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Biofísica da 
Ausculta 
Cardíaca
SUMÁRIO
1. Introdução à Biofísica da Ausculta Cardíaca** .........................................................3
2. Ciclo Cardíaco: Uma Visão Biofísica .........................................................................4
3. Focos de Ausculta Cardíaca ......................................................................................7
4. Sopros Cardíacos: Conceito e Origem .......................................................................9
5. Principais Causas dos Sopros ...................................................................................9
6. Aferição da Pressão Arterial e Sons de Korotkoff ..................................................10
Referências ....................................................................................................................13
Biofísica da Ausculta Cardíaca   3
1. INTRODUÇÃO À BIOFÍSICA DA 
AUSCULTA CARDÍACA
A ausculta cardíaca é uma ferramenta essencial na prática clínica, permitindo a 
avaliação direta da função cardíaca. A biofísica fornece uma compreensão profunda 
dos mecanismos subjacentes aos sons cardíacos.
Figura 1. Anatomia do Coração
Fonte: snapgalleria/shutterstock.com
Biofísica da Ausculta Cardíaca   4
2. CICLO CARDÍACO: UMA VISÃO BIOFÍSICA
O ciclo cardíaco é uma série de eventos que ocorrem a cada batimento cardíaco, 
envolvendo a contração e o relaxamento das câmaras cardíacas para bombear sangue 
por todo o corpo.
Contração Atrial
A fase inicial do ciclo cardíaco. Os átrios contraem-se, empurrando o sangue para 
os ventrículos. Esta fase é também conhecida como sístole atrial.
Contração Isovolumétrica
Após o fechamento das válvulas atrioventriculares, os ventrículos começam a se 
contrair, mas ainda não expulsam o sangue, pois as válvulas semilunares estão fe-
chadas. O volume de sangue nos ventrículos permanece constante.
Ejeção Ventricular
Os ventrículos contraem-se completamente, forçando a abertura das válvulas se-
milunares e permitindo que o sangue seja ejetado para a aorta e a artéria pulmonar.
Contração Ventricular
Também conhecida como sístole ventricular, é a fase em que os ventrículos estão 
totalmente contraídos e o sangue é ejetado para as grandes artérias.
Relaxamento Ventricular
Após a ejeção do sangue, os ventrículos começam a relaxar, preparando-se para 
serem preenchidos novamente. Esta fase é conhecida como diástole ventricular.
Relaxamento Isovolumétrico
Com o início do relaxamento ventricular, as válvulas semilunares fecham-se para 
evitar o refluxo do sangue. Os ventrículos relaxam sem alteração no volume de sangue.
Enchimento Ventricular Passivo
Os átrios enchem-se de sangue durante a diástole ventricular. Quando a pressão 
atrial excede a pressão ventricular, as válvulas atrioventriculares abrem-se, permitindo 
que o sangue flua passivamente para os ventrículos.
Biofísica da Ausculta Cardíaca   5
Figura 2. Representação das fases do ciclo cardíaco
Fonte: inspiring.team/shutterstock.com
Figura 3. Ciclo cardíaco e comportamento das valvas
Fonte: Macrovector/shutterstock.com
Pressões Durante o Ciclo Cardíaco
• Pressão Atrial: A pressão nos átrios aumenta durante a sístole atrial e diminui 
durante a diástole atrial.
• Pressão Ventricular: A pressão nos ventrículos aumenta durante a sístole ven-
tricular e diminui durante a diástole ventricular. A pressão ventricular esquerda 
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é significativamente maior do que a pressão ventricular direita devido à maior 
resistência do sistema circulatório sistêmico em comparação com o pulmonar.
• Pressão nas Grandes Artérias: A pressão aórtica e pulmonar aumenta à medida 
que o sangue é ejetado dos ventrículos e diminui à medida que o sangue é dis-
tribuído para os tecidos.
Artérias como Reservatório de Pressão
As artérias atuam como reservatórios de pressão, mantendo a pressão arterial du-
rante a diástole cardíaca. Elas possuem paredes elásticas que se expandem e contraem, 
ajudando a regular a pressão e o fluxo sanguíneo. Durante a sístole cardíaca, as artérias 
se expandem para acomodar o volume de sangue ejetado do coração. Na diástole, elas 
contraem-se, liberando o sangue armazenado e mantendo a pressão arterial.
A elasticidade das paredes arteriais permite que atuem como um "reservatório". Esta 
capacidade de armazenamento e liberação de sangue ajuda a suavizar as flutuações 
de pressão entre a sístole e a diástole.
O ciclo cardíaco é um processo complexo e coordenado que garante a circulação 
eficiente do sangue por todo o corpo. Compreender cada fase é fundamental para a 
prática clínica e o diagnóstico de condições cardíacas.
Figura 4. Diagrama do ciclo cardíaco
Fonte: Dream01/shutterstock.com
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3. FOCOS DE AUSCULTA CARDÍACA
Os focos de ausculta cardíaca são pontos específicos no tórax onde os sons pro-
duzidos pelas válvulas cardíacas são melhor ouvidos. Cada foco é associado a uma 
válvula específica e fornece informações valiosas sobre sua função.
Foco Aórtico
Localizado no segundo espaço intercostal direito, próximo ao esterno, este foco é 
ideal para ouvir sons relacionados à válvula aórtica. Anormalidades como estenose 
ou insuficiência aórtica podem ser detectadas aqui.
Foco Pulmonar
Situado no segundo espaço intercostal esquerdo, também próximo ao esterno, é o 
local primário para avaliar a válvula pulmonar. Condições como estenose pulmonar 
são mais facilmente auscultadas neste foco.
Foco Tricúspide
Localizado no quarto ou quinto espaço intercostal direito, ao lado do esterno, este 
foco é associado à válvula tricúspide. Sons relacionados a condições como regurgi-
tação tricúspide são mais audíveis aqui.
Foco Mitral
Encontrado no quinto espaço intercostal esquerdo, na linha médio-clavicular, este 
foco é o principal ponto de ausculta para a válvula mitral. Estenose ou insuficiência 
mitral são condições frequentemente avaliadas neste foco.
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Figura 5. Focos de ausculta cardíaca
Fonte: Science Project 101/shutterstock.com
Importância Clínica dos Focos de Ausculta
A ausculta cardíaca é uma ferramenta diagnóstica fundamental. Ao identificar anor-
malidades nos sons cardíacos em focos específicos, os médicos podem determinar 
qual válvula está afetada e qual é a possível condição subjacente.
Os focos de ausculta cardíaca são essenciais para uma avaliação cardíaca precisa. 
Compreender a localização e a função associada de cada foco permite uma detecção 
mais eficaz de condições cardíacas.
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4. SOPROS CARDÍACOS: 
CONCEITO E ORIGEM
Os sopros cardíacos são sons anormais ouvidos durante a ausculta do coração. Eles 
são causados pelo fluxo turbulento do sangue, geralmente devido a anormalidades 
nas válvulas cardíacas ou defeitos cardíacos congênitos.
Tipos de Sopros Cardíacos
• Sopro Sistólico: Ocorre durante a sístole e pode ser causado por estenose da 
válvula pulmonar ou aórtica ou regurgitação das válvulas mitral ou tricúspide.
• Sopro Diastólico: Ocorre durante a diástole e é geralmente devido à regurgitação 
da válvula aórtica ou pulmonar ou estenose das válvulas mitral ou tricúspide.
Os sopros são descritos com base em várias características:
• Duração: Curto, médio ou longo.
• Intensidade: Graduados de I a VI, sendo I quase inaudível e VI muito alto.
• Qualidade: Pode ser descrito como áspero, sibilante, musical ou rugoso.
• Localização: O local no peito onde o sopro é melhor ouvido.
• Irradiação: Direção na qual o sopro pode ser ouvido irradiando-se do local principal.
5. PRINCIPAIS CAUSAS DOS SOPROS
• Estenose Valvar: Estreitamento de uma válvula que impede o fluxo sanguíneo 
adequado.
• Regurgitação Valvar: Vazamento de uma válvula que permite o refluxo do sangue.
• Comunicação interventricular (CIV): Um defeito no septo que separa os ventrículos.
• Comunicação interatrial (CIA): Um defeito no septo que separa os átrios.
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Figura 6. Representaçãode estenose e regurgitação valvar
Fonte: Pepermpron/shutterstock.com
Diagnóstico e Implicações Clínicas dos Sopros
A ausculta é a principal ferramenta para detectar sopros cardíacos. Uma vez iden-
tificados, exames adicionais, como ecocardiograma, podem ser necessários para 
determinar a causa e gravidade. Os sopros podem indicar condições que requerem 
tratamento médico ou cirúrgico.
6. AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL 
E SONS DE KOROTKOFF
A aferição da pressão arterial é uma ferramenta diagnóstica fundamental na prá-
tica clínica. Os sons de Korotkoff, ouvidos durante a medição, fornecem informações 
valiosas sobre a pressão sistólica e diastólica.
Aferição da Pressão Arterial: Procedimento e Importância
A pressão arterial é medida usando um esfigmomanômetro, que consiste em um 
manguito inflável e um manômetro. O manguito é colocado ao redor do braço e inflado 
para interromper o fluxo sanguíneo. Ao liberar lentamente o ar, os sons de Korotkoff 
são ouvidos através de um estetoscópio.
Biofísica da Ausculta Cardíaca   11
A medição regular da pressão arterial é essencial para detectar hipertensão, uma 
condição que aumenta o risco de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e 
outras complicações.
Sons de Korotkoff: Origem e Características
Os sons de Korotkoff são produzidos pelo fluxo turbulento do sangue nas artérias 
quando o manguito do esfigmomanômetro é lentamente desinflado. Eles foram des-
critos pela primeira vez pelo médico russo Nikolai Korotkoff em 1905.
Fases dos Sons de Korotkoff
Existem cinco fases distintas dos sons de Korotkoff:
1. Fase I: O primeiro som audível, que é um som agudo e claro, indica a pressão 
sistólica.
2. Fase II: Sons que podem ser descritos como um murmúrio ou um som de "sopro".
3. Fase III: Sons mais altos e nítidos.
4. Fase IV: Sons que começam a abafar e tornar-se mais suaves, indicando a apro-
ximação da pressão diastólica.
5. Fase V: O ponto em que os sons desaparecem completamente, indicando a 
pressão diastólica
Implicações Clínicas e Diagnósticas
A correta identificação das fases dos sons de Korotkoff é crucial para uma medição 
precisa da pressão arterial. Erros na ausculta podem levar a diagnósticos imprecisos 
e tratamentos inadequados.
A aferição da pressão arterial e a compreensão dos sons de Korotkoff são funda-
mentais para a avaliação cardiovascular. Uma medição precisa é essencial para o 
diagnóstico e tratamento adequados da hipertensão e outras condições cardíacas.
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MAPA MENTAL 1. BIOFÍSICA DA AUSCULTA CARDÍACA
Ciclo Cardíaco
Artérias como Reservatório 
de Pressão
Contração 
Atrial
Relaxamento 
Ventricular
Aferição da Pressão Arterial
Ejeção 
Ventricular
Enchimento Ventricular 
Passivo
Sons de Korotkoff
Sopros Cardíacos
Contração 
Isovolumétrica
Relaxamento 
Isovolumétrico
Sopro Sistólico
Sopro Diastólico
Fonte: Elaborado pelo autor
Biofísica da Ausculta Cardíaca   13
REFERÊNCIAS
1. Lopes CR, Brandão CM, Nozawa E, Azevedo CF. [Características clínicas e demográ-
ficas dos pacientes com doença arterial coronária crônica em hospital terciário do 
sudeste do Brasil]. Arq Bras Cardiol. 2004;82(3):270-7, 263-9.
2. Piveta VM, Teixeira R, Caramelli B, Baldissera V, César LA. [Perfil clínico e angiográfico 
dos pacientes submetidos à primeira intervenção coronária percutânea]. Arq Bras 
Cardiol. 2004;82(2):191-6, 185-90.
3. Piegas LS, Avezum A, Pereira JC, Neto JM, Hoepfner C, Farran JA, et al. [Fatores de 
risco para síndrome coronariana aguda: estudo caso-controle em hospitais no Brasil]. 
Arq Bras Cardiol. 2003;81(3):193-202, 187-92, 185-6.
Escrito por Rafael Magalhães Carvalho em parceria com inteligência artificial via chat GPT 4.0.
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	3.	Focos de Ausculta Cardíaca
	4.	Sopros Cardíacos: Conceito e Origem
	5.	Principais Causas dos Sopros
	6.	Aferição da Pressão Arterial e Sons de Korotkoff
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