>Riscos legais</p><p>Noções de retorno em finanças</p><p>Exemplo</p><p>Poupança</p><p>CDB</p><p>Tesouro Direto (também conhecido como títulos públicos)</p><p>Ações</p><p>Dica</p><p>Riscos e retornos em Finanças</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Riscos legais</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Noções de retorno em finanças</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>5. Conclusão</p><p>Considerações finais</p><p>Podcast</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Explore +</p><p>Referências</p>

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