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Gabriella Rocha Pessoa PRODUTOS CONSOLIDADOS NO EXTERIOR Avaliação de Trabalho de disciplina 2 – Novos Negócios para o Mercado Global RIO DE JANEIRO 2021 Para a resolução do trabalho, utilizarei 2 produtos de origem brasileira que já são consolidados e pretendem expandir ainda mais para outros países, utilizaram e ainda utilizam de pesquisa e estratégia mercadológica para se consolidarem no exterior. Pão de Queijo A empresa forno de Minas resolveu expandir para o mundo todo um produto de origem mineira, o famoso pão de queijo. Fundada em 1990, nasceu do sucesso da receita caseira de Dona Dalva, hoje a empresa é gerida por ela, pelos filhos e o sócio. Valéria Favaretto, diretora de marketing explica que o intuito da empresa é “Mais do que conquistar novos mercados, a empresa tem o propósito de levar um pouco de Minas Gerais para o mundo” Atualmente o pão de queijo é exportado para alguns países, tais como: Estados Unidos, China, Canadá, Portugal, Inglaterra, Chile, Peru, Uruguai, Emirados Árabes, Japão, Guatemala, El Salvador, Panamá, Costa Rica e Colômbia. Na China, o produto pode ser encontrado em Shangai nas cafeterias, redes de hotéis e restaurantes. Já nos Estados Unidos, é o principal mercado da marca onde o produto pode ser encontrado em até 5 mil pontos de venda, enquanto no Paraguai a empresa pesquisou que o consumo de congelados vem crescendo nos últimos anos, exportando assim seu produto para os supermercados. A expectativa é fazer não só o produto de origem brasileira transcender horizontes mais também consolidar a marca. Estratégias utilizadas pelo Forno de Minas Participações em feiras importantes pelo mundo para tornar o produto reconhecido, divulgar e ampliar os negócios. Eventos como SIAL Paris e CIIE China. A SIAL é reconhecida como a maior feira de inovação de alimentos do mundo, enquanto a CIIE promove exportações de produtos estrangeiros no país, ocupa o posto de segundo maior mercado consumidor e importador do mundo. Degustações de pães de queijo para os consumidores de outros países. No Uruguai as vendas aumentaram 40% depois de utilizar de estratégia de degustação em pontos de vendas e mercados. Para melhor identificação do produto, foi necessário renovar a embalagem. Fizeram saquinhos em inglês, francês e espanhol com traduções explicativas sobre o conteúdo, mas mantiveram a bandeirinha brasileira e o nome Pão de Queijo. Mudança da receita em alguns países. Em alguns países é necessário adicionar mais sal, em outros, menos sal e às vezes misturar outros ingredientes. O paladar varia de país para país e é importante adaptar aos costumes. Na China por exemplo, foi solicitado pão de queijo doce. Parcerias com outras empresas. A empresa fechou parceria com uma rede de cinemas, onde o produto é vendido em copos personalizados e também vendem o produto em foodtrucks em formatos de sanduíche, o intuito é conhecer as vontades do público. Havaianas A marca começou há 50 anos, sendo um chinelo básico para trabalhadores em obras e plantações aqui no Brasil. Foi então que na década de 90 a Alpargatas decidiu reposicionar a marca em declínio como um produto de moda. Contrataram estilistas, para criar cores e designers atraentes de preço mais elevado, os chinelos começaram a ser usados por celebridades tanto nacionais quanto internacionais, alavancando assim as vendas. Em 2007 a marca já desfrutava de um forte crescimento e atuava em 65 países. Já em 2008 o executivo-chefe da Alpargatas decidiu transformar as Havaianas na primeira marca verdadeiramente global do Brasil. O desafio era expandir um adicional na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia, apesar de mercados ricos e com forte potencial a marca teve de se adaptar a cada país, refazendo todo seu designer, suas cores e aumentando a gama de seus produtos. Os chinelos já aparecem em algumas vitrines de ruas e comércio elegante nos quatro cantos do mundo. No total, são 195 lojas no exterior, além de ser distribuídas em até 650 pontos de venda de multimarcas em 116 países. É de longe o produto brasileiro de varejo mais distribuído no mundo. Estratégias utilizadas pelas Havaianas Expandir sua gama de cores e design para atrair consumidores mais sofisticados que não tivessem a mesma cultura. A empresa introduziu chinelos mais fechados para climas mais frios, chinelos com alças ao redor do tornozelo e para desfiles de moda mais chiques e sofisticados, chinelos com diamantes. Customização das havaianas. Para atender a todos os públicos, as havaianas dão a opção ao consumidor de escolher desde a cor das tiras, até os pins, as estampas dos mais diferenciados, tudo as vontades e desejos do consumidor. Filiais fora do Brasil. Para ajudar a manter uma mensagem consistente, a empresa preferiu abrir escritórios próprios ao invés trabalhar com distribuidores locais e importadores. A única exceção foi a Europa onde tem 5 escritórios e 18 distribuidores. Entender o público de cada país. Antes de adentrar dentro de algum país, a Alpargatas faz um mapeamento das oportunidades, analisando o comportamento do consumidor, legislação e hábitos diferentes. No exterior por exemplo, onde as praias não são de areia e sim de pedra, os consumidores tendem a preferir chinelos mais fechados. Para garantir a padronização das lojas no exterior, são usados guias de marca, com detalhes sobre a identidade visual da empresa, além de ter encontros com os franqueados internacionais para garantir se seguem as mesmas regras e padronizações brasileiras. É importante notar a estratégia utilizada por ambas as empresas, pesquisaram bastante os países antes de adentrar, enquanto a Forno de Minas entende que seus consumidores tem paladares diferentes, a Havaianas entende que seus chinelos precisam ser adaptados para consumidores diferentes e em diferentes países, pois entendem que cada país tem seus costumes e não é correto e nem ético tentar empurrar a todo custo, isso só gera insatisfação e frustação, ao invés de reter e fidelizar novos clientes, acaba por afastar os mesmos. Também é interessante reparar a logística de ambos. Enquanto a Forno de Minas exporta para intermediários, hotéis, cafeterias, e entre outros, do mundo inteiro, para ter seus produtos em vários pontos de venda, a Havaianas prefere manter o padrão brasileiro de distribuição até nos países do exterior, preferindo assim criar filiais ao invés de deixar com os intermediários locais, exceto em alguns países da Europa como foi citado acima. Por fim, é importante ressaltar a mudança de idioma de seus produtos, no chinelo das havaianas existe numeração de vários idiomas de países, já o Forno de Minas teve de criar novas embalagens com idiomas diferentes dentre eles, o americano, francês, espanhol e até mandarim para melhor identificação dos chineses. E ambas as empresas pretendem expandir ainda mais nossas marcas “Made in Brazil”, dando orgulho e incentivando outras empresas gigantes brasileiras a fazerem o mesmo. Referência Bibliográfica: LEVIN, Teresa. Aos 30, Forno de Minas amplia exportação. [S. l.], 4 dez. 2019. Disponível em: https://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2019/12/04/aos- 30-forno-de-minas-amplia-exportacao.html. Acesso em: 21 mar. 2021. AYER, Flávia. Brasileiros empreendem com produtos típicos nacionais e fazem sucesso no exterior. [S. l.], 23 jul. 2017. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2017/07/23/internas_economia,885933/bras ileiros-empreendem-com-produtos-tipicos-nacionais-e-fazem-sucesso.shtml. Acesso em: 21 mar. 2021. BORGES, Beatriz. A marca Brasil dá um salto para o exterior. [S. l.], 20 jun. 2014. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2014/01/21/sociedad/1390259445_889398.html.Acesso em: 21 mar. 2021. FRACHETTA, Adriano. Como Havaianas construiu uma marca global. [S. l.], 21 mar. 2021. Disponível em: https://www.estudioroxo.com.br/blogpulsar/como-havaianas- construiu-uma-marca-global/. Acesso em: 21 mar. 2021. ADÁN GIL, Marisa. Os segredos da internacionalização das Havaianas. [S. l.], 25 jun. 2019. Disponível em: https://revistapegn.globo.com/Melhores- franquias/noticia/2019/06/os-segredos-da-internacionalizacao-das-havaianas.html. Acesso em: 21 mar. 2021. KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2006. 1-748 p. v. 12. FORNO de Minas. [S. l.], 21 mar. 2021. Disponível em: https://www.fornodeminas.com.br/releases/. Acesso em: 21 mar. 2021.