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A antiguidade clássica
O legado da filosofia grega
470 a.C. a 384 a.C.
RA1
Aula 2. A Ética das virtudes
“Ética a Nicômaco” de Aristóteles
384 a.C. a 322 a.C.
RA1
3.2
A doutrina do meio-termo
3.3
As virtudes intelectuais e a 
sabedoria prática
3.4
A felicidade
3.1
A virtude é um hábito
3.2
A doutrina do meio-termo
3.3
As virtudes intelectuais e a 
sabedoria prática
3.4
A felicidade
3.1
A virtude é um hábito
3.1
A virtude é um hábito
 Ao contrário de Platão – do Mênon – para Aristóteles a virtude pode e deve ser
ensinada.
 Um dos objetivos principais da filosofia seria alcançar a virtude ou a excelência.
 A virtude não é inata, a virtude é um hábito.
 É preciso praticar e alimentar a virtude para que nos tornemos virtuosos.
 A excelência moral e a excelência intelectual dependem do ser exercício.
 Nenhuma das duas excelências se institui por natureza
 A natureza permite que o indivíduo se aperfeiçoe na sua excelência moral.
 O aperfeiçoamento se dá pela prática.
 Assim como o carpinteiro aperfeiçoa a sua capacidade de fazer objetos de madeira,
assim como o construtor aperfeiçoa a sua capacidade de construir construindo.
3.1
A virtude é um hábito
 O mesmo acontece com a excelência moral: é sendo justo que se aperfeiçoa a
justiça, praticando ações justas.
 Porém, do mesmo modo, toda excelência moral é produzida e destruída
através da prática ruim ou boa.
 É tocando citara que se faz um bom ou um mau músico.
 É construindo que se faz um bom ou mau construtor.
 É na prática de atos relacionados com outros indivíduos que desenvolvemos
as nossas capacidades excelentes.
 Por isso a importância da relação com outros indivíduos, ou em comunidade,
para alcançar a excelência moral.
3.2
A doutrina do meio-termo
3.3
As virtudes intelectuais e a 
sabedoria prática
3.4
A felicidade
3.1
A virtude é um hábito
3.2
A doutrina do meio-termo
 No livro II da Ética a Nicômaco temos a definição do mesotes, entendido também
como a doutrina do meio-termo ou justa medida.
 A ação correta deve sempre evitar os extremos
 A sabedoria prática consiste, então, na capacidade de discernir essa medida, que se
afasta dos extremos e que pode mudar de acordo com o momento ou com as
circunstâncias.
 O equilíbrio, a justa medida, é o objetivo da Ética.
 A excelência moral é um meio-termo.
 A excelência moral está sempre entre um excesso e uma falta.
 Os extremos são considerados como deficiências morais.
3.2
A doutrina do meio-termo
 Assim, ser bom não é algo fácil, pois em qualquer coisa determinar o
meio termo é algo difícil.
 É fácil ficar bravo ou dar e gastar dinheiro.
 O difícil é proceder de modo correto, equilibrado, é proceder de modo
preciso.
 Assim como é difícil determinar o ponto central de uma circunferência, isso é
somente para poucos que praticaram sobre o problema.
 Na análise de dois extremos sempre um deles irá induzir mais ao erro do que
outro.
 Qual é o melhor caminho? Escolher o menor dos males possível. Isso leva ao
meio-termo.
 Mas para isso é necessário o exercício de prestar atenção aos erros.
3.2
A doutrina do meio-termo
 Cada pessoa tende para um lado diferente, sempre nos inclinamos para um dos
extremos.
 Como descobrimos onde mais podemos errar?
 Descobrimos onde tendemos a sentir mais prazer ou sofrimento.
 Tomando o prazer e o sofrimento como guias, podemos nos direcionar para o meio-
termo, para a excelência moral.
 Ainda assim, o prazer é o sentimento mais perigoso.
 Mas o problema persiste: às vezes louvamos atos coléricos como atos virtuosos e
como vícios ações ponderadas.
 O meio-termo sempre depende das circunstâncias e da percepção.
3.2
A doutrina do meio-termo
3.3
As virtudes intelectuais e a 
sabedoria prática
3.4
A felicidade
3.1
A virtude é um hábito
3.3
As virtudes intelectuais e a 
sabedoria prática
 Como virtudes intelectuais existem cinco:
1. A arte ou técnica
2. A ciência ou episteme
3. A prudência ou saber prático
4. A intuição intelectual (noiesis)
5. A sabedoria
 No livro VI, cap 5, ele define o que é a prudência
 Utilizando a palavra discernimento, o saber prático é a capacidade de bem deliberar.
 O discernimento não pode ser episteme e tampouco arte, pois elas tratam das coisas
invariáveis.
 A Ética, a práxis, trata do agir e não do fazer, pois ela modifica o agente, a ação e a
finalidade como uma coisa só.
 O agir na práxis é uma finalidade em si.
 Para Aristóteles, o discernimento ou parte da excelência moral pressupõe a
manifestação da razão.
 Por isso, não é possível ser bom e nem ter discernimento sem a excelência moral.
3.2
A doutrina do meio-termo
3.3
As virtudes intelectuais e a 
sabedoria prática
3.4
A felicidade
3.1
A virtude é um hábito
3.4
A felicidade
 O bem-estar é aquilo que todos buscam como também é o objetivo da Ética.
 Em última análise o bem-estar e a felicidade são um bem em si mesmo.
 No entanto, a felicidade, defende Aristóteles, não pode ser confundida com o
prazer.
 A felicidade deve ser entendida no seu sentido mais elevado.
 A felicidade dever ser a contemplação das verdades eternas.
 Isso advém da comparação dos homens com os deuses
 Os homens precisam agir, os deuses não.
 Logo, a felicidade mais elevada deve estar ligada à atividade da contemplação.
3.4
A felicidade
Vício por excessoVirtudeVício por falta
TemeridadeCoragemCovardia
LibertinagemTemperançaInsensibilidade
ProdigalidadeLiberdadeAvareza
VulgaridadeRespeito próprioVileza
VaidadeMagnificênciaModéstia
IrascibilidadeGentilezaIndiferença
OrgulhoVeracidadeDescrédito próprio
ZombariaAgudeza de espíritoGrosseria
CondescendênciaAmizadeTédio
InvejaJusta indignaçãoMalevolência
REVISÃO
• A ética da virtude, para Aristóteles, depende de algo muito importante: o hábito, o exercício contínuo da excelência 
moral.
• Mas, para atingir a virtude, é preciso ter em mente outra disposição muito importante: o meio-termo.
• O justo meio, portanto, significa fugir sempre das ações extremas.
• O objetivo é agir de modo sempre equilibrado, preciso e, portanto, de acordo com o bem e a excelência moral.
• Aquele que possui essa capacidade possui uma das virtudes intelectuais mais importantes: a sabedoria prática.
• É exercitando a sabedoria prática, o discernimento diante dos demasiados contextos, que nos aproximamos do 
bem e da felicidade.
RA1

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