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LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 13 QUESTÃO 16 (...) Ressalta-se que são alentadores os recentes informes divulgados por entidades da indústria nacional, que provaram possuir qualificação técnica, equipamentos e recursos humanos, não só para a produção de remédios bons e baratos, mas também de substâncias ativas dos antirretrovirais. Não podemos admitir o argumento chantagista de que, sem patentes no Brasil, não haverá produção científica e novas descobertas, o que prejudicaria os próprios pacientes no futuro. As vendas nos países ricos, maior mercado consumidor de antirretrovirais, certamente garantirão o investimento em pesquisa de novos fármacos. E, por aqui, seja dito: os laboratórios multinacionais já lucraram muito com a Aids. Além da nossa política de acesso universal, a mobilização dos usuários dos medicamentos, das pessoas vivendo com HIV/Aids e das ONGs, garantiram um mercado altamente rentável por muitos anos. Sem contar que muitas das pesquisas para novas drogas foram realizadas nas nossas universidades, nos nossos hospitais que tratam Aids e que ofereceram centenas de voluntários. Também é momento de explicitar que o monopólio das patentes dos medicamentos de Aids é reforçado no Brasil por meio de alianças estratégicas nem sempre éticas, que incluem a prática de alguns laboratórios de cooptar parlamentares e médicos, comprar ‘’porta-vozes’’ e estabelecer parcerias aparentemente inofensivas com ONGs e jornalistas. Ninguém é ingênuo a ponto de esperar um ato de ‘’gratidão’’ da indústria, de conceder licenças voluntárias, mesmo depois de tanto lucro auferido no Brasil. Por isso, conclamamos a sociedade a juntar-se a nós na exigência do licenciamento compulsório imediato dos medicamentos antirretrovirais. Soberanos, devemos ter o direito de escolher o país em que queremos viver. Disponível em: www.aids.gov.br. Esse é um fragmento de texto que, à época de Lula na presidência, tratava da quebra do monopólio das patentes dos medicamentos de Aids, matéria ainda hoje objeto de debate no cenário nacional. A consideração do argumento dos laboratórios multinacionais como “chantagista” se justificaria, na ótica dos defensores do licenciamento compulsório dos medicamentos, porque esses laboratórios já lucraram muito com a Aids, que lhes garantiu no Brasil um mercado de grande rentabilidade, por longo tempo. estabelecem pressão sobre a comunidade científica, acenando com enfraquecimento de ações na área científica, dada a quebra do monopólio. participam de alianças antiéticas, cooptando médicos e políticos e de parcerias com ONGs e profissionais da imprensa. não serão capazes de assumir voluntariamente uma postura favorável à concessão de licenças, ainda que antes tenham tido grandes lucros. sabem que a indústria farmacêutica nacional possui equipamentos e profissionais de qualificação técnica para a produção dos medicamentos em questão. QUESTÃO 17 O ritmo da globalização tecnológica Ferrovia 126 Aço 125 Telefone 99 Raio X 93 Rádio 69 Aviação 60 Computador pessoal 24 Internet 23 Tomografia computadorizada 18 Celular 16 (1750-1900) (1900-1950) (1950-1975) (1975-2000) Cross Country Historical Adaption of Technology Disponível em: planetasustentavel.abril.com.br. Esse gráfico mostra, em anos, o tempo que algumas inovações tecnológicas levaram – em diferentes momentos – para alcançar 80% da população mundial. A análise dos elementos que o compõem permite a constatação de que o ritmo da globalização tecnológica vem tornando maiores os espaços de tempo necessários para o incremento das transformações. aumentou a velocidade da incorporação das novidades da tecnologia à maioria dos países que compõem o concerto mundial. as invenções têm entrado com relativo retardo nos diversos países componentes do painel mundial. a diminuição do tempo gasto para a entrada das inovações na maioria dos países é inversamente proporcional à importância da tecnologia implementada. as novas tecnologias de informação e comunicação geraram produtos cuja natureza permitiu implementação mais imediata.