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DISCIPLINA: PROJETO INTEGRADOR III 
ALUNO: MARCELLA CAROLINE DE AZEVEDO LEITE RA: 211224 
 
FICHAMENTO DE CONTEÚDO 
Referência do artigo nas normas da ABNT: 
 
PARENTE, Cristina; COSTA, Daniel; SANTOS, Monica; CHAVES, Rosario Rito (2011), 
“Empreendedorismo social: contributos teóricos para a sua definição”, pp. 268-282. 
Disponível em: 
 
O artigo trabalhado trata do fenômeno do empreendedorismo social, que surge em resposta às 
crises e desafios sociais, econômicos e ambientais enfrentados pelas sociedades contemporâneas. 
O empreendedorismo social é caracterizado pela busca de práticas alternativas que atendam às 
necessidades sociais não abordadas pelo Estado ou pelo mercado. 
 
A falta de clareza do conceito de empreendedorismo social é atribuída à flexibilidade dinâmica 
das ideias que tentam descrevê-lo. Há um debate em relação a quando e onde o termo deve ser 
aplicado, resultando em uma aparente falta de uma definição precisa e um excesso de 
significados. 
 
As origens do empreendedorismo social remontam à era vitoriana tardia, no final do século XIX, 
quando surgiram práticas de caridade mais sistemáticas e estratégicas, visando criar mudanças 
duradouras e sistêmicas. Essa abordagem impactante é um princípio fundamental do 
empreendedorismo social atual. Embora os termos sejam relativamente recentes, 
empreendedores sociais e ações de empreendedorismo social podem ser encontrados ao longo da 
história. 
 
Alguns exemplos históricos de empreendedores sociais incluem Florence Nightingale, que 
revolucionou a enfermagem moderna durante a Segunda Guerra Mundial; Michael Young, 
fundador de instituições voltadas para o empreendedorismo social no Reino Unido; e Maria 
Montessori, pioneira de um método educacional inovador. 
 
O texto menciona a diferença entre esses empreendedores sociais históricos e os atuais em termos 
de escala e impacto social. O conceito de empreendedorismo social tem origem nos Estados 
Unidos, e embora haja divergências entre as escolas de pensamento americana e europeia, todas 
contribuem para o crescimento do interesse pelo tema e a busca por métodos de negócio 
inovadores para resolver problemas sociais. 
 
Antes de analisar os contributos das escolas americana e europeia, o texto propõe enumerar as 
principais características que distinguem os conceitos de empreendedorismo e 
empreendedorismo social, sendo este último uma extensão do primeiro com foco no objetivo 
social e na combinação de abordagens comerciais e não lucrativas. 
 
Aborda-se o tema do empreendedorismo e empreendedorismo social, explorando suas definições 
e características. Ele começa apresentando o conceito de empreendedorismo como a análise de 
como oportunidades para criar bens e serviços futuros são descobertas, avaliadas e exploradas 
por indivíduos. O empreendedorismo envolve a criação ou recriação de negócios que agregam 
valor para o empreendedor ou a sociedade, utilizando a inovação para aproveitar as oportunidades 
existentes. 
 
Menciona dois importantes teóricos do empreendedorismo: Jean-Baptiste Say, que introduziu o 
conceito de empreendedorismo na teoria econômica, destacando o papel do empreendedor na 
alocação eficiente dos recursos econômicos, e Schumpeter, que associou o empreendedorismo à 
capacidade de liderar o progresso econômico e identificar oportunidades de negócios. 
 
Em seguida, explora o empreendedorismo social, que se diferencia do empreendedorismo 
tradicional pela sua finalidade não ser a acumulação de riqueza ou lucro. O empreendedorismo 
social tem como principal característica a missão de criar e maximizar o valor social por meio de 
atividades inovadoras. Autores apontam que as características chave do empreendedorismo social 
são oportunidades, gestão de riscos, proatividade e inovação. 
 
Traz ainda, diferentes correntes de pesquisa sobre empreendedorismo social, principalmente a 
escola norte-americana e a escola européia. A escola norte-americana é influenciada pela análise 
do setor sem fins lucrativos e enfoca a visão do empreendedor como um ato social e econômico, 
além de destacar a importância das empresas para sobreviver e prosperar no mercado livre. Já a 
escola européia está ancorada em representações e práticas distintas, com ênfase no conceito de 
economia social e no terceiro setor como uma resposta às necessidades econômicas e sociais. 
 
A abordagem norte-americana destaca o papel do setor não lucrativo nos EUA em suprir 
necessidades sociais devido à falta de intervenção do Estado nessa área. Inicialmente, as 
organizações de interesse geral, organizações de caridade e filantrópicas desempenharam um 
papel importante nesse setor. No entanto, nas últimas décadas, essas organizações têm enfrentado 
desafios, como o aumento dos custos operacionais, a estagnação de recursos de fontes tradicionais 
e o aumento da concorrência por financiamentos. Como resposta a esses desafios, surgiu a 
abordagem das "social purpose enterprises" (empresas com propósito social), que são 
organizações sem fins lucrativos que buscam gerar receitas por meio de atividades comerciais 
para sustentar sua missão social. Essa abordagem enfatiza a gestão eficiente, a busca de recursos 
próprios e a sustentabilidade das organizações. 
 
Por outro lado, a abordagem europeia parte do contexto histórico, social e econômico da 
economia social. A economia social surgiu no século XIX como uma resposta à falta de pleno 
emprego e às necessidades sociais não atendidas pelo Estado e pelo mercado. Na Europa, 
diferentes formas de organizações sociais, como cooperativas, mutualidades e associações, foram 
desenvolvidas para garantir o bem-estar de grupos específicos da população. Nos anos 90, surgiu 
o conceito de "empresas sociais", que são entidades que combinam inovação e 
empreendedorismo social, integrando-se com as estruturas tradicionais de gestão baseadas no 
trabalho associado. Essas empresas sociais são governadas por princípios como servir à 
comunidade, autonomia, risco econômico, participação dos membros e trabalhadores na tomada 
de decisões, benefício social e distribuição limitada de lucros. 
 
Ambas as abordagens compartilham o objetivo de abordar problemas sociais por meio do 
empreendedorismo social, mas diferem em termos de ênfase. A abordagem norte-americana 
concentra-se na gestão e sustentabilidade das organizações sem fins lucrativos, enquanto a 
abordagem europeia enfatiza o empreendedor social como agente de mudança e transformação 
social. 
 
Palavras – chave: empreendedorismo social; inovação social; empresa social.

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