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PROVAS NO PROCESSO 
CIVIL
ÍNDICE
1.  O QUE SÃO PROVAS? - OBJETO, FINALIDADE E DESTINATÁRIO ............................4
2.  ÔNUS DA PROVA ..............................................................................................................5
Regra Geral do Ônus da Prova ........................................................................................................................................5
Exceção à Regra Geral do ônus da Prova ..................................................................................................................5
3.  MOMENTO DE PRODUÇÃO DAS PROVAS .................................................................... 7
Petição Inicial/Contestação/Primeira Manifestação nos Autos .......................................................................7
4.  MEIOS DE PROVA E VALORAÇÃO ................................................................................10
5.  PROVAS EM ESPÉCIE - ATA NOTARIAL E INSPEÇÃO JUDICIAL ............................12
Ata Notarial ............................................................................................................................................................................12
Inspeção Judicial ................................................................................................................................................................12
6.  PROVAS EM ESPÉCIE - PROVA DOCUMENTAL .........................................................13
Introdução ............................................................................................................................................................................. 13
Arguição de Falsidade ...................................................................................................................................................... 13
Impugnação de Autenticidade ..................................................................................................................................... 13
Preenchimento Abusivo ................................................................................................................................................. 14
Ônus da Prova em caso de falsidade e autenticidade ....................................................................................... 14
7.  PROVAS EM ESPÉCIE - DEPOIMENTO PESSOAL E CONFISSÃO ............................15
Depoimento Pessoal......................................................................................................................................................... 15
Confissão ............................................................................................................................................................................... 16
8.  PROVAS EM ESPÉCIE - PROVA TESTEMUNHAL ...................................................... 17
Introdução ..............................................................................................................................................................................17
Quem pode ser testemunha ..........................................................................................................................................17
Rol de Testemunhas ......................................................................................................................................................... 18
Contradita .............................................................................................................................................................................. 19
Acareação ............................................................................................................................................................................. 19
9.  PROVAS EM ESPÉCIE - EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA ............................ 20
Introdução ............................................................................................................................................................................ 20
Documento ou coisa em poder de terceiro .............................................................................................................21
10.  PROVAS EM ESPÉCIE - PROVA PERICIAL ............................................................... 23
Introdução .............................................................................................................................................................................23
Laudo Pericial ......................................................................................................................................................................23
www.trilhante.com.br 4
1. O que são Provas? - Objeto, Finalidade e Destinatário
As provas são a materialização da demonstração dos fatos pelas partes envolvidas no 
processo, a fim de comprovar os fatos sustentados pelo réu, pelo autor ou por qualquer outro 
envolvido no processo.
Exemplos de provas:
• Em uma ação de investigação de paternidade, a parte que pretende vê-la reconhecida, poderá se 
valer do exame de DNA;
• Em uma ação de reconhecimento de união estável, a parte que pretenda prová-la, pode se valer 
da prova testemunhal de pessoas que conheciam o casal, prova documental que evidencie o vínculo;
• Em uma ação de indenização por acidente automobilístico, a parte pode se valer da prova pericial 
para demonstrar a responsabilidade da parte indenizadora, prova testemunhal igualmente se faria 
válida.
As provas se fazem necessárias para que o juiz entenda a versão dos fatos, a fim de que possa 
decidir qual parte tem razão ou não. As provas podem ser produzidas tanto por iniciativa das 
partes quanto de ofício, se o juiz entender que a prova é essencial. Se requerida pelas partes, 
incumbe ao juiz eventualmente rejeitá-la, em decorrência do princípio do livre convencimento 
motivado. Neste sentido, o art.371 do Código de Processo Civil:
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e 
indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
Ainda, o entendimento do Superior Tribunal de Justiça a respeito da possibilidade de o juiz 
rejeitar a produção de prova:
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E 
MORAIS. 1. INDEFERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL. LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO DO JUIZ. 
INVERSÃO DO JULGADO.
IMPOSSIBILIDADE. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ. 2. AGRAVO IMPROVIDO.
1. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, não configura cerceamento de defesa o julgamento 
da causa sem a produção da prova solicitada pela parte quando devidamente demonstrado pelas instâncias 
de origem que o feito se encontrava suficientemente instruído, afirmando-se a presença de dados bastantes à 
formação do seu convencimento.
1.1. A alteração do entendimento alcançado na Corte de origem e o acolhimento da pretensão recursal, a fim de 
concluir pela imprescindibilidade da produção da prova pericial requerida, demandariam o necessário o reexame 
do acervo fático-probatório dos autos, o que é vedado em recurso especial, em virtude do óbice do enunciado 
n. 7 da Súmula desta Corte Superior.
2. Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no AREsp 1918601/MA, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO 
BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 29/11/2021, DJe 02/12/2021)
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2. Ônus da Prova
O ônus da prova é a responsabilidade de uma das partes em provar determinado fato durante 
o processo. O ônus não se configura em uma obrigação perante o processo, já que o seu 
descumprimento não acarreta punição.
Importante destacar que as provas integram o processo, e não precisam satisfazer unicamente 
os interesses da parte que os apresentou. Sendo assim, é possível que o juiz se valha de 
provas apresentadas pela própria parte a fim de julgar a demanda de forma desfavorável a ela. 
A ideia das provas direcionadas ao processo e não aojulgador ou às partes, veio fortalecida 
por meio do Código de Processo Civil de 2015.
Regra Geral do Ônus da Prova
A regra geral do encargo do ônus da prova vem disciplinada no art.373 do Código de Processo 
Civil:
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
O fato constitutivo do direito do autor vem materializado na apresentação de que o pedido 
dele seria comprovado por determinadas provas. Já os fatos impeditivos, modificativos ou 
extintivos, que são de incumbência do réu, devem ser alegados a fim de demonstrar que o 
pedido do autor não pode ser acolhido.
Exceção à Regra Geral do ônus da Prova
Há casos nos quais se determina a inversão do ônus da prova:
Art.373, CPC. [...]
§1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva 
dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato 
contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, 
caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela 
parte seja impossível ou excessivamente difícil.
§3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando:
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I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.
Essa exceção pode ocorrer em três ocasiões:
• Regra legal que determine a inversão;
• Decisão judicial;
• Convenção entre as partes.
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3. Momento de Produção das Provas
Alguns fatos não precisam ser devidamente comprovados, conforme dispõe o artigo 374 do 
CPC:
Art. 374. Não dependem de prova os fatos:
I - notórios;
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III - admitidos no processo como incontroversos;
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
Há distinção entre fato confessado e fato incontroverso. Enquanto o confessado é aquele 
arguido por uma das partes e reconhecido pela parte contrária, o fato incontroverso é aquele 
que não veio impugnado pela parte contrária após ser suscitado. As provas têm momento 
distintos para ser produzidas no processo.
Petição Inicial/Contestação/Primeira Manifestação nos Autos
Quando a parte inicia o processo, com a petição inicial, ou quando se defende por meio da 
contestação ou, em caso de terceiro interessado que ingresse posteriormente nos autos, 
devem ser apresentadas todas as provas documentais disponíveis na ocasião.
Art. 434, CPC. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a 
provar suas alegações.
O Código de Processo Civil possibilita a juntada de documentos de forma extemporânea, ou 
seja, fora do momento apropriado, nas seguintes situações:
• Desde que se destinem a fazer prova de fatos ocorridos após a apresentação da petição inicial/
contestação/manifestação;
• Para contrapor documentos que tenham sido produzidos nos autos;
• Em qualquer momento, desde que a parte comprove o motivo pelo qual foi impedida de juntar os 
documentos anteriormente, devendo o juiz avaliar a alegação apresentada.
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• 
Art. 435, CPC. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a 
fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a 
contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos, cabendo 
à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em 
qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5º .
Além disso, na primeira manifestação, a parte deve indicar quais outras provas pretende 
produzir para suportar as alegações.
Instrução Processual
É o momento para a produção de provas, além daquelas já produzidas. As provas orais serão 
produzidas durante a audiência. O momento da instrução processual também pode oportunizar 
a prova emprestada, quando uma das partes requer a utilização de prova produzida em 
outros autos, como medida de economia e celeridade processuais. Essa utilização, porém, 
deve respeitar o contraditório, com a oitiva da outra parte, como previsto pelo CPC e pelo STJ:
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que 
considerar adequado, observado o contraditório.
PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-ACIDENTE. PROVA EMPRESTADA. REQUISITOS LEGAIS. 
AUSÊNCIA. NEXO CAUSAL. REEXAME FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE.
1. O Superior Tribunal de Justiça possui o entendimento pacífico quanto à legalidade da prova emprestada, 
desde que sejam atendidos os requisitos legais e assegurada a garantia do contraditório e da ampla defesa, 
pressupostos estes que não restaram respeitados nos autos.
2. A instância de origem, com base no acervo fático probatório da lide, entendeu prejudicada a análise do nexo 
de causalidade em razão da inexistência de incapacidade laboral, razão pela qual a sua reapreciação esbarra no 
óbice da Súmula 7 do STJ.
3. Agravo interno desprovido.
(AgInt no AREsp 1783300/SP, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 14/02/2022, 
DJe 18/02/2022)
Há a possibilidade de julgamento do feito antecipado, sem necessidade de produzir provas 
durante a instrução. Será o julgamento antecipado do mérito, do art.355 do CPC:
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
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Da mesma forma, é possível o julgamento antecipado parcial do mérito, do art.356 do CPC:
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355 .
Se as provas até então produzidas não forem suficientes para o magistrado, inicia-se a 
instrução. O juiz profere a decisão saneadora, a fim de delimitar quais provas serão produzidas 
e quais são os pontos controvertidos que pretende ver solucionados com a produção delas. 
Os pontos controvertidos são os fatos que ainda não estão claros para o juiz. É na decisão 
saneadora, igualmente, que o juiz pode determinar a inversão do ônus da prova:
Art. 357, CPC. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento 
e de organização do processo:
I - resolver as questões processuais pendentes, se houver;
II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova 
admitidos;
III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373 ;
IV - delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito;
V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.
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4. Meios de Prova e Valoração
O CPC enuncia diversos meios de prova que podem ser produzidos no processo. Entretanto, 
importante destacar que, em relação à produção de provas, vigora a não taxatividade, no 
direito brasileiro. A única restrição imposta pelo ordenamento jurídico é que os meios de 
provas precisam ser legais e moralmente legítimos.
Art. 369, CPC. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, 
ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se fundao pedido ou a 
defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
Importante destacar que o Código Civil, a partir de seu art.212 faz menção a provas que podem 
ser utilizadas para a comprovação de fatos jurídicos.
O CPC/73 previa a valoração “livre” das provas, ou a teoria do “livre conhecimento”. Por meio 
do CPC 2015 foi suprimida a ideia de apreciação “livre”, buscando a eliminação do subjetivismo 
e arbitrariedade das decisões.
Entretanto, os Tribunais, inclusive, o STJ, têm defendido o livre convencimento motivado 
como sistema de valoração probatória, sustentando que, mesmo com a supressão do “livre” 
prévio ao conhecimento, ainda aplicar-se-ia o livre conhecimento motivado:
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E 
MORAIS. 1. INDEFERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL. LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO DO JUIZ. 
INVERSÃO DO JULGADO. IMPOSSIBILIDADE. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ. 2. AGRAVO IMPROVIDO.
1. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, não configura cerceamento de defesa o julgamento 
da causa sem a produção da prova solicitada pela parte quando devidamente demonstrado pelas instâncias 
de origem que o feito se encontrava suficientemente instruído, afirmando-se a presença de dados bastantes à 
formação do seu convencimento.
1.1. A alteração do entendimento alcançado na Corte de origem e o acolhimento da pretensão recursal, a fim de 
concluir pela imprescindibilidade da produção da prova pericial requerida, demandariam o necessário o reexame 
do acervo fático-probatório dos autos, o que é vedado em recurso especial, em virtude do óbice do enunciado 
n. 7 da Súmula desta Corte Superior.
2. Agravo interno a que se nega provimento.
(AgInt no AREsp 1918601/MA, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 
29/11/2021, DJe 02/12/2021)
Atualmente, a respeito do convencimento motivado, o CPC indica que o juiz precisa indicar as 
razões do seu convencimento.
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Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e 
indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
Como consequência do convencimento motivado, o CPC não consagra qualquer hierarquia 
entre as provas produzidas.
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. CRIME ESTUPRO (ART. 213, C/C ART. 69, AMBOS DO CP). DECISÃO 
MONOCRÁTICA. OFENSA AO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA. 
ART. 34, XVIII, “B”, DO RISTJ. AUSÊNCIA DE CORRELAÇÃO ENTRE DENÚNCIA E CONDENAÇÃO. SUPRESSÃO 
DE INSTÂNCIA. MATÉRIA NÃO LEVANTADA NAS RAZÕES DA DEFESA, POR CONSEGUINTE, NÃO ENFRENTADA 
PELA CORTE DE ORIGEM. PLEITO DE EXCLUSÃO DA CONDENAÇÃO DE ESTUPRO EM RELAÇÃO À VÍTIMA V 
C DA S. REVOLVIMENTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INVIÁVEL NOS ESTREITOS LIMITE DO WRIT. HIERARQUIA DA 
PROVA PERICIAL EM RELAÇÃO A TESTEMUNHAL. DESCABIMENTO. INEXISTÊNCIA DE HIERARQUIA ENTRE 
PROVAS. INDEPENDÊNCIA DAS ESFERAS ADMINISTRATIVA E PENAL. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE NOVOS 
ARGUMENTOS APTOS A DESCONSTITUIR A DECISÃO IMPUGNADA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. [...]
V - “No sistema da persuasão racional ou do livre convencimento motivado adotado pela Constituição Federal 
(CF, art. 93, IX), não há se falar em hierarquia entre os elementos probatórios, não sendo possível afirmar 
que uma prova testemunhal ostente menor valor probante que a de outra espécie, já que o juiz formará sua 
convicção pela livre apreciação de todos os elementos de convicção alheados no curso da persecução penal 
(CPP, art. 155, caput). Malgrado a condenação do réu não tenda sido lastreada, exclusivamente, no depoimento 
da vítima, a jurisprudência pátria é assente no sentido de que, nos delitos contra a liberdade sexual, por 
frequentemente não deixarem vestígios, a palavra da ofendida tem valor probante diferenciado. Precedentes” 
(HC n. 355.553/RO, Quinta Turma, Rel.
Min. Ribeiro Dantas, DJe de 05/04/2017, grifei).
VI - A toda evidência, o decisum agravado, ao confirmar o aresto impugnado, rechaçou as pretensões da defesa 
por meio de judiciosos argumentos, os quais encontram amparo na jurisprudência deste Sodalício.
Agravo regimental desprovido.
(AgRg no HC 614.646/BA, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 15/12/2020, DJe 
18/12/2020)
Assim, com base nas provas que forem produzidas – e todas elas – o juiz precisa fundamentar 
racionalmente a decisão que tomar.
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5. Provas em Espécie - Ata Notarial e Inspeção Judicial
Ata Notarial
Essa modalidade foi introduzida pelo CPC de 2015.. Em síntese, trata-se de uma declaração 
confeccionada junto a um tabelião de notas para constatar a existência ou modo de ser de 
determinado fato. A importância da ata notarial é a existência de fé pública, pelo fato de ser 
produzido por tabelião.
Art. 384, CPC. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a 
requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
As atas notariais costumam ser utilizadas com frequência em caso de aferimento de imagens 
eletrônicas, a exemplo de capturas de tela de aplicativos e endereços eletrônicos, a fim de 
que se registre a existência de determinado fato. Outros exemplos:
• Captura de tela de diálogo no Instagram entre as partes;
• Transcrição de imagem de um endereço eletrônico;
• Há alguns juízos que têm possibilitado a oitiva de pessoas não por meio de prova testemunhal, 
mas sim por ata notarial, na qual a pessoa se endereçaria ao tabelião para narrar os fatos pertinentes.
Inspeção Judicial
A inspeção é produzida pelo próprio juiz da causa quando decide inspecionar determinada 
coisa, pessoa, local a fim de chegar à verdade real do caso. Essa diligência do juiz não precisa 
se dar sozinha, podendo ser determinado o acompanhamento de peritos.
Art. 483, CPC. O juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou a coisa quando:
I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar;
II - a coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis despesas ou graves dificuldades;
III - determinar a reconstituição dos fatos.
Além disso, é importante constar o direito das partes interessadas em acompanhar a inspeção 
judicial, prestando esclarecimentos ou apontando elementos que entendam ser relevantes. 
Ao final da inspeção judicial é produzido auto circunstanciado, constando todos os elementos 
relevantes da inspeção, podendo conter, inclusive, imagens, gráficos ou desenhos, a fim de 
que se entenda com facilidade os pontos observados.
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6. Provas em Espécie - Prova Documental
Introdução
A prova documental não se circunscreve a documentos escritos. São considerados 
documentos imagens, vídeos, fotografias, dentre outros elementos visuais, materiais. O 
CPC diferencia os documentos públicos e particulares, sendo os primeiros produzidos pelas 
autoridades competentes e essenciais nos casos em que a lei exija, conforme o art. 406 do 
CPC:
Art. 406. Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, nenhuma outra prova, por mais 
especial que seja, pode suprir-lhe a falta.
Essa exigência é útil, por exemplo, para o reconhecimento de casamento, que só se aperfeiçoa 
mediante a apresentação de um documento público.
Arguição de Falsidade
Mecanismo previsto pelo CPC, para a parte que pretende ver reconhecida a falsidade de 
documento público ou particular juntado aos autos.
Art. 430, CPC. A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 15 (quinze) dias, contado 
a partir da intimação da juntada do documento aos autos.
Parágrafo único. Uma vez arguida, a falsidade será resolvida como questão incidental, salvo se a parte requerer 
que o juiz a decida como questão principal, nos termos do inciso II do art. 19 .
A lei estabelece prazo peremptório para a alegação de falsidade de documento. Se ultrapassado, 
é acobertado pelo manto da preclusão. Em regra, a falsidade se resolve incidentalmente, àexceção se a parte requer que seja decidida nos próprios autos.
Exemplos:
• Falsidade de um cheque, com alteração do valor;
• Imagem utilizada como montagem.
Impugnação de Autenticidade
Válida somente para os documentos particulares, já que os documentos públicos só podem 
ser questionados pela sua falsidade. Enquanto não comprovada a veracidade do documento 
particular, sua fé será cessada, de acordo com o art. 428, I do CPC:
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Art. 428. Cessa a fé do documento particular quando: 
I - for impugnada sua autenticidade e enquanto não se comprovar sua veracidade; [...]
Preenchimento Abusivo
Impugnação nos casos em que a pessoa preenche um documento de forma diversa daquilo 
que teria sido combinado.
Art. 428, CPC. Cessa a fé do documento particular quando: [...]
II - assinado em branco, for impugnado seu conteúdo, por preenchimento abusivo.
Ônus da Prova em caso de falsidade e autenticidade
O art. 429 do CPC divide o ônus da prova nos casos de alegação de falsidade. Nos casos de 
falsidade, cabe o ônus à parte que assim afirmou; por sua vez, em caso de autenticidade, o 
ônus é da parte que produziu o documento.
Art. 429. Incumbe o ônus da prova quando:
I - se tratar de falsidade de documento ou de preenchimento abusivo, à parte que a arguir;
II - se tratar de impugnação da autenticidade, à parte que produziu o documento.
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7. Provas em Espécie - Depoimento Pessoal e 
Confissão
Depoimento Pessoal
É uma das provas orais, por meio da oitiva da própria parte interessada. Entretanto, incumbe 
à outra parte o requerimento do depoimento pessoal (ou a sua determinação de ofício):
 Art. 385. CPC. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada 
na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.
Caso a parte tenha sido intimada para depor, e se recusar a prestar depoimento, será aplicada 
pena de confissão, se tiver havido advertência prévia, pelo §1º do art. 385 do CPC:
Art.385. [...]
§1º Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não 
comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.
Todavia, a aplicação dessa pena não será de natureza absoluta, mas relativa, conforme 
jurisprudência do STJ:
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. NÃO 
OCORRÊNCIA. AUDIÊNCIA. DEPOIMENTO PESSOAL. NÃO COMPARECIMENTO. CONFISSÃO FICTA. PRESUNÇÃO 
RELATIVA. REVISÃO. SÚMULA Nº 7/STJ.
1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de Processo Civil de 2015 
(Enunciados Administrativos nºs 2 e 3/STJ).
2. Não viola o artigo 1.022 do Código de Processo Civil de 2015 nem importa em negativa de prestação jurisdicional 
o acórdão que adota fundamentação suficiente para a resolução da causa, porém diversa da pretendida pelo 
recorrente, decidindo de modo integral a controvérsia posta.
3. A pena de confissão, ante a ausência da autora à audiência para depoimento pessoal, constitui meio de prova 
cuja presunção é relativa.
4. Alterar a valoração das instâncias ordinárias sobre a extensão da confissão ficta decorrente do não 
comparecimento à audiência esbarra na Súmula nº 7/STJ.
5. Agravo interno não provido.
(AgInt no AREsp 1301711/PR, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 
08/06/2020, DJe 18/06/2020)
Exceções à obrigação do depoimento:
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• Fatos criminosos;
• Fatos que devam não podem ser revelados, por questão de estado ou profissão (a exemplo de 
advogados, terapeutas ou sacerdotes religiosos);
• Fatos que possam causar desonra própria, cônjuge, parentes em segundo grau;
• Fatos que ponham em risco a vida do depoente ou de sua família próxima.
As exceções, todavia, não se aplicam às ações de estado (como no caso de ação de divórcio) 
e de família.
Confissão
É a admissão de um fato contrário ao interesse da parte, podendo favorecer ao adversário. 
Pode se dar tanto no âmbito judicial, a exemplo da audiência de instrução de julgamento, ou 
mesmo extrajudicial. No caso da judicial, pode ocorrer tanto espontaneamente quanto de 
forma provocada, segundo o art. 390 do CPC:
Art. 390. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada.
§1º A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou por representante com poder especial.
§2º A confissão provocada constará do termo de depoimento pessoal.
A confissão não aproveita os demais litisconsortes. Assim, um corréu admitir um fato não 
estende a confissão a outro. Da mesma forma, a confissão não é válida se relacionada a 
direito indisponível.
A confissão tem duas características: irrevogabilidade e indivisibilidade. Assim, a parte não 
pode anular a confissão, a menos que demonstre a existência de erro ou coação. Da mesma 
forma, a parte que confessou não pode se valer de trecho da confissão que a beneficie e 
rejeitar aquela que a prejudique.
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8. Provas em Espécie - Prova Testemunhal
Introdução
Prova que será produzida por meio da oitiva de terceiro que não é parte diretamente interessada 
no processo. Há sempre a possibilidade de admissibilidade da prova testemunhal, à exceção 
de disposição específica da lei. Exemplo, na ação monitória, em que se exige prova escrita. 
Observar, ainda, a ressalva do art. 444 do CPC, a respeito do início de prova escrita:
Art. 444. Nos casos em que a lei exigir prova escrita da obrigação, é admissível a prova testemunhal quando 
houver começo de prova por escrito, emanado da parte contra a qual se pretende produzir a prova.
Quem pode ser testemunha
Em regra, qualquer pessoa pode ser testemunha, exceto incapazes, impedidas ou suspeitas
INCAPACIDADE
Condição intelectual ou física da pessoa que a impeça de testemunhar:
• Condição intelectual ou física da pessoa que a impeça de testemunhar:
• A própria parte;
• Aquele que intervém em favor de alguma parte, como tutor, juiz, advogado.
Na hipótese de interesse público ou causa de estado, a prova poderá ser colhida se o juiz 
entender enquanto necessária;
SUSPEIÇÃO
Pessoas com relação próxima, de natureza subjetiva:
• Inimigo ou amigo íntimo da parte;
• Aquele que tiver interesse no litígio.
Aqueles que forem impedidos, suspeitos ou os menores de idade podem ser ouvidos 
enquanto informantes, não prestando compromisso com a verdade, sendo seu depoimento 
devidamente valorado conforme entendido pelo juiz. Ainda sob a égide do CPC/73 – mas com 
entendimento reproduzido no CPC/15 – o STJ decidiu a respeito da oitiva de testemunha 
suspeita:
Processo civil. Recurso especial. Ação de cobrança. Fornecimento de materiais esportivos a clube de futebol. 
Rescisão unilateral do contrato por parte deste. Pedido de condenação, pela fornecedora, ao pagamento de 
multa contratual. Valoração do conjunto probatório.
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Suposta ofensa ao art. 405, § 4º, do CPC, pelo aproveitamento de depoimento de testemunha contraditada. 
Violação ao art. 535 do CPC.
Requerimento de juntada e análise, em recurso especial, de documentos novos, nos termos dos arts. 397 do 
CPC e 141, II, do RISTJ. Impossibilidade.
- Não há violação ao art. 535 do CPC quando ausentes omissão, contradição ou obscuridade no acórdão.
- Os arts. 397 do CPC e 141, II, do RISTJ não autorizam pedido de análise de novas provas, juntadas apenas 
com o recurso especial e mesmo posteriormente a este. Tal providência não encontra abrigo dentro das 
peculiaridades dos recursos de índole extraordinária, porque mesmo as provas e contratos já examinados pelas 
outras instâncias não podem ser valorados pelo STJ.
- Ainda que se admitisse tal produção de provas, contudo, nota-se que não há, de qualquer modo, a pretensa 
influência dos novos documentos sobre as questões impugnadas pelo recurso especial.
- É inviável o reexame de provas em recurso especial.
- Não há que se reconhecer violação ao art. 405, § 4º, do CPC, quandoo depoimento de testemunha suspeita 
é aproveitado pelo juiz com cautela, dando-se a tal prova apenas o valor que dela se pode extrair nessas 
circunstâncias e sem torná-la o principal fundamento da decisão.
Recurso especial não conhecido.
(REsp 732.150/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 03/08/2006, DJ 
21/08/2006, p. 248)
Rol de Testemunhas
O rol de testemunhas é apresentado pela parte que pretende ouvi-las, seguindo uma série de 
requisitos a fim de qualificá-las:
Art. 450, CPC. O rol de testemunhas conterá, sempre que possível, o nome, a profissão, o estado civil, a idade, o 
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas, o número de registro de identidade e o endereço completo 
da residência e do local de trabalho.
As testemunhas arroladas só poderão ser substituídas em três hipóteses:
• Falecimento;
• Enfermidade;
• Mudança de residência ou local de trabalho, não sendo encontrada.
Algumas testemunhas podem ser ouvidas no local em que exercem sua função ou residência, 
conforme o art. 454 do CPC, a exemplo do presidente da República, os governadores, 
prefeitos. A testemunha não é obrigada a depor sobre alguns fatos:
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Art. 448, CPC. A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos:
I - que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou companheiro e aos seus parentes consanguíneos 
ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
A própria parte é responsável por informar ou intimar a testemunha arrolada por ela, à exceção 
das hipóteses nas quais o art. 455 do CPC possibilita a intimação judicial.
Contradita
Momento da instrução no qual o procurador aponta as hipóteses de incapacidade, 
impedimento ou suspeição das testemunhas arroladas pela parte adversa. Nesse cenário, 
a contradita poderá ser aceita ou não, determinando, por exemplo, a oitiva da pessoa como 
informante.
Acareação
Confronto entre os depoimentos de testemunhas, em decorrência de contradição entre 
elas. A acareação pode se realizar tanto de ofício quanto por requerimento das partes. As 
testemunhas se comprometem em dizer a verdade, podendo sofrer sanções penais em caso 
de confirmação de mentira ou ocultação da verdade:
Art. 458, CPC. Ao início da inquirição, a testemunha prestará o compromisso de dizer a verdade do que souber 
e lhe for perguntado.
Parágrafo único. O juiz advertirá à testemunha que incorre em sanção penal quem faz afirmação falsa, cala ou 
oculta a verdade.
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9. Provas em Espécie - Exibição de Documento ou Coisa
Introdução
Durante o CPC/73, a exibição de documento ou coisa tramitava por meio de incidente 
apartado. No atual CPC, a dinâmica da exibição se desenvolve nos próprios autos. A exibição 
se baseia numa determinação por parte do juiz para que seja apresentado documento ou 
coisa relevantes à solução da lide. Esse documento ou coisa podem estar em posse de 
terceiros ou das partes. O CPC lista alguns requisitos para a exibição de documentos, sendo 
que alguns deles foram objeto da recente reforma legislativa da Lei nº 14.195/21:
Art. 397, CPC. O pedido formulado pela parte conterá:
I - a descrição, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa, ou das categorias de documentos ou 
de coisas buscados;
II - a finalidade da prova, com indicação dos fatos que se relacionam com o documento ou com a coisa, ou com 
suas categorias; 
III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe, ainda que 
a referência seja a categoria de documentos ou de coisas, e se acha em poder da parte contrária. 
Para que a exibição se concretize, o juiz pode cominar pena de multa ou outras medidas 
coercitivas.
Documento ou coisa em poder da parte
A parte que tem a obrigação de exibir o documento ou coisa pode alegar que não estão em 
seu poder. Já a parte que requereu a exibição documento pode comprovar que tal alegação 
não é verdadeira.
Não havendo manifestação da parte obriga a apresentação do documento ou coisa, ou se 
a recusa dela for ilegítima, haverá a presunção de veracidade dos fatos alegados pela parte 
que pretendia ver os documentos apresentados. Exemplo: se uma parte pretende ver exibido 
um contrato para demonstrar ser credora de R$1.000,00 e a outra parte não apresenta ou se 
recusa de forma ilegítima, será presumido como verdadeiro o crédito de R$1.000,00.
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL - AÇÃO DE COBRANÇA - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE 
DEU PARCIAL PROVIMENTO AO RECLAMO DOS RÉUS.IRRESIGNAÇÃO DO AUTOR.
1. Em ações de cobrança/execução de contratos de confissão ou renegociação de dívidas, faculta-se ao devedor 
formular defesa com base em abusos cometidos nos negócios jurídicos extintos. Inteligência da Súmula 286/
STJ.
2. Requerida a exibição de documentos pelos devedores, a omissão da instituição financeira na apresentação 
dos contratos implica a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo devedor/réu/executado, na forma do 
art. 400 do NCPC.
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3. Agravo interno desprovido, restando prejudicado os embargos de declaração opostos à fl. 421.
(AgInt no AREsp 520.975/RS, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 01/06/2020, DJe 
10/06/2020)
Existem casos nos quais o CPC determina que a recusa não é aceitável, de acordo com o art. 
399:
Documento ou coisa em poder de terceiro
O terceiro será intimado para exibir ou responder o pedido em 15 dias. Ele pode se negar a 
exibir o documento ou coisa, havendo a designação de audiência:
Art. 402, CPC. Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou a posse do documento ou da coisa, o juiz designará 
audiência especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, se necessário, o de testemunhas, e 
em seguida proferirá decisão.
Após a audiência e sendo confirmada a obrigação de exibição, e o terceiro não apresenta o 
documento ou coisa, determina-se a busca e apreensão.
Hipóteses de recusa de exibição
O art.404 do CPC defende a possibilidade de escusa de exibição do documento ou coisa:
Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se:
I - o requerido tiver obrigação legal de exibir;
II - o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de constituir prova;
III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.
Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se:
I - concernente a negócios da própria vida da família;
II - sua apresentação puder violar dever de honra;
III - sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes consanguíneos ou 
afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal;
IV - sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, devam guardar segredo;
V - subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem a recusa da exibição;
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Prioriza-se, por fim, a possibilidade de exibição parcial, no caso de incidência de uma das 
hipóteses acima descritas.
VI - houver disposição legal que justifique a recusa da exibição.
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10. Provas em Espécie - Prova Pericial
Introdução
A prova pericial depende de conhecimento técnico que não é possuído pelo juiz, a exemplo 
de casos que demandem conhecimento médico, contábil. Para isso, o juiz indicará um perito 
específico, a fim de desenvolver as atividades. O CPC estabelece a possibilidade de indicação 
de perito por acordo das partes:
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante requerimento, desde 
que:
I - sejam plenamente capazes;
II - a causa possa ser resolvida por autocomposição.
§1º As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assistentes técnicos para acompanhar a 
realização da perícia, que se realizará em data e local previamente anunciados.
§2º O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente,laudo e pareceres em prazo fixado pelo 
juiz.
§3º A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito nomeado pelo juiz.
Os peritos atuarão na qualidade de assistentes da justiça, valendo a eles as mesmas regra de 
impedimento e suspeição que se aplicam aos juízes. Além disso, o perito pode ser substituído 
no caso de incompetência – no sentido de não possuir conhecimento suficiente para a 
demanda.
Determinada a produção de prova pericial, as partes poderão indicar assistentes técnicos e 
apresentar quesitos. Os assistentes técnicos serão contratados diretamente pelas partes, 
e não têm compromisso com a imparcialidade, atuando em favor das teses das partes. Os 
quesitos, por sua vez, são perguntas feitas tanto pelo juiz quanto pelas partes para que 
sejam respondidas pelo perito durante a realização das diligências. Esses quesitos podem 
ser complementados no decorrer da produção da prova pericial.
Pode haver dispensa da prova pericial se houve apresentação de pareceres técnicos pelas 
partes, no caso de o juiz considerá-los suficientes.
Laudo Pericial
Documento final produzido pelo perito, que conterá as conclusões do perito da análise feita. 
Em razão da apresentação do laudo, as partes podem requerer esclarecimentos, ocasionando 
a apresentação de um laudo complementar. Caso ainda remanesçam dúvidas, o perito poderá 
ser ouvido em audiência de instrução e julgamento.
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Havendo dúvidas mesmo depois da audiência, pode ser designada nova prova pericial, 
nos termos do art.480 do CPC. Entretanto, essa se dará de forma complementar e não em 
substituição. O CPC indica elementos indispensáveis do laudo:
Art. 473. O laudo pericial deverá conter:
I - a exposição do objeto da perícia;
II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente aceito pelos 
especialistas da área do conhecimento da qual se originou;
IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério 
Público.
Por fim, o juiz não está necessariamente vinculado às conclusões apresentadas pela prova 
pericial, sendo que a sua utilização na sentença – acatando-a ou rejeitando-a – deve ser 
devidamente fundamentada:
Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no art. 371 , indicando na sentença os 
motivos que o levaram a considerar ou a deixar de considerar as conclusões do laudo, levando em conta o 
método utilizado pelo perito.
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